manual de acampamento

88
Manual de Atividades de Campo Para Classes DSA Divisão Sul-Americana da IASD UCOB União Centro Oeste Brasileira AMT Associação Matogrossense

Upload: bruno-claudio

Post on 13-Sep-2015

66 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Um simples manual de acampamento para desbravadores.

TRANSCRIPT

  • Manual de Atividades de Campo Para Classes

    DSA Diviso Sul-Americana da IASD UCOB Unio Centro Oeste Brasileira AMT Associao Matogrossense

  • 2

    NDICE

    CLASSE DE AMIGOS

    *Completar uma das seguintes especialidades de Natao Principiante I ou Acampamento I.............................. 69/59 *Conhecer os diferentes mtodos para purificar gua e demonstrar sua habilidade em construir um abrigo. Em seguida, considerar o significado de Jesus como a gua da vida e nosso refgio....................... 04 *Demonstrar como devemos cuidar corretamente de uma corda. Fazer e conhecer o uso prtico dos seguintes ns: Simples Cego Direito Cirurgio Lais de Guia Duplo Escota Catau Pescador Fateixa Volta da Fiel Gancho Volta da Ribeira Ordinrio................... 07 *Participar de um Acampamento em que haja, pelo menos, um pernoite....................................................... 30 *Ser aprovado em um teste de Segurana Geral. ....................................................................................... 15 *Armar, desarmar, limpar e guardar uma barraca e preparar uma cama de acampamento, com materiais naturais........................................................................................................................... 16 *Saber 10 regras para fazer uma caminhada e o que fazer quando estiver perdido. ...................................... 17 *Aprender os sinais para seguir uma pista. Fazer e seguir uma pista de 2 quilmetros, com no mnimo 10 sinais, que tambm possa ser seguida por outros................................................................................... 18 *Demonstrar como assar, ferver e fritar alimentos em um acampamento, ou completar a especialidade de Fogueiras e Cozinha ao Ar Livre............................................................................................................ 42/67 *Comear uma fogueira com um fsforo, usando materiais naturais, e mant-la acesa.................................... 51 *Usar corretamente uma faca, faco e uma machadinha e conhecer dez regras para us-los com segurana.............................................................................................................................................. 21

    *Fazer 5 ns rpidos. ............................................................................................................................. 07 CLASSE DE COMPANHEIRO *Completar a especialidade de Natao Principiante II ou Acampamento II.................................................... 70/61 *Ajudar no planejamento de uma excurso ou acampamento com sua unidade ou clube, envolvendo pelo menos um pernoite. ....................................................................................................................... 30 *Descobrir os pontos cardeais sem a ajuda de uma bssola........................................................................ 39 *Participar em um acampamento de final de semana, e fazer um relatrio destacando o que mais lhe impressionou positivamente. ................................................................................................................. 30 *Aprender os ns.................................................................................................................................. 04 *Completar a Especialidade de 1 Socorros Bsicos. ................................................................................. 74 *Preparar uma refeio sem utenslios de cozinha...................................................................................... 42 CLASSE DE PESQUISADOR * Apresentar seis segredos para um bom acampamento. Participar em um acampamento de final de semana planejando e cozinhando duas refeies. .................................................................................... 33 *Completar a Especialidade de Primeiros Socorros.................................................................................. 74 *Explicar o que um mapa topogrfico, o que se espera que ele indique, e, seu uso. Identificar pelo menos 20 sinais e smbolos usados em mapas topogrficos. .................................................................... 45 *Recapitular ou aprender as quatro amarras bsicas e construir um mvel de acampamento........................ 09 *Planejar um cardpio para uma viagem de 3 dias de acampamento para 4 pessoas, usando pelo menos 3 alimentos desidratados diferentes....................................................................................... 30 * Enviar e receber uma mensagem por Radioamadorismo - conhecimento bsico......................................... 84

  • 3

    CLASSE DE PIONEIRO *Fazer o fogo refletor e demonstrar seu uso. ......................................................................................... 51 *Participar em um acampamento de final de semana, arrumando de maneira apropriada uma bolsa ou mochila, com equipamento pessoal e alimento suficiente para sua participao. ........................................ 47 *Completar a Especialidade de Resgate Bsico...................................................................................... 79 *Completar a Especialidade de Orientao............................................................................................ 81 *Ser capaz de acender uma fogueira num dia de chuva. Saber como conseguir lenha seca e manter

    o fogo aceso. Demonstrar habilidade em usar corretamente uma machadinha...................................... .... 51 *Completar o seguinte requisito: Participar em uma atividade simples de emergncia e resgate usando dois rdios comunicadores................ 84 CLASSE DE EXCURSIONISTA *Completar uma especialidade em atividades recreativas no conseguida anteriormente.......................... 66 *Completar a Especialidade de Vida Silvestre...................................................................................... 84

    *Apresentar 5 atividades , junto a natureza que podem ser desenvolvidas nas tardes de sbado................ 56 *Desenvolver um projeto para 5 mveis de acampamento e um portal para o clube. ............................... 11 CLASSE DE GUIA *Participar de um acampamento de fim de semana. Discutir o equipamento que deve ser levado............... 34 *Planejar e cozinhar de maneira satisfatria 3 refeies ao ar livre......................................................... 42 *Construir e utilizar um mvel de acampamento em tamanho real, com ns e amarras............................ 11 *Completar uma especialidade no conseguida anteriormente que possa ser contada para Mestrado .......... 86 *Projetar 3 tipos de abrigo, explicar seu uso e utilizar um deles num acampamento de fim de semana........ 04

    Tudo posso naquele que me fortalece.

  • 4

    * Mtodos para Purificar a gua. Qualidade de gua

    Este um fator essencial para o sucesso do acampamento ou excurso, pois a gua

    contaminada pode causar enfermidades digestivas ou intestinais. Alm do desconforto natural, isso

    pode deixar a pessoa incapacitada e at colocar a vida em risco. As melhores fontes de gua esto

    no alto, nas minas e nos pequenos riachos das montanhas.

    Em primeiro lugar, lembre-se de que gua transparente e lmpida no significa

    necessariamente gua potvel. Esteja atento aos seguintes sinais de poluio:

    * Pegadas de gado * Trilha ou caminho rio acima * Temperatura morna * gua parada, sem

    correnteza e sem plantas nas margens. * Cor e mau cheiro. Como o olhmetro no um mtodo seguro de avaliar a qualidade da gua, purifique-a sempre por um dos seguintes meios:

    A) FERVURA Filtre a gua e um tecido bem limpo para eliminar impurezas maiores, e em seguida ferva-a por pelo menos cinco minutos. Depois, passe-a de uma vasilha para outra

    vrias vezes, de certa altura, para voltar a oxigen-la, devolvendo-lhe assim o sabor

    agradvel e resfriando-a mais rapidamente. Algumas gotas de limo ou laranja tambm

    ajudam a tirar o gosto da gua fevida.

    B) IODO Use uma cpsula ou trs gotas por litro de gua. Misture bem e deixe repousar por 30 minutos antes de utiliza-la.

    C) CLORO H vrias concentraes. Use a seguinte dosagem: cloro a 1% (10 gotas por litro de gua); de 4 a 6% (duas gotas por litro de gua); 7 a 10% (uma gota por litro de gua).

    Misture bem e deixe em repouso p r30 minutos antes de usar. Se a gua for escura,

    duplique a dosagem e o tempo de espera. Existe cloro em pastilha e um anti-sabor, que

    anula o gosto ruim do cloro.

  • 5

    * Abrigos Improvisados. Dicas

    Faa pequenas valetas debaixo de cada beirada do abrigo. Em caso de chuva, elas

    conduziro a gua para fora.

    Nunca deixe objetos encostados na parede da barraca, onde pode haver infiltrao de gua.

    Colcho molhado de manh em uma barraca nem sempre sinnimo de que algum no

    achou o caminho do banheiro. Se o solo estava mido ao dormir, o calor de seu corpo pode

    causar evaporao. Umedecendo o colcho. Uma das formas de evitar que isso acontea

    colocar jornal ou plstico sob o colcho.

  • 6

  • 7

    * Ns e Amarras

    Simples Cego Direito Cirurgio Lais de Guia Duplo Escota Catau Pescador Fateixa Volta da Fiel Gancho Volta da Ribeira Ordinrio.

    N Simples

    Esse um lao comum usado na maioria dos ns

    N Cego

    Escorrega e praticamente intil.

    Devemos evit-lo

    N Direito

    No escorrega, nem aperta, sendo fcil

    de desatar. tambm usado para amarrar embrulhos, valioso em primeiros socorros

    N de Cirurgio

    Usado pelos mdicos para atar os pontos de uma inciso.

    N Corredio

    usado para amarrar um cavalo a um poste.

    O n escorrega, mas, quando atado convenientemente, se torna mais apertado quanto mais se puxar.

    N Fateixa

    til por ser fcil de executar e no fugir sob

    qualquer esforo, geralmente ele usado para

    atar a linha do anzol.

    N Lais de Guia

    usado para resgate de pessoas em prdios incendiados. um n que no corre nem emperra.

    N de Escota

    Usado para amarrar duas cordas de diferentes grossuras.

    N Catau

    Muito til para encurtar um cabo onde os extremos

    estejam presos.

    N de Pescador

    Muito prtico para ligar cabos finos e duros como linhas de pescar. No foge e fcil de desatar.

  • 8

    Volta do Fiel

    utilizando nos portos, fcil de atar e sendo mantida a presso sobre ele, no escapa.

    Volta da Ribeira usado para mover ou elevar postes ou troncos.

    N Ordinrio Usado para amarrar dois cabos de iar ou outros cabos grossos.

    N Gancho Atar a corda a um gancho.

    Volta do Salteador

    Utilizado para prender uma corda a um basto, com uma ponta fixa

    e outra que quando puxada desata o n. N utilizado para descer

    de um tronco com um dos cabos e desamarrar o n com a outra ponta

    do cabo.

    N Duplo

    o n de cadaro. Usado pela execuo fcil e rpida.

    N Azelha

    usado para suspender prumo, formar uma ala fixa no meio de um

    cabo ou asa, ou destinado a pendurar um cabo. dado na ponta de

    um cabo; no poder receber esforo; pois ser difcil de desfazer.

    Outras vezes feito em ponto podo do cabo para substituir o catau.

    N OITO VOLTA ESTICADA VOLTA PARADORA

  • 9

    Amarra Diagonal (ou em X)

    Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ngulo agudo.

    menos usada que a Amarra Quadrada, mas muito utilizada na construo de cavaletes de ponte,

    prticos etc. Para comear usa-se a Volta da Ribeira apertando fortemente as duas peas, do-se

    trs voltas redondas em torno das varas no sentido dos ngulos, e em seguida, mais trs voltas no

    sentido dos ngulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou trs voltas entre as

    peas (enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar. Pode-se tambm encerrar unido a ponta

    final a inicial com um n direito. Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram

    formando um ngulo agudo. menos usada que a Amarra Quadrada, mas muito utilizada na

    construo de cavaletes de ponte, prticos etc. Para comear usa-se a Volta da Ribeira apertando

    fortemente as duas peas. Em seguida do-se trs voltas redondas em torno das varas no sentido

    dos ngulos, arrematando-se com um anel de duas ou trs voltas entre as peas e uma Volta de Fiel para encerrar. Para unir duas varas em forma de X ou em diagonal.

