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MANUAL EM CONSTRUÇÃO SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO - ATIVIDADES TÉCNICAS NO CORPO DE BOMBEIROS - MANUAL DE PROCEDIMENTOS VISTORIA DE HABITE-SE MODELO PADRÃO SISTEMA PREVENTIVO POR EXTINTORES ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS 1)Quantidade de unidades extintoras instaladas; 2)Caminhamento; 3)Adequação do agente extintor; 4)Condições de instalação; 5)Condições da sinalização; 6)Condições de acesso e visualização; 7)Condições de operação; COMO INSPECIONAR CADA ITEM 1) Quantidade de unidades extintoras instaladas Conferir o número de unidades, quantidade (kg) e tipo do agente extintor, verificando conformidade em relação à situação prevista em projeto. A quantidade de unidades extintoras prevista em projeto deve ser obtida examinando-se o mesmo, conferindo a previsão feita para cada pavimento, não somente com relação a quantidade ( unidades ), mas também com relação ao tipo de agente extintor, sua previsão também deve constar do projeto, sobre a planta baixa ou em quadro de legenda. 2) Caminhamento Verificar se o caminhamento previsto em projeto corresponde ao existente na edificação. A medida deve ser feita a partir do ponto mais distante do pavimento,

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MANUAL EM CONSTRUÇÃO

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO - ATIVIDADES TÉCNICAS NO CORPO DE BOMBEIROS - MANUAL DE PROCEDIMENTOS VISTORIA DE HABITE-SEMODELO PADRÃO

SISTEMA PREVENTIVO POR EXTINTORES

ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS

1)Quantidade de unidades extintoras instaladas;2)Caminhamento;3)Adequação do agente extintor;4)Condições de instalação;5)Condições da sinalização;6)Condições de acesso e visualização;7)Condições de operação;

COMO INSPECIONAR CADA ITEM

1) Quantidade de unidades extintoras instaladas

Conferir o número de unidades, quantidade (kg) e tipo do agente extintor, verificando conformidade em relação à situação prevista em projeto. A quantidade de unidades extintoras prevista em projeto deve ser obtida examinando-se o mesmo, conferindo a previsão feita para cada pavimento, não somente com relação a quantidade ( unidades ), mas também com relação ao tipo de agente extintor, sua previsão também deve constar do projeto, sobre a planta baixa ou em quadro de legenda.

2) Caminhamento

Verificar se o caminhamento previsto em projeto corresponde ao existente na edificação. A medida deve ser feita a partir do ponto mais distante do pavimento, incluindo-se o interior do ambiente mais distante. Em edificações com pavimentos tipo ( significa iguais ) basta que a medida seja feita em apenas um pavimento. Não é comum acontecer, porém pode ocorrer que, em projeto se aprove, por vezes caminhamentos superiores ao estabelecidos por norma, principalmente em edifícios residenciais, quando para se atender o critério de caminhamento máximo teria que se instalar extintores dentro das unidade residenciais. Nestes casos, temos preferido que, mesmo avançando o caminhamento, se instale os extintores sempre na área de circulação comum. Nestes casos portanto, há sempre que se respeitar a situação prevista em projeto.

3) Adequação do agente extintor

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Verificar possível necessidade de readequação em função de eventual ocupação diversa, não prevista em projeto. Em fase de projeto, não se pode prever a utilização final, por exemplo, de uma sala comercial, cuja ocupação, muitas vezes por ocasião da vistoria, já pode estar definida, podendo e devendo ser objeto de análise pelo vistoriador, que como padrão deve ater-se, no mínimo, ás seguintes restrições:

- Contra indicar cargas de PQS e de ÁGUA para extintores que tenham por finalidade proteger ambientes onde predominem equipamentos eletrônicos, indicando cargas de CO2;

- Contra indicar carga de CO2 para extintores que tenham por finalidade proteger ambientes onde predominem equipamentos e ou maquinários superaquecidos, indicando cargas de PQS;

- Contra indicar carga de ÁGUA para extintores que tenham por finalidade proteger ambientes e locais onde predominem equipamentos energizados indicando cargas de PQS e ou de CO2;

Exemplificando: - Extintores que protegem casas de força ou motores e equipamentos elétricos não podem ser a base de água, sendo recomendados os de CO2;- Extintores que protegem equipamentos que trabalham superaquecidos devem ser protegidos por extintores a base de pó químico ( o resfriamento brusco causado por ação da água ou do CO2 podem danificar o equipamento).

- Extintores que protegem equipamentos eletrônicos e outros de alta sensibilidade devem ser protegidos por extintores de CO2 (a água ou pó danificam os mesmos).

4) Condições de instalação:

Verificar se o ponto de instalação corresponde à situação prevista em projeto com relação ao local, altura e adequação do suporte. A questão do local de instalação do extintor está diretamente relacionada a questão do caminhamento máximo ( ver item 2 acima ), sendo portanto, importante que se observe a sua locação conforme previsão em projeto ( tão exato quanto possível do ponto definido na planta baixa ). Os extintores devem ser instalados nas paredes em suportes próprios, adequados e firmes, de tal modo que a parte superior do mecanismo de disparo não fique em altura superior a 1,70 medidos do nível do piso. Admite-se ainda sua colocação junto ao piso, em suporte específico e dentro de nichos (abrigos) específicos para tal finalidade, devendo em todos os casos estar assegurada a condição de sua retirada para uso emergencial, sem retardos ou empecilhos.

Condições da sinalização:

Verificar se a sinalização instalada corresponde à situação prevista no projeto com relação ao: tipo, cores, dimensões e locais de instalação, observando-se ainda as condições de fixação, no que se refere a rigidez da mesma.

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6) Condições de acesso e visualização

Identificar obstáculos ( mobiliário e objetos de decoração ) que possam impedir ou dificultar o acesso e ou a visualização. Acesso: Numa visão extremamente prática, procure verificar se existe algo que dificulte ou impeça um usuário de acessar o extintor. A possível obstrução, a ser constada, deve referir-se a objetos móveis que tenham sido colocados na área de circulação comum ou em interiores de ambientes, ou até mesmo por alterações arquitetônicas (reformas) que tenham sido executadas na edificação, como interposições de divisórias, portões e grades. A obstrução, para ser constada em relatório, deve ser de caráter absolutamente relevante, devendo representar significativo retardo ou absoluta impossibilidade de acesso. Obstruções podem implicar em aumento de caminhamento (ver item 2 acima ). Visibilidade: Colocando-se na entrada do acesso ao pavimento ou ao ambiente, verifica-se a condição de visualização do extintor. Havendo algo que esteja impedindo ou dificultando sua visualização conste o fato no relatório. A solução poderá vir pela remoção da obstrução, pela remocação do extintor, ou pela colocação de sinalização. O extintor nem sempre será visível de qualquer ponto do ambiente. Para isto existe a sinalização de localização. A ausência de sinalização adequada, pode atestar falta de visibilidade adequada.

7) Condições de operação

As condições de operação serão determinadas através de inspeção a ser realizada em todos os extintores, atendo-se à observação dos seguintes aspectos:

- Condição do recipiente;- Condição de pressurização;

- Condição do lacre; - Condição dos demais componentes externos. Observação: Orientações específicas sobre como inspecionar cada uma das quatro condições estão expressas no Procedimento Operacional Padrão nº 10/CAT/CCB:

Todas as alterações constatadas devem ser registradas no relatório, discriminando tipo da alteração com identificação do extintor e sua respectiva localização dentro da edificação.

SISTEMA HIDRÁULICO PREVENTIVO

ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS

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1)Cubagem da reserva técnica de incêndio ( RTI );2)Pressão dinâmica no hidrante menos favorável;3)Tomada da RTI;4)Saída para consumo;5)Saída para limpeza;6)Instalação do registro de paragem;7)Instalação da válvula de retenção; 8)Traçado da canalização;9)Dimensões da canalização;10)Material da canalização;11)Hidrante de parede;12)Hidrante de recalque;13)Testes

COMO INSPECIONAR CADA ITEM

1) Cubagem da reserva técnica de incêndio ( RTI )

Calcular cubagem da reserva técnica de incêndio, através das medidas internas do reservatório, tendo por referência a altura da saída para consumo. O metro cúbico é determinado pela multiplicação das medidas de altura, largura e comprimento. Cada metro cúbico corresponde a mil litros. Reservatórios não constituídos por uma formação de retângulo único, devem ter a sua formação, dividida imaginariamente, para fins de cálculos, em retângulos menores. Para o cálculo de RTI em reservatórios circulares, quando eles não tiverem demarcação exterior, calcular com base na seguinte fórmula : V= ¶ h/3(R² + r² + Rr ) para reservatórios de fibra em forma de tronco de cone e V= Ah = ¶ r²h para reservatórios cilíndricos. Obs: Nos casos em que os reservatórios já estiverem abastecidos, independente da razão, os cálculos poderão ser feitos a partir de medidas externas, efetuando-se os devidos descontos em razão das espessuras das paredes .

2) Pressão dinâmica no hidrante menos favorável Num sistema gravitacional ( com RTI elevada onde a força da gravidade é que pressuriza o sistema ) a pressão dinâmica no hidrante menos favorável é conferida medindo-se a altura existente entre este ( hidrante menos favorável ) e o fundo do reservatório ( parte interior ). Essa altura, aparece em projeto no detalhe do esquema vertical do sistema, declarada em metros lineares e verticais e ou ainda na planilha de cálculo do sistema, lembrando que sempre terá que ser superior a pressão dinâmica mínima exigida por Norma para aquele risco de incêndio, em função da perda de cargas, ou seja, por exemplo, para uma pressão dinâmica de 4,0 m CA (metros de coluna d´água ) ou 0,4 Kg/cm2 ( quilograma por centímetro quadrado ) essa altura deverá ser sempre superior a 4 m ( por experiência, no mínimo, na melhor das hipóteses, a 4,5m) O hidrante menos favorável, num sistema gravitacional, onde a característica predominante da edificação seja vertical, é o hidrante que se localiza logo abaixo da RTI.

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Predominando ou havendo um equilíbrio entre as características verticais e ou horizontais, há probabilidades de que o hidrante menos favorável, venha a ser o hidrante mais distante em relação à própria RTI. Esta situação ( hidrante menos favorável ) deve estar identificada em projeto e ou na planilha. Não estando, cabe ao vistoriador, solicitar que o analista e ou o responsável técnico pela elaboração do mesmo o identifique. Sendo o mais distante em relação à RTI, procede-se à medição da altura, através dos sucessivos pavimentos. Em sistema de adução por bombas, conferir a potência das moto-bombas conforme constar da planilha de dimensionamento do sistema. A potência das bombas, na planilha devem vir estabelecidas em cv ( cavalo vapor ) ou hp ( horse power ), cujas expressões são sinôminas e devem constar sobre o motor, enquanto a capacidade de vazão, expressa em litros por minutos deve constar sobre a bomba. Essa informação, se não constar sobre o corpo da bomba, diretamente punçada ou em plaqueta afixada, poderá ser comprovada mediante catálogo e ou nota fiscal, não sendo necessário manter tais documentos em arquivo, sendo suficiente a sua comprovação por ocasião da vistoria.

