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SERVIÇOS FARMACÊUTICOS 2016/2017 Manual 5

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SERVIÇOS FARMACÊUTICOS 2016/2017

Manual 5

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Manual 5Imunização

SERVIÇOS FARMACÊUTICOS . 2016/2017

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AUTORES:

Cassyano J Correr, BPharm, MSc, PhD

Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná

Consultor Abrafarma - Projeto Assistência Farmacêutica Avançada

[email protected]

Thais Teles de Souza, BPharm, MSc

Ambulatório de Atenção Farmacêutica do Hospital de Clínicas,

Laboratório de Serviços Clínicos e Evidências em Saúde,

Universidade Federal do Paraná.

REVISÃO:

Wálleri Christini Torelli Reis, BPharm, MSc

Ambulatório de Atenção Farmacêutica do Hospital de Clínicas,

Laboratório de Serviços Clínicos e Evidências em Saúde,

Universidade Federal do Paraná.

Os autores agradecem aos membros do GTFARMA, farmacêuticos coordenadores e super-visores das Redes associadas à Abrafarma, bem como aos seus colaboradores, pela leitura, revisão e sugestões de melhoria feitas aos Manuais durante seu processo de elaboração.

Muito obrigado!

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Os autores deste manual empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto

estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelos autores até a data da entrega dos

originais à editora. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regulamentares governamentais e o constante

fl uxo de novas informações sobre terapêuti ca e reações adversas a fármacos, recomendamos enfati camente que os leitores consultem sem-

pre outras fontes fi dedignas (p. ex., Anvisa, diretrizes e protocolos clínicos), de modo a se certi fi carem de que as informações conti das neste

manual estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas ou na legislação regulamentadora. Recomendamos que

cada profi ssional uti lize este manual como guia, não como única fonte de consulta.

Os autores e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qual-

quer material uti lizado neste livro, dispondo-se a possíveis correções posteriores caso, inadverti da e involuntariamente, a identi fi cação de

algum deles tenha sido omiti da.

614.47

C824 Correr, Cassyano Januário

Manual 5: imunização / Cassyano Januário Correr, Thais

Teles de Souza. 1. ed. atualizada. Curiti ba: Ed. Practi ce, 2016.

120p. : il. (algumas color.) ( Manual 5)

ISBN 978-85-68784-05-1

Inclui bibliografi a

1. Imunização. 2. Manuais. I. Souza, Thais Teles de.

II. Título.

FICHA CATALOGRÁFICA:

MANUAL 5: IMUNIZAÇÃO

Copyright © 2016 © 2017 ABRAFARMA

Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob

quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na internet ou

outros), sem permissão expressa da ABRAFARMA.

ABRAFARMA - Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias

Alameda Santos, 2300 - Conj. 71 - Sã o Paulo / SP

CEP 01418-200 | Tel.: (11) 4550-6201

Practi ce Editora | Grupo Practi ce Ltda

Supervisão: Graziela Sponchiado | Capa e projeto gráfi co: Raquel Damasceno

Diagramação: Guilherme Menezes | Contatos: contato@grupopracti ce.com.br

htt p://farmaceuti coclinico.com.br

EDITORAÇÃO:

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AVISO AO LEITOR

Este manual possui caráter técnico-cientí fi co e desti na-se exclusivamente aos profi ssionais farmacêuti cos e colabora-

dores das Redes de Farmácias e Drogarias associadas a Abrafarma. Sua elaboração tem por objeti vo apresentar dire-

trizes para a estruturação e performance dos serviços farmacêuti cos nos estabelecimentos e, sob nenhuma hipótese,

pretende substi tuir normas ou procedimentos estabelecidos na legislação sanitária ou profi ssional mais atual aplicável

ao setor. A Abrafarma, bem como os autores, eximem-se de qualquer responsabilidade pelo mau uso deste recurso,

bem como pela interpretação e aplicação de seu conteúdo feita por seus leitores.

SERVIÇOS FARMACÊUTICOS ABRAFARMA

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SUMÁRIO

11 A FARMÁCIA EM TRANSFORMAÇÃO

13 INTRODUÇÃO

14 PROGRAMA IMUNIZAÇÃO

13 O que é o Programa Imunização?

14 Quais são os benefícios para os pacientes?

16 PARTE 1: REVISANDO A IMUNIZAÇÃO

16 O que é imunização?

17 Quais são os tipos de vacinas?

18 Como são os esquemas de vacinação nas diferentes populações?

36 O que devo saber sobre cada vacina?

36 Antirrábica

37 BCG

39 Cólera

39 Dupla

41 Febre amarela

42 Haemophilus influenzae

43 Hepatite A

45 Hepatite B

46 HPV

47 Influenza (Gripe)

49 Meningocócica

51 Pneumocócica

52 Poliomielite

53 Rotavírus

54 Tríplice bacteriana (Difteria, Tétano e Coqueluche)

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55 Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)

57 Varicela (Catapora)

58 Quais as recomendações para imunização durante a gestação e lactação?

63 Quais são as recomendações para imunização em pacientes imunossuprimidos?

65 Quais as recomendações para imunização em pacientes infectados pelo HIV?

66 Quais as recomendações para imunizar em pacientes com câncer?

70 Quais as recomendações para imunização em pacientes com doença hepática?

71 Quais as recomendações para imunização antes de viajar?

76 Quais são as principais contraindicações e precauções da vacinação?

76 Quais são as recomendações para administração de múltiplas vacinas?

77 O que fazer em casos de doses perdidas de vacina?

77 O que fazer em casos nos quais o estado vacinal é desconhecido ou incerto?

79 Como realizar o manejo das reações adversas pós-vacinação?

82 Como deve ser o procedimento de vacinação?

83 É possível vacinação pós-exposição ao agente infectante?

84 PARTE 2: PROTOCOLO DE ATENDIMENTO

85 PASSO 1. ACOLHER

85 Como identificar os clientes para o serviço?

86 Como a equipe da farmácia pode ajudar?

87 Como deve ser o local de atendimento?

87 O que fazer quando o paciente apresenta uma reação pós-vacinal?

88 PASSO 2. AVALIAR

88 Como fazer a avaliação do paciente?

90 PASSO 3. ACONSELHAR

90 Como devo realizar a administração da vacina?

91 Como realizar o encaminhamento ao médico nos casos necessários?

91 Quando é importante acompanhar o paciente?

91 Devo fornecer declaração de serviço farmacêutico?

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92 Devo fornecer uma carteira de vacinação?

92 Devo usar o diário de saúde para estes pacientes?

96 ANOTAÇÕES

97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

112 ANEXOS

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12 A FARMÁCIA EM TRANSFORMAÇÃO

Um dos maiores desafios da administração moderna é o de gerenciar o vazio, aquilo que não existe, inovar. É um

grande desafio porque, no mundo imediatista e de busca pelo resultado em curto prazo no qual vivemos, não é fácil

abstrair-se da realidade que bate à porta, dos problemas do dia-a-dia, e perguntar-se: “e se...?”.

Como uma forma de ajudar suas redes associadas nesse exercício, a Abrafarma desenvolveu um método estrutura-

do de pensar sobre práticas que ainda não existem em nosso país. Assim, realizamos anualmente pelo menos uma

missão técnica internacional, que reúne no mínimo um representante de cada empresa, num exercício de “olhar

junto” realidades distintas da brasileira. Viajamos para países como Canadá, Estados Unidos, Espanha, França e In-

glaterra, para exercitar esse “olhar junto”, que se constitui num conjunto de conversas estruturadas, visitas a em-

presas, workshops e participação de especialistas que ajudam este dedicado grupo a fazer as perguntas corretas e

aprender métodos diferentes de fazer varejo. Foi assim, por exemplo, que o dermo-cosmético tornou-se realidade

no Brasil. Após uma das nossas missões internacionais.

Esse “olhar estruturado” da Abrafarma tem se voltado, nos últimos anos, para o repensar do varejo farmacêutico,

que observamos principalmente nos EUA: estabelecimentos que, além de ampla oferta de medicamentos, produtos

de higiene, beleza e conveniências, tem repensado o papel do profissional Farmacêutico para entregar mais valor à

sociedade. Se antes parecia distante da realidade brasileira, a Farmácia nos EUA está se reinventando, e nos dando

uma lição de como ir além!

Para alcançarmos esse nível também no Brasil, precisamos repensar o papel do Farmacêutico, que deve ter função

muito mais nobre do que entregar caixinhas de medicamentos ao usuário e esclarecer-lhes eventuais duvidas. Esse

profissional pode colocar suas competências a serviço de uma proximidade maior com o paciente, agregando mais

valor à sociedade. Assim, nasceu o Projeto Assistência Farmacêutica Avançada, cuja primeira etapa de trabalho

está sendo desenvolvida desde 2013. A iniciativa prevê a formatação inicial de oito novos serviços que podem ser

prestados nas redes da Abrafarma, desde a imunização até clínicas de autocuidado.

É, portanto, com o objetivo de contribuir com a evolução do papel do Farmacêutico, e com esta Farmácia em Trans-

formação no Brasil, que a Abrafarma lança este conjunto de manuais que serão a pedra fundamental de um “novo

olhar” nessa área. Este material, elaborado sob supervisão direta do Prof. Cassyano Correr, que juntou-se à Abra-

farma para burilar esta visão, também contou com o apoio inestimável dos membros do GT FARMA, nosso grupo

incansável de Coordenadores / Supervisores Farmacêuticos. A todos o meu melhor obrigado.

Uma Farmácia em Transformação. É assim que nos enxergamos hoje. O vazio, nesse caso, já tem forma e pode ser

preenchido, se assim o desejarmos. Temos um longo e belo trabalho pela frente.

Sérgio Mena Barreto

Presidente-Executivo da Abrafarma

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Os serviços farmacêuti cos prestados em farmácias e drogarias tem por objeti vo promover saúde, prevenir doenças

e auxiliar na recuperação da saúde, promovendo o uso racional dos medicamentos. Para que o máximo benefí cio

com o tratamento seja alcançado, é necessário que todos os processos da farmacoterapia ocorram de forma óti ma,

desde a escolha terapêuti ca, a dispensação do medicamento, a uti lização e adesão ao tratamento, até a observação

dos resultados terapêuti cos. As farmácias e drogarias, dada sua capilaridade e facilidade de acesso em todo país, são

pontos estratégicos onde o farmacêuti co pode prestar serviços que colaborem com a oti mização da farmacotera-

pia, em estreita colaboração com os pacientes, médicos, e demais profi ssionais e serviços de saúde.

Do ponto de vista legal, avanços recentes fi rmam a farmácia como um lugar de referência da população para saú-

de, bem-estar e prestação de serviços. No âmbito sanitário, destaca-se a Lei no 13.021/14, que defi niu a farmácia

como uma “unidade de prestação de serviços desti nada a prestar assistência farmacêuti ca, assistência à saúde

e orientação sanitária individual e coleti va”. Esta lei defi ne em seu arti go 7o que “poderão as farmácias de qual-

quer natureza dispor, para atendimento imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam o

perfi l epidemiológico de sua região demográfi ca”. É preciso considerar ainda as resoluções ou notas técnicas que

podem ser publicadas no âmbito das unidades federati vas, que podem defi nir regras específi cas sobre a comer-

cialização e administração de vacinas nas farmácias e drogarias.

No âmbito profi ssional, destaca-se a Resolução nº 574 de 22 de maio de 2013, do Conselho Federal de Farmá-

cia, que defi ne em seu Art. 2º: “É atribuição do farmacêuti co, na farmácia e drogaria, a dispensação de vacinas

e a prestação do serviço de aplicação desses medicamentos”; e em seu Art. 3º: “A responsabilidade técnica do

farmacêuti co para a aplicação de vacinas, diante das autoridades sanitárias e profi ssionais, caracteriza-se pela

uti lização de conhecimentos técnicos e assistência técnica, total autonomia técnico-cientí fi ca, além de conduta

compatí vel com os padrões éti cos que norteiam a profi ssão farmacêuti ca”.

Esta coleção de Manuais tem por objeti vo fornecer as diretrizes para a oferta e manutenção de uma carteira de

serviços, bem como instrumentalizar os profi ssionais para um trabalho técnico de alto nível. Este manual sobre

imunização está organizando em duas partes principais. A primeira traz uma revisão contendo as principais evi-

dências sobre o assunto. A segunda parte apresenta o protocolo clínico do serviço, com objeti vo de padronizar

procedimentos e estruturar o atendimento realizado pelo farmacêuti co e equipe da farmácia.

Esperamos que você aprecie a leitura e que este material seja úti l à sua práti ca profi ssional. Bom estudo!

Os autores

INTRODUÇÃO

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PROGRAMA IMUNIZAÇÃOO que é o Programa Imunização?

O programa imunização consiste em um serviço oferecido pelo farmacêutico nas farmácias e drogarias, a pacien-

tes com necessidades relacionadas a vacinação. O programa visa a orientação sanitária individual, a aplicação de

vacinas, a vigilância farmacológica e o acompanhamento dos esquemas de vacinação dos pacientes.

Esse serviço visa promover, através das farmácias, a ampliação do acesso das pessoas e suas famílias à proteção

individual contra doenças importantes, além de difundir informações sobre vacinas e medidas preventivas. O

programa auxilia os pacientes a compreenderem melhor seu calendário de vacinação, estimulando o autocuida-

do apoiado e o alcance de melhores resultados em saúde.

Em um ambiente confortável e privado da farmácia, os pacientes são atendidos pelo farmacêutico, que realiza

uma avaliação da situação vacinal do paciente. Os pacientes são então orientados de forma personalizada sobre

a necessidade de atualização de seu esquema de vacinação. Dependendo de cada situação, os pacientes podem

ser encaminhados aos serviços de saúde ou podem receber as vacinas diretamente na farmácia.

Pacientes que utilizam o programa de imunização da farmácia recebem um calendário de vacinação, ou diário

da saúde, onde podem manter em dia seu acompanhamento vacinal. Além disso, os pacientes contam com a

orientação dos farmacêuticos para manejo de reações adversas ligadas às vacinas, e dúvidas sobre imunização,

com cobertura para toda família.

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16 Quais são os benefícios para os pacientes?

Cuidados em saúde de qualidade para pacientes incluem dois elementos fundamentais: o tratamento adequado

para a doença atual e cuidados preventivos adequados para diminuir futuro declínio da saúde. Durante o último

século, os cuidados preventivos de saúde tornaram-se um aspecto importante da prática médica, levando a me-

lhorias significativas na saúde em geral (1).

A imunização é uma das medidas mais eficazes de saúde preventiva e evitou o óbito ou a incapacidade grave de

inúmeras pessoas. Entretanto, muitos pacientes não aderem adequadamente aos esquemas de vacinação, ou não

são orientados e acompanhados por profissionais habilitados. As taxas de imunização permanecem inferiores às

ideais, principalmente na idade adulta (2 - 5).

É de extrema importância conscientizar a população sobre a importância da imunização e garantir o acesso às

vacinas e o acompanhamento do esquema de vacinação. Um dos exemplos mais dramáticos dos benefícios da

imunização adequada é a queda acentuada nos casos de infecções invasivas por Haemophilus influenzae tipo b

(Hib) desde a introdução de vacinas conjugadas contra Hib em dezembro de 1987. O número de casos em crian-

ças menores de cinco anos de idade já diminuiu mais de 99% até o ano 2000 (6).

As principais barreiras para a imunização incluem preocupações a respeito da eficácia das vacinas, receios sobre

as reações adversas pós-vacinação, falta de orientação por profissionais de saúde e falhas nos sistemas de distri-

buição de vacina em setores públicos e privados. A falta de orientação e acompanhamento do plano de vacinação

pelos profissionais de saúde deixa as pessoas suscetíveis a inúmeras doenças evitáveis (7).

O programa de imunização é de extrema importância dada a necessidade de avaliação de importantes fatores

na administração de vacinas, incluindo o tipo de imunização a ser utilizada, o procedimento de aplicação das

vacinas, a necessidade de manejo de reações adversas pós-vacinação, o armazenamento adequado das vacinas,

a definição das próximas doses de vacinas e o acompanhamento do esquema de vacinação.

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PARTE REVISANDO A IMUNIZAÇÃO

O que é imunização?

A imunização é o processo pelo qual o indivíduo torna-se protegido contra uma doença. Tal processo pode ser in-

duzido pela vacinação, a qual consiste na administração de microrganismos infecciosos mortos ou enfraquecidos,

ou de suas partes ou produtos, para prevenir uma doença através da indução da formação de anti corpos (8, 9).

A imunização pode ser ati va ou passiva. A maioria das vacinas induzem a imunidade ati va, promovendo o desen-

volvimento de anti corpos no receptor, uma resposta que se espera que seja durável. A imunização passiva, que

geralmente envolve a administração de um produto globulina, produz imunidade transitória para uma exposição

específi ca através da transferência de anti corpos diretamente (8).

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18 A imunização passiva pode ser dividida em natural (transferência dos anticorpos da mãe para o feto) ou artificial,

que se consegue através da administração de anticorpos (imunoglobulinas derivadas a partir de soro humano) ou

antitoxinas (derivadas a partir de soro de animais imunizados). A imunização passiva pode ser heteróloga, confe-

rida por anticorpos obtidos do plasma de animais previamente vacinados, ou homóloga, conferida por anticorpos

obtidos do plasma de seres humanos. A imunização passiva é tipicamente usada por pacientes imunocomprome-

tidos que são incapazes de produzir uma resposta imune eficaz com a imunização ativa. A imunização passiva não

é rotineiramente recomendada para adultos saudáveis, porque a maioria dos adultos são capazes de produzir

uma resposta imune duradoura através da imunização ativa. A imunização passiva é ocasionalmente usada para

os trabalhadores de saúde, gestantes e viajantes internacionais (8, 10).

A imunização ativa é obtida por meio das vacinas, produto contendo um ou mais agentes imunizantes (vacina isola-

da ou combinada) em diversas formas biológicas, quais sejam: bactérias ou vírus vivos atenuados; vírus inativados

e bactérias mortas; componentes purificados e/ou modificados dos agentes causadores da doença. O objetivo da

imunização ativa de uma vacina ou toxóide é estimular o hospedeiro a produzir uma resposta imune primária (geral-

mente induzindo a proliferação de células B, a resposta de anticorpos, e a sensibilização de células T) (8).

Toxóides usados para imunização ativa são toxinas bacterianas que são modificadas para torná-los não tóxicos.

Toxóides induzem a formação de anticorpos antitoxina. Se o hospedeiro é exposto à toxina bacteriana após a

imunização, o anticorpo liga-se a antitoxina à toxina bacteriana, prevenindo assim a doença mediada por toxina.

Toxóides recomendado para adultos saudáveis são o tétano e toxóide diftérico.

O processo imunológico pelo qual se desenvolve a proteção conferida pelas vacinas compreende o conjunto de

mecanismos através dos quais o organismo humano reconhece uma substância como estranha, para, em seguida,

metabolizá-la, neutralizá-la e/ou eliminá-la. A resposta imune do organismo às vacinas depende basicamente de

dois tipos de fatores: os inerentes às vacinas e os relacionados com o organismo que recebe a vacina. Os mecanis-

mos de ação das vacinas são diferentes, variando segundo seus componentes antigênicos (agentes vivos ou não

vivos). Vários fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina podem interferir no processo de imunização,

isto é, na capacidade desse organismo responder adequadamente à vacina que se administra: idade; doença de

base ou intercorrente; tratamento imunodepressor, dentre outros. (8, 11, 12).

Quais são os tipos de vacinas?

• Constituídas de microrganismos atenuados, obtidas através da seleção de cepas naturais e atenuadas através de passagens em meios de cultura especiais.

• Agente permanece vivo e multiplica-se no hospedeiro

• Provocam infecção similar à natural

• Promovem proteção mais completa e duradoura, com menor número de doses

• Não devem ser administradas a gestantes ou imunossuprimidos.

• Exemplos: vacinas contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela.

VACINAS COMPOSTAS POR AGENTES VIVOS

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• Obtidas a partir de microrganismos inteiros inativados por meios físicos ou químicos (ex: vacina celular contra coqueluche e vacina inativada contra poliomie-lite), produtos tóxicos dos microrganismos, também inativados (ex: vacinas contra tétano e difteria), subunidades ou fragmentos de microrganismos (ex: alguns tipos de vacina contra a influenza), componentes dos microrganismos responsáveis pela agressão infecciosa e pela proteção (ex: vacina acelular contra a coqueluche), engenharia genética (ex: vacina contra a hepatite B), polissacarídeos extraídos da cápsula de microrganismos invasivos (ex: pneumococo e o meningococo), glicocon-jugadas (ex: toxóide tetânico, toxina diftérica avirulenta).

• Memória imunológica, em princípio, mais fraca, sendo necessária reexposição periódica aos mesmos antígenos, por meio de repetição das doses, para se tornar adequada

• Podem ser administradas a gestantes ou imunossuprimidos

• São aquelas em que um produto imunologicamente menos potente, por exemplo, um polissacarídeo, é unido a um outro produto imunologicamente mais potente, por exemplo, uma proteína, conseguindo-se dessa maneira que o primeiro produto adquira características de potência imunológica que antes não possuía.

• Exemplo: vacinas conjugadas contra o hemófilo, contra o pneumococo e contra o meningococo C.

• São aquelas que contêm no mesmo frasco várias vacinas diferentes

• Exemplo: vacina tríplice viral contra o sarampo, caxumba e rubéola, e a vacina tríplice bacteriana contra difteria, tétano e coqueluche

• Podem também ser misturadas no momento da aplicação, conforme recomenda-ções específicas do laboratório produtor

• Exemplo: vacina tetravalente, na qual se mistura a DTP ao antígeno do hemófilo conjugado no momento da aplicação

VACINAS COMPOSTAS POR AGENTES NÃO VIVOS

VACINAS CONJUGADAS

VACINAS COMBINADAS

Diferenças entre vacinas compostas por agentes vivos e não vivos (9 – 12).

Diferenças entre vacinas conjugadas e vacinas combinadas (10, 11).

Como são os esquemas de vacinação nas diferentes populações?O calendário básico de vacinação brasileiro é aquele definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e

corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Tal programa

apresenta as vacinas recomendadas desde o nascimento até a terceira idade, que são oferecidas gratuitamente

à população na rede pública (13).

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O Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde do Brasil, criado em setembro de 1973 e institu-

cionalizado pelo decreto nº 78.231 de 12 de agosto de 1976, é reconhecido como uma das iniciativas em saúde

pública mais bem sucedidas do Brasil e resulta do trabalho integrado das esferas de governo federal, estadual e

municipal. (13).

Em 28 de outubro de 2010, foi publicada a Portaria n° 3.318, que instituiu em todo o território nacional o calen-

dário básico de vacinação da criança, do adolescente e dos idosos (15). Em 19 de julho de 2013 foi publicada a

Portaria nº 1.498 do Ministério da Saúde, que redefiniu o Calendário Nacional de Vacinação, o Calendário Nacio-

nal de Vacinação dos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa Nacional

de Imunizações (PNI), em todo o território nacional (16).

A seguir são discutidos os calendários de vacinação de prematuros, crianças, adolescentes, mulheres, homens,

idosos e ocupacionais, publicados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) em 2014 (17). O calendário

da SBIM é mais abrangente do que o calendário do Ministério da Saúde, por isso, indicaremos em cada vacina

se a mesma encontra-se disponível também no serviço público. Os calendários da SBIM podem ser consultados

também no Anexo deste manual.

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO PREMATURO

VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS

BCG ID Deverá ser aplicada o mais precocemente possível em recém-nascidos (RNs) com peso maior ou igual a 2Kg.

Disponível nas redes pública e privada

Hepatite B

Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida.

Os RNs de mães portadoras do vírus da hepatite B devem receber ao nascer, além da vaci-na, imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 mL via intramuscular, logo após o nascimento, até, no máximo, o sétimo dia de vida. A vacina deve ser aplicada via IM no vasto lateral da coxa e a HBIG na perna contralateral.

Em função da menor resposta à vacina em bebês nascidos com menos de dois quilos, reco-menda-se completar o esquema de quatro doses.

Disponível nas redes pública e privada

Palivizumabe Recomendado para prematuros e crianças de maior risco.

É um anticorpo monoclonal específico contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Deve ser aplicado nos meses de maior circulação do VSR, no Brasil, de março a setembro, exceto na região Norte, onde o período de circulação ocorre entre janeiro e fevereiro.

É recomendado até 1 ano de idade para crianças nascidas com idade gestacional inferior a 29 semanas; e até 6 meses de idade para crianças nascidas com idade gestacional de 29-32 semanas.

Para crianças cardiopatas ou portadoras de doença pulmonar crônica, desde que em tratamento clínico nos últimos seis meses (O², broncodilatador, diurético ou corticoide inalatório), independentemente da idade gestacional ao nascer, recomenda-se até os 2 anos de vida.

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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS

PalivizumabeO palivizumabe deverá ser aplicado também nos bebês hospitalizados que estejam con-templados nestas recomendações.

A dose é de 15 mg/kg de peso, por via intramuscular em até cinco doses mensais consecuti-vas durante a estação de circulação do vírus.

Pneumocócica conjugada

Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses), respeitando a idade cronológica. Duas doses: aos 2 e 4 meses e um reforço aos 12 meses (reforço pode ser dado até os 4 anos).

Recém-nascidos pré-termo (RNPTs) e de baixo peso ao nascer apresentam maior risco para o desenvolvimento de doença pneumocócica invasiva, que aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascimento. O esquema deve ser iniciado o mais precoce-mente possível, de acordo com a idade cronológica.

Disponível nas redes pública e privada

Influenza (gripe)Duas doses a partir dos 6 meses com intervalo de 30 dias entre elas

Respeitar a idade cronológica e a sazonalidade da circulação do vírus

Disponível nas redes pública e privada

Poliomielite

Utilizar somente vacina inativada (VIP) em RNs internados na unidade neonatal.

