manual telhados ipt

Upload: rafael-schneider-flach

Post on 18-Jul-2015

2.274 views

Category:

Documents


70 download

TRANSCRIPT

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    1/80

    OBE TUDE

    ADEIRA ETElHADOSCOM -TELHAS CERAMICAS

    -MANUAL DE EXECUCAO

    Divisaode

    Edifica;oes do IPT

    Sao Paulo1988

    @ s induscon - spS ind ica tod a I nd u st ri ad a C o n s t r u c a o C i v i ld e G r a n de s E s t r u tu ra sno E sta do de s a o Pau loInstituto de Pesquisas Tecnol6gicasdo Estado de Sao Paulo S.A.

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    2/80

    1988, Instituto de PesquisasTecnoloqicas do Estado de Sao Paulo S.A. - IPTCidade Univers i t a r i a "Armando de Salles Oliveira" - Sao Paulo - SPCaixa Postal 7141 - CEP 01000Endereco TelegrMico: TECNIST - Telex: (011) 83144 INPT BRTelefone: (011) 268-2211

    EQUIPE TEcNICA:

    Este trabalho foi desenvolvido pelos seguintes tecnicos do Agrupamento deComponentese Sistemas,da Divisao de Edificacdes do IPT:

    -- Engenheiro Ercio Thomaz;

    - Engenheiro Claudio Vicente Mitidieri Filho;

    - Arquiteto Walter Caiaffa Hehl;

    - Engenheira Vera da Conceicao Fernandes;

    - DesenhistaGilson Canton Valeriote;

    -- Estaqiario Julio Osamu Yoshida.

    Coordenacao de diaqrarnacao e Capa (Sinduscon-SP):- Clair de Paula Ribeiro (MTb 17634)

    Publicacao IPT 1781ISBN 85-09-0042-5

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    3/80

    _ . -. ,o

    APRESENTACAO

    Dando continuidade as atividades de difusao de informac;:5es previstas no Protocolo de CooperacarTecnica IPT/SINDUSCON, apresentamos ao meio tecnico a publicacao "Cobertura com Estrutur.de Madeira e Telhados com Telhas Ceramicas - Manual de Execucao". Na elaboracao deste trabalhcresultado de estudos desenvolvidos no ambito do Programa de Assistencia Tecnol6gica a Industriade Ceramica Vermelha, 0 IPT contou com a partlcipacso dos produtores de telhas cerarnicas, com (apoio da Secretaria de Ciencia e Tecnologia do Estado de Sao Paulo e do Sindicato de Cerarnica parConstrucao do Estado de Sao Paulo.o manual reune e sistematiza informac;:5es sobre a tecnica construtiva desse tipo de telhado

    oferecendo aos construtores urn texto pratico e completo sobre 0 assunto; nele sao ressaltado.diversos detalhes construtivos, que sao fundamentais para 0 born desempenho da cobertura.

    o manual incorpora dados atualizados das normas brasileiras sobre telhas cerarnicas e traz urn,ccntribuicao inedita ao projeto dos telhados com estrutura de madeira e telhas cerarnlcas, apresentando um metoda pratico para 0 pre-dirnensionarnento de caibros e tercas, baseado em abacos, quem muito facilitara a tar:fa de calculo destas p e c a s ,

    Ao divulgar este trabalho, 0 IPT e 0 SINDUSCON esperam que as informac;:5es aqui contidasejam de grande utilidade a todos aqueles que projetam, executam e fiscalizam este tipo de cobertura, tao largamente empregada em nosso pais.

    Ju Iio CapobiancoPresidente do Sinduscon-SP

    Roberto de SouzaDiretor da Divisao de Ediflcacfies - IPl

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    4/80

    COBERTURA COM ESTRUTURA DE MADEIRA E TELHADO COM TELHAS CERAMICAS

    - MANUAL DE EXECU

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    5/80

    pAG.

    9.3 Tercas 239.3.1 Oimensionamento 23

    -9.3.2 Disposicoes Construtivas : 259.4 Caibros 28 1

    9.4.1 Oimensionamento 289.4.2 Disposicoes Construtivas 29 t

    d9.5 Ripas 30 e9.6 Liqacoes 32

    9.6.1 Liqacoes com Pregos 329.S.2 Liqacoes por Entalhes (Sambladuras) 34 2

    9.7 Ancoragem 37p

    9.8 Apoios para Caixas 0' Aqua 39 c.. p

    O . TELHAOO 39 a10.1 Colocacao das Telhas 3910.2 Beiral 4110.3 Cumeeira 44 f10.4 Espigao................................................................ 4410.5 Rincao ou Agua Furtada 45 t10.6 Arremates 46 s10.7 Telha Translucida 47

    1. DRENAGEM DE AGUAS PLUVIAIS 47

    \NEXOS;\nexo 1; Exemplos de dimensionamento de caibros e de tercas 49\nexo 2: Tabefas e Abacos (propriedades de madeiras brasileiras; dimensionamento

    de caibros e de tercas] 55. . . : . . . :, - "" -

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    6/80

    ..,

    COBERTURA COM ESTRUTURA DE MADEIRA E TELHADO COM TELHAS CERAMICAS

    - MANUAL DE EXECUCAO

    1. CAMPO DE APLICACAOEste manual aplica-se a coberturas constituidas por estruturas de madeira e por telhados de

    telhas cerarnicas, estabelecendo-se condicoes para 0 projeto e a execucao de telhados com telhasde encaixe (tipos francesa, romana e termoplan) e com telhas de capa e canal (tipos colonial, paulistae plan).

    2. COMPONENTES DA COBERTURAA cobertu ra, parte superior da edificacao que a protege das intemperies. e constitu Ida por uma

    parte resistente (Iaje, estrutura de madeira, estrutura rnetalica, etc.) e por um conjunto de telhascom funcao de vedacao (telhado}, podendo apresentar ainda um forro e uma isolacao termica. Nopresente trabalho serao analisados apenas os telhados com telhas ceramicas e as estruturas de madeira,adotando-se para tanto os segu intes conceit os:

    2.1 Componentes da Estrutura de MadeiraA estrutura de madeira e considerada como 0 conjunto de componentes ligados entre si, com a

    funcao de suportar 0 telhado.A estrutura e composta por uma arrnacao principal e outra secundaria, tarnbern conhecida por

    trama. A estrutura principal pode ser constituida por tesouras, ou por pontaletes, e vigas principais,sendo a trama constitu Ida pelas rip as, pelos caibros e pel as tercas.

    as componentes da estrutura, ilustradas na Figura 1 a seguir, sao definidos como:

    A - Ripas: pecas de madeira pregadas sobre os caibros, atuando como apoios dastel has cerarnicas:

    B _. Caibros: pecas de madeira, apoiadas sobre as tercas, atuando por sua vez comosuporte das ripas;

    C -- Tercas: pecas de madeira, apoiadas sobre tesouras. sobre pontaletes ou aindasobre paredes, funcionando como sustentacao dos caibros;

    D -- Frechal: viga de madeira colocada no topo das paredes, com a funcao de dis-01

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    7/80

    tribuir as carqas concentradas provenientes de tesouras, vigas principaisou outras pecas de madeira da estrutura; costuma-se chamar tarnbernde frechal a terca da extremidade inferior do telhado;

    E - Terca de cumeeira: terca da parte mais alta do telhado;

    F - Pontaletes: pecas de madeira dispostas verticalmente, constituindo pilares curtossobre os quais apoiam-se as vigas principais ou as tercas:

    G - Tesoura: trelica de madeira que serve de apoio para a t r a rna . " As barras das te-souras recebem designac;5es proprias, quais sejam:H - asna, perna, empena ou banzo superior

    linha, tirante, tensor ou banzo inferiorJ montante ou suspensorioK - montante principal ou penduralL - diagonal ou escora;

    M - C ha p u z: calco de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoiolateral para a terca:

    N - Mao francesa: peca disposta de forma inclinada, com afinal idade de travar a estrutura.

    B

    "~

    FIGURA 1 - Componentes da estrutura de madeirada cobertura

    02

    . p

    c..

    _ A.

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    8/80

    , . , '

    2.2 Componentes do Telhadoo telhado e a parte da cobertura constiturda pelas telhas e pecas complementares. Suas partes

    podem assim ser definidas, conforme ilustra a Figura 2:

    ;. . . .; : .

    .... .~FIGURA 2 - Partes do telhado

    - Agua: superffcie plana inclinada de urn telhado;

    - Beiral: projecao do telhado para fora do alinhamento da parede;

    - Cumeeira: aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas aguas, geral-mente localizada na parte mais alta do telhado;

    - Espigao: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas aguas que formamurn angulo saliente, isto e . 0 espiqao e um divisor de aguas;

    - Hincao: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas aguas que formamum angulo reentrante, isto e , 0 rincao e urn captador de aguas (tarnbernconhecido como agua furtada).

    - Peca complementar: componente cerarnico ou de qualquer outro material que permite asolucao de detalhes do telhado, podendo ser usado em cumeeiras,rincdes, espiqoes e arremates em geral; pode ser tarnbem uma pecaespecial destinada a promover a verrtilacao e/ou ilurninacao do aticoou, na inexistencia de forro, do pr6prio ambiente da edificacao:

    - Rufo: peca cornplernentar de arremate entre 0 telhado e uma parede;

    - Fiada: sequencia de tel has na direcao da sua largura.

    03

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    9/80

    ___ -----

    3. FORMAS DO TELHADOo telhado pode assumir diversas formas, em func;:ao da planta da edificacao a ser coberta.o telhado mais simples e constiturdo por uma unica aqua, sendo denominado telhado de uma agua

    ou alpendre (Figura 3A), neste caso nao estao presentes nem a cumeeira,- nem 0espiqao e nem 0 rincao.

    - ' l ':3 A {TELHADO DE UMA AGUAOU ALPENOREl

    1!:3 C (COM TACAN leA)

    FIGURA 3 - Algumas formas de telhado

    "

    :3 B (COM 2 AGUAS)

    ' : ' : : ' . ': ' : : ; f : : > ~ ~': .' . : ' : _ ': : .::~; : : : . ; : ' . : ' : ' . ..

    3 0 (TELHADO OC QUATRO AGUAS )

    o telhado de duas aguas apresenta dois pianos inclinados que se encontram para formar acumeeira (Figura 38)_o telhado de tres aquas. alern de ter dois pianos inclinados principals, apresenta um outro plano

    em forma de trianqulo que recebe 0 nome de tacanica (Figura 3C)' Neste caso, alern da cumeeira, 0tel hado apresenta dois espig5es.

    No caso de telhado com quatro aquas. teremos duas aguas mestras e duas tacanicas (Figura 3D).Essas sao as formas fundamentais de um telhado, as quais podem ser combinadas resultando

    varias outras forrnas, em telhados mais complexes, como por exemplo os ilustrados nas Figuras 3E e3F.04

    ((

    (

    I

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    10/80

    " ,

    4. MATERIAlS

    4.1 MadeiraNao devem ser empregadas na estrutura, pecas de madeira que:

    sofreram esmagamentos ou outros danos que possam comprometer a sequranca da estrutura;apresentam alto teor de umidade, isto e, madeiras verdes;apresentam defeitos como n6s soltos, n6s que abrangem grande parte da secao transversal dapeca, fendas exageradas, arqueamento acentuado, etc.;nao se adaptam perfeitamente nas Iiga

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    11/80

    As vigas de madeira empregadas como suportes para caixas d'aquas devem receber pintura irnper-meabilizante, com excecao daquelas constiturdas par madeira cuja especie encontra-se assinalada comdois asteriscos (**) na Tabela 1 do anexo 2; essas especies tarnbern nao necessitam de tratamentocontra fungos ou insetos. Aquelas especies assinaladas com um asterisco (*), na Tabela 1, necessitamde proteose impermeabilizante, mas nao de tratamento contra fungos-ou insetos. As outras especiesde madeira devem ser tratadas contra fungos e insetos, no caso de haver possibilidade de ocorrenciadesses tipos de ataques no local da obra.

