marco antonio farah

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

    ESCOLA DE QUMICA

    CARACTERIZAO DE FRAES DE PETRLEO PELA VISCOSIDADE

    Marco Antonio Farah

    Tese de Doutorado apresentada ao curso de

    Ps-Graduao em Tecnologia de Processos

    Qumicos e Bioqumicos como parte integrante

    dos requisitos necessrios obteno do grau de

    Doutor em Cincias (DSc).

    Escola de Qumica da Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutorado em Tecnologia de Processos Qumicos e Bioqumicos

    Orientadores: Professor Dr. Krishnaswamy Rajagopal - Titular Ph. D

    Professor Dr. Peter Seidl - Titular Ph.D

    Rio de Janeiro

    Maio de 2006

  • ii

  • iii

    CARACTERIZAO DE FRAES DE PETRLEO PELA VISCOSIDADE

    Marco Antonio Farah

    Tese de Doutorado submetida ao corpo docente do curso de Ps-Graduao em Tecnologia

    de Processos Qumicos e Bioqumicos da Escola de Qumica da Universidade Federal do Rio de

    Janeiro, como parte integrante dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Cincias

    (DSc).

    Professor Dr. Krishnaswamy Rajagopal - Titular Ph. D EQ-UFRJ

    Professor Dr. Peter Seidl - Titular Ph.D EQ-UFRJ

    Professor Dra. Maria Letcia Murta Valle DSc EQ-UFRJ

    Professor Dr. Ricardo de Andrade Medronho Ph. D EQ-UFRJ

    Professor Dr. Mrcio Jos M. Estillac Cardoso Ph. D IQ-UFRJ

    Dr. Ricardo Rodrigues da Cunha Pinto DSc PETROBRAS

    Professor Dr. Mrcio Luis Lyra Paredes DSc IQ-UERJ

    Dra. Maria Adelina Santos Arajo DSc PETROBRAS (s)

    Professor Dr. Rogrio Fernandes de Lacerda DSc UFF (s)

    Rio de Janeiro, RJ Brasil

    JUNHO 2006

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    FICHA CATALOGRFICA

    Farah, Marco Antnio.

    Caracterizao de fraes de petrleo pela viscosidade / Marco Antonio Farah. Rio de Janeiro:

    UFRJ/EQ, 2006.

    x, 271p, il graf., tab.

    Dissertao (Doutorado) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Ps-

    Graduao em Tecnologia de Processos Qumicos e Bioqumicos, 2001.

    1. Caracterizao; 2. Viscosidade; 3. Petrleo; 4. Equao de Walther-ASTM.

    I. Ttulo

    II. Tese (Doutorado- UFRJ-EQ)

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  • vii

    AGRADECIMENTOS A oportunidade de realizar uma tese de doutorado, depois de muitos anos de

    carreira, se constitui em uma experincia extremamente gratificante, mesmo estando

    estreitamente ligado formao engenheiros.

    Constantemente pensava em tratar e analisar o tema deste trabalho, que

    estudei durante longos anos, agregando a viso acadmica a tudo aquilo que tinha

    vivenciado profissionalmente. Sem dvida, nesta interao, fico gratificado por ter

    tido a chance de aprender no convvio universitrio novas formas de avaliar este

    tema e espero, ter retribudo Universidade com um pouco da minha experincia

    durante minha vida profissional.

    Quem me guiou esta experincia foi minha mulher, Lucia, que havia sido

    convidada para fazer uma tese na Escola de Qumica, aps o curso MBI de Gesto

    de Conhecimento. Ao acompanh-la nesta ocasio, fui tambm convidado para

    realizar esta tese.

    Agradeo Escola de Qumica, onde me graduei, por mais esta oportunidade

    de me aperfeioar profissional e pessoalmente. Em especial, os orientadores

    Professores Krishnaswamy Rajagopal e Peter Seidl, que alm do conhecimento

    cientfico, deram incondicional acompanhamento pessoal e acadmico em todos os

    momentos, o que uma caracterstica dos bons professores.

    Agradeo a Petrobras, atravs dos Gerentes Walter Luiz Brito dos Santos e

    Humberto Matrangolo de Oliveira da Universidade Petrobras, e de Rosana Kunert e

    Roberto Carlos G. de Oliveira, Gerentes anterior e atual da Tecnologia de

    Processamento Primrio e Avaliao de Petrleo do Cenpes. Aos colegas Ulysses

    Brando Pinto e Regina Clia L. Guimares por todo o apoio e incentivo prestado

    para a realizao deste trabalho.

    Agradeo aos meus colegas e amigos da Universidade Petrobras pelo

    incentivo e apoio, em especial, a Maria Adelina S. Arajo, Ricardo R. Cunha Pinto e

    Jorge Navaes Caldas.

    Ao amigo e colega Nilo ndio do Brasil pela rigorosa reviso feita ao final do

    trabalho.

    Tambm aos colegas da UERJ, em especial, Prof. Rodrigo Reis pelo apoio no

    estudo estatstico.

  • viii

    Agradeo, principalmente, minha mulher Lucia, que participou desta longa

    empreitada, em todos os momentos, passando-me a energia que s vezes faltava e,

    muitas vezes, abrindo mo de horas de lazer.

    Tambm minha famlia e amigos que souberam em todos os momentos me

    passar a tranqilidade necessria, sem cobranas por minhas ausncias em

    diversos momentos devido aos necessrios para a realizao dessa tese.

  • ix

    minha me, capaz de nos dizer com um olhar tudo aquilo que

    precisamos ouvir e que nos transmite serenidade.

    Ao meu irmo, Jorge, que soube nos ensinar

    como simples viver.

    minha mulher Lucia capaz de, sem nada ter sido dito, sentir e

    transmitir toda a fora necessria que precisamos para vencer.

  • x

  • xi

    RESUMO Farah, Marco Antonio. Caracterizao de Fraes de Petrleo pela Viscosidade. Rio de Janeiro. 2006. Tese (Doutorado em Tecnologia de Processos Qumicos e Bioqumicos) Escola de Qumica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Misturas complexas como o petrleo e suas fraes so caracterizadas por mtodos prprios que permitam conhecer o seu comportamento fsico e qumico. A caracterizao do petrleo e suas fraes pode ser obtida por mtodos analticos, o que nem sempre est disponvel, apresenta alto custo para sua determinao. Alm disso por vezes insuficiente, o que torna atraente a caracterizao efetuada por mtodos de clculo. Os mtodos de clculo encontrados na literatura utilizam em sua maioria a densidade e a temperatura de ebulio, sendo que essa ltima usualmente no est disponvel para fraes pesadas e resduos. Neste trabalho desenvolvido um mtodo alternativo para a caracterizao de fraes de petrleo atravs da viscosidade e da densidade, propriedades de fcil determinao e com possibilidade de uso para fraes pesadas. A partir da anlise do modelo de Walther-ASTM de viscosidade em funo da temperatura, identifica-se que existe correlao entre os parmetros A e B dessa equao com as propriedades dos hidrocarbonetos ligadas sua composio qumica. Esses parmetros A e B, em conjunto com a densidade, permitem classificar e caracterizar hidrocarbonetos e fraes de petrleo. A equao de Walther-ASTM a mais precisa para representar a variao da viscosidade cinemtica com a temperatura para hidrocarbonetos parafnicos, naftnicos e aromticos, petrleo e fraes, principalmente para altos valores de viscosidade cinemtica, como no caso de fraes pesadas. Emulses de gua-em-leo seguem essa mesma equao a temperaturas acima da temperatura inicial de formao de cristais de parafina e tambm abaixo desse valor, porm com menor preciso. Os parmetros A e B so constantes que independem da temperatura e que so linearmente aditivos em base mssica. A relao oAPI/(A/B), proposta para a caracterizao, mostrou-se efetiva para discriminar hidrocarbonetos puros, classificar os tipos de petrleos, classificar os tipos de resduos de destilao quanto sua constituio para a seleo de cargas para unidades de converso. A temperatura crtica, a presso crtica e a massa molar de hidrocarbonetos so efetivamente correlacionadas pelos parmetros A e B com preciso igual ou maior do que os mtodos disponveis na literatura, sendo que para fraes de petrleo essas correlaes so comparveis aos mtodos da literatura. As porcentagens de hidrocarbonetos aromticos, parafnicos e poli-aromticos em gasleos, a porcentagem de carbono saturado e a relao carbono-hidrognio de resduos, o ponto de anilina de querosenes, diesel e gasleos e o ponto de fuligem de querosenes so propriedades efetivamente correlacionadas pelos parmetros A e B, com preciso maior do que os principais mtodos da literatura. proposta uma correlao para estimar a variao da viscosidade efetiva de emulses em funo da temperatura e da frao volumtrica da fase dispersa, cujos resultados apresentam maior preciso do que os disponveis na literatura. amplo o campo de aplicao desta alternativa de caracterizao, especialmente para fraes pesadas, o que pode conduzir a novas pesquisas, como a caracterizao de resduos por destilao vcuo do petrleo pela determinao de suas coordenadas crticas e de sua massa molar. Estas informaes so importantes para aumento da eficincia dos processos de refino e para o melhor aproveitamento do petrleo.