A SBIM recomenda que todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar a vacina oral (VOP) em crianças hospitalizadas.

Poliomielite (vírus inativados): Disponível nas redes pública e privada

Poliomielite oral (vírus vivos atenuados): Disponível apenas na rede pública

Rotavírus

Não utilizar a vacina em ambiente hospitalar.

Por se tratar de vacina de vírus vivos atenuados, a vacina rotavírus só deve ser realizada após a alta hospitalar, respeitando-se a idade máxima limite para administração da primei-ra dose (três meses e 15 dias).

Vacina rotavírus monovalente: disponível nas redes pública e privada

Vacina rotavírus pentavalente: disponível apenas na rede privada

Tríplice bacteriana (difte-ria, tétano, coqueluche) – DTPw e DTPa

Utilizar, preferencialmente, vacinas acelulares

A utilização de vacinas acelulares reduz o risco de eventos adversos

DTPw: Disponível apenas na rede pública

DTPa: Disponível apenas na rede privada

Haemophilus influenzae b

A combinação da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa) com a Hib e outros antígenos são preferenciais, pois permitem a aplicação simultânea e se mostraram eficazes e seguras para os RNPTs.

Na rede publica, para os RNPTs extremos, a DTPa é disponibilizada pelos Centros de Referência para Imunológicos Especiais (Cries) e, nesses casos, a conduta do Ministério da Saúde é adiar a aplicação da vacina Hib para 15 dias após a DTPa.

O reforço da vacina Hib deve ser aplicado nessas crianças aos 15 meses de vida.

Disponível nas redes pública e privada

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (18)

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RECOMENDAÇÕES GERAIS

• Recém-nascidos hospitalizados devem ser vacinado com as vacinas habituais, desde que clini-

camente estável. Não usar vacinas de vírus vivos: pólio oral e rotavírus.

• Os profissionais de saúde e cuidadores devem ser vacinados para influenza, varicela (se sus-

cetíveis) e devem receber uma dose da vacina tríplice acelular do tipo adulto, a fim de evitar a

transmissão dessas infecções ao RN.

• A imunização da gestante para influenza (em qualquer idade gestacional) e pertussis (a partir

da 20a semana de gestação) constitui excelente estratégia na prevenção dessas doenças em re-

cém-nascidos nos primeiros seis meses de vida, época que eles ainda não estão adequadamente

imunizados.

• A prevenção do tétano neonatal não deve ser esquecida, e o momento do puerpério é oportuno

para receber as vacinas para doenças para as quais a puérpera seja suscetível: hepatite B, hepa-

tite A, rubéola, sarampo, caxumba e varicela.

• A prevenção de doenças infeciosas em lactentes jovens e prematuros pode ser obtida com a

vacinação de crianças, adolescentes e adultos que têm contato frequente com ele (mãe, pai,

irmãos, avós, babás, e outros) – que podem ser fontes, principalmente, das seguintes infecções

imunopreveníveis: coqueluche, influenza, varicela, sarampo, caxumba e rubéola. A vacinação

desses contactantes, inclusive a mãe, se não ocorreu antes da gravidez ou durante a mesma,

deve ocorrer o mais precocemente possível após o nascimento do bebê, de preferência no pe-

ríodo do puerpério.

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (18)

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA

VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISBCG ID Deverá ser aplicada, o mais precocemente possível, de preferência ainda na maternida-

de, em recém-nascidos com peso maior ou igual a dois quilos.

Disponível nas redes pública e privada

Hepatite B Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida.

O esquema de quatro doses também pode ser utilizado, na dependência das vacinas combinadas a DTPw ou DTPa disponíveis (quando só disponível DTPa ou DTPw combi-nadas com hepatite B), nesse caso, após a dose ao nascimento, serão aplicadas mais três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade;

Se mãe HBsAg+, administrar vacina e HBIG até sete dias após o parto.

Disponível nas redes pública e privada

Tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa)

O uso da vacina DTPa é preferível ao da DTPw, pois os eventos adversos associados com sua administração são menos frequentes e intensos.

O primeiro reforço (quarta dose) deve ter intervalo mínimo de seis meses da terceira; o segundo reforço (quinta dose) não é necessário se a quarta dose foi administrada após os 4 anos de idade.

Para crianças com mais de 7 anos e em atraso com os reforços de DTPw ou DTPa, reco-menda-se o uso de alguma das seguintes apresentações da vacina tríplice bacteriana acelular: dTpa, DTPa-VIP ou dTpa-VIP.

DTPw: Disponível apenas na rede pública

DTPa: Disponível apenas na rede privada

Haemophilus influenzae tipo b

Recomenda-se o reforço aos 15-18 meses, principalmente quando forem utilizadas, na serie básica, vacinas Hib nas combinações com DTPa.

Disponível na rede pública (para as três primeiras doses) e na rede privada

Poliomielite (vírus inativa-dos) e Poliomielite oral (vírus vivos atenuados)

A SBIM recomenda que todas as doses sejam com a VIP.

Não utilizar VOP em crianças hospitalizadas.

Poliomielite (vírus inativados): Disponível na rede pública (VIP para as três doses, a partir de janeiro de 2016) e na rede privada (VIP).

Poliomielite oral (vírus vivos atenuados): Disponível apenas na rede pública

Rotavírus Vacina rotavírus monovalente: disponível nas redes pública e privada, com esquema de duas doses, idealmente aos 2 e 4 meses de idade.

Vacina rotavírus pentavalente: disponível apenas na rede privada, com esquema de três doses, idealmente aos 2, 4 e 6 meses de idade.

Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser feita a partir de 6 semanas de vida e no máximo até 3 meses e 15 dias, e a última dose até 7 meses e 29 dias.

O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose.

Pneumonia (Pneumocócica conjugada)

Novo esquema em 2 doses (2 e 4 meses de vida) (A partir de janeiro de 2016). Reforço aos 12 meses.

As vacinas VPC10 e VPC13 são recomendadas até os 5 anos de idade.

Crianças e adolescentes com risco aumentado para doença pneumocócica invasiva de-vem receber a vacina VPC13 e, nesses casos, também a vacina polissacarídica 23 valente (intervalo de dois meses entre elas).

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24VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS

Quando a aplicação das vacinas 10 ou 13 não tiver sido iniciada aos 2 meses de vida, o esquema de sua administração varia conforme a idade em que a vacinação for iniciada: entre 7 e 11 meses de idade, duas doses com intervalo de dois meses, e terceira dose aos 15 meses de idade; entre 12 e 23 meses de idade, duas doses com intervalo de dois me-ses; a partir do segundo ano de vida, dose única, exceto em imunodeprimidos, que devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas.

Crianças com esquema completo de VPC10 podem se beneficiar com uma dose adicional de VPC13 com o objetivo de ampliar a proteção em crianças de até 5 anos, respeitando o intervalo mínimo de dois meses da última dose.

Disponível nas redes pública e privada

Meningite (Meningocócica conjugada)

São recomendadas duas doses no primeiro ano de vida (aos 3 e 5 meses) e um reforço aos 12 meses (reforço pode ser dado até 4 anos de idade). Em virtude da rápida redução dos títulos de anticorpos protetores, reforços são necessários: entre 5 e 6 anos (ou cinco anos após a última dose recebida depois dos 12 meses de idade) e na adolescência.

No primeiro ano de vida, utilizar a vacina meningocócica C conjugada (MenC). Em crianças maiores de 1 ano, usar preferencialmente a vacina meningocócica conjugada ACWY (MenACWY), na primeira vacinação ou como reforço do esquema com MenC do primeiro ano de vida

No Brasil, para crianças menores de 1 ano de idade, a única vacina licenciada para uso é a vacina MenC; MenACWY-TT está licenciada a partir de 1 ano de idade e Men ACWY-CRM a partir de 2 anos de idade.

Disponível na rede pública (menC até 2 anos) e na rede privada (menC e menACWY)

Influenza (gripe) É recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade.

Quando administrada pela primeira vez em crianças menores de 9 anos, aplicar duas doses com intervalo de 30 dias.

Crianças menores de 3 anos de idade recebem 0,25 mL por dose e as maiores de 3 anos recebem 0,5 mL por dose.

Disponível na rede pública (até 5 anos) e na rede privada

Febre amarela Recomendada para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (de acordo com classificação do MS).

Crianças vacinadas aos 9 meses devem ser revacinadas aos 4 anos de idade. O PNI reco-menda que crianças menores de 2 anos de idade não recebam as vacinas febre amarela e tríplice viral no mesmo dia. Nesses casos, e sempre que possível, respeitar intervalo de 30 dias entre as doses.

Disponível nas redes pública e privada

Hepatite A Para crianças a partir de 12 meses de idade não vacinadas para hepatite B no primeiro ano de vida, a vacina combinada hepatites A+B pode ser considerada para substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B (duas doses: esquema 0-6 meses).

Disponível na rede pública (dose única para crianças de 15 meses, a partir de janeiro de 2016) e na rede privada

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

É considerada protegida a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano de idade.

Em situação de risco – por exemplo, surto de sarampo ou exposição domiciliar – a primei-ra dose pode ser antecipada para antes de 1 ano de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária.

Além dessa situação, se preciso, a segunda dose também pode ser antecipada, obedecen-do ao intervalo mínimo de um mês entre as doses.

Disponível nas redes pública e privada

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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISVaricela (catapora) É considerada protegida a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano

de idade.

Em situação de risco – por exemplo, surto de varicela ou exposição domiciliar – a primei-ra dose pode ser aplicada a partir de 9 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária.

Além dessa situação, se necessário, a segunda dose também pode ser antecipada, obede-cendo ao intervalo mínimo de três meses entre as doses.

A vacina varicela pode ser recomendada na profilaxia pós-exposição dentro de cinco dias após contato, preferentemente nas primeiras 72 horas.

Disponível na rede pública (dose única aos 15 meses) e na rede privada

HPV Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16, 18, li-cenciada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade, e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade.

Esquema de duas doses: 0 e 6 meses (a partir de janeiro de 2016).

Disponível na rede pública (vacina HPV 6,11,16,18 para meninas entre 9 e 13 anos) e na rede privada

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (19)

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE

VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISTríplice viral (sarampo, caxum-ba e rubéola)

É considerado protegido o adolescente que tenha recebido duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes. Até a idade de 12 anos, considerar aplicação de vacina combinada quadrupla viral (SCRV).

Disponível na rede pública (SCR) e na rede privada (SCR e SCRV)

Hepatites A, B ou A+B Hepatite A: duas doses – no esquema 0-6 meses.

Hepatite B: três doses – esquema 0-1-6 meses.

Hepatite A + B: para menores de 16 anos: duas doses: 0-6 meses; para maiores de 16 anos: três doses: 0-1-6 meses

Adolescentes não vacinados na infância para as hepatites A e B devem ser vacinados o mais precocemente possível para essas infecções. A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

Hepatite A: Disponível apenas na rede privada

Hepatite B: Disponível nas redes pública e privada

Hepatite A e B: Disponível apenas na rede privada

HPV Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16, 18, licenciada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade; e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade. O esquema de doses para meninas e meninos é de três doses: 0/ 1-2 /6 meses.

A vacina HPV deve ser iniciada o mais precocemente possível. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) mudou o esquema de vacinação para duas doses: 0 e 6 meses para meninas entre 9 e 13 anos. Vacina contraindicada em gestantes.

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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISDisponível nas redes pública e privada

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) / Difteria, tétano e coqueluche

Esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço a partir dos 11 anos com dTpa a cada sete a dez anos após a última dose.

Esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacte-riana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituí-la pela vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la pela vacina dTpa, completando três doses da vacina com o componente tetânico.

O uso da vacina dTpa, em substituição à dT, para adolescentes e adultos, objetiva, além da proteção individual, a redução da transmissão da coqueluche, principalmente para suscetíveis com alto risco de complicações, como os lactentes.

Para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica, ou na falta de dTpa, recomendar a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP).

dT: Disponível apenas na rede pública

dTpa: Disponível apenas na rede privada

Varicela (catapora) Duas doses, com intervalo de tres meses em menores de 13 anos e intervalo de um a tres meses em maiores de 13 anos.

Recomendada para aqueles sem história de infecção prévia. Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes. Até a idade de 12 anos, considerar a aplicação de vacina combinada quadrupla viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) para os adolescentes suscetíveis à varicela.

Disponível apenas na rede privada

Influenza (gripe) Dose única anual.

Recomendada para todos os adolescentes.

Disponível apenas na rede privada

Meningocócica conjugada ACWY

Aos 11 anos, seguida de uma dose de reforço cinco anos depois

Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

Disponível apenas na rede privada

Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (de acordo com classificação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma segunda dose dez anos após a primeira.

Pode ser recomendada para atender às exigências sanitárias de determinadas viagens internacionais.

Contraindicada para imunodeprimidos. Quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

Vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.

Disponível nas redes pública e privada

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (20)

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO HOMEM

VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISTríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido, em algum momento da vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Contraindicada para imunodeprimidos.

Disponível na rede pública (até os 39 anos) e na rede privada

Hepatites A, Duas doses, no esquema 0-6 meses.

Homens não imunizados anteriormente para a hepatite A devem ser imunizados.

Disponível apenas na rede privada

Hepatites B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.

Homens não imunizados anteriormente para a hepatite B devem ser imunizados.

Disponível na rede pública (a partir de 2016) e na rede privada

Hepatites A e B Três doses, no esquema 0-1-6 meses

Homens não imunizados anteriormente para as hepatites A e B devem ser imu-nizados.

A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

Disponível apenas na rede privada

HPV Vacina HPV6,11,16,18: duas doses, no esquema 0 e 6 meses.

A vacina HPV6,11,16,18 está licenciada e recomendada para meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade.

Disponível apenas na rede privada

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto / Difteria, tétano e coqueluche

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituí-la pela vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la pela vacina dTpa, completando três doses da vacina com o componente tetânico.

Uso da vacina dTpa, em substituição à dT, para adolescentes e adultos, objetiva, além da proteção individual, a redução da transmissão da coqueluche, principal-mente para suscetíveis com alto risco de complicações, como os lactentes.

Para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica, ou na falta de dTpa, recomendar a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP).

dT: disponível apenas na rede pública

dTpa: disponível apenas na rede privada

Varicela (catapora) Duas doses com intervalo de um a tres meses entre elas.

Recomendada apenas para adultos sem história anterior de varicela.

Contraindicada para imunodeprimidos.

Disponível apenas na rede privada

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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISInfluenza (gripe) Dose única anual.

Recomendada para todos os adultos.

Disponível na rede publica (para grupos de risco) e na rede privada

Meningocócica conjugada ACWY Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica.

Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

Disponível apenas na rede privada

Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (de acordo com classificação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma segunda dose dez anos após a primeira.

Pode ser recomendada para atender às exigências sanitárias de determinadas viagens internacionais.

Contraindicada para imunodeprimidos. Quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

Vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.

Disponível nas redes pública e privada

Pneumocócica conjugada Esquema sequencial de VPC13 e VPP23 é recomendado para homens com mais de 60 anos (ver Calendário SBIM de vacinação do idoso).

A VPC13 está licenciada a partir dos 50 anos de idade, ficando a critério médico sua recomendação nessa faixa etária.

Disponível apenas na rede privada

Herpes zóster Recomendada a partir de 60 anos, dose única (ver Calendário SBIM de vacinação do idoso).

Recomendada mesmo para aqueles que já apresentaram quadro de herpes zós-ter. Nesses casos, aguardar intervalo mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina.

Contraindicada em imunodeprimidos.

Disponível apenas na rede privada

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (21)

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA MULHERVACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISHPV Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16,

18, licenciada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade, e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade. Três doses: 0/1 a 2/6 meses.

Contraindicada para gestantes

A vacinação de mulheres com mais de 26 anos, com ambas as vacinas, é conside-rada segura e eficaz por órgãos regulatórios de muitos países.

Mulheres mesmo que previamente infectadas podem se beneficiar da vacinação.

Disponível apenas na rede privada

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

É considerada protegida a mulher que tenha recebido, em algum momento da vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Contraindicada durante a gestação

Disponível na rede pública (até os 49 anos) e na rede privada

Hepatites A Duas doses, no esquema 0-6 meses.

Em gestantes, considerar apenas nas suscetíveis

Disponível apenas na rede privada

Hepatites B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.

Indicada durante a gestação: Hepatite A é vacina inativada, portanto, não contraindicada em gestantes. Considerando-se que no Brasil são frequentes situações de risco aumentado de exposição ao vírus, a vacinação de gestantes deve ser considerada.

Disponível na rede pública (a partir de 2016) e na rede privada

Hepatites A e B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.

A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

Em gestantes, considerar apenas em situações de risco aumentado

Disponível apenas na rede privada

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto / Difteria, tétano e coqueluche

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituíla pela vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la pela vacina dTpa, completando três doses da vacina com o componente tetânico.

Durante a gestação: Indicada dTpa

A melhor época para a aplicação da vacina dTpa em gestantes é entre a 27a e a 32a semana de gestação (permite transferência de maior quantidade de anticor-pos maternos para o feto), mas a vacina pode ser recomendada a partir da 20a semana até o momento do parto. Mulheres não vacinadas na gestação devem ser vacinadas no puerpério, o mais precocemente possível.

A vacinação com dTpa deve ser repetida a cada gestação.

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30 VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISPara mulheres que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endê-mica, ou na falta de dTpa, recomendar a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP).

Disponível na rede pública (dT / dTpa para gestantes) e na rede privada (dTpa)

Varicela (catapora) Duas doses com intervalo de um a tres meses entre elas

Contraindicada durante a gestação

Disponível apenas na rede privada

Influenza (gripe) Dose única anual

Recomendada para todos os adultos.

Indicada durante a gestação: A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus da influenza. A vacina influenza está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação.

Disponível na rede pública (para maiores de 60 anos ou gestantes) e na rede privada

Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (de acordo com classificação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma segunda dose dez anos após a primeira.

Contraindicada na gravidez, porém seu uso pode ser permitido após ponderação do risco/benefício da vacinação das gestantes: 1) não anteriormente vacinadas e que residem em áreas de grande risco para febre amarela; 2) que vão se deslocar para região de risco da doença, na impossibilidade total de se evitar a viagem du-rante a gestação. Gestantes que viajam para países que exigem o CIVP, devem ser isentadas da vacinação, caso a viagem não seja de alto risco para a febre amarela.

Contraindicada durante a lactação até que o bebê complete 6 meses de idade. Se necessária a vacinação, nesses casos, suspender o aleitamento materno por pelo menos 15 dias e preferencialmente 30 dias após a imunização.

Contraindicada para imunodeprimidas. Quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

Disponível nas redes pública e privada

Meningocócica conjugada ACWY Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica

Durante a gestação, considerar apenas em situações de risco aumentado

As vacinas meningocócicas conjugadas se mostraram seguras quando usadas em gestantes. Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

Disponível apenas na rede privada

Pneumocócica conjugada Esquema sequencial de VPC13 e VPP23 é recomendado para mulheres com mais de 60 anos (ver Calendário SBIM de vacinação do idoso).

Durante a gestação, PCV13 e VPP23 devem ser recomendadas apenas para ges-tantes de alto risco para a doença pneumocócica, não imunizadas previamente.

VPC13 está licenciada a partir dos 50 anos de idade, ficando a critério médico sua recomendação nessa faixa etária.

Disponível apenas na rede privada

Herpes zóster Recomendada a partir de 60 anos, dose única

Recomendada mesmo para aquelas que já apresentaram quadro de herpes zós-ter. Nesses casos, aguardar intervalo mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina.

Contraindicada na gestação

Contraindicada em imunodeprimidas.

Disponível apenas na rede privada

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (22)

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RECOMENDAÇÕES GERAIS

• Sempre que possível, evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de gestação

• Após a aplicação de vacinas de vírus vivos atenuados (tríplice viral, varicela e febre amarela), a mulher deve ser orientada a aguardar o prazo de um mes para engravidar.

ESQUEMA DE VACINAÇÃO DO IDOSO

VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISInfluenza (gripe) Indicação: Rotina

Dose única anual.

Recomendada para todos os idosos. Os maiores de 60 anos fazem parte do grupo de risco aumentado para as complicações e óbitos por influenza. Vacina quadrivalente com duas cepas A e duas cepas B, se disponível, pode ser reco-mendada.

Disponível nas redes pública e privada

Pneumocócicas (VPC13) e Pneumocó-cica 23 valente (VPP23)

Indicação: Rotina

Iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de VPP23 dois meses depois, e uma segunda dose de VPP23 cinco anos depois.

Para aqueles que já receberam a VPP23, recomenda-se o intervalo de um ano para a aplicação de VPC13 e de cinco anos para a aplicação da segunda dose de VPP23, com intervalo mínimo de dois meses entre elas.

Para os que já receberam duas doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23. Se a segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 65 anos, está recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos da última dose.

Disponível na rede pública (VPP23 para grupos de risco) e na rede privada

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) / Difteria, tétano e coqueluche

Indicação: Rotina

Uma dose de vacina dTpa é recomendada, mesmo nos indivíduos que receberam a vacina dupla bacteriana do tipo adulto (dT).

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituíla pela vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la pela vacina dTpa, completando três doses da vacina com o componente tetânico.

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32 VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISO indivíduo com mais de 60 anos é considerado de risco para as complicações relacionadas à coqueluche. A vacina está recomendada mesmo para aqueles que tiveram a doença, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.

Na impossibilidade de acesso à vacina dTpa, deve ser recomendada vacina dTpa-VIP ou vacina dT.

dT: disponível apenas na rede pública

dTpa: disponível apenas na rede privada

Hepatites A Indicação: Após avaliação sorológica ou em situações de exposição ou surtos.

Duas doses, no esquema 0-6 meses.

Na população com mais de 60 anos é maior a possibilidade de se encontrar indi-víduos com anticorpos contra a hepatite A. Para esse grupo, portanto, a vacina-ção não é prioritária.

A sorologia pode ser solicitada para definição da necessidade ou não de vacinar.

Em contactantes de doentes com hepatite A, ou durante surto da doença, a vaci-nação deve ser acompanhada da aplicação de imunoglobulina padrão.

Disponível apenas na rede privada

Hepatites B Indicação: rotina.

Três doses, no esquema 0-1-6 meses.

Disponível na rede pública (a partir de 2016) e na rede privada

Hepatites A e B Indicação: após avaliação sorológica ou em situações de exposição ou surtos.

Três doses, no esquema 0-1-6 meses.

A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

Disponível apenas na rede privada

Febre amarela Indicação: Rotina para residentes em áreas de vacinação. Se persistir o risco, fazer uma segunda dose dez anos após a primeira.

Recomendada para habitantes de áreas classificadas pelo Ministério da Saúde como de vacinação e para as pessoas que vão viajar para essas regiões, assim como para atender às exigências sanitárias para determinadas viagens interna-cionais.

Há relatos de maior risco de eventos adversos graves nos maiores de 60 anos, portanto, na primovacinação, avaliar risco/benefício nos casos de viagens.

Disponível nas redes pública e privada

Meningocócica conjugada ACWY Indicação: Surtos

Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica

Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

Disponível apenas na rede privada

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

Indicação: Situações de risco aumentado

É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido, em algum momento da vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Não deve ser rotina, mas, a critério médico (surtos, viagens, entre outros), pode ser recomendada.

Contraindicada para imunodeprimidos.

Disponível na rede pública (em situações especiais) e na rede privada

Herpes zóster Indicação: Rotina.

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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAISRecomendada em dose única.

Vacina recomendada mesmo para aqueles que já apresentaram quadro de her-pes zóster. Nesses casos, aguardar intervalo mínimo de seis meses e preferen-cialmente de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina.

Contraindicada em imunodeprimidos

Disponível apenas na rede privada

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (23)

ESQUEMA DE VACINAÇÃO OCUPACIONAL

VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido, em algum momento da vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Recomendada para todos os indivíduos suscetíveis e/ou sem comprovação de vacinação

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que trabalham com crianças, Profissionais do sexo, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, Profis-sionais que trabalham em regime de confinamento, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

Vacinas vivas atenuadas são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes.

Disponível nas redes pública e privada

Hepatites A Duas doses, no esquema 0-6 meses

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Alimentos e bebidas, Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com deje-tos, águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais que trabalham com crianças, Profissionais do sexo, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, Profissionais que trabalham em regime de confinamento, Profis-sionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

Hepatites B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, po-liciais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais do sexo, Profissionais que viajam muito, Manicu-res, pedicures e podólogos, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

Esquema especial de vacinação para a hepatite B em imunocomprometidos e renais crônicos

Sorologia 30-60 dias após a terceira dose da vacina é recomendada para: profis-sionais da saúde, imunodeprimidos e renais crônicos.

Considera-se imunizado o indivíduo que apresentar título anti-HBs ≥ 10 UI/mL.

Hepatites A e B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.

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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS

A vacinação combinada das hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada das hepatites A e B.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais do sexo, Profissionais que viajam muito, Profis-sionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

HPV Duas vacinas disponíveis no Brasil: vacina HPV6,11,16,18 e vacina HPV16,18, com esquemas de duas doses (0 e 6 meses).

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Profissionais do sexo

Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes.

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa ou dTpa-VIP)

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa (ou dTpa-VIP, ou dT) a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa (ou dTpa-VIP, ou dT) a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa (ou dTpa-VIP), substituir a mesma pela vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituir a mesma pela vacina dTpa (ou dTpa-VIP) completando três doses da vacina com o componente tetânico.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde (dTpa), Alimentos e bebidas (dT), Militares, policiais e bombeiros (dT), Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores de lixo (dT), Profissionais que trabalham com crianças (dTpa), Profissionais que trabalham com animais (dT), Profissionais que viajam muito (dTpa-VIP ou dTpa), Receptivos de estrangeiros (dT), Manicures, pedicures e podólogos (dT), Profissionais que trabalham em regime de confinamento (dTpa), Profissionais e voluntários em campos de refu-giados, situações de catástrofe e ajuda humanitária (dTpa ou dTpa-VIP), Atletas profissionais (dT).

