manual de boas maneiras para o podÓlogo

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MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO CÓDIGO SANITARIO DO PODÓLOGO Portaria CVS – 11, de 16-8-93 Dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos que exercem atividade de Podólogo (Pedicuro) 01/03/2006 A Diretoria Técnica do CVS, considerando que, o risco de se contrair infecções em estabelecimentos de atenção de podólogos está diretamente ligado à não observância de precauções universais de bio segurança; os meios de desinfecção dos estabelecimentos de atendimento de podólogos; é preocupação das autoridades sanitárias a determinação de medidas eficazes para o controle de doenças transmissíveis; é dever da autoridade sanitária intervir sempre que houver possibilidade de ameaça à saúde pública; a atividade desenvolvida por esses

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MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

       

CÓDIGO SANITARIO DO PODÓLOGO 

Portaria CVS – 11, de 16-8-93 Dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos que exercem atividade de Podólogo (Pedicuro) 01/03/2006

A Diretoria Técnica do CVS, considerando que, o risco de se contrair infecções em estabelecimentos de atenção de podólogos está diretamente ligado à não observância de precauções universais de bio segurança; os meios de desinfecção dos estabelecimentos de atendimento de podólogos; é preocupação das autoridades sanitárias a determinação de medidas eficazes para o controle de doenças transmissíveis; é dever da autoridade sanitária intervir sempre que houver possibilidade de ameaça à saúde pública; a atividade desenvolvida por esses estabelecimentos pode ocasionar danos à saúde da população; a legislação sanitária vigente não estabelece normas para as atividades desenvolvidas de Podologia; os locais onde é exercida a atividade deverão possuir dimensões e condições técnicas adequadas à função; finalmente, a necessidade de normatizar e padronizar em toda a rede do SUS o funcionamento dos estabelecimentos objeto desta Portaria, resolve:

Artigo 1º - O estabelecimento, agora denominado Gabinete de Podólogo (Pedicuro), além das exigências referentes a habitação e aos estabelecimentos em geral, deverá possuir;

I – área mínima de 2.5 metros quadrados para cada cadeira adicional;II – piso de material liso, resistente e impermeável;

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III – paredes e forros pintados de cor clara, com tinta lavável;IV – compartimentos de atendimento separados por divisórias de no

mínimo 2 metros de altura;V- instalações sanitárias apropriadas;VI – estufa graduada até 200 graus centígrados para esterilização.

 Artigo 2º - O processo de desinfecção deverá ser realizado empregando-

se soluções de fenóis sintéticos.Artigo 3º - O processo de esterilização deverá ser precedido, sempre, de

lavagem e enxaguadura dos artigos, empregando-se posteriormente a estufa elétrica equipada com termostato, onde o material permanecerá em calor seco de 170ºC por um tempo mínimo de 120 minutos, ininterruptamente.

Artigo4º - O estabelecimento deverá manter fichário atualizado à disposição da autoridade sanitária competente, contendo os seguintes dados:

I – nome II – endereço

III – telefoneIV – data de atendimentoV – serviço realizadoVI – observaçõesVII – assinatura do responsável

     Artigo 5º - O Gabinete Podólogo (Pedicuro) deverá possuir, no mínimo, os artigos à disposição:

I – alicate de unha – 6 unidadesII – alicate de eponíquio – 6 unidadesIII – bisturis para calos – 6 unidadesIV – bisturis para calosidades – 6 unidadesV – bisturis nucleares estreitos – 6 unidadesVI – bisturis nucleares largos – 6 unidadesVII – curetas – 6 unidadesVIII – pinça ou espátula – 6 unidadesIX – bandeja c/ tampa para instrumental – 6 unidadesX – toalhas descartáveisXI – lâminas para bisturi

 Artigo 6º - O estabelecimento somente poderá funcionar após

devidamente licenciado pela Vigilância Sanitária Regional e com a presença obrigatória do profissional responsável.

