manual do juvenil cmj metodista

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Manual Juvenil Igreja Metodista

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  • ConfederaoMetodista de JuvenisIgrejaMetodista

  • ConfederaoMetodista de Juvenis2010

  • Juvenis metodistas manual

    Igreja Metodista

    Joo Carlos Lopes (bispo presidente)

    Secretaria para a Vida e Misso da Igreja

    Joana DArc Meireles

    Coordenao Nacional de Educao Crist

    Renilda Martins Garcia

    Josu Adam Lazier (bispo assessor)

    Confederao Metodista de Juvenis

    Mesa executiva

    Marini Soares Gomes presidenta 4 RE

    Dbora Jorge Lamo vice-presidenta 1 RE

    Kassiane Cristina de Oliveira Ferreira secretria de atas REMA

    Indyamara Pollyanna L. Jernimo secretria correspondente REMNE

    Alexandre Pupo Quintino assessor financeiro / tesoureiro 3 RE

    Conselheiros nacionais de juvenis

    Luiz Alceu Zapparoli 3 Regio

    Eliana Campos Leite Zapparoli 3 Regio

    Bispo assistente da Confederao de Juvenis

    Nelson Luis Campos Leite

    Colaboradores e colaboradoras

    Andreia Fernandes Oliveira

    Cristiano Holanda de Lucena Seta

    Ednei Berteli Reolon

    Elaine Lima de Oliveira

    Eliana Campos Leite Zapparoli

    Flavio Harsten Artigas

    Luiz Alceu Zapparoli

    Thiago de Almeida Valentim

    Organizadora desta publicao

    Andreia Fernandes Oliveira

    Projeto grfico, diagramao e capa

    Samuel Fernandes

    Ilustraes e arte final da capa

    Pedro Henrique Moraes Fernandes

    Reviso

    Geuid Dib Jardim

  • umrioApresentao ......................................................................................................5

    Juvenis..................................................................................................................7Quem so os juvenis? .....................................................................................8Como os juvenis se organizam na Igreja Metodista? ...................................8

    Sociedade de juvenis ........................................................................................9Para que serve a sociedade de juvenis? ........................................................9O que um estatuto? ....................................................................................9Existe um estatuto para a sociedade de juvenis? .........................................9Quem participa da sociedade de juvenis?.....................................................9Quem dirige a sociedade de juvenis?..........................................................10Quem quem na diretoria executiva dos juvenis? ....................................10Por que uma sociedade e no um ministrio de juvenis?..........................11Smbolos da sociedade de juvenis ...............................................................11Fomos eleitos(as). E agora?..........................................................................13Como preparar uma reunio para a sociedade..........................................13Quais atividades podem ser desenvolvidas pela sociedade de juvenis? ...15Como dirigir um culto ..................................................................................16Dicas para a participao da igreja no culto...............................................17

    A federao metodista de juvenis...............................................................20Dicas importantes para a Federao de Juvenis .........................................20A secretaria distrital .....................................................................................23

    A confederao metodista de juvenis ........................................................27

    Conselheiros e conselheiras de juvenis......................................................28Conselhos para conselheiros e conselheiras de juvenis..............................30Pistas para caminhar com a turma de juvenis.............................................32Somos Igreja para servir ...............................................................................33Barnab, um exemplo de conselheiro.........................................................34

    Professores e professoras da escola dominical para juvenis ................37Aos professores e professoras com carinho, muito carinho! Parte 1......37Aos professores e professoras com carinho, muito carinho! Parte 2......47

  • presentaoTenho a alegria de prefaciar esse manual dirigido aos juvenis e suas lide-

    ranas.Nos meus quase 50 anos de ministrio pastoral, esse o mais completo,

    abrangente e perfeito material lanado pela Igreja Metodista.Parabenizo a Secretaria Executiva, a Coordenadoria de Educao Crist, os

    conselheiros nacional e regionais dos juvenis, as Federaes e a Confederaode Juvenis.Aqui temos uma ampla orientao, desde a igreja local at a rea na-

    cional Confederao, com objetivos, regulamentos, sugestes, orientaoquanto idade do juvenis, ajuda aos professores(as) de Escola Dominical, aosconselheiros locais, regionais e gerais, bem como s sociedades locais, federa-es e confederao.Deus, em sua Graa e Amor, tem chamado a Igreja para dedicar-se com com-

    paixo e afeto ao Ministrio com Adolescentes (Juvenis). Alm da devida aten-o que devemos dar s crianas e Maior Idade, temos um grande apelo paraestar ao lado partilhando compreenso, acolhimento, dedicao, pacincia etolerncia para com essa faixa de idade to afetada pela sociedade ps-mo-derna e pela mdia, com seus valores contraditrios.Muitos dos adolescentes (das adolescentes) so vtimas dessa sociedade em

    que vivemos, em todas as reas de sua existncia e aspectos do seu viver.Cremos que o Evangelho de Cristo a PROLA DE GRANDE VALOR a ser

    anunciada, oferecida e vivenciada junto dos adolescentes (juvenis), no apenasda Igreja, mas da sociedade em que vivemos, em especial no mbito da fam-lia.Oro ao Pai para que d Graa, Sabedoria, Sustentao e Fora para quetodos(as) os que so objetos desse manual possam, sob a direo do EspritoSanto, conhecer, compreender e praticar o que est sendo proposto como ob-jetivo e guia orientador .Com aminha gratido a todos(as) que participaram dessa elaborao, o meu

    afeto e carinho episcopal.

    Nelson Luiz Campos LeiteBispo Assistente da Confederao dos Juvenis

    Junho de 2010

    5

  • 7UVENISDireitos dos(as) juvenisTodo(a) juvenil metodista tem direito a: ser amado(a) pela igreja, sem preconceito de raa,cor ou posio social;

    ser bem tratado(a) na igreja independente do seu modode vestir ou falar;

    ser ouvido(a) pela igreja, bem como respeitado(a)em sua forma de pensar;

    receber educao religiosa por meio de classe especialna Escola Dominical;

    ser disciplinado(a) dentro dos princpios bblicos,para crescer espiritualmente, socialmente e fisicamente;

    ter uma sociedade de juvenis e nela se reunir com os demais paradiscutir, elaborar e executar seus projetos e atividades;

    ter um conselheiro ou conselheira, ou um casal de conselheirosque o(a) oriente e capacite a trabalhar nos ministrios da igreja;

    exercer seus dons nos ministrios para os quais Deus o(a) chamar; ocupar cargos de liderana na sua igreja, quando demonstrarcapacidade e responsabilidade para tal;

    aprender as doutrinas da Igreja para poder vivenci-las; ser membro da igreja, conquistando todos os direitosde um membro metodista.

    Ser juvenil ter vontade, ter liberdade, ter vida, ter amor. Amar e ser amado, servir, lide-rar, aprender e viver no centro da vontade de Deus com intensidade e amor!

    Giovana A. Reolon 5 RE

  • Quem so os juvenis?Os juvenis da igreja metodista so todas as pessoas que esto na faixa et-

    ria de 12 a 17 anos.

    Como os juvenis se organizam na IgrejaMetodista?Assim como os jovens e adultos (homens e mulheres), o grupo de juvenis se

    organiza em grupos societrios (sociedades) que, segundo os Cnones (art. 143),existem para tratar de necessidades especficas desta faixa etria.Em nossa Igreja, os grupos societrios locais, ou sociedades metodistas de

    juvenis (Someju), se organizam em nvel regional por meio das Federaes Me-todistas de Juvenis (Femeju) e em nvel nacional por meio da Confederao Me-todista de Juvenis (CMJU).

    Se liga nessa: Tanto a Federao quanto a Confederao dejuvenis existem para auxiliar a sociedade local de juvenis

    8

  • 9Sociedade de UVENISPara que serve a sociedade de juvenis?A sociedade de juvenis serve para introduzir os juvenis no mesmo contexto

    da organizao da Igreja Metodista, num trabalho que valorize dons e minis-trios conforme proposta e diretrizes metodistas. Os trabalhos realizados tmpelo menos dois focos: integrar e apoiar. Ora deve buscar integrar o grupo dejuvenis, ora apoiar as atividades j existentes na igreja.Pode-se dizer que a sociedade serve para reunir, promover a comunho e

    estimular o trabalho dos juvenis na igreja local. Ela muito importante parazelar pelo desempenho dos juvenis na obra missionria e manter a turma unidae presente na igreja, mas no s isso... Planejar atividades, que sero acom-panhadas pelo(a) conselheiro(a) local e pela Clam, executar, relatar e avaliaressas atividades faz parte do trabalho da Someju.

    Sociedade de Juvenis verdadeiramente real, onde as coisas acontecem. No virtual!

    Mariani Soares Gomes 4 RE

    Oque um estatuto?O dicionrio Houaiss diz que estatuto um regulamento ou um conjunto de

    regras de organizao e funcionamento de uma coletividade, instituio,rgo, estabelecimento, empresa pblica ou privada.

    Existe um estatuto para a sociedade de juvenis?Sim, a Confederao de Juvenis disponibiliza um modelo de estatuto, apro-

    vado pela Cogeam, para ser harmonizado em todas as Regies Eclesisticas esuas igrejas locais. Isso importante para que as sociedades possam ter unidadee identidade. Para acessar o estatuto entre em: www.metodista.org.br, cli-que em confederaes e em seguida juvenis.

    Quem participa da sociedade de juvenis?Os adolescentes de 12 a 17 anos, pertencentes a uma igreja local.

    Se liga nessa: Os adolescentes que ainda no somembros da igreja local podem e devem participarda sociedade de juvenis

  • Quem dirige a sociedade de juvenis?Os juvenis da igreja local elegero a cada dois anos uma diretoria executiva,

    para gerenciar o trabalho da Someju. O mandato dever ser de dois anos, po-dendo ser prorrogado por mais dois. A reunio plenria de eleio deve serpresidida pelo pastor ou pastora da igreja local.

    Quem quem na diretoria executiva dos juvenis?Presidente(a): preside as reunies, delega funes e tarefas entre oscomponentes da diretoria e demais juvenis, incentiva e trabalha com osjuvenis, representa-os perante a igreja e o distrito e atende os seus pe-didos e necessidades. Deve solicitar sempre o apoio do(a) conselheiro(a)local. O presidente dos juvenis tem assento na Clam.

    Vice-presidente(a): Substitui o presidente quando necessrio e o asses-sora em suas tarefas.

    Secretrio(a) de atas: Lavra as atas de todas as reunies, organiza ezela pelos documentos da Someju e cuida da agenda de atividades.

    Se liga nessa: Como fazer uma ata? Ela nada mais do que um do-cumento redigido pelo(a) secretrio(a) todas as vezes que a direto-ria se rene. Na ata se registra o que aconteceu na reunio, comuma breve descrio do que foi decidido em cada item da pauta.A ata deve ser assinada pelo(a) presidente(a) e secretrio(a)

    Assessor(a) de comunicao: Responsabiliza-se pela comunicao, or-ganiza e divulga as atividades, cuida dos materiais da Sociedade e dosarquivos em geral.

    Assessor(a) financeiro: Cuida da arrecadao dos valores da socie-dade, repassa-os tesouraria da igreja local, efetua compras e apre-senta relatrio financeiro sociedade e Clam, sempre que solicitado.

