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  • 7/27/2019 MAnual de Patrulhas - EB

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    MINISTRIO DA DEFESAEXRCITO BRASILEIRO

    COMANDO DE OPERAES TERRESTRES

    Caderno de Instruo

    PATRULHAS

    1 Edio - 2004Experimental

    CI 21-75 /1

    Preo: R$CARGAEM ______________

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    MINISTRIO DA DEFESAEXRCITO BRASILEIRO

    COMANDO DE OPERAES TERRESTRES

    PORTARIA N009 COTER, DE25 DE OUTUBRO DE 2005.

    Caderno de Instruo CI 21-75 -1 Patrulhas

    O COMANDANTE DE OPERAES TERRESTRES, no uso dadelegao de competncia conferida pela letra d), item XI, Art. 1 da Portaria N 441,de 06 de setembro de 2001, resolve:

    Art. 1 Aprovar, em carter experimental, o Caderno de Instruo CI 21-

    75/1 Patrulhas. Art. 2 Estabelecer que a experimentao deste Caderno de Instruo

    seja realizada durante os anos de 2005, 2006 e 2007. Art. 3 Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua

    publicao.

    ____________________________________________Gen Ex ROBERTO JUGURTHA CAMARA SENNAComandante de Operaes Terrestres

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    CI 21-75-1

    PATRULHAS

    NOTA

    O CI 21-75 Patrulhas foi elaborado pela Academia Militar das AgulhasNegras. Aps reviso do COTER, foi expedido para experimentao em 2005, 2006e 2007.

    Solicita-se aos usurios deste Caderno de Instruo a apresentaode sugestes que tenham por objetivo aperfeio-lo ou que se destinem supresso de eventuais incorrees.

    As observaes apresentadas, mencionando a pgina, o pargrafo e alinha do texto a que se referem, devem conter comentrios apropriados para seuentendimento ou sua justificao.

    A correspondncia deve ser enviada diretamente ao Curso Avanado da AMAN, de acordo com Art 78, das IG 10-42 INSTRUES GERAIS PARA ACORRESPONDNCIA, PUBLICAES E OS ATOS NORMATIVOS NO MBITODO EXRCITO, onde ser avaliada, respondida e, se for o caso, remetida ao COTER

    para aprovao e divulgao.

    1 EDIO 2004Experimental

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    NDICE DE ASSUNTOS

    Pag

    CAPTULO 1 INTRODUO ARTIGO I - Generalidades ..................................................................1-1 ARTIGO II - Conceituao...................................................................1-3 ARTIGO III - Classificao ..................................................................1-3 ARTIGO IV - Responsabilidades .........................................................1-6 ARTIGO V - Organizao Geral da Patrulha .......................................1-7

    CAPTULO 2 CONDUTA DAS PATRULHAS ARTIGO I - Aspectos Gerais na Conduta das Patrulhas .....................2-1 ARTIGO II - Peculiaridades de uma Patrulha de Reconhecimento .......2-12 ARTIGO III - Peculiaridades de uma Patrulha de Combate ..................2-15 ARTIGO IV - Tcnicas de Assalto .......................................................2-35 ARTIGO V - Infiltrao ........................................................................2-38 ARTIGO VI - Base de Combate, Base de Patrulha, rea de Reunio e

    rea de Reunio Clandestina .........................................2-39 ARTIGO VII - Tcnicas de Ao Imediata ...........................................2-50

    CAPTULO 3 PLANEJAMENTO E PREPARAO DAS PATRULHAS ARTIGO I - Normas de Comando ........................................................3-1 ARTIGO II - Providncias Iniciais ........................................................3-3 ARTIGO III - Observao e Planejamento do Reconhecimento ............3-8 ARTIGO IV - Reconhecimento ............................................................3-13 ARTIGO V - Estudo de Situao ........................................................3-14 ARTIGO VI - Ordens ...........................................................................3-18 ARTIGO VII - Fiscalizao ..................................................................3-23

    CAPTULO 4 PATRULHA EM AMBIENTES ESPECIAIS ARTIGO I - Consideraes Iniciais ......................................................4-1 ARTIGO II - Patrulha em rea de Caatinga .........................................4-2 ARTIGO III - Patrulha em rea de Montanha .......................................4-7 ARTIGO IV - Patrulha em rea de Pantanal ........................................4-13 ARTIGO V - Patrulha em rea de Selva ..............................................4-17 ARTIGO VI - Patrulha em rea Urbana ...............................................4-24 ARTIGO VII - Patrulha em Ambiente Qumico, Biolgico e Nuclear .....4-30

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    CAPTULO 5 PATRULHAS COM CARACTERSTICAS ESPECIAIS ARTIGO I - Patrulha Aeromvel...........................................................5-1

    ARTIGO II - Patrulha na Garantia da Lei e da Ordem ..........................5-5 ARTIGO III - Patrulha Fluvial ...............................................................5-8 ARTIGO IV - Patrulha Motorizada .......................................................5-17

    ANEXOS:

    A - Operao ONA

    B - Meios visuais

    C - Memento do comandante de patrulha

    D - Relatrio

    E - Glossrio

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    CAPTULO 1

    INTRODUO

    ARTIGO I

    GENERALIDADES

    1-1. FINALIDADEO presente Caderno de Instruo (CI) tem a finalidade de apresentar a doutrina

    sobre patrulhas.

    1-2. OBJETIVOa. Conceituar patrulha, classific-las e definir as responsabilidades pelo seu

    lanamento e execuo.b. Apresentar a organizao geral dos diferentes tipos de patrulha e as tcnicas

    de planejamento e preparao das mesmas.c. Definir condutas e apresentar peculiaridades dos diversos tipos de patrulha.

    1-3. CONSIDERAES INICIAISa. De acordo com a Concepo Estratgica do Exrcito (SIPLEx - 4), as

    Hipteses de Emprego (HE) decorrem dos cenrios admitidos e das orientaes

    poltico-estratgicas do Pas, que no elegem ou caracterizam qualquer pas comopotencial inimigo, e representam as grandes opes estratgicas da DefesaNacional.

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    ARTIGO II

    CONCEITUAO

    1-4. PATRULHA uma fora com valor e composio variveis, destacada para cumprir

    misses de reconhecimento, de combate ou da combinao de ambas. A missode reconhecimento caracterizada pela ao ou operao militar com o propsitode confirmar ou buscar dados sobre o inimigo, o terreno ou outros aspectos deinteresse em determinado ponto, itinerrio ou rea. Nesse caso, a patrulha deveevitar engajamento com o inimigo. A misso de combate caracterizada pelaao ou operao militar restrita, destinada a proporcionar segurana s instalaese s tropas amigas ou a hostilizar, destruir e capturar pessoal, equipamentos e

    instalaes inimigas.ARTIGO III

    CLASSIFICAO

    1-5. QUANTO FINALIDADE DA MISSOa. Patrulha de reconhecimento

    (1) Reconhecimento de um ponto a que realiza o reconhecimento deum objetivo especfico.

    Fig 1-1. Reconhecimento de um ponto

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    (2) Reconhecimento de rea a que busca dados no interior dedeterminada rea ou executa a prpria delimitao de uma rea com caractersticas

    especficas.(3) Reconhecimento de itinerrio(s) a que busca dados sobre um ou

    vrios itinerrios ou sobre a atividade do inimigo.

    Fig 1-2. Reconhecimento de itinerrios(4) Vigilncia a que exerce a observao contnua de um local ou de

    uma atividade.(5) Reconhecimento em fora uma patrulha de valor considervel

    empregada para localizar a posio de uma fora inimiga e testar o seu poder. Apotncia de fogo, a mobilidade e as comunicaes so fatores importantes naexecuo deste tipo de misso.

    b. Patrulha de combate(1) De inquietao a que se destina a ocasionar baixas, perturbar o

    descanso, dificultar o movimento e/ou obter outros efeitos sobre o inimigo, com afinalidade de abater-lhe o moral.

    (2) De oportunidade - aquela lanada em determinada rea com a finalidadede atuar sobre alvos compensadores que venham a surgir.

    (3) De emboscada a que realiza ataque de surpresa, partindo deposies cobertas, contra um alvo em movimento ou momentaneamente parado.

    (4) De captura de prisioneiros ou material a que age contra instalaesou foras inimigas com a finalidade de capturar prisioneiros ou materiais.

    (5) De interdio a que executa aes para evitar ou impedir que oinimigo se beneficie de determinadas regies, de pessoal, de instalaes ou dematerial.

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    (6) De suprimento- uma patrulha de efetivo varivel, dependendo do tipo e quantidade

    de suprimento a ser transportado, pode receber a misso de ressuprir tropasamigas destacadas.- Pode ser tambm empregada para reforar ou seguir uma patrulha de

    longo alcance.(7) De contato Visa a estabelecer ou manter contato com tropa amiga,

    de forma fsica, visual ou por meio rdio.(8) De segurana a que tem por finalidade cobrir flancos, reas ou

    itinerrios; evitar que o inimigo se infiltre em determinado setor ou realize umataque de surpresa; localizar ou destruir elementos que se tenham infiltrado eproteger tropa amiga em deslocamento.

    (9) De destruio a que tem a finalidade de destruir material,

    equipamento e/ou instalaes inimigas.(10) De neutralizao a que tem a finalidade de neutralizar homens ou

    grupos de homens inimigos.

    (11) De resgate a que tem a finalidade de recuperar material ou pessoalamigo que estejam retidos em rea ou instalao sob controle do inimigo.

    1-6. QUANTO EXTENSO DA OPERAOa. Patrulha de curto alcance a que atua dentro da rea de influncia do

    escalo que a lana.b. Patrulha de longo alcance a que atua dentro da rea de interesse do

    escalo que a lana.

    Fig 1-3. rea de interesse e de influncia

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    ARTIGO IV

    RESPONSABILIDADES

    1-7. ATRIBUIES DO ESCALO QUE LANA A PATRULHAa. Formular a misso.b. Designar o comandante da patrulha.c. Emitir as ordens necessrias.d. Estabelecer medidas de controle.e. Coordenar, apoiar e fiscalizar o cumprimento da misso.f. Receber e divulgar os resultados da misso.g. Explicar sua inteno e a do escalo superior, quando for o caso, ao

    comandante da patrulha.h. Definir as regras de engajamento durante as diversas fases da misso.i. Definir as condutas a serem adotadas em caso de ocorrncia de prisioneiros

    de guerra (PG) e mortos inimigos. j. Dirimir as dvidas do comandante da patrulha. Para isso, antes de emitir a

    ordem, deve se valer do memento do comandante de patrulha (Anexo C), a fim defornecer o mximo de informaes possveis.

    Fig 1-4. Planejamento e preparao de uma patrulha

    1-8. ATRIBUIES ESPECFICAS NO ESCALO UNIDADEa. Do S2

    (1) Preparar o plano dirio de patrulhas em coordenao com o S3.(2) Planejar e propor as misses de reconhecimento.