    A - Coloque duas varas na posio mostrada pela figura 1, formando um X. Mantenha-se nesta

    posio continuamente.

    B - Comece com o n volta do fiel com mostra na figura 2. D trs ou quatro voltas em torno das

    forquilhas.

    C - D trs ou Quatro voltas em trono da varas, na direo oposta ao cruzamento. Puxe firme cada

    volta para que fiuqe bem apertado.

    D - Aperte trs

    vezes entre as

    varas e termine

    como na amarra

    plana.

    Amarra Quadrada (ou plana)

    usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ngulo reto. O cabo deve medir

    aproximadamente setenta vezes o dimetro da pea mais grossa. Comea-se com uma Volta de

    Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobre desse n, deve ser torcida com o cabo

    para maior segurana ou utilizada para terminar a amarra unindo-se a ponta final com um n

    direito. As toras ou varas so rodeadas por trs voltas completas redondas entre as peas

    (enforcamento) concluindo-se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o n de incio ou

    com o n direito na extremidade inicial. Observe o desenho. Para unir varas am ngulos retos ou em cruz.

    A - Coloque as duas varas na posio mostrada na figura 1.

    B - D um n volta do fiel com uma extremidade da corda na vara vertical, fazendo passar a

    extremidade mais comprida da corda pelo lao, conforme mostra a figura 2, o que fortalece o n.

    C - Mantenha fiememente unidas as varas, passando a corda por baixo e em frente a vara

    horizontal, ento por trs e para cima, de novo em torno e pela frente, de modo que a corda volta

    a posio inicial. Repetir esse enlaamento pelo menos trs vezes, firmando fortemente a marra.

    No cruzar a corda sobre e centro das varas ou no topo ou em baixo.

    D - Termine por apertar bem, isto feito enrolando a corda entre as duas varas e puxando

    firmemente para un-las com a primeira volta.

    E - Termine com qualquer dos seguintes ns:

    Volta do Fiel, N Direito, Fateixa em volta de uma vara e unindo as extremidades da corda com uma escota.

  • 10

    Amarra de Trip (ou trpode)

    Esta amarra usada para a construo de Trips em acampamentos, afim de segurar lampies ou

    servir como suporte para qualquer outro fim. A amarra de trip feita iniciando com uma volta da

    ribeira e passando alternadamente por cima e por baixo de cada uma das trs varas, que devem

    estar colocadas lado a lado com uma pequena distncia entre elas. A vara do meio deve estar

    colocada bem acima, afim de amarrar a sua extremidade inferior extremidade superior das

    outras duas ao lado. No necessrio o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o trip

    girando a vara do meio a amarra j sofre o "enforcamento" sendo suficientemente presa.

    Entretanto, em alguns casos o enforcamento pode ser feito, passando voltas entre as varas e

    finalizando com uma volta do fiel ou n direito preso a extremidade inicial.

    Amarra Paralela (ou circular)

    Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser usada para apoiar ou at sustentar

    o outro bambu. Faz-se uma argola e d-se voltas sobre ela e as duas varas como se estivesse

    falcaando, terminando, tambm como uma falcaa, passando a ponta do cabo pela argola e

    puxando a outra extremidade para apertar. Finaliza-se com um n direito unindo as duas extremidades.

    A - Faa um n volta do fiel em torno de uma vara.

    B - Coloque a segunda vara paralela, fazendo com a outra extremidade da corda vrias voltas

    paralelas at que ambas as varas estejam firmes.

    C - D trs voltas bem apertadas em torno da corda entre as varas, como se v na figura,

    apertando bem cada volta.

    D - Termine com o n direito, volta do fiel ou fateixa.

  • 11

    Amarra Contnua

    Para prender vrias varas em ngulos sempre retos transversais em outra vara.

    A - Corte as varas no tamanho desejado e apare as extremidades. Entalhe a vara de armadura,

    como na figura 1, encaixe as outras varas na posio correta.

    B - Com o meio da corda d um n volta do fiel na vara de estrutura, passando as extremidades

    do corte sob cada vara conforme a figura 2. O n deve ser feito de modo que as extremidades da

    corda apertem a laada enquanto passam ao longo da vara de estrutura.

    C - Com uma extremidade da corda em cada mo, puxe sbre o cruzamento e por baixo da vara

    de estrutura.

    D - Cruze a corda formando um X, como mostra a figura3, puxando bem para apertar.

    E - Traga de novo para cima sbre o cruzamento, repetindo a operao at passar por todos os

    cruzamentos.

    F - Termine com o n direito, fateixa ou volta do fiel, e enfie as extremidades da corda por baixo

    da ultima vara.

  • 12

    * Mveis e Pionerias

    Se voc daqueles que pensam que para acampar preciso abrir mo de qualquer tipo de

    conforto, pagar todos os pecados, e sofrer muito, porque ainda no aprendeu a fazer o que est explicado neste mdulo. Com as quatro amarras j ensinadas e os ns necessrios, voc

    poder fabricar diversos mveis rsticos: cadeiras, mesas, estantes, cabides, pias e at mesmo o banheiro e o sanitrio; tudo isso sem necessidade de martelo e pregos.

    Abrigo suspenso

    Torre de observao Ponte de Macaco

    Mesa Simples Portal Latrina

  • 13

    Outros

    CAMA

  • 14

  • 15

  • 16

    * Segurana Geral.

    SEGURANA NA GUA

    O afogamento acontece quando uma pessoa fica submersa em gua ou outro lquido e a

    respirao pra. Se as vias areas no forem esvaziadas, a vtima morre. Quase-afogamento

    quando a pessoa est em perigo de afogamento.

    preciso muito pouco lquido para que uma criana se afogue. De fato, apenas 5 centmetros de

    gua em uma banheira ou tanque j so suficientes para matar um beb maior.

    Vasos sanitrios tambm so perigosos, se uma criana cai com a cabea dentro deles.

    Adultos costumam se afogar em situaes diferentes. Durante o tempo quente, por

    exemplo, os adultos ficam tentados a se refrescar com bebidas alcolicas enquanto nadam ou

    andam de barco. Esta no uma boa idia. O lcool interfere no bom julgamento e um dos

    fatores mais importantes no afogamento de adultos.

    Causas

    - Cimbras no abdome ou nas pernas

    - Perda de conscincia

    - Brincar em local muito fundo ou muito turbulento, ou acidentado para a sua habilidade de nadar

    - Cair em guas profundas como poos artesianos, dutos de drenagem ou qualquer outra rea que

    colete gua de chuva

    - No saber nadar

    - Derrame (acidente vascular cerebral)

    - Ataque cardaco

    - No usar salva-vidas ou bias

    Para evitar que uma criana se afogue:

    - Nunca vire as costas para um beb em banheiras, tanques, piscinas, etc.

    - Mantenha as crianas fora do banheiro, exceto se supervisionadas por um adulto.

    - Coloque maanetas prova de criana nas portas do banheiro se necessrio.

    - Coloque uma cerca de segurana ao redor da piscina e instale portes de fechamento automtico.

    - Certifique-se de manter os portes sempre trancados.

    - Certifique-se de que os vizinhos tambm tenham cercas ao redor das piscinas.

    - Considere a possibilidade de ter um telefone sem fio no jardim para chamar um atendimento de

    emergncia se necessrio.

    - Nunca deixe uma criana sozinha perto da gua, piscinas ou qualquer outro grande reservatrio

    de gua.

    - Ensine seu filho a nadar. Aulas para crianas de at 6 meses de idade ensinam as crianas a se

    manterem na superfcie da gua.

    - Diga a seus filhos para nunca nadarem sozinhos e nunca nadarem muito longe da beirada sem a

    companhia de um adulto que saiba nadar.

    - Alerte seus filhos para sempre verificarem a profundidade da gua antes de mergulharem. Ela

    deve ser no mnimo de 2,70 metros.

    - Faa curso de ressussitao cardiopulmonar e de segurana na gua.

    Para evitar que um adulto se afogue:

    - Aprenda a nadar.

    - Nade em local com salva-vidas, se possvel.

    - Nunca nade sozinho em uma praia ou piscina. Algum deve estar por perto para o caso de voc

    sofrer uma cimbra ou outra possvel emergncia.

    - Se voc no sabe nadar, sempre use bias ou salva-vidas ao entrar no mar, piscinas e lagos ou

    andar de barco.

    - Sempre verifique a profundidade da gua antes de mergulhar. Ela dever ser de no mnimo 2,70

    metros. Nunca mergulhe em uma piscina que fique acima do nvel do solo.

    - No use banheiras ou Jacuzzi se tiver bebido bebidas alcolicas. Voc pode cair no sono na gua

    morna e relaxante, escorregar para baixo da gua e se afogar.

    - Faa curso de ressussitao cardiopulmonar e de segurana na gua.

    SEGURANA COM FOGO

    Quem brinca com fogo pode se queimar. Respeite o fogo. No brinque com ele. Se voc vir

    algum facilitando, oriente. Nunca despeje combustvel lquido diretamente sobre o fogo (lcool,

  • 17

    gasolina ou outro). Depois de usar o fogo, apague-o. No caso de fogueiras, vigie o fogo

    constantemente.

    * Montar e Desmontar uma Barraca

    A barraca o equipamento principal do acampamento. Ao comprar a barraca deve-se

    pesquisar muito bem, pois a uma grande variedade de modelos, marcas e materiais podem

    confundir o comprador. Deve-se ter em mente na hora da compra o nmero de pessoas a que a

    barraca se destina, se vai ser levada de carro ou carregada nas costas, etc.

    H modelos importados de qualidade superior e mesma faixa de preo que os modelos

    nacionais, que perdem de longe quando o assunto acabamento da barraca. Basta comparar.

    Eis algumas caractersticas de alguns modelos mais comuns:

    Barraca do tipo Canadense

    um dos modelos mais tradicionais, de formato triangular

    quando vista de frente.

    Fcil de montar. Pode ser encontrada em tamanhos variados.

    Como sua armao geralmente de metal, pesada para ser

    carregada a p por trechos longos.

    O material tambm influi na escolha, sendo as feitas de lona mais

    quentes e pesadas que as fabricadas em nylon.

    Barraca do tipo Bangal

    Tambm tradicional, parece uma casa. Tem quartos e uma

    varanda onde pode ser instalada a cozinha.

    muito pesada por possuir a armao de metal e ser fabricada

    em lona.

    Abriga no mnimo 5 pessoas. Boa para famlias inteiras.