    Se liga nessa: Todos os recursos financeirosficam com a tesouraria da igreja localSe liga nessa tambm: Caso no haja muitas pessoas dispostasa assumir a direo da sociedade, a formao mnima de umadiretoria executiva pode ser: presidente(a); secretrio(a) eassessor(a) financeiro(a). Nesse caso o(a) secretrio(a) faras atas e cuidar da comunicao

    10

  • A sociedade de juvenis de extrema importncia ter uma sociedade de juvenis na igreja, para que

    tenhamos organizao, conscincia de que sozinhos no fazemos nada, porm,juntos com a Graa de Deus, podemos fazer algo bom para os nossos juvenis."

    Vanessa Gomes Barbosa REMNE

    Porque uma sociedade e no umministrio de juvenis?As sociedades metodistas fazem parte da nossa histria, da nossa tradio,

    ou seja, do nosso jeito de ser. Elas foram concebidas como um espao de for-mao, comunho e exerccio da nossa espiritualidade. Em sua composio a so-ciedade possui uma diretoria executiva que pode ser composta no mnimo porquatro pessoas atravs de um processo eleitoral.Dons e ministrios tambm so parte da nossa histria e tradio, no en-

    tanto, no foram criados para substituir as sociedades; eles podem e devemacontecer em harmonia. Umministrio, embora tenha muitos membros, coor-denado por uma pessoa, s vezes acompanhada por um(a) vice-coordenador(a).Nesse sentido ter uma sociedade propiciar aos juvenis mais espaos de lide-rana, de formao e descoberta de dons para que mais tarde possam trabalharde forma eficaz nos diversos ministrios da igreja local, sociedade de jovens,mulheres ou homens.

    Smbolos da Sociedade de Juvenis1. Lema: Unidos em Cristo

    Se liga nessa: Lema quer dizer tema

    2. Versculo bblico: Nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a suavida por ns; e devemos dar a nossa vida pelos irmos. (I Joo 3.16)

    3. Dia do(a) Juvenil Metodista: 2 domingo do ms de setembro

    4. Marca dos juvenis metodistas:

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  • Se liga nessa: Confeccione camisetas para a turmados juvenis. Libere a sua criatividade!

    5. Hino dos Juvenis Metodistas

    AAvanai, juvenis

    Enfrentando estrada ou p

    ESempre alegres, garbosos, gentis.

    DE assim, juvenis,

    A F#mSede pois, cristos leais

    D E ACorajosos, vibrantes, marchai

    A D AJuvenis, hei, hei! Isso que viver

    D A E D A/C#m BCanta ao levantar, canta ao deitar.

    A D AEia que prazer. Venham todos ver

    E D AComo marcham os bons juvenis

    Muitas lutas tereis.Vencedores s sereisSe firmados em Cristo JesusPois assim prometeuEle que tudo venceuNos dar s vitrias na cruz

    Certos j de vencerMesmo tendo que sofrerConfiantes, alegres, marchai.A palavra de DeusSempre guia os servos seusNos caminhos de Deus nosso Pai

    12Ava

    nai,ju

    venis

  • Fomos eleitos(as). E agora?Quando uma mesa eleita para trabalhar com os juvenis, precisa desenvol-

    ver alguns procedimentos e atividades. Veja algumas sugestes:

    1. Reunir previamente a diretoria para orar pela reunio plena da socie-dade e construir em conjunto sua pauta.

    2. Marcar uma reunio com o(a) pastor(a) da igreja local para se apresentar,orar e compartilhar as propostas de atividades e projetos. Marque a datada reunio com a sociedade com bastante antecedncia. importantefazer um esforo para que todas as pessoas saibam da reunio, pois assim,desde o comeo dos trabalhos, haver identificao e compromisso detodo o grupo.

    3. Marcar uma reunio com todos os (as) juvenis da igreja local para apre-sentar ao grupo a diretoria eleita, seus respectivos contatos e tambmas ideias de projetos de trabalho para o binio.

    Se liga nessa: A diretoria apresentar suas ideias, mas a socie-dade que construir o plano final de atividades. Isso compro-mete e estimula toda a turma. Em seguida essas atividadesdevem ser aprovadas pelo Conclio Local.

    4. Enviar cartas s sociedades de juvenis das igrejas do distrito apresen-tando a diretoria eleita.

    Se liga nessa: Todas as cartas / e-mails enviados pela sociedadedevem ser apresentados antes ou enviados com cpia para o(a)pastor(a) da igreja local.

    5. Procurar integrar-se com os demais ministrios e sociedades da igrejalocal.

    6. Empenhar-se e planejar-se para realizar as atividades propostas e apro-vadas na reunio e no Conclio Local.

    7. Desenvolver uma campanha de incentivo comemorao do Dia do Ju-venil Metodista (2 domingo de setembro), entrar em contato com aFederao de sua regio para obter informaes sobre as comemora-es programadas para esta data.

    Como preparar uma reunio para a sociedadeO primeiro encontro a gente nunca esquece, para isso preciso que voc

    tenha muito cuidado na preparao desta reunio. A seguir, veja algumas dicasde preparao da reunio e sugestes de contedo.

    13

  • Dicas de preparao para a reunio1. Marque a data com antecedncia e enfatize a importncia da presenade todos(as) durante todo o tempo da reunio.

    2. Caso voc necessite de que as pessoas tragam algo para a reunio,avise-as com antecedncia e lembre-as da reunio com uma semana deantecedncia.

    3. Faa um cadastro com os dados de todos (nome, telefone, endereo, e-mail, msn, data de aniversrio etc.).

    4. Consiga uma equipe para cuidar da alimentao e arrumao das coi-sas, pois toda a equipe da sociedade deve estar disponvel para a reu-nio.

    5. Avise ao () pastor(a) que a sociedade realizar uma reunio e convide-o(a) para levar uma palavra de saudao no incio dela.

    6. Descubra se algum faz aniversrio no dia ou prximo do dia da reu-nio. interessante destacar isso e fazer uma singela comemorao.Isto deve ser uma prtica em todas as reunies. Pea ao () assessor(a)de comunicao que envie um e-mail para o membro da sociedade nodia de seu aniversrio.

    Se liga nessa: importante que a mensagemchegue no dia, e no depois!

    Dicas de roteiro / contedo para a reunio1. O primeiro momento da reunio deve ser uma devocional e/ou estudobblico.

    2. Separe um espao de tempo considervel para a integrao do grupo,vocs vo trabalhar por no mnimo dois anos e precisam se conhecer. De-senvolva dinmicas que facilitem a integrao. Veja exemplos no final dolivro.

    3. Apresente a pauta da reunio (de preferncia d uma para cadaparticipante).

    4. Apresente a diretoria executiva da sociedade.5. Apresente a estrutura da Igreja Metodista.Consulte: IGREJA METODISTA, A Igreja Metodista e sua organizao.So Paulo, Editora Cedro, 2002.

    6. Explique o que sociedade de juvenis, federao e confederao.7. Apresente as sugestes de trabalho para o binio.8. Colha sugestes com a sociedade para montar o programa de ao dasociedade.

    14

  • 15

    9. Cada reunio de sociedade tambm deve ser um espao de capacita-o; sendo assim, vale pesquisar com o grupo quais os temas que elesgostariam de estudar.

    10. Procure desenvolver devocionais criativas, com dinmicas e ideiasdiferentes que ao mesmo tempo motivem e ensinem as pessoas queparticipam.

    Se liga nessa: Uma sociedade participativa e atuante o melhor caminho para o sucesso no desempenho dasatividades. As atividades da sociedade precisam levarem conta o plano de ao da igreja local. Por issoa importncia de conversar com o(a) pastor(a) para terconhecimento do plano.

    Quais atividadespodemser desenvolvidas pela sociedadede juvenis?Muitas so as atividades que podem ser desenvolvidas pela sociedade de ju-

    venis. Aqui vo algumas sugestes:

    Estimular e apoiar a participao dos juvenis em todos os ministrios daigreja local, sempre visando o dom de cada um(a).

    Promover o crescimento espiritual da Sociedade, motivando o grupo aparticipar da classe especfica na Escola Dominical.Uma ideia: se o nmero de juvenis ultrapassar 30, bom que hajaduasclasses, separando-os por idades de 12 a 14 e de 15 a 17 anos. Buscarprofessores(as) com formao e disposio para essa misso.

    Promover desenvolvimento espiritual atravs de encontro para discipu-lado com atividades especficas para aprofundamento bblico e fortale-cimento da f e do carter cristo.

    Planejar projetos de fcil execuo, estabelecendo metas, local, data emaneira de trabalhar. Esses projetos podem ser de mbito missionrioe/ou social, devendo estar de acordo com o Plano de Vida e Misso daIgreja Metodista.Acesse o Plano para a Vida e Misso da Igreja, baixe os Cnones daIgreja Metodista em www.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=4497

    Se liga nessa: O melhor planejamento aquele quecontm objetivos a serem alcanados, tema gerale versculo-base, atividades de curto ou mdio prazo,projeo de custos, boa liderana e avaliao.

  • Promover acampamentos ou retiros que visem crescimento na f e nacomunho entre os juvenis.

    Incentivar o talento musical por meio de grupos corais, bandas de m-sica, grupos de coreografia para louvor e adorao a Deus.

    Criar grupos com talento para a dramatizao, promovendo peas tea-trais para cultos, escolas dominicais, atividades ao ar livre etc.

    Cuidar dos(as) juvenis da sociedade que estejam desanimados(as) ou nointegrados(as).

    Incentivar os juvenis a participarem do culto e de todas as atividadesprogramadas pela igreja local.

    Desenvolver outras atividades, como reunies de orao ou viglia, reu-nies para a formao do grupo com debate e opinio (por meio de v-deos, filmes ou livros sobre assuntos contemporneos), mutires edesafios sociais, encontros esportivos, recreativos etc.

    Combinar com o(a) pastor(a) da igreja local para dirigir e organizar umculto na igreja, em uma data especial, por exemplo, o Dia do(a) Juvenil.

    Como dirigir um cultoO nosso culto metodista se organiza com base no livro de Isaas captulo 6,

    dos versculos 1 ao 8 (Carta Pastoral: O culto na Igreja em Misso. p. 11-12) .Por isso divide-se em:

    Adorao a Deus (Isaas 6.1-4) Confisso dos pecados (v. 5) Declarao de Perdo (v. 6-7) Louvor a Deus Edificao (Ministrao da Palavra) (v. 8a) Dedicao: tempo de dedicarmos nossa vida a Deus e sua Misso (v. 8b) Intercesso (Orao uns pelos outros)

    Se liga nessa: Liturgia o servio comunitrio celebrado pelopovo de Deus por meio da adorao Trindade, da solidarie-dade aos da famlia da f, bem como a toda a comunidade hu-mana (...). A liturgia a ao do povo de Deus durante o culto eem todos os momentos da vida.

    Carta Pastoral: O culto na Igreja em Misso. p. 11-12.

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  • 17

    Dicas para a participao da igreja no culto Procure envolver a igreja da melhor forma possvel. A igreja no deveser ouvinte, mas participante. Por isso, sempre que tiver apresentaesde grupos de louvor ou coreografia, no deixe rolar tudo de umavez, para que a igreja no fique muito tempo sem participao.

    Se for necessrio, para introduzir cada momento, d uma pequena pa-lavra, mas no faa pregaes.

    Seja o mais criativo possvel no culto. Voc pode recorrer a apelos visuaisde acordo com o tema e objetivo do culto, como cartazes e dramatizaes.

    No faa tudo sozinho: reparta as ideias. Delegue funes. Insira ou-tros(as) juvenis no trabalho.

    No faa programao de ltima hora. No d desculpas como Deus vaiagir. claro que Deus age, mas Ele merece o melhor de ns, por isso pro-grame com bastante antecedncia para que o culto seja o melhor possvel.