Artigo 7º - É obrigatória a afixação da licença de funcionamento em quadro próprio.

Artigo 8º - A renovação obedecerá ao estabelecido no Código Sanitário Estadual.

Artigo 9º - Os estabelecimentos objeto desta Portaria deverão adequar-se dentro do prazo máximo de 180 dias da publicação desta.

Artigo 10º - O não cumprimento desta Portaria configurará infração

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sanitária, capitulada na legislação vigente.Artigo 11º - Esta Portaria entrará e vigor na data de sua publicação.

       MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO Na Podologia usamos artigos invasivos e não invasivos, para identificar quais procedimentos que cada artigo necessita antes de seu uso classificamos os mesmos em artigos:        - CRÍTICOS        - SEMICRÍTICOS       - NÃO CRÍTICOS

       Classificação:

       1- Artigos CRÍTICOS: entram em contato com tecido estéril ou sistema vascular. Penetram através da pele são evasivos. Apresentam alto risco de infecção, se contaminados. Devem sofrer esterilização.        - Bisturis        - Alicates        - Fresas / Brocas

       2- Artigos SEMICRÍTICOS: entram em contato com a pele não integra. Devem sofrer desinfecção de alto nível para destruição de todos os microorganismo, com exceção de esporos.        - Pinça        - Estilete        - Espátula

       3- Artigos NÃO CRÍTICOS: entram em contato com a pele intacta. Devem sofrer limpeza.        - Aparelho de onicoorteses       - Estojo de bisturis        - Bandejas        - Aplicador de gases        - Caneta / Mandril - Monofilamento / Diapazão TERMINOLOGIA APLICADA        A diferenciação na terminologia caracteriza não só os processos e produtos usados na assepsia, como também, permitem a perfeita situação e compreensão dos mesmos.

                    ASSEPSIA: é um conjunto de medidas terapêuticas que visam

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impedir a introdução de microorganismo em local que não os contenha.         ANTI-SEPSIA: prevenção do desenvolvimento de agentes infecciosos por meio de procedimentos físicos ou químicos destinados a destruir todo microrganismo ou eliminação das formas vegetativas das bactérias patogênicas de um tecido vivo       Antisséptico - preparação química que aplicada em tecido vivo, age inibindo a multiplicação microbiana ou destruindo-os.        Desinfecção - procedimento usado em material ou ambiente que provoca a destruição de microrganismo patogênico e a inativação de vírus, mas não necessariamente esporos. Utilizam-se meios físicos ou agentes químicos.        Esterilização - processo usado em material ou ambiente que provoca a destruição de todos os micro-organismos patogênicos ou não, inclusive esporos e vírus por meio físico ou preparações químicas.        Limpeza - remoção de material estranho dos artigos.        Degermação - remoção ou redução das bactérias da pele seja por meio de limpeza mecânica (sabões, detergentes e escovarem), seja por meio de agentes químicos (antisséptica).        Bactericida - propriedade de um agente físico ou químico, matar as formas bacterianas, não necessariamente as esporuladas.        Esporicida - processo físico ou químico que elimina as bactérias não só na forma vegetativa, como também na esporulada.        Fungicida - substância ou preparação química que mata os fungos patogênicos ou não.        Esterilizante - agente físico ou preparação química que produz esterilização.        Desinfetante - preparação química que destrói os microorganismo patogênicos, inativas os vírus, mas não necessariamente mata os esporos. Usado em superfície e objetos inanimados.       Contaminação - o estado de ser sujo ou infectado. Higienizaçao –

Processo de limpeza, desinfecção e esterilização de materiais (após cada uso)

Pré-embebição (após cada uso) 

Colocar o material utilizado no atendimento ao cliente em bandeja com tampa, contendo detergente enzimático .

Manter o material em solução por 15 minutos ou conforme instrução do fabricante.

