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Módulo 3 - Armas portáteis
Apresentação do módulo
Neste módulo você estudará as armas portáteis: espingardas, carabinas,
fuzis, metralhadoras e submetralhadoras.
Essas armas estão presentes no cotidiano do profissional de segurança
pública, sendo, inclusive, cada vez mais utilizadas na prática de crime,
especificamente os mais violentos, como assaltos a carros-fortes, roubos a
bancos, entre outros exemplos. Por outro lado, devido a sua eficiência e
confiança que esse armamento oferece, o seu emprego nas diversas
unidades policiais vem aumentando a cada dia, sendo comumente encontrada
nas viaturas policiais e empregadas em diversos tipos de operações. Em
função desse crescente uso, mais do que nunca, você deve conhecer sobre
essas armas de fogo, para melhor estabelecer a dinâmica do fato delituoso,
bem como conhecer dentre os vestígios por elas deixados, os que possam ser
encontrados na cena de crime.
Objetivos do módulo
Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de:
Identificar e classificar as armas portáteis;
Analisar o histórico das armas portáteis;
Identificar os principais componentes, peças e sistemas de operação
das armas portáteis.
Nota:
Neste módulo, não será trabalhado um armamento específico, mas o que é
comum a todas as forças policiais. Acredita-se que, desta forma, você estará
apto a descrever e melhor entender as armas portáteis que dispõem para uso,
além de conhecer alguns detalhes de armas congêneres aqui.
Estrutura do módulo
Aula 1 – Armas portáteis
Aula 2 - Espingardas
Aula 3 – Carabinas
Aula 4 – Fuzis, Metralhadoras e Submetralhadoras
Aula 1 – Armas portáteis
1.1. O que são armas portáteis
Como você já estudou, a legislação específica (art. 3º, inciso XXII do Anexo do
Decreto Nº 3.665, de 20 de novembro de 2000) traz a seguinte definição de
arma portátil:
“arma cujo peso e cujas dimensões permitem que seja transportada por um
único homem, mas não conduzida em um coldre, exigindo, em situações
normais, ambas as mãos para a realização eficiente do disparo”. (BRASIL,
2000)
Observe que a definição acima permite depreender que nas armas portáteis
podem ser relacionadas às armas longas, tais como as espingardas,
carabinas, fuzis, entre outras que apresentam a característica de uso
individual.
1.2. Classificação geral das armas portáteis
As armas portáteis são classificadas quanto:
à alma do cano;
à percussão;
ao sistema de funcionamento.
Veja, a seguir, cada um deles.
Quanto à alma do cano são subdivididas em:
Alma lisa, como todas as espingardas;
Alma raiada, como as carabinas e fuzis;
Mistas - armas que apresentam pelo menos um cano de alma
lisa e pelo menos outro de alma raiada.
Quanto à percussão são classificadas em:
Percussão direta;
Percussão indireta.
Quanto ao sistema de funcionamento são classificadas em:
Tiro unitário ou simples, como as espingardas ou fuzis de um
único cano;
Tiro unitário múltiplo (espingardas ou fuzis de dois canos), de
repetição, semiautomática ou automática.
Aula 2 – Espingardas
2.1 O que é uma espingarda
Espingarda pela definição da legislação específica, Decreto nº 3.665 de 20 de
novembro de 20001, (art 3º-, inciso XLIX do Anexo), é uma arma de fogo
portátil, de cano longo com alma lisa, isto é, não-raiada2.
1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm
As espingardas são armas de fogo com emprego que varia desde a prática
desportiva até a utilização em combate.
2.2. Peças da espingarda
Basicamente, as principais peças de uma espingarda de modelo simples, como
as espingardas de um só cano e de tiro unitário, são:
cano com a câmara e o extrator;
telha e a coronha;
caixa de mecanismos com gatilho, percussor, cão, molas e os pinos de
fixação, bem como o sistema de abertura do cano.
A seguir, você estudará sobre elas.
2.2.1 Cano com câmara e
extrator
O comprimento do cano
varia com as
características do projeto e
com a destinação que é
dada à arma,
apresentando, geralmente,
variações compreendidas
entre 500 mm e 800mm.
2 Existem algumas espingardas modernas com alma raiada, a exemplo da espingarda da
Mosberg, calibre 12, modelo “t rophy sluger”, com raiamento dextrogiro, pensados
especialmente para disparos com projéteis singulares ou “Slug”. Muitas espingardas após o
calibre apresentam a palavra “Gauge” que pode ser traduzida como calibre ou dimensão.
Espingarda CBC, monocano, modelo 199-2
Figura 27 – Cao de espingarda.
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Importante salientar que, conforme o inciso VI do art 16 do R 105, são de uso
restritos “armas de fogo de alma lisa de calibre doze ou maior com
comprimento de cano menor que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez
milímetros” (BRASIL, 2000)
Nas espingardas de retrocarga, na parte posterior do cano, encontra-se a
câmara, destinada a alojar os cartuchos (FIG. 27).
