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    Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai IDEAU

    Vol. 7 N 15 - Janeiro - Junho 2012Semestral

    ISSN: 1809-6220

    Artigo:

    EDUCAO FSICA E MATEMTICA:UMA PROPOSTA DE INTERDISCIPLINARIDADE

    Autor:

    Claudiney Andr Leite Pereira1

    1 CREF- 2322-G/BA; Mestre em Desenvolvimento Humano-FVC; Licenciado em Educao Fsica UFBA;

    Especialista em Educao Fsica Escolar UNEB; Especialista em Fisiologia do Exerccio UGF; Especialistaem Ergonomia-UGF; Professor do IFBAIANO (instituto federal baiano). End. Av. Jorge Amado, 62 ed tibiriaapt. 104. Bairro Imbui, CEP-41741-090- Salvador [email protected]://lattes.cnpq.br/1592517782347610

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    EDUCAO FSICA E MATEMTICA:UMA PROPOSTA DE INTERDISCIPLINARIDADE

    Resumo: Este estudo tem como objetivo apresentar uma proposta de aula interdisciplinar entre as reas deconhecimento da Educao Fsica e da Matemtica. Do ponto de vista metodolgico, foi feito uma breve revisobibliogrfica sobre os conceitos de interdisciplinaridade e o olhar dos PCNs sobre a: Educao, Educao Fsicae a matemtica. Como concluso apresentamos dois jogos envolvendo os contedos da Educao Fsica com aMatemtica que podem ser desenvolvidos com professores na sala de aula como atividade interdisciplinar.

    Palavras chave: EducaoFsica, Matemtica, interdisciplinaridade, jogo.

    Abstract: This study aims to propose a class interdisciplinary knowledge areas of Physical Education andMathematics. From the methodological point of view, was made a brief literature review on the concepts ofinterdisciplinary and the look of PCNs on: Education, Physical Education and Mathematics. In conclusion wepresent two games involving the contents of Physical Education with mathematics that can be developed withteachers in the classroom and interdisciplinary activity.

    Key - words:Physical Education, Mathematics, interdisciplinary, game

    INTRODUO

    Preparar o jovem para o trabalho diante de um mercado de dinmico e competitivo um

    dos grandes desafios da nossa educao. Convivemos atualmente com um leque extenso de

    disciplinas no nosso currculo escolar e observamos diante das avaliaes realizadas no nosso

    pas e no mundo que os resultados obtidos por nossos estudantes no so satisfatrios2, onde

    estamos errando? Ser a nossa metodologia de ensino? Sero os baixos salrios dos

    professores? Esta questo gera uma srie de perguntas que no cabem neste estudo. O que nos

    preocupa : como nossos alunos relacionam os contedos das diversas disciplinas estudadas

    com a vida cotidiana?

    O que observamos so conhecimentos que so apreendidos sem uma articulao entre as

    disciplinas, como se ao us-los no mundo fazemos em momentos estanques, por exemplo;

    ser que o aluno percebe no simples gesto de compra uma fruta esto presentes a matemtica,

    a biologia, a qumica e a educao fsica?

    A interdisciplinaridade um dos caminhos apontados pelos PCNs (parmetros

    curriculares nacionais) para o desenvolvimento de um aprendizado mais consistente onde

    nossos alunos podero compreender a importncia dos contedos das disciplinas na sua

    interao com o mundo. Acreditamos que este seja um dos caminhos para que no futuro o

    aluno saia da escola mais preparada para um mercado de trabalho competitivo e melhorando

    sua qualidade de vida. se a diferena que mais impacta a qualidade de vida das pessoas a

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    renda, e se a fonte principal de renda o trabalho, ento precisamos de um sistema

    educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condies para concorrer no mercado

    de trabalho (IOSCHPE, 2012, p. 106).

    Temos como objetivo com este estudo apresentar uma proposta de aula envolvendo

    contedos especficos das disciplinas Educao fsica e Matemtica que servir como material

    de estudo para os professores que desejem se envolver em trabalhos interdisciplinares no

    ambiente escolar.