    Quando se tiver uma peca tratada e esta precisar ser cortada na obra, a superffcle de corte deveser novamente tratada ou pintada.

    4.2 ArgamassaA argamassa a ser empregada no ernbocarnento das telhas e das pecas complementares (cumeeira,

    espiqao, arremates e eventualmente rincao}, deve possuir boa capacidade de retencso de agua, ser im-permeavel, ser insoluvel em aqua e apresentar boa aderencia com 0 material cerarnico, Consideram-secomo adequadas as argamassas de trace 1:2:9 ou 1 :3:12 (cimento : cal: areia, em volume) ou quais-quer outras argamassas com propriedades equivalentes. Nao devem ser empregadas argamassas decimento e areia, isto e, argamassas sem cal.

    A areia deve ser isenta de torroes de argila, materia orqanica ou outras impurezas.4.3 Acessorios MetcilicosOs acess6rios rnetalicos a serem empregados, como pregos, parafusos e chapas de aco. devem ser

    protegidos contra corrosao: componentes que apresentarem sinais de corrosao. isto e , ferrugem, naodevem ser empregados na estrutura.5. TELHAS

    As telhas e pecas complementares em material cerarnico, independentemente do tipo detelha,devem apresentar som metalico, assemelhado ao de um sino, quando suspensas por uma extremidadee devidamente percutidas (Figura 5).

    FIGURA 5 - Percussiio da telha certimice para avalia(:ao da efetividade da queimae da eventual presence de fissuras

    06

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    12/80

    r -no

    rs

    - e

    1-;es -'e

    r

    .,

    Nao devem apresentar deformacoes e defeitos, como fissuras, esfoliacoes, quebras e rebarbasque dificultem 0 acoplamento entre elas e que prejudiquem a estanqueidade do telhado. Nao devempossuir, ainda, rnanchas (por exemplo de bolor), eflorescencias (superffcie esbranquicada com saissoluveis) ou n6dulos de cal.

    Alern das condicoes gerais acima apresentadas, 0 conjunto de normas tecnicas brasileiras(1) esta-belece para as telhas cerarnicas as seguintes condicoes especrficas:

    impermeabilidade: as telhas ceramicas submetidas a uma coluna de agua com 25cm dealtura durante 24 horas consecutivas, nao devem apresentar vazamentosou formacao de gotas na face oposta a a;:30 da agua;

    absorcao de agua: devera ser inferior a 20%;

    r e s i s t e n c i a a f l e xa o : a carga de ruptura a flexao das telhas cerarnicas de encaixe deve serigual ou superior a 700N (70 kqf}, elevando-se esse valor para 1000N(100 kgf) nas telhas de capa e canal;

    tolerancias dimensionais: dimens5es ;;;. 50mm tolerancia 2%dimens5es < 50mm t o t e r a n c i a 1mmespessu ra : t o l e r a n c l a 2 mm

    empenamento: em relacao ao plano de apoio, as tel has nao devem apresentar ernpe-namento superior a 5mm .

    (1) Encontra-se em desenvolvimento 0 processo de norrnalizacao das telhas cerarnicas tipo romana e termoplan, levandoem conta inclusive 0 conjunto de norm as validas para as telhas francesa, colonial, plan e paulista, que e 0 seguinte:

    NBR 8038/87 - Telha cerarnica tipo francesa - Forma e Dimensfies - Pad-onizacao.NBR 6462/87 - Telha cerarnica tipo francesa - Deterrninacao da carga de ruptura a f lexao - Metodo de ensaio,NBR 7172/87 - Telha cer am ica tipo francesa - Especificacao.NBR 8947/85 - Telha cer arnica - Deterrninacao da massa e da absorcao d'aqua - Metodo de ensaio.NBR 8948/85 - Telha cer arnica - Verificacao da impermeabilidade - Metodo de ensaio.NBR 9598/86 - Telha cer arnica de capa e canal tipo paulista - Dirnensoes - Padronizacao.NBR 9599/86- Telha cer arnica de capa e canal tipo plan - Dimensoes - Padronizacao.NBR 9600/86 - Telha ceramics de capa e canal tipo colonial - Dimens6es - Padronizacao.NBR 9601/86 - Telha cer arnica de capa e canal - Especificacao.NBR 9602/86 - Telha cer arnica de capa e canal - Deterrninacao da carga de ruptura a f lexao - Metcdo de ensaio.

    07

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    13/80

    5.1 Telhas Cerarnicas de EncaixeAs telhas cerarnicas de encaixe apresentam em suas bordas saliencies e reentrancias que permitem

    o encaixe (acoplarnento) entre elas, quando da execucao do telhado.A telha cerarnica tipo FRANCESA, conformada por prensagem, e uma telha de encaixe, conforme

    ilustrado na Figura 6; possui, alern dos encaixes latera is, um ressalto na face inferior para apoio naripa e outro, denominado orelha de aramar, que serve para sua eventual fixacao a ripa.

    FIGURA 6 - Telha certimice tipo FRANCESA - vista superior e vista inferior

    A telha ROMANA e uma telha de encaixe conform ada por prensagem, apresentando uma capa .e um canal interligados con forme indicado na Figura 7.

    FIGURA 7 - Telha ceriimice tipo ROMANA - vista superior e vista inferior

    08

    I ,-II cII

    - "

    j , " ,

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    14/80

    -'e- ,a/

    a,

    Um tipo de telha cerarnica de encaixe mais recentemente lancado no mercado e a telha TERMO-PLAN, fabricada por processo de extrusao: esta telha, con forme ilustrado na Figura 8, apresenta umacamada interna de ar, projetada com 0 intuito de otimizar 0 desempenho terrnico da telha (dar 0nome "termoplan").

    FIGURA 8 - Telha cettimice tipo TERMOPLAN - vista superior e vista inferior

    As principais caracterlsticas qeornetricas das telhas cerarnicas de encaixe, normalizadas ou emprocesso de normalizacso. encontrarn-se indicadas na Tabe/a 1 a seguir:

    TABELA 1 - Caracterfsticas das te/has certimices de encaixe

    Tipo de Dimensoes Nominais Irnrn) Massa Galga *Telha Comprimento Largura Espessura Media (g) [rnrn}

    FRANCESA 400 240 14 2600 340ROMANA 415 216 10 2600 360TERMOPLAN 450 214 26 ** 3200 380

    ( *) galga = espacarnento entre eixos de duas ripas consecutivas.

    (*.) tomada a meia-Iargura da telha. considerando-se a parede dupla da telha e a camada interna de ar.09

    .": . . . .- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    15/80

    5.2 Telhas cerarnicas de capa e canalSao telhas com formato de meia-cana, fabricadas pelo processo de prensagem, caracterizadas por

    pecas ccncavas (canais) que se apoiam sabre as ripas e por pecas convexas (capas) que por sua vezse apoiam sobre os canais. Os canais apresentam um ressalto na face inferior, para apoio nas ripas,sendo que as capas geralmente nossuern reentrancias com a finalidade de permitir 0 perfeito acopla-mento com os canais; tanto as capas quanto os canais apresentam detalhes (encaixes, apoios, etc.) quevisam impedir 0 deslizamento das capas em relacao aos canais.

    A prirneira versao das telhas de capa e canal e a telha tipo COLONIAL, oriunda das primeirastelhas cerarnicas trazidas para 0 Brasil pelos portugueses (daf 0 nome "colonial"), esta telha caracte-riza-se por apresentar urn unico tipo de peca destinada tanto para os canais como para as capas (essas,sem reentrancias), conforme ilustrado na Figura 9.

    FIGURA 9 - Telha ceriimice tipo COLONIAL - vista inferior e vista superior

    A partir do desenho da telha colonial surgiram diversas formas evolutivas, firmando-se no mer-cado as telhas paulista e plan.A telha tipo PAULISTA apresenta a capa com largura ligeiramenteinferior a largura do canal,

    conforme representado na Figura 10, 0 que confere ao telhado um movimento plastico bastantediferenciado daquele verificado para 0 telhado de telhas coloniais.

    10

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    16/80

    . . : " ,

    "

    CAPA

    CANAL

    FIGURA 10 - Telha certimice tipo PAULISTA - vistas inferior e superior da capa e do canal

    Ja a telha PLAN apresenta as formas acentuadamente retas, conforme indicado na Figura 11, 0que confere ao telhado caracterrsticas arquitetonicas totalmente distintas daquelas observadas paraas telhas curvas.

    11

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    17/80

    FIGURA 11 - Telha ceramics tipo PLAN - vistas inferior e superior da capa e do canal

    A existencia de um grande numero de telhas derivadas da telha colonial causou uma certadesordenacao no mercado, tal era 0 nurnero de variedades com forma aproximadamente identicae com dimensOes, as vezes, acentuadamente diferenciadas; com a finalidade de contribuir para 0redisciplinamento desse mercado,a ABNT e 0 INMETRO (2) decidiram normalizar apenas os trestipos mais consagrados de telhas de capa e canal (colonial, paulista e plan), estabelecendo ainda umunico comprimento e uma unica gal9a para essas telhas.

    A normalizacso recentemente estabelecida para as telhas de capa e canal, alern da mencionadadisciplinacso do mercado, confere aos projetistas e construtores vantagens ineqaveis, dentre as quaisdestacam-se a padronizacao de uma (mica galga (facilitando os projetos de telhados e os trabalhos decarpintaria) e a possibilidade de intercarnbio de telhas que, embora de rnesrno tipo, sejam produzidaspor diferentes industrias cerarnicas, Estas, alias, vern paulatinamente substituindo os estampos desuas prensas, de forma a atender as dimens5es padronizadas para as telhas de cap a e canal, apresen-tadas de forma resurnida na Tabela 2a seguir:

    (2) ABNT: Associacao Brasileira de Normas TecnicasINMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Norrnalizacao e Qualidade Industrial

    12

    jiIII _ ~! .1 - . , :

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    18/80

    .:

    TABELA 2 - Cerecteristices principais das telhas de capa e canal

    compri- largura (rnrn) altura (rnm) espes- massaTipo de Telha mento sura media gal9a(rnrn) maior menor maior menor (rnrn] (g) (rnm)

    (;OLONIAL 460 180 140 75 55 13 2250 400capa 160 120 70 70 2000PAULISTA 460 13 400canal 180 140 70 55 2150capa 160 120 60 60 2290PLAN 460 13 400canal 180 140 45 45 2280

    6. CARGAS ATUANTES NA COBERTURAComo subsfdio ao projeto estrutural, e tomando-se por base a maior massa e a maxima absorcao

    de aqua admitida para as telhas cerarnicas, indica-se na Tabe/a 3 a seguir, 0 peso pr6prio dos dife-rentes tipos de telhados:

    TABELA 3 - Peso proprio dos telhados

    Numero Peso proprio do telhado (N/m2) *Tipo de Telha de telhaspor rn? Telhas Secas Telhas SaturadasFrancesa 15 450 540Romana 16 480 580Termoplan 15 540 650Colonial 24 650 780Paulista 26 690 830Plan 26 720 860

    (*) 1 N/m 2 = = 0,1 kgf/m213

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    19/80

    Como avaliacao do peso pr6prio da estrutura de madeira, de acordo com indicacoes do professorAntonio Moliterno':". podem ser admitidos os seguintes valores:

    tesouras e contraventamento: gT '-= 24,5 (1 + 0,33 L) em N/m 2on de L = VaG da tesoura, entre apoios, em metros.

    terca: VaG maximo de 3,0 mVaG maximo de 2,50 m

    60 N /m 280 N/m 2

    gogo

    caibros: 50 N /m 2

    ripas: 20 N/m 2

    No calculo estrutural deve-se ainda considerar a ac,:aodas seguintes cargas acidentais, atuando isola-damente:

    carga uniformemente distribuida de 500 N /m 2, atuando no plano formado pelas faces superioresdos caibros;

    carga concentrada de 1000 N, atuando nas secoes mais desfavoraveis de caibros, tercas e barrasdas trel icas,

    7. INCLINACAO DOS TELHADOS,A fim de garantir-se a estanqueidade a aqua dos telhados e a indeslocabilidade das tel has, os

    telhados devem ser executados com as declividades indicadas na Tabe/a 4.

