manual de elaboracao de monografias 2013
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SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANE IRO
ESCOLA SUPERIOR DE COMANDO DE BOMBEIRO MILITAR
MANUAL DE
ELABORAO DE MONOGRAFIAS
2013
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SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANE IRO
ESCOLA SUPERIOR DE COMANDO DE BOMBEIRO MILITAR
MANUAL DE ELABORAO DE MONOGRAFIA
2013
Organizadores:
JANIRO GODOY DE ABREU - TEN CEL BM RR
TELMO ALVES DE CARVALHO PROF.
Digitao e formatao :
WAGNER MERCS DA SILVA BARBOSA SUB TEN BM
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SUM`RIO
APRESENTAO....................................... ................................................................7 1 INTRODUO ....................................... ..................................................................9 2 O QUE MONOGRAFIA ............................... ........................................................10 3 ETAPAS DO TRABALHO MONOGR`FICO ................... .......................................11 3.1 PROJETO DE MONOGRAFIA ............................................................................11
3.1.1 Escolha do tema...............................................................................................13
3.1.5 Formulao dos objetivos da pesquisa ......... ...................................................25
3.1.5.1 Objetivo geral ................................................................................................26
3.1.5.2 Objetivos especficos.....................................................................................26
3.1.6 Referencial terico .......................... .................................................................27
3.1.7 Metodologia......................................................................................................29
3.1.8 Cronograma .....................................................................................................29
3.1.9 Plano provisrio de trabalho................. ............................................................29
3.1.10 Avaliao do projeto monogrfico ..................................................................30
3.2 COLETA DE DADOS ..........................................................................................32
3.2.1 Tcnicas de coleta de dados............................................................................33
3.2.1.1 Levantamento bibliogrfico............................................................................33
3.2.1.2 Levantamento documental ............................................................................34
3.2.1.3 Entrevista ......................................................................................................34
3.2.1.4 Questionrio e formulrio ..............................................................................36
3.2.1.5 Observao ................................. ..................................................................38
3.3 REDAO DO TRABALHO MONOGR`FICO................ ....................................39
3.3.1 Caractersticas da linguagem cientfica ............................................................39
3.4 CITAES, PAR`FRASES E PL`GIOS ................. ...........................................43
3.4.1 Tipos de citao ............................. ..................................................................44
3.4.1.1 Citao .................................... ......................................................................44
3.4.1.2. Citao indireta .......................... ..................................................................45
3.4.1.3 Citao de citao ......................... ................................................................46
3.4.2Sistemas de citao ........................... ...............................................................46
3.4.2.1 Sistema autor-data ........................................................................................46
3.4.2.2 Sistema numrico..........................................................................................49
3.4.2.3 Sinais e convenes........................ ..............................................................53
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3.4.3 Parfrases ........................................................................................................54
3.4.4 Plgios..............................................................................................................56
4 NORMAS PARA COMPOSIO FSICA DO TRABALHO MONOGR` FICO........57 4.1 REGRAS GERAIS DE FORMATAO.................... ...........................................58
4.1.1 Papel ................................................................................................................58
4.1.2 Margens ...........................................................................................................58
4.1.3 Espacejamento.................................................................................................59
4.1.4 Paginao .................................... ....................................................................60
4.1.5 Indicativo de seo.......................... .................................................................61
4.1.6 Figuras ou ilustraes ....................... ...............................................................62
4.1.7 Tabelas.............................................................................................................63
4.2 PARTE EXTERNA ..............................................................................................63
4.2.1 Capa.................................................................................................................63
4.2.2 Lombada ..........................................................................................................64
4.3 PARTE INTERNA................................................................................................64
4.3.1 Pr-textual ........................................................................................................64
4.3.1.1 Folha de rosto ...............................................................................................64
4.3.1.2 Errata.............................................................................................................64
4.3.1.3 Folha de aprovao......................... ..............................................................65
4.3.1.4 Folha de proposio ....................... ..............................................................65
4.3.1.5 Dedicatria ................................ ....................................................................65
4.3.1.6 Agradecimentos ............................................................................................65
4.3.1.7 Epgrafe.........................................................................................................65
4.3.1.8 Resumo na lngua verncula .........................................................................66
4.3.1.9 Abstract .........................................................................................................66
4.3.1.10 Lista de figuras ou ilustraes ........... ..........................................................66
4.3.1.11Lista de tabelas ............................................................................................66
4.3.1.12 Lista de abreviaturas e siglas ......................................................................66
4.3.1.13 Sumrio .......................................................................................................67
4.3.2 Parte textual .....................................................................................................67
4.3.2.1 Introduo ................................. ....................................................................67
4.3.2.2 Desenvolvimento ...........................................................................................67
4.3.2.3 Concluso .................................. ...................................................................68
4.3.3 Parte ps-textual ............................ ..................................................................68
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4.3.3.1 Referncias ...................................................................................................68
4.3.3.2 Glossrio .......................................................................................................68
4.3.3.3 Apndice(s) ...................................................................................................69
4.3.3.4 Anexo(s) ........................................................................................................69
5 NORMAS PARA INDICAO DE REFERNCIAS BIBLIOGR`FIC AS .................69 5.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAO .................. ........................................69
5.2 TRANSCRIES DOS ELEMENTOS..................... ...........................................70
5.2.1 Autoria ..............................................................................................................70
5.2.1.3 Mais de dois autores .....................................................................................71
5.3 RESPONSABILIDADE INTELECTUAL DIFERENTE DE AUTOR ......................71
5.3.1 Autoria desconhecida .......................................................................................71
5.3.2 Autoria cooperativa ..........................................................................................72
5.4 TTULO E SUBTTULO .......................................................................................72
5.5 PERIDICOS NO TODO ............................. .......................................................72
5.6 LOCAL DA PUBLICAO............................ .......................................................73
5.7 EDITORA ............................................................................................................73
5.8 DATA DA PUBLICAO............................. ........................................................73
5.9 DESCRIO FSICA ............................... ...........................................................74
5.9.1 Documento em um nico volume .....................................................................75
5.9.2 Documento em mais de um volume .................................................................75
5.9.3 Partes de publicaes ........................ ..............................................................75
5.9.4 Sries e colees ............................ .................................................................75
5.10 MODELOS DE REFERNCIAS ........................ ................................................76
5.10.1 Monografia no todo ........................................................................................76
5.10.1.1 Livro.............................................................................................................76
5.10.1.2 Dissertao ou tese....................... ..............................................................76
5.10.1.3 Dicionrio ....................................................................................................77
5.10.1.4 Folheto ........................................................................................................77
5.10.1.5 Manual.........................................................................................................77
5.10.2 Monografia no todo em meio eletrnico ....... ..................................................77
5.10.3 Parte de monografia .......................................................................................78
5.10.4 Parte de monografia em meio eletrnico...... ..................................................78
5.10.5 Publicao peridica ........................ ..............................................................78
5.10.5.1 Publicao peridica no todo .............. ........................................................79
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5.10.5.2 Partes de revistas e boletim etc. .................................................................79
5.10.5.3 Artigo e/ou matria de revista, boletim etc. ................................................79
5.10.5.4 Artigo e/ou matria de revista, boletim etc. meio eletrnico .......................80
5.10.5.5 Artigo ou matria de jornal ..........................................................................80
5.10.5.6 Artigo ou matria de jornal em meio eletrnico ...........................................81
5.10.6 Eventos ............................................................................................................1
5.10.6.1 Eventos no todo ..........................................................................................82
5.10.6.2 Eventos no todo em meio eletrnico ........ ...................................................82
5.10.6.3 Trabalhos apresentados em eventos ..........................................................82
5.10.7 Documentos jurdicos .....................................................................................83
5.10.7.1 Legislao ................................ ...................................................................83
5.10.7.2 Jurisprudncia .............................................................................................84
5.10.7.3 Doutrina.......................................................................................................84
5.10.8 Documentos bblicos ........................................................................................1
5.10.9 Documentos iconogrficos .............................................................................85
5.10.10 Documentos iconogrficos em meio eletrnico............................................86
5.10.11 Documentos cartogrficos............................................................................86
5.10.12 Documentos cartogrficos em meio eletrnico.............................................86
5.10.13 Documentos sonoros....................................................................................87
5.10.15 Entrevistas e depoimentos ...........................................................................87
5.10.16 Correspondncias ........................................................................................88
REFERNCIAS........................................ .................................................................89 ANEXO A MODELO DE CAPA ........................... ...................................................91 ANEXO B MODELO DE LOMBADA ........................ ..............................................92 ANEXO C MODELO DE FOLHA DE ROSTO ................. .......................................93 ANEXO D - MODELO DE ERRATA ..........................................................................94 ANEXO E MODELO DE FOLHA DE APROVAO ............. .................................94 ANEXO F MODELO DE FOLHA DE PROPOSIO ............ .................................95 ANEXO G - MODELO DE DEDICATRIA .................... ............................................96 ANEXO H MODELO DE AGRADECIMENTO .................. ......................................97 ANEXO I MODELO DE EPGRAFE ....................... ................................................98 ANEXO J MODELO DE RESUMO EM LINGUA VERN`CULA ..... ........................99 ANEXO K MODELO DE ABSTRACT ....................... ............................................101 ANEXO L- MODELO DE LISTA DE FIGURAS .......................................................102 ANEXO M MODELO DE LISTA DE TABELAS ............... .....................................103 ANEXO N MODELO DE LISTA DE ABREVIATURAS ........... ...............................104 ANEXO O MODELO DE SUM`RIO ........................ .............................................104
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ANEXO P- MODELO DE ILUSTRAES..................... ..........................................105 ANEXO Q- MODELO DE TABELAS .......................................................................107 ANEXO R- MODELO DE GR`FICOS ....................... .............................................108 ANEXO S- MODELO DE REFERNCIAS ..................... .........................................109 ANEXO T- MODELO DE GLOSS`RIO ....................... ............................................110 ANEXO U- MODELO DE APNDICE ........................ .............................................111ANEXO V- MODELO DE ANEXO ...........................................................................112
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APRESENTAO
A monografia, documento a ser elaborado pelo Oficial Aluno, durante o curso,
tem o objetivo de mostrar o conhecimento que detm sobre um assunto de cunho
profissional que est sendo ou venha a ser aplicado na Corporao.