    Barracas do tipo Iglu

    Vrios modelos, de formato varivel, desde o tradicional iglu at

    modelos tubulares semelhantes a casulos.

    H modelos grandes de base hexagonal com capacidade para

    mais de cinco pessoas.

    A armao de fibra sinttica (vidro, carbono), muitas vezes

    mais leve que as armaes metlicas.

    So fabricadas em nylon e muito leves para carregar.

    Perdem em durabilidade para as de armao metlica.

    MONTANDO BARRACAS

    Diversos so os tipos de barracas, havendo tambm improvisaes com lonas de diferentes

    tamanhos.

    Obs.: no se devem armar barracas em terrenos em declives fortes (grandes

    inclinaes), cabea de morro ou crista de serra, em solo mido e argiloso, em que possa

    formar poas de lama, ou em terreno perigoso em que a irregularidade de fincar estacas

    e espeques prejudicando o trabalho de instalao.

    Os terrenos arenosos exigem cuidados especiais na fixao dos espeques ou estacas

    para maior segurana da barraca.

    Espeques ou Estacas - sero cravados no solo de modo a construrem uma boa ancoragem; o

    ngulo do material a se cravado no solo e de 45 graus em relao ao terreno.

    Piso da Barraca - necessrio uma boa impermeabilizao. A irradiao do calor terrestre traz

    sempre umidade pela evaporao.

    As paredes da barraca devem estar ajustveis ao solo, para que no haja corrente de ar e no

    entre pequenos animais (alguns perigosos).

    PERMITINDO O AREJAMENTO DA BARRACA - Deve estar colocada de modo a receber os raios

    solares, de preferncia pela manh, ou pelo menos durante seis ou oito horas. Por outro lado, sua

    fixao deve possibilitar o levantamento das abas ou extremidades durante o dia, para que o

  • 18

    movimento do ar retire a umidade decorrente da evaporao do solo. No estando chuvoso o

    tempo, todo material existente no interior da barraca deve ser inteiramente exposto ao sol.

    Caminhadas e o que fazer quando estiver perdido.

    CUIDADOS BSICOS QUE PRECISAM SER OBSERVADOS EM UMA CAMINHADA

    Busque informaes sobre o percurso. Saber o grau de dificuldade, a distncia e o tempo a

    ser gasto.

    No viaje sem avisar algum sobre seu destino e a que horas pretende voltar

    Leve sempre com voc identificao pessoal e o nmero telefnico de um conhecido, da

    polcia, ou do corpo de bombeiros da regio.

    Ao cruzar portes, cercas, cancelas etc., deixe-os como os encontrou.

    Se estiver em grupo, respeite seus limites e no se importe em ficar por ltimo, caso o seu

    ritmo seja mais lento. Se voc estiver liderando, fique atento aos ritmos dos mais lentos e

    apie-os.

    Ainda que o dia esteja ensolarado, inclua na bagagem sempre um agasalho e uma capa de

    chuva.

    Suas mos devem estar livres. Todo o equipamento deve caber na mochila.

    Leve pelo menos um litro de gua com voc. Aumente para dois litros, se o passeio durar

    mais de cinco horas e voc no tiver certeza de encontrar gua potvel no local. No espere

    ter sede para tomar lquidos.

    Seu calado deve ser confortvel e com solado antiderrapante.

    Alimento fcil: sanduches, frutas secas ou frescas, barras de cereais, castanhas, etc.

    importante que seja alimento energtico, fcil de carregar e de pouco volume.

    Tenha sempre a mo um estojo de primeiros socorros com pina, agulha, algodo, lcool

    ioadado, cotonetes, espelho pequeno e bandagem triangular.

    Inclua na bagagem saquinho plstico para trazer o lixo ou roupa suja e molhada de volta.

    No tire nada mais, alm de fotos; e no deixe nada alm de pegadas.

    Quando estiver em grupo sinalize com uma bandeira a testa e a calda da fila

    indiana.

    PASOCOLA que significa: Parar, Acalmar-se, Sentar, Orar, Comer, Orientar-se, Lembrar e

    Andar.

    1. Manter a calma

    2. Gritar mais procurar ouvir tambm

    3. No ande ou corra desesperadamente.

    4. Permanea no lugar, lembre-se outras pessoas estaro procurando por voc.

    5. Procure descansar

    6. Ore

    7. Alimente-se e beba gua

    8. Oriente-se

    9. Faa um fogueira e acenda se possvel

    10. Se tiver de caminhar marque os lugares por onde passar

    A palavra ESAON.

    E - estacione

    S sente-se A - alimente-se

    O - oriente-se

    N - navegue

  • 19

    * Sinais de Pista

    H vrios manuais que do vrios tipos de sinais de pista, abaixo colocaremos alguns

    utilizados pelos desbravadores. Estes sinais so muito difundidos no meio escoteiro tambm.

    Incio de pista Objeto oculto nesta direo Siga nesta direo

    Salte obstculo Siga nesta direo 2 km gua Potvel

    Volte ao local de partida Final de pista Perigo

    Volte ao ponto de reunio Evitar Voltei ao ponto de partida

    Espere Separamos 2 em uma direo e 3 em outra gua no potvel

    Objeto escondido a 2 passos Siga rapidamente

    Acampamento nesta direo Jogo comeou

    uma boa atividade de observao. Primeiro voc deve aprender os sinais de pista

    utilizados para comunicao nas trilhas de florestas e nos campos. Alguns, so idnticos aos

    usados no passado pelos aventureiros, indgenas e exploradores.

    Nas estradas, nos campos e no mato encontramos sinais deixados no cho, nas rvores e nos rios,

    por animais ou pessoas. A essas pegadas, quando tomadas numa direo e com um fim, que

    denominamos "pista". Seguir uma pista exige observaes que pem em jogo a acuidade dos

    sentidos e o vigor da inteligncia. Quem se dedica a essa atividade adquire conhecimentos muito

    teis e elevado grau de percepo das coisas.

    Naturalmente que seguir uma pista real para a descoberta de um animal ou pessoa, demanda

    oportunidades e interesses que muitas vezes nos escapam. Por isso que os escoteiros iniciam o

    aprendizado utilizando sinais convencionais prprios, colocados em pontos que facilitam a

    observao.

    As Regras para a montagem de uma trilha com sinais de pista:

    a) Os sinais so feitos direita dos caminhos.

    b) Os sinais devem ser visveis.

    c) Quando venta no podem ser utilizados papis ou folhas.

    d) Os sinais no devem ser traados a mais de um metro de altura do solo.

    e) Nos cruzamentos de estradas devem ser sempre colocado o "caminho a evitar" nas

    que no vo ser utilizadas.

    f) Nos lugares movimentados devem ser feitos muitos sinais.

    g) Os sinais devem ser traados obedecendo a condio do terreno: em terrenos difceis,

    de 2 em 2 metros, nas rochas, de 5 em 5, nas matas, de 20 em 20, nos campos, de 30 em

    30 metros. Nos casos de interesse geral no empregar sinais convencionais limitados

    patrulha e sim adotados geralmente.

    h) Vrios so os sinais empregados em nossas atividades. Outros podem ser

    convencionados pela patrulha. Nos desenhos apresentados, damos indicaes dos

    principais. O sinal de "perigo" deve ser colocado onde quer que exista algum, e sobretudo onde h "caminho a evitar"

    A pista sempre tem um comeo e um final marcados com sinais caractersticos. Se voc

    perder a pista volte at o ltimo sinal que achou e procure com ateno nas proximidades at

    achar o prximo. Ande devagar e com os olhos bem atentos.

  • 20

    Siga nesta direo Caminho a evitar

    Siga dois quilmetros nesta direo (cada trao representa 1km)

    Salte o obstculo Siga a toda pressa nesta direo

    Acampamento nesta direo Perigo

    Voltei ao ponto de reunio

    Objeto oculto a tantos passos nesta direo (indique o nmero de passos dentro do

    quadrado)

    gua boa para beber gua m para beber

    Espere-me aqui (indique o tempo dentro do quadro)

    Voltem todos ao ponto de reunio Paz, o jogo ainda no comeou

    Guerra, o jogo j comeou Dois seguiro nesta direo e 1 nesta.

    Incio de pista Fim de pista

    Perigo!

    Caminho a Seguir No sentido da pedra maior

    Por aqui No sentido da parte mais alta

  • 21

    Por aqui No sentido do pau maior

    Voltar Esquerda

    No sentido da pedra maior

    Voltar Direita

    No sentido da pedra maior

  • 22

    *Uso Correto da Faca, Faco, Machadinha e Machado.

    A faca de Mato ou Canivete

    A faca de mato uma ferramenta bastante til para o Desbravador e, por isso, deve ser bem

    comprada e bem cuidada.

    Ao comprares a faca de mato, verifica se o cabo resistente e se est bem equilibrada.

    Normalmente as facas de mato j so vendidas com uma bainha. Se a tua no tiver, deves

    arranjar-lhe uma o mais depressa possvel. Podes sempre decorar a bainha da faca com coisas que

    te identifiquem, como uma espcie de marca pessoal.

    Para verificares se a faca est bem equilibrada, tenta precisamente

    equilibrar a faca em cima de um dedo, colocando este no incio da

    lmina, mesmo junto ao cabo.

    Como entregar a Faca de Mato a outra pessoa

    Alguns acabam sempre por se cortarem com facas de mato (e mesmo canivetes) ao receberem-

    nas de outra pessoa. O Desbravador deve saber como entregar corretamente uma faca de mato, e

    tambm ter o devido cuidado ao receb-la de outra pessoa.

    No h uma maneira nica de entregar a faca de mato. Apenas preciso ter cuidado para ningum

    se cortar na lmina.

    NO - ao dar a faca com a lmina para a frente, a pessoa que a

    recebe pode-se cortar, mesmo que lhe v pegar no cabo. Uma faca

    deve sempre ser entregue co m o cabo livre para se lhe pegar.

    NO - quando a pessoa que recebe puxar a faca, a lmina desliza

    sobre os dedos de quem est a entregar, cortando-os de imediato.

    SIM - a pessoa que entrega a faca de mato nunca se corta, porque

    os dedos esto fora do alcance da lmina. Por seu lado, a pessoa que

    a recebe, tem o cabo completamente livre para lhe pegar, ficando

    igualmente fora do alcance da lmina.

    Como cortar um pau com a Faca de Mato

    Para evitar que se corte um dedo ou uma mo, os movimentos da faca devem ser sempre feitos

    para fora do nosso corpo, no sentido oposto mo com que seguramos no pau ou ramo. Assim, a

    lmina da faca nunca vem contra ns por azar !

  • 23

    SIM NO

    Cuidados a ter com a Faca de Mato

    A faca deve andar sempre na bainha, quando no estiver a ser usada. No fim dos acampamentos e

    atividades, deves sempre cuid-la, seguindo os seguintes passos:

    1- Limp-la cuidadosamente de todos os detritos, usando petrleo se for preciso;

    2- Secar bem toda a faca, por causa da ferrugem;

    3- Afiar bem a lmina para ficar pronta para a prxima atividade;

    4- Untar toda a lmina (e outras partes metlicas) com leo para a proteger da ferrugem;

    5- Embrulh-la num bocado de plstico, para conservar o leo;

    6- Guard-la numa gaveta ou caixa onde ficar em segurana.