    Valorize a presena dos(as) visitantes.

    Quando organizar e/ou dirigir um culto, no esquea:

    Horrio: Comece sempre no horrio marcado. preciso respeitar aspessoas que chegam no horrio e valorizar sua responsabilidade. Satrasar em casos de extrema necessidade.

    Insegurana: Se a sua primeira vez, voc no domina o assunto, halgum problema ou voc detecta algo errado, no se desculpe. No ddesculpas como: Eu quero que os irmos me desculpem, mas o Franciscome avisou agora que eu dirigiria o culto... ou Eu peo que os irmos medesculpem se algo sair errado, pois eu no estou acostumado a dirigir...ou Eu peo que os irmos me desculpem pelo atraso, mas o grupo delouvor s chegou agora. Isso no ajuda em nada, s gera insegurana. Acomunidade vai compreender se algo sair errado e certamente vai ajudar.

    Organizao: Organize com antecedncia tudo o que vai acontecer naprogramao. Escreva isso! Cuidado com os improvisos; por exemplo, sealgum vai cantar, convide antes, nunca na hora: A irm X gostaria decantar um hino? ou A nossa irm Y quer ler algum texto bblico parans? Se a pessoa no quiser ou no estiver preparada, vai se sentir obri-gada a aceitar para no ficar chato. Isso atrapalha a programao.

    Convites: Antes de convidar pessoas para ministrar o louvor ou a pala-vra, comunique o seu desejo ao pastor ou pastora. O ideal que esseconvite seja feito pelo pastor ou pastora local. Nunca convide ningumsem que o pastor ou pastora da igreja saiba.

  • Reverncia: Quando for ler algum texto ou cantar algum hino, se dese-jar saber se as pessoas j encontraram o texto ou o hino, nunca fale:Quem achou diga: Amm. um erro e um desrespeito com o sentidodesta palavra. Amm significa assim seja e usamos para confirmar fra-ses de uma orao, coisas que desejamos que aconteam, geralmente autilizamos no final de uma orao ou de uma leitura bblica. Mas nobanalize, por exemplo, para saber se algum simplesmente encontrouum versculo. Cuidado com a forma de falar, de vestir-se e de portar-sena hora do culto.

    Se liga nessa: Essa para quem gosta de utilizar bon. Talvez ahora do culto no seja a melhor hora para voc us-lo. Aindaque voc no veja problema, pode incomodar as pessoas maisvelhas que no esto muito acostumadas com isso. Cuidado! Orespeito e o amor ao prximo sempre a melhor opo.

    Erros: Se algo sair errado enquanto estiver frente (se pronunciouuma palavra errada, engoliu alguma letra, cantou errado, chamou frente algum que no veio), nunca d risadas. s vezes s voc sabeque saiu errado. A comunidade, que no conhece o programa ou a m-sica, no sabe se algo saiu errado. Tente continuar como se nada tivesseacontecido, siga em frente, com bom senso voc saber como agir.

    Prudncia: Quando dirigir uma atividade, cuidado ao introduzir cadamomento, no faa pequenas pregaes aps leituras bblicas, expli-cando msicas ou alguma parte do trabalho. Isso cansa a igreja e jexiste o momento da pregao da palavra de Deus.

    Humildade: Quando chamar algum para participar, no apresente apessoa por meio de elogios. Por exemplo: Gostaria de chamar para aleitura bblica a irm W., esta dedicada irm obra do Senhor.... Aparticipao das pessoas uma contribuio ao culto. Os elogios sodispensveis, j que todos so iguais perante Deus e o nico que deveaparecer o prprio Deus, porque tudo por Ele e para Ele.

    Dinamismo: No h o menor problema em anotar o que vai ser faladoe consultar as anotaes quando voc estiver frente. S uma coisa:procure ser dinmico na leitura para que as pessoas no se dispersem.

    Agradecimentos: No se esquea de levar cartes para agradecer aspessoas (pastores(as), mulheres, jovens etc.) que auxiliaram na realiza-o do evento. Se puder ter um presentinho, bem legal tambm.

    Nmero de participantes: Preste ateno ao nmero certo de partici-pantes para que voc no tenha prejuzos em relao produo dematerial e alimentao.

    18

  • Crachs: Se for um encontro / culto com mais de uma igreja, vocpode, se achar necessrio, confeccionar crachs para auxiliar na identi-ficao.

    Comunicao: Cuidado com a linguagem. A forma de falar deve seradequada realidade do pblico ouvinte.

    Igreja localComunidade de f onde as pessoas imperfeitasbuscam, no exemplo de Jesus e no ensino doEsprito Santo, manter um relacionamento

    de filhos com o Pai.Lucas Magalhes 1a RE

    19

  • A federaometodista de UVENISAs Federaes de grupos societrios, s quais compete:

    Dinamizar, congraar, estimular, orientar, subsidiar, capacitar e mantera unidade do trabalho dos respectivos grupos societrios nas igrejas locais (...)

    Cnones da Igreja Metodista, Artigo 112, Inciso III, alnea a. p. 271.

    A Federao de Juvenis o rgo representativo em nvel regional das so-ciedades de juvenis das igrejas locais. A diretoria da Federao de Juvenis composta pelos secretrios distritais e pela mesa executiva composta, minima-mente, por quatro membros: presidente, vice-presidente, secretrio(a), asses-sor(a) financeiro(a).A Federao tem por objetivos incentivar os trabalhos dos juvenis em nvel

    distrital e local, capacitar as lideranas distritais e locais, estimular a conexio-nalidade e a unidade das igrejas locais. Alm disso, ela responsvel por orga-nizar o Congresso Regional de Juvenis e outras atividades propostas ou no emCongresso que supram seus objetivos. A Igreja Metodista no Brasil est divididaem seis regies eclesisticas e duas regies missionrias, e todas elas possuemfederaes de juvenis.O/A presidente da Federao de Juvenis delegado(a) ao Conclio Regional.

    Dicas importantes para a Federao de Juvenis1. Integrao da mesa e excelente relacionamento com os (as) conselhei-ros(as) o primeiro passo de um bom tempo de trabalho.

    2. Capacitao dos(as) secretrios(as) distritais fundamental. Em todas asreunies separe um espao para capacitao.

    3. Documentos importantes: Estatuto da Federao de Juvenis Sugesto de Estatuto das sociedades de juvenis para ser entregue sigrejas locais

    Livro de atas (atualizado) da Federao de Juvenis Carta / E-mail de apresentao da nova mesa da Federao para ser en-caminhada para todas as igrejas

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  • Carta / E-mail de apresentao de todos os secretrios e secretriasdistritais para as igrejas e superintendentes distritais Plano de Ao da Federao Cadastro de todos os SDs, conselheiros e conselheiras distritais Relatrio de atividades da mesa da federao Relatrio de atividades para que o(a) SD preencha e devolva paravocs

    4. Fique por dentro do que acontece nos distritos.5. Divulgue com antecedncia as suas atividades / eventos.6. Ateno na confeco de cartas e cartazes. O ideal que mais de umapessoa acompanhe esse processo. Leia com ateno os dados e esteja certode que ele contm todas as informaes necessrias.

    7. Busque entrosamento com o(a) Secretrio(a) Regional de Educao Criste com o(a) bispo(a). Sempre envie cpia das cartas / e-mails para eles(as).

    8. Todas as negociaes de aluguel de material, espao etc. devem ser feitaspor escrito. Isto muito importante. Tudo deve estar bem claro no con-trato. Agindo assim, evitam-se surpresas desagradveis.

    9. Monte um arquivo com cartas, cartazes, apostilas etc. Isto auxiliar a novamesa na realizao das atividades. Nunca bom comear do zero!

    10. Antes de realizar um evento, faa um projeto para ele. Preste ateno sfinanas! Controle muito bem o oramento. O ideal que o evento gererecursos para o prximo evento, mas, se isso no for possvel, ele temsempre de, no mnimo, se pagar! Nada de prejuzos! E a melhor formade no ter prejuzos planejar adequadamente.

    11. Crie uma rede de comunicao. s vezes as cartas que chegam igrejalocal no chegam aos juvenis. Crie alternativas para que os juvenis te-nham acesso s informaes.

    12. Divulgue a Federao de Jovens nas atividades regionais, coloque stand,distribua material, pea um espao no Conclio Regional (por exemplo,para participar em uma devocional).

    13. Monte a agenda da Federao respeitando as datas nacionais e regio-nais. O que vale no a quantidade de programaes, mas a sua quali-dade.

    14. Fique atento(a) s agendas distritais. Tirar os juvenis muitas vezes de suaigreja local no muito bom, porque muitas vezes eles(as) so mo deobra fundamental na igreja.

    15. Busque integrao entre os distritos, a integrao com a confederao eas demais federaes. Ns somos uma igreja conexional!

    16. Invista em relacionamentos! A Federao um espao privilegiado deaprendizagem, partilha. Estimule isso! As amizades construdas nestetempo so para toda a vida!

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  • 17. Ao organizar um encontro, congresso, ou atividade semelhante pre-ciso:a] Estabelecer os objetivos, o que se pretende com a atividade. Isso vai sera base de toda a programao e organizao.

    b] Realizar os primeiros procedimentos administrativos: Estimativa de participantes. Definio de local (acomodaes e alimentao). Caso seja um localalugado, certifique-se de que o contrato contenha tudo o que vocsacertaram verbalmente, principalmente capacidade de lotao dolocal, valores financeiros, espaos a serem utilizados e horrio deutilizao. Fazer um oramento da verba necessria e prazos, ou seja, verquanto custar a alimentao, o transporte, a aparelhagem de som,gastos com palestrantes e banda de msica, gastos com divulgaodo evento (cartaz). Fazer os contatos necessrios, sempre atravs de carta (a formalizao necessria porque evita mal-entendidos e demonstra organizao).

    c] Divulgao da programao com no mnimo 3 meses de antecedncia.A divulgao deve ser feita atravs de internet, carta e cartaz paratodas as igrejas locais, boca a boca, visitas a cultos e escolas dominicaisetc. A carta precisa ser clara, objetiva, se possvel com as informaesmais importantes em tpicos. Abaixo veja o que no pode faltar emuma carta:

    Data (com os dias da semana. Ex.: 25/07/10 sbado) Local (com endereo e ponto de referncia) Informaes sucintas sobre a programao O que levar para a programao (Bblia, caneta, roupa de cama, debanho etc.) Valor do evento (formas de pagamento, a prazo, vista etc.). Aten-o: caso seja por depsito bancrio, discriminar na carta que a pes-soa deve enviar a cpia do comprovante de depsito junto com aficha de inscrio e apresentar o original no dia do evento Forma de inscrio (via e-mail, correio, fax etc.) Telefones dos organizadores

    d] Monte a programao (tema do encontro, horrios, etapas do traba-lho). Cuidado ao montar a agenda; preciso que as pessoas tenhamtempo livre. Tenha o cuidado tambm de colocar as atividades de formaque tenhamos alguma sobra de tempo entre as atividades, caso acon-tea algum atraso.

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  • e] Organize com antecedncia a equipe que auxiliar na infraestruturada programao. Esta equipe precisa se reunir antes, e cada pessoadeve ter clareza do que far e o tempo que tem para isso. Se precisarcrie uma tabela com as funes e os prazos para a realizao destasfunes.

    f] No deixe de: informar ao dirigente/coordenador/pastor sobre tudo o que vaiacontecer durante o tempo que o grupo vai passar no local (faaisso por escrito); estabelecer com o grupo de participantes as regras de conduta ne-cessrias para o bom andamento do trabalho (isso no quer dizer re-presso, mas organizao e preocupao com o alcance dosobjetivos e com respeito ao trabalho j realizado); atentar para que todas as etapas da programao sejam relaciona-das umas com as outras para que os participantes percebam os obje-tivos e o tema no se perca.