O tema escolhido deve ser fruto da experincia e conhecimento profissional
do autor, enriquecido de pesquisa cientfica para sua execuo e posterior
apresentao.
O trabalho requer conhecimento na rea de Metodologia Cientfica para
elaborao do projeto de pesquisa e do seu desenvol vimento, que sero base da
Monografia (Trabalho Final de Curso).
O Coordenador do Curso apresentar, na primeira semana de aula, o
formulrio de escolha do tema, com um prazo para devoluo nunca superior a 15
(quinze) dias. Antes de apresentar as propostas preenchidas com 3 (trs) temas
sugeridos, por ordem de preferncia, necessrio realizar uma pesquisa inicial em
livros, revistas e jornais que abordam o assunto referente aos temas propostos para
preenchimento dos tpicos e a proposio do trabalh o. Verificar tambm na
Biblioteca da ESCBM se o tema escolhido j no foi apresentado em anos
anteriores, com o mesmo enfoque ou profundidade.
O assunto escolhido deve ser delimitado, definindo um foco preciso para no
se perder em divagaes que podero absorver grande parte do tempo de pesquisa.
Aps a aprovao do tema ser preciso:
- Elaborar o Projeto de pesquisa buscando:
Dividir o tempo que ser dedicado a cada etapa, desde a leitura da
bibliografia, levantamento de experincias profissionais e pessoais (entrevistas,
estudos de caso...) at a redao, observando-se os prazos estipulados pela Diviso
de Ensino;
- Registrar em fichas ou arquivos de computador os dados essenciais de cada
uma das leituras;
- Concluir o Projeto entregando ao professor de Metodologia da Pesquisa
para correo no prazo estabelecido e;
- Iniciar a redao da monografia com os dados da p esquisa coletados
durante a elaborao do Projeto;
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- Aproveitar os conhecimentos adquiridos no decorrer do Curso, que sero
levados em conta pela banca na apreciao do texto monogrfico. Os trabalhos
devero ser defendidos perante a Banca Examinadora, com apresentao atravs
de recursos audiovisuais (slides, transparncias, vdeos...).
Este manual foi atualizado de acordo com as normas da ABNT 2012, atendidas as particularidades dos Cursos da Escola Superior de Comando de Bombeiro Militar.
Rio de Janeiro 04 de dezembro de 2012.
TEN CEL BM RR JANIRO GODOY DE ABREU
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1 INTRODUO
Este manual tem como principal objetivo desfazer possveis dvidas dos
alunos do Curso Superior de Bombeiro Militar no que se refere elaborao do
trabalho monogrfico, bem como orient-los no sentido da padronizao de suas
futuras produes acadmicas.
Como o intuito do manual ser um instrumento prtico e funcional, a sua
linguagem simples, incluindo inmeros exemplos para facilitar a compreenso de
como se deve ser apresentado este tipo de trabalho de modo que este atenda a
normatizao e as exigncias estabelecidas pela Escola Superior de Comando de
Bombeiro Militar.
Para tanto, este manual foi desenvolvido com base nos procedimentos
normalizadores estabelecidos pela Associao Brasil eira de Normas Tcnicas
(ABNT), tendo em vista as seguintes NBRs:
ABNT NBR 6023: 2002-Informao e documentao-Ref erncias-
Elaborao;
ABNT NBR 6024:2012-Informao e documentao-Numer ao
progressiva das sees de um documento-Apresentao ;
ABNT NBR 6027:2003- Informao e documentao Sum rio-
Apresentao;
ABNT NBR 6028:2003-Informao e documentao Res umo
Apresentao;
ABNT NBR 10520- Informao e documentao Cita es em
documentos Apresentao;
ABNT NBR 14724:2011-Informao e documentao Tra balhos
acadmicos- Apresentao e
ABNT NBR 15287:2011- Projeto de pesquisa-Apresentao
De modo complementar, recorremos literatura espec ializada, em particular,
a trabalhos j consagrados na rea de metodologia da pesquisa, referendados no
final do manual.
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2 O QUE MONOGRAFIA
Segundo Lakatos e Marconi(1992, p.151), monografia :
[...] um estudo sobre um tema especfico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto no s em profundidade, mas em todos os seus ngulos e aspectos, dependendo dos fins a que se de stina.
De acordo com Barqueiro (1979), citado por Lakatos e Marconi (1992), a
monografia no pode se limitar a mera repetio do que j foi dito por outros autores
sobre um determinado tema; ser a manifestao de op inies pessoais sem
fundamento em dados comprovados ou a exposio de i dias abstratas. Ela deve
ser o resultado de um processo de investigao rigo roso que leve ao esclarecimento
de fatos no plenamente conhecidos ou teorias obscu ras.
O processo de investigao cientfica, porm, no d eve se limitar ao simples
acmulo de informaes e observaes. preciso pro curar relaes e regularidades
entre elas. Portanto, importante saber exercer a reflexo sobre os dados coletados
seja no laboratrio ou no campo.
Como afirma Salomon(2004,p.221), Sem a marca da reflexo,a monografia
transforma-se facilmente em mero relatrio do proc edimento da pesquisa ou
compilao de obras alheias ou medocre divulga o.
A reflexo fundamental tanto no processo de elaborao quanto de
comunicao do trabalho monogrfico.
No processo de elaborao, por exemplo, a atividade reflexiva nos ajuda a
escolher o tema, o(s) problema(s), a(s) hiptese(s) , os objetivos, a metodologia a ser
aplicada, a calcular o tempo necessrio a realizao da pesquisa, a observar os
limites e dificuldades do nosso trabalho.
J no processo de comunicao, ela nos auxilia a manter organicamente
unidas as partes que compem a monografia (introdu o, desenvolvimento e
concluso), formando uma estrutura ordenada e lgic a.
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3 ETAPAS DO TRABALHO MONOGR`FICO
Descrever as etapas do trabalho monogrfico o principal objetivo dessa
seo. Na subseo 3.1, nos ocuparemos do projeto m onogrfico ou projeto de
pesquisa, considerado fundamental a realizao de t odo e qualquer trabalho
monogrfico seja do curso de graduao ou ps-gradu ao. Na subseo 3.2, sero
apresentadas as principais tcnicas de coleta de dados utilizadas em pesquisas na
rea de administrao. Na subseo 3.3, apresentare mos algumas diretrizes
bsicas para facilitar o procedimento na elaborao da redao do trabalho
monogrfico.
3.1 PROJETO DE MONOGRAFIA
O projeto de monografia ou projeto de pesquisa a primeira etapa do trabalho
monogrfico. Ele um documento que descreve o planejamento e a estrutura da
pesquisa a ser realizada pelo aluno com ajuda de um orientador.
Por pesquisa entendemos [...] o procedimento racional e sistemtico que tem
como objetivo proporcionar respostas aos problemas que so propostos
(GIL,2002,p.17). Os problemas podem ser de ordem prtica ou terica. Os de ordem
prtica decorrem do desejo de conhecer com objetivo de fazer algo de maneira
eficiente ou eficaz. Os de ordem terica decorrem d o desejo de conhecer pela
simples satisfao de conhecer.
Existem diferentes tipos de pesquisa bem como diferentes modos de
classific-las. Aqui, adotaremos a classificao proposta por Vergara (2003).
Segundo a classificao proposta por Vergara (2003, p.46-49), podemos
classificar os diferentes tipos de pesquisa a partir de dois critrios: quanto aos fins e
quanto aos meios. Observe as tabelas abaixo.
Tabela 1-Tipos de pesquisa quanto aos fins Tipo de
pesquisa Caractersticas
Exploratria
Visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torn-lo explcito ou a construir hipteses. Envolve levantamento bibliogrfico; entrevistas com pessoas que tiveram experincias prticas com o problema pesquisado; anlise de exemplos que estimulem a compreenso. Assume, em ge ral, as formas de Pesquisas Bibliogrficas e Estudos de Caso.
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Descritiva
Visa descrever as caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou o estabelecimento de relaes entre var iveis. Envolve o uso de tcnicas padronizadas de coleta de dados: questionrio e observao sistemtica. Assume, em geral, a forma de Levantamento.
Explicativa
Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrncia dos fenmenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razo, o porqu das coisas. Quando realizada nas cincias naturais, requer o uso do mtodo experimental, e nas cincias sociais requer o uso do mtodo observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Expost-facto.
Metodolgica Refere-se ao tipo de pesquisa voltada para a inquirio de mtodos e procedimentos adotados como cientficos.
Aplicada Tem por objetivo a resoluo de problemas concretos que podem ser imediatos ou no.
Intervencionista
Tem como principal objetivo interferir na realidade para modific-la. Distingue-se da pesquisa aplicada pelo compromisso de no s propor resolues dos problemas, mas tambm de r esolv-los de forma efetiva.
Adaptado do livro Projeto e relatrios de pesquisa em administrao de Sylvia Constant Vergara.
Tabela 2-Tipos de pesquisa quanto aos meios de inve stigao
Tipo de pesquisa
Caractersticas
Pesquisa de campo
um tipo de investigao emprica realizada no loc al onde ocorre ou ocorreu o fenmeno.
