m a p e a m e n t o m u n di a l de t r a du Ç Õe s do p
TRANSCRIPT
Primeira Ediccedilatildeo
Helciclever BARROS DA SILVA Vitoriano Andreacute Luiacutes Gomes
Sidelmar Alves da Silva Kunz
MAPEAMENTO MUNDIAL DE TRADUCcedilOtildeES DO POEMA ldquoTHE RAVENrdquo DE EDGAR ALLAN POE
UM ESTUDO PRELIMINAR (1853-2017)
1
HELCICLEVER BARROS DA SILVA VITORIANO
ANDREacute LUIacuteS GOMES
SIDELMAR ALVES DA SILVA KUNZ
MAPEAMENTO MUNDIAL DE
TRADUCcedilOtildeES DO POEMA ldquoTHE
RAVENrdquo DE EDGAR ALLAN POE
UM ESTUDO PRELIMINAR (1853-
2017)
1ordf ediccedilatildeo
Brasiacutelia-DF
Helciclever Barros da Silva Vitoriano
2017
2
O teor deste livro foi comunicado em forma de artigo cientiacutefico resumido e seraacute publicado na Revista
Intercacircmbio dos Congressos Internacionais de Humanidades (XX Congresso Internacional de
Humanidades) ocorrido na Universidade de Brasiacutelia nos dias 17 a 20 de outubro de 2017 Cf Disponiacutevel
em
httpunbrevistaintercambionetbrsysprincipallo18Cphppag=revistaintercambioApaginasindex
Acesso em 22 out de 2017 Dois quadros de informaccedilotildees sobre a relaccedilatildeo do poema ldquoThe Ravenrdquo com as
artes e especificamente com o cinema tambeacutem foram apresentados por Helciclever Barros da Silva
Vitoriano na de forma de Comunicaccedilatildeo Oral e submetido como artigo de Anais do Seminaacuterio
Internacional de Pesquisa em Leitura Literatura e Linguagens Novas topografias textuais da
Universidade de Passo FundoRS de 4 a 6 de outubro de 2017 no bojo do artigo de minha autoria ldquoO
Nevermore sobrevive uma releitura cecircnico-fiacutelmica de Paulo Biscaia Filhordquo Cf Disponiacutevel em
httpwwwupfbr_uploadsConteudojornadaseminario-internacionalrelacao-comunicacoes-
confirmadas-27-09-2017pdf Acesso em 16 out 2017
Este trabalho estaacute licenciado com uma Licenccedila Creative Commons - Atribuiccedilatildeo-NatildeoComercial-
SemDerivaccedilotildees 40 Internacional
A referida Licenccedila natildeo se aplica agraves traduccedilotildees em domiacutenio puacuteblico que foram dispostas como anexos desta
obra
Esta publicaccedilatildeo natildeo pode ser vendida Distribuiccedilatildeo gratuita
Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo Vitoriano Helciclever Barros da Silva
Mapeamento mundial de traduccedilotildees do poema ldquoThe Ravenrdquo de
Edgar Allan Poe um estudo preliminar (1853-2017)
Helciclever Barros da Silva Vitoriano Andreacute Luiacutes Gomes
Sidelmar Alves da Silva Kunz -- Brasiacutelia 2017
517 f
ISBN 978-85-923905-0-1
Orientador Andreacute Luiacutes Gomes
(Literatura e Praacuteticas Sociais) -- Universidade de Brasiacutelia 2017
1 Literatura 2 Literatura Comparada 3 Traduccedilatildeo 4
Poesia norte-americana 5 Bibliografia I Gomes Andreacute Luiacutes
II Kunz Sidelmar Alves da Silva I Gomes Andreacute Luiacutes II
Tiacutetulo
CDU 82 Catalogaccedilatildeo na publicaccedilatildeo Helciclever Barros da Silva Vitoriano
3
Dedicatoacuteria
____________________________________________________________
Agrave Sandra dos Santos Vitoriano Barros esposa para todas as horas um amor sem fim
eternamente feliz por viver contigo
Ao meu Heitor Barros Vitoriano herdeiro do que sou
Agrave minha querida matildee Enedina Alves da Silva de quem tudo herdei
Agrave toda minha famiacutelia
Agraves escolas puacuteblicas do DF em especial a Escola Classe 35 Escola Classe 40 Escola
Classe 39 todas da Ceilacircndiaao Centro de Ensino Fundalmental 09 do Gama
Centro de Ensino Fundamental 04 do Gama Centro de Ensino Meacutedio 01 do Gama
(CG)
Agrave Universidade de Brasiacutelia (UnB)
A todos os meus professores com enorme afeto e gratidatildeo
Ao meu querido Orientador de Mestrado e de Doutorado Andreacute Luiacutes Gomes
A Edgar Allan Poe
In memorian
4
Agradecimentos
____________________________________________________________
Agradecemos especialmente a todos os amigos que realizaram em momentos
diferentes leitura criacutetica deste trabalho e que para natildeo esquecer algum deles
preferimos natildeo nomeaacute-los pois sabem que estamos eternamente gratos
Tambeacutem agradecemos o esforccedilo de todos os pesquisadores do presente e do passado
legado investigativo que em parte estaacute contemplado neste trabalho
5
Prefaacutecio
____________________________________________________________
Sem duacutevida o mapeamento de traduccedilotildees do poema ldquoThe Ravenrdquo de Edgar Poe
realizado pelos pesquisadores brasileiros Helciclever Barros da Silva Vitoriano Andreacute Luiacutes
Gomes e Sidelmar Alves da Silva Kunz eacute uma contribuiccedilatildeo iacutempar para os estudos de traduccedilatildeo
poeacutetica assim como para os estudos comparativos literaacuterios em geral E em razatildeo da
exuberante lista de tradutores estelares que emprestaram sua pena e esforccedilo na conversatildeo
deste texto poeacutetico para suas liacutenguas maternas certamente o alcance de novos olhares e
pesquisas comparadas superam os campos poeacutetico e mesmo literaacuterio dada a relevacircncia de
ldquoThe Ravenrdquo para o diaacutelogo entre artes como bem anotam os investigadores
O que impressiona nesse levantamento invulgar realizado pelos pesquisadores eacute
ousadia de colocar face a face o cacircnone tradutoacuterio do poema em mesmo patamar de outras
traduccedilotildees inovadoras subversivas e mesmo as menos monitoradas como eacute o caso das que se
fazem como exerciacutecio criativo em blogs da internet O juiacutezo criacutetico das qualidades das
traduccedilotildees cedeu lugar ao rol aberto de tradutores traduccedilotildees e retraduccedilotildees E isso se deu
inclusive por questotildees de ordem linguiacutestica afinal quem poderia alegar ser exiacutemio leitor
escritor ou tradutor em mais de cinquenta liacutenguas Os estudos literaacuterios brasileiros carecem
de tais levantamentos bibliograacuteficos pois estes estudos satildeo basilares para outras incursotildees Da
siacutentese retorna-se agrave anaacutelise e agrave criacutetica A defesa dos autores de que ldquoThe Ravenrdquo eacute o texto
poeacutetico mais traduzido do mundo diante de um volume de mais de 700 traduccedilotildees eacute bem difiacutecil
de ser contestada principalmente diante de tatildeo robusta e exaustiva comprovaccedilatildeo de
referecircncias Os tradutores brasileiros como vimos ao longo do texto satildeo absolutamente
obcecados por este poema de Edgar Allan Poe e nesse aspecto eles filiam-se a outras tradiccedilotildees
culturais que nutrem igual fasciacutenio ao corvo Certamente esse trabalho realizado com esmero
orgulha a comunidade acadecircmica e os fanaacuteticos leitores de Poe que teratildeo acesso conjunto a
informaccedilotildees do poema que tanto amam Mesmo sem conhecer a maioria das liacutenguas dos
tradutores eacute fantaacutestico sentir a poesia vibrando em tantas liacutenguas formas poeacuteticas metaacuteforas
sons e ritmos Seguramente Edgar Allan Poe se alegraria ao ver reunida toda essa legiatildeo de
guardiotildees de sua obra poeacutetica mais soturnamente iluminada Seguindo os passos de Auguste
Dupin os autores desta fenomenal investigaccedilatildeo agiram como detetives em busca das melhores
e mais confiaacuteveis fontes para o edifiacutecio de traduccedilotildees que levantaram obcecados em localizar o
maacuteximo de corvos para enriquecer esse belo mapa ornitoloacutegico corvino
Dr Andreacute Luiz de Souza Filgueira
Brasiacutelia Primavera de 2017
6
Sumaacuterio
__________________________________________
Introduccedilatildeo 12
1 Capiacutetulo Primeiro Estudo preliminar e delimitaccedilatildeo metodoloacutegica 15
2 Capiacutetulo Dois breve anaacutelise dos achados sobre as traduccedilotildees 21
3 Referecircncias (em ordem alfabeacutetica por liacutenguas) 25
31 Em Inglecircs 25
32 Em Portuguecircs 27
33 Em Francecircs 31
34 Em Italiano 34
35 Em Corso 36
36 Em Espanhol 37
37 Em Galego 44
38 Em Alematildeo 44
39 Em Estoniano 46
310 Em Azerbaijano 46
311 Em Ucraniano 47
312 Em Buacutelgaro 47
313 Em Russo 47
314 Em Islandecircs 48
315 Em Finlandecircs 48
316 Em Norueguecircs 48
317 Em Sueco 48
318 Em Dinamarquecircs 49
319 Em Holandecircs 49
320 Em Huacutengaro 49
321 Em Tcheco 50
322 Em Eslovaco 51
323 Em Polonecircs 51
324 Em Lituano 52
325 Em Aacuterabe 52
(Egito) 52
(Iraque) 52
(Araacutebia Saudita) 52
326 Em Turco 52
7
327 Em Persa-Farsi 52
328 Em Latim 53
329 Em Bretatildeo 53
330 Em Gaeacutelico-Escocecircs 53
331 Em Coreano 53
332 Em Basco 53
333 Em vietnamita 53
334 Em Grego 54
335 Em Esperanto 55
336 Em Letatildeo 55
337 Em Macedocircnio 55
338 Em Croata 55
339 Em Seacutervio 55
340 Em Esloveno 56
341 Em Albanecircs 56
342 Em Catalatildeo 57
343 Em Yiddish 57
344 Em Chinecircs (ou sobre traduccedilotildees chinesas) 57
345 Em liacutenguas da Iacutendia 57
346 Em Romeno 58
4 Principais sites da internet consultados60
5 Apecircndices 62
51 World Map of Translations of ldquoThe Ravenrdquo (Style ldquoMidnight viewrdquo) 62
52 Distribution of translations of ldquoThe Ravenrdquo by Countries and Languages 63
53 Distribution of translations by quantity and countries 65
6 Quadro com as principais traduccedilotildees brasileiras e transcriaccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo (em
ordem cronoloacutegica) 67
7 Traduccedilotildees Brasileiras 67
8 Traduccedilotildees Portuguesas de ldquoThe Ravenrdquo69
9 Quadro ndash Traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo para as demais liacutenguas 70
10 TranscriaccedilotildeesTranspoetizaccedilotildeesAdaptaccedilotildeesIntertextos com The Raven ndash em vaacuterias
liacutenguas e gecircneros 83
11 Traduccedilotildees paroacutedicas russas 84
12 Imitaccedilotildees fraudulentas (plaacutegios) 85
13 Informaccedilotildees e alusotildees de possiacuteveis tradutores de ldquoThe Ravenrdquo a serem confirmadas 85
14 Quadro ndash ldquoThe Ravenrdquo no cinemaaudiovisual 91
8
15 Anexos 95
16 Traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo em Domiacutenio Puacuteblico 95
17 ldquoThe Ravenrdquo by Edgar Allan Poe 96
18 Traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo em domiacutenio puacuteblico 99
181 Traduccedilatildeo Machado de Assis (1883) 100
182 Traduccedilatildeo Ameacuterico Lobo (1882) 105
183 Traduccedilatildeo Venceslau De Queiroz (1885) 109
184 Traduccedilatildeo Fontoura Xavier (1887) 113
185 Traduccedilatildeo Escragnolle Doacuteria (1903) 117
186 Traduccedilatildeo Manoel de Soiza e Azevedo (1913) 122
187 Traduccedilatildeo Alfredo Ferreira Rodrigues (1914) 135
188 Traduccedilatildeo Joatildeo Kopke (1916) 140
189 Traduccedilatildeo Joatildeo Kopke (19161917) 147
1810 Traduccedilatildeo Anocircnima (1916) 151
1811 Traduccedilatildeo Emiacutelio de Meneses - (1917) 154
1812 Traduccedilatildeo Gondin Da Fonseca (1928) 163
1813 Traduccedilatildeo Aureacutelio De Lacerda (1949) 166
1814 O Gorvo Pru Raule Juoacute Bananeacutere (1924) 172
19 (A gecircnese de um poema) 174
191 Traduccedilatildeo Meacutecia Mouzinho De Albuquerque (1889) 174
192 Traduccedilatildeo Fernando Pessoa (1924) 178
20 La Genegravese drsquoun Poeumlme 183
201 Le Corbeau 184
202 Meacutethode de Composition par Baudelaire 187
203 Traduccedilatildeo Charles Baudelaire (1853) 198
204 Traduccedilatildeo Steacutephane Mallarmeacute (1875) 201
205 Traduccedilatildeo Maurice Rollinat (1926) 204
206 Traduccedilatildeo Leo Quesnel (18) 209
207 Traduccedilatildeo Sir Tollemache Sinclair (1912) 211
208 Traduccedilatildeo William Little Hughes (1862) 214
209 Traduccedilatildeo Eacutemile Lauvriegravere (1904) 218
2010 Traduccedilatildeo Ulisse Ortensi (1892) 223
2011 Traduccedilatildeo Ernesto Ragazzoni (1896) 228
2012 Traduccedilatildeo Francesco Contaldi (18XX) 232
2013 Traduccedilatildeo Luigi Siciliani (1911) 235
2014 Traduccedilatildeo Vito D Palumbo (1903) 240
9
2015 Traduccedilatildeo Ignacio Mariscal (MEacuteXICO) (1867) 248
2016 Traduccedilatildeo Anocircnima 253
2017 Traduccedilatildeo Juan Antonio Peacuterez Bonalde (VENEZUELA) (1887) 256
2018 Traduccedilatildeo Felipe Gerardo Cazeneuve (PERU) (1890) 260
21 Traduccedilatildeo Ворон (ПоАндреевский) 264
211 Traduccedilatildeo Ворон (ПоПальмин) 271
212 Traduccedilatildeo Ворон (ПоОболенский) 275
213 Traduccedilatildeo Ворон (ПоКондратьев) 281
214 Traduccedilatildeo Ворон (ПоНеизвестный переводчик) 285
215 Traduccedilatildeo Ворон (ПоМережковский) 288
216 Traduccedilatildeo Ворон (ПоБальмонт)СС 1901 (ДО) 294
217 Traduccedilatildeo Ворон (ПоБальмонт)СС 1901 (ВТ) 298
218 Traduccedilatildeo Ворон (ПоБальмонт)СС 1901 (ВТЁ) 302
219 Traduccedilatildeo Ворон (ПоБальмонт)1921 (ДО) 306
2110 Traduccedilatildeo Ворон (ПоБальмонт)1921 (ВТЁ) 310
2111 Traduccedilatildeo Ворон (ПоЖаботинский 1897) 314
2112 Traduccedilatildeo Ворон (ПоУманец) 318
2113 Traduccedilatildeo Ворон (ПоФёдоров) 324
2114 Traduccedilatildeo Ворон (ПоБрюсов) 331
2115 Traduccedilatildeo Ворон (ПоЖаботинский 1931) 336
22 Traduccedilatildeo de imitaccedilotildees russas do poema ldquoThe Ravenrdquo 340
221 Алтея (Голиков) 340
222 Nevermore (Бухов) 343
23 Die Philosophie dichterischen Schaffens 346
231 Traduccedilatildeo Elise Von Hohenhausen (1853) 357
232 Traduccedilatildeo Alexander Neidhardt (1856) 361
233 Tradutor Luise von Ploennies (1857) 368
234 Traduccedilatildeo Adolf Strodtmann (1862) 371
235 Traduccedilatildeo Carl Theodor Eben (1869) 375
236 Traduccedilatildeo Eduard Mautner (1874) 379
237 Traduccedilatildeo Anna Vivanti-Lindau (1878) 383
238 Traduccedilatildeo Betty Jacobson (1880) 387
239 Traduccedilatildeo Bertha Rombauer (1889) 391
2310 Traduccedilatildeo Hedwig Lachmann (1891) 395
2311 Traduccedilatildeo Alexander Baumgartner (1892) 399
2312 Traduccedilatildeo Dr Ernst Schmidt (1903) 405
10
2313 Traduccedilatildeo Theodor Etzel (19081909) 409
24 Traduccedilatildeo Iuliu Cezar Săvescu (1855) 414
241 Traduccedilatildeo Grigore D Pencioiu (1891) 417
25 Traduccedilatildeo Przełożyła Barbara Beaupreacute (1910) 422
26 Traduccedilatildeo Csillag Imre (1918) 430
261 Traduccedilatildeo Babits Mihaacutely 434
262 Traduccedilatildeo Kaacutentaacutes Balaacutezs 437
263 Traduccedilatildeo Kosztolaacutenyi Dezső 442
264 Traduccedilatildeo Endroumldy (1870) 445
265 Traduccedilatildeo Leacutevay Joacutezsef 449
266 Traduccedilatildeo Szaacutesz Kaacuteroly (1858) 453
267 Traduccedilatildeo Toacuteth Aacuterpaacuted 457
27 Traduccedilatildeo Dostaacutel-Lutinov 462
28 Traduccedilatildeo Павло Грабовський (1897) 466
29 Traduccedilatildeo Buacutelgara 472
30 Traduccedilatildeo Einar Benediktsson (18921925) 476
31 Traduccedilatildeo Henry Lee Fischer (1940) 483
32 Traduccedilatildeo John F Malta 490
321 Traduccedilatildeo Herman Robbers 494
33 Traduccedilatildeo Viktor Rydberg 499
34 Traduccedilatildeo Valter Juva (1926) 503
35 Traduccedilatildeo Lewis Ludovicus Gidley et al (18631866)507
36 Traduccedilatildeo Zeev Jabotinsky (191419231924) 512
Autores 515
11
MAPEAMENTO MUNDIAL DE
TRADUCcedilOtildeES DO POEMA ldquoTHE
RAVENrdquo DE EDGAR ALLAN POE UM
ESTUDO PRELIMINAR (1853-2017)
O objetivo deste pequeno livro eacute contribuir para uma
atualizaccedilatildeo de longa tradiccedilatildeo que vem catalogando e
contrastando as traduccedilotildees do poema mais importante de
Edgar Allan Poe ldquoThe Ravenrdquo (1845) O presente
estudo localizou centenas de traduccedilotildees em variadas
formas poeacuteticas e perspectivas de traduccedilatildeo algo que
ultrapassa e desafia o entendimento sobre as orientaccedilotildees
histoacutericas poliacuteticas ideoloacutegicas e esteacuteticas presentes em
diversos paiacuteses que contam com traduccedilotildees do corvo
poeano A conclusatildeo mais importante desse estudo eacute que
muito provavelmente ldquoThe Ravenrdquo de Edgar Allan Poe eacute
o texto poeacutetico mais traduzido do mundo contando ao
menos 700 traduccedilotildees ao redor do mundo algo que
trasmigra com enorme potencial simboacutelico e cultural
para outros campos artiacutesticos o que sugere muito
fortemente ser este tambeacutem o poema mais seminalmente
intermidiaacutetico da histoacuteria Ademais propotildee-se com esta
pesquisa um convite para a ampliaccedilatildeo das formas de
aproximaccedilatildeo desse riquiacutessimo material de traduccedilatildeo
poeacutetica
12
Introduccedilatildeo
______________________________
A poesia de Edgar Allan Poe eacute pequena em volume e grande em ressonacircncia
mundial e qualidade literaacuteria Nosso intuito em dar continuidade a vaacuterios trabalhos
investigativos preteacuteritos de quilate inquestionaacutevel nos pareceu inicialmente
desnecessaacuterio visto que Poe jaacute foi muitiacutessimo investigado em todas as partes do globo
terrestre Contudo a dinacircmica de produccedilotildees criacuteticas e textos traduzidos se mostra muito
complexa e extremamente raacutepida o que justifica a constante atualizaccedilatildeo das indicaccedilotildees
de referecircncias de traduccedilotildees principalmente em se tratando de autor tatildeo venerado pela
criacutetica e pelos leitores Nesse sentido o principal ingrediente para avanccedilar no debate eacute
coragem acrescido de vigilacircncia e rigor metodoloacutegicos e ao mesmo tempo paixatildeo pela
obra do autor e pela pesquisa Igualmente esses elementos satildeo acionados pelo proacuteprio
exemplo de Edgar Allan Poe
Nesse sentido o objetivo preciacutepuo desse estudo eacute registrar um fenomenal
volume empiacuterico de traduccedilotildees do poema ldquoThe Ravenrdquo (1845) visto ser este um texto
fundamental para a atual discussatildeo entre artes e meios assim como para a discussatildeo
sobre tradiccedilatildeo e traduccedilatildeo literaacuterias Nesse esforccedilo procuramos realizar um trabalho de
pesquisa sutil e ousado reunindo e consolidando informaccedilotildees e referecircncias em caraacuteter
preliminar e circunscrito ao periacuteodo de 1853 a 2017 sobre as aludidas traduccedilotildees desse
poema que foram realizadas nos uacuteltimos trecircs seacuteculos (XIX e XX e XXI) em diversos
paiacuteses Objetiva-se tambeacutem comentar breve e criticamente acerca desse riquiacutessimo e
notaacutevel material poeacutetico produzido em vaacuterias liacutenguas e em diferentes contextos
O nosso estudo singrando mares navegados por outros pesquisadores chegou a
um oceano de traduccedilotildees Procuramos assim demonstrar empiricamente algo que
intuitivamente muitos estudiosos jaacute desconfiavam e teorizavam ou seja ldquoThe Ravenrdquo
eacute o poema mais traduzido do mundo o que ocorrera em um espaccedilo temporal de
apenas 172 anos
A conjugaccedilatildeo de vaacuterios fatores parece explicar esse fenocircmeno tradutoacuterio
envolvendo esse poema e que vatildeo aleacutem das qualidades intriacutensecas dele Entre estes
fatores destacam-se a condensaccedilatildeo de vaacuterias tradiccedilotildees e esteacuteticas poeacuteticas no interior
13
desse texto poeacutetico e a siacutentese que este representa de toda a produccedilatildeo do autor e de seus
postulados de teoria da arte aleacutem da biografia de Poe a ldquoautopublicidaderdquo operada por
via do ensaio The Philosophy of Composition (1846) assim como a preponderacircncia
gradativa da liacutengua inglesa (dos EUA) como liacutengua culturalmente hegemocircnica a partir
dos seacuteculos XVIII-XIX o papel de Baudelaire Mallarmeacute e outros poetas influenciados
por estes em todo o mundo e que aderiram aos fundamentos norteadores da esteacutetica de
Poe
A tese poeacutetica desse poeta americano segundo a qual o que ele objetivou criar
em ldquoThe Ravenrdquo expressaria uma tradiccedilatildeo ligada ao tema mais poeacutetico de todos os
tempos parece confirmar-se nesse volumoso e caudaloso nuacutemero de traduccedilotildees que o
seu corvo recebeu aquecendo-se e reaquecendo-se nesse enorme ldquoninho de traduccedilotildeesrdquo
que apresentaremos neste nosso breve ensaio
A estrateacutegia de Poe para compor seu corvo foi mesclar uma noccedilatildeo romacircntica de
texto poeacutetico associada incrivelmente a uma atualizaccedilatildeo do discurso poeacutetico
aristoteacutelico Poe realizou uma equilibrada e nietzscheana (avant la lettre) fusatildeo da arte
contemplando os seus dois flancos o apoliacuteneo e o dionisiacuteaco isto eacute Poe utilizou
procedimento criativo universalizante racionalizante e formalmente harmocircnico todos
esses de vertente apoliacutenea em paralelo agrave temaacutetica atmosfera e tom do poema todos de
ordem dionisiacuteaca entre os quais a noite prepondera como metaacutefora e siacutembolo magnos
de sua tessitura poeacutetica
Como veremos trata-se de fato de um texto poeacutetico com inuacutemeras facetas e
qualidades o que se desdobrou em centenas de traduccedilotildees e retraduccedilotildees ao longo da
histoacuteria literaacuteria O que fizemos nesse texto natildeo eacute novo na intenccedilatildeo mas nos parece ser
ineacutedito no alcance de textos e tradutores reunidos em um soacute estudo alguns dos quais
satildeo pouco conhecidos ou sequer citados em estudos comparados de traduccedilatildeo
Apresentaremos tambeacutem essa longa linhagem de tradutores em forma de quadro
sinteacutetico para consulta mais direta
Assim levantar o universo de traduccedilotildees que ora apresentamos se trata de uma
missatildeo nada trivial e muitiacutessimo aacuterdua mas que tem como intuito prestar dupla
homenagem primeiramente a Poe e posteriormente a seus muitos e muitos tradutores
uma legiatildeo de criacuteticos literaacuterios tradutores poetas romancistas obstinada por integrar
o poema americano em seus sistemas literaacuterios
Tambeacutem ressaltamos os trabalhos anteriores de pesquisadores que buscaram
compilar as traduccedilotildees trabalhos estes que fazemos menccedilatildeo ao longo deste trabalho por
14
terem sido fundamentais agrave organizaccedilatildeo das traduccedilotildees que ora oferecemos1
Aleacutem dessa intenccedilatildeo laudatoacuteria de alto valor pessoal e de reconhecimento da
tradiccedilatildeo de ldquoThe Ravenrdquo para a oacutetica de estudos de historiografia tradutoacuteria buscamos
tambeacutem subsidiar futuros estudos comparativos de vaacuterias ordens oportunizando em
uma visada mais direta maior acessibilidade do conjunto ou manancial de traduccedilotildees do
poema e de suas referecircncias aos pesquisadores e demais interessados que almejem
lanccedilar novos olhares e perspectivas de estudos entre esses textos ou que os levem em
consideraccedilatildeo
1 Buscamos trabalhar nas ldquofissurasrdquo inevitavelmente deixadas por estes estudos completando esse variado mosaico
de tradutores e traduccedilotildees do poema Seguramente outros precisaratildeo preencher as lacunas que estamos deixando
tambeacutem mas poderatildeo realizar tal tarefa com base em material aqui reunido
15
1 Capiacutetulo Primeiro Estudo preliminar e delimitaccedilatildeo
metodoloacutegica
_____________________________________________________
Em demonstraccedilatildeo cabal do fenocircmeno de traduccedilatildeo que passou a ser ldquoThe Ravenrdquo
apresentamos nesta pesquisa um resgate preliminar das fontes bibliograacuteficas e
catalograacuteficas dessa fortuna de traduccedilotildees que se operou com base em ldquoThe Ravenrdquo
Este mapeamento que nomeamos de ldquomundialrdquo pretendeu ser o mais amplo e
fidedigno possiacutevel com vistas a alcanccedilar a totalidade das traduccedilotildees ateacute o ano de 2017
entretanto sabemos ser esse um esforccedilo que natildeo se esgota em face das contiacutenuas
apariccedilotildees de experiecircncias tradutoacuterias com base no poema [mater] dos simbolistas dos
romacircnticos e dos modernistas aleacutem das dificuldades especiacuteficas de acesso a tantas
fontes e liacutenguas vaacuterias Essa incursatildeo levou-nos a contatos e contaacutegios inesperados com
liacutenguas ateacute entatildeo inauditas para noacutes
Para tanto procuramos nos apoiar quando possiacutevel em informaccedilotildees e
referecircncias em liacutengua inglesa francesa e espanhola natildeo exatamente para confirmar os
dados mas para processar e articular esses dados de traduccedilatildeo levantados Agraves vezes a
simples confirmaccedilatildeo de grafia de nome do tradutor ou nacionalidade provou ser um
grande desafio tornando ainda mais doce o mel do aprendizado
Entretanto natildeo fugimos de um necessaacuterio doloroso e ao mesmo tempo
prazeroso contato imediato com as liacutenguas dos tradutores em face de lacunas de
informaccedilotildees presentes nas referidas bibliografias hegemocircnicas que versavam ou
mencionavam as traduccedilotildees do poema e que por vezes conflitavam
Natildeo foi portanto apenas um exerciacutecio de compilaccedilatildeo de referecircncias de
traduccedilatildeo algo que jaacute seria muito relevante a nosso ver mas se configurou em um
trabalho suplementar e extenuante e que se alia ao grande esforccedilo que outros
pesquisadores fizeram acerca de investigaccedilatildeo de autorias datas de publicaccedilatildeo e provas
dessas referecircncias
De igual modo percebemos visceralmente a necessidade premente da
preservaccedilatildeo nas referecircncias bibliograacuteficas da autoria e da data de publicaccedilatildeo das
traduccedilotildees Nas liacutenguas faladas em paiacuteses diferentes o paiacutes de origem do tradutor
tambeacutem eacute informaccedilatildeo importante posto que com o decurso do tempo essa ausecircncia de
nacionalidade do tradutor pode causar problemas O caso de traduccedilotildees em liacutengua
16
espanhola por exemplo esse aspecto eacute bastante relevante Veja-se por exemplo o
tradutor Joseacute Ramoacuten Ballesteros que em determinadas fontes eacute tido por peruano ao
passo em que em outros estudos eacute considerado argentino Adiciona-se a esse problema
a possibilidade natildeo muito rara de tradutores latino-americanos publicarem suas obras
em editoras espanholas ou em editoras de paiacuteses da Ameacuterica Latina que natildeo satildeo a sua
terra natal Natildeo foi somente em um ou dois momentos que nos deparamos com
traduccedilotildees sem estas informaccedilotildees cruciais parcial ou totalmente relegadas ao
esquecimento ou agrave imprecisatildeo inclusive em traduccedilotildees recentes Buscamos superar esses
obstaacuteculos confirmando em fontes preferencialmente bibliograacuteficas as datas e autorias
das traduccedilotildees com base em estudos de cotejo em referecircncias diversas privilegiando o
contido nos bancos de dados de bibliotecas nacionais e repositoacuterios conforme
detalharemos neste texto na medida do necessaacuterio
O simples acesso a traduccedilotildees do poema mesmo sem conhecer as liacutenguas jaacute nos
oportuniza muito conhecimento como por exemplo saber que Poe foi o primeiro
escritor americano moderno a ingressar no sistema literaacuterio vietnamita por meio de uma
traduccedilatildeo de 1936 Outras muitas traduccedilotildees do poema feitas em paiacuteses asiaacuteticos tais
como Japatildeo Coreia e China parecem sugerir de fato que no Oriente Poe eacute um dos
escritores ocidentais mais idolatrados e estudados e seu poema tem contribuiacutedo para o
estabelecimento de uma cultura midiaacutetica e artiacutestica [neogoacutetica] nessa heterogecircnea e
diversa regiatildeo do mundo
Nessa dinacircmica temos observado tambeacutem que haacute diversos estudos criacuteticos ao
redor do planeta buscando radiografar as traduccedilotildees da obra de Poe contudo salvo
algumas publicaccedilotildees de alcance mais ampliado inclusive em face de questotildees ligadas agrave
hegemonia simboacutelica e cultural de algumas liacutenguas ocidentais que ditam em suas
publicaccedilotildees a visibilidade de produccedilotildees criacuteticas normalmente o pesquisador encontra
dificuldades para acessar traduccedilotildees de determinados textos literaacuterios ou relativamente
ao conjunto dessas traduccedilotildees em especiacutefico O poema de Poe eacute um desses exemplos
mas foi algo que pocircde ser superado pela variedade de fontes existentes sobre as aludidas
traduccedilotildees
Do mesmo modo na Ruacutessia o poema de Poe foi e ainda eacute idolatrado por
romancistas contistas poetas criacuteticos literaacuterios filoacutesofos cineastas assim como por
leitores em geral Essa atraccedilatildeo tambeacutem eacute bem indicativa da superaccedilatildeo de vieses
ideoloacutegicos antagocircnicos quando o assunto eacute Edgar Poe e sua produccedilatildeo poeacutetica narrativa
e criacutetica
17
Eacute nesse sentido que normalmente natildeo temos notiacutecias sobre traduccedilotildees feitas no
Vietnam como jaacute ressaltamos Isso tem em parte ligaccedilatildeo com a ideia atual de
internacionalizaccedilatildeo da pesquisa cientiacutefica que ecoa uma tese majoritaacuteria segundo a qual
a pesquisa eacute internacional se estiver redigida em inglecircs de modo que todo o resto
produzido nas demais liacutenguas eacute material de interesse regional ou local O inglecircs como
liacutengua de acesso internacional da pesquisa cientiacutefica natildeo eacute sinocircnimo de pesquisa
cientiacutefica de interesse internacional ou mesmo a qualidade da pesquisa natildeo pode estar
atrelada a liacutengua de sua disseminaccedilatildeo como fato a priori A tradiccedilatildeo de traduzir Poe
pelo mundo mostra exatamente o contraacuterio internacional eacute o que estaacute em todos os
rincotildees do planeta e Poe e ldquoThe Ravenrdquo satildeo criador e criatura plenamente
internacionais pois todos queriam experimentar em suas liacutenguas maternas o ritmo a
sonoridade e atmosfera enfim a beleza evocada no e pelo poema de Poe
Outro aspecto que nos chamou bastante atenccedilatildeo eacute a enorme quantidade de
traduccedilotildees potencialmente enquadradas em domiacutenio puacuteblico especialmente nas liacutenguas
eslavas no espanhol e no portuguecircs brasileiro liacutengua esta uacuteltima que curiosamente
traduziu ou recriou poeticamente muito mais esse texto do que o que se verificou em
Portugal por exemplo Tambeacutem foi interessante reavivar traduccedilotildees acantonadas por
outras mais ceacutelebres (canocircnicas) O caso das traduccedilotildees francesas eacute particularmente
relevante nessa discussatildeo pois Baudelaire e Mallarmeacute fizeram os demais tradutores
franceses caiacuterem em profundo esquecimento e sem conhecer as traduccedilotildees resta pouco
espaccedilo para a renovaccedilatildeo criacutetica
Como nosso objetivo natildeo era categorizar por questotildees esteacuteticas trouxemos agrave
tona todas as traduccedilotildees localizadas indistintamente Para tal haacute que se reconhecer a
relevacircncia de ferramentas de pesquisa e acervos digitais ferramentas de traduccedilatildeo
digital sem os quais natildeo seria possiacutevel alcanccedilar o resultado que ora apresentamos
Assim foram vaacuterias as estrateacutegias de localizaccedilatildeo de traduccedilotildees nas mais variadas
liacutenguas algumas delas entendidas como ferramentas de aproximaccedilatildeo inicial com os
textos e referecircncias investigadas que podem ser divididos em instrumentos de sondagem
e confirmaccedilotildees tais como os repositoacuterios digitais de livros artigos e demais textos
criacuteticos ou literaacuterios e referecircncias catalograacuteficas teses e dissertaccedilotildees acadecircmicas nas
vaacuterias liacutenguas os cataacutelogos online de Bibliotecas Nacionais bem como sites de vendas
de livros propiciaram os meios miacutenimos necessaacuterios para esse mapeamento tendo como
foco a localizaccedilatildeo da primeira agrave uacuteltima traduccedilatildeo de cada paiacutes mesmo reconhecendo ser
essa uma tarefa sempre inconclusa
18
Ressalta-se que foi necessaacuterio conjugar todas as ferramentas e bases de dados
para efetuar confirmaccedilotildees importantes a fim de oferecer um quadro o mais transparente
e honesto possiacutevel das traduccedilotildees Igualmente natildeo desconsideramos traduccedilotildees publicadas
por tradutores ldquoamadoresrdquo feitas em blogs ou outros sites da internet visto que cabe ao
exerciacutecio criacutetico posterior avaliar as qualidades poeacuteticas e esteacuteticas dessas traduccedilotildees
algo somente possiacutevel a partir do conhecimento da existecircncia de tais traduccedilotildees
Nesse sentido vale lembrar que Poe somente transpocircs os muros do relativo
provincianismo esteacutetico dos EUA do seacuteculo XIX rumo agrave gloacuteria e a veneraccedilatildeo perante
os poetas romacircnticos realistas simbolistas modernistas (especialmente os surrealistas)
e toda a plecirciade de contistas e romancistas posteriores a partir do momento em que
Baudelaire e Mallarmeacute traduziram seu poema maior o demonstra o poder disseminador
do ofiacutecio do tradutor mesmo que haja questionamentos sobre a qualidade da traduccedilatildeo
algo que nem mesmo Baudelaire pocircde ficar imune Tambeacutem utilizamos para conceber
esse levantamento mundial de tradutores de ldquoThe Ravenrdquo os extraordinaacuterios trabalhos
organizados por Margarida Vale de Gato e Emron Esplin (2014) assim como as
pesquisas de natureza semelhante organizadas por Lois Vines (2002) o que muito nos
orientou para compor o painel inicial de tradutores de ldquoThe Ravenrdquo
A despeito do amplo e consistente espectro de levantamentos e anaacutelises que
esses estudos apontam e concluem sobre as referidas traduccedilotildees inclusive em muacutetua
complementaccedilatildeo foi necessaacuterio avanccedilar ainda mais nas buscas por traduccedilotildees de ldquoThe
Ravenrdquo com base em outras fontes de pesquisa especialmente para cobrir as traduccedilotildees
mais recentes e outras mais que apenas satildeo aludidas nos referidos estudos No caso da
Greacutecia por exemplo como veremos no exposto ao longo deste quadro foi muito
importante para destacar a produccedilatildeo tradutoacuteria mais recente de ldquoThe Ravenrdquo feita pelos
aacuteticos assim como outros paiacuteses natildeo investigados pelos citados estudos quanto ao
poema ldquoThe Ravenrdquo visto que nossa intenccedilatildeo era abranger o maacuteximo de tradutores
desse poema
As pesquisas supracitadas organizadas por Gato e Esplin (2014) e Vines (2002)
tem tambeacutem baixiacutessima circulaccedilatildeo nos estudos brasileiros o que tambeacutem configura
lacuna que apenas a menccedilatildeo a estes trabalhos entre noacutes jaacute nos ajuda a formular novos
caminhos de investigaccedilatildeo Outra experiecircncia extremamente interessante de traduccedilatildeo do
poema deu-se na Romecircnia terra da Transilvacircnia natildeo poderia deixar de bem recepcionar
ldquoThe Ravenrdquo e o fez em abundacircncia tanto em prosa (sob a forte influecircncia do Le
Corbeau de Baudelaire e de Mallarmeacute) quanto em versos
19
O panorama que ora apresentamos almeja complementar e enriquecer as
pesquisas sobre o impacto de ldquoThe Ravenrdquo nas vaacuterias literaturas e seus sistemas
literaacuterios em que este texto e seu autor se espraiaram aleacutem de oferecer um novo
horizonte para estudos de traduccedilatildeo poeacutetica em perspectiva comparada especialmente
entre liacutenguas normalmente natildeo muito proacuteximas nestes campos de pesquisa Poe e seu
poema satildeo o elo entre elas
Vale ainda destacar que boa parte dessas traduccedilotildees do poema natildeo eacute conhecida
ou apropriadamente estudada e criticada em perspectiva comparada no Brasil ou
mesmo no restante do mundo o que por si soacute jaacute justificaria a necessidade de tal
empreendimento investigativo
No que respeita agraves traduccedilotildees brasileiras Elson Froacutees dedicou-se a um
interessante exame ao coligir as traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo para a liacutengua portuguesa em
seu siacutetio da internet resultando em um repositoacuterio bastante rico dessas traduccedilotildees Fica o
registro de agradecimento a Froacutees pois foi com base na experiecircncia e exemplo do
trabalho dele que ambicionamos alargar o inventaacuterio de traduccedilotildees do poema para uma
escala mundial que reiteramos sempre precisaraacute de revisotildees e ampliaccedilotildees Esperamos
que nosso esforccedilo seja complementado ou retificado no que for necessaacuterio pelos
seguidores e criacuteticos que no mundo todo seguem a sombra viviacutessima de Poe e seu
corvo Desse modo chegamos a este estudo preacutevio calcado em diversas outras
pesquisas e indicaccedilotildees bibliograacuteficas na cifra incriacutevel de ao menos 700 traduccedilotildees2 do
poema ldquoThe Ravenrdquo distribuiacutedas em pelo menos 51 liacutenguas e em pelo menos 66
paiacuteses de forma que ainda natildeo conseguimos avanccedilar para outras regiotildees e continentes
como por exemplo para Aacutefrica (com especial interesse para noacutes nas traduccedilotildees nos
paiacuteses africanos lusoacutefonos e francoacutefonos) Oceania e Aacutesia pois esta uacuteltima foi apenas
parcialmente coberta por noacutes aleacutem de se fazer necessaacuterio buscar outras fontes em paiacuteses
especiacuteficos de todas as regiotildees do planeta
Eacute por tudo isso que para relembrar a gloacuteria desse poema realmente e com toda a
justeza da palavra universal e em memoacuteria de Poe e dos tradutores de ldquoThe Ravenrdquo
os leitores poderatildeo ler e sentir as traduccedilotildees em domiacutenio puacuteblico assim como o texto-
fonte
Pedimos apenas desculpas aos tradutores que por ora natildeo conseguimos localizar
2 Desse astronocircmico total estatildeo excluiacutedas vaacuterias transposiccedilotildees mais ldquoradicaisrdquo que poderiam a depender o criteacuterio e
do campo conceitual dos estudos de traduccedilatildeo em jogo integrarem a lista de traduccedilotildees tambeacutem foram isolados outros
indiacutecios de traduccedilotildees pois preferimos mantecirc-los em separado para maiores confirmaccedilotildees Seguramente esse
quantitativo de traduccedilotildees eacute apenas uma parcela que precisaraacute ser revisitada e ampliada
20
em razatildeo de nossas limitaccedilotildees de pesquisadores inclusive as linguiacutesticas Certamente o
conjunto das referecircncias de traduccedilatildeo de ldquoThe Ravenrdquo constitui-se em um verdadeiro
panteatildeo de traduccedilatildeo poeacutetica As informaccedilotildees colhidas parecem demonstrar que estamos
diante natildeo apenas do poema mais conhecido do mundo conforme John Henry Ingram
(1885) assevera ldquoEDGAR POES Raven may safely be termed the most popular lyrical
poem in the worldrdquo (INGRAM 1885 p VII) mas tambeacutem para tanto e em conexatildeo a
este fato salvo provas robustas em contraacuterio parece ser realmente o texto poeacutetico mais
traduzido de todos os tempos
Tal hipoacutetese jaacute fora advogada no estudo realizado por Barreiros (2005) em
ensaio sobre as traduccedilotildees em liacutengua portuguesa Esse estudo levantou naquele momento
cerca de 120 traduccedilotildees o que jaacute fora o suficiente para Barreiros (2005) lanccedilar tal
assertiva que acreditamos agora confirmar Presentemente nosso levantamento
alcanccedilou a incriacutevel cifra excluindo transcriaccedilotildees mais ldquoradicaisrdquo e cotraduccedilotildees (para
efeito de contagem a referecircncia eacute o texto traduzido e natildeo a quantidade de tradutores
embora ainda assim possa haver oscilaccedilotildees em razatildeo da variedade de disposiccedilotildees nas
referecircncias bibliograacuteficas e catalograacuteficas) de reiteramos 700 traduccedilotildees de ldquoThe
Ravenrdquo havendo potencialmente muitas outras ainda a serem somadas nesse universo
fantaacutestico de traduccedilotildees releituras e transposiccedilotildees e recriaccedilotildees intersemioacuteticas e
intermidiaacuteticas do poema de Poe
21
2 Capiacutetulo Dois breve anaacutelise dos achados sobre as
traduccedilotildees
_____________________________________________________
De fato nosso estudo parece realmente confirmar a hipoacutetese de Barreiros pois
segundo ele ldquoOs nuacutemeros destinam-se apenas a ilustrar a abundacircncia de traduccedilotildees
existentes que tornam ldquoThe Ravenrdquo (comparando os seus escassos 160 anos de idade
com os vaacuterios milecircnios das epopeias homeacutericas ou mesmo o Cacircntico de Salomatildeo) o
poema mais traduzido do mundordquo (BARREIROS 2005 p 141 grifos nossos)
Cumpre anotar que algumas fontes nos indiciaram a existecircncia de determinadas
traduccedilotildees mas em caso de duacutevida optamos por mantecirc-las em quadro separado para
maiores esclarecimentos e confirmaccedilotildees
Por fim associa-se a este panorama singular envolto ao poema de Poe uma seacuterie
de adaptaccedilotildees e transposiccedilotildees entre os gecircneros textuais paroacutedias e recriaccedilotildees poeacuteticas
parcialmente levantadas por noacutes A rigor o nuacutemero de traduccedilotildees que indicamos neste
estudo pode variar para mais ou para menos a depender do entendimento conceitual e do
limite do que vem a ser um texto traduzido adaptado transposto transmudado
retraduzido etc O ponto eacute que o texto de Poe eacute um soacute Todas as demais traduccedilotildees
intencionalmente mais ldquoliteraisrdquo ou natildeo satildeo outros textos em diaacutelogo com o de partida
de Poe A traduccedilatildeo permaneceraacute sempre nesse jogo dialeacutetico de aproximaccedilatildeo e
afastamento em relaccedilatildeo agrave fonte Nosso objetivo natildeo foi discutir neste nosso estudo de
prospecccedilatildeo portanto de ordem introdutoacuteria eventuais niacuteveis de fidelidade presentes
nas traduccedilotildees levantadas algo que inclusive somos contraacuterios do ponto de vista teoacuterico
e criacutetico Talvez esse olhar mais plural e inclusivo tenha ajudado a recuperar textos que
estatildeo sendo desprezados haacute seacuteculos pela criacutetica literaacuteria e tradutoacuteria Um exemplo claro
disso eacute o quadro tradutoacuterio francecircs embora haja vaacuterias traduccedilotildees realizadas no passado
e no presente a de Baudelaire e a de Mallarmeacute continuam excluindo a possibilidade de
haver outras boas traduccedilotildees em razatildeo do peso simboacutelico do cacircnone pontificado pelos
referidos poetas franceses Natildeo eacute possiacutevel julgar o que natildeo se conhece Em terras
brasileiras tambeacutem eacute perceptiacutevel uma resistecircncia em se avaliar criticamente apenas
algumas das traduccedilotildees sobretudo a de Pessoa e Machado de Assis restringindo-se em
muitos estudos a verificar qual das duas fica com ldquoo trofeacuteurdquo
Nas uacuteltimas deacutecadas tecircm ganhado relevo a traduccedilatildeo de um ilustre desconhecido
22
Milton Amado De fato eacute uma excelente traduccedilatildeo mas o procedimento parece o mesmo
localizando-se ldquofidelidadesrdquo garante-se a ldquoqualidaderdquo da traduccedilatildeo e a partir daiacute todas
as demais traduccedilotildees embotam-se e seguem seu curso ao degredo
Esse modus operandi tem um rival reverso que eacute quanto mais ldquooriginalrdquo a
traduccedilatildeo melhor ela deve ser Os dois modos tem algo em comum o ponto de
comparaccedilatildeo eacute uacutenica e exclusivamente com o texto-fonte3 De fato todas as traduccedilotildees
seratildeo iguais em alguns aspectos e diferentes em outros elementos e escolhas de
traduccedilatildeo quando postas em contraste ao texto de partida Fato curioso eacute balizar como
alguns criacuteticos do passado fizeram a qualidade da traduccedilatildeo do poema de Poe natildeo
apenas pelo texto de partida mas por outras traduccedilotildees de renome Novamente o ponto
de comparaccedilatildeo aqui eacute a traduccedilatildeo de Mallarmeacute e de Baudelaire Tal exerciacutecio criacutetico se
ampliado pode trazer vantagens mas se circunscrever-se a alguns pontos comparativos
canocircnicos leva-se novamente a pesquisa de traduccedilatildeo poeacutetica comparada a uma nova
estagnaccedilatildeo de possibilidades inovadoras no que concerne ao texto de Poe
Com esse levantamento talvez possamos criar outros modos comparativos
inclusive deixando o ldquooriginalrdquo de Poe ldquodescansarrdquo algum tempo especialmente se o
criteacuterio de juiacutezo final seja o da fidelidade Alguns podem argumentar que desse modo
natildeo se poderaacute dizer que o texto traduzido eacute de Poe
O poeta de Boston foi em realidade o primeiro tradutor de seu poema maior
Traduziu-o da linguagem poeacutetica para a ensaiacutestica e alguns teoacutericos natildeo sem razatildeo
leem em Philosophy of Composition um ldquocripto-contordquo simulado de teoria da arte
poeacutetica Nesse cenaacuterio seria um exerciacutecio bastante frutiacutefero estudar alternativas de
traduccedilatildeo entre liacutenguas que normalmente natildeo convivem culturalmente entre si
Pensar o poema de Poe como uma ligaccedilatildeo importante para o debate sobre suas
traduccedilotildees eacute algo baacutesico de fato mas sem a presenccedila necessaacuteria dele como fator de
decisatildeo criacutetica inquestionaacutevel Dessa forma abrem-se muitas possibilidades de estudos
sobre por exemplo magnetismos ideoloacutegicos contraacuterios que convergem em traduccedilotildees
de ldquoThe Ravenrdquo localizando os sinais de tais escolhas ideoloacutegicas no interior das
3 Isso explica em parte porque no caso brasileiro as traduccedilotildees de Machado de Assis e Fernando Pessoa
anulem o espaccedilo de outras boas experiecircncias de traduccedilatildeo do poema de Poe pois desde leitores meacutedios ateacute
a leitura criacutetica operada pelos centros de pesquisa tem-se fixado demasiadamente o interesse somente
nestas traduccedilotildees Semelhante situaccedilatildeo ocorre no caso francecircs italiano todos com muitas traduccedilotildees do
poema mas que o cacircnone tradutoacuterio se pauta no cacircnone literaacuterio de origem do tradutor vinculado
normalmente ao epicentro cultural dessas liacutenguas A uacutenica exceccedilatildeo eacute ocorre com as traduccedilotildees espanholas
visto que os tradutores normalmente lembrados tanto pela dianteira de serem os primeiros tradutores
quanto pelas qualidades dessas traduccedilotildees satildeo oriundos de paiacuteses ldquoperifeacutericosrdquo hispacircnicos sul-
americanos (Venezuela Chile Argentina Peru Colocircmbia Paraguai etc) e norte-americanos (Meacutexico)
23
traduccedilotildees que ainda assim apregoam uma pretensa fidelidade com o texto de partida A
partir disso surgem outras questotildees tais como haacute ideologias marcadas no texto de Poe
ou justamente sua opccedilatildeo deveria ser entendida como do tipo estritamente ldquoarte pela
arterdquo e que foi isso que garantiu espaccedilo a outras ideologias instalarem-se pela via
tradutoacuteria Ou se procede outra hipoacutetese que diz respeito a uma possiacutevel
ldquoneutralidaderdquo do texto de Poe garantiria espaccedilo a esse texto em tantos e variados
paiacuteses de culturas ideoloacutegicas tatildeo diversificadas
Ou ao contraacuterio as posiccedilotildees ideoloacutegicas e esteacuteticas inscritas no poema de Poe
combinadas resgatam um equiliacutebrio entre os discursos em choque Essas e outras tantas
abordagens podem ser experimentadas quando se fala de traduccedilatildeo mas cresce em
progressatildeo geomeacutetrica quando se pensa no poema exemplar de Poe O fato mais
interessante a meu juiacutezo eacute ter a clareza do lugar deste poema na histoacuteria das traduccedilotildees
entre liacutenguas e entre as artes Assim esse texto poeacutetico invulgar vem atuando como um
dos principais regentes simboacutelicos de processos contemporacircneos de ligaccedilatildeo entre as
artes Esse lugar eacute especial e vem rendendo louros a variados artistas da palavra e da
imagem haacute seacuteculos
Natildeo deixa de ser irocircnico o fato de que Poe repassou os direitos de publicaccedilatildeo do
poema agrave eacutepoca por 15 doacutelares e hoje seu texto poeacutetico rende milhotildees aos empresaacuterios
da cultura tradutores e aos proacuteprios artistas que natildeo raramente firmaram seus locus de
fala em associaccedilatildeo ao nome de Poe e agrave sua obra
Muito provavelmente esse levantamento precisaraacute de outros estudos para
avanccedilar nesse jaacute deslumbrante quadro de traduccedilotildees disponiacutevel no fim deste texto
Assim como o cacircnone seleciona algumas obras e ldquoesquecerdquo de grande parte dos autores