    A secretaria distritalQuando o(a) juvenil assume a funo de secretrio(a) distrital (SD), ocorre

    um processo de aprendizado e contribuio. Nesse sentido ser secretrio ou se-cretria distrital um privilgio, pois, alm de se poder contribuir para o tra-balho com os juvenis em nvel local e regional, tem-se a possibilidade deaprender o que significa seguir e servir a Jesus.Abaixo alguns princpios que podem ajudar o(a) juvenil em sua caminhada

    como secretrio ou secretria distrital.A tomada de deciso em tornar-se ou no um(a) SD est baseada em um

    fator fundamental, que o chamado de Deus. Todos ns somos chamados echamadas por Deus para contribuir em sua obra atravs dos dons que Ele nosconcede. Um dom muito importante na obra de Deus a liderana; portanto,o juvenil, antes de tudo, deve consultar a Deus por meio da orao, da Palavra,conversar com o(a) pastor(a) e sua famlia para saber se esse o chamado deDeus para ele ou ela (I Co 12.27-31).Certo de que Deus o(a) chamou para ser lder junto aos juvenis, o maior

    exemplo de liderana a ser seguido no outro a no ser o de Jesus Cristo. Eledeve ser a nossa referncia de como lidarmos com as pessoas e com as situaesque envolvem todo o trabalho no distrito e na regio (I Co 11.1)A principal referncia para o trabalho do(a) SD a Palavra de Deus, ela o

    mais rico e completo manual de liderana que existe. Por isso, um requisito b-sico para um(a) SD em qualquer regio ou distrito ser aluno da Escola Domi-nical em sua igreja local (Sl 119.105)

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  • 24Ser SD escolher uma prioridade para sua vida ainda que seja temporaria-

    mente. Quando respondemos a um chamado de Deus, seja na rea que for,temos de respond-lo da melhor maneira possvel, colocando-o como priori-dade em nossa vida e agenda, mas nunca em detrimento dos estudos, relacio-namentos ou sade emocional e fsica. No entanto, preciso ter a convico deque no h nada mais importante em sua vida do que servir a Deus oferecendoa Ele seu melhor (Mt 6.33).Aceitar o chamado de Deus comprometer-se com sua obra e com o Senhor

    da obra, que o prprio Deus; por isso, o trabalho no realizado para a Fe-derao ou para o Distrito, esses rgos so apenas meios pelos quais servimosa Deus. Temos de fazer o melhor para Deus (Ef 6.5-8).Por outro lado, fundamental submeter-se s autoridades que esto consti-

    tudas sobre a vida do(a) SD, como o seu (sua) pastor (a), o(a) SuperintendenteDistrital, a Mesa da Federao, os (as) conselheiros(as) distritais e regionais e o(a)bispo(a). Honrar as autoridades influenciar diretamente na maneira como os ju-venis de seu distrito vo respeit-lo ou no (Rm 13.1 e Hb 13.17).O foco do trabalho do(a) SD deve ser o fortalecimento do trabalho dos ju-

    venis na igreja local. Todas as reas, departamentos e aes em nvel nacional,regional e distrital tm uma nica finalidade: fortalecer a igreja local. naigreja local que o Corpo de Cristo toma forma e atua mediante a sua vocao(I Co 12.12-13, Ef 1.22-23 e Plano para Vida e Misso, A Herana Wesleyana,letra l).

    Dicas importantes para o(a) SD1. Uma vez que o(a) SD representa junto sua Federao todas as SociedadesLocais de seu distrito, ele(a) deve sempre pensar no coletivo, levando emconsiderao a realidade de cada igreja local, para que o trabalho no dis-trito contemple e alcance todos os juvenis que dele fazem parte (Rm 12.3).

    2. Uma marca que deve estar sempre presente na caminhada de um(a) SD o equilbrio. Ele(a) deve evitar ter posies e tomar decises extremistas,sem levar em considerao todos os fatores que envolvam determinada si-tuao, ponderando sobre eles para que sua atitude como lder no en-fraquea o grupo nemmagoe as pessoas envolvidas no processo (Tg 3.17).

    3. fundamental que o(a) SD seja pr-ativo(a). Pr-atividade significa no selimitar a fazer s o que te pedem ou s quando te pedem. Quando o(a) SDest diante de uma situao simples ou complexa e ningum se disponibi-liza, e ele(a) sabe que pode ajudar, o mais correto fazer (At 2.13-14).

    4. Um trabalho com qualidade no distrito s acontece quando o SD descen-traliza as responsabilidades e aes, delegando s lideranas locais das

  • igrejas que compem seu distrito tarefas e funes. Isso, alm de unir,gera cumplicidade e articula os juvenis do distrito e seus lderes (Lc 9.1-2e 10.1).

    5. Um(a) SD descentralizador tem grandes chances de obter xito em seutrabalho, se tambm souber gerir as situaes e seus liderados. No temde mandar, mas sim gerir o trabalho no distrito, ou seja, deve delegar fun-es e tarefas para os lderes e juvenis nas igrejas locais, mas estar sempreobservando como o trabalho est sendo feito, se h necessidades ou d-vidas. Portanto, simplesmente delegar tarefas aos juvenis no funciona, preciso estar por perto para orientar, corrigir e socorrer quando for pre-ciso (Mt 6.45-52).

    6. O/A SD deve sempre demonstrar convico em seu trabalho atravs desuas atitudes e palavras. Liderar com segurana encoraja e motiva as pes-soas, isso certamente influenciar positivamente o trabalho como umtodo. Se o SD tem certeza do chamado de Deus para sua vida, no h porque ter dvidas, faa tudo com convico, afinal de contas foi Deus quemte chamou (II Co 4.11-15).

    7. O/A SD deve sempre se lembrar de que o distrito no propriedade sua,nem achar que o seu esforo ou capacidade que podem gerar algo.Todos ns na obra de Deus somos instrumentos de sua ao conciliadorae criadora, Deus o Senhor da Igreja, Ele soberano sobre as vidas, osprojetos, e tudo o mais que esteja envolvido com o trabalho com juvenise demais reas na vida da Igreja (I Co 3.6-9).

    8. Visitas: uma das formas de conhecer o distrito em que se trabalha e di-vulgar as atividades dos juvenis em nvel nacional, regional e distrital soas visitas aos juvenis em suas igrejas locais, mas para fazer visitas precisoestar atento a algumas questes:a] Faa um planejamento das suas visitas. Ao planej-las tenha em menteque ser parte da federao no significa ausentar-se de sua igreja local,ento no marque visitas em todos os domingos de um mesmo ms,pois isso dificulta a sua participao na sua igreja local.

    b] Sempre que for visitar uma igreja local avise ao () pastor(a) e socie-dade de juvenis de sua igreja. Eles precisam saber o porqu de vocestar ausente naquele domingo.

    c] Antes de visitar qualquer igreja, entre em contato com o(a) pastor(a)da igreja local, presidente dos juvenis e conselheiros(as) para que vocno chegue em dia e horrios inapropriados. O ideal que os juvenissejam visitados em um momento em que todos estejam reunidos. Aclasse de Escola Dominical um bom espao para isso.

    d] Evite chegar atrasado, ou apenas na hora em que voc vai falar. O ideal participar de toda a programao da igreja Para isso, informe-se com

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  • antecedncia do horrio de incio das atividades para que voc estejal antes do comeo da programao ou do culto.

    e] No se esquea de levar a Bblia! Se for chamado(a) para dar uma sau-dao para toda a igreja, aceite, sem essa de vergonha! Apresente-se,no se esquea de dizer qual a sua igreja local. Cumprimente toda aigreja e, se possvel, leia um versculo bblico. Informe o motivo da suavisita. Cuidado com a forma de falar e de se posicionar. Lembrem-se,meninos, nada de bon l na frente. Nesse momento bom evitar agria t ligado?

    9. Kit do(a) SD: Segue uma sugesto de materiais que podem ajudar no tra-balho de vocs:

    a] Bblia para ler e estudar e sempre levar com vocb] Agenda com as atividades da Federao de Juvenisc] Carta de apresentao s igrejas locais. Essa carta deve ser dada pela Fe-derao de Juvenis

    d] Cadastro com o nome, endereo e telefone de todas as igrejas, pasto-res e pastoras, liderana dos juvenis (presidentes e conselheiros(as) deseu distrito

    e] Relatrio de todas as suas atividades realizadas (visitas, encontros, cul-tos, contatos etc.). Esse relatrio deve ser entregue para a Federaoem tempo de reunies.

    Secretaria DistritalSer secretrio distrital possibilitar que a

    federao alcance todas as Igrejas locais, o que seriaimpossvel para uma mesa de federao

    de apenas cinco ou seis pessoas.Alexandre Pupo Quintino 3 RE

    "ser secretria fazer o meu melhor ao meu Superior."Natlia Nayane do Nascimento Neves REMNE

    Participar da FederaoFazer parte da Federao ser alm de representante dos juvenisda regio, um concretizador de sonhos, de unio, de comunho

    e fazer parte da histria de nossa Igreja.Luana Zapparoli 3 RE

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  • A confederaometodista de UVENISA Confederao Metodista de Juvenis o rgo representativo em nvel na-

    cional das sociedades de juvenis das igrejas locais. A diretoria da Confederao composta pelos presidentes das federaes e pelos membros da mesa executiva,composta por seis membros, a saber: presidente, vice-presidente, primeiro se-cretrio de comunicao, segundo secretrio de comunicao, secretrio de atase assessor financeiro. Alm disso, fazem parte da diretoria plena da confedera-o de juvenis os conselheiros nacionais e os conselheiros regionais de juvenis.A Confederao tem por objetivos incentivar os trabalhos das federaes, ca-

    pacitar as lideranas de federaes para a misso, promover e intensificar a uni-dade entre as federaes. Alm disso, ela responsvel por organizar a Juname,onde acontecem as eleies para a mesa diretiva da Confederao de Juvenise o Caliju, que um encontro de capacitao de liderana juvenil.O/A presidente da Confederao de Juvenis e o casal de Conselheiros Na-

    cionais de Juvenis so delegados(as) ao Conclio Geral com direito a voz.A Igreja Metodista est dividia em quatro reas: Educao, AoMissionria,

    Ao Social e Ao Administrativa. A rea de Educao, em nvel nacional, com-preende a Educao Crist e a Educao Secular. A Educao Crist compostapelo Departamento Nacional de Escola Dominical, Departamento Nacional deArte e Msica, Departamento Nacional de Trabalho com Crianas, Ministrio deCapacitao do Laicato, Confederaes dos Grupos Societrios, onde a Confe-derao de Juvenis se encontra. Isso acontece tanto em nvel nacional quanto re-gional.