    ALGUNS CONCEITOS DE INTERDISCIPLINARIDADE

    O conceito de interdisciplinaridade formulado por (Luck, 1990) ressalta exemplarmente

    a sua importncia na construo do conhecimento diante da nova realidade do ensino, elaentende que a interdisciplinaridade o processo que envolve a integrao e engajamento de

    educadores, trabalhando em conjunto, propondo a interao das disciplinas do currculo

    escolar entre si e com a realidade, desta forma vinda a superar a fragmentao do ensino,

    tendo em vista, a formao integral dos alunos, a fim de que possam exercer criticamente a

    cidadania, mediante uma ampla viso de mundo e serem capazes de enfrentar os problemas

    complexos da realidade atual.

    J os PCNs sinalizam que A interdisciplinaridade deve ir alm da mera justaposio dedisciplinas e, ao mesmo tempo, evitar a diluio delas em generalidades (1999, p.88), a

    interdisciplinaridade fica mais clara quando percebemos que existe um dilogo entre as

    disciplinas, que pode afirmar, negar, justificar ou complementar o objeto estudado, mas que

    tem como meta final promover a ampliao do conhecimento.

    A partir desse conceito, deve-se trabalhar cada disciplina levando o aluno a perceber as

    inter-relaes de seu contedo com o das outras reas de conhecimento, para que ele adquira

    uma compreenso crtica das relaes existentes na sociedade entre as pessoas, os sistemas eas conquistas decorrentes do processo ensino e aprendizagem.

    Para isso a participao de todos os professores representantes das disciplinas de

    fundamental importncia na construo deste projeto, no basta querer ser interdisciplinar

    preciso se perceber como tal.

    Fazenda (1996) define bem essa necessidade quando caracteriza a atitude

    interdisciplinar como uma vontade da busca, da pesquisa, de transformar insegurana num

    exerccio do pensar em criar. Ferreira (1996) tambm refora a ideia de atitude considerandoa

    interdisciplinaridade como uma atitude, uma externalizao de uma viso holstica de mundo.

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    REFLEXES SOBRE EDUCAO LUZ DO PCN

    Uma das grandes preocupaes do governo quando se fala em educao envolve as

    transformaes sociais e o campo de trabalho diante dos avanos tecnolgicos A perspectiva

    de uma aprendizagem permanente, de uma formao continuada, considerando como

    elemento central dessa formao a construo da cidadania em funo dos processos sociais

    que se modificam (PCNs, 1999, p.25)

    A educao tradicional secundria, pautada na transmisso de conhecimento ao aluno

    pelo professor sem a sua contextualizao com o mundo ao seu redor, no est mais

    atendendo s exigncias dos espaos de trabalho e das novas funes a serem desempenhadas

    neste campo pelos indivduos (PEREIRA, 2006)

    Para Silva (1999), o currculo desempenha um papel importante quando pensamos naformao de pessoas e a questo central saber qual conhecimento deve ser ensinado.

    Observamos hoje uma grande preocupao com a formao para o campo de trabalho,

    aja visto o grande aumento de escolas tcnicas no Brasil.

    O PCN do ensino mdio aponta preocupaes em relao a isso:

    A nova sociedade, decorrente da revoluo tecnolgica e seus desdobramentos naproduo e na rea da informao, apresenta caractersticas possveis de assegurar a

    educao uma autonomia ainda no alcanada. Isto ocorre na medida em que odesenvolvimento das competncias cognitivas e culturais exigidas para o plenodesenvolvimento humano passa a coincidir com o que se espera na esfera daproduo (BRASIL, 1999, p.23).