    TABELA 4 - Dec/ividades de te/hados em telhes certimices

    I Tipo de Telha Angulo de lncllnacao (j )Decl ividade (d)Francesa 180 < : i < : 220;

    32% < : d < : 40%Romana e Termoplan 170 < : i < : 25030% < : d < : 45%

    110 < : i < : 140Colonial e Paulista 20% d 25%: < :110 < : i < : 170Plan 20% 30%: d < :

    -

    (3) MOLITERNO, Antonio. Caderno de projetos de telhados em estruturas de madeira.Sao Paulo, Editora Edgard Blucher Ltda., 1981.

    14

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    20/80

    , , '

    s

    5

    is

    ri _, .

    As declividades indicadas na Tabela 4 podem ser superadas, devendo-se nesse caso promover aamarra~ao das telhas a estrutura de madeira; tal amarracao deve ser feita com arames resistentes acorrosao (latao, cobre, etc.). utilizando-se para tanto furacoes inseridas em pontos apropriados dastelhas durante 0 processo de fabricacao (nas telhas francesas, por exemplo, a fura~ao e executada na"oreJha de aramar"). Nas telhas de capa e canal, adicionalmente a arnarracso dos canals, deve-seproceder ao embocarnento de algumas capas, como sera visto posteriormente.

    Como orientacao, para as telhas de encaixe recomenda-se 0 esquema de arnarracao mostrado naFigura 12, para declividades entre 45% e 100% (250 < i ~ 450). Para declividades maiores que1000"{ ' (i > 450) todas as telhas devem ser amarradas a estrutura de apoio.

    ....~ TEL HAS FIXADAS

    FIGURA 12 - Esquema de fixac;:fio de telhas de encaixe para declividades entre 45% e 10fYJIo(250 < i ~ 450); a cada 5 te/has urns e fixada

    A forma de arnarracao das telhas tipo francesa e ilustrada na Figura 13.15

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    21/80

    FIGURA 13 - Amerrsciio da telha tipo francesa par meio de arame resistente a corrosiio, etrevesda orelha de aramar

    No caso das tel has de capa e canal, para declividades entre 25% e 100% (140 < i

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    22/80

    . .

    s

    'Sa

    8. MANUSEIO E ESTOCAGEM DOS COMPONENTES

    8.1 Componentes de MadeiraAs pecas e componentes de madeira devem ser manuseadas com cuidado, para evitar quebras ou

    outros danos.Se as pecas de madeira forem recebidas com alto teor de umidade (pecas ainda "verdes") ou

    ainda impregnadas com preservativos soluveis em agua, devem ser estocaoas em galpoes providosde aberturas e de forma a deixar espacos vazios entre elas, possibilitando uma ventilacao eficiente.Caso as pecas recebidas encontrem-se secas, devem ser estocadas em galp5es e empilhadas de maneiraa nao deixar espacos vazios entre as pilhas.

    A estocagem de pecas a ceu aberto (Figura 15) pode ser feita por perfodos relativamente curtos,desde que:

    as pecas sejam colocadas sobre estrados, a pelo menos 30cm do solo;as pecas sejam empilhadas de forma a permitir ventilacao entre elas;as pilhas estejam cobertas, isto e, protegidas das internperies com lonas texteis ou plasticas .

    .. . ';. < : . . . _ .. : . . } ~ . ,. . . " !..' . . . . . "."-' '.,. .... " ... ;.. ':

    :FIGURA 15 - Estocagem de peces de madeira (terces, caibros) a ceu aberto

    9"/0 As pecas de grandes comprimentos devem ser apoiadas adequadamente a fim de preverur-se 0empenamento das mesmas (Figura 16).

    . , -17

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    23/80

    -----.-------

    FIGURA 16- Apoio das peces de grandes comprimentos

    Todas as pecas e componentes de madeira devem estar no local da obra antes do inlcio da execucao t"da estrutura, devendo ser estocadas 0 mais proximo possfvel do local onde serao empregadas.

    8.2 Telhas e Pec;:as ComplementaresAs telhas e as pecas complementares devem ser manuseadas individualmente, com cuidado, para

    evitar quebras. Devem ser estocadas em terreno plano e firme, 0 rnais ~roximo posslvel do local ondeserao empregadas.

    As tel has devem ser armazenadas na vertical, conforme ilustrado na Figura 17 para as telhas tipofrancesa; e recornendavel tambern que as pilhas sejam cobertas ~m lonas.

    FIGURA 17 - Armazenamento de telhas tipo francesaTodos os componentes necessaries devem estar no local da obra antes do infcio da execucao do

    telhado.

    18','

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    24/80

    ,t

    o

    ,

    9. ESTRUTURA DE MADEIRA

    9.1 Estrutura PontaletadaAs vigas principais da estrutura, a terca de cumeeira e as demais tercas sao apoiadas sobre ponta-

    letes, devendo ser contraventadas com rnaos francesas e/ou diagonais (Figura 18A a 18). As rnsosfrancesas e/ou as diagonais devem ser colocadas dos dois lados dos pontaletes, sendo recornendavelque a estrutura seja contraventada nas duas direcoes. isto e , na direcao do alinhamento dos ponta-letes e na direcao perpendicular a esta.

    FIGURA 18.A - Terces apoiadas sabre pontaletes, contraventamento des terces e pontaletes eancoragem dos pontaletes ..

    TRCA DE CUYEIRA

    FIGURA 18.8 - Terr;:ade cumeeira apoiada sobre pontalete e contraventada com miios francesas.19

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    25/80

    T [RCA DE CUWE[IRA

    FIGURA 18.C - Terce de cumeeira apoiada sabre ponta/etes e contraventamento dos ponta/etescom diagonais.

    FIGURA 18.D - Contraventamento da terce de cumeeira com miios francesas, e das vigasprincipaise pontaletes, com sarrafo horizontal.

    ~)?-hFIGURA 18. - Contraventamento de viga au terce de cumeeira com diagonais, e de pontaletecom miios francesas.20

    "

    - ~l

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    26/80

    'j

    Recomenda-se que 0 apoio da peca de madeira (cumeeira, terca ou viga principal) sobre 0 ponta-lete seja feito por encaixe; pode-se empregar ainda talas laterais de madeira, fitas ou chapas de aco,conforme esquematizado na Figura 19.

    Os pontaletes nao devem apoiar-se diretamente sobre a laje de forro, mas sim sobre placas deapoio. que podem ser constituldas por secoes de pranchas ou vigas de madeira. Da mesma forma, asvigas principais devem apoiar-se sobre coxrns, cintas de amarracao ou frechais, e nao diretamentesobre as paredes.

    As tercas podem ser apoiadas nos oitoes em alvenaria, desde que sejam adotados reforcos naes regiao do apoio, como por exemplo 0 indicado na Figura 20.

    lis

    TALA.. DE ..... OEI".'IIE8AOA CHAPA DE A~OPAJIAPUIADA

    FIGURA 19 - Apoios de vigas de madeira sobre pontaletes

    TER~A DE CUMEEIRA

    OITAO DE ALVENARIA

    FIGURA 20 - Exemplo de apoio da teres de cumeeira em oitiio de alvenaria21

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    27/80

    9.2 TesourasOs eixos qeometricos das barras devem pertencer ao mesmo plano e as interseccfies entre eixos

    de tres ou mais barras devem ocorrer num unico ponto, conforme indicado na Figura 21.

    :ERRADO CERro

    FIGURA 21 - lntersecciio entre eixos de barras concorrentes de uma tesoura

    As tesouras nao devem ser apoiadas diretamente sobre a alvenaria, mas sirn sobre cox Ins, -cintasde arnarracao ou frechais.

    As tesouras devem ser contraventadas, de modo a obter-se um conjunto estrutural rlgido. 0contraventamento pode ser realizado com rnaos francesas e diagonais cruzadas entre as tesourascentra is Itelhados de duas aguas), conforme indicado na Figura 22, ou com diagonais cruzadas entretodas as tesouras.

    As tercas devem ser apoiadas nos nos das tesouras.o ponto de interseccao dos eixos da empena e da linha da tesoura nao deve estar distanciado

    horizontal mente mais do que 5cm da face do apoio da tesoura (Figura 23); caso esse afastamentoseja superior a 5cm deve-se adotar uma suplementacao da altura da linha da tesoura, na regiao doapoio, conforme indicado na Figura 24.

    ~ " /"< f\::l~A< f" ~01 T AO CONTRAVt:"NTAMENTO 01 TAO

    FIGURA 22 - Contraventamento das tesouras em telhados de duas aguas22

    ".

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    28/80

    ~; .

    s

    .s

    '0o1 0

    T -,.~ .~____. - . ._

    LINHA

    FIGURA 23 - Afastamento maximo entre 0 ponto de intersecciio dos eixos da empena e da linhae a face do apoio da tesoura

    '\--..ofSUPLEMENTO DE VIGA COM9RACADEIRA METALICA (ESTRIBO)

    EMPENA

    SUPLEJENTO DE VIGA COM PLACA ENCAVILHADAOU COM TALAS DE MACIRA PREGADAS

    FIGURA 24 - Sup/emento de viga de madeira colocedo sob a linha para evitar f/exao da mesma

    9.3 Tereas

    . 9.3.1 DimensionamentoCom a finalidade de estabelecer-se os vaos rnaximos das tercas (equivalentes aos distanciamentos

    m ax imos entre tesouras ou pontaletes) e os distanciamentos rnaxirnos entre tercas (equivalentes aos

    23

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    29/80

    vaos maxirnos dos caibros), foi desenvolvido um calculo computadorizado para as situacoes maiscomuns de coberturas com telhas cerarnicas, considerando-se os seguintes pressupostos:

    - pecas estruturais (caibros e tercas) isentas de defeitos importantes;- ripas na bitola 1,5 x 5,Ocm, com espacarnento medic de 35cm;- caibros nas bitolas de 5 x 6cm e 5 x 7 ern, com espacarnento de 50cm;- tercas nas bitolas de 6 x 12cm e 6 x 16cm;- diferentes tipos de telhas cerarnicas, com os respectivos pesos proprios indicados na Tabela 3,considerando-se as telhas saturadas para a verificacao de tensoes e as telhas secas para a veri-ficacao de deforrnacoes nas pecas de madeira;

    - peso proprio da estrutura de madeira e cargas acidentais estabelecidas de acordo com 0 item 6; ..-- inclinacoes medias dos telhados, com base nos limites indicados na Tabela 4 para cada tipo detelha cerarnica:

    - diferentes tipos de madeiras brasileiras, cujas principais propriedades encontrarn-se transcritasnas tabelas (4) do Anexo 2; nessas tabelas, foram destacados os valores de interesse para 0dimensionamento de tercas ou caibros, ou seja: 0c limite de resistencia a cornpressao axial, para umidade de 15%; of limite de resistencia a flexao estatica, para umidade de 15%; E modulo de elasticidade a flexao estatica da madeira verde.

