mapa de riscos risco de mercado - cvm · 2016-02-12 · boletim de risco ano iv . nº 28....

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Boletim de Risco Ano IV . Nº 28. Fevereiro/2016 Cenário Nota: a data de corte das informações é 31/01/2016. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver Notas Metodológicas na penúltima página. Notas de Referência na última página. CONFIDENCIAL - EXCLUSIVO PARA USO INTERNO Risco de Mercado Risco de Liquidez Apetite pelo Risco Risco Macro dezembro-15 janeiro-16 Fonte: Bloomberg; CVM. Elaboração: ASA/CVM. Nota: Variações nos cenários representados pelo mapa são calculadas a partir de indicadores selecionados deste "Boletim"; pontos mais distantes do centro significam maiores riscos ou maior apetite pelo risco. Para uma descrição dos critérios utilizados para a construção do mapa, ver a seção "Notas Metodológicas". Mapa de Riscos Nosso Mapa de Riscos iniciou o ano de 2016 sinalizando alta no indicador de risco de liquidez. Após análise mais apurada, constata-se que tal fato possui relação com a queda generalizada do preço das ações que compuseram a amostra do indicador em janeiro (a despeito da recuperação parcial no final do mês) [1] . Tal queda de performance do mercado acionário brasileiro (gráfico 2.1), em conjunto com o aumento do spread de taxas de títulos de países emergentes versus treasuries americanos (gráfico 4.2), aponta em nosso Mapa a redução ainda mais acentuada no apetite pelo risco. Um comportamento atípico observado no mês foi a persistência da alta volatilidade no índice IFIX (fundos imobiliários gráfico 2.6), cujo setor se encontra fortemente pressionado pela conjuntura econômica e possibilidades de alterações tributárias. A despeito da fraqueza observada no mercado acionário brasileiro durante boa parte do mês de janeiro, o fluxo líquido de capitais estrangeiros que deixou o país foi de apenas US$ 160mi, totalizando nos últimos seis meses uma saída líquida de US$ 4,7bi (gráfico 1.5). Apesar do sinal de alerta em relação a esse indicador em especial, o ajuste nas contas externas continua a passos largos. Com a manutenção do câmbio em patamares depreciados (gráfico 1.1), o déficit em conta corrente acumulado em 12 meses reduziu-se em US$ 45bi em relação aos 12 meses imediatamente anteriores (ou em 43%) [2] . Ainda no tocante às contas externas, o avanço do ajuste mencionado se mostra robusto principalmente quando comparado com o montante de reservas internacionais. Ajustando o valor reportado das reservas internacionais pelas perdas acumuladas com os swaps cambiais [3] , o Brasil alcançou reservas no valor de 1,1 anos de importações de bens/serviços + rendas brutas enviadas, valor máximo da série (a partir de 2002). Esse valor se encontra mais favorável que os indicadores recentes de peers como Turquia, África do Sul, Indonésia e Índia [4] , sendo que os três primeiros também vêm enfrentando forte depreciação cambial. O valor do ajuste em conta corrente também se mostra importante para suportar o risco dos vencimentos de títulos corporativos brasileiros [5] em moeda estrangeira para 2016. Dados da Bloomberg estimam o equivalente a US$10,9 bi em vencimentos de fevereiro a dezembro de 2016, sendo que, desse montante, US$5,5bi são de empresas não financeiras e US$5,3bi, de empresas financeiras. A esses valores ainda somam-se US$1,2bi em linhas de empréstimo sindicalizado ao setor não financeiro e mais US$2,5bi a instituições financeiras. Ainda que os riscos de deterioração nas contas externas e drenagem de reservas estejam relativamente mitigados, alguns fatores que poderiam impulsionar o crescimento global e nacional ainda se encontram longe de patamares historicamente mais favoráveis. Na China, apesar do ritmo anual de crescimento do agregado monetário M1 e do ritmo de concessão de novos empréstimos estarem em aceleração desde junho de 2015 [6] , a taxa anual de crescimento nos investimentos em ativos fixos é a mais baixa da série desde 2003 e a taxa anual de crescimento das importações ainda está em território negativo. Nos EUA, diversos indicadores apontam para uma desaceleração, tais como a razão de estoques no atacado versus vendas [7] e a taxa negativa de crescimento anual na produção industrial. Indicadores de risco de crédito mostram alta relevante, como por exemplo, o spread médio pago por títulos corporativos high-yieldamericanos [8] , que atingiu o maior valor desde 2011. A correlação desse spread com os retornos do índice S&P é fortemente negativa, e, na última vez que os spreads atingiram o patamar atual, o índice S&P encontrava-se mais de 600 pontos abaixo do seu valor atual. Dessa forma, espera-se que a aversão ao risco continue em patamares altos em nosso Mapa.