    Enquanto ests no campo e te ests a servir da faca de mato,

    podes precisar de a pousar e no teres a bainha perto, ou ento

    teres a faca to suja que no a queiras guardar na bainha. Alguns

    cometem os maiores erros nestas alturas, mas voc como bom

    desbravador, fars o correto.

    NUNCA deves espetar a faca numa rvore viva nem na

    terra. Se espetar a lmina na terra poders encontrar uma pedra

    que te estrague o fio da lmina. De qualquer maneira, mesmo

    espetando em areia, h sempre prejuzo para o fio da lmina.

    Para alm disto, deves ainda ter o cuidado de deixar a faca de maneira a que ningum se

    corte na lmina. Deixar a lmina no meio do cho um dos erros mais comuns de alguns: para

    alm de apanhar demasiada umidade e de algum a poder pisar e parti-la, algum descalo ou de

    chinelos pode passar e cortar-se. Tambm espetar uma faca num cepo pode ser perigoso,

    pois algum se pode cortar ao passar com um p ou uma mo, para alm de acabar por torcer o

    bico da faca caso seja espetada de ponta.

    Deves nunca esquecer que quando espetas uma faca num cepo, apenas por alguns minutos

    ou segundos, e que o local no pode ser freqentado por outras pessoas, seno algum se pode

    cortar.

    NO deves usar a tua faca de mato (ou canivete) num veculo em movimento, como exemplo

    num comboio ou autocarro. Um solavanco inesperado pode causar um acidente com a lmina. No

    caso de uma travagem brusca, a faca pode vir mesmo a espetar-se no corpo (teu ou de outra

    pessoa).

    Quando comeas a usar a faca de mato, e tal como no caso do machado, deves ter a preocupao

    de verificar se tens pessoas junto a ti, que poderiam vir a ser vtimas de algum deslize da

    lmina.

    Se transportares a tua faca de mato dentro da mochila, deve ter cuidado para no a enfiar

    fora no meio das coisas, pois o bico da faca pode furar a bainha e rasgar o material ou mesmo a

    mochila.

  • 24

    A machadinha ou Machado

    Ao cortares uma espia ou cabo, no cortes na vertical, mas sim obliquamente, tal como com o

    machado.

    A diferena entre o machado e a machada (ou machadinha) est no tamanho. O machado

    grande e usa-se com as duas mos. A machada mais pequena e basta uma mo para a

    manobrar. O Desbravador costuma usar a machadinha.

    Nomenclatura do Machado:

    Utilizao do Machado

    O Desbravador sabe usar o machado e a machada corretamente.

    A machada, usada s com uma mo, requer mais pontaria do que fora. De fato, os golpes

    com a machada so dados pausadamente, calculando sempre o local do golpe, e sem excesso de

    fora.

    Uma machada no se pega com as duas mos desferindo fortssimos golpes no alvo.

    O machado, apesar de ser pego com 2 mos, usa-se tambm pausadamente, sem fora

    excessiva e apostando sempre na pontaria.

    SIM NO

    A machada, por poder ser usada apenas com uma mo, deve ser pegada pela pega, na ponta do

    cabo, e no a meio do cabo.

    Tem-se melhor balano, e preciso fazer-se menos fora.

    Sempre que se comea a usar um machado,

    deve-se verificar o seguinte:

    1- se a cunha est bem fixa; mergulhar o machado em gua faz inchar a madeira e assim

    garantir melhor a fixao do cabo na lmina;

    2- se no h ningum volta que possa ser atingida por um golpe;

  • 25

    SIM

    Para cortar um ramo, nunca o devemos fazer em cima da terra, pois a

    lmina acabar sempre por se enterrar no solo, estragando o fio. Deve-se

    sempre apoiar o ramo em cima de um cepo mais grosso.

    NO SIM

    O ponto onde vamos cortar deve estar bem apoiado e o mais fixo possvel.

    Nunca se deve desferir golpes com o machado sobre um ponto do ramo que esteja sem apoio, pois

    o efeito ser muito pouco e o ramo ao vibrar pode fazer com que o machado salte e atinja o

    utilizador.

    NO

    A inclinao do machado importantssima para os efeitos dos golpes. Nunca se devem dar os

    golpes com a lmina num ngulo de 90, ou seja, na vertical. Deve-se inclinar sempre o machado

    para fazer aproximadamente um ngulo de 60.

    Os golpes devem ser alternados, ora inclinado para a esquerda ora para a direita.

    O machado nunca deve ser usado como martelo, pois no foi para isso que foi feito.

  • 26

    Desbastar um Tronco

    SIM NO

    Para limpar ou desbastar um ramo ou tronco, comea-se pelo incio (parte mais grossa) e

    vai-se avanando em direo ponta, no sentido de crescimento da rvore. Se os golpes forem

    dados no sentido contrrio, acabar por rachar o tronco.

    Cortar um tronco na vertical

    (ou abater uma rvore)

    A tcnica apenas precisa de duas zonas de golpe: a primeira de um lado, e a segunda do

    lado oposto e mais em cima. Esta tcnica aplica-se tanto para um ramo, como para um tronco,

    como para uma rvore. No caso de uma rvore, esta cair para o lado da primeira zona de golpe.

    SIM NO

    Para cortar uma vara verde, seguras pela parte de cima para a vergar. Os golpes devem ser

    dados com inclinao de 60 e no perpendicularmente vara. Vergar a vara aumenta o efeito de

    corte do machado.

    Rachar Lenha

    Para rachar lenha, comeas por cravar a lmina no tronco (no precisa de ser com muita

    fora), junto a uma das extremidades.

    De seguida, vais batendo com o conjunto tronco-machado em cima de um cepo.

    Aos poucos e poucos o machado vai-se enterrando cada vez mais no tronco, rachando-o ao meio.

  • 27

    Fazer uma Estaca

    Para afiar uma estaca, deves apoi-la em cima de um cepo, e golpeares com pontaria, como na

    figura. A cada golpe rodas um pouco a estaca.

    Uma estaca deve ter a parte de trs ligeiramente desbastada, como na figura acima, para evitar

    que, ao bater na nela, se desfaa.

    Segurana

    Para alm de saber manejar corretamente o machado, o Desbravador deve igualmente saber

    tomar todas as medidas de segurana relativamente a esta ferramenta.

    Tal como a faca de mato ou outra qualquer ferramenta cortante, o machado no

    deve ser deixado cado no meio do cho, encostado a uma rvore e muito menos

    ainda cravado no tronco vivo de uma rvore.

    O seu manejo deve observar regras de segurana para o utilizador, assim como para pessoas que

    se encontrem por perto.

    Deves ter todo o cuidado ao usares o machado para que este

    no te atinja uma perna ou um brao. Se estiveres a segurar

    com a mo no tronco ou ramo que cortas, verifica se a mo

    no fica ao alcance de nenhum golpe desviado por acaso.

    O mesmo cuidado deves ter com as pernas, as quais devers

    abrir conforme a posio em que estejas a cortar, de modo a

    que o machado nunca te atinja a perna, mesmo no caso de

    um golpe mal dado e que se desvie.

  • 28

    Como guardar o machado

    O machado deve ficar guardado dentro da respectiva bainha, ou cravado num cepo ou num suporte

    prprio montado no campo.

    Num suporte prprio

    Para cravar o machado num cepo comum verem-se alguns a desferirem grandes golpes sem

    grandes resultados. A tcnica consiste unicamente em espetar a lmina em bico, e no com o fio

    todo. Alm disso, a lmina deve ficar paralela ao cepo.

    SIM NO NO

    Fabricao de uma Bainha

    Como a maior parte dos machados que se vendem no trazem bainha, deves saber fazer uma com

    facilidade, para que o teu machado ande sempre protegido e at o possas trazer cintura. O

    material ideal o cabedal. Se no tiveres cabedal, podes usar qualquer tecido grosso do tipo lona

    ou ganga, que no se rompam com facilidade. Para o reforares podes fazer duas ou trs camadas.

    Depois de o cortares com o feitio que se indica na figura, abres

    orifcios para passares o cinto e para enfiares o cabo do

    machado. Estes orifcios, no caso de usares tecido, devem ser

    costurados do mesmo modo que as casas dos botes nas

    camisas, para no se rasgarem. Depois, s coseres com fio

    grosso, e colocares um boto. Num sapateiro encontras com

    facilidade um boto de mola de fcil uso e que no custa nada a

    montar.

    Transporte

    O transporte do machado outro fator importante na segurana. Quando o transportares na mo,

    segura-o sempre pela lmina, e nunca pelo cabo. Os pequenos quando pegam no machado pela

    primeira vez, costumam andar a passear com ele segurando no cabo e balanceando-o ndio,

    arriscando-se a bater com a lmina nas pernas ou a atingir algum colega. Se o machado for grande

    podes lev-lo ao ombro, mas sempre com o fio da lmina virado para fora.

  • 29

    Quando se passa o machado a outra pessoa, deves entreg-lo sempre segurando na lmina, para

    que lhe possam pegar facilmente no cabo.

    SIM NO

    Conservao

    Para evitar a ferrugem, deves ter em ateno alguns conselhos:

    quando regressas de uma atividade, limpa bem o machado, para tirar toda a humildade;

    para retirar ferrugem, usa palha-de-ao;

    para conservar o machado sem ferrugem, unta a lmina com leo ou outra gordura, e

    envolve-a com plstico;

    Afiar a Lmina

    Para afiares a lmina podes usar uma simples pedra de esmeril, a qual deves manter molhada com

    gua ou, melhor ainda, com leo. Usa movimentos circulares, deslocando para a frente. Se a pedra

    for grande, fixa-a (por exemplo num cepo) e imprime ao machado os movimentos circulares

    (observa a figura). Se a pedra for pequena, pega nela com uma mo e, tendo cuidado para no te

    cortares, anda com ela igualmente em movimentos circulares, mantendo o machado fixo.

    Se a lmina tiver bocas (ou lmina romba), deves comear por as fazer desaparecer usando uma

    lima (de preferncia triangular), e s depois usar a pedra de esmeril.

    Uma lmina com "bocas"

    Quando estiveres a desbastar a lmina do machado, para

    lhe retirar as bocas, tem cuidado. O fio da lmina deve

    ficar com uma forma nem muito longa nem muito curta.

    Observa a figura para veres qual a melhor forma.

  • 30

    Reparao do Cabo

    Se por acidente, ou qualquer outro motivo, o cabo do machado se partir, eis uma forma fcil de

    retirar os restos da madeira do cabo de dentro do olhal da lmina. Comeas por cavar um pequeno

    buraco em terra mida onde enterras ligeiramente a lmina deixando o olhal de fora.