Varicela (catapora) Duas doses, com intervalo de um a tres meses entre elas.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que trabalham com crianças, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, Profissionais que trabalham em regime de confinamento, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária.

Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes.

Influenza (gripe) Dose única anual

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Alimentos e bebidas, Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais que trabalham com crian-ças, Profissionais que trabalham com animais, Profissionais do sexo, Profissio-nais administrativos, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, Manicures, pedicures e podólogos, Profissionais que trabalham em regime de confinamento, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS

Embora algumas categorias profissionais não apresentem risco ocupacional au-mentado para o vírus influenza, a indicação para TODAS as categorias profissio-nais é justificada por ser a maior causa de absenteísmo no trabalho e pela grande frequência com que desencadeia surtos no ambiente de trabalho.

Meningocócica conjugada Uma dose, mesmo para aqueles vacinados na infância ou há mais de cinco anos

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, po-liciais e bombeiros, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

Sempre que possível, dar preferência à vacina quadrivalente ACWY para uma proteção mais ampla.

Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (de acordo com classificação internacional e do Ministério da Saúde). Se persistir o risco, indicada segunda dose dez anos após a primeira.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que viajam muito, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes

Raiva Para pré-exposição: três doses, a segunda sete dias depois da primeira e a tercei-ra 14 a 21 dias depois da segunda.

A partir do 14º dia após a última dose é preciso verificar títulos de anticorpos para a raiva com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de dose adicional.

Profissionais que permanecem em risco devem fazer acompanhamento soroló-gico a cada seis meses ou um ano, e receber dose de reforço quando estes forem menores que 0,5 UI/mL.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais que trabalham com animais, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária.

Febre tifoide Dose única da vacina polissacarídica capsular Vi, por via intramuscular ou sub-cutânea, para adultos e crianças a partir de 2 anos de idade.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais que viajam muito, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária.

A indicação deve ser analisada de acordo com o tempo de permanência em região de risco para a doença. No caso de o risco de infecção permanecer ou retornar, está indicada outra dose após tres anos.

Poliomielite inativada Pessoas nunca vacinadas: três doses de VIP (esquema 0, 1-2, 6-12 meses). Pes-soas já vacinadas com esquema completo: uma dose entre um e 12 meses antes da viagem. Pode ser feita combinada à dTpa.

Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que viajam muito, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.

Profissionais com destino a países nos quais a poliomielite seja ainda endêmica devem receber a vacina inativada da pólio.

A vacina disponível na rede privada é combinada à dTpaFonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (24)

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36 O que devo saber sobre cada vacina?

Antirrábica

Quais são as indicações?

A profilaxia da raiva é uma intervenção urgente e deve começar o mais cedo possível após a exposição. A raiva

é quase sempre fatal, mas a infecção pode ser evitada com cuidados da ferida e profilaxia apropriados (25-27).

A escolha do tipo de imunização contra a raiva vai depender se o paciente está a receber a profilaxia pré ou pós-

-exposição e da história de vacinação anterior: Para profilaxia pré-exposição deve ser utilizada a vacina (imuniza-

ção ativa) e pós-exposição pode ser utilizada a vacina ou a imunoglobulina contra raiva (imunização passiva), em

pessoas não imunizadas anteriormente (26).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema de administração da vacina contra a raiva de uso humano é diferenciado para a pós-exposição, para a

reexposição e para a preexposição (34).

Na pós-exposição, ou seja, na administração da vacina após contato com o vírus da raiva, o esquema depende da

natureza da agressão e das condições do animal agressor, podendo corresponder a sete doses e dois reforços, ou

10 doses e três reforços (34).

No caso de reexposição, ou seja, no caso da pessoa entrar em contato novamente com o vírus rábico, o esquema

indicado depende da quantidade de doses recebidas anteriormente, conforme a norma técnica já referida (34).

Para a profilaxia na preexposição o esquema é de quatro doses, com intervalo de dois dias entre a primeira e a

segunda dose e entre a segunda e a terceira doses. A quarta dose é feita no 28º dia após o início do esquema (34).

O volume de cada dose da vacina contra a raiva corresponde a 1,0 ml, independente da idade ou do peso da pes-

soa a ser vacinada. A vacina contra a raiva de uso humano é administrada por via intramuscular. A injeção é feita,

de preferência, na região do deltóide, na face externa superior do braço. Em crianças até os dois anos de idade

pode ser utilizada a face lateral externa da coxa.

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Não se recomenda a injeção da vacina antirrábica na região do glúteo,

pois, muitas vezes, a vacina não é inoculada no interior do músculo e sim

no tecido adiposo (gordura), o que diminui sensivelmente a resposta ao

imunobiológico (34).

Quais são as principais reações adversas?

A imunoglobulina contra raiva está associada a reações locais, incluindo dor e sensibilidade, eritema e endureci-

mento. Dor de cabeça é o efeito colateral sistêmico mais comumente relatado (28).

A vacina humana diploide celular pode ocasionar reações locais, incluindo dor, vermelhidão, inchaço e endureci-

mento no local da injeção. Reações sistêmicas são menos comuns e incluem febre baixa, dor de cabeça, tontura e

sintomas gastrointestinais (29, 30). Podem ocorrer, com menor frequência, reações alérgicas sistêmicas, que vão

desde urticária à anafilaxia (31).

A vacina purificada de células de embrião de galinha também está associada a reações no local da injeção (32).

Também podem ocorrer efeitos secundários incluindo dor de cabeça, febre, mialgias, náuseas, e fraqueza (33).

ATENÇÃO

A profilaxia pós-exposição contra a raiva deve começar o mais cedo possível após a exposição

Um dos passos iniciais mais importantes para evitar a raiva é o tratamento da ferida. Recomenda-se a lavagem completa de mordidas e arranhões com água e sabão. Quando disponível, um agente viricida também deve ser usado. Estudos demonstram que apenas a limpeza das feridas reduz a probabilidade da raiva em até 90% (35).

BCG

Quais são as indicações?

Bacilo de Calmette-Guérin (BCG) é uma estirpe de Mycobacterium bovis viva desenvolvida para utilização como

uma vacina atenuada para prevenir a tuberculose e outras infecções por micobactérias (36, 37). BCG é a vacina

mais amplamente utilizada em todo o mundo (38).

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A vacina BCG-ID é administrada por via intradérmica. A injeção é feita na re-

gião do músculo deltóide, no nível da inserção inferior deste músculo, na face

externa superior do braço direito. O uso do braço direito tem por finalidade

facilitar a identificação da cicatriz (que demonstra a eficácia da vacina) em ava-

liações da atividade de vacinação (34).

CONTRAINDICAÇÕES

• Vacina contra BCG não deve ser administrada a indivíduos com comprometimento imunológico devido à infecção pelo HIV, imunodeficiência congênita, doença maligna, ou drogas imunossupressoras, como corticoides (43,44).

• Embora a vacina BCG não tenha sido associada a efeitos fetais prejudiciais, não deve ser administrada durante a gravidez, uma vez que é uma vacina viva (44).

Vacinação BCG é adequada para lactentes e crianças ≤5 anos com alto risco de exposição a indivíduos com tu-

berculose pulmonar ativa. BCG deve ser administrada a recém-nascidos saudáveis, o mais rapidamente possível

após o nascimento (39). Além disso, a imunização de crianças em idade escolar (com idade entre 7 a 14) não pre-

viamente vacinadas foi mostrado para conferir proteção parcial contra a tuberculose (40).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema de administração da vacina BCG corresponde a uma dose, a partir do nascimento. Uma dose de re-

forço é administrada na idade escolar (dos seis aos dez anos), considerando o aumento da incidência de meningo-

encefalite em maiores de cinco anos, como também o aumento das formas disseminadas da tuberculose, devidas

à epidemia de aids (34).

O volume correspondente a cada dose é de 0,1 ml, rigorosamente, para evitar complicações.

Quais são as principais reações adversas?

• Reações cutâneas locais após a vacinação BCG são comuns.

• Efeitos adversos mais graves incluem osteíte, osteomielite e infecção disseminada.

• Manifestações menos comuns incluem abscesso e linfadenite regionais (1 a 2 por cento).

• Os fatores potenciais que afetam a taxa de reações adversas incluem a dose de BCG, cepa vacinal, e o méto-

do de administração da vacina (41, 42).

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Cólera

Dupla

Quais são as indicações?

O Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde não recomenda a vacinação contra cólera, conside-

rando que as vacinas disponíveis apresentam baixa eficácia e curta duração da imunidade. No entanto, existem

situações particulares nas quais se recomenda a utilização da vacina. Esta vacina é recomendada pela OMS para

aplicação em viajantes com destino às áreas onde ocorrem casos de cólera (45).

Para vacinação contra cólera são disponibilizadas no mercado duas opções de vacina oral e vacinas injetáveis. A

Dukoral, uma das vacinas orais, apresenta 85-90% de eficácia na proteção contra a cólera, embora esta proteção te-

nha duração média de três anos. Em indivíduos acima de 6 anos deve ser administrada em duas doses, com intervalo

de 10 a 15 dias. Para crianças de 2 a 6 anos a administração é feita em três doses, com intervalo de uma semana (45).

ATENÇÃO

• Sempre avaliar o tipo e o grau de exposição para possível contaminação por Vibrio cholerae antes de adminis-trar a vacina, tanto para viajantes que entram no Brasil como os que irão a um país com ocorrência de casos de cólera.

• Avaliar com o mesmo critério a necessidade de vacinação de brasileiros que irão visitar familiares e amigos em países com ocorrência de casos de cólera, bem como para viajantes de outros países que irão visitar familiares e amigos que residem no Brasil (45).

Quais são as indicações?

A vacina dupla contém os toxóides diftérico e tetânico, de aplicação intramuscular, sendo apresentada nas for-

mas infantil (DT) e adulto (dT). A forma infantil é constituída de 30 UI de toxóide diftérico e 10 a 20 UI do toxóide

tetânico. A vacina do tipo adulto compõe-se de 2 a 4 UI de toxóide diftérico e 10 a 20 UI de toxóide tetânico.

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40 Salienta-se que a vacina dupla infantil contém a mesma quantidade de toxóides tetânico e diftérico que a vacina

tríplice (DPT). Já a dupla tipo adulto contém menor quantidade de toxóide diftérico (34).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina dupla tipo adulto (dT) corresponde a três doses com intervalo de 60 dias entre as

doses. O intervalo mínimo é de 30 dias. Entre a segunda e a terceira doses o intervalo ideal é de 180 dias (seis

meses). Ao indicar a vacina dupla tipo adulto, considerar as doses da vacina tríplice bacteriana (DTP) ou da dupla

infantil (DT) recebidas anteriormente, orientando a continuidade do esquema. O reforço da dupla adulto é admi-

nistrado de 10 em 10 anos (34).

O esquema de vacinação para a prevenção do tétano neonatal deve considerar que toda mulher vacinada com,

pelo menos, duas doses das vacinas DTP, dT ou DT, com intervalo mínimo de um mês entre as doses (antes ou

durante a gravidez) terá seu recém-nascido protegido contra o tétano neonatal nos dois primeiros meses de vida.

Essa proteção só é possível quando a segunda dose for administrada até 20 dias antes do parto que é o tempo

mínimo necessário para que haja produção de anticorpos suficientes para transferir ao feto. Para a adequada

proteção da gestante e para a prevenção do tétano neonatal em gestações futuras, é necessário a administração

da terceira dose, seis meses após a segunda dose. Quando a mulher grávida completou o seu esquema (última

dose ou último reforço) há mais de cinco anos administrar um reforço da dT (34).

O esquema básico da dupla infantil (DT) corresponde a três doses, com intervalo de 60 dias entre as doses. O in-

tervalo mínimo é de 30 dias. O reforço da dupla infantil (DT) é semelhante ao da tríplice (DTP), ou seja, uma dose

seis a 12 meses depois da terceira dose, de preferencia aos 15 meses de idade, simultaneamente com a vacina

tríplice viral (contra o sarampo, rubéola e caxumba) e com a vacina contra a poliomielite (34).

Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar dependendo do laboratório pro-

dutor. As vacinas DT ou dT devem ser administradas por via intramuscular profunda.

Nas crianças com menos de dois anos de idade, a injeção é feita no vastolateral da coxa. A região do deltóide, face

externa superior do braço, é utilizada, preferencialmente, para a administração da vacina nos maiores de dois

anos. Em adultos pode ser utilizada também a região glútea, no quadrante superior externo (34).

Quais são as principais reações adversas?

As principais reações adversas da vacina dupla incluem reações sistêmicas graves, como anafilaxia, urticária ge-

neralizada, angioedema e complicações neurológicas (34).

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Febre amarela

Quais são as indicações?

A febre amarela é uma febre hemorrágica viral,

transmitida por mosquitos, com alta letalidade (Hae-

magogus e/ou Aedes aegypti). As manifestações clí-

nicas incluem disfunção hepática, insuficiência renal,

coagulopatia e choque. Os viajantes a regiões tropi-

cais da América do Sul e África subsaariana, onde a

doença é endêmica, estão em risco de aquisição de

infecções e requerem imunização (46, 47, 48).

A vacina contra febre amarela é recomendada para indivíduos que vivem nas regiões classificadas pelo MS como

áreas de risco (Norte e Centro-Oeste do Brasil) e para indivíduos que pretendem viajar para esses locais: avaliar

risco/benefício, somente devendo ser indicada em casos de alta transmissão, pois os idosos têm maior risco de

eventos adversos graves (47, 48).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina contra a febre amarela corresponde a uma dose a partir dos seis meses de idade. O

Regulamento Sanitário Internacional exige uma dose de reforço a cada dez anos (34).

O volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml. A vacina contra a febre amarela é administrada por via sub-

cutânea. A injeção é feita, de preferência, na região do deltóide, na face externa superior do braço, ou na face

ântero-lateral externa do antebraço, podendo, também, ser administrada na região do glúteo, no quadrante

superior externo (34).

Quais são as principais reações adversas?

As principais reações adversas ocasionais pela vacina contra febre amarela incluem: síndromes viscerotrópica e

neurotrópica decorrentes da aplicação das vacinas, febre, dor de cabeça, mal-estar e dor no local da inoculação

(49).

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Haemophilus influenzae

CONTRAINDICAÇÕES

• Histórico de reação anafilática após ingestão de ovo de galinha ou a dose anterior da vacina.

• Doenças ou tratamentos imunossupressores, quimioterápico ou radioterápico.

• Casos de doença febril aguda.

• Em crianças com menos de 6 meses de vida.

• Pacientes imunocomprometidos. Mas quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

• Lactação, exceto em situações em que a exposição ao vírus da febre amarela não podem ser evitadas ou adiadas.

• Gestação, porém seu uso pode ser permitido após ponderação do risco/benefício da vacinação das gestantes: 1) não anteriormente vacinadas e que residem em áreas de grande risco para febre amarela; 2) que vão se deslocar para região de risco da doença, na impossibilidade total de se evitar a viagem durante a gestação. Gestantes que viajam para países que exigem o CIVP, devem ser isentadas da vacinação, caso a viagem não seja de alto risco para a febre amarela (50).

Quais são as indicações?

Haemophilus influenzae do serotipo b (Hib) já foi a causa mais comum de meningite bacteriana e uma causa fre-

quente de outras infecções graves com bacteremia, especialmente na primeira infância. O uso generalizado de

vacinas conjugadas contra Hib na infância levou a um declínio dramático na incidência de doença invasiva por Hib

em crianças. No entanto, a doença continua a ser comum em países que não utilizam a vacina (51, 52).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico para a vacinação contra a infecção pelo Haemophilus influenzae tipo b corresponde a três

doses no primeiro ano de vida, com intervalo de 60 dias entre as doses. O intervalo mínimo é de 30 dias. As crian-

ças com idade entre 12 e 59 meses, quando não vacinadas ou quando apresentam esquema incompleto, devem

receber uma única dose (34).

O volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml. A vacina contra a infecção pelo Haemophilus influenzae tipo b

deve ser administrada por via intramuscular profunda. Nas crianças com menos de dois anos de idade, a injeção é

feita no vastolateral da coxa. A região do deltóide, face externa superior do braço, é utilizada, preferencialmente,

para a administração da vacina nos maiores de dois anos de idade. Em adultos pode, também, ser utilizada a re-

gião glútea, no quadrante superior externo (34).

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PeleCrãnio

Dura Mater

Aracnóide(inflamada)

Pia Mater(inflamada)

Córtex cerebral(inflamado)

Agentes patogênicosentram através do sangue

Meningite bacteriana

Quais são as principais reações adversas?

Reações sistêmicas, incluindo febre e irritabilidade são frequentes após imunização contra Hib (53, 54).

As reações locais, que incluem dor, vermelhidão e / ou inchaço no local da injeção ocorrem em cerca de 25 por

cento dos beneficiários. Tais reações locais geralmente são leves e desaparecem dentro de 24 horas (53, 54).

Hepatite A

Quais são as indicações?

A hepatite A é uma infecção autolimitada aguda associada com sintomas inespecíficos, tais como febre, mal-es-

tar, anorexia, náuseas, vômitos, dor ou desconforto abdominal e diarreia. Icterícia (hiperbilirrubinemia conjuga-

da) geralmente ocorre uma semana após o início dos sintomas, junto com colúria (bilirrubina na urina) e hepato-

megalia leve (55, 56, 57).

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Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico de administração da vacina de vírus inativados contra a hepatite A varia conforme a idade e o

laboratório produtor. O esquema mais frequente é constituído de duas doses, com intervalo de seis a 12 meses

entre uma dose e outra. O volume correspondente a uma dose é de 0,5ml ou 1,0ml a depender do produtor (34).

A vacina de vírus inativados contra a hepatite A é administrada por via intramuscular profunda. A injeção é feita

na região do deltoide, na face externa superior do braço. Em crianças maiores de um ano e nos adultos é adminis-

trada na região do deltoide, na face externa superior do braço, preferencialmente. Neste grupo (crianças maiores

e adultos) evitar a região glútea, pois, muitas vezes, a vacina não é inoculada no interior do músculo e sim no

tecido adiposo (gordura), o que diminui sensivelmente a resposta imunológica (34).

Quais são as principais reações adversas?

As reações adversas mais comuns são febre, reações no local da injeção, erupção cutânea e dor de cabeça. En-

quanto as reações adversas graves incluem síndrome de Guillain-Barre e trombocitopenia imune (58).

A vacina contra hepatite A é contraindicada em paciente que apresentaram reação anafilática após dose prévia.

ATENÇÃO

Adie a vacinação contra hepatite A na presença de doença febril aguda.

Para pacientes com trombocitopenia ou qualquer distúrbio de coagulação: risco de sangramento pela via de administração da vacina (intramuscular). Nesses casos, a via subcutânea deve ser considerada.

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Hepatite B

Quais são as indicações?

A profilaxia da hepatite B é recomendada para todos os recém-nascidos de mães HBsAg positivas, e em muitos

países, também é recomendada para recém-nascidos de mães HBsAg negativas. Não há dúvida de que o desen-

volvimento de vacinas contra a hepatite B é uma grande realização na medicina moderna. A vacina contra a he-

patite B é eficaz não só na prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B, mas também na prevenção de sequelas

da infecção crónica pelo vírus da hepatite B (59).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema de administração da vacina contra a hepatite B corresponde, de maneira geral, a três doses, com in-

tervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose. A terceira dose é administrada seis meses após a primeira.

Situações individuais específicas podem exigir a adoção de outro esquema. Sempre que possível, administrar a

primeira dose nas primeiras 12 horas após o nascimento (34).

O recém-nascido, cuja mãe tem sorologia positiva para HbsAg, deve receber a segunda dose da vacina após 30

dias da primeira dose (34).

Para facilitar a operacionalização, o esquema comum pode ficar assim: A primeira dose pode ser administrada

ao nascer junto com a vacina BCG-ID; a segunda aos dois meses com as vacinas contra a poliomielite, a DTP e a

vacina contra o Haemophilus tipo b; e a terceira dose aos nove meses com a vacina contra o sarampo e contra a

febre amarela (34).

O volume a ser administrado é de 0,5 ml para neonatos, lactentes, crianças e menores de 20 anos; a partir desta

idade a dose é de 1,0 ml (34).

Considerando que nos grupos de risco (renais crônicos, politransfundidos, hemofílicos, etc.) ocorre uma menor

produção de anticorpos, administrar o dobro da dose, ou seja, 2,0 ml para adultos e 1,0 ml para crianças (34).

A vacina contra a hepatite B é administrada por via intramuscular. A injeção é feita na região do deltóide, na face

externa superior do braço. Nas crianças menores de dois anos a vacina é administrada na face lateral da coxa. Em

crianças maiores e nos adultos é administrada na região do deltóide, na face externa superior do braço, preferen-

cialmente. Neste grupo (crianças maiores e adultos) deve ser evitada a região glútea, pois, muitas vezes, a vacina

não é inoculada no interior do músculo e sim no tecido adiposo (gordura), o que diminui sensivelmente a resposta

imunológica (34).

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HPV

Quais são as principais reações adversas?

A reação adversa mais comum é a dor no local de injeção, o que ocorre em menos de 25 por cento dos indivíduos

vacinados. Outras reações adversas relatadas em 1 a 3 por cento dos vacinados incluem febre baixa, mal-estar,

dor de cabeça, dor nas articulações e mialgia. Estas reações adversas são geralmente leves e não resultam em

qualquer sequela clínica grave (60).

Hepatite B não têm efeitos teratogênicos e pode ser administrada durante a gravidez (61, 62).

A vacina contra hepatite B é contraindicada em paciente que apresentaram reação anafilática após dose prévia.

ATENÇÃO

Adie a vacinação contra Hepatite B na presença de doença febril aguda.

Para pacientes com trombocitopenia ou qualquer distúrbio de coagulação: risco de sangramento pela via de administração da vacina (intramuscular). Nesses casos, a via subcutânea deve ser considerada.

Quais são as indicações?

O HPV, Papilomavírus humano é um patógeno transmitido sexualmente, que ocasiona doença anogenital em ho-

mens e mulheres, e é responsável por praticamente todos os tipos de câncer de colo do útero (63 - 65). O capsí-

deo do HPV é constituído por duas proteínas, chamadas L1 e L2. A L1 é a proteína principal, constituindo cerca de

95% do capsídeo. A infecção natural pelo HPV induz a geração de anticorpos neutralizantes contra essa proteína.

A vacina licenciada para o HPV contêm a proteína L1, obtida por meio da clonagem do gene responsável pela sua

produção e posterior recombinação (veja figura).

Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs (vírus-like particles) dos tipos 6, 11, 16, 18, licencia-

da para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade, e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada

para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade (65, 66).

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Qual o esquema e a via de administração?

Em meninas e meninos entre 9 e 13 anos, o esquema é de duas doses (0 e 6 meses). O PNI mudou o esquema de

três doses para duas doses em janeiro de 2016.

Quais são as principais reações adversas?

As principais reações adversas da vacina contra HPV incluem reações no local da injeção e síncope (67).

Causam lesões benignas na ela (verrugas), nas mem-branas mucosas de áreas genitais e anais (verrugas) ou extragenitais (papilomas da boca) ou do trato res-piratório (papilomatose respiratória recorrente).

Estão envolvidos no desenvolvimento de lesões pré cance-rosas e câncer em vários órgãos, sendo o principal deles o câncer do cólo do útero.

Proteína do capsídeo L1

SUBTIPOS DE HPV

Influenza (Gripe)

Quais são as indicações?

A influenza ou gripe é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, altamente contagiosa, causada por

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48 vírus da família Orthomyxoviridae, clas-

sicamente dividido em três tipos imu-

nológicos: Mixovirus influenza A, B e

C, sendo que apenas os tipos A e B têm

relevância clínica em humanos (68, 74).

A vacina contra influenza é indicada a

partir dos 6 meses de vida e deve ser

aplicada anualmente como rotina, em

especial nos indivíduos com mais de 60

anos, e de preferência antes do início do

outono (68).

A gripe é particularmente mórbida em

mulheres grávidas e pós-parto, uma vez

que aumenta o risco de complicações

médicas graves na gravidez e hospita-

lização. A vacinação pode reduzir o risco dessas complicações e fornecer proteção passiva ao recém-nascido.

Idealmente, todas as mulheres que estão grávidas ou que possam estar grávidas durante a temporada de gripe

devem receber a vacina inativada contra influenza, assim que estiver disponível e antes do início da atividade da

influenza na comunidade, independentemente de seu estágio de gravidez (69).

A vacina contra a gripe também é apropriada para todos os viajantes para destinos onde a gripe está sendo trans-

mitida naquele momento. Aqueles para os quais é especialmente importante incluem indivíduos com mais de 50

anos de idade que viajam para regiões tropicais ou para o hemisfério norte ou sul, durante os meses de inverno, e

aqueles que viajam em navios de cruzeiro ou em grandes grupos (70,71, 74).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina contra o vírus influenza varia conforme a idade da pessoa a ser vacinada (34):

• Para crianças de seis a 35 meses administrar duas doses de 0,25 ml com intervalo de 30 dias entre as doses;

• Para crianças de três a oito anos administrar duas doses de 0,5 ml com intervalo de 30 dias entre as doses;

• Para crianças com nove anos e mais e adultos administrar uma dose de 0,5 ml.

Anualmente, deve ser repetida uma dose de reforço, tanto para crianças como para adultos, nos volumes indica-

dos para cada grupo de idade.