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    (3) Fornecer s patrulhas os dados referentes s condies metereolgicas,ao terreno e ao inimigo.

    (4) Contactar os integrantes da patrulha, no regresso de misso, paracoletar dados.

    (5) Estabelecer os Elementos Essenciais de Inteligncia (EEI).b. Do S3

    (1) Planejar e propor as misses de combate.(2) Coordenar os apoios no-orgnicos do escalo compreendido (aeronaves,

    meios- aquticos, artilharia etc).c. Do S4 Providenciar o apoio em material e suprimentos necessrios ao

    cumprimento da misso.d. Do comandante da patrulha

    (1) Receber a misso.(2) Planejar e preparar o emprego da patrulha.(3) Executar a misso.(4) Confeccionar o relatrio.

    ARTIGO V

    ORGANIZAO GERAL DA PATRULHA

    1-9. FUNDAMENTOSa. A organizao de uma patrulha varia de acordo com os fatores da deciso

    (misso, inimigo, terreno, meios e tempo MITeMeT).b. Normalmente, a patrulha se constituir de 2 (dois) ou 3 (trs) escales;

    um voltado para o cumprimento da misso (escalo de reconhecimento ou escalode assalto), o outro para a segurana da patrulha (escalo de segurana) e outroque s ser empregado quando o nmero de armas coletivas ou a descentralizaodo seu emprego assim o recomendar (escalo de apoio de fogo). Cada escalo formado por um ou mais grupos, conforme deciso do comandante da patrulha,que tambm define seus efetivos.

    c. A coordenao dos escales responsabilidade do comandante da patrulha,que poder contar com alguns auxiliares, constituindo o grupo de comando.

    d. Peculiaridades do grupo de comando

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    (1) Poder se constituir somente do comandante da patrulha (situaoideal pois compe um menor efetivo). Isto ocorre quando h possibilidade dos

    homens dos demais escales executarem, cumulativamente, as atribuies dogrupo de comando.(2) O subcomandante da patrulha pode exercer esta nica funo,

    integrando o grupo de comando, ou, o mais normal, comandar um dos escales.(3) Alguns homens podem receber atribuies especficas durante a

    preparao e/ou deslocamento, no pertencendo portanto ao grupo de comando.Essas atribuies sero abordadas no Captulo 3 - Planejamento e preparaodas patrulhas

    e. Consideraes gerais(1) Escalo de segurana

    (a) Misso- Proteger e orientar a patrulha durante o deslocamento.- Guardar os pontos de reunio.- Alertar sobre a aproximao do inimigo.- Realizar a proteo afastada do escalo de reconhecimento ou

    escalo de assalto, durante a ao no objetivo.(b) Organizao

    - Constitui-se de um ou mais grupos de segurana e um grupo deacolhimento, em funo do efetivo da patrulha, da natureza da misso e do terreno.

    - Se houver um desmembramento da patrulha, a segurananormalmente ficar a cargo das fraes.

    EXEMPLO - Patrulha de reconhecimento de uma rea extensa que sedesmembra em vrios grupos de reconhecimento e segurana (Gp Rec Seg).

    (2) Escalo de Reconhecimento(a) Misso Reconhecer o objetivo e/ou manter vigilncia sobre ele.(b) Organizao Constitui-se de um ou mais grupos de reconhecimento,

    em funo dos fatores da deciso.(3) Escalo de assalto

    (a) Misso - definida pela misso especfica da patrulha de combate.(b) Organizao

    - Organiza-se em grupo(s) de assalto, grupo(s) de tarefa(s)essencial(is) e grupo(s) de tarefa(s) complementar(es).

    - O grupo de assalto tem por atribuio garantir o cumprimento datarefa essencial, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado, de modo a proteger o(s) grupo(s) que executa(m) essa tarefa.

    - As tarefas essenciais so executadas pelos grupos que realizamas aes impostas pela misso.

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    - As tarefas complementares so executadas pelos grupos querealizam aes em benefcio dos demais.

    (4) Um terceiro escalo, o de apoio de fogos, pode ser organizado quandoo nmero de armas coletivas ou a descentralizao de seu emprego, assim orecomendar.

    1-10. ORGANIZAO DA PATRULHA DE RECONHECIMENTOa. Patrulha de reconhecimento de ponto

    Fig 1-5. Organograma de uma patrulha de reconhecimento de ponto(1) Grupo de comando - Normalmente constitudo por elementos

    necessrios coordenao da patrulha, tais como: comandante, subcomandante,rdio-operador, mensageiros, guias e outros. Quando for possvel, essas funesdevem ser acumuladas com outras nos demais escales.

    (2) Grupo de segurana A quantidade de grupos depender do nmerode vias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A).

    (3) Grupo de reconhecimento O nmero de grupos varia em funo dosfatores da deciso.

    (4) Grupo de acolhimento o grupo que tem por misso realizar a proteodo ponto de reunio prximo ao objetivo (PRPO) e o acolhimento da patrulhaneste local.

    b. Patrulha de reconhecimento de itinerrio(1) Tem organizao semelhante patrulha de reconhecimento de rea.(2) Grupo de reconhecimento e segurana O nmero de grupos de

    reconhecimento e segurana depende do terreno e da maneira como o comandanteda patrulha pretende cumprir a misso (percorrendo o itinerrio, ocupando pontosde comandamento ou associando essas duas idias).

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    c. Patrulha de reconhecimento de rea

    Fig 1-6. Organograma de uma patrulha de reconhecimento de rea- Grupo de reconhecimento e segurana O nmero de grupos de

    reconhecimento e segurana varivel e depende dos fatores da deciso.OBSERVAO O grupo de acolhimento pode existir ou no, dependendo

    dos fatores da deciso.

    1-11. ORGANIZAO DA PATRULHA DE COMBATE

    a. Grupo de comando Normalmente, constitudo por elementosnecessrios coordenao da patrulha, tais como: comandante, subcomandante,rdio-operador, mensageiro e outros. Quando for possvel, essas funes devemser acumuladas com outras nos diversos escales.

    Fig 1-7. Organograma de uma patrulha de combate

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    b. Grupo de segurana A quantidade de grupos depender do nmero devias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A).

    c. Grupo de acolhimento o grupo que tem por misso realizar a proteodo PRPO e o acolhimento da patrulha neste mesmo local.

    d. Grupo de assalto O nmero de grupos de assalto ser varivel de acordocom a misso, o terreno e o dispositivo do inimigo. Deve existir, pelo menos, umgrupo de assalto que, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado, isola a rea doobjetivo e protege o cumprimento da tarefa essencial, garantindo sua execuo.

    e. Grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) O(s) grupo(s) de tarefa(s)essencial(ais) receber(o) nomenclatura(s) da(s) ao(es) ttica(s) da(s) misso(es): captura, resgate, neutralizao etc . O nmero de grupos para cada tarefaessencial depender dos fatores da deciso.

    f. Grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) O(s) grupo(s) de tarefa(s)

    complementar(es) receber(o) nomenclatura(s) da(s) ao(es) ttica(s) que ir(o)realizar: silenciamento de sentinela, identificao datiloscpica etc.As tarefascomplementares so definidas pelas aes que tenham sido estabelecidas pelocomandante da patrulha, por ocasio do estudo sumrio da misso, que venhama facilitar ou viabilizar o cumprimento da misso em melhores condies. O nmerode grupos para cada tarefa complementar depender dos fatores da deciso.

    Fig 1-8. Organograma de uma patrulha de combate com um escalo de Ap F

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    CAPTULO 2

    CONDUTA DAS PATRULHAS

    ARTIGO I

    ASPECTOS GERAIS NA CONDUTA DAS PATRULHAS

    2-1. GENERALIDADES- O planejamento e a preparao de uma patrulha tm por objetivo facilitar o

    cumprimento de uma misso. No entanto, as patrulhas, de uma maneira geral,vivero situaes de contigncia e o seu adestramento concorrer para a obtenodo xito.

    - importante resaltar que conduta uma ao previamente planejada queser colocada em prtica durante uma operao militar e que soluo de conduta uma deciso corretiva de uma ao, em curso de execuo em face de um biceque incidentalmente se apresente.

    2-2. COMANDO E CONTROLEa. O controle influi decisivamente na atuao a patrulha. O comandante deve

    ter a capacidade de manobrar os homens e conduzir os fogos.b. Apesar de a cadeia de comando ser o principal elemento de controle, as

    ordens podem ser transmitidas diretamente do comandante a cada patrulheiro.

    c. O comandante deve empregar todos os meios de comunicaes disponveispara exercer o controle da patrulha.d. Normalmente, o subcomandante desloca-se retaguarda da patrulha. Os

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    comandantes subordinados permanecem com seus escales e grupos, mantendoo controle sobre eles.

    e. Todos os patrulheiros devem estar atentos a cada gesto emitido. Almdaqueles previstos em manuais, outros podero ser convencionados e ensaiados.

    f. A contagem do efetivo tambm uma medida de controle da patrulha.(1) Comando de numerar - deslocando-se a patrulha em coluna, o ltimo

    homem, ao comando de numerar, inicia a contagem, tocando o homem suafrente e dizendo um, este toca o seguinte dizendo dois, e assim sucessivamente,at o comandante da patrulha. Ciente de quantos homens esto sua frente, ocomandante somar estes contagem que lhe chegou, incluindo-se nela.

    (2) Nas patrulhas de grande efetivo ou nas de formao diferente de coluna,a contagem ser controlada pelos comandantes dos grupos, sendo o resultadotransmitido ao comandante da patrulha.

    g. Normalmente as misses de patrulha podero envolver elementos deOrganizao Militar (OM) de apoio do Exrcito e/ ou de outra Fora Singular. Estaparticipao se verifica, particularmente, nos deslocamentos (ida e/ ou regresso)e nas misses de ressuprimento.

    h. Durante a etapa de planejamento e preparao fundamental acoordenao, se possvel, o contato direto entre o Cmt Pa e os envolvidos namisso, tais como: motoristas, guias, especialistas, pilotos e Oficiais de Ligao(O Lig) de OM empenhadas na execuo do apoio de fogo ou envolvidas nosdeslocamentos.

    i. conveniente que todos os participantes da misso assistam Ordem Patrulha. Deve-se, no entanto, observar a compartimentao e a segurana dasinformaes. Em todas as etapas da misso, fundamental que todos os envolvidosconheam perfeitamente suas possibilidades e limitaes e executem ao menosum ensaio em conjunto.

    j. A patrulha dever obedecer s prescries rdio, a fim de que o tempo detransmisso seja o mnimo necessrio, dificultando as aes de guerra eletrnicado inimigo.

    l. Com o propsito de diminuir o tempo de transmisso, pode ser empregadoum cdigo de mensagens pr-estabelecidas, especfico para a misso.

    m. As freqncias devem ser pr-sintonizadas antes da partida da patrulha.n. A patrulha dever empregar amplamente os mensageiros.o. Empregar, sempre que possvel e conveniente, o sistema fio para obteno

    de maior sigilo.