de determinada eacutepoca o cacircnone de traduccedilotildees tambeacutem relega agrave maioria das experiecircncias
transpositivas um recanto apagado e frequentemente subavaliado
O peso do cacircnone eacute tamanho que no caso das traduccedilotildees portuguesas a melhor
traduccedilatildeo de ldquoThe Ravenrdquo a de Milton Amado natildeo costuma alcanccedilar a notoriedade das
traduccedilotildees de Pessoa e de Machado de Assis Dessa maneira nosso esforccedilo foi dar nova
voz a essas traduccedilotildees que tambeacutem satildeo esquecidas por advirem de paiacuteses culturalmente
perifeacutericos aos olhos da oacutetica eurocecircntrica que impera em nossos estudos literaacuterios ainda
hoje
Poe extravasou essas barreiras e conseguiu manter-se onde seu proacuteprio paiacutes em
determinados contextos histoacutericos e poliacuteticos natildeo era muito bem-vindo Um dos
grandes exemplos disso como jaacute frisamos eacute o da Ruacutessia e de outros paiacuteses eslavos
24
assim como todo o leste europeu que mesmo sob os mais ferrenhos regimes totalitaacuterios
raramente fecharam as portas para o poeta de Boston E se por algum tempo o fizeram
logo vieram novos poetas e tradutores de ldquoThe Ravenrdquo Certamente haveraacute mais
condiccedilotildees para ampliar esse mapeamento inclusive corrigindo eventuais equiacutevocos de
nossa parte4 A certeza apenas eacute de que haacute muito que se explorar teoacuterica e criticamente
com base nesse poema estelar de Edgar Allan Poe Assim o conjunto multivariado de
traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo eacute talvez a mais eloquente prova da forccedila do simbolismo e do
imaginaacuterio moderno chamado Edgar Poe E essas traduccedilotildees em profusatildeo constante natildeo
satildeo somente um iacutendice desse imaginaacuterio Ao contraacuterio eacute uma das espinhas dorsais que
sustentam Poe e seu Corvo em pleno voo de cruzeiro Criou-se assim uma tradiccedilatildeo de
tradutores dedicada a retroalimentar e redescobrir novos horizontes do imaginaacuterio
delineado por Poe Assim traduzir ldquoThe Ravenrdquo passou a ser um rito iniciaacutetico de
tradutores da liacutengua inglesa
Alguns paiacuteses tecircm mais ainda que outros como estamos insistindo enorme
interesse pela obra de Poe e mais ainda em traduzir o poema ldquoThe Ravenrdquo Pesquisar
todas essa motivaccedilotildees foge ao escopo e limite de nossas preocupaccedilotildees neste estudo mas
a nossa contribuiccedilatildeo seguramente abre novas oportunidades explicativas sobre como
um autor ou texto literaacuterio singra por mares tatildeo diversos A visualidade que a
planificaccedilatildeo cartograacutefica das traduccedilotildees delineia nesse sentido eacute particularmente especial
e ajuda na compreensatildeo concreta da importacircncia sui generis de Poe para a histoacuteria
mundial da literatura e da poesia Parece haver portanto um duplo sentido de
motivaccedilatildeo envolvido no processo de se traduzir ldquoThe Ravenrdquo busca-se a traduccedilatildeo do
imaginaacuterio historicamente atribuiacutedo a Poe e seu tempo em paralelo ao imaginaacuterio da
traduccedilatildeo construiacutedo no transcurso da consolidaccedilatildeo da tradiccedilatildeo canocircnica de tradutores
que se operou com foco especial no aludido poema Esses flancos de traduccedilatildeo tradiccedilatildeo
e imaginaacuterio passaram a coexistir sinergicamente contribuindo para entender o
complexo volumoso e multiforme rol de traduccedilotildees e tradutores de ldquoThe Ravenrdquo de Poe
Seguramente este estudo de compilaccedilatildeo preacutevia necessitaraacute de outros para ampliaccedilatildeo do
espectro de traduccedilotildees assim como eventuais emendas nas informaccedilotildees de referecircncias
buscando-se a maacutexima exatidatildeo dessas informaccedilotildees A partir de agora temos um
volume bastante ampliado deste poema que passou a ser um verdadeiro mantra da
4 Criacuteticas sugestotildees e indicaccedilotildees sobre novas ou desconhecidas traduccedilotildees do poema ldquoThe Ravenrdquo por
favor enviar mensagem para o e-mail helciclevergmailcom afim de se realizar inclusatildeo de tais
traduccedilotildees em ediccedilotildees futuras
25
cultura [neogoacutetica] mundial Continuemos a abrir portas e janelas em nossos
ldquodezembros glaciaisrdquo com quis Machado de Assis para outros corvos entrarem em
nossos sistemas literaacuterios e coraccedilotildees
Consideraccedilotildees finais
Por uacuteltimo o esforccedilo de muitos pesquisadores aqui coligido poderaacute tambeacutem
ofertar novos estudos literaacuterios das mais diversas orientaccedilotildees criacuteticas e teoacutericas
inclusive oportunizando novos olhares sobre as tradiccedilotildees poeacuteticas nacionais numa
perspectiva de integraccedilatildeo mais efetiva com as demais produccedilotildees literaacuterias ao redor do
globo
Noacutes pesquisadores brasileiros do campo da literatura temos muito a aprender
sobre integraccedilatildeo cultural especialmente em se pensando em nossos vizinhos de
fronteira e de continente detentores de longa e rica tradiccedilatildeo literaacuteria parcamente
conhecida por noacutes Poe e seu poema iacutecone em face da penetraccedilatildeo universal de ambos
nos datildeo nessa direccedilatildeo condiccedilotildees de reatar outros laccedilos culturais
Por enquanto apenas ficamos com a certeza de que a paisagem de traduccedilotildees que
estamos reunindo ainda estaacute incompleta o que nos causa alegria e motivaccedilatildeo para
continuar e ao mesmo tempo tristeza por ainda desconhecer outros corvos e seus
idealizadores Trata-se de fato de uma pesquisa ornitoloacutegica sem fim pois as migraccedilotildees
do paacutessaro negro de Poe entre paiacuteses natildeo tecircm dado mostras de diminuiccedilatildeo ao contraacuterio
a cada ano amplia-se o bando de corvos em nosso ceacuteu literaacuterio poeacutetico e tradutoacuterio
3 Referecircncias (em ordem alfabeacutetica por liacutenguas)
_____________________________________________________
31 Em Inglecircs
ADERMAN Ralph M ldquoPoe in Rumania A Bibliographyrdquo III 19-20
BENTON Richard P ldquoEdgar Allan Poe Current Bibliographyrdquo II 4-12 III 11-16 IV
38-44
CARLSON Thomas C ldquoRomanian Translations of ldquoThe Ravenrdquo 1985 Memphis State
University e disponiacutevel em httpswwweapoeorgpstudiesps1980p1985203htm
Acesso em 18 jul 2017
26
DAMERON J Lasley Thomas C Carlson Judy Osowski and John E Reilly ldquoCurrent
Poe Bibliographyrdquo VI 36-42 VIII 4346 X 2127
DAMERON J Lasley Thomas C Carlson and John E Reilly ldquoCurrent Poe
Bibliographyrdquo VIII 15-21
DAMERON J Lasley Thomas C Carlson John E Reilly and Benjamin Franklin
Fisher IV ldquoCurrent Poe Bibliographyrdquo XI 32-38 XIII 29-34 XV 13-18 XVI 34-38
FISHER Benjamin Franklin IV ldquoFugitive Poe References A Bibliographyrdquo XI 13-14
38-41 XII 31-34 XIII 34-36 XIV 25-30 XV 18-22 XVI 7-12
GARDNER Martin In CARROLL Lewis The Annotated Alice The Definitive
Edition Introduction and notes by Martin Gardner Illustrations by John Tenniel
LondonNew York W W Norton amp Comapany 2000 p 35
GOETZ T H ldquoAddenda Fugitive References Poe and Francerdquo IX 51-52
INGRAM John Henry POE Edgar Allan 1809-1849 ldquoThe Ravenrdquo With literary and
historical commentary by John H Ingram London George Redway 1885 p VII
Disponiacutevel em httpshdlhandlenet2027umn319510020447550 Acesso em 18 jul
2017
LAWSON Lewis A ldquoPoe and the Grotesque A Bibliography 1695-1965rdquo I 9-10
MARRS Robert L ldquoFugitive Poe References A Bibliographyrdquo II 12-18
MARRS Robert L lsquoThe Fall of the House of Usherrsquo A Checklist of Criticism Since
V 23-24 1960
OLEA FRANCO Rafael VICENTENtildeO BRAVO Pamela (2014) no texto
Encountering the Melancholy Swan Edgar Allan Poe and Nineteenth-Century Mexican
Culture In Translated Poe Esplin and Margarida Vale de Gato (EditorasOrgs)
(2014)
OSOWSKI Judy ldquoFugitive Poe References A Bibliographyrdquo III 16-19 IV 44-46
VIII 21-22 IX 49-51
PAVNASKAR Sadanand R ldquoPoe in India A Bibliography V 49-50 1955-1969 Cf
Disponiacutevel em httpswwweapoeorgpstudiesps1980p1984101htm 28 ago 2017
POE Edgar Allan 1809-1849 Poe Edgar Allan 1809-1849 The raven With literary
and historical commentary by John H Ingram London George Redway 1885
POE Edgar Allan The Works of the Late Edgar Allan Poe With a Memoir by Rufus
Wilmot Griswold and Notices of his Life and Genius by N P Willis and J R Lowell 4
vols 1850ndash56 Rptd 1858 1861 etc
POE Edgar Allan The Works of Edgar Allan Poe 4 vols Ed Ingram J H Edinburgh
1874ndash75 1880 etc
POE Edgar Allan The Tales and Poems of Edgar Allan Poe 4 vols Ed Ingram J H
London 1884
POE Edgar Allan The Works of Edgar Allan Poe 6 vols Ed Stoddard R H [1884]
1894
POE Edgar Allan The Works of Edgar Allan Poe Newly Collected and Edited with a
Memoir Critical Introductions and Notes 10 vols Ed Stedman E C and Woodberry
G E Chicago 1894ndash94 New York 1914 Vol X (Poems) separately 1907 1914
POE Edgar Allan The Complete Works of Edgar Allan Poe (Virginia Edition) 17
vols Ed Harrison J A [1902] Vol 1 (Biography) and Vol VII (Poems) separately
1902 Vols 1 and XVII (Letters) slightly revised as Life and Letters of Poe 1903
POE Edgar Allan The Complete Works of Edgar Allan Poe 10 vols Ed Richardson
C F New York and London [1902]
POE Edgar Allan Poems of Edgar Allan Poe (Musesrsquo Library) Ed Ingram J H
London [1909]
27
POE Edgar Allan The Complete Poems of Edgar Allan Poe Ed Whitty J H Boston
1911 also revised and enlarged Boston 1917
POE Edgar Allan The Poems of Edgar Allan Poe Ed Campbell K Boston [1917]
SEGAL Miryam New Sound in Hebrew Poetry Poetics Politics Accent
BloomingtonIndianapolis Indiana University Press 2010
RICHARDS Eliza Outsourcing ldquoThe Ravenrdquo retroactive origins Victorian Poetry
432 (Summer) 2005 p 205)
Steampunk Poe by Edgar Allan Poe Illustrated by Zdenko Bašicacute and Manuel
Šumberac edited by Ellie OrsquoRyan and Marlo Scrimizzi and American Gothic From
Salem Witchcraft to H P Lovecraft An Anthology 2nd ed edited by Charles L Crow
(review) 2011
VINES Lois (Editor) Poe abroad influence reputation affinities Iowa City
University of Iowa Press 19992002
WOODBRIDGE Hensley C ldquoPoe in Spanish Americardquo Poe Newsletter January 1969
Vol II No 1 212-18 Cf Disponiacutevel em
httpswwweapoeorgpstudiesps1960p1969105htm Acesso em 28 ago 2017
WOODBRIDGE Hensley C ldquoPoe in Spanish America Addenda and Corrigendardquo IV
46
32 Em Portuguecircs
ANDRADE Carlos Drummond de ldquoA Visitardquo In Poesia Completa Rio de Janeiro
Nova Aguilar 2002
ANJOS Augusto dos Augusto dos Anjos ndash Obra Completa Org Alexei Bueno Rio de
Janeiro Nova Aguilar 1995
ARAUacuteJO Ricardo Edgar Allan Poe um homem em sua sombra Satildeo Paulo Ateliecirc
Editorial 2002
BANANEacuteRE Juoacute [pseudocircnimo de Alexandre Ribeiro Marcondes Machado] O
Gorvo (Paroacutedia) In La Divina Increnca II ed Sagraveo Paulo Folco Masucci 1966 p 27-
28
BARREIROS Joseacute C ldquoO que eacute uma boa traduccedilatildeo eacute uma traduccedilatildeo bem feita e o que eacute
uma traduccedilatildeo bem feitardquo Babiloacutenia revista lusoacutefona de liacutenguas cultura e traduccedilatildeo 3
2005 p 129-145 Disponiacutevel em
httprevistasulusofonaptindexphpbabiloniaarticleview17591411 Acesso em 18
ago 2017
BARROSO Ivo ldquoO Corvordquo e Suas Traduccedilotildees 2ordf ed Aumentada Tradutores
Baudelaire Mallarmeacute Didier Lamaison Machado de Assis Emiliacuteo de Meneses
Pessoa Gondin Milton Amado Benedicto Lopes Alexei Bueno Jorge Wanderley et al
Rio de Janeiro Lacerda 2000
CAMPOS Augusto de ldquoTranscorvordquo In Despoesia (1979-1993) Satildeo Paulo
Perspectiva 1994
CRUZ E SOUSA Obra Completa Andrade Murici (Org) Rio de Janeiro Nova
Aguilar 1995
DAGHLIAN 1999 p 98 In Fragmentos nuacutemero 17 p 95-111 Florianoacutepolis jul - dez
1999
DOS SANTOS Emerson Cristian Pereira The Raven e o seu voo para a liacutengua
brasileira de sinais Cadernos de Traduccedilatildeo Florianoacutepolis v 37 n 2 p 132-158 maio
2017 ISSN 2175-7968 Disponiacutevel em
lthttpsperiodicosufscbrindexphptraducaoarticleview2175-
28
79682017v37n2p132gt Acesso em 23 ago 2017 doi httpdxdoiorg1050072175-
79682017v37n2p132
FLORES Guilherme Gontijo GONCcedilALVES Rodrigo Tadeu ldquoO urubu de Edgar
Allan Poe ndash uma traduccedilatildeo-exurdquo Cf Disponiacutevel em
httpsescamandrowordpresscom20160711o-urubu-de-edgar-allan-poe-uma-
traducao-exu Acesso em 23 ago 2017
GATO Margarida Vale de ldquoA Standing Challenge for Changing Literary Systemsrdquo In
Translated Poe ESPLIN GATO (Editors) Bethlehem Pensilvacircnia Lehigh University
Press 2014
GUIMARAENS Alphonsus de ldquoA cabeccedila do corvordquo In Kiriale (1891 - 1895)
LA REGINA Sigravelvia ldquoO CORVOrdquo Edgar Allan Poe e Le Letterature di Lingua
Portoghese Disponiacutevel em
httpsarchiveorgstreamPoeELeLetteratureDiLinguaPortoghesePoe20e20le20l
etterature20di20lingua20portoghese_djvutxt Acesso em 15 jan 2017
LEITE Sylvia Helena Telarolli de Almeida Chapeacuteus de palha panamaacutes plumas
cartolas a caricatura na literatura paulista (1900-1920) Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Editora
da UNESP 1996 p 171 Disponiacutevel em
httpwwwdominiopublicogovbrdownloadtextoup000008pdf Acesso em 15 jan
2017
LEMINSKI Paulo Toda poesia Satildeo Paulo Companhia das Letras 2013
MOHALLEM Pedro ldquoO Estorvordquo Cf Disponiacutevel em
httpscinzafriablogspotcombr201610uma-tropicalizacao-de-edgar-poehtml
Acesso em 23 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Venceslau de Queiroz In O Mequetrefe1885 Cf
Disponiacutevel em
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombrmscorv
ohtm Acesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO corvordquo Edgar Allan Poe Traduccedilatildeo Machado de Assis Alberto
Guerra ilustraccedilotildees Cristina Pereira de Lima (Orgs) Presidente Prudente SP Editora
Ao Livro Teacutecnico 2008 [1883]
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Ameacuterico Lobo Jornal do Comeacutercio Belo
Horizonte MG 7 de agosto de 1892 Apud Iba Mendes no site O Poeteiro Cf tambeacutem
em
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombralcorvo
htmAcesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Fontoura Xavier In Opalas 1887 Apud Iba
Mendes no site O Poeteiro Cf
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombrfxcorvo
htm Acesso em 31 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Paulo de Magalhatildees In Aurora do Caacutevado 1887
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Escragnolle Doacuteria In Ateneida nuacutemeros 8 9 e 10
1903 Apud Iba Mendes no site O Poeteiro Cf Disponiacutevel em
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombrmscorv
ohtm Acesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Manoel de Soiza Azevedo (sic) e In Almanaque
Literaacuterio e Estatiacutestico do Rio Grande do Sul Ano 26 paacutegina 230 1914
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Manoel de Soiza Azevedo (sic) e In Almanaque
Literaacuterio e Estatiacutestico do Rio Grande do Sul Ano 26 paacuteginas 164-169 1915 Cf
httpseditoraanticiterawordpresscomcategorypoesia-angloamericana Acesso em
22 ago 2017
29
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Alfredo F Rodrigues In Almanaque Literaacuterio e
Estatiacutestico do Rio Grande do Sul ano de 1914 p 230-234 Com as correccedilotildees indicadas
agrave p 291 do mesmo volume Apud RUSSOMANO Mozart Victor A vida silenciosa de
Alfredo Ferreira Rodrigues in Revista da Proviacutecincia de Satildeo Pedro RS nordm 18
dezembro de 1953 p 54 a 58 Cf Disponiacutevel em
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombrmscorv
ohtmgt Acesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Joatildeo Kopke In Revista do Brasil nuacutemero 13
(volIII janeiro de 1917) Cf Disponiacutevel em
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombrmscorv
ohtm Acesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Maacuteximo das Dores In Engano dAlma (sonetos)
Lisboa Imprensa de Libanio da Silva 1928 p 45-62
POE Edgar Allan Contos de imaginaccedilatildeo e misteacuterio Edgar Allan Poe Traduccedilatildeo
Aureacutelio Lacerda Rio de Janeiro Pinguim 1947
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Aureacutelio de Lacerda Diaacuterio de Notiacutecias 30 de
outubro de 1949 Disponivel em
httpmemoriabnbrDocReaderHotpageHotpageBNaspxbib=066559amppagfis=2947
ampurl=httpmemoriabnbrdocreader Acesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan Poemas famosos da liacutengua inglesa Antologia biliacutengue Seleccedilatildeo
traduccedilatildeo e notas Oswaldino Marques Rio de Janeiro Civilizaccedilatildeo Brasileira 1956
POE Edgard Allan ldquoO corvordquo (The raven) Trad Benedicto Lopes Rio de Janeiro Liv
Satildeo Joseacute 1956
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Eldorado Annabel Leerdquo Trad Gondin da Fonseca In
Poemas da Anguacutestia Alheia Rio de Janeiro Livraria Satildeo Joseacute 1956
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo In O verme vencedor e outros poemas Trad Luiacutes
Augusto de Sousa Lisboa Organizaccedilotildees 1957
POE Edgar Allan Poemas e prosa Edgar Allan Poe [organizaccedilatildeo e traduccedilatildeo Oscar
Mendes (prosa) e Milton Amado (poesias)] Porto Alegre Globo 1960
POE Edgar Allan Ficccedilatildeo Completa Poesia e Ensaios Traduccedilatildeo Milton Amado e
Oscar Mendes Joseacute Aguilar 1965
POE Edgar Allan Ficccedilatildeo Completa poesias amp ensaios [organizaccedilatildeo traduccedilatildeo e
anotaccedilotildees Oscar Mendes (prosa e ensaios) e Milton Amado (poesias) ilustraccedilotildees
Eugecircnio Hirsch e Augusto Iriarte Gironaz] Rio de Janeiro Companhia Aguilar Editora
1965 1986
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Joseacute Luiz de Oliveira In Versos Reunidos Itu SP
1968
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Benedicto Lopes Rio de Janeiro Livraria Satildeo
Joseacute 1970
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Joatildeo Costa In Histoacuterias Completas de Edgar Poe
(2ordm vol) Lisboa Arcaacutedia 1972 p 559-563
POE Edgar Allan Antologia (ldquoO poccedilo e o pecircndulordquo ldquoWilliam Wilsonrdquo ldquoA carta
roubadardquo Capiacutetulos X e XII de Histoacuteria de A G Pym ldquoO corvordquo ldquoAnnabel Leerdquo
ldquoUlalumerdquo) in Edgar Poe (Coleccedilatildeo Gigantes da Literatura Universal) Trad Cabral do
Nascimento (antologia) e Vergiacutelio Godinho (outros textos) Lisboa Verbo 1972
POE Edgar Allan Poetas nortea-mericanos [sic] Antologia biliacutenguumle Traduccedilatildeo e
ediccedilatildeo Paulo Vizioli Rio de Janeiro Lidador 1976
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Haroldo de Campos ldquoO Texto-espelho (Poe
Engenheiro de Avessos)rdquo In A Operaccedilatildeo do Texto Satildeo Paulo Perspectiva 1976 p 23-
41
30
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Rubens F Lucchetti In Coleccedilatildeo Contos de Terror
1976
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Emiacutelio de Menezes In Obra Reunida Rio de
Janeiro Joseacute Olympio 1980
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad WOJCIECHOWSKI Antocircnio Thadeu PRADO
Roberto PRADO Marcos DEL GRASSI Edilson Ilustraccedilatildeo de Miran In Raposa 1985
e republicado em Os cataleacutepticos Lagarto Editores Curitiba 1991
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Reynaldo Jardim e Mariluacute Silveira In Jornal
Nicolau ano I nordm 4 outubro de 1987 p 12 e 13 Cf Disponiacutevel em
httpacervodigitalufprbrbitstreamhandle188424474D20-
20VIEIRA2C20MARIA20LUCIA20VOL20IVpdfsequence=1ampisAllowe
d=y p 806 Acesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Joseacute Lira Ortigatildeo Recife Oficina de Cordel
1996
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo In Suplemento Literaacuterio de Minas Gerais nordm 28 Belo
Horizonte POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo In Diaacuterio Oficial de Minas Gerais Trad Joatildeo
Inaacutecio Padilha 1997 p 6
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Sergio Duarte In Suplemento Literaacuterio de Minas
Gerais nordm 43 1998 p 14
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Luis Carlos Guimaratildees In Jornal O Galo Natal
1998 [com a colaboraccedilatildeo de Aluysio Mendonccedila Sampaio]
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Aluysio Mendonccedila Sampaio In Revista de
Literatura Brasileira Nordm 12 1998
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Edson Negromonte Revista Planeta Zero nordm 1
janfev de 1998 Cf
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombrencorv
ohtm Acesso em 22 ago 2017
POE Edgar Allan Poemas e Ensaios (Trad Oscar Mendes e Milton Amado) Satildeo
Paulo Globo 1999 3 Ed revista
POE Edgar Allan O corvo corvos e o outro corvo Organizaccedilatildeo e traduccedilatildeo Viniacutecius
Alves Florianoacutepolis Ed UFSC Bernuacutencia 2000
POE Edgar Allan O Corvo Trad Andreacute Carlos Salzano Masini In MASINI Andreacute
Carlos Salzano (Coord Trad e notas explicativas) Pequena Coletacircnea de Poesias de
Liacutengua Inglesa [Poe Yeats Keats Henley Dickinson Wordsworth Stevenson
Shakespeare E Bronteuml Frost] Ediccedilatildeo Biliacutengue Ediccedilotildees do Autor 2000
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Alexei Bueno In ROSA DO MUNDO Poemas
para o Futuro Lisboa Assiacuterio amp Alvim 2001 p 1058-1061
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Isa Mara Lando In CADERNOS DE
LITERATURA EM TRADUCcedilAtildeO nordm 5 ed Humanitas 2003
POE Edgar Allan Poeacutetica Edgar Allan Poe Traduccedilatildeo introduccedilatildeo cronologia e notas
Helena Barbas Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2004
POE Edgar Allan Filosofia da Composiccedilatildeo Prefaacutecio Pedro Suumlssekind Traduccedilatildeo Leacutea
Viveiros de Castro Rio de Janeiro 7Letras 2008
POE Edgar Allan ldquoO corvordquo em quadrinhos [adaptaccedilatildeo Luciano Irrthum] Coleccedilatildeo
Claacutessicos em HQ Satildeo Paulo Editora Fundaccedilatildeo Peiroacutepolis 2009
POE Edgar Allan Obra Poeacutetica Completa Traduccedilatildeo Margarida Vale de Gato
Ilustraccedilotildees Filipe Abranches Lisboa Tinta da China 2009
POE Edgar Allan Poemas e ensaios Trad Oscar Mendes [ensaios] Milton Amado
[poemas] Notas Carmen Vera Cirne Lima Posfacio Charles Baudelaire Satildeo Paulo
Globo 2009
31
POE Edgar Allan O Corvo Trad Renato Suttana 2010 Disponiacutevel em
httpwwwarquivorscomeapoe2htm Acesso em 27 ago 2017
POE Edgar Allan ldquoO corvordquo Edgar Allan Poe Traduccedilatildeo Fernando Pessoa e Alexei
Bueno [1980] Ilustraccedilotildees e adpataccedilatildeo Manu Maltez Rio de Janeiro Editora Scipione
2010
POE Edgar Allan O escaravelho de ouro e outras histoacuterias Traduccedilatildeo de Rodrigo
Breunig e Bianca Pasqualini Porto Alegre LampPM 2011
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Claacuteudio Weber Abramo In ABRAMO Claacuteudio
Weber A espada no livro 1997 p 59-63
com republicaccedilatildeo em ldquoO Corvordquo gecircnese referecircncias e traduccedilotildees do poema de Edgar
Allan Poe 2011 p 65-69
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Claacuteudio Weber Abramo In ABRAMO Claacuteudio
Weber O corvo gecircnese referecircncias e traduccedilotildees do poema de Edgar Allan Poe Satildeo
Paulo Hedra 2011
POE Edgar AllanO corvo Trad Adriana Pereira Achados por Ricardo de Pinho
Teixeira 1ordf ed ([Porto] Graacutefica Cromotema 2011
POE Edgar Allan ldquoO corvordquo Trad Luiz Antonio Aguiar Ilustraccedilotildees de Ryan Price
Satildeo Paulo Melhoramentos 2012
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Traduccedilatildeo Luciano Vieira Machado In Steampunk
Poe sete contos e o poema O corvo de Edgar Allan Poe Ilustrado por Zdenko Basic e
Manuel Sumberac Satildeo Paulo Moderna 2012
OE Edgar Allan ldquoO corvordquo = The raven Trad Thereza Christina Rocque da Motta
Rio de Janeiro Ibis Libris 2013
POE Edgar Allan ldquoO Corvordquo Trad Jeison Luis Izzo In O Corvo e Outros Corvos
2014 [Amazon Kindle]
VAacuteRIOS AUTORES (LAREcircDO Filipe SIMOtildeES Andrei FERRIC Fernando
PATRIacuteCIA Caacutetia WAZLAWICK Leo NISHIDA Bruno Cassandri ESTER Siacutelvia
BOSCO Mayra HATSCHBACH LEMES Matheus Claacuteudia VIANCO Andreacute
AUGUSTO Edyr LAREcircDO Salomatildeo FRANCISCO LUCCHETTI Rubens LEMES
Claacuteudia DONADON Willian BENIacuteCIO Alexandre TORRALBO Diego
DEMENECK Ben-Hur LEITE Ian FALCAtildeO DUDA KAIHATSU C B
OLIVEIRA Flaacutevio SOacuteRIA Paula ANTONIETA Renata VELOSO Caroline
Policarpo BARBOSA Danilo FREIRE Diego CARDOSO Marielle Pereira PIRAS
Valentina ANGELE Lu BOGEacuteA John MARCONDES Thaty BENTES Maacuterio
ARTESE Maria Luiza VIDAL Luis Gustavo Temple Novaes Eduardo PROENCcedilA
Edyr Alvarenga Joatildeo Alfredo FRAN Dany e SHIMOHIRO Kelly DANESIN
Rafael CAVALHEIRO Uiu PEROSINI Gustavo Lopes GODOI Bruno
CARVALHO Ceacutezanne Leacutelis de BORTOLANZA Carli Roger ARA Thais Alves
VIEIRA Alessandra OTAacuteVIO Natanael FREITAS Rossemberg da Silva
SPINDLER Roberta FIDELES Dan I PINHEIRO Thiago G Lee GHISLERI
Janice LIMA Humberto Faria de AIRES Letiacutecia GOTIJO Paulo Henrique Gomes
RABELO (Whitechapel) Arthur MIRANDA Wagner AOYAMA Zakuro AGUIAR
Lucas de HERPICH Mateus) O Corvo Um livro colaborativo VAacuteRIOS
ILUSTRADORES Editor Filipe Larecircdo Satildeo Paulo Empiacutereo 2015 Ediccedilatildeo do Kindle
33 Em Francecircs
BAUDELAIRE Charles Oeuvres Complegravetes de Charles Baudelaire Traductions
Eureka La Genegravese dun Poeumlme Le Corbeau Meacutethode de Compostion Par Edgar Poe
32
Notice notes et Eacuteclaircissements de M Jacquees CreacutepetParis Louis Conard Libraire-
Eacutediteur 1936
BLEacuteMONT Emile Deux poegravemes drsquoEdgar Poeuml interpreacuteteacutes en vers franccedilais Un Recircve
dans un recircve [A Dream within a Dream] A xxx (To-) Beaumarchais 22 mai 1881 Cf
Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb325362364 Acesso em 4 jul 2017
DELIGNE Vincent Le Corbeau dEdgar Allan Poe Analyse comparative partielle de
trois traductions Eacutequivalences ISSN 0751-9532 Vol 37 Nordm 1-2 2010 p 7-22
Disponiacutevel em httpsdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=4904422 Acesso em
27 jul 2017
GAUSSERON Henri Bernard Le Corbeau Paris Quantin 1882 Esta traduccedilatildeo foi
citada em levantamento de William T Bandy ldquoTentative Checklist of Translations of
Poersquos Works (1844-1899)rdquo Madison WI Privately Printed (mimeographed pages)
1959 Cf httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htmpg0019 Acesso em
27 jul 2017
GAUSSERON Henri Bernard Le corbeau poegraveme imiteacute dEdgar Allan Poeuml Paris
Imprimerie de A Quantin 1882
GOUBERT Eugene Le Corbeau conte fantastique en vers Rennes Oberthur 1869
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb311262510 Acesso em 3 jul
2017
MOISAN J-A ldquoLe Corbeaurdquo Poegraveme dEdgar Poe Traduction franccedilaise
eacutequirythmique avec texte anglais en regard par J-A Moisan traducteur dartrdquo Andreacute
Bruel 19331939
LEMONNIER Leacuteon Edgar Poe et les poegravetes franccedilais Paris Eacuteditions de la Nouvelle
Revue Critique 1932
LAUVRIEgraveRE Eacutemile Edgar Allan Poe Sa Vie et son oeuvre Eacutetude de Psychologie
pathologique Paris Feacutelix Alcan 1904 [Consta traduccedilatildeo do poema sem indicaccedilatildeo de
autoria o que sugere fortemente jaacute se tratar da traduccedilatildeo de Lauvriegravere Cf Disponiacutevel
em
httpsia800307usarchiveorg10itemsedgarpoe00laurrichedgarpoe00laurrichpdf
Acesso em 14 jul 2017
PECASTAING Sandy Poe et Baudelaire pour une hantologie du texte Litteacuteratures
Universiteacute Michel de Montaigne - Bordeaux III 2013 p 39 Franccedilais Disponiacutevel em
httpstelarchives-ouvertesfrtel-00997440document Acesso em 26 jul 2017
POE Edgar Allan Les poems La genegravese dun poegraveme Trad Charles Baudelaire
Steacutephane Mallarmeacute Paris Gallimard 1982
Journal dAlenccedilon em janeiro de 1853 Cf Disponiacutevel em
httpptcalameocomread0027669507d660a6e7567
POE Edgar Allan Eureka A Prose Poem [1848] trad fr Eurecircka Un poegraveme en prose
version de Charles Baudelaire Paris Marc Leacutevy 1864 p 223-224
POE Edgar Allan Les cloches Traduction libre drsquoEacutemile Bleacutemont Paris Librairie de
lrsquoeau-forte 1876
POE Edgar Allan Le Corbeau Albert Allenet Poeacutesies In ldquoLa Jeune Francerdquo 1st aout
1879 Disponiacutevel em httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acesso
em 11 set 2017
POE Edgar Allan Le Corbeau In GUILLEMONT Ernest Oeuvres choisies Paris
Degorce-Cadot 1884
POE Edgar Poeacutesies Complegravetes Traduction Gabriel Mourey Paris C Dallou 1889
POE Edgar Allan Poegravemes complets Scegravenes de Politian Le Principe poeacutetique
Marginalia Trad ineacutedite de Victor Orban notice biographique et bibliographique par
33
Alphonse Seacutecheacute Paris L Michaud 1908 Cf
httpcataloguebnffrark12148cb31126238s Acesso em 4 jul 2017
POE Edgar Allan Nouveaux contes eacutetranges [Texte imprimeacute] Edgar Poe [Trad par
Armand Masson] Ill de Lobel-Riche Paris P Lafitte 1911 Cf Disponiacutevel em
httpcataloguebnffrark12148cb31126367n Acesso em 11 set 2017
POE Edgar Allan Edgar Poe Les Cloches et quelques autres poegravemes Trad par J
Serruys et illustreacutes par Edmond Dulac Paris H Piazza (impr de G Kadar) 1913
POE Edgar Allan Edgar Poe Contes et poeacutesies Introduction traduction et notes par
Eacutemile Lauvriegravere Paris la Renaissance du livre 1918
POE Edgar Le Corbeau Trad Jean George Tollemache Sinclair In Larmes et
Sourire Poeacutesies originales et traduites des chefs-doeuvre de la Poeacutesie anglaise para Sir
Jean George Tollemache SinclairParis Imprimeacute pour LAuteur par MM Chaix et C
1912 Cf Disponiacutevel em
httpsia600300usarchiveorg22itemslarmesetsourires00sinclarmesetsourires00sinc
pdf Acesso em 4 set 2017
POE Edgar Allan Histoires Extraordinaires Traduit de lrsquoanglais par Charles
Baudelaire La Bibliothegraveque Electronique du Queacutebec sd Disponiacutevel em
lthttpbeqebooksgratuitscomvents-xpdfPoe-1pdfgt Acesso em 07092014
POE Edgar Allan ldquoLe Corbeaurdquo In DELARUE-MARDRUS Lucie Six poegravemes Ulalume
Le corbeau La dormeuse A Heacutelegravene La citeacute dans la mer Leacutenore Traduits en vers
franccedilais par Lucie Delarue-Mardrus Aux deacutepens des amateurs 1922 E In DELARUE-
MARDRUS Lucie Choix de Poegravemes et vers ineacutedits traductions Paris Alphonse
Lemerre 1951
POE Edgar Allan Six poegravemes Ulalume le Corbeau la Dormeuse Agrave Heacutelegravene la Citeacute
dans la mer Leacutenore Trad en vers franccedilais par Lucie Delarue Mardrus Paris impr de
Leacuteon Pichon aux deacutepens des amateurs 1922 Cf Disponiacutevel em
httpcataloguebnffrark12148cb31126247r Acesso em 4 jul 2017
POE Edgar Le Corbeau Trad Xavier de Magallon Nice Sainte-Marguerite de la
Mer Eacuteditions des Iles de Leacuterins 1937
POEuml Edgar Poeumlmes Traduction en vers et vers pour vers de Pierre Pascal 1942 Cf
Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb352826246 Acesso em 3 jul 2017
POE Edgar Allan Contes extraordinaires Traduction et adaptation de Armand Juin
[1re et 2e seacuteries] [Texte imprimeacute] Paris A-L Guyot (s d) Disponiacutevel em
httpcataloguebnffrark12148cb311263680 Acesso em 11 set 2017
POE Edgar Allan Poegravemes dEdgar Allan Poe Adaptation en vers franccedilais par
Stellamaris Illustrations de Didier Collobert Brest Eacuted Stellamaris DL 2014 Cf
Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb43903256b Acesso em 4 jul 2017
POE Edgar Allan traduit par Esther Paul Le Corbeau Lrsquoeacuteveil stellaire
Drummondville Les Eacuteditions du Lys Bleu 2014 p 95-98 Cf Disponiacutevel em
httpsruoruottawacabitstream10393360491Paul_Esther_2017_thC3A8sepdf
Acesso em 19 ago 2017
POE Edgar Allan Contes Essais Poegravemes Introduction aux essais (laquo Poe critique raquo)
notes et bibliographie de Claude Richard Eacuteditions Robert Laffont coll laquo Bouquins raquo
1989
POEuml Edgar Le Corbeau Traduit par Armand Godoy Orneacute dun frontispice de Mariette
Lydis Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb321748295 Acesso em
4 jul 2017
POE Edgar Allan Dix poegravemes dEdgar Poe Trad Alice Becker-Ho Cognac le Temps
quil fait 1997
34
POE Edgar Allan Poegravemes Traduits de lrsquoanglais par Steacutephane Mallarmeacute Jean-Marie
Maguin Claude Richard et Christophe Marchand-Kiss Paris Textuel ldquoLrsquoœil du
poegraveterdquo 1997
POE Edgar Allan laquo rsquoThe Ravenrsquo drsquoEdgar Allan Poe Preacutesentation suivie drsquoune
traduction nouvelle raquo Universiteacute drsquoOrleacuteans Sources 3 (aut 1997) 3-8 Nouvelle
version ldquoLecture de lsquoMort emportersquoldquo Les Traductions extraordinaires drsquoEdgar Poe
(Mons Belgique Editions du CIPA UMONS 2010) 149-154 (Cf Disponiacutevel em
httptest-seebacherlacuniv-paris-diderotfrrepertoirehenri-justin Acesso em 5 set
2017
POE Edgar Allan Edgar Poe Poeacutesies complegravetes Trad par Gabriel Mourey Paris
Mercure de France 1910
POE Edgar Allan Histoires essais et poegravemes Eacuted Jean-Pierre Naugrette et autres
2006
POE Edgar Allan Poegravemes dEdgar Allan Poe Trad Jean Hautepierre Paris
Publibook 2008
POE Edgar Allan Douze poegravemes dEdgar Poe Vers franccedilais de Jean Cadas frontispice
de Sam Jones Perros-Guirec Anagrammes 2009 Cf Disponiacutevel em
httpcataloguebnffrark12148cb41444762k Acesso em 3 jul 2017
POE Edgar Allan traduit par Esther Paul Le Corbeau Lrsquoeacuteveil stellaire
Drummondville Les Eacuteditions du Lys Bleu 2014 p 95-98 Cf Disponiacutevel em
httpsruoruottawacabitstream10393360491Paul_Esther_2017_thC3A8sepdf
Acesso em 19 ago 2017 ROBIN Armand Ma vie sans moi Meacutetamorphoses Paris Gallimard 1940
ZEMMOUR Joachim De la polysynd`ete anglophone `a lrsquohypotaxe francophone
problegravemes de traduction Thegravese (Doctorat en Eacutetudes Anglophones) Linguistique
Universit e Michel de Montaigne - Bordeaux III 2012 Disponiacutevel em
httpstelarchives-ouvertesfrtel-00812550document Acesso em 4 abr 2017
34 Em Italiano
MELANI Constanza Effetto Poe influssi dello scrittore americano sulla letteratura
italiana Firenze Firenze University Press 2006 p 277
NENCIONI Enrico Il ldquoCorvordquo di Edgardo Poe In Vita Nuova a I n 1 20 gennaio
1889 p 1-2 PASCOLI Giovanni ldquoSuor Virginiardquo (190319071932) Cf Disponiacutevel em
httpsitwikisourceorgwikiPrimi_poemettiSuor_Virginia Acesso em 24 ago 2017
POE Edgar Allan Poesie Filosofia del comporre e Lettere Trad it di Gustavo
Tirinelli In Nuova Antologia 2a serie vol IV fasc IV 1877
POE Edgar Allan Il Corvo Trad it di Scipione Salvotti in Id Milano Da tenebre
luce 1881
POE Edgar Allan Il Corvo Trad it di Guido Menasci in laquoVita Nuovaraquo a II n 1
1890 Disponibile anche come estratto Firenze Tip Cooperativa 1890
POE Edgar Allan Poesie Trad it di Ulisse Ortensi Lanciano Carabba 1892
Ristampe 1915 con il titolo Poemetti e liriche Cf POE Edgar Allan Il libro dei
poemi Trad it di Ulisse Ortensi TorinoRoma Roux e Viarengo 1902 Cf Disponiacutevel
em httpsia600802usarchiveorg11itemsPoePoesiePoePoesiepdf Acesso em 28
ago 2017
POE Edgar Allan Opere Trad it di Ernesto Ragazzoni e Federico Garrone con
diversi testi di Poe inclusi nel loro saggio Edgar Allan Poe La vita e le opere Torino
35
Roux Frassati e Co Editori 1896 Cf POE Edgar Allan Poesie Trad it di Ernesto
Ragazzoni con testi contenuti nel suo Poesie Torino Chiantore 1927 poi ripubblicato
Milano Martello 1956 Cf Disponiacutevel em
httpswwwipertecaitdownloadphpid=475 Acesso em 14 out 2017
POE Edgar Allan Il Corvo O Kraulo Trans in italiano e in greco salentino di Vito D
Palumbo Calimera V Taube 1903 Cf Disponiacutevel em
httpsia600802usarchiveorg11itemsPoePoesiePoePoesiepdf Acesso em 28 ago
2017
POE Edgar Allan Poesie Trad it di Luigi Siciliani in Canti perfetti Antologia di
poeti inglesi moderni a cura di Luigi Siciliani Milano Riccardo Quintieri 1911 poi in
Poeti inglesi moderni medesima curatela Milano Mondadori 1924 Cf Disponiacutevel
em
httpsia802605usarchiveorg15itemscantiperfettiant00siciuoftcantiperfettiant00sici
uoftpdf Acesso em 15 set 2017
POE Edgar Allan Le poesie di Edgar Poe Trad it di Federico Olivero Bari Laterza
1912
POE Edgar Allan Il Corvo Trad Giuseppe Margani MilanoPalermoNapoli R
Sandron 1913
POE Edgar Allan Il Corvo Cf Disponiacutevel em
httpwwwaiutamicicomPortalWebeBookebookEdgar_Allan_Poe-Raccontipdf
Acesso em 12 set 2017
POE Edgar Allan Il Corvo Trad it di Antonio Bruno Catania Spampinato e Sgroi
1932 Cf POE Edgar Allan Il Corvo e altre poesie Trad it di Antonio Bruno
Palermo Novecento 1990 POE Edgar Allan ldquoThe Ravenrdquo Illustrazioni di Gustavo
Doreacute nella traduzione in lingua italiana portoghese francese e tedesca di Antonio
Bruno et al Venezia Damocle 2012
POE Edgar Allan Il Corvo Trad it di Mario Praz In Rivista dItalia 15 aprile 1921
poi in Antologia delle letterature straniere A cura di Mario Praz e Ettore Lo Gatto
Firenze Sansoni 1946 E Cf POE Edgar Allan Il corvo A cura di Mario Praz
Milano Rizzoli 1974 Cf POE Edgar Allan Il corvo La filosofia della composizione
Introduzione e Traduzione di Mario Praz Illustrazioni di Gustave Dore
Milano Biblioteca universale Rizzoli 199720012008
POE Edgar Allan Il Corvo Trad it di Camillo Adrower Roma Tip Bondi 1933
POE Edgar Allan Le poesie Poemetti in prosa Trad it di Federico Olivero Saggi
critici Bari Laterza 1939
POE Edgar Allan Tutti i racconti e le poesie Ttrad it di Carlo Izzo Virginia Vaquer
Aldo Traverso AC Rossi Enzo Giachino Fernanda Pivano Glauco Cambon Roma
Casini 1953 Firenze Sansoni 1974 Firenze Le Lettere 1990
POE Edgar Allan Poesie scelte A cura e Trad di Angelo Morelli Firenze La Nuova
Italia 1955
POE Edgar Allan Poesie Trad it di Alfredo Rizzardi Caltanissetta Salvatore
Sciascia 1955
POE Edgar Allan Il Corvo Trad di Steacutephane Mallarmeacute e Ettore Serra con uno scritto
di Emilio Cecchi Milano Ceschina 1956
POE Edgar Allan Il Corvo altre poesie e La Filosofia della composizione con testo a
fronte a cura di Franco De Poli Parma Guanda 19641965 Cf POE Edgar Allan La
cittagrave del mare e altre poesie Trad it di Franco De Poli Forligrave Forum 1986
POE Edgar Allan Tutti i racconti Trad it di Carla Apollonio Milano Bietti 1969
1972 Cf POE Edgar Allan Tutti i racconti Il resoconto di Gordon Pym le poesie
Trad it di Carla Apollonio Roma Gulliver 1985
36
POE Edgar Allan Il corvo A cura di Alfredo Luciacutefero Petrosillo Bari Pensiero ed
Arte 1970
POE Edgar Allan Il corvo e altre liriche Trad it in versione metrica di Guido Asvero
Bottussi Firenze Il fauno 1971
POE Edgar Allan Il corvo e altre storie Trad Boggi Garampelli Milano Guanda
1977
POE Edgar Allan Il corvo di Edgar Allan Poe Saggio introduttivo traduzioni e note
di Flavio Giacomantonio Cosenza Effesette 1990
POE Edgar Allan Tutte le poesie a cura di Tommaso Pisanti Roma
NewtonampCompton 1990
POE Edgar Allan Il corvo Edgar Allan Poe Versione di A Agriesti con 6 litografie
originali di G Bosich Ghilarza Tip ghilarzese 1989
POE Edgar Allan Poemi Trad it di Nello Baccetti Torino Edizioni Palatine 1949
POE Edgar Allan Il corvo e altre poesie Edgar Allan Poe Trad e presentazione di
Alessandro Quattrone Colognola ai Colli Demetra 199720002002
POE Edgar Allan Tutte le poesie Trad e curatela di Tommaso Pisanti Roma Newton
Compton 19821990 Tutti i racconti le poesie e le avventure di Gordon Pym con una
nota biobliografica di Tommaso Pisanti Roma Newton Compton 199219972004 Cf
POE Edgar Allan Il corvo e tutte le poesie A cura di Tommaso Pisanti
Roma Grandi tascabili economici Newton 20032012
POE Edgar Allan Il corvo e altre poesie Trad it di Maurizio Cucchi e Silvana
Colonna Milano Mondadori 1986 Cf POE Edgar Allan Il corvo e altre poesie A
cura di Silvana Colonna e Maurizio Cucchi Milano Mondadori 19911995 Cf POE
Edgar Allan Il corvo 25 poesie Trad Silvana Colonna Maurizio Cucchi Milano
Mondadori 1999
POE Edgar Allan O corvo Ulalume Annabel Lee Il corvo Ulalume Annabel Lee
Gabriele Baldini Antonio Bruno Elio Chinol Paolo Collo Annabel Lee Trad
portuguecircs Fernando Pessoa Torino Einaudi 1995
POE Edgar Allan Poesie liriche Trad it di Pietro Visconti Milano Signorelli 1933
POE Edgar Allan Il corvo a cura di Mario Praz con illustrazioni di Gustave Doreacute
Milano SE 2004
POE Edgar Allan Il corvo Trad it Silvana Stremiz 2005 Cf Disponiacutevel em
httpswwwpensieriparoleitpoesiepoesie-d-autorepoesia-18236 Acesso em 31 ago
2017
POE Edgar Allan Il corvo Trad it Francesca Diano 2006 Cf Disponiacutevel em
httpsemiliashopwordpresscom20110824il-corvo-di-edgar-a-poe-tradotto-da-
francesca-diano Acesso em 31 ago 2017
POE Edgar Allan Il corvo e altre poesie Edgar Allan Poe Trad e cura di Raul
Montanari Milano Feltrinelli 20092010
POE Edgar Allan ldquoThe RavenrdquoIl corvo e altre poesie notturne Traduzione di Antonio
Vacca Milano Lampi di stampa 2009
SHAKESPEARE William Venti sonetti (dieci in versione isometrica dieci in
endecasillabi sciolti) POE Edgar Allan il corvo (in versione isometrica) Trad Claudio
Angelini prefazione di Giuseppe G Castorina Roma Pagine 2006
35 Em Corso
POE Edgar AllanrdquoU corburdquo una falata in lu Maelstrom Traduzione di Matteu
Cirnensi Franccedila Aiacciu stamparia di A Muvra 1925 Cf ARRIGHI Jean-Marie
37
Histoire de la Langue Corse Paris Editions Jean-Paul Gisserot 2002 p 120 Poe eacute um
dos poucos autores traduzidos em corso Na obra de Arrighi (2002) em relaccedilatildeo a
autores de liacutengua inglesa Poe eacute o uacutenico a figurar na referida histoacuteria da liacutengua corsa A
traduccedilatildeo foi publicada na revista A Muvra que Petru Rocca editava em Coacutersega Sobre
os dados de publicaccedilatildeo Cf
httpwwwsudocabesfrDB=21SRCHIKT=12ampTRM=181837307 Acesso em 26
jul 2017
POE Edgar Allan Il corsaro Trad Giuseppe Recchia Firenze Shakespeare and
Company 1993
36 Em Espanhol
AacuteNGEL CASAS Luis Pepe del mar y otros poemas Con la version ritmica de El
cuervo de Poe La Habana Editorial Libreria Selecta 19481950
ALFONSO Luis ldquoEl Cuervo [The Raven]rdquo Revista Iberica de Pitica Literature
Ciencias y Artes I 16 Aug 1883) 219 Cf Disponiacutevel em
httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acesso em 23 ago 2017
Anon ldquoEl Cuervo [The Raven]rdquo El Cojo ilustrado I (14 April 1892) 122 Disponiacutevel
em httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acesso em 23 ago 2017
Boletiacuten de la Academia Argentina de Letras Tomo LXXXV n 309-3102010 Buenos
Aires 2011 Disponiacutevel em
httpwwwletraseduarwwwisisindiceBoletin20201020-20309-310pdf
Acesso em 3 jul 2017
BEDOYA SAacuteNCHEZ Gustavo Adolfo ldquoEl cuervo de Edgar Allan Poe en la
traduccioacuten de Carlos Arturo Torres Pentildea (1910)rdquo Alicante Biblioteca Virtual Miguel
de Cervantes 2012 Cf Disponiacutevel em
httpwwwcervantesvirtualcomndark59851bmc3b6n4 Acesso em 28 ago 2017
Conferir se eacute o mesmo texto
httpsia800202usarchiveorg27itemsedicionesminimas9191unseedicionesminimas
9191unsepdf
BERISSO Emiacutelio ldquoRemiscenciasrdquo Cuadernos quincenales de letras e ciecircncias
Buenos Aires Samuel Glusberg (Director) 1921 p 4
CASTANY PRADO Bernat ldquolsquoEl cuervorsquo de Edgar Allan Poe en la traduccion de
Felipe Gerardo Cazeneuve (1890)rdquo 2012 Biblioteca de traducciones
hispanoamericanas
Disponiacutevel em
httpwwwcervantesvirtualcomportalestraducciones_hispanoamericanas Acesso
em 27 ago 2017
DARIacuteO Rubeacuten Los Raros Volumen VI de las obras completas Ilustraciones Enrique
Ochoa Madrid Editorial Mundo Latino 1905 Disponiacutevel em
httprubendariodigitalmagazinemodernistacomdescargasRubenDario06pdf Acesso
em 3 jul 2017
DARIacuteO Rubeacuten Poesiacuteas Disponiacutevel em
httpsedisciplinasuspbrpluginfilephp2517470mod_resourcecontent1XIX20Ru
ben20DarC3ADopdf Acesso em 3 jul 2017
DIAZ Leopoldo Traducciones Buenos Aires [Ed] 1897
DIAZ-PEREZ Viriato 1907 ldquoNotas y ensayos para una traduccion de El Cuervo de
Edgar Poerdquo Revista del Instituto Paraguayo 57 322-333 Cf
38
httpwwwportalguaranicomdetalles_museos_exposicionesphpid=105ampid_exposici
on=457 E httpwwwbibliotecaorgarlibros134266pdf Acessos em 27 ago 2017
DOM NGUEZ Manuel 1868-1935 El Cuervo Las Campa as Asuncioacuten H Kraus
1908 (fez resenha da publicaccedilatildeo de Viriato-Diaz)
DOMINGUEZ Manuel ldquoEl Cuervo y Las Campanasrdquo Revista del Instituto Paraguayo
59 1908 P 517-525
ENGLEKIRK John E ldquoCroacutenica de El cuervo de Cazeneuverdquo Revista hispaacutenica
moderna 34 3-4 612-625 1968
ENGLEKIRK John E Edgar Allan Poe in Hispanic literature New York Instituto de
las Espantildeas en los Estados Unidos 1934
FRABETTI Carlo Nevermore basado en El cuervo de Edgar Allan Poe Versioacuten de
Carlo Frabetti Ilustraciones Miguel Navia Boadilla del Monte Madrid SM DL
2009
GARCIacuteA NIETO Ricardo Diecinueve poemas y una traduccioacuten (El cuervo de Edgar
Allan Poe) Sevilla Alfar 2012 Cf
httpcatalogobneesuhtbincgisirsips=vQl6zV36kgBNMADRID431304459
Acesso em 4 jul 2017
HERNANDEacuteZ ROURA Seacutergio Armando La Recepcioacuten e influencia de Edgar Allan
Poe en Meacutexico (1859-1922) Tesis (Estudios de Doctorado en Teoriacutea de la Literatura y
Literatura Comparada) 2016 Cf Disponiacutevel em
httpwwwtdxcatbitstreamhandle10803384938sahr1de1pdfjsessionid=BD6EF654
3FFF0C816992607E38228BB5sequence=1 Acesso em 28 ago 2017
HILIODORA VALLE Rafael In Revista Iberoamericana 1949 Cf httprevista-
iberoamericanapitteduojsindexphpIberoamericanaarticleviewFile13991619
Acesso em 27 jul 2017
IBAacuteNtildeEZ SERRADOR Narciso Historias Para No Dormir (Vol 4) 7 ediciones Julio
Garciacutea Peri coleccioacuten Historias Para No Dormir nuacutemero 4 1970 Cf Disponiacutevel em
httpwwwttrantororgPubPagasptitulo=El+cuervo Acesso em 31 jul 2017
IBAacuteNtildeEZ MENTA Narciso Poemas malditos Seleccioacuten y traducciones Hermoacutegenes
Saacuteinz Registro de sonido Alberto Navarrete e J F Beaude Direccioacuten artiacutestica Carlos
Guitart Madrid Sonoplay DL 1968 Contenido Cara A Imrecacioacuten a la muerte (De
como murioacute Trocanventos) (448) Juan Ruiz Arcipreste de Hita siglo XIV Balada de
los ahoracados (3 2) Franccedilois Villon 1431-1489 Familia maldita (2acute15acuteacute) Enrique
Heine 1799-1856 (versioacuten de F Dicenta) El cuervo (908) Edgar Allan Poe 1810-
1849 (Versioacuten F Dicenta) - Cara B El espectro (100) Charles Baudelaire 1821-
1867 Las letaniacuteas de Satanaacutes (334) Charles Baudelaire En enterramiento (109)
Paul Verlaine 1844-1876 Pesadilla (121) Paul Verlaine Una claacutesica noche de
Walpurgis (449) Paul Verlaine Los ahogados (349) Tristaacuten Corbiegravere 1845-1875
Oracioacuten de la tarde (113) Arturo Ribaud Los sedentarios (300) Arturo Rimbaud
Los hambrientitos (130) Arturo Rimbaud Disponiacutevel em
httpcatalogobneesuhtbincgisirsips=aSTUMyXPY5BNMADRID1670203539
Acesso em 4 jul 2017
LANERO Juan Joseacute 2009 ldquoPoe Edgar Allanrdquo en Francisco Lafarga amp Luis Pegenaute
(eds) Diccionario histoacuterico de la traduccioacuten en Espantildea Madrid Gredos 911-916
LANERO FERNAacuteNDEZ JUAN J VILLORIA Secundino SANTOYO Julio-Ceacutesar
50 antildeos de traductores criacuteticos e imitadores de Edgar Allan Poe (1857-1913) Livius
Revista de estudios de traduccioacuten nordm 3 1993 Disponiacutevel em
httpsdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=171234 E
httpbuleriaunileonesxmluihandle106126311 Acessos em 31 jul 2017
39
OCONNOR DARLACH Amable Antes del Alba sonetos Amable OOconnor
DArlach Bolivia Imprenta Renacimiento 1950
PINO Francisco Traduccioacuten infiel de ldquoEl cuervordquo de Edgar A Poe Valladolid Junta
de Castilla y Leoacuten 1997
POE Edgar Allan El cuervo Joseacute Agustiacuten Quintero (sd)
POE Edgar Allan El cuervo Carmela Eulate Santjurjo (sd)
POE Edgar Allan El cuervo In Eureka (Estudio del universo material y espiritual)
[Inclui The Raven em prosa] sd
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo version of Joseacute Ballesteros IPNA no 24 (1954) 30-34
reprinted from ldquoEl alcoholismo en literatura A propoacutesito del poema lsquoEl cuervorsquo de
Edgardo Poerdquo El correo del Peruacute no 31 (2 Aug 1874) 245-247 no 32 (9 Aug
1874) 251
POE Edgar AllanEl cuervo Luiacutes Alfonso In Revista Ibeacuterica de Poliacutetica Literatura
Ciencias y Artes vol I 1883