    Andreia Fernandes Oliveira, pastoraThiago de Almeida Valentin, pastor

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  • Conselheiros econselheiras de UVENISAdolescncia vem do latim e significa crescer para a maturidade. defi-

    nida como uma fase de transio entre a infncia e a idade adulta, tambmconsiderada um rito de passagem para a idade adulta, e caracterizada pormarcantes e intensas transformaes fsicas, sociais e psicolgicas.De acordo com a Organizao Mundial da Sade, a adolescncia, do ponto

    de vista cronolgico, corresponde faixa etria que vai dos 10 aos 19 anos deidade, considerada a primeira etapa da juventude, que delimita o perodo dos15 aos 24 anos.O Censo de 2000 revelou que a populao adolescente no Brasil expressiva,

    ultrapassando os 35 milhes e representando 21% da populao brasileira. Por-tanto aquilo que os adolescentes pensam e dizem tm relevncia no s paraeles, como para a igreja e a sociedade.As modificaes fsicas constituem a parte da adolescncia denominada pu-

    berdade, caracterizada principalmente pela acelerao e desacelerao do cres-cimento fsico.Nesta fase, o adolescente vive a perda de seu corpo infantil e comea a per-

    ceber em seu organismo um alvoroo anatmico: ossos e msculos alongam-se e alargam-se e hormnios so produzidos com intensidade. neste momentoque a maturidade biolgica e sexual atingida e se define a identidade sexual.Para alguns psicanalistas nesta fase o(a) adolescente no uma criana

    amada e nem um(a) adulto(a) reconhecido(a) e seu grande desejo tornar-seuma pessoa adulta.Mas o(a) adolescente no pode ser definido apenas como um sujeito em

    transformao biolgica e portador de alguns problemas relacionados idadee aos hormnios, como a presena de acnes, clicas menstruais e gravidez derisco".

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  • fundamental entender essa turma do ponto de vista psicolgico. nestaidade que se busca a identidade prpria (identidade adulta) e a independn-cia, apoiando-se nas primeiras relaes afetivas, j interiorizadas, que teve comseus familiares, reconhecendo a realidade que a sociedade lhe oferece.Nesta fase do ciclo vital tambm ocorre um transbordamento de sentimen-

    tos e emoes que levam garotas a se preocuparem com a sua aparncia e des-cobrem seu enorme poder de seduo, e os rapazes, por sua vez, convivem coma intensidade de sensaes corporais e impulsos erticos. Alm disto, os ado-lescentes apresentam variaes de humor e tendem a se separar progressiva-mente dos pais.Esta construo da identidade prpria pode gerar um conjunto de conflitos,

    crises, rebeldias e turbulncias e alterao de humor, que deve ser consideradonormal para esta idade, porm em algumas situaes estas crises podem levaro(a) adolescente a no aceitar a sua aparncia fsica, considerar-se desajeitadoe ser influenciado pelo padro de beleza imposto pela mdia, o que pode, emcasos graves, desencadear o transtorno alimentar (anorexia e bulimia).Os agravos sade dos adolescentes esto diretamente relacionados s

    questes ligadas ao seu estilo de vida e s suas condies de sobrevivncia.As prprias estatsticas sobre a condio de sade do(a) adolescente brasi-

    leiro(a) revelam uma grande desigualdade social.O perfil de mortalidade entre os adolescentes no Brasil evidencia que a pri-

    meira causa de mortes deste grupo, que corresponde a 66,3% de todos os bi-tos entre os indivduos dos 10 aos 19 anos, so as causas externas, caracterizadaspor acidentes de trnsito, homicdios e suicdios. Em segundo plano encontram-se as causas de bito por mortalidade materna, devido principalmente aoaborto no seguro, neoplasias, enfermidades do aparelho cardiorrespiratrio eenfermidades infecciosas e parasitrias.A violncia urbana tem contribudo diretamente com este indicador de mor-

    talidade na adolescncia, vitimando, especialmente, os adolescentes do sexomasculino, afro-descendentes, que residem em bairros pobres ou nas periferiasdas grandes metrpoles.Os (as) adolescentes tm tendncia a se reunirem em grupos, que algumas

    pessoas adultas denominam de tribos, apresentando sociedade uma identi-dade prpria, diferente dos outros grupos e do universo adulto. Estes gruposde adolescentes tm em comum um look (vestimentas, cabelos e maquiagem),preferncias culturais (tipo de msica) e comportamentos. Segundo estudiosos,o grupo pode trazer o fortalecimento de cada adolescente e o surgimento dasprimeiras lideranas.Segundo o psicanalista Contardo Calligaris, os adolescentes se agrupam (so

    gregrios) porque lhes negado o reconhecimento dos adultos sendo isto oque eles mais querem.

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  • Devido a esta condio, muitas vezes o adolescente malcompreendido ejulgado pela sociedade, por meio de preconceitos e esteretipos, como sendo jo-vens irresponsveis, individualistas, alienados, pouco solidrios e chatos, sendomuitas vezes chamados de aborrecentes. Ainda existemmuitos adultos que sesentem inseguros em consider-los parceiros e no confiam neles e nelas.Ao contrrio desta imagem, observa-se uma tendncia do adolescente a con-

    tribuir com o bem-estar de sua comunidade, sendo mais solidrio, responsvel,preocupando-se com questes que extrapolam o seu interesse individual e fa-miliar, portanto sendo menos individualistas.Estes adolescentes desejam e esto comprometidos a viver em uma socie-

    dade melhor e, por que no dizer, em uma igreja melhor.Em nossas igrejas metodistas esta realidade no diferente. Encontramos

    em nossas comunidades adolescentes que apresentam este perfil, que tm de-monstrado um grande potencial para serem promotores da f crist, compro-missados com a misso evangelizante da igreja e entusiasmados com ocrescimento e fortalecimento do seu grupo juvenil.A adolescncia uma experincia de vida diferenciada, particular, e o modo

    de viver dos adolescentes diferencia-se de acordo com o sexo, cor, raa, religioe condio social a que pertence, o que pode desencadear oportunidades devida e de sade desiguais entre eles.Os adolescentes que vivenciam estas intensas transformaes fsicas, psico-

    lgicas e sociais precisam ser aceitos em sua diversidade, em nossa sociedade eigreja, da mesma forma acolhidos em suas necessidades e interesses, ouvidos emseu clamor e respeitados em sua particularidade e desejos de acordo com osprincpios ticos cristos.Para tanto os conselheiros e conselheiras de juvenis so pessoas chamadas

    por Deus para conhecer, cuidar e acompanhar essa turma que tem muito aaprender, mas que ensina demais a todas as pessoas que com elas caminham.

    Conselhos para conselheiros e conselheiras de juvenisO exerccio de ser conselheiro e conselheira de juvenis requer, antes de qual-

    quer coisa, revisitar a nossa memria de quando ramos adolescentes e quemsabe recordarmos os momentos que tivemos e as pessoas que foram nossas re-ferncias, sejam elas boas ou ruins, lembrarmos daquelas pessoas que contri-buram na formao do nosso carter e, a partir da, pensarmos em comoqueremos e vamos nos comunicar com essa turma, uma gerao que est ro-deada de muitas opes e oportunidades, com as quais a igreja no tem comocompetir, a no ser com amor, compromisso e viso missionria. Isso o queconta em favor da Igreja.Como conselheiros nacionais, observamos que as atuaes dos conselheiros

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  • 31

    e conselheiras regionais, distritais e locais variam de regio para regio, de ci-dade para cidade, esto muito ligadas s suas experincias religiosas, s suasexperincias de vida. No entanto o que h de comum entre todas essas pessoasque abraam tal ministrio o investimento em relacionamentos, o suporte sprogramaes, o cuidado com a educao e uma dedicao mpar, tudo issofruto da graa e do amor de Deus que opera em cada um, em cada uma e atra-vs de todos eles e elas.A figura do conselheiro e conselheira de juvenis est estreitamente ligada

    orientao e servio. Na Igreja Metodista temos conselheiros e conselheiras emnvel nacional, regional, distrital e local.Aos conselheiros e conselheiras compete: Auxiliar o grupo de juvenis na construo de um plano de trabalho. Participar e auxiliar na organizao e supervisionar todas as atividadesdos juvenis.

    No caso dos conselheiros regionais e distritais, visitar as igrejas locaispara incentivar a formao e dinamizao dos trabalhos dos juvenis.

    Incentivar os juvenis a participar dos trabalhos em sua igreja local, nodistrito, na regio e em nvel nacional.

    Aconselhar cada um, cada uma em seus problemas e dificuldades. Ajud-los(as) na descoberta dos dons e incentiv-los(as) a se envolveremnos ministrios locais.

    Visitar os juvenis e suas famlias quando for necessrio. Representar os juvenis na Clam e buscar garantir seus direitos e interes-ses em comunho com os demais ministrios e grupos societrios.

    Zelar pela educao crist e o exerccio sadio da espiritualidade dogrupo de juvenis.

    Estar disponvel a relacionar-se e investir na vida dos juvenis.

    SE LIGA NESSA: As atividades desenvolvidas pelas sociedades dejuvenis precisam estar sempre em conformidade com o planomissionrio local e com as necessidades identificadas pelogrupo. A agenda da sociedade precisa levar em conta a agendada igreja e convergir com ela. A sociedade parte do corpo deCristo, que a Igreja, e no um grupo isolado.

    SE LIGA NESSA TAMBM: O conselheiro e a conselheira de juve-nis no so mais juvenis! Cuidado para no desenvolver ativida-des que preencham seus sonhos do tempo de juvenis. A histriaagora outra, voc precisa ajudar e contribuir para a formaodesse grupo que o presente da igreja, no o passado, nem tam-pouco o futuro!

  • O(A) Conselheiro(a) no pode deixar de ter e fazer: Cadastro dos juvenis da igreja local, conselheiro distrital, regional emembros da mesa da federao de juvenis.

    Reunies peridicas com os responsveis pelos juvenis. Reunies peridicas com o pastor ou pastora da igreja local e o professorou professora da Escola Dominical. Essas reunies so importantes paraavaliao e planejamento das atividades para crescimento do grupo.

    Estabelecer um contato estreito com o pastor ou pastora, deixando-osinformados de tudo o que acontece com o grupo.

    Buscar pessoas especializadas para dar palestras para as pessoas respon-sveis pelos juvenis.

    Estreitar as relaes com o(a) conselheiro(a) distrital, regional e nacional. Participar da classe dos juvenis, mas no assumir o lugar do(a) profes-sor(a) da classe.

    Buscar acompanhar os juvenis, estar atento a adolescentes que tenhamfugido do convvio com o grupo.

    Investir em conversas com os juvenis; muitas vezes voc ser a pessoa aquem ele(a) ter coragem de confidenciar um problema. Antes de jul-gar, acolha-o(a) e em seguida, juntos, tentem resolver a situao.

    Eliana ZapparoliLuiz Alceu Zapparoli

    Pistas para caminhar com a turma de juvenisPara quem quer se aproximar de um juvenil com vontade de cons-truir uma relao de respeito, amizade, confiana e testemunho, su-giro ento que reflitam sobre algumas questes.

    Em nossa Igreja Metodista, juvenil aquele ou aquela que tem idade entre12 e 17 anos. Observando essa idade percebemos algo importante que nos darpistas valiosas para o relacionamento desejado com essa turma.Juvenil j no criana, mas tambm no adulto, um indivduo vivendo

    profundas transformaes, buscando o seu espao e reconhecimento em meioa uma atmosfera social corrompida, corrupta, enganosa e opressora. Muitosesto inseridos num contexto familiar onde imperam desajustes, desequilbrios,violncia verbal e fsica, carncia material e afetiva, e a cultura da inseguranae do medo so protagonistas dessa histria nada feliz!Em meio a estes grandes desafios, est a Igreja, corpo vivo, comissionada e

    vocacionada ao trabalho de reformar a si mesma e ao mundo. A Igreja ins-trumento divino e a ela compete a misso de cooperar para a transformao derealidades de violncia e morte.

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  • Somos Igreja para ServirPartilho algumas pistas, baseadas na minha experincia, para desenvolver

    um trabalho com juvenis.