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Page 1: Mapa de Riscos Risco de Mercado - CVM · 2016-02-12 · Boletim de Risco Ano IV . Nº 28. Fevereiro/2016 ... no índice IFIX (fundos imobiliários ... concessão de [novos empréstimos

Boletim de Risco Ano IV . Nº 28. Fevereiro/2016

Cenário

Nota: a data de corte das informações é 31/01/2016. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver Notas Metodológicas na penúltima página. Notas de Referência na última página.

CONFIDENCIAL - EXCLUSIVO PARA USO INTERNO

Risco de Mercado

Risco de Liquidez

Apetite pelo Risco

Risco Macro

dezembro-15

janeiro-16

Fonte: Bloomberg; CVM. Elaboração: ASA/CVM.

Nota: Variações nos cenários representados pelo mapa são calculadas a partir de indicadores selecionados deste "Boletim";pontos mais distantes do centro significam maiores riscos ou maior apetite pelo risco. Para uma descrição dos critérios utilizadospara a construção do mapa, ver a seção "Notas Metodológicas".

Mapa de Riscos

Nosso Mapa de Riscos iniciou o ano de 2016 sinalizando alta no indicador de risco de liquidez. Após análise mais apurada, constata-se que tal fato possui relação com a queda generalizada do preço das ações que compuseram a amostra do indicador em janeiro (a despeito da recuperação parcial no final do mês) [1].

Tal queda de performance do mercado acionário brasileiro (gráfico 2.1), em conjunto com o aumento do spread de taxas de títulos de países emergentes versus treasuries americanos (gráfico 4.2), aponta em nosso Mapa a redução ainda mais acentuada no apetite pelo risco. Um comportamento atípico observado no mês foi a persistência da alta volatilidade no índice IFIX (fundos imobiliários – gráfico 2.6), cujo setor se encontra fortemente pressionado pela conjuntura econômica e possibilidades de alterações tributárias.

A despeito da fraqueza observada no mercado acionário brasileiro durante boa parte do mês de janeiro, o fluxo líquido de capitais estrangeiros que deixou o país foi de apenas US$ 160mi, totalizando nos últimos seis meses uma saída líquida de US$ 4,7bi (gráfico 1.5). Apesar do sinal de alerta em relação a esse indicador em especial, o ajuste nas contas externas continua a passos largos. Com a manutenção do câmbio em patamares depreciados (gráfico 1.1), o déficit em conta corrente acumulado em 12 meses reduziu-se em US$ 45bi em relação aos 12 meses imediatamente anteriores (ou em 43%) [2].

Ainda no tocante às contas externas, o avanço do ajuste mencionado se mostra robusto principalmente quando comparado com o montante de reservas internacionais. Ajustando o valor reportado das reservas internacionais pelas perdas acumuladas com os swaps cambiais[3], o Brasil alcançou reservas no valor de 1,1 anos de importações de bens/serviços + rendas brutas enviadas, valor máximo da série (a partir de 2002). Esse valor se encontra mais favorável que os indicadores recentes de peers como Turquia, África do Sul, Indonésia e Índia[4], sendo que os três primeiros também vêm enfrentando forte depreciação cambial.

O valor do ajuste em conta corrente também se mostra importante para suportar o risco dos vencimentos de títulos corporativos brasileiros[5] em moeda estrangeira para 2016. Dados da Bloomberg estimam o equivalente a US$10,9 bi em vencimentos de fevereiro a dezembro de 2016, sendo que, desse montante, US$5,5bi são de empresas não financeiras e US$5,3bi, de empresas financeiras. A esses valores ainda somam-se US$1,2bi em linhas de empréstimo sindicalizado ao setor não financeiro e mais US$2,5bi a instituições financeiras.