    Dentro desta realidade observamos a necessidade de mudanas nos modelos

    metodolgicos existentes. O PCN diz que uma nova concepo curricular para o ensino mdio

    deve expressar a contemporaneidade e, considerando a rapidez com que ocorre s mudanas

    na rea do conhecimento e da produo, ter a ousadia de se mostrar prospectiva (BRASIL,

    1999, p.24) interessante proporcionar aos alunos oportunidades para desenvolver competncias

    estratgicas indispensveis as novas realidades. De que competncias se esta falando? Da

    capacidade de abstrao, do desenvolvimento do pensamento sistmico, ao contrrio da

    compreenso parcial e fragmentada dos fenmenos, da criatividade, da curiosidade, da

    capacidade de pensar mltiplas alternativas para soluo de um problema, ou seja, do

    desenvolvimento do pensamento divergente, da capacidade de trabalhar em equipe, da

    disposio para procurar e aceitar crticas, da disposio para o risco, do desenvolvimento do

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    pensamento crtico, do saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento

    (BRASIL, 1999).

    Dentro deste contexto, a resoluo CEB n3, de 26 de junho de 1998, que institui as

    diretrizes curriculares nacionais para o ensino mdio, inclui a interdisciplinaridade entre os

    princpios que devem nortear a construo do conhecimento: conforme o art.6 Os princpios

    pedaggicos da identidade, diversidade e autonomia, da interdisciplinaridade e da

    contextualizao sero adotados como estruturadores dos currculos do ensino mdio

    (BRASIL, 1999, p.114).

    EDUCAO FSICA ESCOLAR E OS PCNS

    Desde a sua incluso no currculo escolar at os dias de hoje, a participao da EducaoFsica no contexto pedaggico vem sendo sempre discutida em relao aos seus contedos e a

    sua relao com outras disciplinas no projeto pedaggico, para (Mattos e Neira, 2000) a

    importncia da Educao fsica depende de uma prtica educativa que tenha como eixo a

    formao do cidado autnomo e participativo.

    A lei n 630 de 17/09/1851- incluiu a ginstica no currculo escolar. Em 1882 a

    Educao Fsica recebeu grande apoio nos pronunciamentos de Rui Barbosa:

    os sacrifcios de que dependem estas inovaes parecem-nos mais que justificados,se certo que a ginstica, alm de ser o regime fundamental para a reconstituio deum povo cuja vitalidade se depaupera, e desaparece de dia em dia a olhos vistos, ,ao mesmo tempo, um exerccio eminentemente, insuprivelmente da liberdade.Dando a criana uma presena ereta varonil, passo firme e regular, preciso erapidez de movimentos, prontido no obedecer, asseio no vesturio e no corpo,assentamos insensivelmente a base de hbitos morais, relacionados pelo modo maisintimo com o conforto pessoal e a felicidade da futura famlia; damos lies praticas,de moral talvez mais poderosas do que os preceitos inculcados verbalmente(TUBINO, 1996, p. 19).

    Observamos no discurso de Rui Barbosa uma preocupao de carter eugenista ehigienista, e da necessidade da formao de um povo forte sem vcios e que cultivasse

    hbitos saudveis, observamos tambm a preocupao para a construo de um corpo dcil e

    disciplinado pronto para receber e cumprir ordens e Rui ainda faz uma critica as disciplinas

    tericas, colocando que o aspecto pratica da Educao Fsica refora valores morais e normas

    de forma mais consistente que discursos tericos.

    Esses valores na Educao Fsica escolar iriam permanecer ate o Estado Novo. Com a

    mudana do quadro poltico em 1930 o Brasil se prepara para entrar no mundo industrializado

    e tinha a preocupao de levantar a autoestima de seu povo e consolidar novos interesses

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    polticos. Dentro deste contexto o esporte visto como uma das formas de passar para o

    mundo uma imagem de um pas em ascenso.

    A partir deste novo paradigma o esporte passa a ter grande importncia na Educao

    Fsica, e este na escola passa a funcionar como forma de detectar talentos para as selees das

    diversas modalidades esportivas do pas assumindo um carter de competitividade.