    Desenvolva uma relao de RESPEITO.Se o juvenil no for respeitado como indivduo que tem o seu espao, quetem o seu valor, que d a sua contribuio e que fundamental na vidada igreja como agente mediador, elo facilitador no dilogo entre crian-as e adultos, ento ser remota a possibilidade de iniciar uma cami-nhada promissora e frutfera com essa turma. preciso aprender aadmirar o juvenil para que o olhar a ele lanado seja um olhar cheio deternura e acolhimento, e no apenas de crtica.

    Desenvolva uma relao de AMIZADE.A amizade a grande porta de entrada para ensinar algo aos juvenis.Quantas vezes reclamamos, criticamos, dizendo que essa turma con-versa o tempo todo durante o culto, entra e sai do templo sem o m-nimo respeito, d mau testemunho, etc.? Mas h outras perguntaspara se fazer: quantas vezes j nos aproximamos para perguntar comoandam as coisas? Como foi o dia? Como vai a escola? Como vai a fam-lia? Quantas vezes voc perguntou a um juvenil de sua igreja "comoposso te ajudar?"? preciso ser amigo, identificar as afinidades, as di-vergncias, ouvi-los e sentir com eles as suas emoes.

    Desenvolva uma relao de CONFIANA.Em quem posso confiar? Essa uma boa pergunta. Se a pessoa adultasente falta de pessoas em quem possam realmente confiar, se muitagente grande ainda no sabe com quem podem abrir o corao, ima-gine um adolescente, um juvenil! Ser confivel fundamental paraquem deseja caminhar ao lado desse grupo que tem necessidade defalar dos medos, das experincias, das dvidas, da sexualidade, dasemoes e frustraes e precisa ser orientado diante da tempestade denovidades e possibilidades que surgem a todo tempo. Se voc nopuder ser esta pessoa, que vai ouvir com amor e respeito e guardar ostesouros confiados a voc, ento ainda no est pronta para caminharcom eles.

    Desenvolva uma relao de TESTEMUNHO.O nosso tempo marcado pela ausncia de referenciais. Para onde olhar?Em quemme espelhar? Onde esto os modelos a serem seguidos? Ondeesto os indicadores? SEJA REFERNCIA. No s do que falar ou dizer,

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  • 34mas de como viver. O discurso e a prtica hoje, mais do que nunca, estoandando separados. Sabemos que isso nocivo para todas as pessoas,mas especialmente o para nossa turma de adolescentes que esto procura de referncias, de algum que lhes seja EXEMPLO.

    Desenvolva uma relao SOLIDRIA.Se o relacionamento com a nossa turma de juvenis for construdo a par-tir de bases slidas, bblicas, afetivas e verdadeiras, formaremos JUVE-NIS SOLIDRIOS E SOLIDRIAS. A turma estar pronta para desenvolverum estilo de vida e caminhada onde compreendem que so vocacio-nados a ajudar outras pessoas, isso contribuir seguramente para aconstruo de uma gerao de adolescentes preocupados, no commo-dismos ou tendncias evanglicas ou gospel, mas em fazer discpulos ediscpulas, em cumprir o mandamento de Jesus Cristo em Mt 28:19.

    Estas so apenas algumas pistas. Espero que elas te ajudem na preciosa ta-refa de respeitar, ser amigo, oferecer confiana, testemunhar e, por fim, ajud-los a multiplicar o que receberam de voc. Coragem! Vale muito a pena estarcom esta turma. tempo de alegria ensino e muita aprendizagem!

    Cristiano H. L. Seta, pastor

    Barnab, um exemplo de conselheiroBarnab foi um cristo comprometido com a Viso Missionria em todos os

    seus aspectos. Ento Jos, cognominado pelos apstolos Barnab (que, tra-duzido, Filho da Consolao), levita, natural de Chipre, possuindo uma pro-priedade (herana), vendeu-a, e trouxe o preo, e o depositou aos ps dosapstolos (At. 4: 36, 37).Estava atento aos novos na f (juvenis?). Quando Paulo chegou igreja, nin-

    gum apoiou, todos se distanciaram (em muitas igrejas nossas, os juvenis so-frem com este problema: falta de apoio, desconfiana). E, quando Saulochegou a Jerusalm, procurava ajuntar-se aos discpulos, mas todos o temiam,no crendo que fosse discpulo. Ento Barnab, tomando-o consigo, o trouxeaos apstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara,e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus. E andava com elesem Jerusalm, entrando e saindo. E falava ousadamente no nome do SenhorJesus. Falava e disputava tambm contra os gregos, mas eles procuravammat-lo. Sabendo-o, porm, os irmos, o acompanharam at Cesareia, e o enviarama Tarso (Atos 9:26-30).Investia tempo, caminhava junto, ouvia, interagia. Seu ministrio era vol-

    tado para acolher e capacitar os novos na f. E a mo do Senhor era com eles;

  • e grande nmero creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisasaos ouvidos da igreja que estava em Jerusalm; e enviaram Barnab a Anti-oquia. O qual, quando chegou, e viu a graa de Deus, se alegrou, e exortou atodos a que permanecessem no Senhor, com propsito de corao. Porque erahomem de bem e cheio do Esprito Santo e de f. E muita gente se uniu ao Se-nhor (Atos 11:21-24).Percebia as potencialidades e investia na formao de novos lderes. E par-

    tiu Barnab para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Anti-oquia (Atos 11:25).Sabia que umamentoria espiritual* verdadeira necessitava de muito tempo,

    por isso no desistia frente s urgncias da vida. E sucedeu que todo um anose reuniram naquela igreja, e ensinarammuita gente; e em Antioquia foram osdiscpulos, pela primeira vez, chamados cristos (Atos 11:26).

    * O Dr. James Houston reala a importncia do mentor espiri-tual. mais do que ter algum que apenas ensina, mas que tam-bm caminha junto, que ouve, que baliza as reflexes, que avaliaas concluses, que aponta os caminhos mais saudveis, que pro-cura ouvir o corao. O mentor espiritual algum que reco-nhecemos por sua sabedoria e temor a Deus, e a quem nossubmetemos para expor nossa alma e corao. O mentor umamigo que nos ajudar a conhecer melhor a ns mesmos e o lugarque Deus ocupa na nossa vida.

    A vida do conselheiro se volta tambm para as necessidades fsicas daquelesque com ele caminham. Est atento pessoa de quem cuida como um todo,preocupa-se em atitudes que sirvam de referncia para a caminhada futura;mesmo estando ausente, seu referencial permanece. E naqueles dias desceramprofetas de Jerusalm para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nomegabo, dava a entender pelo Esprito que haveria uma grande fome em todoo mundo, e isso aconteceu no tempo de Cludio Csar. E os discpulos determi-naram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmos que ha-bitavam na Judeia. O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos ancios pormo de Barnab e de Saulo (Atos 11:27-30).A tarefa de conselheiro se eterniza na continuidade da sua obra. Barnab,

    aps discipular Paulo, comea a focalizar Joo Marcos. E Barnab e Saulo, ha-vendo terminado aquele servio, voltaram de Jerusalm, levando tambm con-sigo a Joo, que tinha por sobrenome Marcos (Atos 12:25).Uma verdadeira conselheira ou conselheiro dos juvenis s possvel me-

    diante capacitao do Esprito Santo. Tal evidncia percebida por aqueles(as)que caminham conosco. Essa funo no pode ser imposta, precisa ser identifi-cada. E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores,

    35

  • a saber: Barnab e Simeo chamado Nger, e Lcio, cireneu, e Manam, quefora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e je-juando, disse o Esprito Santo: Apartai-me a Barnab e a Saulo para a obra aque os tenho chamado. Ento, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mos,os despediram. E assim estes, enviados pelo Esprito Santo, desceram a Seluciae dali navegaram para Chipre (Atos 13:1-4).Na vida da igreja local, o conselheiro e a conselheira dos juvenis deve ser al-

    gum envolvido com a igreja toda, respeitado(a) pela sua vida e que tem vez evoz. Ento alguns que tinham descido da Judeia ensinavam assim os irmos:Se no vos circuncidardes conforme o uso de Moiss, no podeis salvar-vos.Tendo tido Paulo e Barnab no pequena discusso e contenda contra eles, re-solveu-se que Paulo e Barnab, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalm, aosapstolos e aos ancios, sobre aquela questo. E eles, sendo acompanhadospela igreja, passavam pela Fencia e por Samaria, contando a converso dosgentios; e davam grande alegria a todos os irmos. E, quando chegaram a Je-rusalm, foram recebidos pela igreja e pelos apstolos e ancios, e lhes anun-ciaram quo grandes coisas Deus tinha feito com eles (Atos 15:1-4).Em alguns momentos o conselheiro e conselheira devem confrontar seus ju-

    venis. O confronto pode ser uma estratgia para que haja percepo de situa-es que podem ser melhoradas. E alguns dias depois, disse Paulo a Barnab:Tornemos a visitar nossos irmos por todas as cidades em que j anunciamos apalavra do Senhor, para ver como esto. E Barnab aconselhava que tomassemconsigo a Joo, chamado Marcos. Mas a Paulo parecia razovel que no to-massem consigo aquele que desde a Panflia se tinha apartado deles e no osacompanhou naquela obra. E tal contenda houve entre eles, que se apartaramum do outro. Barnab, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. EPaulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmos graa deDeus (Atos 15:36).Barnab nos ensina que o conselheiro nunca desiste do seu projeto de cui-

    dar. Sempre acredita na possibilidade de um recomeo. Vale a pena perseverar!Aristarco, que est preso comigo, vos sada, e Marcos, o sobrinho de Barnab,acerca do qual j recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o (Colossenses 4:10). S Lucas est comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo,porque me muito til para o ministrio (II Timteo 4:11).Os resultados de um conselheiro ou conselheira substanciados pela Palavra

    de Deus so eternos. Siga em frente, com jejum, orao e ao, confiante deque a Graa de Deus nos capacita a agir segundo a sua vontade e propsito!

    Edinei Berteli Reolon, pastor

    36

  • Professorese professoras daescola dominicalpara UVENISAos professores e professoras com carinho, muito carinho! Parte 1Ol, professor! Ol, professora!Ento... Voc trabalha com adolescentes em sua igreja local?Parabns, voc tem um dos ministrios mais desafiadores que Deus concede

    aos seus filhos e filhas! E este ministrio requer muito amor, doao e CAPACI-TAO!Neste texto, vamos tentar ajud-lo(a) com algumas informaes, dicas e su-

    gestes de como trabalhar melhor com essas vidas preciosas que Deus colocaem seu caminho enquanto professor(a) de ED.Vamos l...

    Adolescncia. Mas, afinal o que isso? Quem so os (as) adolescentes?Podemos afirmar que a adolescncia um perodo do desenvolvimento hu-

    mano. o perodo no qual a criana se transformar em adulto. uma etapaextraordinria da vida de cada um de ns. Ningum escapa dessa etapa. Todasas pessoas passaram ou passaro por ela e nela que se definem IDENTIDADEe grande parte da PERSONALIDADE e do CARTER da pessoa. naturalmente uma etapa da vida caracterizada por crises, onde valores e

    crenas adquiridos desde a primeira infncia so reforados, reformulados ounegados, desenvolvendo-se assim uma nova estrutura fsica, emocional, sociale espiritual. Em suma, uma estrutura imatura (inacabada) em busca de sua ma-turidade: nada estvel, nada definitivo, nada fixo, tudo transitrio. aetapa da PASSAGEM passa-se da infncia para a idade adulta, da imaturidadepara a maturidade, da irresponsabilidade para a responsabilidade, da depen-dncia para a autonomia. E essa passagem nunca tranquila.Abaixo, preparei um quadro com os perodos de idade dentro da adoles-

    cncia e com o que caracteriza cada um destes perodos. Apresento ainda comovoc, professor e professora, pode ajudar o seu aluno e aluna a PASSAR porestes perodos de maneira um pouco menos conflituosa.