3) Tomada da RTI

Num sistema gravitacional verificar se a tomada RTI (reserva técnica de incêndio) é pelo fundo do reservatório ( deve ser examinada pelo interior do reservatório). Além da RTI, apenas a saída para limpeza pode ser também pelo fundo do reservatório ( ver item 5 a seguir ). Se não for possível visualizar externamente se a outra saída menor, que aparece no fundo do reservatório, é ou não a saída para limpeza, pode-se testar jogando água pela canalização, constatando-se que a mesma saia pelo registro de limpeza. Se a caixa d´água já estiver cheia, embora de comprovação mais difícil ainda seria possível identificar, mediante abertura do registro e observação concomitante do movimento interno da água junto à tomada no fundo do reservatório, cuja observação pode ser facilitada movimentando-se, com auxílio de uma vara, os resíduos próximos à tomada.

4) Saídas para consumo

Verificar se a saída para consumo é pela lateral, observando-se que deve estar acima da lâmina d´água da RTI, estimada pela cubagem da mesma ( ver item 1 acima sobre "cubagem da RTI" ); Observar ainda, no interior do reservatório, se a tomada para consumo efetivamente se manteve, também no interior a ser pela lateral. Embora seja fato que se constate com mais frequência em vistorias de manutenção, também em vistorias de habite-se é conveniente se observar se não houve adição de tubo pescador à tomada lateral com a finalidade de sugar do fundo, também para consumo, toda a água do reservatório de tal sorte que até a RTI acabaria sendo sugada.

5) Saída para limpeza

Verificar se a saída para limpeza é pelo fundo do reservatório devendo a canalização, ser metálica, pelo menos até o registro. Este registro normalmente está instalado junto a cobertura da edificação, em local acessível, justamente para que se possa acioná-lo para as operações de limpeza e assim também para a verificação já orientada no item 3 "Tomada da RTI" . Observar se a canalização assim como o registro, são metálicos. Do registro em diante, se houver canalização, não há necessidade de que essa seja metálica.

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6) Instalação do registro de paragem

O registro deve ser instalado sempre numa posição intermediária entre o reservatório e a válvula de retenção. O registro pode ser identificado como sendo a peça que justamente dispõe de um "dispositivo" para fechamento. É importante ainda observar que esse registro deve estar sempre aberto. Estando fechado significa de que a rede não está pressurizada e que o sistema portanto está sem condições de operação. O registro pode ser fechado somente para fins de manutenção na rede, portanto, sempre que for constatado em vistoria de que o mesmo se encontra fechado, não é prudente abrí-lo, sem contactar previamente, com o síndico e ou o zelador, para se informar sobre a existência de vazamentos ( que podem já ser conhecidos ). Assim a atitude intempestiva de abrí-lo, apenas causaria transtornos ao Condomínio. Cabe em qualquer dos casos, evidentemente, constar em relatório de que o registro deve permanecer aberto e que os reparos devem ser feitos com a maior brevidade possível. Em um sistema de adução por bombas o registro deve ser instalado entre as bombas e a válvula de retenção,seguindo o preceituado acima.

7) Instalação da válvula de retenção Verificar se a válvula de retenção está instalada no sentido correto. A instalação deve permitir a passagem de fluxo apenas no sentido reservatório para hidrantes. Para tanto verificar que a seta com indicação de fluxo que deve existir sobre a mesma esteja voltada também no sentido reservatório para hidrantes. Verificar ainda se a válvula está instalada depois do registro de paragem, de modo que este ( o registro ) fique sempre numa posição intermediária entre ela ( a válvula ) e o reservatório. No caso de adução por bombas a válvula de retenção deve ser instalada após o registro de paragem,sentido bombas / hidrantes. 8)Traçado da canalização

Verificar se o traçado das canalizações do sistema confere com o traçado previsto no projeto. Essa verificação pode ser procedida a partir da saída da RTI, onde, nos sistemas gravitacionais, pode ocorrer a mudança de traço que mais possa importar ao dimensionamento do sistema, no trecho que vai até o hidrante menos favorável, onde qualquer mudança de traçado pode representar diferenças no cálculo da altura necessária entre a RTI e o hidrante menos favorável. A tubulação, via de regra, depois da válvula de retenção, estará embutida toda na alvenaria, restando verificar o restante do traçado, no que for possível, pelas posições dos hidrantes de parede em relação à posição da prumada de incêndio ( local de descida da tubulação principal do SHP ). Mesmo nos sistemas com adução por bombas, a mudança de traçado também pode interferir no dimensionamento ( pressão residual nos hidrantes menos favoráveis ) do sistema, sendo portanto importante que se procure identificar, através das partes expostas, se o traçado seguiu a previsão do projeto, constando em relatório eventuais mudanças de traçados.

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Nas edificações em que, em projeto, tenha havido previsão de utilização de canalizações de PVC, deve-se ter especial atenção, para verificação do trajeto e do ponto de conexão à tubulação metálica observando-se que, esse ponto, seja dotado de caixa de inspeção com as dimensões e cotas de instalação ( da canalização inclusive ) conforme previsão em projeto.

9) Dimensões da canalização

Conferir o diâmetro das tubulações nos trechos que estiver aparente. Geralmente junto ao registro de paragem, nas caixas de abrigo dos hidrantes de parede e no hidrante de recalque, medindo-se o diâmetro externo, cuja medida, em centímetros, para 1 e 1/2 polegadas é 3,81, para 2 e 1/2 polegadas é 5,08, para 3 polegadas é 7,62 e para 4 polegadas é 10,16. Com especial atenção para as canalizações localizadas entre o reservatório e o hidrante menos favorável.

10) Material da canalização

A conferência do material utilizado na canalização fica restrito a verificar, nas partes em que a mesma estiver aparente, se o mesmo é metálico. Nas edificações em que, em projeto, tenha havido previsão de utilização de canalizações de PVC, verificar tal aspecto, junto ao hidrante de recalque e junto à caixa de inspeção da conexão da canalização de PVC com a canalização metálica. 11) Hidrante de parede

Inspecionar todos os hidrantes de paredes, com os respectivos abrigos, checando:

- Se o ponto de locação confere com o ponto previsto em projeto. Convém lembrar que a locação dos hidrantes em pontos diferentes dos previstos em projeto, pode interferir no dimensionamento do caminhamento previsto;

- Medir o centro geométrico da tomada d´água, dos hidrantes, em relação ao piso acabado. A tomada d´água dos hidrantes é onde termina a canalização metálica, é a parte onde se conecta a mangueira ao hidrante. O centro geométrico é exatamente o ponto central da referida tubulação metálica. A medida pode variar entre 1,20 e 1,50;

- Mangueiras: verificar quantidade, diâmetro previsto e se o comprimento das mangueiras atende o caminhamento, de modo a não haver áreas brancas, estendendo as mesmas, do hidrante até o ponto mais distante do pavimento, incluindo-se interiores dos ambientes. É importante lembrar que, como regra geral, o caminhamento máximo para uma linha de mangueiras, é 30 metros com dois lances de 15;

- Verificar dimensões dos esguichos e reduções, checando, condições de engate, por amostragem, de algumas conexões ( hidrantes com redução, redução com mangueiras e mangueiras com esguichos ), visando detectar defeitos que impeçam a conexão;

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- Abrigos: verificar as especificações e dimensões e se o espaço projetado é suficiente para acomodar todos os componentes previstos;

- Sinalização prevista: verificar se os abrigos possuem inscrição incêndio. ( come relação à cor do abrigo é preciso lembrar que, embora possa constar do projeto, não é exigência normativa que seja pintado de vermelho );

12)Hidrante de recalque

Verificar o ponto de locação e medidas do hidrante de recalque, conectar mangueira para conferir condição de conexão, visando detectar possíveis defeitos de engate. Verificar ainda condições de limpeza e drenagem da caixa do hidrante. Estando locado, via de regra, abaixo do nível da calçada, é comum, concentrar resíduos sólidos e líquidos. 13)Testes:

- Teste de mangueira: proceder conforme estabelecido no Procedimento Operacional Padrão nº 15/CAT/CCB.

- Teste de pressurização: (1) Efetuar teste de pressurização da rede ( 10,25 kg/cm2 =.150 libras ), somente em edificações novas, ainda não habitadas. O teste de pressurização têm por finalidade detectar se a válvula direcional foi corretamente posicionada, não devendo permitir que o recalque d´água efetuado a partir das bombas de incêndio das viaturas adentre ao reservatório, para que toda a pressão exercida seja direcionada para a rede de hidrantes instalados na edificação.(2) Nos casos em que a vistoria de habite-se vier a ser realizada, em edificação já habitada, independente do motivo que conduziu a essa situação, o teste de pressurização da canalização do SHP, não deverá ser efetuado, passando o posicionamento da válvula de retenção ser conferido pela simples abertura do hidrante de recalque e também pela visualização da posição da mesma, buscando-se constatar que a seta que indica a posição de passagem de fluxo esteja direcionada para baixo, ou seja, na direção dos hidrantes instalados, ou se preferirem, na direção oposta em relação ao reservatório;OBS: Esta restrição visa preservar a edificação de possíveis danos que a pressurização da rede, por bombas, possa causar, por alguma fragilidade que as tubulações em suas conexões possam apresentar, inutilizando o sistema, que por ação gravitacional, poderia vir a ter uma vida útil bem mais longa. (3) Nos sistemas de adução por bombas, o funcionamento do mesmo deverá ser demonstrado por responsável técnico, acionando-se o mesmo pelo princípio previsto em projeto, orientando-se montar o estabelecimento no hidrante hidraulicamente menos favorável;

- Teste de funcionamento:Verificar se o sistema está pressurizado, abrindo-se o hidrante de recalque. Testar na sequência as condições de pressão no hidrante mais favorável e também no menos favorável, conectando uma linha de mangueira ao mesmo, desde que as condições

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da edificação, permitam a projeção do jato para alguma área segura, onde não possa causar transtornos ao Condomínio. Recomenda-se ainda que, nestes testes se utilize mangueiras da própria viatura, como forma de preservar as do Condomínio, que de outra forma já poderiam vir a ser guardadas sem a devida secagem.

INSTALAÇÕES DE GÁS COMBUSTÍVEL

ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS

1)Detalhes construtivos do abrigo da central padrão NSCI;( Afastamentos, laje, material empregado, compartimentação, portas, aberturas para ventilação, estrado de madeira, dimensões internas, sinalização de advertência, proteção por extintores, iluminação artificial )

2)Detalhe construtivo do abrigo do conjunto para controle e manobra;( existência e dimensões, ventilação, inscrições de orientação e advertência)

3)Componentes do conjunto para controle e manobra;4)Recipientes transportáveis;

( registro de corte, bateria reserva e ativa )5)Recipientes estacionários;6)Canalizações;

( material empregado, dimensões, instalação e fixação, identificação por cores, traçado da canalização, afastamentos, tipos de emendas)

7)Abrigo de medidores;( instalação, destinação, componentes, características construtivas, iluminação artificial)

8)Ponto de consumo;( Mangueiras, terminais, registros de corte )

9)Adequação de ambientes;( Aberturas para ventilação permanente, volume de ar, chaminés )

10)Teste de estanqueidade;

COMO INSPECIONAR CADA ITEM

1) Detalhes construtivos do abrigo da central padrão NSCI Afastamentos:

- Medir os afastamentos existentes entre o abrigo da central e demais pontos cotados em projeto, ( em relação à própria edificação, em relação ao sistema de aterramento do sistema de proteção contra descargas atmosféricas , componentes aparentes , e em relação à propriedade vizinha, quando assim estiver cotado, com ou sem interposição de muro.