POE Edgar Allan Novelas y cuentos Trad Carlos Olivera Garnier 1884
POE Edgar Allan El cuervo y otros poemas J A Peacuterez Bonalde Buenos Aires
Rengloacuten 1887 Link do texto em domiacutenio puacuteblico
httpwwwdominiopublicoeslibrosEdgar_Allan_PoeEdgar20Allan20Poe20-
20El20Cuervopdf
POE Edgar Allan El cuervo [Trad] Guillermo F Hall In La Revista Ilustrada de
Nueva York vol XI 1892
POE Edgar Allan Poesias de Edgardo Allan Poe Buenos Aires La Nacioacuten 1892
Trad Guillermo Stock
POE Edgar AllanEl cuervo Guillermo F Hall In Revista ilustrada de Nueva York
XI (15 Sept 1892) 483 Disponiacutevel em
httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acesso em 23 ago 2017
POE Edgar Allan El Kuerbo J A Peacuterez Bonalde Balparaiso Enriikez 1895
POE Edgar Allan Cuentos de intriga y terror El cuervo Traduccioacuten Jorge Antonio
Mestas Pujol Juan A Peacuterez Bonalde1ordf ed ed iacutentegra Algete Madrid Mestas 2015
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo de Edgar Allan Poe Traduccioacuten de Felipe Gerardo
Cazeneuve (1890)rdquo Cf httpwwwcervantesvirtualcomdescargaPdfel-cuervo-de-
edgar-allan-poe-en-la-traduccion-de-felipe-gerardo-cazeneuve-1890 p 5
POE Edgar Allan Histories extraordinarias Barcelona Arte y Letras Trad E L de
Verneuil Ilustr F Xumetra 1887
POE Edgar Allan El cuervo [em prosa] Trad Leopoldo Diaz In Traducciones
Buenos Aires 1897
POE Edgar Allan ldquoEl Cuervordquo Trad Enrique Gonzaacutelez Martiacutenez In Bohemia
Sinaloense 1898
POE Edgar Allan ldquoEl Cuervordquo Trad Ignacio Mariscal In El Renacimiento1869
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo Trad Felipe G Cazenueve IPNA no 24 (1954) 35-
38 reprinted from El modernismo no 6 (13 Jan 1901) p 63
POE Edgar Allan ldquoNada masrdquo Paraphrase version by Renato Morales IPNA no 24
(1954) 39 reprinted from El modernismo no 13 March 1901
POE Edgar Allan El cuervo Rafael M Arizorga In La Unioacuten Literaria Quito
1902
POE Edgar Allan ldquoEl Cuervordquo Trad Enrique Gonzaacutelez Martiacutenez ldquoEl cuervordquo In
Preludios Mazatlaacuten 1903
POE Edgar Allan El cuervo Francis J Amy In Musa Bilingue San Juan P R El
Boletin Mercantil 1903
40
POE Edgar Allan ldquoEl Cuervordquo In Revista Moderna de Meacutexico Vintildeeta de Julio Ruelas
1904
POE Edgar Allan El cuervo Trad Isaiacuteas Gamboa In Flores de otontildeo y otras
poesiacuteas San Joseacute (1904)
POE Edgar Allan El cuervo R Goacutemez Robelo In En el camino Meacutexico 1906
POE Edgardo El gato negro seguido de El Cuervo-poema Traduccioacuten de Ramoacuten
Pomeacutes Ilustraciones de V Buil Barcelona Roviray Chiqueacutes 1907
POE Edgar Allan El cuervo Traduccioacuten de Pedro Penzol ValenciaMadrid F
Sempere y Campantildeia (1907)
POE Edgar Allan El cuervo In Aventuras de tierra y mar [Inclui El cuervo em
prosa] Traduccioacuten de Ramoacuten Pomes Ilustraciones de V Buil Barcelona Robira y
Chiqueacutes (1907)
POE Edgar Allan El cuervo Carlos Arturo Torres In Poemas fantaacutesticos Paris
Roger y Chernoviz (1908)
POE Edgar Allan Obras de Edgardo Poe Barcelona s f Cultura popular (1908)
POE Edgar Allan ldquoEl Cuervordquo Trad Ignacio Mariscal In Don Quijote (Puebla) antildeo
III nuacutem 8 1910 p 2-3 Tr de Mariscal
POE Edgar Allan Poemas Madrid Primitivo Fernandez Traductores Carlos Arturo
Torres y J A Perez Bonalde Ruben Dario (Proloacutego) 1909
POE Edgar Allan El cuervo In Cuentos Fantaacutesticos [Inclui El cuervo] Traduccioacuten
de Antonio Muntildeoz Peacuterez Ilustraciiones y cubierta de Georges Villa Paris Louis-
Michaud (1911) (Obras Maestras Universales Ilustradas)
POE Edgar Allan ldquoEl Cuervordquo Trad Ignacio Mariscal In MARISCAL Ignacio
Poesiacuteas Coleccionadas por Balbino Davalos Madrid Tip de la Revista de Archivos
Oloacutezaga nuacutem I 1911 Cf Disponiacutevel em
httpwwwcervantesvirtualcomdescargaPdfpoesias-11 Acesso em 1 set 2017
POE Edgar Allan Cuentos fantaacutesticos Trad Antonio Mufioz Perez Ils Georges Villa
Paris Louis-Michaud s f (1911) (Obras Maestras Universales Ilustradas)
POE Edgar Allan El cuervo In Paciacutefico Magasine nordm 29 1915
POE Edgar Allan El cuervo Emilio Berriso In A la vera de mi senda Buenos Aires
1915
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo Trad de Joseacute Pablo Rivas Estudio (Barcelona) mayo
1916 p 220-224
POE Edgar Allan Las campanas y otros poemas Buenos Aires 1916 Trad Carlos
Arturo Torres Eds Minimas 1916
POE Edgar Allan El cuervo Joseacute Pablo Rivas In Estudio vol XIV Barcelona
1916
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo Trad [] El hogar no 346 (19 May 1916)
POE Edgar Allan El cuervo In Poemas completos Traducidos en prosa por Abel
Farina In El Correo Liberal Medelliacuten Colombia 1915-1916
POE Edgar Allan El cuervo In Antologiacutea de liacutericos ingleses y angloamericanos
1918
POE Edgar Allan Obras completas 6 vols Trads Emilio Carrere R Cansinos-
Assens Joseacute Franceacutes Ramoacuten Gomez de la Serna Andris Gonzilez-Blanco y E Ramirez
Angel Fernando Fe 1918-1921
POE Edgar Allan ldquoLos hechos en el caso del sentildeor Valdemarrdquo en El Demoacutecrata 28 de
marzo de 1920 p 14 y 18 [Incluye un proemio de Carlos Barrera ldquoUna bella
traduccioacutenrdquo de Manuel Carpio poema El Cuervo trad por Manuel A Chaacutevez]
POE Edgar Allan ldquoLa traduccioacuten de Bonalde del lsquoCuervorsquo de Edgard Poerdquo
Cosmoacutepolis no 6 (1919) 206-211
41
POE Edgar Allan El cuervo In Libro Cuatro de Lectura Siver Burdett amp Co 1920
POE Edgar Allan El cuervo In Antologiacutea de poetas extranjeros Madrid 1920
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo Trad Rafael Lozano In El Maestro 1922
POE Edgar Allan El cuervo R Lozano In Prisma vol II 1922
POE Edgar Allan El cuervo Aacutelvaro Armando Vasseur In Hacia el Gran Silencio
Montivideo Claudio Garciacutea 1924
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo Trad M Moreno-Mora Ameacuterica latina I (1924) 368
370 372 374
POE Edgar Allan Poesias Cervantes 1924 Trads F J Amy Eduardo de la Barra N
A Cortes L Diaz Rafael Lozano F Maristany J P Rivas y C A Torres Pro1
Manuel de Montoliu MPL 47
POE Edgar Allan El cuervo Traducciones Poeacuteticas Bogotaacute Ed By Goacutemez
Restrepo 1926
POE Edgar Allan El cuervo In traducciones poeacuteticas 1926
POE Edgar Allan El cuervo In Joyario de Poe Traduccioacuten y proacutelogo de Francisco
Soto y Calvo Buenos AiresMexico El Inca 1927
POE Edgar Allan Poesias Trads Agustin Aguilar y Tejera y Francisco R Ortega y
Frias Cidiz A Lopez s f (1927)
POE Edgar Allan El cuervo In Obras escogidas [Inclui El cuervo] Madrid
Compantildeia Ibero-Americana-Fernando Fe (1928) (Literatura universal tomo VII)
Traductores Agustiacuten Aguilar y Tejera y Francisco R Ortega y Friacuteas
POE Edgar Allan El cuervo In Poesiacuteas Traducidas directamente del ingleacutes por
Agustiacuten Aguilar y Tejera y Francisco R Ortega y Friacuteas Cadiz A Loacutepez (1927)
POE Edgar Allan Los Poemas dEdgar Poe Traduccioacuten proacutelogo y notas Carlos
Obligado Buenos Aires Viau y Zona 1932
POE Edgar Allan El escarabajo de oro Traductor Manuel Vallveacute Loacutepez Ediciones
Juventud Coleccioacuten Popular Fama nuacutemero 36 (1934) Cf
httpwwwttrantororgAutPagaspautor=VallvE9+LF3pez2C+Manuel
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo translated by J A Peacuterez Bonalde Letras del Ecuador
nos 50-52 (1949) 14 Revista nacional de cultura no 54 (Jan-Feb 1946) 50-53
POE Edgar Allan Los poemas de Edgard Poe Buenos Aires Viau y Zona 1932
LXXV-322 p Trad prol y notas de Carlos Obligado ibid Espasa-Calpe 1942
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo Trad Fernando Aguirre de Carcer Repertorio
americano no 1144 (15 Nov 1952) 357-358
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquo Trad Carlos Obligado Ameacuterica [Quito] nos 54-55
(1934) 55-58
POE Edgar Allan Poemas Trad y notas de Alberto L von Schauenberg Buenos
Aires Edit Orientacioacuten 1937
POE Edgar Allan Poesias Montevideo C Garcia y Cia 1938 115 p Trads Alberto
Lasplaces Pdrez Bonalde y C A Torres Pr61 Ruben Dario
POE Edgar Allan El cuervo las campanas y otros poemas Trad [] Tor 1943
POE Edgar Allan Narraciones completas Traductor Julio Goacutemez de la Serna Madrid
Ediciones Aguilar nuacutemero 83 1951 (coleccioacuten Joya)
POE Edgar Allan Narraciones completas Traductor Julio Goacutemez de la Serna
Madrid Ediciones Aguilar 1964 (coleccioacuten El Lince Astuto)
POE Edgar Allan Obras selectas Cotraductor F Gutieacuterrez Cotraductor Rafael
Cansinos Assens Cotraductor Joseacute Franceacutes Cotraductor Enrique Leopoldo de
Verneuill Cotraductor Emilio Carregravere Cotraductor D Navarro Cotraductor Andreacutes
Gonzaacutelez Blanco Buenos Aires Ediciones El Ateneo 1966
42
POE Edgar Allan Edgar Allan Poe Obras Selectas Coleccioacuten Claacutesicos Inolvidables
Argentina El Ateneo 1966
POE Edgar Allan Rauacutel Mariaca G 44 [Cuarenta y cuatro] poemas de Edgar Allan
Poe Traducidos por Raul Mariaca G La Paz Cochabamba Ed ldquoLos Amigos del
librordquo 1971 Cf httpcataloguebnffrark12148cb352088534 Acesso em 4 jul
2017
POE Edgar Allan Historias extraordinaacuteriasPoemas Traductor Diego Navarro
Ediciones Plaza amp Janeacutes 1973 (coleccioacuten El Arca de Papel) nuacutemero 29
POE Edgar Allan Terror suelto Traductor Miguel Gimeacutenez Sales Ediciones Molino
1973 (coleccioacuten Biblioteca Oro Terror) nuacutemero 27
POE Edgar Allan Historias extraordinaacuterias Traductor Mauro Armintildeo Ediciones
Cedro 1976
POE Edgar Allan Obra completa en poesiacutea Trad de Arturo Saacutenchez Madrid Libros
Riacuteo Nuevo 1976
POE Edgar Allan Narracioacuten de Arthur Gordon Pym Traductora Emiliana Lapuente
Ediciones Edival 1978 (coleccioacuten Treacutebol)
POE Edgar Allan Las aventuras de Arthur Gordon Pym El cuervo Traductora
Emiliana Lapuente Ediciones Editores Mexicanos Unidos 1979 (coleccioacuten Literaria
Universal) nuacutemero 76
POE Edgar Allan Obras inmortales Cotraductor Ricardo Summers Ediciones Edaf
(coleccioacuten Obras Inmortales) 19671986
POE Edgar Allan Obra completa en poesia Federico Revilla Arturo Saacutenchez
Barcelona Libros Riacuteo Nuevo 1983
POE Edgar Allan Obras Carlos del Pozo Madrid Naacutejera 1983
POE Edgar Allan Obras Trad Ricardo Summers et al Madrid Edaf 1986
POE Edgar Allan Narracioacuten de Arthur Gordon Pym El cuervo Iilustraciones Gustave
Doreacute Ttraduccioacuten Emiliana Lapuente Madrid Gaviota DL 1987
POE Edgar Allan Ensayos y criacuteticas Traduccioacuten introduccioacuten y notas de Julio
Cortaacutezar Madrid Alianza Editorial 1987
POE Edgar Allan El cuervo Piedad Bonnet Bogotaacute El Ancora 1994
POE Edgar Allan Traduccioacuten infiel de El Cuervo de Edgar A Poe con un poema
ocho poeturas y proacutelogo de Francisco Pino Salamanca Consejeriacutea de Educacioacuten y
Cultura 1997
POE Edgar Allan Antologiacutea poeacutetica ilustrada Javier Miroacute Valencia la Mascara
1997
POE Edgar Allan El cuervo Trad Efraim Otero Ruiz In ldquoEl cuervo de Edgar Allan
Poerdquo Cuadernos americanos XI 1997 1 107-125
POE Edgar Allan Narraciones extraordinaacuterias Traductor Ramoacuten Hervaacutes (3ordf
seleccioacuten) ediciones 29 1997 (coleccioacuten Grandes Autores)
POE Edgar Allan El cuervo y otros poemas Cotraductores Edgardo Dobry e Andreacutes
Ehrenhaus Ediciones Mondadori 1998 (coleccioacuten Mitos Poesiacutea) nuacutemero 18
POE Edgar Allan El cuervo y otros poemas Edgardo Dobry Andreacutes Ehrenhaus
Madrid Mondadori 1998
POE Edgar Allan El gato negro seguido de El cuervo poema Trad Ramoacuten Pomeacutes
Buil Sevilla Padilla Libros 2000
POE Edgar Allan Poesiacutea completa Traductor Arturo Saacutenchez Ediciones Hiperioacuten
2000
POE Edgar Allan El cuervo y otros poemas Traductora Gabriela Stoppelman
Ediciones Errepar - Longseller 2000 (coleccioacuten Claacutesicos de Bolsillo) nuacutemero 58
43
POE Edgar Allan Poesiacutea completa Cotraductora Mariacutea Coacutendor Cotraductor Gustavo
Falaquera Ediciones Hiperioacuten 2000
POE Edgar Allan Poesiacutea completa Traduccioacuten Mariacutea Coacutendor Orduntildea e Gustavo
Falaquera Madrid Hiperioacuten 2000
POE Edgar Allan Antologiacutea poeacutetica Traduccioacuten Marcela Testadiferro Barcelona
Astri 2000
POE Edgar Allan Escritos sobre poesiacutea y poeacutetica Traduccioacuten de Mariacutea Coacutendor
Orduntildea Madrid Ediciones Hiperioacuten SL 2001
POE Edgar Allan La filosofiacutea de la composicioacuten = The philosophy of composition
Traduccioacuten de Joseacute Luis Palomares SL San Lorenzo de El Escorial Cuadernos de
Langre 2001
POE Edgar Allan Poesiacutea completa Traductor Arturo Saacutenchez Ediciones 29 2002
(coleccioacuten Ucieza)
POE Edgar Allan Poesiacutea completa Traduccioacuten de Arturo Saacutenchez y Federico Revilla
Sant Cugat del Valleacutes Ediciones 29 19742002
POE Edgar Allan Poesiacutea completa Arturo Saacutenchez Sant Cugat del Vallegraves Ediciones
29 2005
POE Edgar Allan Obras completas 2 vols Traduccioacuten Julio Cortaacutezar Barcelona
Aguilar 2007
POE Edgar Allan El gato negro y otros cuentos ilustrados de misterio e imaginacioacuten
Traductor Mauro Armintildeo Ediciones Valdemar (coleccioacuten Grangaznate) nuacutemero 2
(2008) Cf Disponiacutevel em
httpwwwttrantororgVolPagaspvolumen=9788477026204amptitulo_volumen=El+gat
o+negro+y+otros+cuentos+ilustrados+de+misterio+e+imaginaciF3n Acesso em 24
ago 2017
POE Edgar Allan A la sombra del maestro Traductor Ramoacuten Gonzaacutelez Feacuterriz
(coleccioacuten Ficcioacuten) Ediciones Mosaico 2009
POE Edgar Allan El cuervo y otros poemas goacuteticos Luis Alberto de Cuenca
Ediciones Reino de Cordelia 2010 (coleccioacuten Los Versos de Cordelia)
POE Edgar Allan Meacutetodo poeacutetico y narrativo Traductora Magdalena Palmer
Ediciones Ellago 2001 (coleccioacuten Rescate)
POE Edgar Allan ldquoEl cuervordquoldquoThe Ravenrdquo Trad Adolfo Muntildeoz Ilustr Javier
Serrano Prol Luis Alberto de Cuenca Salamanca Editorial TATANKA 2012
POE Edgar Allan El cuervo = ldquoThe Ravenrdquo Traduccioacuten Adolfo Muntildeoz Ilustraciones
Javier Serrano Proacutelogo Luis Alberto de Cuenca Ttraduccioacuten del proacutelogo Jeremy Roe
Madrid Tatanka Camp DL 2012
POE Edgar Allan El Cuervo y otros poemas de Edgar Allan Poe Trad Alexis
Figueroa Ilustr Fabian Rivas Belmar Chile Editorial Austroboacuterea 2015
POE Edgar Allan El cuervo seguido de Filosofiacutea de la composicioacuten Trad Enrique
Loacutepez Castelloacuten Ilustraciones de Francisco Bores Madrid Abada Editores 2016
POE Edgar Allan (1809-1849) El cuervo y otros poemas Traduccioacuten Yenis Ochoa
Proacutelogo y presentacioacuten Francesc Ll Cardona [ilustrado por Gustave Doreacute] Santa
Perpetua de Mogoda Barcelona Brontes DL 2016
POE Edgar Allan El cuervo y otros poemas Traduccioacuten Alexis Figueroa
Ilustraciones interiores Fabiaacuten Rivas Belmar Santiago de Chile Austroboacuterea Editores
2016
POE Edgar Allan The Raven (1845) El cuervo I ed Nueva York La America
1887 Trad J A Perez Bonalde 2ordf ed Buenos Aires H Ackermann y Cia 1888 El
kuerbo Balparaiso Franzisko Enrrikez 1895 29 p Trad J A P6rez Bonalde ibid
44
Arika Chile Karlos Kabezoacuten 1913 6 p ibid 4 ed Killota F Enrrikez 1914 27 p
El cuervo Eagle Pass Texas 1890 13 p Trad Felipe G Cazeneuve - Tor 1943
POE Edgar Allan El Cuervo Un poema de Edgar Allan Poe (Dark Penny Dreadful
nordm 1) Trad Ithan H Grey Kindle Edition 2016
POE Edgar Allan El cuervo y otros poemas Antonio Rivero Taravillo Traductor
(Coleccioacuten El libro de bolsillogtLiteratura) Madrid Alianza Editorial 2017
PROYECTO HELBARDOT trans El Cuervo y otros poemas Edicioacuten bilinguumle
conmemorativa del bicentenario del natalicio de Edgar Allan Poe [cotraductores Argel
Corpus Ana Elena Gonzaacutelez Trevintildeo Gabriel Linares Mario Murgia Alejandro
Pacheco Garciacutea y Evelio Rojas] Mexico City Stonehenge Books 2009 Cf el texto
ldquoReturn to El Dorado Poe Translated in Mexico in the Twenty-First Centuryrdquo de
Christopher Rollason In Esplim e Gato (2014)
SASTRE Alfonso El escenario diaboacutelico (adaptacioacuten para teatro) Ediciones Saturno
1973 (coleccioacuten Los Libros de la Frontera) nuacutemero 4
SILES ARTEacuteS Joseacute El Cuervo de Edgar Allan Poe ingenio y poesiacutea Didaacutectica
Lengua y Literatura 2011 Vol 23 369-379 DOI
httpdxdoiorg105209rev_DIDA2011v2336324 e Cf
httpcatalogobneesuhtbincgisirsips=3ElN7JF4hmBNMADRID1934004619
Acesso em 4 jul 2017
STOCK Guillermo Poesias Buenos Aires ldquoLa Nacioacutenrdquo 1892 Cf Disponiacutevel em
httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acesso em 23 ago 2017
ZARANDONA FERNAacuteNDEZ Juan Miguel El cuervo de Edgar Allan Poe en
traduccioacuten de Juan Antonio Peacuterez Bonalde (1887) Alicante Biblioteca Virtual Miguel
de Cervantes 2012 Disponiacutevel em
httpwwwcervantesvirtualcomndark59851bmcff4c5
ZARANDONA Juan Miguel amp Pablo CARRASCOSA ldquoUna traduccioacuten hispano-
americana de lsquoThe Ravenrsquo de E A Poe lsquoEl cuervorsquo de Joseacute Antonio Peacuterez Bonalderdquo
Babel AFIAL 1996
37 Em Galego
POE Edgar Allan O corvo Tomaacutes Gonzaacutelez Ahola Santiago de Compostela Urco
2008
38 Em Alematildeo
POE Edgar Allan Der Rabe In Magazin fuumlr die Literatur des Auslandes Band 43
Januar bis Juni 1853 Nr 70 11 Juni Seite 28
POE Edgar Allan Der Rabe In Archiv fuumlr das Studium der neueren Sprachen und
Literaturen 11 Jg Band 19Braunschweig Georg Westermann 1856
POE Edgar Allan Der Rabe In Magazin fuumlr die Literatur des Auslandes Redigiert
von J Lehmann Verlag von Veit amp Comp Berlin 1857 52 Band Juli bis Dezember
Nr 130 29 October Seite 519ndash520
SPIELHAGEN Friedrich Amerikanische Gedichte 1858 und im Supplementband
Saumlmmtlicher Werke siehe Fritz Hippe Edgar Allan Poes Lyrik in Deutschland [in der
2 1865 und 3 Auflage 1872 Amerikanische Gedichte nicht vorhanden]
45
MUumlLLER Niclas (1809ndash1875) Buchdrucker Liederdichter Schriftsteller Der Rabe
Uumlbertragen von Niclas Muumlller Verlag von Nic Muumlller New York 1874
POE Edgar Allan Der Rabe In Neues Wiener Theater 35 Wien Rosner 1874
POE Edgar Allan Der Rabe Der Rabe 1 Band 1878 Seite 355ndash357
BRUCK Julius Bunte Bluumlthen Scherz und Ernst in VersenVerlag New York S
Zickel 1880
POE Edgar Allan Der Rabe Ausgewaumlhlte Gedichte Uumlbersetzer Hedwig Lachmann
Berlin Verlag des Bibliographischen Bureaus 1891
Der amerikanische Dichter Edgar Allan Poe In Stimmen aus Maria-Laach
Herderrsquosche Verlagsbuchhandlung Freiburg im Breisgau 1892 Band 42 S 67ndash90
Disponiacutevel em
httpsdewikisourceorgwikiDer_Rabe_(C39Cbersetzung_Baumgartner) Acesso
em 19 ago 2017
POE Edgar Allan Edgar Allan Poes Werke in Zehn Baumlnden Trans Hedda Moeller-
Bruck and Hedwig Lachmann 10 vols Minden JCC Bruns Verlag Ed Hedda and
Arthur Moeller-Bruck 1904
POE Edgar Allan Werke in zehn Baumlnden Uumlbertragen und herausgegeben von Hedda
und Arthur Moeller-Bruck Minden iW 1901-1904
In Deutsch-Amerikanische Geschichtsblaumltter Herausgegeben von der Deutsch-
Amerikanischen Historischen Gesellschaft von Illinois Vierteljahrsschrift Jahrgang 3
Januar 1903 Heft 1 Seite 15ndash17
POE Edgar Allan Edgar Allan Poe Trad Hanns Heinz Ewers Volume 42 de Die
Dichtung eine Sammlung von Monographien Schuster amp Loeffler 1905 Cf
Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb42274289n Acesso em 3 jul 2017
Cf tambeacutem em httpd-nbinfo1071362372 Acesso em 19 ago 2017
POE Edgar Allan Der Rabe von Edgar Allan Poe Zwei metrische Uumlbersetzungen des
Gedichts von Emil Haumluszliger und Paul Schaumlfenacker (Im Anhang drei Gedichte Poersquos
uumlbersetzt von Haumluszliger) Mannheim 1906 Cf httpgebuni-
giessendegebvolltexte20086114pdfKoessler-Haack-Hysspdf Acesso em 19 ago
2017
POE Edgar Allan Der Rabe Gedicht Uumlbers v A v Dunop 1909
POE Edgar Allan Der Rabe Die Psychologie d Schaffens Aus d Engl von Otto
Hauser Weimar Duncker Erscheinungsdatum 1917
POE Edgar Allan Ligeia und andere Novellen Sieben Gedichte Edgar Allan Poe Mit
14 [eingedr] Bildbeigaben von Alfred Kubin [Ligeia und andere Novellen uumlbers von
Gisela Etzel Sieben Gedichte uumlbers von Theodor Etzel]
POE Edgar Allan Edgar Allan Poes Werke Gesamtausgabe der Dichtungen und
Erzaumlhlungen Band 1 Gedichte Herausgegeben von Theodor Etzel Berlin Propylaumlen-
Verlag [1922] S 116-122
POE Edgar Allan Der Rabe und andere Gedichte Deutsch v Johannes von Guenther
Hannover Erscheinungsdatum 1947 Disponiacutevel em httpd-nbinfo453806783
Acesso em 19 ago 2017
SAJTINAC Borislav Labyrinthe Priveacute Muumlnchen Cartoon-Caricature-Contor 1981
Mit einem dt-frz-engl Vorwort von George Moorse vielen bdquoNotizen Sketchen
und Cartoonsldquo sowie 7 Zeichnungen im Rahmen der frei erzaumlhlten Geschichte sbquoDer
Rabelsquo von Edgar Allan Poe Cf Disponiacutevel em httpwwwantiquariat-
feurerdeimagesFeurer20Katalog2045pdf
POE Edgar Allan Gedichte Drama Essays Uumlbers Dt von Richard Kruse []
Herrsching Pawlak Erscheinungsdatum 1980
46
POE Edgar Allan Der Rabe 7 Geschichten u 3 Gedichte um Liebe u Tod Michael
Goumlrden Bergisch Gladbach Bastei-Luumlbbe 1981
POE Edgar Allan Gedichte Arno Schmidt Hans Wollschlaumlger Muumlnchen Deutscher
Taschenbuch-Verlag 1986 POE Edgar Allan Der Rabe zweisprachig Trad Ursula
Wernicke Frankfurt am Main Insel-Verlag 1985
POE Edgar Allan Der Rabe Gedichte amp Essays Schmidt Arno et al Zuumlrich
Haffmans 1994
POE Edgar Allan Der Rabe Uumlbertragung von Hans Wollschlaumlger Mit dem Essay Die
Methode der Komposition in der Uumlbersetzung von Ursula Wernicke Frankfurt aM
1996
POE Edgar Allan Der Rabe Kay Borowsky Reicheneck Aldus-Presse 1992
POE Edgar Allan Der Rabe zweisprachig Mit dem Essay ldquoDie Methode der
Kompositionrdquo Ursula Wernicke Hans Wollschlaumlger Frankfurt am Main Insel-Verlag
1995
POE Edgar Allan Der Rabe Gedicht amp Essay englisch amp deutsch Trad Christa
Schuenke Berlin Corvinus-Presse 1996
POE Edgar Allan SHELLEY Mary Wollstonecraft TAYLOR Edward Lyrik und
Prosa Helmut Pydde Frankfurt am Main Haag und Herchen 2002 E Cf HARDY
Thomas POE Edgar Allan YEATS William Butler Gedichte Helmut Pydde
Frankfurt am Main Haag und Herchen 2002
Hans Peter Hallwachs und Joachim Schoumlnfeld lesen Edgar Allan Poe Der Rabe und
andere Spukgeschichten Nach der Uumlbers von Gisela Etzel Regie Torsten Feuerstein
Friederike Wigger
ENDREacute Jean-Paul SINNER Annick Edgar der Rabe eine Geschichte fuumlr Kinder und
Erwachsene Cf Disponiacutevel em httpd-nbinfo969801637 Acesso em 19 ago 2017
Fantasia seria per la chitarra frei nach dem Gedicht Der Rabe von Edgar Allan Poe
Widukind Reimer Fingersatz von Christian Tilting Disponiacutevel em httpd-
nbinfo994557892 Acesso em 19 ago 2017
ZYX Hieronymus Edgar Allans Rabe Gedichte in Dur und Moll Hrsg von Erich
Fitzbauer Eichgraben Graph Zirkel 2010 Cf Disponiacutevel em httpd-
nbinfo106674937X34 Acesso em 21 ago 2017
POE Edgar Allan Der Rabe Herausgeber Marius Grundmann Uumlbersetzer Helmut
Grundmann Kindle Book 2011
39 Em Estoniano
POE Edgar Allan Poeem Ronk ja teised luuletused Trad Johannes Aavik Tartu
Haumlrmametsa Talu kirjastus 2000
POE Edgar Allan Eleonora ja teisi novella Urve Hanko Tallinn Eesti Raamat 2002
POE Edgar Allan Novelle Trad Helga Kross Tallinn Avita 2001
310 Em Azerbaijano
E A Po Seccedilmə hekayələr Hekayələr red Ş Quliyeva tərc Ed F Uğurlu [et al] rəs
E Cabarov Bakı Altun Kitab 2014
47
311 Em Ucraniano
Рихло О П (RYHLO OP) Освоєння поеми Едгара Аллана По ldquoThe Ravenrdquo в
українській літературі О П Рихло Питання літературознавства - 1997
artigo de Максим Стріха Disponiacutevel em httpwwwvsesvit-
journalcomoldcontentview32141 Acesso em 24 jul 2017
Автореферат диссертации Відтворення мовно-стилістичних особливостей
творів ЕАПо в українських перекладах 2002
312 Em Buacutelgaro
POE Edgar Allan Stihotvorenija i poemi Temenuga Marinova Sofija Srebăren lăv
2001
313 Em Russo
ANDREEVSKY (ldquoThe Ravenrdquo) (The Messenger of Europe) II (1878) 108-127 Cf
Disponiacutevel em httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acesso em 23
ago 2017
MEREZHKOVSKY D ldquoThe Ravenrdquo (Work) XI 1893 Cf Disponiacutevel em
httpfb2bookdownloadruenginedownloadphpid=2024 Acesso em 25 ago 2017
POE Edgar Allan Sobranije sochinenij [Collected Works] 5 Vols Trans Konstantin
Balrsquomont Vol 2 And Vol 1 Poemy i Skazki [Poems and Tales] Moscow Scorpion
1901
Cf По Э А (1809-1849) Эдгар Аллан Ворон [стихотворение] Эдгар Аллан По
[пер с англ К Бальмонта и М Зенкевича гравюры Доре] - Санкт-Петербург
Свое издательство 2011
По Э А Ворон [стихотворения и поэмы] Эдгар По [пер с англ В Васильева и
др] - Санкт-Петербург Азбука-классика 2009
По Эдгар Аллан Ворон изд подгот ВИ Чередниченко [Рос акад наук] -
Москва Наука 2009
По Эдгар Аллан Ворон The raven [стихотворения и поэмы] [пер с англ А
Глебовская и др предисл коммент Ю Ковалев] - Санкт-Петербург Азбука
Азбука-Аттикус 2013
В одном из последних изданий Эдгара По у невермор появился как будто
идеальный фонетический эквивалент ndash приговор но ndash увы ndash в ущерб
смысловому значению английского подлинника (C)Ефим Шуман 1999
POE Edgar Allan In Ворон (laquoКогда в угрюмый час ночнойhellipraquo) перевод С А
Андреевского 1878
POE Edgar Allan In Ворон (laquoРаз в унылую полночь в молчаньи немомhellipraquo)
перевод Л И Пальмина 1878
POE Edgar Allan In Ворон (laquoДа я один ея уж нетraquo) перевод Л Е Оболенского
1879
POE Edgar Allan In Ворон перевод И К Кондратьева 1880
POE Edgar Allan In Ворон анонимный перевод прозой 1885
POE Edgar Allan In Ворон (laquoПогруженный в скорбь немуюhellipraquo) перевод Д С
Мережковского 1890
48
POE Edgar Allan In Ворон (laquoКак-то в полночь в час угрюмый полный тягостною
думойhellipraquo) перевод К Д Бальмонта 1894
POE Edgar Allan In Ворон (laquoКак-то в полночь утомлённый я забылся
полусонныйhellipraquo) перевод В Е Жаботинского 1897
POE Edgar Allan In Ворон (laquoВ поздний час ночной пороюhellipraquo) перевод Л И
Уманца 1908
POE Edgar Allan In Ворон (laquoКак-то ночью одинокой я задумался глубокоhellipraquo)
перевод В П Фёдорова 1923
POE Edgar Allan In Ворон (laquoКак-то в полночь в час унылый я вникал устав без
силыhellipraquo) перевод В Я Брюсова 1924
POE Edgar Allan In Ворон (laquoКак-то в полночь утомлённый развернул я
полусонныйhellipraquo) перевод В Е Жаботинского 1931
314 Em Islandecircs
POE Edgar Allan Hrafninn THORNyacuteethandi Einar Benediktsson Bragarhaacutettur FJOacuteRIR
AAObCCCbObb Forliethabann Klifun 1925 Cf Disponiacutevel em
httpbragiinfoljodphpID=3639 Acesso em 31 Ago 2017
315 Em Finlandecircs
JUVA Valter [Suom] ldquoSata runoa valikoituja maailmankirjallisuudestardquo Porvoo
WSOY 1916
POE Edgar Allan ldquoKorppi ja Kultakuoriainenrdquo Suom Niilo Idman ja Yrjouml Kivimies
Helsinki Kustannus Oy Forma 1990
POE Edgar Allan ldquoKorppi ja kultakuoriainen sekauml muita kertomuksiardquo Suomentaneet
Niilo Idman Yrjouml Kivimies ja Eero Ahmavaara Korppi-sarja 1 WSOY 1959 (Osa
novelleista ilmestynyt aikaisemmin teoksessa Kultakuoriainen WSOY 1927)
POE Edgar Allan ldquoKootut Kertomuksetrdquo Suom Jaana Kapari Kustannusosakeyhtiouml
Helsinki teos 2006
316 Em Norueguecircs
BOYE Jonas Poes Ravnen i Samtiden 1894 p 50-53 Cf
httpsia601406usarchiveorg14itemssamtidentidsskr05unkngoogsamtidentidsskr05
unkngoogpdf Acesso em 15 set 2017
HYLEN Hans Ramnen i Snjoklokka eigne og umsette dikt 1936
BJERKE Andreacute Ravnen i Droslashmmen i en droslashm Aschehoug 1967
REM Haringvard Ravnen i Bak doslashr paring gloslashtt Cappelen 1985
317 Em Sueco
POE Edgar Allan Korpen och andra dikter Sven Christer Swahn Tollarp Ariel
Lund Ellerstroumlm 2001
49
POE Edgar Allan ldquoEtt fat amontillado [Det skvallrande hjaumlrtat Levande begravd --
William Wilson Korpen Kompositionens filosofi]rdquo Oumlversaumlttning Maringns Winberg
Efterord Peter Glas Lund Bakharingll 2007
POE Edgar Allan ldquoKorpenrdquo Sven-Aringke Gustafsson Goumlteborg Stadsteatern 2008
POE Edgar Allan ldquoKorpenrdquo [Elektronisk resurs] Oumlversaumlttare Carl Fredrik Peterson
Mimer Bokfoumlrlag 2014
RYDBERG Viktor Samlade dikter [Elektronisk resurs] Mimer Bokfoumlrlag 2016 [den
klassiska oumlversaumlttningen av Edgar Poes Korpen]
318 Em Dinamarquecircs
POE Edgar Allan ldquoRavnen og andre digterdquo [Danish] Erik Rosekamp
DenmarkVanloslashse LFLs BladfondBlackboard Prod 1995
POE Edgar Allan ldquoNovellerrdquo[ndhold Brillerne Huset Ushers fald Ligeia
Sandheden om M Valdemar Den roslashde doslashds maske Det ovale portraeligt Den aflange
kiste Ravnen Digtningens metodik] udgivet med efterskrift af Henning Goldbaeligk
[Kbh] Dansklaeligrer foreningen 1993
319 Em Holandecircs
ldquoDe Raafrdquo mdash 1860 mdash Holland Almanak voor 1861 (Amsterdam Gebr Kraay 1860
edited and published by Mr J van Lennep) Holland (Dutch translation by Jacob van
Lennep (1802-1868) Cf Disponiacutevel em httpswwweapoeorgworksinfopp073htm
Acesso em 06 set 2017 De raaf (Edgar Allan Poe mini-biografie) httpwwwedgarallanpoenlthe-raven
Acesso em 23 jul 2017
POE Edgar Allan The raven = De raaf Vertaald [uit het Engels] door John F Malta
Llustrator Paul Overhaus Weesp De IJdoornpers 2014
POE Edgar Allan De raaf August Hans den Boef [eindred Sjoerd de Jong]
Amsterdam MetsPassatempo 1993
POE Edgar Allan De raaf Gerard den Brabander llustrator Jan Roeumlde Utrecht AW
Bruna amp Zoon 1948
ldquoOnder de Vleugels van de Raaf 1 Nacht (Poe-achtige gedichten)rdquo Cf Disponiacutevel em
httpsyoorsrudilejaeghereblogonder-de-vleugels-van-de-raaf-1-nacht-
1476526157html Acesso em 25 jul 2017
320 Em Huacutengaro
Cf POE Edgar Allan (Ferencz Győző) A holloacute versek eacutes elbeszeacuteleacutesek Babits
Mihaacutely et al Budapest Euroacutepa 2002 Cf POE Edgar Allan A holloacute versek eacutes
elbeszeacuteleacutesek Babits Mihaacutely et al Budapest Euroacutepa 2003
POE Edgar Allan (Baacutelint Rozsnyai) Edgar Allan Poe versei Mihaacutely Babits et al
Budapest Euroacutepa 1993
Kis Jaacutenos (Raacutebaszentandraacutes 1770 szeptember 22 ndash Sopron 1846 februaacuter 19) koumlltő
műfordiacutetoacute evangeacutelikus puumlspoumlk)
50
321 Em Tcheco
HUDEČKOVAacute Michaela E A POE-RAVEN-Analysis of 16 Czech Translations
bachelor thesis Brno Masaryk University Faculty of Education Department of
English language and literature 2015 Available in
httpsismuniczth415765pedf_bBT-_Complete_ljrkewtppdf Access in 23 ago
2017
POE Edgar Allan Havran preklad Eva Lukaacutečovaacute preklad Karol Strmeň (I II III)
preklad Vladimiacutera Roya preklad Jany Kantorovej-Baacutelikovej (1979) preklad Valentiacuten
Beniak preklad Jozef Urban preklad Ľubomiacuter Feldek Bratislava Petrus 2004
POE Edgar Allan Havran a ineacute baacutesne Baacutesne a materiaacutely vybrala usporiadala prel
doslov a chronoloacutegiu napiacutes Jana Kantorovaacute-Baacutelikova Il Vladimiacuter Gažovič] 1979
Disponiacutevel em httpd-nbinfo993652468 Acesso em 19 ago 2017
POE Edgar Allan Bejbliacutek Alois Českeacute překlady Havrana Havran Šestnaacutect českyacutech
překladů Ed Rudolf Havel Prague Odeon 1985
POE Edgar Allan Havran Šestnaacutect českyacutech překladů Ed Rudolf Havel Prague
Odeon 1985
POE Edgar Allan Havran Šestnaacutect čespřekladů Alois Bejbliacutek Aloys Skoumal
Praha Odeon [Czechoslovakia (to 1992)] 1985
POE Edgar Allan Havran Šestnaacutect českyacutech překladů Překlad Jaroslav Vrchlickyacute et
al Praha Odeon 1990
POE Edgar Allan Havran Krkavec Trans Viacutetězslav Nezval Miroslav Macek and
Jaroslav Pospiacutešil Praha Nadace Lyry Pragensis 1993
POE Edgar Allan The Raven = Havran Trans Martin Pokornyacute Praha Emanuel
Rannyacute 1997
POE Edgar Allan Havran Trans Jan Najser Znojmo Tomaacuteš Novotnyacute 1999
POE Edgar Allan Havran Trans Jan Najser Praha Tomaacuteš Novotnyacute 1999
POE Edgar Allan Havran (sedmnaacutectyacute českyacute překlad) Trans Nataša ČernaacuteTOTaacutelniacute
E Magaziacuten WEB2Ucz 1 September 2002
POE Edgar Allan Havran Trans Martin Kozaacutek Piacutesmaacutek Amateacuterskaacute literaacuterniacute tvorba
Oldřich Neuberger 3 May 2005
POE Edgar Allan Havran Trans Martin KozaacutekPiacutesmaacutek Amateacuterskaacute literaacuterniacute tvorba
Oldřich Neuberger 3 May 2005
POE Edgar Allan HavranTrans Nataša Černaacute TOTaacutelniacute E Magaziacuten WEB2Ucz15
May 2006
POE Edgar Allan Krkavec Trans Filip Krajniacutek Divokeacute viacuteno Ludviacutek Hess 19 Jan
2006
POE Edgar Allan Krkavec Trans Jan Jiacutecha Honza Jiacutecha Jan Jiacutecha 2008
POE Edgar Allan The Raven (překlad E A Poea Marek Řezanka) Trans Marek
Řezanka Piacutesmaacutek Amateacuterskaacute literaacuterniacute tvorba Oldři ch Neuberger 25 Feb 2008
POE Edgar Allan Krkavec Trans Miroslav Macek Macek v botaacutech Miroslav Macek
2008
POE Edgar Allan Krkavec Trans Tomaacuteš Jacko Praha Aleš Prstek 2008
POE Edgar Allan Krkavec s letmyacutem přihleacutednu tiacutem k rozličnyacutem početnyacutem překladům
dbaje raacutekaveacute zvukomalby originaacutelu Trans Vaacuteclav Z J Pinkava Vaacuteclav Pinkava
Vybraneacute překlady baacutesniacute z angličtiny Vaacuteclav Z J Pinkava 2008
POE Edgar Allan HavranTrans Luboš Skopec Dobreacute viacuteno nestaacuterne URSIS 2014
Skopoezie ndash straacutenky plneacute veršů
POE Edgar Allan The Raven Havran Trans Ivan Petlan Velkeacute Losiny Papiacuterenskaacute
manufaktura Velkeacute Losiny 2014
51
POE Edgar Allan Havran Trans Petr Krul Illus Jiřiacute Sliacuteva Prague RADIX spol s r
o 2015
POE Edgar Allan Krkavec (často nespraacutevně překlaacutedanyacute jako ldquoHavranrdquo) Vojen Koreis
Brisbane Booksplendour 2015Voyen Koreis Author Translator Dramatist Visual
Artist Illustrator
POE Edgar Allan Havran Trad Vrchlickyacute JaroslavVrchlickeacuteho Jaroslava Praha
KGB 2009
POE Edgar Allan Havran a jineacute baacutesně Trad Nezval Viacutetězslav Praha Dokořaacuten
20032008
POE Edgar Allan Der Rabe [Aus dAmerik] uumlbers [u hrsg] v Otto F Babler
[Holzschn u Umschlagzeichn v Rudolf Michalik] Disponiacutevel em httpd-
nbinfo575661135 Acesso em 15 ago 2017
PAVILIacuteKOVAacute Tereza Czech Translations of E A Poelsquos The Raven after 1985 A
Survey (Bachelorlsquos Diploma Thesis) Masaryk University Faculty of Arts Department
of English and American Studies 2016Cf
httpsismuniczth413496ff_bPavlikova_413496_Thesis_Finalpdf Acesso em 23
ago 2017
RAMBOUSEK JiĜiacute Unpublished Translations of Poersquos ldquoThe Ravenrdquo by František
Nevrla Disponiacutevel em
httpwwwphilmuniczplonedatawkaaOffprints20THEPES203TPES20320(
249-256)20Rambousekpdf Acesso em 11 jul 2017
SAMŠIŇAacuteK Karel Havran nebo Krkavec Zpraacutevy Spolku českyacutech bibliofilů v Praze
198534 (1985) 94
322 Em Eslovaco
POE Edgar Allan Havran Zlatyacute skarabeus Priacutehody Arthura Gordona Pyma Jana
Kantorovaacute-Baacutelikovaacute et al Bratislava Tatran [Czechoslovakia (to 1992)] 1984
POE Edgar Allan (Juacutelius Pašteka) Havran Valentiacuten Beniak Lubomiacuter Feldek Jana
Kantorovaacute-Baacutelikovaacute Otakar Kořiacutenek Eva Lukaacutečovaacute Vladimiacuter Roy Mariaacuten Šidliacutek
Karol Strmeň Jozef Urban Bratislava Petrus 2004
POE Edgar Allan Studňa čo stiacuteši smaumld Jana Kantorovaacute-Baacutelikovaacute Bratislava
Belimex 2005
POE Edgar Allan Poviedky a baacutesne Michal Breznickyacute Jana Kantorovaacute-Baacutelikovaacute Jaacuten
Vilikovskyacute Bratislava Petit Press 2006
323 Em Polonecircs
STUDNIARZ Sławomir Pięć żywotoacutew Kruka czyli o polskich przekładach wiersza
ldquoThe Ravenrdquo Edgara Allana Poego Acta Neophilologica 13 281-302 2011 Disponiacutevel
em httpbazhummuzhpplmediafilesActa_NeophilologicaActa_Neophilologica-
r2011-t13Acta_Neophilologica-r2011-t13-s281-302Acta_Neophilologica-r2011-t13-
s281-302pdf Acesso em 12 jul 2017 Cf tambeacutem as datas de outras traduccedilotildees
disponiacuteveis em httpwwwstaffamuedupl~grodeckawykladykruk2pdf Acesso em
12 jul 2017 ancoradas no artigo de F Lyra Polskie przekłady poezji Poe`a
bdquoPrzegląd Humanistycznyrdquo 1972 nr 5 Cf Traduccedilotildees disponiacuteveis em
httppoerepublikaplutworywierszehtmlkruk Acesso em 12 jul 2017
POE Edgar Allan (1809-1849) Kruk tł Gustaw Jokiel 2009
52
324 Em Lituano
POE Edgar Allan (1809-1849) (Po Edgaras Alanas) Varnas Vertė Sigitas Geda
Šiaurės Atėnai geg 22 2004 p 1
PO Edgaras Alanas Varnas Iš anglų kalbos vertė Edmundas Juškevičius Kristinos
Ingram piešinys Nemunas vas 9-15 (Nr 6) 2006 p 7 (tambeacutem em 2007)
POE Edgar Allan Poezija Ekskliuzyvas Vertėjas Algimantas Zeikus 2015
325 Em Aacuterabe
(Egito)
POE Edgar Allan Mukhtārāt min ashʾār Trad Yaḥya Miʾwad Aḥmad Al-Qāhirah
Al-Hayʻah al-Miṣrīyah al-Āmmah lil-Kitāb 2009
(Iraque)
POE Edgar Allan سود غراب غراب ا [rdquoThe Ravenldquo] [gharab aswad alghurab] ال
Trans Gassan Ahmed Namiq 2012 Available in httpwwwaldiyarlondoncom2012-
08-09-12-36-2015-poems5273-2012-06-25-11-21-03 Access in 14 set 2017
(Araacutebia Saudita)
POE Edgar Allan سود غراب غراب ا [rdquoThe Ravenldquo] [gharab aswad alghurab] ال
Trans Sherif Baqnah Shahrani [Sherif Saad Baqnah Al Shahrani] 2004 Available in
httpaljsadorgforum4thread31416 Access in 14 set 2017
326 Em Turco
POE Edgar Allan ldquoKuzgunrdquo Ccedileviren ve derleyen Oğuz Baykara İstanbul Boğaziccedili
Uumlniversitesi 2011
POE Edgar Allan ldquoKuzgunrdquo Ccedileviri Hande Taştekin İstanbul Bilge Karınca 2012
POE Edgar Allan Buumltuumln şiirleri Ccedileviren Oğuz Cebeci İstanbul İthaki 2013
POE Edgar Allan ldquoEseradı başında ccedilizgi roman duumlnya klasiklerirdquo (Orjinal hikayeler
Edgar Allan Poe) Ccedileviri Kutlukhan Kutlu İstanbul NTV Yayınları 2011 (Em HQ)
327 Em Persa-Farsi
JODEYRI Sepideh A translation of Edgar Allan Poes selected poems from English
into Persian Mahriz Publications Tehran Iran 2006
POE Edgar Allan The Raven (a Persian Translation) Trans Ali Fatolahi Ilustr
Maryam Shafiei CreateSpace Independent Publishing Platform 2015
53
328 Em Latim
Gidley Lewis Poema Anglicegrave The Raven Latinegrave Corvus Exeter William Clifford
1863 E Gidley Lewis ldquoCorvusrdquo in Fasciculus by Lodovicus Gidley amp Robinson
Thornton London amp Oxford Parker 1866
329 Em Bretatildeo
POE Edgar Allan ldquoSKEUD Parabolenn gant Edgard A Poerdquo Ttroidigezh gant Per
Denez [Trad Per Denez] 1948 niv 6 p 24 Cf Disponiacutevel em
httpbibliothequeidbe-bzhorgdatacle_62Al_Liamm_1948_niv_06-11pdf Acesso
em 26 jul 2017
330 Em Gaeacutelico-Escocecircs
MACGARAIDH Seumas The bracken ablaze being fugitive verses in Gaelic and
English Cf Disponiacutevel em
httpsbooksgooglecombrbooksaboutThe_Bracken_Ablaze_Being_Fugitive_Verses
htmlid=mt8VMwEACAAJampredir_esc=y E em httpwwwsiol-nan-
gaidhealorggaraidhhtm Acesso em 26 jul 2017
331 Em Coreano
POE Edgar Allan ldquoDodookmajeun pyunjirdquo Trad Jinkyung Kim Seoul Moonhakgwa
jisungsa 1997
332 Em Basco
POE Edgar Allan ldquoBelardquo Mirandetar Jonek ingeleratik euskeratua Non Euzko
Gogoa Guatemala 1950
333 Em vietnamita
NGUYễN GIANG Danh văn Acircu Mỹ H Imprimerie DrsquoExtrecircme-Orient 1936
Disponiacutevel em
httpisachinfostoryphpstory=con_qua__edgar_allan_poeampchapter=0000 Acesso
em 23 jul 2017
HOAgraveNG KIM OANH uaacute tr nh ti p nh n ED AR ALLA POE - h n t b c tranh
d ch thu t 2009 Disponiacutevel em
httpwwwvanchuongvietorgindexphpcomp=tacphamampaction=detailampid=11582 E
tambeacutem disponiacutevel em httpsphebinhvanhoccomvnqua-trinh-tiep-nhan-edgar-allan-
poe-nhin-tu-buc-tranh-dich-thuat Acesso em 21 jul 2017
54
334 Em Grego
POW [sic] Edgar ldquoΤο κοράκιrdquo Το Νέον Πνεύμα τχ 20 (16η Απριλίου 1894) 116-119
Η μετάφραση αυτή αναδημοσιεύτηκε στο περιοδικό του Δ ΦωτιάδηΝεοελληνικά
Γράμματα (21 Μαΐου 1938) 5 στο πλαίσιο αφιερώματος στον Π Γιαννόπουλο [ΓΣ
Κατσίμπαλης Ελληνική βιβλιογραφία Έδγαρ Πόε Αrsquo Τα ποιήμ ατα Κρίσεις και
πληροφορίες Τυπογραφείο Σεργιάδη Αθήνα 1955 σ 6] Cf Disponiacutevel em
httpsikeelibauthgrrecord270184filesGRI-2015-14840pdf Acesso em 30 ago
2017 Disponiacutevel tambeacutem em outro link da Aristotle University of Thessaloniki ndash
Library httpikeelibauthgrrecord270184files Acesso em 30 ago 2017 Cf
tambeacutem em site que congrega informaccedilotildees sobre o tradutor disponiacutevel em
httppheidiasantibarogrGiannopoulostranslationshtml Acesso em 30 ago 2017
ΠΑΡΙΣΙΆΔΟΥ Ελένη Ο μεταφραστής Καίσαρ Εμμανουήλ Οι δημοσιευμένες
ποιητικές μεταφράσεις του Σύγκριση [Sl] v 22 p 27-35 φεβ 2012 ISSN 2241-
1941 Διαθέσιμο από
lthttpsejournalsepublishingektgrindexphpsygkrisiarticleview27822541gt
Ημερομηνία πρόσβασης 24 αύγ 2017 doihttpdxdoiorg1012681comparison29
Πόε Έντγκαρ Άλαν Το κοράκι μετάφραση Δήμητρα Παντάπαση Ο μαύρος γάτος - Η
μάσκα του κόκκινου θανάτου - Το βαρέλι του Αμοντιλλάδο 2010 Αθήνα Εντύποις
Cf Disponiacutevel em oainlggrb554766 Acesso em 24 ago 2017
Ἔντγκαρ Ἄλλαν Πόε Τό κοράκι μετάφραση Ἀθανάσιος Δ Οἰκονόμου μέ τά
χαρακτικά τοῦ Gustave Doreacute Ἀθήνα Ὁδός Πανός 1998 Cf Disponiacutevel em
oainlggrb147233 Acesso em 24 ago 2017
Πόε Έντγκαρ Άλλαν Το κοράκι amp άλλα μετάφραση Ε Καλκάνη Αθήνα Δαμιανός
2011 Cf Disponiacutevel em oainlggrb573394 Acesso em 24 ago 2017
21 ιστορίες και laquoΤο κοράκιraquo Κατερίνα Σχινά (μετάφρ και ανθολόγηση) εκδ
laquoΜεταίχμιοraquo Αθήνα 2013
Ε Α Πόε laquoΤο Κοράκιraquo μτφρ Κ Εμμανουήλ Ο Κύκλος 3 (1932) σ 117-122 αναδ
Το Κοράκι μτφρ Κ Εμμανουήλ Αθήνα εκδ περ Ο Κύκλος 1932
POE Edgar Allan ldquoΤο κοράκιrdquo Μεταφραστής Γιάννης Β Ιωαννίδης
ΕκδότηςΤυφλόμυγα 2007
Ε Α Πόε laquoΗ Θαλασσινή Πολιτείαraquoμετάφραση Κ Εμμανουήλ Νέα Εστία 358
(131942)
Χρ Ντουνιά laquoΟι τύχες του Έντγκαρ Άλλαν Πόε στην Ελλάδαraquo Ελευθεροτυπία
2872006
POE Edgar laquoΤὸ κοράκιraquo (Ὡς Λωτός laquoΝέον Πνεῦμαraquo ἔτος Β τόμ 2 1894 σελ 116-
119) Disponiacutevel em httppheidiasantibarogrGiannopoulosbiographyhtml Acesso
em 21 jul 2017
POE Edgar Allan Il Corvo O Kraulo Trad in italiano e in greco salentino di Vito D
Palumbo Calimera V Taube 1903
Α Πόε laquoΤο Κοράκιraquo μτφρ Κ Εμμανουήλ Ο Κύκλος 3 (1932) σ 117-122 αναδ Το
Κοράκι μτφρ Κ Εμμανουήλ Αθήνα εκδ περ Ο Κύκλος 1932
ΠΟΕ ΕΑ laquoΗ φιλοσοφία της σύνθεσης [= The philosophy of composition ]raquo (μτφ
ΣτΜπεκατώρος) Ε Α Πόε τ Α Ποιήματα Κριτική Επιστολές (επιμέλ
ΣτΜπεκατώρος) Αθήνα Πλέθρον 1991 165 - 178
Γεροντικού Α Δώδεκα Αριστουργήματα της Παγκόσμιας Λογοτεχνίας Γιάννινα
1973
POE Edgar Allan Ta poiimata Trad Nikos Simiriotis Athīna Zacharopoulos S
2002
POE Edgar Allan Deka epilegmena poiīmata Aris Zavos Athīna sn 2003
55
POE Edgar Allan Poiimata [Greek Modern (1453-) Dimitris Choroskelis
Thessalonikī Ekdotiki Thessalonikīs 2008
ZIRAS Alexis (Editor) Poiish kai fantasia by Edgar Allan Poe Athens Gavriilidis
Publishers 1999
335 Em Esperanto
POE E A ldquoLa Korvordquo In G Junqueiro C Neto O Wilde Deklamas L kaj I
Knoedt En Esperanton trad L Knoedt Brasiacutelia BEL 2002
336 Em Letatildeo
PO Edgars odevīgā sirds Stāstu izlase Rīga Zvaigzne 1988
337 Em Macedocircnio
POE Edgar Allan Odbrani pesmi Trad Gane Todorovski Skopje Kultura
[Yugoslavia (to 2002)] 1986
338 Em Croata
POE Edgar Allan Gavran nova verzija Edgar Allan Poe Prev Ivan Slamnig i Antun
Šoljan Zagreb 1961
POE Edgar Allan Gavran i druge pesme Edgar Alan Po Izbor prevod i predgovor
Kolja Mićević crteži Vladimir Veličković Banjaluka Glas 1981
POE Edgar Allan Gavran Zlatko Crnković et al Zagreb Konzor 1996
POE Edgar Allan Gavran Izabrao za tisak priredio i predgovor napisao Zlatko
Crnković preveli Zlatko Crnković [et al] ilustrirao Svjetlan Junaković Zagreb
Konzor Varaždin Katarina Zrinski 1996 Gavran E A Poea uz 200-godišnjicu
rođenja E A Poea Luko Paljetak Sadrži i pjesmu E A Poea Gavran u prijevodu
Luke Paljetka str 14-17 Zagreb Forum 2010
POE Edgar Allan (Bašić Sonja) Selected poems Trad Luko Paljetak Nikica Petrak
Ivan Slamnig Antun Šoljan Zagreb Matica hrvatska 1998
339 Em Seacutervio
POE Edgar Allan Gavran i druge pesme E A Po Izbor prevod i predgovor Kolja
Mićević [crtež gavrana Vladimir Veličković] Banja Luka Glas 1975
PO Edgar Alan Gavran poređenje prevoda Anika Krstić 1984
POE Edgar Allan Gavran i druge pesme Edgar Alan Po Izbor i prevod Kolja
Mićević crteži Vladimir Veličković Banja Luka Glas 1987
POE Edgar Allan Gavran i druge pesme Edgar Alan Po Izbor i prevod Kolja
Mićević crteži Vladimir Veličković Banja Luka Glas 1989
POE Edgar Allan Gavran Kolja Mićević Beograd Narodna knjiga - Alfa [Yugoslavia
(to 2002)] 1996
56
PO Edgar Alan Gavran Edgar Alan Po ilustracije Gistav Dore Predgovor Isidora
Sekulić [prevod Vladeta Košutić Priredio Žika Bogdanović] Beograd Ateneum 2001
Gavran ili Anabel Li Đorđe Nešić Prikaz knjige Nebojša Devetak Kao kad sneg
krvari Zagreb 20122013
POE Edgar Allan Gavran i druge pesme Babić Nedeljko Članak - sastavni deo 2005
POE Edgar Allan Gavran Dane Zajc Prevela sa slovenačkog Ana Ristović 2006
Gavran i lija [adaptacija teksta Jasna Todorović ilustracije Sašenjka Meljnikov-
Ivanović] Novi Sad Pirot Pikom 2006
POE Edgar Allan (Simonović Simon) Gavran Filozofija kompozicije Trad Jovan
Ćirilov Trifun Djukić Vladeta Košutić Božidar Marković Kolja Mićević Svetislav
Stefanović Branimir Živojinović Nika Grujić Milorad Popović Šapčanin Beograd
Tanesi 2009
PO Edgar Alan Gavran Sengleskog prepevao Dejan Mihailović 2012
PO Edgar Alan Gavran i lisica i druge priče = The Raven and the Fox and Other
Stories [prevod na srpski i engleski jezik translated into Serbian and English Agencija
Kapetanović] Beograd Knjiga komerc 2013
PO Edgar Alan Prevodi Poove poeme Gavran i Filozofija kompozicije Igor Stolić
2013
POE Edgar Allan Krstić Tijana Meljnikov-Ivanović Sašenjka Gavran i lija [autor
Tijana Krstić ilustracije Sašenjka Meljnikov-Ivanović] Novi Sad AIDT Pikom 2016
340 Em Esloveno
POE Edgar Allan Krokar izbrano delo Trad Arko Andrej et al Ljubljana
Mladinska knjiga [Yugoslavia (to 2002)] 1985
POE Edgar Allan Edgar Allan Poe Trad Andrej Arko Ljubljana Mladinska knjiga
2000
POE Edgar Allan Gavran Dane Zajc Prevela sa slovenačkog Ana Ristović 2006
341 Em Albanecircs
POE Edgar Allan Korbi Fan S Noli ldquoKorbi i Poesrdquo Revista Adriatike Vol 1
Boston Mass Shtator 1918 fq 38-41 Citado em artigo de Lirak Karjagdiu que avalia
as traduccedilotildees de Noli de autores americanos ou de liacutengua inglesa Disponiacutevel em
httpsdspaceaab-edunetbitstreamhandle12345678930226-Lirak-Karjagdiu-Noli-
Translator-of-English-and-American-Literaturespdfsequence=1 Acesso em 23 jul
2017
Revisteumln Mehr Licht Nr 172001 Disponiacutevel em
httpshtypishqiptarblogspotcombr200910edgar-allan-poe-hija-e-madhe-e-
korbithtmlm=1 Acesso em 23 jul 2017
POE Edgar Allan Poezi dhe esse Thomollari Dritan Tiraneuml Plejad 2004
POE Edgar Allan Poezi dhe poema Trad Aleko Ballauri Korccedileuml Klubi i Shkrimtareumlve
ldquoBota e Rerdquo 20052006
POE Edgar Allan Korbi Aleko Ballauri Korccedileuml Klubi i Shkrimtareumlve ldquoBota e Rerdquo
2006
POE Edgar Allan Lirika Aleko Ballauri Korccedileuml Klubi i shkrimtareumlve Bota e Re
2008
POE Edgar Allan Poezi dhe poema Aleko BallauriTiraneuml Uegen 2009
57
342 Em Catalatildeo
POE Edgar Allan El corb i altres poemes Filosofia de la composicioacute Trad y proacutelogo
de Xavier Benguerel Barcelona Edicions del Mall 1982
343 Em Yiddish
GLANZ-LEYELES Aaron Velt un vort (World and Word) New York Cyco 1958
Idem Amerike un ikh (America and I) New York Der Kval 1963 Idem Gedikhten
un drames (Poems and Plays) Introduction by Jacob Glatshteyn New York
Congress for Jewish Culture 1968
HARSHAV Benjamin and Barbara eds and trans American Yiddish Poetry a
Bilingual Anthology Berkeley University of California Press 1986
KISSIN I 1886-1950 Lider Fun Der Mil ome An ologye Nyu-Yor Bibliyo e fun
Poezye un Eseyen 1943 POE Edgar Allan Oysgeveyl e ṿerḳ Nyu-Yor Farlag Yidish 1920
344 Em Chinecircs (ou sobre traduccedilotildees chinesas)
ESPLIN EMRON Gato Margarida Vale de Translated Poe Edited by Emron Esplin
and Margarida Vale de Gato (Perspectives on Poe series) Includes bibliographical
references and index Bethlehem Pensilvacircnia Lehigh University Press 2014
FENG Zongxin Edgar Allan Poe in Classical and Vernacular Chinese Translations In
Translated Poe Edited by Emron Esplin and Margarida Vale de Gato (Perspectives on
Poe series) Includes bibliographical references and index Bethlehem Pensilvacircnia
Lehigh University Press 2014
POE Edgar Allan Wu Ya [乌 鸦 Crow] Translator Zi Yan In Wenxue Zhoubao [文 学
周 报 Literature Weekly] 100 1923
POE Edgar Allan ldquoFive Poems by Allan Poerdquo Translator Zhou Xiangqin In Guowai
Wenxue [国 外 文 学 Literature Abroad] 3 1988
345 Em liacutenguas da Iacutendia
PAVNASKAR Sadanand R Indian Translations of Edgar Allan Poe A Bibliography
with a Note Indian journal ofAmerican Studies (January 1971) 103-110 An expanded
