matriz de insumo-produto do brasil: uma análise...

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1 ISSN: 1983-2168 – Mês: Fevereiro - Ano: 2013 – N° 60 MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO do BRASIL: uma análise sintética Análise com base nos estudos do INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Referência à SÉRIE RELATÓRIOS METODOLÓGICOS do IBGE Cobertura dos anos: 2000 / 2005 Sobre o artigo e caderno Contas Nacionais – número 23 Professor Istvan Kasznar CEO da IBCI – Institutional Business Consultoria Internacional e da VFABN. Assessor da Presidência e Professor Titular NRD6 da Fundação Getúlio Vargas, na EBAPE – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Professor – Conferencista do IBMEC; PUC – Pontifícia Universidade Católica e UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Conselheiro Econômico do Instituto Dannemann Siemsen da Propriedade Industrial – IDS.

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ISSN: 1983-2168 – Mês: Fevereiro - Ano: 2013 – N° 60

MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO

do BRASIL: uma análise

sintética

Análise com base nos estudos do INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

Referência à SÉRIE RELATÓRIOS METODOLÓGICOS do IBGE

Cobertura dos anos: 2000 / 2005 Sobre o artigo e caderno Contas Nacionais – número 23

Professor Istvan Kasznar

CEO da IBCI – Institutional Business Consultoria Internacional e da VFABN.

Assessor da Presidência e Professor Titular NRD6 da Fundação Getúlio Vargas, na EBAPE – Escola

Brasileira de Administração Pública e de Empresas;

Professor – Conferencista do IBMEC; PUC – Pontifícia Universidade Católica e UERJ – Universidade do

Estado do Rio de Janeiro.

Conselheiro Econômico do Instituto Dannemann Siemsen da Propriedade Industrial – IDS.

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1 - INTRODUÇÃO

A Matriz de Insumo-Produto é conhecida como matriz de Input-Output. Mostra a

entrada de insumos (fatores de produção) em face da saída e geração de produtos

(bens e serviços finais). Ela é elaborada a partir das Tabelas de Recursos e Usos – TRU.

A produção de Matrizes de Insumo-Produto pelo IBGE começou com intensidade na

década de 1970. Os objetivos do projeto eram:

- A criação de um significativo marco estrutural para o Sistema de Contas Nacionais; - A geração de um instrumento que sustentasse o desenvolvimento de estatísticas econômicas e financeiras imprescindíveis à construção de quadros macroeconômicos; - Entender-se melhor de que a forma, de onde e para onde se originariam e gerariam insumos e produtos; - Entender-se a estrutura setorial e inter-setorial brasileira; - Entender-se a influência das importações sobre o sistema setorial produtivo; e - Averiguar-se as taxas de participação de um setor ou sub-setor, sobre outro. As Matrizes de Insumo-Produto foram e são referenciadas aos censos demográfico, econômico e agropecuário. A partir da matriz do ano de 1990, foram introduzidas duas mudanças importantes nos cálculos dos quadros básicos: eles continuaram a ser produzidos sem se incluírem referencias censitárias; e foi adotada a integração dos conceitos ajustados nos quadros, de acordo com as recomendações que partem para todo mundo sob a égide das Nações Unidas, com ênfase no ano de 1993 e daí em diante. O processo de produção de uma Matriz de Insumo-Produto é trabalhoso e bem complexo. A matriz de Input-Output calcula uma matriz de coeficientes técnicos segundo a inspiração do modelo desenvolvido por Vassily Leontief. O modelo atual do IBGE que pautou-se para o cálculo das matrizes de coeficientes técnicos segue a linha de Vassily Leontief e acompanha informações e tabelas com resultados obtidos para 55 atividades econômicas e 110 produtos e serviços. Metodologia é descrita de forma detalhada em: HANDBOOK of input-output table compilation and analysis. New York: United

Nations, Department of Economic and Social Affairs, Statistics Division, 1999. 266 p. (Studies in methods. Series F, n. 74).

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2 - Matriz de Insumo-Produto ou Input-Output Matrix. Uma das questões mais importantes sobre a Matriz de Insumo – Produto é: o que ela gera? Usualmente, a Matriz de Insumo – Produto produz e se constitui dos seguintes assuntos, temários e relações, mostrados mediante tabelas:

1) A Matriz dos Coeficientes Técnicos dos insumos nacionais - aqueles que são localmente produzidos – Matriz Bn;

2) A Matriz dos Coeficientes Técnicos dos insumos importados – aqueles que são provenientes do exterior, logo, do resto do mundo – Matriz Bm;

3) A Matriz de Participação Setorial na produção de bens e serviços nacionais – Matriz D. No inglês, ela é conhecida como Market Share Matrix. Revela percentuais de participação intra e intersetoriais.