    - tensoes adrnissfveis estabelecidas de acordo com a NBR 7190: Calculo e Execucao de Estruturasde Madeira;

    - flechas limitadas, em funcao do vao entre apoios (L) da terca ou do caibro, aos seguintes valores:U250: acao Jsolada das cargas permanentes;U250: ac;:ao isolada da carga acidental uniformemente distribulda:U150: acao combinada das cargas permanentes e da carga acidental uniformemente distribufda:U180: acao isolada da carga acidental concentrada.

    Com base nos calculos efetuados, considerando-se todas as combinacoes possfveis e os limitesadmitidos para as flechas e para as tensoes atuantes nos diferentes tipos de madeira, foram tracadosdiversos abacos para dimensionamento das tercas e dos caibros, apresentados nos Desenhos 1 a 6 doAnexo 2 (respectivamente para telha francesa, romana, termoplan, colonial, paulista e pian).

    Para a deterrninacao do maximo viio entre apoios de terca (LT), deve-se conhecer "a priori":- tipo de telha a ser empregada;

    (4) Estas tabelas foram estabelecidas com base nas "Fiches de cerecteristtcss das madeiras bresileires", publicacso IPTn < ? 966.

    24,j,.

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    30/80

    - Of e E da Madeira constrtuinte das tercas (valores extrafdos das tabelas apresentadas no Anexo2),

    -_ van maximo entre apoios dos caibros (LC), estaberecido de acordo com 0 item 9.4.1 do presentetrabalho.

    iDe posse desses valores, identificado 0 Desenho que corresponde ao tipo de telha a ser empregada,

    deve-se proceder da seguinte maneira para a determinacao de LT:

    a} tomar 0 Abaco 3 (tercas de 6 x 12cm) ou 0Abaco 4 (tercas de 6 x 16cm), entrando sucessi-vamente com os valores de Of e E da madeira constituinte das tercas, encontrando-se na curvado abaco os respectivos valores, em cennrnetros. de: LT fictfcio (func;:ao de Of); LT fictfcio (func;:ao de E).

    b) com 0 valor de LC, em centfrnetros, entrar na curva do Abaco 5, obtendo-se nos eixos carte-sianos os respectivos fat ores de correcso: K, (fator de correcao, funcao de Of), K 2 (fator de correcao, func;:ao de E).

    c) multiplicar os valoresde LT fictfcio pelos respectivos fatores de correcao, obtendo-se os vaosrnaximos das tercas (LT), ou seja: LT (func;:ao de a f ) : : : ; LT ficticio (func;:ao de Of) x K, LT (funcao de E) LT fictfcio Ifuncao de E) x K 2

    d) adotar como "vao maximo da terca" 0menor entre os dois valores acima apontados.

    Com base nesse roteiro, sao apresentados no Anexo 1 alguns exemplos de dimensionamento detercas.

    9.3.2 Disposicfies ConstrutivasAs tercas devem ser posicionadas de maneira a transmitirem as cargas diretamente sobre os nos

    das tesouras, conforme indicado na Figura 25-A, ou sobre os pontaletes das estruturas pontaletadas.Devem ser apoiadas e fixadas as empenas de tesouras ou as vigas principais de estruturas pontaletadas,mediante 0 emprego de chapuzes de madeira, cantoneiras rnetalicas, tarugos de madeira, parafusospassantes ou guaisquer outros dispositivos similares, conforme indicado nas Figuras 25-A, 25-8 e25-C.

    25

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    31/80

    FIGURA 25.A - Apoio e tixeciio de terce na empena par meio de chapuz de madeira (nao estandorepresentada a parte anterior do montante de duas pernas).

    CAHTONEIRAW I: T.~ICA

    FIGURA 25.8 - Apoio e fixar;ao de tercss etreves de cantoneiras metelices (nao estando represen-tada a parte anterior do montante nem os pon taletes).26

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    32/80

    ,:.

    ".. ,.A,.USO'.SSANT[

    FIGURA 25.C - Apoio e fix~ao de terces etreves de tarugos de madeira e parafuso passante (naoests representado 0 montante da tesoura ou 0 pontelete).

    As emendas de tercas devem ser feitas sobre os apoios, ou a aproximadamente % do vao, comchanfros a 450 no sentido do diagrama de momentos fletores, conforme indicado na Figura 26;recomenda-se que as emendas sejam feitas com cobra-juntas de madeira, posicionadas nas duas faceslaterais da terca, conforme representado na Figura 26-A.

    /

    -::1/4L

    -r=-~/4L+ ~L~ ~ ~L~ ~--------~L~------+__

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    33/80

    ././ ./ /,./,"/ , 0,-,

    C08RE -JUNTAS DE MADEIRA(DOS 0015 LADOS Dol TERCA)

    FIGURA 26.A - Detalhe da emenda da terce.

    9.4 Caihros9.4.1 DimensionamentoPara determinacao do vaG maximo entre apoios dos caibros, considerando-se para os mesmos 0

    espacarnento usual mente empregado de 50cm, pode-se recorrer aos abacos apresentados no Anexo2 (Desenhos 1 a 6, correspondentes aos diferentes tipos de telhas cerarnicas). estabelecidos deacordo com as consideracoes teeidas no item 9.3.1 preeedente.

    Para a determinacao do maximo VaG entre apoios do eaibro (LCl, deve-se conheeer "a priori":- tipo de telha a ser empregada;- Uc e E da madeira constituinte dos caibros (valores extrafdos das tabelas apresentadas no Anexo2).

    Identifieando-se 0 Desenho que corresponde ao tipo de telha a ser empregada, deve-se obedeeerao seguinte proeedimento para a determlnacao de LC:

    a) tomar 0 Abaco 1 (caibros de 5 x 6em) ou 0 Abaco 2 (caibros de 5 x 7em), entrando sucessiva-mente com os valores de Uc e E da madeira constituinte dos caibros, obtendo-se diretamentena eurva do abaco os respectivos valores, em centfrnetros, de:

    LC (funcao de E).

    b) adotar como "vao maximo do caibro ", 0 menor entre os dois valores acima apontados.

    Obedecendo-se a esse procedimento, sao apresentados no Anexo 1 alguns exemplos de determi-nacao de LC, a partir do qual poder-se-a tarnbern estabelecer LT (vao maximo entre tercas), eonformefoi exposto no item 9.3.1.

    28...

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    34/80

    . .9.4.2 Disposicoes Construtivaso espacamento real entre caibros deve ser dado em funcao das caracteristicas das ripas, recomen-

    dando-se que n130 seja ultrapassado 0 limite de 50cm.Os caibros devem ser pregados as tercas, sendo que a penetracao do prego na terca deve equivaler

    no'mfnimo a metade do comprimento do prego, conforme ilustrado na Figura 27.

    FIGURA 27 - Fixa9ao do caibro a tercePara madeiras naturalmente resistentes a umidade, ou que receberam tratamento preservativo

    adequado, adrnite-se a fixar;:ao "total" do caibro em lajes inclinadas de concreto armado, solucaoque vem sendo intensivamente adotada na atualidade. Nesse caso, a fixacso do caibro a laje podeser efetuada mediante a cravacso de pregos ao longo do caibro, sendo 0 conjunto chumbado aoconcreto por ocasiao da moldagem da laje, conforme representado na Figura 28.

    .' .'.'

    .',. . . .,',', :.. .: . . . . . .

    " .'

    . " ,,;..'. " . :;.'. - ..:;.FIGURA 28 - Fixcx;ao "total" de caibros em laje inclinada de concreto (pregos cravados nos

    caibros e chumbados no concreto).

    29

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    35/80

    Sempre que possfvel. deve-se evitar a emenda de caibros; quando houver essa necessidade, aemenda entre caibros deve ser feita sobre a terca, obedecendo-se uma das duas maneiras indicadas na 'Figura 29.

    ~ - - - - - - - = : = : - : : = : - . - = - - . : : ' ~ - - _ . - ' . ~-~~~~~:=b ?: 5 em

    FIGURA 29 - Emendas de caibros sabre as terces

    9.5 Ripaso espacarnento entre ripas (galga) e dado em funcao das dimens5es da telha ceramica e do reco-

    brimento longitudinal; deve-se construir, portanto, uma guia para ripamento com base nas dimens5esdas telhas a serem empregadas, conforme indicado na Figura 30.30

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    36/80

    .DISTANCIA ENTRE QUAS RIPASMAIS A LARGURA A !lIPA

    RIPASUPERIOR

    CAIBROREBA IXO PARA ENCA:.;.I:;,:;XE=--_....NA RIPA SUPERIOR

    RIPAINFERIOR

    FIGURA 30 - Guia para ripamento

    Para as telhas com dimensoes padronizadas, a galga po de ser obtida diretamente nas Tabelas 1 e 2.Para telhas de encaixe nao padronizadas, ou mesmo no caso de pretender-sa conferir os valores nomi-nais indicados pelo fabricante da telha, pode-se proceder a seguinte maneira para determinar-se agalga (vide Figura 31):

    - posicionar 12 telhas com a face inferior voltada para cima, sobre uma superffcie plana;- afastar 0maximo possfvel as telhas, de maneira que perrnanecarn encaixadas, e medir a distanciamaxima entre a primeira e a decirna primeira telha, encontrando 0 valor L1 em centfrnetros:

    - em seguida, juntar 0 maximo possivel as telhas (usando a folga existente) de maneira que per-man e c a r n encaixadas, e efetuar novamente a medida, encontrando-se 0 valor L, e rn centlmetros;

    - 0 valor da galga e dado pela formula:

    Por exemplo: galga 31,75cm - 32cm31 + 30420

    ~I Ll : 331c",

    I J-----} L 2 : 304cm ~: I~:Qe~.

    FIGURA 31 - Metodo pretico para determinar-se a galga do ripamento, para telhados com telhasde encaixe.

    31

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    37/80

    As ripas sao simplesmente pregadas aos caibros, sendo que a penetracao do prego no caibro deveser pelo menos igual a metade do seu comprimento (o esquema e semelhante ao do Figura 27). Asemendas de ripas devem ser feitas de topo, sempre sobre os caibros.

    As ripas podem ainda ser fixadas diretamente sobre lajes inclinadas atraves de parafusos e buchas,conforme representado na Figura 32.

    __r-_ ~ __ .

    .... . . . .

    _ '_

    FIGURA 32 - Fixar;:ao direta de ripas em lajes inclinadas, etreves de parafusos e buchas.

    9.6 LiqacdesT odas as operacoes de corte e furacao das pecas de madeira devem ser feitas com ferramentas

    apropriadas, a fim de evitar quaisquer tipos de danos a madeira e garantir a perfeita ajustagem dassuperficies em contato na liqacao.As partes das pecas de madeira na regiao da ligac;:ao devem ser isentas de qualquer defeito, como

    nos, rachaduras, etc.

    9.6.1 Liqacoes com PregosRecomenda-se que sejam rebatidas as pontas dos pregos que eventualmente atravessarem as pecas

    pregadas; quando forem pregadas conjuntamente tres pecas de madeira, recomenda-se que os pregosatravessem pelo menos duas delas (vide Figura 33).32

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    38/80

    ,

    - .