Pesquisa de laboratrio
Ocorre em situaes controladas, valendo-se de inst rumental especfico e preciso. Tais pesquisas, quer se realizem em recintos fechados, quer ao ar livre, em ambientes artificiais ou reais, em todos os casos, requerem um ambiente adequado, previamente estabelecido e de acordo com o estudo a ser realizado.
Documental Vale-se de documentos originais, que ainda no rece beram tratamento analtico por nenhum autor. Assim, esta pesquisa no se confunde com a bibliogrfica.
Bibliogrfica Elaborada a partir de material j publicado, como livros, artigos, peridicos, Internet, etc;
Experimental
A pesquisa experimental o mtodo de investigao que envolve a manipulao de tratamentos na tentativa de estabele cer relaes de causa efeito nas variveis investigadas. A varivel independente manipulada para julgar seu efeito sobre uma varivel dependente
Ex post facto Quando o experimento se realiza depois dos fatos;
Participante A pesquisa participante implica em uma interao social entre o pesquisador e os indivduos observados. O pesquisador participa da vida da comunidade que ele est estudando, podendo mesmo viver
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na comunidade. Ele recolhe os dados de sua observa o atravs de notas de campo que ele preenche retrospectivamente, ou seja, depois que ele participou de um evento, e no duran te a ocorrncia deste evento.
Pesquisa-ao
Pesquisa concebida em associao com uma ao; os pesquisadores e participantes da situao ou proble ma esto envolvidos de modo cooperativo ou participativo;
Estudo de caso
o tipo de pesquisa no qual um caso (fenmeno ou situao) individual estudado em profundidade para obter uma compreenso ampliada sobre outros casos (fenmenos ou situaes) similares
Adaptado do livro Projeto e relatrios de pesquisa em administrao de Sylvia Constant Vergara.
Como afirma Vergara (2003), os tipos de pesquisa n o so mutuamente
excludentes. Uma pesquisa pode ser ao mesmo tempo, bibliogrfica, documental, de
campo e estudo de caso.
3.1.1 Escolha do tema
A escolha do tema de pesquisa no uma tarefa fcil.Escolher um tema
exige reflexo profunda para embasar a deciso do p esquisador (GRESSLER,2003).
O tema de pesquisa pode surgir de diferentes situa es, tais como:
Experincia pessoal ou profissional;
Experincia cientfica prpria ou alheia;
Estudo ou leitura de textos.
Antes de optar por determinado tema, convm certificar-se de que no
existem estudos exaustivos anteriores. Procure no reinventar a roda ou redescobrir
a plvora. Devemos nos voltar para as questes que ainda no foram respondidas,
para as que foram deixadas de lado por outros pesquisadores e para as que no
foram se quer formuladas.
Por isso, antes de escolher o tema preciso:
Analisar o que voc e as outras pessoas sabem sobre o tema;
Anotar as lacunas, os aspectos obscuros do conhecimento sobre o
tema escolhido;
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Observar as incongruncias e contradies em assun tos polmicos e
nas concluses no demonstradas;
Seguir as sugestes de leituras, conferncias ou da simples reflexo.
Existem algumas perguntas que podem ajudar na escolha do tema de
pesquisa como, por exemplo:
Das coisas que estudo, o que mais me interessa?
Quais assuntos me deixam curioso (a)?
Em meu trabalho aparecem dvidas que eu no sei resolver e que me
aguam a curiosidade?
Que tema despertou meu interesse?
Esse tema est dentro do meu alcance?
Tenho acesso ao material necessrio para enfrentar esse tema?
Poderei concluir minha pesquisa dentro do prazo estabelecido?
Aps a escolha do tema, preciso delimit-lo. Delimitar indicar a
abrangncia do estudo, ou seja, estabelecer os limites extensionais e conceituais
do tema em questo.
Segundo Salvador (1977), para delimitar o tema preciso distinguir o sujeito e
o objeto da questo. O sujeito a realidade a respeito da qual se deseja saber
alguma coisa. o universo de referncia. Podem ser coisas, fatos ou pessoas a cujo
propsito realiza-se um estudo com a inteno de me lhor conhec-los ou de agir
sobre eles. O objeto o tema propriamente dito. o que se quer saber ou o que se
quer fazer a respeito do sujeito. o contedo a se focalizar.
Identificado o sujeito e o objeto, cabe agora, especificar os limites da
extenso do sujeito e do objeto, mediante:
Adjetivos explicativos ou restritivos . Pelos adjetivos explicativos,
designam-se as qualidades, condies ou estados ess enciais ao
sujeito ou ao objeto.
:
Tema: Formao do cadete militar
Sujeito : Cadete militar
Tema: Formao
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Complementos nominais de especificao . So pessoas ou coisas
que, acrescentados a substantivos ou adjetivos especificam a ao ou
sentimentos que os mesmos substantivos ou adjetivos designam.
Determinao das circunstncias. Para limitar ainda mais a extenso
do assunto podemos acrescentar as circunstncias de tempo e espao.
Como afirma Eco (2001, p.10), [...] quanto mais se restringe o campo, melhor
e com mais segurana se trabalha . (grifo do autor)
3.1.2 Pesquisa bibliogrfica preliminar
Aps a delimitao do tema, tem incio a pesquisa b ibliogrfica preliminar.
Todo tipo de pesquisa envolve uma etapa de pesquisa bibliogrfica. Naturalmente,
existe aquele tipo de pesquisa que centrado principalmente na consulta a fontes
documentrias. Neste caso, alm da procura exploratria inicial, haver um
aprofundamento quando da fase da coleta de dados com relao a outras fontes
bibliogrficas.
:
Tema: Formao cultural do cadete militar.
O adjetivo restritivo ou acidental um acrscimo arbitrrio.
:
Tema: Formao cultural do cadete militar do Corpo de Bombeiros .
Ao sujeito cadete militar, pode-se acrescentar a especificao do Corpo de Bombeiros
:
Tema: Formao cultural do cadete militar do Corpo de B ombeiros do Estado do
Rio de Janeiro entre 2000 e 2011 .
O est delimitado.
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Aqui a preocupao primeira est numa procura bibliogrfica inicial que tem
por objetivo possibilitar ao pesquisador uma visualizao dos parmetros e variveis
implcitas no tema de pesquisa. Essa anlise preliminar indispensvel, para que o
pesquisador posa bem planejar as etapas subseqente s de sua busca intelectual.
Por isso, no levantamento bibliogrfico preliminar, recomenda-se a consulta,
de incio, a obras de referncia, tais como enciclopdias e dicionrios gerais
especializados. O objetivo obter uma vasta gama de informaes relevantes sobre
o assunto especfico com o mnimo de palavras. Alm do mais, nas obras de
referncia, sempre no final de cada verbete, existe sempre uma indicao
bibliogrfica com relao ao tema procurado, fazendo com que o pesquisador tome
conhecimento no somente dos conceitos, das divise s e estrutura do conhecimento
procurado,mas tambm das principais fontes e autores que esto produzindo obras
importantes sobre o tema escolhido.
Outras fontes de consulta, nesta fase do planejamento da pesquisa, so os
livros introdutrios, as bibliografias retrospectiv as, os artigos e peridicos
informativos.
Recomenda-se que o pesquisador elabore um guia bibliogrfico, ou seja, uma
relao de obras mais importantes para consulta. No guia deve ser includo, alm
das referncias bibliogrficas, informaes resumidas sobre a obra e a importncia
que ela ter com relao ao assunto especfico da pesquisa.
O guia bibliogrfico deve ser confeccionado em forma de fichas.
Como diz o ditado chins: A tinta mais plida melhor que a memria mais
fiel. No podemos confiar apenas em nossa memria. Depois de ter lido o quinto ou
dcimo texto fica difcil lembrar, em detalhes, o que contedo do primeiro texto.
Os pesquisadores mais experientes costumam utilizar o sistema de fichas
para anotar as referncias bibliogrficas e a documentao pesquisada. Observe
como funciona este sistema.
Em geral, dividimos as fichas em:
Ficha bibliogrfica;
Ficha de citao e
Ficha de leitura.
A ficha quer bibliogrfica, quer de citao, quer de leitura, compreende:
Cabealho;
Indicao bibliogrfica;
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Corpo da ficha
O cabealho da ficha deve conter:
Ttulo Genrico;
Ttulo especfico;
Nmero de classificao da ficha.
A composio do cabealho deve obedecer ao plano de trabalho, que assume
a forma de um ndice hipottico onde o pesquisador dispe cada captulo ou seo
do trabalho a ser desenvolvido ao longo da pesquisa. Observe abaixo um exemplo
de ficha com base no plano de trabalho provisrio.
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As indicaes bibliogrficas da ficha so, praticam ente, a transcrio da folha-
da ficha do catalogrfica da obra. Todas as indicaes bibliogrficas devem
obedecer as normas estabelecidas pela ABNT-Associa o Brasileira de Normas
Tcnicas. Observe o exemplo abaixo:
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Nas fichas bibliogrficas, o corpo da ficha constitudo pelos comentrios
sobre a obra ou parte da obra.
J nas fichas de citao, o corpo da ficha constitudo pela cpia de partes
do texto consultado.
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Enquanto que nas fichas de leitura, o corpo da ficha formado pelas
observaes pessoais do pesquisador sobre a obra co nsultada, tendo por base o
problema de pesquisa. Observe abaixo os exemplos de ficha bibliogrfica, de
citao e de leitura:
3.1.3 Formulao do problema de pesquisa
Segundo Salvador (1977), Problema de pesquisa uma questo que envolve
intrinsecamente uma dificuldade terica ou prtica para qual deve ser encontrada
uma soluo.