Ainda que os riscos de deterioração nas contas externas e drenagem de reservas estejam relativamente mitigados, alguns fatores que poderiam impulsionar o crescimento global e

nacional ainda se encontram longe de patamares historicamente mais favoráveis. Na China, apesar do ritmo anual de crescimento do agregado monetário M1 e do ritmo de concessão de novos empréstimos estarem em aceleração desde junho de 2015[6], a taxa anual de crescimento nos investimentos em ativos fixos é a mais baixa da série desde 2003 e a taxa anual de crescimento das importações ainda está em território negativo.

Nos EUA, diversos indicadores apontam para uma desaceleração, tais como a razão de estoques no atacado versus vendas[7] e a taxa negativa de crescimento anual na produção industrial. Indicadores de risco de crédito mostram alta relevante, como por exemplo, o spread médio pago por títulos corporativos “high-yield” americanos[8], que atingiu o maior valor desde 2011. A correlação desse spread com os retornos do índice S&P é fortemente negativa, e, na última vez que os spreads atingiram o patamar atual, o índice S&P encontrava-se mais de 600 pontos abaixo do seu valor atual. Dessa forma, espera-se que a aversão ao risco continue em patamares altos em nosso Mapa.

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1. Macro-ambiente

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17 1.2. Taxa de Juros (% a.a.) - Títulos Públicos (2 jan. 2010 – 31 jan. 2016)

India Indonesia Africa do Sul Turquia Brasil

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Estados Unidos Fonte: Bloomberg

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8001.4. CDS Soberanos ( p.b. ) - EUA e Europa (2 jan. 2010 - 31 jan. 2016

Reino Unido Alemanha França Itália Espanha EUA Portugal (Dir)

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1.1. Desempenho de moedas selecionadas contra o dólar - (2 jan. 2010 - 31 jan. 2016)

Brasil Índia Indonésia África do Sul Turquia

Fonte: Bloomberg

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1.3. CDS Soberanos ( p.b. ) - Emergentes (2 jan. 2010 - 31 jan. 2016

África do Sul Indonésia Brasil Turquia

Fonte: Bloomberg

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1.6. Investimento Estrangeiro em Carteira (R$ bilhões) - (jan. 2010 - dez. 2015)

Fonte: CVM/SIN

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1.5. Investimento Estrangeiro em Bolsa (R$ bilhões) - (jan. 2010 - jan. 2016

Fonte: BM&FBovespa

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2. Risco de Mercado

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2.1. Índices de ações (MSCI) - últimos 12 meses (em dólar)

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2.2. Índices de ações (MSCI) - volatilidade anualizada % (30d)

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2.3. Índices de títulos corporativos - últimos 12 meses (em dólar)

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Fonte: Bloomberg

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2.4. Índices de títulos corporativos - volatilidade anualizada % (30d)

Emergentes Avançadas

Fonte: Bloomberg

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2.5. Índices de referência para fundos de investimento - últimos 12 meses

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2.6. Índices de referência para fundos - volatilidade anualizada % (30d)

IFR-M IMA-B IFIX IFHA IMA-G

Fonte: Bloomberg

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3. Risco de Liquidez

4. Apetite pelo Risco

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4.2. Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries (% a.a.) (1 jan. 2010 - 31 jan. 2016)

Fonte: Bloomberg

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4.1. Preço/Lucro Estimado - MSCI Indices (9 jul 2010 - 29 jan. 2016)

Brasil Emergentes Avançadas

Nota: A unidade refere-se ao desvio-padrão em relação à média. Fonte: Bloomberg

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3.2. Índice de Liquidez - Fundos ICVM 555 (2 jul. 2012 - 31 jan. 2016)

Fonte: CVM

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3.1. Bid-Ask Spread - Ações Ibovespa (23 fev. 2012 - 31 jan. 2016)

Média Móvel (21d) Mediana Metade Menor Turnover

Fonte: Bloomberg

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Notas Metodológicas Os gráficos e análises deste relatório são, completamente ou parcialmente, baseados em dados não proprietários da CVM, incluindo dados de provedores comerciais e autoridades públicas. A CVM

utiliza estes dados em boa fé e não se responsabiliza por sua precisão ou completitude. O conteúdo deste relatório é meramente analítico e não constitui nem implica em recomendações de investimento.