    Ii'iIFIGURA 33 - Pregar;:ao conjunta de tres peces justapostas.

    As ligac;oes sujeitas a esforcos de tracao devem ser efetuadas com 0 auxllio de cobre-juntas, naosendo permitida a preqacao de topo conforme indicado na Figura 34.

    FIGURA 34 - Apticeciio de pregos em ligar;oes sujeitas a estorcos de treciio.

    Nas tesouras, as liqacoes pregadas devem apresentar pelo menos 4 pregos em cada peca a ser ligada.33

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    39/80

    9.6.2 Ligac;oes por Entalhes (Sambladuras)As sambladuras sao usadas geralmente nas ligac;:5es das pecas constituintes de uma tesoura. Nesse

    caso, as entalhes devem ser executados com precisao, a fim de que as pecas se encaixem perfeita-mente,

    Nas Figuras 35 e 36 sao apresentados alguns detalhes dos tipos de sambladuras.

    2 ~ 1/4 de ~ 20 ",m

    \OIRECi.O 00I! OENTE

    OIRECAO 00. 0\_ DENTE

    FIGURA 35 -- Liga(:ao da empena com a linha, em entalhe com dente duplo.

    Nas juntas extremas (Jiga9ao da empena com a linha) e nas juntas centrais Oigac;:ao das empenascom a pendural) das tesouras, e recomendavel oemprego de estribos, bracadeiras ou cobre-juntas,conforme indicado na Figura 37.

    Recomenda-se que se deixe uma pequena folga (em torno de 2cm) entre 0 pendural e a linha datesoura, a fim de evitar-se a flexao da linha; deve-se empregar estribos au talas de madeira na ligac;:aodas diagonais com a pendural, conforme indicado na Figura 38.

    34

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    40/80

    .

    ,.JUNTA INTERWEDIARIASUPERIOR.JUNTA EXTREMA

    0(/2 Ot/2

    ~4t d f JUNTA CENTRALSUPERIORFIGURA 36 - Sambladuras com dentes simples.

    1/8 d ~ a ~ 114 da ~ 20mm

    C D

    35

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    41/80

    EMPREGO DECANTONEIRAM[TAlIC",

    FIGURA 37 - Emprego de estribos, cobre-juntas e cantoneiras metiilices nas sambladuras extremase centrais da tesoura.

    ~--:..-~- -~----- ~~~

    FIGURA 38 - Ligar;ao do pendurai cum a linha e das escoras com a pendural.

    36- ~.

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    42/80

    d

    . .9.7 AncoragemA estrutura principal da cobertura, isto e, as tesouras, os pontaletes e/ou as vigas principais, deve

    ser ancorada ao corpo da edificacao, principal mente quando as telhas forem fixadas as ripas. Podemser empregados varies tipos de ancoragens, sendo que nas Figuras 39 e 40 sao apresentados algunstipos mais comuns.

    AM.RR.~AO COM FERRO DE CONSTRU~AO0015 RAMOS OOiRAOOS E TORCIOOS

    .htARRACio COM FERRO DE CONSTRUCAO0015 RAMOS OOBRADOS E PREGAOOS

    AMARRACAO CO .. CHAPA NETALICAUMA HASTE PARAFUSAOA OU PREGAOA

    FIGURA 39 - Amarrar;fio do componente de ancoragem a viga principal au a linha da tesoura.

    37

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    43/80

    .: .,--0 . .." . .:_ - - - . : . ._-~ . . . .~ .. .." " " _.. :.~ - .p ":JDDDDDDOOC-~D[]l__DDDDn[II I I - - l r - - - ' I L - J O - D ~ - . Dr-_ _ L L - _ J L _ _ - _

    ~ ,'-

    CHAPA METALICA EM" "A80DE AHDORIHHA 7 CHU"'.AOAEM VIGA DE COHCRETO

    fERRO DE COHSTRUCAO CHUNaAOOEM PILARETE DE COHCRETO EM"T" IHVERTIOO. ENaUTIDO E"ALVEHARIA

    FERRO DE CON STRU~io CHU"'ACOEM VIGA, CIHTA au LA.lEDE CONCRETO

    FIGURA 40 - Fixacao do componente de ancoragem ao corpo da editicecso.38

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    44/80

    ------~--------~-------"-"---

    " .

    I

    ".

    9.8 Apoios para Caixas 0' AguaRecomenda-se que a carga proveniente da caixa d'aqua, quando apoiada na estrutura principal,

    seja transmitida 0 mais proximo possfvel dos nos da tesoura, mediante 0 emprego de vigas de madeira(vide Figura 41) .

    FIGURA 41 - Sistema de apoio recomendado para caixas d'agua com esiorcos transmitidos nasproximidades dos nos das tesouras.

    10. TELHADOo telhado deve ser executado com tel has com dirnensfies padronizadas, com tolerancias dimen-

    sionais que atendam a sua respect iva Especificacao: dessa forma, havera perfeito encaixe entre astelhas, facilitando sua colocacao e garantindo a estanqueidade a agua do telhado.

    Recomenda-se que seja adquirida uma quantidade de telhas aproximadamente 5% superior aquantidade caiculada para 0 telhado, como margem de folga para compensar eventuais quebras notransporte e manuseio das tel has, na preparacao de espiqoes e aguas furtadas, etc.

    As tel has devem apoiar-se sobre elementos coplanares, isto e, as faces superiores das ripas devempertencer a urn mesmo plano.

    10.1 Colocacao das TelhasA colocacao das telhas deve ser feita par fiadas, iniciando-se pelo beiral e prossequindo-se em di-

    recao a cumeeira.39

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    45/80

    -----~ ~~------~--

    A sequencia de colocacao das tel has de encaixe em cad a fiada varia de acordo com 0 seu desenho,isto e, de acordo com a posicao relativa das saliencies e das reentrancias que definem 0 recobrimentolateral. Assim sendo, em cad a fiada as tel has podem ser colocadas da direita para a esquerda ou vice-versa. As telhas da fiada seguinte sao colocadas de forma a encaixarern-se perfeitamente naquelas dafiada inferior, conforme ilustrado na Figura 42 para 0 caso de telhas francesas.

    r Ir : r - - - l r'-- - ~~\ I-t- . . . . . . 1\ /, r--t- I-r-I

    0--[ r

    r- r'- ~ I)1 )~ /~I-, J\ J\, -,I I 1 1 I I.1 )~/\ J\ ) \ J\

    BE IRAL

    FIGURA 42 - Coloceciio de telhas tipo francesa, iniciendo-se pelo beiral e prosseguindo-se emdireciio a cumeeira.

    A aplicacao das telhas de capa e canal (tipo colonial, paulista e plan) deve ser iniciada pela colo-cacao dos canais, posicionando-se com sua parte maislarga voltada para cima, isto e , em direcao acumeeira (vide Figura 43). Os canais devem ser espacados 0 maximo possfvel dentro da largura dascapas, isto e. de maneira que as capas apoiern-se nas abas laterais dos canais; nos telhados de duasaquas e recomendavel que estas sejam projetadas de forma a utilizar-se urn numero exato de telhasnas fiadas,isto e. de forma a empregar-se somente telhas inteiras, evitando corte-las nas laterais. Oscanais das fiadas superiores devem ser posicionados sobre aqueles das fiadas inferiores, conforme assaliencies e reentrancias eventualmente existentes, observando-se sempre um recobrirnento longitu-dinal rninirno de 60mrn entre eles. As capas sao posicionadas sobre os canais com a parte mais largavoltada para baixo, isto e. em posicao oposta ados canais; as capas das fiadas superiores tarnbern saoposicionadas sobre aquelas das fiadas inferiores, conforme 0 desenho das tel has, observando-se 0recobrimento longitudinal rnrnirno de 60mm.

    40

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    46/80

    "

    I,

    JI I \ I . ~ -~ HI I--a., -I n-

    II I I~ I!i II AL I

    o14(u4(oo5o

    BE IR

    FIGURA 43 - Coloceciio das telhas de capa e canal, iniciando-se pelo beiral e prosseguindo-se emdireciio a cumeeira.

    Na colocacao das telhas ou narnanutencao do telhado, os montadores devem pisar corretamentesobre as tel has (de forma a evitar quebras de telhas) ou eventualmente utilizar tabuas para distribuiros esforcos, caso a declividade do telhado nao seja acentuada (se a declividade for acentuada poderaocorrer 0 escorregamento das tabuas). Nas telhas de capa e canal os montadores devem pisar na gera-triz superior das capas; nas telhas de encaixe, os montadores devem pisar na regiao de sobreposicaolateral entre duas telhas, no local onde as telhas francesas, por exemplo, apresentam um ranhuradopara aumento da aderencia,

    Deve-se evitar ao maximo subir no telhado em dias de chuva ou executa-to em dias de vento forte,par problemas de seguranc;:a.

    E recornendavel que as telhas sejam posicionadas simultaneamente em todas as aguas do telhado,para que 0 seu peso seja distribuido de forma uniforme sobre a estrutura de madeira.

    Durante a execucao do telhado, deve-se dispor pilhas de tel has sobre a trama, nos cruzamentosdos caibros com as ripas, evitando que 0montador caminhe com telhas narnao sobre a parte ja coberta(Figura 44). Para a distribuicao das telhas pode-se dispor algumas tabuas longitudinais (direcso daaqua] sobre 0 madeiramento, de forma que os montadores possam caminhar sobre elas.

    10.2 Beiralo primeiro apoio da primeira fiada de telhas deve ser canstituido por duas ripas sabrepostas ou

    par testeiras (tabe.ras). de forma a compensar a espessura da telha e garantir 0 plano do telhado,canforme mostra a Figura 45.

    41

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    47/80

    Em beirais desprotegidos, recomenda-se fixar as telhas a estrutura de madeira: as telhas de encaixedevem ser amarradas as ripas, conforme visto anteriormente; as telhas de capa e canal devem ter ascapas ernbocadas com a argamassa definida no item 4.2 e os canais fixados as ripas.

    FIGURA 44 - Disposiciia das pi/has de te/has sobre a trama, nos cruzamentos dos caibros com asripas.

    FIGURA 45 - Apoio da primeira fiada' de te/has, na regifio do beiral.42

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    48/80

    As tel has nao necessitarao ser fixadas a estrutura de madeira, caso haja platibanda ou caso sejaempregado forro no beiral (Figura 46).

    .::

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    49/80

    10.3 CumeeiraA cumeeira deve ser executada, de preferencia, com pecas cerarnicas denominadas "curneeiras":

    quando nao se dispuser de tais pecas podem ser utilizadas capas de telhas do tipo capa e canal.Essas pecas devem ser cuidadosamente encaixadas e embocadas na cumeeira do telhado, (ernpre-

    gando-se a argamassa especificada em 4.2), obedecendo-se um sentido de colocacao contrario ao dosventos dominantes (Figura 48), deve-se observar ainda um recobrimento longitudinal mlnimo de60mm entre as pecas subsequentes.

    VENTOS DOMINANTES

    FIGURA 48 - Execuciio da cumeeira.

    Com a finalidade de estabelecer-se um nurnero inteiro de fiadas entre a linha do beiral e a linhada cumeeira, de modo a evitar-se 0 corte de tel has na regiao da cumeeira, os caibros normalmentesao colocados com pequeno excesso de comprimento. Assim sendo, e desde que 0 telhado tenha sidebem projetado, pode-se ajustar 0 nurnero de fiadas, cortando-se em seguida a extremidade doscaibros na linha do beiral. Quando nao for possfvel a realizacao deste ajuste, as telhas contfquas acumeeira deverao ser cortadas no comprimento apropriado, de forma que 0 recobrimento entre aspecas de cumeeira e as telhas seja no mlnimo igual a 30mm.