O problema de pesquisa origina-se na mente, a partir de um conhecimento
incompleto ou uma compreenso falha e resolvido atravs de procedimentos
lgicos e metodolgicos adequados. Implica o increm ento do nosso conhecimento
sobre determinado tema.
Entretanto, o problema de pesquisa no deve ser uma pura criao da mente
do pesquisador. Ele deve surgir por ocasio das lei turas, dos debates, das
experincias, da aprendizagem, enfim da vivncia intelectual do investigador.
Antes de definir o problema de pesquisa preciso:
-
21
considerar os quadros tericos existentes, os par adigmas de pesquisa
emprica e os modelos de verificao existentes na cincia atual,
utilizados;
conhecer os trabalhos de pesquisa realizados anteriormente sobre o
mesmo tema, verificando as teorias e dados utilizados;
com base nessas teorias e dados, formular uma bateria de perguntas
sobre o tema, procurando identificar:
verificar se o tpico ou tema escolhido um fen meno que constitui
um campo para anlise;
procurar a relao existente entre as variveis.
Verificar a consistncia ou inconsistncia das teorias e dados
apresentados
Verificar as lacunas existentes no conhecimento sobre o assunto;
Realizar um levantamento provisrio de dados.
Nem todo problema passvel de tratamento cientfico. Problemas do tipo:
A igualdade to importante quanto a liberdade?
O amor melhor dos sentimentos?
Questes que indagam sobre o certo ou o errado das coisas no so
problemas cientficos, mas problemas de valor. Problemas com, por exemplo:
Como melhorar o ensino na ESCBM?
Como diminuir os congestionamentos na Av. Brasil?
O que podemos fazer para melhorar a distribuio de renda no Brasil?
Como reformular o ensino pblico?
Questes que indagam a cerca de como fazer algo no so problemas
cientficos, mas problemas de engenharia .
Todo problema cientfico deve refletir ou estabelecer a relao entre duas ou
mais variveis. Observe o exemplo no quadro abaixo:
-
22
O problema de pesquisa deve ser estabelecido de modo a permitir a
formulao de hipteses, ou seja, uma soluo provi sria para o problema.
3.1.4 Formulao da(s) hiptese(s) de pesquisa
Segundo Gressler (2003, p.121),
Hipteses e problemas so ferramentas intelectuais que do uma direo a todo procedimento relativo a uma investigao. Uma hiptese uma explicao antecipada da relao entre duas ou mais variveis.
Como ilustrao considere o seguinte problema: At que ponto o uso de
equipamentos de proteo individual (EPI) reduz o n mero de acidentes de trabalho
no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ)? A hiptese
pode ser a seguinte: O uso de equipamentos de proteo individual (EPI) reduz em
90% os casos de acidentes de trabalho no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Rio de Janeiro (CBMERJ).
Segundo Lakatos e Marconi (1992), no existe regras fixas que limitem a
elaborao de hipteses assim como no h limites p ara a criatividade humana.
Entretanto, existem algumas fontes que podem gerar hipteses como, por exemplo:
Conhecimento familiar;
Observao;
TEMA: At que ponto o uso de equipamentos de proteo ind ividual (EPI) reduz
o nmero de acidentes de trabalho no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Rio de Janeiro (CBMERJ)?
Varivel X= Uso de equipamentos de proteo individual (EPI)
Varivel Y= reduo do nmero de acidentes de trabalho no CBMERJ
X Y
-
23
Comparao com outros estudos;
Deduo lgica de uma teoria;
A cultura geral em que a cincia se desenvolve;
Analogias;
Experincia pessoal, idiossincrticas;
Casos discrepantes na prpria teoria.
Existem vrios tipos de hipteses.De acordo com a taxonomia proposta por
Gil(1987), podemos classificar as hipteses em:
Hipteses casusticas;
Hipteses que se referem freqncia de acontecim entos;
Hipteses que estabelecem relao entre variveis.
As hipteses casusticas so mais freqentes na pes quisa histrica, pois os
fatos so nicos. As hipteses casusticas se referem a algo que ocorrem em
determinado caso; quando apresentamos determinada caracterstica de um objeto,
uma pessoa ou um fato especfico. Por exemplo, podemos formular a hipteses de
que Scrates nunca existiu, que o pensamento filos fico a ele atribudo foi na
realidade elaborado por Plato.
J as hipteses que se referem freqncia de acontecimentos so comuns
em estudos antropolgicos, psicolgicos e sociolgi cos. Elas procuram antecipar a
ocorrncia, em maior ou menor intensidade, de uma determinada caracterstica num
grupo ou cultura. Por exemplo, podemos formular a hiptese de que o habito de
leitura mais intenso na faixa etria entre 15 e vinte anos.
As hipteses que estabelecem relaes entre duas ou mais variveis so
mais complexas. Em geral, elas estabelecem relaes causais entre as variveis.
Segundo Gil (1987), as relaes podem ser:
Relao causal determinista: Se X ocorre, sempre ocorrer Y.
Exemplo: Sempre que algum fala de forma articulada (Y), tem mais de dois
anos de idade (X)
-
24
Relao causal suficiente: A ocorrncia de X suficiente, independente
de qualquer outra coisa, para a subseqente ocorrncia de Y.Exemplo: a
destruio do nervo ptico (X) condio suficient e para a cegueira (Y).
Relao causal coextensiva: Se X ocorre, ento ocorrer Y. Exemplo:
medida que se desce na escala social ( X1) e aumenta o volume das
classes sociais (X2), as pessoas empregam atributos mais gerais como
critrios para situar um indivduo na estrutura (Y).
Relao causal reversvel: Se X ocorre, ento Y ocorrer; e se Y
ocorre, ento X ocorrer. Exemplo: Quem estuda mais (X) tira melhores notas
(Y); melhores notas (Y) estimulam a estudar mais (X) .
Relao causal necessria: Se ocorre X e somente X, ento ocorrer
Y. Exemplo: A experincia anterior com entorpecentes (X) e somente se
houve experincia anterior, condio para adquirir o vcio (Y).
Relao causal substituvel: Se X ocorre, ento Y ocorre, mas se H
ocorre, ento tambm Y ocorre. Exemplo: Se uma planta deixar de receber
gua (X), ento morrer (Y); se submetida a um excesso de radiao (H),
ento perecer (Y).
Relao causal irreversvel: Se X ocorre, ento Y ocorrer, mas, se
Y ocorre, ento nenhuma ocorrncia se produzir. Exemplo: mais
conhecimento (X) podem trazer maior prestgio (Y), mas maior prestgio (Y)
no trar maiores conhecimentos (X).
Relao causal seqencial: Se X ocorre, ento ocorrer Y mais tarde.
Exemplo: se infncia feliz ( X), ento maior xito na idade adulta (Y).
Relao causal contingente: Se X ocorre, ento ocorrer Y somente
se M est presente. Exemplo: A ingesto de bebidas alcolicas (X) produzir
embriagus (Y), porm somente se a quantidade ingerida for elevada (M).
Relao causal probabilista ou estocstica : Dada a ocorrncia de X,
ento provavelmente ocorrer Y. Exemplo: A ausncia da figura paterna (X)
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25
contribui para uma maior probabilidade de conduta anti-social (Y) por parte do
menor.
3.1.5 Formulao dos objetivos da pesquisa
Os objetivos mostram onde se pretende chegar com o trabalho de pesquisa.
Apontam os resultados tericos e prticos a serem alcanados.
Os objetivos devem ser formulados com a utilizao de verbos no infinitivo,
tais como, por exemplo,analisar, avaliar, compreender, constatar, demonstrar,
descrever, elaborar, entender, estudar, examinar, explicar, identificar, inferir,
mensurar, verificar, etc.Observe a tabela abaixo:
Tabela 3-Verbos teis para expressar objetivos
Aplicao Compreenso Conhecimento aplicar descrever apontar demonstrar discutir definir dramatizar explicar inscrever empregar expressar marcar ilustrar identificar nomear interpretar localizar recordar inventariar reafirmar registrar operar revisar relatar praticar traduzir repartir tratar transcrever sublinhar usar
Anlise Sntese Avaliao analisar compor avaliar calcular conjugar escolher categorizar construir estimar comparar coordenar julgar contrastar criar medir criticar dirigir selecionar debater erigir taxar diferenciar esquematizar validar distinguir formular valorizar examinar organizar experimentar planejar investigar propor provar reunir
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Os objetivos dividem-se em: Geral:
Especficos:
3.1.5.1 Objetivo geral
Relaciona-se diretamente ao problema. Ele esclarece e direciona o foco
central da pesquisa de maneira ampla.
3.1.5.2 Objetivos especficos
Definem os diferentes pontos a serem abordados, visando confirmar as
hipteses e concretizar o objetivo geral.
Problema de Pesquisa
Como os programas de televiso influenciam o compor tamento de jovens entre 12 e 16 anos, com passagem pela polcia, na cidade do Rio de Janeiro?
Objetivo Geral:
Avaliar a influncia dos programas de televiso no comportamento de jovens, entre 12 e 16, que tiveram passagem pela polcia na cidade do Rio de Janeiro.
Problema de Pesquisa
Como os programas de televiso influenciam o compor tamento de jovens entre 12 e 16 anos, com passagem pela polcia, na cidade do Rio de Janeiro?