- Conferir afastamentos mínimos da central ( 1,5 m ) em relação a fossos e ralos;

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Laje:- Medir espessura do teto de concreto e constatar visualmente existência de declividade. Havendo dúvida sobre a existência de declividade, efetuar teste prático com utilização de água, devendo a mesma escorrer sem permanecer sobre a laje;

Material empregado:- A constituição ( espessura e tipo de material ) das paredes da central, depois de concluída e acabada, não será objeto de vistoria por parte do Corpo de Bombeiros, ou seja, não será regra geral, perfurar, depois de pronta, qualquer parte da central para inspecionar tal item. Não obstante, se por qualquer hipótese, caso venha a se constatar, a qualquer tempo, de que a constituição das paredes não confere com as prescrições normativas, tal fato deverá ser objeto de indeferimento;

Compartimentação:- Conferir compartimentação da central em células independentes ( se assim for previsto em projeto ), cabendo observar os mesmos procedimento expressos no item anterior com relação a constituição da referida parede;

Portas:- Verificar a existência de ventilação na parte inferior das mesmas, admitindo-se que não seja em venezianas, mesmo que tal tenha sido a previsão em projeto;- Verificar sentido de abertura ( de dentro para fora );- Verificar se foram instaladas nas posições previstas em projeto ( objetivando conferir se não foram instaladas com a frente voltada para a projeção vertical de edificação, situação admitida desde que, neste caso, haja uma distância mínima de 10 metros );

Aberturas para ventilação:- Conferir instalação conforme previsão de projeto, verificando-se se as mesmas possuem proteção por tela. Está fora do procedimento de vistoria a conferência de características de tela quebra-chama, até que haja uma orientação específica do Centro de Atividades Técnicas, sobre como identificar uma tela quebra chama, ficando até lá, sob responsabilidade do construtor, cobrar tais características do fabricante e ou comerciante;

Estrado de madeira:- Conferir a existência de estrado de madeira. ( a existência de estrado de madeira sob recipientes estacionários, embora desnecessária, não precisa e não deve ser objeto de indeferimento );

Dimensões internas do abrigo:- Conferir a altura mínima do interior da central, assim como largura ( espaço livre mínimo para manobras ) previstas em projeto;

Sinalização de advertência:

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- Conferir a existência de sinalização de advertência afixada no abrigo. Não precisa ser com exatidão a que conste do projeto, sendo suficiente que conste entre outros dizeres, que se trata de uma Central de Gás, com alguma advertência de perigo.

Proteção por Extintores:- Conferir a proteção por extintores, conforme previsão de projeto, no aspecto tocante à quantidade. Com relação às condições de operação, valem as orientações já estabelecidas para a vistoria do sistema de proteção por extintores. Não cabe também nesse caso, preocupação com relação à questão da respectiva sinalização que possa ter sido prevista no projeto, por que ela é desnecessária. Cabe sim especial atenção para algum dispositivo de proteção contra as intempéries, caso tenha sido previsto em projeto. Não tendo havido previsão, cabe eventualmente uma recomendação nesse sentido ( não sendo motivo para indeferimento do relatório);

Iluminação artificial no abrigo da central

- Sistemas de iluminação artificial no abrigo da central somente deverão ser aceitos em vistorias, se vierem acompanhadas de declaração formal do fabricante, ( admite-se catálogo que permita identificação do tipo de instalações ) e ou responsável técnico pela instalação de que tais instalações são a prova de explosão; Atendida as exigências do parágrafo anterior, verificar se os interruptores estão instalados do lado de fora do abrigo da central

2) Detalhe construtivo do abrigo do conjunto para controle e manobra

- Verificar se o conjunto de controle de manobra está protegido por um abrigo e se este está suficientemente dimensionado ( tamanho ), para acomodar em seu interior todo o conjunto;

- Conferir características construtivas do abrigo que protege o conjunto: abertura para ventilação, na parte inferior e ou nas laterais;

- Conferir inscrições com orientações sobre procedimento em caso de incêndio, que devem existir escritas sobre a tampa do abrigo do conjunto;

- Conferir também as inscrições de advertência ( em se tratando de tampa com vidro estilhaçante );

3) Componentes do conjunto para controle e manobra

Conferir a instalação sequencial ( sentido baterias para pontos de consumo ) dos seguintes componentes do conjunto:

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Válvula de 1º estágio

Verificar se está regulada entre os limites de 0,35 a 1,5 kgcm2 cuja leitura se faz num medidor de pressão ( manômetro ) que deve vir acoplada à mesma.

Registro de corte " Fecho rápido "

Verificar se existe instalado um registro de corte no conjunto para controle e manobra. O que caracteriza um registro de corte como sendo de "fecho rápido" é o movimento da alavanca de fecho que deve completar a operação ( de fechar o fluxo ) com apenas um quarto de volta (considerar o que seria 1/4 de volta de um círculo completa em torno do próprio eixo da alavanca);

IMPORTANTE: Se a edificação já estiver sendo habitada por ocasião da vistoria de Habite-se, o vistoriador não deve, em hipótese alguma, manobrar os registros de corte a pretexto de testar sua mobilidade. O corte momentâneo do fluxo, pelo "teste intempestivo e inconseqüente", vai extinguir a chama do aparelho que eventualmente estivesse em funcionamento, para em seguida, com o retorno do fluxo, termos um vazamento certo, por que os pontos de consumo que estavam ativos, continuam com seus registros abertos, uma vez que os usuários, podem também eventualmente, não estarem monitorando seus aparelhos por aqueles instantes.

- Tê plugado com redução para 1/2 "

Verificar existência de instalação. Localizado logo depois do registro de corte é uma peça que pode ser identificada através de sua semelhança com um T .

4) Recipientes transportáveis

São aqueles que, esgotadas suas cargas, são substituídos por outros com carga completa. A recarga não é feita no local. A recarga é feita em instalações apropriadas para essa finalidade. As denominações que identificam os recipientes transportáveis são P-13, P-45, P-90 .

Baterias

Verificar a existência de duas baterias, conforme previsão em projeto, conferindo se a quantidade de recipientes instalados e respectivas capacidades correspondem à situação prevista em projeto (verificar se existe algum indicativo sobre os recipientes ); 5) Recipientes estacionários

Observação: Estacionários são aqueles reabastecidos no próprio local onde se encontram instalados. Identificam-se por apresentar um tamanho e um volume maior.

Page 13: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

- Conferir ligação do recipiente (verificar se a ligação entre o cilindro e a gambiarra é metálica, geralmente cobre);

- Conferir procedência de fabricação verificando se existe sobre o recipiente, punçada sobre o mesmo, ou sobre plaqueta metálica afixada, a marca; - Conferir nº de recipientes e respectivas capacidades ( devem estar impressas sobre o próprio recipientes ou punçadas a quantidades de glpdo tanque) 6) Canalizações;

Material empregado:

Conferir tipo de material empregado na fabricação da canalização, cabendo constatar apenas se trata-se de material metálico, verificando-se as partes onde a canalização estiver aparente. Fica fora do procedimento verificar e ou constatar o tipo e a resistência do metal.

Dimensões:

Conferir dimensões nas áreas onde estiver aparente medindo diâmetro nominal (diâmetro externo ) estabelecida a seguinte correspondência:

- 1/2 polegada = 1,27 cm;- 3/4 polegada = 1,9 cm;- 1 polegada = 2,54 cm;- 1 e 1/2 polegada = 3,81 cm;- 2 polegada = 5,08 cm.

Instalação e fixação:

- Conferir condição de instalações onde estiver aparente com relação a fixação e apoio. Não existem critérios objetivos a examinar e ou considerar. A inspeção será visual, com atenção voltada a situações em que o tipo de fixação e ou de apoio que está sendo utilizado não é específico e ou está apresentando sinais evidentes de que não está resistindo ao esforço (peso) a que está sendo submetido. Exemplos: braçadeiras frouxas e ou se soltando da alvenaria onde estejam fixadas; longos trechos de canalização sem interposição de suportes estando evidente que a canalização começa a pender ( apresenta curva por falta de ponto de apoio ); pontos de apoio que estão sendo utilizados não são específicos para a finalidade, tal como fiações e ou canalizações de outras instalações, cavaletes e outras improvisações similares. Observação: a falta de um apoio e fixação adequada, pode comprometer a estanqueidade ( vedação ) do sistema, provocando vazamento de gás.

Identificação por cores

Conferir cor de identificação das canalizações. As normas em vigor ( NSCI 92 estabelece como cor padrão o alumínio e a NBR 12694 estabelece a cor amarela .

Page 14: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

Projetos que tenham sido aprovados e executados sob as orientações anteriores, poderão, no máximo, receber em relatórios, orientações, a título de sugestão, sobre a nova cor padrão;

Traçado da canalização

Conferir traçado da instalação verificando conformidade com o traçado previsto no projeto ( A conferência do traçado deve ser feita a partir dos pontos onde a canalização estiver aparente, passando o vistoriador, a partir daí, se orientar pelo projeto aprovado).

Fica fora do procedimento verificar a constituição das alvenarias em que a mesma estiver embutida ( se há vazios e ou elementos vazados ), uma vez que, via de regra a vistoria de habite-se é realizada em obra concluída.

Havendo informação e ou constatação prévia de que tal situação existe ( canalização passando por vazios e ou elementos vazados ), cabe em relatório e ou correspondência indagar aos responsáveis pela construção para que se pronunciem a respeito, propondo e fazendo as averiguações que se mostrarem necessárias para o esclarecimento dos fatos.

Conferir, visualmente, passagem do traçado por áreas ( entenda-se dentro delas ), algumas não previsíveis em projeto, que as normas de segurança fazem restrições (proíbem), quais sejam: dutos de lixo, de ar condicionado, da águas pluviais; reservatórios de água; incineradores de lixo; poços de elevadores; compartimentos de equipamentos elétricos; subsolos ou porões com pé direito inferior à 1,20 m, entre-pisos, tetos rebaixados ou qualquer compartimento de dimensões exíguas; compartimentos não ventilados; compartimentos destinados a dormitórios; poços de ventilação capazes de confinar o gás proveniente de eventual vazamento; qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado pela estrutura ou alvenaria, mesmo o que ventilado; ao longo de qualquer tipo de forro falso, salvo se for ventilado por encamisamento, cuja dimensão seja igual ou superior a 50 mm do diâmetro da rede de gás; pontos de captação de ar para sistemas de ventilação; dutos de ventilação.