    10.4 Espigaoo espiqao pode ser executado com pecas de cumeeiras ou capas das telhas de capa e canal,

    como as do tipo colonial. No esplqao. as pecas sao colocadas do beiral em direcso a cumeeira, obser-vandc-se 0 recobrirnento longitudinal mlnimo de 60mm entre elas (Figura 49).

    As pecas devem ser ernbocadas com a argamassa definida no item 4.2. As telhas das aguas dotelhado sao cortadas nos seus encontros com 0 espigao, de forma que 0 recobrimento entre as pecasde espiqao e as telhas seja no mlnimo igual a 30mm

    44. . ., -

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    50/80

    .

    FIGURA 49 - Execuciio do espigao.

    10.5 Hincao ou Agua Furtadao rincao e geralmente constiturdo por uma calha metalica (chapa de aco galvanizado) fixada na

    estrutura de madeira do telhado.As telhas, ao atingirem 0 rincao, devem ser cortadas na direcao do rincao de tal forma que recu-

    bram a calha rnetalica em pelo menos 60mm de cad a lado. A largura livre da calha deve ser de aproxi-madamente 150mm, sendo que suas bordas devem ser viradas para cima para nao permitir 0vazamentoda aqua que ali se acumula (Figura 50).

    FIGURA 50 - Execuciio do rinciio.45

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    51/80

    o rincao pode tarnbern ser executado com pecas cerarnicas especialmente desenhadas para talfim; nesse caso as pecas devem ser embocadas com argamassa, observando-se 0 recobrimento longi-tudinal mlnimo de 60mm.

    10.6 ArrematesOs encontros do telhado com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das tel has devem

    ser executados empregando-se rufos metalicos ou componentes cerarnicos. de forma a garantir aestanqueidade do telhado, conforme rnostrarn as Figuras 51 e 52.rc.. . ..,' .

    ] i C ~ ' " ~' \ . .: . .. .. .. ..r .. ,: , ;: \

    FIGURA 51 - Encontro do te/hado com paredes para/etas ao comprimento das telhas.

    J

    FIGURA 52 - Encontro do te/hado com paredes transversais ao comprimento das telhas.46

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    52/80

    10.7 Telhas TranslucidasAs telhas de vidro eventualmente empregadas no telhado, com a finalidade de possibilitar ilumi-

    nacao natural, devem ter 0 mesmo formato e as mesmas dirnensdes das telhas cerarnicas, para quenao seja comprometida a estanqueidade do telhado. Todas as recornendacoes estabelecidas para aaplicacao das telhas de cerarnica, sao validas tarnbem para as telhas de vidro.

    11. DRENAGEM DE AGUAS PLUVIAISRecomenda-se que 0 projeto das instalacoes de drenagem de aguas pluviais, compreendendo

    dimensionamentos e especlflcacao de materials e componentes, seja efetuado em obediencia anorma NB-611/79 - "Inststsciies prediais de aguas p/uviais", da Associacdo Brasileira de NormasTecnicas.

    No dimensionamento das aguas furtadas, das calhas e dos condutores, levando-se em conta a areade contrlbulcao do respectivo trecho do telhado, deve-se considerar uma duracao de precipitacao de5 minutos e urn perrodo de retorno de 5 anos; as intensidades pluviornetricas, em mm/h, devem serestabelecidas para a regiao em que se situar a obra, considerando-se os dados de chuvas apresentadosna propria NB -611 ou dados colhidos em posto rneteoroloqico localizado na regiao.

    Para telhados com area de ate 100m2, em projecao horizontal, pode-se adotar para a intensidadepluviornetrica 0 valor de 150mm/h; em nenhum caso, contudo, deverao ser adotadas calhas comdiarnetro inferior a 100mm, condutores verticais com diarnetro interno inferior a 70mm e aguasfurtadas com largura inferior a 150mm.

    47

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    53/80

    ANEXO 1

    Exemplos de dimensionamento de caibros e tercas

    49

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    54/80

    Exemplos de dimensionamento de caibros e ten;as

    EXEMPLO n

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    55/80

    o valor de LT real e 0menor dos dois valores obtidos. Portanto, se espacarrnos as tercas de 1,35m,as tesouras devem estar espacadas de no maximo 2,40m.

    EXEMPLO nQ 2

    1) Dados: a) Telhado de telhas tipo romanab) Madeira constituinte dos caibros e das tercas:

    c an a f f s t u lac) Sec;:ao dos caibros 5 em x 7 emd) Sec;:ao das tercas 6 em x 16 em

    2) Propriedades da madeiraTabela 1 em anexo - CanaHstula: ac 72,3 MPa

    af 102,9MPaE 12.240 MPa

    3) Determina9ao de LCDesenho 2 - Telha romana Abaco 2 - secao dos caibros: 5 em x 7 ementrando com 0 valor de a centrando com 0 valor de E

    LCLC

    251 em225 em

    Adota-se 0 menor valor encontrado de LC:

    LC 225 em

    4) Determinac;:ao de LTPara determinar 0 espacarnento maximo entre tesouras, adota-se 0 seguinte proeedimento:

    a) Secao da terca: 6 x 16 em - Abaco 4entranao com 0 valor de af LT fictfcio ( O f ) 193 ementrando com 0 valor de E LT flctfcio (E) 234 em

    b) Abaco 5 - fat ores de correcao:entrando com 0 valor de LC 225 em, obtern-se: K, ( a t ) fator de correcao de LT fieticio (of) 1,32 K2 (E) fat or de correcao de LT fictfcio (E) 1,20

    51

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    56/80

    e) 0 espacarnento entre tesou ras resu Ita: LT (Of) 193 x 1,32 254,76 em LT (E) 234 x 1,20 280,80 em

    o valor de LT real e 0menor dos dais valores obtidos. Portanto, se espacarrnos as tercas de 2,25m,as tesouras devem estar espacadas de no maximo 2,55m.

    EXEMPLO nQ 3

    1) Dados: a) Telhado de telhas tipo planb) Madeira eonstituinte dos caibros:

    Mac;:aranduba-de-Ieitec) Madeira eanstituinte das tercas:

    Ta i uvad) Secao dos eaibrose) Secao das tercas

    5 em x 6 em6 em x 16 em

    2) Propriedades das madeirasTabela 1 em anexo - Ma

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    57/80

    a) Secao da terca: 6 x 16 cm - Abaco 4entrando com os valores de o f := 152,3 MPa e E 13.500 MPa (Taiuva), obtern-se: LT ficticio (of ) LT fictfcio (E )

    225cm234 cm

    b) Abaco 5 -- fat ores de correcao:entrando com 0 valor de LC := 198 cm, obtern-se: K 1 (a f) fator de correcao de LT fictfeio (of ) 1,41 K2 (E) fator de correcao de LT fietfeio (E) 1,25

    e) 0 espacarnento entre tesouras resulta: LT (of) LT (E)

    225 x 1,41234 x 1,25

    317,25 em292,50 em

    o valor de LT real e 0 menor dos dois valores obtidos. Portanto, se 0 espacarnento das tercas forde aproximadamente 2,00m, as tesouras devem ser espacadas de 2,90m no maximo.

    EXEMPLO nq 4

    I1 ) Dados: a} Telhado em telhas tipo paulista

    b) Madeira eonstitu inte dos eaibros:Pinho do Parana

    e) Madeira eonstituinte das tercas:Jequitiba braneo

    d) Se~ao dos eaibros 5 em x 7 eme) Se~ao das tercas 6 em x 12 em

    2) Propriedades das madeirasTabela 1 em anexo - Pinho do Parana: 42,2 MPa

    Of 87,3MPaE 10.930 MPa

    - Jequitiba braneo: 59,3 MPa131,6MPa10.350 MPa

    53

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    58/80

    3) Determinayao de LCDesenho 5 - Telha paulista Abaco 2 - eaibros: 5 em x 7 ementrando com os valores de ac e E do Pinho do Parana, obtem-se:

    ELCLC

    140 em209 emAdota-se 0 menor valor de LC eneontrado:

    LC 140 em

    4) Determina

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    59/80

    "

    ANEXO 2

    - Caracterfsticas ffsicas e rnecanicas de algumas madeiras brasileiras empregadas em sistemas estru-turais;

    - Abacos para dimensionamento de caibros e tercas para telhados de telhas cerarnicas,

    OBSERVA

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    60/80

    ,. I -

    ---------

    TABELA 1 - CARACTERfSTlCAS FfslCAS E MECANICAS DE ALGUMAS MADEIRAS BRASILEIRAS EMPREGADAS EM SISTEMAS ESTRUTURAIS

    ESP~CIEDE

    MADEIRA

    CARACTERISTICAS FISICASRETRATIBILIDADE

    7,1

    COMPRESSAOAXIAL

    CARACTERISTICAS MECANICASLIMITE DE RESISTE:NCIA (MPa)

    FLEXAOESTATICAOW1-0ZCCIJJW::2>ICC_J-IJJf/lCl-U~

    MODULO DEELASTICIDADE DAMADEIRA VERDE(MPa)

    FLEXAOESTATICA

    . .

    _UJuM 0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - . ~ - - - 1 - - - - - - - - - - - - - - - - r _ - - - - - - - - - - - - - - ~ - - - - ~ - - - - ~u : 8 ~_o IJJ~ 2:iE CONTRAC;CES EM % ~ ~ ;:;~UJ~ ~ 9 o c[ fl ~ UJ I------r-----r------i Z ::: I-UJ0 !< : !!! ' ! ? : E 1----q..::-?--..----t----q..-::?-:-1.----.,~~~ TAN- -0~?- ~~3 ~ ~ MADEIRA ",0", . Q I ' l. Q A 15% DE v q..v A 15% DE: : 2 : CIAL ..:. "q.. 8 G :; > ~'. . : .