Objetivos especficos:
Identificar os jovens que assistem freqentemente p rogramas de televiso e que tiveram passagem pela polcia;
Analisar o contedo geral dos programas de televiso veiculados pelas emissoras da cidade do Rio de janeiro;
Estudar a reao de jovens internos informao v iolenta contida nos programas de televiso;
-
27
3.1.6 Referencial terico
A reviso terica ou quadro de referncia terico c onsiste no corpo terico no
qual a pesquisa encontrar seus fundamentos. Todo projeto deve conter os
pressupostos tericos aos quais as interpretaes i ro se conformar. Eles so
inevitveis simplesmente porque no podemos evitar os pressupostos, sob pena de
ficarmos imersos to somente no senso comum.
O quadro terico um mapa que nos guia durante toda a pesquisa. No inicio
do estudo, antes do levantamento bibliogrfico, um quadro simples. O desafio do
(a) pesquisador (a) melhorar e detalhar seu quadro ao longo do estudo,
acrescentando novos fatos e informaes.
Observe o exemplo abaixo:
Qual o contexto?
Qual a histria do
problema e
o seu contexto?
Quais os atores
envolvidos?
Teorias
Hipteses
proposies
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Com base no exemplo acima, a reviso de literatura precisa responder as
seguintes questes:
Como outros pesquisadores abordaram o tema da evaso escolar?
Que outros conceitos seriam importantes para esclarecer o problema?
Quais as outras teorias ou hipteses que existem sobre evaso?
Quais as metodologias aplicadas?
Anlise da evaso na Escola Manoel das Couves
Taxa de evaso em torno de 30%.
Escola pblica localizada na rea urbana do Rio de Janeiro
Professores da rede pblica estadual.
Filhos de trabalhadores informais.
!" ##$%
A escola foi inaugurada em 1990
Vandalismos e problemas estruturais
Rodzio de professores anualmente
#$#
Evaso: total de alunos matriculados menos total de alunos com pedido de H.E. (Histrico escolar) dividido por total de alunos matriculados inicialmente
A evaso escolar est diretamente relacionada diretamente a condio socioeconmica dos alunos e ao quadro de violncia.
!&"
Os alunos abandonam a escola porque precisam trabalhar para ajudar no oramento familiar.
O conflito entre grupos rivais levam aos alunos a procurar uma escola mais segura.
-
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3.1.7 Metodologia
Neste item o pesquisador (a) dever explicar como conduzir o trabalho de
pesquisa. importante que ele (a) saiba utilizar a dequadamente os mtodos e
tcnicas de investigao.
A escolha do tipo de pesquisa, o mtodo de abordagem e o mtodo de
procedimento devem estar de acordo com o problema e os objetivos do trabalho.
Para verificar o tipo de pesquisa a ser realizada, consulte a subseo 3.1.
3.1.8 Cronograma
O cronograma um dos instrumentos de planejamento do trabalho
monogrfico. Ele assume a forma de um diagrama onde so definidas e detalhadas
todas as etapas da pesquisa a serem executadas durante um perodo de tempo
previamente estimado pelo pesquisador. Observe o exemplo abaixo.
Meses Etapas
Levantamento das fontes Entrevistas Tabulao dos dados Anlise dos dados Relatrio final
3.1.9 Plano provisrio de trabalho
Trata-se de uma primeira estruturao do trabalho, baseada em grandes
idias referentes ao assunto estudo.
Esta etapa fundamental. Antes de comear a escrever, deve-se ter presente
na mente as grandes linhas que sero as colunas mes tras do trabalho.
Se necessrio o roteiro provisrio ser reformulado no decorrer do trabalho,
pois podero surgir novas idias exigidas pelas primeiras e outras podero perder
valor.
O plano de trabalho provisrio deve auxiliar na org anizao do material de
pesquisa.
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Observe o exemplo abaixo tendo por base como tema de pesquisa
Educao Ambiental no Brasil.
3.1.10 Avaliao do projeto monogrfico
O projeto de monografia ou projeto de pesquisa dever ser entregue ao
professor de Metodologia da Pesquisa no prazo estabelecido pela Diviso de Ensino
da Escola Superior de Comando de Bombeiro Militar.
A estrutura grfica ser definida pelas recomendaes da ABNT 15287:2011
e dever conter os seguintes elementos:
Parte externa Capa Lombada (opcional)
Elementos pr-textuais Folha de rosto Lista de ilustraes (se houver) Lista de tabelas (se houver) Lista de abreviaturas e siglas (se houver) Lista de smbolos (se houver) Sumrio
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Elementos textuais Justificativa Problema de Pesquisa Hiptese(s) de pesquisa Objetivos
Objetivo geral Objetivos especficos
Quadro terico de referncia Metodologia Cronograma Plano provisrio de trabalho
Elementos ps-textuais Referncias bibliogrficas Glossrio (se houver) Apndice(s) (se houver) Anexo(s) (se houver)
A redao do documento obedecer as recomendaes c ontidas na
subseo 3.3 e na seo 4.
A avaliao ser realizada pelo professor de Metodologia da Pesquisa com
base nos seguintes critrios:
Ttulo (Valor: 0,5) adequado aos objetivos, problemas e hipteses? Est relacionado a atividade fim do CBMERJ?
Justificativa (Valor:1,5) convincente quanto sua relevncia cientfica, social e profissional? oportuno o estudo? Responde ao por qu da investigao?
Os problemas apresentados (Valor: 1,5) So significantes? Esto devidamente delimitados? Esto claramente formulados?
Objetivos (Valor:1,0) Esto claramente redigidos? So passveis de serem alcanados?
Quadro terico de referncia (Valor:1,5) Obedece a uma seqncia lgica? Apresenta clareza de idias, conceitos e teorias? Elabora as suas prprias concluses?
Metodologia (Valor:2,0) Apresenta as razes da escolha do paradigma? apropriada a modalidade de pesquisa? Antecipa o que ser medido, observado, analisado, para demonstrar o
avano ou progresso obtido? Os procedimentos para coleta e anlise de dados so explicitados?
Cronograma (Valor:0,5) O cronograma adequado as etapas da pesquisa? O cronograma est de acordo com o tempo exigido para a realizao
do tipo de pesquisa?
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Plano provisrio de trabalho (Valor:0,5) O plano de trabalho est de acordo com os objetivos da pesquisa?
Apresentao grfica (Valor:1,0) A estrutura do trabalho apresenta os elementos pr-textuais, textuais e
ps-textuais. A apresentao grfica obedece s normas da ABNT?
3.2 COLETA DE DADOS
Segundo Laville (1999, p.123), "Para os pesquisadores, os dados so
esclarecimentos, informaes sobre uma situao, um fenmeno, um
acontecimento." So os dados que permitem v erificar as hipteses e construir a
demonstrao. Os dados podem ser de dois ti pos:
dados criados ou engendrados
dados existentes
Os dados criados ou engendrado so dados coletados aps uma interveno
deliberada, que visa a provocar uma mudana.
Os dados existentes so dados j presentes na situao em estudo e que o
pesquisador faz aparecer sem tentar modific-los por uma interveno. Observe o
exemplo abaixo com o mesmo ttulo e hiptese difere nte.
: Violncia na escolaProblema : Como podemos diminuir os atos violentos entre os alunos da rede estadual de ensino?Hiptese : a celebrao de encontros interculturais permite diminuir a agressividade dos alunos que deles participam em relao as pessoas provenientes de co munidades diferentes da sua.
A relao de causa e efeito.
Encontros interculturais Diminuio de atos violentos
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3.2.1 Tcnicas de coleta de dados
As tcnicas de pesquisa so os instrumentos especficos que ajudam no
alcance dos objetivos almejados.
As tcnicas mais comuns so;
levantamento bibliogrfico levantamento documental entrevista questionrio e formulrio observao (participante ou no participante)
3.2.1.1 Levantamento bibliogrfico
A finalidade do levantamento bibliogrfico colocar o pesquisador em contato
com o que j foi produzido e registrado a respeito do tema de pesquisa. Toda
pesquisa bibliogrfica se desenvolve a partir de material j elaborado, por exemplo,
livros e artigos cientficos.
No existem regras fixas para se realizar uma pesqu isa bibbliogrfica.
Entretanto, segundo GIL( 1987,p. 72), possvel arrolar algumas tarefas que devem
ser realizadas pelo pesquisador, tais como:
explorao das fontes bibliogrficas;
leitura do material;
elaborao das fichas;
Exemplo:Tema:Violncia na escola
Problema : Como os alunos da rede pblica estadual podem chegar a agredir-se mutuamente?Hiptese : Os alunos so agressivos com pessoas de comunidades diferentes porque conhecem mal a cultura delas.
No h relao de causa e efeito. O que se deseja n o modificar o conhecimento e nem a atitude, mas verificar a existncia ou no do vnculo entre os dois fatores (agresso fsica mtua e desconhecimento da cultura das comunidades).
-
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ordenao e anlise das fichas e
concluses.
3.2.1.2 Levantamento documental
A pesquisa documental assemelha-se a pesquisa bibliogrfica. A nica
diferena entre ambas est na natureza das fontes. Enquanto na pesquisa
bibliogrfica o pesquisador se utiliza da contribuio de diferentes autores sobre
determinado tema, a pesquisa documental realizada com material que ainda no
recebeu tratamento. O delineamento da pesquisa documental o mesmo da
pesquisa bibliogrfica.
3.2.1.3 Entrevista
As entrevistas constituem uma tcnica alternativa para se coletar dados no
documentados, sobre um determinado tema. Entre as tcnicas utilizadas, destacam-
se:
entrevista pessoal/formal/estruturada
entrevista semi-estruturada
entrevista livre-narrativa
entrevista orientada
entrevista de grupo
entrevista informal
A entrevista pessoal, formal ou estruturada utilizada quando o entrevistador
usa um esquema de questes sobre um determinado tem a, a partir de um roteiro
(pauta), previamente preparado.