version of this bibliography by the same author but without the notes is found in Poe in
India A Bibliography 1955 - 1969 Poe Studies 52 1972 p 49-50
58
346 Em Romeno5
POE Edgar Allan Corbul Traduceri icircn proză de I S Sp[artali] Icircn Adevărul ndash 2
nr 648 1890 p 2 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Traducere de Gripen = G D Pencioiu Icircn Romacircnul
literar ndash nr 19 1891
POE Edgar Allan Corbul = [The Raven] Traducere de Gripen = G D Pencioiu Icircn
Revista ilustrată ndash nr 8 1892
POE Edgar Allan Corbul Poemă Traducere [anon] icircn proză Icircn Revista poporului
ndash 3 nr 8 1892 p 242-45 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Poemă Traducere icircn proză de I D Ghiocel Icircn
Independentul ndash 2 nr 30 1892 p12 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Traduceri icircn proză de I Th[eodorescu] Icircn Adevărul ndash
5 nr 1339 1892 p 3 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Poem Traducere icircn proză de I C Săvescu Icircn Liga
literară ndash 1 nr 7 1893 p 211-213 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Poemă Traducere icircn proză de Dor Icircn Lumea nouă ndash 1
nr 4 1894 p 2 [in prose]
POE Edgar Allan Corbul Poem Traducere de Iuliu C Săvescu Icircn Liga literară ndash
2 nr 6 1895
POE Edgar Allan Corbul Traducere de St P Icircn POE Edgar Allan Scrisoarea
furată Ruina casei Usher Pisica neagră Portretul oval şi alte Povestiri
extraordinare Craiova Institutul de editură Ralian şi Ignat Samitca 1896
POE Edgar Allan Corbul Poemă Traducere icircn proză de Dor Icircn Romacircnul ndash 42 nr
89 1898
POE Edgar Allan Corbul Poem Traducere icircn proză Icircn Cronica ndash 4 nr 833
1904
POE Edgar Allan Corbul = [The Raven] Traducere de Gripen = G D Pencioiu Icircn
Gazeta Transilvaniei ndash 67 nr 2511904
POE Edgar Allan Corbul Poem Traducere icircn proză Icircn Ţara ndash 2 nr 541 1904 p
2 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Poem Traducere icircn proză de Dim C Zavalide Icircn
Universul literar săptămacircnal ndash 23 nr 33 1905 p 5 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Poem Traducere icircn proză de Radu Paltin = H Petra-
Petrescu Icircn Semănătorul ndash 8 nr 6 1909 p 137-40 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Traducere de A[Axelrad] Luca Icircn POE Edgar Allan
Moartea Roşie =[The Masque of the Red Death] Cei opt Orangutani Corbul
Bucureşti Editura ldquoLumenrdquo [1909] p 27-32 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Traducere de Nicolae Daşcovici Icircn POE Edgar Allan
Povestiri extraordinare Bucureşti Minerva Institutul de Arte Grafice şi Editură
1911
POE Edgar Allan Corbul Poem Traducere icircn proză Icircn Gazeta Transilvaniei ndash 78
nr 267 1915 1915 p 1-2 [em prosa]
POE Edgar Allan Corbul Icircn Făt-Frumos ndash 1 nr 4 1915
POE Edgar Allan Corbul Traducere de Alexandru Viţianu Icircn Adevărul literar
5A maioria dessas referecircncias podem ser conferidas no arquivo disponiacutevel em
httpsarhivabibmetroUploadsPoe20Edgar20Allanpdf Acesso em 28 ago 2017 E de no texto
ldquoRomanian Translations of ldquoThe Ravenrdquorsquo (1985) de Thomas C Carlson (Memphis State University)
Disponiacutevel em httpswwweapoeorgpstudiesps1980p1985203htm Acesso em 15 jun 2017 Nas
pequenas divergecircncias entre essas fontes privilegiei a primeira
59
artistic ndash 2 nr 56 18 dec 1921 p 2
POE Edgar Allan Corbul Traducere de Paul Sterian Icircn Cuvicircntul ndash 8 nr 2584 3
iul 1932
POE Edgar Allan Corbul Traducere icircn proză de G Murnu Icircn Revista Fundaţiilor
Regale ndash 4 nr 6 iun 1937 p 483-486
POE Edgar Allan Corbul Traducere de Ion Luca Caragiale Icircn Viaţa romacircnească ndash
29 nr 7 iul 1937 p 39-44
POE Edgar Allan [Corbul] Traducere de Emil Gulian Icircn Revista Fundaţiilor
Regale ndash 5 nr 5 1938
POE Edgar Allan Corbul Trans Emil Gulian Poemele lui Edgar Poe Bucharest
Fundatia pentru Literaturaşi Arta ldquoRegele Carol 11rdquo 1938 p 7-14 [reprinted in Edgar
Allan Poe Scrieri Alese Bucharest Editură pentru Literatura Universala 1963 p 241-
246 1968 1969 1971]
POE Edgar Allan Corbul Traducere de N Parsenna Icircn Gacircndirea ndash 22 nr 9 nov
1943
POE Edgar Allan Corbul Trans Al T Stamatiad Revista Fundafiilor Regale IV No
4 1945 p 87-90 [em versos livres]
POE Edgar Allan Corbul Traducere de Al T Stamatiad Icircn Revista Fundaţiilor
Regale ndash 12 nr 4 apr 1945
POE Edgar Allan Corbul Traducere de P P Stănescu Icircn Viaţa romacircnească ndash 37
nr 5-6 mai-iun 1945
POE Edgar Allan Corbul icircn romacircneşte de Teodor Boşca Icircn Tribuna ndash 2 nr 14 5
apr 1958
POE Edgar Allan Corbul Trans Dan Botta Edgar Allan Poe Scrieri Alese
Bucharest Editura pentru Literatura Universala 1963 p 233-237 [1968 1969 1971]
POE Edgar Allan Corbul Trans Mihu Dragomir Cele Mai Frumoase Poozii
EdgarAllan Poe Bucureşti Editura Tineretului 1964 p 96-103
POE Edgar Allan Corbul icircn romacircneşte de Mihu Dragomir Icircn POE Edgar Allan
Poezii şi poeme Bucureşti Editura tineretului 1964
POE Edgar Allan Corbul Traducere de Emil Gulian Icircn POE Edgar Allan
Scrieri alese Traduceri (proză) de Mihu Dragomir Ion Vinea şi Constantin
Vonghizas traduceri (poezie) de Emil Gulian şi Dan Botta Bucureşti Editura
pentru Literatura Universală 1968 (Clasicii literaturii universale)
POE Edgar Allan Corbul Traduceri de Emil Gulian Dan Botta Icircn POE Edgar
Allan Scrieri alese Traduceri (proză) de Mihu Dragomir Ion Vinea şi Constantin
Vonghiazas traduceri (poezie) de Emil Gulian şi Dan Botta Bucureşti Editura
pentru Literatura Universală 1969
POE Edgar Allan Corbul icircn romacircneşte de Petre Solomon Icircn Caiet (Viaţa
romacircnească) 23 nr 2 feb 1970 p xx-xxii
POE Edgar Allan Corbul ldquoGavranrdquo Trans Dura Back KnjizevniZivot 3 No2
(1970) 37-38 [em seacutervio] ldquoCorbulrdquo Trans Mihaela Haşeganu Luceafarul 30 1971 p
5
POE Edgar Allan Corbul icircn romacircneşte de Mihaela Haşeganu Icircn Luceafărul ndash 14
nr 30 1971
POE Edgar Allan Corbul Trans Luca lon Caragiale Jocul Oglinzilor Versuri
Publicatesi Inedite Bucharest Editura Minerva 1972 p 247-253
POE Edgar Allan Corbul Ulalume Annabel Lee Traduceri inedite de Marcel
Breslaşu Icircn Secolul 20 ndash nr 10 1973
POE Edgar Allan Corbul O nouă versiune romacircnească a poemului icircn romacircneşte
de I Cassian-Mătasaru Icircn Tribuna ndash 17 nr 46 1973
60
POE Edgar Allan Corbul Trans 1 46 1973 p 9
POE Edgar Allan Corbul Trans Marcel Breslasu Secolul XX 10 1973 p 142-144
POE Edgar Allan Corbul Trans Cassian-Matasaru Tribuna 17 No 46 1973 p 9
POE Edgar Allan Edgar Poe (1809-1849) sau Poemul cu edificiu icircn auz Corbul icircn
romacircneşte şi cu o prezentare de Ştefan Augustin Doinaş Icircn Tribuna ndash 18 nr 17
1974
POE Edgar Allan Corbul Trans Stefan Augustin Doinas Tribuna 17 No 51 1974
p 12
POE Edgar Allan Corbul Trans Ovidiu Bogdan Luceafarul 37 1975 p 8
POE Edgar Allan Corbul Două traduceri inedite icircn romacircneşte de Ovidiu Bogdan
şi P P Stănescu Icircn Luceafărul ndash 18 nr 37 1975
POE Edgar Allan Corbul Traduceri de Emil Gulian Dan Botta Icircn POE Edgar
Allan Scrieri alese Traduceri (proză) de Ion Vinea Mihu Dragomir şi Constantin
Vonghizas traduceri (poezie) de Emil Gulian şi Dan Botta Bucureşti Editura
Univers 1979 (Clasicii literaturii universale)
POE Edgar Allan Corbul Trans Stefan Augustin Doinas Almanabul Literar 1979
Bucharest Editat de Asocialia Scriitorilor din Bucuresti 1980 p 78-79
POE Edgar Allan Edgar Poe (1809-1849) sau Poemul cu edificiu icircn auz
Traducere şi prezentare de Ştefan Augustin Doinaş Icircn Ateneu ndash 24 nr 12 1987
POE Edgar Allan Corbul Traduceri de G D Pencioiu Iuliu Cezar Săvescu I L
Caragiale Emil Gulian George Murnu N Parsenna P P Stănescu Teodor Boşca
Dan Botta Mihu Dragomir Petre Solomon Mihaela Haşeganu Marcel Breslaşu I
Cassian-Mătăsaru Ovidiu Bogdan Icircn POE Edgar Allan Annabel Lee şi alte
poeme Versuri Bucureşti Univers 1987
POE Edgar Allan Annabel Lee şi alte poeme Prefaţăşi note de Liviu Cotrău
Bucureşti Univers 1987
POE Edgar Allan Poezie ndash drama Liviu Cotrău Iaşi Institutul European 2001
POE Edgar Allan Corbul şi alte poeme Mona Mamulea Braşov Arania 2001
4 Principais sites da internet consultados
httpalphabnorgpl
httpcatalogobnees
httpcatalogobnportugalpt
httpcataloguebnffr
httpdanskforfatterleksikondk
httpd-nbinfo
httpexplorebluk
httplibriskbse
httpnbdblibislt
httpnfctorgil
httponlinebookslibraryupennedu
httpopc4kbnl
httprunebergorg
httpscanslibraryutorontoca
httptrovenlagovau
61
httpwwwarmandrobinorg
httpwwwbartlebycom
httpwwwbiblionetgr
httpwwwbnjmcu
httpwwwcervantesvirtualcom
httpwwwedgarallanpoede
httpwwwelfikurtencombr
httpwwwennkpcz
httpwwwisfdborg
httpwwwletraseduar
httpwwwlibraryvanderbiltedu
httpwwwnlggr
httpwwwnlrru
httpwwwnskhrispis-rezultata
httpwwwtheeuropeanlibraryorg
httpwwwunescoorgxtrans
httpwwwvbsrs
httpwwwworldcatorg
httpsarchiveorg
httpsarhivabibmetro
httpscylchgronaullyfrgellcymru
httpsdewikisourceorg
httpsesteresteree
httpskansalliskirjastofinnafi
httpskasifmkutupgovtr
httpslibrivoxorgthe-raven-multilingual-by-edgar-allan-poe
httpslibwebcityofalbanynet
httpsptwikipediaorg
httpswwwbngovbrexplorecatalogos
httpswwweapoeorg
wwwdominiopublicogovbr
62
5 Apecircndices
World Map of Translations of ldquoThe Ravenrdquo
Source by authors and based on information available in several bibliographical references and other
digital sources
51 World Map of Translations of ldquoThe Ravenrdquo (Style ldquoMidnight
viewrdquo)
Source by authors and based on information available in several bibliographical references and other
digital sources
63
52 Distribution of translations of ldquoThe Ravenrdquo by Countries and
Languages
Countries Languages
United States English (The Raven)
Brazil Portuguese (O Corvo)
Portugal Portuguese (O Corvo)
France French (Le Corbeau)
Canada French of Canada (Le Corbeau)
Spain Spanish (El Cuervo)
Mexico Spanish (El Cuervo)
Cuba Spanish (El Cuervo)
Guatemala Great
Britain Spanish (El Cuervo)
Venezuela Spanish (El Cuervo)
Bolivia Spanish (El Cuervo)
Colombia Spanish (El Cuervo)
Chile Spanish (El Cuervo)
Argentina Spanish (El Cuervo)
Uruguay Spanish (El Cuervo)
Paraguay Spanish (El Cuervo)
Ecuador Spanish (El Cuervo)
Peru Spanish (El Cuervo)
Spain Galician (O corvo)
Estonia Estonian (Vares)
Azerbaijan Azerbaijani (Quzğun)
Ukraine Ukrainian (ВоронКрук)
Iceland Icelandic (Hrafninn)
Finland Finnish (Korppi)
Norway Norwegian (Ravnen)
Sweden Swedish (Korpen) (Galande)
Denmark Danish (Ravnen)
Wales Welsh (Maer gigfranY Gigfran)
Literary language Latin (Corvus)
Friesland
DenmarkGermany Frisian (De Raven)
Spain Basque (BelaBelea (olerkia)
Armenia Armenian (ԱԳՌԱՎԸ)
Slovenia Slovenian (Kroka)
Greece Greek (το κοράκι)
Latvia Latvian (Krauklis)
65
53 Distribution of translations by quantity and countries
Countries
Number of mapped translations
United States Original text
Brazil 51
Portugal 9
France 41
Canada 2
Spain 38
Mexico 6
Cuba 2
Guatemala Great Britain 1
Venezuela 2
Bolivia 2
Colombia 5
Chile 2
Argentina 9
Uruguay 2
Paraguay 1
Ecuador 1
Peru 2
Spain 27
Estonia 5
Azerbaijan 3
Ukraine 10
Iceland 7
Finland 2
Norway 5
Sweden 5
Denmark 8
Wales 1
Literary language (latim) 1
Friesland DenmarkGermany 2
Spain (Basque) 1
Armenia 3
Slovenia 9
Greece 29
Latvia 1
Macedonia 1
Croatia 8
66
Lithuania 3
Romania 40
Poland 12
Brittany France 1
Corsica France 1
Scotland Nova Scotia Canada 1
Italy 38
Russia 59
Germany 39
Bulgaria 9
China 25
Korea 4
Egypt Iraq Saudi Arabia 4
Iran 2
Japan 13
Vietnam 5
Israel and others 12
United States and others (Yiddish) 5
Turkey 4
All Around the world (Esperanto) 5
Andorra Catalonia and others 2
Belarus 3
Albania 7
Luxembourg 1
Netherlands 18
Hungary 18
Czech Republic 29
Slovakia 9
Serbia 14
Re-translations 14
TOTAL 700
Source by authors and based on information available in several bibliographical references and other
digital sources
67
6 Quadro com as principais traduccedilotildees
brasileiras e transcriaccedilotildees de ldquoThe
Ravenrdquo (em ordem cronoloacutegica)6
7 Traduccedilotildees Brasileiras
Ameacuterico Lobo
(18821892)7
Alexei Bueno (1980) Isa Mara Lando (2003)
Machado de Assis
(1883)8
Joseacute Lira Ortigatildeo (em
cordel)
(19951996)
Andreacute Boniatti (2006)
Venceslau de Queiroz
(1885)
Claacuteudio Weber Abramo
(19972011)
Alskander Santos (2006)
Fontoura Xavier (1887) Jorge Wanderley (1997) Thereza Christina Roque
da Motta (20092013)
Escragnolle Doacuteria (1903) Joatildeo Inaacutecio Padilha
(1997)
Raphael Soares [Elaphar]
(2010)
Alfredo F Rodrigues
(1914)
Sergio Duarte (1998) Luiz Antonio Aguiar
(2012)
Manoel de Soiza e
Azevedo
(191319141915)
Edson Negromonte
(1998)
Luciano Vieira Machado
(2012)
Joatildeo Kopke (19161917) Odair Creazzo Jr (1998) Renato Suttana
(20102012)
Anocircnima (1916) Luis Carlos Guimaratildees
(1998)
Jeison Luis Izzo (2014)
Emiacutelio de Menezes
(19171980)
Aluysio Mendonccedila
Sampaio
(1998)
Bruno Palavro (2017)
Manoel Joseacute Gondin
da Fonseca (19281956)
Viniacutecius Alves (1999) Pedro Mohallem (2017)
Milton Amado
(19431960
19851987)
Helder da Rocha (1999)9 Wilton Bastos (2017)
6 Todas essas indicaccedilotildees de traduccedilotildees estatildeo detalhadas nas informaccedilotildees bibliograacuteficas (artigos teses
dissertaccedilotildees trabalhos de conclusatildeo de graduccedilatildeo etc) siacutetios da internet de Bibliotecas Nacionais
(National Libraries) portais de domiacutenio puacuteblico blogs de autores arrolados nas referecircncias de forma
especiacutefica ou constantes de outras referecircncias e estudos que compilaram tais informaccedilotildees de autoria de
traduccedilatildeo 7 A traduccedilatildeo somente foi publicada em 1892 portanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que foi a primeira traduccedilatildeo
brasileira permanecendo nessa condiccedilatildeo ateacute prova em contraacuterio o texto traduzido por Machado de Assis
Cf in Jornal do Comeacutercio Belo Horizonte MG 7 de agosto de 1892 Apud Iba Mendes no site O
Poeteiro Cf tambeacutem em
httpwwwelsonfroescombrframepoehtmhttp3Awwwelsonfroescombralcorvohtm Acesso em
22 ago 2017 Cf tambeacutem em httpseditoraanticiterawordpresscomcategorypoesia-angloamericana
Acesso em 22 ago 2017 8 Cf httpmachadomecgovbrimagesstoriespdfpoesiamaps05pdf Acesso em 21 ago 2017
9 Disponiacutevel em httpwwwhelderdarochacombrliteraturapoeprosa1html Acesso em 22 ago 2017
68
Aureacutelio de Lacerda
(1949)
Eduardo Andrade
Rodrigues
(2000)
Emerson Cristian Pereira
dos
Santos (2017) (LIBRAS)
Benedicto Lopes
(19561970)
Diego Raphael (2000)
Joseacute Luiz de Oliveira
(1968)
Andreacute Carlos Salzano
Masini (2000)
Haroldo de Campos
(19751976)
Jorge Teles (2001)10
Rubens F Lucchetti
(1976)11
Carlos Primati (2002)
Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees do site de Elson Froacutees12
e em vaacuterias outras fontes
bibliograacuteficas e catalograacuteficas que confirmam a procedecircncia e existecircncia das referidas traduccedilotildees
Exemplos de TranscriaccedilotildeesTranspoetizaccedilotildeesIntertextos com The Raven
Poema ldquoA Cabeccedila de Corvordquo Alphonsus de Guimaraens (1891-1895)
Poema ldquoAve Dolorosardquo (1902) de Augusto dos Anjos
Poema ldquoAsa de Corvordquo (1906) de Augusto dos Anjos
Poema ldquoO Gorvordquo de Juoacute Bananeacutere (1924) (Paroacutedia)
Poema ldquoPressagordquo de Cruz e Souza (1995 data da ediccedilatildeo)
Trecho de ldquoRomanceiro da Inconfidecircnciardquo de Ceciacutelia Meireles (1977 da
ediccedilatildeo)
Poema ldquoA visitardquo de Carlos Drummond de Andrade (19792002)
Poema ldquoInsularrdquo de Paulo Leminski (2013)
ldquoO corvordquo de Reynaldo Jardim e Mariluacute Silveira (19871988)
Poema ldquoO corvordquo (Paroacutedia) de Antocircnio Thadeu Wojciechowski Roberto
Prado Marcos Prado e Edilson Del Grassi Ilustraccedilatildeo de Miran
Poema ldquoTranscorvo de Poerdquo de Augusto de Campos (1992)
Poemas ldquoAlcoacuteolicasrdquo e ldquoCantares do sem nome e de Partidardquo de Hilda Hilst
(19891995)
ldquoPrefaacutecio ao Anurdquo ldquoO Anurdquo de Carlos Versiani (20032005)
ldquoO corvordquo de Bernardo Simotildees Coelho (2005)
10
Cf Disponiacutevel em
httpwwwjorgetelescombrsiteindexphpoption=com_contentampview=articleampid=79o-
corvoampcatid=38traducoes-e-adaptacoesampItemid=2 Acesso em 23 ago 2017 [com a colaboraccedilatildeo de
Angela Telles-Vaz] 11
Cf In Coleccedilatildeo Contos de Terror 1976 Confirmamos com o proacuteprio Rubens F Lucchetti em 2017 a
autoria da traduccedilatildeo tendo em vista que o proacuteprio autor gerencia a venda de seus livros e este em
especiacutefico encontra-se esgotado Rubens Lucchetti tambeacutem figura como um dos autores de recriaccedilotildees do
poema de Poe em obra comemorativa ao poema publicada em 2015 12
Cf Disponiacutevel em httpwwwelsonfroescombrframepoehtm Acesso em 30 jun 2017 Elson Froacutees
estabelece algumas distinccedilotildees entre as traduccedilotildees categorizando algumas como ldquoInspiradas no Corvordquo
Noacutes natildeo fizemos tal distinccedilatildeo em razatildeo de ser uma classificaccedilatildeo problemaacutetica e que necessitaria de
maiores anaacutelises e discussatildeo teoacuterica As traduccedilotildees apresentam-se em ordem cronoloacutegica e () indica
relativa incerteza quanto agrave data de publicaccedilatildeo Mantive entretanto em separado as transposiccedilotildees de ldquoThe
Ravenrdquo para as outras artes e traduccedilotildees em outras liacutenguas Esse quadro de traduccedilotildees natildeo eacute obviamente
exaustivo pois haacute inuacutemeros textos literaacuterios em intertexto com o corvo de Poe sendo uma tarefa contiacutenua
a inclusatildeo de novas experiecircncias tradutoacuterias No ano de 2017 por exemplo surgiu duas novas traduccedilotildees
em portuguecircs brasileiro o que demonstra a necessidade de constante revisatildeo e atualizaccedilatildeo dessa tradiccedilatildeo
translativa com base em ldquoThe Ravenrdquo
69
ldquoOutro Paacutessarordquo de Ivan Justen Santana (2008)
Poema ldquoO corvordquo de Paulo Cesar da Costa Pinto (2015)
PoemasNarrativas recriaccedilotildees de ldquoO corvordquo de VARIOS AUTORES (2015)13
Poema ldquoO Uruburdquo de Guilherme Gontijo Flores e Rodrigo Tadeu Gonccedilalves
(2016)
Poema ldquoO Estorvordquo de Pedro Mohallem (2016) (Paroacutedia)
ldquoEstudo poeacutetico para um corvordquo de Eric Ponty (sd) Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees disponiacuteveis em diversas referecircncias bibliograacuteficas e em
outras fontes digitais
8 Traduccedilotildees Portuguesas de ldquoThe Ravenrdquo
Traduccedilotildees em Portuguecircs de Portugal (O corvo)
Paulo de Magalhatildees (1887)14
Mecircncia [Meacutecia] Mouzinho de Albuquerque
(188718891890)
Fernando Pessoa (19241925)15
Maacuteximo das Dores (19281929)
Luiacutes Augusto de Sousa (1957)
Joatildeo Costa (1971-1972)
Cabral do Nascimento (1972)
Margarida Vale de Gato (200320042009)
Adriana Pereira (2011)
TranscriaccedilotildeesTranspoetizaccedilotildees Intertextos com
The Raven em Portugal
Joseacute Duro (1898) Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees disponiacuteveis em diversas referecircncias bibliograacuteficas e em
outras fontes digitais
13
Recentemente (2015) R F Lucchetti e vaacuterios outros escritores lanccedilaram uma proposta colaborativa de
reescritura com base no poema poeano Como se vecirc o sistema literaacuterio brasileiro canocircnico e natildeo
canocircnico continua realizando novas experimentaccedilotildees com base em ldquoThe Ravenrdquo Trata-se de uma
excelente obra com 60 intertextos recriativos de aspectos do poema de Poe (tanto em formas narrativas
quanto poeacuteticas) empreendimento que ainda contou com o trabalho de 15 ilustradores em comemoraccedilatildeo
aos 170 de publicaccedilatildeo do texto poeano Cf Vaacuterios Autores (lista completa nas referecircncias) O Corvo Um
livro colaborativo Vaacuterios Ilustradores Filipe Larecircdo (Editor) Satildeo Paulo Empiacutereo 2015 Ediccedilatildeo do
Kindle 14
In Aurora do Caacutevado (1887) ldquoThe Ravenrdquo was apparently translated in a regional newspaper Aurora
do Caacutevado by one Paulo de Magalhatildees in June 12 1887 but I have not been able to obtain a copy of that
particular number of the paper Cf GATO Margarida Vale de A Standing Challenge for Changing
Literary Systems In Translated Poe Esplin and Margarida Vale de Gato (EditorasOrgs) Bethlehem
Pensilvacircnia Lehigh University Press 2014 Contudo Gato em pesquisa de campo natildeo localizou
fisicamente o livro Assim haacute apenas registro dessa traduccedilatildeo na obra A traduccedilatildeo em Portugal de
Gonccedilalves Rodrigues de 1950 conforme aponta Gato (2014) 15
Texto em domiacutenio puacuteblico Disponiacutevel em
httpwwwdominiopublicogovbrdownloadtextojp000003pdf Acesso em 22 jan 2017
70
9 Quadro ndash Traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo
para as demais liacutenguas
Traduccedilotildees em Francecircs (Le Corbeau) Traduccedilotildees em Italiano (Il corvo)16
Anocircnima (1853)17
Francesco Contaldi (1865-1903)18
Charles Baudelaire (1853) Gustavo Tirinelli (1877)
William Little Hughes (1862) Anocircnima atribuiacuteda a Scipione Salvotti
(1881)
Eugegravene Goubert (1869) Enrico Nencioni (1899)
Stephane Mallarmeacute (18751888) Guido Menasci (1890)
Albert Allenet (1879) Ulisse Ortensi (189219021903)
Bernard-Henri Gausseron (1882) Ernesto Ragazzoni (1896)
Ernest Guillemot (1884) Vito D Palumbo (1903) (em italiano e em
grego ldquoO Kraulordquo)
Victor Orban (19081910)19
Raffaele Bresciano (1905)
Eacutemile Lauvriegravere (190419171918) Luigi Siciliani (1911)
Armand Masson (1911) Federico Olivero (1912)
Jean George Tollemache Sinclair
(1912)
Giuseppe Margani (1913)
Jym (1917) Mario Praz
(1921197419972004200820072012)
Marcelin Huc (1920) Antonio Bruno (193219902012)
Lucie Delarue-Mardrus (1922-1951) Pietro Visconti (1933)
Leo Quesnel () Camillo Adrower (1933)
Gabriel Maurey (19101926) Ennio Flaiano (1936)20
16
Cf MELANI Constanza Effetto Poe influssi dello scrittore americano sulla letteratura italiana
Firenze Firenze University Press 2006 p 277 (A maioria das referecircncias de traduccedilatildeo italiana estaacute
disponiacutevel nesta obra e nas referecircncias da biblioteca nacional italiana assim como na fonte inestimaacutevel de
referecircncias de traduccedilotildees italianas de Poe contida no texto ldquoLa fortuna di E A Poe in Italiardquo sob a
curadoria de Ada Giaccari Cf Disponiacutevel em
httpojsuniroma1itindexphpStudiAmericaniarticleviewFile1338213169 Acesso em 8 set 2017 17
Em artigo de Poulet-Malassis publicado Journal dAlenccedilon em janeiro de 1853 Cf Disponiacutevel em
httpptcalameocomread0027669507d660a6e7567 E
httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acessos em 23 ago 2017 O proacuteprio Baudelaire
em carta ao editor do jornal o monseiur Mallassis critica a traduccedilatildeo anocircnima mas ao mesmo tempo
reconhece a autoria inicial daquele ldquoLa traduction inseacutereacutee par vous ne repreacutesente pas avec justesse le
sens et le stvle poeacutetique du Corbeaurdquo Cf BAUDELAIRE Charles Oeuvres Complegravetes de Charles
Baudelaire Traductions Eureka La Genegravese dun Poeumlme Le Corbeau Meacutethode de Compostion Par
Edgar Poe Notice notes et Eacuteclaircissements de M Jacquees CreacutepetParis Louis Conard Libraire-
Eacutediteur 1936 p 301 Disponiacutevel em
httpscanslibraryutorontocapdf722eurekalagensed00poeeeurekalagensed00poeepdf Acesso em
23 ago 2017 18
Natildeo haacute precisatildeo quanto agrave data de publicaccedilatildeo da traduccedilatildeo 19
Aleacutem de tradutor de Poe para o francecircs foi tradutor de Machado de Assis Cf
httpcataloguebnffrark12148cb30852966p Acesso em 4 jul 2017 Cf POE Edgar Allan Poegravemes
complets Scegravenes de Politian Le Principe poeacutetique Marginalia Trad ineacutedite de Victor Orban notice
biographique et bibliographique par Alphonse Seacutecheacute Paris L Michaud 1908 Cf
httpcataloguebnffrark12148cb31126238s Acesso em 4 jul 2017
71
J Serruys (1913) Nello Baccetti (1949)
Maurice Rollinat (1926) Carlo Izzo (1953)
Armand Godoy (1929) Ettore Serra (1956)
J-A Moisan (1929193319341939) Carla Apollonio (196919852006)
Armand Robin (1940) Alfredo Luciacutefero Petrosillo (1970)
Leacuteon Lemonnier (193219491950) Guido Asvero Bottussi (1971)
Suzanne drsquoOliveacutera Jackowska (1933) Boggi Garampelli (1977)
Xavier de Magallon (1937) Antonio Agriesti (1989)
Henri Parisot (1968) Tommaso Pisanti
1982199019921997200320042005201
2)
Pierre Pascal (19421970) Maurizio Cucchi e Silvana Colonna
(1986199119992009)
Claude Richard (1989) Giacomantonio Flavio (1990)
Alice Becker-Ho (19972013) Alessandro Quattrone (199720002002)
Jean-Marie Maguin Claude Richard
e Christophe Marchand-Kiss (1997)
Benedetto Macaronio (2002)
Henri Justin (19972010) Silvana Stremiz (2005)
Didier Lamaison (2000) Claudio Angelini (2006)
Steacutephane Chabriegraveres (2003) Francesca Diano (2006)
Raouf Hajji (2004) Raul Montanari (20092010)
Jean-Pierre Naugrette (2006) Antonio Vacca (20092016)
Jean Hautepierre (200820092012) Paul Meighan (2014)
Jean Cadas (2009) Franco Venturi (2016)
Nicolas Blithikiotis (2010) Cesare Sofiano ()
Bruno Gaurier (2011)21
Traduccedilotildees em Russo (Ворон)22
20
Cf Trad Informada no site httprivistatradurreit201505traduzione-e-catarsi-2 Acesso em 8 set
2017 Trata-se de traduccedilatildeo incompleta do poema 21
Disponiacutevel em httpwwwl3ulgacbecolloquetraduction2013textesdameliopdf Acesso em 31 jul
2017 Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb451012244 Acesso em 31 jul 2017 22
Yefim Shuman (1999) destaca que ldquoThe Ravenrdquo e seu ldquoNevermorerdquo foram mais traduzidos e entoados
na Ruacutessia que o To be or not to be shekesperiano Segundo Shuman (1999) haacute mais duas duacutezias de
traduccedilotildees do poema de Poe em Russo seguindo inclusive uma tradiccedilatildeo tambeacutem localizada na Europa
sobretudo Franccedila e Espanha aleacutem das Ameacutericas de ser este poema um iacutecone das escolas poeacuteticas
simbolistas Relata tambeacutem as dificuldades dos tradutores russos em encontrar um equivalente para o
famoso refratildeo de Poe Vejamos ldquoНи одно художественное произведение не переводилось на
русский язык так часто как это стихотворение Эдгара По Существует более двух десятков
переводов Ворона Уступил даже знаменитый монолог Гамлета Быть или не быть его
переводили всего шестнадцать раз Первые русские переложения Ворона появились в 1878
году А классическими считаются переводы сделанные символистами Бальмонтом
Мережковским Брюсовым Константин Бальмонт написал также очерк о жизни и творчестве
американского поэта который до сих пор продолжают использовать в качестве предисловия к
сборникам избранного и собраниям сочинений Эдгара По Разумеется Ворона переводили и в
советское время и продолжают переводить до сих пор Особенно интересно проследить как
искали переводчики русский эквивалент ключевому слову Невермор Андреевский сто двадцать
лет назад перевёл буквально Больше никогда Его современник Пальмин ограничился одним
Никогда Брюсов и Мережковский последовали примеру Андреевского Бальмонт ndash Пальмина
Однако оба варианта страдали одним существенным недостатком пропала фонетическая нагрузка
то есть два р (Невермор) которые позволяли Эдгару По соединить человеческую речь и
воронье карканье В 1907 году переводчик Жаботинский нашёл выход он отказался от поисков
русского аналога и оставил английский оригинал ndash Невермор После чего поиски поиски в этом
направлении на целых полвека прекратились Лишь в 77ndashом году появился новый русский
эквивалент Василий Бетаки отдал предпочтение каркающему не вернуть В восьмидесятые
72
Stellamaris (2014) S Andrew Andreevski (1878)23
Armand Juin () L Palmin (1878)
Traduccedilotildees em Francecircs do Canadaacute
(Le Corbeau)
LEObolensky (1879)
Paul Laurendeau (19762015) Ivan Kuzmich Kondratev (1880)
Esther Paul (2014) Gorodetsky (1885) possiacutevel nome do
tradutor anocircnimo
Traduccedilotildees em Espanhol (El
Cuervo)24
Dmitry Merezhkovsky (18901893)
Ignacio Mariscal (Meacutexico)
(1867186918801849) 25
Konstantin Balmont (18941985)
Joseacute Ramoacuten Ballesteros (Peru)
(1874)26
Altalena psedocircnimo de Vladimir Jabotinski
(1897189719071931) Trad tambeacutem em
hebraico
Joseacute Martiacute (Cuba) (1883) (traduccedilatildeo de
estrofes)
Lev Umanets (1908)
Luis Alfonso () (1883) Valery Bryusov (1905-1924)
Carlos Olivera (Argentina)
(18791884)27
V Fedorov (1923)
Juan Antonio Peacuterez Bonalde
(Venezuela)
W Bruce (1905-1924)
годы Николай Голь нашёл ещё один вариант всё прошлоrdquo (SHUMAN 1999) Cf Disponiacutevel em
httpwwwspeakrusruarticlestheravenhtm Acesso em 4 jul 2017 Cf Tambeacutem em
httpsamlibruwworon e em httpsamlibruwworontablevlshtml Acessos em 4 jul 2017 E
tambeacutem no livro que compilou as traduccedilotildees russas dos seacuteculos XIX e XX Cf Disponiacutevel em
httpwwwrulitmeauthorpo-edgar-allanpo-edgar-allan-voron-download-free-369059html Acesso em
24 jul 2017 23
Cf Disponiacutevel em httpswwwrevistasuspbrtradtermarticleviewFile113340111296 Acesso em
31 jul 2017 Andreevsky (ldquoThe Ravenrdquo) (The Messenger of Europe) II (1878) 108-127 Cf Disponiacutevel
em httpswwweapoeorgpapersmisc1921wtb19591htm Acesso em 23 ago 2017 24
Segundo o estudo de Englekirk (1934) havia ateacute a publicaccedilatildeo do referido trabalho de Eaglekirk mais de
45 traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo em liacutengua espanhola Outra publicaccedilatildeo importante sobre as traduccedilotildees
espanholas de ldquoThe Ravenrdquo estaacute disponiacutevel no artigo assinado por Rafael Hiliodora Valle na Revista
Iberoamericana (1949) Cf httprevista-
iberoamericanapitteduojsindexphpIberoamericanaarticleviewFile13991619 Acesso em 27 jul
2017 O trabalho de Englekirk (1934) eacute uma referecircncia fundamental e obrigatoacuteria para se coletar as
traduccedilotildees de Poe para a liacutengua espanhola Ainda assim a forma pela qual o autor dispocircs algumas
referecircncias de ldquoThe Ravenrdquo traz em alguns casos em razatildeo de referecircncias incompletas certa margem de
duacutevida sobre quem de fato traduziu o texto poeacutetico de Poe o que natildeo invalida de forma alguma o trabalho
de Englekirk (1934) 25
Rafael Olea Franco e Pamela Vicententildeo Bravo (2014) no texto Encountering the Melancholy Swan
Edgar Allan Poe and Nineteenth-Century Mexican Culture In Translated Poe Esplin and Margarida
Vale de Gato (EditorasOrgs) (2014) alegam que a traduccedilatildeo de Mariscal foi realizada em 1867 embora
haja outras versotildees posteriores produzidas pelo mesmo tradutor portanto seria a primeira em contraponto
ao que defende Zarandona (2012 p 3) Cf ZARANDONA FERNAacuteNDEZ Juan Miguel El cuervo de
Edgar Allan Poe en traduccioacuten de Juan Antonio Peacuterez Bonalde (1887) Alicante Biblioteca Virtual
Miguel de Cervantes 2012 Disponiacutevel em httpwwwcervantesvirtualcomndark59851bmcff4c5
Acesso em 4 jul 2017 ancorado em Lanero (2009) Cf LANERO Juan Joseacute 2009 laquoPoe Edgar Allanraquo
en Francisco Lafarga amp Luis Pegenaute (eds) Diccionario histoacuterico de la traduccioacuten en Espantildea Madrid
Gredos 911-916 Assim remanesce um problema em aberto essa questatildeo sobre a primeira traduccedilatildeo em
espanhol de ldquoThe Ravenrdquo 26
Cf Castany Prado (2012 p 3) 27
Idem And ldquoEl Orden of Tucumaacutenrdquo Cf Disponiacutevel em httpssiteslsaumicheduwebbkeanewp-
contentuploadssites213201604Jacaruso_Translationpdf Acesso em 11 set 2017
73
(188718951919194219441946194
9)
Felipe Gerardo Cazeneuve (Peru)
(188518901901)
G Golokhvastov (1936)
Anocircnima (1892) M Zenkevich (194620022011)
Guillermo Franklin Hall Aviles (Gratilde-
bretanhaGuatemala) (18921941)
Alexander Olenich-Gnenenko (1946)
Anocircmina (ValparaiacutesoChile) (1895) Alexander Yesenin-Volpin (1948)
Isaiacuteas Gamboa (Colocircmbia) (1896) Paul Lyzhin (1952)
Leopoldo Diacuteaz (Argentina) (1897) Nina Voronel (1956-2001)
Rafael M Arizorga (Equador) (1902) B Betaki (1972)
Francis J Amy (1903) Valery Ananyin (1976)
Viriato Diacuteaz Peacuterez (EspanhaParaguai)
(1904)
V Vasilyeva (2009) Adela Vasiloi
Vasiliev (19762010)
Ricardo Goacutemez Robelo (Meacutexico)
(19041906)
M Donskoy (19762004) ldquoDonrdquo
Ramoacuten Pomeacutes (BarcelonaEspanha)
(1907)
V Vasylenko (1976)
Carlos Arturo Torres Pentildea (Colocircmbia)
(19101916)
Charles L Edson (1963)
Agustiacuten Aguilar y Francisco R Ortega
Friacuteas (Caacutediz) (191019271928)
Igor Golubev (2001)
Antonio Muntildeoz Peacuterez (1911) (em
prosa)
Silentium Aye (2003)
(1915) Sergey Petrov (1911-1988) Publicado em
(2003)
(1918) Nikolai Gol (1988)
Emiacutelio Berrisso (Argentina) (1915)28
B Toporova V Toporov (1988)29
Joseacute Pablo Rivas (Espanha) (1916) Kosmolinskiy (1999)
Anocircnima (1920)
Anna Parchinskaya (1998)
Manuel A Chaacutevez (Meacutexico) (1920) V Kosmolinskaya (1999)
Rafael Lozano (Meacutexico) (1922) I Golubev (2001)
M Moreno-Mora (1924) Pavel Ryzhkov (2001)
Aacutelvaro Armando Vasseur (1924) A Balyuri (2003)
Abel Farina (1915-1916) S Muratov (2003)
Francisco de Soto y Calvo (Argentina)
(19261927)
Dyck Dyke (2003)
Carlos Obligado (Argentina)
(1932193419411942)
Alexander Militarev (2003)
Manuel Vallveacute Loacutepez (Espanha)
(1934)
Gennady Aminov (2004)
Alberto L von Schauenberg Skoffer (2005)
28
Meliaacuten Lafinur (1915) destaca o papel de Berrisso como tradutor incluindo o poema de ldquoThe Ravenrdquo
Cf MELIAacuteN LAFINUR Alvaro 1915 In (BERISSO 1921 p IV) A data precisa da traduccedilatildeo eacute
portanto algo a ser confirmado 29
Eacute preciso confirmar essa traduccedilatildeo Esta possiacutevel traduccedilatildeo foi mantida em funccedilatildeo de Vladimir Toporov
ser um dos nomes da Semioacutetica de Moscou-Tartu juntamente com Yuri Lotman o que sugere fortemente
seu interesse por Poe
74
(Argentina) (1937)
Jesuacutes Mora Vaacutezquez (Colocircmbia)
(1940)
Anocircnima (2005)
Anocircnima (1942) Otto Van Dorian (2005)
Amable OConnor DArlach (Boliacutevia)
(19461950)
Irina Vasilevna Turchina (2006)
Luiacutes Aacutengel Casas (Cuba) (19481950) Dmitry Goldovsky ()
Julio Goacutemez de la Serna (Espanha)
(1951)
Alexander Kok (2009)
Fernando Aguirre de Carcer (Espanha)
(1952)
Vladimir Ilʹič Čeredničenko (2009)
Juacutelio Cortaacutezar (Argentina) (19562007) Valentin Savin (2010)
Carlos Alberto Torres (Argentina)
(1957)
Eugene Galtsov (2011)
R V de Aynen (Argentina) (1957)30
Alexei Matyushkin (2013)
Hermoacutegenes Saacuteinz (1968) A Glebovskaya (20132016)
Raul Mariaca G (Guilleacuten) (Boliacutevia)
(1971)
Levitas Nikolai (2014)
Miguel Gimeacutenez Sales (1973) Elmira Mustafayev (2014)
Diego Navarro (Espanha) (1973) Andrew Shirokoborodov (2014)
Arturo Saacutenchez (Espanha) (19742005) Eldar Janashvili (2015)
Arturo Saacutenchez y Federico Revilla
(Espanha) (1980198119832002)
Elena Komarova (2015)
Anocircnima (1976) S Plotov ()
Anocircnima (1977) Traduccedilotildees em Alematildeo (Der Rabe)
Emiliana Lapuente (Espanha)
(1978198019831987)
Elise von Hohenhausen (1853)
Graciela Miacuteguez (Uruguai) (1979) Alexander Neidhardt (1856)
Carlos del Pozo (19811983) Luise von Ploennies (1857)
Anocircnima (1993) Friederich Spielhagen (1859)
Piedad Bunnett Piedad Bonnett
(Colocircmbia) (1994)
Adolf Strodtmann (1862)
Francisco Pino (Espanha) (1997) Anocircnima ldquoDer Raberdquo (1864)
Javier Miroacute (Espanha) (1997) Niclas Muumlller (18641874)
Efraim Otero Ruiz (Colocircmbia) (1997) Carl Theodor Eben (1869)
Ramoacuten Hervaacutes (1997) Eduard Mautner (1874)
Andreacutes Ehrenhaus y Edgardo Dobry
(Espanha) (1998)
Anna Vivanti-Lindau (1878)
Mariacutea Coacutendor e Gustavo Falaquera
(Espanha) (2000)
Fraulein Betty Jacobson (1880)
Gabriela Stoppelman (Argentina)
(2000)
Bertha Rombauer (1889)
Marcela Testadiferro (Argentina)
(2000)
Hedwig Lachmann (18911904)
Magdalena Palmer (Barcelona) (2001) Alexander Baumgartner (1892)
30
O ano dessas traduccedilotildees refere-se agrave publicaccedilatildeo indicada no estudo Boletiacuten de la Academia Argentina de
Letras Tomo LXXXV n 309-3102010 Buenos Aires 2011 Disponiacutevel em
httpwwwletraseduarwwwisisindiceBoletin20201020-20309-310pdf Acesso em 3 jul 2017
75
Anocircnima (2001) Hedda Moeller-Bruck [Hedda Eulenberg] e
Arthur Moeller-Bruck (1901-19041914)
Mauro Armintildeo (Espanha) (2008) Ernst Schmidt (1903)
Proyecto Helbardot (UNAM) (Meacutexico)
(2009) (duas traduccedilotildees)
Hanns Heinz Ewers (19052009)
J Jaime Verniez (Espanha) (2009) Emil Haumluszliger (Haeusser) e Paul
Schaumlfenacker (1906)
Ramoacuten Gonzaacutelez Feacuterriz (Barcelona)
(2009)
Theodor Etzel (1908191419221966)
Carlo Frabetti (Espanha) (2009) Adolar Eugen Pelham von Dunop (1919)
Carlos Manuel Cruz Meza (Meacutexico)
(2009)
Otto Hauser (19071917)
Luis Alberto de Cuenca (Espanha)
(20092010)
Johannes von Guenther (1947)
Joseacute Siles Arteacutes (Espanha) (2011) Maria Mathi (1954)
Adolfo Muntildeoz (Espanha) (2012) Hans Wollschlaumlger (1966197319891995)
com a colaboraccedilatildeo de Arno Schimidt
Ricardo Garciacutea Nieto
(EspanhaMuacutercia) (2012)
Richard Kruse (197319761980)
Isaac Manuel Cuende Landa (Espanha)
(2012)
Michael Goumlrden (1981)
Yenis Adelaira Ochoa (Venezuela)
(2016)
Kay Borowsky (1992)
Ithan H Grey (Las PalmasEspanha)
(2016)
Ursula Wernicke (19891995)
Sarah Retter (2016) Christa Schuenke (1996)
Enrique Loacutepez Castelloacuten
(EspanhaMuacutercia) (2016)
Manfred Uhlig e Ole Toumlrner (2000)
Alexis Figueroa (Chile) (20152016) Helmut Pydde (2002)
Gustavo Gonzaacutelez Gonzaacutelez (Meacutexico)
e Francisco Ivaacuten Soliacutes (Meacutexico) (2016)
Melchior Hala (2006)
Pequentildeo Santi (2017)31
Ralf Schauerhammer (2007)
Antonio Rivero Taravillo (Espanha)
(2017)
Gisela Etzel (20042008)
Carmela Eulate Santjurjo (sd) Helmut Grundmann (2011)
Joseacute Agustiacuten Quintero (sd) Martin Thau (2012)
Traduccedilatildeo em Galego (O corvo) Traduccedilotildees Buacutelgaras (Гарванът)
Tomaacutes Gonzaacutelez Ahola (2008) Anton Strashimirov (1898)
Traduccedilotildees em Estoniano (Vares) Elin Pelin (1906)
Ants Oras (1929 e revisado em 1931) Georgi Mihailov George Mikhailov
(192019451976)
Johannes Aavik (19302000) Spas Nikolov (19671997)
G Kajak (1915) Krastan Dyankov (1976)
Helga Kross (2001) Kristin Dimitrova e Vladimir Tredafilov
(1992)
31
Cf Disponiacutelvel em
httpseswikisourceorgwikiEl_cuervo_28TraducciC3B3n_de_PequeC3B1o_Santi29
Acesso em 29 ago 2017
76
Urve Hanko (2002) Vasil Slavov ()
Traduccedilotildees em Azerbaijano (Quzğun) Luben Lyubenov (1993)
Dalğa Xatınoğlu (2013) Temenuga Marinova (2001)
F Uğurlu et al (2014) Traduccedilotildees Chinesas (乌鸦) (Wūyā)
Osman Tuğlu (2017) Zi Yan (1923)
Traduccedilotildees Ucranianas (ВоронКрук)
Zhan Bai-fu (1925) (The Creation Societys
Creation Weekly) Guo Mo-ro (revisor)
Paul Grabowski Pavlo Grabovsky
(1897)
Yang Hui (1927) da Sunken Bell Society
I Petrushevich (1899) Yu Guangzhong (1963)
M Johansen e B Tkachenko (1928) Zhang Ailing et al (1963)
L Mosendz (1935) Kyu-Woong Chung (1974)
Viktor Marach (19552007) Dae-Kun Kang (19831984)
Sviatoslav Gordinsky (1961) Zhou Xiangqin (1988)
Kochur Grigory Porfirovich
(19491965) (somente publica neste
ano1969)
Cao Minglun (19951999)
Galina Gordasevich (1985) Sung-Young Hong (1999-2002)
Anatoly Onyshko Anatoliy Onyshko
(1972)
Jiang Feng (1997)
O Irvantsa (1996)
Traduccedilotildees Islandesas (Hrafninn) Yang Chuanwei (1992)
Einar Benediktsson (18921925) Liu Xiangyu (1999)
Matthiacuteas Jochumsson
(1892) (1903 ano efetivo de
publicaccedilatildeo)
Yilin Xie Ying (2001)
Sigurjoacuten Friojoacutensson (1934) Qiū zǐ shugrave (2011)
Jochum Eggerrtsson ldquoSkuggirdquo(1941) Chinghuey Tiao (2012)
Helgi Haacutelfdanarson (19402011) Anocircnima (2007)
Porsteinn fraacute Hamri (1985) Anocircnima (2007)
Gunnar Gunnlaugsson (1986) Jia Chen Yang ( )
Traduccedilotildees Finlandesas (Korppi) Traduccedilotildees Coreanas (까마귀)
(galgamagwi)
Valter Juva (19261916) Kyu-Woong Chung (1974)
Nils Rudolf (Niilo) Idman
(1959197219901992)
Dae-Kun Kang (1984)
Traduccedilotildees Norueguesas (Ravnen)32
Jinkyung Kim (1997)
Jonas Boye (1894) Myungok (2010)
Hans Hylen (1936) Traduccedilotildees Aacuterabes (سود غراب غراب ا ال
[gharab aswad alghurab])
Andreacute Bjerke (1967) Yehia Ahmed Mucawwad (2009) (Egito)
Haringvard Rems (1985) Ghada Al-halawani (2010) (Egito)
Alexander G Rubio (1994) Gassan Ahmed Namiq (2012) (Iraq)
Traduccedilotildees Suecas (Korpen)
(Galande)
Sherif Baqnah ShahraniSherif Saad
Baqnah Al Shahrani (2004) (Saudi Arabia)
Viktor Rydberg (18771944) Traduccedilotildees Persas (لاغ یاه ک س )
32
A liacutengua norueguesa parece ostentar uma grande variedade de termos para lsquoravenrsquo tais como kraringke
kraringkaKraringkeneRavn
77
Sven Christer Swahn (2001) Sepideh Jodeyri (2006)
Sven-Aringke Gustafsson (2008) Ali Fatolahi (2014)
Carl Fredrik Peterson (2014) Traduccedilotildees Japonesas (大鴉 garasu) 烏
Maringns Winberg (2007) K nosuke Hinatsu (1936)
Traduccedilotildees Dinamarquesas (Ravnen) Takehiko Fukunaga (197019791996) e
outra versatildeo com Yasuo Irisawa
(19701996)
A B (1877-1878)33
Abe Tamotsu (19561967)
Otto Rung (19181928)34
Yuka Nakazato (2016)
Thoslashger Larsen (1948) Shogo Kashima (19952009)
Henning Goldbaeligk (1993) Kinji Shimada Heibonsha (1950)
Arne Herloslashv Petersen (1995) Masao Nakagiri Gakken ()
Erik Rosekamp (1995) Wakameda Takeji (1922)
Ib Johansens (2011) Ichiei Sato (1923)
Erik Rosekamp (199520072011) Seiji Tanizaki (1941-1944)
Traduccedilatildeo Galesa (Maer gigfranY
Gigfran)
Iwanami bunko (1940 editor)
T Gwynn Jones (18771922)35
Hakawa Kenkichi (1947)
Traduccedilatildeo para o Latim (Corvus) Hirakibunsha (1952)
Lewis Ludovicus Gidley e Robinson
Thornton (18631866) Traduccedilotildees em Vietnamita (Con quạ)
Traduccedilotildees em Friacutesio (De Raven) Nguyễn Giang (1936)
Douwe Annes Tamminga
(1949198419852011)
Nguyễn Hiến Lecirc (1956)
Redbad Veenbaas (2008) Ziecircn Hồng (Editor 1963)
Traduccedilatildeo Basca (Bela Belea
(olerkia)
Hoagraveng Tố Mai (2015 data localizada de
publicaccedilatildeo de uma ediccedilatildeo)
Mirandetar JonekJon Mirandetar
(1950)
Lyacute Latildeng NhacircnDavid Lee Lang (2010)
Traduccedilotildees em Armecircnio (ԱԳՌԱՎԸ) Traduccedilotildees em Hebraico (העורב ldquoha-
lsquoOrevrdquo)
Samvel Mkrtchyan () Zeev Vladimir Jabotinsky
(191419231924)
com a colaboraccedilatildeo do poeta hebreu Haim
Nahman Bialik
M Vaygouny (19251928) Eliyahu Ziffer (1990)
Khachik Dashtents (1937) Joseph Tzur ()
Traduccedilotildees em Esloveno (Kroka) Ruth Paldi ()
Anocircnima () David Nussbaum (1925)
33
Traduccedilatildeo publicada na revista Ude og Hjemme de 1877-78 Cf Disponiacutevel em
httpdanskforfatterleksikondk1850uu2395htm Acesso em 4 set 2017 Infelizmente natildeo foi possiacutevel
localizar o nome completo do tradutor localizado apenas como AB Curiosamente essa revista ainda
existe atualmente realmente um feito notaacutevel da miacutedia impressa dinamarquesa 34
Cf Disponiacutevel em
httpdenstoredanskedkKunst_og_kulturLitteraturEngelsksproget_litteraturAmerikansk_litteratur_182
4-80Edgar_Allan_Poe Acesso em 1 set 2017 35
Cf Disponiacutevel em httpscylchgronaullyfrgellcymruview131919813191998 Acesso em 4 set
2017 E tambeacutem citado na Tese de Doutorado disponiacutevel em
httpebangoracuk102511Ifan20v120PhD202017pdf Acesso em 4 set 2017
78
Grisa Koritnik (1929) Ido Ben-GurionEdo Ben-Giron (1974)
Anton Sovregrave (1950) Shmuel Friedman (1984)
Andrej Arko (19852000) David Benor () (1992)
Jože Udovič (1991) Hannah Nir () (1997)
František Benhart (1997) Yanai Perry () (2008)
Dane Zajc (1997) Reuven Weimar (2012) (editor Yotam
Benshalom)
Jože Tisnikar (1997) Jacob Shaked ()
Ana Ristović (2006) Traduccedilotildees em Yiddish (ר ווע די De
RobDi Rob)
Traduccedilotildees em Grego (το κοράκι)36
I Kissin ()
Pericles Giannopoulos (18941896)37
Henry Rosenblatt (1905)
K I Prada (1888) ldquoAron Carlinrdquo (1919)
Vito D Palumbo (1903) Leon Bassein e George Kussiel Gorn
(1920)
Napoleon Lapathiotis (1991) Aaron Glantz-Leyeles ()
Kostas Ouranis Kostas Karyotakis
(2008) Traduccedilotildees Turcas (Kuzgun)
Mitsos Papanikolaou () Uumllkuuml Tamer (1988)
Kaisar Emmanouil (1932) Oguz Cebeci (199219932003)
Elias Polichronakis (2011) Hande Tastekin (20002012)
Stefan Mpekatoros ()G Bekathoros
(1991)
Oguz Baykara (2011)
Giorgos Blaacutenas (2006) Traduccedilotildees em Esperanto (La Korvo)
Arseni Gerontiko (1973) D H Lambert (1906)
Nikos Simiriotis (19812002) Kaacutelmaacuten Kalocsay () (Poeta e tradutor
huacutengaro)
Amira Khan (19972000) Jon Willarson (19552009)
Peter Spandonidis Takis Papatzonis
()38
Leopoldo Henrique Knoedt (2002)39
Athanasios D Economou (19982004) William Auld ()
Aris Zavos (2003) Traduccedilotildees em Catalatildeo (Corb)
Nikolopoulou (2006) Xavier Benguerel (19791982)
Giannis V Ioannidis (20072010) Miquel Forteza i Pinya (19451935)
A Damianos (2007) Traduccedilotildees em Bielo-russo (крумкач)
Dimitris Choroskelis (2008) Mikhail Youzhny (2009)
Kostas Ouranis e Alexandra
Lymperopoulou (2008)
Oleg Minkin (2011)
36
Cf a traduccedilatildeo disponiacutevel em httpwww24grammatacomwp-contentuploads201101Edgar-Alan-
Poe-To-Korakipdf Acesso em 30 ago 2017 37
Cf Edgar Pow [sic] laquoΤο κοράκιraquo Το Νέον Πνεύμα τχ 20 (16η Απριλίου 1894) 116-119 Η
μετάφραση αυτή αναδημοσιεύτηκε στο περιοδικό του Δ ΦωτιάδηΝεοελληνικά Γράμματα (21 Μαΐου
1938) 5 στο πλαίσιο αφιερώματος στον Π Γιαννόπουλο [ΓΣ Κατσίμπαλης Ελληνική βιβλιογραφία
Έδγαρ Πόε Αrsquo Τα ποιήμ ατα Κρίσεις και πληροφορίες Τυπογραφείο Σεργιάδη Αθήνα 1955 σ 6] 38
Citados em Antologia editada por Alexis Ziras (1999) 39
Eacute brasileiro Morreu em 2002 na cidade baiana de Lauro de Freitas tambeacutem sua cidade natal Cf E A
Poe GJunqueiro C Neto O Wilde Deklamas L kaj I Knoedt En Esperanton trad L Knoedt
Brasiacutelia BEL 2002 Cf Disponiacutevel em httpdvdiksonetrevuoRevuo_Esperanto200211pdf Acesso
em 18 jul 2017
79
Tzina Politi (2009) Andrey Hodonovich (2011)
Giannis Karytsas Kostas Katsikas
(2009) Traduccedilotildees em Albanecircs (Korbi)
Dimitra Pantapassi (2010) Fan Stylian Noli (1911 primeira versatildeo)
1918
(segunda versatildeo)1919 novas ediccedilotildees em
19992005)40
E Kalkan (2010) Dritan Thomallari (2001)41
Katerina Shina (2013) Arben Dedja (2003)42
George Varthalitis com a colaboraccedilatildeo
de Dimitris Armaos (2015)
Arjan A Bejko (2009)43
Th Charalambidis (2017) Aleko Ballauri (20082011)
Traduccedilotildees em Letatildeo (Krauklis) Anocircnima (2013)
Austra Aumale (1988) Jozef Radi (2015)
Traduccedilotildees em Macedocircnio (На
гавран)
Luxemburguecircs (Der Krab)
Gane Todorovsk (19561969) Henry Lee Fischer (189119081940)
Traduccedilotildees Croatas (Gavran) Traduccedilotildees Holandesas (De Raaf)
Aleksandar Tomić (1875) Jacob van Lennep (1860 1861 1872)
Ivan Slamnig (1951) (primeira
traduccedilatildeo)
Michel E Barentz (1897)
Ivan Slamnig (1961) (segunda traduccedilatildeo
totalmente diferente da primeira)
GB Kuitert (18991915)
Antun Soljan (1951) (primeira
traduccedilatildeo)
Herman Robbers (1935)
Antun Soljan (1961) (segunda traduccedilatildeo
totalmente diferente da primeira)
Johannes Filippus Malta (18871983)
Zlatko Crnković (1996) Gerard den Brabander
(19441948198019821983)
Luke Paljetka (2013) M L Huizenga (1944)44
40
Primeira traduccedilatildeo do poema em albanecircs e realizada por tradutora residente nos EUA Fez traduccedilatildeo
tambeacutem em variaccedilotildees dialetais albanesas Cf Korbi Fan S Noli ldquoKorbi i Poesrdquo Revista Adriatike Vol
1 Boston Mass Shtator 1918 fq 38-41 Citado em artigo de Lirak Karjagdiu que avalia as traduccedilotildees
de Noli de autores americanos ou de liacutengua inglesa Disponiacutevel em httpsdspaceaab-
edunetbitstreamhandle12345678930226-Lirak-Karjagdiu-Noli-Translator-of-English-and-American-
Literaturespdfsequence=1 Acesso em 23 jul 2017 41
Cf texto publicado na revisteumln Mehr Licht N 172001 Cf POE Edgar Allan Poezi dhe esse
Thomollari Dritan Tiraneuml Plejad 2004 42
Disponiacutevel em httpwwwtrepcanet20031203031220-cl-letrat-elitarerhtm Acesso em 23 jul2017 43
Publicada em revisteumln Mehr Licht N 362009 44
Essa traduccedilatildeo tem problemas de autoria e data de publicaccedilatildeo mas haacute registros de sua ocorrecircncia
conforme disponiacutevel em httpwwwedgarallanpoenlthe-raven Acesso em 15 jul 2017 Outras
situaccedilotildees de intertextualidade e traduccedilatildeo intersemioacutetica com ldquoThe Ravenrdquo na Holanda ldquoML Huizenga