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    p. Utilizar os meios de comunicaes visuais e auditivos, quando forem doconhecimento de todos os patrulheiros.

    2-3. INTELIGNCIAa. As patrulhas devem empregar as tcnicas de coleta de dados utilizadas

    pelos demais rgos de inteligncia, particularmente o reconhecimento, a vigilnciae a busca de alvos. As aes das patrulhas de reconhecimento esto voltadaspara a localizao, potencial e possveis intenes das unidades inimigas na reade operaes. Tais dados, integrados aos aspectos tticos do terreno e condiesmeteorolgicas, so essenciais ao planejamento e conduo das operaes.

    b. Especialistas em inteligncia podem ser agregados s patrulhas quandoas necessidades excedem as possibilidades ou o grau de especializao orgnicadas fraes empregadas.

    2-4. APOIO DE FOGOa. O sucesso da sincronizao do apoio de fogo sobre alvos terrestres exige

    uma exata compreenso de alguns aspectos bsicos, tais como: emprego detodo apoio de fogo disponvel, atendimento ao tipo de apoio de fogo solicitado pelapatrulha, rpida coordenao, proporcionar proteo s instalaes e tropas amigas,possuir um sistema de designao de alvos eficaz e evitar a duplicaodesnecessria de meios.

    b. O apoio areo aproximado poder ser fundamental para a sobrevivnciadas foras de superfcie (patrulhas) em momentos crticos das aes. No sepode, em momento algum, descartar a enorme contribuio que um ataque areopreciso traz s aes.Os pedidos de apoio de fogo areo devem incluir as seguintes

    informaes:(1) exata localizao do alvo;(2) descrio do alvo, com detalhes que permitam a seleo apropriada do

    armamento;(3) efeito desejado (interdio ou destruio);(4) localizao da tropa amiga mais prxima do alvo (distncia e azimute);(5) hora de ataque ao alvo;(6) significado ttico; e(7) informaes de controle especial, como a: localizao da patrulha que

    orientar o avio.c. A solicitao de apoio de fogo areo e terrestre s misses de patrulha

    deve considerar a indefinio da localizao exata de foras amigas na rea deoperaes.

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    2-5. APOIO LOGSTICOa. Nas operaes de curto alcane, as patrulhas infiltram com todo o

    suprimento para o cumprimento da misso.b. Quando a misso de longo alcane, faz-se necessria conduo de

    um suprimento sobressalente (mnimo necessrio) e o planejamento dacomplementao por outros meios, tais como suprimentos pr-posicionados -cach / Local de Apoio Misso (LAM) - e lanamentos areos.

    2-6. ORGANIZAO PARA O MOVIMENTOa. A organizao geral e particular de uma patrulha definida tendo por base

    sua misso. Para os deslocamentos, necessrio determinar as formaes, bemcomo a posio dos escales, grupos e homens.

    b. Os principais aspectos que influem na organizao de uma patrulha parao movimento so:

    (1) O inimigo Situao e possibilidades de contato.(2) A manuteno da integridade ttica.(3) A ao no objetivo.(4) O controle dos homens.(5) A velocidade de deslocamento.(6) O sigilo das aes.(7) A segurana da patrulha.(8) As condies do terreno.(9) As condies meteorolgicas.(10) A visibilidade.

    c. As formaes do peloto a p so adaptveis a uma patrulha de qualquer efetivo. Cada uma delas possui vantagens e desvantagens e a escolha da formaoa ser adotada decorrente de um estudo contnuo por parte do comandante.

    d. Em todas as formaes, as distncias entre os escales, grupos e homensno so rgidas. Normalmente, elas so ditadas pelos mesmos fatores que influemna escolha da formao.

    e. A integridade ttica uma preocupao fundamental na organizao dapatrulha para o movimento.

    f. O adestramento dos homens permite rpidas mudanas de formao efacilita a utilizao dos comandos por gestos ou sinais convencionados.

    g. As formaes normalmente utilizadas so as abaixo descritas:(1) Em coluna

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    Fig 2-2. Formao em linha(3) Em losango

    (a) a formao que apresenta maiores vantagens quanto seguranae rapidez nos deslocamentos atravs campo. Facilita o controle dos homens, ascomunicaes e proporciona um bom volume de fogos em todas as direes.

    (b) A segurana deve atuar a uma distncia que permita a comunicaopor gestos entre o comandante e seus patrulheiros, devendo haver pelo menos 2(dois) patrulheiros para essa misso.

    Fig 2-3. Formao em losango

    2-7. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS

    a. Ligaes(1) Todas as ligaes com a tropa amiga, em cuja rea a patrulha atuar,

    so de responsabilidade do comandante da unidade que a lana.(2) O comandante da patrulha pode, no entanto, ligar-se com vrias

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    posies, para coordenar os movimentos de sada e entrada de sua patrulha nestasreas.

    (3) As posies que geralmente exigem estas ligaes e coordenaesso os postos de comando, postos de observao, postos avanados e a ltimaposio amiga por onde a patrulha passar.

    b. Aproximao e contato(1) A aproximao s posies de tropa amiga deve ser cautelosa,

    considerando que antes de sua identificao, a patrulha considerada tropa inimiga.(2) Antes do contato, a patrulha realiza um "alto", enquanto o seu

    comandante ou um patrulheiro por ele designado vai frente, em segurana, paraa troca de senhas.

    (3) A iniciativa e a segurana so fatores importantes a serem consideradospara esse evento.

    c. Inteligncia(1) O comandante deve transmitir informaes sobre o efetivo, o eixo de

    progresso e o horrio provvel de regresso da patrulha ao ponto amigo.(2) O comandante da patrulha deve obter os ltimos informes sobre a

    atuao do inimigo, o terreno frente, os obstculos existentes, bem como verificar se todos tm conhecimento da senha e contra-senha.

    (3) No regresso, a patrulha transmite os dados de valor imediato a cadaposio amiga encontrada, alertando, inclusive, sobre a existncia de elementosamigos extraviados.

    d. Ultrapassagem

    (1) Caracteriza-se pelo desbordamento da posio amiga ou de passagematravs dela, dependendo das instrues recebidas e da existncia de obstculosao redor da posio.

    (2) Um guia imprescindvel na ultrapassagem da posio, principalmentequando existirem obstculos.

    2-8. DESLOCAMENTOSa. Durante os deslocamentos, todo patrulheiro deve se preocupar com a

    execuo de trs atividades simultneas: a progresso, a ligao e a observao.(1) Na progresso

    (a) Utilizar, sempre que possvel, as cobertas e abrigos existentes.(b) Manter a disciplina de luzes e rudos.(2) Na ligao

    (a) Procurar manter o contato visual com seu comandante imediato.

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    (b) Ficar atento transmisso de qualquer gesto ou sinal, pararetransmiti-lo e/ou execut-lo, conforme o caso.

    (3) Na observao(a) Manter em constante observao o seu setor.(b) O comandante da patrulha deve adotar medidas visando estabelecer

    a observao em todas as direes, inclusive para cima.b. As ligaes e as observaes so tambm mantidas nos "altos", permitindo

    a rpida transmisso das ordens e a manuteno da segurana.c. O armamento deve ser conduzido em condies de pronto emprego,

    carregado, travado e empunhado adequadamente.d. Qualquer rudo deve ser aproveitado para a progresso, tais como, barulho

    provocado pela chuva, por viaturas, por aeronaves, por fogos de artilharia etc.

    e. A patrulha deve se preocupar em no deixar vestgios que denunciem suapassagem. Em determinadas situaes, necessrio, at mesmo, apagar osrastros deixados.

    2-9. SEGURANAa. Durante os deslocamentos

    (1) As formaes adequadas ao terreno, bem como a disperso empregadaem funo da situao, proporcionam patrulha um certo grau de seguranadurante o deslocamento.

    (2) Cabe ao comandante da patrulha realizar um estudo constante doterreno para que possa determinar, em tempo til, o reconhecimento ou

    desbordamento de locais perigosos.(3) A segurana frente proporcionada pela ponta da patrulha, cuja

    constituio varia de um nico esclarecedor at um grupo de combate, em funodo efetivo.

    (4) A distncia entre a patrulha e a ponta determinada pelo terreno,pelas condies de visibilidade e pela necessidade de se manter o contato visuale o apoio mtuo.

    (5) A ponta reconhece a rea por onde a patrulha se deslocar por intermdiode seus esclarecedores.

    (6) Os esclarecedores da ponta devem manter o contato visual entre si ecom a patrulha.

    (7) Prever e executar o rodzio dos esclarecedores, principalmente naspatrulhas de longo alcance, mantendo uma segurana eficiente.

    (8) A segurana nos flancos proporcionada com a distribuio de setores

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    de observao a cada homem da patrulha que no esteja em outras missesespecficas de segurana frente ou retaguarda e por elementos destacados,

    quando necessrio.(9) Escalar homens com a misso de observar para cima, sempre que o

    tipo de ambiente favorecer uma atuao inimiga desta direo.b. Nos "altos"

    (1) Podero ser efetuados diversos "altos" no deslocamento de uma patrulhapara:

    (a) observar, escutar ou identificar qualquer atividade inimiga;(b) envio de mensagens, alimentao, descanso, reconhecimento ou

    a orientao da patrulha.(2) O comando de congelar implica que todos os patrulheiros permaneam

    imveis e agachados, observando e ouvindo atentamente a situao que seapresenta.

    (3) Ao ser comandado alto, cada integrante da patrulha ocupa uma posio,aproveitando as cobertas e abrigos existentes nas imediaes.

    (4) O "alto-guardado" uma parada mais prolongada, durante a qual apatrulha adota um dispositivo mais aberto, normalmente circular, e pode destacar elementos para ocupar posies dominantes.

    c. No objetivo(1) A segurana da patrulha, durante a ao no objetivo, proporcionada

    pela correta utilizao dos grupos de segurana, dispostos de modo a isolar area do objetivo e proteger a ao do escalo de reconhecimento ou assalto.

    (2) Em alguns casos, nas patrulhas de combate, os grupos de assalto,aps executarem sua misso, fornecem a proteo aproximada ao grupo quecumpre a tarefa essencial e a outros que atuam no objetivo.

    2-10. NAVEGAOa. Generalidades

    Normalmente, as misses recebidas devem ser cumpridas com imposiesde horrios. Uma navegao consciente, bem planejada e segura permite ocumprimento da misso no horrio determinado.

    b. Procedimentos(1) Seguir o planejamento evitando improvisaes, manter um estudo

    contnuo do terreno e empregar corretamente a equipe de navegao.(2) O homem-ponto, normalmente, atua com os elementos que fazem a

    segurana frente.(3) Os homens-passo, em condies normais, no se deslocam testa

    da patrulha.

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    (4) Todos os componentes devem memorizar o itinerrio, os azimutes eas distncias.