 

Limpeza (após cada uso) 

Utilizar escova com cerdas de nylon. A limpeza devera ser realizada na fase de pré-embebição Enxaguar todo material Abrir todos os instrumentos articulados O profissional devera utilizar EPIs no momento da limpeza.

 

Secagem

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  Secar com pano limpo e seco ou papel Evitar que os materiais sequem ao natural Armazenar o artigo ou continuar o reprocessamento, dependendo de sua

classificação 

Inspeção  Revisar os instrumentais para verificar conservação, limpeza e secagem.

 

Esterilização (após cada uso) 

Cuidados antes da esterilização  Remover qualquer traço de óleo ou gordura Proceder a montagem dos envelopes ou caixas com pequena quantidade

de materiais Colocar pequena quantidade de envelopes ou caixas dentro da câmera

 

Operação da estufa  Ligar a estufa e selecionar a temperatura adequada Uma vez ligado o aparelho, deve-se controlar a temperatura e marcar o

tempo de exposição a partir do momento que o termômetro atingir a temperatura adequada (170º) ao tipo de material a ser esterelizado.

Durante o processo de esterilização a estufa não pode ser aberta.  

Cuidados após a esterilização  Utilizar luva de amianto para remover o instrumental de dentro da estufa Lacrar as caixas metálicas com fita adesiva Colocar a data de esterilização, armazenando em local apropriado,

limpo e seco

Procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização.Uso da Estufa

Indicações de uso:

O tempo de exposição e temperatura vai variar conforme o tipo de

material a ser esterilizado.

Artigos e substâncias a serem submetidos:

Metais como: bisturis, espátulas, alicates e outros metais, 170º C por

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120 minutos em estufa previamente calibrada.

A estufa não pode ser aberta antes de completado todo o ciclo de 120

minutos.

Monitorização:

Registrar temperatura em todas as esterilizações;

Registrar a hora de inicio da esterilização

Identificar as caixas, por meio de fitas termossensíveis, apropriadas para

o

calor seco.

Ligar a estufa e selecionar a temperatura adequada

Uma vez ligado o aparelho, deve-se controlar a temperatura e marcar o

tempo de exposição a partir do momento em que o termômetro atingir a

temperatura adequada (170º) ao tipo de material a ser esterilizado.

Durante o processo de esterilização a estufa não pode ser aberta

Invólucros:

Caixas de aço inox de paredes finas ou de alumínio

Embalagem especificas p/ estufa

Autoclaves É a esterilização pelo vapor SATURADO SOB PRESSÃO é o método

aconselhado para instrumentos reutilizável, utiliza-se vapor de água saturado

para uma determinada temperatura, esta á máxima pressão.

Significando que para alterar a temperatura do vapor saturado tem que variar a

pressão que se encontra. Realiza-se por contato direto com o vapor que cede o

calor após condensação e transformação em água.

Logo que o material esteja completamente aquecido, e, nesta altura, a

temperatura a que se encontra igualada a do vapor circundante.

 Tempo e temperatura de esterilização:

       Em geral a esterilização é feita em temperatura (Ta) de 121°C, de 15 a 30

libras de pressão por 30 minutos. A esterilização dos diferentes tipos de

materiais, pelo vapor, esta condicionada a vários fatores:

       - Temperatura de 121°C.

       - Processo correto de acondicionamento.

       - Colocação correta da carga no aparelho.

Page 7: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

       - Período de exposição.

       - Prazo de validade: 1 semana, sendo que o material deve ser armazenado

sempre em ambiente seco.

Por Meio Químico Líquido:

Imergir o artigo em solução desinfetante recomendada ou realizar fricção

com pano embebido na impossibilidade de imersão:

Utilizar EPI no manuseio de produtos, garantir farta ventilação

do local;

Preencher o interior das tubulações e reentrâncias, evitando formação de

bolhas de ar;

Observar e respeitar o tempo de exposição ao produto, de acordo com o

recomendado para cada tipo;

Manter recipientes tampados durante o processamento dos artigos e a

validade do produto;

Enxaguar artigos submetidos aos produtos, inclusive o interior das

tubulações, com água potável ou água esterilizada de acordo com a criticidade

do artigo.