Na entrevista semi-estruturada, o pesquisador organiza um conjunto de
questes sobre o tema que est sendo estudado, mas permite, e s vezes at
incentiva, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vo surgindo como
desdobramentos do tema principal.
J a entrevista livre-narrativa tambm denominada no-diretiva; o
entrevistado solicitado a falar livremente a respeito do tema pesquisado.
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35
Na entrevista orientada, o entrevistador focaliza sua ateno sobre uma
experincia dada e os seus efeitos isto quer dize r que sabe por antecipao os
tpicos ou informaes que deseja obter com a entre vista.
A entrevista de grupo utilizada quando o pesquisador precisa fazer uma
avaliao global. Neste caso, todos os membros do g rupo pesquisado respondem
simultaneamente as questes formuladas.
A entrevista informal utilizada, em geral, em estudos exploratrios a fim de
possibilitar ao pesquisador um conhecimento mais aprofundado da temtica que
est sendo investigada. Pode fornecer pistas para o encaminhamento da pesquisa.
O uso da entrevista como tcnica de pesquisa possui pontos positivos e
negativos. Entre os pontos positivos, podemos citar:
Pode ser utilizada com todos os segmentos da populao: analfabetos
ou alfabetizados.
Fornece uma amostragem muito melhor da populao g eral: o
entrevistado no precisa saber ler ou escrever.
H maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer
perguntas, formular de maneira diferente; especificar algum significado,
como garantia de estar sendo compreendido.
Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o
entrevistado ser observado naquilo que diz e como diz: registro de
reaes, gestos etc.
D oportunidade para a obteno de dados que no s e encontram em
fontes documentais e que sejam relevantes e significativos.
H possibilidade de conseguir informaes mais precisas, podendo ser
comprovadas, de imediato, as discordncias.
Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento
estatstico.
Entre os pontos negativos, que limitam a utilizao desta tcnica, esto:
a dificuldade de expresso e comunicao de ambas as partes.
a incompreenso, por parte do informante, do signi ficado das
perguntas, da pesquisa, que pode levar a uma falsa interpretao.
a possibilidade de o entrevistado ser influenciado, consciente ou
inconscientemente, pelo questionador, pelo seu aspecto fsico, suas
atitudes, idias, opinies etc.
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a falta de disposio do entrevistado em dar as in formaes
necessrias.
a reteno de alguns dados importantes por parte d o entrevistado,
receando que sua identidade seja revelada.
o pequeno grau de controle sobre uma situao de c oleta de dados.
3.2.1.4 Questionrio e formulrio
O questionrio e o formulrio so instrumentos de coleta de dados, construdo
por uma srie ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem
a presena do pesquisador.
A elaborao do questionrio exige alguns critrios, tais como:
classificao das perguntas;
contedo, vocabulrio;
ordem das perguntas.
As perguntas podem ser:
abertas,
fechadas ou
de mltipla escolha.
Observe os exemplos no quadro abaixo.
As perguntas devem ser formuladas de maneira clara, objetiva, precisa, em
Que informao voc precisa para continuar seu trabalho?
Exemplo de perguntas fechadas
Voc gosta de acar ou adoante?
Exemplo de perguntas de mltipla escolha
Qual , para voc, a principal vantagem de trabalhar no CBMER. ( ) Maior liberdade no trabalho ( ) Maior liberdade em relao ao chefe ( ) Variaes no servio ( ) Desenvolvimento e aperfeioamento tcnico
-
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As perguntas devem ser formuladas de maneira clara, objetiva, precisa, em
linguagem acessvel ou usual do informante, para serem entendidas com facilidade.
Em geral, o questionrio ou formulrio deve iniciar com perguntas gerais,
chegando aos poucos as especficas (tcnica do funil), e no final as questes de
fato, para no causar insegurana.
Depois de redigido, o questionrio precisa ser testado antes da sua utilizao,
aplicando-se alguns exemplares em uma pequena populao escolhida. A
anlise dos dados oferecidos pelo pr-teste ajudar a corrigir as possveis falhas
como, por exemplo:
ambigidade ou linguagem inacessvel;
perguntas suprfluas;
ordem das perguntas.
Assim como a entrevista, o questionrio e o formulrio possuem pontos
positivos e negativos. O uso de questionrio ou formulrio:
economiza tempo.
atinge maior nmero de pessoas simultaneamente.
abrange uma rea geogrfica mais ampla.
economiza pessoal.
obtm respostas mais rpida e mais precisas.
aumenta a segurana, pelo fato de as respostas no serem
identificadas.
diminui o risco de distoro, pela no influncia do pesquisador.
aumenta a uniformidade na avaliao, em virtude da natureza
impessoal do instrumento.
ajuda a obter respostas que materialmente seriam inacessveis.
Por outro lado, o uso dessa tcnica tem como pontos negativos:
percentagem pequena dos questionrios que voltam.
grande nmero de perguntas sem respostas.
no pode ser aplicado a pessoas analfabetas.
impossibilidade de ajudar o informante em questes mal
compreendidas.
dificuldade de compreenso, por parte dos informa ntes, leva a uma
uniformidade aparente.
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na leitura de todas as perguntas, antes de respond-las, pode uma
questo influenciar a outra.
a devoluo tardia prejudica o calendrio ou sua utilizao.
o desconhecimento das circunstncias em que foram preenchidos toma
difcil o controle e a verificao.
nem sempre o escolhido quem responde ao questionrio,
invalidando, portanto, as questes.
exige um universo mais homogneo.
3.2.1.5 Observao
A observao sempre seletiva, porque o pesquisado r vai observar uma
parte da realidade, natural ou social, a partir de sua proposta de trabalho e das
prprias relaes que se estabelecem entre os fatos reais.
Segundo os meio utilizados, a observao pode ser:
estruturada ou
no estruturada
O pesquisador pode ir a campo com um roteiro previamente estabelecido ou
no.
Segundo o grau de participao do pesquisador, a ob servao pode ser:
participante ou
no participante
Na observao participante o observador partilha, n a medida do possvel, as
atividades, as ocasies, os interesses e os afetos de um grupo de pessoas ou
comunidade.
J na observao no participante, o pesquisador so mente observa os
informantes.
Em ambos os casos, tudo deve ser documentado atravs de um dirio de
campo onde so registradas as atividades, eventos, pessoas, interaes, utilizao
de ferramentas, etc.
A observao utilizada em conjunto com outras tcnicas e serve para
facilitar a triangulao dos dados.
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3.3 REDAO DO TRABALHO MONOGR`FICO
Todo pesquisador precisa escrever para transmitir o conhecimento obtido
atravs do trabalho de investigao. O seu objetivo no agradar, divertir ou
proporcionar entretenimento ao leitor. Sua principal inteno transmitir
informaes cientficas. Por isso, ele precisa apre nder a escrever de acordo com os
padres exigidos pela cincia.
A subseo 3.3 tem por objetivo apresentar algumas regras prticas da
redao cientfica.
3.3.1 Caractersticas da linguagem cientfica
A cincia uma linguagem informativa e tcnica. Enquanto informativa, ela
dissertativa, isto , visa discutir opinies, conhecimentos ou informaes. Portanto,
ela de ordem cognoscitiva e racional e deve convencer o leitor pela fora dos
argumentos.
Enquanto tcnica, a linguagem cientfica acadmica e didtica, ou seja, visa
a transmitir conhecimentos com preciso e objetivid ade.
Para transmitir informaes de forma objetiva, a li nguagem cientfica precisa
seguir alguns princpios que lhe confiram:
Clareza:
Conciso:
Coeso
Coerncia:
Correo
Preciso
Todo texto cientfico deve ser escrito para ser entendido. A possvel dificuldade do leitor deve estar na falta de compreenso do assunto, mas nunca na
obscuridade do raciocnio do autor.
Para se obter clareza recomenda-se o perodo curto de cinco a quinze
palavras. Outra prtica igualmente necessria o uso de oraes coordenadas e da
voz ativa.
Observe no quadro abaixo um exemplo de falta de clareza.
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Alm de ser claro, o texto cientfico precisa ser conciso. Portanto,
importante evitar alguns vcios de redao como, po r exemplo, pares redundantes,
modificadores desnecessrios e uso de formas negativas Observe os exemplos no
quadro abaixo.
Meu pai recebeu uma carta em que o irmo lhe contav a como sua mulher sofrera um acidente de automvel.
Mulher de quem?
Lembre-se de que lhe disse que a separao de nossa amiga Slvia no ocorreu por culpa sua.
Culpa de quem?
Diante do ocorrido entre voc e seu filho, fiquei sem saber se o que eu lhe disse concorreu para agravar a situao.
Disse ao filho ou a voc?
Analisando o uso do Equipamento de Proteo Individ ual (EPI), comprovou- se e confirmou-se a importncia prevista e esperada da diminuio do nmero de acidentes de trabalho no CBMERJ, facilitando e auxiliando o entendimento e a compreenso do uso desse tipo de equipamento na corporao
Exemplo de modificadores desnecessrios
Errado : De modo geral , o Equipamento de Proteo Individual todo dispositivo utilizado pelo soldado combatente bem como pelo oficial bombeiro militar destinado, basicamente , proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.
Certo : Equipamento de Proteo Individual todo disposi tivo utilizado pelo soldado combatente e pelo oficial destinado prote o de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.
-
41
O texto cientfico tambm precisa de coeso. A coeso tem por objetivo dar
consistncia ao texto, interligando suas partes para que tenha uma unidade de
sentido, evitando a repetio de palavras.
Existem varias estratgias de coeso, que dependem da escolha estilstica do
autor:
Coeso referencial Coeso lxica Coeso por elipse Coeso por substituio
A coeso referencial se realiza pela citao de ele mentos do prprio texto.