    2-11. PONTO DE REUNIOa. Generalidades

    (1) um local onde uma patrulha pode reunir-se e reorganizar-se.(2) Os possveis pontos de reunio so levantados durante o estudo na

    carta ou reconhecimento e, uma vez definidos, devem ser do conhecimento detodos os integrantes da patrulha.

    (3) Um ponto de reunio deve ser de fcil identificao e acesso; permitir uma defesa temporria e proporcionar cobertas e abrigos.

    b. Tipos

    (1) Pontos de reunio no itinerrio (PRI) - esto situados ao longo dositinerrios de ida e de regresso da patrulha.

    (2) Ponto de reunio prximo do objetivo (PRPO) - utilizado paracomplementar o reconhecimento (reconhecimento aproximado) e liberar os grupospara o cumprimento da misso. Nesse ponto, a patrulha pode reorganizar-se apsrealizar a ao no objetivo. Poder existir mais de um PRPO, caso a patrulharegresse por itinerrio diferente.

    c. Procedimento(1) Havendo ao do inimigo e a conseqente disperso da patrulha entre

    dois pontos de reunio sucessivos, os patrulheiros regressaro ao ltimo ponto dereunio ou avanaro at o prximo ponto de reunio provvel, conforme estabelecido

    na Ordem Patrulha.(2) Na reorganizao, sero tomadas as providncias necessrias ao

    prosseguimento da misso. Nesse caso, deve ser definido o tempo mximo deespera, ao trmino do qual o patrulheiro mais antigo assume o comando e partepara o cumprimento da misso.

    2-12. AES EM REAS PERIGOSAS E PONTOS CRTICOSa. Conceituao

    (1) reas perigosas e pontos crticos so aqueles obstculos levantadoslevantados no itinerrio que oferecem restries ao movimento.

    (2) Normalmente, nestes locais, a patrulha fica vulnervel aos fogos e/ou observao do inimigo.

    b. Procedimentos gerais(1) Identificar, durante o planejamento, as provveis reas perigosas e pontos

    crticos, prevendo e transmitindo patrulha a conduta a ser adotada ao atingi-los.

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    (2) Optar pelo desbordamento destas reas, quando isso for possvel.(3) Prever ou solicitar apoio de fogo para cobrir o movimento da patrulha.(4) Realizar reconhecimentos e estabelecer a segurana.(5) Realizar o POCO (Parar, Olhar, Cheirar e Ouvir).

    c. Procedimentos particulares(1) Estradas Devem ser transpostas em curvas ou em trechos em que

    sejam mais estreitas e possuam cobertas de ambos os lados. necessrioestabelecer segurana, executar um reconhecimento e definir um ponto de reunio.

    A travessia deve ser rpida e silenciosa com toda a patrulha, por grupos ouindividualmente, de acordo com a situao.

    (2) Clareiras Devem ser desbordadas. Quando no for possvel, necessrio agir da mesma forma que na travessia de estradas.

    (3) Pontes Deve ser evitada a ultrapassagem. A patrulha s deve utilizar a ponte quando todos os pontos que permitam a observao e o fogo sobre elaestiverem reconhecidos ou sob vigilncia.

    (4) Cursos dgua(a) Antes da travessia de cursos dgua, deve ser reconhecida a margem

    de partida. Em seguida, a patrulha entrar em posio e estar pronta para cobrir a margem oposta. Logo aps, deve ser enviado um grupo para reconhecer a outramargem e estabelecer segurana.

    (b) No caso da utilizao de embarcaes, elas devem ser ocultadasnas margens.

    (c) Existindo vau, a transposio deve ser rpida e realizada em

    pequenos grupos ou individualmente. Na travessia a nado, o armamento e a muniodevem ser conduzidos em balsas improvisadas.(5) Casebres ou povoados Sempre que houver necessidade de a patrulha

    passar pela proximidade de casebres ou povoados, devem ser redobradas asprescries relativas ao sigilo. importante que a distncia do itinerrio dedesbordamento selecionado seja suficiente para que o deslocamento da patrulhano seja percebido.

    (6) Desfiladeiros e locais propcios para emboscadas Reconhecer antesda travessia. Caso a regio seja propcia emboscada inimiga, os elementos dasegurana de vanguarda e de flanco deslocar-se-o a uma distncia maior.

    (7) Obstculos artificiais Deve ser evitada a utilizao de passagens ebrechas j existentes que possam estar armadilhadas, pois os obstculos,normalmente, so agravados ou batidos por fogos.

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    ARTIGO II

    PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO

    2-13. GENERALIDADESa. As informaes sobre o inimigo e o terreno por ele controlado so de vital

    importncia para o comando.b. A patrulha de reconhecimento um dos meios de que dispe o comando

    para a busca ou coleta de dados, os quais facilitam uma tomada de deciso.

    2-14. MISSESa. A misso de uma patrulha de reconhecimento consiste na obteno das

    respostas a perguntas relativas ao inimigo e/ou ao terreno.(1) Sobre o inimigo (um exemplo)

    - O inimigo ocupa, realmente, o terreno?- Qual o seu valor (efetivo)?- Qual o seu equipamento e armamento?- Qual a sua atividade atual?- Outras informaes necessrias ao comando.

    (2) Sobre o terreno (um exemplo)- Quais so as caractersticas do(s) curso(s) dgua? (profundidade,

    correnteza, largura e caractersticas das margens).

    - Qual a caracterstica da vegetao e sua influncia nos movimentosde tropa a p- Quais so os melhores itinerrios ou vias de acesso para a

    aproximao?- Quais so as possibilidades de emprego de elementos blindados e

    mecanizados?- Outras informaes necessrias ao comando.

    2-15. TIPOS DE RECONHECIMENTOa. Existem 5 (cinco) tipos de patrulhas de reconhecimento.

    (1) Patrulha de reconhecimento em fora Neste tipo de patrulha,diferentemente da operao ofensiva reconhecimento em fora, a misso consisteem realizar uma ao em fora, de pequena envergadura, sobre um objetivo, coma finalidade de se buscar dados sobre o inimigo no que se refere ao dispositivo(inclusive posio de armas coletivas), valor e poder de combate.

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    (2) Patrulha de vigilncia Tem a misso de exercer observao contnuasobre local ou atividade.

    (3) Patrulha de reconhecimento de itinerrios Tem a misso de obter dados sobre um determinado itinerrio.

    (4) Patrulha de reconhecimento de ponto Tem a misso de obter dadossobre um objetivo especfico.

    (5) Patrulha de reconhecimento de rea Tem a misso de obter dadossobre uma grande rea ou sobre pontos nela existentes. A patrulha pode obt-los,reconhecendo a rea, mantendo vigilncia sobre ela ou fazendo o reconhecimentode uma srie de pontos.

    Fig 2-4 Patrulha de reconhecimento de ponto e de rea

    2-16. PATRULHA DE RECONHECIMENTO EM FORAa. Organizao

    (1) Para sua organizao, deve-se considerar a ao que define a tarefaessencial (obteno de dados), a execuo da ao em fora (assalto, apoio de

    fogo) e as tarefas complementares, se for o caso.(2) Normalmente, a patrulha organizada em um escalo de segurana e

    um escalo de assalto. Os grupos de assalto e apoio de fogo executam a aoem fora.

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    (3) O escalo de assalto constituido, ainda, por um ou mais grupos deobservao. Os grupos de observao executam a tarefa essencial, levantando os

    dados em funo da reao inimiga (posies de armas coletivas, dispositivo,valor, medidas de segurana durante a ao no objetivo etc).b. Ao no objetivo

    (1) Localizado o objetivo, a patrulha se desenvolve e os grupos de observaoocupam as posies que lhes permitam o cumprimento da misso.

    (2) A patrulha abre fogo de posies abrigadas e engaja-se apenas onecessrio para forar a resposta do inimigo.

    (3) Os grupos de observao executam a tarefa de levantar os dados,identificando as posies de armas coletivas, limites, valor, natureza do armamentoutilizado etc. Para isso ficam mais retaguarda, abrigados e com bons camposde observao. Binculos e equipamentos para viso noturna so comumente

    empregados.

    2-17. EQUIPAMENTO, MATERIAL E ARMAMENTOa. Uma patrulha de reconhecimento, normalmente, conduz o armamento

    necessrio prpria segurana.b. O equipamento individual e o material a serem conduzidos dependem da

    durao da misso. Sempre que possvel, deve-se aliviar o patrulheiro para facilitar-lhe os movimentos.

    c. Podem ser conduzidos pela patrulha: culos de viso noturna (luz residual),material de comunicaes, mquina fotogrfica, cartas, esboos, fotografias areas,lpis e papel, lpis dermatogrfico, fita fosforescente ou luminosa, fita isolante,

    poncho, bssolas, binculos, relgios, GPS, alicate e qualquer outro material ouequipamento de utilidade para a misso.

    2-18. CONDUTAS NORMAIS DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTOa. Cumprir a misso sem ser percebida pelo inimigo.b. Combater somente pela sobrevivncia ou, se necessrio, para favorecer o

    cumprimento da misso.c. Empregar, quando for imprescindvel, reconhecimento pelo fogo. Esta

    tcnica consiste em fazer com que alguns homens da patrulha atirem na direodo inimigo para atrair seu fogo, obrigando-o a revelar suas posies.

    d. Realizar um "alto-guardado" no PRPO. Esta conduta tem a finalidade deratificar ou retificar o planejamento, atravs de um reconhecimento aproximado echecar com os comandantes subordinados os locais exatos de cada um dosgrupos e suas misses especficas.

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    Fig 2-5 Patrulha mantendo a atividade inimiga sob vigilncia

    ARTIGO III

    PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE COMBATE

    2-19. CLASSIFICAO QUANTO FINALIDADE DA MISSOa. Segundo a misso, as patrulhas de combate so classificadas em:

    (1) patrulha de oportunidade(2) patrulha de destruio

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    (3) patrulha de neutralizao(4) patrulha de segurana(5) patrulha de resgate(6) patrulha de captura(7) patrulha de contato(8) patrulha de interdio(9) patrulha de inquietao

    (10) patrulha de suprimento(11) patrulha de emboscada

    b. Estas patrulhas apresentam peculiaridades, principalmente, quanto organizao e forma de atuao.

    2-20. PATRULHA DE OPORTUNIDADEa. Generalidades

    (1) uma patrulha lanada em determinada rea, com a finalidade deatuar sobre alvos compensadores que venham a surgir.

    (2) Alvo compensador todo aquele cuja importncia ttica se sobreponhas baixas que a patrulha poder sofrer ao executar a misso.

    (3) Como no h alvo definido, cabe ao comandante da patrulha decidir,baseado na misso do escalo que a lanou, se o alvo surgido em sua rea deatuao ou no compensador.

    (4) H necessidade de dados precisos ou de informaes a respeito dealvos ou instalaes existentes, das possibilidades do inimigo e de suas atividadesatuais na rea.

    b. Organizao(1) Apesar da necessiade de se dispor de dados precisos ou de informaes

    a respeito de alvos, instalaes, atividades e possibiliades do inimigo na reaconsiderada, o local exato do objetivo e o poder do inimigo s sero conhecidosna oportunidade do encontro. Deste modo, uma patrulha de oportunidade deve ter uma organizao flexvel, que lhe permita adaptar-se situao apresentada.