  • xii

  • xiii

    ABSTRACT Farah, Marco Antonio. Characterization of oil fractions by viscosity. Rio de Janeiro. 2006. Thesis (Doctor in Sciences Tecnologia de Processos Qumicos e Bioqumicos) Escola de Qumica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Complex mixtures such as oil and oil fractions are characterized by specific methods enabling to assess their chemical and physical behavior. Characterization of oil and oil fractions may be achieved by analytical methods, not always available, entail significant costs and are often insufficient, making calculation methods more attractive. Most of the calculation methods available in the literature use specific gravity and boiling temperature that is not always available to heavy fractions and residues. This work presents an alternative method of characterizing oil fractions by viscosity and density, which are easily determined properties and allow one to use it for heavy fractions. From the analysis of the temperature-based Walther-ASTM viscosity equation, a correlation is evidenced between the A and B parameters of these equation, with hydrocarbon properties related to the chemical composition. Together with density, the A and B parameters, enable us to classify and characterize hydrocarbons and oil fractions. The Walther-ASTM equation is more accurate to represent kinematic viscosity variation with temperature of paraffinic, naphtenic and aromatic hydrocarbons, oil and its fractions, mainly for high kinematic viscosity values, as in the case of heavy fractions. Water-in-oil oil emulsions follow this same equation at temperatures above, and with lower accuracy below, the initial temperature of paraffin crystal formation. The A and B parameters are independent from temperature and linearly additive on a mass base. The oAPI/(A/B) ratio proposed for characterization proved to be effective to discriminate pure hydrocarbons, classify oil types, classify distillation residue types, based on their constitution, aiming at the selection of feeds for conversion units. Critical temperature and pressure and the molecular weight of hydrocarbons are effectively correlated by the A and B parameters, with equal or higher accuracy than the methods available in the literature, and for oil fractions these correlations are comparable to literature methods. The percentages of aromatic, paraffinic and polyaromatic hydrocarbons in gasoils, the percentage of saturated carbon and the carbon-hydrogen ratio of residues, the aniline point of kerosenes, diesel and gasoils and the smoke point of kerosenes are effectively correlated by the A and B parameters, with higher accuracy than by most important methods in the literature. A correlation is proposed to estimate the effective variation of viscosity in emulsions with temperature and with the volumetric fraction of the dispersed phase, whose results present higher accuracy than those available in the literature. The field for the application of this characterization alternative is vast, especially for heavy fractions, which may conduct to new researches, like as the characterization of residues by vacuum distillation of oil by determining its critical coordinates and molecular weight. This information is significant to the increased efficiency of the process of refining and to improve the use of oil.

  • xiv

  • xv

    SUMRIO

    CAPTULO 1 INTRODUO ...................................................1

    1.1 OBJETIVOS DA TESE....................................................................................2

    1.2 ESCOPO E ORGANIZAO DA TESE...........................................................3

    CAPTULO 2 CARACTERIZAO DE FRAES DE PETRLEO................................................................................7

    2.2 IMPORTNCIA E NECESSIDADE DE SE CARACTERIZAR O PETRLEO E

    SUAS FRAES ...................................................................................................9

    2.3 DESAFIOS PARA A CARACTERIZAO DE FRAES DE PETRLEO...14

    CAPTULO 3 CARACTERIZAO DE FRAES DE PETRLEO PELA VISCOSIDADE .........................................17

    3.1 TEORIA CLSSICA SOBRE A VISCOSIDADE.............................................18

    3.2 MODELOS DE VARIAO DA VISCOSIDADE DE LQUIDOS COM A

    TEMPERATURA ..................................................................................................20

    3.2.1 Modelo Semi-Terico de Eyring ............................................................22

    3.2.2 Modelo Emprico de Walther-ASTM.......................................................25

    3.2.3 Modelo Emprico de Andrade.................................................................26

    3.2.4 Modelo Emprico de Cornelissen-Waterman..........................................27

    3.2.5 Modelo Emprico de Mehrotra-Moharam................................................28

    3.3 APLICAO DOS MODELOS VISCOSIDADE-TEMPERATURA A FRAES

    DE PETRLEO....................................................................................................29

    3.4 ANLISE DOS PARMETROS DA EQUAO DE WALTHER-ASTM PARA

    A CARACTERIZAO DE SUBSTNCIAS.........................................................47

    3.5 CLASSIFICAO DE HIDROCARBONETOS E FRAES DE PETRLEOS

    PELOS PARMETROS (A) E (B) DA EQUAO DE WALTHER-ASTM ............55

  • xvi

    3.6 CARACTERSTICAS DE ADITIVIDADE DOS PARMETROS A E B DA

    EQUAO WALTHER-ASTM..............................................................................63

    3.7 CARACTERIZAO FSICO-QUMICA DE FRAES DE PETRLEO

    PELOS PARMETROS A E B DA EQUAO WALTHER-ASTM.......................71

    3.7.1 Temperatura Crtica ...............................................................................72

    3.7.2 Presso Crtica.......................................................................................79

    3.7.3 Massa Molar...........................................................................................85

    3.8 CARACTERIZAO DE FRAES DE PETRLEOS PELOS

    PARMETROS A E B ..........................................................................................92

    CAPTULO 4 ESTIMATIVA DA COMPOSIO E DE PROPRIEDADES DE FRAES DE PETRLEO USANDO A VISCOSIDADE.........................................................................95

    4.1 DETERMINAO ANALTICA DA COMPOSIO DAS FRAES DE

    PETRLEO..........................................................................................................97

    4.1.1 Mtodos Cromatogrficos ......................................................................99

    4.1.1.1 Cromatografia Gasosa (CG) ..................................................................... 99

    4.1.1.2 Cromatografia Lquida (CL) .................................................................... 101

    4.1.1.3 Cromatografia por Fluido Supercrtico (SFC).......................................... 102

    4.1.2 Mtodos Espectroscpicos ..................................................................103

    4.1.2.1 Espectrometria de Massas (MS)............................................................. 104

    4.1.2.2 Ressonncia Magntica Nuclear (RMN)................................................. 105

    4.1.3 Anlise Elementar ................................................................................106

    4.2.1 Fatores de Caracterizao ...................................................................107

    4.2.1.1 Constante Viscosidade Densidade - VGC .............................................. 107

    4.2.1.2 Fator de Caracterizao de Watson ....................................................... 110

    4.2.1.3 Interseptus ndice de Refrao-Massa Especfica................................. 112

    4.2.1.4 ndice de Caracterizao de Huang........................................................ 114

  • xvii

    4.2.1.5 Outros Fatores de Caracterizao......................................................... 116

    4.2.1.5.1 ndice de Correlao do Bureau of Mines (BMCI) ............................... 116

    4.2.1.5.2 ndice de Viscosidade .......................................................................... 116

    4.2.1.5.3 Constante Densidade-Temperatura de Ebulio................................. 117

    4.2.1.5.4 Constante Yang-Wang-Zhao ............................................................... 118

    4.2.2 Mtodos de Estimativa de Porcentagens de tomos de Carbono em

    Grupos Estruturais de Hidrocarbonetos - CP, CN, CA. ...................................119

    4.2.2.1 Mtodo ndM ............................................................................................ 120

    4.2.2.2 Mtodo ndpa .......................................................................................... 126

    4.2.2.3 Outros Mtodos ...................................................................................... 127

    4.2.2.3.1 Mtodo da disperso-refrao ............................................................. 127

    4.2.2.3.2 Anlise de Anis de Waterman............................................................ 127

    4.2.2.3.3 Mtodo de Lipkin.................................................................................. 128

    4.2.2.3.4 Mtodo de Guilyazetdinov ................................................................... 128

    4.2.2.3.5 Mtodo de Dhulesia ............................................................................. 128

    4.2.2.4 Discusso Sobre os Mtodos de Estimativa das Porcentagens CP, CN, CA

    de tomos de Carbono em Grupos Estruturais .................................................. 129

    4.2.3 Mtodos de Estimativa das Porcentagens de Hidrocarbonetos

    Parafnicos, Naftnicos, Aromticos e Poli-Aromticos.................................130

    4.2.3.1 Mtodo de Riazi- Daubert ....................................................................... 130

    4.2.3.2 Mtodo de El-Hadi e Bezzina ................................................................. 132

    4.2.3.2 Discusso sobre os Mtodos de Estimativa da porcentagem dos tipos de

    hidrocarbonetos parafnicos, naftnicos e aromticos - PNA ............................. 133

    4.3 AVALIAO DOS MTODOS DE ESTIMATIVA DA COMPOSIO DE

    FRAES DE PETRLEO ...............................................................................134

    4.3.1 Fraes na faixa da nafta e do querosene ...........................................135

    4.3.2 Fraes na faixa do diesel e do gasleo de vcuo ..............................141

    4.3.3 Discusso dos resultados ....................................................................145

    4.3.3.1 Mtodo Riazi ........................................................................................... 145

  • xviii

    4.3.3.2 Mtodo ndM ............................................................................................ 146

    4.4 AVALIAO DA COMPOSIO DO PETRLEO ..................................146

    4.5 AVALIAO DA COMPOSIO DE NAFTAS ...........................................149

    4.6 AVALIAO DA COMPOSIO DE QUEROSENES ................................148

    4.7 AVALIAO DA COMPOSIO DE LEO DIESEL..................................154

    4.8 AVALIAO DA COMPOSIO DE GASLEOS DE VCUO..................159

    4.9 AVALIAO DA COMPOSIO DE RESDUOS DE VCUO ...................167

    4.10 OCORRNCIA DOS TIPOS DE HIDROCARBONETOS NAS FRAES DE

    PETRLEO........................................................................................................171

    4.10.1 Variao da Ocorrncia dos Hidrocarbonetos com a Temperatura de

    Ebulio ........................................................................................................175