Algumas das áreas citadas no parágrafo anterior, são ditas não previsíveis, por que, tal ocupação, nem sempre é prevista e projeto, principalmente aquelas que se, evidentemente tivessem sido previstas teriam sido indeferidas. A caracterização de cada uma delas, como sendo, exatamente a que corresponda a situação prevista e relacionada nas normas, nem sempre será de fácil definição. Para aquelas que apresentarem algum grau de dificuldade de caracterização, recomenda-se indagar os responsáveis, através do próprio relatório de vistoria

Afastamentos

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Conferir afastamentos da canalização em relação a elementos ( que estiverem aparentes) das seguintes instalações:

- Instalações elétricas e tubulações de outra natureza : 0,30 m; - Instalações do sistema de proteção contra descargas atmosféricas: 2,00 m; A inspeção desses afastamentos, com relação às instalações elétricas e tubulações de outra natureza, não é algo que deva fazer parte da rotina da vistoria. Tais proximidades, antes de serem procuradas, para serem significativas, devem saltar aos olhos do vistoriador, de outra forma, se passarem despercebidas é por que, ou não estão aparentes ou não são relevantes. Como exemplo mais comum e evidente que possa ser encontrado, é a proximidade de quadros de comandos elétricos, sempre visíveis e aparentes.

Já a inspeção desses afastamentos com relação às instalações do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, pode e deve ser procedida, com mais acerto e cuidado, tendo-se o projeto aprovado como base, uma vez que este mostra todo o traçado dos dois sistemas.

Tipos de emendas

Fica fora do procedimento verificar tipo de emenda utilizado para a instalação da canalização. As orientações que as normas de segurança possam ter a respeito, por mais importantes que possam ser, não podem ser objeto de fiscalização por parte do Corpo de Bombeiros. A não observação das orientações previstas nas normas podem causar problemas de vazamento e ocasionar obstrução ( diminuição ) das dimensões internas da tubulação. O teste de estanqueidade está colocado para ser o teste e a prova de aceitação do sistema no que se refere a presença ou não de vazamentos. Obstruções ( diminuições ) que possam acontecer nas dimensões internas da tubulação, afetam o desempenho do sistema ( gás pode não chegar aos aparelhos mais distantes ), cujo fato se ocorrer, será acusado pelos usuários e a situação, se narrada ao Corpo de Bombeiros, deverá ser remetida deste para a respectiva empresa responsável pela instalação do sistema e ou pelo abastecimento.

Obs: não deverá ser aceito a dobra da canalização para se realizar desvios , sempre deverá ser utilizada conexão(NBR 13932).

7) Abrigo de medidores

Instalação:

Conferir conformidade do local de instalação em relação à situação prevista em projeto;

Destinação:

Conferir a destinação exclusiva do abrigo para a finalidade. O local não pode ser utilizado para nenhuma outra finalidade que não seja as instalações das respectivas peças e componentes. Cabe até indeferir e ou no mínimo recomendar a limpeza do abrigo quando contiver materiais estranhos ( é comum, os moradores, de passagem usarem o abrigo para depositar lixos ocasionais )

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Componentes:

Conferir a instalação dos seguintes componentes do abrigo, segundo detalhe existente sobre o projeto:

- Registro de corte do tipo fecho rápido: Verificar se existe instalado, no abrigo de medidores, um registro de corte para cada unidade residencial com indicação ( inscrição no número do apartamento ) Essa indicação pode estar sobre o próprio registro e ou sobre o medidor de consumo. O que caracteriza um registro de corte como sendo de "fecho rápido" é o movimento da alavanca de fecho que deve completar a operação ( de fechar o fluxo ) com apenas um quarto de volta ( considerar o que seria 1/4 de volta de um círculo completa em torno do próprio eixo da alavanca );

IMPORTANTE: Se a edificação já estiver sendo habitada por ocasião da vistoria de Habite- se, o vistoriador não deve, em hipótese alguma, manobrar os registros de corte a pretexto de testar sua mobilidade. O corte momentâneo do fluxo, pelo "teste intempestivo e inconseqüente", vai extinguir a chama do aparelho que eventualmente estivesse em funcionamento, para em seguida, com o retorno do fluxo, termos um vazamento certo, por que os pontos de consumo que estavam ativos, continuam com seus registros abertos, uma vez que os usuários, podem também eventualmente, não estarem monitorando seus aparelhos por aqueles instantes.

- Válvula de 2º estágio; Verificar se está regulada entre os limites de 0,02 a 0,03 kg/cm2;

Características construtivas

Conferir as caraterísticas construtivas do abrigo:- Portas fechadas porém desobstruídas ( As portas devem ser dotadas de dispositivos que permitam que sejam mantidas fechadas, devendo no entanto permitir que sejam abertas por todos, a qualquer tempo, sem nenhum tipo de dificuldade. Dispositivos que exijam utilização de chaves devem ser vetados, exceto se essas estiverem disponíveis no "sistema de quebra vidro" junto à cada abrigo) - Sinalização indicando ser, o abrigo, parte das instalações de gás ( é suficiente haver apenas uma inscrição do tipo "Gás" );- Dimensões segundo previsão em projeto;- Tampas ventiladas na parte inferior ( mínimo de 1/10 da área total da tampa );- Conferir que a entrada da canalização nos abrigos, seja feita pela parte superior e a saída para as ecomomias ( unidades residenciais ) pela parte inferior do abrigo;

Iluminação artificial do abrigo

Sistemas de iluminação artificial em abrigo de medidores somente deverão ser aceitos em vistorias, se vierem acompanhadas de declaração formal do fabricante ( admite-se catálogo que permita identificação do tipo de instalações ) e ou responsável técnico pela instalação de que tais instalações são a prova de explosão;

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8) Pontos de consumo

Mangueiras:

As mangueiras destinadas à ligação de aparelhos técnicos de queima ( fogões, aquecedores etc. ) poderão ser inspecionadas por amostragem nas unidades onde estiverem instaladas, segundo as orientações previstas no Procedimento Operacional Padrão nº 04/CAT/CCB. As alterações detectadas, com relação a esse aspecto, até podem ser constadas do relatório de vistoria, mas não devem ser, em última análise, motivo de indeferimento, quando, se na fase final do processo, vierem a ser as última pendências. Nessa condição ( última pendência ), como se trata de situação já orientada e que diz respeito muito mais ao próprio morador ( por que está em área privativa ) do que à própria construtora ( que não têm poder de intervir dentro da unidade residencial depois de ocupada ), não deve ser motivo que impeça a expedição do Atestado de Habite-se.

Terminais

Verificar se os terminais das canalizações ( final de rede ) onde serão conectados os aparelhos, estão projetados, no mínimo 5,0 cm acima do piso terminado e a 3,0 cm para fora das paredes ou forros terminados.

Registro de corte " Fecho rápido "

Verificar se existe instalado um registro de corte. O que caracteriza um registro de corte como sendo de "fecho rápido" é o movimento da alavanca de fecho que deve completar a operação ( de fechar o fluxo ) com apenas um quarto de volta ( considerar o que seria 1/4 de volta de um círculo completa em torno do próprio eixo da alavanca ); 9) Adequação de ambientes

Verificar a existência de áreas úteis de ventilação permanente, conforme previsão em projeto. Estando as referidas áreas protegidas por venezianas medir espaços entre as placas, não podendo ser inferior a 8 mm;

Medir as dimensões dos ambientes que tiverem aquecedores d´água instalados em seus interiores, para determinar o volume de ar necessário ( calcular cubagem do ambiente pelas mesmas orientações da cubagem da RTI do SHP )

Verificar a execução e instalação das chaminés conforme detalhes previstos em projeto, observando-se:

Ponto de locação; Terminais acima das cumieiras ( em telhados inclinados ) ou a 0,25 m em

telhado plano ( havendo obstruções, como por exemplo para-peitos, 0,25 m acima dessas);

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Chaminé secundária com trecho vertical mínimo de 0,60 m, medidos a partir da saída do defletor.(esta distancia deve ser medida logo acima da chama piloto até onde começa o trecho horizontal );

Diâmetro da chaminé secundária igual ou superior ao diâmetro da tubulação da saída dos gases da combustão do equipamento;

10) Teste de Estanqueidade Solicitar apresentação de Laudo do Teste de Estanqüeidade ( ver modelo em anexo A- POR DESENVOLVER), a ser fornecido pela Empresa/Profissional responsável pela instalação ( ver prescrições do POP nº 20 ).

SAÍDAS DE EMERGÊNCIAS

ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS1)Quantidade e tipo de escada2)Largura3)Degraus4)Patamares5)Piso 6)Corrimãos7)Guarda corpo8)Iluminação natural9)Caminhamento10)Continuidade da preservação escada11)Dutos de ventilação12)Dutos de entrada de ar13)Antecâmara 14)Sinalização de pavimento15)Portas resistentes ao fogo16)Paredes resistentes ao fogo17)Corredores18)Elevadores de segurança19)Passadiços20)Local para resgate aéreo21)Dispositivo de ancoragem de cabos

COMO INSPECIONAR CADA ITEM

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1) Quantidade e tipo de escada

Verificar a quantidade e tipo de escadas executadas, tendo-se por base a situação prevista em projeto. O tipo de escada se define pelas características arquitetônicas, que serão conferidas na sequência dos itens ( dutos, antecâmaras, paredes e portas )

2) Largura

Medir a largura de toda a rota de fuga, que compreende: corredores, antecâmaras, escadas e descargas, verificando conformidade com as respectivas situações ( larguras ) previstas em projeto. Essa verificação se faz por amostragem de trechos em trechos, por que possíveis alterações significativas, no padrão da largura, haverão de ser perceptíveis ao vistoriador. Lembrar que a medida deve ser tomada, sempre, de parede a parede.

3) Degraus

Conferir as dimensões dos degraus medindo-se os respectivos espelhos ( parte vertical ) e as respectivas bases ( parte horizontal ). A soma da medida da base com a medida do espelho multiplicada por 2, deve resultar num valor igual ou maior que 63 e igual ou menor que 64. A tomada dessas medidas pode ser por amostragem, entre um patamar e outro. A conferência geral pode ser visual, de tal sorte que irregularidade que haver, deva ser significativa, para chamar atenção. Na verdade, mais que a capacidade visual de perceber diferenças, será o próprio caminhar pela escada que vai permitir identificar, mudança dessas dimensões, cabendo então tomar as medidas nesses pontos.

Verificar ainda regularidade (número e disposição prevista no projeto ) dos mesmos em toda a extensão da escada. Cada lance deve ter o mesmo número de degraus. Patamares e corredores não são locais para interposição de degraus. Podem ocorrer interposição de degraus em patamares e corredores para corrigir erros de execução da obra. Devem ser objeto de indeferimento, cabendo inicialmente que se estude as possibilidades arquitetônicas de sua eliminação. Na impossibilidade, quando dentro das escadas, os mesmos deverão ser sinalizados, com inscrições de advertência informando sobre existência de degrau irregular intermediário.

Verificar se os degraus foram todos construídos de forma perpendicular ( formando ângulo de 45º graus ) em relação às paredes laterais. Dito de outra forma, a medida da base ( parte horizontal ) do degrau deve ser a mesma em toda a sua extensão. Havendo diminuição da base junto à bomba ( parte interna ) da escada, passamos a ter degraus balanceados.