    (2) A fim de evitar o fracasso, o comandante deve conduzir o estudo desituao de modo a:

    (a) concluir sobre os tipos de alvo que podero surgir em sua rea,aps a anlise das informaes recebidas sobre o inimigo;

    (b) considerar cada alvo compensador que possa surgir, como umpossvel objetivo da patrulha;

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    (c) decidir o qu e como fazer, visto que o local e a hora sero conhecidosna oportunidade do encontro, para cada possvel objetivo; desta forma ter a

    organizao necessria para cada caso.c. Ordens e ensaios

    (1) Verificar se cada homem e cada grupo conhece os detalhes de suafuno para as condutas levantadas.

    (2) Realizar o ensaio para todas as situaes possveis, de modo a evitar quaisquer dvidas sobre o qu, quando e como fazer.

    (3) Realizar o ensaio dos sinais e gestos convencionados.d. Ao no objetivo

    (1) Para se conseguir a surpresa sobre o inimigo, h necessidade daadoo de medidas de segurana nos deslocamentos, tais como:

    (a) correta utilizao da ponta;(b) disperso;(c) disciplina de luzes e/ou rudos;(d) camuflagem;(e) correta utilizao do terreno;(f) outras medidas julgadas necessrias.

    (2) A patrulha dever estar exaustivamente ensaiada na execuo dastcnicas de ao imediata, para o caso de ser surpreendida pelo inimigo.

    (3) Avistado o inimigo, o comandante deve realizar um rpidoreconhecimento, decidir sobre o dispositivo a adotar e transmitir as ordensnecessrias aos subordinados. Em seguida, a patrulha cumpre a misso.

    2-21. PATRULHA DE DESTRUIOa. Generalidades

    (1) Exige um planejamento detalhado do processo de destruio, domaterial a ser utilizado e do emprego de peritos.

    (2) Em alguns casos, a destruio pode ser feita pelo fogo.(3) Particular ateno deve ser dada ao ensaio do pessoal e ao teste do

    equipamento a ser utilizado na destruio.b. Organizao So organizados um ou mais grupos especficos para a

    realizao da tarefa essencial, que destruir. O grupo de destruio o responsvelpela preparao e utilizao do material.

    c. Ao no objetivo(1) O grupo de destruio atua, normalmente, aps a ao dos grupos de

    assalto e de apoio de fogo.

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    (2) Nos casos em que a destruio possa ser realizada apenas pelo fogo,o grupo de destruio recebe armamento especfico, necessrio para a execuo

    de sua tarefa.

    2-22. PATRULHA DE NEUTRALIZAOa. Generalidades

    (1) A patrulha lanada com a misso de neutralizar (eliminar ou capturar)elementos ou grupo de elementos especficos.

    (2) Em alguns casos, um reconhecimento prvio fornece a identificaodo objetivo, que facilitada pela utilizao de fotografias, desenhos e descries.

    b. Organizao Normalmente, possui um grupo com a misso de neutralizar.Os demais grupos dependem da misso especfica e, normalmente, so de efetivosreduzidos.

    c. Ao no objetivo(1) A neutralizao pode ser feita distncia, utilizando-se caadores ou

    atravs de um assalto.(2) As misses dos grupos so iguais s das demais patrulhas de combate.(3) Deve-se dobrar os meios para o grupo de neutralizao, evitando o

    fracasso da misso.

    2-23. PATRULHA DE SEGURANAa. Generalidades

    (1) A patrulha de segurana cumpre uma ou mais das misses a seguir.(a) Cobrir os flancos, a frente, a retaguarda, os intervalos e os itinerrios.Poder tambm proteger unidades em movimento (comboios).

    (b) Vigiar uma rea ou setor, de modo a prevenir e evitar a infiltrao doinimigo, bem como ataques de surpresa.

    (c) Localizar e neutralizar o inimigo remanescente ou infiltrado em reaamiga (limpeza).

    (d) Executar toda e qualquer ao que possa ser definida pelo termogenrico patrulhar.

    (2) A segurana a ser proporcionada pode implicar no engajamento com oinimigo.

    (3) Enquadram-se, neste tipo de patrulhas, aquelas lanadas com afinalidade de ligar postos de segurana.

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    b. Organizao(1) Sua organizao particular depende, essencialmente, da misso

    especfica que receber. Deve-se considerar, tambm, as possibilidades do inimigoe o terreno.

    (2) Quando a situao e a misso apresentam grandes possibilidades deum engajamento com o inimigo, a patrulha deve ser dotada de um adequado poder de combate.

    c. Ao no objetivo(1) A patrulha deve ocupar pontos que favoream a dominncia sobre as

    vias de acesso, pontos de passagem obrigatria e/ou reas que permitam adissimulao de elementos infiltrados, de modo a proporcionar segurana atravsda vigilncia e cobertura de setores ou reas, a partir desses pontos.

    (2) Patrulhar a rea abrangida pela misso. Neste caso, devem ser levantados os pontos e itinerrios a serem percorridos e a patrulha deve estar adestrada e preparada para o combate de encontro. A patrulha deve evitar oestabelecimento de uma rotina no seu patrulhamento. Os intervalos de tempo, ositinerrios e as seqncias devem ser alterados, evitando-se deixar qualquer espaosem patrulhamento por longos perodos de tempo.

    (3) Combinar a vigilncia com o patrulhamento nas reas ou locais sobreos quais a observao seja limitada.

    2-24. PATRULHA DE RESGATEa. Generalidades

    (1) O resgate consiste nas aes de recuperao de material ou pessoalamigo, que esteja retido em rea ou instalao hostil ou sob controle do inimigo.

    (2) No planejamento devem ser previstos os meios necessrios ao transportedo material ou pessoal a ser resgatado. Em se tratando de pessoal, deve-seconsiderar a possibilidade do resgatado estar ferido.

    b. Organizao(1) O escalo de assalto organizado em um ou mais grupos de resgate

    e, normalmente, em um grupo de assalto.(2) Outros grupos podero integrar o escalo de assalto, de acordo com

    as tarefas complementares a serem executadas.(3) O escalo de segurana organizado levando-se em considerao o

    nmero de vias de acesso que incidem no objetivo.c. Ao no objetivo

    (1) O(s) grupo(s) de resgate deve(m) localizar o material ou pessoal a ser

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    resgatado. Ao iniciar a ao, cabe ao grupo de resgate alcanar, o mais rpidopossvel, o seu alvo, proteg-lo e retir-lo da rea do objetivo. No retraimento, o

    responsvel pela conduo ou proteo do pessoal e material a ser resgatado,podendo ser reforado para tal ao.(2) Medidas de coordenao devem ser adotadas a fim de evitar que os

    fogos realizados pela patrulha dificultem ou impeam as aes do(s) grupo(s) deresgate.

    2-25. PATRULHA DE CAPTURAa. Generalidades

    (1) A misso de capturar pessoal e/ou material inimigo tem por finalidade:(a) obter dados;(b) abater-lhe o moral;(c) priv-lo de chefes ou lderes importantes.

    (2) A misso de captura consiste nas aes de conquista e conduopara as linhas amigas, de determinado material e/ou pessoal inimigo.

    (3) Conduzir meios para a correta identificao do pessoal ou material.b. Organizao

    (1) O escalo de assalto organizado em um ou mais grupos de capturae, normalmente, um grupo de assalto.

    (2) Outros grupos podero integrar o escalo de assalto, de acordo comas tarefas complementares a serem executadas.

    (3) O escalo de segurana organizado levando-se em considerao onmero de vias de acesso que incidem no objetivo.

    c. Ao no objetivo(1) O mximo de surpresa, rapidez e sigilo so essenciais para o xito da

    misso.(2) A primeira preocupao do grupo de captura a localizao exata do

    elemento ou do objeto a ser capturado. Ao iniciar a ao, cabe ao(s) grupo(s) decaptura alcanar(em) rapidamente o alvo, aprision-lo ou tom-lo, retirando-o darea do objetivo. Tomar medidas tticas para bloquear uma possvel fuga, quandoa misso for capturar pessoal.

    (3) Medidas de coordenao so adotadas a fim de evitar que os fogos

    realizados pela patrulha atinjam o elemento a ser capturado ou dificultem / impeama ao de captura.(4) No obtendo a surpresa, incitar o inimigo rendio, desde que o

    dispositivo adotado impossibilite a sua fuga.

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    2-26. PATRULHA DE INTERDIOa. Generalidades

    (1) A misso das patrulhas de interdio consiste em impedir que o inimigose beneficie de determinada regio, instalao ou material, durante um perodo detempo.

    (2) A misso de interdio pode ser cumprida, no caso de instalaes,atravs da utilizao de explosivos, agentes QBN, da utilizao do fogo, de aesde sabotagem e de outras formas.

    (3) A interdio tambm pode ser executada pela ocupao fsica e pelamanuteno da rea considerada.Nesse caso, deve-se, inicialmente, conquistar a posio (ou simplesmente ocup-la caso a mesma no esteja sendo defendida)e, em seguida, estabelecer-se uma defesa circular, reforando os setores commaior probabilidade de atuao do inimigo.

    (4) Conforme a situao, pode ser importante a participao de especialistaspara a atuao em alvos especficos (especialistas de rea, engenheiros, qumicosetc).

    b. Organizao As patrulhas de interdio possuem organizao flexvel, de acordo com a

    natureza da ao a ser executada (uso de explosivos, sabotagem, manutenodo terreno etc).

    c. Ao no objetivo(1) Nas patrulhas de interdio a ao no objetivo transcorrer de acordo

    com a peculiaridade da misso imposta.

    (2) Nas patrulhas de interdio com emprego de tcnicas de sabotagem,o sigilo fundamental.

    2-27. PATRULHA DE CONTATOa. Generalidades

    a patrulha lanada com a finalidade de estabelecer contato comelementos amigos.

    b. OrganizaoO efetivo da patrulha menor e conduzido pouco armamento.

    c. Ao no objetivo

    (1) Selecionar o ponto designado para o contato ou onde ele pode ocorrer.(2) O contato pode ser feito atravs de ligao pessoal, pela vista ou por

    meio do rdio.(3) Estabelecer medidas para obteno do sigilo.

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    (4) Evitar o combate decisivo, salvo se estiver imposto na misso.(5) Informar, de imediato, o estabelecimento do contato.

    2-28. PATRULHA DE INQUIETAOa. Generalidades

    (1) Uma patrulha de inquietao pode receber as seguintes misses: causar baixas, dificultar o movimento, perturbar o descanso do inimigo etc.