    4.10.3 Aromaticidade versus Teor de Aromticos.........................................178

    4.11 APLICAO DOS PARMETROS A E B CARACTERIZAO DE

    FRAES DE PETRLEO ...............................................................................179

    4.12 ESTIMATIVA DA COMPOSIO DE FRAES DE PETRLEO............183

    4.13 ESTIMATIVA DA PORCENTAGEM DE HIDROCARBONETOS COM OS

    PARMETROS A E B ........................................................................................191

    4.14 ESTIMATIVA DA PORCENTAGEM DE CARBONO SATURADO E

    AROMTICO USANDO OS PARMETROS A E B ...........................................200

    4.15 ESTIMATIVA DA RELAO CARBONO-HIDROGNIO USANDO OS

    PARMETROS A E B ........................................................................................204

    4.16 ESTIMATIVA DE PROPRIEDADES LIGADAS COMPOSIO QUMICA

    COM OS PARMETROS A E B.........................................................................207

    4.16.1 Ponto de Anilina ................................................................................208

    4.16.2 Ponto de Fuligem ..............................................................................213

  • xix

    CAPTULO 5 APLICAES DOS PARMETROS DA EQUAO DE WALTHER-ASTM ........................................219

    5.1 VISCOSIDADE DE MISTURAS DE FRAES DE PETRLEO.................219

    5.1.1 Mtodos de Clculos Existentes na Literatura .....................................219

    5.1.1.1 Mtodo de Wright.................................................................................... 219

    5.1.1.2 Mtodo de Maxwell ................................................................................. 220

    5.1.1.3 Mtodo de Twu ....................................................................................... 220

    5.1.1.4 Mtodo do Fator de Mistura.................................................................... 222

    5.1.1.5 Mtodo do ndice de Mistura................................................................... 222

    5.1.1.6 Mtodo Refutas....................................................................................... 223

    5.1.2 Mtodo Proposto para Estimativa de Viscosidade de Misturas

    Aditividade dos Parmetros da Equao de Walther-ASTM.........................223

    5.2 VISCOSIDADE DE EMULSES DE GUA EM LEO................................228

    5.2.1 Modelos de Viscosidade de Emulses.................................................230

    5.2.1.1 Modelos a Temperatura Constante ........................................................ 230

    5.2.1.2 Modelos a Temperatura Varivel ............................................................ 233

    5.2.2 Procedimento Experimental .................................................................234

    5.3.2 Avaliao Reolgica das Emulses .....................................................237

    5.3.2.1 Influncia da Temperatura ...................................................................... 237

    5.3.2.2 Influncia da Taxa de Cisalhamento e da Frao Volumtrica da Fase

    Dispersa.............................................................................................................. 239

    5.3.2.2 Variao da Viscosidade Cinemtica com a Temperatura ..................... 241

    5.3.3 Correlao Proposta para a Viscosidade de Emulses em Funo da

    Temperatura e Frao Volumtrica de gua. ...............................................244

    5.3.3.1 Aplicao dos Modelos da Literatura...................................................... 246

    CAPTULO 6 CONCLUSES E SUGESTES....................255

    6.1 CONCLUSES ............................................................................................255

  • xx

    6.1.1 Variao da Viscosidade com a Temperatura......................................255

    6.1.2 Parmetros A e B na Classificao de Petrleo e Fraes.................256

    6.1.3 Aditividade dos Parmetros e das relaes .........................................257

    6.1.4 Estimativa de Propriedades Termodinmicas ......................................257

    6.1.5 Estimativa de Composio e de Propriedades Relacionadas

    Composio ..................................................................................................258

    6.1.6 Estimativa de Viscosidade de Misturas ................................................259

    6.1.7 Estimativa de Viscosidade de Emulses..............................................259

    6.1.8 Parmetros A e B .................................................................................259

    6.2 SUGESTES...............................................................................................261

    BIBLIOGRAFIA .....................................................................263

    ANEXO ARTIGOS PUBLICADOS ........................................273

  • xxi

    INDICE DE FIGURAS

    Figura 2.1 Evoluo da produo de petrleo brasileira e da vazo e do oAPI do

    petrleo refinado no Brasil ........................................................................................13

    Figura 2.2 Evoluo da produo e consumo brasileiro de derivados ......................13

    Figura 2.3 Evoluo da especificao de enxofre na gasolina e diesel no Brasil ....14

    Figura 3.1 Dados de viscosidade-temperatura de petrleos obtidos por Al-Besharah

    (1989) ajustados pelo modelo de Walther-ASTM......................................................35

    Figura 3.2 Dados de viscosidade-temperatura de petrleos obtidos por Al-Besharah

    (1989) ajustados pelo modelo de Eyring ...................................................................35

    Figura 3.3 Comparao dos modelos de Eyring, Mehrotra-Moharam e de Walther-

    ASTM para os dados de petrleo obtidos por Al-Besharah (1989) ...........................36

    Figura 3.4 Dados de viscosidade-temperatura de fraes de petrleos obtidos por Al-

    Besharah (1989) ajustados pelo modelo de Walther-ASTM .....................................36

    Figura 3.5 Dados de viscosidade-temperatura de fraes de petrleos obtidos por Al-

    Besharah (1989) ajustados pelo modelo de Eyring...................................................37

    Figura 3.6 Comparao dos modelos de Eyring, Mehrotra-Moharam e de Walther-

    ASTM para os dados de fraes de petrleo obtidos por Al-Besharah (1989)..........37

    Figura 3.7 Dados de viscosidade-temperatura de lubrificantes obtidos por Al-

    Besharah (1989) ajustados pelo modelo de Walther-ASTM .....................................38

    Figura 3.8 Dados de viscosidade-temperatura de lubrificantes obtidos por Al-

    Besharah (1989) ajustados pelo modelo de Eyring...................................................38

    Figura 3.9 Comparao dos modelos de Eyring e de Walther-ASTM para os dados

    de lubrificantes obtidos por Al-Besharah (1989)........................................................39

    Figura 3.10 Dados de viscosidade-temperatura de fraes de petrleo Berri obtidos

    por Beg-Amin-Hussein (1988) ajustados pelo modelo de Walther-ASTM.................39

  • xxii

    Figura 3.11 Dados de viscosidade-temperatura de fraes de petrleo Berri obtidos

    por Beg-Amin-Hussein (1988) ajustados pelo modelo de Eyring ..............................40

    Figura 3.12 Comparao dos modelos de Eyring, Mehrotra-Moharam e de Walther-

    ASTM para dados de fraes de petrleo Berri obtidos por Beg-Amin-Hussein (1988)

    ..................................................................................................................................40

    Figura 3.13 Dados de viscosidade-temperatura de fraes de petrleo rabe Mdio

    obtidos por Beg-Amin-Hussein (1988) ajustados por Walther-ASTM........................41

    Figura 3.14 Dados de viscosidade-temperatura de fraes de petrleo rabe Mdio

    obtidos por Beg-Amin-Hussein (1988) ajustados por Eyring.....................................41

    Figura 3.15 Comparao dos ajustes dos modelos de Eyring e de Walther-ASTM

    para dados de fraes de petrleo rabe Mdio de Beg-Amin-Hussein (1988) .......42

    Figura 3.16 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de fraes de petrleo

    Ar. Pesado de Beg-Amin-Hussein (1988) ajustados pelo modelo de Walther-ASTM42

    Figura 3.17 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de fraes de petrleo

    Ar. Pesado de Beg-Amin-Hussein (1988) ajustados pelo modelo de Eyring.............43

    Figura 3.18 Comparao dos ajustes pelos modelos de Eyring e de Walther-ASTM

    para os dados de fraes de petrleo Ar. Pesado de Beg-Amin-Hussein (1988) .....43

    Figura 3.19 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de hidrocarbonetos

    parafnicos obtidos no DIPPR ajustados pelo modelo de Walther-ASTM...............44

    Figura 3.20 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de hidrocarbonetos

    parafnicos obtidos no DIPPR ajustados pelo modelo de Eyring............................44

    Figura 3.21 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de hidrocarbonetos

    naftnicos obtidos no DIPPR ajustados pelo modelo de Walther-ASTM................45

    Figura 3.22 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de hidrocarbonetos

    naftnicos obtidos no DIPPR ajustados pelo modelo de Eyring .............................45

    Figura 3.23 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de hidrocarbonetos

    aromticos obtidos no DIPPR ajustados pelo modelo de Walther-ASTM...............46

  • xxiii

    Figura 3.24 Dados experimentais de viscosidade-temperatura de hidrocarbonetos

    aromticos obtidos no DIPPR ajustados pelo modelo de Eyring............................46

    Figura 3.25 Relao A/B para os diferentes hidrocarbonetos ...................................50

    Figura 3.26 oAPI versus relao A/B de hidrocarbonetos.........................................51

    Figura 3.27 Relao C/H versus relao A/B de hidrocarbonetos ............................51

    Figura 3.28 ndice de refrao versus relao A/B de hidrocarbonetos ....................52

    Figura 3.29 Fator acntrico versus relao A/B de hidrocarbonetos.........................52

    Figura 3.30 A versus nmero de tomos de carbono de hidrocarbonetos ................53

    Figura 3.31 Relao A/B versus nmero de tomos de carbono para hidrocarbonetos

    ..................................................................................................................................53

    Figura 3.32 B versus massa molar de hidrocarbonetos ............................................54

    Figura 3.33 Massa molar versus relao A/B para hidrocarbonetos .........................54

    Figura 3.34 Temperatura de ebulio versus relao oAPI/(A/B) para hidrocarbonetos

    ..................................................................................................................................57

    Figura 3.35 Temperatura de ebulio versus fator de caracterizao de Watson para

    hidrocarbonetos.........................................................................................................58

    Figura 3.36 Relao oAPI/(A/B) de hidrocarbonetos ................................................58

    Figura 3.37 Relao oAPI/(A/B) de fraes de petrleo ............................................59

    Figura 3.38 Aditividade para a relao A/B de hidrocarbonetos, de fraes de

    avaliaes de petrleos e de fraes de refinarias ...................................................70

    Figura 3.39 Aditividade para a relao A/B de fraes de avaliaes de petrleos

    para dados no publicados .......................................................................................70

    Figura 3.40 Clculo da temperatura crtca para fraes estreitas do petrleo 769 ...79

    Figura 3.41 Clculo da presso crtica para fraes estreitas do petrleo 769.........85

  • xxiv

    Figura 3.41 Comparao dos resultados dos vrios mtodos de clculo da massa

    molar para fraes de petrleo..................................................................................92

    Figura 4.1 VGC de hidrocarbonetos........................................................................109

    Figura 4.2 Densidade versus temperatura de ebulio de hidrocarbonetos. .........111

    Figura 4.3 Fator de caracterizao de Watson de hidrocarbonetos .......................112

    Figura 4.4 ndice de refrao versus massa especfica de hidrocarbonetos...........113

    Figura 4.5 Interseptus ndice de refrao-densidade de hidrocarbonetos...............113

    Figura 4.6 ndice de Huang de hidrocarbonetos.....................................................115