een medewerker van het illegaal literair blad rsquot Spuigat (1944) zou eveneens ldquoThe Ravenrdquo hebben
vertaald Waarschijnlijk werd deze vertaling nooit gepubliceerd Ze werd door Gerard den Brabander
verdonkeremaand omdat die meende dat zijn eigen vertaling aanzienlijk beter was ndash Leo van der Sterren
schreef in De Parelduiker (2006) jaargang 11 nr 1 een interessant stuk over zijn visie op lsquoHoe en
waarom Edgar Allan Poe ldquoThe Ravenrdquorsquo schreef van Bob den Uylndash Jean-Paul Colin schreef het met lsquoldquoThe
Ravenrdquorsquo-citaten aangevulde verhaal Nimmermeer dat is opgenomen in de verhalenbundel lsquoMeliefje
meliefje wat wil je nog meerrsquo (2014) ndash Petrus Hoosemans benutte het schema van ldquoThe Ravenrdquo om een
parodie te schrijven over Gerard vanrsquot Reve Van het nogal schaarse boekje lsquoG Reve Een herinneringrsquo
(1979) werden 300 exemplaren gedrukt ndash Van toneelschrijver Jibbe Willems verscheen in 2012 een
80
Jure Kastelan (2005) Bob de Uyl (1983)
Traduccedilotildees Seacutervias
(GavranaGavran)45
Carel Alphenaar (199319941999)
Nika Grujić Ognjan (1878) Anocircnima (2000)
Milorad (Popović) Šapčanin (1882) Berrie de Boer (2010)
Svetislav Stefanović (1903) Capozzi (2011)
Jovan Ćirilov (1952) Jibbe Willems (2012)
Trifun Đukić (1965) Jaap van den Born (paroacutedia) (2014)
Vladeta Košutić (1972) Erik Bindervoet e Robbert-Jan Henkes
(19982008)
Kolja Mićević
(197219871989199620022006)
Rudi JP Lejaeghere (2016)
Branimir Živojinović (1979) Rianne Werring (2017)
Leo Držić (19861992) Peter Mangelschot (2017)
Anika Krstić (1984) Traduccedilotildees Huacutengaras (A holloacute)
Dejan Mihailović (2012) Kaacuteroly Szaacutesz (1858)
Đorđe Nešić (2013) Endre Ady Endrődy (1870)
Agencija Kapetanović (2013) Tamaacutes Szana (1870)
Igor Stolić (2013) Joacutezsef Leacutevay (1882)
Traduccedilotildees Lituanas (Varnas) Csillag Imre (1918)
Algimantas Zeikus (20142015) Toacuteth Aacuterpaacuted (19161949)
Sigitas Geda (20032004) Mihaacutely Babits (1959)
Edmundas Juškevičius (2006) Kosztolaacutenyi Dezső (1913)
Traduccedilotildees Romenas (Corbul)46
Paacutesztor Aacuterpaacuted (1916)
Iuliu Cezar Savescu
(18761893189519031904)
Kaacutentaacutes Balaacutezs ()47
St p (1886) ISSpartali (1890) Rossner Roberto ()
Gripen (Grigore D Pencioiu) (1891) Harsaacutenyi Zsolt ()
I Thieodorescul (1892) (em prosa) Telekes Beacutela ()
moderne vertaling en bewerking van lsquoldquoThe Ravenrdquorsquo Dit was naar aanleiding van de voorstelling ldquoThe
RavenrdquoEen Requiem van Daria Bukvić voor Frascati Productiesrdquo (Cf no mesmo site) 45
A diferenccedila entre a liacutengua seacutervia e a croata liacutenguas eslavas de mesmo diassistema parece ser
principalmente alfabeacutetica pois a primeira utiliza o alfabeto ciriacutelico e a segunda o latino Essa questatildeo
passou a ser mais relevante apoacutes a dissoluccedilatildeo da antiga Iugoslaacutevia em 1991 em Seacutervia Boacutesnia
Herzegovina Croaacutecia Montenegro Macedocircnia e Eslovecircnia Haacute ainda a liacutengua boacutesnia e montenegrina
que tecircm particularidades mas tambeacutem fazem parte desse caldeiratildeo linguiacutestico eslavo Essa porccedilatildeo do
leste europeu eacute complexa e fazia parte do antigo Impeacuterio Austro-Huacutengaro e trata-se de regiatildeo
extremamente multicultural multieacutetnica e por isso mesmo multiliacutengue Do ponto de vista linguiacutestico
trata-se de variaccedilotildees linguiacutesticas de mesmo diassistema O fato eacute que o poema de Poe eacute uma febre no
imaginaacuterio desses povos dos Balcatildes assim como em vaacuterias regiotildees do mundo 46
Aleacutem de referecircncias em livros e outras publicaccedilotildees acadecircmicas foi de fundamental importacircncia o
levantamento de Thomas C Carlson (1985) no artigo ldquoRomanian Translations of ldquoThe Ravenrdquo da
Memphis State University e disponiacutevel em httpswwweapoeorgpstudiesps1980p1985203htm
Acesso em 18 jul 2017 que confirmou a quase totalidade das traduccedilotildees indicadas em outras fontes entre
as quais se destaca o levantamento disponiacutevel em
httpsarhivabibmetroUploadsPoe20Edgar20Allanpdf Acesso em 28 jul 2017 Satildeo tradutores da
prosa de Poe Constantin Vonghizas e Ion Eugen Iovanaki Ion Vinea (196319681979) 47
As traduccedilotildees sem datas satildeo mencionadas em httpwwwwikiwandcomhuA_hollC3B3 Acesso
em 20 jul 2017 Cf POE Edgar Allan (Ferencz Győző) A holloacute versek eacutes elbeszeacuteleacutesek Babits
Mihaacutely et al Budapest Euroacutepa 2002 Cf POE Edgar Allan A holloacute versek eacutes elbeszeacuteleacutesek Babits
Mihaacutely et al Budapest Euroacutepa 2003 Cf POE Edgar Allan (Baacutelint Rozsnyai) Edgar Allan Poe versei
Mihaacutely Babits et al Budapest Euroacutepa 1993
81
I D Ghiocel (1892) (em prosa) Franyoacute Zoltaacuten ()Ferenczi Zoltaacuten ()
Anocircnima (1892) (em prosa) Gyoumlrgy Radoacute (1966)
Anocircnima (1893) (em prosa) Faludy Gyoumlrgy ()
ldquoDorrdquo (1894) (em prosa) Kozma Andor ()
Anocircnimas (1904 trecircs traduccedilotildees) Lőrinczi Laacuteszloacute ()
Dim C Zavalide (1905) Traduccedilotildees Tchecas (Havran Havrana
Krkavec)48
Radu Paltin = H Petra-Petrescu (1909) Vratislava Kazimiacuter Šembera (1869)
A[Axelrad] Luca (1909) Jaroslava Vrchlickeacuteho (18811890)
Nicolae Dascovici (1911) Augustin Eugen Mužiacutek (1885)
Anocircmina (1915 duas publicaccedilotildees) Karel Dostaacutel-Lutinov Karla Dostaacutela-
Lutinova (1918)
Alexandru Vitianu (1921) Viacutetězslav Nezval (192719281993)
Paul Sterian (1932) Otto František BablerOtta Františka
Bablera (19301931)
George Murnu (1937) Jiřiacuteho Taufera J Taufer (1938)
Ion Luca Caragiale (1937) (1972) Eugen Stoklas Eugena Stoklasa (1939)
Emil Gulian
(19381963196819691971)
Rudolf Havel Rudolfa Havla (1946)
N Parsenna (19432001) JB Čapek Jana Blahoslava Čapka (1947)
P P Stanescu (1945) Kamill ReslerKamilla Reslera (1948)
Al T Stamatiad (1945) František Nevrla (1956-1957)49
Teodor Bosca (1958) Svatopluka Kadlece Svatopluk Kadlec
(1964)
Dan Botta (1963196819691971) Alois Bejbliacutek Aloise Bejbliacuteka
Mihu Dragomir (1964) Aloys Skoumal (19841985)
Emil Gulian e Dan Botta (1968) Ivan Slaviacutek Ivana Slaviacuteka (1985)
Petre Solomon (1970) Miroslav Macek (1992)
Mihaela Haseganu (1971) Jaroslav Pospiacutešil (1993)
(1973) Martin Pokornyacute (1997)
ICassian-Matasaru (1973) Jan Najser (1999)
Marcel Breslasu (1973) Nataša Černaacute (20022006)
Ovidiu Bogdan (1975) Filip Krajniacutek (20042006)
P P Stanescu (1975) Martin Kozaacutek (2005)
Mircea Ivănescu (1986) Marek Řezanka (2008) Vaacuteclav Z J
48
Haacute que se considerar as traduccedilotildees tchecas como sendo um patrimocircnio poeacutetico comum tambeacutem agrave
Eslovaacutequia tendo em vista a histoacuteria do paiacutes que fora unificado como Tchecoslovaacutequia ateacute 31 de
dezembro de 1992 O estudo disponiacutevel em
httpsismuniczth413496ff_bPavlikova_413496_Thesis_Finalpdf Acesso em 23 ago 2017 realizou
recenseamento bastante amplo das traduccedilotildees tchecas apoacutes 1985 demarcando como permaneceu contiacutenuo
o interesse dos tradutores tchecos pelo poema de Poe inclusive destacando a questatildeo ligada aos
vocaacutebulos da liacutengua tcheca para o termo ldquoravenrdquo O conjunto de referecircncias organizadas por Paviliacutekovaacute
(2016) encontra-se em nossas referecircncias 49
49
František Nevrla realizou nove traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo contudo a publicaccedilatildeo somente foi feita
em 2005 JiĜiacute Rambousek (2005) fez peculiar estudo dessas traduccedilotildees que contavam agrave eacutepoca das
traduccedilotildees com o diaacutelogo e leitura criacutetica de outro tradutor do poema em Tcheco Kamill Resler Sobre o
relato e anaacutelise dessa instigante histoacuteria da traduccedilatildeo do poema em Tcheco Cf RAMBOUSEK JiĜiacute
Unpublished Translations of Poersquos ldquoThe Ravenrdquo by František evrla Disponiacutevel em
httpwwwphilmuniczplonedatawkaaOffprints20THEPES203TPES20320(249-
256)20Rambousekpdf Acesso em 11 jul 2017
82
Pinkava (2008)
Stefan Augustin Doinas
(1974197919801987)
Tomaacuteš Jacko (2008)
Mihai Ungheanu (2000) Jan JiacutechaHonza Jiacutecha (2008)
Liviu Cotrau (19872001) Luboš Skopec (2014)
Mona Mamulea (2001) Ivan Petlan (2014)
ldquoGavranrdquo Dura Back (1970)50
Petr Krul (2015)
Traduccedilotildees Polonesas (Kruk) Traduccedilotildees Eslovacas (Havran)
W Przyborowski (1869) Jany Kantorovej-BaacutelikovejJana
Kantorovaacute-Baacutelikovaacute
(19792000200420052006)
Zenon Przesmycki (1886) Karola StrmeňaKarol Strmeň Havran I II
a III
(199920002004)
L Okręt (1889) Valentiacuten Beniak (199920002004)
Barbara Beaupreacute (1910) Jozef Urban (199920002004)
Cz Kozłowski (1915) Eva Lukaacutečovaacute (199920002004)
Jolanta Kozak (19951999)51
Ľubomiacuter Feldek (199920002004)
Władysław Jerzy Kasiński (1959)52
Otakar Kořiacutenek (2004)
W Kozaczuk (1966) Mariaacuten Šidliacutek (2004)
Maciej Froński (20072011) Vladimiacuter Roy (2004)
Stanisław Barańczak (2004)
Gustaw Jokiel (2009)53
Tomasz Beksiński ()54
Bretatildeo (Bran)
Pecircr Denez (pseudocircnimo de Pierre
Denis) (1948)55
Corso (U Corbu)56
50 Em seacutervio mas foi feita na Romecircnia 51
Haacute referecircncia de data de publicaccedilatildeo em httppodtekstyamueduplcontentid-7-x-samotnosc-o-
pewnym-aspekcie-tekstu-kruka-ea-poego-w-swiethtml Contudo em razatildeo citar outras traduccedilotildees na
mesma publicaccedilatildeo e tambeacutem citar outra publicaccedilatildeo de 1995 haacute que se considerar uma das duas datas 52
Sławomir Studniarz (2011 p 282) supotildee ter sido publicada no periacuteodo entreguerras em face de
caracteriacutesticas comuns a outras traduccedilotildees do poema no mesmo periacuteodo Cf STUDNIARZ Sławomir
Pięć żywotoacutew Kruka czyli o polskich przekładach wiersza ldquoThe Ravenrdquo Edgara Allana Poego Acta
Neophilologica 13 281-302 2011 Disponiacutevel em
httpbazhummuzhpplmediafilesActa_NeophilologicaActa_Neophilologica-r2011-
t13Acta_Neophilologica-r2011-t13-s281-302Acta_Neophilologica-r2011-t13-s281-302pdf Acesso em
12 jul 2017 Cf tambeacutem as datas de outras traduccedilotildees disponiacuteveis em
httpwwwstaffamuedupl~grodeckawykladykruk2pdf Acesso em 12 jul 2017 ancoradas no artigo
de FLyra Polskie przekłady poezji Poe`a bdquoPrzegląd Humanistycznyrdquo 1972 nr 5 Cf Traduccedilotildees
disponiacuteveis em httppoerepublikaplutworywierszehtmlkruk Acesso em 12 jul 2017 53
Cf Disponiacutevel em
httpalphabnorgplsearch~S5tKruktkruk12C742C1152CBframesetampFF=tkrukamp112C2C
22 Acesso em 29 ago 2017 54
Fragmento lido em programa de raacutedio polonecircs Cf Disponiacutevel em
httpwwwkryptawhadplhtmlroznekrukhtmJolanty20Kozak Acesso em 12 jul 2017 55
Skeud Parabolenn Edgar A Poe tr Per Denez 1948 niv 6 p 24 Cf Disponiacutevel em
httpbibliothequeidbe-bzhorgdatacle_62Al_Liamm_1948_niv_06-11pdf Acesso em 26 jul 2017 56
A liacutengua corso ou coacutersica eacute uma das liacutenguas da Coacutersega (regiatildeo sob a administraccedilatildeo francesa) ilha do
mediterracircneo proacutexima agrave Itaacutelia
83
Matteu Cirnensi (1925)57
Gaeacutelico escocecircs (Fitheach)
Seumas MacGaraidh (194019411949) Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees disponiacuteveis em diversas referecircncias bibliograacuteficas e em
outras fontes digitais
10 TranscriaccedilotildeesTranspoetizaccedilotildeesAdaptaccedilotildeesIntertextos
com The Raven ndash em vaacuterias liacutenguas e gecircneros
Em Alematildeo
Jean-Paul Endreacute e
Annick Sinner (2002)
Widukind Reimer
(2009)
Hieronymus Zyx
(2010)
Em Turco
Ahmet Uumlmit (ldquoKuzgun a
Nazire) (1996) (Paroacutedia)
Ahmet UumlmitBurccedilak
Oumlzluumldil (1996 paroacutedia)
()
Em Ucraniano
Dimtcho Debelyanov (Poema
ldquoNevermorerdquo de 1907)
Poema ldquoChernobil Madonnardquo
(1988)
de I Drach traz reminiscecircncia
ao ldquoThe Ravenrdquo de Poe
Em Italiano
Giovanni Pascoli (1876)
(ldquoTenebrerdquo)
Em Seacutervio
Nikola Polić () ldquo oćni
gost ćitajući Poeovog
Gavranardquo [ldquoO visitante
noturno lendo O
Corvo de Poerdquo]
Em Tcheco
Jaroslav Vrchlickyacute
(1990) (Paroacutedia)
Krzysztof Jaskuła (2015)
Publicaccedilatildeo do livro Moacutej
Kruk
consta texto ldquoThe Night
of
ldquoThe Ravenrdquo (1994) p
48-49)
Em grego
Giorgos Seferis (1937)
escreve poema ldquoRavenrdquo
em homenagem a Poe
(ESPLIM GATO 2014)
Em Espanhol
Aacutelvaro Armando Vasseur
(Uruguai) ()
Rubeacuten Dariacuteo (Nicaraacutegua)
ldquoProacutelogo de El Cuervordquo
(1909)
Daniel Durand ldquoLa rabiardquo
(2006)
ldquoNada masrdquo (19011954)
Paraacutefrase de Renato Morales
Em Chinecircs
Gu Qian-ji (1925) The
Song of the
Owl (Critical Review)
Wu Mi
(editor)
Em Holandecircs
ldquoDe raaf (Edgar Allan
Poe mini-biografie)rdquo
de August Hans den
Boef) (1993)
Nol van der Linden
Em Polonecircs
Ludwik Kondratowicz (1908)
ldquoKrukrdquo
Stefan Grabiński (1920)
(KRUK
Z PAMIĘTNIKA
57
POE Edgar AllanrdquoU corburdquo una falata in lu Maelstrom Traduzione di Matteu Cirnensi Franccedila
Aiacciu stamparia di A Muvra 1925 Cf ARRIGHI Jean-Marie Histoire de la Langue Corse Paris
Editions Jean-Paul Gisserot 2002 p 120 Poe eacute um dos poucos autores traduzidos em corso Na obra de
Arrighi (2002) em relaccedilatildeo a autores de liacutengua inglesa Poe eacute o uacutenico a figurar na referida histoacuteria da
liacutengua corsa A traduccedilatildeo foi publicada na revista A Muvra que Petru Rocca editava em Coacutersega Sobre os
dados de publicaccedilatildeo Cf httpwwwsudocabesfrDB=21SRCHIKT=12ampTRM=181837307 Acesso
em 26 jul 2017 A fonte indica que Matteu Cirnensi traduziu o poema por via de traduccedilatildeo francesa
provavelmente a de Baudelaire ou a de Mallarmeacute Cf Disponiacutevel em
httpcataloguebnffrark12148cb35578421c Acessso em 3 jul 2017
84
Fu Dong-hua (1926)
poema The Angel of
the Odd
(epiacutelogo a partir da
traduccedilatildeo de J F Malta)
(2014)
KAZIMIERZA BRZOSTA)
11 Traduccedilotildees paroacutedicas russas Arkady Bukhov (1915)
AOlenich-Gnenenko (1946)
Andrei Voznesensky (1964)
Nikolai Glazkov (1973)
Igor Irtenev (1979)
Vadim Vyazmin (1988)
VSarishvili (1995)
BEK (1998)
O Kin (2000)
Tibul Kamchatsky (2002)
Diaz Diaz (2003)
Gane Amazon (2006)
O Mazonka (2003)
Vasily Betaki (2007) Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees disponiacuteveis em diversas referecircncias bibliograacuteficas e em
outras fontes digitais
Paroacutedias em Inglecircs
Philip P Cooke poema The Gazelle
(1845)
Poema A Gentle Puff (1845) (Paroacutedia)
J E Tuel poema PLUTONIAN SHORE
Raven Creek In the Year of Poetry
Before the Dismal Ages AD 18 (1849)
(Paroacutedia)
Robert Brough poema The Vulture (1853)
(Paroacutedia)
Edmund Yates poema The Tankard
(1855)
(Paroacutedia)
Anocircnimo poema The Parrot (1856)
(Paroacutedia)
Charles D Gardette The Fire Fiend and
other Poems (1866) (Paroacutedia)
Anocircnimo poema The Craven (1867)
(Paroacutedia)
Henry S Leigh poema Chateaux
DEspagne
poema A Reminiscence of David Garrick
and
The Castle of Andalusia(1872) (Paroacutedia)
86
Haacute indicaccedilatildeo da existecircncia
de
10 traduccedilotildees chinesas nos
anos
de 194058
Em Yiddish
(1904)
Em Lituano
K Navakas ()
Kavaliauskas ()
Em Espanhol
Molino (1942) parece ser
o nome da Editora ou
refere-se agrave traduccedilatildeo
anocircnima
Jorge Luiacutes Borges ()
Salvador Elizondo y
Viacutector Manuel Mendiola
(1998)
Jorge Antonio Mestas
Pujol (2015)
Adolfo Bioy Casares ()
Guillermo Stock
(Argentina) (18921957)
(traduziu poemas de Poe
contudo Englekirk
(1934) natildeo inclui The
Raven entre essas
traduccedilotildees)
Andreacutes Gonzaacutelez Blanco
(Espanha) (1966) Emilio
Carregravere (Espanha)
(1966) Enrique
Leopoldo de Verneuill
(Espanha) (1966) Rafael
Cansinos Assens
(Espanha) (1966) Joseacute
Franceacutes (Espanha)
(1966)
Aniacutebal Froufe Francisco
Alvaacuterez (Eacute preciso
confirmar se satildeo
tradutores ou
cotradutores do poema)
O que se sabe eacute que satildeo
tradutores da prosa de
Poe
Colo
(1995)
Em Esloveno
Tatjana Pregl-Kobe
Pogačnik
Vladimir Kenda Jana
Bruna Urha
Em Estoniano (1920)
Em Huacutengaro
ldquoA holloacuterdquo de Kis Jaacutenos
(trata-se de outro poema
com mesmo nome)61
Em Alematildeo
Julius Bruck (1880)62
Em Sueco
Carl Wilhelm Boumlttiger
() (parece ser na
verdade um codinome do
autor)
58
Cf Zongxin Feng (2014) ldquothe 1930s saw eleven works in twenty-two translations and the 1940s saw
eleven works in twelve translations The most popular were ldquoThe Ravenrdquo with ten translationsrdquo Cf
Edgar Allan Poe in Classical and Vernacular Chinese Translations In Translated Poe Edited by Emron
Esplin and Margarida Vale de Gato (Perspectives on Poe series) Includes bibliographical references and
index Bethlehem Pensilvacircnia Lehigh University Press 2014 Infelizmente Feng (2014) natildeo nomeia
esses tradutores e o ano exato dessas especiacuteficas traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo da deacutecada de 1940
87
Ricardo Summers
(Caacutediz) e (19671986)
Goacutemez Restrepo (Editor)
Rafael Pombo(1926)59
Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees disponiacuteveis em diversas referecircncias bibliograacuteficas e em
outras fontes digitais
Quadro ndash ldquoThe Ravenrdquo em outras artes (exceto cinema)
Tiacutetuloano Arte
ldquoThe Ravenrdquo Illustrations for the poem by
Edgar
Allan Poe de John Tenniel (1858)
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Eacutedouard Manet (1875) Litografia
A Edgar Poe Paris G Fischbacher (1882)
de
Odilon Redon
Pintura
ldquoThe Ravenrdquo de Gustave Doreacute (1883) Ilustraccedilotildees
Nevermore (1897) de Paul Gauguin Pintura
ldquoThe Ravenrdquo and other poems (1910) de
Poe com
ilustraccedilotildees de John Rea Neill
Ilustraccedilotildees em ediccedilatildeo de livro de Poe
Edgar Allan Poe Les cloches et quelques
autres poegravemes de Edmond Dulac (1913)63
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Charles Sanders Peirce ()
encontrado entre os escritos natildeo
publicados
pelo filoacutesofo64
ldquoArte quirograacuteficardquo
61
Cf Disponiacutevel em httpsmolyhukonyvekedgar-allan-poe-edgar-allan-poe-versei Acesso em 23
ago 2017 Kis Jaacutenos (ldquoA holloacuterdquo) Trata-se de outro poema homocircnimo com o ldquoThe Ravenrdquo de Poe cf Kis
Jaacutenos (Raacutebaszentandraacutes 1770 szeptember 22 ndash Sopron 1846 februaacuter 19) koumlltő műfordiacutetoacute evangeacutelikus
puumlspoumlk) 62
Cf BRUCK Julius Bunte Bluumlthen Scherz und Ernst in VersenVerlag New York S Zickel 1880 Cf
httpwwwworldcatorgtitlebunte-bluthen-scherz-und-ernst-in-versenoclc10245241 Acesso em 23
ago 2017 59
Englekirk (1934) oferece referecircncia ambiacutegua deixando margem para se entender Antonio Goacutemez
Restrepo tanto como Tradutor quanto como Editor De fato Restrepo foi poeta tradutor de outros poetas
de liacutengua inglesa e historiador da literatura colombiana de prestiacutegio O que sugere fortemente ser ele
tambeacutem tradutor de ldquoThe Ravenrdquo De todo modo a traduccedilatildeo eacute citada por Englekirk (1934) e haacute lacuna
quanto agrave autoria da aludida traduccedilatildeo quanto pode ser de Restrepo quanto de Rafael Pombo outro
eminente poeta e tradutor colombiano ou de outro modo trata-se de equiacutevoco lanccedilado por Englekirk
(1934) embora este cita a obra de 1926 e natildeo de 1917 de forma que esta uacuteltima ediccedilatildeo pode ter sido
aumentada posteriormente e incluiacutedo traduccedilatildeo de ldquoThe Ravenrdquo algo a se confirmar Cf a obra de Pombo
(1917) em que Restrepo figura como editor e comentarista do trabalho de traduccedilatildeo de Pombo Disponiacutevel
em httpscanslibraryutorontocapdf429traduccionespoet00pombuofttraduccionespoet00pombuoftpdf Acesso
em 11 set 2017 63
Cf httpcataloguebnffrark12148cb32536157t Acesso em 4 jul 2017 64
GARDNER Martin In CARROLL Lewis The Annotated Alice The Definitive Edition Introduction
and notes by Martin Gardner Illustrations by John Tenniel LondonNew York W W Norton amp
Comapany 2000 p 35
88
Le Corbeau (Traduccedilatildeo de Baudelaire)
Jean Gabriel Daragnegraves (ediccedilatildeo de 1918)65
Ilustraccedilotildees
Jack Roberts (1920)66
Ilustraccedilotildees
Gouaches para El Cuervo de Poe de
Francisco Bores (19601965) tornado
puacuteblico apenas em 2017
Pintura
Edgar Allan Poe O Corvo de Tasos
Mantzavinos ( )
Pintura
ldquoThe Ravenrdquo (Poe Anamorphosis) de
Istvaacuten Orosz
(2006)
Ilustraccedilotildees (heliogravura)
Alfred Kubin ( )67
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo by Edgar Allan Poe W L
Taylor
(1883-1888)
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Fred Ingram (pseudocircnimo
de Fedde Weidema) ()
Ilustraccedilotildees
Le Corbeau de Jean Bruller (1929)68
Paul
Haasen (1929) graveur
Ilustraccedilotildees
Le Corbeau de Mariette Lydis (1929)69
Ilustraccedilotildees
Rudolf Michalik (1931)70
Ilustraccedilotildees
Raquel Forner (1944)71
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Jan Roeumlde (1948) Ilustraccedilotildees
Le Corbeau de Paul Lemagny (1955)72
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Antonio Frasconi (1959) Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Nicole Depolo ( ) Ilustraccedilotildees
E McKnight Kauffer (1967)73
Ilustraccedilotildees
De Raaf de Harry van Kruiningen
(pseudocircnimo de
Henri Adelbert Janssen) (1977)
Ilustraccedilotildees
Vladimiacuter Gažovič (1979)74
Ilustraccedilotildees
Klaus Schiemann (1981)75
Ilustraccedilotildees
Labyrinthe Priveacute de Borislav Sajtinac
(1981)76
Desenhos
65
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb31126255c Acesso em 4 jul 2017 66
Cf Jack Roberts (1920) Ilustraccedilatildeo em Edgar Allan Poe ldquoThe Ravenrdquo (le Corbeau) avec adaptation en
vers de Marcelin Huc 1920 67
Cf Disponiacutevel em httponlinebookslibraryupenneduwebbingutbooklookupnum=50887 Acesso
em 21 ago 2017 68
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb42393137g Acesso em 3 agosto 2017 69
Edgar Poeuml Le Corbeau Traduit par Armand Godoy Orneacute dun frontispice de Mariette Lydis Cf
Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb321748295 Acesso em 4 jul 2017 70
Cf Disponiacutevel em httpd-nbinfo575661135 Acesso em 19 ago 2017 71
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb32536234f Acesso em 4 jul 2017 72
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb338623372 Acesso em 3 agosto 2017 73
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb33138647t Acesso em 3 agosto 2017 74
Cf POE Edgar Allan Havran a ineacute baacutesne Baacutesne a materiaacutely vybrala usporiadala prel doslov a
chronoloacutegiu napiacutes Jana Kantorovaacute-Baacutelikova Il Vladimiacuter Gažovič]
Disponiacutevel em httpd-nbinfo993652468 Acesso em 19 ago 2017 75
Cf Disponiacutevel em httpd-nbinfo820132004 Acesso em 19 ago 2017
89
(beidseitig) illustr OKart
ldquoThe Ravenrdquo de Dick Dooijes (1983) Ilustraccedilotildees
Steffen Gumpert (2004)77
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Ryan Price (20062012)78
Ilustraccedilotildees
Ramoacuten Villegas (2006)79
Ilustraccedilotildees
Eduardo Seincman muacutesica e Evandro
Carlos
Jardim (2007)80
Gravuras
Hans-Peter Oswald (2008)81
Ilustraccedilotildees
Το Κοράκι de Leonidas Christakis (2007) Ilustraccedilotildees
Le Corbeau (1995)82
e Το Κοράκι de
Hamiru Aqi
(2009)
Ilustraccedilotildees
Douze poegravemes dEdgar Poe Vers franccedilais
de
Jean Cadas et frontispice de Sam Jones
(2009)
Ilustraccedilotildees
Javier Alcaiacutens (2009)83
Ilustraccedilotildees
Miguel Navia (2009)84
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo de Manu Maltez (2010) Recriaccedilatildeo poeacutetico-narrativa por
Ilustraccedilotildees
Miguel Aacutengel Martiacuten (2010)85
Ilustraccedilotildees
Serge Chamchinov (2011)86
Ilustraccedilotildees desenholitografia
dAragues (2012)87
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo Paul Overhaus (2014) Ilustraccedilotildees
Poegravemes dEdgar Allan Poe Didier
Collobert (2014)
Ilustraccedilotildees
76
SAJTINAC Borislav Labyrinthe Priveacute Muumlnchen Cartoon-Caricature-Contor 1981 Mit einem dt-
frz-engl Vorwort von George Moorse vielen bdquoNotizen Sketchen und Cartoonsldquo sowie 7
Zeichnungen im Rahmen der frei erzaumlhlten Geschichte sbquoDer Rabelsquo von Edgar Allan Poe Cf Disponiacutevel
em httpwwwantiquariat-feurerdeimagesFeurer20Katalog2045pdf 77
Cf Disponiacutevel emhttpd-nbinfo974506052 Acesso em 19 ago 2017 78
Cf Disponiacutevel em
httpacervobnbrsophia_webmobiledetalheaspidioma=ptbrampacesso=webampcodigo=922656amptipo=1amp
detalhe=0ampbusca=1 Acesso em 21 ago 2017 79
Cf Disponiacutevel em
httpcatalogoiibunammxFGCV5DJ79FMCJFKBSIPLC91QBMVYCQM28EYM4MXE33X53RRC3
FR-02091func=full-set-setampset_number=002436ampset_entry=000007ampformat=999 Acesso em 21 ago
2017 80
Cf Disponiacutevel em
httpacervobnbrsophia_webmobiledetalheaspidioma=ptbrampacesso=webampcodigo=922656amptipo=1amp
detalhe=0ampbusca=1 Acesso em 21 ago 2017 81
Cf Disponiacutevel em httpd-nbinfo988404753 Acesso em 19 ago 2017 82
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb37166047v Acesso em 3 agosto 2017 83
Cf Disponiacutevel em httpcatalogobneesuhtbincgisirsips=ijCfOIIo9LBNMADRID876004089
Acesso em 3 agosto 2017 84
Cf Disponiacutevel em httpcatalogobneesuhtbincgisirsips=5SLyaxKtxTBNMADRID2854404499
Acesso em 3 agosto 2017 85
Cf Disponiacutevel em
httpscataloglocgovvwebvholdingsInfosearchId=16785amprecCount=25amprecPointer=25ampbibId=1651
5323 Acesso em 21 ago 2017 86
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb426224343 Acesso em 3 jul 2017 87
Cf Disponiacutevel em httpd-nbinfo1017664676 Acesso em 19 ago 2017
90
ldquoThe Ravenrdquo de Abigail Larson (2016) Ilustraccedilotildees
El Cuervo de Ciceroacuten Garciacutea () Ilustraccedilotildees
El Cuervo de Javier Serrano (2012) Ilustraccedilotildees
Zdenko Basic e Manuel Sumberac (2012)88
Ilustraccedilotildees
Obra Poeacutetica Completa de Edgar Allan
Poe
(2009) Felipe Abranches
Ilustraccedilotildees
ldquoThe Ravenrdquo Illustrated W L Taylor
and
George T Andrew
Ilustraccedilotildees
Marta Monika Czerwinski (2014)89
Ilustraccedilotildees
David Plunkert (2015)90
Ilustraccedilotildees
Les Poegravemes drsquoEdgar Poe William Heath
Robinson
(2016)
Ilustraccedilotildees
Francisco Bores (2016)91
Ilustraccedilotildees
(Korgu em turco) (Гарванот em
macedocircnio) de
Taylan Gjuvenili (2015)
Gravuras e desenhos
De Raaf de Ilja Leonard Pfeijffer Gert Jan
de Vries
(2008)
Composiccedilatildeo
12 cuts and 10 etchings de Mario Prassinos
(1952)92
Desenhos
Juacutelio Pomar (1998)93
Desenhos
Jean Laforge (2007)94
Registro sonoro
Byron Schiffman (sd)95
OacuteperaBallet
Eugeniusz Morawski-Dabrowa - poemat
symfoniczny (1911)96
Muacutesica
Andreacute Masson (1961)97
Realizaccedilatildeo radiofocircnica
88
Cf Disponiacutevel em
httpacervobnbrsophia_webmobiledetalheaspidioma=ptbrampacesso=webampcodigo=922656amptipo=1amp
detalhe=0ampbusca=1 Acesso em 21 ago 2017 89
Cf Disponiacutevel em httpd-nbinfo1046383663 Acesso em 19 ago 2017 90
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb444378754 Acesso em 3 jul 2017 91
Cf Disponiacutevel em httpcatalogobneesuhtbincgisirsips=V2IG3zQykeBNMADRID95904479
Acesso em 3 jul 2017 92
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb32536246f Acesso em 3 jul 2017 93
Cf Disponiacutevel em
httpscataloglocgovvwebvholdingsInfosearchId=16920amprecCount=25amprecPointer=14ampbibId=2240
19 Acesso em 21 ago 2017 94
Le corbeau [Enregistrement sonore] Edgar Allan Poe aut lu par Jean Laforge Cf
httpcataloguebnffrark12148cb41101811w Acesso em 3 jul 2017 95
ldquoThe Ravenrdquo Opeacutera ballet in VI acts based on the life and works of Edgar Poe Music libretto decor
and costumes by Byron Schiffman Cf httpcataloguebnffrark12148cb44003618g Acesso em 3 jul
2017 96
Cf Disponiacutevel em httpcultureplpltworcaeugeniusz-morawski-dabrowa Acesso em 4 jul 2017
Esta magniacutefica canccedilatildeo pode ser baixada gratuitamente pelo site oficial da banda disponiacutevel em
httpwwwworldofomniacom Acesso em 4 jul 2017 97
ldquoLe cycle jeu feacuteeacuterique pour grandes personnes [Document darchives] Andreacute Masson dapregraves le
poegraveme Le Corbeau dEdgar Allan Poerdquo Cf Disponiacutevel em
httpcataloguebnffrark12148cb40894234j Acesso em 4 jul 2017
91
Canccedilatildeo ldquoThe Ravenrdquodo aacutelbum Tales of
Mystery
and Imagination da Banda The Allan
Parsons
Project (1976)
Muacutesica
Banda Conde e Draacutecula (1976)98
Muacutesica
Banda Nevermore (1991) Muacutesica
Canccedilotildees ldquoThe Ravenrdquoe ldquoEdgar Allan Poerdquo
do
aacutelbum ldquoThe Ravenrdquo (2003) de LOU
REED
Muacutesica
Aacutelbum Shadow of ldquoThe Ravenrdquo da banda
instrumental Nox Arcana (2007)
Muacutesica
ldquoThe Ravenrdquodo Aacutelbum Alive da banda
Omnia
(2007) e tambeacutem a canccedilatildeo da mesma banda
chamada
ldquoTwa Corbiezrdquo (2008)
Muacutesica
ldquoThe Ravenrdquo faixa 2 de aacutelbum Sunday
At Devil Dirt Mark Lanegan e Isobel
Campbell (2008)
Muacutesica
Canccedilatildeo ldquoThe Night of ldquoThe Ravenrdquordquo
(1997)
Inteacuterprete David Foster (Alemanha) 99
Muacutesica eletrocircnica
Aacutelbum ldquoGothic II Night of ldquoThe
Ravenrdquo100
Muacutesica Instrumental
O corvo de Luciano Irrthum (2009) HQ
Nevermore A Graphic Adaptation of
Edgar
Allan Poes Short Stories de
Dan Whitehead (2007)
Graphic Novel
Эдгар Аллан По Эссе Материалы
Исследования de L Pronenko (1997)
Arte de composiccedilatildeo caligraacutefica e
ilustraccedilotildees em livro
Richard Corben (2015)101
DesenhosHQ Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees do site de Elson Froacutees e em pesquisas bibliograacuteficas e em
outras fontes digitais
14 Quadro ndash ldquoThe Ravenrdquo no cinemaaudiovisual
Tiacutetuloano Diretor
98
Cf Banda Conde E Draacutecula Album ST (1976) Taacute Faltando Ocircme Ano 1976 Origem Brasil Formato
12 Gravadora AMC - AMCLP-5357 99
Cf Disponiacutevel em httpswwwdiscogscomMagic-Affair-Night-Of-The-Ravenrelease115403
Acesso em 12 jul 2017 100
Cf Disponiacutevel em httpswwwyoutubecomwatchv=pv24Om1c0Dc Acesso em 12 jul 2017 101
Cf Esprits des morts amp autres reacutecits adaptation amp dessins Richard Corben d[apregraves loeuvre dEdgar
Allan Poe couleur Richard Corben amp Beth Corben Reed
Cf Disponiacutevel em httpcataloguebnffrark12148cb444113736 Acesso em 4 jul 2017
92
Edgar Allen Poe (1909) David W Griffith
ldquoThe Ravenrdquo (1915) com base no livro
ldquoThe Ravenrdquo The Love Story of Edgar
Allan Poe de George C Hazelton
Charles Brabin
ldquoThe Ravenrdquo (1935) Louis Friedllander
Der Rabe (1951) Kurt Steinwendner
ldquoThe Ravenrdquo (1963) David Corman
Gavran (em Croata) (1973)102
Nikola Djuric (de Montenegro)
Vincent (1982) Tim Burton
O Corvo (1983) Valecircncio Xavier
Der Rabe - Duell der Zauberer (1984)103
The Simpsons (1990) David Silverman
Der Rabe Animaccedilatildeo (1998) Hannes Rall com a voz em off de Hans
Paetsch
Havran (2000) (em Tcheco)104
Lucie Simkovaacute
ldquoThe Ravenrdquo (2000)105
Hannes Rall
Le Corbeau (2001)106
Freacutedeacuteric Pelle
ldquoThe Ravenrdquo (2012) James Mcteigue
Nevermore - Trecircs Pesadelos e um
Deliacuterio de Edgar Allan Poe (2011)107
Paulo Biscaia Filho
Edgar Allan Poes ldquoThe Ravenrdquo (2011) Christopher Saphire Don Thiel
Edgar Allan Poes ldquoThe Ravenrdquo (2003) Peter Bradley
Gavran (em Seacutervio) (2016)108
Aleksa Mirosavljevic e Luko Paljetak
Gavran (em Croata109
) (2017)110
Krunoslav Trninic e Damian Humski
(roteiro)
Videos de Leituras dramaacuteticas de ldquoThe Ravenrdquo
Atores leitoresdramatizadores de ldquoThe Ravenrdquo
Vincent Price John Astin Joseacute Mojica Marins (Zeacute do Caixatildeo) Christopher Lee
Christopher
Walker James Earl Jones Billy Drago Aaron Quinn Peter Bradley Victor Civeira
(Audiolibro El Cuervo) Pepe Mediavilla Gustavo Adolfo Beacutecquer Mariano Vicente
El Cuervo
Audiolibro (Proyecto Terror e nada maacutes) Sergio Granados Sandro Larenas
102
Filme de estreia do diretor Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett5402674ref_=m_fn_al_20
Acesso em 17 ago 2017 103
Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett2237176ref_=m_fn_al_9 Acesso em 12 jul 2017 104
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0237301ref_=m_fn_al_19 Acesso em 17 ago 2017 105
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0207695ref_=m_fn_al_7 Acesso em 17 ago 2017 106
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0331222 Acesso em 17 ago 2017 107
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett1879014ref_=m_fn_al_10 Acesso em 17 ago 2017 108
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett5887968ref_=m_fn_al_12 Acesso em 17 ago 2017 109
A diferenccedila entre a liacutengua seacutervia e a croata liacutenguas eslavas de mesmo diassistema parece ser
principalmente alfabeacutetica pois a primeira utiliza o alfabeto ciriacutelico e a segunda o latino Essa questatildeo
passou a ser mais relevante apoacutes a dissoluccedilatildeo da antiga Iugoslaacutevia em 1991 em Seacutervia Boacutesnia
Herzegovina Croaacutecia Montenegro Macedocircnia e Eslovecircnia Haacute ainda a liacutengua boacutesnia e montenegrina
que tecircm particularidades mas tambeacutem fazem parte desse caldeiratildeo linguiacutestico eslavo Essa porccedilatildeo do
leste europeu eacute complexa e fazia parte do antigo Impeacuterio Austro-Huacutengaro e trata-se de regiatildeo
extremamente multicultural multieacutetnica e por isso mesmo multiliacutengue Do ponto de vista linguiacutestico
trata-se de variaccedilotildees linguiacutesticas de mesmo diassistema O fato eacute que o poema de Poe eacute uma febre no
imaginaacuterio desses povos dos Balcatildes assim como em vaacuterias regiotildees do mundo 110
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett6503044ref_=m_fn_al_5 Acesso em 17 ago 2017
93
Cortometraje
El Cuervo equipo cuervo Narciso Ibantildeez SerradorLuis Penafiel
Seacuteries de TV com base em ldquoThe Ravenrdquo
El Cuervo - (Seacuterie de TV espanhola chamada Historias pra no dormir 1968-1969)
Filme para TV
Programa de TV na Islacircndia Hrafninn og eacuteg (ldquoThe Ravenrdquo and I) O Corvo
(1982)(Portugal)
Karl Aacuteguacutest Uacutelfsson (1996)
Referecircncias temaacuteticaintermidiaacutetica
eou alusatildeo intertextual a ldquoThe Ravenrdquo
Diretor
Le Corbeau (1943) Henri-Georges Clouzot
The Birds (1963) Alfred Hitchcock
Kruk (1976)111
Stanislaw Janicki
ldquoThe Ravenrdquos Dance (1980)112
(em
finlandecircs)
Markku Lehmuskallio
Shadow of ldquoThe Ravenrdquo (1988)113
Hrafn Gunnlaugsson
The Crow (1994) Alex Proyas
The Crow City of Angels (1996)114
Tim Pope
The Crow Stairway to Heaven (1998ndash
1999) Seacuterie
de TV115
Bryce Zabel
The Crow Salvation (2000)116
Bharat Nalluri
The Crow Wicked Prayer (2005)117
Lance Mungia
Chronicle of ldquoThe Ravenrdquo (lsquoJennifers
Shadow)
(2004)
Daniel de la Vega Pablo Pareacutes
ldquoThe Ravenrdquo Nevermore
(curtametragem) ()
Tinieblas Gonzaacutelez
El cuervo (1998)118
Reneacute Cardona III
ldquoThe Ravenrdquo (2006) Ulli Lommel
ldquoThe Ravenrdquo (2007) David DeCoteau
El Cuervo (2007)119
Richie Ercolalo
Outras obras de referecircncia eou alusatildeo intermidiaacutetica com ldquoThe Ravenrdquo
ldquoThe Ravenrdquo - seacuterie de televisatildeo 1992 de David Kemper e Lupo Frank (EUA)
The Crow Stairway to Heaven - uma seacuterie de televisatildeo em 1998 com Mark
Dacascos (Canadaacute)
Cria Cuervos - um filme em 1976 dir Carlos Saura (Espanha)
Corvo Branco - um filme em 1981 com Vladimir Gostyukhin estrelado por dir
Valery Lonskaya
(URSS) Quando o corvo Flies - um filme em 1984 dirigido por Hrafna
Gunnlaugsson (Islacircndia)
111
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett1495827ref_=m_fn_al_8 Acesso em 17 ago 2017 112
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0081012ref_=m_fn_al_5 Acesso em 17 ago 2017 113
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0095346ref_=m_fn_al_3 Acesso em 17 ago 2017 114
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0115986ref_=m_fn_al_4 Acesso em 17 ago 2017 115
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0166425ref_=m_fn_al_7 Acesso em 17 ago 2017 116
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0132910ref_=m_fn_al_6 Acesso em 17 ago 2017 117
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0353324ref_=m_fn_al_5 Acesso em 17 ago 2017 118
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett0483594 Acesso em 17 ago 2017 119
Cf Disponiacutevel em httpmimdbcomtitlett1092573 Acesso em 17 ago 2017
94
Na sombra do corvo - um filme em 1988 dirigido por Hrafna Gunnlaugsson
(Islacircndia)
Corvo vermelho da morte - um filme de
1990 com Marc Singer estrelado por dir Kristofer Lyuis (EUA)
E se o corvo - um filme em 1995
com Raul Julia no papel-tiacutetulo dir Dzhonatan Senger (EUA)
O assassino de corvos - um filme em 1999 com Tom Berenger dir Rowdy
Herrington (EUA)
Black Crow - uma seacuterie de televisatildeo em 2001 com Yuri e Tatiana Galtsev
Kolganova
estrelando (Ruacutessia)
Crows o iniacutecio ndash o filme de 2007 dir Takashi Miike (Japatildeo)
Crows Continuaccedilatildeo - um filme em 2009 (Japatildeo)
Corvo - um filme de TV em 2007 dir Sheldon Wilson (EUA)120
Dos autores Fonte com base em informaccedilotildees bibliograacuteficas e pesquisas em outras fontes digitais
120
Cf Disponiacutevel em
httpsruwikipediaorgwikiD092D0BED180D0BED0BD_(D184D0B8D
0BBD18CD0BC) Acesso em 5 set 2017
95
15 Anexos
16 TRADUCcedilOtildeES DE ldquoTHE RAVENrdquo
EM DOMIacuteNIO PUacuteBLICO
96
17 ldquoThe Ravenrdquo by Edgar Allan Poe
Once upon a midnight dreary while I pondered weak and weary
Over many a quaint and curious volume of forgotten loremdash
While I nodded nearly napping suddenly there came a tapping
As of some one gently rapping rapping at my chamber door
ldquorsquoTis some visitorrdquo I muttered ldquotapping at my chamber doormdash
Only this and nothing morerdquo
Ah distinctly I remember it was in the bleak December
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor
Eagerly I wished the morrowmdashvainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrowmdashsorrow for the lost Lenoremdash
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenoremdash
Nameless here for evermore
And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled memdashfilled me with fantastic terrors never felt before
So that now to still the beating of my heart I stood repeating
ldquorsquoTis some visitor entreating entrance at my chamber doormdash
Some late visitor entreating entrance at my chamber doormdash
This it is and nothing morerdquo
Presently my soul grew stronger hesitating then no longer
ldquoSirrdquo said I ldquoor Madam truly your forgiveness I implore
But the fact is I was napping and so gently you came rapping
And so faintly you came tapping tapping at my chamber door
That I scarce was sure I heard yourdquomdashhere I opened wide the doormdash
Darkness there and nothing more
Deep into that darkness peering long I stood there wondering fearing
Doubting dreaming dreams no mortal ever dared to dream before
But the silence was unbroken and the stillness gave no token
And the only word there spoken was the whispered word ldquoLenorerdquo
This I whispered and an echo murmured back the word ldquoLenorerdquomdash
Merely this and nothing more
Back into the chamber turning all my soul within me burning
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before
ldquoSurelyrdquo said I ldquosurely that is something at my window lattice
Let me see then what thereat is and this mystery exploremdash
Let my heart be still a moment and this mystery exploremdash
97
rsquoTis the wind and nothing morerdquo
Open here I flung the shutter when with many a flirt and flutter
In there stepped a stately Raven of the saintly days of yore
Not the least obeisance made he not a minute stopped or stayed he
But with mien of lord or lady perched above my chamber doormdash
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber doormdash
Perched and sat and nothing more
Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling
By the grave and stern decorum of the countenance it wore
ldquoThough thy crest be shorn and shaven thourdquo I said ldquoart sure no craven
Ghastly grim and ancient Raven wandering from the Nightly shoremdash
Tell me what thy lordly name is on the ightrsquos Plutonian shorerdquo
uoth the Raven ldquo evermorerdquo
Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly
Though its answer little meaningmdashlittle relevancy bore
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber doormdash
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door
With such name as ldquo evermorerdquo
But the Raven sitting lonely on the placid bust spoke only
That one word as if his soul in that one word he did outpour
Nothing farther then he utteredmdashnot a feather then he flutteredmdash
Till I scarcely more than muttered ldquoOther friends have flown beforemdash
On the morrow he will leave me as my Hopes have flown beforerdquo
Then the bird said ldquo evermorerdquo
Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken
ldquoDoubtlessrdquo said I ldquowhat it utters is its only stock and store
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden boremdash
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
Of lsquo evermdashnevermorersquordquo
But the Raven still beguiling all my fancy into smiling
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird and bust and door
Then upon the velvet sinking I betook myself to linking
Fancy unto fancy thinking what this ominous bird of yoremdash
What this grim ungainly ghastly gaunt and ominous bird of yore
Meant in croaking ldquo evermorerdquo
98
This I sat engaged in guessing but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosomrsquos core
This and more I sat divining with my head at ease reclining
On the cushionrsquos velvet lining that the lamp-light gloated orsquoer
But whose velvet-violet lining with the lamp-light gloating orsquoer
She shall press ah nevermore
Then methought the air grew denser perfumed from an unseen censer
Swung by Seraphim whose foot-falls tinkled on the tufted floor
ldquoWretchrdquo I cried ldquothy od hath lent theemdashby these angels he hath sent
thee
Respitemdashrespite and nepenthe from thy memories of Lenore
uaff oh quaff this kind nepenthe and forget this lost Lenorerdquo
uoth the Raven ldquo evermorerdquo
ldquoProphetrdquo said I ldquothing of evilmdashprophet still if bird or devilmdash
Whether Tempter sent or whether tempest tossed thee here ashore
Desolate yet all undaunted on this desert land enchantedmdash
On this home by Horror hauntedmdashtell me truly I imploremdash
Is theremdashis there balm in Gileadmdashtell memdashtell me I implorerdquo
uoth the Raven ldquo evermorerdquo
ldquoProphetrdquo said I ldquothing of evilmdashprophet still if bird or devil
By that Heaven that bends above usmdashby that God we both adoremdash
Tell this soul with sorrow laden if within the distant Aidenn
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenoremdash
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenorerdquo
uoth the Raven ldquo evermorerdquo
ldquoBe that word our sign of parting bird or fiendrdquo I shrieked upstartingmdash
ldquo et thee back into the tempest and the ightrsquos Plutonian shore
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken
Leave my loneliness unbrokenmdashquit the bust above my door
Take thy beak from out my heart and take thy form from off my doorrdquo
uoth the Raven ldquo evermorerdquo
And the Raven never flitting still is sitting still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door
And his eyes have all the seeming of a demonrsquos that is dreaming
And the lamp-light orsquoer him streaming throws his shadow on the floor
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be liftedmdashnevermore
99
18 Traduccedilotildees de ldquoThe Ravenrdquo em
domiacutenio puacuteblico
ldquoO CORVOrdquo
TRADUCcedilOtildeES BRASILEIRAS
100
181 Traduccedilatildeo Machado de Assis (1883)
O CORVO
(EDGAR POE)
Em certo dia agrave hora agrave hora
Da meia-noite que apavora
Eu caindo de sono e exausto de fadiga
Ao peacute de muita lauda antiga
De uma velha doutrina agora morta
Ia pensando quando ouvi agrave porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais
Eacute algueacutem que me bate agrave porta de mansinho
Haacute de ser isso e nada mais
Ah bem me lembro bem me lembro
Era no glacial dezembro
Cada brasa do lar sobre o chatildeo refletia
A sua uacuteltima agonia
Eu ansioso pelo sol buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vatildeo) agrave dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos ceacuteus anjos chamam Lenora
E que ningueacutem chamaraacute mais
E o rumor triste vago brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coraccedilatildeo um rumor natildeo sabido
Nunca por ele padecido
Enfim por aplacaacute-lo aqui no peito
Levantei-me de pronto e Com efeito
(Disse) eacute visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais
Eacute visita que pede agrave minha porta entrada
Haacute de ser isso e nada mais
Minhalma entatildeo sentiu-se forte
Natildeo mais vacilo e desta sorte
Falo Imploro de voacutes mdash ou senhor ou senhora
Me desculpeis tanta demora
Mas como eu precisando de descanso
Jaacute cochilava e tatildeo de manso e manso
Batestes natildeo fui logo prestemente
Certificar-me que aiacute estais
101
Disse a porta escancaro acho a noite somente
Somente a noite e nada mais
Com longo olhar escruto a sombra
Que me amedronta que me assombra
E sonho o que nenhum mortal haacute jaacute sonhado
Mas o silecircncio amplo e calado
Calado fica a quietaccedilatildeo quieta
Soacute tu palavra uacutenica e dileta
Lenora tu como um suspiro escasso
Da minha triste boca sais
E o eco que te ouviu murmurou-te no espaccedilo
Foi isso apenas nada mais
Entro coa alma incendiada
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte eu voltando-me a ela
Seguramente haacute na janela
Alguma cousa que sussurra Abramos
Eia fora o temor eia vejamos
A explicaccedilatildeo do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais
Devolvamos a paz ao coraccedilatildeo medroso
Obra do vento e nada mais
Abro a janela e de repente
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar digno de antigos dias
Natildeo despendeu em cortesias
Um minuto um instante Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras alas
Acima voa dos portais
Trepa no alto da porta em um busto de Palas
Trepado fica e nada mais
Diante da ave feia e escura
Naquela riacutegida postura
Com o gesto severo mdash o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento
E eu disse O tu que das noturnas plagas
Vens embora a cabeccedila nua tragas
Sem topete natildeo eacutes ave medrosa
Dize os teus nomes senhoriais
Como te chamas tu na grande noite umbrosa
E o corvo disse Nunca mais
102
Vendo que o paacutessaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia
Fico atocircnito embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera
Na verdade jamais homem haacute visto
Cousa na terra semelhante a isto
Uma ave negra friamente posta
Num busto acima dos portais
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este eacute seu nome Nunca mais
No entanto o corvo solitaacuterio
Natildeo teve outro vocabulaacuterio
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse
Nenhuma outra proferiu nenhuma
Natildeo chegou a mexer uma soacute pluma
Ateacute que eu murmurei Perdi outrora
Tantos amigos tatildeo leais
Perderei tambeacutem este em regressando a aurora
E o corvo disse Nunca mais
Estremeccedilo A resposta ouvida
Eacute tatildeo exata eacute tatildeo cabida
Certamente digo eu essa eacute toda a ciecircncia
Que ele trouxe da convivecircncia
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacaacutevel destino haacute castigado
Tatildeo tenaz tatildeo sem pausa nem fadiga
Que dos seus cantos usuais
Soacute lhe ficou na amarga e uacuteltima cantiga
Esse estribilho Nunca mais
Segunda vez nesse momento
Sorriu-me o triste pensamento
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a luacutegubre quimera
A alma o sentido o paacutevido segredo
Daquelas siacutelabas fatais
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase Nunca mais