    (2) Nas operaes de Garantia da Lei e da Ordem, uma misso deinquietao impede ou dificulta a reorganizao das foras adversas, obrigando-as a se movimentarem constantemente.

    b. Organizao(1) Normalmente, as patrulhas de inquietao possuem um escalo de

    segurana reforado, constitudo de vrios grupos de segurana.(2) O escalo de assalto definido por grupos de inquietao e apoio de

    fogo. Quando a inquietao for feita basicamente pelo fogo, o grupo de apoio defogo ser reforado em homens e armamento.

    (3) Em ambiente operacional de difcil visibilidade e conseqente dificuldadede controle, pode se organizar grupos de inquietao e segurana.

    c. Ao no objetivo(1) As aes so rpidas e agressivas, considerando a prpria finalidade

    da misso.(2) No comum o engajamento da patrulha no combate aproximado.

    (3) Quando a finalidade for perturbar o descanso ou dificultar o movimento,pode-se inquietar pelo fogo.

    (4) A inquietao visando causar baixas pode ser executada pelo fogo,pelo assalto ou combinao de ambos.

    (5) O emprego de helicpteros favorece as aes de inquietao.(6) Bons conhecimentos da montagem de emboscadas imprevistas, bem

    como um adestramento das tcnicas e aes imediatas, favorecem o cumprimentoda misso.

    2-29. PATRULHA DE SUPRIMENTO

    a. Generalidades(1) A patrulha de suprimento tem a misso de suprir uma unidade destacada

    ou que se encontre em ambientes operacionais sob condies especiais, quenecessite de certos suprimentos, impossibilitados de chegar pelos meios normais.

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    (2) A patrulha de suprimento cumpre sua misso de duas formas:(a) forma direta: h contato fsico entre o elemento apoiador e o apoiado

    para a entrega ou a busca de suprimento. aconselhvel que se estabelea umaligao prvia entre o elemento apoiador e o apoiado, facilitando-se a coordenao.(b) forma indireta: atravs da utilizao do suprimento pr-posicionado

    em local pr-determinado. Normalmente, no h necessidade de ligao entre afrao que supre e a frao que se utiliza do suprimento pr-posicionado.

    (3) Alm do homem, animais podem ser empregados para auxiliar notransporte. Viaturas e aeronaves tm seu emprego condicionado pelas vias detransporte, condies meteorolgicas e pela necessidade de manuteno do sigilodas operaes. Tais meios podem ser empregados at determinados pontos oureas, ganhando-se em rapidez e diminuindo o desgaste fsico dos patrulheiros,sem, no entanto, comprometer a segurana e o sigilo da operao em andamento.

    (4) Nos deslocamentos at a rea do objetivo, utilizar formaes quepossibilitem segurana do pessoal empregado no transporte do suprimento. Avelocidade de deslocamento da patrulha definida pelos grupos com maior carga.

    b. Organizao(1) A quantidade e o tipo de suprimento a ser transportado, bem como as

    distncias e o ambiente operacional so fatores que influiro decisivamente naorganizao da patrulha.

    (2) Forma direta - Poder ser constitudo um escalo de suprimento esegurana, com tantos grupos de suprimento e segurana quantos foremnecessrios. Tal organizao permitir que os grupos possam prover sua prpriasegurana e facilitar as atividades de rodzio.

    (3) Forma indireta - As patrulhas de suprimento na forma indireta apresentamorganizao flexvel, de acordo com o ambiente operacional, grau de sigilo exigidoe peculiaridades da forma de pr-posicionamento.

    c. Ao no objetivo(1) Forma direta

    (a) Prever a ocupao de um ponto de reunio prximo ao objetivo,buscando contato com a tropa amiga sempre em segurana e ainda com horas deluz.

    (b) A entrega do suprimento, sempre que possvel, segue a seguinteseqncia:

    - contato rdio, com autenticao, antes do contato visual;

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    - definio do local e direo de aproximao, facilitando o contatopara a troca de senha, caso no tenha sido definido com exatido;

    - em segurana e no local combinado, realizar a troca de senha econtra-senha, conforme IE Com Elt;- efetuar a entrega do suprimento.

    (c) Elementos do escalo de segurana realizam o contato.(2) Forma indireta

    (a) Ocupar um ponto de reunio prximo ao objetivo, identificar apresena ou no do inimigo,verificar o local do pr-posicionamento, balizando-o,se for o caso.

    (b) Sendo o suprimento pr-posicionado em rea urbana e, havendo anecessidade de realizar contato com elementos existentes no local, o comandantedever designar elementos da patrulha para tal misso, devendo evitar realizar pessoalmente este contato.

    (c) Caso no haja vias de acesso definidas, a segurana dever ser circular (em todas as direes).

    (d) Em determinadas situaes, pode haver a necessidade da realizaode trabalhos de sapa para a instalao de um suprimento pr-posicionado.

    (e) Em determinadas situaes, pode haver a necessidade da eliminaode vestgios e/ou camuflagem do local onde foi pr-posicionado o suprimento.

    2-30. PATRULHA DE EMBOSCADAa. Generalidades

    (1) Emboscada um ataque de surpresa, contra um inimigo em movimento

    ou temporariamente parado, desencadeado de posies cobertas, com a finalidadede destru-lo, captur-lo, inquiet-lo ou causar-lhe danos materiais.(2) O espao do terreno onde ela montada denomina-se local de

    emboscada. Denomina-se rea de destruio, a poro do local de emboscadaonde so concentrados os fogos destinados ao alvo.

    (3) A emboscada altamente eficaz em qualquer tipo de operao por no exigir a conquista ou manuteno do terreno, permitindo que foras de pequenovalor destruam foras de maior poder de combate.

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    Fig 2-6.Patrulha executando uma emboscadab. Fatores que favorecem o xito de uma emboscada

    (1) Planejamento - Deve ser meticuloso e detalhado, abordando o efetivoda patrulha, o local da emboscada, o material, a preparao, os ensaios, osdeslocamentos, a ocupao e preparao das posies, a camuflagem, a disciplinade fogo, o armadilhamento na rea de destruio e adjacncias, o controle, aconduo da emboscada, o retraimento e a reorganizao.

    (2) Controle Deve ser exercido um controle cerrado sobre a patrulha.Comunicaes adequadas, definio de um sistema de segurana e alerta,observao constante e conhecimento da situao facilitam o controle. Preparar os homens, alertando-os da mudana repentina, de uma situao de expectativapara um estado de agressividade mxima.

    (3) Pacincia - essencial para a manuteno do sigilo durante o tempode espera. Normalmente, a patrulha mantida na posio por muito tempo, exigindodisciplina e controle do sistema nervoso. A espera no deve ser muito prolongada,pois acarretar um desgaste fsico ou psicolgico da tropa emboscante. Para quese reduza tal desgaste, necessrio que se planeje um rodzio dos homens emprontido, entretanto, h casos histricos de longas esperas.

    (4) Camuflagem um fator de grande importncia para a obteno dasurpresa. importante que sejam mantidas as caractersticas e a fisionomia doterreno.

    (5) Informaes sobre o inimigo O comandante da patrulha recebe todasas informaes disponveis sobre o inimigo, tais como: efetivo, natureza e direode deslocamento. Essas informaes so essenciais para o xito da emboscada.

    (6) Seleo do local O local ideal aquele que oferece o mximo devantagens para a tropa emboscante nos aspectos observao e campos de tiro,

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    cobertas e abrigos, obstculos, acidentes capitais e vias de acesso. O inimigodeve ter observao limitada, campos de tiro reduzidos, ficar descoberto e deparar-

    se com obstculos que restrinjam seu movimento, canalizando-o para a rea dedestruio. Desfiladeiros, gargantas, cursos dgua, barrancos ou aclives soacidentes do terreno que favorecem a montagem de uma emboscada. O empregode obstculos artificiais (concertinas, armadilhas etc), ajudam a causar baixas ediminuem a capacidade de reao do inimigo. A criatividade do comandante dapatrulha influi positivamente na adequao ttica do local da emboscada. Deve-seter o cuidado de no deixar marcas ou vestgios que possam denunciar o local daemboscada.

    (7) Surpresa Obtm-se pelo sigilo, pela camuflagem e pela pacincia.(8) Rapidez Aplic-la, aproveitando o impacto da surpresa.(9) Fogo Violento o emprego do mximo volume de fogos, num pequeno

    espao de tempo.(10) Simplicidade O planejamento e a conduo das aes devem ser os

    mais simples possveis. A simplicidade permite uma maior flexibilidade em qualquer conduta.

    (11) Adestramento Adquirido atravs da instruo terica e prtica,favorecendo a aplicao eficaz das tcnicas de emboscada.

    (12) Ensaio das aes O ensaio, executado com o mximo de realidade, condio fundamental para a atuao coordenada dos escales e grupos nasdiversas fases da misso de emboscada.

    c. Classificao das emboscadas(1) Geral

    (a) Emboscada de ponto - Caracteriza-se pela existncia de uma nicarea de destruio, baseada em informes precisos sobre o inimigo.

    (b) Emboscada de rea - Consiste em vrias emboscadas de pontosob um comando nico, ao longo dos diversos itinerrios de acesso ou retraimentodo inimigo.

    (2) Quanto aos dados sobre o alvo(a) Emboscada deliberada - planejada especificamente para um

    determinado alvo. Necessita de dados detalhados sobre o inimigo.(b) Emboscada de oportunidade - Os dados disponveis no permitem

    um planejamento detalhado antes da partida. So preparadas para atacar um alvocompensador.

    d. Organizao(1) Consideraes bsicas

    (a) A montagem de uma emboscada depende da finalidade da operao,do inimigo a ser emboscado, do local escolhido e dos meios disponveis. Umestudo de situao adequado facilita a deciso do comandante.

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    (b) O efetivo e o dispositivo da tropa emboscante um fator preponderante nas aes de uma emboscada.

    (2) Escalo de Segurana(a) Grupo de Proteo

    - Tem por finalidade impedir ou retardar o envio de reforos inimigospara o local da emboscada. Ocupa posies ao longo das provveis vias de acesso,podendo preparar pequenas emboscadas com objetivo de retardar o inimigo.

    - O grupo de proteo deve planejar suas emboscadas e estar emcondies de atuar em emboscadas imprevistas. Outra misso do grupo proteger o retraimento da patrulha. Para isto, deve colocar-se em locais onde possa bater,pelo fogo, o local da emboscada e os itinerrios de retraimento. Quando a formado terreno dificultar a proteo adequada ao retraimento, o grupo deve atuar paradesengajar o escalo de assalto, se for o caso.