A vacina contra o vírus influenza é administrada por via intramuscular profunda. Nas crianças com menos de dois

anos de idade, a injeção é feita no vastolateral da coxa. A região do deltóide, face externa superior do braço, é uti-

Propagação do vírus influenza pela via respiratória

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lizada, preferencialmente, para a administração da vacina nos maiores de dois anos de idade. Em adultos, pode,

também ser utilizada a região glútea, no quadrante superior externo (34).

Quais são as principais reações adversas?

Em geral, a vacina é bem tolerada e apresenta bom perfil de segurança. Pode ocorrer eventos locais autolimitados,

com resolução espontânea em 48 horas, incluindo dor; sensibilidade no local da injeção; eritema e enduração (72, 73).

Podem ocorrer os seguintes eventos sistêmicos: Manifestações gerais leves, como febre, mal-estar e mialgia co-

meçando entre seis e 12 horas após a vacinação e persistindo por um a dois dias; Reações anafiláticas são raras e

ocasionadas por hipersensibilidade a qualquer componente da vacina (72, 73).

Quais são as contraindicações?

• Indivíduos com história de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada ao ovo de galinha e seus

derivados, assim como a qualquer componente da vacina (74).

• Para indivíduos com história pregressa de SGB: avaliação médica criteriosa, observando-se o risco-benefício

da vacina (74).

ATENÇÃO

Adie a vacinação contra influenza na presença de doença febril aguda.

Para pacientes com trombocitopenia ou qualquer distúrbio de coagulação: risco de sangramento pela via de administração da vacina (intramuscular). Nesses casos, a via subcutânea deve ser considerada.

Meningocócica

Quais são as indicações?

A doença meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (Meningococo), cuja disseminação resul-

ta em infecções invasivas graves, como a meningite e a meningococcemia. A vacina meningocócica é recomenda-

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ATENÇÃO

• Adie a vacinação contra influenza na presença de doença febril aguda.

• Para pacientes com trombocitopenia ou qualquer distúrbio de coagulação: risco de sangramento pela via de administração da vacina (intramuscular). Nesses casos, a via subcutânea deve ser considerada.

da no primeiro ano de vida (duas doses - aos 3 e 5 meses ou a partir dos 2 meses de idade); um reforço entre 12 e

15 meses; e, em virtude da rápida redução dos títulos de anticorpos protetores, reforços são necessários: entre 5

e 6 anos (ou cinco anos após a última dose recebida depois dos 12 meses de idade) e na adolescência (75).

As vacinas meningocócicas conjugadas se mostraram seguras quando usadas em gestantes, devendo-se conside-

rar apenas em situações de risco aumentado (76).

Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina contra a infecção pelo meningococo C no adulto corresponde a uma dose. O volume

correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor. A vacina contra

a infecção pelo meningococo C é administrada por via intramuscular, podendo ser utilizada a via subcutânea. A

injeção é feita, de preferência, na região do deltóide, face externa superior do braço, ou na face ântero-lateral

externa do antebraço, ou na região do glúteo, no quadrante superior externo (34).

Quais são as principais reações adversas?

Os efeitos adversos mais comumente reportados incluem febre, dor de cabeça, eritema no local da injeção, e

tonturas. Entre os efeitos adversos classificados como grave, o mais comumente relatados foram dor de cabeça,

febre, vômitos e náuseas (77).

A vacina meningocócica é contraindicada em indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer compo-

nente da vacina.

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Pneumocócica

Quais são as indicações?

As vacinas pneumocócicas atuam na prevenção das síndromes causadas pelos pneumococos, incluindo a pneu-

monia, a bacteremia e a meningite, sendo indicada para todas as pessoas a partir dos 60 anos ou que tenham

patologias crônicas específicas. A doença pneumocócica invasiva é definida pelo isolamento do pneumococo em

locais normalmente estéreis, como sangue, líquido pleural ou liquor (78, 79).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina contra a infecção por pneumococo em idosos corresponde a uma dose, seguida de

revacinação, realizada, habitualmente, após cinco anos. O volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml. A

vacina contra a infecção por pneumococo é administrada por via intramuscular, podendo ser utilizada a via sub-

cutânea. A injeção é feita, de preferência, na região do deltoide, na face externa superior do braço, ou na face

ântero-lateral externa do antebraço (34).

Quais são as principais reações adversas?

As vacinas pneumocócicas são geralmente muito bem toleradas. Os eventos adversos mais comuns são os locais

(dor, eritema), que regridem com rapidez. A febre é incomum. Reações mais graves são muito raras (anafilaxia,

por exemplo). A única contraindicação formal é história de reação anafilática à dose anterior da vacina ou algum

de seus componentes (80).

ATENÇÃO

• Adie a vacina pneumocócica na presença de doença febril aguda.

• Para pacientes com trombocitopenia ou qualquer distúrbio de coagulação: risco de sangramento pela via de administração da vacina (intramuscular). Nesses casos, a via subcutânea deve ser considerada.

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Poliomielite

Quais são as indicações?

A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa causada por vírus que se instala agudamente

e é caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. O déficit motor instala-se subi-

tamente, e a evolução não costuma ultrapassar três dias. Acomete em geral os membros inferiores, de forma

assimétrica, e se caracteriza por flacidez muscular (perda do tonus muscular), com preservação da sensibilidade

e ausência de reflexos na parte do corpo atingida pela doença. A profilaxia contra a infecção pelo poliovírus é re-

comendada em prematuros, crianças, adolescentes e para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais

a poliomielite é endêmica (81, 82).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina contra a poliomielite corresponde a três doses, com intervalo de 60 dias entre as

mesmas. O intervalo mínimo é de 30 dias. Um reforço é administrado um ano após a terceira dose. Em situações

especiais o intervalo para o reforço pode ser reduzido para até seis meses. Cada dose, em geral, corresponde a

duas gotas, podendo variar conforme especificações do laboratório produtor. A vacina contra a poliomielite é

administrada por via oral (34).

Quais são as principais reações adversas?

As reações adversas mais comuns incluem: falta de apetite; dor, inchaço e sensibilidade no local da injeção, irri-

tabilidade, cansaço e febre (83).

ATENÇÃO

• A eficácia da vacina pode ser reduzida em pacientes imunocomprometidos. Se possível, a vacina deve ser administrada pelo menos duas semanas antes do início do tratamento imunossupressivo ou adiada até que o tratamento seja descontinuado.

• Pacientes com trombocitopenia ou outros distúrbios de coagulação podem apresentar hematoma após a administração intramuscular. Nestes casos pode ser feita administração subcutânea.

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Rotavírus

Quais são as indicações?

A infecção por rotavirus é a causa mais comum de diarreia grave em lactentes e pré-escolares. O rotavírus es-

palha-se rapidamente por contato com pessoas infectadas. As infecções por rotavirus são responsáveis por cen-

tenas de milhares de mortes em todo o mundo a cada ano, principalmente em países em desenvolvimento, nos

quais a nutrição e os cuidados com a saúde não são os ideais. Recomenda-se a vacinação universal das crianças

contra o rotavírus (84, 85).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema vacinal recomendado é de duas doses, aos 2 e 4 meses de idade, simultaneamente com as vacinas

Tetravalente (DTP/Hib) e Sabin. O intervalo mínimo entre as duas doses é de 4 semanas (84, 87 – 90).

Para esta vacina algumas restrições são recomendadas (84, 87 – 90):

Para a aplicação da 1ªdose:

• Deve ser aplicada aos 2 meses de idade

• Idade mínima 1 mês e 15 dias de vida (6 semanas)

• Idade máxima 3 meses e 7 dias de vida (14 semanas)

Para a aplicação da 2ª dose:

• Deve ser aplicada aos 4 meses de idade

• Idade mínima 3 meses e 7 dias de vida (14 semanas)

• Idade máxima 5 meses e 15 dias de vida (24 semanas)

As vacinas contra o rotavírus são administradas por via oral. Após a reconstituição cada dose corresponde a 1ml

(84, 87 – 90).

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Tríplice bacteriana (Difteria, Tétano e Coqueluche)

ATENÇÃO

• A vacina contra rotavírus humano vivo atenuado não deve ser administrada em lactentes com hipersensibilida-de conhecida após a administração prévia da vacina ou a qualquer componente da vacina.

• Não deve ser administrada em lactentes com malformação congênita não-corrigida do trato gastrointestinal que predisporia a intussuscepção.

• Não deve ser administrada em crianças com imunodeficiência primária e secundária, incluindo crianças HIV-positivo.

Quais são as indicações?

A vacina tríplice bacteriana atua na profilaxia de tétano, difteria e coqueluche.

A difteria é uma doença respiratória aguda causada pelo Corynebacterium diphtheriae, que apresenta uma taxa

de letalidade de 5 a 10 por cento, sendo a mortalidade maior (até 20 por cento) entre as crianças com menos de

cinco anos (91).

O tétano é uma doença do sistema nervoso caracterizada por espasmos musculares. É causada pelo Clostridium

tetani, uma bactéria anaeróbia produtora de toxina. A mortalidade é maior entre pessoas não vacinadas (92).

A coqueluche é uma doença respiratória aguda causada por Bordetella pertussis, que apresenta uma taxa de

letalidade de aproximadamente 0,2 por cento, sendo a mortalidade maior entre crianças menores de três meses

de idade (93).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da DTP corresponde a três doses no primeiro ano de vida, com intervalo de 60 dias entre as 12.

O intervalo mínimo é de 30 dias. O reforço é administrado 6 a 12 meses depois da terceira dose, de preferência

aos 15 meses de idade, simultaneamente com a vacina tríplice viral (contra o sarampo, a rubéola e a caxumba) e

com a vacina contra a poliomielite. Quando a criança estiver com o esquema vacinal incompleto, faltando uma ou

Quais são as principais reações adversas?

As reações adversas mais comuns incluem irritabilidade, perda de apetite, diarreia, vômito, flatulência, dor abdo-

minal, regurgitação de alimentos, fadiga e febre (86, 87).

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duas doses, dar continuidade ao mesmo considerando as doses administradas anteriormente (34).

Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor.

A vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada por via intramuscular profunda. Nas crianças menores

de dois anos a injeção é feita no vastolateral da coxa e nos maiores pode ser utilizada a região do deltóide, na face

externa superior do braço (34).

Quais são as principais reações adversas?

As principais reações adversas incluem reações locais (dor, eritema, edema), febre, convulsões, episódio hipotô-

nico-hiporresponsivo (colapso ou estado semelhante a choque) dentro de 48 horas de vacina, apreensão (com ou

sem febre) dentro de três dias de vacina e choro inconsolável e persistente por ≥3 horas dentro de 48 horas de

vacina (91, 92, 93).

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS (94-97):

• Reação anafilática a vacina

• Encefalopatia dentro de sete dias após a administração de uma dose anterior da vacina, sem outra causa identificável

• Distúrbio neurológico progressivo, incluindo espasmos infantis, epilepsia não controlada, encefalopatia progressiva

• Algumas vacinas DTPa contém látex e são contraindicados em pacientes com reação anafilática ao látex

• Crianças menores de sete anos que têm uma contraindicação para a imunização contra coqueluche não devem receber doses subsequentes de vacina contendo pertussis, mas podem receber DT.

Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)

Quais são as indicações?

A tríplice viral é uma vacina combinada de vírus vivos atenuados cujo uso se destina ao controle e à eliminação do

sarampo, da caxumba e da rubéola. Esta vacina é indicada no Brasil para crianças a partir dos 12 meses de idade,

idealmente aplicada aos 15 meses, devendo receber uma dose única de 0,5 ml pela via subcutânea na região do

deltóide. Os profissionais da saúde podem receber uma dose única desta vacina com o objetivo de prevenir as

três doenças. Todos os três componentes desta vacina são altamente imunogênicos e eficazes, dando imunidade

duradoura por praticamente toda a vida. A proteção inicia-se cerca de duas semanas após a vacinação e a soro-

conversão é em torno de 95% (98-101).

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ATENÇÃO

• As vacinas com vírus vivos atenuados não devem ser aplicadas em crianças com deficiência adquirida ou congê-nita, exceto os pacientes HIV positivos que poderão ser vacinados.

• As mulheres vacinadas deverão evitar a gravidez durante três meses, embora as gestantes quando vacinadas não deverão considerar a interrupção da gravidez.

• As crianças com neoplasias malígnas e sob efeito de corticosteroides, imunossupressores e/ou radioterapia só devem ser vacinadas após três meses da suspensão da terapêutica.

• Está contraindicada a vacina para os indivíduos alérgicos ao ovo de galinha e à neomicina.

• Deve-se adiar a vacinação quando o paciente apresentar doença febril aguda grave, quando estiver sob uso de corticosteroides, imunossupressores e/ou radioterapia (adia-se a vacinação por três meses).

• A vacina só deve ser aplicada duas semanas antes ou cerca de tres meses após o uso de derivados do sangue (plasma, imunoglobulinas, sangue total).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina tríplice viral corresponde a uma dose, a partir dos 12 meses, de preferência aos 15

meses, administrada por ocasião do reforço com a vacina tríplice bacteriana (DTP) e a vacina contra a poliomie-

lite. Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório

produtor (34).

A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea. A injeção é feita, de preferência, na região do deltóide,

na face externa superior do braço, ou na face ântero-lateral externa do antebraço, podendo, também, ser admi-

nistrada na região do glúteo, no quadrante superior externo (34).

Quais são as principais reações adversas?

As principais manifestações locais da vacina incluem ardência no local da injeção, eritema, hiperestesia, endura-

ção e linfadenopatia regional (101, 102).

Entre as manifestações sistêmicas gerais observam-se de 0,5 a 4% de aumento de temperatura corporal, irrita-

bilidade, conjuntivite e sintomas catarrais (5 a 12 dias após). Cinco a 12% desenvolvem febre acima de 39,5º C.

Neste caso pode ocorrer convulsões. O exantema está presente em cerca de 5% dos casos (7 a 10 dias após) e a

linfadenopatia em menos de 1% e aparece entre 7 e 21 dias após a aplicação (101, 102).

Também podem ocorrer manifestações relativas ao sistema nervoso central incluindo meningite, encefalite e pan-

-encefalite esclerosante subaguda. Além disso, tem sido relatado púrpura trombocitopênica, orquite, parotidite

e pancreatite, artrite e artralgias (101, 102).

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Varicela (Catapora)

Quais são as indicações?

Varicela, conhecida como catapora, é uma doença infecciosa aguda, comum na infância, altamente contagiosa,

causada pelo vírus varicela-zóster. A varicela gera lesões arredondadas e avermelhadas por todo o corpo (exan-

temas) e outros sintomas como febre, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e cansaço (103-105).

Criança com manifestação de catapora

A vacina contra varicela é preparada a partir de vírus vi-

vos atenuados em células embrionárias e em fibroblastos

humanos. É a única disponível no mercado, tendo sido tes-

tada em vários países. É liofilizada, de aplicação pela via

subcutânea, em dose única de 0,5 ml, tendo sido aplicada

conjuntamente com a vacina tríplice viral (sarampo, rubé-

ola e caxumba), com bons resultados (103-105).

Está indicada para todas as crianças saudáveis entre 12

meses e 12 anos de idade. As crianças com leucemia só de-

vem ser vacinadas após um ano de remissão da doença e

com linfócitos periféricos acima de 700 células/mm³. Nes-

te caso estão indicadas duas doses da vacina com interva-

lo mínimo de 3 meses entre elas (103-105).

Para a vacinação dos indivíduos adultos deve-se conside-

rar duas situações a saber: adultos soronegativos para anticorpos contra a varicela – neste caso administrar duas

doses da vacina com intervalo de 4 a 8 semanas entre elas. Para os adultos soropositivos, em cerca de 75 a 85%

dos casos há aumento do nível de anticorpos (103-105).

Qual o esquema e a via de administração?

O esquema básico da vacina contra a varicela corresponde (34):

• Uma dose de 0,5 ml para crianças de 12 meses a 12 anos de idade, OU

• Duas doses de 0,5 ml para os maiores de 13 anos de idade, com intervalo de 30 a 60 dias entre uma dose e outra.

A vacina contra a varicela é administrada por via subcutânea. A injeção é feita, de preferência, na região do deltói-

de, na face externa da parte superior do braço, ou na face ântero-lateral externa do antebraço, podendo, também,

ser administrada na região do glúteo, no quadrante superior externo (34).

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58 Quais são as principais reações adversas?

As principais reações adversas incluem erupção cutânea semelhante à varicela, febre e reações locais passagei-

ras (dor e inchaço) (103-105).

CONTRAINDICAÇÕES

• Crianças imunocomprometidas (imunodeficiência adquirida (HIV) ou congênita; Uso de prednisona em doses acima de 2 mg/kg/dia)

• Transfusão de sangue, plasma ou gamaglobulina hiperimune (deve-se adiar a vacinação por três meses)

• Gravidez (deve ser evitada durante um mês após a vacina)

• Discrasias sanguíneas (leucemia, linfoma, neoplasias malignas da medula óssea e sistema linfático)

Quais as recomendações para imunização durante a gestação e lactação?

A imunização materna protege tanto a mãe quanto o feto da morbi-

dade de certas infecções, e fornece para a criança a proteção passiva

contra infecções adquiridas de forma independente após o nascimen-

to. O ideal é que as vacinas sejam dadas antes da concepção, mas a

administração durante a gestação é indicada em algumas situações

(106).

Mulheres não imunes são imunizadas durante a gestação quando há

um alto risco de exposição a uma infecção perigosa para a mãe ou para

o feto, e quando o agente imunizante é pouco provável de causar da-

nos (107).

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DIRETRIZES GERAIS PARA VACINAÇÃO DURANTE A GESTAÇÃO

• O ideal é que as mulheres sejam imunizadas contra doenças evitáveis em seu ambiente antes da gravidez de acordo com o calendário de vacinação recomendada para adultos.

• Os profissionais devem estar cientes sobre a rotina de imunizações recomendada para todas as mulheres grávi-das (tétano, difteria, influenza) (108)

• Os provedores devem administrar vacinas apropriadas para as mulheres grávidas com indicações médicas ou de exposição que as colocam em risco de infecções evitáveis por vacinação (108).

• As mulheres pós-parto devem receber todas as vacinas recomendadas que não poderiam ser ou não foram administradas durante a gestação (por exemplo, sarampo / caxumba / rubéola, varicela, tétano, difteria) (108).

• Os profissionais devem estar cientes e seguir as precauções e contraindicações para a imunização em mulheres grávidas (108).

• Vacinas vivas são desencorajadas durante a gestação pois possuem potencial para infectar o feto, a não ser que a gestante esteja em risco substancial de exposição a uma infecção natural associada com morbimortalidade (109).

• Se uma vacina de vírus vivo é inadvertidamente dada a uma gestante, ou se a mulher engravidar dentro de qua-tro semanas após a vacinação, ela deve ser aconselhada sobre os potenciais efeitos sobre o feto (109).

• Antes da administração de qualquer vacina, práticas razoáveis incluem perguntar à mulher se ela está grávida ou pode engravidar nos próximos quatro semanas e aconselhar sobre os riscos potenciais da vacinação durante a gravidez ou logo antes da concepção.

• A gravidez deve ser evitada por pelo menos quatro semanas após a imunização

• Vacinas inativadas, toxóides e preparações de imunoglobulinas são consideradas seguras durante a gestação. No entanto, se a administração precoce não for clinicamente indicada, é preferível atrasar a administração destes agentes até o segundo trimestre de gestação (110).

• Vacinas inativadas contra influenza, são indicadas, independentemente da idade gestacional (110).

• Quando a imunização é realizada durante a gravidez, os benefícios para a mãe e o feto deve superam os riscos.

• As mulheres grávidas devem minimizar o risco de exposição a infecções de que são suscetíveis, evitando viajar para locais de alto risco, assegurando que os membros da família são imunizados de acordo com esquemas de imunização padrão, e mantendo boas práticas de higiene.

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Algumas vacinas são particularmente importantes para as mulheres suscetíveis em idade fértil que podem engra-

vidar uma vez que (1) estas vacinas são contraindicadas durante a gravidez, e (2) a infecção ocorre em mulheres

grávidas não imunes e pode afetar negativamente o resultado da gravidez. Tais vacinais são apresentadas na

Tabela a seguir:

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS PARA AS MULHERES QUE PLANEJAM UMA GRAVIDEZ (VACINAS IMPORTANTES PARA MULHERES SUSCETÍVEIS EM IDADE FÉRTIL QUE PODEM ENGRAVIDAR)

Sarampo, caxumba e rubéola

A morbidade relacionada a sarampo parece ser significativamente maior em mulheres grávidas. A infecção materna também está associada com um aumento da taxa de aborto espontâneo, parto prematuro e morte fetal (111-113).

Caxumba no primeiro trimestre pode ocasionar aborto e morte fetal (114).

Rubéola está associada com um risco aumentado de morte fetal e aborto es-pontâneo. Além disso, a síndrome da rubéola congênita, a qual pode ocasionar catarata, malformações cardíacas, lesões ósseas, retardo do crescimento e anormalidades neurológicas, incluindo deficiência intelectual e auditiva, foi es-timada em 20% das crianças de mulheres com rubéola antes de 20 semanas de gestação, com o risco maior em pessoas infectadas nas primeiras 12 semanas de gravidez (115).

A vacina contra o sarampo, caxumba, rubéola, uma vacina viva atenuada, deve ser administrado a mulheres que não estão grávidas e que não têm evidência de imunidade à rubéola (115).

Mulheres vacinadas devem evitar a concepção durante 28 dias após a adminis-tração (110).

A vacina pode ser administrada com segurança em mulheres pós-parto que estão amamentando. Embora o vírus da rubéola é excretado no leite materno, só soroconversão sem infecção grave foi relatada em crianças amamentadas ao seio (116).

Varicela

Durante as primeiras 20 semanas de gestação causa a síndrome da varicela congênita (hipoplasia do membro, microcefalia, cicatriz dérmica, defeitos ocu-lares) em 2% dos fetos (117).

A exposição no útero à varicela materna também pode resultar em herpes zos-ter na infância ou adolescência precoce (118). Além disso, a doença materna é desconfortável e pode ser associado com complicações maternas graves.

Tal como acontece com outras vacinas vivas, a vacina contra varicela não deve ser administrada a mulheres grávidas e a gravidez deve ser evitada por um mes após cada dose da vacina (110).

Zoster

Vacina viva aprovado para a prevenção de herpes e nevralgia pós-herpética em adultos com mais de 60 anos de idade.

Por se tratar de uma vacina viva, ela não deve ser administrada a mulheres grávidas nem em mulheres em idade fértil.

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As imunizações durante a gravidez são geralmente adiadas até o segundo ou terceiro trimestre, quando possível,

para minimizar as preocupações sobre teratogenicidade ou aborto resultante da vacina ou toxóide. No entanto,

algumas vacinas de rotina podem ser dadas durante o primeiro trimestre devido a riscos especiais para a mulher

grávida não imunizada, feto ou recém-nascido. Tais vacinas são apresentadas na Tabela abaixo:

VACINAS DE ROTINA QUE PODEM SER DADAS DURANTE O 1º TRIMESTRE DEVIDO A RISCOS ESPECIAIS PARA A MULHER GRÁVIDA NÃO IMUNIZADA, FETO OU RECÉM-NASCIDO

Doses primárias ou de refor-ço da vacina contra tétano, difteria e coqueluche acelular (dTpa) (119, 120)

Mulheres grávidas devem receber vacinação dTpa durante cada gestação, idealmente entre 27 e 36 semanas de gestação, independentemente do estado vacinal anterior, para melhor proteger seu bebê (121).

As mulheres grávidas que não tenham recebido três doses de uma vacina contendo tétano e difteria (dT) deve realizar ou completar a série de três vacinações. O calendá-rio preferido em mulheres grávidas é no tempo 0, 4 semanas mais tarde, e 6 a 12 meses após a dose inicial.

As mulheres grávidas que foram imunizados com uma série de três doses da vacina dT completo devem receber uma dose única de dTpa em 27-36 semanas de gestação, para tratar o enfraquecimento da imunidade contra coqueluche. dTpa está indicado em cada gravidez, mesmo que a mulher tenha uma história prévia de vacinação ou da doença.

Se dTpa não é administrado durante a gravidez, ela deve ser administrada imediatamen-te após o parto para fornecer proteção para a criança (122).

dTpa também é recomendado para todos os adolescentes e adultos que não receberam previamente dTpa (110). Isto é especialmente importante para os indivíduos (como familiares ou cuidadores) que são esperados para ter um contato próximo com um recém-nascido ou criança com menos de 12 meses (121, 123).

Vacinas inativadas contra in-fluenza (sazonal e H1N1) (108)

A vacinação pode reduzir o risco das complicações ocasionadas pela gripe e fornecer proteção passiva ao recém-nascido.

Idealmente, todas as mulheres que estão grávidas ou que possam estar grávidas duran-te a temporada de gripe devem receber a vacina inativada contra influenza, assim dis-ponível e antes do início da atividade da influenza na comunidade, independentemente de seu estágio de gravidez (69).

Vacina inativada contra influenza é administrada por injeção intramuscular no músculo deltóide.

Vacina atenuada contra influenza não deve ser utilizada em mulheres grávidas (69), mas pode ser utilizada em pós-parto ou lactantes.

Hepatite BVacina contra a hepatite B é uma vacina recombinante sem nenhum dano conhecido para o feto ou recém-nascido. A figura ao lado traz mostra um cartaz de campanha do ministério da saúde.

A vacina contra hepatite B deve ser administrada duran-te a gravidez nas seguintes configurações: 1) mulheres grávidas que estão completando uma série de imuniza-ção que começou antes da concepção; 2) gestantes não imunizadas negativas para o antígeno de superfície da hepatite B que estão em alto risco de contrair hepatite B (125).