Assim posto devaneando
Meditando conjeturando
103
Natildeo lhe falava mais mas se lhe natildeo falava
Sentia o olhar que me abrasava
Conjeturando fui tranquumlilo a gosto
Com a cabeccedila no macio encosto
Onde os raios da lacircmpada caiacuteam
Onde as tranccedilas angelicais
De outra cabeccedila outrora ali se desparziam
E agora natildeo se esparzem mais
Supus entatildeo que o ar mais denso
Todo se enchia de um incenso
Obra de serafins que pelo chatildeo roccedilando
Do quarto estavam meneando
Um ligeiro turiacutebulo invisiacutevel
E eu exclamei entatildeo Um Deus sensiacutevel
Manda repouso agrave dor que te devora
Destas saudades imortais
Eia esquece eia olvida essa extinta Lenora
E o corvo disse Nunca mais
ldquoProfeta ou o que quer que sejas
Ave ou democircnio que negrejas
Profeta sempre escuta Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno
Ou simplesmente naacuteufrago escapado
Venhas do temporal que te haacute lanccedilado
Nesta casa onde o Horror o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais
Dize-me existe acaso um baacutelsamo no mundo
E o corvo disse Nunca mais
ldquoProfeta ou o que quer que sejas
Ave ou democircnio que negrejas
Profeta sempre escuta atende escuta atende
Por esse ceacuteu que aleacutem se estende
Pelo Deus que ambos adoramos fala
Dize a esta alma se eacute dado inda escutaacute-la
No eacuteden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais
Essa que ora nos ceacuteus anjos chamam Lenorardquo
E o corvo disse Nunca mais
ldquoAve ou democircnio que negrejas
Profeta ou o que quer que sejas
Cessa ai cessa clamei levantando-me cessa
Regressa ao temporal regressa
Agrave tua noite deixa-me comigo
104
Vai-te natildeo fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vatildeo a minha dor jaacute crua
E o corvo disse Nunca mais
E o corvo aiacute fica ei-lo trepado
No branco maacutermore lavrado
Da antiga Palas ei-lo imutaacutevel ferrenho
Parece ao ver-lhe o duro cenho
Um democircnio sonhando A luz caiacuteda
Do lampiatildeo sobre a ave aborrecida
No chatildeo espraia a triste sombra e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chatildeo a minha alma que chora
Natildeo sai mais nunca nunca mais
105
O CORVO
182 Traduccedilatildeo Ameacuterico Lobo (1882)
Quando eu exausto e quase adormecido
Da meia-noite na tristeza infinda
Sobre in-foacutelio de traccedilas carcomido
Cabeceando meditara ainda
Suacutebito ouvi ruiacutedo semelhante
Ao de leve pancada nos umbrais
A minha porta bate um visitante
Balbuciei eacute isto e nada mais
Ah bem me lembro Era a invernia brava
Cada faiacutesca que no lar morria
Sobre o chatildeo uma sombra projetava
Eu suspirava pela lua do dia
Nem pelo estudo mitigada fora
A saudade das graccedilas virginais
De quem se chama laacute no ceacuteu Leonora
E caacute na terra natildeo tem nome mais
O leve e triste movimento incerto
Das cortinas da alcova me infundia
Fantaacutesticos terrores que de certo
Eu ranccedila dantes pressentido havia
Meu coraccedilatildeo pulsar ansioso vendo
Eu fiquei repetindo Em meus umbrais
Algueacutem que se atrasou estaacute batendo
E quer entrar eacute isto e nada mais
Estando jaacute robustecida a mente
Disse sem custo Oh dama ou cavalheiro
Mil desculpas vos peccedilo reverente
Por natildeo ter acudido mais ligeiro
Eu cochilava e voacutes com tal enleio
Batestes tatildeo de manso nos umbrais
Que natildeo cuidei ouvir-vos Patenteio
A porta vejo a sombra e nada mais
Fito o negrume e pasmo ali me quedo
Temendo duvidando e ateacute sonhando
106
O que dantes ningueacutem sonhara a medo
Era o silecircncio intacto natildeo traccedilando
Riscas a escuridatildeo ali se ouvia
Um nome um nome que se diz jamais
Leonora suspirei e respondia
Leonora o eco ao longe e nada mais
Voltei para o meu quarto onde sentindo
Minhalma triste se abrasar inteira
Outra pancada fui de novo ouvindo
Algum tanto mais forte que a primeira
Disse Talvez alguma cousa exista
Agrave janela por fora dos vitrais
Deixa meu coraccedilatildeo que eu deite a vista
Nesse misteacuterio eacute o vento o nada mais
Abro a janela dum soacute jato entrando
Batendo as asas com um gratilde ruiacutedo
Diviso um nobre corvo venerando
Aos de imecircmores eras parecido
Nem me saudou sequer ante mim posto
Poreacutem com ar e tons senhoriais
No alto busto de Palas sobreposto
Agrave porta empoleirou-se e nada mais
Aquele aspecto e austera compostura
Um riso me bailou no pensamento
Disse mais distraiacutedo agrave ave escura
Sem crista embora feio a macilento
Natildeo eacutes covarde oh corvo vagabundo
Que fugiste das sombras infernais
Dize como te chamas noutro mundo
Nunca responde o corvo Nunca mais
Maravilhou-me assaz ter entendido
Minha linguagem o paacutessaro imperfeito
Ainda que me houvesse respondido
De modo obscuro e sem nem um conceito
Parece incriacutevel que sob seu telhado
Veja o vivente em cima dos umbrais
Sobre marmoacutereo busto empoleirado
Paacutessaro que se chame Nunca mais
107
Poreacutem o corvo solitaacuterio fito
Sobre o busto de Palas mais natildeo disse
mdash Penas imoacuteveis mdash com se num dito
Sualma em fuga para alem saiacutesse
De amigos murmurei guardo lembranccedilas
Mortos tatildeo cedo Aos raios matinais
Este me deixa como as esperanccedilas
Doutrora Disse o corvo Nunca mais
Estremeci ouvindo a frase douro
Ressoar no silecircncio apoacutes falando
Talvez o que ele diz seja um tesouro
Colhido dalgum mestre miserando
A quem sem treacuteguas perseguisse a sorte
Ateacute que de seus hinos festivais
Soacute ficasse por cacircntico de morte
Da esperanccedila este moto Nunca mais
Novo sorriso me bailou agrave mente
E rodando a poltrona acolchoada
Sobre o veludo me sentei em frente
Dave do busto e do portal dentrada
Comigo soacute pensando e refletindo
No misteacuterio com que a desoras tais
O tredo corvo do passado vindo
Grasnava tatildeo somente Nunca mais
No enigma eu atentava e no entretanto
Nada dizia ao paacutessaro agoureiro
Cujos olhos de fogo ardiam tanto
Dentro em meu coraccedilatildeo por derradeiro
A cabeccedila descanso aonde chora
A lacircmpada seus brilhos siderais
Neste roxo veludo onde Lenora
Natildeo haacute de reclinar-se nunca mais
Cuidei que se tornava o ar mais denso
E que uns anjos roccedilando meu tapete
Turificavam misterioso incenso
Desgraccedilado exclamei como um joguete
Teu Deus te haacute enviado ao sofrimento
Sente saudades menos lagrimais
Dessa Lenora Bebe o esquecimento
108
Nunca responde o corvo Nunca mais
Mudo profeta reacuteprobo lheu disse
Ave ou democircnio quer tentado foras
Quer uma tempestade te cuspisse
Sozinho mas intreacutepido a desoras
Sobre a terra maldita lar do pranto
Dize dize-me em frases naturais
Neste mundo haveraacute balsamo santo
Nunca responde o corvo Nunca mais
Mudo profeta reacuteprobo Lheu disse
Ave ou democircnio pelo ceacuteu que olhamos
Curvado sobre a terra com meiguice
E por esse Deus que ambos noacutes amamos
Dize-me se minhalma pesarosa
Se haacute de unir laacute nos taacutelamos astrais
Agrave rara e pura virgem radiosa
Que se chama Lenora mdash Nunca mais
Seja o teu dito o signo da partida
Ave ou democircnio soerguido brado
Volta para o tormento da outra vida
Sequer me deixes negra pluma ao lado
Por testemunho de teu dito horrendo
Deixa-me e sai do busto e dos umbrais
Tira-me as garras com que estaacutes comendo
Meu coraccedilatildeo desfeito mdash Nunca mais
Calado o corvo solitariamente
Sobre o busto de Palas permanece
Dum democircnio que sonha o olhar se sente
E a luz da lacircmpada que resplandece
Ante ele sabre o pavimento lanccedila
Sombras de cujas ondas sepulcrais
Minhalma em sua mor desesperanccedila
Natildeo haacute de levantar-se nunca mais
Adaptaccedilatildeo ortograacutefica Iba Mendes
in Jornal do Comeacutercio Belo Horizonte MG 7 de agosto de 1892
Apud Iba Mendes
109
O CORVO
183 Traduccedilatildeo Venceslau De Queiroz (1885)
Uma vez pelas desoras luacutegubres da noite enquanto fraco e
fatigado eu meditava sobre velhos e curiosos volumes de uma
doutrina antiga enquanto quase adormecido toscanejava
subitamente ouvi uma pancada como se batessem de leve agrave porta do
meu quarto Algueacutem talvez que me procura pensei e que bate-me agrave
porta talvez seja isso e nada mais
Ah lembro-me distintamente corria o mecircs de Dezembro frio e
glacial e cada acha de lenha acesa no fogatildeo desenhava no soalho
um reflexo de agonia Eu esperava a manhatilde ansiosamente haacute
muitas horas jaacute em vatildeo pedi aos livros um instantacircneo repouso agrave
minha tristeza essa tristeza nervosamente horriacutevel que me
acabrunha desde que perdi Lenora honesta e graciosa virgem que
os anjos no ceacuteu hoje chamam Lenora e que no mundo ningueacutem mais
poderaacute chamar ai nunca mais
E o brando triste e vago ondular do reposteiro de puacuterpura
impressionava-me enchia-me de terrores fantaacutesticos para mim
desconhecidos ateacute essa noite afinal para abrandar a pulsaccedilatildeo
preciacutepite do meu peito levantei-me repetindo Algueacutem talvez que
me procura talvez algum retardado visitante que bate-me agrave porta
sim talvez seja isso e nada mais
Minha alma nesse instante sentia-se mais forte Natildeo hesitei pois
por mais tempo e falei supondo que fosse algueacutem que batesse mdash
Peccedilo-vos desculpas eu ia adormecendo quando vos ouvi bater-me agrave
porta tatildeo docemente tatildeo brandamente que fiquei ainda incerto de
vos ter ouvido mdash E abri a porta de par em par soacute vi trevas e nada
mais
A perscrutar profundamente essas trevas ali fiquei por muito tempo
estarrecido de espanto de medo e de duacutevida sonhando coisas que
no mundo ningueacutem ainda ousara sonhar mas e silecircncio natildeo foi
perturbado e tudo se conservou imoacutevel A uacutenica palavra que ouvi
sibilaram-ma aos ouvidos Lenora Tinha sido eu mesmo quem a
balbuciara e um eco por sua vez tambeacutem repetira Lenora Fora
isso e nada mais
110
Ao entrar de novo no quarto com a alma sobressaltada ouvi logo
uma pancada um pouco mais forte que a primeira Com certeza
pensei comigo com certeza haacute alguma coisa entre as folhas da
janela Antes poreacutem acalmemos o coraccedilatildeo talvez seja o vento e
nada mais
Abri entatildeo a janela e com um tumultuoso batimento de asas entrou
um majestoso corvo digno dos primeiros dias da criaccedilatildeo Natildeo me
fez a menor reverecircncia natildeo parou natildeo hesitou um minuto mas
com a sem-cerimocircnia de um lord ou de uma lady empoleirou-se num
busto de Palas que encimava a porta do quarto empoleirou-se
instalou-se e nada mais
Esta ave de eacutebano pela gravidade de seu porte e severidade de sua
fisionomia induzia-me a rir e gracejei mdash Luacutegubre e velho corvo
viajor afastado das praias da Noite ainda que a tua cabeccedila esteja
sem crista e sem cimeira natildeo eacutes certamente nenhum poltratildeo Dize-
me o teu nome senhorial nas caliginosas praias das regiotildees
infernais mdash O corvo respondeu Nunca mais
Fiquei maravilhado Este hediondo volaacutetil facilmente entendera a
minha pergunta se bem que a sua resposta natildeo tivesse um sentido
perfeito e me natildeo desse grande explicaccedilatildeo mas devemos convir que
a homem algum jamais foi dado ver uma ave ou animal qualquer
pousado num busto esculpido em cima da porta de seu quarto
chamar-se mdash Nunca mais
E o corvo empoleirado salientemente negro e solitaacuterio no busto
branco e imoacutevel proferiu essas uacutenicas palavras como se nelas
espalhasse sua alma toda Nada mais pronunciou nem agitou uma
pena sequer ateacute que eu murmurasse comigo mesmo Haacute muito
tempo que me abandonaram outros amigos ele deixar-me-aacute tambeacutem
ao alvorecer do dia como as minhas esperanccedilas de outrora A ave
repetiu ainda Nunca mais
Estremeci ao ouvir esta resposta dada com tanta justeza e
exclamei Sem duacutevida o que esta ave pronuncia eacute toda a bagagem
de seu saber que recebera em casa de qualquer desamparado da
fortuna que a implacaacutevel Desgraccedila persistentemente sem treacuteguas
perseguira ateacute que as suas canccedilotildees natildeo tivessem mais que um soacute
estribilho ateacute que o De profundis da sua esperanccedila tomasse este
melancoacutelico estribilho Nunca mais
111
Mas sempre interessado e curioso rolei imediatamente a minha
poltrona para perto da ave do busto e da porta e enterrando a
cabeccedila no espaldar aveludado esforcei-me por encadear as ideias
indagando a razatildeo porque esta hedionda triste magra e sinistra
ave digna dos primeiros dias da criaccedilatildeo fazia-me ouvir
crocitando estas palavras Nunca mais
Assim me conservei sonhando conjecturando mas natildeo dizia uma
siacutelaba sequer a essa ave cujo olhar ardendo como um claratildeo do
inferno queimava-me profundamente os refolhos do coraccedilatildeo
Procurei por muito tempo atinar com a razatildeo disto e de mais algum
misteacuterio repousando a cabeccedila negligentemente no veludo do
espaldar que a luz da lacircmpada acariciava este veludo roxo sobre o
qual ao morno claratildeo dessa mesma lacircmpada tantas vezes ela
repousara a cabeccedila de anjo e agora nunca mais
Pareceu-me entatildeo que se toldava o ar embalsamado por um
turiacutebulo invisiacutevel que os serafins agitavam e cujas asas apenas
esfrolavam o tapete do quarto Desgraccedilado bradei contra mim
mesmo o Deus de tua crenccedila por intermeacutedio de seus anjos envia-te
repouso e esquecimento agraves saudades e anguacutestias que te ralam o
seio Embriaga-te pois neste ar saturado dos perfumes do ceacuteu e
esquece para o todo sempre a tua morta Lenora O corvo grasnou
Nunca mais
Profeta mdash exclamei nuacutencio de desgraccedilas ave ou democircnio mas
sempre profeta ainda que sejas um mensageiro do Arcanjo
tenebroso ou que a tempestade te accediloitasse e te fizesse naufragar
corajoso sempre sobre esta terra deserta povoada de fantasmas
sobre esta habitaccedilatildeo continuamente abalroada pelo Horror mdash dize-
me sinceramente eu to suplico existe existe ainda no mundo
algum baacutelsamo da Judeia para as minhas dores Responde-me eu
to suplico O corvo respondeu Nunca mais
Profeta mdash bradei ainda mdash nuacutencio da desgraccedila ave ou democircnio
mas sempre profeta por este ceacuteu arqueado sobre nossas cabeccedilas
por este Deus que ambos noacutes adoramos responde agrave minha alma
sobrecarregada de dor se no paraiacuteso longiacutenquo ela poderaacute algum
dia abraccedilar uma virgem santa que os anjos no ceacuteu chamam Lenora
uma bela e honesta virgem que me abandonou no mundo para
cantar no ceacuteu entre as coreias miacutesticas dos anjos O corvo
respondeu Nunca mais
112
Ave ou democircnio esta resposta eacute o sinal da nossa eterna separaccedilatildeo
mdash Engolfa-te pois na tempestade volta agraves caliginosas praias das
regiotildees infernais natildeo deixes cair aqui uma pena sequer como
lembranccedila da mentira que proferiste abandona esta inviolada
solidatildeo deixa este busto arranca o teu bico e as tuas garras de meu
coraccedilatildeo e precipitas-te para longe desta morada O corvo
respondeu Nunca mais
E o corvo imoacutevel instalou-se para todo o sempre sobre o liacutevido
busto de Palas que encimava a porta do meu quarto e os seus
olhos cortados de quando em quando por um sinistro claratildeo do
inferno semelham-se aos olhos de um democircnio que sonha a luz da
lacircmpada esbatendo sobre ele projeta-lhe a sombra no soalho e
para fora do ciacuterculo desta sombra que jaz flutuante sobre o soalho
nunca mais poderaacute erguer-se minha alma nunca mais
Adaptaccedilatildeo ortograacutefica Iba Mendes
in O Mequetrefe nuacutemero de 20 de Abril de 1885 Apud Iba Mendes no site
O Poeteiro
113
CORVO
Ao Conde Afonso Celso
184 Traduccedilatildeo Fontoura Xavier (1887)
Uma vez ao bater da meia noite quando eu meditava sobre o
volume de uma doutrina ignorada e quando mais sonolenta
sentia a cabeccedila fatigada curvar-se sobre as suas paacuteginas ouvi
o ruiacutedo como de algueacutem que batia batia agrave porta de meu
quarto Eacute talvez uma visita murmurei eacute talvez um visitante
tardio que bate agrave porta do meu quarto eacute isso e nada mais
Ah Lembro-me distintamente era pelas neves de Dezembro e
cada brasa de fogatildeo exalava o seu uacuteltimo raio de agonia Eu
anelava ardentemente que amanhecesse Em vatildeo tinha-me
esforccedilado para arrancar dos livros um aliacutevio para a minha
saudade a saudade da minha morta Leonor saudade daquela
que os anjos chamam Leonor e que na terra ningueacutem mais haacute
de chamar nunca mais
E a vaga e leve ondulaccedilatildeo das cortinas penetrava todo o meu
ser enchendo-o de um terror fantaacutestico que eu entatildeo
desconhecia Se bem que para acalmar o meu coraccedilatildeo eu
repetisse comigo mesmo Eacute talvez uma visita que deseja
entrar a porta do meu quarto eacute talvez um visitante tardio que
deseja entrar a porta do meu quarto eacute isso e nada mais
E assim sentindo-se animado natildeo hesitei por mais tempo
Senhor ou Senhora disse quem quer que sejas peccedilo-vos que
me perdoeis mas o fato eacute que estava quase adormecido e
depois batestes tatildeo docemente tatildeo docemente viestes bater agrave
porta do meu quarto que eu apenas pude convencer-me que
tinha ouvido E abrindo-a subitamente vi trevas e nada
mais
Perscrutando ansiosamente essas trevas sentir-me tomado de
assombros e de apreensotildees imaginando sonhos que nenhum
mortal jamais ousou sonhar mas o silecircncio era imoacutevel e a
sua imobilidade foi ainda acentuada por uma palavra
Leonor Era eu que a murmurava e o eco a seu turno
repetiu essa palavra LEONOR Soacute isso e nada mais
114
Voltando ao meu quarto e sentindo dentro em mim como um
incecircndio na alma ouvi de novo o ruiacutedo um pouco mais forte
que o primeiro Naturalmente pensei jaacute alguma coisa atraacutes
da minha janela vejamos o que seja desvendemos o misteacuterio
deixemos o coraccedilatildeo acalmar-se um instante e desvendemos
este misteacuterio eacute o vento e nada mais
Mas abrindo-a subitamente vejo entrar um soberbo corvo
digno de eras primitivas Sem fazer a menor reverecircncia sem
que sequer lhe parecesse estranho o lugar onde entrava ele
natildeo hesitou um instante mas com ar senhorial de um nobre
pousou tranquilamente sobre a porta do meu quarto pousou
sobre o busto de Palas que fica sobre a porta do meu quarto
pousou recolheu as asas e nada mais
Entatildeo esta ave negra natildeo sei se pela severidade de seu
aspecto ou se pelo grotesco do seu todo induziu-me a triste
imaginaccedilatildeo a sorrir Se bem que sejas calvo disse e
conservas a cabeccedila despida de penachos beacutelicos tu natildeo eacutes
decerto um vilatildeo oacute luacutegubre e velho corvo viajante aportaro
da profunda noite de Averno Dize-me qual eacute o teu nome
senhorial na profunda noite ptutoniana E o corvo
respondeu Nunca mais
Assombrou-me que esse desgraccedilado plumitivo tivesse tatildeo
facilmente entendido a minha pergunta com quanto a sua
resposta natildeo fosse inteiramente satisfatoacuteria pois devemos
convir que jamais foi dado a um ser humano ver uma ave ou
um animal pousado sobre a porta do seu quarto uma ave ou
animal pousado sobre o busto esculpido agrave porta do seu
quarto e dizendo chamar-se Nunca mais
Mas o corvo pousado tranquilamente sobre o busto plaacutecido
natildeo proferiu senatildeo essas palavras como se nessas palavras
ele expandisse toda a sua alma natildeo pronunciou nada mais e
nem de leve moveu uma pena ateacute que em murmurasse comigo
mesmo Em chegando a manhatilde ele tambeacutem me deixaraacute como
me deixaram as minhas velhas esperanccedilas outros amigos
foram-se assim como ele E o corvo respondeu Nunca
mais
Sobressaltado com a sua resposta tatildeo a propoacutesito supus que
era essa sem duacutevida toda a sua bagagem literaacuteria que ele
115
aprendera quem sabe de algum infortunado a quem a
desgraccedila perseguira tatildeo incessantemente e sem treacuteguas que
as suas canccedilotildees natildeo eram mais que este uacutenico estribilho que
o de profundis da sua esperanccedila natildeo mais que este
melancoacutelico estribilho Jamais nunca mais
Mas o corvo induzindo o meu triste espiacuterito a sorrir fez-me
chegar a poltrona para mais junto do busto onde reclinado
sobre o espaldar de veludo eu me esforccedilava por concatenar as
minhas ideias procurando o que queria dizer essa agourenta
ave das antigas eras procurando o que queria dizer essa
agourenta triste e sinistra ave das antigas eras grasnando o
seu mdash Nunca mais
E conservei-me assim por algum tempo pensando mas jaacute sem
me dirigir mais agrave ave cujos olhos ardentes parecia agora que
me queimavam a alma pois era embalde que eu me esforccedilava
por compreendecirc-la com a cabeccedila repousada sobre o veludo
da poltrona que a luz da lacircmpada acariciava esse veludo
violeta que a luz da lacircmpada acariciava e onde a cabeccedila dela
natildeo mais se haacute de reclinar nunca mais
E entatildeo afigurou-se-me que o ar se condensava perfumado
por um turiacutebulo invisiacutevel agitado por anjos cujos passos eu
imaginava sentir sobre o tapete Desgraccedilado murmurei o
teu Deus levou-ta para sempre deixando a sua lembranccedila
como tormento da tua saudade deteacutem-te deteacutem-te nessa
senda e esquece de uma vez a tua morta Leonor E o corvo
respondeu Nunca mais
Profeta exclamei prenuacutencio de desgraccedila ave ou democircnio
mas sempre profeta sejas embora um enviado do inferno ou
que soacute o acaso da tempestade tenha-te arrojado como um
naacuteufrago perdido mas ainda intreacutepido sobre este retiro onde o
horror habita diz-me eu te suplico poderei encontrar
porventura um aliacutevio agrave minha dor dize-me eu te suplico E
o corvo respondeu Nunca mais
Profeta Prenuacutencio de desgraccedila ave ou democircnio mas
sempre profeta por este ceacuteu estendido sobre as nossas
cabeccedilas por esse Deus que noacutes ambos adoramos dize se a
minha alma carregada de dores pode ainda abraccedilar num
paraiacuteso longiacutenquo essa filha que os anjos chamam Leonor
116
E o corvo respondeu Nunca mais
Ave ou democircnio que essas palavras sejam o adeus eterno da
nossa separaccedilatildeo Vai-te tempestade torna de novo agrave mais
profunda noite do Averno natildeo deixeis uma uacutenica pena negra
como lembranccedila da mentira que acabas de proferir vai-te da
minha solidatildeo inviolaacutevel deixa esse busto de cima da minha
porta Arranca o teu bico que me dilacera a alma e vai-te
espectro lutolento para bem longe da minha porta E o
corvo respondeu Nunca mais
E o corvo imoacutevel estaacute sempre pousado sempre pousado sobre
o busto plaacutecido de Palas esculpido sobre a porta do meu
quarto os seus olhos satildeo como os olhos de um democircnio que
sonha a luz da lacircmpada entornando-se sobre ele projeta a
sua sombra negra sobre o pavimento e fora dessa sombra
negra que gira flutuante sobre o pavimento a minha alma
jamais se poderaacute elevar nunca mais
Adaptaccedilatildeo ortograacutefica Iba Mendes
in Opalas 1887 Apud Iba Mendes no site O Poeteiro
117
O CORVO
185 Traduccedilatildeo Escragnolle Doacuteria (1903)
Certa vez ao bater de meia-noite
Que das desoras o silecircncio quebra
Cabeceando eu sofria o duplo accediloite
Do sono e do cansaccedilo em mole alquebra
Em manuseio tinha alfarraacutebios anais
Onde velho saber lia liccedilotildees
Quando agrave porta senti branda pancada
Mas sem o percutir dos empuxotildees
Disse comigo mdash Coisa de nonada
Talvez algueacutem que bate ou passa nada mais
Ah de tal hoje faccedila ainda memoacuteria
Era em dias do geacutelido dezembro
Cada ticcedilatildeo do lar em ilusoacuteria
Chama se ia apagando bem me lembro
Ah chegada do sol em raios triunfais
A alma deseja e quer mas lenitivo
Nenhum dos livros meus de tantos dera
A morte de Lenora Dela o vivo
Nome dizemo-no os anjos nalta esfera
Na terra jaacute ningueacutem o diraacute nunca mais
As cortinas de seda num balouccedilo
Sutil num remexer sem menor vento
Punham-me o coraccedilatildeo em alvoroccedilo
Estranho e natildeo sabido movimento
Para acalmar do peito os tremores mortais
Segredava-me a mim mesmo mdash Eacute decerto
Qualquer pessoa que demanda a porta
Uma visita e ela me estaacute bem perto
Para junto daqui jaacute se transporta
Eacute uma simples visita apenas ningueacutem mais
Revesti a minhalma de firmeza
Banindo o vacilar falei destarte
mdash Senhora ou meu senhor peccedilo a fineza
Do seu perdatildeo pela tardanccedila A parte
Da verdade no caso ei-la em razotildees leais
118
Eu dormitava quando a sua leve
Matildeo pelo umbral passou mas de ligeiro
Natildeo quis pocircr-me despreito um golpe breve mdash
Abro a porta de par em par fronteiro
As trevas fico fico agraves trevas nada mais
Esquadrinhando a sombra largo tempo
Trecircs cousas sinto enleio assombro e medo
Em sonhos sobre-humanos eu me atempo
A perscrutar das trevas o segredo
De romper-se a mudez natildeo houve ali sinais
Uma uacutenica palavra de meu laacutebio
Saiu entrando no ar feita em mil vezes mdash
Lenora mdash murmurei tal nome sabe-o
Meu ser Inteiro tomam-no as velozes
Asas do eco que diz Lenora mdash nada mais
Volto ao quarto no ser fogo fremente
Quando ressoa uma pancada certa
Crescida em timbre niacutetida potente
Que os sentidos acorda e potildee de alerta
mdash Alguma coisa abala os janelas de tais
Misteacuterios exploremos os arcanos
Sossega o acircnimo em sustos repartidomdash
Digo a mim mesmo mdash firma os soberanos
Ditames da razatildeo toma sentido
Escuta mdash Zune o vento o vento nada mais
As escacircncaras deixo eu a janela
Por onde vi entrar com todo o assanho
Um majestoso corvo uma ave aquela
Digna das grandes eacutepocas de antanho
Natildeo revelou detenccedila hesitaccedilatildeo Sinais
Dum lord ou duma lady tinha o corvo
Que abre as asas e a porta se acimando
Empoleira-se branco feio e torvo
Sobre um busto de Palas se aninhando
E trepado se queda imoacutevel nada mais
Mas o paacutessaro negro deu-me riso
Tatildeo riacutegida era nele a compostura
Grave saturna seacuteria De improviso
Pus-me a rir da bizarra criatura
119
Que transpusera assim meus defesos umbrais
Depois falei mdash Tu tens a crista nua
Chegas de longe das noturnas praias
Natildeo eacutes um corvo paacutevido mas tua
Fama teu nome dize pra que saias
Do misteacuterio mdash E o senhor corvo diz Nunca mais
Pasmo ouvindo tamanha maravilha
Nas expressotildees estranhas do volaacutetil
Embora essa resposta fosse filha
Irracional da confusatildeo versaacutetil
Pois jamais um vivente haacute visto os penetrais
Do lar transposto por um corvo triste
Uma ave toda negra em mudo pouso
Sobre um busto de bronze de onde assiste
A estas trecircs coisas paz luto e repouso
Sabeis duma ave assim de alcunha Nunca mais
O corvo de poleiro no alto busto
Nada mais disse como se esgotado
A alma tivesse proferindo a custo
O Nunca mais fatiacutedico e malvado
Calei-me a ave calou-se em pausas sepulcrais
Eu disse entatildeo mdash Quantos amigos fora
Do meu conviacutevio conto Este que eacute novo
Fugitivo tambeacutem se haacute de ir embora
Qual tantas esperanccedilas sem renovo mdash
Pocircs-se o corvo a dizer outra vez Nunca mais
Um vago estremecer corre os meus nervos
Natildeo de molde parece esta resposta
A palavra do corvo nos acervos
Da memoacuteria talvez lhe fosse posta
Pelo firme tratar e pelos habituais
Conselhos dalgum mestre desditoso
Zurzido pelo horror do desespero
E tanto assim sucede que o saudoso
Corvo um soacute estribilho com exagero
Sabe fala e repete e sempre Nunca mais
Segundo riso jaacute me enflora a ideia
E sento-me a pensar numa poltrona
Tendo ante mim por uacutenica assembleia
120
A porta o corvo e o busto de Belona
Encadeando o fio agraves cismas naturais
Busco achar uma chave para o enigma
Resolver o sentido impenetraacutevel
Que na memoacuteria punham por estigma
As palavras do paacutessaro implacaacutevel
Sem cessar crocitando o eterno Nunca mais
Conjecturas eu formo em desafogo
A boca se conserva taciturna
Mas do paacutessaro os olhos todos fogo
Me requeimam naquela paz soturna
Na rede do cismar prendo sonhos mortais
Com a cabeccedila pendida bem a gosto
Sobre veludos dum coxim que ao peso
De Lenora natildeo mais seraacute exposto
Como dantes quando ela tinha o vezo
De aiacute ficar Lenora aiacute ficar Nunca mais
Afigura-se o ar muito mais denso
E perfumoso graccedilas a invisiacutevel
Turiacutebulo a soltar aroma e incenso
Nas matildeos de serafins cujo frangiacutevel
Peacute muito mal sofria os deslizes terrais
mdash Miseraacutevel disse eu Deus bem me ouve
Por seus anjos me dando a deslembranccedila
O repouso melhor que jamais houve
Bebe oh bebe o nepentes sem tardanccedila
Esquece de Lenora mdash E ele diz Nunca mais
mdashTu augure de males tu profeta
Ser infernal ou paacutessaro ou democircnio
Jaacute que me vens do Averno em linha reta
Desfalcando a Satatilde seu patrimocircnio
Jaacute que chegaste aqui na asa dos temporais
Procurando o refugio em domiciacutelio
Onde mora o pavor eu te depreco
Dize pocircde contar-se com o auxiacutelio
Dum baacutelsamo da vida mdash Diz num eco
O corvo a mesma coisa o mesmo Nunca mais
Oh sinistro profeta de mil males
Oh paacutessaro oh democircnio oh ave feia
121
Se me queres mostrar tu quanto vales
Pelo empiacutereo que sobre noacutes se arqueia
Pelo Eterno que adoro e tu comigo quais
Seratildeo as minhas esperanccedilas fala
Afirma-me se posso por agora
Ter nos braccedilos a virgem que na escala
Celeste os anjos chamam de Lenora mdash
O corvo respondeu Natildeo podes nunca mais
mdashEsta palavra soacute nos causa dano
Ave calamitosa ser perverso
Volta pra noite Nenhum ser humano
Te iraacute buscar Abre o voo o universo
Eacute teu eacute teu regressa aos domiacutenios fatais
Donde saiacuteste volta agrave tempestade
Natildeo tenhas uma soacute pena partida
Por arrha do mentir que de maldade
Me propina tua alma fementida mdash
O corvo retorquiu apenas Nunca mais
O corvo sem mexer as asas
Sobre o busto de Palas qual vigia
A porta do meu quarto natildeo se arreda
O seu olhar poreacutem vendo-o dir-se-ia
O olhar dum diabo imerso em cismas infernais
A luz do candelabro daacute-lhe em cheio
Sobre o chatildeo os contornos lhe desenha
Minhaalma desta sombra bem no meio
Debalde por fugir ali se empenha
A alma jamais se livra oh nunca nunca mais
Adaptaccedilatildeo ortograacutefica Iba Mendes
in Ateneida numeros 8 9 e 10 1903
Apud Iba Mendes no site O Poeteiro
122
O CORVO
186 Traduccedilatildeo Manoel de Soiza e Azevedo (1913)
(Primeira versatildeo)
Numa noite de insocircnia enfraquecido
e cansado eu buscava aprofundar
de um velho e estranho livro o vatildeo sentido
quase a fronte de sono a se inclinar
Eis que suacutebito escuto um som de leve
como se algueacutem batesse breve breve
bem de vagar agrave porta de meu quarto
ldquoEacute algueacutem que bate agrave porta de meu quarto
Talvez um visitante nada mais
Sim nada maisrdquo
Era uma noite fria da Dezembro
da lareira entre as cinzas o claratildeo
morticcedilo e tecircnue (viacutevido me lembro)
refletia-se a espaccedilos pelo chatildeo
Com que ardor ansiava pelo dia
Embalde um lenitivo na leitura
buscava achar Em vatildeo vem vatildeo pedia
conforto agrave dor de haver perdido a pura
e radiosa mulher minha Leonora
que os anjos ainda chamam de Lenora
que na terra esse nome entre os mortais
Natildeo teraacute mais
Se o reposteiro agraves vezes balouccedilava
num roccedilagar de puacuterpura macia
que fantaacutestico horror me dominava
e que vaga tristeza me invadia
Falei para abafar do coraccedilatildeo
a preciacutepite e doida pulsaccedilatildeo
ldquoEacute algueacutem pedindo entrada agrave minha porta
algueacutem se atrasou batendo agrave porta
Eis o que e com certeza Nada mais
Sim nada maisrdquo
Isto minhrsquoalma um pouco reconforta
e disse logo sem mais hesitar
123
ldquo uem quer que eacute que bata agrave minha porta
senhorhellip senhorahellip queira desculpar
pois eu estava quase adormecido
e pareceu-me ateacute natildeo ter ouvido
bater roccedilar de leve encontro agrave portardquo
Assim dizendo fui abrir a porta
Trevas havia trevas nada mais
Soacute nada mais
No recesso das trevas mergulhando
o olhar cheio de assombro apavorado
entre a duacutevida e o horror hirto sonhando
fiquei sonho de algueacutem jamais sonhado
Muda e imoacutevel a noite escura e morta
e nenhum som a imensa treva corta
Murmuro a medo o nome de Lenora
num sussurro responde o eco mdash Lenora
Apenas nada mais
Soacute nada mais
Voltando ao quarto a alma perturbada
ouccedilo bater mais forte outra pancada
ldquoAlguma cousa murmurei que oscila
pelo lado de fora da janela
a veneziana solta da tramelahellip
Para aquietar de todo a alma intranquila
eu preciso sondar este misteacuterio
Calma Vamos sondar este misteacuterio
Do vento eacute o sopro apenas nada mais
sim nada maisrdquo
Abro a janela Negrejante vulto
num surto entra no quarto de repente
de asas batendo o ar ouccedilo um tumulto
era um corvo decreacutepito imponente
Como um senhor ou dama sobranceira
sobre um busto de Palas se empoleira
bem em cima da porta de meu quarto
pousa num busto agrave porta de meu quarto
Toma lugar se acalma Nada mais
soacute nada mais
A rir o negro paacutessaro de agouro
124
a imaginaccedilatildeo sombria me incitava
rio do ar severo de decoro
rio do grave aprumo que tomava
E disse mdash ldquoEmbora a poupa depenada
tenhas natildeo eacutes de certo algum poltratildeo
Ave rude e espectral como eacutes chamada
qual teu nome no reino de Plutatildeo
Peregrino que vens da eterna noite
Teu nome na regiatildeo da eterna noiterdquo
Grasna o corvo fantaacutestico mdash Jamais
Eu pasmei que a ave estuacutepida tivesse
tatildeo bem minha palavra compreendido
posto a sua resposta natildeo dissesse
cousa alguma de acerto e com sentido
Mas deve-se convir que a ningueacutem dado
fora um paacutessaro ver empoleirado
num busto de seu quarto sobre a porta
Nem consta que existisse entre animais
esse nome mdash Jamais
Mudo e firme quedou-se sobre o busto
nada mais disse o corvo solitaacuterio
nem se moveu como se houvesse a custo
dito tudo do seu vocabulaacuterio
Ateacute que eu murmurei mdash ldquoComo passavam
outros amigos que me abandonaram
como esperanccedilas que se vatildeo voando
assim este amanhatilde iraacute voandordquo
Responde o corvo luacutegubre mdash Jamais
Jamais jamais
Esta pronta resposta admirou-me
vendo tatildeo a propoacutesito e discreta
ldquoTalvez eu refleti com este nome
todo o seu repertoacuterio se completa
Aprendeu-o de um dono desgraccedilado
a quem sem treacuteguas perseguiu o fado
cujo canto soacute tinha este estribilho
salmeando da esperanccedila os funerais
Jamais jamaisrdquo
Como o corvo em minhrsquoalma despertasse
125
um pensamento misterioso e torvo
rolei uma poltrona bem em face
ao busto em frente agrave porta em frente ao corvo
E recostei-me pensativo e mudo
na macia almofada de veludo
Visotildees sonhos revi na fantasia
pensando o que eacute que o corvo quereria
rude e espectral fantasma do passado
o que o corvo agourento do passado
quereria dizer com seu mdash Jamais
Jamais jamais
Em vagas conjeturas me perdendo
sentado e mudo o negro corvo olhava
e o olhar do corvo em fogo aceso ardendo
o coraccedilatildeo no peito me queimava
Nisto eu pensava a gosto descansando
nos coxins de veludo repousando
no veludo violeta em que batia
em que o claratildeo da lacircmpada batia
em que Ela natildeo repousaraacute jamais
ai nunca mais
Pareceu-me sentir o ar mais denso
e dos anjos ouvir roccedilar o passo
como se vissem derramando incenso
de invisiacutevel turiacutebulo no espaccedilo
ldquoO esquecimento eu disse oacute desgraccedilado
Deus enfim pelos anjos te haacute mandado
Acalma esta saudade de Lenora
Esquece esquece a perda de Lenora
O corvo crocitando diz mdash Jamais
Jamais jamais
ldquoProfeta ente de agouro ave ou democircnio
se pelo Tentador foste mandado
ou se trouxe-te a asa do aquitocircnio
a este paiacutes deserto e enfeiticcedilado
a esta casa onde o horror mora e se esconde
sem rebuccedilo me diz anda responde
Haveraacute haveraacute o esquecimento
o baacutelsamo haveraacute do esquecimentordquo
Responde o corvo teacutetrico mdash Jamais
126
Jamais jamais
ldquoProfeta mensageiro da desgraccedila
ave ou democircnio da supersticcedilatildeo
diz pelo ceacuteu pela divina graccedila
diz agrave minhrsquoalma prenhe de afliccedilatildeo
responde diz mdash No paraiacuteso ainda
poderei estreitar a santa e linda
radiosa mulher que foi Leonora
que os anjos ainda chamam de Leonorardquo
O corvo rouquejando diz mdash Jamais
Jamais jamais
Vai-te gritei ave ou democircnio Uivando
leve-te o vento agrave noite de Plutatildeo
e que tuas mentiras atestando
natildeo fique uma soacute pena pelo chatildeo
Vai-te democircnio vai-te num momento
Deixa inviolado o meu isolamento
Tira o bico que o peito me trespassa
que o coraccedilatildeo no peito me espicaccedila
Deixa esse busto sobre a minha porta
foge fantasma foge dessa portardquo
Diz o corvo terriacutefico mdash Jamais
Jamais jamais
O corvo natildeo se move natildeo se importa
fica no busto paacutelido fixado
imoacutevel fica sobre a minha porta
com o olhar de um democircnio condenado
No chatildeo a luz da lacircmpada que ondeia
do negro corvo a sombra delineia
E minhrsquoalma da sombra que flutua
eu sinto que da sombra que flutua
Natildeo fugiraacute natildeo fugiraacute jamais
Jamais jamais
in Almanaque Literaacuterio e Estatiacutestico do Rio Grande do Sul Ano 26 paacutegina
230 1914
127
O CORVO
(Traduccedilatildeo palavra por palavra)
Uma vez agrave hora triste da meia noite eu meditava
enfraquecido e cansado sobre alguns estranhos e curiosos
volumes de uma doutrina esquecida Enquanto cochilava
quase dormitando suacutebito ouvi uma pancada como de algueacutem
batendo batendo de leve agrave porta de meu quartordquoEacute algum
visitante murmurei que bate agrave porta de meu quarto eacute isto
apenas e nada maisrdquo
Lembro-me perfeitamente era no frio Dezembro e cada ticcedilatildeo
moribundo espalhava um reflexo pelo chatildeo Eu esperava
ansioso pela manhatilde Em vatildeo tinha buscado encontrar em
meus livros aliacutevio agrave dor agrave dor de ter perdido Lenora a rara e
radiante donzela que os anjos chamam Lenora mas que na
terra natildeo teraacute nome nunca mais
O roccedilar sedoso luacutegubre e incerto das cortinas de puacuterpura me
penetrava me enchia de fantaacutesticos terrores nunca dantes
sentidos de sorte que para moderar as pulsaccedilotildees do coraccedilatildeo
levantei-me repetindo ldquoEacute algum visitante que solicita
entrada agrave porta de meu quarto algum visitante retardado que
solicita entrada agrave porta de meu quarto Eacute isto e nada maisrdquo
Entatildeo minha alma sentiu-se mais forte e sem mais hesitar eu
disse Senhor ou senhora com sinceridade peccedilo desculpa
mas em verdade estava cochilando e a pancada foi tatildeo de
leve e tatildeo tiacutemido viestes bater bater agrave porta de meu quarto
que eu natildeo tinha a certeza de vos ter ouvido Escancarei entatildeo
a porta Havia a treva e nada mais
Olhando bem fundo na treva fiquei muito tempo tomado de
espanto de terror e de duacutevida sonhando sonhos que nenhum
mortal ainda ousara sonhar Mas nada quebrou o silencio e
nada perturbou o sossego e a uacutenica palavra que se ouviu foi
um nome murmurado mdash Lenora mdash que eu murmurei e num
murmuacuterio o eco repetiu mdash Leonora Apenas isto e nada mais
Voltando ao quarto com a alma no iacutentimo abrasada ouvi de
novo uma pancada mais forte que a primeira ldquoDe certo
disse de certo e alguma cousa nas venezianas da janela
128
Vamos ver o que eacute vamos explorar este misteacuterio deixemos o
meu coraccedilatildeo acalmar-se um momento e vamos explorar este
misteacuterio Eacute o vento e nada maisrdquo
Abri entatildeo a janela e eis que raacutepido e em tumulto entrou um
imponente corvo dos santos dias do passado Natildeo me fez a
menor cortesia nem se deteve ou hesitou um momento poreacutem
com ademanes de um senhor ou de uma dama empoleirou-se
acima da porta de meu quarto empoleirou-se num busto de
Palas bem em cima da porta de meu quarto Empoleirou-se
pousou e nada mais
Incitando o paacutessaro de eacutebano a minha sombria imaginaccedilatildeo a
sorrir pelo grave e severo decoro do aprumo que tomava eu
disse ldquoPosto que o teu topete esteja cortado e aparado natildeo
eacutes de certo nenhum poltratildeo Espectral horrendo e velho corvo
que vens das praias da Noite diz-me qual e teu nome
senhorial nas praias da oite de Plutatildeordquo E o corvo disse mdash
Jamais
Pasmei e muito que essa ave desajeitada entendesse tatildeo bem a
palavra ainda que a sua resposta natildeo tivesse grande
significaccedilatildeo nem grande propriedade pois natildeo se pode
deixar de convir que nenhum homem vivo tivera ateacute entatildeo a
dita de ver uma ave acima da porta de seu quarto uma ave ou
outro animal sobre um busto esculpido acima da porta de seu
quarto e com semelhante nome mdash Jamais
Poreacutem o corvo pousando solitaacuterio no busto apenas proferiu
essa uacutenica palavra como se tivesse exalado a alma nessa
uacutenica palavra Nada mais pronunciou nem moveu uma soacute
pena ateacute que eu murmurei baixinho mdash Outros amigos jaacute me
fugiram este pela manhatilde me haacute de deixar como as
esperanccedilas que jaacute me fugiramrdquo O paacutessaro disse entatildeo mdash
Jamais
Sobressaltado a esta resposta que quebrava o silecircncio tatildeo a
propoacutesito ldquoSem duacutevida disse o que ele proferiu constitui
toda a sua ciecircncia e todo o seu repertoacuterio aprendido de
algum dono desgraccedilado a quem o fado sem piedade
perseguiu e perseguiu cada vez mais a ponto que seus cantos
soacute tiveram um estribilho ateacute que os salmos funerais de sua
Esperanccedila soacute tiveram este melancoacutelico estribilho mdash Jamais
129
jamais
Como o corvo ainda incitasse a minha alma sombria a sorrir
rolei uma poltrona estofada bem em frente ao paacutessaro ao
busto e agrave porta E recostado nos coxins de veludo comecei a
encadear fantasia com fantasia pensando o que o agourento
paacutessaro de outrora o que o horrendo desajeitado espectral
magro e agourento paacutessaro de outrora quereria dizer
crocitando mdash Jamais
Com isto eu procurava atinar sentado mas sem dirigir uma
siacutelaba ao paacutessaro cujo olhar de fogo me queimava o iacutentimo
do peito Isto e outras cousas mais eu conjeturava sentado
com a cabeccedila reclinada tranquilamente no veludo dos coxins
em que a luz da lacircmpada roccedilava poreacutem em cujo veludo
violeta em que a luz da lacircmpada roccedilava Ela natildeo repousaraacute
jamais
Pareceu-me entatildeo que o ar se tornava mais denso perfumado
por invisiacutevel turiacutebulo balanccedilado por serafins cujos passos
ressoavam no chatildeo atapetado ldquoDesgraccedilado exclamei Deus
to concedeu mandou-te por estes anjos o repouso o repouso e
o esquecimento das saudades de Lenora Bebe oh bebe esse
doce esquecimento e esquece a perdida Lenorardquo O corvo
disse mdash Jamais
ldquoProfeta eu disse ente de desgraccedila mdash profeta sem embargo
paacutessaro ou democircnio Quer o Tentador te mandasse quer a
tempestade te arremessasse a estas plagas desolado poreacutem
ainda indocircmito a este siacutetio deserto e encantado a esta casa
assombrada pelo Horror diz-me a verdade suplico-te Existe
existe acaso o baacutelsamo de Galaad Diz-me diz-me suplico-
terdquo O corvo respondeu mdash Jamais
ldquoProfeta eu disse ente de desgraccedila mdash profeta sem embargo
paacutessaro ou democircnio Pelo ceacuteo que se encurva acima de noacutes
pelo Deus que adoramos ambos diz a esta alma carregada de
maacutegoas se no longiacutenquo Paraiacuteso eu poderei abraccedilar a santa
donzela que os anjos chamam Lenora abraccedilar a rara e
radiante donzela que os anjos chamam Lenorardquo Respondeu o
corvo mdash Jamais
ldquoSeja esta palavra o sinal da nossa separaccedilatildeo paacutessaro ou
130
democircnio exclamei dando um salto volta agrave tempestade e agraves
praias da Noite de Plutatildeo Natildeo deixes uma soacute pena negra
como testemunho da mentira que tua alma proferiu Deixa a
minha solidatildeo inviolada Deixa esse busto acima de minha
porta Retira o teu bico do meu coraccedilatildeo e retira a tua figura
da minha portardquo O corvo disse mdash Jamais
O corvo sem se mover ficou pousado ficou pousado no
paacutelido busto de Palas bem em cima da porta de meu quarto e
o seu olhar parecia o de um democircnio pensativo A luz da
lampada que flutuava sobre ele projetava-lhe a sombra no
chatildeo e minha alma dessa sombra que flutuava no chatildeo natildeo
poderaacute fugir jamais
131
O CORVO
Traduccedilotildees Manoel de Soiza e Azevedo - 1913
(Tentativa de interpretaccedilatildeo com os efeitos de rima do original)
Meia noite silente Eu cansado e doente
de estranho livro em vatildeo prescrutava o sentido
de um profundo saber hoje morto e esquecido
E quase a dormitar suacutebito ouccedilo tocar
de leve algum tocar roccedilar agrave minha porta
ldquoEacute algueacutem disse que vem bater agrave minha porta
Eacute isto e nada mais sim nada maisrdquo
Bem viacutevido me lembro era um frio Dezembro
cada morticcedila brasa a espaccedilos pelo chatildeo
na lareira espalhava um trecircmulo claratildeo
Como a manhatilde tardava Eu nos livros buscava
a perda em vatildeo buscava esquecer de Lenora
a radiosa mulher que eacute entre os anjos Lenora
e nome natildeo tem mais entre os mortais
Se a cortina oscilava e lento balouccedilava
ao lento roccedilagar da puacuterpura macia
que fantaacutestico horror me gelava e invadia
Para do coraccedilatildeo calmar a pulsaccedilatildeo
ldquoEacute algueacutem eu disse entatildeo que bate agrave minha porta
algueacutem que se atrasou que bate agrave minha porta
Eis o que eacute nada mais sim nada maisrdquo
Assim fico tranquilo e nada mais vacilo
ldquo uem quer que bate eu disse ou senhor ou senhora
desculpa espero ter por tamanha demora
Estava dormitando e o baque foi tatildeo brando
tatildeo de leve roccedilando encontro agrave minha porta
que mal o distinguirdquo E fui abrir a porta
Soacute trevas nada mais Soacute nada mais
Nas trevas mergulhando o olhar fiquei pasmando
entre a duacutevida e o horror de assombro apavorado
sonhando o que jamais ningueacutem tinha sonhado
Ver embalde procuro Eacute mudo o espaccedilo escuro
Apenas eu murmuro este nome mdash Lenora
132
e o eco repete aleacutem num sussurro mdash Lenora
Apenas nada mais soacute nada mais
Ao meu quarto regresso o coraccedilatildeo opresso
o espiacuterito turbado ao contato da morte
Ouccedilo bater de novo e desta vez mais forte
ldquoDa janela de certo eacute o postigo entreaberto
vamos a ver se acerto a causa do misteacuterio
Calma Vamos sondar a causa do misteacuterio
Eacute o vento nada mais sim nada maisrdquo
Abro a janela E um vulto entra e voa em tumulto
era um corvo imponente e dos tempos de outrora
Nem um minuto em cortesias se demora
de dama sobranceira imitando a maneira
num busto se empoleira a porta de meu quarto
de Palas sobre um busto agrave porta de meu quarto
descansa Nada mais soacute nada mais
E minhrsquoalma sombria ao riso desafia
o corvo e eu fico a rir do severo decoro
do aprumo que tomava a ave negra de agouro
E perguntei-lhe entatildeo ldquoTu que natildeo eacutes poltratildeo
na noite de Plutatildeo de onde vens qual teu nome
corvo velho espectral e horrendo qual teu nomerdquo
Responde ele mdash Jamais mdash Jamais jamais
Pasmei de ouvir falar o corvo secular
fosse embora a resposta escassa de sentido
Mas deve-se convir natildeo fora permitido
ver a nenhum mortal um corvo ou outro animal
em cima do portal de seu quarto pousado
sobre a porta do quarto em um busto pousado
e chamado mdash Jamais mdash de mais a mais
Nada mais disse o corvo intrataacutevel e torvo
como se nesse esforccedilo a alma exalasse a custo
pousado se quedou sobre o plaacutecido busto
silencioso bravio imoacutevel e sombrio
ateacute que eu balbucio mdash Amigos meus fugiram
de manhatilde fugiraacutes como os outros fugiram
E o corvo diz mdash Jamais mdash Jamais jamais
133
Da resposta pasmei tatildeo discreta a julguei
E pensei mdash Com certeza este nome irrisoacuterio
da sua sapiecircncia eacute todo o repertoacuterio
Aprendeu-o talvez de um dono a quem mercecircs
a sorte nunca fez que tinha esse estribilho
cujo canto de dor soacute tinha esse estribilho