As câmaras, nas espingardas modernas, apresentam comprimentos que
podem ser de 70mm ou de 75mm. As câmaras mais extensas são para a
utilização de cartuchos Magnum, naturalmente mais potentes.
Importante!
É importante observar que, nas espingardas, os cartuchos não ocupam toda a
extensão da câmara, pois os cartuchos com fechamento em “estrela” - sobre o
qual estudará mais a frente - necessitam desse espaço para a abertura do
estojo.
Junto à parte posterior da câmara encontra-se o extrator, peça que promove a
retirada do estojo deflagrado com a abertura do cano. Na parte anterior dos
canos, geralmente verifica-se o choke que é uma pequena diminuição
(estrangulamento) do diâmetro interno do cano, com vistas a melhorar o
agrupamento dos projéteis (balins).
2.2.2. A telha e a coronha
Como as espingardas são
projetadas para efetuarem disparos
utilizando-se as duas mãos e
apoiadas no ombro, a coronha
consiste em uma de suas peças
fundamentais, sendo estudadas o
seu comprimento, altura e a sua
curvatura. Na parte posterior da
coronha encontra-se a chapa da
soleira que, além de proteger a
coronha, podem dar maior aderência ao ombro e diminuir o impacto provocado
pelo recuo. A telha serve de suporte para uma melhor pegada e posição de tiro.
2.2.3. Caixa de mecanismos
A caixa de mecanismo irá conter
todos os mecanismos de disparo e
abertura do cano, sendo que as
principais peças nelas montadas
são: gatilho, percussor, cão, molas
e os pinos de fixação.
Nota
Alguns modelos de espingardas de um cano e tiro unitário apresentam
sistemas de segurança contra disparo acidental.
Figura 28 – Coronha de espingarda.
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Figura 29 – Caixa de mecanismo de espingarda.
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Os principais modelos de espingardas de tiro unitário são as espingardas de
cano único, de canos duplos paralelos e de canos duplos sobrepostos.
2.3. Informações sobre outros modelos de espingardas
No Brasil, ainda é comum à utilização de espingardas de antecarga
(espingardas de soca) e percussão extrínseca, a maioria delas de produção
artesanal. Nesse modelo de arma, a pólvora é introduzida pela boca do cano e,
posteriormente, a bucha e os balins. A iniciação da pólvora acontece pela
detonação de espoleta colocada em uma peça, comumente chamada de
“ouvido”, que permite que a chama e os gases aquecidos da detonação da
espoleta atinjam o interior da câmara, iniciando a queima do propelente.
Nos modelos de espingardas de repetição, o sistema mais comum é o sistema
Pump Action ou sistema de corrediça, que foi utilizado nas espingardas da
Winchester - modelo 1897., Outro exemplo desse sistema é o da espingarda
Pump CBC 12., Nesta arma, a telha que, naturalmente, é o apoio da mão do
atirador apresenta também a função de movimentar o mecanismo do ferrolho,
pela ação deslizante da telha e das hastes da corrediça, retirando o estojo
vazio ou o cartucho que se encontra na câmara e a introdução de um novo
cartucho. Nessa arma, os cartuchos são armazenados em um tubo de
depósito, localizado abaixo do cano.
Nota
Em outros modelos de diversos fabricantes, os cartuchos são armazenados no
carregador do tipo cofre ou caixa (SPAS 15), ou em depósito localizado no
corpo da arma.
Outro sistema de espingarda de repetição é por “ação mauser”, onde uma
alavanca ligada ao ferrolho promove a extração e introdução de um novo
cartucho.
Com as novas tecnologias, surgiram as espingardas semi-automáticas, como a
“Browning A-5”, e as que operam em sistema de repetição ou semi-automático
como as espingardas “Benelli M3” e “M4 super 90”, apresentando ainda o
ferrolho de cabeça rotativa para o trancamento deste na câmara, tecnologia
empregada nos “fuzis Colt”, “modelo M 16” entre outros.
2.4. Classificação das espingardas
Alguns autores classificam as espingardas em:
Espingardas de 1.ª geração –São as espingardas de tiro unitário, de um
único cano ou de canos duplos dispostos paralelamente um ao outro ou
sobrepostos.
Espingardas de 2.ª geração – Nessa categoria classificam-se as
espingardas de repetição como a pump CBC 12, ou Mosberg 590.
Espingardas de 3.ª geração - São as espingardas semiautomáticas,
como a espingarda Browning A-5.
Espingardas de 4.ª geração – São as espingardas que podem atuar
tanto no sistema semiautomático quanto no sistema de repetição, como
a Benelli M3 Super 90.
Nota!
Vale relembrar que ainda há as armas mistas ou conjugadas, aquelas que
apresentam um ou mais canos de alma lisa e um cano de alma raiada.