    Figura 4.7 Teor de Aromticos experimental versus calculado em naftas na faixa de

    30 oC a 180 oC.........................................................................................................140

    Figura 4.8 Teor de Aromticos experimental versus calculado em querosenes na

    faixa de 140 oC a 280 oC .........................................................................................140

    Figura 4.9 Teor de Aromticos experimental versus calculado em diesel na faixa de

    240 oC a 400 oC.......................................................................................................144

    Figura 4.10 - Teor de Aromticos experimental versus calculado em gasleos na

    faixa de 380 oC a 570 oC .........................................................................................145

    Figura 4.11 Proposta de classificao de petrleos pelo fator API/(A/B) ...............148

    Figura 4.12 Ocorrncia de hidrocarbonetos em querosenes na faixa de 150 oC-270oC

    ................................................................................................................................150

    Figura 4.13 Ocorrncia de hidrocarbonetos em leo diesel na faixa de 230 oC-375oC

    ................................................................................................................................155

    Figura 4.14 Ocorrncia de hidrocarbonetos saturados em gasleos na faixa de

    360oC a 550oC ........................................................................................................165

    Figura 4.15 Ocorrncia de hidrocarbonetos mono-aromticos em gasleos na faixa

    de 360 oC a 550oC...................................................................................................165

  • xxv

    Figura 4.16 Ocorrncia de hidrocarbonetos tetra-aromticos em gasleos na faixa de

    360 oC a 550oC........................................................................................................166

    Figura 4.17 Ocorrncia de carbono aromtico em resduos na faixa de 360oC+....170

    Figura 4.18 Variao do teor de carbono aromtico em resduos na faixa de

    360oC+com a relao oAPI/(A/B) de acordo com o tipo de petrleo ........................170

    Figura 4.19 Variao do teor de asfaltenos em resduos na faixa de 360oC+com a

    relao OAPI/(A/B) de acordo com o tipo de petrleo..............................................171

    Figura 4.20 Ocorrncia dos tipos de hidrocarbonetos versus temperatura de ebulio

    em um petrleo parafnico (811) .............................................................................172

    Figura 4.21 Ocorrncia dos tipos de hidrocarbonetos versus temperatura de ebulio

    em um petrleo parafnico-naftnico (668)..............................................................172

    Figura 4.22 Ocorrncia dos tipos de hidrocarbonetos versus temperatura de ebulio

    em um petrleo naftnico (718)...............................................................................173

    Figura 4.23 Ocorrncia dos tipos de hidrocarbonetos versus temperatura de ebulio

    em um petrleo aromtico-intermedirio (926)........................................................173

    Figura 4.24 Ocorrncia dos tipos de hidrocarbonetos versus temperatura de ebulio

    em um petrleo aromtico-naftnico (787)..............................................................174

    Figura 4.25 Ocorrncia dos tipos de hidrocarbonetos versus temperatura de ebulio

    em um petrleo aromtico-asfltico (817) ...............................................................174

    Figura 4.26 Variao da ocorrncia de hidrocarbonetos naftnicos em petrleos..175

    Figura 4.27 Variao da ocorrncia de hidrocarbonetos naftnicos em petrleos..176

    Figura 4.28 Variao da ocorrncia de hidrocarbonetos aromticos em petrleos.176

    Figura 4.29 Variao da ocorrncia de hidrocarbonetos poli-aromticos e compostos

    sulfurados em petrleos ..........................................................................................177

    Figura 4.30 Ocorrncia de carbono aromtico em resduos de vcuo ....................177

  • xxvi

    Figura 4.31 Hidrocarbonetos Aromticos versus Aromaticidade (Lee et alii, 1986) 178

    Figura 4.32 Aromticos versus fatores para um petrleo parafnico (811).............180

    Figura 4.33 Aromticos versus fatores para um petrleo naftnico (718) ..............180

    Figura 4.34 Aromticos versus fatores para um petrleo aromtico-intermedirio

    (926)........................................................................................................................181

    Figura 4.35 Parafnicos versus fatores para um petrleo parafnico (811).............181

    Figura 4.36 Parafnicos versus fatores para um petrleo naftnico (718) ...............182

    Figura 4.37 Parafnicos versus fatores para petrleo aromtico-intermedirio (926)

    ................................................................................................................................182

    Figura 4.38 Porcentagem de carbono aromtico versus fatores para diferentes tipos

    de petrleos.............................................................................................................183

    Figura 4.39 VGC de hidrocarbonetos e valores de VGC adotados por Riazi(2005)

    versus a temperatura de ebulio ...........................................................................188

    Figura 4.40 Ri de hidrocarbonetos e valores de Ri adotados por Riazi (2005) versus

    a temperatura de ebulio.......................................................................................189

    Figura 4.41 ndice de refrao de hidrocarbonetos versus a temperatura de ebulio

    ................................................................................................................................190

    Figura 4.42 Densidade de hidrocarbonetos versus a temperatura de ebulio ......190

    Figura 4.43 Relao oAPI/(A/B) versus nmero de tomos de carbono..................191

    Figura 4.44 Resultados do modelo proposto para clculo da porcentagem de

    hidrocarbonetos aromticos comparados aos da literatura....................................194

    Figura 4.45 Resultados do modelo proposto para a porcentagem de hidrocarbonetos

    aromticos comparado aos da literatura para um segundo conjunto de dados .....195

    Figura 4.46 Resultados do modelo proposto para clculo da porcentagem de

    hidrocarbonetos parafnicos comparado aos da literatura......................................197

  • xxvii

    Figura 4.47 Resultados do modelo proposto para clculo da porcentagem de

    hidrocarbonetos parafnicos comparado aos da literatura para um segundo conjunto

    de dados .................................................................................................................198

    Figura 4.48 Resultados do modelo proposto para clculo da porcentagem de

    hidrocarbonetos naftnicos e poli-aromticos ........................................................200

    Figura 4.49 Resultados das correlaes propostas para carbono saturado ...........203

    Figura 4.50 Resultados das correlaes propostas para carbono saturado para um

    segundo conjunto de dados ....................................................................................204

    Figura 4.51 Resultados da correlao proposta para relao carbono-hidrognio

    comparado com outros modelos da literatura. ........................................................206

    Figura 4.52 Resultados da correlao proposta para relao carbono-hidrognio

    comparado com outros modelos para um segundo conjunto de dados. .................207

    Figura 4.53 Ponto de anilina versus porcentagem de aromticos...........................210

    Figura 4.54 Resultados da correlao proposta para ponto de anilina comparados

    com o modelo API (2005)........................................................................................212

    Figura 4.55 Resultados da correlao proposta para ponto de anilina comparados

    com o modelo API (2005) para um segundo conjunto de dados.............................213

    Figura 4.56 Ponto de Fuligem versus Porcentagem de Aromticos........................214

    Figura 4.57 Resultados obtidos com a correlao proposta para ponto de fuligem

    comparados com o modelo do API-Technical Data Book on Petroleum Refining

    (2005) ......................................................................................................................217

    Figura 4.58 Resultados obtidos com a correlao proposta para ponto de fuligem

    comparados com o modelo do API-Technical Data Book on Petroleum Refining

    (2005) para um segundo conjunto de dados...........................................................218

    Figura 5.1 Viscosidade calculada versus experimental para os dados de Riazi (1979)

    pelo mtodo proposto e pelos mtodos da literatura...............................................226

  • xxviii

    Figura 5.2 Viscosidade calculada versus experimental para os dados de Beg-Amin

    (1989) pelo mtodo proposto e pelos mtodos da literatura ...................................227

    Figura 5.3 Viscosidade calculada versus experimental para os dados de refinaria

    pelo mtodo proposto e pelos mtodos da literatura...............................................228

    Figura 5.4 Reograma do leo 1 desidratado a diferentes temperaturas. ................238

    Figura 5.5 Reograma da emulso a 20% do leo 1 a diferentes temperaturas.......238

    Figura 5.6 Reograma da emulso a 40% do leo 1 a diferentes temperaturas.......239

    Figura 5.7 Viscosidade absoluta versus taxa de cisalhamento a diferentes

    temperaturas para o leo desidratado....................................................................240

    Figura 5.8 Viscosidade absoluta versus taxa de cisalhamento a diferentes

    temperaturas a 20% de frao volumtrica da fase dispersa.................................240

    Figura 5.9 Viscosidade absoluta versus taxa de cisalhamento a diferentes

    temperaturas a 40% de frao volumtrica da fase dispersa.................................241

    Figura 5.10 Viscosidade cinemtica do leo desidratado nmero 1 e suas emulses

    versus temperatura para taxa de cisalhamento de 10 s-1........................................242

    Figura 5.11 Viscosidade cinemtica do leo desidratado nmero 1 e suas emulses

    versus temperatura para taxa de cisalhamento de 20 s-1........................................242

    Figura 5.12 Viscosidade cinemtica do leo desidratado nmero 1 e suas emulses

    versus temperatura para taxa de cisalhamento de 50 s-1........................................243

    Figura 5.13 Viscosidade cinemtica do leo desidratado nmero 1 e suas emulses

    versus temperatura para taxa de cisalhamento de 80 s-1........................................243

    Figura 5.14 Parmetros A e B da equao Walther-ASTM em funo da frao

    volumtrica da fase dispersa...................................................................................245

    Figura 5.15 Parmetros A e B da equao Walther-ASTM em funo da frao

    volumtrica da fase dispersa...................................................................................245

  • xxix

    Figura 5.16 Modelos de estimativa da viscosidade relativa a temperatura constante

    (T=8oC)....................................................................................................................246

    Figura 5.17 Modelos de estimativa da viscosidade relativa a temperatura constante

    (T=25oC)..................................................................................................................247

    Figura 5.18 Modelos de estimativa da viscosidade relativa a temperatura constante

    (T=50oC)..................................................................................................................247

    Figura 5.19 Viscosidade experimental versus calculada para o leo 1 pelo mtodo

    proposto e pelo de Ronningsen...............................................................................249