Em se constatando existência de degraus balanceados, ainda que não previstos em projeto, são passíveis de aceitação ( aprovação ), desde que, estejam no padrão previsto nas NSCI e aprovados em projeto.

4) Patamares

Medir largura e comprimento verificando conformidade com as medidas previstas em projeto. Deve manter em toda a sua extensão a mesma largura da escada, ou seja, não pode haver estreitamento. A medida deve ser sempre tomada perpendicularmente em relação às paredes laterais. Os casos mais comuns de estreitamento são decorrentes de erro de

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execução na construção de colunas, vigas e/ou paredes. Outra irregularidade que pode ocorrer é a interposição de degraus para correção de desníveis (ver comentário sobre esse aspecto no item degraus, acima )

5) Piso

Piso incombustível e antiderrapante: Verificar a instalação de piso anti-derrapante e incombustível, dentro das rotas de fuga, conforme previsão em projeto, solicitando a apresentação de Laudo que ateste o valor mínimo do coeficiente de atrito de 0,4 tanto a seco como molhado, a ser fornecido por laboratório de conceituado Instituto ou Órgão de renome nacional. Este Laudo pode ser substituído por Nota Fiscal de compra desde que nesta conste a identificação da obra a que se destina, assim como a especificação do piso ( marca comercial ) desde que já exista em arquivo na Seção de Atividades Técnicas da OBM, cópia de Laudo da referida marca comercial. Fica fora do procedimento identificar se o piso instalado, é o mesmo a que se refere o Laudo e ou a Nota Fiscal. Esta verificação só seria possível de ser feito por comparação, sendo que para tal seria necessário haver amostras dos referidos pisos no próprio quartel. Havendo fundamentada suspeita de que o piso instalado possa não corresponder a marca comercial a que se refere o Laudo e ou a Nota Fiscal, poder-se-á, excepcionalmente, proceder-se a tal comparação desde que se obtenha uma amostra original de fábrica. Ficando tal suspeita comprovada, cabe indeferimento da situação. Convém lembrar que, escadas sem qualquer revestimento cerâmico, com piso em cimento não alisado, também atende as características de incombustibilidade e aderência, ainda que em projeto tenha sido previsto colocação de piso cerâmico.

6) Corrimãos

Instalação

Verificar se encontram-se instalados em ambos os lados da escada.OBSERVAÇÃO: Como exceção, para edificações consideradas antigas e que tenham passado por um processo de readequação, admite-se que seja instalado em apenas um dos lados, quando a largura da escada estiver aquém das medidas mínimas. Esta exceção, no entanto, deverá ter sido prevista em projeto.

Verificar se os corrimãos não apresentam "efeito gancho". O efeito gancho a que se refere, são quaisquer pontas que possam existir no corrimão, que represente possibilidade de atuar como gancho, prendendo peças de roupas e ou de equipamentos das pessoas que transitarem pela escada. Como regra geral, as pontas finais dos corrimãos devem terminar embutidas nas paredes. A colocação de balaustres ( colunas de madeira , pedra ou metal no término ou início do corrimão ), não é uma situação ideal, para escadas internas, mas pode ser adotado como medida paliativa. Já para corrimãos intermediários ( em escadas com mais de 2,20m de largura ) a colocação de balaustres é a situação ideal para se corrigir o efeito gancho.

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Fica fora de procedimento medir a resistência da instalação. A verificação da resistência, fica limitada à observação visual e à experimentação empírica, utilizando o corrimão como usuário comum, procurando sentir a firmeza de sua fixação. Indeferir somente em caso de haver evidências e ou claros indícios de que a fixação não está suficientemente firme. Cotas de instalação

Altura: De 0,80m a 0,92m a partir do piso ( sendo degrau o ponto de medida é sua borda ), por ser a altura mediana ideal para assegurar um bom ponto de apoio;OBSERVAÇÃO: Não há cotas de instalação pré determinadas para escolas, creches e jardins de infância. Prevalecem as que tenham sido previstas em projeto.Afastamento da parede: 0,04m .

Dimensões

Largura: mínima de 0,038m e máxima de 0,065. Essas dimensões limites estabelecem a largura mediana para uma empunhadura ( envolvimento do corrimão pela mão ) ideal, adequadamente segura e confortável.

Material Não há restrição quanto ao tipo de material empregado na fabricação do corrimão. A única restrição que existe é que, sendo metálico, deverá ser dotado de dispositivo ( conexões de material não condutor de eletricidade ) que interrompa, a cada pavimento, a sua continuidade elétrica. O material deve permitir um escorregamento fácil e confortável das mãos, não devendo apresentar arestas vivas ou farpas. 7) Guarda corpo

Verificar se possuem altura mínima de 1,10 m e se o elemento constitutivo do guarda corpo apresenta vão com dimensões que permita a passagem de uma esfera de 15 cm de diâmetro, condição que deve ser indeferida.

OBSERVAÇÕES:

Como exigência do Corpo de Bombeiros, essas medidas ( altura e vão ) vale apenas para áreas de circulação comum. Para situações como as de sacadas de apartamentos, coberturas particulares, não se aplica a medida como exigência, cabendo fazê-lo, no máximo como orientação. Para situações que envolvam mezaninos de ambientes comerciais ( lojas e restaurantes ) também vale a orientação anterior. Em se tratando de mezanino de ambientes caracterizados como de "concentração de público", tais como cinemas, ginásio de esportes, teatros, boates, clubes e similares, a medida deve ser colocada como exigência.

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Convém lembrar que em escadas, onde a bomba ( parte interna da escada), não apresentar vão com dimensões que permita a passagem de uma esfera de 15 cm de diâmetro, o guarda corpo que possa existir, deixa de ter essa função, para ser apenas ponto de apoio do corrimão, podendo passar a ter a altura determinada para aquele dispositivo.

8) Iluminação natural

OBSERVAÇÃO: Iluminação natural nas caixas das escadas pode ser constituída por janelas convencionais (I???) e ou por qualquer outro tipo de abertura:

Havendo previsão em projeto, medir respectivas dimensões, checar cotas e local de instalação, verificando se o vidro instalado é aramado, o que pode ser constatado visualmente, observando-se a presença de malhas de arame dentro do vidro ( está fora do procedimento verificar espessura e distância de malha )

9) Caminhamento

Medir o caminhamento, distância entre o ponto mais distante do pavimento incluindo o interior dos ambientes, salas e quartos, até o acesso ao corpo da escada ( ou acesso às antecâmaras, naquelas que as possuirem ), verificando conformidade com as distâncias estabelecidas no projeto ( medir pela escala do projeto, quando a distância não estiver cotada ).

10) Continuidade de preservação da escada Observar, em relação aos níveis inferiores ao pavimento de descarga e em relação à

casa de máquinas ( e outros ambientes semelhantes que possam existir ), se os citados acessos foram executados em conformidade com o projeto. Constatando-se situação diversa da prevista em projeto e indeferir.

11) Duto de ventilação

Medir dimensões da abertura do duto ( altura e largura de no mínimo 1,20 por 0,70m ) e do duto propriamente dito (largura e profundidade de no mínimo 1,20 por 0,70m ), registrando-se, se houverem, pontos de estrangulamento, desvios e ou passagens de vigas no seu interior.

Verificar cota de instalação das aberturas dos dutos ( para os vestíbulos ou para as antecâmaras ) em relação ao piso acabado, devendo estarem localizados junto ao teto.

Constatar que o duto seja fechado em sua parte inferior ( não possuir outra abertura que não sejam as próprias previstas para as antecâmaras e ou vestíbulos );

Verificar a parte superior do duto, observando:

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- Dimensões das aberturas existentes ( em pelo menos duas faces do duto ) com área mínima de 1m2 cada;

- Aberturas protegidas lateralmente por telas metálicas que assegure a passagem livre e direta das correntes de ar ( venezianas não são recomendáveis); - Topo ( terminal ) protegido horizontalmente por "tampão" com projeção em beiral

(sobre as aberturas ) de no mínimo 0,50m; - Altura livre de no mínimo 1,0m, em relação aos demais elementos existentes na

cobertura do prédio,

12) Dutos de entrada de ar

Examinar as dimensões de forma análoga as orientações estabelecidas para os dutos de ventilação, exceto com relação a: - A parte superior do duto deve ser totalmente fechada ( a última abertura será a que dê

para a última antecâmara ou vestíbulo ) - A parte inferior do duto deverá ser provida de abertura ( com seção igual a do mesmo

duto ), protegida por portinholas em tela;

13) Antecâmara

Medir comprimento entre os pontos centrais da linha média dos batentes das respectivas portas, confrontando com a situação prevista em projeto, não devendo ser inferior a 1,80 m de comprimento.

14) Sinalização de pavimento

Constatar a existência, dentro do corpo da escada ( não nas antecâmaras ), em cada pavimento, de placas de identificação dos respectivos pavimentos, sendo que no pavimento de descarga (pavimento cuja saída dê diretamente para exterior da edificação ) deve existir placa com indicação "saída".

15) Portas resistentes ao fogo

Sentido de abertura das portas

Independente de serem resistentes ao fogo ou não, deve-se verificar se o sentido de abertura das portas ( sentido do fluxo para abandono ) confere com as previsões feitas em projeto;

Resistência Verificar se as porta instaladas correspondem à previsão feita em projeto, com relação as respectivas resistências, constatando-se os fatos através dos seguintes procedimentos: Portas P-30: - Constatar visualmente se a porta é constituída de madeira maciça ( Portas declaradas de madeira maciça com revestimentos externos diversos, não serão aceitas, como P-30 pela

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fragilidade do material utilizado no revestimento e pela alta combustibilidade da cola utilizada na confecção da mesma); - Medir espessura mínima de 2,5 cm ?.

Portas P-60: Confira essa característica através da plaqueta de identificação da porta.

Portas P-90: Confira essa característica através da plaqueta de identificação da porta.

Portas P-120: Confira essa característica através da plaqueta de identificação da porta.

Condição de vedação

Verificar se todas as portas instaladas ,que tenham função de corta fogo,dentro da rota de fuga, estejam instaladas de tal modo que o seu fechamento seja mecânico ( independente de ação humana ), permanecendo sempre em condições de serem abertas, ao menor gesto intencional nesse sentido. Dito em outras palavras as portas deverão permanecer sempre fechadas, porém destrancadas. Assim colocado, por exemplo portas que sejam instaladas com caimento natural, para impulsionar seu fechamento, que por ocasião das vistorias não apresentar tal desempenho a contento ( completar por si o movimento de completo fechamento ) deverão ser objeto de indeferimento. A solução neste casos, tem sido a instalação de molas ( braços mecânicos ) que tem por finalidade assegurar esse movimento mecânica de fechamento. OBSERVAÇÃO: Destaca-se a necessidade, pouco usual de se observar essa exigência de fechamento mecânica para as portas P-30, já que para essa a instalação com caimento, por causa do pouco peso não é eficaz. No caso das portas P-30, é necessário portanto que se exija, desde que previsto em projeto, a instalação dos tais braços mecânicos

Barra antipânico Nas situações em que houver sido prevista em projeto a instalações de barras anti pânico, as mesmas deverão ser inspecionadas verificando-se : POR DESENVOLVER OBS: O dispositivo “barra antipânico” ainda não faz parte do nosso rol de exigências. Na medida em que for introduzido, passará a ser orientado o procedimento a adotar.