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VACINAS DE ROTINA QUE PODEM SER DADAS DURANTE O 1º TRIMESTRE DEVIDO A RISCOS ESPECIAIS PARA A MULHER GRÁVIDA NÃO IMUNIZADA, FETO OU RECÉM-NASCIDO

Hepatite A

Hepatite A aguda materna pode estar associada a parto prematuro (126). Na infecção intra-útero foi relatada manifestando-se como a peritonite meconial, ascite fetal e polidrâmnio (127, 128).

Gestantes suscetíveis ao aumento do risco de infecção por hepatite A são candidatas a vacinação (125).

Vacina pneumocócica

Vacina pneumocócica é recomendada para mulheres grávidas com condições que au-mentam o risco de doença invasiva pneumocócica.

Parece segura quando administrada no segundo e terceiro trimestres de gravidez e tem sido usada neste momento para tentar fornecer a imunização passiva ao recém-nascido (129).

Idealmente, a vacina deve ser administrada antes da concepção, mas as indicações para a administração não são alteradas pela gravidez.

Febre amarela

As mulheres grávidas devem evitar viajar para áreas de risco. Se a viagem é inevitável, e o risco de febre amarela é alto, a imunização com uma vacina de vírus vivo atenuado pode ser considerada.

As mulheres devem evitar a gravidez por um mês após a vacinação contra a febre ama-rela.

Poliomielite As mulheres grávidas devem evitar viajar, se possível, para áreas onde a doença está presente. Se a viagem não é evitável, eles devem ser imunizadas (130, 131).

As mulheres grávidas em situação de risco que foram vacinadas no passado devem re-ceber uma dose de reforço (90). Para aquelas que não tenham sido previamente vacina-das ou que receberam apenas uma série parcial de vacinas, o calendário de imunizações é baseado no intervalo antes da viagem (131).

Haemophilus influenzae Vacina inativada recomendada para adultos que não receberam na infância e estão em maior risco de doença invasiva devido a certas condições crônicas (por exemplo, anemia falciforme, leucemia, infecção pelo HIV ou esplenectomia).

Vacina meningocócica Recomendações de vacinação não são alterados pela gravidez (75).

Febre tifóide

Recomendada para pessoas que viajam para o mundo em desenvolvimento e áreas que têm epidemias de febre tifóide.

As mulheres grávidas devem evitar essas áreas, mas podem ser imunizadas com a vaci-na parenteral inativo se tal exposição é inevitável.

Varíola

Não é recomendado para mulheres que estão grávidas (qualquer trimestre), mulheres que contemplam a gravidez dentro de 28 dias, mulheres que estão amamentando, ou contatos próximos (membro da família, parceiro sexual) das mulheres que estão grávi-das ou planejam uma gravidez dentro de 28 dias (133-135).

Mulheres grávidas que tiveram uma exposição direta definido devem ser vacinadas devido à letalidade da doença (135).

Contraindicada durante a lactação

Raiva

A gravidez não é uma contraindicação para profilaxia pós-exposição se a exposição à raiva ocorreu (136).

Se o risco de exposição ao vírus da raiva é substancial, a profilaxia pré-exposição pode também ser indicado durante a gravidez.

A vacina é feita a partir de vírus inativado.

Tuberculose Uso de vacina BCG para prevenir a tuberculose não é recomendado durante a gravidez (44).

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INDICAÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA A VACINAÇÃO DE MULHERES NO PÓS-PARTO

• Ambas as vacinas inativadas e vivas (exceto vacina contra varíola e febre amarela) podem ser administrada a lactantes (138).

• Duas vacinas que devem ser dadas antes da alta para proteger a mãe e o recém-nascido são:

• Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola: deve ser administrada a mulheres que não estão imunes à rubé-ola (140).

• Vacina contra varicela: recomendada para mulheres sem evidência de imunidade (104). A primeira dose é administrada quando a paciente está no hospital e a segunda dose administrada 4-8 semanas mais tarde. A amamentação não contraindica a administração.

• Vacina dTpa: se não for dada durante a gravidez, dTpa deve ser dada após o parto para as mulheres que nun-ca o receberam (110). A amamentação não contraindica a administração.

• Imunoglobulinas - são recomendadas para prevenir ou reduzir a gravidade de algumas doenças em circuns-tâncias especiais. Não há riscos conhecidos para o feto de imunização passiva das mulheres grávidas com preparações de imunoglobulinas (110). Profilaxia pós-exposição da hepatite A e B, sarampo, raiva e tétano não é alterada pela gravidez.

Quais são as recomendações para imunização em pa-cientes imunossuprimidos?

A prevenção de doenças infecciosas é de extrema importância em pacientes com imunidade prejudicada, pois a

infecção causa grande morbidade e mortalidade nesses pacientes (141-143) A Tabela abaixo apresenta as princi-

pais recomendações para imunização em pacientes imunossuprimidos.

RECOMENDAÇÕES PARA IMUNIZAÇÃO EM PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOSBCG Contraindicada para pacientes portadores de HIV, positivos sintomáticos, bem como

presença de imunodeficiência congênita ou adquirida, presença de neoplasia maligna, vigência de tratamento com corticoides em dose imunossupressora (equivalente a 2 mg/kg/dia para criança ou ≥ 20 mg/dia para adulto, por mais de uma semana), vigência de outras terapêuticas imunodepressoras como quimioterapia antineoplásica, radio-terapia ou outras e hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Toxóide tétano/difteria (dT) Indicada para indivíduos com mais de 7 anos que não tiveram imunização prévia adequada com a dTP (difteria, tétano, coqueluche) ou com a tetra (dTP + Haemophilus influenzae tipo B).

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64 RECOMENDAÇÕES PARA IMUNIZAÇÃO EM PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOSDevem ser administradas três doses seriadas (0, 2 e 8 meses). Na idade adulta, a recomendação é administrar o toxóide a cada dez anos em adultos que receberam a imunização primária. Se há risco infeccioso para o tétano, deve-se administrar o toxói-de tetânico, caso este não tenha sido administrado nos últimos cinco anos. Deve ser aplicada a gamaglobulina específica simultaneamente com a vacina, caso o paciente não saiba quando ocorreu a imunização primária.

Contraindicada em pacientes com hipersensibilidade grave ou reações neurológicas a doses prévias.

Adultos com doenças reumatológicas devem receber vacinação contra tétano e dif-teria de acordo com a recomendação para adultos saudáveis, pois esta é considerada segura e eficaz.

Vacina polissacarídeo pneumocócica

A vacina pneumocócica é segura e recomendada em pacientes com doenças reumato-lógicas, apesar da resposta diminuída de anticorpos em determinados grupos.

Devido à possibilidade de redução nos títulos de Ac com o tempo, sugere-se repetir a dose da vacina a cada 2 a 3 anos em pacientes imunodeprimidos.

Está indicada, entre outras situações, para crianças a partir dos 2 anos e adultos com imunodeficiência congênita ou adquirida e em pacientes recebendo corticosteroides a longo prazo.

Haemophilus influenza e tipo B Administrada por via intramuscular (IM), sendo necessárias duas doses com dois meses de intervalo para pacientes imunossuprimidos.

Meningocócica conjugada tipo C

A vacina meningocócica está indicada a partir dos 2 meses de idade, nos portadores de asplenia congênita ou adquirida, deficiências dos componentes finais do comple-mento, anemia falciforme e talassemia, esplenectomizados.

A vacina contra o meningococo deve ser aplicada IM em dose única.

Varicela

É segura e eficaz em adultos saudáveis, no entanto não é recomendada em imunocom-prometidos, incluindo pacientes com doenças reumatológicas.

Imunização em contactantes domiciliares soronegativos para a infecção e a profilaxia pós-exposição do paciente com imunoglobulina são medidas importantes para pacien-tes imunocomprometidos.

Vacina oral (VOP) e inativada (VIP) da poliomielite

A vacina oral contra a pólio (VOP) é composta por vírus vivo, sendo contraindicada em pacientes imunocomprometidos e contactantes domiciliares.

Quando houver indicação de vacinação contra pólio em pacientes imunocomprome-tidos, seus familiares ou pessoas de contato próximo, estes devem receber a vacina pólio inativada (VIP).

Quando do uso inadvertido da vacina oral nos contactantes, recomenda-se evitar o contato com o paciente por aproximadamente um mês.

Pacientes em uso de drogas anti-TNF devem evitar o contato com crianças ou adultos que receberam a vacina viva durante quatro semanas.

Sarampo/ caxumba/ rubéola (SCR)

A vacina SCR é constituída de vírus vivo, sendo contraindicada na maioria das pessoas imunocomprometidas, exceto em determinados pacientes infectados pelo HIV.

Além do mais, o Center for Disease Control and Prevention (CDC) admite a adminis-tração dessa vacina a indivíduos em uso de corticosteroide a curto prazo, doses baixas ou moderadas de corticosteroide ou com tratamento a longo prazo em dias alternados com preparações de curta ação ou mantidas em doses fisiológicas.

Pacientes imunocomprometidos, soronegativos para a infecção, expostos ao sarampo devem receber gamaglobulina IM, administrada até seis dias após a exposição, profila-ticamente.

A vacina SCR não é transmitida por contactantes, portanto os familiares de pacientes imunocomprometidos devem recebê-la.

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RECOMENDAÇÕES PARA IMUNIZAÇÃO EM PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS

Infl uenza

A vacina é inati va e consiste em dois ti pos, A e B. Está indicada, entre outras situações, pelo Comitê Técnico Assessor de Imunizações do Ministério da Saúde, para pacientes imunocomprometi dos e seus familiares contactantes.

Em pacientes com artrite reumatoide, mesmo em uso de altas doses de imunossupres-sores, a vacina é segura, porém nesses pacientes a resposta imunogênica em relação aos que estão em uso de baixa dose de imunossupressores é menor.

Febre amarela

Recomenda-se o uso da vacinação entre viajantes ou pessoas que moram em áreas endemicas.

Não se deve administrar a vacina em pacientes imunocomprometi dos, pois apresen-tam um risco elevado de encefalite.

Hepati te A

Viajantes para áreas endêmicas ou pacientes com risco para a infecção têm indicação de receberem a vacina. Está indicada, também, para pessoas com hepatopati as crôni-cas suscetí veis à hepati te A.

A vacina é imunogênica na população saudável, porém parece ser menos imunogênica em pacientes imunocomprometi dos.

Na pós-infecção, pode ser feita a profi laxia com imunoglobulina.

Hepati te B

É recomendável o uso da vacina em grupos de risco.

A vacina da hepati te B é considerada segura e efi caz em indivíduos saudáveis, mas pode ter uma resposta diminuída em pacientes transplantados, alcoólatras, diabéti cos e outros grupos.

A vacina contra a hepati te B mostrou ser segura e efi caz em muitos pacientes com do-enças reumáti cas, devendo ser administrada em três doses, sendo o intervalo entre a primeira e segunda dose de um mes e a terceira dose deve ser administrada seis meses após a primeira.

Nos pacientes com LES, entretanto, a segurança da vacinação contra hepati te B não está determinada. A Briti sh Society of Rheumatology recomenda que pacientes com LES e risco de exposição à hepati te B devam receber a vacina.

Quais as recomendações para imunização em pacientes infectados pelo HIV?

Infecção pelo HIV, por causa do estado imunológico, é um fator de risco para

a morbidade e mortalidade causada por uma série de infecções que normal-

mente podem ser prevenidas através da imunização. Na ausência de uma te-

rapia efi caz, a imunossupressão é conti nuamente progressiva. Por outro lado,

os pacientes que respondem à terapia anti rretroviral (ART) têm aumentos

substanciais nas suas células CD4, sugerindo imunidade melhorada (144).

Embora a efi cácia da vacina seja geralmente comprometi da na doença avan-

çada, respostas adequadas podem ser conseguidas quando as vacinas são ad-

ministradas logo após a infecção por HIV (145). As recomendações sobre a

vacinação em pacientes infectados pelo HIV (141, 147-149) serão discuti das

nos quadros abaixo.

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RECOMENDAÇÕES SOBRE A VACINAÇÃO EM PACIENTES INFECTADOS PELO HIV

• Os anticorpos protetores são mais propensos quando as vacinas são administradas no início da infecção, antes do declínio na contagem de células CD4, ou após a reconstituição imunológica e supressão virológica com a terapia antirretroviral.

• As vacinas inativadas são geralmente seguras e aceitáveis em indivíduos infectados pelo HIV.

• Certas vacinas vivas têm dados de segurança suficientes e são, portanto, recomendada em pacientes infec-tados pelo HIV que têm percentagem de células CD4 ≥15 por cento (< 5 anos de idade) ou ≥200 células / ml (≥5 anos de idade). As vacinas vivas não devem ser administradas a indivíduos infectados pelo HIV com parâmetros de células CD4 inferiores a estes limites.

• Entre os adultos, os pacientes infectados pelo HIV devem receber as seguintes categorias de vacinas: vaci-nas inativadas recomendadas para a população em geral de adultos, vacina contra a gripe sazonal inativada, toxóide tetânico e diftérico reduzido com ou sem vacina contra coqueluche acelular (dTpa ou dT), vacina contra o papilomavírus humano (até 26 anos de idade em pacientes infectados pelo HIV, se não recebeu an-teriormente), vacinas para o HIV, vacina pneumocócica e vacina contra hepatite B (se já não estiver imune).

• Outras vacinas são recomendadas para adultos infectados pelo HIV somente se houver uma indicação específica ou se houver evidência de ausência de imunidade: hepatite A (se indicada), vacina meningocócica (se indicada), Haemophilus influenzae b (se indicada), sarampo, caxumba e rubéola (se não estiver imune e contagem de células CD4 ≥ 200 células / microL) e vacina contra varicela (se não estiver imune e contagem de células CD4 ≥ 200 a 350 células / microL).

RECOMENDAÇÕES SOBRE A VACINAÇÃO EM PACIENTES INFECTADOS PELO HIV

VACINAS INATIVAS

• A vacina zoster aparece segura e imunogênica em adultos infectados pelo HIV com ≥ 200 células / microL e supressão virológica em terapia antirretroviral, mas o momento ideal de vacinação é incerto (150). Zoster vacina é contraindicado entre aqueles com contagens de células CD4 <200 células / microL.

• Vacina pneumocócica (contra Streptococcus pneumoniae) é recomendado para todos os pacientes infecta-dos pelo HIV. Em geral, os indivíduos infectados pelo HIV com mais de dois anos devem receber pelo menos uma dose da vacina 13-valente conjugada (PCV13) (141, 148, 149). A menos que previamente administrada, a vacina polissacarídica (PPSV23) deve ser administrada pelo menos oito semanas após o PCV13. Reva-cinação é posteriormente realizado com PPSV23 cinco anos após a dose inicial PPSV23. PCV13 pode ser dado a qualquer contagem de células CD4, mas pode ser preferível adiar a administração PPSV23 até que a contagem de células CD4 ≥200 células / microL (151).

• Crianças com infecção pelo HIV devem receber a vacina contra o Haemophilus influenzae B (141, 149)

• A administração anual da vacina contra a gripe sazonal é recomendado para todos os pacientes infectados pelo HIV, com idade a partir de seis meses (141, 148, 149).

• A vacina contra o vírus da hepatite A é recomendada para pacientes sensíveis infectados pelo HIV que têm a doença hepática crônica ou estão em risco aumentado para infecção (147, 148, 152).

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RECOMENDAÇÕES SOBRE A VACINAÇÃO EM PACIENTES INFECTADOS PELO HIV

VACINAS VIVAS

• A vacina contra rotavírus não está contraindicada em crianças infectadas pelo HIV ou expostas e é geral-mente apoiada por grupos de peritos (141, 149).

• A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola é recomendada para crianças infectadas pelo HIV, sem evi-dência de imunossupressão grave (células CD4 ≥15%) (141, 149). Para crianças mais velhas e adultos com infecções por HIV recentemente diagnosticados sem evidência aceitável de sarampo, rubéola, caxumba ou imunidade, duas doses da vacina, com pelo menos 28 dias de intervalo, são recomendadas, a menos que te-nham evidência de imunossupressão grave (percentagem de CD4 <15 por cento ou, se mais de 5 anos, uma contagem de CD4 <200 células / microL) (153). Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola não é recomen-dado em pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave (141,153).

• A vacina contra varicela é recomendada para crianças infectadas pelo HIV que não têm evidência de imunos-supressão grave (células CD4 ≥15%) (141, 148, 149, 152). Recomenda-se a administração da vacina contra a varicela para adultos infectados pelo HIV e adolescentes com contagens de CD4 células / ≥200 microL se eles não têm evidência de imunidade (141, 147, 148,152). A administração de vacina contra a varicela não é recomendada em pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave (células CD4 <15% ou, se mais de 5 anos, uma contagem de CD4 <200 células / microL) (141, 147, 148,152). A profilaxia pós-exposição ao vírus da varicela-zoster é indicado para indivíduos infectados pelo HIV que não têm imunidade por infecção natural ou imunização.

• Vacina contra zoster não é recomendada para pacientes infectados pelo HIV com a contagem de CD4 <200 células / microL (154, 155).

• A vacina contra a febre amarela pode ser administrada, se indicado, para pacientes infectados pelo HIV com contagens de CD4 ≥200 células / mul.

• Vacina contra BCG é contraindicada em pacientes infectados por HIV (156).

• A triagem de rotina para imunização contra o vírus da hepatite B é recomendada para todos os indivíduos in-fectados pelo HIV para prevenir a infecção primária (148, 152). Aqueles que são negativos para os antígenos da hepatite B devem ser vacinados. Adicionalmente, deve-se vacinar as crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV e adolescentes e adultos suscetíveis.

• Vacina meningocócica conjugada é recomendada para crianças infectadas pelo HIV e adultos que têm uma indicação específica para a vacinação meningocócica (asplenia anatômica ou funcional, deficiência de com-ponente do complemento persistente, exposição de viagem, idade entre 11 e 18 anos, e exposição durante um surto) (141, 152).

• A vacinação contra o HPV é recomendada para todos os adolescentes (HIV infectados e não infectados) nas idades de 9 a 13 anos, para mulheres e homens infectadas pelo HIV, e pessoas com idade de 13 a 26 anos que não obtiveram qualquer ou todas as doses quando eram mais jovens (148, 152).

• Crianças infectadas pelo HIV devem receber a vacina inativada contra poliomielite, conforme recomendado para a população em geral.

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68 Quais as recomendações para imunizar em pacientes com câncer?

A prevenção da infecção é de suma importância para a crescente população de pacientes com deficiências na

imunidade. A infecção nestes pacientes, muitas vezes resulta em morbidade e mortalidade excessiva (143).

Pacientes com câncer estão em risco variável de morbidade e mortalidade das infecções que normalmente po-

dem ser prevenidas através da imunização, dependendo da doença de base e do tipo de quimioterapia e radio-

terapia que é administrada. Os doentes com doenças malignas hematológicas tendem a ser mais comprometido

do que aqueles com tumores sólidos. No entanto, os doentes com tumores sólidos estão também em risco de

infecção com base de debilidade, desnutrição, e, em alguns casos, obstrução anatómica.

O quadro abaixo apresenta as recomendações de imunização para pacientes com câncer (141)

RECOMENDAÇÕES DE IMUNIZAÇÃO PARA PACIENTES COM CÂNCER

• Os pacientes com câncer devem geralmente ser vacinados com as vacinas inativadas.

• Os pacientes com câncer recebendo quimioterapia não devem receber vacinas de vírus vivos, embora os pacientes com leucemia, linfoma ou outras doenças malignas, cuja doença está em remissão e cuja quimiote-rapia foi finalizada por pelo menos três meses podem receber vacinas de vírus vivos, como as vacinas para a varicela; sarampo, caxumba, rubéola; e zoster acordo com as recomendações específicas por idade (141, 97).

• Todas as vacinas indicadas devem ser dadas aos pacientes com câncer antes do início da quimioterapia, an-tes da terapia com outros medicamentos imunossupressores, e antes de radiação ou esplenectomia, quando possível (97).

• As vacinas inativadas (exceto a vacina inativada contra influenza, que deve ser dada anualmente, inclusive durante a quimioterapia de manutenção) que são recomendadas para crianças imunocompetentes como parte do calendário de imunização podem ser consideradas para crianças com câncer que recebem quimio-terapia de manutenção (141). No entanto, se as vacinas inativadas são dadas durante a quimioterapia, não devem ser consideradas doses válidas. Em tais pacientes, as vacinas devem ser readministradas depois da recuperação da competência imune. A revacinação de indivíduos após quimioterapia ou radioterapia é geral-mente desnecessária se a vacinação prévia ocorreu antes da quimioterapia, com exceção dos receptores de transplante de células hematopoiéticas.

• Três meses após o término da quimioterapia, pacientes com câncer que não receberam os anticorpos anti-células B devem ser vacinados com vacinas inativada e vivas contra varicela; sarampo, caxumba, rubéola; ou sarampo, caxumba, rubéola e varicela (141).

• Nos pacientes que receberam anticorpos anti-células B, a administração da vacina deve ser adiada por pelo menos seis meses.

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RECOMENDAÇÕES DE IMUNIZAÇÃO PARA PACIENTES COM CÂNCER

VACINAS INATIVADAS

• Imunizações de reforço contra tétano e difteria devem ser consideradas para todos os pacientes com câncer (157, 158). Além disso, os adultos que não tenham sido vacinadas com a vacina coqueluche acelular devem receber a vacina contendo toxóide tetânico, diftérico e coqueluche acelular (dTpa). dT ou dTpa deve idealmente ser feita antes de iniciar o tratamento e de preferência não durante os ciclos de quimioterapia intensiva.

• A vacina inativada contra poliomielite é a única vacina contra pólio recomendada para indivíduos imunodefi-cientes e seus contatos domiciliares (159).

• A vacina pneumocócica deve ser administrada a pacientes oncológicos antes de iniciar o tratamento e devem ser evitados durante ciclos de quimioterapia intensa (141). Crianças com câncer também devem receber a vacina pneumocócica (160).

• Crianças com leucemia e outros tumores malignos têm um risco aumentado de desenvolvimento de Hae-mophilus influenzae tipo b (Hib) em comparação com crianças normais (161). Em comparação, os pacientes adultos oncológicos não parecem estar em tão grande risco, a menos que eles passam por transplante de células hematopoiéticas (HCT). A vacina conjugada Haemophilus influenzae tipo b é indicada para crianças com câncer o mais cedo possível no curso da doença, mas a resposta da vacina é pequena e doses de reforço são ineficazes (161). Imunização Hib não é rotineiramente recomendada para pacientes adultos oncológicos, a menos que eles sofram HCT.

• A vacinação meningocócica é recomendada para indivíduos com risco aumentado de infecção meningocóci-ca, como as crianças entre 11 e 18 anos de idade e alguns outros grupos (calouros universitários que vivem em dormitórios, pessoas que viajam para países a doença é epidêmica, pacientes com deficiências de compo-nentes do complemento ou asplenia anatômica ou funcional) (75).

• Pacientes ≥6 meses de idade com câncer devem receber uma vacina inativada contra influenza anualmente (141). Uma exceção são os pacientes que estão recebendo os anticorpos anti-células B (por exemplo, o ritu-ximab, alemtuzumab), nos quais a administração da vacina deve ser adiada por pelo menos seis meses (141).

• Os pacientes com câncer, com indicação para vacinação contra HPV devem ser imunizados, a menos que tenham hipersensibilidade conhecida a qualquer parte da vacina ou a levedura. No entanto, pacientes com câncer podem ter uma resposta de anticorpos abaixo do ideal e menor eficácia da vacina (163).

• Os pacientes com câncer que solicitem a vacina contra a hepatite B e todos os pacientes com câncer não va-cinadas que tenham algum fator de risco para a hepatite B devem receber a vacina contra a hepatite B (164).

• Pacientes com câncer que têm outros fatores de risco para o desenvolvimento de hepatite A devem receber a vacina contra hepatite A.

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70RECOMENDAÇÕES DE IMUNIZAÇÃO PARA PACIENTES COM CÂNCER

VACINAS VIVAS

• A vacina contra sarampo-caxumba-rubéola não deve ser administrada a pacientes com câncer que recebem quimioterapia. No entanto, aqueles com leucemia, linfoma ou outras doenças malignas, cuja doença está em remissão e cuja quimioterapia foi finalizado por pelo menos três meses podem receber (97, 141).

• É razoável imunizar pacientes oncológicos adultos suscetíveis com a vacina contra a varicela após três meses da conclusão da quimioterapia (165).

• A vacina zoster é contraindicada em pacientes com câncer que recebem quimioterapia, embora pacientes cuja leucemia está em remissão e que não receberam quimioterapia ou radioterapia por pelo menos três meses podem receber a vacina zoster (97).

Quais as recomendações para imunização em pacientes com doença hepática?

O tratamento de pacientes com doença hepática mudou drasticamente nos últimos 25 anos, levando a melhores

resultados e sobrevivência. A prevenção da doença hepática também melhorou. Vacinas contra a hepatite A e B

têm reduzido a incidência de hepatite viral aguda (166).

Os pacientes com doença hepática crônica não são diferentes da população em geral. No entanto, para alguns

indivíduos com doença hepática crônica devido aos patógenos, fatores de risco comuns podem resultar em infec-

ções duplas com hepatite B e C ou exposição à hepatite A. Além disso, em pacientes com doença hepática crónica

ou em receptores de transplantes de fígado, a sobreposição de outra doença aguda pode resultar em maior mor-

bidade e mortalidade do que em indivíduos sem doença hepática pré-existente (167).

RECOMENDAÇÕES SOBRE A VACINAÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA

• É recomendada a imunização de todos os pacientes com doença hepática crônica contra a hepatite A e B (53).