Recomendam-se múltiplos enxágües, para eliminar os resíduos do

produto utilizado.

Secar os artigos;

Acondicionar artigo processado em invólucro adequado:

Recipiente limpo ou desinfetado, seco e fechado;

Guardar em locais apropriados para este fim;

Desprezar as soluções esgotadas ou de prazo vencido

ou manter recipientes tampados, se estiverem dentro do período de validade.

Os produtos destinados a este processo são os que seguem:

 

Glutaraldeido

 

Indicações de uso:

Desinfecção de alto nível de artigos termossensíveis: 2% por 30

minutosconforme Portaria nº 15 (D.O.U. de 23/08/88) ou substituto.

Não e indicado para desinfecção de superfícies.

Page 8: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

Artigos a serem submetidos:

 

Artigos não-descartáveis metálicos ou corrosíveis por hipoclorito;

Instrumentos metálicos;

Tubos de borracha, silicone, nylon, teflon ou PVC;

Na impossibilidade de esterilizar, realizar desinfecção de alto nível.

Instrumental podologico

Recomendações de uso:

Quanto aos artigos:

Obter informações junto ao fabricante do artigo, para saber se o mesmo

pode

ser processado em glutaraldeido;

Materiais demasiadamente porosos como os de látex podem reter

glutaraldeido, caso não haja bom enxágüe;

Não misturar artigos de metais diferentes, pois pode haver corrosão

eletrolítica, se houver contato entre eles.

Quanto ao processo:

Os glutaraldeídos alcalinos ou neutros são menos corrosivos que os

ácidos;

Ativar o produto e/ou verificar se está dentro do prazo de validade para

utilização;

Usar a solução em recipiente de vidro ou plástico , preferentemente;

Quando utilizar caixa metálica, proteger o fundo da mesma com

compressa,evitando o contato com os artigos a serem processados;

Manter os recipientes tampados.

Quanto à validade da solução ativada em uso:

Não deixar a solução em temperaturas superiores a 25º C;

Na impossibilidade de fazer testes, observar o aspecto da solução quanto

à presença de depósitos e quanto à alteração da coloração e pH. Nesta

situação, descartar a solução, mesmo dentro do prazo de validade estipulado

pelos fabricantes.

Álcool

Tipos:

Page 9: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

O álcool etílico tem maior atividade germicida, menor custo e

toxicidade que o isopropílico. O álcool isopropílico tem ação seletiva

para vírus, é mais tóxico e com menor poder germicida que o etílico.

 

Indicações de uso:

Desinfecção de nível intermediário ou médio de artigos e superfícies:

com tempo de exposição de 10 minutos ( 3 aplicações)*, a concentração

de 77%volume-volume, que corresponde a 70% em peso;

Descontaminação de superfícies e artigos: mesmo tempo de exposição e

concentração da desinfecção.

Os artigos e superfícies que podem ser submetidos são:

Vidros; puxador de gavetas.

Superfícies externas de equipamentos metálicos;

Partes metálicas de equipamentos;

Bancadas;

Artigos metálicos

Puxador de luminária

As aplicações devem ser feitas da seguinte forma: friccionar álcool 70%,

esperar secar e repetir três vezes a aplicação.

Recomendações de uso:

Se adquirido pronto para uso, a farmácia deve assegurar-se da qualidade

do

produto;

Imergir ou friccionar o produto na superfície do artigo, deixar secar

sozinho e

repetir 3 vezes o procedimento, até completar o tempo de ação;

É contra-indicado o uso em acrílico, enrijece borrachas, tubos plásticos

Hipoclorito de Sódio

Indicações de uso:

Desinfecção de nível médio de artigos e superfícies;

Descontaminação de superfícies.