    Figura 5.20 Viscosidade experimental versus calculada para o leo 2 pelo mtodo

    proposto e pelo de Ronningsen...............................................................................249

    Figura 5.21 Viscosidade experimental versus calculada para o leo 3 pelo mtodo

    proposto e pelo de Ronningsen...............................................................................250

    Figura 5.22 Viscosidade experimental versus calculada para o leo 4 pelo mtodo

    proposto e pelo de Ronningsen...............................................................................250

    Figura 5.23 Viscosidade experimental versus calculada para o leo 5 pelo mtodo

    proposto e pelo de Ronningsen...............................................................................251

    Figura 5.24 Viscosidade experimental versus calculada para o leo 6 pelo mtodo

    proposto e pelo de Ronningsen...............................................................................251

    Figura 5.25 Viscosidade experimental versus calculada para o leo 4, publicado por

    Ronningsen, pelo mtodo proposto e pelo de Ronningsen.....................................252

  • xxx

  • xxxi

    INDICE DE TABELAS

    Tabela 2.1 Produtos do Craqueamento dos Diferentes Tipos de Hidrocarbonetos...10

    Tabela 2.2 Classificao de Petrleos segundo Tissot e Welthe (1978)..................12

    Tabela 3.1 Dados de viscosidade publicados por Al-Besharah (1989) de fraes de

    petrleo a diferentes temperaturas............................................................................30

    Tabela 3.2 Dados de viscosidade publicados por Beg-Amin-Hussein (1988) de

    fraes de petrleo a diferentes temperaturas - petrleo Berri .................................31

    Tabela 3.3 Dados de viscosidade publicados por Beg-Amin-Hussein (1988) de

    fraes de petrleo a diferentes temperaturas - petrleo rabe Pesado ..................32

    Tabela 3.4 Dados de viscosidade publicados por Beg-Amin-Hussein (1988) de

    fraes de petrleo a diferentes temperaturas - petrleo rabe Mdio.....................33

    Tabela 3.5 Comparao dos modelos de Walther-ASTM, Eyring e Mehotra-Moharam

    para os dados de viscosidade de fraes de petrleo obtidos por Al Besharah (1989)

    e Beg-Amin-Hussein (1988) ......................................................................................34

    Tabela 3.6 Dados de propriedades de hidrocarbonetos parafnicos obtidos do

    DIPPR.....................................................................................................................60

    Tabela 3.7 Dados de propriedades de hidrocarbonetos naftnicos obtidos do

    DIPPR.....................................................................................................................61

    Tabela 3.8 Dados de propriedades de hidrocarbonetos aromticos obtidos do

    DIPPR.....................................................................................................................62

    Tabela 3.9 Dados de hidrocarbonetos Riazi (1979) ..................................................64

    Tabela 3.10 Aditividade dos parmetros A e B para os dados de hidrocarbonetos

    apresentados por Riazi (1979) ..................................................................................65

    Tabela 3.11 Dados de avaliaes de petrleos de Beg-Amin (1988)........................66

  • xxxii

    Tabela 3.12 Aditividade dos parmetros A e B para os dados de avaliaes de

    petrleos de Beg-Amin (1988)...................................................................................67

    Tabela 3.13 Dados de fraes de petrleos de refinarias .........................................68

    Tabela 3.14 Aditividade dos parmetros A e B para os dados de refinarias .............69

    Tabela 3.15 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para temperatura crtica de hidrocarbonetos parafnicos ...........................77

    Tabela 3.16 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para temperatura crtica de hidrocarbonetos alquil-naftnicos ...................77

    Tabela 3.17 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para temperatura crtica de hidrocarbonetos alquil-aromticos..................78

    Tabela 3.18 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para temperatura crtica de hidrocarbonetos alquil-naftalenos...................78

    Tabela 3.19 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para temperatura crtica do conjunto de tipos de hidrocarbonetos.............78

    Tabela 3.20 Resultados das correlaes propostas para presso crtica de

    hidrocarbonetos parafnicos ......................................................................................83

    Tabela 3.21 Resultados das correlaes propostas para presso crtica de

    hidrocarbonetos alquil-naftnicos..............................................................................84

    Tabela 3.22 Resultados das correlaes propostas para presso crtica de

    hidrocarbonetos alquil-aromticos.............................................................................84

    Tabela 3.23 Resultados das correlaes propostas para presso crtica de

    hidrocarbonetos alquil-naftalenos..............................................................................84

    Tabela 3.24 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para presso crtica do conjunto de tipos de hidrocarbonetos ...................85

    Tabela 3.25 Resultados das correlaes propostas para massa molar de

    hidrocarbonetos parafnicos ......................................................................................90

  • xxxiii

    Tabela 3.26 Resultados das correlaes propostas para massa molar de

    hidrocarbonetos alquil-naftnicos..............................................................................90

    Tabela 3.27 Resultados das correlaes propostas para massa molar de

    hidrocarbonetos alquil-aromticos.............................................................................90

    Tabela 3.28 Resultados das correlaes propostas com os da literatura para massa

    molar de hidrocarbonetos alquil-naftalenos...............................................................91

    Tabela 3.29 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para massa molar do conjunto dos diversos hidrocarbonetos....................91

    Tabela 4.1 Tipos de hidrocarbonetos presentes nas fraes do petrleo. ................98

    Tabela 4.2 Valores do Interseptus e da Constante Viscosidade-Densidade de

    Hidrocarbonetos ......................................................................................................133

    Tabela 4.3 Propriedades de alguns dos petrleos estudados................................135

    Tabela 4.4 Propriedades de algumas fraes estudadas na faixa da nafta ............136

    Tabela 4.5 Propriedades de algumas fraes estudadas na faixa do querosene ...137

    Tabela 4.6 Desvios dos mtodos em relao aos valores experimentais CG de

    porcentagem de hidrocarbonetos da naftas ............................................................138

    Tabela 4.7 Desvios dos mtodos em relao aos valores experimentais CG-MS

    para querosenes .....................................................................................................139

    Tabela 4.8 Propriedades de algumas fraes estudadas na faixa do diesel...........141

    Tabela 4.9 Propriedades de algumas fraes estudadas na faixa do gasleo .......142

    Tabela 4.10 Desvios dos mtodos em relao aos valores experimentais para diesel

    obtidos por CG-MS..................................................................................................143

    Tabela 4.11 Desvios dos mtodos em relao aos valores experimentais para

    gasleos obtidos por CG-MS ..................................................................................144

    Tabela 4.12 Alguns dos petrleos estudados.........................................................147

  • xxxiv

    Tabela 4.13 Classificao de petrleos sugerida utilizando a relao oAPI/(A/B) ..149

    Tabela 4.14 Ocorrncias dos tipos de hidrocarbonetos em naftas..........................150

    Tabela 4.15 Faixas de ocorrncias de tipos hidrocarbonetos em naftas................150

    Tabela 4.16 Ocorrncias de hidrocarbonetos em naftas........................................147

    Tabela 4.17 Faixas de ocorrncias de hidrocarbonetos em naftas e petrleos .....148

    Tabela 4.18 Ocorrncias dos tipos de hidrocarbonetos em querosenes................149

    Tabela 4.19 Faixas de ocorrncias de tipos de hidrocarbonetos em querosenes..150

    Tabela 4.20 Ocorrncias de hidrocarbonetos em querosenes...............................151

    Tabela 4.21 Exemplos de ocorrncias de hidrocarbonetos por classes em

    querosenes..............................................................................................................152

    Tabela 4.22 Faixas de ocorrncias de hidrocarbonetos em querosenes ...............153

    Tabela 4.23 Ocorrncia dos tipos de hidrocarbonetos em leo diesel ....................154

    Tabela 4.24 Faixas de ocorrncias de tipos de hidrocarbonetos em diesel ............155

    Tabela 4.25 Ocorrncias de hidrocarbonetos em diesel .........................................156

    Tabela 4.26 Ocorrncias de hidrocarbonetos por classe em diesel ........................157

    Tabela 4.27 Faixas de ocorrncias de hidrocarbonetos em diesel.........................158

    Tabela 4.28 Ocorrncias de tipos de hidrocarbonetos em gasleos.......................160

    Tabela 4.29 Faixa de ocorrncia de tipos de hidrocarbonetos em gasleos...........160

    Tabela 4.30 Ocorrncias de hidrocarbonetos em gasleos ....................................161

    Tabela 4.31 Ocorrncias de hidrocarbonetos por classes em gasleos .................162

    Tabela 4.32 Faixa de ocorrncia de hidrocarbonetos em gasleos ........................163

    Tabela 4.33 Ocorrncia de hidrocarbonetos aromticos em gasleos....................164

  • xxxv

    Tabela 4.34 Ocorrncia de compostos sulfurados em gasleos .............................166

    Tabela 4.35 Faixa de ocorrncia de hidrocarbonetos aromticos e de compostos

    sulfurados em gasleos ..........................................................................................167

    Tabela 4.36 Carbono Aromtico e Saturado em Resduos ....................................169

    Tabela 4.37 Indicadores para hidrocarbonetos parafnicos em funo da temperatura

    mdia de fraes estreitas ......................................................................................185

    Tabela 4.38 Indicadores para hidrocarbonetos naftnicos em funo da temperatura

    mdia de fraes estreitas ......................................................................................186

    Tabela 4.39 Indicadores para hidrocarbonetos aromticos em funo da

    temperatura mdia de fraes estreitas ..................................................................187

    Tabela 4.40 Propriedades de alguns dos Gasleos................................................193

    Tabela 4.41 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para a porcentagem de hidrocarbonetos aromticos em gasleos ..........194

    Tabela 4.42 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para a porcentagem de hidrocarbonetos aromticos em gasleos para o

    segundo conjunto de dados ....................................................................................195

    Tabela 4.43 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para a porcentagem de hidrocarbonetos parafnicos em gasleos ..........196

    Tabela 4.44 Comparao dos resultados das correlaes propostas com os da

    literatura para a porcentagem de hidrocarbonetos parafnicos em gasleos para o

    segundo conjunto de dados ....................................................................................197