de salmos funerais mdash Jamais jamais
Se o corvo regougava o riso me incitava
Em frente agrave porta em frente ao corvo em frente ao busto
rolei uma poltrona e no encosto venusto
deitei sobre o espaldar a cabeccedila a cismar
a pensar a cismar o que o corvo agourento
quereria espectral magro feio agourento
dizer com seu mdash Jamais mdash jamais jamais
Disto eu buscava em vatildeo compreender a razatildeo
mudo dele fitando o olhar que me rasgava
o peito e o coraccedilatildeo no peito me queimava
E fiquei meditando a cabeccedila inclinando
no encosto fofo e brando em que Ela adormecia
roxo veludo em que Ela Ela outrora dormia
mas natildeo dormira mais mdash jamais jamais
E julguei no ar mais denso um perfume de incenso
sentir que serafins queimavam nos espaccedilos
e ouvir-lhes no tapete abafados os passos
Eu disse mdash Desgraccedilado a quem Deus haacute mandado
anjos que o teu passado apagassem mdash esquece
a perda de Lenora a sua perda esquece
E o corvo diz mdash Jamais mdash Jamais jamais
ldquoTu profeta agourento ave ou democircnio odiento
ou te mandasse o inferno ou jogasse a lufada
do vento a este deserto a esta casa assombrada
diz-me De Galaad o baacutelsamo e verdade
que existe e se eacute verdade anda diz-me responde
que traz o esquecimento Anda diz-me responderdquo
Grasna o corvo mdash Jamais mdash jamais jamais
ldquoTu profeta agourento ave ou democircnio odiento
pelo ceacuteu pelo Deus que adoramos responde
a minhrsquoalma que a dor acabrunha responde
134
se no empiacutereo distante eu terei um instante
nos braccedilos a radiante a divina Lenora
que entre os anjos ainda eacute chamada Lenorardquo
Diz o corvo mdash Jamais mdash jamais jamais
ldquoVai-te corvo execrando ave ou democircnio Uivando
leve-te o vento e noite eterna de Plutatildeo
e que natildeo fique soacute uma pena no chatildeo
que ateste esta mentira e teu bico retira
do meu peito retira oh foge dessa porta
deixa deixa esse busto e foge dessa portardquo
Diz o corvo mdash Jamais mdash Jamais jamais
O corvo imoacutevel quedo impassiacutevel e quedo
no maacutermore do busto apoia-se nefando
tendo o aspecto no olhar de um democircnio sonhando
Da lacircmpada o claratildeo lhe recorta no chatildeo
a sombra e eu tento em vatildeo da sombra que flutua
fugir natildeo poderei da sombra que flutua
fugir jamais jamais mdash Jamais jamais
in Almanaque Literaacuterio e Estatiacutestico do Rio Grande do Sul Ano 26 paacuteginas 164-169 1915
Apud blog Editora Anticiacutetera
135
O CORVO
187 Traduccedilatildeo Alfredo Ferreira Rodrigues (1914)
Numa noite de insocircnia enfraquecido
e cansado eu buscava aprofundar
de um velho e estranho livro o vatildeo sentido
quase a fronte de sono a se inclinar
Eis que suacutebito escuto um som de leve
como se algueacutem batesse breve breve
bem de vagar agrave portra de meu quarto
Eacute algueacutem que bate agrave porta de meu quarto
Talvez um visitante nada mais
Sim nada mais
Era uma noite fria de dezembro
da lareira entre as cinzas o claratildeo
morticcedilo e tecircnue (viacutevido me lembro)
refletia-se a espaccedilos pelo chatildeo
Embalde um lenitivo na leitura
buscava achar Em vatildeo em vatildeo pedia
confocircrto agrave dor de haver perdido a pura
e radiosa mulher minha Lenora
que os anjos ainda chamam de Lenora
que na terra ecircsse nome entre os mortais
natildeo teraacute mais
Se o reposteiro as vecirczes balouccedilava
num roccedilagar de puacuterpura macia
que fantaacutestico horror me dominava
e que vaga tristeza me invadia
Falei para abafar do coraccedilatildeo
a preciacutepite e doida pulsaccedilatildeo
Eacute alguem pedindo entrada agrave minha porta
algueacutem que se atrasou batendo agrave porta
Eis o que eacute com certeza Nada mais
Sim nada mais
Isto na alma um pouco reconforta
e disse logo sem mais hesitar
Quem quer que eacute que bate agrave minha porta
senhor senhora queira desculpar
136
pois eu estava quase adormecido
e pareceu-me ateacute natildeo ter ouvido
bater roccedilar de leve encontro agrave porta
Assim dizendo fui abrir a porta
Trevas havia trevas nada mais
soacute nada mais
No recesso das trevas mergulhando
o olhar cheio de assombro apavorado
entre a duacutevida e o horror hirto sonhando
fiquei sonho de algueacutem jamais sonhado
Muda e imoacutevel a noite escura e morta
e nenhum som a imensa treva corta
Murmuro a mecircdo o nome de Lenora
num sussurro responde o eco mdash Lenora
Apenas nada mais
Soacute nada mais
Voltando ao quarto a alma perturbada
ouccedilo bater mais forte outra pancada
Alguma coisa murmurei que ocila
pelo lado de fora da janela
a veneziana soacutelta da tramela
Para aquietar de todo a alma intranquila
eu preciso sondar ecircste misteacuterio
Calma Vamos sondar ecircste misteacuterio
Do vento eacute o socircpro apenas nada mais
sim nada mais
Abro a janela Negrejante vulto
num surto entra no quarto de repente
de asas batendo o ar ouccedilo um tumulto
era um corvo decreacutepito impotente
Como um senhor ou dama sobranceira
socircbre um busto de Pallas se empoleira
bem em cima da porta do meu quarto
pousa num busto agrave porta de meu quarto
Toma lugar se acama Nada mais
soacute nada mais
A rir o negro paacutessaro de agouro
a imaginaccedilatildeo sombria me incitava
rio do ar severo de decocircro
137
rio do grave aprumo que tomava
E disse mdash Embora a poupa depenada
tenhas natildeo eacutes de certo algum poltratildeo
Ave rude e espectral como eacutes chamada
qual teu nome no reino de Plutatildeo
Peregrino que vens da eterna noite
teu nome na regiatildeo da eterna noite
Grasna o corvo fantaacutestico Jamais
Jamais jamais
Eu pasmei que a ave estupida tivesse
tatildeo bem minha palavra compreendido
pocircsto a sua resposta natildeo dissesse
coisa alguma de acecircrto e com sentido
Mas deve-se convir que a ningueacutem dado
focircra um paacutessaro ver empoleirado
num busto de seu quarto socircbre a porta
de seu quarto pousado socircbre a porta
Nem consta que existisse entre animais
ecircsse nome mdash Jamais
Mudo e firme quedou-se socircbre o busto
nada mais disse o corvo solitaacuterio
nem se moveu como se houvesse a custo
dito tudo do seu vocabulaacuterio
Ateacute que eu murmurei mdash Como passaram
outros amigos que me abandonaram
como esperanccedilas que se vatildeo voando
assim ecircste amanhatilde iraacute voando
Responde o corvo luacutegubre mdash Jamais
Jamais jamais
Esta pronta resposta admirou-me
vindo tatildeo a propoacutesito e discreta
Talvez eu refleti com ecircste nome
todo o seu repertoacuterio se completa
Aprendeu-o de um dono desgraccedilado
a quem sem treacuteguas perseguiu o fado
cujo canto soacute tinha ecircste estribilho
melancoacutelico e uacutenico estribilho
psalmeando da esperanccedila os funerais
Jamais jamais
138
Como o corvo em minha alma despertasse
um pensamento misterioso e torvo
rolei uma poltrona bem em face
ao busto em frente agrave porta em frente ao corvo
E recostei-me pensativo e mudo
na macia almofada de veludo
Visotildees sonhos revi na fantasia
pensando o que eacute que o corvo queria
rude e espectral fantasma do passado
o que o corvo agourento do passado
quereria dizer com seu mdash Jamais
Jamais jamais
Em vagas conjeturas me perdendo
sentado e mudo o negro corvo olhava
e o olhar do corvo em fogo aceso ardendo
o coraccedilatildeo no peito me queimava
Nisto eu pensava a gocircsto descansando
nos coxins de veludo repousando
no veludo violeta em que batia
em que o claratildeo da lacircmpada batia
em que ela natildeo repousaraacute jamais
ai nunca mais
Pareceu-me sentir o ar mais denso
e dos anjos ouvir roccedilar o passo
como se viessem derramando incenso
de invisiacutevel turiacutebulo no espaccedilo
O esquecimento eu disse oacute desgraccedilado
Deus enfim pelos anjos te haacute mandado
Acalma esta saudade de Lenora
esquece esquece a perda de Lenora
O corvo crocitando diz mdash Jamais
Jamais jamais
Profeta ente de agouro ave ou democircnio
se pelo Tentador focircste mandado
ou se te trouxe a asa do aquilocircnio
a ecircste pais deserto e enfeiticcedilado
a esta casa onde o horror mora e se esconde
sem rebuccedilo me diz anda responde
Haveraacute haveraacute o esquecimento
o baacutelsamo haveraacute do esquecimento
139
Responde o corvo teacutetrico mdash Jamais
Jamais jamais
Profeta mensageiro da desgraccedila
ave ou democircnio da supersticcedilatildeo
diz pelo ceacuteu pela divina graccedila
diz agrave minha alma prenhe de afliccedilatildeo
responde diz No paraiacuteso ainda
poderei estreitar a santa e linda
radiosa mulher que foi Lenora
que os anjos inda chamam de Lenora
O corvo rouquejando diz mdash Jamais
Jamais jamais
Vai-te gritei ave ou democircnio Uivando
leve-te o vento agrave noite de Plutatildeo
e que tuas mentiras atestando
natildeo fique uma soacute pena pelo chatildeo
Vai-te democircnio vai-te num momento
Deixa inviolado o meu isolamento
Tira o bico que o peito me trespassa
que o coraccedilatildeo no peito me espicaccedila
Deixa ecircsse busto socircbre a minha porta
foge fantasma foge dessa porta
Diz o corvo terriacutefico - Jamais
Jamais jamais
O corvo natildeo se move natildeo se importa
fica no busto paacutelido fixado
imoacutevel fica socircbre a minha porta
com o olhar de um democircnio condenado
No chatildeo a luz da lacircmpada que ondeia
do negro corvo a sombra delineia
E minha alma da sombra que flutua
eu sinto que da sombra que flutua
natildeo fugiraacute natildeo fugiraacute jamais
jamais jamais
In Almanaque Literaacuterio e Estatiacutestico do Rio Grande do Sul ano de 1914 paacutegs 230234 mdash com as
correccedilotildees indicadas agrave paacuteg 291 do mesmo volume
Apud RUSSOMANO Mozart Victor A vida silenciosa de Alfredo Ferreira Rodrigues in Revista da
Proviacutencia de Satildeo Pedro RS nordm 18 dezembro de 1953 p 54-58
140
CORVO
188 Traduccedilatildeo Joatildeo Kopke (1916)
Meia noite seria hora triste alquebrado
E de teacutedio vencido uma vez debruccedilado
Sobre tomo e mais tomo em que antigos autores
Expuseram saber que bem raros leitores
Tecircm hoje eu meditava o lido ponderando
Que em tais livros de antanho andara consultando
E jaacute do cochilar meio ao sono passava
Quando ouvi de repente um bater que soava
Agrave porta de meu quarto ali agrave matildeo baixinho
Como o bater de quem batesse de mansinho
Batesse de mansinho agrave porta de meu quarto
Dentro de mim mal o ouvi disse eu ldquoA horas tais
Quem pode vir bater agrave porta do meu quarto
Algueacutem que me procura Haacute de ser ada maisrdquo
Era entatildeo ndash claramente ainda hoje o relembro
Bem entrado era entatildeo o inclemente Dezembro
E seu espectro no chatildeo cada brasa deixava
Que aos poucos a morrer no lar agonizava
Aflito estava eu jaacute por que nascesse o dia
E em vatildeo dessa leitura ao meu sofrer queria
Tirar aliacutevio ndash aliacutevio agrave crua e dura maacutegoa
Aliacutevio que abrandasse a enorme funda maacutegoa
De haver perdido haver perdido oacute sim Lenora
A virgem radiante a quem saudade chora
A virgem peregrina a quem os anjos chamam
Lenora ndash Aquela a quem nos coros triunfais
Lenora laacute no ceacuteu os anjos ora chamam
E nome natildeo teraacute na terra nunca mais
E o frouxo farfalhar que vinha das cortinas
De seda roxa incerto e mesto nas retinas
me punha visotildees tais e na alma tais terrores
Que iguais nunca eu sentira e em tatildeo crueacuteis tremores
Me entrava a sacudir que por conter os saltos
Ao coraccedilatildeo ndash por ver quedar os sobressaltos
Em que duacutebio tremia entrei a repetir
A repetir sem conta alheio a repetir
141
ldquoEstaacute algueacutem a bater agrave porta do meu quarto
Bate algueacutem certamente agrave porta do meu quarto
Algueacutem que me procura e quer falar Decerto
Algueacutem que sem querer se atrasou Pois que mais
Pode ser Eacute algueacutem Haacute de ser Eacute decerto
Eacute decerto isto mesmo Haacute de ser Nada maisrdquo
A alma se me aquietou assim e entatildeo perdendo
Perdendo a hesitaccedilatildeo afoito fui dizendo
ldquo uem quer que voacutes sejais ou senhor ou senhora
Vosso perdatildeo aqui sinceramente implora
Quem quase a cochilar confessa e tatildeo de manso
Batendo voacutes agrave porta agrave porta tatildeo de manso
Batendo tatildeo de manso agrave porta do seu quarto
Mal pocircde perceber que agrave porta do seu quarto
Batiacuteeisrdquo este ponto agrave porta dirigindo
Os passos neste ponto agora eu acudindo
Agrave porta ao enfrentaacute-la abri-a pronto busco
E de braccedilo estendido ao tocar-lhe os umbrais
Escancaro-a de vez num movimento brusco
Laacute fora a escuridatildeo E soacute E nada mais
E dessa escuridatildeo cravando o olhar no fundo
A revolvecirc-la estive a revolver-lhe o fundo
Surpreso apavorado hesitante a sonhar
Sonhos que natildeo ousou ningueacutem jamais sonhar
Mas o silecircncio mudo o mesmo sempre E a treva
Calada em frente a mim nenhum indiacutecio a treva
Me dava Dela soacute somente me chegava
Me chegava ao ouvido em voz que o murmurava
Um nome e em murmuacuterio um nome soacute Lenora
Era eu que o murmurava era eu e jaacute Lenora
Eis o eco a responder Lenora repetindo
Palavra que soacute eu na treva entre as letais
Anguacutestias da incerteza em sonhos me afundindo
Ficara a repetir Soacute isso E nada mais
Voltando ao quarto entatildeo com a alma em fogo a arder
Com pouco ouvi de novo ouvi baixo bater
Bem de leve outra vez mas mais alto um pouquinho
Mais alto desta vez mais alto um bocadinho
ldquoEacute com certezardquo eu disse ldquoeacute com certeza agora
Uma coisa qualquer que bate laacute de fora
142
Nas gelosias Eacute Mas seraacute Quem o sabe
Quem sabe que misteacuterio haacute nisto Quem o sabe
Sossega coraccedilatildeo e deixa-me que o veja
Que por meus olhos sonde o que for que ali esteja
Que sonde o que isto for que o sonde por meus olhos
Que o mostre ao meu pavor e em linhas naturais
O fato ponha agrave luz mostrando-o claro aos olhos
Eacute com certeza o vento O vento e nada maisrdquo
Para a janela pois crescendo eu a escancaro
E mal o olhar firmei logo o vulto deparo
De um corvo senhoril dos bons tempos de outrora
Que da lufada em poacutes entrando laacute de fora
E circungira e paira e se vai por fim pocircr
Sem saudar nem deter-se ou pousar se vai pocircr
Com ares de fidalgo ou fidalga assentado
Bem por cima da porta ao alto empoleirado
Da porta do meu quarto em um busto de Palas
Alcandorado ali sobre o busto de Palas
Alcandorado ali do branco busto em cima
Do branco busto sobre as formas divinais
Nesse busto pousou que a minha porta encima
Pousou deixou-se estar Soacute isso e nada mais
Ao ver dessa ave negra o modo assim severo
Ao ver com que decoro e com que porte austero
Ali defronte a mim tatildeo grave procedia
Desfez-se num momento aquela fantasia
Que a mente me assaltara e transmudou-se em riso
ldquoEmborardquo disse eu pois dando expansatildeo ao riso
ldquoTosado embora cerce o teu penacho veja
Natildeo quero crer que tal a covardia seja
Tachada puniccedilatildeo Natildeo eacutes um velho corvo
Repelente e fatal que foges ao ceacuteu torvo
Certo um tiacutetulo tens e foros de grandeza
Tens estirpe e brasotildees nos reinos avernais
Dize pois qual teu nome entre a ilustre nobreza
De Plutatildeordquo E tornou-me o corvo ldquo unca maisrdquo
De pasmo me tomei ao ver com tal clareza
Falar essa ave horrenda embora com certeza
Sentido natildeo tivesse ou pouco ou nulo alcance
A resposta que deu assim tatildeo de relance
143
De pasmo me tomei porquanto ningueacutem pode
Fugir a concordar ningueacutem na vida pode
Dizer que outro mortal jaacute tivesse a ventura
De ver pousar uma ave ou outra criatura
Ao alto sobre a porta a porta do seu quarto
Sobre o busto que encime a porta do seu quarto
Pousar deixar-se estar e nada mais uma ave
Horrenda que viesse afrontando hibernais
Rigores de procela agrave noite austera e grave
Dizer-lhe que no inferno a chamam Nunca mais
Assustou-me a resposta assim tatildeo bem cabida
Que rompeu a mudez ateacute aiacute mantida
Assustou-me a resposta e entatildeo para explicaacute-la
Eu me pus a dizer qual quem a medo fala
ldquo estas palavras soacute consiste certamente
O seu vocabulaacuterio e nelas inconsciente
Reproduz o que ouviu Com certeza a algum dono
Infeliz pertenceu Pode ser que a algum dono
Tivesse pertencido a quem com teimosia
Perseguisse a desgraccedila e na monotonia
Desse estribilho soacute distraccedilatildeo procurasse
As dores que gemia ndash as dores sem iguais
Do seu sofrer e a maacutegoa aos laacutebios lhe levasse
Por desabafo e alento o grito ldquo unca maisrdquo
No entanto o corvo soacute pousado sobre o busto
Quedo pousado e soacute dali de sobre o busto
Natildeo me deu mais que tal resposta em que pusera
Talvez toda a sua alma E nem ao que dissera
Mais nada acrescentou Nem uma soacute das penas
Moveu Natildeo mais moveu de leve uma das penas
Que fosse a natildeo ser quando eu mal e mal baixinho
E murmuro falei mas baixo bem baixinho
ldquoEm antes dele jaacute perdi muitos amigos
Perdido tenho sim por vaacuteria vez amigos
Que foram sem retorno Iraacute ele tambeacutem
Sem retorno assim como aos caros ideais
A esperanccedila se foi e com o dia que vem
Este iraacute rasna o corvo apenas ldquo unca maisrdquo
Poreacutem mais uma vez essa ave transformando
A tristeza agrave minha alma em riso a transmudando
144
Fiz rodar um assento e dela o pus em frente
E do busto e da porta em face justamente
Bem defronte lho pus e o corpo no veludo
Todo o peso largando afundei e jaacute tudo
Que estivera a pensar ndash ideacuteia ou fantasia
Comecei a prender como elos que queria
Jungidos para ver que sentido quisera
Aquela ave ominosa agrave resposta que dera
Inculcar para ver se encontrava o sentido
Que essa ave de feiccedilotildees e gestos espectrais
Na resposta pusera ndash achar com que sentido
o crocitar dizia apenas ldquo unca maisrdquo
Para tal eu sentado a rever mas comigo
O que vira fiquei mas a soacutes soacute comigo
Sem palavra sequer dirigir agrave agoureira
Ave que com o olhar qual ruacutebida fogueira
O acircmago ao coraccedilatildeo me estava requeimando
No coxim de veludo a cabeccedila pousando
No coxim que o claratildeo da luz como um olhar
De cupidez voraz descia a iluminar
Eu a gosto escrutava o que quisera o corvo
Dizer no seu falar que tinha em tanto estorvo
A faacutecil compreensatildeo Nesse coxim agora
A fronte eu descansava em que drsquoEla jamais
A fronte pousaraacute qual se pousava outrora
Natildeo mais se pousaraacute oh nunca nunca mais
Como que o ar entatildeo me pareceu mais denso
A modo que um perfume ali pairou de incenso
Que em turicremo vaso ao ar silente alcanccedilassem
Serafins cujos peacutes em cadecircncia roccedilassem
A alcatifa que o chatildeo de meu quarto alfaiava
E pois agrave inspiraccedilatildeo que sobre mim baixava
Cedendo a me exprobar do pavor que sentia
Contra mim revoltado em voz alta dizia
ldquoDesgraccedilado Teu Deus teu Deus por estes anjos
Teu Deus treacutegua te daacute teu Deus por estes anjos
Remeacutedio agrave dor te manda Esquece de Lenora
A perda e empina a taccedila em que as dores mortais
Tu podes afogar Risca dessa Lenora
a mente o nomerdquo E grasna o corvo ldquo unca maisrdquo
145
ldquoProfetardquo eu disse entatildeo ldquoave ou democircnio sejas
Profeta mesmo assim Quer vindo aqui tu sejas
Atentar-me ou lanccedilado o sopro das borrascas
Te houvesse a esta plaga ndash aflito mas das vascas
Do desespero livre ndash ao ermo desta plaga
Que um poder infernal no seu efluacutevio alaga
Ao sei deste lar onde o terror domina ndash
Se tem a dor que assim saudade me propina
Lenitivo que a acalme oh di-lo que to imploro
Oh dize-me se tem este luto em que choro
Treacutegua que ao meu sofrer as torturas abrande
Lenitivo que agrave dor embote os seus punhais
E agrave saudade que peno o esquecimento mande
Oh di-lo corvo di-lordquo E o corvo ldquo unca maisrdquo
ldquoProfetardquo eu disse entatildeo ldquoave ou democircnio sejas
Profeta mesmo assim e como quer que o sejas
Pelo Ceacuteu que nos cobre e o Deus que veneramos
Por tudo quanto os dois por mais caro prezamos
Dize dize agrave minha alma a que a dor tanto preme
Agrave alma que esta saudade infinda e crua geme
Dize por compaixatildeo se no Eacuteden distante
Em seus braccedilos veraacute a Virgem fulgurante
Aquela Virgem santa a que no ceacuteu Lenora
Chamam e que ningueacutem na terra chama agora
A Virgem por quem peno ndash a Virgem que a saudade
Me traz sempre na mente em sonhos perenais
Oh dize se algum dia abraccedilaacute-la em verdade
Laacute no ceacuteu poderaacuterdquo E o corvo ldquo unca maisrdquo
ldquo ue seja essa resposta a nossa despedida
Ou ave ou tentadorrdquo bradei com a voz erguida
um salto em peacute me pondo ldquoOh volta agrave tempestade
Volta agrave noite do inferno Em minha soledade
Que eu fique sempre soacute Natildeo deixes uma pena
Nem uma pena soacute nem uma negra pena
Das tuas em penhor desta mentira atroz
Que acabas de afirmar com refalsada voz
De sobre o busto sai O vulto eia retira
De sobre a minha porta O adunco bico tira
Daqui do coraccedilatildeo onde o cravaste Oh vai-te
Embora e deixa em paz meus tristes penetrais
Ou ave ou tentador deixa-me em paz Oh vai-terdquo
146
E imoacutevel diz o corvo apenas ldquo unca maisrdquo
E sem mais se mover ali se tem pousado
Imoacutevel sempre o corvo ali alcandorado
De Palas sobre o busto ndash erguido ao alto ndash acima
Da porta do meu quarto ndash e mudo e quedo a encima
E os olhos seus satildeo como os olhos de um democircnio
Absorto a maquinar ndash satildeo olhos de um democircnio
E da lacircmpada a luz sobre ele em cheio desce
O claratildeo com fulgor que vivo resplandece
E lhe estampa no chatildeo a dura e negra sombra
E minha alma oh horror da treva dessa sombra
Que flutua no chatildeo pairando eternamente
Minha alma do negror que os giros infernais
Adensam no voar que paira eternamente
Nunca mais se haacute de erguer Ai nunca Nunca mais
Fonte A Espada no Livro
147
O CORVO
189 Traduccedilatildeo Joatildeo Kopke (19161917)
Uma vez por volta da meia noite hora triste enquanto alquebrado pela
fadiga e cheio de teacutedio eu meditava sobre vaacuterio e vaacuterio volume esquisito e
curioso de letras hoje esquecidas quando jaacute a cochilar quase passava
pelo sono chegaram-me de repente ao ouvido umas pancadinhas
repetidas como de algueacutem que de mansinho batesse batesse agrave porta do
meu quarto Eacute algueacutem disse eu comigo eacute algueacutem que bate agrave porta do
meu quarto Haacute de ser isso e nada mais
Ah lembra-me perfeitamente mdash era em Dezembro o mecircs das invernais mdash
e cada brasa que por sua vez se ia apagando estampava no chatildeo o seu
espectro Estava eu morto por que amanhecesse em vatildeo procurara tirar
dos meus livros aliacutevio agrave saudade mdash saudade de Lenora que perdera mdash
da rara e radiante virgem a quem os anjos chamam Lenora mdash e nome
aqui na terra natildeo teraacute jamais
E o sedoso triste incerto farfalhar de cada pano das cortinas roxas fazia-
me tremer mdash enchia-me de terrores fantaacutesticos que nunca dantes sentira
de modo que entatildeo por quedar o bater ao coraccedilatildeo fiquei repetir eacute
algueacutem que bate agrave porta do meu quarto mdash algueacutem que a desoras vem
bater Agrave porta do meu quarto eacute isso e nada mais
Minha alma sentiu-se de tal apoacutes mais forte sem mais hesitar entatildeo
Senhor disse eu ou senhora peccedilo-vos sinceramente perdatildeo mas a
verdade eacute que eu ia a passar pelo sono e voacutes batestes tatildeo devagarinho tatildeo
de leve batestes batestes agrave porta do meu quarto que eu nem quase certeza
tinha de o haver ouvido E em tal dizendo escancarei a porta laacute fora mdash
escuridatildeo e nada mais
Fundo naquela escuridatildeo cravando os olhos estive por longo tempo ali a
pensar apavorado em duacutevida sonhando sonhos que mortal nenhum antes
de mim ousou sonhar mas o silecircncio persistia e de nada a escuridatildeo
indiacutecio dava e a uacutenica palavra que ali se proferia era apenas em
murmuacuterio a palavra Lenora Essa era eu que a murmurava e o eco
murmurando repetia a palavra Lenora Isto simplesmente e nada
mais
Outra vez voltando para o quarto com a alma toda a arder dentro de mim
dali a pouco ouvi de novo bater de leve um tanto mais alto que primeiro
148
Com certeza disse eu com certeza o que ouccedilo agora eacute a gelosia da
janela vou ver o que ali haacute e apurar que misteacuterio eacute este Que meu coraccedilatildeo
se quede por um momentoe apure que misteacuterio eacute este Eacute o vento e nada
mais
Abri entatildeo bruscamente a janela e eis que com giro e adejo vaacuterio
entrou por ela a dentro um majestoso corvo dos bons tempos de outrora
Nem a menor cortesia fez ele nem por um instante se deteve ou parou
mas com ares de fidalgo ou fidalga empoleirou-se por sobre a porta do
meu quarto empoleirou-se num busto de Palas justamente por cima da
minha porta empoleirou-se deixou-se estar e nada mais
Aiacute como esta ave negra cambiasse em riso a minha triste fantasia pelo
grave e austero decoro que na aparecircncia mostrava Embora tosado cerce
tragas o penacho tu disse eu natildeo eacutes com certeza um covarde oh
velho corvo luacutegubre e horripilante que andas tresmalhado das regiotildees da
noite Dize-me pois qual eacute o teu titulo de nobreza nas regiotildees plutocircnicas
da noite Disse o corvo Nunca mais
Muito maravilhado fiquei ao ouvir esta ave desgraciosa falar tatildeo
claramente conquanto sua resposta pouco sentido pouco alcance tivesse
porque natildeo podemos deixar de convir em que nenhuma criatura humana
nesta vida jamais teve a felicidade de ver pousado sobre a porta do seu
quarto empoleirado sobre o busto esculturado que encima a porta do seu
quarto ave ou animal por nome Nunca mais
Estranhando a mudez que tatildeo pertinente resposta assim interrompia Sem
duacutevida disse eu as palavras que profere satildeo todo o cabedal que lhes
ficou da convivecircncia com algum dono infeliz sobre quem desastres
inclementes caiacuteram uns apocircs outros com rapidez crescente ateacute dar-lhe agraves
cantigas por constante estribilho mdash ateacute que as lamentaccedilotildees do seu
desespero se rematassem sempre pelo triste estribilho Nunca mais Nunca
mais
Mas o corvo pousado solitaacuterio sobre o plaacutecido busto soacute disse essas uacutenicas
palavras como se a sua alma nessas uacutenicas palavras houvesse vertido
Nada mais entatildeo disse mdash nem uma pena sacudiu ate eumal e mal pouco
mais que murmurei Outros amigos jaacute se me tem ido ao amanhecer este
me deixaraacute como as minhas esperanccedilas se me foram Torna a isso a ave
Nunca mais
Cambiando poreacutem o corvo novamente em sorriso toda a tristeza agrave minha
alma fiz de pronto rodar um assento acolchoado para defronte e da ave e
149
do busto e da porta e entatildeo no veludo afundando entrei a ajustar
fantasia a fantasia para ver se atinava com o que esta ave de outros
tempos com o que esta feia desengraccedilada luacutegubre escaveirada e
agourenta ave de outros tempos queria dizer com grasnar Nunca mais
Estava eu assentado a querer com isto atinar sem contudo coisa alguma
dizer A ave cujos olhos de fogo entatildeo me ardiam no acircmago do selo mdash
isto e outras coisas mais estava assentado a querer decifrar com cabeccedila
comodamente reclinada na capa de veludo do coxim sobre que a luz da
lacircmpada caiacutea como um olhar cuacutepido cada de veludo roxo sobre que a luz
da lacircmpada caiacutea como um olhar cuacutepido e que ela natildeo mais haacute de premer
mdash ah nunca mais
Pareceu-me neste ponto que o ar se tornava mais denso porque o
perfumava um turiacutebulo Invisiacutevel agitado por serafins cujos passos
ecoavam tilintantes no chatildeo alcatifado Desgraccedilado exclamei teu Deus
te empresta mdash por estes anjos te manda treacutegua mdash treacutegua e olvido agraves
saudades de Lenora Traga oacute traga a taccedila deste olvido beneacutefico e esquece
esta Lenora que perdeste Disse o corvo Nunca mais
Profeta disse eu criatura fatal mdash profeta ainda assim quer ave quer
democircnio Ou venhas incumbido de tentar-me ou te haja a tempestade
lanccedilado a estas plagas desolado mas indocircmito sempre mdash ao ermo desta
terra encantada mdash a este ar que o terror assombra mdash fala-me a verdade
eu to imploro mdash haacute haacute baacutelsamo em Gilead dize-me dize-me eu to
imploro Disse o corvo Nunca mais
Profeta disse eu criatura fatal mdash profeta ainda assim quer ave quer
democircnio Por aquele ceacuteu que se arqueia sobre noacutes mdash por aquele Deus
que ambos adoramos dize a esta alma de maacutegoa acabrunhada se laacute no
distante Eacuteden abraccedilaraacute ela uma virgem santificada a quem os anjos
chamam Lenora Abraccedilaraacute uma linda e radiante virgem a quem os anjos
chamam Lenora Disse o corvo Nunca mais
Que sejam essas palavras o sinal da nossa despedida ave ou Inimigo
gritei eu pondo-me em peacute Volta agrave tempestade e agraves regiotildees plutocircnicas da
noite Natildeo deixes nem uma soacute negra pluma em testemunho dessa mentira
que a tua alma disse Natildeo perturbes a minha solidatildeo Sai-te do busto que
encima a minha porta Tira teu bico de dentro do meu coraccedilatildeo e tira o teu
vulto de cima da minha porta Disse o corvo Nunca mais
E o corvo sem se mover ainda pousado estaacute ainda pousado estaacute sobre a
paacutelido busto de Palas bem por cima da porta do meu quarto e seus olhos
150
tecircm toda a aparecircncia dos de um democircnio que estaacute sonhando e a luz da
lacircmpada caindo sobre ele projeta-lhe no chatildeo a sombra e minha alma
dessa sombra que estaacute a flutuar no chatildeo natildeo se ergueraacute nunca mais
Adaptaccedilatildeo ortograacutefica Iba Mendes
Apud Iba Mendes no site O Poeteiro
151
O CORVO
1810 Traduccedilatildeo Anocircnima (1916)
[]
Abro o postigo e suacutebito entra negro
Altivo urubu-rei tumultuoso
Que sem mais cortesia vai voando
Sem partir uni instante descuidoso
Mas circunspeto sempre como um lord
Adejando inda acima dos portais
Vecirc um busto de Palas sobre a porta
E nele pousa e fica e nada mais
Diante de tatildeo feio e negro vulto
De atitude severa e ar correto
O triste pensamento me sorri
Oh corvo disse eu corvo abjeto
Tu que sem medo vens das plagas negras
Posto disfarces dons senhoriais
Responde Qual teu nome onde nasceste
E o corvo respondeu-me nunca mais
Aterrado fiquei pois na verdade
Embora tatildeo confuso respondesse
Entendera mui bem minha pergunta
Coisa igual jamais sei que acontecesse
Um paacutessaro tatildeo negro altivo posto
No busto que laacute staacute num dos portais
Ouvir minha pergunta e responder
Que se chama somente nunca mais
Assim aquele corvo que natildeo sabe
Dizer outra palavra que as que disse
Quedo laacute sem mexer nenhuma pena
Disse tudo que sua alma resumisse
Por fim considerei Tenho perdido
Tantos antigos bons e tatildeo leais
Perderei tombem este em vindo o dia
E o corvo respondeu-me nunca mais
152
Estremeci Resposta tatildeo cabida
Tatildeo exata pensei isso eacute ciecircncia
Uacutenica que aprendeu com algum mestre
Dimplacaacutevel desdita em convivecircncia
Que tatildeo tenaz castigo doacute destino
Guardar dos cantos dantes usuais
Somente o que ficou do derradeiro
Somente este estribilho nunca mais
De novo me sorri o pensamento
Me sento na poltrona em frente ao corvo
Concentro o pensamento no misteacuterio
Que soacute em desvendar eu me absorvo
Que luacutegubre sentido Que alma tem
segredo dos termos sepulcrais
Agouro eacute o sentido dessa frase
Que o corvo grasna tanto nunca mais
Estava meditando em devaneio
Calado em conjecturas mas sentia
Seu olhar abrasar-me e recostado
Na poltrona tranquilo refletia
Neste encosto macio jaacute outrora
Cabeccedila de anjo tranccedilas divinais
Muita vez esparziu aqui depois
Depois natildeo esparziu mais nunca mais
Parecendo-me entatildeo o ar encher-se
De incenso de turiacutebulo qual no espaccedilo
Serafins invisiacuteveis se agitassem
Logo esta exclamaccedilatildeo me ocorre e faccedilo
Deus sensiacutevel que daacutes consolo agrave dor
Pungida de saudades imortais
De Leonor ide esquecer assim tu fazes
Do alto disse o corvo nunca mais
Profeta ave democircnio ou quer que sejas
Profeta que tu eacutes dize responde
Ou venhas tu do Averno ou naufragado
Acaso o temporal aqui te esconde
Nesta casa onde soacute e tatildeo somente
O horror tem seus passos triunfais
Dize quando haveraacute conforto agrave dor
153
E respondeu-me o corvo nunca mais
Profeta ave democircnio ou quer que sejas
Profeta que tu eacutes responde fala
Pelo ceacuteu que se estende ao infinito
Por Deus que eacute nosso Deus haacute de abraccedilaacute-la
Dize soacute poderaacute minhalma triste
Unir-se aleacutem dos lares sepulcrais
Agrave virgem que entre os anjos eacute Leonor
E o corvo respondeu-me nunca mais
Profeta ave democircnio ou quer que sejas
Cala-te e volta jaacute pra tua noite
Regressa ao temporal donde fugiste
Que eu fique soacute aqui mas natildeo te acoite
Vai-te leva contigo essa mentira
Carrega-te com as garras tatildeo fatais
que rasgam-me no peito a minha dor
E o corvo respondeu-me nunca mais
E fica ali pousado e quedo o corvo
Sobre o busto de Palas tatildeo bisonho
Que ao ver-lhe o duro senho carregado
Julga-se ver um demo em pleno sonho
No chatildeo a sombra dele reproduz-se
Perfeitamente em linhas funerais
E minhalma que geme presa e triste
Fora dela natildeo sai Oh nunca mais
Adaptaccedilatildeo ortograacutefica Iba Mendes
Apud Iba Mendes no site O Poeteiro
154
O CORVO
1811 Traduccedilatildeo Emiacutelio de Meneses - (1917)
Agrave memoacuteria de Machado de Assis
O inexcedido e inexcediacutevel tradutor do genial
poema de Edgar Poe consagro esta paacutelida
paraacutefrase que em nada se aproxima e jamais
pretendeu aproximar-se da imorredoura
traduccedilatildeo feita pelo Mestre dos Mestres
I
Desta amarga existecircncia em certo amargo dia
Agrave hora da meia-noite augural e profana
Eu de velha doutrina as paacuteginas relia
Curvo ao peso do sono e da fadiga insana
Mal do meu pensamento a direccedilatildeo seguia
Por essa hora de horror em que da treva emana
Toda em funda hediondez desolada e fria
Da atra recordaccedilatildeo a atra saudade humana
Foi assim que senti do meu triste aposento
Como um leve susssurro a passar lento e lento
E uma leve pancada a bater nos umbrais
Disse comigo eacute algueacutem que pela noite fora
Vem retarda visita e retarda-se agora
A bater mansamente agrave porta nada mais
II
Oacute se o recordo e bem numa invernia brava
O riacutespido e glacial Dezembro decorria
E da lareira ao chatildeo cada brasa lanccedilava
O supremo fulgor da sua lenta agonia
E eu a esperar em vatildeo a aurora que tardava
155
Queria em vatildeo achar nessa velha teoria
Contida no volume antigo que estudava
Um consolo sequer agrave dor que me pungia
Em vatildeo consolo em vatildeo agrave minha dor profunda
Em vatildeo repouso em vatildeo agrave alma que se me inunda
Desta imortal saudade aos prantos imortais
Porque jamais se esquece alma consoladora
Como essa que nos ceacuteus eacute chamada Eleonora
Nome que nunca mais ouvirei nunca mais
III
Ante o vago oscilar indefinido e brando
Das cortinas que o vento ao leve sacudia
Ia-me o coraccedilatildeo sinistramente entrando
O sombrio terror da noite erma e sombria
Um teacutetrico pavor que entatildeo desconhecia
E que me estrangulava o peito miserando
A alma sem compaixatildeo de duacutevidas me enchia
E pouco a pouco foi meu ser avassalando
Enfim para volver agrave ambiciosa calma
E a coragem de novo amparar-se-me dalma
Repetia a mim mesmo estas palavras tais
Nada mais eacute talvez que retarda visita
Que vem de noite em fora e entrada solicita
Eacute visita que vem por certo nada mais
IV
A calma que ateacute aiacute do peito me fugia
Voltou de novo ao peito e agrave coragem primeira
Natildeo mais vacilaccedilotildees natildeo mais mente erradia
Ao estranho rumor falo desta maneira
Como nesta ocasiatildeo o sono me prendia
E a pancada foi tal tatildeo leve e tatildeo ligeira
156
Que presto natildeo corri perdoai-me esta ousadia
Dama ou senhor que estais da minha porta agrave ombreira
Tatildeo receosamente e vagarosamente
Batestes que natildeo fui receber-vos contente
Como hoacutespede que sois e agrave minha porta estais
E assim falando e olhando escancarei a porta
Mas soacute encontrei naquela hora adiantada e morta
treva Treva somente A treva e nada mais
V
Cravo os olhos na treva e longamente a escruto
E a treva eacute muda e eacute muda a proacutepria ventania
E longo tempo assim com o proacuteprio medo luto
De duacutevida e terror povoando a fantasia
Sonhos que outro mortal como eu nunca ousaria
Sonhar me vecircm num bando esmagador e bruto
Profunda calma aquieta a quieta calmaria
Imoacutevel eacute o silecircncio e soacute o silecircncio escuto
A uacutenica voz humana o uacutenico som ouvido
Eacute este nome em surdina e a medo proferido
Eacute este nome que encerra os meus mortos ideais
Sou eu quem o profere eu que o trago na mente
E um eco a repercutir repete-o vagamente
- Eleonora Eleonora Eacute isto e nada mais
VI
Entrei de novo em acircnsia e ardendo a estranho fogo
Senti que dentro de mim todo o meu ser ardia
Ouvi distintamente outra pancada e logo
De outra pancada o som mais claro percutia
A essa nova impressatildeo volto-me e monologo
Talvez cousa qualquer me bata aacute gelosia
Certamente que sim pois que ludiacutebrio e jogo
Do pavor de mim mesmo eu certo natildeo seria
157
Fujamos pois do medo ao tenebroso impeacuterio
Acircnimo coraccedilatildeo sondemos o misteacuterio
Se bem que a noite esteja uivando aos vendavais
E continuando fui Nada mais foi que o vento
Natildeo foi mais que o feroz natildeo foi mais que o violento
Sopro do furacatildeo Foi isso e nada mais
VII
Abro a janela e vejo entrar ruidosamente
Amplas asas batendo e ares de fidalguia
Um majestoso corvo altivo e irreverente
Como arauto feral da noite erma e bravia
Sem fazer o menor sinal de cortesia
Sem um gesto sequer de hesitaccedilatildeo prudente
Como entraria um nobre alta dama entraria
Entrou e se alojou despreocupadamente
Vagaroso e solene ar indolente e farto
Exatamente sobre a entrada de meu quarto
Seguro abrigo achou acima dos portais
Esta recordaccedilatildeo ateacute agora me enerva
Sobre um paacutelido busto antigo de Minerva
Riacutegido e senhorial postou-se e nada mais
VIII
A este paacutessaro audaz de eacutebano a cor das penas
Grave na compostura e na fisionomia
Que ao ceacuterebro me dava ideacuteias mais serenas
Que me acalmava o peito e a sorrir me induzia
Voltando-me disse eu Tu que te natildeo encenas
De altas cristas ou poupa agrave negra frontaria
Velho corvo feral que te mostras apenas
Certo natildeo eacutes vil nuacutencio da covardia
158
Corvo antigo viajor que das regiotildees da noite
Partiste a procurar um teto que te acoite
Dize-me tu quais satildeo teus tiacutetulos reais
Qual a paacutetria ante a qual teu orgulho se ufana
Quais as tuas regiotildees na noite plutoniana
E o corvo senhorial respondeu Nunca mais
IX
Ao perceber assim que a ave me compreendia
E que dava resposta a esta pergunta estranha
Que eu entre espanto e medo a medo lhe fazia
Senti de pasmo nalma um peso de montanha
Porque ainda quem tenha uma intuiccedilatildeo tamanha
Capaz de perceber o que outrem mal veria
Certo natildeo acharaacute neste deacutedalo um guia
Para o tirar do caos em que a alma se emaranha
Ningueacutem veraacute como eu a ave negra num busto
Sem que a mova o receio e sem que a mova o susto
Tranquumlila espreguiccedilando as asas triunfais
Ouvir a minha voz a lhe indagar o nome
E ante a curiosidade atroz que me consome
Dizer-me simplesmente a frase Nunca mais
X
A ave hedionda entretanto erma a encimar o busto
Sobre cuja brancura as asas distendia
Como se essa palavra o sentido mais justo
Tivesse e contivesse a suprema harmonia
Fosse do pensamento um invoacutelucro augusto
Cheio de precisatildeo e cheio de energia
Nada mais pronunciou nem ao menos a custo
Uma pluma moveu da plumagem macia
Eu que continha mal toda a minha saudade
159
Apenas murmurei Amigos de outra idade
Tive partiram certo assim tambeacutem te vais
Assim tambeacutem te iraacutes mal rompa em luz a aurora
Esperanccedilas que tive assim fostes embora
E o corvo repetiu a frase Nunca mais
XI
Todo o assombro em meu ser por tremor se anuncia
Ouvindo a ave augural sem o menor estorvo
Tal resposta me dar com tanta analogia
Que inda agora a lembraacute-la eco por eco a sorvo
Certo a frase aprendeu na triste companhia
De algum mestre infeliz cujo destino torvo
Da dor o escravisou da fera tirania
E a sabe assim de cor o foragido corvo
Tantas vezes a ouviu Tatildeo repetidamente
O seu mestre infeliz lha fez vibrar na mente
Que hoje a profere a rir como a profere em ais
De profundis cruel de uma morta esperanccedila
Tatildeo tristonhas canccedilotildees deixaram na lembranccedila
Do corvo este estribilho este soacute Nunca mais
XII
Como apesar de tudo a calma conseguia
Fazer-me dalma vir do laacutebio um riso agrave tona
Chegando-me ao portal do corvo hospedaria
Sentei-me e recostei-me a uma antiga poltrona
Frente agrave frente do corvo a alma jaacute me sorria
E toda entregue a mim como quem se abandona
Busco ansioso indagar que novas me traria
O fuacutenebre viajor que inda hoje me emociona
Procuro compreender qual o escondido gozo
Desse vil e sinistro arauto tenebroso
160
Que em dois termos resume os seus vis cabedais
Que os seus vis cabedais de ciecircncia e e de linguagem
Resume ao exibir-me a teacutetrica plumagem
Crocitando e grasnando a frase Nunca mais
XIII
Deixo-me apoacutes ficar com quem se extasia
Entre a alucinaccedilatildeo e a funda conjetura
Ante a luz da razatildeo e a neacutevoa da utopia
Sem nada a me apoiar a mente mal segura
Nada mais pronunciei nem um som se me ouvia
E como a um ferro em brasa a uma horriacutevel tortura
Da ave ao olhar hostil e agrave peacuterfida ironia
Nalma entrou-me o terror que as almas transfigura
Mas a um torpor de quem vagamente ressona
Recosto-me ao espaldar dessa velha poltrona
Que eu para ali trouxera em acircnsias infernais
E vejo a luz brilhar sobre o roxo veludo
Em que por tanta vez dEla o semblante mudo
Brilhou mas nunca mais brilharaacute Nunca mais
XIV
Sinto assim a envolver-me uma nuvem de incenso
Solta de um incensoacuterio oculto que pendia
Das invisiacuteveis matildeos de anjos que em coro extenso
Revoavam roccedilagando a ampla tapeccedilaria
Haurindo o ar aromado e de baacutelsamo denso
De mim para mim mesmo exclamo em gritaria
Infeliz Infeliz Um Deus piedoso e imenso
Pelos anjos te manda o repouso e a alegria
Do nepentes eacute o sumo Ei-lo bebe-o Ei-lo esquece
Ele eacute a seara do bem do esquecimento a messe
Nele ouviraacutes a voz dos gozos celestiais
161
Eacute o nepentes ideal que Deus te manda agora
Bebe-o Bebe-o olvidando a tua morta Eleonora
E o corvo crocitou de novo - Nunca mais
XV
Paacutessaro ou Satanaacutes ave de profecia
Sejas ave ou Satatilde sempre haacutes de ser profeta
Venhas do teu inferno ou da brava invernia
Que naacuteufrago te fez acalma esta alma inquieta
Jaacute que a noite exigiu no vocirco que te guia
Que caisses aqui onde a anguacutestia secreta
Onde o secreto horror tem teto ou moradia
Do pouco que disseste o sentido completa
Dize-me por quem eacutes se neste mundo triste
Existe algum repouso algum consolo existe
Para estes meus crueacuteis sofrimentos mortais
Existe esse mendaz baacutelsamo da Judeacuteia
Que da saudade a dor nos arranca da ideacuteia
E o corvo inda outra vez repetiu Nunca mais
XVI
Profeta ou Satanaacutes negro ser da desgraccedila
Profeta sempre atroz de negra profecia
Pelo azul deste ceacuteu que sobre noacutes se espaccedila
Pelo Deus todo luz que em ambos noacutes radia
Dize a esta alma sem luz e de duacutevidas baccedila
Baccedila de incertidatildeo e de melancolia
Ser-lhe-aacute dado abraccedilar o anjo que entre anjos passa
E de cujo esplendor hoje o ceacuteu se atavia
Ser-lhe-aacute dado abraccedilar a virgem pura e santa
Virgem casta e piedosa e que os anjos encanta
Com seus gestos de encanto e encantos virginais
Ser-lhe-aacute dado abraccedilar oh dize-o sem demora
162
A ruacutetila a radiosa a radiante Eleonora
E o corvo rouquejou roufenho Nunca mais
XVII
Que negra palavra enfim de negra profecia
Do teu regresso o iacutenicio ambicionado seja
Regressa ao reino teu agrave noite que te envia
Agrave noite plutoniana essa que em ti negreja
Volve Cala essa voz que me fere e angustia
Reentra no temporal volve agrave tua peleja
De laacute fora e natildeo fique uma soacute pluma esguia
Neste chatildeo de tua vil plumagem malfazeja
Natildeo quero que de ti uma reminiscecircncia
Fique nesta de dor sagrada residecircncia
Sobre a qual distendeste as asas funerais
Vai-te Deixa da deusa a face casta e branca
Arranca-me do seio as garras vis arranca
E o corvo crocitou de novo Nunca mais
XVIII
E o corvo permanece em perpeacutetua estadia
Sinistro a repousar do maacutermore agrave brancura
Quem o contempla assim pela verdade jura
Que algum sonho feroz seu aspecto anuncia
Eacute um democircmio a sonhar sonhos que o inferno cria
E que lhe enrijam mais a rija catadura
Tal o fulgor do olhar que os olhos lhe alumia
E com que a proacutepria sombra ele sondar procura
Essa sombra que a luz da lacircmpada suspensa
Faz refletir no chatildeo qual atra nuvem densa
No mesmo chatildeo negreja em linhas sepulcrais
E desse acircmbito negro esse acircmbito de sombra
Minha alma que da dor da saudade se assombra
Nunca mais sairaacute Nunca mais Nunca mais
Publicado no livro Uacuteltimas Rimas 1917
163
O CORVO
1812 Traduccedilatildeo Gondin Da Fonseca (1928)
Certa vez quando agrave meia- noite eu lia deacutebil extenuado
um livro antigo e singular sobre doutrinas do passado
meio dormindo - cabeceando - ouvi uns sons trecircmulos tais
como se leve bem de leve algueacutem batesse agrave minha porta
Eacute um visitante murmurei que bate leve agrave minha porta
Apenas isso e nada mais
Bem me recordo Era em dezembro Um frio atroz ventos cortantes
Morria a chama no fogatildeo pondo no chatildeo sombras errantes
Eu nos meus livros procurava - ansiando as horas matinais -
um meio (em vatildeo) de amortecer fundas saudades de Lenora
- bela adorada a quem no ceacuteu os querubins chamam Lenora
e aqui ningueacutem chamaraacute mais
E das cortinas cor de sangue um arfar soturno e brando e vago
causou-me horror nunca sentido - horror fantastico e pressago
Entatildeo fiquei (para acalmar o coraccedilatildeo de sustos tais)
a repetir Eacute algueacutem que bate algueacutem que bate agrave minha porta
Algum noturno visitante aqui batendo agrave minha porta
eacute isso eacute isso e nada mais
Fortalecido jaacute por fim brado jaacute perdendo a hesitaccedilatildeo
Senhor Senhora quem sejais Se demorei peccedilo perdatildeo
Eu dormitava fatigado e tatildeo baixinho me chamais
bateis tatildeo manso mansamente assim de noite agrave minha porta
que natildeo eacute faacutecil escutar Poreacutem soacute vejo abrindo a porta
a escuridatildeo e nada mais
Perquiro a treva longamente estarrecido amedrontado
sonhando sonhos que talvez nenhum mortal haja sonhado
Silecircncio fuacutenebre Ningueacutem De visitante nem sinais
Uma palavra apenas corta a noite plaacutecida - Lenora
Digo-a em segredo e num murmuacuterio o eco repete-me - Lenora
Isto somente - e nada mais
Para o meu quarto eu volto enfim sentindo nalma estranho ardor
e novamente ouccedilo bater bater com mais vigor
Vem da janela presumi estes rumores anormais
Mas eu depressa vou saber donde procede tal misteacuterio
164
Fica tranquumlilo coraccedilatildeo Perscruta calmo este misteacuterio
Eacute o vento o vento e nada mais
Eis de repente abro a janela e esvoaccedila entatildeo vindo de fora
um Corvo grande ave ancestral dos tempos biacuteblicos - doutrora
Sem cortesias sem parar batendo as asas noturnais
ele com ar de gratildeo-senhor foi sobre a porta do meu quarto
pousar num busto de Minerva - e sobre a porta do meu quarto
quedou sombrio e nada mais
Eu estava triste mas sorri vendo o meu hoacutespede noturno
tatildeo gravemente repousado hirto solene e taciturno
Sem crista embora - ponderei - embora anciatildeo dos teus iguais
natildeo eacutes medroso oacute Corvo hediondo oacute filho errante de Plutatildeo
Que nobre nome eacute acaso o teu no escuro impeacuterio de Plutatildeo