Para efetivar essas citaes so utilizados pronome s pessoais, possessivos,
demonstrativos ou expresses adverbiais que indicam localizao (a seguir, acima,
abaixo, anteriormente, aqui, onde). Observe o exemplo o quadro abaixo.
J a coeso lxica obtida atravs de relaes de sentido entre as palavras,
ou seja, do emprego de sinnimos. Observe o exemplo abaixo.
A exploso da informao uma das causas do stress do homem moderno. Ela pode provocar diversas formas de ansiedade.
O Doutor Fulano de tal falou ao nosso reprter no intervalo do congresso . O cientista entrevistado reconhece que a partir do emprego dos conhecimentos cientficos foi possvel racionalizar os sistemas de produo. Agora esse estudioso quer contribuir para a democratizao do saber.
! Usar
oucos diferente
semelhante impediu
impossvel incerto
o muitos no o mesmo no diferente no permitiu
no possvel no certo
-
42
Outra forma de garantir a coeso textual atravs da substituio de
substantivos, verbos, perodos ou largas parcelas de texto por conectivos ou
expresses que resumem e retomam o que j foi dito. Alguns exemplos de
expresses que servem a esse objetivo so: Diante do que foi exposto; A partir
dessas consideraes; Diante desse quadro; Em vista disso; Tudo o que foi dito.
A coerncia outro princpio importante. Entenderemos como coerncia a
ligao das partes do texto com seu todo.
Ao elaborar o texto, temos que criar condies para que haja uma unidade de
coerncia, dando ao texto mais fidelidade. Observe abaixo um exemplo de falta de
coerncia.
Do mesmo modo, o uso correto do idioma essencial. O texto cientfico
precisa obedecer o uso correto:
da grafia das palavras e acentuao
do significado das palavras: verificar conceitos com duplo significado
das abreviaturas
dos nomes de instituies
da reviso gramatical como:
pontuao;
concordncia;
regncia verbal;
ordem das palavras;
emprego de maisculas;
O presidente Lula foi a Portugal. L foi homenageado.
"
Estava andando sozinho na rua, ouvi passos atrs de mim, assustado nem olhei, sa correndo, era um homem alto, estranho, tinha em suas mos uma arma.
Se o narrador no olhou, como soube descrever o per sonagem?
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43
Recomenda-se tambm o cuidado com a preciso das palavras. O texto deve
expressar fielmente o pensamento do autor. A preciso depende da escolha do
vocabulrio adequado. A linguagem cientfica aquela em que os smbolos
representam idias. Portanto, a tarefa do redator dupla:
Conhecer a significao literal dos termos, tal c omo se encontra nos
dicionrios e
Determinar que significao eles recebem no conte xto do trabalho.
No campo cientfico, as palavras so definidas oper acionalmente.
Uma definio operacional um procedimento que atribui um significado
comunicvel a um conceito atravs da especificao de como o conceito aplicado
dentro de um conjunto especfico de circunstncias. Observe o exemplo abaixo.
3.4 Citaes, parfrases e plgios
De acordo com a ABNT NBR 10520/2002, citao men o de uma
informao extrada de outra fonte.
Segundo Eco (2001, p.121), [...] as citaes so p raticamente de dois tipos:
(a) cita-se um texto a ser depois interpretado e (b) cita-se um texto em apoio a nossa
interpretao. Na opinio de Eco (2001) existem al gumas regras para a citao de
outra fonte como, por exemplo:
Os textos objeto de anlise interpretativa so citados com razovel
amplitude;
Os textos da literatura crtica s so citados qua ndo, com sua
autoridade, corroboram ou confirmam afirmao nossa ;
: Definio operacional da palavra Consumidor
Definio do dicionrio:
1 que ou aquele que adquire mercadorias, riquezas e servios para uso prprio ou de sua famlia
Definio operacional:
Comprador do sexo masculino, na faixa etria entre 20 e 30 anos, com renda entre dois a cinco salrios mnimos, que freqenta regularmente o Niteri Shopping.
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44
A citao pressupe que a idia do autor citado se ja compartilhada, a
menos que o trecho seja precedido e seguido de expresses crticas;
De todas as citaes devem ser claramente reconhec veis o autor e a
fonte impressa ou manuscrita;
As citaes de fontes primrias devem de preferncia ser escolhidas
da edio crtica ou da edio mais conceituada;
Quando se estuda um autor estrangeiro, as citaes devem ser na
lngua original;
A remisso ao autor e a obra deve ser clara;
Quando uma citao no ultrapassar duas ou trs li nhas, pode-se
inseri-la no corpo do pargrafo entre aspas duplas;
As citaes dem ser fiis;
Citar como testemunhar num processo.
O uso de integral ou parcial de uma produo intele ctual sem citao
considerado plgio (vide subseo 3.4.3).
3.4.1 Tipos de citao
As citaes e, um trabalho monogrfico pode ser de trs tipos:
Direta Indireta Citao de citao
3.4.1.1 Citao
a transcrio literal de um texto ou parte dele, conservando-se a grafia,
pontuao, uso de maisculas e idioma. Usada somente quando absolutamente
necessrio e essencial.
Alm de artfice e produtor de conceitos, o intelectual seria ainda como um comerciante, fazendo circular idias como aquele fazia circular mercadorias e sendo por isso remunerado. "As cidades so centros de irradiao na circul ao dos homens, to plenas de idias como de mercadorias, lugares de trocas, mercados e encruzilhadas do comrcio intelectual" (LE COFF, 1993, p.25).
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45
As citaes at trs linhas devem ser inseridas no pargrafo.
As citaes com mais de trs linhas devem ser inser idas em um pargrafo a
parte com recuo 4 centmetros da margem esquerda do texto e fonte 11.
3.4.1.2. Citao indireta
Citao indireta ou parfrase ( a parfrase ser estudada separadamente
na subseo 3.4.4) a reproduo da idia ou o pe nsamento do autor da obra,
transcritas com as palavras do autor do trabalho. Mesmo desta forma h
necessidade de se colocar o sobrenome do autor, em seguida o ano da publicao
entre parnteses, pois o texto foi produzido por algum, e esta pessoa precisa ser
referenciada. No necessrio transcrever a pgina onde a citao foi retirada j
que se trata de uma idia sobre o trecho e no de uma citao direta.
Os aristotlicos heterodoxos postulam uma concepo de nobreza que buscava distingui-la da nobreza tradicional. Tratava-se no de uma nobreza de sangue, mas de uma nobreza adquirida por um esforo pessoal - o "filsofo" se enobrecia por uma superioridade intelectual, em razo da escolha por viver segundo o intelecto e pela virtude a ela correspondente, pois
[...] a filosofia se atesta na maneira de viver e de desejar. Ainda que insistindo em falar dos rigores de sua condio , os "pobres mestres e estudantes da universidade de Paris" vivem como antigos aristocratas e cantam at os prazeres da abstinncia - ou, melhor dizendo, da absteno - egosta. A universidade uma instituio de pobreza onde se ganha a vida com dif iculdades, mas nesse lugar de misria que se goza a alegria da emulao e do reconhecimento, o charme da virtude (DE LIBERA, 1991, p.242).
4 cm
Exemplo:
Segundo Sperb (1972), a pesquisa em ao exige capa cidade de
planejamento em conjunto, pacincia no processo de identificao dos problemas
e das solues. Esta modalidade de estudo estimula a participao, pois a
soluo desses problemas de interesse dos element os envolvidos, que se
sentem valorizados.
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3.4.1.3 Citao de citao
Citao de citao a informao colhida de um autor que mencionou
outro, ao qual no se teve acesso ao documento orig inal. A indicao feita pelo
nome do autor original, seguido da expresso citado por ou apud e do nome do
autor da obra lida.
3.4.2Sistemas de citao
Conforme a ABNT NBR 10.520/2002, toda citao deve ser acompanhada da
indicao da autoria da mesma, podendo ser utilizad o dois tipos de chamadas:
Sistema autor-data (Sistema Havard) ou
Sistema numrico ( Sistema Clssico ou Oxiford).
3.4.2.1 Sistema autor-data
No sistema autor-data indica-se a fonte, pelo sobrenome do autor, nome da
instituio responsvel ou pelo ttulo, seguido da data de publicao do documento,
separados por vrgula e entre parnteses (citao indireta ou parfrase). Para as
citaes diretas, inclui-se a indicao de pgina.
As chamadas pelo sobrenome do autor, pela institui o, responsvel ou ttulo
includo na sentena devem ser em letras maisculas e minsculas e, quando
Exemplo 1:
Segundo Salomon (1972, p.207), citado por Lakatos e Marconi (1992, p. 151), monografia o tratamento escrito de um tema especfico que resulte de interpretao cientfica com escopo de apresentar u ma contribuio relevante ou original e pessoal cincia.
Exemplo 2:
Segundo Salomon (apud LAKATOS e MARCONI,1992, p. 151), monografia o tratamento escrito de um tema especfico que resul te de interpretao cientfica com escopo de apresentar uma contribuio relevante ou original e pessoal cincia.
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estiverem entre parnteses, devem ser letras maisculas.Observe os exemplos
abaixo.
Quando houver coincidncia de autores com o mesmo sobrenome e data,
acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo assim existir coincidncia,
colocam-se os prenomes por extenso.
BARBOSA, C., 1958) (BARBOSA, O., 1958) (BARBOSA, Cssio, 1965) (BARBOSA, Celso, 1965)
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As citaes de diversos documentos de um mesmo auto r, publicados num
mesmo ano, so distinguidas pelo acrscimo de letras minsculas aps a data sem
espacejamento.