Exemplo: as espingardas do tipo Drilling, que possuem três canos, onde se
combinam, geralmente, dois canos de alma lisa paralelos com um cano de
alma raiada conectados em um mesmo sistema de disparo.
Entre as armas de dotação das forças armadas de diversos países estão
espingardas que operam em sistema automático, ou seja, estão aptas para
efetuarem rajadas, a exemplo da espingarda AA-12 que apresenta a opção de
usar um carregador do tipo caixa com 8 cartuchos ou um carregador tipo
tambor ou caracol com 20 ou 32 cartuchos (como aqueles empregados nas
primeiras submetralhadoras Thompson, de calibre .45 ACP, imortalizado pelos
filmes policiais como “Os Intocáveis”. Esta arma, que já aparece em uso em
filmes recentes, possui seletor de tiro com a opção da posição “travado”; “tiro
intermitente” e “automático”. A cadência de disparo teórica em sistema
automático é de 360 tiros por minuto, o que acarreta uma grande dispersão de
balins sobre o alvo.
2.5. Alcance útil
O alcance útil em tiro produzidos com espingardas é a distância limite do tiro
eficaz, isto é, a distância além da qual os chumbos não possuem mais energia
capaz de causar lesões consideráveis.
A distância efetiva de utilização das espingardas é relativamente pequena, em
função do formato desfavorável dos grãos esféricos (balins) (fazer hint:,
conjunto de esferas que são expelidos quando do disparo). que causam uma
grande diminuição na velocidade e, consequentemente, na redução da energia
cinética. Desta forma, o tamanho dos grãos de chumbo são de fundamental
importância na determinação do alcance útil e no grau das lesões ou danos por
eles produzidos.
O alcance útil, nas armas de alma lisa, é determinado pela dispersão dos balins
e pelas possibilidades práticas de sua utilização pelo atirador. Nas
espingardas, o diâmetro do círculo de dispersão ou agrupamento é controlado
pelo choque (FIG. 30). Assim, o alcance útil teórico (na prática, esses valores
são menores) é:
o choque pleno (full choke) usado para tiros entre 44,5m e 54,5m (45 e
55 jardas);
o choque modificado (modified choke) para tiros entre 24,75m e 44,5m
(25 a 45 jardas);
o choque cilíndrico modificado (improved cylinder) é usado para tiros até
34,65m (35 jardas);
o choque cilíndrico apresenta alcance útil da ordem de 30 metros.
Figura 30 – Tipos de choque.
Fonte:http://static.hsw.com.br/gif/shotgun-chokes.gif
Estas são as distâncias que, de acordo com o choque do cano de uma
espingarda, a mesma ainda possui alcance útil.
Com a utilização de projéteis singulares, o alcance útil é da ordem de 100 a
110 metros.
Aula 3 - Carabinas
3.1. O que é uma carabina
A Carabina, pelo Decreto nº 3.665 de 20 de novembro de 2000 3(Artº 3, inciso
XXXVII, Anexo) , é uma “arma de fogo portátil semelhante a um fuzil, de
dimensões reduzidas, de cano longo - embora relativamente menor que o do
fuzil - com alma raiada” (BRASIL. 2000).
O termo carabina apresenta relatos diferentes quanto a sua origem, entretanto,
no século XVII, era empregado para designar os arcabuzes e mosquetes de
dimensões reduzidas e, por isso, de mais fácil manejo e transporte, utilizada
pelas tropas montadas.
O comprimento do cano das
carabinas é o que as caracterizam
como tal.
3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm
Alguns autores destacam que mede até 20
polegadas,(508 milímetros), para outros, deve
ser menor que 22 polegadas (558.8 milímetros).
3.2. Sistemas utilizados pelas carabinas
O maior destaque das carabinas acontece com as produzidas pela Winchester
(Winchester Repeating Arms Company), calibre .44-40, nos modelos 1866 e
1873, devido ao papel que desempenharam na colonização americana e
imortalizadas pelo cinema. Essas carabinas eram armas de repetição, com
acionamento por alavanca (lever action) localizada abaixo da caixa de
mecanismo ction). Essa alavanca, graças ao seu desenho, exercia também a
função de guarda mato. Essas armas apresentavam outra inovação que era a
utilização de um sistema de alimentação por depósito tubular. Com o
movimento semicircular da alavanca, indo à frente e retornando a posição de
origem, eram realizadas as seguintes operações descritas a seguir:
1. Desbloqueio do ferrolho da câmara;
2. Recuo do ferrolho - com o movimento a frente da
alavanca, recuava-se o ferrolho e promovia a extração do
estojo ou do cartucho que se encontrava na câmara e
armava o cão;
3. Introdução do cartucho na câmara de forma propícia - ao
final do curso do ferrolho, a mesa transportadora,
juntamente com um cartucho oriundo do tubo de depósito,
inclinava-se, deixando o cartucho em inclinação propícia
para ser introduzido na câmara. Com o retorno da
Figura 31 – Exemplo de carabina (AKMS 47).