4) A Matriz dos Coeficientes Técnicos intersetoriais, isto é, entre os setores – que mostra o quanto se relaciona um setor em relação a outro, no uso de seus fatores e produtos; Matriz D.Bm;

5) A Matriz de Impacto Intersetorial, conhecida como Matriz de Leontief; Para balizar os dados achados, são fundamentais levantamentos que darão as informações, tanto em nível agregado, quanto em nível setorial;

6) Recurso de bens e serviços; 7) Usos de bens e serviços, aos preços do consumidor; 8) Oferta e Demanda da Produção e dos serviços aos preços básicos; e 9) Oferta de Demanda dos Produtos Importados.

3 - Matriz de Insumo-Produto e Cadeia de Suprimento ou The Input-Output Matrix and the Supply-Chain. A Supply-Chain ou Cadeia de Suprimento vem recebendo crescente atenção e observação entre os macro e micro analistas econômicos e mercadológicos. A cadeia de suprimento revela uma relação, um encadeamento e um entrelaçamento entre insumos, sub-produtos e produtos. Dessa forma, gera-se uma relação entre produtores-provedores de bens e serviços e produtores intermediários e finais. Este elo mostra quem depende de quem em que volumes e quantidades. Logo, cria com clareza os níveis de dependência e interdependência setoriais e subsetoriais. Do ponto de vista dos sistemas de Logística e Distribuição, a matriz Insumo-Produto ajuda a entender quem afeta quem, enquanto agente produtor, supridor, regulador e afins. Logo, tantos fluxos livres de problemas, quanto fluxos estrangulados e sem provimentos desejáveis, podem ser melhor identificados. O provimento dado pelos setores e subsetores pode revelar quem tem capacidade de oferta e quem não a possui. Isto leva as organizações a proverem possibilidades de

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ocorrência de excessos ou falta de bens e serviços, de forma que decisões de importação se opõem e ligam atos das organizações. As matrizes de Insumo-Produto ou Input-Output matrixes, são construídas a partir dos dados oriundos das Contas Nacionais do Brasil. Envolvem uma etapa de elaboração da Tabela de Recursos e Usos-TRU, na qual dos fatores de produção e a sua utilização geram dados sobre oferta e demandam intermediária (leia-se, do meio) e final dos produtos (leia-se, a última). Esses levantamentos são valorados aos preços do consumidor. Consideram-se impostos e margens incidentes sobre os produtos. Com isto, pode-se verificar o montante de impostos arrecadados e esta informação dividida pelo PIB – Produto Interno Bruto gera a Carga Fiscal. Uma Matriz de Insumo Produto é uma matriz de coeficientes técnicos diretos. Mostra o quanto da atividade econômica precisa consumir das demais produções setoriais para que possa gerar uma unidade monetária a mais. O modelo de Leontief possibilita calcular e projetar a produção de cada atividade a partir de uma demanda dita procura final exógena, logo externa ao modelo. A Matriz de Insumo-Produto é calculada pelo IBGE no Brasil. E se constitui de um grupo e um conjunto de tabelas que detalham e especificam as operações e os volumes de produção e consumo, por atividade setorial que geram as matrizes de coeficientes técnicos. Nesta análise são apresentadas as tabelas que compõem uma Matriz de Insumo-Produto e os principais modelos que geram, criam e transformam estes dados numéricos numa matriz de coeficientes técnicos diretos.

4 - Notas Técnicas Sobre os dados e sua estrutura. O modelo de insumo-produto baseia-se no coeficiente técnico de produção, uma medida das relações entre quantidade consumida e produzida estão excluídos os impostos, subsídios e margens de distribuição incidentes sobre os produtos, os quais são sujeitos a variações não relacionadas com o processo de produção. A escolha do preço básico como ponto de referência solicita que as tabelas de consumo intermediário e de demanda final contidas no Sistema de Contas Nacionais a preços ao consumidor, passem por mudanças.

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5 - Fonte dos Dados

O provimento de dados primários que sejam creditáveis, da maior quantidade possível

de agentes econômicos é importante para construir a Matriz.

As matrizes são originadas no Sistema de Contas Nacionais. Veja se no Quadro 1, a

composição das informações oriundas das Tabelas de Recursos e Usos.

As matrizes são simbolizadas por letras maiúsculas, enquanto que os vetores são

entendidos como colunas e estão oferecidos por letras minúsculas. A simbologia e a

definição que serão aqui utilizadas são universais.