Tempo de exposição para:

Qualquer superfície contaminada = 10 minutos, com

Page 10: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

1% de cloro ativo ( 10:000 ppm);

Descontaminação de superfícies = 10 minutos, em 1% de cloro ativo

( 10:000

ppm).

 

Recomendações de uso:

O uso deste produto é limitado pela presença de matéria orgânica,

capacidade corrosiva e descolorante;

Quando adquirido externamente, deve estar assegurada a qualidade do

produto;

Os artigos submetidos até a concentração de 0,02% não necessitam de

enxágüe;

As soluções devem ser estocadas em lugares fechados, frescos, escuros

(frascos opacos);

Não utilizar em metais e mármore, pela ação corrosiva.

Estocagem

Após submeter os artigos ao processamento mais adequado, estocá-los

em área separada, limpa, livre de poeiras, em armários fechados,

preferencialmente. As áreas de

estocagem próximas às pias, água ou tubos de drenagem são proibidas.

Os artigos esterilizados por meio físico podem ser estocados até uma

semana.

A DESINFECÇÃO será feita da seguinte forma:

Com uso de luvas, retirar o excesso da carga contaminante em papel

absorvente ou panos velhos;

Desprezar o papel ou panos em saco plástico de lixo

Aplicar, sobre a área atingida, desinfetante adequado e deixar o tempo

necessário;

Remover o desinfetante com pano molhado e

Proceder à limpeza com água e sabão no restante da superfície.

A DESCONTAMINAÇÃO deve ser feita da seguinte forma:

Aplicar o produto sobre a matéria orgânica e esperar o tempo de ação

deste;

Page 11: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

Remover o conteúdo descontaminado com auxilio de papel absorvente

ou

panos velhos (usando luvas);

Desprezar no lixo e

Proceder a limpeza usual, com água e sabão, no restante da superfície.

As áreas que permanecem úmidas ou molhadas têm mais condições de

albergar

e reproduzir germes gram-negativos e fungos; as áreas empoeiradas podem

albergar

germes gram-positivos, micobactérias e outros. Daí, a necessidade de secar

muito bem as superfícies e artigos, e de ser proibida a VARREDURA SECA

em gabinetes.

Tratamento de superfíciesConsiderando-se que um grande número de superfícies

pode ser contaminada, torna-se claro que o uso de desinfetantes constitui uma das principais etapas de assepsia efetiva.

  A limpeza e desinfecção das superfícies fixas e partes expostas do equipamento reduz  Significativamente a contaminação cruzada ambiental. Para desinfecção de bancadas, móveis e equipamentos com superfícies não metálicas, é  adequada a fricção com álcool etílico a 70%, com tempo de exposição de 10 minutos  (3 aplicações) conforme descrito na norma “Processamento de artigos e superfícies em  estabelecimentos de saúde,” MS/94.  

Outro produto a ser utilizado é o Duplofen, e Fenolrio, compostos fenólicos que

  podem ser utilizados em todas as superfícies, chão e paredes se necessário.

 Quanto à limpeza de paredes e pisos, recomenda-se o uso

de água e sabão, ou hipoclorito 1%.

Page 12: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

  Antes de cada atendimento deve-se desinfetar caneta do micro motor,

alça do refletor, borrifador, bancada, puxador da gaveta, braços e

alavancas da cadeira, etc.

 Descrição dos equipamentos, materiais e utensílios utilizados no processo Equipamentos

Cadeira podologica eletrônica com controle de pedal Micro motor com caneta de média rotação e controle de pedal Luminária com lâmpada circular e exaustor Armário para acondicionamento de materiais e utensílios Estufa graduada à 250º com termostato e termômetro

  Materiais e utensílios

Estojos de inox com tampa para esterilização Jogos de bisturis e tesouras esterilizáveis Jogos de alicates para corte de laminas ungueais e cutículas Materiais de confecção de órtese para correção de laminas ungueais