    Depois, fazes uma pequena fogueira em pirmide por

    cima, de modo a queimar a madeira. Logo que acabes

    e possas retirar ento facilmente os restos de madeira

    queimada de dentro do olhal, deves mergulhar a

    lmina em gua fria para que no destempere.

    Depois de feito o cabo novo, insere-o no olhal e fixa-o com uma

    cunha.

    O machado deve ser bem equilibrado. Para testar o equilibro,

    colocas o machado sobre o dedo indicador, na zona do

    pescoo, onde acaba o cabo e comea a lmina. Se o machado

    se equilibrar porque est em boas condies de equilbrio.

    Num machado bem alinhado, o gume da lmina deve estar em linha

    com a ponta do cabo.

    Para evitar que o cabo rache ao bater com a ponta numa superfcie

    dura, deve-se cortar essa mesma ponta.

  • 31

    * Acampamentos

    OBJETIVOS DO ACAMPAMENTO

    Ajudar jovens e juvenis a sentirem a proximidade de Deus e se tornarem familiarizados com Ele

    atravs da criao. Preparar nossos juvenis para o tempo de tribulao vindoura. Aumentar a familiarizao dos acampantes. Aprender a viver ao ar livre. Ensinar confiana prpria. Satisfazer o esprito de aventura. Desenvolver o vigor fsico. Por em prtica os ensinamentos aprendidos no Clube. COMO ESCOLHER UM BOM LOCAL PARA ACAMPAR

    Um bom local para acampar deve ter gua potvel prximo ao local do acampamento, o

    terreno deve escoar a gua da chuva com facilidade. Deve ser de fcil acesso, porm no prximo

    das cidades, a fim de evitarmos visitas inesperadas. O local deve oferecer segurana aos

    acampantes. Deve ter lenha prxima.

    Antes de qualquer coisa, deve se obter o mximo de informao sobre o local onde voc ir

    levar sua unidade ou Clube, por meio de mapas, cartas topogrficas, ou informaes de amigos e

    pessoas que conheam o local. Assim fazendo, a unidade ou Clube evitar maiores problemas

    quando for acampar no local.

    Devemos sempre evitar terrenos que sejam pedregosos, pois dificulta a armao das

    barracas, abrir valetas e torna desconfortvel ao dormir. Terreno encharcado deixa o local

    enlameado trazendo dificuldades em acender fogo, ao caminhar e etc... O terreno arenozo torna

    difcil a montagem das barracas, por no oferecer resistncia na colocao dos espeques. As

    encostas de morros trazem problemas com enxurradas e deslizamentos, e a crista de morros por

    ventar forte. No devemos acampar debaixo de rvores, afim de evitarmos queda de galhos, e por

    ser a rvore um para raio natural. Devemos armar nossas barracas com a frente virada para onde o vento sopra, e no de

    frente para o vento. TOPOGRAFIA - Condies de escoamento de gua e solo prprio para fixar e armar as barracas.

    Espao suficiente para o acampamento e atividades.

    ACESSO - Estradas d para passar a conduo? Se chover d para voltar?

    SEGURANA - distncia segura de rios, local de enxurradas, encostas, animais perigosos,

    marginais, pntanos. Pontes seguras?

    RECURSOS NATURAIS - Lenha, bambus, cachoeiras com gua potvel, rvores para atividades

    com corda, bosque para trilhas, etc. Quando for acampar, voc deve tomar os seguintes cuidados: 1 - Antes de qualquer coisa, deve-se obter o mximo de informao sobre o local aonde voc ir,

    por meio de mapas, fotos topogrficas, ou informaes de amigos e pessoas que conheam o local.

    Assim evitar maiores problemas quando for acampar no local.

    2 - Quando acampando, a barracas devem estar bem esticadas e quando possvel, a barraca ter

    um sobre-teto (ex: plstico). Se voc perceber que ir chover, cave uma valeta com cerca de 8

    cm.

    3 - A sua barraca deve estar a sotavento, isto , com a frente da barraca para onde o vento sopra,

    assim como a cozinha e o fogo desta, pois o fogo ficando assim, o fumo e as fagulhas no cairo

    sobre a barraca.

    4 - Evite armar sua barraca em terreno: a - Pedregoso: dificuldade para dormir, armar a barraca, abrir valetas, etc. b - Encharcado: problema de lama, dificuldade para acender o fogo, etc.

  • 32

    c - Arenoso: dificuldade em armar a barraca que poder cair com um simples vento e outros

    problemas. d - Terreno inclinado: problema de enxurradas, a barraca dificilmente ficar esticada. e - Encosta de morro: problemas de enxurradas e desmoronamento. f - Crista de morro: muito vento. g - Debaixo de rvores secas: problemas de queda de galhos ou da prpria rvore.

    5 - Antes de sair indispensvel fazer o cardpio das refeies e a lista dos gneros e as

    quantidades de compra. Os alimentos devem ser variados e fortes, bastantes ovos e leite, frutas e

    verduras quando possvel.

    6 - Cavar uma vala ou trincheira para servir de latrina outro ponto muito importante, deve ser

    uma das principais coisas a serem feitas ao chegar no local de acampamento. A vala por trincheira de latrina dever ter 60 cm de profundidade, 90 cm de comprimento e 30cm

    de largura. A largura importante para que quem a use, possa se agachar sobre a vala, com um p de cada

    lado. A terra retirada deve ser amontoada atrs da vala, e uma p fica a disposio para colocar

    terra na vala aps o uso. As paredes podem ser de lona ou plstico preto, deve comear ao cho e

    ir at 1,80m.

    7 - Dever haver tambm um mictrio, que se faz escavando um buraco e enchendo-o at o meio

    de pedras de drenar, facilitando o escoamento. E as latrinas devem ficar a favor do vento, cerca de

    100 m do acampamento e bem escondida. Isso muito importante.

    8 - Escolha de um bom local: a - gua potvel prxima b - facilidade em encontrar lenha c - Solo poroso bem drenado, quase plano em que a chuva no alague nem faa lama, de

    preferncia se for gramado. d - Paisagem bonita e agradvel e - Fcil acesso A gua

    Quando se acampa, devemos escolher um local que tenha gua boa para beber, mas mesmo assim

    todo cuidado pouco. coe a gua em pano limpo, ferva-a, e se for preciso purifique-a com cloro,

    iodo, ou com produtos qumicos apropriados.

    Latrinas

    Deve se cavar uma vala ou trincheira com 60 cm de profundidade, 90 cm

    de comprimento e 30 cm de largura para servir de latrina. este local deve

    ser cercado com lona ou plstico escuro e ficar pelo menos a 100 m da

    cozinha e bem escondido. Sua localizao deve estar de maneira que o

    vento no traga o cheiro de volta para o acampamento. Dever haver tambm um mictrio, que se faz escavando um buraco,

    enchendo-o de pedras at o meio, facilitando assim o escoamento da urina.

  • 33

    Alimentao

    Antes de acampar o primeiro passo a dar a elaborao

    do cardpio, preparando a seguir a lista de compras. Os

    alimentos devem ser variados, nutritivos e de fcil

    preparo. Deve ser organizada uma escala de servio, de

    maneira que todos possam participar do preparo da

    alimentao, bem como da limpeza dos utenslios da

    cozinha. Lembre-se de que todos devem participar no s na

    cozinha mas, em toda e qualquer atividade do

    acampamento, pois o que comanda e lidera no aquele

    que e faz tudo sozinho, mas aquele que motiva outros a

    fazer.

    Os utenslios de cozinha devem ser lavados aps a

    refeio e colocados em reservatrios especficos, como

    sacolas ou recipientes que mantenham eles fora de risco

    de sujarem. Se voc deixar pra lavar depois o prato, fica

    mais difcil de lavar, os restos de comida endurecem, alm

    de ser anti-higinico, pode atrair bichos. Importante:

    nunca jogue restos de comida na pia do acampamento ou

    em rios limpos que serviro para se utilizar a gua para

    beber. Lembre-se que voc pode ficar sem comida se roubarem

    seus suprimentos. Para que isso no ocorra, pode-

    se cavar e esconder bem fechado. Para se manter a gua

    gelada, pode-se amarra o cantil dentro da gua corrente

    do rio.

    EQUIPES DE UM ACAMPAMENTO:

    Cada membro da unidade ou do Clube deve saber de antemo o que fazer ao chegar no local do

    acampamento. Deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em

    fazer algo em prol do acampamento, evitando-se sobrecarga de tarefas e a demora na montagem

    do acampamento.

    Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas tarefas. O verdadeiro Desbravador vai

    acampar com esprito de unio.

    1. Equipe De Cozinha

    Antes do acampamento deve-se elaborar o cardpio, preparando-se a seguir a lista de compras.

    Alimentos variados, nutritivos e de fcil preparo. Deve ser organizada uma escala de servio, de

    maneira que todos possam participar do preparo da alimentao, bem como da limpeza dos

    utenslios da cozinha.

    Lembre-se: todos devem participar no s da cozinha mas em toda e qualquer atividade do

    acampamento, pois o que comanda e lidera no aquele que faz tudo sozinho, mas aquele que

    ensina e motiva outros a fazer.

    2. Equipe De Transporte

    Responsvel pela cobrana das passagens, arranjar conduo e orientar quanto ao percurso.

    3. Equipe De Programa

    Elaborar um programa escrito, com horrios para tudo, corinhos, pensamentos, orientaes, etc.

    Este grupo organiza todas as atividades e faz funcionar os horrios. Diz quem far o qu. Organiza

    a segurana e faz a escala dos oficiais do dia.

    4. Equipe De Intendncia

    Providencia todo material para as atividades e instrues, inclusive para a cozinha.

  • 34

    5. Equipe De Eventos

    Planeja e executa as atividades recreativas e instrutivas do acampamento.

    6. Equipe De Infra-Estrutura

    Montagem de todos os aparatos como: cozinha, latrinas, toldos, mastros, limpeza, pista de

    obstculos. Obs: Cada unidade fornece alguns desbravadores para esta equipe.

    ATIVIDADES EM UM ACAMPAMENTO

    Cross:

    A unidade dever escolher 2 membros para represent-la em um percurso com obstculos, e no

    final passar uma linha pela agulha. Quando for completado o percurso tero direito a responder 2

    perguntas sobre histria dos desbravadores, para conseguir um bnus extra. Avaliao: Tempo Ns:

    As unidades sero avaliadas a qualquer momento, por membros da diretoria, por isso devero ter

    cordinha da cor da unidade todo o tempo. Os ns que sero avaliados so os seguintes: N direito,

    fateixa, escota, pescador, cirurgio. Lais de guia, corredio, voltar do fiel, volta do ribeira, volta do

    salteador. Avaliao: n correto e explicao Ordem unida: As unidades sero avaliadas em ordem unida parada e em marcha.