Quadro 1 – Composição das informações das Tabelas de Recursos e Usos

A seguir, veja-se o significado em breve, de cada variável:

V - matriz de produção, mostra para cada atividade o valor da produção dos produtos

individualmente;

q - vetor valor bruto da produção total por produto;

Un - matriz de consumo intermediário mostra para cada atividade o valor dos produtos que

são consumidos de origem interna;

Um - matriz de consumo intermediário importado, explicita para cada atividade o valor dos

produtos consumidos de origem internacional;

Fn - matriz da demanda final por produtos nacionais, fornece o valor dos produtos internos

consumidos pelas categorias da demanda final (isto inclui o consumo final das administrações

públicas; o consumo final das instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias; o consumo

final das famílias; as exportações; a formação bruta de capital fixo e a variação líquida de

estoque);

Fm - matriz da demanda final por produtos importados, expõe o valor dos produtos

de externos que são consumidos pelas categorias da demanda final;

E - matriz da demanda final por atividade, equivale a parcela do valor gerado numa atividade

destinada à demanda final;

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Tp - matriz dos impostos e subsídios, incidentes sobre bens e serviços engolidos (insumos)

pelas atividades produtivas;

Te - matriz dos valores dos impostos e subsídios vinculados a produtos, que recaem sobre

bens e serviços absorvidos pela demanda final;

g - vetor coluna com o valor bruto da produção por atividade;

y - vetor coluna com o valor adicionado total criado pelas atividades produtivas.

6 - Cálculo dos coeficientes técnicos

Das relações contábeis de um sistema de contas nacionais é possível obter as

equações para o valor da produção, por produto, por atividade e valor total.

Considerando i={produtos} e j={atividades}, tem-se:

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7 - O Modelo que foi adotado na matriz do Brasil

Escolheu-se por calcular matrizes por atividade a partir de tabelas básicas

retangulares, entendendo que maior número de produtos factibiliza o detalhamento

da função produção e da variável consumo. O modelo adotado nas matrizes de 2000 e

2005 foi o modelo de tecnologia do setor simples sem considerar subprodutos.

As Tabelas de Recursos e Usos são usadas para mostrar dados sobre:

• Origem da produção (de quem vem, quem gera);

• Importação de bens e serviços aos valores CIF (Cost, Insurance, Freight);

• Impostos sobre produtos (impostos sobre Operações Relativas à Circulação de

Mercadorias e Serviços – ICMS, Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI –

Imposto sobre Importação – II e outros impostos);

• Margem de comércio e transporte;

• Destino dos produtos para onde vão; consumo intermediário das diversas

produções e demanda final; e

• Geração da Renda das atividades sobre o valor da produção, o consumo

intermediário (entre partes) e os componentes do valor adicionado, por

atividade econômica.

No sistema de Contas Nacionais, a Tabela de Recursos e Usos equivale ao das Contas

de Oferta e Demanda de Bens e Serviços, de Produção e de Geração de Renda. Seu

objetivo é apresentar as informações referentes a estrutura de produção da economia;

a origem setorial da renda; e sua distribuição entre as seguintes rubricas:

• Remunerações

• Salários e remunerações diversas do trabalho

• Soldos

• Contribuições sociais

o Previdência oficial / FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

o Previdência privada para a geração de fundos de reserva e aposentados

e pensionistas

• Contribuições sociais imputadas – assistência social

• Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto

o Excedente operacional bruto

o Rendimento misto bruto

• Impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação

o Impostos sobre produtos (como industrializados e IPI)

o Subsídios sobre produtos

o Outros impostos sobre a produção (ICMS – Imposto sobre a Circulação

de Mercadorias e Serviços; ISS – Imposto sobre Serviços; outros).

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8 - Preço Básico

O cálculo da oferta e demanda da produção a preço básico, foi fornecido pela

diferença entre usos de bens e serviços a preço de consumidor e quadros de suporte.

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9 - Tabelas de Resultados com base na Fonte: IBGE.

Todas as tabelas que seguem foram produzidas pelo IBGE e podem ser consideradas

como oriundas da fonte primária.

Tabela 1 - Recursos de bens e serviços – 2005

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Tabela 2 - Usos de bens e serviços a preço de consu midor – 2005

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Tabela 3 - Oferta e demanda da produção a preço bás ico – 2005

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Tabela 4 - Oferta e demanda de produtos importados – 2005

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Tabela 5 - Matriz dos coeficientes técnicos dos ins umos nacionais - Matriz Bn – 2005

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Tabela 6 - Matriz dos coeficientes técnicos dos ins umos importados - Matriz Bm – 2005

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Tabela 7 - Matriz de participação setorial na produ ção dos produtos nacionais - Matriz D - Market Share – 2005

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Tabela 8 - Matriz dos coeficientes técnicos interse toriais - Matriz D.Bn – 2005

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Tabela 9 - Matriz de impacto intersetorial - Matriz de Leontief – 2005

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10 - Referências

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RAMOS, R. L. O. Metodologias para o cálculo de coefi cientes técnicos diretos em um

modelo

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11 - Insumo-Produto: Matriz em suas Componentes – Uma

análise sintética.