(alicate 053, Fibra de memória molecular, fio ortodôntico, brakt, elástico, cola,

alginato, gesso, porta mathie, pinça trançada, tensiometro, paquímetro monômero, pó e liquido, Pinça mosquito )

Porta algodão Suporte para lixa Lixas plantares e ungueais Dappen de vidro Brocas e fresas diamantadas para laminas Fresa vulcanite para laminas Fresa tungstênio para laminas Bandeja de resíduos Aplicador de gase tubular para curativos Cabo de laminas descartáveis Laminas descartáveis Emoliente pra calos calosidaes Massa para polimento de unhas Monofilamento pra teste de sensibilidade Almotolia para loção e emoliente Borrifador para emoliente Cimento cirúrgico para curativo de onicocriptose Silicone pra confecção de ortese Coletor de material perfuro cortante Detergente enzimático Desincrustante Estojo de plástico com tampa

Page 13: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

Micro pipeta Soro fisiológico Escova de nylon Desinfetante Kaltostat para curativo Laminas descartável.

  

Atividades desenvolvidas.As atividades aqui desenvolvidas por um podólogo são; 

Promover a saúde e o bem estar dos pés Identificar o ser humano como um todo indivisível que só pode ser

compreendido apartir de uma perspectiva que integre suas dimensões física e psicológica oupsíquica.

Atuar profissionalmente de maneira ética e observando as diferentes normas e

legislações que regem a prestação de serviços de saúde. Atuar profissionalmente de maneira a observar os procedimentos que

garantam asegurança, a higiene e profilaxia nos locais de trabalho.

Identificar as características anatômicas e fisiológicas do ser humano. Identificar as características anatômicas, fisiológicas e biomecânicas

dos membrosinferiores e dos pés

Identificar as características anatômicas e fisiológicas da pele e dos anexos

cutâneos. Identificar as características das patologias dos membros inferiores,

dos pés e das lâminas ungueais. Realizar anamnese dos clientes. Realizar anamnese em pacientes diabéticos e de risco, aferindo pressão,

glicemia, teste de sensibilidade e outros se necessário. Executar técnicas e manobras básicas de reflexologia podal. Executar técnicas de tratamento nas unhas dos pés. Executar técnicas de corte, lixamento e profilaxia das unhas dos pés. Executar técnicas de correção de unhas utilizando as órteses mais

adequadas a cadacaso.

Executar técnicas de tratamento de calos, calosidades, bolhas, fissuras e verrugas.

Executar tratamento de onicocriptose em todas as suas fases. Executar tratamento de hidratação para os pés. Executar a confecção de órtese siliconada para compensação de

deformidades Administrar a prestação de serviços de podologia.

 

Page 14: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

 O Podólogo é um profissional de saúde que presta seus serviços a crianças,jovens, adolescentes, adultos e idosos, enfim, a homens e mulheres de todas as idades. O Podólogo pode integrar equipes de profissionais de saúde compostas pormédicos, fisioterapeutas, enfermeiros e massagistas, dentre outros, mas mantémautonomia em relação a estes profissionais, elaborando ele mesmo seus própriosdiagnósticos podais e realizando os tratamentos que lhe parecer mais adequados; nafase diagnóstica de seu trabalho, caso se depare com um quadro clínico que sugira aintervenção de outro profissional da área de saúde, deve aconselhar seu cliente aprocurá-lo.  Componentes Curriculares da formação do podologo Fundamentos Essenciais de Saúde Saúde Integral Anatomia Fisiologia Geral Fisiologia dos Membros Inferiores Dermatologia Básica Patologia Geral e dos Membros Inferiores Elementos de Farmacologia Legislação Sanitária Biomecânica Cinesiologia Gestão de Pequenos Negócios Técnicas Profissionais de Podologia Reflexologia Podal MicrobiologiaParasitologiaCorrentes (Alta Freqüência e Micro correntes ) Higiene Pessoal 