    (b) Grupo de Vigilncia- Tem por misso informar a aproximao do inimigo, identificando-

    o e levantando outros dados sobre a sua situao (valor, dispositivo etc).- Como meio de comunicao deve usar telefone, a sinalizao visual

    e/ou mensageiro (eventualmente o rdio).- Nas patrulhas de pequeno efetivo, a misso de vigilncia pode ser

    cumprida pelo grupo de proteo.(c) Grupo de Acolhimento

    - Sua misso guardar o Ponto de Reunio Prximo do Objetivo(PRPO), onde a patrulha se reorganizar, aps a emboscada. Permanece emposio durante toda a operao. O comandante do grupo deve tomar as medidasnecessrias para evitar incidentes. O conhecimento da localizao geral da patrulha,

    do sistema de segurana, das comunicaes e das possveis evolues da situaottica, favorece o cumprimento da misso.- importante que os integrantes do grupo tenham perfeito

    conhecimento da utilizao da senha e contra-senha.(3) Escalo de Assalto

    (a) Grupo de Bloqueio- Tem por finalidade impedir que o inimigo emboscado saia da rea

    de destruio. Cumpre esta misso lanando obstculos, executando fogos,dificultando ou impedindo a progresso do inimigo.

    - Realiza o trabalho de lanamento de obstculos juntamente como Grupo de Assalto.

    (b) Grupo de Apoio de Fogo- Organizado quando houver a previso do combate corpo-a-corpo.Tem por finalidade apoiar, pelo fogo, a ao do Grupo de Assalto.

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    (c) Grupo de Assalto- aquele que executa a ao principal da emboscada. O assalto

    pode ser realizado pelo fogo, pela ao fsica direta contra o inimigo ou por ambos.- A ao do grupo de assalto definida pela misso (inquietar, obter

    suprimentos, causar baixas etc). A distribuio dos setores de tiro deve ser umadas principais preocupaes do comandante do grupo.

    - Em qualquer situao, o grupo de assalto age com o mximo deviolncia e rapidez.

    - o responsvel pela preparao e lanamento dos obstculos.(d) Grupo de Tarefas Essenciais

    - Constitudo de vrias equipes ou grupos, todos com tarefas impostaspela misso (matar, destruir, capturar pessoal, capturar material, resgatar, etc).

    (e) Grupo de Comando

    - Tem organizao, atribuies e conduta semelhantes aos diversostipos de patrulha.

    Fig 2-7. Organograma de uma patrulha de emboscadae. Formaes

    (1) Consideraes Bsicas - O dispositivo adequado da tropa, aproveitandoao mximo as caractersticas do terreno no local da emboscada, proporcionavantagens tticas para o cumprimento da misso. Em funo do terreno, do inimigo,da misso, do efetivo e dos meios disponveis, pode-se empregar uma dasformaes descritas a seguir.

    (2) Flanqueamento Simples- Dispositivo simplificado.- Necessita de terreno com elevao em apenas um dos lados.- Possibilita o emprego conjunto de todas as armas.- Utiliza um s itinerrio de retraimento.- Facilita o controle.

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    Fig 2-8. Flanqueamento simples(3) Em L

    - Utiliza terreno com curva e aclive.- Possibilita o emprego conjunto de todas as armas.

    - Emprega um s itinerrio de retraimento.- Facilita o controle.- Ataca o inimigo frente e por um dos flancos.

    Fig 2-9. Emboscada em L(4) Em U

    - Exige terreno que oferea posio de tiro de cima para baixo.- Necessita de grande potncia de fogo.- Dificulta a reao do inimigo.- Utiliza mais de um itinerrio de retraimento.- Dificulta o controle.- importante conhecer a direo de progresso do inimigo.

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    Fig 2-10. Emboscada em U(5) Frontal

    - Necessita de grande potncia de fogo.- eficaz nas aes de retardamento.

    - Possibilita a entrada em posio para nova emboscada.

    Fig 2-11. Emboscada frontal(6) Em V (uma variante da frontal)

    - Muito empregada em ambiente com restries de visibilidade (selva).- Necessita de muita coordenao, principalmente dos fogos.- A abertura do V favorecida quando se conhece a direo de

    aproximao do inimigo.

    Fig 2-12. Emboscada em V

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    (7) Minueto- Exige tropa altamente treinada.

    - O terreno influi na escolha do local.- Confunde totalmente o inimigo, dificultando sua reao.- empregada contra um inimigo forte.- Proporciona boa observao e campos de tiro.- Dificulta o controle.- Utiliza mais de um itinerrio de retraimento.- Conduta: quando o inimigo estiver na rea de destruio, desencadeia-

    se o fogo da rea 01, o inimigo contra-ataca e a fora da rea 01 retrai, sendoaberto neste momento, o fogo de outra rea e assim sucessivamente, at que oinimigo tenha sido destrudo completamente.

    Fig 2-13. Minueto(8) Flanqueamento Duplo

    - Semelhante emboscada em U.- Pode ser desencadeada independente da direo de aproximao doinimigo.

    Fig 2-14. Flanqueamento duplo

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    (9) Circular - , normalmente, empregada quando no se sabe a direo de

    aproximao do inimigo, mas se tem a certeza de que ele passar pelo local daemboscada. Monta-se uma emboscada em 360 com os setores de tiro voltadospara a periferia.

    Fig 2-15. Emboscada circular (10) Em Rodamoinho

    - Empregada em cruzamento de estradas.- No se conhece a direo de aproximao do inimigo.- A tropa colocada em quadrantes opostos.

    Fig 2-16. Emboscada em rodamoinho

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    (11) Com Isca- A isca deve ser dotada de grande mobilidade e ter condies de

    retrair para uma posio abrigada.

    Fig 2-17. Emboscada com iscaf. Conduta de uma emboscada

    (1) Consideraes bsicasDepende, principalmente, de sua finalidade (inquietao ou destruio)

    e das informaes sobre o inimigo (deliberada ou imprevista). Deve seguir umfaseamento para o desencadeamento das aes.

    (2) Faseamento de uma emboscada.(a) Seqncia de Ocupao do Local de Emboscada

    - Grupos de Vigilncia- Grupos de Proteo- Grupo de Assalto

    - Grupos de Bloqueio(b) Preparao Aps a ocupao da posio pelos Grupos de Vigilncia e

    Proteo, os demais grupos j estaro em segurana para desencadear apreparao do local da emboscada.

    Lanamento de fios para comunicao (grupo de vigilncia), deobstculos balizados alm e aqum da rea de destruio (grupo de assalto), deobstculos perpendiculares direo de aproximao do inimigo (grupo debloqueio).

    (c) Alerta e identificaoRealizado pelo grupo de vigilncia. Aps ter tomado conhecimento,

    o comandante da patrulha, atravs de um sistema silencioso (ligao por meiofio), retransmite os dados aos patrulheiros.

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    (d) Desencadeamento dos fogos (abrir fogos)Conforme o planejamento e, normalmente, mediante sinal do

    comandante da patrulha. O inimigo, nesse momento, deve estar numa situaoem que os fogos lhe causem o maior nmero de baixas possveis.

    (e) Cessar fogoObedecendo ao planejado ou mediante ordem do comandante da

    patrulha. Cessado os fogos, tem incio o assalto.(f) Assalto

    Rpido e agressivo, cumprindo a finalidade da misso.(g) Retraimento do grupo de assalto

    Mediante um sinal do comandante do grupo de assalto e com acobertura do grupo de proteo.

    (h) Retraimento geralRetrai primeiro o escalo de assalto e depois o(s) grupo(s) de

    proteo. Normalmente, a patrulha se reorganiza em um ponto de reunio, guardadopelo grupo de acolhimento. importante que este itinerrio de retraimento sejabalizado.

    g. Causas de fracasso de uma emboscada(1) Rudos de engatilhamento.(2) Disparos prematuros.(3) M camuflagem (seja individual ou das posies).(4) Falta de segurana em todas as direes.

    (5) Incidentes de tiro com o armamento.(6) Emprego incorreto dos sinais convencionados.(7) Apoio de fogo deficiente.(8) Despreparo psicolgico dos homens.(9) Atuao lenta e pouco agressiva.

    h. Observaes para montagem das emboscadas(1) No dividir o comando.(2) Assegurar-se de que cada homem est perfeitamente familiarizado

    com sua funo e com a misso que recebeu.

    (3) Fazer o plano de fogos, de forma a cobrir toda a rea de destruio,bem como as provveis vias de retraimento do inimigo.

    (4) Determinar rigorosa disciplina de luzes e rudos, proibindo qualquer barulho ou qualquer ponto luminoso.

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    (5) Proibir que os homens fumem.(6) Determinar aos homens que atirem para baixo. Um ricochete menos

    danoso do que um tiro que no acerta um alvo (preciso e segurana).(7) Fazer uma escala para os elementos de segurana, quando o perodo

    de espera for longo.(8) Inspecionar as posies, locais armadilhados e verificar se esto

    balizados para o assalto e retraimento dos grupos, verificando, principalmente, acamuflagem e os setores de tiro.

    (9) Definir locais especficos para as necessidades fisiolgicas e baliz-los.

    (10) Lanar um dispositivo de armadilhas com granadas de mo, a fim deimpedir a saida do inimigo da rea de destruio.

    (11) Posicionar-se onde melhor possa observar a rea de destruio econtrolar a ao.

    ARTIGO IV

    TCNICAS DE ASSALTO

    2-31. GENERALIDADESa. O assalto tem por propsito conquistar o objetivo, destruindo ou

    neutralizando (mesmo que temporariamente) a resistncia inimiga.b. O assalto deve ser potente e rpido. Um vacilo ou indeciso do grupo de

    assalto, diante de uma resistncia inesperada do inimigo, pode frustrar toda aao no objetivo e, em conseqncia, o cumprimento da misso.

    c. Os fogos executados durante o assalto devem ser precisos, a fim detorn-lo eficiente. Isso s ser possvel mediante um eficaz adestramento e ensaiosexaustivos.

    d. O grupo de assalto deve valer-se ao mximo do uso de granadas efumgenos. Alguns homens do grupo de assalto devem ser designados para manter uma cadncia regular de tiro, a fim de manter um volume constante de fogos eobter um recobrimento de tiros durante as trocas de carregadores.

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    e. Outros grupos (particularmente o de tarefas essenciais) que sucedem ogrupo de assalto na seqncia da ao no objetivo, devem se posicionar no terreno

    (distncia/cobertas e abrigos) de forma que, preferencialmente, no se engajemnos fogos do assalto.f. A posio coberta (se possvel abrigada) no terreno, a partir da qual o grupo

    de assalto, dentro do dispositivo adotado, desencadeia sua ao, chama-se posiode assalto. Ela deve estar o mais prximo possvel do objetivo, sem comprometer o sigilo. Deve tambm ser definida no planejamento detalhado, por intermdio doestudo da carta, fotos, esboos e quaisquer outros dados ento disponveis. Narea do objetivo, o comandante de patrulha, juntamente com os comandantes doescalo e do grupo de assalto, deve, durante o reconhecimento aproximado, ratific-la ou retific-la.

    g. Em seu planejamento, o comandante de patrulha deve definir qual a melhor forma de assaltar o objetivo e ensai-la exaustivamente. O assalto pode ser:

    - contnuo : quando o grupo de assalto abandona a posio de assalto eem um movimento contnuo atinge o objetivo.