    Com o inicio da Nova Republica at nossos dias a Educao Fsica vem tendo contornos

    diferentes nas escolas, no s por questes de interesse polticos ou classes dominantes, mas

    tambm por que a partir de 1980, varias pesquisas vem sendo feitas nesta rea analisando a

    sua prxis metodolgica e seus valores scio-cultural, poltico e educacional. Para Caparroz:

    os anos 80 aparecem como o nascimento de concepes e praticas pedaggicaslibertadoras, transformadoras, na perspectiva de desenvolver uma Educao Fsicavoltada para o ser humano e nos mais as necessidades do capital. As elaboraestraziam em seu bojo uma nova proposta de Educao Fsica, totalmente diferente detudo o que havia sido pensado ou experimentado, visto que a Educao Fsica que setinha ate ento s servia para a manuteno do status quo (2000, p. 9).

    Hoje, o PCN (Brasil, 1999) coloca entre os principais objetivos da Educao Fsica no

    ensino mdio, a compreenso do funcionamento do organismo e sua relao com a aptido

    fsica, noes sobre fatores do treinamento em suas praticas corporais, estudos com

    perspectiva na cultura corporal e sobre atividade fsica como promotora de sade. possvel

    trabalhar esses contedos de forma interdisciplinar, promovendo no estudante uma viso mais

    abrangente sobre a importncia da Educao Fsica na construo da sua formao.

    A MATEMTICA E OS PCNS

    A matemtica na escola sempre foi uma disciplina temida pelos alunos, a sua incluso no

    currculo deve-se:

    A identificao da educao matemtica como uma rea prioritria na educaoocorre na transio do sculo XIX para o sculo XX. Os passos que abrem essa novarea de pesquisa so devidos a John Dewey (1859-1952), ao propor em 1895, emseu livro Psicologiado nmero, uma reao contra o formalismo e uma relao notensa, mas cooperativa, entre aluno e professor, e uma integrao entre todas asdisciplinas (MIGUEL, GARNICA, DAMBROSIO, 2004, p.71).

    Muitas questes perpassam as dificuldades encontradas pelos alunos na aprendizagem da

    matemtica, como falta de conhecimento bsico das quatro operaes, carncia em saber

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    interpretar os problemas ou ento como aponta (PAVANELLO; LOPES; ARAJO, 2011)

    falta de compreenso dos livros didticos e o que os professores querem lhe comunicar.

    Os PCNs (BRASIL, 1999) entende que o ensino da matemtica deve ser visto como um

    desenvolvimento de tcnicas e estratgias que visem sua aplicao em outras reas de

    conhecimento e na vida profissional.

    A matemtica fundamental na vida das pessoas quando a conhecemos e percebemos a

    sua presena na vida diria, nos leva a uma melhor compreenso do mundo dentro de um

    raciocnio lgico Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado,

    mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais alm dele (FREIRE, 1996, p. 53)

    A importncia de se perceber quanto individuo em constante processo de mudana diante

    das novas experincias coloca a educao no papel principal de ser gerenciadora dessaformao, quando pensamos em prepara o ser humano para viver em sociedade e para o

    campo de trabalho. Quando falamos da matemtica na educao o seu valor como bem

    cultural de leitura e interpretao e interpretao da realidade e possa estar melhor preparado

    para sua insero no mundo do conhecimento e do trabalho ( PCNs, 1999, p.258).

    Entendemos que um trabalho entre Educao Fsica e Matemtica numa proposta

    interdisciplinar podem levar a um aprendizado mais prazeroso devido percepo que o aluno

    vai ter da presena da matemtica em coisas que coisas que culturalmente eles gostam, comoo ato de jogar.

    Para Huizinga (2004) o jogo uma funo da vida e uma atividade voluntaria no jogo

    que liberamos nosso verdadeiro eu, portanto aprender a matemtica jogando conduzir os

    alunos a novas experincias no universo da aprendizagem.