16) Paredes resistentes ao fogo

Paredes resistentes ao fogo: A constituição ( espessura e tipo de material ) das paredes resistentes ao fogo instaladas no sistema de Saída de Emergência ( paredes que envolvem a caixa da escada), depois de concluídas e acabadas, não serão objeto de vistoria por parte do Corpo de Bombeiros, ou seja, não será regra geral, perfurar, depois de pronta, qualquer parte das paredes para inspecionar tal item. Não obstante, se por qualquer hipótese, caso venha a se constatar, a qualquer tempo, durante o processo de vistoria, ou até mesmo antes desse, de que a constituição das paredes não confere com as prescrições normativas, tal fato deverá ser objeto de indeferimento;

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17) Corredores

Medir larguras dos corredores existentes dentro da rota de fuga e também aqueles que conduzem às escadas, a partir das saídas dos ambientes, verificando conformidade com as larguras previstas em projeto. Essa medida poderá ser feita por amostragem, em alguns pontos aleatórios da edificação, até por que a simples passagem do vistoriador pela edificação, deverá permitir identificar pontos de estreitamentos, que se não perceptíveis de relance, certamente serão tão insignificantes que nem merecem registro, quanto mais indeferimento.

18) Elevador de emergência

Será vistoriado em conjunto com responsável técnico pela empresa que instalou o elevador, devendo as exigências de operação previstas nos incisos II, III,, VII e VIII do artigo 272 e II, III, IV e V do artigo 273, serem demonstradas pelo referido responsável técnico, cabendo indeferimento, caso não fique comprovado o desempenho esperado;

Verificar identificação da capacidade de carga, informação que deverá estar afixada dentro da cabine do elevador;

Verificar, dentro da cabine e nas portas de acesso em cada pavimento, a existência de dispositivo luminoso que indique a posição ( pavimento ) em que se encontra o elevador;

Conferir em cada pavimento se o patamar de acesso ao elevador possui desnível de no mínimo 0,03 m, com caimento no sentido elevador escada. Tal conferência pode ser feita utilizando-se um utilizando-se um aparelho medidor de nível ( utilizado por pedreiros ) e ou dispositivo de rolagem ( esferas, rodas, ou mesmo água, que possam ser movimentados com o caimento ) . OBS: a finalidade do caimento é preservar o poço de elevador de possíveis infiltrações de água decorrente de um combate a incêndio.

A exigência de possuir caixa envolvida por paredes resistentes ao fogo deve ser vistoriada pelas orientações já estabelecidas no item nº 16 Paredes resistentes ao fogo.

19) Passadiços

Medir largura, verificando conformidade com a situação prevista em projeto.

Verificar dispor de guarda corpos com altura mínima de 1,90 m ( observar constituição do guarda corpo com relação a presença de elementos vazados, cujas aberturas, se houverem, não podem possuir dimensões superiores a esfera com raio de 15 cm;

Verificar dispor de cobertura (Fica fora do procedimento verificar se a mesma é constituída de material antitérmico, até que o Centro de Atividades Técnicas baixe orientações específicas sobre quais seriam esses materiais e como identificá-los );

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Fica fora do procedimento verificar se encontra-se revestida com material isolante térmico adequado para o calor ( até que o Centro de Atividades Técnicas baixe orientações específicas sobre quais seriam esses materiais e como identificá-los );

Verificar possuir acessos ligados ao sistema de alarme.

Demais dispositivos de segurança previstos ( piso antiderrapante, iluminação de emergência, corrimãos, aberturas para ventilação permanente ), deverão ser vistoriados pelos padrões já estabelecidos nos itens específicos )

20) Local para resgate aéreo

Na área de concentração

Conferir área quadrada prevista: Esta área deverá estar perfeitamente delimitada e identificada no projeto. Não estando, adotar como parâmetro básico que seja igual ou superior à metade da área total do último pavimento tipo, cabendo fazer a comparação por avaliação genérica e aproximada ou, em última hipótese, em caso de dúvida, por medidas a serem tomadas na própria edificação.

Conferir instalação de porta corta fogo no acesso, observando-se as orientações já estabelecidas para vistorias em portas corta fogo; Conferir característica de incombustibilidade do piso, através de uma inspeção visual, buscando identificar, empíricamente, materiais sabiamente conhecidos como combustíveis (aqueles a base de madeira e emborrachados ). Perceba-se que a exigência é que seja incombustível, não sendo portanto, possíveis características retardantes e ou não propopagantes que os habilita a tal. Fica fora do procedimento examinar a questão das características de isolamento térmico, até que o Centro de Atividades Técnicas, baixe orientações sobre como identificar tais características ). Conferir projeção de 0,4 m ( para fora do alinhamento vertical do piso ) na laje do piso da área de concentração, nas faces em que houver, aberturas ( janelas ) nos pavimentos inferiores. Medir altura do guarda corpo ( 1,10m).

Na área de pouso

Medir as dimensões da área de pouso e decolagem ( mínimo de 8 m de diâmetro ou de lado ), e dentro dessas medir também as dimensões da área de toque ( mínimo de 4 m de diâmetro ou de lado ) , verificando conformidade com a situação prevista em projeto.

Medir altura da área de pouso em relação ao piso da área de concentração ( no mínimo 1,80m );

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Verificar a existência de piso contínuo, não pode haver diferença de tipo ( de piso ) e nem de instalação (assentamento );

Constatar existência de sinalização luminosa ligada ao sistema de iluminação de emergência. A constatação pode e deve ser feita durante as inspeções e teste do sistema de iluminação de emergência como um todo.

Conferir sinalização de piso, conforme previsão em projeto;

Conferir indicação ( registro no piso ) da capacidade de carga da área de pouso;

Conferir a existência e dimensões ( inclinação e projeção ) de elemento construtivo de proteção da área de pouso. Esse elemento construtivo constitui-se de uma espécie de bacia de contenção, que circunda a um nível mais baixo, toda a extenção da área de pouso, com a finalidade de que havendo quedas de pessoas daquele nível ( área de pouso ) sejam contidas neste plano inferior;

Conferir instalação de porta observando-se que a chave esteja disponível em caixa lacrada do tipo "quebra vidro", devendo a abertura da porta acionar o sistema de alarme da edificação.

21) Dispositivo de ancoragem de cabos

Verificar local e cotas de instalação ( projeção da alça, altura em relação ao piso e distância da projeção vertical do prédio ); Verificar sinalização do dispositivo, conferindo cores e dimensões; Solicitar Laudo do Teste de Tracionamento, assinado por responsável técnico ( engenheiro / arquiteto )

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS

1)Altura das hastes e captores2)Cabos: Disposição, quantidade, material, espessura, fixação, conexões3)Aterramento4)Laudo de resistência ôhmica5)Fora de Procedimento

COMO INSPECIONAR CADA ITEM

1) Altura das hastes e captores

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Conferir quantidade e medir alturas das hastes e demais terminais aéreos, que existam instalados na posição vertical, verificando conformidade com a situação prevista em projeto.

Verificar se outras massas metálicas instaladas na cobertura do prédio, previstas ou não em projeto, encontram-se interligadas com o sistema de proteção contra descargas. Por massas metálicas devem ser entendidas qualquer estrutura metálica que possa haver na cobertura, tais como: antenas de televisão, rádio, telecomunicações, guarda corpo, etc.

Verificar se existe instalada, na cobertura da edificação, alguma estrutura ( metálica ou não ) em posição superior à haste principal do sistema de proteção.

2) Cabos

Quantidade e disposição

Conferir quantidade ( número ) e disposição dos cabos instalados medindo espaçamento existente entre eles. Esta conferência incluiu todos os cabos previstos em projeto, tanto aqueles instalados verticalmente quanto horizontalmente. Alterações que possam existir com relação a posição de cabos horizontais, devem ser anotadas, por que esses cabos, podem eventualmente, estarem cumprindo, não apenas função de conduzir a descarga ( função de escoamento ) mas também a de compor elemento indispensável para fechamento do campo de proteção. O espaçamento entre os cabos, instalados na vertical ( cabos de descida e/ou escoamento), devem ser medidos acompanhando a linha do perímetro do prédio, podendo ser feita tanto na cobertura quanto no pavimento térreo, conferindo-se com o espaçamento previsto em projeto. O espaçamento dos cabos instalados na horizontal, via de regra na cobertura das edificações, será conferido com as medidas sendo tomadas perpendicularmente de um cabo para outro, regra também válida para o(s) cabo(s) do(s) anel(is) intermediário(s) instalados no corpo da edficação. Sendo um único anel intermediário, o parâmetro para medida será o anel de cobertura e ou o anel de terra, ou na ausência destes o próprio pavimento térreo e a cobertura da edificação. Essas medidas verticalizadas, podem ter como referência, para fins de facilitar o processo de medição, a altura do pé direito de cada pavimento.

Conferir proximidade dos cabos instalados nas laterais do prédio ( tanto horizontal quanto verticalmente ) com relação à sua proximidade em relação às aberturas ( janelas ) da edificação, devendo estarem instalados a uma distância mínima de 50cm( conforme ítem 5.1.2.3.3 da NBR 5419). Estando a uma distância inferior, deve ser recomendada a sua interligação ao sistema.

Material e espessura

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Os cabos serão de alumínio ou de cobre, devendo a identificação ser visual por parte do vistoriador. Havendo dúvidas com relação ao tipo de material, cabe solicitar esclarecimentos aos reponsáveis. A espessura será medida tomando-se por referência a seção do cabo. A seção de cabo é a medida tomada, num corte perpendicular feito sobre ele, entre um ponto a outro diametralmente oposto. Dica: Tome a medida em uma das pontas do cabo. Fixação e conexões

Verificar se os cabos estão bem distendidos ( esticados ) e bem fixados ao prédio. Essa inspeção é visual, não havendo critério objetivo para determinar o que possa ser considerado bem distendido e bem fixado. Um bom parâmetro seria considerar o trecho da instalação que apresente o cabo em posição mais reta, como modelo de comparação para os demais trechos, identificando-se, a partir daí, trechos em que eventualmente, a fixação poderia ser melhorada. È comum numa mesma instalação se encontrar essas variações.

Se o sistema de fixação adotar suporte com afastadores ( cabo passa afastado do prédio ) observar:

Se a distância máxima entre afastadores é de no máximo 2 m; Se o suporte do afastador é do mesmo material do cabo de escoamento,

identificando visualmente se ambos são de cobre ou de alumínio ( havendo dúvidas cabe solicitar esclarecimentos aos responsáveis ).

Se o sistema de fixação adotar o método de fixar os cabos diretamente sobre a superfície, cabe inspecionar visualmente a adequada condição dessa fixação, procurando identificar pontos em que possam não estar devidamente fixada.

Aterramento

Conferir instalação de tubo de proteção a nível de solo observando-se que o material do tubo não seja condutor de eletricidade;

Conferir a quantidade e disposição das caixas de inspeção, observando-se:.............