    0,91 4,9 7,4CAPU (")(Vouacapoua americana) ----------/----+--/----j---+---j----f------f------1------1----f----f-------I----+----jACHUARANA (")(Va n t a n e a cupularts) 1,07 10,4 10,5 24,5

    14,0 0,670,89

    65,271,4

    95,3 125,8 160,2194,7

    13,216,1

    9,97,8

    2139030490

    1445021670 9,9

    AMENDOIM (0)(Pterogyne nitens] 3,5 6,1,77 6,5 11,0 0,50 39,8

    100,9 136,984,0 118,7 12,6 9,9 12180 11340

    ANDIROBA (0)(Carapa quianensis) 0,72 4,3 7,4 13,4 0,50 37,5

    54,055,2 79,0 104,4 9,8 6,6 14470 11600 4,9

    ANGELIM ARAROBA (H)[Votairaopsis araroba) 4,6 3,6,68 6,5 11,0 0,58 34,4 47,2 62,6 78,4 6,4 4,2 12600 10210ANGICO PRETO (* 0)(Piptadenia macrocarpa) 1,05 4,9

    7,3ANGICO VERMELHO (H)(Piptadenia rigida) 0,85 3,88,18,4

    13,914,2

    0,670,54

    71,339,3

    88,6 156,686,7

    189,0109,2

    19,813,9

    13,99,7

    2071010555

    166809230

    11,8

    CABRIUVA PARDA ( )(Mirocarpus sp} 0,91 3,6 8,0,4 12,8 0,55 49,7

    54,265,8 104,2 133,7 14,4 9,5

    CABRIUVA VERMELHA (n) 0,95 4,0(Miroxylon balsamum) 6,7 11,0 0,52 60,7 72,5 119,2 135,2 18,4CANAFISTULA ( .)(Cassia ferruginea) 2,7,87 6,0 9,7 0,50 58,2 72,3 102,8 102,9 12,6

    11,514980 12700

    10,35530 127807,3 8,87220

    CAOVI (*)(Piptadenia sp] 0,75 4,6 8,4 14,0 0,56 45,5 60,0 92,1 111,4 13,8 6,9

    122406,65350 12730

    CEGA-OLHO(Pachystroma illicifolium) 4,5 5,2,80 9,2 14,2 0,53 31,2 47,6 75,1 100,3 11,1 8,5 13230 10210COMBARU (U)(Dipter ix alata) 1,10 4,9 7,3 12,5 0,61 65,6 85,6 147,1 153,0 17,1 10,3 15570 13700 11,9COPAIBA ( )(Capaifera sp) 4,1 4,3,70 6,7 11,5 0,49 35,0 50,4 85,1 102,8 10,2 6,9 10945 9780CORAC;AO DE NEGRO (H)(Poecilanthe parviflora) 0,99 4,0 8,0 14,4 0,60 51,4 74,3 115,2 139,6 16,7 10,1 14260 12790 12,2CUPIUBA (00)(Goupia glabra) 4,8 6,4,87 9,1 16,1 0,62 51,8 68,5 98,6 124,5 12,4 6,9 17480 13960

    3,9 11,0AVEIRO ('0)(Pterodon pubescensl 0,94 7,1 13,0 0,66Notas: (*) espec ies que mio necessi tam t ratamento fungicida ou inse ticida ;

    ('0) especies que naa necessitam tratamento fungicida, inset ic ida au impermeabil izante;- 1 MPa = 10 kgf/cm2 1 kN = 100 kgf

    67,7 74,4 125,0 132,4 14,9 11,2 17610 13270

    cont inua . ..

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    61/80

    (J1 contlnuacaoc o

    ESPt:CIEDE

    MADEIRA

    CARACTERISTICAS FISICASRETRATIBILIDADE

    CARACTERISTICAS MECANICASLIMITE DE RESISTfONCIA (MPa)l:-W~ E ~ ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - ' - - - - - ' _ - - - - - - - - - - - - - - - r - - - - - - - - - - - - - - - r - - - - - - Y - - - - - I''::~Q wOw ;}_ ~o O- ; ~ 0 COMPRESSAO FLEXAO I- C ~W - ~ CONTRACuES EM % 0 U AXIAL ESTATICA z a: ::;; '" 0:o . . w : : > ~ - c c WW a:w~~~f-----,----,----I ~ t; I----:--,----t----:--,---........ ~~ ~~~

    ~

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    62/80

    .continuacfio

    , ..

    ESPr:CIEDE

    MADEIRA

    CARACTERISTICAS FISICAS CARACTERISTICAS MECANICAS

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    63/80

    TELHA FRANCESAABACO I :aspapamentomaximO$tl tre terce, OUv60ff ld~ iq \ ( )

    .. - .deCCltbros (LC . emcm) pard t

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    64/80

    TELHA FRANCESA~~~:;tim~.:t::~': ' i :~::a..t

    . ( 1 lOO I~o ~4Q!~O tM .~n~240 '2$0 ?lQ'fftIMPo )ASAC04 :SPQC Qm eofoficf(eloentreteS()Ul"O$ . 'Oq..v(io.fiptiio

    . . ' , . . . .. ..' .. ' . g E t terCQ$(L,.Yflct(cio.ern .:emlpatd tercflS . d e . $e:~"'xI6m

    ~ : : : : , " 1 :2. , . 2 ; J - - - - - - .1 .. ,, r ,, - ~ .'. '......... ". : ... .... - r -" . . . . . : . . ' . : i . . . ::f . - ~~.~: t'LI ,,"f. '~zoo ixr . ' . , . -'t , , , ,", ' ' ' ' ' ' 'T .: . T'~ "$a~joI~'--t;w;-r--

    _ JacO()! ........, ....; ". A .,~ J~ l,,,,,d,,+-~..-.+~_,....;.0 T, ...~'!l.. '. ~ :~ ~4' """' ;; ;r - , l ", . : , c+ " 'l . '

    i f i~( ic> J ' ."~"'- Vr./'-"of"---+..~"_'p...-+.~-~+--+,"""'I~a.ooo -~: .....:= i~: : :+: .j... .. ; , :. , , " , , ~ ~ = ~ .. . ('.',.[o--'+.....,..I.t$' + ..A " . "_ M : ,, - ~-"'l~.'_ii''''~~''''''"'"""fI~QOO~-+---+~-~+'+....-_'" ..f..........' .,'....1 > ' . ' . " .+-

    l QQOO "i-....,.......r",.,..-t-~t-+'"""+"'-+.,...-r-

    .:: - : , : : .:.J~'-+.'"'''-I'''''''. ~ . ~t:t'",;,,,",,,,,+",,,",+-~~-j4!lOO ,............_;j..$lI C... i ; i ' . . . . . . " . . ' . . . . . .0~M:= :~ l r . : : . t 4 . y ~ : . : ' " " , . , . i . . .. , . . . .. ' . . , . .. ' . l ' ; . ' ' , , ; ; 1.,t.~........~,."+","""+,,......,."ifio 220' NO ucr

    .....:

    J I : ! . . 120 1"0 laOff lM.Po)

    ...";~

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    65/80

    . ,ABASOS; Fafot&$" deQOrt.6caO deLY fietIciot2 " ' 1 " , . . . . . " , . , . , . . " " . , , -

    , . 1 . . . . ' - , . 1 : . .. .. . . . . . . . .. . . .+ , ;)i'.'~ - L - - - , j , ' . . . . . . . , f - - - ~ ~ ~ ~ r ~ ~ ~ 1 ~ . . , j > : t ' ."12,O! ', ,~ '._.,_.._.. . j . ' . , . : : . r :!J l.'T 'I Q -f-'" _ o _ " , o ' 4 - 0 " , _ , o , o ' " _ o " : ' : ' - - J " " ~ " o , o , o + : - - ~ , , - ., ; . .- . , , 1 - - ' 1 . . . . . . . . , . . - - + - - + 1 _ + , ' . _ ~ . c . , . " " ' . ~., . + : _ " . . . . . . , , I ; c . : . . . . . " ' : . - " ' '' . . . . .~ - ' t / rP" " ' ; . . ; ; . .., : ~ : : : = = : ~ = ~ :

    ,~ 1 i i ; . : ."1' ' - ' - - ' l ,0...,0 " " ~ j i " . .~ . i Z . , , _ J - i. a +._ ...'.:;+.... ,....,~~"'~! t , . , I f . ' I1,'7'4--4----'r---+....,.,." ...........-f--+---~--t-r-~-..,..,_;.f_-~..,.._r-.......-f...._._--ft ' - / ",.+ . . + , , ' * Y - + L+ ; . . . . . . ; . , , ! . , ; . O ' ' ' ' ' O . 4l,...........t'-- '- . . . .;

    :: M' - ' 1 . . " ' , I :' " , c ; I: f - - ' ' ' ' ' ' r ' ' ~ ' ' ' , , . , . ,, : , . , : : i J . . < J lf.+,",'t: ' :",":+,,--:+, . . '. . -- ,+- f~ , , , ' ' ' I I v .-" ,+-- . " . , ' .: l.~-- . , i lC . . " ~ - - - - - t, . .. " . " , " " " + - * " " " " ' + - - - - -r - - " " " " " . . . . , _ - + . , .. , ., . ,, , ,; , . 1 . . . . + : . ; t o , : : . .J ; . .l - - - ' ! - . -+ f..-, ,.; :1- 0+_ 1

    ! ,. .~C I '{1.4 , j . . . . ~ : l } !. -",,+'4 . . .". . . . . -+- . . . . ; . . . . . . . . . . . ,. . .+-- ~"- 4r-- -. . . . . . . ,;,- . . . . . . . . .4I-...+ . . . . . . . . . . . _ . . . . . . . . . ~.t .~ I" ~ r ~ " " " " + . . . . , _ , _ - - - + - - - - - - _ + _ _ . . . . . . _ ' t ' _ o _ . . . . . . , . . p . . . . . . . ~ " . . . . . . . , . . . . , . . . .

    I,~ ~ I ~ ~ ~ : = ~ ~ : i.-.~.' .:~~~.' " ' ' ' '' ' ' 1 ' . .: L " : , , , , : :. I . - O , " , ' : ' " ' ' , . ';t,.... , " ' I = : ' " " " '' '' 'V , , - - .,[ c 2 - ~ k ; f . l i + ' ,i, + . " ' . . . . , - . + -~ -+ - - -- -- --~ ' ,. , . . ~ . .: , ' , " -i-c : , " ." .. . ; . , : . " . . + . " , , ,, . .. {I, 1 ~~l JI'-...+-....--4-, i". ~ . . ~ - _ J - ~ . - , , ,. . . , ; : . ; , . J . .. . . . . . . C " , . : , . . .. ; , I , , , . .,f:.. ....., ..: "'~''~~''''''';;f;;';'''''':'': .'(."

    . > ; o : ; ! i! I !I .O~~., .. l._" . ", ,,~....+.,....,.....,..l-_+- ........J;......... -+ . ., .. . ., ., .. ,. . l- _ , .. . .+ - - - - - " '~ . . .. . .. . .-....._.I;.;...w.~1".-~,"'~'.'f

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    66/80

    TELHAROMANA.~A t a A C O 1; . ~s.pa9Clme.ntQ m Q l < . i r n Q $ nfr~ ...t l I "CQ$ Q u , ! Q 9 r n d x l m o~ec;dbto$(t.Cfem em1 por(JcolbtpsdeSEPI05x6cm

    &0 ~" c IMPQ) 90A B A c a 2; Espo(:o.rnenlortlOximo erdretercas . 0 0 0 M O O r h o ) ( i t n o .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .de eaibros (LOt em em} para coibros de leeAD 5x7vcm~2!'HlO ... j ... j . 11 1 -4 I . ~ ~ o ~ ~'''-~:r--- . -----l

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    67/80

    TELHAROMANA.A S t lC O . i> E , 's P Q c Q rn _ n to .f iClicio e n tre te sO lJr(J$.O uv o o .fic t(c io .. . . . . . . i - ..de ferCQ S{ .LTflc twtolern e :m lp aro ..t e r Q$ .de$ECAOSx12cm .