    Esta troca de experincias desenvolve com vantagem o aprendizado significativo,

    criando condies para um dilogo efetivo, de carter interdisciplinar, em oposio ao

    discurso abstrato do saber (BRASIL, 1999, p. 266).

    PROPOSTA INTERDISCIPLINAR ENTRE EDUCAO FSICA E MATEMTICA

    Daremos como exemplo para esta atividade interdisciplinar dois jogos em que para os

    alunos participarem e ter sucesso tero que demonstra seus conhecimentos em Educao

    Fsica e Matemtica, lembrando que as duas atividades podem se derivar em outras ou ser

    acrescida de novas perguntas, a depender da criatividade do professor.

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    JOGO (1): DRIBLANDO A MATEMTICA

    A atividade proposta ser um jogo em que os alunos tero que responder perguntas sobre

    alguns contedos da Educao Fsica, mas utilizando como recursos de pesquisa

    conhecimentos matemticos.

    Inicialmente dividimos a turma em grupos, onde cada um vai responder em ordem pr-

    estabelecida as perguntas feitas pelo professor.

    O professor determinara um tempo mnimo para cada resposta, caso o grupo eleito para

    responder erre, a pergunta passara para outro grupo e assim sucessivamente.

    Ganha a equipe que acertas mais perguntas.

    Legenda:

    Aluno:

    Bola:

    Trajetria da Bola:

    Trajetria do jogador:

    1) Pergunta: Geometricamente como voc descreveria a forma mais rpida de uma

    equipe de futsal sair da defesa e chegar ao ataque? (ver figura1)

    DEFESA ATAQUE

    Figura 1- quadra de futsal (linha reta)

    2) pergunta: Voc tcnico de uma equipe de futsal, se fosse representar atravs de uma

    figura da geometria plana com mais de dois pontos, qual a forma mais eficiente de uma

    equipe chegar ao gol adversrio qual figura voc usaria?(ver figura 2.)

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    DEFESA ATAQUE

    Figura 2 quadra de futsal (tringulo)

    3) pergunta: Se fossemos representar geometricamente a trajetria feita por um jogador que

    sai driblando o adversrio da defesa para o ataque, qual seria? (ver figura 3)

    DEFESA ATAQUE

    Figura 3 quadra de futsal (trajetria sinuosa)

    4) Pergunta: Somando os jogadores em quadra de uma equipe de futsal mais os jogadores de

    uma equipe de voleibol teramos uma equipe de que modalidade?

    FUTSAL + VOLEIBOL = FUTEBOL DE CAMPO

    5 JOGARES 6 JOGADORES 11 JOGADORES

    5) Pergunta: qual a figura geomtrica esta mais presente em um campo de futebol? (ver figura

    4).

    Figura 4 - campo de futebol (retngulos)

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    6) Pergunta: se uma equipe unodecacampeo por que ganhou quantas vezes seguidas? 11

    vezes

    7) Pergunta: No campeonato brasileiro a formula de disputa so os pontos corridos, ou seja, as

    equipes se enfrentam em jogos de ida e volta e quem fizer mais pontos o campeo.

    Matematicamente qual o nmero Maximo de pontos que uma equipe pode fazer?

    So vinte rodadas com jogos de ida e volta, ou seja, cada equipe joga duas vezes com o

    mesmo adversrio, ento se multiplica 19*19, para obtermos o resultado.

    8) Pergunta: Se X e Y representa os nmeros de atletas em quadra de uma equipe de

    basquetebol e handebol respectivamente, ento X+Y representa um conjunto de quantos

    atletas?

    Y = basquetebol X = handebol X+Y

    6 atletas 7 atletas 13 ATLETAS

    9) Pergunta: Qual a figura geomtrica que melhor representa a disposio das crianas em

    uma brincadeira de bobinho ? (ver Figura 5)

    Figura 5 - crianas brincando de bobinho (em forma de circulo)

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    JOGO (2): COPA DO MUNDO DO FUTEBOL MATEMTICO.