Regras Básicas 

Banho diário Cabelos limpos, presos (se compridos) Mãos sempre limpas Unhas curtas e bem cuidadas Maquiagem discreta Barba feita (homens) Desodorante de alta proteção

Page 15: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

Dentes escovados 

Vestuário 

Regras Básicas 

O vestuário deve ser:  Cor Branca Confortáveis Discretas Avental de manga comprida Estar livre de partes que possam enganchar em maquinas ou objetos Calçados fechados e limpos O vestuário deve ser de uso exclusivo no trabalho Os EPIs devem fazer parte do vestuário de atendimento Deve ser evitado o uso de adornos, tais como brincos, colares, correntes,

pulseiras, relógios, anéis e alianças, já que representam materiais de difícil descontaminação.

EPIS (Equipamentos de Proteção Individual)

(devem ser utilizados em todos os atendimentos)

USO DE LUVAS

As luvas devem ser usadas em todos os procedimentos com todos os pacientes. Também devem ser utilizadas para contato com materiais, instrumentos e equipamentos contaminados e durante o processo de limpeza destes materiais e do ambiente.

As luvas recomendadas para o processo de limpeza de materiais e ambiente são as luvas de borracha grossa, com cano longo, que podem ser reutilizadas, desde que lavadas e secas após cada uso.

As luvas recomendadas para os procedimentos gerais em podologia são aquelas denominadas ‘luvas de procedimentos’, que consistem em luvas de látex, finas, geralmente com punho pequeno e não esterilizadas.

As luvas utilizadas para os procedimentos e são de uso único, portanto devem ser trocadas entre o uso em diferentes pacientes.

Não é permitido o reprocessamento de luvas, nem a lavagem e reutilização das mesmas. A lavagem de luvas ou de mãos enluvadas não garante a remoção de microrganismos

Page 16: MANUAL DE BOAS MANEIRAS PARA O PODÓLOGO

patogênicos aderidos ao látex das luvas .

USO DE MÁSCARAS

As máscaras representam uma barreira física de proteção de transmissão de infecções, tanto do paciente para os profissionais, como dos profissionais para o paciente. Devem ser usadas pelos profissionais durante os procedimentos realizados nos pacientes e durante os processos de limpeza de materiais, em que haja possibilidade de espirramento de secreções ou sangue.

As máscaras devem ser descartáveis e de tamanho suficiente para cobrir completamente a boca e o nariz.

As trocas das máscaras devem ser frequentes, evitando permanecer com as mesmas durante muito tempo, especialmente quando umidade visível e excessiva

USO DE ÓCULOS DE PROTEÇÃO

Os óculos, assim com as máscaras, também representam uma barreira de proteção de transmissão de infecções, mais particularmente uma proteção para os profissionais, diante do risco de espirramento de secreções diretamente para os olhos.

Os óculos adequados devem possuir barreiras laterais, devem ser confortáveis e de transparência o mais absoluta possível e, também devem ser de material de fácil limpeza.

Os óculos de proteção devem ser limpos a cada uso ou sempre que apresentar sujidade visível. Devem ser guardados secos, preferentemente embalados. A desinfecção com álcool, após a lavagem, seria adequada em situações de excessiva contaminação.

GORRO

A utilização de gorros pelo profissional visa evitar queda de cabelos na área do procedimento, além de oferecer uma barreira mecânica para a possibilidade de contaminação dos cabelos através do espirramento de secreções e aerossóis

Capacitação Mínima Formado e habilitado para exercer a podologia, o podólogo deverá desempenhar suas atividades respeitando os níveis de competência a ele

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estabelecido. Descrição da Ocupação (CBO - Classificação Brasileira de Ocupação): A CBO é o documento normalizador do reconhecimento, nomeação e codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Descrição sumária: Prognosticam e tratam as patologias superficiais dos pés e deformidades podais utilizando medicamentos de uso tópico, ortese e prótese. Condições Gerais do Exercício: Atuam na área de saúde e serviços sociais.Formação: O exercício dessa ocupação requer curso técnico de podologia ou universitário, realizado em escola legalmente reconhecida. 