    Avaliao: Postura, execuo e erros. Tnel do desbravador: A unidade dever escolher um representante que ir passar por um tnel com um certo nmero de

    objetos relacionados a desbravadores e identific-los. Avaliao: Tempo e numero de objetos identificados Po no espeto: As unidades devero preparar,a massa o fogo e assar o po no espeto.

    Avaliao: Participao de toda a unidade, po assado, regras de segurana com o fogo e tempo Maquete:

    As unidades recebero um tema para a construo de uma maquete que poder ser construda

    unicamente com materiais da natureza. Avaliao: Tempo, criatividade, concordncia, materiais Caa ao tesouro: Atravs de versos bblicos as unidades devero procurar objetos espalhados pelo campo, cada

    objeto encontrado trs um verso que leva a outro objeto.

    Avaliao: Tempo P.S

    As unidades faro atendimentos de primeiros socorros solicitados pela diretoria na hora da prova. Avaliao: demonstrao e explicao correta

  • 35

    MATERIAL Material da unidade ou Clube

    A unidade deve ter duas barracas, machadinha, faco (2), facas (2), lanterna, corda de 20m,

    repelente, cordinhas finas, serra, estojo de primeiros socorros, apito, Iscas de fogo, bandeirim,

    utenslios de cozinha, plstico ou lona para cobrir a cozinha e outro para abrigar da chuva ou do sol

    forte. Material individual do desbravador

    Higiene

    Sabonete, creme dental, papel higinico, escova de dente, escova de cabelo ou pente, saco de lixo

    para roupa suja ou molhada.

    Vesturio

    Uniforme completo de gala, roupa para o sbado, tolha de banho, cala jeans, short ou bermudas,

    camisetas, agasalho, roupas intimas, roupas de banho, cobertor, travesseiro, lenol, meias, bon.

    Outros

    Chinelo, tnis ou botina, caderno, caneta, repelente, protetor solar, lanterna com pilhas, copo

    plstico, prato plstico, talheres, colchonete ou saco de dormir, bblia, carto de classe, banquinho

    dobrvel, medicao pessoal, canivete ou faca de mato, 2 metros de cordinha, estojo de costura.

    Todo esse material deve estar acondicionado em saco plstico, evitando de molhar em caso de

    chuva. Obs: no trazer a mudana para o acampamento e nem esquecer o essencial.

    Existem vrios tipos de equipamentos para dormir, adequados a vrios climas e pocas

    do ano.

    O saco de dormir e o colchonete so os mais usados em acampamentos. Em nosso clima tropical,

    ambos so muito usados, no levando a nenhum problema. Quando se faz um acampamento no

    inverno e necessita-se de um meio de se agasalhar mais eficaz, o saco de dormir se torna um bom

    isolante trmico, que proporciona boas acomodaes e pouco volume de bagagem.

    Roupa apropriada para dormir e como manter-se aquecido durante a noite.

    Devemos nos agasalhar, pois em acampamentos, a mata tende a esfriar a temperatura pela noite.

    O saco de dormir muito til tanto para calor como para frio, pois mantm a temperatura do corpo

    constante. Roupas largas so boas para dormir. Cala jeans e outras apertadas podem causar

    desconforto.

    DICAS

    Sempre leve em conta o tipo de acampamento que estar participando, substitua e adicione

    itens quando necessrio seguindo as orientaes de seu Chefe.

    Em acampamentos volantes e Jornadas muito cuidado com o excesso de material, leve

    apenas o essencial.

    O peso total da mochila no deve ultrapassar 1/3 do seu peso.

    Seu material dever estar identificado de preferncia. Voc pode usar seu nome, iniciais ou

    alguma marca prpria para no perder nada.

    No esquea de colocar a quantidade de roupas de acordo com a durao do acampamento

    e com o clima.

    Todo o material dever estar organizado em sacos impermeveis (de preferncia), de

    acordo com o tipo (Individual, Cozinha, Higiene, etc), dentro da mochila.

  • 36

    Dividir responsabilidades

    Cada membro da unidade ou do clube deve saber de antemo o que fazer ao chegar ao local do

    acampamento. deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em

    fazer algo em prol do acampamento, evitando-se a sobrecarga de tarefas e a demora na

    montagem do acampamento. Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas tarefas. O

    verdadeiro desbravador vai acampar com esprito de unio. As ltimas coisas a fazer noite

    Antes de dormir deve-se escovar os dentes, proteger a gua, os alimentos e a lenha, cobrir as

    brasas do fogo de maneira que tenhamos algumas brasas vivas pela manh. Veja se nada foi

    deixado ao sereno. Afrouxe os cabos da barraca. Faa o culto e ore antes de dormir.

    Ao acordar

    Assopre o fogo, reavivando-o, ponha mais lenha e a gua para ferver, escove os dentes, estique os

    cabo das barraca, pendure ao sol a roupa de dormir, prepare o desjejum, limpe e arrume a

    barraca, passe uma revista no local de acampamento para ver se tudo est em ordem, faa o culto

    matinal e o hasteamento das bandeiras. 1. Mesmo com tempo bom deve-se levar capa de chuva ou plstico. (Desbravador)

    2. Antes de ir dormir, afrouxar os cabos das barracas, proteger a gua e a lenha, cobrir as brasas,

    ver se nada foi deixado no sereno, fazer culto e orar. (A Unidade)

    3. Coar a gua em pano limpo, ferver se preciso ou colocar cloro. (Equipe de Cozinha)

    4. No armar barracas de frente para o vento. (Unidades)

    5. Latrinas: 60 cm. de profundidade x 90 cm. de comprimento x 30 cm. de largura. Longe da

    cozinha, cercado de lona plstica, bem escondido e localizado de forma que o vento no traga o

    cheiro de volta para o acampamento. (Infra-estrutura)

    6. Ao preparar o cardpio, no por alimento crneo. (Cozinha)

    7. Encha o Sbado de atividades espirituais interessantes. (Eventos)

    8. Ao acordar: Acender o fogo, por gua para ferver, esticar os cabos da barraca, pendurar ao sol a

    roupa de dormir, preparar o desjejum, limpar e arrumar a barraca, revistar o local para ver se tudo

    est em ordem, fazer o culto matinal, hastear a bandeira. (Unidade)

    9. Bem antes de sair para acampar cada um deve saber como arrumar a mochila e o que levar.

    (Intendncia)

    10. S levar um volume para o acampamento. (Desbravador) ECOLOGIA

    Quando se acampa, no se destri a natureza. O acampamento o local na qual nos aproximamos

    cada vez mais da criao de Deus. Devemos preservar o local, promovendo o mximo possvel,

    meios para no degradar, no jogando lixo na mata, no cortando rvores desnecessariamente,

    no matando os bichos ou depredando o seu habitat, etc.

  • 37

    Lembre-se

    1. Expressamente proibido cortar qualquer arbusto ou rvore verde.

    2. Queime todo plstico e embalagens possveis.

    3. Amasse as latas e leve-as de volta.

    4. Vidros? Se voc ainda carrega este peso e perigo... levar de volta. No compre sucos, conservas

    ou qualquer coisa embalada em vidro. (J existem opes em plsticos para tudo)

    5. Aterre as latrinas, replante a grama, apague totalmente o fogo. no deixe vestgios no local.

    Passe um pente fino, recolhendo tudo o que for da natureza

    O FOGO

    O fogo indispensvel em qualquer acampamento. Pode ajudar como machucar, aquecer ou

    queimar, preservar vidas ou matar. Precisamos tomar algum cuidado ao lidar com o fogo. Para haver fogo precisamos de:

    a. Combustvel - Material prprio

    b. Comburente - bastante ar

    c. Temperatura

    Saber fazer uma fogueira com ou sem fsforos ou isqueiros uma condio indispensvel para

    quem pretende aventurar-se por regies selvagens ou inabitadas.

    Embora necessitemos conhecer tambm os mtodos primitivos de fazer o fogo, sabemos que hoje

    no difcil nem incmodo transportar um isqueiro ou algumas pequenas caixas de fsforo. Neste

    caso, preciso impedir que os fsforos se molhem numa travessia de rio ou num banho de chuva

    inevitvel. Para tanto, isole as caixas numa embalagem plstica com fita adesiva ou cubra os

    palitos de fsforo com parafina lquida antes de sair para a sua aventura. Antes de ter a chama

    necessrio, porm, armar a fogueira. TIPOS DE ACAMPAMENTOS

    Existem vrios tipos de acampamentos. Iremos saber sobre alguns deles abaixo:

    CAMPORI - Acampamento envolvendo todos os desbravadores de uma regio, Estado ou Pas.

    GERAIS - Acampamentos envolvendo todos os desbravadores num mesmo Clube.

    POR UNIDADE (Campunid) - Acampamento que envolve apenas uma unidade especfica, ou

    vrias unidades.

    DIRETORIA - Acampamento que envolve apenas a diretoria (pessoas responsveis pela

    organizao e direo) de um ou mais Clubes. REGRAS DE UM ACAMPAMENTO

    1. Seja pontual O atraso ir causar perca de pontos para a equipe 2. Ser feito as chamadas das equipes em cada atividade, esteja Presente!!! 3. Nenhum acampante devera ultrapassar os limites estabelecidos para o acampamento sem

    autorizao 4. Cuidar dos objetos pessoais 5. Usar trajes adequados para cada momento 6. Durante as atividades, dar o melhor de si e estimular o melhor dos outros 7. Evitar todo esprito de competio valorizando a participao 8. Respeitar a privacidade dos outros 9. No permitir em qualquer situao o surgimento de discusses e brigas 10. Esto proibidas brincadeiras de mau gosto...

  • 38

    11. Respeitar os responsveis pela ordem e seguir suas orientaes 12. Zelar pela limpeza e ordem do acampamento com o objetivo de deix-lo melhor do que foi

    recebido 13. No entrar nas dependncias da cozinha, a menos que seja solicitado 14. Silncio aps o horrio estabelecido 15. Os casos omisses deste boletim de informaes sero resolvidos pela diretoria Penalidades cabveis... 1 - Perca de pontos do desbravador 2 - Perca de pontos do desbravador e da equipe 3 - Convite para retirar-se do acampamento

    ESQUEMAS DE ACAMPAMENTO

    H dois tipos de esquema de acampamento: Em forma de Ferradura e em Quarteiro. A primeira coisa que devemos fazer ao chegar ao local de acampamento, marcar o centro do

    local onde se pretende acampar. As barracas devero ser colocadas em crculos. No centro dever

    ser erigido (colocado) um mastro. A primeira barraca a ser montada no acampamento a de

    INTENDNCIA, permitindo assim que todo material de trabalho ou gnero alimentcio no fique

    exposto ao tempo. Esta barraca dever ficar com sua frente totalmente virada para o lado em que nasce o sol (leste),

    permitindo assim que receba os primeiros raios solares e arejar seu interior. Em seguida arma-se

    todas as outras barracas de acordo com o esquema do Diretor (responsvel pelo acampamento),

    sendo porm que a barraca de PRIMEIROS SOCORROS armada por ltimo no quarteiro ou forma

    de ferradura, e dever ser construdo um porto. Obs: O porto do acampamento, ter que ser construdo bem em frente barraca de intendncia.