    Tabela 4.45 Resultados do modelo para estimativa de porcentagem de

    hidrocarbonetos e compostos sulfurados em gasleos...........................................199

    Tabela 4.46 Dados para estimativa de porcentagem de carbono saturado, carbono

    aromtico e relao carbono-hidrognio em resduos ............................................202

  • xxxvi

    Tabela 4.47 Resultados das correlaes para estimativa de porcentagem de

    carbono saturado e carbono aromtico em resduos por RMN...............................203

    Tabela 4.48 Comparao dos resultados obtidos pela correlao proposta com os

    da literatura para relao carbono-hidrognio em resduos ....................................206

    Tabela 4.49 Alguns dos dados para estimativa de ponto de anilina........................209

    Tabela 4.50 Resultados das correlaes para estimativa de ponto de anilina........212

    Tabela 4.51 Alguns dos dados para estimativa de ponto de fuligem ......................215

    Tabela 4.52 Comparao dos resultados da correlao proposta com os da literatura

    para ponto de fuligem de fraes de petrleo .........................................................217

    Tabela 5.1 Resultados das estimativas das viscosidades de misturas de

    hidrocarbonetos para os dados de Riazi (1979) pelos vrios mtodos ...................226

    Tabela 5.2 Resultados das estimativas das viscosidades de misturas pelos vrios

    mtodos para os dados de avaliaes de petrleos ...............................................226

    Tabela 5.3 Resultados das estimativas das viscosidades de misturas pelos vrios

    mtodos para os dados de refinaria ........................................................................227

    Tabela 5.4 Mtodos Analticos ................................................................................235

    Tabela 5.5 Propriedades dos petrleos...................................................................235

    Tabela 5.6 Viscosidade do leo Cru Desidratado 1...............................................236

    Tabela 5.7 Resultados das correlaes para os leos 1 a 6...................................248

    Tabela 5.7 Resultados das correlaes para os dados do leo 4 publicado por

    Ronningsen (1995)..................................................................................................252

  • 1

    CAPTULO 1 INTRODUO

    A caracterizao de petrleo e fraes foi reconhecida como uma

    necessidade para se otimizar processos de produo, refino e usos do petrleo e

    derivados. Para a caracterizao de substncias puras ou misturas, submete-se as

    mesmas a mtodos experimentais para a determinao de sua composio qumica

    e de suas propriedades. Uma outra forma para se proceder a caracterizao

    atravs de mtodos de clculo, que permitem, a partir de propriedades bsicas

    determinadas experimentalmente, estimar as demais propriedades e a composio

    de acordo com o tipo de hidrocarbonetos presentes. Para tal, foram desenvolvidos

    diversos mtodos estimativos a partir da determinao de propriedades bsicas e de

    simples medio.

    Nenhuma propriedade bsica como a densidade e a temperatura de ebulio

    pode ser usada, sozinha, para estimar a composio e propriedades relacionadas

    composio. Para este fim foram criados os chamados fatores de caracterizao, os

    quais se constituem em combinaes de propriedades facilmente mensurveis.

    Estes fatores, alm de indicar a natureza qumica das fraes de petrleo, podem

    ser usados em combinao com outros fatores ou propriedades para estimar a

    composio. Apesar de este problema vir sendo atacado desde os primrdios da

    indstria do petrleo, quando foram propostos os chamados fatores de

    caracterizao, a dinmica do refino faz com que ainda hoje sejam intensos os

    estudos e pesquisas neste sentido.

    Os mtodos estimativos utilizados na caracterizao conduzem a resultados

    com boa preciso, quando aplicados a produtos de faixa de ebulio leve ou mdia,

    at cerca de 360oC, de natureza parafnica ou parafnica-naftnica e com baixos

    teores de hetero-tomos. No entanto, esses mtodos no tm fornecido bons

    resultados para produtos pesados, acima de 360oC, e com predominncia de

    hidrocarbonetos de natureza aromtica ou aromtica-naftnica.

    A caracterizao efetuada por meio de mtodos estimativos , sem dvida,

    uma forma atraente na medida em que reduz os custos, permitindo respostas

    imediatas e disponibilizando informaes complementares quelas obtidas por

    meios analticos. Por outro lado, devido a grande complexidade da composio do

    petrleo e fraes, a obteno de mtodos de clculos precisos para a sua

  • 2

    caracterizao fsico-qumica representa um desafio constante, o que tem sido a

    fora motriz de inmeras pesquisas neste sentido.

    Existem os seguintes obstculos para que esta caracterizao tenha a

    preciso desejada para as fraes pesadas e residuais:

    relativamente baixa disponibilidade de dados experimentais de propriedades de fraes pesadas, que possam ser utilizadas para caracteriz-las;

    dificuldades em se associar o comportamento de uma mistura complexa de substncias, atravs de indicadores que possam simboliz-la.

    1.1 OBJETIVOS DA TESE

    Anlises preliminares de grande quantidade de dados de composio e de

    propriedades de petrleo de diversas origens e de fraes de diversos tipos, leves e

    pesadas, utilizando mtodos da literatura, mostraram a necessidade de avali-los de

    forma sistematizada. Da mesma forma, foi identificada a necessidade de se

    desenvolver mtodos mais precisos a partir de propriedades bsicas de fcil

    determinao.

    Este trabalho teve por objetivo propor uma alternativa adequada para estimar

    a composio e propriedades fsico-qumicas do petrleo e fraes e, assim,

    caracteriz-los atravs da densidade e da viscosidade, as quais so propriedades

    de fcil determinao e com possibilidade de uso para fraes pesadas. Em

    comparao com a densidade, a viscosidade decresce rapidamente com a

    temperatura e, por essa razo, ser representada neste trabalho pelos parmetros

    da equao de Walther-ASTM, (A) e (B), os quais so independentes da

    temperatura.

    Para alcanar este objetivo foram delineados os seguintes objetivos

    especficos:

    - avaliar a aplicabilidade da equao a fraes de todos os tipos e em uma ampla

    faixa de temperatura e a constncia dos parmetros (A) e (B) com a temperatura;

    - avaliar as caractersticas necessrias para um parmetro ser usado na

    caracterizao do petrleo e fraes, entre as quais se destaca a aditividade;

  • 3

    - avaliar a capacidade de estes parmetros se correlacionarem com propriedades

    fsico-qumicas, bem como estimar a composio de fraes de petrleo.

    1.2 ESCOPO E ORGANIZAO DA TESE

    Entre as diversas propriedades utilizadas para caracterizao de fraes de

    petrleo, em especfico para as fraes pesadas, a viscosidade sempre ocupou

    lugar de destaque. Isto se deve ao fato de a viscosidade ser uma propriedade

    normalmente disponvel para estes tipos de derivados, onde no possvel se

    efetuarem as anlises de destilao. Tambm a tima preciso dos mtodos

    empregados na determinao da viscosidade contribui para este fato, alm da

    possibilidade de ela poder ser obtida para fraes residuais.

    Aps consideraes preliminares sobre as necessidades e dificuldades para a

    caracterizao fsico-qumica do petrleo e fraes apresentadas no Captulo 2,

    analisa-se, no Captulo 3, o comportamento da viscosidade de hidrocarbonetos

    puros e de fraes de petrleo. O objetivo desta anlise o de se obter parmetros

    confiveis para utiliz-los na caracterizao do petrleo e suas fraes,

    especialmente as pesadas. Para este estudo, foram analisados os diversos modelos

    de variao de viscosidade com a temperatura, concentrando-se em modelos semi-

    tericos ou empricos que tm tido maior aplicao para hidrocarbonetos e fraes

    de petrleo, como a Teoria de Eyring descrita no livro The Theory of Rate Process

    (Eyring et alii, 1941) e o modelo de Walther-ASTM (Walther, 1931; ASTM-2002).

    Neste Captulo, foi avaliada a aplicao dos modelos de Eyring, de Walther-ASTM e

    de Mehrotra-Moharam (1991, 1999) para fraes de petrleo, a partir de dados de

    viscosidade de hidrocarbonetos obtidos em literatura e no banco de dados Design

    Institute for Physical Property Data - DIPPR . Tambm foram avaliados dados de

    viscosidade de petrleo e fraes obtidos na literatura, no Centro de Pesquisas e em

    refinarias da Petrobras. A anlise das equaes de Eyring, de Mehrotra-Moharam e

    de Walther-ASTM mostrou que a ltima apresenta maior preciso do que a primeira

    para todos os leos e fraes testados.

    As avaliaes realizadas no Captulo 3 mostraram que existe correlao entre

    os parmetros (A) e (B) da equao de Walther-ASTM e as propriedades fsicas dos

    hidrocarbonetos, como a densidade e o ndice de refrao, ligadas s suas

  • 4

    composies qumicas. Foi mostrado que os parmetros (A) e (B), em conjunto com

    a densidade, permitem obter a classificao de hidrocarbonetos e de fraes de

    petrleo de forma mais completa do que quando se utiliza diretamente a

    viscosidade.

    No Captulo 3, foram avaliadas as caractersticas de aditividade destes

    parmetros para dados de hidrocarbonetos e de fraes de petrleo de literatura, de

    refinarias e de avaliaes de petrleos realizadas pelo Centro de Pesquisas da

    Petrobras. Os resultados mostraram que estes parmetros apresentam as

    caractersticas necessrias caracterizao de petrleo e fraes.

    Ainda neste Captulo 3, foram obtidas correlaes entre estes parmetros e

    propriedades termodinmicas de hidrocarbonetos, como a temperatura e a presso

    crticas e a massa molar, com melhores resultados do que as correlaes existentes

    na literatura.