O AKMS 47, produzido no Iraque, destinado a
tropas aerotransportadas. O comprimento do
cano, as características de dimensões reduzidas
e menor peso permitem caracterizá-lo como
carabina. Entetanto, essa mesma arma poderá
ser classificada como fuzil de assalto, uma vez
que essas classificações não são excludentes.
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
alavanca, o ferrolho avançava e introduzia na câmara o
cartucho que se encontrava na mesa transportadora;
4. Travamento do ferrolho, cartucho e câmara perfeitamente
alinhados - impedindo a abertura do conjunto, no momento
do disparo.
Esse sistema permanece atual e é utilizado por diversos fabricantes, a
exemplo da indústria Rossi que produzia as carabinas “pumas” (sistema lever
action) nos calibres: .38 Special, .357 Magnum e .44 Special, dentre outros
calibres. Hoje, estas carabinas são produzidas pela indústria Taurus e
também por diversos fabricantes no mundo inteiro.
Outro sistema de repetição utilizado nas carabinas é o sistema de corrediça ou
sistema pump action4 No nosso país, a indústria Rossi, produziu as carabinas
Gallery, de calibre .22 que uti lizavam cartuchos .22 Short (curto), .22 Long
(longo) e .22 Long Rifle (L.R.) ou no calibre .22 Magnum.
As carabinas da Winchester com acionamento por alavanca tiveram papel
importante não só na colonização americana mas, também, na nossa história,
sendo utilizadas no Cangaço, na Coluna Prestes e em diversas emboscadas
feitas na luta por terra e outros motivos. Eram vendidas em mercearias no
interior do Brasil, como lembra da música do Lenine “Já foi-se o tempo do fuzil
papo amarelo (...)” . Um dos primeiros modelos de carabinas da Winchester foi
o modelo 1866, cuja caixa de mecanismo apresentava partes de latão (liga
metálica5 constituída de cobre6 e zinco7, por isso ficou conhecida como Yellow
4 O sistema no qual a telha, além de ser o apoio da mão tem a função de movimentar o
mecanismo do ferrolho, pela ação das hastes da corrediça, retirando o estojo vazio ou o
cartucho que se encontra na câmara e a introdução de um novo cartucho
5 http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica
6 http://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre
7 http://pt.wikipedia.org/wiki/Zinco
Boy (Rapaz Amarelo). Já o rifle da Winchester, modelo 1873, calibre .44 – 40 8
cano octagonal, embora tivesse a caixa de mecanismo de liga de ferro e
tivesse poucas peças e chapa confeccionadas em latão ou bronze , ficou
conhecido no Brasil como rifle papo-amarelo por herança do seu antecessor o
WINCHESTER 66.
Nota
O winchester 73 foi produzido com comprimento de cano de 15, 20, 24 ou 30
polegadas. Por isso, é correto afirmar que o Brasil teve tanto carabinas como
fuzis papo amarelo, com diferentes capacidades do tubo carregador.
Uma arma semiautomática por
ação de gás, com características
modernas, que revolucionou a
época pelo sistema de operação,
pelo desenho e também pelo
projeto do cartucho, foi a “carabina
M1, calibre .30 Carbine”,
desenvolvida nos Estados Unidos,
em 1941. Essa carabina foi
desenvolvida como uma arma
leve para as unidades de
comunicação, blindados, artilharia, oficiais de intendência, entre outros, dotada
de cano com comprimento de 457,2 mm (18 polegadas). Posteriormente foi
modificada para o modelo M2, com carregador de maior capacidade e,
principalmente, com sistema de tiro semiautomático e automático através de
seletor. Foi uti lizada na 2.ª Guerra Mundial, Guerra da Coréia e Guerra do
8 : Embora você estudará sobre calibres mais tarde, o calibre . 44 – 40, significa que o diâmetro
do projétil tinha 44 centésimos de polegada (11.17 mm) e 40 grains de pólvora negra (2,56
gramas)
Figura 32 – Arma semiautomárica por ação de gás.
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Vietnã, além de ter sido arma de dotação das forças armadas e policiais de
diversos países.
Entre as armas modernas, que podem ser classificadas como carabinas,
destacam-se as versões “M16A1 Carbine” e “M16A2 Carbine”, do “Fuzil Colt
M16”, adotadas pelas forças armadas de muitos países. Essas armas são
produzidas no calibre 5,56 NATO, e opera tanto no sistema semiautomático
quanto no sistema automático por ação de gás. Possui cano com comprimento
de 14,5 polegadas (368,3 mm) e apresentam como inovação uma coronha
retrátil, o que reduz ainda mais o seu tamanho. Seu comprimento total, com a
coronha retraída, pouco maior que 750 mm.