    37

  • 38QUADRO 1: Alteraes nos diferentes perodos da adolescncia e dicas

    de como ajudar a super-las

    Perodos daadolescncia

    Alteraesvivenciadas pelo(a)

    adolescenteComoajudar?

    Puberdade ouprimeiro perododa adolescncia(11 a 12 anos)

    Despertar do prprio eu Crise de crescimento fsico,psquico e maturao se-xual.

    No h ainda conscinciadaquilo que passa.

    Conhece pela primeira vezas suas limitaes e fraque-zas, e sente-se indefeso pe-rante elas.

    Desequilbrio nas emoes:sensibilidade exagerada eirritabilidade.

    No se sintoniza com omundo dos adultos.

    Refugia-se no isolamentoou no grupo de compa-nheiros(as) de estudo, ouintegra-se num grupo deamigos.

    Conhecer bem cada adoles-cente, os seus pontos for-tes, as suas fraquezas,amizades etc.

    Mostrar-lhes sincera ami-zade.

    Revelar-lhes como ele(a) ,o que est acontecendocom ele(a) e que sentidotm as mudanas que estosofrendo.

    Mostrar-lhes suas limita-es e suas possibilidades.

    Ajud-los a esclarecer oque a autntica liberdade em Cristo Jesus, distin-guindo-a da libertinagem.

    Estimular-lhes o desenvolvi-mento da virtude da forta-leza, para que possamfazer por si mesmos esfor-os pessoais.

    Fomentar a flexibilidadenas relaes sociais, criandopossibilidadesde intercmbio comoutras pessoas.

    Sugerir atividades quelhes permitam estar ocupa-dos(as).

    Proporcionar constante re-flexo sobre as influnciasnegativas do ambiente, es-pecialmente as que resul-tam da manipulaopublicitria e as que moti-vam condutas sexuais desor-denadas.

  • 39

    Perodos daadolescncia

    Alteraesvivenciadas pelo(a)

    adolescenteComoajudar?

    A adolescnciaintermediria(13 a 17 anos)

    Do despertar do eupassa para a descobertaconsciente do eu, ou daprpria intimidade. A in-troverso tem agora lugar,pois o(a) adolescente inter-medirio necessita viverdentro de si mesmo.

    Aparece a necessidade deamar. Costumam ter in-tensas amizades (algumasduradouras, outras extre-mamente passageiras).Surge o primeiro amor.

    A timidez caractersticadesta fase. Medo da opi-nio alheia, motivado peladesconfiana em si mes-mos e nos outros.

    Conflito interior ou dapersonalidade.

    Comportamentos negati-vos, de inconformismo eagressividade para com osoutros, causados pela frus-trao de no poderemvaler-se por si mesmos(as).

    Gui-los para que adaptemas suas condutas s aspira-es mais nobres e ntimasque descubram dentro de si.

    Que saibam desmascarar eno se deixar influenciardescontroladamente pelasmanipulaes publicitriase as do meio ambiente, es-pecialmente as do consu-mismo e tudo aquilo queno lhes permita se relacio-nar com Deus, consigo mes-mos(as) e com sua igreja.

    Que aprendam a procuraro silncio, para que, semmedo, possam conhecer-sea si mesmos a pensar e arefletir e descobrir as suasmais profundas aspiraese tomar decises com pro-psitos baseados na tica enos princpios cristos.

    Colaborar com eles paraque descubram o valor e orespeito pela intimidadeem santidade.

    Que se esforcem por pensare refletir com rigor, desen-volvendo o esprito crtico,evitando a superficialidade.

    A pacincia e o amor, uni-dos em uma suave firmeza,so os recursos para liber-tar o(a) adolescente dasgarras de suas prprias im-pertinncias.

    Evitar os enfrentamentosviolentos, a agressividade,permitindo-lhes que seacalmem perante as suasreaes adversas.

  • 40Perodos daadolescncia

    Alteraesvivenciadas pelo(a)

    adolescenteComoajudar?

    A adolescnciaintermediria(13 a 17 anos)

    Manter a serenidade atodo o custo, para poderdialogar com eles(as).

    A adolescnciasuperior

    (16 a 22 anos)

    Comeam a compreender-se e a encontrar-se a simesmos(as) e sentem-semais bem integrados nomundo onde vivem.

    Apresentam um significa-tivo progresso na supera-o da timidez.

    So mais serenos na suaconduta. Mostram-semenos vulnerveis s difi-culdades.

    Tm maior autodomnio. a poca de tomar deci-ses: futuro, estudos, pro-fisso

    Comeam a projetar a suavida.

    Estabelecem relaes maispessoais e profundas.

    Ajud-los a aprender a es-cutar e a compreender osque pensam de forma dife-rente da deles(as) ou doseu pequeno grupo, masque no abdiquem das suasideias ou princpios nortea-dos pela Palavra de Deus.

    Ajud-los(as) a suportar ascontrariedades que qual-quer responsabilidade im-plica, seja prpria ouperante os outros.

    Estabelecer uma comunica-o baseada no respeito,na confiana e na oportuni-dade.

    Ter sempre muita com-preenso.

    Aprender a escut-los. No se cansar de anim-los,de incentiv-los.

    Exigir suavemente, mascom firmeza.

    Manter-se firme nas deci-ses que voc tomar em re-lao a eles(as). Nodemonstrar instabilidade.

    Ceder nas coisas de poucaimportncia.

    Fonte: Adaptado de LIRA, F. C.Etapas da Adolescncia. In: Educaona Aldeia Textos sobre educao.

  • Bem, diante deste quadro, voc pode ver que trabalhar com adolescentes re-quer DOAO de Amor, de Tempo, de Ateno e, principalmente, COM-PREENSO.

    Voc precisa compreender o(a) adolescenteEu espero que este quadro sinttico possa ajud-lo a perceber o comporta-

    mento do(a) adolescente, suas possveis causas e como voc deve se posicionardiante de cada um deles.

    Lembre-se: Aprofundamento na palavra de Deus e orao esto sempre emordem. Certamente, sem estas duas aes em sua vida ministerial, nenhumadessas dicas poder ajud-lo.A seguir, vamos ajud-lo(a) a compreender como o(a) adolescente aprende.

    Quadro 2: Caractersticas de Personalidade X Cuidados ao Ensinar

    41

    Caractersticasprprias da

    pr-adolescncia11 a 14 anos

    Cuidadosao ensinar essafaixa-etria

    Como ensinaradolescentes dequalquer idade

    Neste perodoos(as) adolescentes:

    manifestam reaesimprevisveis;

    precisam de conselho,mas fogem dele;

    mostram-se ansiosos eindecisos, perturbadose com falta de con-fiana neles prprios;

    tendem a ser esnobese a excluir os que noso membros do grupo;

    anseiam pela aprovaodaqueles que so maisvelhos do que eles;

    s vezes agem agressi-vamente;

    so altrustas e podemcomprometer-se em milobjetivos diferentes;

    o(a) adolescente precisaespecialmente de com-preenso e carinho sua volta;

    precisa de motivao:convm procurar as m-nimas ocasies para lheestimular o desenvolvi-mento espiritual, inte-lectual e emocional;

    faa-o sentir-se respon-svel, ainda que cometaalguns erros e enganos;

    oferea orientao e di-recionamento;

    coloque-se no lugardo(a) adolescente nocomo juiz e nem compa-rando os problemas queeles(as) apresentam,ainda que voc no con-sidere um problema;

    1) A primeira coisa quevoc tem de fazer identificar-se com o ado-lescente. Se voc nofizer isso, ter dificulda-des em lidar com ele.

    2) Conhea a linguagemdo adolescente. No uselinguagem de adulto,muito sria, intelectuali-zada, difcil.

    3) Cuidado com a sua pos-tura e forma de se colo-car. No d uma de soumais velho(a), me res-peite, ou ainda,tenho mais conheci-mento e experinciaque voc. Seja coe-rente e transparente.

  • 42Caractersticasprprias da

    pr-adolescncia11 a 14 anos

    Cuidadosao ensinar essafaixa-etria

    Como ensinaradolescentes dequalquer idade

    possuem um grandeanseio de independn-cia, que conduz sepa-rao dos adolescentesdaqueles que exerce-ram algum domniosobre eles.

    rebeldia perante as li-mitaes que lhes socolocadas;

    tendncia a imitaode personagens famo-sas, companheiros ouprofessores que pos-suem as qualidades queeles gostariam de ter;

    adotam atitudes extra-vagantes, inclusive novestir; tudo isto somodos de chamar aateno para si mesmos;

    no gostam muito detrabalhar (seja com oque for);

    escondem os complexosde inferioridade e inse-gurana, s vezes rea-gindo com altivez outimidez;

    as amizades so poucoduradouras.

    ajude-o(a) a formar a suapersonalidade, a ser livre,num clima de compreen-so, amor, e comunho;

    ajude-o(a) a integrar-sena vida e no ambientesocial que o rodeia;

    crie condies favor-veis para que ele se ex-presse, sem medo de sercriticado ou ridiculari-zado;

    estimule a participaono grupo;

    estimule a amizade e aconvivncia, a participa-o em jogos e em ativi-dades em grupo.

    Ele precisa sentir quevoc gente como ele,que tambm tem falhas.

    4) Envolva os seus alunos.No fique s dandopalestras! Promovadebates, faa exercciosem grupo, dramatiza-es, use filmes, contecasos, oua os casos queeles(as) tm para contar,relacione a aula com as-pectos prticos, e quefaam parte do dia a diada turma.

    5) Fortalea os laos deamizade entre eles. Faauma aula, fora das de-pendncias da igreja. Va um parque, um localaberto, na casa de umdeles, ainda que excep-cionalmente.

    6) Traga alguns mimospara seus alunos: umbombom, um bolo, co-memore os aniversriosem sala.

    7) No se prenda apenasao contedo da aulaque voc quer dar. Asinformalidades, os rela-cionamentos e os bate-papos podem ser umaaula ainda melhor. Masno faa disso umamuleta para voc, ou

  • 43

    Caractersticaspsicolgicas daadolescnciaa partir dos15 anos

    Cuidadosao ensinar essafaixa-etria

    Como ensinaradolescentes dequalquer idade

    o esprito de indepen-dncia cresce rapida-mente, mas ainda soimaturos e podem secomportar com impulsi-vidade e agressividade;

    independncia e liber-dade so a sua cons-tante exigncia;

    ficam irritados se lhesperguntam sobre osseus assuntos, proje-tos, amigos com quemanda. No gostam queinvadam sua intimi-dade;

    so capazes de guardarsentimentos de rancor,vingana e violncia,embora de modo espo-rdico e sem durao;

    - a partir dos 16 anos, oadolescente j umpr-adulto, possui umamentalidade mais se-gura, mais bem orde-nada e controlada;

    so mais confiantes edominam melhor suasprprias emoes, pos-suindo um maior equil-brio;

    valorizam mais os ou-tros, sejam colegas ouadultos, e pensam maisneles, pois apercebem-se de que o segredo dasua prpria felicidadese encontra relacionadocom a vida dos outros.

    necessria uma ati-tude de abertura paraevitar o uso de uma pos-tura muito autoritria,reconhecendo os direi-tos do(a) adolescente;

    ajude-o(a) a criar vncu-los familiares, religiosose sociais (amor a Deus, famlia, amigos, P-tria);

    saiba que as crises queeles(as) vivem passamcom o tempo e quetudo volta a normalizar-se, o que no significaque no se deva ajud-los(as) e no se procureorient-los positiva-mente;

    porque ainda so inse-guros(as), voc deveorient-los(as), aconse-lh-los(as). Precisam deuma mo compreensiva;

    lembre-se: voc tambmfoi adolescente. Recor-dando as tenses einquietaes da sua pr-pria adolescncia, vocestar em condies deajudar seus (suas) alu-nos(as) e de ser maiscompreensivo para comeles(as).

    seja, no use isso comosada para o seu despre-paro.

