material transformação mecânica
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LAMINAÇÃO - INTRODUÇÃO
A laminação é um processo de conformação no qual o material é forçado a passar entre dois cilindros, girando em sentidos opostos, com praticamente a mesma velocidade superficial e espaçados entre si a uma distância menor que o valor da dimensão inicial do material a ser deformado. A espessura é diminuída, o comprimento é aumentado e a largura pode ser aumentada ou diminuída.
Normalmente são utilizados cilindros em linha ou diferentes canais no mesmo cilindro para reduzir o material até uma espessura desejada. O processo pode ser feito a frio (acabamento) ou a quente (desbaste).
Produtos planos (chapas, tiras e folhas) ou não-planos (tarugos, perfis e barras). Podem ser semi-acabados (Bloco, tarugo retangular ou redondo, pré-forma, placa grossa, placa fina e tiras) ou acabados (produtos finais para aplicação específica).
Produtos acabados planos – Bobina, chapa, fita, tira, rolo, folha.
Produtos acabados não-planos – Cantoneira, Barra redonda, perfil U e I, Tubo sem costura e com costura, etc.
Força de laminação – Força de atuação do material laminado nos cilindros. Tende a separar os cilindros.
Recristalização – Acima de 500°C. Refino dos grãos que gera uma maior resistência mecânica e tenacidade.
Encruamento – Sem a recristalização aumenta-se significativamente a resistência mecânica, de forma que a tenacidade caia muito.
Oxigênio – pouco= atmosfera mais redutora que gera maior quantidade de carepa.
Muito= gera menos carepa, que se solta mais facilmente.
Óleo de laminação – usado para diminuir o atrito. Geralmente não é usado na 1ª cadeira.
Obs: Porém deve ser adicionado de forma que o atrito ainda aconteça, para que o material seja puxado pelos cilindros.
CLASSIFICAÇÃO DOS LAMINADORES
Tipo de produtos – (produtos acabados)
- De perfis; De fio-máquina; De tubos sem costura; De chapas grossas; De rodas; De esferas, etc;
Tipo de cadeira
Cadeira Duo – Dois cilindros colocados um sobre o outro na posição horizontal, ou paralelamente na posição vertical. Pode ser reversível ou não. Normalmente empregadas como desbastadoras ou para perfis.
Cadeira Trio – Três cilindros dispostos um sobre o outro horizontalmente. Usado para perfis. Necessária a aplicação de mesa elevatória para alternar os passes entre o cilindro de cima e o de baixo.
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Cadeira Quádruo – Foi criada para substituir as Duo, já que dessa forma evitam a flexão dos cilindros e uma diferença na espessura ao longo do material laminado. É constituída de dois cilindros de encosto (Maior diâmetro) e dois cilindros de trabalho (Menor diâmetro). São usados em laminadores de chapas a frio ou a quente.
Cadeira 6Hi e 5Hi – Mesmo principio das cadeiras quádruo. São usados nos laminadores de encruamento de chapas laminadas a frio e na laminação a frio de folhas de alumínio.
Cadeiras universais – Constituída de cilindros verticais e horizontais. Usada para laminação de placas a partir de lingotes.
Cadeira Cantiléver – Normalmente usada na laminação de produtos longos quando não muda o seu formato com frequência.
Cadeiras com cilindros agrupados – Mesmo princípio do laminador quádruo, porém com a utilização de até 20 cilindros. Normalmente usado para laminação de aço inox. Atinge tolerâncias dimensionais mínimas e pequenas dimensões. Menor potência com cilindros de pequeno diâmetro.
Laminador de tubo sem costura – Ex: Laminador do tipo Mannesmann com mandril para perfurar o material a ser laminado.
Cadeiras de calibração com seção cilíndrica – Utilizam roletes para a laminação de fio-máquina, tubos sem costura e barras redondas.
Cadeira planetária para barras – 3 cilindros cônicos que aplicam uma deformação na periferia do tarugo cilíndrico girando em torno do próprio eixo.
Laminadores especiais – Ex: Laminadores de anéis, de rodas, etc.
Disposição das cadeiras
- Trem simples; Trem aberto ou em linha ou cross-country; Trem em série; Trem contínuo; Trem semi-contínuo; Trem em ziguezague; Trem múltiplo.
Temperaturas de Trabalho
- Laminação a quente – após certa deformação estabelece-se um equilíbrio entre o encruamento e a recristalização do material (amaciamento).
- Laminação a frio – deformação por encruamento.
- Temperatura homóloga – Relação entre a temp. de trabalho do material e a temp. de início de fusão.
CONDIÇÕES DE AGARRAMENTOS DOS ESBOÇOS PELOS CILINDROS
Depende das seguintes variáveis:
- Coeficiente de atrito; Diâmetro dos cilindros; Redução de espessura; Velocidade dos cilindros; Temperatura do esboço; Impulso do esboço.
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Melhoram ou diminuem a mordida dos cilindros no esboço = Diâmetro do cilindro; Espessura do esboço; Velocidade de laminação.
Cedagem da cadeira de laminação – Deformação elástica que a cadeira sofre quando está com carga (com material laminando). Tende a afastar os cilindros, logo a espessura do material fica maior com essa cedagem. Esse Hf deve levar em conta a cedagem para não ocorrer erro de espessura.
S=P/M M=P/Hf –g(gap do laminador)
Comprimento do arco de contato
Arco medido sobre o cilindro de laminação, compreendido entre os pontos limites de contato entre o cilindro e a chapa. Ponto de entrada A e ponto de saída C.
Desde que, geralmente, o raio dos cilindros é maior que a espessura da chapa, substitui-se o arco AC pela projeção L.
Ângulo de Contato
Para ângulos pequenos:
Condições de mordida e arrastamento da chapa pelos cilindros
No momento em que a chapa entra em contato com os cilindros, duas forças atuam: A força neutra N e a força de atrito T, tangente ao mesmo. Se F é a resultante, fica claro que para ocorrer o arraste da chapa, Fx>0. Ah Max= redução máxima para que haja a condição de mordida dos cilindros.
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Ângulo neutro
Ângulo Neutro
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Deformação Verdadeira
Deformação Nominal
Cálculo da carga de laminação de chapas a frio
- Deformação homogênea