• A vacina pneumocócica 23-valente (PPSV23) é recomendado para uso em adultos com doença hepática crônica (53).

• A resposta imune à vacina contra a gripe em pacientes com doença hepática crônica não tem sido extensiva-mente estudada (169).

• Não existem dados concretos sobre o uso das vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola; difteria e tétano e coqueluche acelular em pessoas com doença hepática crônica.

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Quais as recomendações para imunização antes de viajar?

Os viajantes internacionais estão frequentemente em risco de exposição a agentes infecciosos e devem procurar

aconselhamento sobre imunizações e outras profilaxias necessárias antes da viagem (170, 171).

As necessidades de imunização são baseadas em imunizações anteriores do viajante, condições de saúde e expo-

sições prováveis durante a viagem. Essas exposições dependem dos países e regiões a serem visitados e sobre a

natureza das potenciais exposições a agentes infecciosos. A consulta pré-viagem permite a atualização de vaci-

nas de rotina para se proteger contra doenças devido a infecções para as quais existe um maior risco de exposição

durante a viagem (como difteria, sarampo e varicela) (97, 172).

Vacina contra febre amarela

• A febre amarela é uma infecção viral transmitida por mosquito endêmica na África equatorial e em áreas

da América do Sul, mas não na Ásia (70, 175). Mortes devido à febre amarela adquiridos por turistas não

vacinados têm ocorrido. Vacinação contra febre amarela é legalmente exigida para o ingresso em países es-

pecíficos, geralmente se o viajante chega a um país infectado. No entanto, muitos países que têm transmissão

da febre amarela não tem uma exigência legal para a vacinação, e os viajantes para esses países precisam de

vacinação para própria proteção (175). O certificado de vacinação para febre amarela é válido por 10 dias

após a administração da vacina. Vacinação contra a febre amarela pode ser eficaz para a proteção ao longo

da vida (176), embora ainda não tenha sido incorporada ao Regulamento Sanitário Internacional; portanto,

pacientes com risco de exposição devem continuar a receber uma dose de reforço a cada 10 anos (176).

• Viajantes com idade ≥9 meses que estão viajando ou morando em áreas de risco para transmissão de febre

amarela na América do Sul e da África devem ser vacinados.

• O Regulamento Sanitário Internacional permite aos países exigir comprovação de vacinação contra a Febre

amarela como condição de entrada para viajantes provenientes de certos países para impedir a importação

e transmissão do vírus.

• Imunização Herpes zoster é recomendado em pessoas com mais de 60 anos de idade (59).

• Para pacientes com doença hepática avançada que podem ser submetidos a esplenectomia para outras condições médicas (por exemplo, trombocitopenia idiopática) devem ser consideradas as vacinas meningo-cócicas e Haemophilus influenzae.

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72 • Vacina contra febre amarela não deve ser administrada a indivíduos com imunodeficiências primárias, trans-

plantados, pacientes em terapêuticas imunossupressoras e imunomoduladoras, ou pacientes com HIV, cuja

contagem de CD4 é <200 / mL. Outras contraindicações incluem a idade <6 meses, alergia a um componente

de vacina, e perturbações do timo. Devem ser tomadas precauções em crianças com idades entre seis a oito

meses e em indivíduos ≥60 anos de idade. Para os viajantes de> 60 anos, o risco de doença grave e morte

devido à infecção febre amarela deve ser equilibrado com o risco de efeitos graves da vacina (177).

• A gravidez é uma precaução para a administração da vacina contra a febre amarela (em contraste com a

maioria das outras vacinas vivas que são contraindicados na gravidez). Se a viagem é inevitável e os riscos de

exposição ao vírus da febre amarela são sentidos para compensar os riscos de vacinação, mulheres grávidas

devem ser vacinadas (175).

• Os três eventos adversos graves bem característicos de ocorrer após a administração da vacina contra febre

amarela são: hipersensibilidade imediata ou reações anafiláticas, doença neurológica associada à vacina e

doença viscerotrópica associada à vacina (175)

• Outras vacinas inativadas podem ser administradas simultaneamente ou em qualquer momento antes ou

depois da vacinação.

Vacina meningocócica (70, 97, 171, 172)

• As epidemias da doença meningocócica são frequentes na África, na área que se estende desde a Guiné até

a Etiópia.

• Vacina meningocócica é recomendada para quem viaja para este cinturão da meningite na África, especial-

mente durante a estação seca de dezembro a junho.

• Os viajantes são obrigados a ter um certificado de vacinação da vacina meningocócica antes de entrar, emiti-

do não mais de três anos e não inferior a 10 dias antes da chegada.

• As principais contraindicações e precauções inclui hipersensibilidade a outras vacinas meningocócicas.

• A imunização é segura em imunodeprimidos e está especificamente indicado para pacientes com deficiências

de componentes do complemento terminal ou asplenia anatômica ou funcional.

• As vacinas conjugadas, são administradas por via intramuscular; e as vacinas de polissacarídeos são adminis-

tradas através de injeção subcutânea.

Vacina tifoide (70, 97, 171, 172)

• A febre tifoide é uma doença bacteriana sistêmica, com transmissão fecal-oral, caracterizada por febre e

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sintomas abdominais, prevalente em muitas áreas da Ásia, África e América Latina.

• A vacinação contra febre tifoide é recomendada para quem viaja para áreas com risco de exposição. O risco

de contrair febre tifoide aumenta com a duração da estadia. Os viajantes que visitam amigos e parentes pa-

recem estar em risco particularmente elevado de infecção.

• A vacina contra a febre tifoide oral é uma vacina viva atenuada, portanto, não deve ser administrado a indiví-

duos com imunodeficiência, doença febril aguda, ou doença gastrointestinal aguda.

• É aceitável para administrar outras vacinas vivas, em simultâneo com esta vacina.

A vacina contra hepatite A (70, 97, 171, 172)

• A Hepatite A é uma infecção viral transmitida pela via fecal-oral, que pode levar à insuficiência hepática, em

casos raros. A vacinação é recomendada para quem viaja para países com alta endemicidade intermediária

para hepatite A.

• Hipersensibilidade à vacina contra hepatite A ou a qualquer componente da formulação é uma contraindi-

cação para a vacinação. As vacinas contra a hepatite A são aceitáveis para uso na gravidez e para indivíduos

imunocomprometidos.

Vacina contra hepatite B (70, 97, 171, 172)

• A hepatite B é uma infecção viral transmitida por exposição a fluidos corporais que podem levar a insuficiên-

cia hepática e / ou carcinoma hepatocelular.

• A vacinação é recomendada para quem viaja para países com intermediária a alta endemicidade de Hepatite

B. A vacina contra hepatite B também deve ser considerada para qualquer viajante com potencial contato

com sangue ou secreções corporais, potencial de contato sexual, ou eventual necessidade de procedimentos

médicos ou dentários durante a viagem.

• Hipersensibilidade a vacina contra a hepatite B ou a qualquer componente da formulação é uma contraindi-

cação para a vacinação.

• Vacina contra a Hepatite B pode ser administrado a pacientes imunossuprimidos, embora a imunogenicidade

da vacina seja menor nestes grupos. Para as pessoas com comorbidades que podem interferir com a serocon-

versão subjacente, os títulos de anticorpos podem ser verificados para garantir se uma resposta adequada

da vacina ocorreu.

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Vacina contra a raiva (70, 97, 171, 172)

• A raiva é uma doença viral transmitida por cães, morcegos e outros animais que leva a encefalopatia e morte.

A raiva é endêmica na maioria dos países da Ásia, África e América do Sul.

• A vacinação antirrábica pré-exposição é indicada para quem viaja a áreas onde a raiva é endémica que ante-

cipam contato com animais e acesso limitado a cuidados médicos imediatos.

• Hipersensibilidade a vacina contra a raiva ou a qualquer componente da formulação é uma contraindicação para

a vacinação. As vacinas antirrábicas são aceitáveis para uso na gravidez e para indivíduos imunocomprometidos.

Vacina contra a gripe (70, 97, 171, 172)

• A gripe é uma doença viral transmitida por secreções respiratórias; É uma infecção imunopreveníveis co-

mum em viajantes. Nos trópicos, influenza ocorre durante todo o ano. Nos hemisférios norte e sul, influenza

ocorre durante os meses de inverno (dezembro a fevereiro ou abril-setembro, respectivamente), embora os

surtos de verão ocorreram em navios de cruzeiro.

• Vacinação contra a gripe é apropriado para todos os viajantes para destinos onde a gripe está sendo trans-

mitido naquele momento. Aqueles para os quais é especialmente importante incluem indivíduos com mais

de 50 anos de idade que viajam para regiões tropicais ou para o hemisfério norte ou sul, durante os meses de

inverno, e aqueles que viajam em navios de cruzeiro ou em grandes grupos.

Vacina contra tétano, difteria e coqueluche (70, 97, 171, 172)

• Todos os viajantes estão em risco de coqueluche, uma doença respiratória contagiosa causada por infecção

com Bordetella pertussis. Todos os adultos com idade entre 19-64 anos devem receber uma dose única de

DTpa, mesmo se dT de reforço foi administrada recentemente. dTpa também é recomendada para adultos

≥65 que têm contato próximo com crianças com idade inferior a um ano (como avós, prestadores de cuidados

infantis, e profissionais de saúde).

• O tétano é uma doença do sistema nervoso caracterizada por espasmos musculares causada pela bactéria

anaeróbia Clostridium tetani que produz toxinas e infecção, geralmente após lesão traumática. Todos os via-

jantes devem ter vacinação contra o tétano em curso.

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Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (70, 97, 171, 172)

• Os viajantes estão em risco de contrair sarampo e caxumba. O sarampo é uma doença viral altamente conta-

giosa transmitida por gotículas respiratórias, ocasionando complicações incluindo pneumonia, otite média e

encefalite. Vários casos de sarampo adquiridos de pacientes infectados em aeronaves voltando de destinos

internacionais foram relatados. A caxumba é uma doença viral contagiosa que leva ao inchaço doloroso das

glândulas salivares; complicações incluem orquite e comprometimento do sistema nervoso central.

• Crianças que viajam fora dos Estados Unidos devem receber a vacina mais cedo do que o calendário de imu-

nização padrão. Antes da partida, crianças de 12 meses de idade ou mais deve ter recebido duas doses da

vacina separadas por pelo menos 28 dias, sendo a primeira dose administrada após o primeiro aniversário.

Crianças com idade entre 6 a 11 meses devem receber uma dose da vacina tríplice viral antes da partida.

• A vacinação para adultos também está indicada.

• Vacinação tríplice viram é contraindicada em pacientes grávidas e imunocomprometidos.

Vacina contra Poliovírus (70, 97, 171, 172)

• A poliomielite é uma infecção viral transmitida por via fecal-oral, que pode afetar o sistema nervoso central,

levando à fraqueza muscular e paralisia flácida. Existem dois tipos de vacina contra a poliomielite: uma vacina

oral contra a poliomielite, contendo poliovírus vivos atenuados e uma vacina contra a pólio inativada.

• A partir de 2014, os vírus da pólio tipo selvagem persistiu em três países endêmicos (Paquistão, Afeganistão

e Nigéria) e em países recentemente reinfectados incluindo Somália, Quênia, Etiópia, Síria, Camarões, África

Equatorial, e o Iraque.

• É recomendado que os viajantes para áreas afetadas pelo poliovírus sejam vacinados contra a poliomielite,

com a série de vacinas adequadas à idade. Adultos que não são vacinadas ou cujo estado de vacinação não

está documentada devem receber uma série primária de vacinação.

A vacina contra varicela (70, 97, 171, 172)

• A varicela é uma infecção viral contagiosa transmitida por gotículas respiratórias, causando complicações

como pneumonia e encefalite. É endêmica na maioria dos países. A vacina contra varicela é recomendada

para todos os adultos e adolescentes não imunes.

• Em geral, paciente severamente imunocomprometidos não devem receber vacinas vivas. As vacinas vivas incluem

a vacina contra a febre amarela, febre tifoide oral, poliomielite oral, sarampo, caxumba e rubéola e varicela.

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76 Quais são as principais contraindicações e precauções da vacinação?

• As contraindicações a vacinação são raras e incluem reações de hipersensibilidade graves, como anafi-

laxia e complicações neurológicas graves.

• A administração de vacinas de vírus vivos em pacientes imunodeprimidos também é contraindicada.

• Algumas vacinas são contraindicadas na gestação e lactação (ver tópico específico)

• A vacinação deve ser evitada apenas se verdadeiras contraindicações estiverem presentes (178, 179).

Quais são as recomendações para administração de múltiplas vacinas?

A maioria das vacinas amplamente utilizadas podem ser administradas simultaneamente, em diferentes locais,

sem comprometer a eficácia.

LIMITAÇÕES DA COADMINISTRAÇÃO DE VACINAS

• Vacinas de vírus vivos devem ser administrados no mesmo dia ou imunização subsequente com vacina de vírus vivo deve ser atrasada um mês para evitar a preo-cupação teórica de que a resposta imune a um ou ambos podem ser negativamente afetados.

• Imunoglobulinas não deve ser administrada juntamente com vacinas de vírus vivos, porque os anticorpos administrados passivamente podem interferir na resposta da vacina (esta limitação não se aplica às vacinas inativadas ou oral contra a poliomie-lite e febre amarela).

• Se a administração de imunoglobulina (ou produtos sanguíneos que contenham quantidades significativas de imunoglobulina) torna-se necessária no prazo de 14 dias da administração da vacina viva, títulos de anticorpos de vacinação devem ser verificadas para garantir que a vacina viva foi eficaz, se não deverá ser repetida de 3 a 11 meses depois da vacinação inicial.

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O que fazer em casos de doses perdidas de vacina?

Em adultos, apesar da recomendação de que todos os esforços sejam feitos para aderir ao calendário de imuni-

zação, não é necessário reiniciar o conjunto de qualquer vacina quando o intervalo entre as doses é prolongado.

Imunizações subsequentes devem continuar no calendário de imunização originalmente recomendado.

• Durante a vacinação de um indivíduo, o intervalo mínimo entre as doses deve ser respeitado. Caso a dose

seja feita antes do tempo, a mesma deve ser repetida na data correta. Isto ocorre por existir a necessidade

de tempo mínimo para maturação das células imunes, para que a memória se instale adequadamente. Um

intervalo curto entre as doses pode diminuir a resposta imune e a memória imunológica. Deve-se respeitar

um intervalo mínimo de 30 dias entre a aplicação de duas vacinas atenuadas diferentes (devem ser feitas em

conjunto ou com intervalo de 30 dias).

• Dose recebida não é dose perdida; assim, esquemas vacinais não devem ser reiniciados e sim continuados,

com exceção aos imunossuprimidos.

• Em casos imprescindíveis (ex: intercâmbios), pode-se aplicar quantas vacinas forem necessárias ao mesmo

tempo, de preferência em locais diferentes (deltoides, vasto lateral da coxa).

• Doses não comprovadas de vacinas não devem ser consideradas, devendo ser refeitas.

O que fazer em casos nos quais o estado vacinal é desco-nhecido ou incerto?

Pode ser um desafio para o profissional determinar quais vacinas são necessárias. A maioria dos esquemas de

vacinação são realizados com registro em carteiras de vacinação, entretanto os registros de imunizações podem

não ser confiáveis e completos (180, 181). Além disso, a resposta à vacina pode ser subóptima porque as vacinas

foram inadequadamente armazenagem ou administradas ou o estado de saúde do paciente impossibilitou uma

resposta adequada (182).

Vários estudos que avaliaram o teste sorológico para verificar o estado vacinal ou resposta imune a doenças evi-

táveis por vacinação tem resultados inconsistentes (181).

Para pacientes que não têm um registro de imunização válido, ou cujo estado vacinal é desconhecido ou incerto,

pode ser realizado o teste sorológico para anticorpos das vacinas, a revacinação, ou uma combinação das duas

abordagens (181-184).

Os fatores a serem considerados na decisão incluem (185):

• A idade (quanto mais velho o paciente mais provável que possuirá imunidade).

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78 • O número de doses e visitas necessárias para a conclusão (levando em consideração o tempo e o custo de

visitas que podem não ser necessárias se o paciente for imune).

• A disponibilidade e o custo do teste sorológico.

Testes sorológicos

Os testes sorológicos podem ser realizados para avaliar se os pacientes têm níveis protetores de anticorpos de

imunização ou infecção passada para algumas doenças evitável por vacina. Os níveis protetores de anticorpos

podem evitar reimunização desnecessária. No entanto, o teste sorológico nem sempre é facilmente disponível e

pode ser caro (185).

Ressalvas adicionais em matéria de sorologia para antígenos específicos:

• Difteria, tétano, poliomielite e hepatite B - Ensaios para anticorpo para essas condições podem ser realiza-

dos em crianças ≥5 meses de idade.

• Coqueluche - Teste Sorológico não está amplamente disponível para coqueluche. No entanto, documentação

da imunidade contra a difteria e tétano pode ser utilizado como um marcador substituto para a imunidade

da coqueluche, por serem geralmente administrados em combinação (186). No entanto, deve ser levado em

consideração a idade e o nível de anticorpos da criança.

• H. influenzae tipo b - O teste sorológico para anticorpos para Hib também pode ser realizada em crianças ≥5 meses.

• Sarampo, caxumba, rubéola, varicela, hepatite A - Testes para anticorpos para essas condições não devem ser

realizados antes de 12 meses de idade, devido à possibilidade de anticorpos maternos persistentes.

Revacinação

Imunizações que não estão documentadas devem ser repetidas se o teste sorológico não é ou não pode ser feito.

Reimunização de pacientes com estado vacinal desconhecido ou incerto é uma alternativa para o teste sorológico.

Reimunização é um procedimento considerado seguro. No entanto, as crianças meno-res de sete anos não devem receber mais de seis doses de vacinas contra os toxóides difteria e tétano; toxóide diftérico, tetânico e coqueluche acelular; toxóide diftérico, tetânico e coqueluche celular, por causa do risco de resposta local e sistêmica. Para as crianças revacinadas contra a difteria, tétano e coqueluche que desenvolverem reações locais grave recomenda-se o teste sorológico para anticorpo IgG para tétano e difteria (187, 188).

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Como realizar o manejo das reações adversas pós-vaci-nação?

A maioria das vacinas são seguras, causando efeitos colaterais leves. O problema mais comum da imunização é a

oportunidade perdida de vacinação baseado em equívocos públicos sobre a segurança da imunização.

Muitas vacinas e toxóides causar efeitos secundários, tais como febre, reações no local da injeção, dentre outras.

Estas reações adversas podem ser causadas pela porção imunogénica da vacina ou por vestígios de antibióticos,

conservantes, estabilizantes e proteínas de origem animal residuais. Estes efeitos secundários não são conside-

rados verdadeiras contraindicações para a vacinação.

Reações adversas a vacinas incluem:

• Anafilaxia ou choque anafilático dentro de sete dias de qualquer vacina

• Encefalopatia, encefalite ou convulsões

• Febre

• Reações no local da injeção

Reações adversas importantes, a vacinas específicas incluem:

• Tétano - Neurite braquial dentro de 28 dias

• Coqueluche - Encefalopatia ou encefalite dentro de sete dias

• Sarampo, caxumba e/ou rubéola - Encefalopatia ou encefalite dentro de 15 dias

• Rubéola - Artrite crônica dentro de seis semanas

• Sarampo - Púrpura trombocitopênica dentro de 7 a 30 dias; deformação por infecção por sarampo em desti-

natários imunodeficientes no prazo de seis meses

• Poliomielite oral - Poliomielite paralítica ou deformação por poliomielite no prazo de 30 dias a seis meses

Reações alérgicas

As reações alérgicas graves a vacinas são raras e difíceis de prever.

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80 É importante distinguir as reações imunológicas a vacinas de acordo com o momento do aparecimento dos sin-

tomas, de modo a identificar reações mediadas por IgE (tipo I) e reações responsáveis por reações imediatas de

outros tipos, porque estas reações têm o risco de anafilaxia, se o paciente é exposto novamente, colocando em

risco a vida do paciente (207).

• As reações imediatas começam dentro de poucos minutos a uma hora após a administração. Reações media-

das por IgE são mais propensos a apresentar-se dentro deste período de tempo.

• Reações tardias aparecem várias horas ou dias após a administração. Estas reações podem ser causadas por

vários mecanismos diferentes, mas são raramente mediadas por IgE.

• As reações alérgicas imediatas, mediadas por IgE, podem envolver várias combinações de sinais e sintomas.

Os mais comuns são:

• Sintomas cutâneos, incluindo rubor, prurido, urticária e angioedema

• Sintomas respiratórios, incluindo corrimento nasal, congestão nasal, alteração na qualidade da voz,

sensação de fechamento da garganta ou engasgo, tosse, chiado e dispneia

• Sintomas cardiovasculares, incluindo fraqueza, síncope, estado mental alterado, palpitações e hi-

potensão

A forma mais grave de reação alérgica mediada por IgE é a anafilaxia. Anafilaxia é definida como uma reação alér-

gica sistêmica, de início rápido e que pode causar a morte (208). As reações anafiláticas às vacinas são raras (209).

Tipicamente, eles ocorrem quando uma pessoa desenvolve anticorpos IgE pré-formados para um componente de

vacina, mais do que para o próprio agente imunizante.

Quando anafilaxia ocorre após a administração de uma vacina, os pacientes geralmente desenvolvem sintomas

dentro de 5 a 30 minutos. Menos frequentemente, o aparecimento de sintomas de anafilaxia pode ser atrasado

até várias horas (210).

Reações vacinais tardias incluem reações comuns, como febre ou inchaço local, e várias reações raras. Estas po-

dem ser imunológicas ou não imunológicas.

• Febre - Febre e irritabilidade são comuns após a vacinação e não devem impedir doses adicionais da

mesma vacina no futuro (97).

• Reações locais - reações locais à vacinação, tais como inchaço e vermelhidão no local da injeção, são

comuns e autolimitadas. Estas não devem ser consideradas razões para evitar a administração de

doses adicionais da vacina (97). As reações locais podem ser tratadas com compressas frias para as

primeiras horas após os sintomas aparecem, ou paracetamol ou medicamentos anti-inflamatórios

não-esteroides (AINEs) se a dor ou inchaço forem problemáticos.

• Outras reações raras - reações imunológicas tardias incluem casos raros de nódulos persistentes

coceira no local da injeção a vacinas contendo alumínio que podem estar relacionados à hipersensi-

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bilidade retardada ao alumínio. Outra reação rara é encefalopatia, que é considerada não imunoló-

gica. Algumas dessas reações mais graves podem constituir contraindicações para novas doses de

vacinas específicas (97).

• Reações vasovagal - a administração da vacina pode provocar reações vasovagal (desmaio), particu-

larmente em pacientes que são propensos a esta resposta. Reações vasovagais são caracterizadas

por hipotensão, palidez, sudorese, fraqueza, náuseas, vômitos, bradicardia, e se for grave, perda de

consciencia.

Em pacientes que relatam passado desmaios em resposta à vacinação, é prudente administrar futuras vacinas

enquanto o paciente está deitado em decúbito dorsal.

• Reações aos constituintes da vacina - Muitos constituintes de vacinas podem ocasionar reações

alérgicas sistémicas, incluindo anafilaxia. As possíveis fontes de proteínas alergénicas em vacinas

incluem gelatina, ovos, frango, conservantes, agentes antimicrobianos, leveduras, e látex de borra-

cha natural.

Manejo das reações adversas

Manejo da dor

• Revisões sistemáticas indicam algumas opções não farmacológicas e farmacológicas isoladamente ou em

combinações eficazes na redução da dor causada pela injeção (189,199).

• Para as crianças, as opções não farmacológicas incluem a sacarose oral, aleitamento materno durante a

imunização, ou intervenções físicas (por exemplo, fraldas e chupetas) (195-198).

• Para crianças mais velhas, as opções não farmacológicas incluem exercícios de respiração; técnicas de dis-

tração; acariciamento e balanço (189,190).

• Opções farmacológicas, se indicadas, podem incluir os anestésicos tópicos aplicados 30 a 60 minutos an-

tes de injeção ou analgésicos por via oral antes ou após a imunização (200-202).

Manejo da febre

• A febre pós-vacinação pode ser atenuada pela administração de paracetamol no momento da imunização

(200-202). No entanto, esta prática pode ser associada com uma redução da resposta da vacina (203).

• A relativa falta de efeito sobre a febre clinicamente significativa e a potencial redução da resposta imune

(com significado clínico desconhecido) devem ser avaliados levando em consideração a relação risco-be-

nefício quando se considera a administração de paracetamol profilático (204-206).

Mais detalhes sobre manejo de sintomas relacionados à vacinação são tratados no Manual 6: Autocuidado.

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82 Como deve ser o procedimento de vacinação?

A maioria das vacinas adultas são administradas por via intramuscular ou por via subcutânea, normalmente em,

ou sobre o músculo deltoide. Injeções intramusculares no deltoide devem ser administradas com uma agulha

de 1 a 1,5 polegadas para alcançar pelo menos 5 mm de penetração muscular. A nádega deve ser evitada para

a administração das vacinas de rotina, exceto para grandes injeções de volume de imunoglobulina, porque imu-

nogenicidade de algumas vacinas (hepatite B, por exemplo) é significativamente menor quando administrada na

região glútea (97, 211, 212).

A injeção subcutânea deve ser administrada com uma agulha de calibre 23 a 25, com um comprimento da

agulha de 5/8 a 3/4 de polegada. A utilização de outros que não os especificados na bula não são recomen-

dados (97, 211, 212).