Conferir a quantidade e disposição das hastes de aterramento que o número de caixas de inspeção permitir observando-se:

Verificar, no que for visualmente possível, eventuais proximidades de componentes deste sistema de proteção, em relação à componente da Central de Gás

Laudo de resistência ôhmica

Solicitar a apresentação de um Laudo de resistência ôhmica, assinado por responsável técnico.

Fora de procedimento

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Fica fora do procedimento, até que o Centro de Atividades Técnicas estabeleça orientação sobre como fazê-lo, verificar:

- Inspecionar o sistema de escoamento quando utilizadas descidas naturais ( estrutura da edificação ), cuja indicação deve haver em projeto;

- Verificar conexões e intersecções verificando tipo de solda ? exotérmica ?

- Verificar compatibilidade dos materiais empregados na fixação do cabo ?

- Verificar quantidade de fios que compõem um cabo.

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS

Conjunto de blocos autônomosSistema Centralizado de AcumuladoresGrupo Moto GeradorCondições de operação;Nível de iluminamento;Fora de procedimento.

COMO INSPECIONAR CADA ITEM

1) Conjunto de blocos autônomos

Verificar se os locais ( pontos ) de instalação, correspondem à situação prevista em projeto;

Verificar se cota ( altura ) de instalação não estejam superiores ás aberturas existentes no ambiente onde estão instalados. A sua instalação deve ser sempre em altura inferior a das aberturas ( janelas ) que existirem. Do ponto de vista do funcionamento dos blocos não há restrições com relação a uma altura mínima, uma vez que a principal necessidade de iluminamento é justamente o piso da rota de fuga. No entanto é sabido que blocos e ou luminárias instaladas ao nível de alcance dos transeuntes, estão muito sujeitas a depredações, portanto podemos afirmar que a altura ideal de instalação é o nível inferior das aberturas que possam existir no ambiente. Não havendo aberturas, a altura ideal, seria aquela que mantivesse o bloco e ou a luminária fora de alcance do toque direto de transeuntes.

2) Sistema Centralizado de Acumuladores

Conferir quantidade de unidades de acumuladores ( baterias ) instalados, verificando conformidade com situação prevista em projeto e se estão locadas no local previsto;

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Conferir se o local previsto para instalação é isolado por paredes em relação aos demais ambientes e se possui ventilação, no mínimo por venezianas na porta de acesso ao local do abrigo.

3)Grupo Moto gerador

Verificar condições de ventilação do local de instalação ( observar durante o teste de operação do sistema). A exaustão dos gases emanados deve ser eficiente o suficiente para permitir a permanência de pessoas no local; Verificar a capacidade do tanque de armazenamento de combustível para operação do sistema, verificando conformidade com quantidade prevista e ou declara em projeto ou em planilha de cálculo. Essa quantidade está diretamente relacionada à autonomia do sistema ( ver item autonomia nas Condições de operação a seguir )

4) Condições de operação:

De Conjuntos de Blocos Autônomos:

Verificar condições de operação através dos seguintes procedimentos: As condições de operação do sistema devem ser testadas em horários em que já

não haja luz natural dentro da edificação; A população do prédio, que estiver presente durante o horário de realização dos

testes ( de operação, de autonomia e de nível de iluminamento ) deve ser previamente comunicada, sendo responsabilidade do síndico providenciar tais comunicações;

O responsável pela edificação deverá desligar a energia convencional do prédio; O sistema de iluminação de emergência deverá entrar automaticamente em

funcionamento no momento em que a energia convencional do prédio for desligada

- Autonomia do sistema: Monitoramento do sistema durante a execução do teste de funcionamento ( acima descrito ) durante uma (01) hora, período durante o qual cada bloco deve manter a sua capacidade iluminamento ( ver item Nível de iluminamento a seguir ) sem apresentar variações para menos.

Sistema Centralizado de Acumuladores ( baterias):

Verificar condições de operação através dos seguintes procedimentos: As condições de operação do sistema devem ser testadas em horários em que já

não haja luz natural dentro da edificação; A população do prédio, que estiver presente durante o horário de realização dos

testes ( de operação, de autonomia e de nível de iluminamento ) deve ser previamente comunicada, sendo responsabilidade do síndico providenciar tais comunicações;

O responsável pela edificação deverá desligar a energia convencional do prédio;

Page 32: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

O sistema de iluminação de emergência deverá entrar automaticamente em funcionamento no momento em que a energia convencional do prédio for desligada

- Autonomia do sistema: Monitoramento do sistema durante a execução do teste de funcionamento ( acima descrito ) durante uma (01) hora, período durante o qual cada luminária deve manter a sua capacidade iluminamento ( ver item Nível de iluminamento a seguir ) sem apresentar variações para menos.

Grupo Moto Gerador:

As condições de operação deverão serão inspecionadas pelo Corpo de Bombeiros, através de uma demonstração prática, a ser realizada pelo responsável técnico pela instalação e ou operação do equipamento, em horários em que já não haja luz natural dentro da edificação; Autonomia do sistema: verificar através da relação capacidade reservatório de combustível x consumo do grupo moto gerador, dados que devem constar do projeto preventivo.

Nível de iluminamento

Medir o nível de iluminamento, durante a verificação das condições de operação ( ver item acima ) do sistema, observando-se os seguintes procedimentos:

Realizar em horário em que não haja entrada de luz natural; Medir a nível do piso, nos pontos intermediários (imaginários) localizados entre

duas luminárias; Nas escadas, a medida deve ser tomada nos degraus;

Observações: As OBM que não dispuserem de equipamento para medição do nível de

iluminamento, deverão solicitar Laudo atestando nível de iluminação assinado pelo responsável técnico pela instalação do sistema.

Não havendo na cidade sede da OBM, profissional e ou empresa que dispunha desse equipamento, a avaliação do nível de iluminamento, será subjetiva, devendo ser feita de modo empírico, examinando-se a condição de visualização da rota de fuga, a um nível considerado suficiente para um abandono seguro da edificação.

Fora de Procedimento

Está fora de procedimento verificar a constituição da parede resistente ao fogo do compartimento onde estiver instalada a Central de acumuladores ( baterias ). Ver orientações sobre o assunto no item paredes corta fogo no Sistema de Saída de Emergências );

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SISTEMA DE ALARME

ROTEIRO DE ITENS A SEREM VERIFICADOS

Quadro geral de supervisão e alarme ( central)Acionadores manuaisDetectores automáticosIndicadores sonoros e visuaisCondições de operaçãoNível de sonoridadeLaudo

COMO VERIFICAR CADA ITEM

1) Quadro geral de supervisão e alarme ( central)

Conferir local de instalação verificando conformidade com previsão em projeto, observando que seja de fácil visualização e de maior vigilância possível, sendo representado, na grande maioria das vezes, pelo hall de circulação do pavimento térreo, junto ao acesso das escadas e dos elevadores. 2) Acionadores Manuais

Conferir número de unidades instaladas e respectivos locais, verificando conformidade com a situação prevista no projeto. A verificação do pontos onde foram instalados ( se correspondem com a situação prevista em projeto), é importante por que, indiretamente também se está verificando o caminhamento máximo que pode existir para o usuário alcançar um deles ( que é de no máximo 30 metros).

Conferir cota ( altura ) de instalação devendo ser entre 1,20 a 1,50 m do piso acabado.

Conferir sistema de acondicionamento dos acionadores, conforme modelo previsto em projeto ( Tipo " quebra vidro" com inscrições orientando sobre a sua utilização ).

3) Detectores automáticos

Conferir número de unidade instaladas por ambiente, verificando conformidade com previsão em projeto;

Conferir locais ( posição ) de instalação, verificando conformidade com previsão em projeto;

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4)Indicadores Sonoros e Visuais:

Conferir número e tipo de unidades instaladas, verificando conformidade com previsão em projeto;

Conferir locais ( posição ) de instalação, verificando conformidade com previsão em projeto;

5)Condições de operação:

As condições de operação serão verificadas pelo Corpo de Bombeiros, em demonstração prática de funcionamento do sistema, sob responsabilidade da empresa responsável pela instalação do mesmo, devendo serem demonstrados e observados os seguintes aspectos:

No quadro geral de supervisão ( central ) deve existir de dispositivo que indique em qual pavimento ou setor alarme foi acionado.

A central deve existir dispositivo que permita a anulação dos sinais ( desligamento ).

A Central deve estar dotada de temporizador para acionamento do alarme geral ( retardo entre 3 a cinco minutos.

Na central deverá haver sinalização visual ( por luzes ) e acústica ( por som ), de que o sistema foi acionado.

.................................................. ................................................. .................................................

Nível de sonoridade

As medições dos níveis de sonoridade serão realizadas observando-se os seguintes procedimentos:

O som do alarme deve ser distintos de outros que possam existir na edificação; Os testes do nível de sonoridade, devem registrar uma sonoridade mínima de 90

dB e máxima de 115 dB, com frequência de 400 a 500 Hertz ( tolerância de 10% )

A medida máxima devem ser tomada junto do indicador sonoro ( estando o vistoriador de pé ) e a medida mínima junto ao ponto mais distante da área ou do pavimento que aquele indicador atender.

A não obtenção da medida mínima dentro dos ambientes, determina, a princípio a necessidade de se interpor mais indicadores sonoros, ainda que dentro desses ambientes.

As OBM que não dispuserem de equipamento para realizarem o teste, deverão solicitar Laudo do Teste de Sonoridade, assinado pelo responsável técnico pela empresa que instalou o sistema

SINALIZAÇÃO PARA ABANDONO DE LOCAL

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1) Conferir pontos de instalação das sinalizações, verificando conformidade com a previsão em projeto.

2) Conferir tipo, dimensões e cores das sinalizações instaladas verificando conformidade com a previsão em projeto.Obs: Pode ser aceito luminária indicando saída na cor branca com letras verdes ou vermelhas, e fundo verde ou vermelho com letras brancas.(NBR 10898). Pode ser utilizado símbolo padrão para sinalização de saída conforme NBR 13437.

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

1) Conferir o número ( quantidade ) e disposição ( ponto de instalação ) dos bicos (chuveiros), verificando conformidade com a situação prevista em projeto;

2) Conferir instalação de registro de manutenção ( sinalizado e em local de fácil acesso) em cada ramal, verificando conformidade com a situação prevista em projeto;

3) Conferir instalação de dispositivo de drenagem da canalização, verificando conformidade com a situação prevista em projeto;

4) Verificar o ponto de locação e medidas do hidrante de recalque, conectar mangueira para conferir condição de conexão, visando detectar possíveis defeitos de engate;

5) Assistir a teste de ensaio a ser realizado pela Empresa Instaladora, onde deverá ser demonstrado e observado:

Funcionamento do sistema, através do acionamento de, pelo menos um bico. Interligação com o sistema de alarme.

6) Solicitar cópia de Relatório de Ensaio de Aceitação, emitido e assinado pela Empresa Instaladora e também assinado pelo proprietário/ responsável pela edificação.7) O Relatório de Ensaio e Aceitação do sistema, será recebido e assinado pelo Vistoriador que tiver assistido ao teste de ensaio, devendo ser arquivado junto ao respectivo processo.