As carabinas permeiam o universo policial desde as antigas carabinas Pumas
da Rossi.
Nos dias atuais, surgiram novas
armas a exemplo da indústria
Taurus que produz carabinas
policiais, no calibre .40 S&W
semiautomática pelo sistema Blow
Back, cujo cano possui 410
milímetros de extensão, e ainda, a
carabina no calibre .30 Carbine
semiautomática por sistema à gás ,
na qual o cano têm 260 milímetros
de extensão. Ambas apresentam peso na ordem de 3,3 quilogramas e se
destinam à utilização policial com as características de serem armas
relativamente pequenas - o que permitem o uso urbano -, leves para armas de
porte e de excelentes características balísticas.
Figura 33
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Nota
A carabina “MAGAL” (Micro Galil), no calibre .30 Carbine, de origem
Israelense, adotada pela Secretaria de Segurança do Estado do Pará, e as
carabinas da “IMBEL Ca MD97LM” e “Ca MD97LC”, com comprimento de
cano da ordem de 330 milímetros, no calibre 5,56 x 45, regime de tiro
semiautomático, ou conforme o modelo semiautomático ou buster (rajada
curta) de 3 tiros e automático por sistema à gás e peso , também na ordem de
3,3 quilogramas, utilizada pela Força Nacional, são outros exemplos da
presença dessas armas no nosso dia a dia.
3.3. As carabinas de pressão
As carabinas de pressão não são classificadas como armas de fogo, pois a
impulsão dos projéteis não se dá pela queima de propelente. Nessas, a
impulsão dos projéteis se dá pelo emprego de gases comprimidos que podem
estar armazenados em um reservatório ou por ação de um êmbolo solidário a
uma mola. Entretanto, as carabinas de pressão são também objetos de estudo
da balística forense, pois trata-se de arma e a ação dos seus projéteis pode
causar lesões graves ou, em determinadas situações, até a morte.
Aula 4 – Fuzis, Metralhadoras e Submetralhadoras
4.1. Fuzis, Rifles e Mosquetões
4.1.1 O que é um fuzil
Pela definição do Decreto n.º 3.665 (art 3º, inciso LIII, Anexo), fuzil é uma
“arma de fogo portátil, de cano longo e cuja alma do cano é raiada” (BRASIL,
2000).
Nota
Embora os vocábulos Fuzi l e Rifle tenham origens diferentes, nos dias de hoje,
ambos são empregados como sinônimos.
O termo Rifle tem origem na palavra inglesa Rifling, relativo às raias,
responsáveis pelo movimento rotacional do projétil. É uti lizado nos países de
língua inglesa para designar as armas longas, portáteis, com canos de alma
raiada, de uso individual e projetadas para serem usadas apoiadas ao ombro,
destinadas a uso militar ou desportivo.
O termo Fuzil, de origem francesa, apresenta o mesmo significado
anteriormente descrito, nos países de línguas de origem latina. Como visto, não
há padronização entre os países, nem de nomenclatura, nem de definição.
Nota
Nos Estados Unidos, por lei federal, os fuzis (rifles) devem ter, no mínimo,
406,4 mm (19 polegadas) de comprimento de cano. (Di Maio, 1999, pg 40).
Quando possuem comprimento de cano inferior a este valor, os fuzis são
classificados como carabinas.
4.1.2 Classificação
Os fuzis são classificados quanto ao funcionamento em: tiro unitário; de
repetição; semiautomáticos e automáticos.
Tiro unitário – as operações de carregar a arma, introduzindo
diretamente o cartucho na câmara e a extração do estojo deflagrado são
realizadas manualmente, após cada disparo. Os exemplos mais comuns
são os fuzis com um único cano ou de canos paralelos ou sobrepostos,
que foram utilizados para caças de animais de grande porte na África.
Dentre os principais fabricantes desses fuzis, destaca-se Holland &
Holland, Gibbs e Lancaster, em calibres como o .700 Nitro Express, .470
Nitro Express, .458 Winchester Magnum, .416 Rigby, .375 Holland&
Holland Magnum, etc.
De repetição - a arma é recarregada por ação do atirador por intermédio
de mecanismo da arma, para esse fim específico, que promove o
destravamento do conjunto do ferrolho, a retirada do estojo deflagrado
ou cartucho da câmara, a introdução de um novo cartucho na câmara e
o travamento do ferrolho. Diversos são os mecanismos para tal fim,
como o sistema pump action, o sistema de alavanca utilizado pelo
Winchester, entretanto, o mais conhecido é o sistema Mauser,
patenteado pelos irmãos Paul e Wilhem Mauser, em 1898. Nesse
sistema, uma alavanca incorporada ao ferrolho realiza dois movimentos
básicos. O primeiro movimento consiste na rotação que promove o
destravamento (giro no sentido anti-horário) e travamento (giro no
sentido horário) do ferrolho. O segundo movimento consiste no
deslocamento à retaguarda, em relação ao eixo longitudinal da arma,
promovendo a retirada do estojo deflagrado e à frente, conduzindo o
cartucho do depósito para a câmara, deixando o percussor na posição
armado e permitindo acionar o sistema de segurança a ele incorporado.