    - por lanos : quando o grupo de assalto se subdivide em equipes, queabandonam a posio de assalto e avanam para o objetivo realizando lanosalternados, proporcionando entre si uma base de fogos para a progresso (fogo emovimento / marcha do papagaio).

    - misto : quando o terreno ou a resistncia inimiga apresenta alteraosignificativa, sugerindo a alterao do assalto por lanos para o assalto contnuo,ou vice versa.

    - em sigilo : quando o grupo de assalto abandona a posio de assalto einicia seu deslocamento na direo do inimigo sem ser percebido. Nesse caso, o

    desencadeamento dos fogos s ocorrer quando houver a quebra do sigilo oumediante ordem.- pelo fogo : quando, devido proximidade da posio de assalto do objetivo,

    o grupo de assalto no a abandona, realizando a neutralizao definitiva daresistncia inimiga exclusivamente pelo emprego de seu armamento.

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    ARTIGO V

    INFILTRAO

    2-32. GENERALIDADESa. As aes de patrulha podem ser executadas em territrio amigo, em territrio

    inimigo ou em territrio sob controle do inimigo.b. As aes de entrada em territrio inimigo ou sob controle do inimigo exigem

    a aplicao de processos de infiltrao.c. A infiltrao consiste em uma tcnica de movimento atravs, em torno ou

    sobre posies inimigas, realizada de modo furtivo, com a finalidade de concentrar pessoal e/ou material em rea hostil ou sob controle do inimigo, visando a realizao

    de aes militares.d. As patrulhas podem utilizar, para infiltrar-se, os seguintes processos:

    OARTLIFNI

    ossecorP edadiladoM acincT odanadumedotnoP oartlifniedossecorp

    ERTSERRET

    adazirotom - euqrabmesededotnop

    pa - euqrabmeedotnop

    edogerpmemocsiamina - -

    adanibmoc - -

    OERA

    ertserretorea ocitmotua-imesotnemanal otnemanaledanoz

    levmorea

    )lamroneuqot(lamroneuqrabmesed

    retAcoLqbDZ / qbEZavosededotnop

    odariapeuqrabmesedleparropeuqrabmesed

    adipradrocropeuqrabmesed

    ocituqameavosedropeuqrabmesed

    adatropsnartoreaotlassaedosuop osuopedanoz

    osuopedopmaclamroneuqrabmesed

    adanibmoc amuedsiam megarretaedatsip

    LITUQA

    edesab-evanropropeicfrepus

    saneuqepseacrabme

    amitramadanibmoc

    lituqa)eicfrepused( aiarp

    megram / megadrobaedotnop(

    )euqrabnesedodanaadanibmoc laivulf acituqabus

    OTSIM .oartlifniedossecorpmuedsiamanibmocsiop,laususiamo

    ROPMEGASSAPARTLU

    OGIMINIOD

    ropes-aizimohahlurtapamuodnauqadaziretcarac;ogiminimuedaicnnimeanadazilaeRedelortnocbosotneta,adinifedetnemaiverpaeramunopmetedodorepodanimreted

    sarofsadotnemivomodedutrivme,euqotnemomoatatlucorecenamrepe,sagimasarof.adraugaterausaes-razilacolaassap,sagimini

    a m b i e n t e

    o p e r a c i o n a l

    p r o f u n d i d a d e

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    e. Independente do processo utilizado, a infiltrao exigir do comandanteda patrulha um planejamento meticuloso, considerando-se os fatores da deciso

    e as possveis situaes de contingncia. Nesse planejamento devem ser consideradas as medidas de coordenao e controle especficas dos diversosprocessos de infiltrao, tais como: faixas de infiltrao, linhas e/ou pontos decontrole, reas de reagrupamento, pontos de reunio no itinerrio, pontos detransbordo etc.

    f. Um ensaio criterioso das aes e das possveis situaes de contingncia condio fundamental para o sucesso da infiltrao, pois improvisaes noterritrio inimigo ou sob controle deste podem comprometer a misso.

    g. Algumas das modalidades de infiltrao, em funo de sua especificidade,exigiro dos integrantes da patrulha um elevado grau de adestramento.

    h. Para as aes de exfiltrao so utilizados os mesmos processos emodalidades da infiltrao.

    ARTIGO VI

    BASE DE COMBATE, BASE DE PATRULHA, REA DE REUNIO E REA DEREUNIO CLANDESTINA

    2-33. CONCEITOSa. Base de combate

    (1) Ponto forte que se estabelece na rea de combate ou de pacificaode uma fora em operaes na selva, em operao de pacificao e em certasoperaes em reas autnomas para assegurar o apoio logstico, proporcionar aligao com os elementos subordinados e superior, acolher e despachar tropas egarantir a durao na ao.

    (2) instalada pelo batalho ou companhia para se constituir em pontosde concentrao dos seus rgos de comando e de apoio, de sua reserva e deoutras fraes no empenhadas nos patrulhamentos ou encarregadas da seguranada base.

    (3) A reserva, normalmente, deve possuir grande mobilidade.(4) H um equilbrio entre as medidas de segurana e administrativas.

    b. Base de patrulha

    (1) Local de uso temporrio na rea de combate de companhia, a partir daqual o peloto ou grupo de combate executa aes de patrulha, reconhecimentoou combate. rea oculta na qual se acolhe a patrulha de longa durao por curtoprazo para se refazer, se reorganizar e dar prosseguimento ao cumprimento damisso.

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    (2) O tempo de ocupao, normalmente, no dever ultrapassar 48 (quarentae oito) horas, por medida de segurana e sigilo.

    (3) As bases de patrulhas so instaladas por pelotes.(4) Geralmente, delas se irradiam pequenas patrulhas.(5) As medidas de segurana e tticas prevalecem sobre as medidas

    administrativas.(6) As patrulhas no devero utilizar a mesma base duas vezes, dependendo

    da situao ttica.c. rea de reunio e rea de reunio clandestina

    (1) Destina-se ao pernoite de final de jornada ou dissimulao da patrulhadurante o dia, quando, taticamente, isso for necessrio.

    (2) Prevalecem as medidas de segurana, adequadas em funo do efetivoda patrulha e do ambiente operacional.

    (3) A instalao de uma rea de reunio semelhante a uma base depatrulha, sendo restritas as medidas administrativas.

    (4) Quando esta rea de reunio for localizada em ambiente sob o controledo inimigo denominada rea de reunio clandestina. Cabe ressaltar que nestarea, as medidas administrativas so quase inexistentes, tendo em vista o volumedas atividades inimiga e o conseqente risco de a patrulha ser percebida.

    2-34. SELEO DO LOCAL DA BASE DE PATRULHAa. O planejamento, o estudo da carta e de fotografias areas indicam os

    melhores locais para a instalao da base de patrulha.b. A escolha na carta deve ser confirmada no terreno, antes da ocupao.

    Prever um outro local, como opo.c. Na escolha do local, observa-se os aspectos a seguir.

    (1) Misso da patrulha.(2) Dissimulao e segurana do local.(3) Possibilidade do estabelecimento das comunicaes necessrias.(4) Necessidade de suprimento areo. A rea de lanamento no deve

    comprometer a localizao da base. Havendo mais de um lanamento, prever outras reas. A noite favorvel ao lanamento.

    (5) Adequabilidade da rea. Considerando o ambiente operacional, escolher um terreno seco e bem drenado e de pouco valor ttico. As medidas de seguranapreterem as medidas administrativas da patrulha.

    (6) Proximidade de uma fonte de gua, sempre que possvel.

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    2-35. FASES DA INSTALAO DE UMA BASE DE PATRULHAa. Definido o local da base, o planejamento e a preparao da instalao,

    normalmente, segue a seqncia abaixo:(1) aproximao da base;(2) reconhecimento;(3) ocupao;(4) estabelecimento de um sistema de segurana;(5) medidas administrativas;(6) inspees;(7) evacuao da base.

    b. Aproximao e reconhecimento.(1) Evitar regies habitadas.(2) Observar ao mximo a disciplina de rudos.(3) Aproveitar judiciosamente o terreno.(4) A patrulha abandona a direo de marcha em ngulo reto e faz um alto-

    guardado, numa posio coberta e abrigada, prxima do local escolhido para abase. A distncia, considerando o ambiente operacional, deve permitir a visualizaoda base e o apoio mtuo entre os elementos do reconhecimento e os quepermanecem no alto-guardado.

    (5) Reconhecimento do local exato pelo comandante da patrulhaacompanhado pelos comandantes de escales e/ou grupos, rdioperador e

    mensageiro da patrulha. Cada comandante de grupo leva um homem, que ser oguia posteriormente.(6) Designao pelo comandante da patrulha, aps reconhecimento, do

    ponto de entrada da base, que ser o ponto das 6 horas pelo processo do relgio.Em seguida, o comandante da patrulha desloca-se para o interior da base e defineo centro (PC) e o ponto das 12 horas. Os pontos 6 e 12 horas so definidos por referncias que se destaquem no ambiente.

    (7) No tendo a patrulha uma NGA de ocupao, do centro da base, ocomandante designa os setores para os grupos, utilizando-se do processo dorelgio.

    (8) Posteriormente, os comandantes subordinados reconhecem os seussetores, verificam sua situao no terreno e retornam para junto do comandantede patrulha, que se encontra no centro da base.

    (9) Os comandantes de grupo permanecem na entrada da base, aguardandoa chegada da patrulha, que dever se aproximar orientada pelos guias.

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    c. Ocupao da base de patrulha(1) O incio da ocupao, propriamente dita, deve ser feito com alguma

    luminosidade, antes do escurecer, visando preparao correta do sistema desegurana. A ocupao durante a noite dificultada pelas condies de visibilidadepara os reconhecimentos, identificao do terreno e escolha das posies.

    (2) O emprego criterioso das NGA de ocupao de uma base de patrulhaou rea de reunio aumentar o sigilo e proporcionar mais segurana patrulha.

    (3) Uma falsa base, prevista para iludir o inimigo quanto a localizao dabase principal, pode ser ocupada, quando o comandante da patrulha tiver suspeitasde perseguio. A falsa base, localizada prxima da regio da base principal,funcionar como um segundo alto-guardado e sua ocupao ser idntica a dabase principal.

    (a) O comandante da patrulha, seu rdio-operador/mensageiro, juntamente com os comandantes de grupo e seus guias, deslocam-se para oreconhecimento da falsa base.

    (b) Os guias retornam e a patrulha conduzida pelo subcomandanteat a entrada da falsa base.

    (c) Procede-se, normalmente, a ocupao.(d) Visando ganhar tempo diurno, enquanto a patrulha se instala na

    falsa base o comandante da patrulha, juntamente com os elementos dereconhecimento, partem para a base principal, dando incio a segunda fase dainstalao que o reconhecimento.

    (e) O subcomandante responde pela patrulha na falsa base at conduzi-la para a entrada da base principal, onde se encontra o comandante.

    (4) A mecnica da ocupao da base principal definida a seguir:(a) aps o reconhecimento da base principal e o retorno dos guias ao