    No captulo 4, foi feita exaustiva anlise da composio do petrleo e de suas

    fraes a partir de dados obtidos pela Gerencia de Tecnologia de Processamento

    Primrio e de Avaliao de Petrleos do Centro de Pesquisas Leopoldo Amrico

    Miguez de Melo da Petrobrs para petrleos de todos os tipos. Cada frao de

    petrleo, separada por faixas de temperatura de ebulio, supondo-se

    fracionamento perfeito, foi representada por um elenco de hidrocarbonetos, cujas

    temperaturas de ebulio se encontram nesta faixa de acordo com os dados do

    DIPPR. Desta forma, obteve-se a possvel ocorrncia de hidrocarbonetos em

    funo da temperatura de ebulio para cada tipo de petrleo. Foi mostrado que

    esta ocorrncia varia bastante de acordo com o tipo de petrleo, seja de forma

    absoluta ou quando segregada para cada famlia de hidrocarbonetos.

    Para cada frao, foram calculados os diversos fatores de caracterizao,

    inclusive o fator proposto nesta tese, e avaliado o grau de correlao de cada um em

    funo da composio da frao. O fator proposto, usando a densidade em oAPI e

    os parmetros A e B, expresso pela relao oAPI/(A/B), mostrou-se adequado para

    distinguir as diferentes famlias de hidrocarbonetos.

    No Captulo 4, foram avaliados os mtodos ndm e o de Riazi (1979, 2005)

    para estimar a composio de fraes de petrleo dada pelos tipos de

    hidrocarbonetos para cada tipo de corte: nafta, querosene, diesel e gasleo. Os

  • 5

    resultados obtidos por estes mtodos mostraram desvios elevados comparados com

    os valores experimentais, tendo sido analisadas as possveis causas destes desvios.

    Foram desenvolvidos mtodos de clculo para estimativa da composio segundo

    os tipos de hidrocarbonetos de gasleos, os quais mostraram preciso bem maior

    do que os mtodos propostos na literatura.

    Ainda no captulo 4, foram desenvolvidas correlaes efetivas entre estes

    parmetros e a relao carbono-hidrognio e as porcentagens de carbono aromtico

    e de carbono saturado. Tambm foram sugeridas correlaes para a estimativa de

    propriedades de fraes de petrleo ligadas composio qumica como o ponto de

    fuligem e o ponto de anilina. Estas correlaes, quando comparadas com as

    existentes na literatura, se mostraram mais precisas, para uma faixa mais ampla de

    valores.

    No captulo 5, a partir das caractersticas de aditividade destes parmetros foi

    proposto um mtodo de previso de viscosidade de misturas. Este mtodo foi

    testado para misturas de hidrocarbonetos e de fraes de petrleo mostrando

    melhores resultados do que outros mtodos existentes na literatura.

    Ainda no Captulo 5, aplicou-se os parmetros da equao de Walther-ASTM

    de viscosidade ao estudo da viscosidade de emulses de gua-em-leo. Para isto,

    levantou-se os modelos que correlacionam a viscosidade de emulses com a frao

    volumtrica da fase dispersa e com a temperatura. Os modelos propostos na

    literatura para temperatura constante no apresentaram resultados adequados. Foi

    proposto um novo mtodo, que correlaciona a viscosidade de emulses em funo

    da temperatura e da frao volumtrica da fase dispersa e que apresentou maior

    preciso do que o modelo de Ronningsen (1995), nico disponvel na literatura para

    temperatura varivel.

    No Captulo 6, foram apresentadas as concluses desta tese, cujas principais

    foram as seguintes:

    - a equao de Walther-ASTM a que descreve com maior preciso a variao da

    viscosidade com a temperatura para petrleo, fraes e emulses;

    - os parmetros (A) e (B) so aditivos em base mssica e podem ser utilizados na

    caracterizao de hidrocarbonetos, petrleos, fraes e emulses de gua-em-leo;

    - as seguintes propriedades foram efetivamente correlacionadas, usando-se os

  • 6

    parmetros (A) e (B):

    - temperatura e presso crticas;

    - massa molar;

    - porcentagem de hidrocarbonetos aromticos, parafnicos, poli-aromticos e

    de compostos sulfurados em gasleos;

    - porcentagem de carbono saturado e aromtico em resduos;

    - ponto de anilina de querosene, diesel e gasleos;

    - ponto de fuligem de querosene.

    No Captulo 6 foram apresentadas ainda sugestes de futuros trabalhos nesta

    rea.

  • 7

    CAPTULO 2 CARACTERIZAO DE FRAES DE PETRLEO

    O petrleo no uma substncia homognea e suas caractersticas variam

    grandemente de acordo com o campo produtor. Isto se deve grande variedade de

    hidrocarbonetos e no-hidrocarbonetos que podem ocorrer em sua composio e

    que apresentam propriedades fsicas bastante distintas entre si. Assim, as

    propriedades fsicas dos petrleos podem variar, principalmente de acordo com o

    tipo predominante de hidrocarbonetos presentes. A diversidade de tipos e

    caractersticas de hidrocarbonetos que ocorrem no petrleo vai se refletir nos

    derivados obtidos pela sua separao por processos fsicos. Esta diversidade ser

    ainda aumentada pelos processos qumicos de transformao existentes nas

    refinarias.

    Por serem misturas complexas, o petrleo e seus derivados devem ser

    caracterizados por mtodos prprios que permitam conhecer o seu comportamento

    fsico e qumico, quando submetidos a diferentes condies de operao.

    Caracterizar uma substncia significa descrever como ela se comporta do

    ponto de vista qumico e fsico-qumico - reatividade, afinidades, incompatibilidades,

    estabilidade, solubilidade, facilidade para vaporizar, facilidade para cristalizar,

    facilidade para escoar e outras caractersticas.

    A caracterizao de uma substncia pode ser obtida por determinaes

    experimentais de sua composio e de suas propriedades qumicas e fsico-

    qumicas ou por mtodos de clculo que permitam estimar a composio e as

    propriedades da substncia.

    Misturas complexas como o petrleo podem ser caracterizadas por um

    nmero determinado de componentes. Cada um destes componentes, denominado

    pseudo-componente, definido por suas propriedades termodinmicas como a

    temperatura e presso crticas, fator acntrico e massa molar.

    A caracterizao do petrleo e fraes apresenta dois objetivos principais, os

    quais so descritos a seguir:

  • 8

    a) Determinar as quantidades relativas das famlias de hidrocarbonetos, principalmente os parafnicos, naftnicos e aromticos, para fins de projeto,

    operao, controle e otimizao de processos de refino. A caracterizao de

    misturas complexas como o petrleo e derivados pode ser feita de forma quase

    completa por meios analticos. Para fraes leves, a caracterizao poede ser feita

    por cromatografia gasosa. No entanto, impraticvel faz-lo por este mtodo

    analtico para as demais fraes. No caso das fraes mdias, usam-se tcnicas

    analticas como a espectrometria de massas e a cromatografia lquida, das quais se

    obtm dados sobre a composio, segundo os tipos de hidrocarbonetos presentes.

    Para as fraes pesadas, existem ainda maiores limitaes nos dados de

    composio obtidos por meios analticos.

    Assim, apesar de se ter diversas possibilidades de se caracterizar o petrleo

    e suas fraes por mtodos analticos, as informaes disponveis so insuficientes,

    alm de apresentarem, em muitos casos, alto custo para sua obteno. Para suprir

    esta necessidade, usual se caracterizar o petrleo e suas fraes por mtodos de

    clculo ou correlaes, as quais utilizam propriedades bsicas como temperatura de

    ebulio, densidade, viscosidade e ndice de refrao, para se obter:

    - a composio qumica das fraes segundo os tipos de hidrocarbonetos

    (Hydrocarbon Type Analysis - HTA).

    - a distribuio percentual dos tomos de carbono segundo as famlias de

    hidrocarbonetos (CP; CN; CA).

    - grandezas denominadas fatores de caracterizao, que fornecem um indicativo do

    comportamento qumico predominante no petrleo ou frao.

    b) Estimar propriedades fsico-qumicas, principalmente as propriedades termodinmicas de cada frao do petrleo, globalmente ou por pseudo-

    componentes, para prever ou avaliar o comportamento em diferentes condies

    operacionais nos equipamentos e processos de refino e, ainda, nas condies de

    sua utilizao pelos usurios finais. Cada frao pode ser representada por um ou

    mais pseudo-componentes.

    Praticamente, todas as propriedades fsico-qumicas do petrleo e derivados,

    salvo algumas propriedades termodinmicas como a temperatura e a presso

    crticas, so determinadas por mtodos analticos padronizados por instituies

  • 9

    como a American Society for Testing and Materials e outras. No entanto, tal como

    para a composio, apesar de ser possvel se efetuar estas determinaes

    experimentais, em alguns casos elas no esto disponveis ou no usual se

    determin-las, como ocorre para a massa molar e outras. Nestes casos, empregam-

    se modelos ou correlaes a partir de propriedades facilmente disponveis, como a

    densidade, a temperatura de ebulio e a viscosidade.

    2.2 IMPORTNCIA E NECESSIDADE DE SE CARACTERIZAR O

    PETRLEO E SUAS FRAES

    A caracterizao do petrleo e derivados por mtodos de clculo tem um

    papel de fundamental importncia desde a produo do petrleo at a utilizao dos

    derivados.

    O projeto e a operao de equipamentos de processo como torres de

    destilao e de extrao, decantadores, bombas, tanques, permutadores de calor e

    outros dependem de propriedades dos fluidos processados como a densidade,

    temperatura normal de ebulio, viscosidade, massa molar e presso de vapor

    (Riazi, 2005). Propriedades fsicas e termodinmicas como a capacidade calorfica,

    entalpia de vaporizao e o equilbrio de fases, necessrias ao projeto e operao

    de equipamentos podem ser determinadas atravs de propriedades como as

    coordenadas crticas, o fator acntrico e a massa molar.

    Para se avaliar os processos de transformao atravs de balanos materiais

    e energticos, necessita-se conhecer a composio da carga e dos produtos destes

    processos. Entre estes processos cita-se o de craqueamento cataltico fluido que

    transforma fraes pesadas, gasleo e resduo atmosfrico, em fraes mais leves.