SISTEMA FIXO DE GÁS CARBÔNICO

1) Conferir o número ( quantidade ) e disposição ( ponto de instalação ) dos difusores, verificando conformidade com a situação prevista em projeto;

2) Assistir a teste de ensaio a ser realizado pela Empresa Instaladora, onde deverá ser demonstrado e observado:

- Painel com indicadores luminosos ( vermelho: sistema em operação; amarelo: sistema ligado para o sistema automático; verde: sistema automático bloqueado )- Funcionamento do sistema- Interligação com o sistema de alarme - Saturamento do ambiente em 04 minutos- Funcionamento da válvula de retardo- Funcionamento do alarme durante o tempo de descarga

3) Som do alarme do acionamento do sistema diferente de outros alarmes que existirem na edificação4) Solicitar cópia de Relatório de Ensaio de Aceitação, emitido e assinado pela Empresa Instaladora e também assinado pelo proprietário/ responsável pela edificação.

Page 36: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

5) O Relatório de Ensaio e Aceitação do sistema, será recebido e assinado pelo Vistoriador que tiver assistido ao teste de ensaio, devendo ser arquivado junto ao respectivo processo.

ÁGUA NEBULIZADA DE ALTA VELOCIDADE

1) Conferir o número ( quantidade ) e disposição ( ponto de instalação ), verificando conformidade com a situação prevista em projeto dos seguintes dispositivos: - Bicos (chuveiros); - Detectores.

2) Assistir a teste de ensaio a ser realizado pela Empresa Instaladora, onde deverá ser demonstrado e observado: - Funcionamento do sistema, através do acionamento de, pelo menos um bico; - Interligação com o sistema de alarme.

3) Solicitar cópia de Relatório de Ensaio de Aceitação, emitido e assinado pela Empresa Instaladora e também assinado pelo proprietário/ responsável pela edificação.

4) O Relatório de Ensaio e Aceitação do sistema, será recebido e assinado pelo Vistoriador que tiver assistido ao teste de ensaio, devendo ser arquivado junto ao respectivo processo.

CENTRO DE PROCESSAMENTOS DE DADOS

1) Conferir instalação e características das portas corta fogo instaladas, segundo as orientações já estabelecidas ( ver no Sistema de Saídas de Emergência o item Portas Resistentes ao Fogo ) verificando conformidade com previsão em projeto;

2) Conferir a instalação de detectores ( locais e número de unidades ) conforme previsão em projeto;

3) Demais sistemas de segurança, eventualmente previstos para a(s) respectiva(s) área(s) do Centro de Processamento de Dados ( tais como Fixo de Gás Carbônico, Alarme e outros ), serão vistoriados pelos procedimentos já estabelecidos nas partes deste Manual que tratam especifica e respectivamente de cada um deles.

INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

1) Conferir a existência de diques e bacias conforme situação prevista em projeto ( não é objeto da vistoria conferir volume e ou características construtivas);

Page 37: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

2) Conferir a quantidade e disposição ( ponto de instalação ) dos tanques, medindo os espaçamentos entre os mesmos, conforme previsão em projeto ( não é objeto da vistoria conferir volume ou características construtivas do tanques );

3) Conferir a existência de sistema fixo de espuma mecânica para os tanques de teto fixo, conforme previsão de projeto;

4) Demais sistemas de segurança, eventualmente previstos para a(s) respectiva(s) área(s) dessas Instalações, serão vistoriados pelos procedimentos já estabelecidos nas partes deste Manual que tratam especifica e respectivamente de cada um deles.

5) Assistir a testes de operação e ou ensaio dos sistema hidráulico e do sistema de espuma, a serem realizados pelas respectivas Empresas responsáveis pela instalação, observando-se: 6) Solicitar cópia de Relatório de Ensaio de Aceitação, emitido e assinado pela Empresa responsável pelas Instalações

PARQUES PARA ARAMAZENAMENTO

DE

COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS

OBSERVAÇÃO:Aplica-se, no couber, os mesmos procedimentos estabelecidos para Instalações Industriais de Líquidos Inflamáveis.

INSTALAÇÕES PARA REABASTACIMENTO

DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

VISTORIA EM NÍVEL ÚNICO

Page 38: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

Conferir existência, posição e altura dos "vents", verificando conformidade com a situação prevista em projeto.

Conferir distância mínima de 3,0 m das bombas em relação às instalações de serviço, e de 5,0m para comércio ao público e para edificações vizinhas, ou conforme previsão em projeto;

Conferir existência de canalizações e caixas coletoras, verificando conformidade com a situação prevista em projeto.

Conferir ( no que for visualmente possível identificar ) posição dos aterramentos do sistema de proteção contra descargas atmosférica, verificando conformidade com a situação prevista em projeto, com especial atenção em relação a um afastamento mínimo de 3,0 m da posição prevista para os tanques ( no que também foi possível visualmente identificar ).

Demais sistemas de segurança, eventualmente previstos para a(s) respectiva(s) área(s) dessas Instalações, serão vistoriados pelos procedimentos já estabelecidos nas partes deste Manual que tratam especifica e respectivamente de cada um deles.

Não será objeto de Vistoria pelo Corpo de Bombeiros: Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas em estruturas auto

protegidas, assim com descidas naturais; Conferir quantidade de tanques instalados, seus afastamentos em relação à rua,

assim como suas respectivas capacidades. Verificar se as instalações elétricas são blindadas e ou se são a prova de

explosão.

ARMAZENAMENTOS EM RECIPIENTES FECHADOS

NO INTERIOR DE EDIFÍCIOS

Verificar se as capacidades individuais do recipientes são inferiores a 250 litros. Havendo dificuldades de identificação, cabe solicitar esclarecimentos aos respectivos responsáveis.

Verificar se a edificação é toda construída em alvenaria, não sendo objeto de vistoria, verificar a constituição das respectivas parede, piso e ou laje ( ver comentário neste

Page 39: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

Manual, sobre Paredes Resistentes ao Fogo, na parte relativa ao Sistema de Saídas de Emergência )

Verificar se as portas são resistentes ao fogo, seguindo as orientações já estabelecidas no item Portas Resistentes ao Fogo na parte relativa ao Sistema de Saídas de Emergência, observando-se ainda que neste caso devem ser instaladas com fusível contra peso ( havendo dificuldade de identificação do fusível, cabe solicitar esclarecimentos ao respectivo responsável )

Verificar se as aberturas ( portas ) para outras salas são providas de soleiras e ou rampas elevadas ( no mínimo 15 cm ).

DEPÓSITO MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE EXPLOSIVOS

OBSERVAÇÃO:

Conferir se o local de construção do Depósito, corresponde à posição prevista em projeto, verificando possíveis afastamentos que tenham sido previstos em relação a terrenos e edificações vizinhas.

Solicitar apresentação de documento do Exército Brasileiro liberando o local para construção do Depósito ( caso já não tenha sido apresentado por ocasião da análise do projeto ).

Compete ao Corpo de Bombeiros, vistoriar única e exclusivamente os sistemas de segurança contra incêndio, seguindo-se as orientações já estabelecidas neste Manual.

Não compete ao Corpo de Bombeiros: Verificar condições de armazenagem; Verificar quantidade e tipo de material armazenado;

ARMAZENAMENTO DE GLP

Conferir as dimensões das áreas destinadas ao armazenamento, verificando conformidade com a situação prevista em projeto. Esta conferência refere-se à metragem quadrada da área, que no projeto pode estar em escala ou até mesmo cotada. Nas instalações, essa área poderá não estar delimitada, devendo neste caso examinar a existência de uma área livre naquelas dimensões mínimas previstas. Atentar bem para as definições ( ver na Norma específica ) do que seja uma área de armazenamento, e do que é área do estabelecimento .

Na área de armazenamento, conferir:

Page 40: Manual de Vistoria de Habite-Se - Modelo Padrao

Quantidade de recipientes armazenados, verificando número máximo de fileiras e colunas, assim como o número máximo de empilhamento, verificando conformidade com a situação prevista em projeto;

Existência de corredor de inspeção, verificando conformidade com a situação prevista em projeto ( largura mínima de 0,80 cm )

Verificar se os recipientes vazios e cheios estão armazenados em locais distintos. Esta verificação, não precisa ser detalhada, bastando que se solicite ao responsável pela Empresa que identifique em que área estão sendo armazenados os recipientes vazios, verificando naquele local, através da observação da condição do lacre dos recipientes, que no caso, não devem possuí-los, ou na pior das hipóteses devem estar todos rompidos. A presença de recipiente lacrado, junto com recipientes sem ou com o lacre rompido, indica que não está havendo o armazenamento distinto conforme recomendado pela norma.

Verificar os afastamentos que tiverem sido previstos em projeto em relação ao alinhamento da via pública, do alinhamento do meio fio.

Verificar os seguintes afastamentos, previstos ou não em projeto, em relação a: fontes de geração de calor ( 10 metros ), edificações circunvizinhas e ou limite do terreno contíguo ( 12 m ) e de locais de grande aglomeração de público ( 20 m ). Por fonte de geração de calor, coloca-se como exemplo: Transformadores, motor a combustão, fornos, fogões, fornalhas etc. Por edificação circunvizinha entenda-se outras edificações que existam nos terrenos contíguos. Para edificações existentes dentro do mesmo terreno e pertencentes à mesma empresa adota-se o critério de se manter os seguintes afastamentos FALTA DEFINIR ISSO. Exceto quando se tratar de local de residência, ainda que do proprietário da empresa, valendo neste caso a distância mínima de 12 metros.

Verificar se existe instalações elétricas a menos de 3 metros do limite externo da área de armazenamento. Havendo, verificar se está embutida em eletrodutos. (OBS: Até que sejam estabelecidas orientações sobre como identificá-los, está fora do procedimento examinar se os interruptores são do tipo blindado, ficando esta atribuição à cargo de quem compra de quem vende e de quem instala o equipamento.)

Caso possua proteção por cobertura , paredes e tela laterais, conferir conformidade com a situação prevista em projeto;

Conferir existência de placas de sinalização, verificando conformidade com a situação que tiver sido prevista em projeto.

Conferir existência de proteção por extintores, verificando conformidade com a situação que tiver sido prevista em projeto.

CALDEIRA ESTACIONÁRIA A VAPOR

Vistoria em nível único

Conferir características construtivas da casa de caldeira, verificando conformidade com situação prevista em projeto, verificando:

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Isolamento em relação a locais de armazenagem ou manipulação de inflámáveis e ou explosivos;

Destinação exclusiva ( não pode ser utilizada para outra finalidade ); Dispor de, no mínimo, duas saídas amplas e permanentemente desobstruídas; Dispor de iluminação de emergência Dispor de sistema adequados de exaustão dos gases.

Solicitar apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica de .........

HIDRANTES URBANOSOBSERVAÇÃO: Redes publicas de Hidrantes serão apenas objeto de vistoria de manutenção ( ver Manual específico )

PROTEÇÃO FLORESTAL DE MATAS NATIVAS E

REFLORESTAMENTOS

Conferir a existência dos pontos de observação, verificando conformidade com a situação prevista em projeto.

Conferir a existência dos aceiros, verificando conformidade com a situação prevista em projeto.

Solicitar cópia de Plano de Vigilância, assinado por responsável técnico pela Empresa.