    Tendo armado tudo, arma-se o banheiro. O mesmo dever ficar no mnimo 50m de distncia do

    acampamento, verificando-se tambm a direo do vento, para que o mau cheiro no siga para o

    lado do acampamento com o vento. No final do acampamento

    S devemos deixar o local do acampamento nossos agradecimentos. H anos atrs, um

    Coordenador da UEB dos Desbravadores deveria visitar um Clube que estava acampando mas,

    devido a uma confuso de datas, ele chegou somente no dia em que o Clube havia se retirado do

    local algumas horas antes. Mais tarde, na sede do Clube, ele disse: cheguei tarde para ver o acampamento, e procurei durante duas horas por todo o local, mas no pude encontrar onde o

    Clube estava acampado. No pode haver maior elogio do que este. Deixe o local de acampamento

    pelo menos como voc gostaria de encontr-lo quando chegasse.

    Antes de sair queime todo o lixo. Amasse as latas e junto com que for de vidro, leve para casa de

    volta. Aterre as latrinas, assinalando o local, e as demais valas feitas. Replante a grama. Apague

    totalmente o fogo, no deixando nenhum vestgio no local. Passe um pente fino final, recolhendo

    tudo o que no fizer parte da natureza.

    PREVILGIOS DE QUEM ACAMPA

    Existem alguns privilgios que s tem quem acampa. E se for no outono, melhor ainda. Veja s: Dormir em barraca. Comer uma comida gostosa. Escutar as crianas dizerem que no dormiram por uma srie de motivos, sendo que na noite

    anterior ficaram at tarde conversando... Viso espetacular da natureza. A inspirao e a presena de Deus. Cnticos alegres, animados e bonitos. Escutar histrias junto fogueira. Sentir o calor da fogueira. Admirar as fascas que sobem e o contraste da fogueira com a noite escura. Acordar algum que j est dormindo ao final da programao da fogueira. Sentir a barraca gelar s 4 horas da manh. Aprender coisas novas. Conhecer melhor as pessoas.

  • 39

    Acampar no alto de um morro e admirar a paisagem. Deslumbrar-se com o amanhecer, quando visto um mar de algodo formado pela cerrao, com

    vrias ilhas que so as pontas dos morros. Maravilhar-se com o pr do sol. Emocionar-se com a beleza de uma noite completamente estrelada. Sentir o ar frio da noite. Caar um tal de "tirisco" e ainda no encontrar "o dito cujo". Contar piadas ao redor do fogo. Rir das piadas ao redor da fogueira. Seguir trilhas em meio natureza. Pelo menos uma noite ir dormir tarde. Escutar apenas o barulho dos grilos. Escutar apenas o silncio da natureza. Escutar o canto dos pssaros. Sair da rotina. Evitar o "stress". Esquecer um pouco as coisas artificiais e suprfluas da nossa vida. Valorizar o que temos. Aprender um pouco mais de humildade. Reafirmar o segredo do sucesso: a unio. Extravasar alegria. Brincar. Sorrir. Sonhar. Ver, ouvir e sentir coisas novas. Sentir o calor do sol. Crescer fsica, mental e espiritualmente. Aprender valiosas e importantes lies. Valorizar ainda mais a amizade. Relembrar que temos um Grande Deus!!! Esquecer a televiso e o computador. Valorizar as coisas simples da vida. Carregar uma mochila pesada. Chegar em casa e lembrar que esqueceu algo no acampamento!!! Brincar com os amigos. Perceber o cuidado e a proteo de Deus. Ter histrias para contar. Aproveitar alguns dos melhores momentos de nossa vida!!!

    O Ministrio dos Desbravadores alerta: Acampar faz muito bem sade!!!

  • 40

    * Os pontos cardeais sem a ajuda de uma bssola.

    Rosa dos Ventos

    Todo o Desbravador deve saber orientar-se no campo.

    O primeiro passo para o domnio das tcnicas de orientao o

    conhecimento da Rosa dos Ventos.

    A Rosa dos Ventos constituda por 4 Pontos Cardeais, 4 Pontos

    Colaterais e 8 Pontos Sub-Colaterais.

    Movimentos do Sol

    O sol nasce aproximadamente a Este e pe-se a

    Oeste, encontrando-se a Sul ao meio-dia solar.

    A hora legal (dos relgios) est adiantada em

    relao hora solar: no Inverno est adiantada

    cerca de 36 minutos, enquanto que no vero a

    diferena passa para cerca de 1h36m.

    Orientao pelo Sol com o Relgio

    CASCAS DAS RVORES - a casca das rvores mais rugosa e com mais fendas do lado que

    batido pelas chuvas, ou seja, do lado Norte.

    FOLHAS DE EUCALIPTO - torcem-se de modo a ficarem menos expostas ao sol, apresentando

    assim as faces viradas para Leste e Oeste.

    INCLINAO DAS RVORES - se soubermos qual a direo do vento dominante numa regio,

    atravs da inclinao das rvores conseguimos determinar os pontos cardeais.

    MUSGOS E COGUMELOS - desenvolvem-se mais facilmente em locais sombrios, ou seja, do lado

    Norte.

    GIRASSIS - voltam a sua flor para Sul, em busca do sol.

    Orientao por Informaes

    Quando quiseres saber para que lados ficam os pontos cardeais, e onde haja pessoas (habitantes

    locais), podes sempre fazer algumas perguntas simples que qualquer pastor ou agricultor te saber

    responder:

    De que lado nasce o sol?

    De que lado nasce a lua?

    Ao meio-dia de que lado da casa faz sombra?

    etc...

    Orientao pela Lua

    Tal como o sol, a Lua nasce a Leste, s que a hora a que nasce depende da sua fase.

  • 41

    A Fase da Lua depende da posio do sol. A parte da Lua que est iluminada indica a direo onde

    se encontra o sol.

    Para saber se a a face iluminada da Lua est a crescer (a caminho da Lua Cheia), ou a

    minguar (a caminho da Lua Nova), basta seguir o dizer popular de que a Lua mentirosa.

    Assim, se a face iluminada parecer um D (de decrescer) ento est a crescer. Se parecer um

    C ( de crescer) ento est a decrescer ou (minguar).

    Orientao pelas Estrelas

    A orientao pelas estrelas um dos mtodos naturais mais antigos, em todas as civilizaes. As

    constelaes mais usadas pelos Escuteiros, no Hemisfrio Norte, so a Ursa Maior, Ursa Menor,

    Orion e a Cassiopeia.

    A URSA MAIOR

    A Ursa Maior uma das constelaes que mais facilmente se identifica no cu. Tem forma de uma

    caarola, embora alguns povos antigos a identificassem como uma caravana no horizonte, bois

    atrelados, uma concha e mesmo um homem sem uma perna. O par de estrelas Merak e Dubhe

    formam as chamadas Guardas, muito teis para se localizar a Estrela Polar. Curiosamente,

    existem duas estrelas (Mizar e Alcor) que se confundem com uma apenas, mas um bom

    observador consegue distingui-las a olho n.

    A URSA MENOR

    A Ursa Menor, ligeiramente mais pequena que a Ursa Menor, tambm mais difcil de identificar,

    principalmente com o cu ligeiramente nublado, uma vez que as suas estrelas so menos

    brilhantes. A sua forma idntica da Ursa Maior. Na ponta da sua cauda fica a Estrela Polar,

    bastante mais brilhante que as outras estrelas, e fundamental para a orientao. Esta estrela tem

    este nome precisamente por indicar a direo do Plo Norte. As restantes constelaes rodam

    aparentemente em torno da Estrela Polar, a qual se mantm fixa.

  • 42

    ORION ou ORIONTE

    A constelao de Orion (ou Orionte) apenas visvel no Inverno, pois a partir de Abril desaparece a

    Oeste, mas muito facilmente identificvel. Diz a mitologia que Orion, o Grande Caador, se

    vangloriava de poder matar qualquer animal. O terrvel combate que travou com o Escorpio levou

    os deuses a separ-los. A constelao de Escorpio encontra-se realmente na regio oposta da

    esfera celeste, da nunca se conseguirem encontrar estas duas constelaes ao mesmo tempo

    acima do horizonte.

    A constelao de Orion parece, assim, um homem, sendo as estrelas Saiph e Rigel os ps. Ao meio

    aparecem 3 estrelas em linha reta, que se reconhecem imediatamente, dispostas obliquamente em

    relao ao horizonte. Este trio forma o Cinturo de Orion, do qual pende uma espada, constituda

    por outras 3 estrelas, dispostas na vertical.

    Prolongando uma linha imaginria que passe pela estrela central do Cinturo de Orion, passando

    pelas 3 estrelas da cabea, vamos encontrar a Estrela Polar.

    Se traarmos uma linha imaginria que passe pelas duas Guardas da Ursa Maior, e a

    prolongarmos 5 vezes a distncia entre elas, iremos encontrar a Estrela Polar. A figura ilustra este

    procedimento, e mostra tambm o sentido de rotao aparente das constelaes em torno da

    Estrela Polar, a qual se mantm fixa.

    Se prolongarmos uma linha imaginria passando pela primeira estrela da cauda da Ursa Maior (a

    estrela Megrez) e pela Estrela Polar, numa distncia igual, iremos encontrar a constelao da

    Cassiopeia, em forma de M ou W, a qual facilmente identificvel no cu. Assim, a Cassiopeia

    e a Ursa Maior esto sempre em simetria em relao Estrela Polar.

    Para obter o Norte, para nos orientarmos de noite, basta descobrir a Estrela Polar. Se a

    deixarmos cair at ao horizonte, nessa direo que fica o Norte.

  • 43

    * Comida Mateira

    Apesar de hoje em dia ser mais fcil, e prtico, levar aos

    acampamentos ou excurses uma comida semi-pronta, enlatados,

    desidratados, como pur, arroz, sopo, etc. a comida mateira

    ainda uma importante fuga saudvel da comida rotineira dos

    semi-prontos, ou voc j viu antes banana caramelada enlatada?

    ou po de caador para viagem? ... acho que no.

    Selecionamos aqui algumas receitas recolhidas pela internet,

    algumas foram testadas e com elas voc poder arrasar em

    qualquer concurso de culinria no acampamento, voc tambm

    pode mandar a sua, veja como em "Praticando e Aprendendo".

    Po de Caador

    Material:

    500 g de Farinha de Trigo 1 colher de sopa de Sal 1 xcara de gua Morna 1 pacote de fermento Monopol Coloque em um recipiente a gua morna, e dilua na

    mesma, o sal. Agora, misture o fermento com a farinha. Aps isso, faa um monte com a farinha

    de trigo, cave uma depresso e nela coloque um pouco da gua preparada anteriormente, v

    mexendo, apertando, colocando mais farinha e gua a medida que a mistura vai se transformando

    em massa. Amasse com pacincia e continuidade at que a massa no grude mais nas mos.