As citaes de diversos documentos de um mesmo auto r, publicados em
anos diferentes e mencionados simultaneamente, tm as suas datas separadas por
vrgula.
As citaes de diversos documentos de vrios autores, mencionados
simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vrgula.
No sistema autor-data as expresses latinas como, por exemplo, Ibidem ou
Ibid , Idem ou Id, Opus citatum, opere citato ou op. Cit, loco citado ou loc. cit., etc
no podem ser utilizadas com exceo da expresso a pud.
(REZENDE, 1981a) (REZENDE, 1981b)
(CORREA, 1998, 1999, 2000)
(GONALVES, 1981; QUEIROZ, 1993; CASTRO, 1995)
Exemplo:
Segundo Salomon (apud LAKATOS e MARCONI,1992, p. 151), monografia o tratamento escrito de um tema especfico que resul te de interpretao cientfica com escopo de apresentar uma contribuio relevante ou original e pessoal cincia
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3.4.2.2 Sistema numrico
No sistema numrico a indicao dos documentos, dos quais se retiram as
citaes, feita por meio de chamadas numricas em algarismos arbicos.
As chamadas numricas podem remeter para:
notas de rodap
notas no final do texto.
As citaes devem ter numerao nica e conse cutiva para todo o
captulo ou parte. No se inicia a numerao das ci taes a cada pgina. Observe o
exemplo abaixo.
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As citaes subseqentes da mesma obra podem ser re ferenciadas de forma
abreviada, utilizando as seguintes expresses latin as:
Ibidem ou Ibid = na mesma obra
Expresso usada quando duas ou mais notas de rodap referem-se mesma
obra, sendo apresentada na mesma pgina, uma imediatamente aps a outra.
Deve-se indicar a pgina de onde foi retirada a informao ou citao, mesmo
que coincida com a da nota anterior.
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Idem ou Id = mesmo
Expresso usada para nota de rodap quando o autor da obra citada o
mesmo da nota anterior. Nesse caso, coloca-se a expresso id. e logo em seguida
os demais dados da referncia.
Opus citatum, opere citato ou op. cit = obra citada
usada em seguida ao nome do autor ou da obra, ref erindo-se obra citada
anteriormente, em pginas diferentes e havendo intercalao de outras notas.
apud = citado por, conforme, segundo
Expresso usada quando se transcrevem palavras text uais ou conceitos de
um autor, sendo ditos por um segundo autor, ou seja, da fonte que est sendo
consultada diretamente.
loco citado ou loc. cit. = lugar citado
utilizada para indicar a mesma pgina de uma obra j citada, quando
houver intercalao de outras notas de indicao bi bliogrfica.
1.LEFF, Enrique. Educao ambiental e desenvolvimento sustentvel, in REIGOTA,Marcos.Verde Cotidiano: o meio ambiente em discusso.Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
2.Id. Epistemologia Ambiental.3 ed. So Paulo: Cortez, 2002.
1. FORMAO profissional no Brasil. Rio de Janeiro: SENAI/DN, 1975. p. 37.
2. CAVALCANTI, Roberto. Ensino individualizado. So Paulo: Perspectiva, 1983. p. 20.
3. FORMAO... op. cit. Nota 1, p. 55.
4. BARBOSA, Walter. Cenrio para economia brasileira. Rio de Janeiro: IPEA, 1980. p. 130.
5. CAVALCANTI, Roberto, op. cit., nota 2 p. 39
6. MAGALHES, 1978 apud ROBREDO, Jaime. Editorao hoje . So Paulo: Nobel, 1979. p. 37.
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Passim = significa aqui e ali
Utilizado para indicar diversas pginas do lugar onde foram retiradas idias do
autor Indica-se a pgina inicial e final do trecho que contm as opinies/conceitos
utilizados.
Cf. = confira, confronte
usada para mencionar trabalhos de outros a utores ou notas do mesmo
trabalho.
As notas de p de pgina tambm servem como notas explicativas ou de
contedo. Por exemplo.
As notas de p de pgina no podem ser utilizadas como notas de referncia
e notas explicativas ou de contedo no mesmo texto. Se as notas de p de pgina
1.TOMASSELLI; PORTER, 1992, p. 33-46. 2.MAGALHES, 1978 apud ROBREDO, Jaime. Editorao hoje . So Paulo: Nobel, 1979. p. 37. 3.TOMASSELLI; PORTER, 1992, loc. cit.
1.FIGUEIRA, CUNHA, 1989. p. 23-56 passim.
1 Cf. SALVADOR, 1990. p. 30-41 2 Cf. nota 3 deste captulo 3 A informao de valor comercial. Cf. SANTOS, 19 91. p. 31. nota 30
A tica de Plato tem por base uma viso metafsica da realidade. Para ele haveria o mundo sensvel , que apoiar-se-ia nas idias imperfeitas e fugazes, que constituiriam a falsa realidade, e o mundo das Idias , que seriam permanentes, eternas, perfeitas e imutveis, que constituiriam a verdadeira realidade e que teria como cume a Idia do bem .
1 O termo "metafsica" origina-se do ttulo dado por Andronico de Rodes, principal organizador da obra de Aristteles, por volta do ano 50 a.C., a um conjunto de textos aristotlicos, que se seguiam ao tratado da fsica, significando literalmente "aps a fsica", e passando a significar depois, devido a sua temtica, "aquilo que est alm da fsica, que a transcende".
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forem utilizadas como notas explicativas ou de contedo, as citaes devem seguir o
sistema autor-data.
3.4.2.3 Sinais e convenes
As omisses ou supresses, acrscimo ou comentrio, incorrees ou
incoerncias, nfase e destaques nas citaes devem ser sinalizadas.
As omisses ou supresses ocorrem quando existe a necessidade de
suprimir parte da citao, desde que no altere o s entido do texto. So indicadas
pelo uso de colchetes e reticncias no incio, meio e final da citao, deixando
subentendida a interrupo do pensamento ou omisso intencional. Quando uma
linha ou mais forem omitidas, a omisso indicada por uma linha pontilhada. Esse
recurso tambm pode ser usado em relao aos pargrafos.
Para o acrscimo (palavra, frase etc.) ou comentrio (explicaes), na
citao, utilizar colchetes.
incio e fim da citao direta:
[...] na apresentao de sua teoria, justifica Mosc ovici que seu objetivo foi redefinir os problemas e conceitos da Psicologia Social a partir desse fenmeno, insistindo sobre sua funo simblica e seu poder de construo real. Partindo do conceito elaborado por Duckheim, tal autor, ento, estabelece um modelo qu e destaca os modelos psicolgicos [...] (MOSCOVICI, 1 978, p. 14)
meio da citao direta:
Morin revela a importncia do biolgico na defesa do conceito de indivduo [...], opera a distino molecular entre o eu e o no eu, rejeita ou destri o que se reconhece como no eu e protege e defende o eu" (MO RIN, 1987, p. 33).
supresso de uma ou mais linhas/pargrafos:
A tese de doutoramento a modalidade mais importante e mais antiga de trabalho cientfico. Sua origem est diretamente relacionada como surgimento das primeiras universidades na Europa, no comeo do sculo XII.
...............................................................................................................................
Os que aspiravam ocupar um cargo de docncia em alguma Faculdade de Filosofia ou de Teologia [...] deviamapresentar uma tese [...] (DONOFRIO, 1999, p. 65).
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Para o caso de erro ortogrfico ou erro lgico (concordncia verbal), utilizara
expresso sic, entre colchetes, imediatamente aps a sua ocorrncia. A expresso
[sic] significa assim mesmo, conforme o original ou segundo informaes colhidas.
Para destacar (indicar frase importante ou ressaltar palavra) em citao, usar
grifo, negrito ou itlico, informar esta alterao coma expresso grifo meu, grifo
nosso ou grifo no original, entre colchetes, aps a idealizao da citao. Para
nfase, utilizar ponto de exclamao entre colchetes imediatamente aps o que se
deseja enfatizar. Se a citao j apresenta um destaque no original, usa-se a
expresso grifo do autor.
3.4.3 Parfrases
()*+,()*+- .//*0.)*+**/((1(-*0(** 2***03( 456 ( 01 *,) + , 7 *8) *+ 256 ***(*90:.$ );;; )?<
@As possibilidades criadas pelo desenvolvimento dos processadores de texto revolucionaram a arte de escrever, permitindo um aperfeioamento na forma de edit-lo ou guard-lo, alm da realizar [sic] de uma srie de operao (SOBRENOME, ano, pgina).
* *1 ( */*) 2* 1 * ( / *
roblema objeto da investigao; depois de formulado um plano de abordagem desse problema e as hipteses de trabalho , bem como selecionadas a metodologia a utilizar e os testes de avaliao d os resultados [...], passa-se redao do projeto (REY, 1998, p. 83, grifo meu).
A clareza, a preciso e a objetividade [ ! ] com que o projeto for escrito, tanto quanto a relevncia do tema,a racionalidade do programa de trabalho e a competncia dos autores, tero influncia decisiva para sua aceitao e financiamento (REY, 1998, p. 83).
O auxlio integrado a projetos de pesquisa destina-se a um conjunto de atividades desenvolvidas por um pesquisador responsvel, ou coordenadas por este, onde o CNPq assegura alguns tipos de auxlio (pesquisa, pesquisador visitante etc.) e de bolsas (REY, 1998, p. 103, grifo do autor).
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Segundo Greimas e Courts (1989), citado por Medeiros (2011, p.167), a
parfrase consiste em produzir no interior de um mesmo discurso, uma unidade
discursiva que semanticamente equivalente a uma outra unidade produzida
anteriormente.
O objetivo principal da parfrase traduzir um texto complexo em linguagem
simples (MEDEIROS, 2011).
Segund