    Esta transformao, porm, limitada aos hidrocarbonetos parafnicos, naftnicos,

    mono-aromticos e alguns di-aromticos mais leves uma vez que as molculas poli-

    condensadas apresentam dificuldades para serem craqueadas. Informaes

    adicionais sobre o tipo de hidrocarbonetos aromticos presentes, com 1, 2, 3 ou 4

    anis, so importantes para prever o comportamento da carga em processos como o

    craqueamento cataltico. Pelo conhecimento da cintica do processo de

    craqueamento, quanto maior o nmero de anis aromticos na molcula, mais difcil

    o seu craqueamento, Tabela 2.1 (Lerner et alii 1997). Neste caso o conhecimento

  • 10

    da composio da carga quanto aos tipos de hidrocarbonetos parafnicos, naftnicos

    e aromticos - HTA - importante para a correta seleo de carga deste processo.

    Tabela 2.1 Produtos do Craqueamento dos Diferentes Tipos de Hidrocarbonetos

    Tipo de

    Hidrocarboneto Estrutura Principais

    Reaes

    Principais

    Produtos

    Aromticos sem

    cadeia lateral

    Craqueamento

    desprezvel

    Coque

    Aromticos com

    cadeia lateral

    Diviso das

    cadeias laterais

    Compostos

    aromticos e

    olefnicos

    Nafteno-

    Aromticos com

    cadeia lateral

    Diviso das

    cadeias laterais

    e abertura do

    anel naftnico

    Compostos

    aromticos,

    parafnicos e

    olefnicos

    Uma outra situao onde importante conhecer a composio qumica das

    diversas fraes componentes na fase final de formulao dos produtos, onde se

    deseja promover a mistura dos componentes, com a natureza qumica adequada,

    para proporcionar o melhor desempenho ao derivado de petrleo. Para alguns

    produtos, como o querosene de aviao (QAV) e o diesel, so limitados os valores

    mximos dos teores de hidrocarbonetos aromticos presentes. A presena de

    compostos poli-aromticos no diesel e no querosene de aviao indesejvel, pois

    estes compostos afetam negativamente a estabilidade trmica. vasta a lista de

    mtodos tericos ou empricos propostos para a estimativa de propriedades nas

    condies desejadas, porm, esses modelos possuem validade em um conjunto

    limitado de leos e poucos destes modelos apresentam boa preciso em uma faixa

    ampla de aplicao.

  • 11

    Na caracterizao de petrleo e fraes por pseudo-componentes, um

    pequeno erro no clculo da distribuio dos tomos de carbono gera um erro muito

    grande no clculo das propriedades termodinmicas usadas nas equaes de

    estado, o que se propaga no clculo das propriedades obtidas por este mtodo

    (Brule et alii, 1985), (Riazi, 2005). Estes desvios iro se refletir na determinao das

    condies operacionais dos processos de refino e em propriedades dos derivados

    como o ponto de anilina, o ponto de fuligem, a presso de vapor e outras igualmente

    importantes.

    Historicamente, como contribuies caracterizao de fraes de petrleo

    citam-se a constante viscosidade-densidade (VGC), proposta por Hill e Coats

    (1928), o fator de Watson (KW), Watson e Nelson (1933), o fator Ri proposto por

    Kurtz e Ward (1936), o BMCI proposto por Smith (1940), o fator IH de Huang (1977)

    e o de Zhao KH (2003), como alguns dos exemplos mais importantes. Quase que

    simultaneamente, surgiram os mtodos de estimativa de composio das fraes

    por tipo de hidrocarbonetos, HTA, ou por tipo de tomos de carbono parafnicos,

    naftnicos e aromticos, CP, CN, CA para emprego na caracterizao propostos por

    Kurtz e Ward (1936), Van Nes e Van Westen (1951), Riazi e Daubert (1985),

    Dhulesia (1986), Guilyazetdinov (1995), Aparcio et alii (2002), Zhao (2003), Albahri

    e Riazi (2003), El Hadi e Bezzina (2005).

    Para estimativa de propriedades termodinmicas destacam-se os trabalhos

    realizados por Watson e Smith (1937); Winn (1955); Edmister e Okamoto (1976)

    com seus livros Applied Hydrocarbon Thermodynamics, volumes 1 e 2; Thomas

    Daubert atravs de seus inmeros trabalhos na Universidade de Pennsylvania e

    para o Instituto Americano de Petrleo; Lee-Kesler (1976); Huang (1977); Riazi

    (1979); Twu e Butts (1981); Aparcio (2002); Albahri (2003); Albahri (2006); Zhao

    (2005); Riazi (2005), entre outros.

    Pela importncia da caracterizao de petrleo e fraes, universidades

    como The Pennsylvania State University, cole Nationale Suprieure du Ptrole et

    Moteurs e Escola de Qumica da UFRJ tm realizado pesquisas e teses de mestrado

    e doutorado com este fim (Huang, 1977; Riazi, 1979; Al-Besharah, 1989, Albahri,

    1999); Souza (2005). Editoras cientficas tm publicado livros (ASTM Petroleum

    Products, Lubricants and Fossil Fuels, 2002; API Technical data Book on Petroleum

    Refining, 2002; Characterization and Properties of Petroleum Fractions, 2005) e

  • 12

    artigos (Riazi e Daubert, 1986; Riazi e Al-Sahaf, 1996; Zhao et alii, 2004; Albahri et

    alii, 2003; Aparcio et alii, 2002; Saraf e Chatterjee, 2004; El-Hadi e Bezzina, 2005;

    Albahri, 2005).

    O American Petroleum Institute (API) apresenta algumas destas inmeras

    correlaes nos dezesseis captulos do API Technical Data Book on Petroleum

    Refining (2005), as quais foram desenvolvidas, em sua maioria, para elencos

    especfico de petrleos, de elevado contedo de fraes leves, encontrados no

    oeste dos Estados Unidos e no Oriente Mdio e que, segundo Tissot-Wellthe (1978),

    Tabela 2.2, so classificados como parafnicos, parafnicos-naftnicos e alguns

    poucos naftnicos.

    Tabela 2.2 Classificao de Petrleos segundo Tissot e Welthe (1978)

    Concentrao em volume no resduo do leo cru acima de 210oC

    S: saturados AA: aromticos +

    + resinas + + asfaltenos

    P: parafinas N: naftnicos

    Tipo de leo cru

    Teor de

    Enxofre no leo

    P > N e P > 40% Parafnicos < 1%

    P 40%; N < 40% Parafnico-Naftnicos < 1%

    S > 50%

    AA < 50% N > P e N> 40% Naftnicos < 1%

    P >10% Aromticos-Intermedirios > 1%

    N > 25% Aromtico-Naftnicos < 1% S < 50%

    AA > 50% P< 10% N 1%

    No entanto, no atual contexto da indstria do petrleo e em uma perspectiva

    futura, h a necessidade de se cobrir uma faixa mais ampla de crus e fraes mais

    pesadas onde os modelos ora existentes nem sempre so vlidos. Este ponto

    ilustrado pela Figura 2.1, a qual mostra a evoluo com o tempo do oAPI do petrleo

    refinado no Brasil.

    Um outro ponto que refora esta necessidade a demanda crescente de

    derivados mais leves e com maior exigncia de qualidade, como mostrado nas

    Figuras 2.2 e 2.3, os quais devem ser obtidos por processos de transformao. Para

    atender este contexto, necessrio se dispor dos processos de transformao de

  • 13

    fraes pesadas e resduos em fraes leves e mdias, permitindo a adequao do

    perfil do refino ao da demanda do mercado.

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006

    Ano

    Vazo de Petrleo (bpd x 103)

    Petrleo Refinado Produo de Petrleo Nacional API do Petrleo Refinado

    oAPI do Petrleo Refinado

    34

    32

    30

    28

    26

    oAPI do Petrleo Refinado

    Figura 2.1 Evoluo da produo de petrleo brasileira e da vazo e do oAPI do

    petrleo refinado no Brasil

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    80%

    90%

    100%

    GLP Nafta Petroqumica Gasolina QAV leo Diesel leo Combustvel Produtos Especiais

    PRODUO PRODUOMERCADO MERCADO

    2000 2010

    Fonte Petrobras/Abastecimento

    Figura 2.2 Evoluo da produo e consumo brasileiro de derivados

  • 14

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    500

    50

    3500

    1000

    2000

    500

    Teor de Enxofre (ppm)

    1000 400 80Gasolina Comum C

    leo Diesel Interior

    leo Diesel Metropolitano

    3500

    1000

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    500

    50

    3500

    1000

    2000

    500

    Teor de Enxofre (ppm)

    1000 400 80Gasolina Comum C

    leo Diesel Interior

    leo Diesel Metropolitano

    3500

    1000

    Fonte Agncia Nacional de Petrleo

    Figura 2.3 Evoluo da especificao de enxofre na gasolina e diesel no Brasil

    2.3 DESAFIOS PARA A CARACTERIZAO DE FRAES

    DE PETRLEO

    Desde o incio da indstria de petrleo, detectou-se a necessidade de se

    dispor de mtodos de estimativa da caracterizao fsico-qumica das fraes do

    petrleo, devido dificuldade de se dispor de mtodos analticos que forneam

    estes dados a um custo baixo, tal como citaram Van Nes e Van Westen (1951) em

    seu livro Aspects of the Constitution of Mineral Oils e reafirmaram Altgelt e

    Boduszynski (1994), mais recentemente.

    ...a separao das fraes pesadas em componentes individuais uma

    empreitada sem esperana. Mesmo a preparao e identificao de fraes

    uniformes contendo exclusivamente molculas de mesmo tipo e tamanho

    extremamente difcil e demanda muito tempo.

    Esta afirmao, feita h mais de 50 anos, ainda permanece atual, tornando-se

    cada vez mais presente na medida em que cresce a necessidade de conhecimento

    fsico-qumico do petrleo e suas fraes, especialmente as pesadas. Quanto maior

    o ponto de ebulio da frao de petrleo, maior a sua complexidade qumica e

    tanto mais difcil e cara a sua caracterizao por tcnicas analticas de laboratrio.

    O emprego da cromatografia gasosa permi