Mapa de Riscos Risco Macro: média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score )da janela móvel de 2500 dias do CDS soberano brasileiro (gráfico 1.3). Intervalos de Z-score correspondentes a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1. Risco de Mercado: média simples da média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score) da janela móvel de 1250 dias da volatilidade anualizada de 30 dias dos índices MSCI Brasil e Anbima IMA-Geral. Intervalos de Z-score para ambos indicadores correspondentes a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1 . Risco de Liquidez: média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score) da janela contínua do indicador de bid-ask spread (gráfico 3.1). Intervalos de Z-score correspondente a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1. Apetite Pelo Risco: média simples da média aritmética mensal do Índice Preço/Lucro Estimado (gráfico 4.1) e do Z-score da janela móvel de 1250 dias do indicador de Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries (gráfico 4.2) . Intervalo de Z-score para Índice Preço/Lucro Estimado correspondente a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1. Intervalo de Z-score para Indicador de Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries correspondentes a Escala de Risco: Abaixo de -2dp => 5 Entre -1,5 e -0,5dp => 4; Entre -0,5 e 1dp => 3; Entre 1 e 2dp => 2; Acima de 2dp => 1. Macro-ambiente Desempenho de moedas selecionadas contra o dólar. Evolução diária do dólar americano em relação às moedas locais de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil. Taxa de Juros. Evolução diária das taxas de juros anuais dos títulos públicos (em moeda local), calculadas a partir dos índices de títulos da Bloomberg, dos EUA e de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil. CDS (Credit Default Swap). Contrato derivativo de crédito no qual o comprador realiza uma série de pagamentos (conhecida como “spread” ou “prêmio”) ao vendedor em troca de proteção contra evento de crédito (default) relacionado ao emissor do ativo. Quanto maior a probabilidade de default, maior será o prêmio do CDS, funcionando como medida de risco de crédito da entidade de referência. Os gráficos refletem o comportamento diário do preço de fechamento ( em pontos-base ) dos CDS soberanos ( 5 anos ) de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil, dos EUA e de alguns países europeus mais acompanhados pelos analistas. Investimento Estrangeiro em Bolsa. Fluxo mensal líquido dos investimentos estrangeiros no mercado secundário da bolsa, segmento Bovespa ( ações e derivativos de ações ). Investimento Estrangeiro em Carteira. Movimentação mensal líquida dos investidores não-residentes registrados na CVM, de acordo com a Resolução 2.689.