Protocolo de atendimentoROTEIRO DE PROCEDIMENTO PODOLÓGICO1 – ambiente em ordem, preparar cadeira podológica: limpeza com álcool e forrar com lençol hospitalar.2 – reunir material de trabalho:bandeja de resíduos / toalha / estojo com instrumental / mandril (2) com lixas para as unhas e plantar / luvas (1 par) / máscara / óculos / papel / pulverizador de loção / almotolia – emoliente / creme / algodão;3 – acomodar o cliente confortável na cadeira e tirar seus sapatos; - degermação das mãos; Enxugar com papel toalha descartável ou secador; Friccionar 3 a 5 ml de álcool a 70%4 – coloque as luvas5 – pulverizar os pés com loção anti-séptica;6 – enxugar com papel toalha;7 – anamnese: observando os pontos de pressão, formato dos pés, características da pele, unhas (quanto ao formato, espessura, deformidade e corte), temperatura da pele e espaços interdigitais a procura de micose.8 – cobrir do 1º ao 5º pododáctilo, os hálux separados, calos e calosidades com algodão e molhar com emoliente;9 – onicotomia do 5º ao 2º artelho, desbastar os calos, deixando os hálux por último;10 – desbastar c/ lixa ou broca: as lâminas ungueais e calos;11 - pulverizar com loção anti-séptica;12 – levantar a cadeira e procedimento plantar (desbastando as queratoses);13 – desbastar c/ lixa ou fresas as plantas dos pés;14– baixar a cadeira;15 – pulverizar os pés com loção anti-séptica;16 – secá-los muito bem com papel toalha; 17 – se houver algum curativo, faça-o antes do creme; mecha nos sulcos ungueais.18 – aplicar creme hidratante ou refrescante;19 – massageá-los.20 – ajudar o cliente: colocar meias, calçados..etc.21 – recolhimentos dos resíduos para a lixeira. Providenciar a limpeza e a ordem do material.22 - degermação das mãos; Enxugar com papel toalha descartável ou secador; Friccionar 3 a 5 ml de álcool glicerinado a 70%.

1. Durante o atendimento, o paciente deve ser orientado quanto ao cuidado

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com os pés e calçados ( meia de algodão, troca diária de meias e calçados,higienização, etc...)

2. O paciente diabético deve, alem dos itens acima, ser avaliado conforme itens da ficha clinica.

 A degermação (lavagem de mãos) É um procedimento de comprovada eficácia para o Controle de Infecção Cruzada. Visa a remoção da flora transitória, células descamativas, suor, oleosidade da pele e ainda quando associado a um anti-séptico promove a diminuição da flora residente. O tempo da lavagem das mãos é importante, não só pela ação mecânica, mas também para obter o efeito desejado pela ação do anti-séptico. Anéis, pulseiras, alianças e relógio devem ser retirados antes de iniciar a lavagem de mãos. Embora o podólogo tenha sua atuação limitada, ele deverá conhecer cada patologia apresentada, encaminhando para tratamento multidisciplinar o que perceber que não é de sua alçada.O Podólogo, quando solicitado a cooperar com um profissional da saúde, deve dar o seu parecer ao solicitante, deverá executar o tratamento indicado e orientando o cliente sobre outras podopatias(doença nos pés ), que tem reflexo nos pés. Sua preocupação é a cura ou controle das podopatias de seus clientes. É um profissional devidamente habilitado em seu exercício profissional, possui certificado/diploma legalmente reconhecido pelas autoridades da saúde.    

       Bibliografia pesquisada:       - Série da Organização Mundial da Saúde.        - Diretrizes sobre métodos de Esterilização e Desinfecção Eficazes: Contra o Vírus da Imonodeficiência Humana (HIV). INTERNET.