O sistema Mauser, pela segurança
e praticidade continua a ser
utilizado nos dias de hoje, a
exemplo do Fuzi l .308 IMBEL
AGLC que é um fuzil de precisão,
ou o Fuzil de repetição da
Remington (FIG. 34). Outro
exemplo comum de fuzis de
repetição são os mosquetões.
Figura 34 – Fuzil de repetição da Remington Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Nota
De acordo com o Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 20009, o termo
mosquetão significa “fuzil pequeno, de emprego militar, maior que uma
carabina, de repetição por ação de ferrolho montado no mecanismo da culatra,
acionado pelo atirador por meio da sua alavanca de manejo” (BRASIL. 2000).
Semiautomáticos – são fuzis que recarregam automaticamente,
aproveitando a expansão dos gases após o disparo para realizar todo o
ciclo de destravar o ferrolho, extrair o estojo, recarregar a arma e travar
novamente o ferrolho, deixando-a pronta para novo disparo. O exemplo
mais conhecido de fuzi l semiautomático é o Fuzil AR-15, da Colt, pela
divulgação que a mídia deu a essa arma e, claro, pela grande utilização
dela por narcotraficantes e outros grupos criminosos. Este fuzil é uma
versão civil do Fuzil militar
M 16, do mesmo
fabricante.
Automático - são fuzis
que, além de recarregarem
automaticamente,
aproveitando a expansão
dos gases após o disparo,
realizam disparos
contínuos enquanto o
gatilho continuar
pressionado (rajada).
Geralmente são armas de
uso militar, dotadas de seletor de tiro, podendo geralmente optar-se por
9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm
Figura 35 – Fuzil AKMS 47
O Fuzil AKMS 47 possui, ao mesmo tempo,
características de carabina e de fuzil de assalto,
assim como os rifles Colt M16 Carabine.
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
tiro automático (rajadas), rajadas curtas de três ou cinco tiros, ou ainda,
tiro intermitente (semiautomático). Os mais comuns são os fuzis de
assalto, utilizados pelas forças policiais e militares de diversos países.
Com o fim da guerra de trincheiras, surgiram os fuzis de assalto que
apresentam as características de poderem efetuar disparos no sistema
automático ou intermitente, possuírem uma grande capacidade de
armazenar munições, comportando maior número de cartuchos no seu
carregador, de serem de calibres intermediários o que implica em
redução de peso e, principalmente, de grande maneabilidade, inclusive
em ambientes de pequenas dimensões. Exemplos mais conhecidos são
o AK 47 e o Fuzil Colt M16 (FIG. 35).
Nota
No sistema a gás - utilizados nos fuzis modernos, quer semiautomáticos ou
automáticos -, existe diversas variações conforme modelo e geração. De forma
simples funcionam assim:
1º) parte dos gases oriundos da queima do propelente que impulsiona o projétil
durante seu deslocamento pelo interior do cano é desviada para um orifício
(geralmente chamado de evento) próximo à boca do cano - espaço no qual a
pressão está ligeiramente menor; e pela
2º) a pressão exercida por essa coluna de gases desviada movimenta um
pistão ou êmbolo, ligado ao ferrolho por uma haste que, por sua vez,
impulsiona o ferrolho para trás, movimentando o mecanismo e conseguindo a
extração e a introdução de novo cartucho na câmara realizando o ciclo
completo do mecanismo da arma.
4.2. Metralhadoras e Submetralhadoras
4.2.1 O que é uma metralhadora
O inciso LXI, do art. 3º do Anexo do Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de
2000 , define metralhadora como “arma de fogo portátil, que realiza tiro
automático” (BRASIL. 2000) e o inciso LXVIII define pistola-metralhadora,
como: “metralhadora de mão, de dimensões reduzidas, que pode ser utilizada
com apenas uma das mãos, tal como uma pistola.” (BRASIL. 2000)
Pistola-metralhadora, submetralhadora ou metralhadora de mão, são nomes
dados para armas automáticas de tamanho reduzido para uso de mão, que
podem atuar em regime de tiro semiautomático, normalmente desenvolvidas
nos mesmos calibres10 usados nas pistolas11, como os calibres 9 x 19 mm 12 e
o .40 S&W 13. A utilização mais adequada é em tiro instintivo a pequenas
distâncias, visto que sua precisão é prejudicada pela elevada cadência de tiro
que variam, teoricamente, na ordem de 500 tiros por minuto a 1200 tiros por
minuto.