Anos 2000 / 2005.

Insumo Produto ou Input-Output Matrix é uma expressão que sintetiza a relação

efetivada para relacionar fatores de produção com bens e serviços finais.

A Matriz Insumo-Produto serve dessa forma par se levantarem, calcularem e a seguir

entenderem de que forma, em que grau e percentagem, em que dados de volumes e

coeficientes de uso e consumo de fatores e de que modo financeiro se ligam setores

da economia.

Os fundamentos da Matriz Insumo-Produto foram montados com método claro e

inteligente nos idos do século XVIII por Jean Baptiste Say, da França, em seu Tableau

Economique.

Na montagem da Matriz, composta normalmente de um conjunto de quadros que

relacionam entre si, um alimentando o outro, identificam-se, levantam-se e ordenam-

se dados econômicos de setores e subsetores produtivos.

O anexo 1 do IBGE descreve 12 atividades, a rigor podendo ser vistos como setores

econômicos. Estão neles contidos os que perfazem “a clássica divisão setorial”, que

inclui a agropecuária, a indústria, os serviços e o comércio. Ademais, adiciona-se a

importante conta da Administração da Saúde e da Educação Pública.

O Estado é importante e influente no Brasil. Não poderia deixar de dispor de uma

rubrica própria, para que se conheça a sua dimensão e interações com outras

atividades. Contudo, a consideração de apenas três atividades públicas é insuficiente

para conhecer-se a real dimensão do Estado e na economia. Logo, existe uma

subavaliação dessa participação pública.

A seguir, verificam-se os dados dos quadros de atividades.

Ao anexo 1 codifica de 01 a 12 as atividades econômicas que constam da Matriz

Insumo-Produto.

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Anexo 1

Código e descrição das atividades nível 12

O Anexo 2 codifica de 01 a 12 as doze atividades econômicas que constam da Matriz Insumo –

Produto.

Anexo 2 Código e descrição dos produtos nível 12

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O anexos 1 e 2 identificam atividades e produtos da mesma forma, sem distinções.

O Anexo 3 apresenta uma abertura das atividades que são levantadas na Matriz de

Insumo-Produto, ao elencar 55 delas.

A abertura é necessária, útil e correta, porquanto sua natureza, na sua geração de

produtos e serviços, as atividades produtivas são bem diferentes.

A identificação das atividades uma a uma fornece com mais precisão a real

compreensão do que de fato é uma atividade em termos econômicos, como ela pesa

na economia e de que modo influencia e é influenciada pelas demais atividades.

Sucede no anexo 3 o mesmo que no anexo 4, este ano 110 (cento e dez) atividades –

certos produtos e serviços são juntados, embora sejam assaz diferentes ou mereçam

certa separação. Provavelmente, isto aconteceu porque além de ser muito complexo,

difícil e caro de fazer este trabalho de levantamento de dados, certas atividades

resultariam menores e mais difíceis de obter, caso separadas.

Entre exemplos que se podem dar para descrever esta situação constam as atividades

0308 – Jornais, Revistas, Discos (uma alocação extemporânea); 0701 0 transporte,

armazenagem e correio, na qual a “indústria dos transportes” é considerada das

maiores do mundo e em todo país; e 0901 – Intermediação financeira e seguros, que

liga bancos e corretoras a seguradoras, faltando leasing, factoring, trading, vendor,

compror, financeiras e outras atividades então, importantes, a explicitar.

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Anexo 3 Código e descrição das atividades nível 55

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Anexo 4 Código e descrição dos produtos nível 110

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No Anexo 4 a abertura revela o evidente esforço em incluir e trabalhar os principais

setores econômicos.

Contudo, em função de sua evolução e crescimento, dificuldade de levantamento e

metodologias envolvidas, diversos setores não contam.

Entre eles, citam-se:

• Serviços das atividades das organizações não governamentais;

• Reflorestamento

• Serviços geradores de bens públicos puros, tais como diplomacia; serviços

secretos de segurança e vigilância e policiamento;

• Esportes

• Lazer e Produção de atividades lúdicas;

• Serviços de diversão, show, espetáculos e eventos.