As vacinas injetáveis devem ser administradas utilizando técnica asséptica e uma agulha e uma seringa diferente

devem ser usadas para cada injeção. O local de injeção deve ser o mais livre possível de risco de lesão local, neural,

vascular ou tecidual. A parte anterolateral da coxa é o local preferido para a injeção em crianças menores de 12

meses. A parte anterolateral da coxa e o deltoide, parte superior do braço, podem ser utilizados para crianças

com idade superior a 12 meses; o vasto lateral da coxa é o preferido para crianças menores de três anos. A região

deltoide do braço é o local preferido para os adolescentes e adultos jovens (97, 211, 212).

Quando várias vacinas são necessárias em uma única visita, locais separados devem ser usados, se possível. No

entanto, se necessário, duas ou mais vacinas podem ser dadas na mesma parte (normalmente o vasto lateral da

coxa). As injeções devem ser separadas por, pelo menos, uma polegada (se possível) para evitar a sobreposição

de reações locais.

As agulhas utilizadas para injeções intramusculares devem ser longas o suficiente para alcançar a massa muscu-

lar, diminuindo assim o risco de reação local. No entanto, elas não devem ser muito longas para não atingir nervos

subjacentes, vasos sanguíneos ou osso (97, 211, 212).

É necessário que após a administração das vacinas os farmacêuticos registrem na Declaração de Serviços Farma-

cêuticos os seguintes dados:

• Tipo de vacina e dose

• Via de administração

• Data em que a vacina foi administrada

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• Data da próxima dose

• Fabricante e número do lote

• Nome e título da pessoa que administrou a vacina

• Estabelecimento onde foi feita a vacina.

É possível vacinação pós-exposição ao agente infectante?

Em situações de exposição de pessoas suscetíveis (não vacinadas) a determinado agente infectante, devemos

observar o tempo de incubação do agente para então tomar uma conduta adequada.

Se o período de incubação da doença for curto, deve-se empregar as imunoglobulinas, pois não haveria tempo

necessário para formação de anticorpos.

No entanto, quando o tempo de incubação da doença é maior do que o tempo necessário para gerar resposta

imune adequada, com produção de anticorpos, pode-se empregar a vacinação de bloqueio (vacina pós-exposi-

ção) ao invés da administração de imunoglobulinas. Pode-se utilizar este último tipo de estratégia em casos de

hepatites A e B, varicela e sarampo.

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PARTE Protocolo de Atendimento

O objeti vo do atendimento farmacêuti co no programa imunização é orientar os pa-

cientes sobre suas necessidades vacinais e administrar as vacinas necessárias. Para

isso, cada atendimento consiste de 3 passos, conhecidos como os “3 As”: acolher,

avaliar e aconselhar.

AcolherIdenti fi que as pessoas que podem se benefi ciar com o serviço. Apresente o ser-

viço. Observe as necessidades do paciente relacionadas a imunização. Escute

atentamente. Perceba as preferencias do paciente. Agende o atendimento. Ga-

ranta conforto e privacidade para todos os atendimentos, desde o primeiro.

AvaliarConheça o paciente. Diferencie pessoas com calendário de vacinação atualizado,

daquelas com pendências no esquema de vacinação. Determine a necessidade de

vacinação do paciente, identi fi cando as vacinas a serem aplicadas na farmácia, as

próximas datas para vacinação, e a necessidade de retorno para o esquema de

vacinação do paciente. Colete dados sobre fatores de risco e condições de saúde

que podem contraindicar alguma vacina ou exigir medidas específi cas. Oriente

sobre o manejo de reações adversas pós-vacinação.

AconselharOriente o paciente, ou seu cuidador, sobre quais vacinas são necessárias. Certi fi -que-se de que o paciente entendeu suas orientações e está disposto a segui-las. Administre as vacinas conforme necessidade. Entregue a declaração de serviço farmacêuti co, contendo reforço das orientações. Entregue a carteira de vacina-ção atualizada ao paciente. Encaminhe informações ao médico nos casos neces-sários. Marque uma agenda de retorno para cumprir o esquema de vacinação nos casos necessários. Oriente sobre o manejo das reações adversas mais comuns.

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PASSO 1. ACOLHERComo identifi car os clientes para o serviço?

Como vimos, a imunização é necessária nas diferentes populações, nos diferentes ciclos de vida e em diferen-

tes situações. É desejável que as pessoas tenham seu calendário de vacinação completo e atualizado periodica-

mente. Portanto, atraso no calendário de vacinação - ausência de aplicação de alguma vacina ou dose de alguma

vacina quando necessária - já qualifi ca o paciente para benefí cios de um primeiro atendimento e orientação. A

ocorrência de reações adversas pós-vacinação também qualifi ca o paciente para benefí cios do atendimento far-

macêuti co. Além disso, mesmo que o paciente tenha o calendário atualizado, é importante orientar e acompa-

nhar a aplicação das próximas vacinas.

Assim, os principais grupos de pacientes que podem se benefi ciar do serviço incluem pacientes com calendário

de vacinação atrasado, incorreto ou incompleto, pacientes com estado vacinal desconhecido ou incerto, pacien-

tes apresentando reações adversas pós-vacinação, e pacientes com necessidade de orientação e acompanha-

mento do esquema de vacinação..

Pacientes com calendário de vacinação atrasado, incorreto ou incompleto

Pacientes com estado vacinal desconhecido ou incerto

Pacientes apresentando reações adversas pós-vacinação

Pacientes que vão viajar para lugares que exigem imunização

Pacientes com necessidade de orientação e acompanhamento do esquema de vacinação

PÚBLICO-ALVO: PROGRAMA IMUNIZAÇÃO

A identi fi cação dos pacientes pode ser realizada através de uma autotriagem, ou triagem direcionada pelo far-

macêuti co, com objeti vo de identi fi car as demandas necessárias a cada paciente. Para tal, uma simples pergunta

pode ser respondida pelo paciente, no próprio balcão da farmácia:

Sua vacinação (ou do seu fi lho/a) está em dia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei

Page 86: Manual 5 - MIOLO 2016/2017 Completo€¦ · Esta coleção de Manuais tem por objeti vo fornecer as diretrizes para a oferta e manutenção de uma carteira de serviços, bem como

86 Esta abordagem funciona para oferta do serviço, e não altera o protocolo de avaliação, uma vez que o paciente

tenha se interessado pelo serviço. A avaliação inicial de qualquer paciente deve incluir determinação das neces-

sidades relacionados à vacinação.

A forma de interpretar as respostas dos pacientes ao processo de triagem pode ser visto no fluxograma a seguir:

• Pacientes com calendário de vacinação atrasado, incor-reto ou incompleto.• Pacientes com estado vacinal desconhecido ou incerto• Pacientes que vão viajar para lugares que exigem imuni-zação• Pacientes com necessidade de acompanhamento do esquema de vacinação

Siga protocolo Foco na avaliação das

necessidades vacinais e orientação

Foco na orientação sobre o serviço de vacinação

Realizar avaliação das necessidades vacinais conforme calendário recomendado. Pode ser

atendido no momento ou agendado.

Pode ser fornecida cateira de vacinação do serviço e divulgado o serviço para

vacinações futuras

Não/ Não sei

Identificação do paciente

Sua vacinação (ou do seu filho/a está

em dia?)

Sim

Pessoas que reportam saber as próximas doses de vacina e que possuem o calendário de vacinação atualizado po-

dem se beneficiar do serviço por meio de orientações sobre o esquema de vacinação e acompanhamento das próxi-

mas doses de vacina. Para os pacientes com calendário de vacinação atrasado, incorreto ou incompleto, pacientes

com estado vacinal desconhecido ou incerto, pacientes apresentando reações adversas pós-vacinação, o foco será

a avaliação das necessidades relacionadas a vacinação, aplicação de vacinas, se necessário, e orientação e acom-

panhamento do esquema de vacinação. Para detalhes sobre como proceder em cada caso, veja o Passo 2: ‘Avaliar”.

Como a equipe da farmácia pode ajudar?

Todo o pessoal da farmácia deve estar apto a descrever e oferecer os serviços farmacêuticos ao público-alvo.

Para tal, treinamento pode ser oferecido pelo farmacêutico, esclarecendo os principais objetivos do programa

imunização.

Os balconistas e técnicos devem abordar os pacientes cordialmente, investigando o interesse dos mesmos, des-

tacando os benefícios de cada serviço. Considere, como exemplo, os diálogos sugeridos no Manual 1: Hiperten-

são em Dia. Veja a seguir um exemplo específico:

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Senhora, vi que seu filho está em uma idade que exige muitas vacinas im-

portantes para a prevenção de vários problemas de saúde. A senhora sabe

que temos um programa específico para imunização? Aplicamos vacinas,

atualizamos a carteira de vacinação e acompanhamos o esquema de vaci-

nação. Vamos fazer uma avaliação?

Como deve ser o local de atendimento?A qualidade do lugar onde o atendimento é realizado é uma parte importante do acolhimento. A farmácia deve

dispor de um espaço adequado para atendimento privado de pacientes. No balcão, é aceitável conversar e infor-

mar pacientes sobre suas prescrições ou sobre automedicação, mas não é possível desenvolver um atendimento

clínico de alta qualidade em pé no balcão.

Segundo as normas de boas práticas de farmácia da ANVISA, o ambiente destinado ao cuidado farmacêutico

deve ser diverso daquele destinado à dispensação e à circulação de pessoas em geral, devendo o estabelecimento

dispor de espaço específico para esse fim. As características gerais deste ambiente apropriado para a prestação

de serviços farmacêuticos são discutidas no Manual 1: Hipertensão em Dia.

As normas técnicas específicas para a Sala de Vacinação incluem o Manual de Procedimentos para Vacinação

(Funasa / Ministério da Saúde, 2001), o Manual de Rede de Frio (Funasa / Ministério da Saúde, 2001). Até o fe-

chamento desta publicação, todavia, a ANVISA ainda não havia se manifestado sobre que normas específicas as

farmácias e drogarias deverão seguir com relação à infraestrutura necessária para a vacinação.

O que fazer quando o paciente apresenta uma reação pós-vacinal?

Pacientes que já passaram pelo serviço de imunização e receberam uma ou mais vacinas (conforme necessidade)

podem retornar à farmácia com queixas de reações pós-vacinais. Ao longo deste manual, você pode observar as rea-

ções adversas mais comuns (e menos graves) e as mais raras (e mais graves) referentes a cada vacina. Estas demandas

podem ser acolhidas como um sintoma menor, no qual você deverá se certificar de que a gravidade do caso pode ser

amenizada com uso de medicamentos isentos de prescrição médica ou medidas não-farmacológicas. Por outro lado,

casos com maior gravidade, por exemplo, reações adversas incomuns ou de intensidade moderada a grave, devem

ser encaminhadas ao médico. Para detalhes sobre como realizar esta avaliação, consulte o Manual 6: Autocuidado.

Page 88: Manual 5 - MIOLO 2016/2017 Completo€¦ · Esta coleção de Manuais tem por objeti vo fornecer as diretrizes para a oferta e manutenção de uma carteira de serviços, bem como

88 PASSO 2. AVALIARComo fazer a avaliação do paciente?

Como dito anteriormente, a avaliação inicial do paciente deve incluir determinação das necessidades relacio-

nados à vacinação, seguida da administração das vacinas, quando necessário. Este protocolo consiste em uma

avaliação breve, que deve ser realizada em até 20 minutos de atendimento.

Avaliação passo-a-passo:

Receba o paciente na sala de serviços farmacêuticos (ou vacinação) e acomode-o sentado. Explique o

que será feito.

Explique rapidamente os objetivos do serviço e o que será feito. Explique que irá coletar alguns dados im-

portantes para a avaliação, que depois serão entregues ao próprio paciente no laudo que será elaborado

(declaração de serviço farmacêutico). Explique que este laudo pode ser entregue ao médico e constitui um

documento da saúde do paciente.

Pergunte os dados pessoais básicos.

Os dados básicos são nome completo, sexo, idade e uma forma de contato, seja endereço residencial, te-

lefone e/ou e-mail.

Avalie as necessidades do paciente relacionadas a vacinação.

Determine se o calendário de vacinação do paciente está atrasado, incompleto ou incorreto, se o estado

vacinal é desconhecido ou incerto, se o paciente necessita de aplicação de alguma dose de vacina, ou se

necessita de orientação e acompanhamento do esquema de vacinação. Use o calendário de vacinação da

Sociedade Brasileira de Imunização (2015) como referência para crianças, adolescentes, adultos e ido-

sos. Lembre-se que este calendário é mais amplo do que aquele recomendado pelo Ministério da Saúde

e fornecido pelo SUS. Assim, algumas vacinas que o paciente necessita podem ser fornecidas pelo SUS. O

paciente deve ser informado deste fato, antes de decidir pela aquisição da vacina.

Pergunte sobre condições que podem contraindicar a vacinação.

O objetivo é determinar se o paciente possui condições clínicas específicas que podem contraindicar algu-

ma vacina, adiar alguma dose ou exigir medidas específicas. Nestes casos, o paciente deve ser encaminha-

do ao médico ou serviço de saúde para avaliação, antes da administração de vacinas.

1.

2.

3.

4.

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90 PASSO 3. ACONSELHAR

A partir da avaliação realizada, decida se o paciente necessita de atualização do calendário de vacinação, aplicação

de dose de alguma vacina, ou orientação e acompanhamento do esquema de vacinação. É importante aconselhar

o paciente sobre manter seu calendário de vacinação atualizado e completo. Além disso, converse com o paciente

sobre a necessidade ou não de acompanhamento da aplicação das próximas vacinas e se o paciente possui interesse

e disponibilidade de retornar à farmácia para avaliações periódicas, a depender do calendário de vacinação.

O farmacêutico deve confirmar se o paciente entendeu suas orientações e está disposto a segui-las, entregar a de-

claração de serviço farmacêutico, contendo reforço das orientações, e entregar a carteira de vacinação do paciente.

Oriente seu paciente sobre o esquema de vacinação preconizado pela Sociedade Brasileira de Imunização adequado ao caso do paciente

Mostre as vacinas que são fornecidas também pelo SUS e que coincidem com sua necessidade vacinal. Esclareça as diferenças e a importância de cada uma das vacinas preconizadas.

Entre em acordo com o paciente e decida quais vacinas serao aplicadas.

Aconselhe o paciente sobre o que fazer quando reações adversas pós-vacinação ocorrerem. Recomende que entre em contato ou retorne à farmácia no casos de sintomas indesejados.

Oriente o paciente sobre as doses das próximas vacinas. Acorde com o paciente um cronograma específico para ele, das suas vacinas na farmácia.

Aconselhe ao paciente sobre o que fazer se, por acaso, atrasar alguma dose ou vacina.

QUAL DEVE SER O CONTEÚDO DA MINHA ORIENTAÇÃO?

Como devo realizar a administração da vacina?

Cada vacina tem recomendações específicas sobre administração, seja por via oral ou parenteral. Consulte neste

manual as recomendações específicas em cada produto.

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Como realizar o encaminhamento ao médico nos casos necessários?

O encaminhamento deve ser feito sempre por escrito. Para facilitar o processo, utilize a própria Declaração de

Serviço Farmacêutico para fazer este encaminhamento. Este documento conterá a sua avaliação do paciente e as

informações que você deseja passar ao médico sobre o caso.

Use este documento também nos encaminhamentos de urgência. Destaque no texto que o paciente necessita

avaliação médica com urgência. Para ver um exemplo sobre como redigir um encaminhamento ao médico, con-

sulte o Manual 1: Hipertensão em Dia.

Quando é importante acompanhar o paciente?

O serviço de imunização não pressupõe a realização de acompanhamento do paciente. Nos casos em que uma

determinada vacina exija múltiplas doses, acompanhe este paciente até o fechamento do esquema vacinal. Da

mesma forma, caso um paciente já vacinado apresenta reações adversas pós-vacinação, será importante seu

acompanhamento, a fim de se certificar de que o desfecho será positivo. Neste caso, siga recomendações do

Manual 6: Autocuidado.

Devo fornecer declaração de serviço farmacêutico?

A DSF é uma exigência da Anvisa, estabelecida na Resolução no 44 de 2009. Trata-se de um padrão de qualidade

do serviço fornecer material escrito ao paciente, que materialize e documente o atendimento farmacêutico.

A DSF deve conter os dados completos do estabelecimento, a identificação do paciente e deve ser datada, ca-

rimbada e assinada pelo farmacêutico. O conteúdo da declaração pode ser uma síntese do procedimento e, no

caso de medicamento administrado, conforme exigências da RDC 44/09 e outras que possam existir pela VISA

dos Estados. É importante considerar também a Resolução 574, de 22 de maio de 2013, do Conselho Federal de

Farmácia, que trata especificamente da dispensação a aplicação de vacinas em farmácias e drogarias. Seguindo

a RDC 44, os dados mínimos na DSF de cada vacina administrada devem ser:

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921. Nome comercial da vacina e nome comum;

2. Via de administração;

3. Número do lote e data de validade; e

4. Número de registro na Anvisa.

5. Orientação farmacêutica fornecida ao paciente/usuário.

Considerando que as vacinais, em sua grande maioria, são administrados por via parenteral, forneça ao paciente

a DSF padrão do seu estabelecimento para aplicação de injetáveis. Uma DSF deve ser fornecida para cada proce-

dimento realizado.

Devo fornecer uma carteira de vacinação?

Sim. A carteira de vacinação deve ser fornecida juntamente com a DSF. A carteira é fornecida na primeira avalia-

ção e usada pelo paciente dali em diante. A DSF deve ser fornecida a cada vacinação administrada, por exigência

sanitária. Recomendamos que a farmácia desenvolva seu modelo de carteira de vacinação, condizente com a

cultura e identidade visual da empresa. Há também a possibilidade de utilizar aplicativos de celular, e a farmácia

pode até oferecer seu próprio aplicativo.

Na página a seguir veja modelos da carteira de vacinação que podem ser adotados pela farmácia para vacinação

de crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Devo usar o diário de saúde para estes pacientes?

O uso de um diário de saúde, onde o paciente pode manter um registro de parâmetros, consultas realizadas, lista

dos medicamentos, medidas não-farmacológicas, entre outros, é uma estratégia poderosa para estimular o au-

tocuidado e a autogestão das condições crônicas. No contexto da imunização, este diário poderá ser útil apenas

se o seu paciente for também portador de doenças crônicas e seja cliente de algum outro serviço específico da

farmácia. Nestes casos, a carteira de vacinação contida dentro do diário poderá ser útil para registro das imuni-

zações realizadas e substitui a entrega de uma carteira de vacinação separada.

Recomende ao paciente que traga para a farmácia o diário da saúde sempre que tiver uma consulta com o farma-

cêutico, ou quando for receber uma vacinação especifica.

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Vacinas Homens: Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Hepatites A e B, HPV, Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto / Difteria, tétano e coqueluche, Varicela (catapora), Influenza (gripe), Meningocócica conjugada ACWY, Febre amarela, Pneu-mocócica conjugada, Herpes zoster.

Vacinas Mulher: HPV, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola),

Hepatites A e B, Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto / Difteria, tétano e coqueluche, Varicela (catapora) , Influenza (gri-pe), Febre amarela, Meningocócica conjugada ACWY, Pneumocócica conjugada, Herpes zoster.

Vacinas Idoso: Influenza (gripe), Pneumocócicas (VPC13) e Pneumocócica 23 valente (VPP23), Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) / Difteria, tétano e coqueluche, Hepatites A e B, Febre amarela, Meningocócica conjugada ACWY, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Herpes zoster.

Vacinas ocupacional: Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Hepatites A e B, HPV, Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa ou dTpa-VIP), Varicela (catapora), Influenza (gripe), Meningocócica conjugada, Febre amarela, Raiva, Febre tifoi-de, Poliomielite inativada.

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ANOTAÇÕES

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Mudanças no calendário oficial de vacinação do Ministério da Saúde - Janeiro de 2016

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114

Vacinas Recomendações, esquemas e cuidados especiais

BCG ID (1)

Em recém-nascidos (RNs) com peso maior ou igual a 2.000 g.Se peso de nascimento inferior a 2.000 g, adiar a vacinação até que o RN atinja peso maior ou igual a 2.000 g.

Hepatite B (2) Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida. Quatro doses em RNs nascidos com peso inferior a 2.000 g.

Pro�laxia do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) (3) Recomendada para prematuros e crianças de maior risco.

Pneumocócica conjugada (4)

Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses), respeitando a idade cronológica. Três doses: aos 2, 4 e 6 meses e um reforço entre 12 e 15 meses.

Poliomielite (6) Utilizar somente vacina inativada (VIP) em RNs internados em unidades neonatais.

Rotavírus (7) Não utilizar a vacina em ambiente hospitalar.

Tríplice bacteriana (difteria, tétano, coqueluche) – DTPw e DTPa (8)

Utilizar preferencialmente vacinas acelulares.

Haemophilus influenzae tipo b (9)

A combinação da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa) com a Hib e outros antígenos são preferenciais, pois permitem a aplicação simultânea e se mostraram e�cazes e seguras para os RNPTs.

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO PREMATURORecomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2015/2016

OBSERVAÇÕES:

RECÉM-NASCIDO HOSPITALIZADO: deverá ser vacinado com as vacinas habituais, de acordo com a idade cronológica, desde que clinicamente estável. Não usar vacinas de vírus vivos: pólio oral e rotavírus.

PROFISSIONAIS DA SAÚDE E CUIDADORES: todos os funcionários da Unidade Neonatal, pais e cuidadores devem ser vacinados para in�uenza, varicela (se suscetíveis) e coqueluche, a �m de evitar a transmissão dessas infecções ao RN.

VACINAÇÃO EM GESTANTES E PUÉRPERAS: a imunização da gestante para in�uenza (em qualquer idade gestacional) e coqueluche, entre a 27ª e 36ª semana de idade gestacional – em todas as gestações – constitui excelente estratégia na prevenção dessas doenças em recém-nascidos nos primeiros seis meses de vida, época em que eles ainda não estão adequadamente imunizados e mais vulneráveis às formas graves.

A prevenção do tétano neonatal não deve ser esquecida, e o momento do puerpério é oportuno para receber as vacinas para doenças para as quais a puérpera seja suscetível: hepatite B, hepatite A, rubéola, sarampo, caxumba e varicela.

VACINAÇÃO DE CONTACTANTES: a prevenção de doenças infeciosas em lactentes jovens e prematuros pode ser obtida com a vacinação de crianças, adolescentes e adultos que têm contato frequente com eles (mãe, pai, irmãos, avós, babás, e outros) – que podem ser fontes, principalmente, das seguintes infecções imunopreveníveis: coqueluche, in�uenza, varicela, sarampo, caxumba e rubéola. A vacinação desses contactantes, inclusive a mãe, deve se dar o mais precocemente possível.

01/09/2015 • Sempre que possível, preferir vacinas combinadas • Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita • Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente • Eventos adversos signi�cativos devem ser noti�cados às autoridades competentes • Algumas vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de comorbidades ou em outra situação especial. Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

Comentários numerados devem ser consultados.

As demais vacinas do Calendário de vacinação SBIm criança devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica.

PR

EM

AT

UR

O

COMENTÁRIOS

1. BCG ID: deverá ser aplicada o mais precocemente possível, de preferência ainda na maternidade, em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2.000 g. Em caso de suspeita de imunode�ciência ou recém- -nascidos cujas mães �zeram uso de biológicos durante a gestação, consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

2. HEPATITE B: Os RNs de mães portadoras do vírus da hepatite B devem receber ao nascer, além da vacina, imunoglobulina especí�ca para hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 mL via intramuscular, logo após o nascimento, até, no máximo, o sétimo dia de vida. A vacina deve ser aplicada via IM no vasto lateral da coxa e a HBIG na perna contralateral. Em função da menor resposta à vacina em bebês nascidos com menos de 2.000 g, recomenda-se completar o esquema de quatro doses (0 - 1 - 2 - 6 meses).

3. PROFILAXIA DO VSR: Utiliza-se um anticorpo monoclonal especí�co contra o VSR, o palivizumabe, que deve ser aplicado em prematuros nos meses de maior circulação do vírus, que depende da região do Brasil: • região Norte, de janeiro a junho; • região Sul, de março a agosto; • regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, de fevereiro a julho.

Estão recomendadas doses mensais consecutivas de 15 mg/kg de peso, via intramuscular, até no máximo cinco aplicações para os seguintes grupos:• RN prematuro com idade gestacional inferior a 29 semanas, até 1 ano de vida.• RN prematuro com idade gestacional entre 29 e 31 6/7 semanas, até 6 meses de vida.

O uso em portadores de doença pulmonar crônica da prematuridade e cardiopatias congênitas, independente da idade gestacional ao nascer e desde que em tratamento dessas condições nos últimos seis meses, está indicado até o segundo ano de vida.

O palivizumabe deve ser aplicado também nos bebês hospitalizados que estejam contemplados nessas recomendações.

4. PNEUMOCÓCICA CONJUGADA: Recém-nascidos pré-termo (RNPTs) e de baixo peso ao nascer apresentam maior risco para o desenvolvimento de doença pneumocócica invasiva, que aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascimento. O esquema deve ser iniciado o mais precocemente possível, de acordo com a idade cronológica.

5. INFLUENZA: Respeitar a idade cronológica e a sazonalidade da circulação do vírus. Preferencialmente utilizar vacinas quadrivalentes.

6. POLIOMIELITE: A SBIm recomenda que todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar a vacina oral (VOP) em crianças hospitalizadas.

7. ROTAVÍRUS: Por se tratar de vacina de vírus vivos atenuados, a vacina rotavírus só deve ser realizada após a alta hospitalar, respeitando-se a idade máxima limite para administração da primeira dose (3 meses e 15 dias).

8. TRÍPLICE BACTERIANA: A utilização de vacinas acelulares reduz o risco de eventos adversos. Em prematuros extremos, considerar o uso de analgésicos/antitérmicos pro�láticos com o intuito de reduzir a ocorrência desses eventos, especialmente reações cardiovasculares.

9. HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO b: Na rede pública, para os RNPTs extremos, a DTPa é disponibilizada pelos Centros de Referência para Imunológicos Especiais (Cries) e, nesses casos, a conduta do Ministério da Saúde é adiar a aplicação da vacina Hib para 15 dias após a DTPa. O reforço da vacina Hib deve ser aplicado nessas crianças aos 15 meses de vida.

htt p://www.sbim.org.br/vacinacao/

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇARecomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2015/2016

VACINAS

DO NASCIMENTO AOS 2 ANOS DE IDADE DOS 2 AOS 10 ANOSDISPONIBILIZAÇÃO

DAS VACINAS

Aonascer

1 mês

2meses

3meses

4meses

5meses

6meses

7meses

8meses

9meses

12meses

15meses

18meses

24 meses

4anos

5anos

6anos

9anos

10anos

Gratuitas na rede pública

Clínicas privadasde vacinação

BCG ID(1) Dose única SIM SIM

Hepatite B (2) 1ª dose 2ª dose (C) 3ª dose (C) SIM SIM

Tríplice bacteriana(DTPw ou DTPa) (3) 1ª dose (C) 2ª dose (C) 3ª dose (C) REFORÇO (C) REFORÇO (C)

REFORÇO

dTpaDTPw DTPa e dTpa

Haemophilus in�uenzae tipo b (4) 1ª dose (C) 2ª dose (C) 3ª dose (C) REFORÇO (C) SIM, para as três

primeiras dosesSIM

Poliomielite(vírus inativados) (5) 1ª dose (C) 2ª dose (C) 3ª dose (C) REFORÇO (C) REFORÇO (C)

SIM, VIP para as duas primeiras doses e

VOP nos maiores de 6 meses

SIM, somente nas apresentações

combinadas com DTPa e dTpa

Rotavírus (6) Duas ou três doses, de acordo com o fabricante

SIM, vacina monovalente

SIM, vacina monovalente e pentavalente

Pneumocócica conjugada (7) 1ª dose 2ª dose 3ª dose REFORÇO

SIM, VPC10 para menores de 2 anos

SIM

VPC10 e VPC13

Meningocócicas conjugadas (8) MenC MenC MenACWY MenACWY

SIM, MenC para menores de 2 anos

SIM, MenC e MenACWY

Meningocócica B (9) 1ª dose 2ª dose 3ª dose REFORÇO NÃO SIM

In�uenza (gripe) (10) Dose anual. Duas doses na primovacinação antes dos 9 anos de idade. SIM, para menores de

5 anosSIM

Poliomielite oral (vírus vivos atenuados) (5) D IAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO SIM NÃO

Febre amarela (11) 1ª dose2a

doseSIM SIM

Hepatite A(12) 1a dose 2a dose

Dose única para crianças de 12

meses até 23 meses e 29 dias

SIM

Tríplice viral (sarampo,caxumba e rubéola) (13,15) 1ª dose (C) 2ª dose (C) SIM SIM

Varicela (catapora) (14,15) 1ª dose (C) 2ª dose (C)

SIM Dose única aos

15 mesesSIM

HPV (16) Três doses

SIM. Vacina HPV6,11,16,18 para meninas menores de

13 anos 11 meses e 29 dias

SIM

Vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa)

ROTINA NÃO SIM

(C) = vacina combinada disponível.

19/11/2015 • Sempre que possível, preferir vacinas combinadas • Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita • Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente • Eventos adversos signi�cativos devem ser noti�cados às autoridades competentes • Algumas vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de comorbidades ou em outra situação especial. Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

Comentários numerados devem ser consultados.

CR

IAN

ÇA

htt p://ww

w.sbim

.org.br/vacinacao/

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Vacinas Esquemas e recomendações Comentários

DISPONIBILIZAÇÃO DAS VACINAS

Gratuitas na rede pública

Clínicas privadas de vacinação

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

É considerado protegido o adolescente que tenha recebido duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes. Até 12 anos de idade, considerar a aplicação de vacina combinada quádrupla viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela – SCRV).

SIM SCR

SIM SCR E SCRV

Hepatites A, B ou A e B

Hepatite A: duas doses, no esquema 0 - 6 meses. • Adolescentes não vacinados na infância para as hepatites A e B devem ser vacinados o mais precocemente possível para essas infecções.

• A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

• Hepatite B – recomendada para gestantes.

NÃO SIM

Hepatite B: três doses, esquema 0 - 1 - 6 meses. SIM SIM

Hepatite A e B: para menores de 16 anos: duas doses aos 0 - 6 meses; A partir de 16 anos: três doses aos 0 - 1 - 6 meses.

NÃO SIM

HPV

Se não iniciado o esquema de vacinação aos 9 anos, a vacina HPV deve ser aplicada o mais precocemente possível. O esquema de vacinação para meninas e meninos é de três doses: 0 - 1 a 2 - 6 meses. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou esquema de vacinação estendido: 0 - 6 - 60 meses para meninas de 9 a 13 anos.

Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16 e 18, licenciada para ambos os sexos; e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas. Vacina contraindicada em gestantes.

SIM. Vacina HPV6,11,16,18

para meninas de 9 a 13 anos, 11 meses e 29 dias

SIM HPV6,11,16,18

e HPV16,18

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) / Difteria, tétano e coqueluche

Dupla adulto (dT) / Difteria, tétano

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: um reforço dez anos após a última dose.

• Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT.• O uso da vacina dTpa, em substituição à dT, para adolescentes e adultos,

objetiva, além da proteção individual, a redução da transmissão da Bordetella pertussis, principalmente para suscetíveis com alto risco de complicações, como os lactentes.

• Considerar antecipar reforço com dTpa para cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertussis para adolescentes contactantes de lactentes.

• Para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica recomenda-se a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP).

• dTpa-VIP pode substituir dTpa, inclusive em gestantes.• Gestantes: recomendada uma dose de dTpa entre 27ª e 36ª semanas de

gestação.

SIMdT para todos.

dTpa para gestantes

SIM dTpa e dTpa-

-VIP

Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Varicela (catapora)

Para suscetíveis: duas doses. Para menores de 13 anos: intervalo de três meses.A partir de 13 anos: intervalo de um a dois meses.

Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes. Até 12 anos de idade, considerar a aplicação de vacina combinada quádrupla viral (SCRV). Contraindicada para gestantes.

NÃOSIM

varicela e SCRV

In�uenza (gripe) Dose única anual.Desde que disponível, a vacina in�uenza 4V é preferível à vacina in�uenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

SIMpara grupos

de riscoSIM

Meningocócica conjugada ACWY

Para não vacinados na infância: duas doses com intervalo de cinco anos.Para vacinados na infância: reforço aos 11 anos ou cinco anos após o último reforço na infância.

Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

NÃO SIM

Meningocócica B Duas doses com intervalo de um mês. Não se conhece ainda a duração da proteção conferida e, consequentemente, a necessidade de dose(s) de reforço.

NÃO SIM

Febre amarelaUma dose para residentes ou viajantes para áreas de vacinação (de acordo com classi�cação do MS e da OMS). Se persistir o risco, recomenda-se uma segunda dose dez anos após a primeira.

• Uma dose para viajantes para áreas de risco ou para atender a exigências sanitárias de determinadas viagens internacionais (pelo menos dez dias antes da viagem).

• Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes. Quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

• Em gestantes: ler Comentário (6) no Calendário SBIm da Mulher.

SIM SIM

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTERecomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2015/2016

19/11/2015 • Sempre que possível, preferir vacinas combinadas • Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita •Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente •Eventos adversos signi�cativos devem ser noti�cados às autoridades competentes •Algumas vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de comorbidades ou em outra situação especial. Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

Para de�nir vacinas e esquemas de doses na adolescência, considerar o passado vacinal.

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117

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA MULHERRecomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2015/2016

Vacinas Esquemas e recomendações Não gestante Gestante Puérpera

DISPONIBILIZAÇÃO DAS VACINAS

Gratuitas na rede pública

Clínicas privadas de vacinação

HPV (1)

Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos; e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade. Três doses: 0 - 1 a 2 - 6 meses.

SIM Contraindicada SIM NÃO SIM

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) (2)

É considerada protegida a mulher que tenha recebido duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

SIM Contraindicada SIMSIM, até os

49 anosSIM

Hepatites A, B ou A e B (3)

Hepatite A: duas doses, no esquema 0 - 6 meses. SIMConsiderar nas suscetíveis (3) SIM NÃO SIM

Hepatite B: três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. SIM Recomendada SIM SIM SIM

Hepatite A e B: três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. SIMConsiderar nas suscetíveis (3) SIM NÃO SIM

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) / Difteria, tétano e coqueluche (4)

Dupla adulto (dT) / Difteria, tétano

Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT.

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Para mulheres que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica: recomenda-se a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP). A dTpa-VIP pode substituir a dTpa, inclusive em gestantes.

Considerar antecipar reforço com dTpa: para cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertussis para mulheres contactantes de lactentes.

Durante a gestação(4): ver quadro ao lado.

SIMRecomendada

dTpaSIM

SIMdT para todos

dTpa para gestantes

SIM dTpa e

dTpa-VIP

Varicela (catapora) (2) Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um a dois meses. SIM Contraindicada SIM NÃO SIM

In�uenza (gripe) (5) Dose única anual. SIM Recomendada SIMSIM, para

grupos de risco e gestantes

SIM

Febre amarela (2, 6)

Uma dose para residentes ou viajantes para áreas de vacinação (de acordo com classi�cação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma segunda dose dez anos após a primeira. Pode ser recomendada também para atender a exigências sanitárias de determinadas viagens internacionais. Em ambos os casos, vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.

SIM Contraindicada (6)

Contra indicada na

amamentação (6)

SIM SIM

Meningocócica conjugada ACWY (7)

Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica.

SIMA ser considerada

em situações de risco aumentado

SIM NÃO SIM

Meningocócica BDuas doses com intervalo de um mês. Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica.

SIMA ser considerada

em situações de risco aumentado

SIM NÃO SIM

Pneumocócicas (8) Esquema sequencial de VPC13 e VPP23 é recomendado para mulheres com 60 anos ou mais (ver Calendário de vacinação SBIm idoso).

SIMA ser considerada

em situações de risco aumentado

SIM NÃO SIM

Herpes zóster (9) Recomendada para mulheres com 60 anos ou mais, dose única (ver Calendário de vacinação SBIm idoso).

SIM Contraindicada SIM NÃO SIM

Comentários numerados devem ser consultados.

HO

MEM

19/11/2015 • Sempre que possível, preferir vacinas combinadas • Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita • Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente • Eventos adversos signi�cativos devem ser noti�cados às autoridades competentes • Algumas vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de comorbidades ou em outra situação especial. Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

OBSERVAÇÃOSempre que possível, evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de gravidez. Após a aplicação de vacinas de vírus vivos atenuados (tríplice viral, varicela e febre amarela), a mulher deve ser orientada a aguardar o prazo de um mês para engravidar.

COMENTÁRIOS1. Mulheres mesmo que previamente infectadas podem se bene�ciar da vacinação.

2. Vacinas de vírus atenuados são de risco teórico para o feto, sendo, portanto, contraindi-cadas em gestantes.

3. Hepatite A é vacina inativada, portanto, não contraindicada em gestantes. Já que no Brasil as situações de risco aumentado de exposição ao vírus são frequentes, a vacinação de gestantes deve ser considerada. A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

4. A melhor época para a aplicação da vacina dTpa em gestantes é entre a 27a e a 36a semana de gestação (permite transferência de maior quantidade de anticorpos maternos para o feto), mas a vacina pode ser recomendada a partir da 20a semana até o momento do parto. Mulheres não vacinadas na gestação devem ser vacinadas no puerpério, o mais precocemente possível. A vacinação com dTpa deve ser repetida a cada gestação.

A vacina está recomendada mesmo para aquelas que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.

Histórico vacinal Conduta na gravidez Conduta após a gravidez

Previamente vacinada, com pelo menos três doses de vacina contendo o toxoide tetânico.

Uma dose de dTpa a cada gestação.

Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação.

Em gestantes que receberam vacinação incompleta tendo recebido uma dose de vacina contendo o toxoide tetânico na vida.

Uma dose de dT (a qualquer momento) seguida de uma dose de dTpa (entre a 27a e 36a semanas de gestação), sempre que possível respeitando intervalo mínimo de um mês entre elas, no esquema 0 - 2 meses.

Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação e completar esquema para o tétano com dT.

Em gestantes que receberam vacinação incompleta para tétano, tendo recebido duas doses de vacina contendo o toxoide tetânico na vida.

Uma dose de dTpa.

Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação.

Em gestantes com vacinação desconhecida.

Duas doses de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada entre a 27a e a 36a semana de gestação. Adotar esquema 0 - 2 - 4 meses ou 0 - 2 - 6 meses.

Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação e completar esquema para o tétano com dT.

Na falta de dTpa, substituir por dTpa-VIP.

5. A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus da in�uenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação.

Desde que disponível, a vacina in�uenza 4V é preferível à vacina in�uenza 3V, inclusive em gestantes, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

6. Contraindicada na gravidez, porém seu uso pode ser permitido após ponderação do risco/benefício da vacinação: 1) não anteriormente vacinadas e que residem em áreas de risco para febre amarela; 2) que vão se deslocar para região de risco da doença, na impossibilidade total de se evi-tar a viagem durante a gestação. Gestantes que viajam para países que exigem o Certi�cado Inter-nacional de Vacinação e Pro�laxia (CIVP) devem ser isentadas da vacinação, se não houver risco de transmissão. É contraindicada em nutrizes até que o bebê complete 6 meses; se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por pelo menos 15 dias e preferencialmente 30 dias após a imunização. Contraindicada para imunodeprimidas; porém, quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

7. As vacinas meningocócicas conjugadas são inativadas, portanto sem risco teórico para a gestante e o feto. Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

8. A VPC13 está licenciada a partir dos 50 anos de idade, �cando a critério médico sua re-comendação nessa faixa etária. VPC13 e VPP23 são vacinas inativadas, portanto sem riscos teóricos para a gestante e o feto. Devem ser recomendadas para gestantes de alto risco para a doenca pneumocócica.

9. Vacina licenciada a partir dos 50 anos. Recomendada mesmo para aquelas que já apresen-taram quadro de herpes zóster. Nesses casos, aguardar o intervalo de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina. Em caso de pacientes com história de herpes zóster oftálmico, não existem ainda dados su�cientes para indicar ou contraindicar a vacina. Uso em imunode-primidos: a vacina não deve ser empregada em indivíduos com estados de imunode�ciência pri-mária ou adquirida ou em uso de terapêuticas em posologias consideradas imunossupressoras.

MU

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118CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO HOMEMRecomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2015/2016

Vacinas Esquemas e recomendações Comentários

DISPONIBILIZAÇÃO DAS VACINAS

Gratuitas na rede pública

Clínicas privadas de vacinação

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

É considerado protegido o homem que tenha recebido duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Contraindicada para imunodeprimidos.SIM, uma dose até

os 49 anosSIM

Hepatites A, B ou A e B

Hepatite A: duas doses, no esquema 0 - 6 meses. • Homens não imunizados anteriormente para as hepatites A e B devem ser vacinados.

• A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

NÃO SIM

Hepatite B: três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. SIM SIM

Hepatite A e B: três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. NÃO SIM

HPV Vacina HPV6,11,16,18: três doses, no esquema 0 - 1 a 2 - 6 meses.

• A vacina HPV6,11,16,18 está licenciada e recomendada para meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade.

• Entretanto, homens com mais de 26 anos também podem ser bene�ciados com a vacinação, sendo seu uso off label nessa faixa etária e �cando a critério médico sua indicação.

NÃO SIM

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) / Difteria, tétano e coqueluche

Dupla adulto (dT) / Difteria, tétano

Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT.

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Para homens que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica recomenda-se a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP).

A dTpa-VIP pode substituir a dTpa.

• A vacina está recomendada mesmo para aqueles que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.

• O uso da vacina dTpa, em substituição à dT, objetiva, além da proteção individual, a redução da transmissão da Bordetella pertussis, principalmente para suscetíveis com alto risco de complicações, como os lactentes.

• Considerar antecipar reforço com dTpa para cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertussis em adultos contactantes de lactentes.

SIMdT

SIM dTpa

Varicela (catapora) Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um a dois meses.Uso em imunodeprimidos – Consultar os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

NÃO SIM

In�uenza (gripe) Dose única anual.Desde que disponível, a vacina in�uenza 4V é preferível à vacina in�uenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

SIM, para grupos de risco

SIM

Meningocócica conjugada ACWY

Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica.

• Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica. • Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY,

substituir pela vacina meningocócica C conjugada.NÃO SIM

Meningocócica B Duas doses com intervalo de um mês. Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica. NÃO SIM

Febre amarela

Uma dose para residentes ou viajantes para áreas de vacinação (de acordo com classi�cação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma segunda dose dez anos após a primeira. Pode ser recomendada também para atender a exigências sanitárias de determinadas viagens internacionais. Em ambos os casos, vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.

Contraindicada para imunodeprimidos. Quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

SIM SIM

PneumocócicasRecomendadas para homens a partir de 60 anos e portadores de risco aumentado para DPI. Esquema sequencial das vacinas pneumocócicas (ver Calendário SBIm de vacinação do idoso e os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais).

• A VPC13 está licenciada a partir dos 50 anos de idade, �cando a critério médico sua recomendação nessa faixa etária.

• A VPP23 está disponível gratuitamente nos Cries para homens portadores de algumas comorbidades.

NÃO SIM

Herpes zósterRecomendada para homens a partir de 60 anos de idade, dose única. (ver Calendário de vacinação SBIm idoso).

• Vacina licenciada a partir dos 50 anos. Recomendada mesmo para aqueles que já apresentaram quadro de herpes zóster. Nesses casos, aguardar o intervalo de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina.

• Em caso de pacientes com história de herpes zóster oftálmico, não existem ainda dados su�cientes para indicar ou contraindicar a vacina.

• Uso em imunodeprimidos: a vacina não deve ser empregada em indivíduos com estados de imunode�ciência primária ou adquirida ou em uso de terapêuticas em posologias consideradas imunossupressoras.

NÃO SIM

19/11/2015 • Sempre que possível, preferir vacinas combinadas • Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita •Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente •Eventos adversos signi�cativos devem ser noti�cados às autoridades competentes •Algumas vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de comorbidades ou em outra situação especial. Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

HO

MEM

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Page 119: Manual 5 - MIOLO 2016/2017 Completo€¦ · Esta coleção de Manuais tem por objeti vo fornecer as diretrizes para a oferta e manutenção de uma carteira de serviços, bem como

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO IDOSORecomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2015/2016

Vacinas Quando indicar Esquemas e recomendações Comentários

DISPONIBILIZAÇÃO DAS VACINAS

Gratuitas na rede pública

Clínicas privadas de vacinação

In�uenza (gripe) Rotina. Dose única anual.

Os maiores de 60 anos fazem parte do grupo de risco aumentado para as complicações e óbitos por in�uenza. Desde que disponível, a vacina in�uenza 4V é preferível à vacina in�uenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

SIM SIM

Pneumocócicas (VPC13) e (VPP23)

Rotina.Iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de VPP23 seis a doze meses depois, e uma segunda dose de VPP23 cinco anos depois da primeira.

• Para aqueles que já receberam a VPP23, recomenda-se o intervalo de um ano para a aplicação de VPC13. A segunda dose de VPP23 deve ser feita cinco anos após a primeira, mantendo intervalo de seis a doze meses com a VPC13.

• Para os que já receberam duas doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23. Se a segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 65 anos, está recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos da última dose. 

SIMVPP23 para grupos

de riscoSIM

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) / Difteria, tétano e coqueluche

Rotina.

• Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT.• Para idosos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite

é endêmica recomenda-se a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP).

• A dTpa-VIP pode substituir a dTpa.

Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

• A vacina está recomendada mesmo para aqueles que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.

• Considerar antecipar reforço com dTpa para cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertussis para idosos contactantes de lactentes.

dT SIMSIM

dTpa e dTpa-VIP

Hepatites A e B

Hepatite A: após avaliação sorológica ou em situações de exposição ou surtos.

Duas doses, no esquema 0 - 6 meses.

Na população com mais de 60 anos é incomum encontrar indivíduos suscetíveis.Para esse grupo, portanto, a vacinação não é prioritária. A sorologia pode ser solicitada para de�nição da necessidade ou não de vacinar. Em contactantes de doentes com hepatite A, ou durante surto da doença, a vacinação deve ser considerada.

NÃO SIM

Hepatite B: rotina. Três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. SIM SIM

Hepatite A e B Três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses.A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.

NÃO SIM

Febre amarelaRotina para residentes em áreas de vacinação.

Uma dose para residentes ou viajantes para áreas de vacinação (de acordo com classi�cação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma segunda dose dez anos após a primeira. Vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.

• Contraindicada para imunodeprimidos. Quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.

• Hárelatosdemaiorriscodeeventosadversosgravesnosmaioresde60anos,portanto,naprimovacinação,avaliarrisco/beneficio.

SIM SIM

Meningocócica conjugada ACWY

Surtos e viagens para áreas de risco.

Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica.

Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

NÃO SIM

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

Situações de risco aumentado.

• É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido, em algum momento da vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

• Está indicada em situações de risco aumentado já que a maioria das pessoas nessa faixa etária não é suscetível à essas doenças.

Na população com mais de 60 anos é incomum encontrar individuos suscetíveis ao sarampo, caxumba e rubéola. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é rotineira. Porém, a criterio médico (em situações de surtos, viagens, entre outros), pode ser recomendada. Containdicada para imunodeprimidos.

NÃO SIM

Herpes zóster Rotina. Dose única.

• Vacina recomendada mesmo para aqueles que já apresentaram quadro de herpes zóster. Nesses casos, aguardar intervalo mínimo de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina. 

• Em caso de pacientes com história de herpes zóster oftálmico, não existem ainda dados su�cientes para indicar ou contraindicar a vacina.

• Uso em imunodeprimidos: a vacina não deve ser empregada em indivíduos com estado de imunode�ciência primária ou adquirida ou em uso de terapêuticas em posologias consideradas imunossupressoras.

NÃO SIM

19/11/2015 • Sempre que possível, preferir vacinas combinadas • Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita •Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente •Eventos adversos signi�cativos devem ser noti�cados às autoridades competentes •Algumas vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de comorbidades ou em outra situação especial. Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

IDO

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO OCUPACIONALRecomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2015/2016

Vacinasespecialmente indicadas

Esquemas e recomendações

Indicações especiais para pro�ssionais por área de atuação

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uda

hum

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ária

Atl

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pro

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Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) (1, 2)

É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.

SIM – SIM – SIM – SIM – SIM SIM – SIM SIM SIM

Hepatites A, B ou A e B (3)

Hepatite A: duas doses, no esquema 0 - 6 meses. SIM (6) SIM SIM SIM SIM – SIM – SIM SIM (9) – SIM SIM SIM

Hepatite B: três doses, no esquema 0 -1 - 6 meses. SIM (6) – SIM SIM – – SIM – SIM – SIM SIM SIM SIM

Hepatite A e B: três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. A vacinação combinada das hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada das hepatites A e B.

SIM (6) – SIM SIM – – SIM – SIM – – SIM SIM SIM

HPVDuas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos; e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade.

– – – – – – SIM – – – – – – –

Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa ou dTpa-VIP)

Sempre que possível, aplicar dTpa independente de intervalo prévio com dt ou TT. Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa (ou dTpa-VIP, ou dT) a cada dez anos.Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa (ou dTpa-VIP, ou dT) a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

dTpa (6) dT dT dT dTpa (7) dT – – dTpa-VIP (8) – dT dTpa (7) dTpa-VIP dT

Poliomielite inativada (8) Pessoas nunca vacinadas: uma dose. Na rede privada só existe combinada à dTpa. – – SIM (10) – – – – – SIM – – – SIM (10) –

Varicela (catapora) (1) Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um mês. SIM (6) – SIM (10) – SIM – SIM – SIM (10) SIM – SIM SIM SIM

In�uenza (gripe) (11)

Dose única anual. Desde que disponível, a vacina in�uenza 4V é preferível à vacina in�uenza 3V, inclusive em gestantes, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Meningocócicas conjugadas (C ou ACWY)(4) Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica. SIM (6) – SIM (10) – – – – – SIM (6) – – – SIM (6) SIM (12)

Meningocócica B Duas doses com intervalo de um mês. Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica. SIM (6) – SIM (10) – – – – – SIM (6) – – – SIM (6) SIM (12)

Febre amarela (1)

Uma dose para residentes ou viajantes para áreas de vacinação (de acordo com a classi�cação do MS e da OMS). Se persistir o risco, aplicar segunda dose dez anos após a primeira. Vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.

– – SIM (10) – – – – – SIM – – – SIM SIM (12)

Raiva (5) Para pré-exposição: três doses, 0 - 7 - 21 a 28 dias. – – SIM (10) – – SIM – – – – – – SIM –

Febre tifoide (13) Dose única. No caso de o risco de infecção permanecer ou retornar, está indicada outra dose após três anos. – – SIM (10) SIM (10) – – – – SIM (10) – – – SIM (10) –

Todo indivíduo deve estar em dia com o calendário de vacinação para sua faixa etária. Este calendário considera somente as vacinas particu-larmente recomendadas para a prevenção das doenças infecciosas relacionadas ao risco ocupacional para o trabalhador ou para sua clientela.

A disponibilidade das vacinas nas redes pública e privada pode ser veri�cada nos Calendários de vacinação SBIm, para cada faixa etária.

02/09/2015 • Sempre que possível, preferir vacinas combinadas • Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita • Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente • Eventos adversos signi�cativos devem ser noti�cados às autoridades competentes • Algumas vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de comorbidades ou em outra situação especial. Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

Comentários numerados devem ser consultados.

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