Importante:
A utilização de armas no sistema automático (rajada) foi desenvolvida como
“fogo de cobertura” , nos casos onde era necessário a proteção para a retirada
de tropas ou contra o avanço de tropas inimigas.
Na atividade de segurança pública, o sistema automático não é utilizado em
ambientes urbanos, onde transeuntes podem ser atingidos, mesmo distantes
do local do fato.
10
://pt.wikipedia.org/wiki/Calibre
11 : http://pt.wikipedia.org/wiki/Pistola
12 http://pt.wikipedia.org/wiki/9mm_Luger
13 http://pt.wikipedia.org/wiki/.40_S%26W http://pt.wikipedia.org/wiki/.40_S%26W
Com o avanço da tecnologia, os treinamentos policiais passaram a utilizar os
sistemas de rajadas curtas (burst) que oferecem maior controle sobre o
armamento. No entanto, no ambiente urbano, sua utilização não é
recomendável.
É possivel que você nunca tenha
ouvido o termo "pistola-metralhadora",
pois é mais empregado na Europa. No
Brasil, a denominação
"submetralhadora" é mais comum.
Uma das submetralhadoras mais
empregadas pelas unidades de
operações especiais do mundo, como
a SWAT, BOPE COT, DOE, dentre
outras, é a “HK MP5”. A “MP5” é
fabricada pela empresa alemã Heckler & Koch. As “MP5” atuais disparam
basicamente em três tipos de regime de tiro: automático (rajadas), semi-
automático (um tiro a cada vez que o gatilho é pressionado), bursts (pequenas
rajadas de 2 e 3 tiros a cada vez que o gatilho é pressionado). Possuem
modelos com diferentes tamanhos e, ainda, com diversos acessórios como
supressores de ruído, miras e lanternas. É uma arma muito segura,
relativamente leve e versátil. Por isso, a “MP5” é uma arma empregada em
quase todo o tipo de situação.
4.2.2 Outros exemplos de submetralhadoras
Outros exemplos de submetralhadoras, muito utilizadas no meio policial, são a
Taurus “Mt 12” e “MT 12 A”, que é o mesmo projeto da “Beretta 912” utilizada
pelo Exército Brasileiro. Elas são dotadas de carregadores do tipo caixa, bifilar,
com capacidade para 30 cartuchos no calibre 9 X 19 mm, da mesma forma que
a “HKMP5”. Em relação ao tamanho e peso, também são armas práticas.
Apresentam a característica de serem submetralhadoras de ferrolho aberto,
como a “UZI” e as submetralhadoras mais antigas.
Figura 36 – Submetralhadora HK MP5.
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Nesse sistema, o ferrolho permanece aberto sem introduzir o cartucho na
câmara, ao acionar o gatilho da arma, o ferrolho coleta o cartucho no
carregador, transporta e o introduz na câmara, efetua o disparo e, com o
retorno do estojo, ejeta o estojo percutido e permace aberto se estiver
trabalhando no regime de tiro semiautomático, ou repete todas as operações
anteriores, enquanto o gatilho permacer pressionado ou acabar a munição.
Este sistema diferente da MP5 que trabalha com o ferrolho fechado (funciona
como uma pistola). No sistema de ferrolho aberto acontece com maior
frequência disparos acidentais e
involuntários o que a torna uma arma mais
insegura.
A submetralhadora “Turus/FAMAE”, que
também opera no sistema semiautomático,
bursts (pequenas rajadas de dois tiros a
cada vez que o gati lho é pressionado) e
automático, de calibre.40 S&W, Blowback,
ferrolho fechado, com carregadores do tipo
caixa, bifilar, com capacidade para 30
cartuchos é outro exemplo de submetralhadoras de uso policial.
Nota
A grande maioria das submetralhadoras trabalham no sistema Blowback de
massa inercial, ou seja, sem trancamento. Por isso, o ferrolho dessas armas,
para resistir à pressão dos calibres .45 ACP, 9 x 19mm, .40 S&W, é pesado,
de grande massa e utiliza-se ainda molas reuperadoras, com maiores
resistências. As marcas de culatra e do percussor deixadas sobre o estojo
passam a ser extremamente característicos. Os principais exemplos são: a
“Beretta 912”, “ UZI”, “MAC 10”, “Taurus MT 12” dentre muitas outras.
Figura 38
Fonte: arquivo pessoal do conteudista
Finalizando...