    Inicialmente o professor comea a aula explicando o que uma copa do mundo de

    futebol e todos os elementos que compreende este evento, como: o jogo de futebol, as

    dimenses do campo, o encontro de diversos pases, as bandeiras que representam as naes

    etc.

    Em seguida divide-se a sala em quatro grupos, sendo que cada um ter um lder.

    Para iniciar o jogo o professor lana a seguinte pergunta: A onde a matemtica esta

    presente em uma copa do mundo de futebol?

    Cada equipe ter um tempo Maximo de dois minutos para responder atravs do lder.

    As equipes respondero uma de cada vez, respeitando a ordem estabelecida pelo

    professor no inicio da atividade.

    O professor anotar no quadro (ver tabela 1) as respostas de cada equipe, no final da aula

    o grupo que estiver o grupo que identificar mais elementos da matemtica em uma copa do

    mundo de futebol ser considerado o vencedor.

    GRUPO1 GRUPO2 GRUPO3 GRUPO4O formato das

    bandeirasO resultado das

    partidasO nmero decartes por jogo

    As dimenses docampo

    O nmero deequipes

    O nmero de atletas

    No formato da bola

    Tabela 1- respostas do grupo em relao matemtica na copa do mundo de futebol.

    CONSIDERAES FINAIS

    Nosso objetivo com este trabalho foi mostra uma atividade pedaggica envolvendo as

    disciplinas Matemtica e Educao Fsica dentro de uma proposta de interdisciplinaridade.

    Uma melhor qualidade no processo ensino e aprendizagem no nosso pas um dos

    grandes desafios da educao. A nossa escola apresenta carncias de diversas ordens:

    professores desmotivados, algumas escolas sucateadas, crianas mal alimentadas, etc. a lista

    de problemas imensa, mas uma das coisas que o professor no pode perder de vista a

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    necessidade de estar constantemente se reciclando a fim de vencer os obstculos impostos na

    sua atividade profissional.

    Afinal cabe aos professores a responsabilidade de preparar as futuras geraes para o

    convvio social e o campo de trabalho.

    O individuo desempregado dificilmente vai conseguir exercer sua cidadania. Diante desta

    afirmativa o professor assume um papel fundamental nesta conquista, aquele ensino pautado

    na transmisso de conhecimento em que o aluno um simples receptor do conhecimento

    depositado pelo professor, j no atende mais as exigncias do mundo moderno.

    Os estudantes convivem com um volume imenso de informaes que at a 30 anos atrs

    s eram possveis terem acesso com muita pesquisa em bibliotecas. Hoje com a internet tudo

    esta mais fcil, mas em compensao saber selecionar e relacionar todo este conhecimentono tarefa simples.

    As atividades interdisciplinares tendem convidar os estudantes a refletir sobre como estes

    conhecimentos se relacionam e se combinem em um processo que tem como finalidade

    responder os problemas do cotidiano.

    Nossa inteno com este trabalho ampliar o leque de possibilidades de atividades que

    tenham como finalidade o trabalho interdisciplinar nas escolas.

    Nota1http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desempenho-dos-alunos-brasileiros-fica-bem-abaixo-da-

    media-mundial.Acessado em: 20/04/2012

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    http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desempenho-dos-alunos-brasileiros-fica-bem-abaixo-da-media-mundialhttp://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desempenho-dos-alunos-brasileiros-fica-bem-abaixo-da-media-mundialhttp://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desempenho-dos-alunos-brasileiros-fica-bem-abaixo-da-media-mundialhttp://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desempenho-dos-alunos-brasileiros-fica-bem-abaixo-da-media-mundialhttp://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desempenho-dos-alunos-brasileiros-fica-bem-abaixo-da-media-mundialhttp://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desempenho-dos-alunos-brasileiros-fica-bem-abaixo-da-media-mundial
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    TUBINO, Manoel Jos Gomes. O esporte no Brasil, do perodo colonial aos nossos dias.So Paulo, Ibrasa, 1996.

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