Risco de Mercado MSCI Indices. Índices de ações calculados pela Morgan Stanley Capital International. O MSCI World Index (denominado, neste boletim, como ‘Avançadas’) reflete a performance dos mercados acionários de 24 países desenvolvidos. O MSCI Emerging Markets Index (aqui denominado como ‘Emergentes’) mede o desempenho das ações de companhias de 21 países emergentes, incluindo os BRICs. A MSCI também avalia os mercados individualmente, como é o caso do MSCI Brazil Index. Índices de títulos corporativos. Índices desenvolvidos pela Bloomberg para medir o desempenho de títulos pré-fixados de dívida corporativa, de grau de investimento, denominados em dólar. O BIEM Index (aqui denominado como ‘Emergentes’) refere-se a títulos privados de emissores nos mercados emergentes, enquanto que o BCOR Index (denominado, neste boletim, como ‘Avançadas’) aos emissores dos países desenvolvidos. Na metodologia da Bloomberg,os títulos são ponderados pelo valor de mercado, sendo que o peso do Brasil no BIEM index é de aproximadamente 22%. Índices de referência para fundos de investimento. IRF-M = índice composto por uma cesta de títulos públicos federais pré-fixados (LTN e NTN-F). Serve como benchmark para as aplicações de renda fixa pré-fixadas. IMA-B = índice de renda fixa que representa a evolução, a preços de mercado, de uma carteira de títulos públicos federais atrelados ao IPCA (NTN-B). IHFA = índice representativo da indústria de hedge funds no Brasil, cujo valor é reflexo, em moeda corrente, da evolução de uma aplicação hipotética em cotas de uma cesta de fundos multimercados selecionados de acordo com metodologia da ANBIMA. IFIX = carteira teórica composta pelas cotas de fundos imobiliários mais negociados na bolsa e serve para medir o desempenho da indústria de FIIs no Brasil. IMA-G = média ponderada dos retornos diários dos índices IMA-B, IMA-C (títulos públicos federais atrelados ao IGPM), IMA-S (títulos públicos federais pós fixados) e IRF-M. Volatilidade. É uma medida de dispersão dos retornos de um título ou índice de mercado. A volatilidade 30d refere-se ao desvio-padrão anualizado das variações de preço (fechamento) nos últimos 30 dias de negociação, expresso como uma percentagem. É um dos parâmetros mais frequentemente utilizados como forma de mensurar o risco de mercado de um ativo financeiro. Quanto maior a volatilidade, maior o risco de preço do ativo considerado. Risco de Liquidez Bid/Ask Spread. É a diferença entre os preços de venda (ask) e compra (bid) de um ativo, sendo utilizada como uma medida da profundidade do mercado. Na comparação de diferentes ativos, é comum referir-se à razão do spread em relação ao seu preço médio. Quanto menor esta percentagem, maior a liquidez do ativo. O gráfico refere-se à mediana do spread da metade das ações da carteira teórica do Ibovespa com menor volume de negócios acumulado num determinado mês. Índice de Liquidez – Fundos ICVM 555. Razão entre o valor dos Ativos Líquidos ( de acordo com a definição da ICVM 512 ) e do Patrimônio Líquido ajustado do dia, expresso em percentagem. Na construção da série histórica diária, foram excluídos os Fundos de Cotas (FIC). Apetite pelo Risco Índice Preço/Lucro Estimado (P/L). O quociente da divisão do preço corrente pelo lucro líquido por ação estimado para os próximos 12 meses, de acordo com o consenso médio de analistas de mercado, excluídas empresas com projeção de prejuízo por ação. Assim, o P/L é o tempo que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, pelo recebimento do lucro gerado por uma empresa. Um elevado P/L indica que as ações da companhia estão sobrevalorizadas em relação à sua performance recente. Inversamente, um baixo P/L aponta que as ações estão subvalorizadas em comparação com seu potencial de lucro. Neste Boletim, a avaliação por país ou região é realizada tendo como referência os dados semanais dos P/L dos índices de ações da MSCI. A unidade refere-se aos desvios padronizados ( z-score ) em relação à média móvel das últimas 250 semanas de negociação. Desta forma, mais de 2 desvios-padrão indicam que as ações, em média, estão sobrevalorizadas (+2 d.p.) ou subvalorizadas (- 2 d.p.). Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries. Diferença entre o retorno de uma cesta de títulos corporativos e públicos ( investment grade) de países emergentes em relação ao rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, expressa em percentagem anual. Os cálculos têm como referência o BEMI Index ( índice composto de títulos corporativos e públicos de países emergentes ) e o BUSY Index ( índice de títulos do Tesouro dos EUA) , ambos desenvolvidos pela Bloomberg. O peso do Brasil no BEMI Index é de cerca de 20%. 5

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Page 6: Mapa de Riscos Risco de Mercado - CVM · 2016-02-12 · Boletim de Risco Ano IV . Nº 28. Fevereiro/2016 ... no índice IFIX (fundos imobiliários ... concessão de [novos empréstimos

Notas de Referência

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[1] Conforme o preço das ações cai, um mesmo spread nominal sem alterações bruscas (em centavos) começa a se tornar um percentual cada vez maior do preço. [2] Fonte: BCB. [3] Fonte: BCB. O valor foi obtido convertendo o resultado mensal em reais para dólares pela taxa média de compra do mês. Dessa forma, as reservas internacionais, que se encontravam num patamar de US$349bi em dezembro, passam para US$329bi. O racional por detrás desse ajuste aritmético é o de que os swaps são incorridos justamente para evitar vendas líquidas no mercado spot de dólares. [4] Fonte: FMI. Índia = 0,63 (06/15); África do Sul = 0,35 (06/15); Indonésia = 0,65 (09/15); Turquia = 0,64 (09/15). [5] Foram consultados títulos com as seguintes características: títulos em moeda estrangeira a vencer e emitidos por entidades cuja fonte principal de risco econômico é o Brasil, ou ainda de companhias sediadas no Brasil ou então títulos garantidos por companhias sediadas no Brasil. Os montantes são contabilizados a valor de face e não incluem eventuais cupons a serem quitados. [6] Fonte: Bloomberg. Dados até dezembro. O primeiro valor atingiu o maior patamar desde jan/2013 e o segundo cresce num ritmo anual acima de taxas vistas pela última vez em ago/2012. [7] http://www.zerohedge.com/news/2016-01-08/wholesale-trade-data-suggest-manufacturing-recession-spreading-entire-economy [8] Barclays US Corporate HY OAS spreads.