Nesse módulo, você estudou que:
o De acordo com a legislação específica (Decreto Nº 3.665 de 20 de novembro de 2000), entende-se por arma portátil a “arma
cujo peso e cujas dimensões permitem que seja transportada por um único homem, mas não conduzida em um coldre, exigindo, em situações normais, ambas as mãos para a realização
eficiente do disparo”. (BRASIL, 2000);
o As armas portáteis são classificadas quanto: a alma do cano, a
percussão e ao sistema de funcionamento;
o Espingarda pela definição da legislação específica, Decreto nº 3.665 de 20 de novembro de 2000, (art 3º, inciso XLIX, Anexo), é
uma “arma de fogo portátil, de cano longo com alma lisa, isto é, não-raiada”; (BRASIL, 2000)
o As espingardas são armas de fogo com empregos que variam desde a prática desportiva até a utilização em combate;
o As principais peças de uma espingarda de modelo simples, como
as espingardas de um só cano e de tiro unitário, são: cano com a câmara e o extrator; telha e a coronha; caixa de mecanismos com
gatilho, percussor, cão, molas e os pinos de fixação, bem como o sistema de abertura do cano;
o A Carabina, pelo Decreto nº 3.665 de 20 de novembro de 2000
(artº 3, inciso XXXVII, Anexo), é uma “arma de fogo portátil semelhante a um fuzil, de dimensões reduzidas, de cano longo -
embora relativamente menor que o do fuzil - com alma raiada”. (BRASIL, 2000)
o Pela definição do Decreto n.º 3.665 (art 3º, inciso LIII, Anexo),
fuzil é uma “arma de fogo portátil, de cano longo e cuja alma do cano é raiada”. (BRASIL, 2000)
o Os fuzis são classificados quanto ao funcionamento em: tiro unitário; de repetição; semiautomáticos e automáticos;
o O Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000 (art. 3º, inciso LXI, Anexo), define metralhadora como “arma de fogo portátil,
que realiza tiro automático” (BRASIL, 2000) e, ainda, no inciso LXVIII, pistola-metralhadora, como: “metralhadora de mão, de dimensões reduzidas, que pode ser utilizada com apenas uma
das mãos, tal como uma pistola.” (BRASIL, 2000).
Exercícios
1) As espingardas de terceira geração são aquelas que:
a. ( ) São dotadas de tubo carregador e a extração do estojo deflagraado e
a introdução de um novo cartucho na câmara são frutos de operações
manuais sobre a telha e esta sobre o ferrolho;
b. ( ) São espingardas dotada de câmaras de 75 mm capazes de utilizar
cartuchos Magnum;
c. ( ) São espingardas que funcionam no sistema de repetição e no sistema
automático, a exemplo da AA 12;
d. ( ) São espingardas que só funcionam no sistema semiautomático.
2) O que caracteriza as carabinas em relação às demais armas portáteis é:
a. ( ) possuir o cano de alma lisa;
b. ( ) O comprimento do cano maior que quinhentos e sessenta milímetros
(560 mm);
c. ( ) Principalmente por possuir coronha retrátil;
d. ( ) Principalmente pelas dimensões reduzidas, conforme preconiza o
Decreto Nº 3.665
3) Os Fuzis em relação ao seu funcionamento são classificados em:
a. ( ) tiro unitário;
b. ( ) de repetição;
c. ( ) semi-automáticos ou automáticos ;
d. ( ) todas as anteriores
4) Pode-se dizer que pistolas metralhadoras são:
a. ( ) armas que só atuam no sistema automático, por isso o seu nome;
b. ( ) armas que pela característica de portabilidade, necessariamente,
possuem baixa cadência de disparos;
c. ( ) armas destinadas a serem usadas com apoio de bipé ;
d. ( ) armas que também são designadas de metralhadoras de mão ou
submetralhadoras
5) Assinale a única afirmativa falsa dentre as afirmativas abaixo:
a) ( ) O alcance útil de balins de uma espingarda é definido como a
distância entre a boca do cano da arma, até o ponto em que estes balins estejam
ainda animados com energia cinética suficiente para causar lesões de certa
gravidade.
b) ( ) O alcance útil é a máxima distância que um balim pode atingir,
independente por tanto da energia cinética final que ele apresente.
c) ( ) O alcance útil varia, entre outros fatores, com o comprimento do
cano da arma e também com a munição utilizada, e por conseguinte a sua
energia cinética.
d) ( ) O alcance útil das espingardas varia conforme o seu calibre e com
6) Os fuzis semi-automáticos, com operação através de sistema a gás:
a) ( ) São aqueles que aproveitam a força expansiva dos gases resultantes
da queima do propelente , que atuam sobre um pistão ou êmbolo, para promover
o recuo do ferrolho, a extração do estojo deflagrado, e com o retorno do ferrolho
a nova alimentação.
b) ( ) São aquelas que enquanto a tecla do gatilho for pressionada pelo
atirador elas continuarão a disparar, até o ultimo cartucho do carregador.
c) ( ) Necessitam da intervenção do atirador, após cada disparo, para
promover a retirada do estojo deflagrado e a consequente realimentação.
d) ( ) Atuam somente em ação dupla, logo são sempre de percussão
direta.
Gabarito: 1 D 2D 3D 4D 5B 6A