    8) Uma aula, ainda queinformal deve sersempre planejada edeve ter um objetivomuito claro.

    9) Cuidado: eles(as) estode olho em sua vida, suaconduta, seus comporta-mentos, seus posiciona-mentos. Seja exemplo, eno pedra de tropeo.

    10) Ame, ame e ame seusalunos, como se fossemseus filhos.

    Fonte: Adaptado de LIRA, F. C.Etapas da Adolescncia. In: Edu-cao na Aldeia Textos sobreeducao.

  • 44Bem, no Quadro 2, voc tem, de forma reduzida, algumas informaes im-

    portantes para conhecer melhor seu aluno e aluna; identifique alguns cuidadosna prtica de ensinar e saiba como ajud-los a aprender.No posso deixar de reforar que todos ns fomos ensinados, marcados, mo-

    delados por muitos professores e professoras com quem nos relacionamos. Apalavra ensinar tem origem no latim popular in-signare marcar com umsinal. muito difcil uma pessoa que no foi marcada, positiva ou negativa-mente, por uma professora ou professor.

    E voc, como tem in-signado ensinado-marcado seus alunos e alu-nas? Pense nisso...

    Para ajud-lo um pouco mais, quero deixar algumas sugestes de atividadesque podem ser feitas em sua classe, na Escola Dominical:

    Tipos de AulaAula expositivaIndicada nas seguintes situaes: Para introduzir um novo assunto Para transmitir informaes, dados, histrias Para dar uma viso geral do assunto

    Desvantagens: No estimula a comunicao, principalmente se somente o(a) professor(a) fala

    O aluno fica numa posio muito passiva O professor tem de possuir uma excelente capacidade de expor, de falar,de transmitir ideias e informaes. No pode ser montono

    Exige muita preparao e domnio do assunto (no d para enrolar,o adolescente percebe de longe quando isso est ocorrendo)

    Estudo de casoSepare casos da Bblia, ou casos do dia a dia, de jornais, de revistas, ou

    mesmo trechos de filmes que tenham um contedo relacionado ao tema quevoc quer estudar com a classe.

    Permite o desenvolvimento de habilidade de anlise e de soluo deproblemas da turma

    Possibilita a explorao do tema e a transferncia para situaes reais oupara outras situaes

  • Como utilizar: Introduza o caso ou o trecho do filme Pea que leiam ou assistam com ateno Depois divida-os em duplas, trios ou grupos e entregue algumas per-guntas que voc preparou com antecedncia sobre o caso ou o filme,a fim de que discutam as respostas em grupos

    Voc pode pedir que o grupo escreva suas respostas em cartazes e de-pois apresente para todos ou voc pode simplesmente abrir a discussocom todos, a partir da sntese dos resultados de cada pequeno grupo,dupla ou trio

    Ao final, voc deve fazer um fechamento, relacionando com o tema queest estudando com a turma.

    Palestrante convidadoDependendo do tema, sempre bom trazer um(a) palestrante para falar

    com a turma. Voc pode estimular que, neste dia, tragam visitantes e voc podepremiar aquele(a) que trouxer maior nmero de visitantes com um livro, umCD, uma caixa de bombons etc.

    PesquisasValem a pena voc introduzir a pesquisa em alguns temas, solicitando aos

    (s) alunos(as) que busquem informaes (na Internet, em livros, revistas, jor-nais, com outras pessoas) sobre esse tema. Voc pode pedir que faam isso emdupla, durante a semana. Assim, voc estimula o relacionamento fora da salade aula.Durante a aula, pea que apresentem os resultados das pesquisas, e voc vai

    fazendo o fechamento do assunto (costurando as apresentaes). Mais umavez, esse esforo da turma pode ser recompensado com uma noite de pipoca ecinema em casa, em um sbado. Bom seria que fosse na sua prpria casa, oumesmo nas dependncias da igreja. Mais uma vez o relacionamento, a ami-zade, a comunho sero fortalecidos.

    Leitura como tcnica de ensinoUse algumas tcnicas para incentivar a leitura (da Bblia, da revista ou de

    outros textos complementares que voc poder usar).Abaixo relaciono algumas tcnicas (extradas e adaptadas do livro Dinmi-

    cas de Leitura para Sala de Aula, de Mary Rangel, Ed. Vozes, 1990):

    1) Nome da tcnica: No repita a informaoa. Leia um texto com eles(as)b. Solicite que cada um fale uma informao do texto lido

    45

  • c. Esclarea que as informaes no podem ser repetidas; assim, na se-quncia da apresentao, cada um dever falar uma nova informaodo texto, diferente das j apresentadas

    2) Nome da tcnica: Consegue repetira. Faa duas perguntas sobre o texto para algum aluno ou aluna, que de-ver responder oralmente

    b. Em seguida, solicite a outro aluno ou aluna que repita as perguntasformuladas pelo(a) professor(a) e as respostas que o colega acabou dedar. Este aluno poder acrescentar mais alguma coisa resposta

    3) Nome da tcnica: O que voc diz?a. Solicite a um aluno que complete, livremente, com suas ideias, a frase:o que o texto me diz...

    b. Em seguida, solicite que outro aluno complete, livremente, com suasideias, a frase: o que eu digo ao texto...

    c. Depois solicite a um terceiro aluno que, dirigindo-se aos colegas, com-plete, livremente, com suas ideias, a frase: o que eu digo vocs sobreo texto ...

    4) Nome da tcnica: Troquem as respostasa. Ler um texto e entregar duas questes a serem respondidas, por es-crito, pelos(as) alunos(as), que sero divididos(as) em duplas

    b. Aps as respostas, solicite que as duplas troquem suas folhas de res-postas, de modo que ningum fique com as mesmas

    c. Pedir que as duplas leiam as respostas das folhas que receberam e ex-pliquem ou comentem cada uma delas

    Boa aula! Bom trabalho!Elaine Lima de Oliveira, professora

    Escola DominicalA Escola Dominical tem um importante papel na vida do(a)juvenil metodista, pois aprendemos e vivemos muitas coisas,

    e conhecemos mais pessoas da nossa idade.Mayahara Pereira dos Santos 3 RE

    46

  • Aos professores e professoras com carinho, muito carinho! Parte 2Ol, professora e professor!Ainda com o objetivo de auxili-lo nas aulas com a nossa turma de juvenis,

    seguem abaixo algumas dicas de planejamento e mais dicas de atividades.

    Dicas para o planejamento de uma aulaPerguntas vitais1. Sobre o que vamos estudar? Defina o tema, leia a lio, faa anotaes, tenha certeza de com-preender sobre o que trata a lio.

    Verifique o que tem relao com o tema; por exemplo: ministrios daigreja, doutrina, histria, comportamento, famlia, violncia etc. Issoajuda na abordagem que voc vai dar lio, nos exemplos que po-der utilizar e na aplicao possvel.

    2. Qual o objetivo? Definir as habilidades, conhecimentos, princpios, conceitos, valores, pr-ticas, hbitos, atitudes, viso que deseja formar/despertar na turma.

    3. Qual o ponto principal? Certifique-se do objetivo: especifique onde quer chegar, que ponto vaiser fixado, qual o foco principal.

    4. O que interessa para eles? Contextualize: faa a relao com a vida, com situaes de sua turma,com suas necessidades (de idade, escola, comunidade, hbitos etc.).

    Motive: cada lio sempre um motivo a mais para estar na Escola Do-minical (ou no!).

    5. O que pode ajudar? Relacione recursos: pense que tipo de exerccio, histria, jogo, brinca-deira, dinmica, visual, msica, jeito de falar, forma da sala, local podecontribuir para o contedo e facilitar a compreenso.

    6. Qual a aplicao dessa lio? Sempre pense em para que serve isso, em que situao da vida, da fa-mlia, da escola, da igreja, da vida pessoal.

    Como esto os(as) juvenis? O que esto precisando ouvir e qual a rela-o entre a necessidade deles e esta lio?

    Elabore um Plano de Aula que tenha o seu jeito! Veja pgina 51.

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  • Algumas Ideias...Papel e lpis (e algumas outras coisas)

    1. Desenhe a lio poder ser um processo que feito durante a lio,quando um ou mais juvenis vo desenhando os pensamentos, falas,ideias, conceitos que vo aparecendo. O desenho deve organizar oscontedos para que se torne possvel deduzir o que foi tratado em salaao ver o desenho. Outra forma de utilizar o professor fazendo dese-nhos do que vai falando.

    2. Cartaz de colagens imagens que representam o tema da lio pode serum recurso preparado previamente, pode ser usado no processo de fi-xao ou desenvolvimento da lio, ou ainda comomotivador para tra-balhar um tema.

    3. Transparncias para retroprojetor criao de transparncias como re-curso aula. Podem ser criadas histrias, cenas, textos, sobreposies eoutros.

    4.Mural criao de imagens e frases que indicam o nvel de comprome-timento, aprendizado, compreenso e envolvimento da classe com otema estudado. Pode ser colocado dentro da sala ou nos corredores daigreja ou entrada do templo.

    5. Histria em quadrinhos criar desenhos e personagens em situaesque recontam / representam a histria / tema da lio. As cenas so de-senhadas em quadrinhos, e os textos so escritos em bales.

    6. Conceitos e suas aes quebra-cabea que deve associar conceitos ssuas explicaes / aes / aplicaes / situaes.

    7. Teatro de sombras criao de personagens e cenrios de papel que somanipulados por meio de palitos, com luz por detrs de um lenol oupano difano.

    8. Teatro de papel a criao de personagens articulados, de papel (car-tolina, papel carto, papelo), que so manipulados por meio de pali-tos e atrs de um biombo.

    9. Palavras que vm do cu bales (bexigas) que contm palavras e suasdefinies (ou ideias-chave da lio e seus desdobramentos). Em algunsbales vo as palavras, e em outros os conceitos. possvel fazer tam-bm com que cada balo contenha uma palavra ou um conceito paraque sejam montadas frases que faam sentido.

    10. A histria ... em pequenas fichas uma palavra escrita (que sejachave para a lio), e quem pegar a palavra deve desenvolver um his-tria ou contedo da lio.

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  • Computador e Internet

    1. Blog esta uma ferramenta interessante que pode ser usada para in-formar, evangelizar. Os posts podem ser semanais, ou mesmo servircomo local de debate permanente para temas da lio.

    2. Twitter possvel usar essa ferramenta, durante ou logo aps a lio.A turma pode ficar atenta palavras, termos, ideias, frases, textos b-blicos e postar esse contedo nos twitts. A forma de comunicao e ocrescimento do nmero de seguidores podem ser um indicativo (ouno) para o exerccio.

    3. Apresentao Power Point no repete o contedo da lio. Destacapontos importantes (power-points) e apresenta coadjuvantes, materialcomplementar.

    4. Programas de palavras cruzadas h na internet pro