    ABA04 : e s p a c omen t o f i ch c i o e n t r e t e$ou r o s ou v o o . f i c t t c i o.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .A ................. L . , T < f . 1 '1 . . . .. .. .. . .. .. ... .. . .. \ .... t ..d s r.e-AAe a .yeterco$ ........). JCO~ em cm ,pa ro ..e rc os .:e < ;; ' ' ' ' 'f . '\V Q )(~ cr n

    ta o l

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    68/80

    II

    1 ,2,O 1.}l.AK2"'J(E)

    r - ' " - - " " ' " ' 1 " - - - _ , . . - - - - - . . . _ . " . . . , . . . ~ - _ . . . . - . - - - - - ~ .AGRl.IP. DE CO.MPOt-l.ENlgSE'SISTEMASPE$ENHO ~~AMeosPE;p: IMENSI9t '~~MrrNTl) i '

    .. . 1 . :. . . . : . :. . . . . .. . 1 .: " ~ . : . t.,....I.........A............:.. : : . D. . . . . . . . ~ O . ; ~ j G A ' C O . ; . . . E. .: . $ ~ : IF' TEtHA. . :RQMANA. . . . . . . . . '. M At~uAt,(jS . f:X ~C L l(:.a :O O f: TEwMos

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    69/80

    TE L HA C O L O N IA L

    AEJAC()2:e$poc;amento.maxlmoentre t e r ~ a s ou.vaotn6xlmod~ cQibros . .tLc, em em 1 pOfo.calbros dele~I() x.7 em: : " t ~ .II .~ m = , :. . .. ; - f ~ J r ~ ~~ aOQQ . r ~ ....;r,. .....'. '.+;".~.+~t--.~- + i . . . , . .. : : - : _ " . f. c - . - : : : . . = f . - : : ~ ~ _ ~ . " , : : ' # ' . . 'if~@~ - + " . . . . , , ' f . ' , " . .. . ,;+,,,+ .. , " ' _ . " '. H . . " ' - + . ; . - ; . ; . , . ; . ; . + - " ' - 4I._.;.-;.;.,.;.;.'- ' ' . _ ' 4;,,;;,;.;+~;P..,;.;...ct"""4.-,.;..;..S ~;E~

    : ' " - ,. , t i : ) ~ . : J I " ; . c ~ - ,. . , . . . +._-i24000_:;,;. . "', ~l'1.~ y ........L ~ . ~ , _ . + _ ,~tO

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    70/80

    TELHA COLONIAL

    I~ lZ0 l4.()1~9 llW .~.()Q UO t~ . ~oo 1/:.10'Q " f lMPQl

    AE3Aee4:E$p~(Jm.nto ..ic t t1; ; joe l1fre feS()of ' ( lS()tJVQO.f ic f r i0de t e t~d$f l . . .T ' f i~f t c io ,emcm)pa to ter~Q$deS~.l

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    71/80

    ; -A:OR{~_~ t i E .CG.~P(~,JtftE:S_E : :$ f~ rt.t::MA -tf ... - _.. - '~~ __ ....,.".._ ~ ~ - -- DISSE NHO4; A'6l!.C !)$:~ . < ( ) . IM E ' NSjON~rf.'NTO .. . . . .1 . . .. I . . . > I " . . . D!VISAQ tlt. ~OJFtdA~5tS. . ' . . . . ' " ~ - - - 'c " " . ., . , . ; . ~ _ . _ . . " . , : . , . , , .- " . ' hW.,.... _- - .

    MANUAL!)! .t~.i(rcv~Ml)f. r(;I.HAI)(}S

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    72/80

    TELHA PAULISTA . .~eAeO l ;e :$ r>Q ' ( l rnen f ( ) . l1 ' \ dx imoent te t e r s , t o s . o u . V f t o . r n o l i m o .c te . CQtbtos l lC . t sm em } ' pora calbros de .$e~115.xl.cm~ . . . . . . f , v J .. :. _ L . cL" 'J~ F" ;.. . .... . . . .. . . . . ! A ~ . : l i ~ vt;

    o'o:-!~ .:.......... , '~+ "-~~~jL....;: "

    ZOf,)O. ' . " " , , 1 : _ . : ' : : I. . t. f'0 ~ " t l ~ ~ : ; , + >"'w.. ,..~,.,.; ,,;,"'4"''''''-1' ' ' ' : . " ' > . ' 1 _ L ~ . ' ' ' ' ~ + ' ' " ' . . , . ! f - ' - . . , . . : p . . " . _ + J f . . . . , . . . . ,

    i9

    . .: . '___J.60 W)fe (MPa)

    AaAC()~: . t ;$pq~ament()mdxlmo e o t r e t e r~ a s ou . vao .noximod e c a ib ro s .. f LC , em em) .poro coibros d e $E J i < . > Ix , em. ( .J

    3~000 .."" - - , . , . . . . . .. . . . . . . . . . ~ . . , . .. " . . ."~""'r""~r.-, . - . . .. . . , .. . . . ,. . . . - r . .. . . . . ., . . ,. . . . . ., . . . .. . , ,, . . . .. . . . . ." " " " ' " r - , . , . . ,. . . i " - " " . . . . ., , . . . . . . " " " " ' r ~ , , . . . . . . , . . . , . , - " " ' ! " ' , , , _ . " J . , _ ' f -::: c i3P ' '"r-~ : ...: . : ] : : = + - ~ - . ~. - - - - j - -~~"/F, ....l l > - O O O . . . . . " - . - ' - . - . - . > 1 . . ., .. ': . 'h , ,! o . ~ 1 ~ " " . . +w:'''''''+-'"''I.. ~.:~.'"L.NI~".ub...,..... ...__. _ + - - - - - : 2 : u . ~ ~ . . . . .." , ' f ,"".:":1'"~-"".~"'-1i'*(X)1) : : : : . t ' . .. . . . . . . . < . - - d - ~ ~ : . . . . .. . , . _ 4. - b , , . ~ . .+,,~II'~'_-f';_+I._,..-f.~~{)aQ I . ': . .. . '.' ~ 4 : . ~ > F i / _ " " " ' . " " ' + . . . . , . . ; . . . . . . . . ; . ; . . . . .+- '--~~o~'w .. t~: -t- ~- .:~ . J t 4 h ~ . " 'L : . ' . , , .

    .F-,~~f-,-.~.r-.......w ":: r ; . ; . . ; . ,. . ( . .; .. , ; ; . : . "~ . . ; , . .; . . ; , . , . ; . , ; . , ; . .: .~D;.L::..t~...: . P " . . L , ::"*".~~~~,"'"1 ..- ;;; "iM O Q . '.. ' . . . . J . . . . . . . . .". '..~.i;.."..~."~---I--+-...+-.--"jt---+--I.J..--+-+.~+-----4 .......+--.f-."'""4---4-~+----+.~-ti J.~.It" . ... C". .............,'a no .. " ~.O ~, . ~ . t : I " i .o' . . . . . . . . . . . r - - -+~+. . . . . . . . .---.+......~. , . .. - , l . " " , ' . . . .. . . .. . ,.~. lSI;)' ' . . . . o p - - : - ; V 1 . . .. : ; " i4 (l Q P .. ." ;. , J,. . . . . , . . . . : : : 4= : : ~ : : : : : + ~ . , .~~~:J ' ." ; , ,I I > N . l - i M , "~i--'--''''''+'''_''''''i'-'''''''+='-''''4'''''='-''1~.' __j12000 , ~F~~~- . + . . , ; > ~ , . " ,% : : o ! . ' I " ' ~ ; . , . ' - + . . " , _ - + - J . . . . . . . . , ~ ~ . . . . . , . . . . . , ' " ' " f - ~ : . ' f C m . " " ' "+~"'l-,,"'"'"

    20 30 40 !S9'. ' tID 10f ( : . MPCi}

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    73/80

    TELHAPAULISTA

    ~.~'~' .~!Il ..:'~ .~ 1 . . . . .. ..~

    l .. . ".:.. II , ,

    ',,, ~."!'" : "'" ...~ . ,~~QQQ .:..,.';,;,+-"""-"+--4~-"""'+-+44"_-l~,"';f;"~+-+-+-+,..,.,.;pr++-+~f.-+-',_"f-"""f;."-4:.

    "

    ,A 8A CQ 4 : 'Espo~ametltofict(cioentrete~ourQs o u v Q Q . f i o 1 J ' c i Qdeter#os(L.Tficffc,io.em em) para t e t 'QSa eS~S : .A( )611_c r n_ ., i , L . : ~ " , . . . ' ~ ' : ' : . _ _ : . ' ._ . , , ~.

    &0

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    74/80

    ' ..- .M f :t U P . otCOt.iPONttHES$!st~MAS

    1 . . 1 ' , . , < .1 . . ' ' . fa Vf$~~_~~ ! _ ~ I F ICA5E$ TElHA_ _ : , : _ _ : , l _ _ _~ ~ ~ ~ ~ _ ~ _ ~ _ _ XtU~AO .~~.Tf;l~:~~ - -- -- -- .- -- -- -w -- -- -- -- - . . - -- -- "~ """

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    75/80

    TELHAPLAN." . .e Q l b r : $ E ( $ ~ ~ ~ : ~ ~ ; m ; : : ~ ~ t : ; : ~ . ~ O ~

    . $ : 1 . . &0O 'e IMPtj}

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    76/80

    TELHAPLAN

    A s A C O 3:.EspoecJfnento.fiCf{cioeofre f e s o u r o . puvQofietlcio.: ... .". . .. : ..:.:.. . _ . ..detercos fLTf icl i'c io lm ...m}par9 terces de . $EeAQ.6xI2an

    . . . . . ",..

    . . . . . . . .. .

    . ~ . . . I ). t'liJ . .: ..1-.-.+ !'..-!_tl+t'I ....... ,f ;..; + . . . . . ~ : . + . , , , ; , . . t . ~" . ; _ . t-l-.~f--4"':"F''',I,'''Ao . . . ..~ to o J~tll40 16,0

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    77/80

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    78/80

    TE L HA TE R M O P L A N48.6.00 1 : 'Espqcomento mQx lmoen t re t e r ;~ ( l s .ou \ l i 5o .mdx imod$caibros

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    79/80

    TELHA TERMOPLANAI3~et ' ! ) .3 : .EsP(J~Qtr lento f : i c t (o ioent re te$ourCiS . o u v O o . ' i c J tc iQ .d _.te re Q s (.L Yf ic t(c io ,.e rn .cm ) pa ra te r pa $ S!~1(')6~12cm

    h . , . . , { , . < . . . : ( . } . . . . + M - - 1 ~ " " ' " " ~ + - - + + ~ " + . . .+....,.j."-+~~.",,,.j~~~4..;..~-+',.;.4~ .. . . . . . . : : . , . . . , : : ;. . . . .. . . . . . : : ' . , . : . , . : F . . t ; , : , . . . . . . - : f - ~ - - + - - - + .,.-t,...+..... . + , , . + , , + - 4 . ~ + - + : 4 . . . . .i ? . / ; :. : + i I ' . , : : : ~ 1 t = t : : : : j

    ~. . ~ ~ .: l :ooq 6 i . .-f7l~~++"4,.;.;;..+~ .......~4+~4.04..;,:..4,~ .......~4.~O O () . . . : ; . ~ o ; ~.w~.;;.-: .F"""+,",;+..""'. ..4~~*: .:~""""..': :w 4. .. . H . .. 4....4~,:.....".;I.:,,b4~;.T. f,%l ..;.,~.~. l--~+--+----+""--+--~ ':'''.+.~..""'-"h;p.:+::~ . . " " ; j ; . ; 4 ~ ~ .~. T ::..F . . .: .::_.~ ~.~~ . + : - + '-e . -4, .-..."f~~f---~.~.+--:,+ !"""~4.,.......j"1---~+-+-4e ..~ .. ;:t:~~::t::C::t=..""4.......J.~........J.-4~-4........J~~~~I.;.,;;,.;.I--L~~' .......; , . , 4

    ABACO 4: E S P Q s zom e n to .'ic fle io enftetesourCsQu Qo.fict(eiQdeler~Qs.("''''lictIOiQ,f#rrr e;mlparQ t e r QQ s c l e S E ~ IOG~ l e em '

  • 5/16/2018 Manual Telhados IPT

    80/80

    .. ..... .. . ....

    A()fWP.l)ft .COMf"O~:.~S::_~_::.~~:t:MA$PESe:NH03 iA$M;qSnlVI~1.0 l)E tOI F I CAPQI$~-.~---",,...-.,,,.,- .,,.~- .......~-! TELHA