    Transforme essa massa embolada como uma cobra da grossura de um dedo e enrole-a num

    espeto, previamente aquecido. Cozinhe-o em um fogo de brasas, a distncia de 10 a 15 cm,

    girando de tempos em tempos para que asse de todos os lados, lentamente.

    Po de Minuto

    Para Fazer o po de minuto, utiliza-se a mesma massa da receita acima, porm, ao invs de

    enrolar a massa em um espeto, faa pequenas "bolinhas" com a massa, de aproximadamente 3cm

    cada uma. Coloque as bolinhas em uma bandeja metlica e leve ao fogo. Quando as bolinhas

    secarem, o po est pronto.

    Batata Recheada com Ovos

    Escolha uma batata grande, tire uma tampa e retire o interior da batata, at que ela se

    transforme em um recipiente que caiba um ovo derramado. Com a clara, um pouco dela, cole a

    tampa na batata ou fixe com dois palitos. Envolva com papel laminado e leve as brasas. Cozinhar

    por volta de 25 min. Experimentar com a ponta de um garfo se est cozida.

    Ovo no Espeto

    Coloque o espeto no ovo, da base ponta do ovo, necessrio furar o ovo nas duas

    extremidades, para isso, bata-o levemente em uma pedra ou algo duro, necessrio cuidado para

    no quebrar o ovo. Aps, coloque o espeto com o ovo a uma distncia de cerca de 15 cm de um

    fogo em brasas

    normal, que enquanto o ovo estiver no fogo, derrame um pouco de sua gema, porm,

    quanto menor for o buraco onde foi colocado o espeto, menos contedo ser derramado.

    Banana Caramelada

    Pegue a banana e abra pela metade uma de suas abas. Coloque ento o acar, que pode ser

    colocado em excesso. Agora, feche novamente a aba da banana, e envolva-a completamente com

    papel laminado. Agora, simplesmente coloque-a dentro de um fogo em brasas, aps cerca de 15

    minutos, retire-a do fogo e do papel laminado e coma.

  • 44

    Ovo no Barro

    Esta uma receita muito simples, basta envolver o ovo com uma

    camada de cerca de 2 cm de barro, aps, coloque-o no fogo em brasas.

    Quando o barro secar e comear a rachar, sinal de que o ovo est pronto.

    Arroz na Moranga

    Abra na moranga, uma tampa de uns 7 cm. Na parte de cima da mesma e retire seu miolo.

    Coloque o arroz, a gua e seus temperos na moranga. Agora, basta cozinhar, da mesma maneira

    que se fosse uma panela normal. Assim, o arroz trar o sabor da moranga, junto com o seu gosto

    natural.

    Sopa de cebolas

    Dourar cebolas com margarina, juntar um pouco de farinha de trigo, mexer bem. Juntar caldo

    de galinha em cubos, gua, sal e pimenta, se quiser. Deixar cozinhar um pouco, servir com queijo

    ralado por cima.

    Espetinho vegetariano

    Fazer espetinhos com cebola, tomate, pimento, batata doce pr-cozida, salsicha vegetariana

    em lata. Pincela-se com um pouco de margarina e sal. Enrolar em papel alumnio e colocar sob a

    brasa para ir assando.

    Banana ou Maa na brasa

    Uma tima opo para sobremesa. Pode se colocar uma ma ou uma banana na brasa

    envoltas em papel alumnio e quando estiverem cozidas tire da brasa abra e coloque canela

    misturada com acar.

    Ovo choro

    Colocar um ovo cru na casca, entre 5 e 10 cm das brasas da fogueira. Esperar 2 minutos e

    virar com cuidado. Quando ele comear a chora (uma gota de gua aparece na casca), ele est

    pronto.

    Chapati ( tipo de po muito consumido no Nepal e vrios povos no mundo)

    Material:

    2 xcaras de farinha de trigo meia colher (ch) de sal 1/3 xcara de gua - mais ou menos

    Opcionais:

    1 colher (ch) de fermento em p qumico 1 ou 2 colheres (sopa) margarina ou leo 1 colher (sopa) acar ou mel

    Com estes ingredientes opcionais, pode ser preciso aumentar a quantidade de farinha. A

    massa amassada numa vasilha (sempre pondo primeiro a quantidade de gua recomendada ou

    um pouco menos, e depois acrescentando aos poucos a farinha ou a mistura de ingredientes secos

    at que fique firme e comece a se soltar dos dedos. Ento moldam-se de uns 3 ou 4 cm de

    dimetro, que so abertas ao rolo, at ficarem com uma espessura de milmetros, e assadas na

    frigideira at dourar. Quanto mais longo o tempo de cozimento, mais crocante o chapati. Se ele

    levar fermento, crescer mais fofo, mas j no ser, tecnicamente, um chapati, e o que importa ?

    O acrscimo de um pouco de leite (1/3 xcara de leite em p) tambm enriquecer a receita,

  • 45

    tornando o produto mais nutritivo. Ao final, pode-se passar requeijo, maionese, gelia, ou ainda

    na frigideira cobr-lo com queijo, ou outras variaes que sua imaginao lhe ditar...

  • 46

    *Mapa topogrfico

    Um mapa uma verso reduzida e

    simplificada da realidade. Um mapa

    topogrfico inclui informaes de relevo e

    hidrografia que so essenciais ao navegador;

    nem pense em navegar com um mapa

    poltico ou rodovirio, com esse mapa

    podemos identificar morros, vales, lugares

    altos ou baixos. O que caracteriza um mapa

    topogrfico a presena de curvas de nvel e

    pontos cotados, conforme imagem acima.

    As principais utilidades podem ser por

    exemplo saber qual o caminho menos

    cansativo (pois eu sei a altura dos montes), o

    mais curto (pois eu sei as distncias) e o

    principal, qual rumo tomar, entre outros.

    Identificar pelo menos 20 sinais e smbolos usados em mapas topogrficos

    CORES

    Branco representa a floresta com excelentes condies de corrida

    Arvore especial / isolada

    Elemento especial de vegetao

    rea semi-aberta

    Marrom representa todos os elementos topogrficos como curvas de nvel, buracos, colinas, depresses

    Curva de nvel

    Depresso

    Pequena depresso

    Preto representa elementos construdos pelo homem (estradas, edificaes, postes, torres, cercas, etc.) e, tambm, todos os elementos rochosos (pedras, solo rochoso, etc.)

    Estrada de terra

    Trilha

    Linha de Alta Tenso

    Linha Eltrica

    Azul representa todos os elementos de gua, como rios, crregos, lagos, nascentes, poos, etc

  • 47

    Lago

    Rio Intransponvel

    Ponte , Passagens

    Amarelo representa vegetao, campos abertos com vegetao rasteira com ou sem rvores esparsas. A intensidade da cor mostra quo limpo o campo. Amarelo vivo para gramados

    amarelo claro para campos com vegetao mais alta

    rea aberta (sem rvores)

    rea aberta (com algumas rvores)

    rea semi-aberta

    Verde representa vegetao. Quanto mais escuro o verde mais intransitvel a vegetao. Verde bem escuro para mata intransitvel, verde mais claro para mata onde a corrida lenta. Listras

    verdes indicam trnsito em apenas uma direo.

    Floresta/Corrida lenta

    Floresta/Corrida difcil

    Vegetao muito densa / Impenetrvel

    Prpura ou Vermelho usado para marcar o percurso de orientao no mapa. Usado, tambm, para designar condies especiais do terreno como zona proibida, passagem obrigatria

    Posto primeiros socorros

    rea Perigosa

    Reabastecimento

  • 48

    *Dicas para Arrumar e Usar Mochilas

    A mochila um item indispensvel para qualquer aventureiro,

    usamos em jornadas, acampamentos, atividades de montanhismo,

    acantonamentos, etc. No entanto devemos saber qual o material

    necessrio para cada ocasio e como acondicion-lo corretamente

    dentro da mochila adequada. No podemos exagerar na quantidade

    de coisas que devemos levar, pois ser um incmodo carregar todo

    aquele peso extra, alm de que, o mximo que o corpo humano

    agenta sem o risco de causar leses na coluna 1/3 do peso de

    quem o carrega.

    Dicas

    - Separe todo o material que voc ira usar e espalhe-o no cho, verifique

    novamente se no falta nada, separe-o por grupos, ento distribua ele

    corretamente na mochila.

    - Roupas, agasalhos ou cobertores Podem ir s costas, prevenindo

    qualquer desconforto causado por objetos rgidos ou ponte agudos.

    - O ponto de equilbrio de uma mochila dever ser alto, portanto, guarde o

    material mais pesado em cima, junto s costas.

    - Embale as roupas e todo material que corre risco de estragar caso

    molhe, em sacos plsticos mesmo que a mochila seja impermevel ou

    com capa de chuva, pois sempre pode acontecer algum imprevisto.

    - O peso deve ser muito bem dividido, equilibre os objetos na mochila

    para que a mochila no parea mais pesada depois. Siga o exemplo do

    desenho:

    PARTES DE UMA MOCHILA

    - A bolsa superior serve para

    armazenar alimentos, estojo de

    primeiros socorros, mapas, bssolas,

    etc.

    - Ala para pendurar serve para

    pendurar a mochila em algum lugar

    sem que ela ocupe espao no cho.

    - Alas dos ombros servem para

    carregar a mochila, devem estar

    curtas e ajustadas de forma que a

    barrigueira posicione-se na regio da

    bacia

    - Apoio dorsal serve para que a

    mochila fique mais confortvel e

    ajustada nas costas

    - Apoio da bacia serve para que a

  • 49

    mochila fique mais confortvel e ajustada na bacia

    - Barrigueiras devem estar apertadas o suficiente para agentar parte do peso da mochila sem que

    os movimentos e a respirao fiquem comprometidos.

    O limite mximo, de peso que voc pode levar de 1/3 (um tero) do seu peso corporal ideal, o

    que varia com sua altura e seu tipo de estrutura fsica. Mas 1/3 do peso corporal o limite

    mximo. Existe um limite confortvel e seguro. Este depende do quanto voc est em forma, de

    seu vigor fsico (o que varia com a idade) e da sua habilidade motora.

    Existem mochilas de ataque e cargueiras. Os tamanhos das mochilas so dados pelo volume que

    elas comportam, em litros. Uma mochila de 25 litros (de ataque) pequena, s mesmo para um

    passeiozinho bem curto. Uma mochila de 90 litros (cargueira) j bem grande, cabendo troo pra

    dan dentro dela.

    Uma mochilinha de 30 litros.

    Uma mochila de 50 litros. Mais pra "mdia" que "ataque", mas no "cargueira".

    Uma mochila cargueira com abertura inferior

    Se voc est planejando uma caminhada at um acampamento-base de onde partiro passeios

    menores, isto significa que a mochila de ataque vai ser, inicialmente, levada dentro da cargueira.

    Portanto, voc precisa de uma mochilinha bem flexvel, feita em material fi