E o Corvo disse Nunca mais
Fiquei surpreso - pois que nunca imaginei fosse possiacutevel
ouvir de um Corvo tal resposta embora incerta incompreensiacutevel
e creio bem em tempo algum em noite alguma entes mortais
viram um paacutessaro adejar voando por cima de uma porta
e declarar (do alto de um busto erguido acima de uma porta)
que se chamava Nunca mais
Poreacutem o Corvo solitaacuterio essas palavras soacute murmura
como que nelas refletindo uma alma cheia de amargura
Depois concentra-se e nem move - inerte sobre os meus umbrais -
uma soacute pena Exclamo entatildeo Muitos amigos me fugiram
Tu fugiras pela manhatilde como os meus sonhos me fugiram
Responde o Corvo Oh Nunca mais
Pasmo ao varar o atroz silecircncio uma resposta assim tatildeo justa
e digo Certo ele soacute sabe essa expressatildeo com que me assusta
Ouviu-a acaso de algum dono a quem desgraccedilas infernais
hajam seguido e perseguido ateacute cair nesse estribilho
ateacute chorar as ilusotildees com esse luacutegubre estribilho
de - nunca mais oh nunca mais
De novo foram-se mudando as minhas maacutegoas num sorriso
Entatildeo rodei uma poltrona olhei o Corvo de improviso
e nos estofos mergulhei formando hipoacuteteses mentais
sobre as secretas intenccedilotildees que essa medonha ave agoureira
- rude sinistra repulsiva e macilenta ave agoureira -
165
tinha grasnando Nunca mais
Mil coisas vagas pressupus Natildeo lhe falava mas sentia
que me abrasava o coraccedilatildeo o duro olhar da ave sombria
E assim fiquei num devaneio em deduccedilotildees conjeturais
minha cabeccedila reclinando - agrave luz da lacircmpada fulgente
nessa almofada de veludo em que ela agora - agrave luz fulgente -
natildeo mais descansa - ah nunca mais
Suacutebitamente o ar se adensou qual se em meu quarto solitaacuterio
anjos pousassem balanccedilando um invisiacutevel incensaacuterio
Ente infeliz - eu exclamei - Deus apiedou-se dos teus ais
Calma-te calma-te e domina essas saudades de Lenora
Bebe o nepente benfazejo Olvida a imagem de Lenora
E o Corvo disse Nunca mais
Profeta - brado Anjo do mal Ave ou demonio irreverente
que a tepestade ou Satanaacutes aqui lanccedilou tragicamente
e que te vecircs soberbo nestes desertos areais
nesta mansatildeo de eterno horror Fala responde ao certo Fala
Exite baacutelsamo em Galaad Existe Fala oacute Corvo Fala
E o Corvo disse Nunca mais
Profeta - brado Anjo do mal Ave ou demonio irreverente
dize por Deus que estaacute nos ceacuteus dize eu to peccedilo humildemente
dize a esta pobre alma sem luz se laacute nos paacuteramos astrais
poderaacute ver um dia ainda a bela e cacircndida Lenora
amada minha a quem no ceacuteu os querubins chamam Lenora
E o Corvo disse Nunca mais
Seja essa frase o nosso adeus - grito de peacute com afliccedilatildeo
Vai-te Regressa agrave tempestade agrave noite escura de Plutatildeo
Natildeo deixes pluma que recorde essas palavras funerais
Mentiste Sai Deixa-me soacute Sai desse busto junto agrave porta
Natildeo rasgues mais meu coraccedilatildeo Piedade Sai de sobre a porta
E o Corvo disse Nunca mais
E natildeo saiu e natildeo saiu ainda agora se conserva
pousado traacutegico e fatal no busto branco de Minerva
Negro democircnio sonhador seus olhos satildeo como punhais
Por cima a luz jorrando espalha a sombra dele que flutua
E a alma infeliz que me tombou dentro da sombra que flutua
natildeo haacute de erguer-se Nunca mais
166
O CORVO
1813 Traduccedilatildeo Aureacutelio De Lacerda (1949)
Certa vez numa noite tempestuosa agrave meia-noite luacutegubre e
trevosa
Eu cabeceando exausto e sonolento estava a ler velhiacutessimos
anais
De um antigo saber hoje esquecido e cochilava guando ouvi
um ruiacutedo
Como de algueacutem que tivesse batido a medo leve agrave porta do
meu quarto
Um visitante mdash murmurei mdash decerto estaacute batendo agrave porta do
meu quarto
Deve ser isso e nada mais
Ah bem distintamente ainda me lembro Era no frio geacutelido
Dezembro
E o fogo na lareira se apagando enchia o chatildeo de sombras
espectrais
Que viesse a aurora ansioso eu desejava em vatildeo nos livros
meus a ler buscava
Algum consolo agrave maacutegoa em que me achava mdash a maacutegoa atroz
da perda de Lenora
A radiante e formosa criatura a quem hoje nos ceacuteus chamam
Lenora
E nome aqui natildeo teraacute mais
E o sedoso soturno sussurrar da purpuacuterea cortina a drapejar
Todo me arrepiava agrave alma trazendo uns pavores estranhos
anormais
Querendo entatildeo vencer meu vatildeo alarme ergui-me a repetir
para acalmar-me
Eacute soacute algueacutem que veio visitar-me e bate agora assim agrave minha
porta
Algum noturno visitante algueacutem que chegou tarde e bate agrave
minha porta
Eacute isto soacute mdash e nada mais
Minha alma assim se foi fortalecendo e pude entatildeo dizer natildeo
mais temendo
167
Senhor senhora quem sejais perdatildeo se agrave tempestade fora
me esperais
Tanto tempo depois de haver batido A verdade eacute que eu
estava adormecido
E mal podia mesmo ter ouvido esse bater tatildeo leve agrave minha
porta
Esse bater tatildeo leve tatildeo de manso mdash E abri entatildeo de par
em par a porta
A escuridatildeo mdash e nada mais
De peacute agrave porta o escuro a esquadrinhar longo tempo fiquei
triste a pensar
A temer a sonhar sonhando ali sonhos jamais sonhados por
mortais
Mas da noite o silecircncio persistiu nem coisa alguma entre as
trevas surgiu
E num leve sussurro soacute se ouviu uma palavra um nome e foi
mdash Lenora
Isto pensando nela eu sussurrara e um eco repetiu depois mdash
Lenora
Isto somente e nada mais
Entrando no meu quarto novamente a alma abrasada numa
chama ardente
Logo outra vez ouvi o tal bater em pancadas mais fortes mais
brutais
Foi na janela mdash exclamo mdash Eu bem dizia Isto eacute soacute o furor
da ventania
Que bate da janela agrave gelosia E jaacute vou desvendar esse
misteacuterio
Calma-te agora coraccedilatildeo sossega e deixa-me explorar esse
misteacuterio
Isto eacute o vento e nada mais
Abri entatildeo de suacutebito a janela E voando esvoaccedilando entrou
por ela
Um velho Corvo negro tenebroso ave augural dos tempos
ancestrais
Sem me saudar sequer e sem parar pelo quarto se pocircs a
esvoaccedilar
Ateacute que como um lord foi pousar orgulhoso num busto
alvo de Palas
168
Que havia sobre a porta do meu quarto e soberbo no busto
alvo de Palas
Pousou quedou-se mdash e nada mais
Mas sucedeu que olhando essa ave escura um sorriso distrai
minha amargura
Pois engraccedilado achei-lhe o porte altivo as soberbas maneiras
senhoriais
De crista nua embora mdash entatildeo murmuro mdash um covarde natildeo
eacutes eu o asseguro
Oacute velho bicho feio magro escuro escapado das praias de
Plutatildeo
Qual seraacute o teu nome senhoril laacute nas noturnas praias de
Plutatildeo
E o Corvo disse Nunca mais
Estranhei que ave estulta assim houvesse entendido a
pergunta e a respondesse
Embora fosse uma resposta estranha aquela proferida em
termos tais
Porque ningueacutem decerto suporia e acreditar nem mesmo eu
ousaria
Que algum mortal pudesse ver um dia um paacutessaro surgir agrave
sua porta
Um paacutessaro ou qualquer outro animal pousado sobre um
busto agrave sua porta
Tendo por nome Nunca mais
Mas o Corvo no busto onde pousara apoacutes aquilo pronto se
calara
Como se houvesse esvaziado a alma ao proferir tais palavras
fatais
Ficou soturno em plaacutecida postura e sem mover uma soacute pena
escura
Ateacute que eu murmurei com amargura Outros amigos
quantos jaacute se foram
Pela manhatilde este se iraacute tambeacutem como os meus sonhos todos
que se foram
E o Corvo disse Nunca mais
Rompe o silecircncio e dessa vez me assusta essa resposta mdash que
era clara e justa
169
Mas logo refleti Eacute natural Satildeo esses os seus termos
habituais
Sabe acaso soacute isso e o aprendeu de algum desventurado dono
seu
Que a sorte sempre ingrata ensandeceu e a quem restou
somente o estribilho
Com que fazia os tristes funerais das mortas esperanccedilas o
estribilho
De Nunca mais ai nunca mais
Mas como olhar o bicho distraiacutea aquela dor sem nome que eu
sentia
Logo girei uma poltrona e ali imerso em deduccedilotildees filosofais
Em frente a porta ao busto e ao Corvo mudo afundado no
plaacutecido veludo
Pus-me a fantasiar num vatildeo estudo a imaginar porque a ave
agoureira
Aquela feia negra repulsiva espectral e grotesca ave
agoureira
Grasnava sempre Nunca mais
E assim fiquei em sonhos a cismar sem nada mais contudo
acrescentar
A ave soturna cujos olhos crueacuteis fitos em mim varavam
quais punhais
E assim fiquei cismando meditando a cabeccedila em repouso
reclinando
Sobre o espaldar aveludado e brando iluminado pela luz da
lacircmpada
Esse espaldar em cuja macieza a cabeccedila querida agrave luz da
lacircmpada
Natildeo poraacute ela mdash nunca mais
Entatildeo o ar foi ficando mais denso ali no quarto qual se leve
incenso
Estivessem uns anjos esparzindo mdash e eu lhes ouvia os passos
celestiais
Desgraccedilado mdash exclamei mdash Deus apiedou-se Um
mensageiro Dele te trouxe
Esquecimento paz aliacutevio doce agrave dolorosa perda de Lenora
Bebe depressa o salutar nepente e esquece esquece a perda
de Lenora
E o Corvo disse Nunca mais
170
Profeta mdash entatildeo gritei mdash Ente do mal Profeta sejas duende
ou animal
Que acaso o Tentador mandou a mim ou que fugido vens dos
temporais
E assim chegaste aqui sozinho e ousado a este lar de tristezas
devastado
A este mundo de horrores assombrado mdash agora dize eu peccedilo
eu to suplico
Baacutelsamo se acha um dia em Galaad Acha se enfim Oh
dize eu to suplico
E o Corvo disse Nunca mais
Profeta mdash continuei mdash Ente do mal Profeta sejas duende
ou animal
Pelo Deus que adoramos eu e tu pelas sublimes plagas
celestiais
Dize a esta alma que vecircs sofrendo assim se ela no Eacuteden um
dia haacute de por fim
Abraccedilar novamente um querubim mdash aquela a quem nos ceacuteus
chamam Lenora
Se abraccedilaraacute a excelsa criatura a quem hoje nos ceacuteus chamam
Lenora
E o Corvo disse Nunca mais
Seja pois isso o teu adeus mdash bradei mdash Ave ou democircnio (e
entatildeo me levantei
Desvairado de dor) Retorna agora agrave tempestade e agraves praias
infernais
De ti uma soacute pena aqui natildeo reste atestando a mentira que
disseste
Fique eu soacute qual estava quando vieste Afasta-te arreda desse
busto
Tira teu bico que me fere o peito e sai daiacute de cima desse
busto
E o Corvo disso Nunca mais
E nunca mais se foi o Corvo horrendo Ali o vejo ali sempre o
estou vendo
Negro no busto branco onde pousou sem desse busto se
arredar jamaishellip
E arde um fogo cruel em seu olhar que lembra o de um
democircnio a meditar
171
E a branda luz da lacircmpada a oscilar potildee-lhe a sombra
bailando pelo chatildeo
E minha alma infeliz presa a esta sombra a esta sombra que
baila pelo chatildeo
Natildeo haacute de erguer-se mdash nunca mais
in Diaacuterio de Notiacutecias 30 de outubro de 1949 Adaptaccedilatildeo ortograacutefica Iba
Mendes no site O Poeteiro
172
PAROacuteDIA BRASILEIRA EM DOMIacuteNIO PUacuteBLICO
1814 O Gorvo Pru Raule Juoacute Bananeacutere (1924)
A NOTTE stava sombria
I tenia a ventania
Chi assuprava nu terrecircro
Come o folli du ferrecircro
Io estava cun brutto medoacute
Laacute dentro du migno saloacute
Quano a gianella si abri
I non simagine o chio vi
Un brutto gorvo chi entrocirc
I mesimo na gabeza mi assentocirc
I disposa di pensaacute un pochigno
Mi dissi di vagarigno
mdash Come vaacute socirc giurnaliste
Vucecirc apparece chi staacute triste
mdash Nos signore socirc dottore
Io stocirc cun medo do signore
mdash Non tegna medo Bananeacutere
Che io non socirc disordieacutere
mdash Poise intoacute desccedila di laacute
I vamos acunversaacute
Ma assiacute che illo descecirc
I pra gara delli io ogliecirc
O Raule ariconeciacute
I disse pra elli assiacute
mdash Boa noute Raule come vaacute
Intoacute vuce come staacute
Vendosi adiscobrido o rapaise
Abatecirc as aza avuocirc i disse nunga maise
in La Divina Increnca 2ordf ed Folco Masucci Brasil 1966
173
ldquoO CORVOrdquo
TRADUCcedilOtildeES PORTUGUESAS
174
O CORVO
19 (A gecircnese de um poema)
191 Traduccedilatildeo Meacutecia Mouzinho De Albuquerque (1889)
Uma vez agrave hora lugubre da meia-noite eu meditava fraco
fatigado quasi adormecido sobre muitos volumes
interessantes e valiosos de uma doutrina esquecida De
repente ouvi um ligeiro ruido como de alguem batendo ao
de leve agrave porta do meu quarto laquoEacute alguma visitaraquo murmurei
eu e nada mais
Estavamos em Dezembro lembro-me distinctamente As
achas meio queimadas desenhavam no solo o reflexo da sua
agonia
Eu desejava ardentemente a manhatilde Em vatildeo pedia aos
livros o e esquecimento das minhas maguas Pensava sempre
nella na minha Leonor perdida na mulher rara e
deslumbrante que os anjos chamam ainda Leonor e que os
homens natildeo chamam mais
O vago sussurro dos reposteiros ondulantes penetrava-me
de um terror phantastico e melancolico Para acalmar a
agitaccedilatildeo que me assustava levantei-me repetindo laquoEacute alguem
que bate agrave minha porta alguma visita tardia que solicita a
entrada do meu quarto sim eacute isso e nada maisraquo Entatildeo senti
o espirito um pouco fortalecido e sem hesitar mais tempo
mdash Senhor digo eu ou senhora tende a bondade de
perdoar-me Estava meio adormecido e bateste tatildeo
devagarinho que apenas tenho a consciencia de vos ter
ouvido
Assim dizendo abri a porta de par em par mas vi soacute
trevas e nada mais
E a prescrutal-as profundamente fiquei muito tempo cheio
de espanto de receio e de duvida fazendo sonhos que mortal
algum jaacutemais ousou sonhar mas nada perturbou o silencio e
a immobilidade das trevas senatildeo um nome proferido por
mim laquoLeonorraquo e o echo murmurando a seu turno laquoLeonorraquo
Soacute isto e nada mais
Tornando a entrar no quarto com a alma em fogo ouvi
um ruido algum tanto mais forte que o primeiro Ha por
forccedila alguma cousa de extraordinario nas taboinhas da minha
janella vamos vecircr o que eacute exploremos este mysterio
175
Provavelmente eacute o vento e nada mais
Abri entatildeo a janella e um corvo majestoso digno dos
antigos tempos entrou pelo quarto a dentro com um bater de
azas tumultuoso Sem me fazer uma simples cortezia
adeantou-se com a importancia de um lord ou de uma lady e
empoleirou-se num busto de Pallas colocado justamente por
cima da porta do meu quarto
A gravidade do seu aspecto e a severidade da sua
physionomia fizeram sorrir a minha triste imaginaccedilatildeo
mdash Embora tua cabeccedila disse-lhe-eu natildeo tenha pocircpa nem
cimeira natildeo eacutes por certo um passaro ordinario Dize-me qual
o teu nome senhorial nas costas da noite plutonica
O corvo disse
mdash Jaacutemais
Fiquei pasmado de vecircr aquelle desengraccedilado volatil
comprehender assim a palavra posto que a sua resposta natildeo
tivesse um grande senso nem respondesse de modo algum agrave
minha pergunta porque eacute prciso confessar que nunca foi
dado a um homem vivo vecircr por cima da porta de seu quarto
um passaro ou um bicho sobre um busto esculpido com
semelhante nome Jaacutemais
Mas o corvo solitariamente empoleirado no busto
placido natildeo proferiu senatildeo aquella palavra unica como se
nella toda a sua alma se espargisse Entatildeo murmurei em voz
baixa
mdash Todos os amigos me tecircm deixado amanhatilde tambem este
me fugiraacute assim como todos os outros me fugiram assim
como voaram as minhas ridentes esperanccedilas
E o passaro tornou a dizer
mdash Jaacutemais
Ao ouvir aquella resposta tanto a proposito estremeci
mdash Provavelmente disse eu commigo mesmo natildeo sabe
senatildeo esta palavra Isto elle apprendeu com algum mestre
infortunado a quem a impia desgraccedila perseguiu sem treguas
e cujos cantares acabaram por natildeo ter senatildeo aquelle
melancolico estribilho especie de De profundis de todas as
suas esperanccedilas
mdash Jaacutemais
Mas o corvo induzindo ainda a minha alma triste a sorrir
puxei a cadeira para defronte delle do busto e da porta e
comecei a ligar ideacuteia com ideacuteia procurando adivinhar o que
aquella ave agoureira de outros tempos o que aquelle triste
desengraccedilado sinistro magro e agoureiro passaro de outros
176
tempos queria significar com o seu Jaacutemais
Assim me detive um tempo sonhando meditando poreacutem
sem dirigir mais a palavra ao passaro cujo olhar ardente me
abrazava ateacute ao intimo do coraccedilatildeo Eu procurava adivinhar o
estribilho do corvo e muitas cousas mais com a cabeccedila
encostada ao estofo da cadeira esse estofo macio de velludo
violeta onde a cabeccedila della se recostava outrora onde natildeo
se recostaraacute jaacutemais
Entatildeo pareceu-me que o ar se tornava mais espesso
perfumado por um thuribulo invisivel balouccedilado por
seraphins cujos passos deslisaram pelo tapete do quarto
mdash Desgraccedilado exclamei eu Deus pelos seus anjos
manda-te treguas e nepenthes contra as saudades de Leonor
Bebe oh bebe este bom nepenthes e esquece Leonor perdida
para sempre
E o corvo tornou a dizer
mdash Jaacutemais
mdash Propheta disse eu de desgraccedila passaro ou demonio
comtudo propheta quer sejas um mensageiro do Tentador ou
um simples naufrago lanccedilado pela tempestade a esta terra
deserta e enfeiticcedilada a este lar de miseria e de horror dize-
me sinceramente mdash supplico-to mdash eacute verdade que existe um
balsamo da Judeacutea oh dize-mo dize-mo por piedade
O corvo respondeu
mdash Jaacutemais
mdash Propheta continuei eu ser de desgraccedila passaro ou
demonio comtudo propheta Pelo ceacuteo que nos cobre pelo
Deus que ambos adoramos dize-me se esta alma esmagada
pela docircr poderaacute um dia no paraiso longinquo abraccedilar uma
donzella santa preciosa e deslumbrante a quem os anjos
chamam Leonor
O corvo disse
mdash Jaacutemais
mdash Sejam as tuas palavras o signal da nossa separaccedilatildeo
passaro ou demonio exclamei eu pondo-me em peacute Volta agrave
tempestade e agraves costas da noite plutonica Natildeo deixes aqui
nem uma soacute das tuas pennas negras em memoria da mentira
que acabas de proferir Natildeo violes por mais tempo a minha
solidatildeo Tira-te da minha porta arranca o teu bico do meu
coraccedilatildeo e precipita o teu espectro para bem longe deste
quarto
mdash Jaacutemais
E immutavel continuacutea sempre empoleirado no palido
177
busto de Pallas por cima da porta do meu quarto Os seus
olhos com um brilho demoniaco parecem pensativos a luz
da minha lampada projecta a sua sombra sobre o solo e aleacutem
do circulo desta sombra que jaz fluctuante sobre o solo a
minha alma natildeo poderaacute elevar-se jaacutemais
Originalmente publicado por Companhia Nacional Editora Lisboa
Portugal
E na ediccedilatildeo brasileira Novellas Extraordinarias editora H Garnier em
1903 sem creacutedito de autoria da traduccedilatildeo
Apud Denise Bottmann natildeo gosto de plaacutegio Independentemente de debate
sobre a efetiva autoria o fato eacute que de todo modo o estaacute jaacute eacute de domiacutenio
puacuteblico com base numa ou noutra data de publicaccedilatildeo Cf informaccedilotildees disponiacuteveis no site de Elson Froacutees
178
O Corvo
192 Traduccedilatildeo Fernando Pessoa (1924)
Numa meia-noite agreste quando eu lia lento e triste
Vagos curiosos tomos de ciecircncias ancestrais
E jaacute quase adormecia ouvi o que parecia
O som de algueacutem que batia levemente a meus umbrais
Uma visita eu me disse estaacute batendo a meus umbrais
Eacute soacute isto e nada mais
Ah que bem disso me lembro Era no frio dezembro
E o fogo morrendo negro urdia sombras desiguais
Como eu quria a madrugada toda a noite aos livros dada
Pra esquecer (em vatildeo) a amada hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais
Mas sem nome aqui jamais
Como a tremer frio e frouxo cada reposteiro roxo
Me incutia urdia estranhos terrores nunca antes tais
Mas a mim mesmo infundido forccedila eu ia repetindo
Eacute uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais
Eacute soacute isto e nada mais
E mais forte num instante jaacute nem tardo ou hesitante
Senhor eu disse ou senhora decerto me desculpais
Mas eu ia adormecendo quando viestes batendo
Tatildeo levemente batendo batendo por meus umbrais
Que mal ouvi E abri largos franqueando-os meus umbrais
Noite noite e nada mais
A treva enorme fitando fiquei perdido receando
Duacutebio e tais sonhos sonhando que os ningueacutem sonhou iguais
Mas a noite era infinita a paz profunda e maldita
E a uacutenica palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse o nome dela e o eco disse aos meus ais
Isso soacute e nada mais
Para dentro entatildeo volvendo toda a alma em mim ardendo
Natildeo tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais
Por certo disse eu aquela bulha eacute na minha janela
179
Vamos ver o que estaacute nela e o que satildeo estes sinais
Meu coraccedilatildeo se distraiacutea pesquisando estes sinais
Eacute o vento e nada mais
Abri entatildeo a vidraccedila e eis que com muita negaccedila
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais
Natildeo fez nenhum cumprimento natildeo parou nem um momento
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais
Num alvo busto de Atena que haacute por sobre meus umbrais
Foi pousou e nada mais
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais
Tens o aspecto tosquiado disse eu mas de nobre e ousado
Oacute velho corvo emigrado laacute das trevas infernais
Dize-me qual o teu nome laacute nas trevas infernais
Disse o corvo Nunca mais
Pasmei de ouvir este raro paacutessaro falar tatildeo claro
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais
Mas deve ser concedido que ningueacutem teraacute havido
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais
Ave ou bicho sobre o busto que haacute por sobre seus umbrais
Com o nome Nunca mais
Mas o corvo sobre o busto nada mais dissera augusto
Que essa frase qual se nela a alma lhe ficasse em ais
Nem mais voz nem movimento fez e eu em meu pensamento
Perdido murmurei lento Amigos sonhos - mortais
Todos - todos jaacute se foram Amanhatilde tambeacutem te vais
Disse o corvo Nunca mais
A alma suacutebito movida por frase tatildeo bem cabida
Por certo disse eu satildeo estas vozes usuais
Aprendeu-as de algum dono que a desgraccedila e o abandono
Seguiram ateacute que o entono da alma se quebrou em ais
E o bordatildeo de desespranccedila de seu canto cheio de ais
Era este Nunca mais
Mas fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura
Sentei-me defronte dela do alvo busto e meus umbrais
E enterrado na cadeira pensei de muita maneira
Que quria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais
180
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais
Com aquele Nunca mais
Comigo isto discorrendo mas nem siacutelaba dizendo
Agrave ave que na minha alma cravava os olhos fatais
Isto e mais ia cismando a cabeccedila reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais
Naquele veludo onde ela entre as sombras desiguais
Reclinar-se-aacute nunca mais
Fez-se entatildeo o ar mais denso como cheio dum incenso
Que anjos dessem cujos leves passos soam musicais
Maldito a mim disse deu-te Deus por anjos concedeu-te
O esquecimento valeu-te Toma-o esquece com teus ais
O nome da que natildeo esqueces e que faz esses teus ais
Disse o corvo Nunca mais
Profeta disse eu profeta - ou democircnio ou ave preta
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais
A este luto e este degredo a esta noite e este segredo
A esta casa de acircnsia e medo dize a esta alma a quem atrais
Se haacute um baacutelsamo longiacutenquo para esta alma a quem atrais
Disse o corvo Nunca mais
Profeta disse eu profeta - ou democircnio ou ave preta
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais
Dize a esta alma entristecida se no Eacuteden de outra vida
Veraacute essa hoje perdida entre hostes celestiais
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais
Disse o corvo Nunca mais
Que esse grito nos aparte ave ou diabo eu disse Parte
Torna agrave noite e agrave tempestade Torna agraves trevas infernais
Natildeo deixes pena que ateste a mentira que disseste
Minha solidatildeo me reste Tira-te de meus umbrais
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais
Disse o corvo Nunca mais
E o corvo na noite infinda estaacute ainda estaacute ainda
No alvo busto de Atena que haacute por sobre os meus umbrais
Seu olhar tem a medonha cor de um democircnio que sonha
E a luz lanccedila-lhe a tristonha sombra no chatildeo haacute mais e mais
181
E a minhalma dessa sombra que no chatildeo haacute mais e mais
Libertar-se-aacute nunca mais Cf Disponiacutevel em
httpsptmwikisourceorgwikiO_Corvo_28traduC3A7C3A3o_de_Fernando_Pessoa29
Acesso em 12 set 2017
182
ldquoLE CORBEAUrdquo
TRADUCcedilOtildeES FRANCESAS
183
20 La Genegravese drsquoun Poeumlme
POE Edgar Allan Traduction par Charles Baudelaire Histoires grotesques et
seacuterieuses Michel Leacutevy fregraveres 1871 (p 334-371)
La poeacutetique est faite nous disait-on et modeleacutee drsquoapregraves les poeumlmes
Voici un poeumlte qui preacutetend que son poeumlme a eacuteteacute composeacute drsquoapregraves sa
poeacutetique Il avait certes un grand geacutenie et plus drsquoinspiration que qui que ce
soit si par inspiration on entend lrsquoeacutenergie lrsquoenthousiasme intellectuel et
la faculteacute de tenir ses faculteacutes en eacuteveil Mais il aimait aussi le travail plus
qursquoaucun autre il reacutepeacutetait volontiers lui un original acheveacute que
lrsquooriginaliteacute est chose drsquoapprentissage ce qui ne veut pas dire une chose
qui peut ecirctre transmise par lrsquoenseignement Le hasard et
lrsquoincompreacutehensible eacutetaient ses deux grands ennemis Srsquoest-il fait par une
vaniteacute eacutetrange et amusante beaucoup moins inspireacute qursquoil ne lrsquoeacutetait
naturellement A-t-il diminueacute la faculteacute gratuite qui eacutetait en lui pour faire
la part plus belle agrave la volonteacute Je serais assez porteacute agrave le croire quoique
cependant il faille ne pas oublier que son geacutenie si ardent et si agile qursquoil
fucirct eacutetait passionneacutement eacutepris drsquoanalyse de combinaisons et de calculs Un
de ses axiomes favoris eacutetait encore celui-ci laquo Tout dans un poeumlme comme
dans un roman dans un sonnet comme dans une nouvelle doit concourir
au deacutenoucircment Un bon auteur a deacutejagrave sa derniegravere ligne en vue quand il eacutecrit
la premiegravere raquo Gracircce agrave cette admirable meacutethode le compositeur peut
commencer son œuvre par la fin et travailler quand il lui plaicirct agrave
nrsquoimporte quelle partie Les amateurs du deacutelire seront peut-ecirctre reacutevolteacutes
par ces cyniques maximes mais chacun en peut prendre ce qursquoil voudra Il
sera toujours utile de leur montrer quels beacuteneacutefices lrsquoart peut tirer de la
deacutelibeacuteration et de faire voir aux gens du monde quel labeur exige cet objet
de luxe qursquoon nomme Poeacutesie
Apregraves tout un peu de charlatanerie est toujours permis au geacutenie et mecircme
ne lui messied pas Crsquoest comme le fard sur les pommettes drsquoune femme
naturellement belle un assaisonnement nouveau pour lrsquoesprit
Poeumlme singulier entre tous Il roule sur un mot mysteacuterieux et
profond terrible comme lrsquoinfini que des milliers de bouches crispeacutees ont
reacutepeacuteteacute depuis le commencement des acircges et que par une triviale habitude
de deacutesespoir plus drsquoun recircveur a eacutecrit sur le coin de sa table pour essayer sa
plume Jamais plus De cette ideacutee lrsquoimmensiteacute feacutecondeacutee par la
destruction est remplie du haut en bas et lrsquoHumaniteacute non abrutie accepte
volontiers lrsquoEnfer pour eacutechapper au deacutesespoir irreacutemeacutediable contenu dans
cette parole
Dans le moulage de la prose appliqueacute agrave la poeacutesie il y a neacutecessairement
une affreuse imperfection mais le mal serait encore plus grand dans une
singerie rimeacutee Le lecteur comprendra qursquoil mrsquoest impossible de lui donner
une ideacutee exacte de la sonoriteacute profonde et lugubre de la puissante
184
monotonie de ces vers dont les rimes larges et tripleacutees sonnent comme un
glas de meacutelancolie Crsquoest bien lagrave le poeumlme de lrsquoinsomnie du deacutesespoir
rien nrsquoy manque ni la fiegravevre des ideacutees ni la violence des couleurs ni le
raisonnement maladif ni la terreur radoteuse ni mecircme cette gaieteacute bizarre
de la douleur qui la rend plus terrible Eacutecoutez chanter dans votre meacutemoire
les strophes les plus plaintives de Lamartine les rhythmes les plus
magnifiques et les plus compliqueacutes de Victor Hugo mecirclez-y le souvenir
des tercets les plus subtils et les plus compreacutehensifs de Theacuteophile Gautier
mdash de Teacutenegravebres par exemple ce chapelet de redoutables concetti sur la
mort et le neacuteant ougrave la rime tripleacutee srsquoadapte si bien agrave la meacutelancolie
obseacutedante mdash et vous obtiendrez peut-ecirctre une ideacutee approximative des
talents de Poe en tant que versificateur je dis en tant que versificateur
car il est superflu je pense de parler de son imagination
Mais jrsquoentends le lecteur qui murmure comme Alceste laquo Nous verrons
bien raquo mdash Voici donc le poeumlme[1]
201 Le Corbeau
laquo Une fois sur le minuit lugubre pendant que je meacuteditais faible et fatigueacute
sur maint preacutecieux et curieux volume drsquoune doctrine oublieacutee pendant que
je donnais de la tecircte presque assoupi soudain il se fit un tapotement
comme de quelqursquoun frappant doucement frappant agrave la porte de ma
chambre laquo Crsquoest quelque visiteur mdash murmurai-je mdash qui frappe agrave la porte
de ma chambre ce nrsquoest que cela et rien de plus raquo
Ah distinctement je me souviens que crsquoeacutetait dans le glacial deacutecembre et
chaque tison brodait agrave son tour le plancher du reflet de son agonie
Ardemment je deacutesirais le matin en vain mrsquoeacutetais-je efforceacute de tirer de mes
livres un sursis agrave ma tristesse ma tristesse pour ma Leacutenore perdue pour la
preacutecieuse et rayonnante fille que les anges nomment Leacutenore mdash et qursquoici on
ne nommera jamais plus
Et le soyeux triste et vague bruissement des rideaux pourpreacutes me peacuteneacutetrait
me remplissait de terreurs fantastiques inconnues pour moi jusqursquoagrave ce
jour si bien qursquoenfin pour apaiser le battement de mon cœur je me
dressai reacutepeacutetant laquo Crsquoest quelque visiteur qui sollicite lrsquoentreacutee agrave la porte
de ma chambre quelque visiteur attardeacute sollicitant lrsquoentreacutee agrave la porte de
ma chambre mdash crsquoest cela mecircme et rien de plus raquo
Mon acircme en ce moment se sentit plus forte rsquoheacutesitant donc pas plus
longtemps laquo Monsieur mdash dis-je mdash ou madame en veacuteriteacute jrsquoimplore votre
185
pardon mais le fait est que je sommeillais et vous ecirctes venu frapper si
doucement si faiblement vous ecirctes venu taper agrave la porte de ma chambre
qursquoagrave peine eacutetais-je certain de vous avoir entendu raquo Et alors jrsquoouvris la
porte toute grande mdash les teacutenegravebres et rien de plus
Scrutant profondeacutement ces teacutenegravebres je me tins longtemps plein
drsquoeacutetonnement de crainte de doute recircvant des recircves qursquoaucun mortel nrsquoa
jamais oseacute recircver mais le silence ne fut pas troubleacute et lrsquoimmobiliteacute ne
donna aucun signe et le seul mot profeacutereacute fut un nom chuchoteacute
laquo Leacutenore raquo mdash Crsquoeacutetait moi qui le chuchotais et un eacutecho agrave son tour
murmura ce mot laquo Leacutenore raquo mdash Purement cela et rien de plus
Rentrant dans ma chambre et sentant en moi toute mon acircme incendieacutee
jrsquoentendis bientocirct un coup un peu plus fort que le premier laquo Sucircrement mdash
dis-je mdash sucircrement il y a quelque chose aux jalousies de ma fenecirctre
voyons donc ce que crsquoest et explorons ce mystegravere Laissons mon cœur se
calmer un instant et explorons ce mystegravere mdash crsquoest le vent et rien de
plus raquo
Je poussai alors le volet et avec un tumultueux battement drsquoailes entra un
majestueux corbeau digne des anciens jours Il ne fit pas la moindre
reacuteveacuterence il ne srsquoarrecircta pas il nrsquoheacutesita pas une minute mais avec la
mine drsquoun lord ou drsquoune lady il se percha au-dessus de la porte de ma
chambre il se percha sur un buste de Pallas juste au-dessus de la porte de
ma chambre mdash il se percha srsquoinstalla et rien de plus
Alors cet oiseau drsquoeacutebegravene par la graviteacute de son maintien et la seacuteveacuteriteacute de sa
physionomie induisant ma triste imagination agrave sourire laquo Bien que ta tecircte
mdash lui dis-je mdash soit sans huppe et sans cimier tu nrsquoes certes pas un
poltron lugubre et ancien corbeau voyageur parti des rivages de la nuit
Dis-moi quel est ton nom seigneurial aux rivages de la Nuit plutonienne raquo
Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
Je fus eacutemerveilleacute que ce disgracieux volatile entendicirct si facilement la
parole bien que sa reacuteponse nrsquoeucirct pas un bien grand sens et ne me fucirct pas
drsquoun grand secours car nous devons convenir que jamais il ne fut donneacute agrave
un homme vivant de voir un oiseau au-dessus de la porte de sa chambre un
oiseau ou une becircte sur un buste sculpteacute au-dessus de la porte de sa
chambre se nommant drsquoun nom tel que Jamais plus
Mais le corbeau percheacute solitairement sur le buste placide ne profeacutera que
ce mot unique comme si dans ce mot unique il reacutepandait toute son acircme Il
ne prononccedila rien de plus il ne remua pas une plume mdash jusqursquoagrave ce que je
186
me prisse agrave murmurer faiblement laquo Drsquoautres amis se sont deacutejagrave envoleacutes
loin de moi vers le matin lui aussi il me quittera comme mes anciennes
espeacuterances deacutejagrave envoleacutees raquo Lrsquooiseau dit alors laquo Jamais plus raquo
Tressaillant au bruit de cette reacuteponse jeteacutee avec tant drsquoagrave-propos laquo Sans
doute mdash dis-je mdash ce qursquoil prononce est tout son bagage de savoir qursquoil a
pris chez quelque maicirctre infortuneacute que le Malheur impitoyable a poursuivi
ardemment sans reacutepit jusqursquoagrave ce que ses chansons nrsquoeussent plus qursquoun
seul refrain jusqursquoagrave ce que le De profundis de son Espeacuterance eucirct pris ce
meacutelancolique refrain Jamais jamais plus
Mais le corbeau induisant encore toute ma triste acircme agrave sourire je roulai
tout de suite un siegravege agrave coussins en face de lrsquooiseau et du buste et de la
porte alors mrsquoenfonccedilant dans le velours je mrsquoappliquai agrave enchaicircner les
ideacutees aux ideacutees cherchant ce que cet augural oiseau des anciens jours ce
que ce triste disgracieux sinistre maigre et augural oiseau des anciens
jours voulait faire entendre en croassant son Jamais plus
Je me tenais ainsi recircvant conjecturant mais nrsquoadressant plus une syllabe
agrave lrsquooiseau dont les yeux ardents me brucirclaient maintenant jusqursquoau fond du
cœur je cherchais agrave deviner cela et plus encore ma tecircte reposant agrave lrsquoaise
sur le velours du coussin que caressait la lumiegravere de la lampe ce velours
violet caresseacute par la lumiegravere de la lampe que sa tecircte agrave Elle ne pressera
plus mdash ah jamais plus
Alors il me sembla que lrsquoair srsquoeacutepaississait parfumeacute par un encensoir
invisible que balanccedilaient des seacuteraphins dont les pas frocirclaient le tapis de la
chambre laquo Infortuneacute mdash mrsquoeacutecriai-je mdash ton Dieu trsquoa donneacute par ses anges
il trsquoa envoyeacute du reacutepit du reacutepit et du neacutepenthegraves dans tes ressouvenirs de
Leacutenore Bois oh bois ce bon neacutepenthegraves et oublie cette Leacutenore perdue raquo
Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Prophegravete mdash dis-je mdash ecirctre de malheur oiseau ou deacutemon mais toujours
prophegravete que tu sois un envoyeacute du Tentateur ou que la tempecircte trsquoait
simplement eacutechoueacute naufrageacute mais encore intreacutepide sur cette terre
deacuteserte ensorceleacutee dans ce logis par lrsquoHorreur hanteacute mdash dis-moi
sincegraverement je trsquoen supplie existe-t-il existe-t-il ici un baume de Judeacutee
Dis dis je trsquoen supplie raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Prophegravete mdash dis-je mdash ecirctre de malheur oiseau ou deacutemon toujours
prophegravete par ce Ciel tendu sur nos tecirctes par ce Dieu que tous deux nous
adorons dis agrave cette acircme chargeacutee de douleur si dans le Paradis lointain
elle pourra embrasser une fille sainte que les anges nomment Leacutenore
187
embrasser une preacutecieuse et rayonnante fille que les anges nomment
Leacutenore raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Que cette parole soit le signal de notre seacuteparation oiseau ou deacutemon mdash
hurlai-je en me redressant mdash Rentre dans la tempecircte retourne au rivage
de la Nuit plutonienne ne laisse pas ici une seule plume noire comme
souvenir du mensonge que ton acircme a profeacutereacute laisse ma solitude invioleacutee
quitte ce buste au-dessus de ma porte arrache ton bec de mon cœur et
preacutecipite ton spectre loin de ma porte raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
Et le corbeau immuable est toujours installeacute toujours installeacute sur le buste
pacircle de Pallas juste au-dessus de la porte de ma chambre et ses yeux ont
toute la semblance des yeux drsquoun deacutemon qui recircve et la lumiegravere de la
lampe en ruisselant sur lui projette son ombre sur le plancher et mon
acircme hors du cercle de cette ombre qui gicirct flottante sur le plancher ne
pourra plus srsquoeacutelever mdash jamais plus
Maintenant voyons la coulisse lrsquoatelier le laboratoire le meacutecanisme
inteacuterieur selon qursquoil vous plaira de qualifier la Meacutethode de composition[2]
202 Meacutethode de Composition par Baudelaire
Charles Dickens dans une note que jrsquoai actuellement sous les yeux
parlant drsquoune analyse que jrsquoavais faite du meacutecanisme de Barnaby Rudge
dit laquo Savez-vous soit dit en passant que Godwin a eacutecrit son Caleb
Williams agrave rebours Il a commenceacute par envelopper son heacuteros dans un
tissu de difficulteacutes qui forment la matiegravere du deuxiegraveme volume et ensuite
pour composer le premier il srsquoest mis agrave recircver aux moyens de leacutegitimer tout
ce qursquoil avait fait raquo
Il mrsquoest impossible de croire que tel a eacuteteacute preacuteciseacutement le mode de
composition de odwin et drsquoailleurs ce qursquoil en avoue lui-mecircme nrsquoest pas
absolument conforme agrave lrsquoideacutee de M Dickens mais lrsquoauteur de Caleb
Williams eacutetait un trop parfait artiste pour ne pas apercevoir le beacuteneacutefice
qursquoon peut tirer de quelque proceacutedeacute de ce genre Srsquoil est une chose
eacutevidente crsquoest qursquoun plan quelconque digne du nom de plan doit avoir eacuteteacute
soigneusement eacutelaboreacute en vue du deacutenoucircment avant que la plume attaque le
papier Ce nrsquoest qursquoen ayant sans cesse la penseacutee du deacutenoucircment devant les
yeux que nous pouvons donner agrave un plan son indispensable physionomie de
logique et de causaliteacute mdash en faisant que tous les incidents et
particuliegraverement le ton geacuteneacuteral tendent vers le deacuteveloppement de
lrsquointention
188
Il y a je crois une erreur radicale dans la meacutethode geacuteneacuteralement
usiteacutee pour construire un conte Tantocirct lrsquohistoire nous fournit une thegravese
tantocirct lrsquoeacutecrivain se trouve inspireacute par un incident contemporain ou bien
mettant les choses au mieux il srsquoingeacutenie agrave combiner des eacuteveacutenements
surprenants qui doivent former simplement la base de son reacutecit se
promettant geacuteneacuteralement drsquointroduire les descriptions le dialogue ou son
commentaire personnel partout ougrave une crevasse dans le tissu de lrsquoaction
lui en fournit lrsquoopportuniteacute
Pour moi la premiegravere de toutes les consideacuterations crsquoest celle drsquoun
effet agrave produire Ayant toujours en vue lrsquooriginaliteacute (car il est traicirctre envers
lui-mecircme celui qui risque de se passer drsquoun moyen drsquointeacuterecirct aussi eacutevident
et aussi facile) je me dis avant tout parmi les innombrables effets ou
impressions que le cœur lrsquointelligence ou pour parler plus geacuteneacuteralement
lrsquoacircme est susceptible de recevoir quel est lrsquounique effet que je dois choisir
dans le cas preacutesent Ayant donc fait choix drsquoun sujet de roman et ensuite
drsquoun vigoureux effet agrave produire je cherche srsquoil vaut mieux le mettre en
lumiegravere par les incidents ou par le ton mdash ou par des incidents vulgaires et
un ton particulier mdash ou par des incidents singuliers et un ton ordinaire mdash
ou par une eacutegale singulariteacute de ton et drsquoincidents mdash et puis je cherche
autour de moi ou plutocirct en moi-mecircme les combinaisons drsquoeacuteveacutenements ou
de tons qui peuvent ecirctre les plus propres agrave creacuteer lrsquoeffet en question
Bien souvent jrsquoai penseacute combien serait inteacuteressant un article eacutecrit par un
auteur qui voudrait crsquoest-agrave-dire qui pourrait raconter pas agrave pas la
marche progressive qursquoa suivie une quelconque de ses compositions pour
arriver au terme deacutefinitif de son accomplissement Pourquoi un pareil
travail nrsquoa-t-il jamais eacuteteacute livreacute au public il me serait difficile de
lrsquoexpliquer mais peut-ecirctre la vaniteacute des auteurs a-t-elle eacuteteacute pour cette
lacune litteacuteraire plus puissante qursquoaucune autre cause Beaucoup
drsquoeacutecrivains particuliegraverement les poeumltes aiment mieux laisser entendre
qursquoils composent gracircce agrave une espegravece de freacuteneacutesie subtile ou drsquointuition
extatique et ils auraient positivement le frisson srsquoil leur fallait autoriser le
public agrave jeter un coup drsquoœil derriegravere la scegravene et agrave contempler les laborieux
et indeacutecis embryons de penseacutee la vraie deacutecision prise au dernier moment
lrsquoideacutee si souvent entrevue comme dans un eacuteclair et refusant si longtemps de
se laisser voir en pleine lumiegravere la penseacutee pleinement mucircrie et rejeteacutee de
deacutesespoir comme eacutetant drsquoune nature intraitable le choix prudent et les
rebuts les douloureuses ratures et les interpolations mdash en un mot les
rouages et les chaicircnes les trucs pour les changements de deacutecor les
eacutechelles et les trappes mdash les plumes de coq le rouge les mouches et tout
le maquillage qui dans quatre-vingt-dix-neuf cas sur cent constituent
lrsquoapanage et le naturel de lrsquohistrion litteacuteraire
Je sais drsquoautre part que le cas nrsquoest pas commun ougrave un auteur se
trouve dans une bonne condition pour reprendre le chemin par lequel il est
189
arriveacute agrave son deacutenoucircment En geacuteneacuteral les ideacutees ayant surgi pecircle-mecircle ont
eacuteteacute poursuivies et oublieacutees de la mecircme maniegravere
Pour ma part je ne partage pas la reacutepugnance dont je parlais tout agrave
lrsquoheure et je ne trouve pas la moindre difficulteacute agrave me rappeler la marche
progressive de toutes mes compositions et puisque lrsquointeacuterecirct drsquoune telle
analyse ou reconstruction que jrsquoai consideacutereacutee comme un desideratum en
litteacuterature est tout agrave fait indeacutependant de tout inteacuterecirct reacuteel supposeacute dans la
chose analyseacutee on ne mrsquoaccusera pas de manquer aux convenances si je
deacutevoile le modus operandi gracircce auquel jrsquoai pu construire lrsquoun de mes
propres ouvrages Je choisis le Corbeau comme tregraves-geacuteneacuteralement connu
Mon dessein est de deacutemontrer qursquoaucun point de la composition ne peut
ecirctre attribueacute au hasard ou agrave lrsquointuition et que lrsquoouvrage a marcheacute pas agrave
pas vers sa solution avec la preacutecision et la rigoureuse logique drsquoun
problegraveme matheacutematique
Laissons de cocircteacute comme ne relevant pas directement de la question
poeacutetique la circonstance ou si vous voulez la neacutecessiteacute drsquoougrave est neacutee
lrsquointention de composer un poeumlme qui satisficirct agrave la fois le goucirct populaire et
le goucirct critique
Crsquoest donc agrave partir de cette intention que commence mon analyse La
consideacuteration primordiale fut celle de la dimension Si un ouvrage
litteacuteraire est trop long pour se laisser lire en une seule seacuteance il faut nous
reacutesigner agrave nous priver de lrsquoeffet prodigieusement important qui reacutesulte de
lrsquouniteacute drsquoimpression car si deux seacuteances sont neacutecessaires les affaires du
monde srsquointerposent et tout ce que nous appelons lrsquoensemble totaliteacute se
trouve deacutetruit du coup Mais puisque caeligteris paribus aucun poeumlte ne peut
se priver de tout ce qui concourra agrave servir son dessein il ne reste plus qursquoagrave
examiner si dans lrsquoeacutetendue nous trouverons un avantage quelconque
compensant cette perte de lrsquouniteacute qui en reacutesulte Et tout drsquoabord je dis
on Ce que nous appelons un long poeumlme nrsquoest en reacutealiteacute qursquoune
succession de poeumlmes courts crsquoest-agrave-dire drsquoeffets poeacutetiques brefs Il est
inutile de dire qursquoun poeumlme nrsquoest un poeumlme qursquoen tant qursquoil eacutelegraveve lrsquoacircme et
lui procure une excitation intense et par une neacutecessiteacute psychique toutes
les excitations intenses sont de courte dureacutee Crsquoest pourquoi la moitieacute au
moins du Paradis perdu nrsquoest que pure prose nrsquoest qursquoune seacuterie
drsquoexcitations poeacutetiques parsemeacutees ineacutevitablement de deacutepressions
correspondantes tout lrsquoouvrage eacutetant priveacute agrave cause de son excessive
longueur de cet eacuteleacutement artistique si singuliegraverement important totaliteacute ou
uniteacute drsquoeffet
Il est donc eacutevident qursquoil y a en ce qui concerne la dimension une limite
positive pour tous les ouvrages litteacuteraires mdash crsquoest la limite drsquoune seule
seacuteance mdash et quoique en de certains ordres de compositions en prose
telles que Robinson Crusoeacute qui ne reacuteclament pas lrsquouniteacute cette limite puisse
ecirctre avantageusement deacutepasseacutee il nrsquoy aura jamais profit agrave la deacutepasser
190
dans un poeumlme Dans cette limite mecircme lrsquoeacutetendue drsquoun poeumlme doit se
trouver en rapport matheacutematique avec le meacuterite dudit poeumlme crsquoest-agrave-dire
avec lrsquoeacuteleacutevation ou lrsquoexcitation qursquoil comporte en drsquoautres termes encore
avec la quantiteacute de veacuteritable effet poeacutetique dont il peut frapper les acircmes il
nrsquoy a agrave cette regravegle qursquoune seule condition restrictive crsquoest qursquoune certaine
quantiteacute de dureacutee est absolument indispensable pour la production drsquoun
effet quelconque
Gardant bien ces consideacuterations preacutesentes agrave mon esprit ainsi que ce
degreacute drsquoexcitation que je ne placcedilais pas au-dessus du goucirct populaire non
plus qursquoau-dessous du critique je conccedilus tout drsquoabord lrsquoideacutee de la
longueur convenable de mon poeumlme projeteacute une longueur de cent vers
environ Or il nrsquoen a en reacutealiteacute que cent huit
Ma penseacutee ensuite srsquoappliqua au choix drsquoune impression ou drsquoun effet agrave
produire et ici je crois qursquoil est bon de faire observer que agrave travers ce
labeur de construction je gardai toujours preacutesent agrave mes yeux le dessein de
rendre lrsquoœuvre universellement appreacuteciable Je serais emporteacute beaucoup
trop loin de mon sujet immeacutediat si je mrsquoappliquais agrave deacutemontrer un point
sur lequel jrsquoai insisteacute nombre de fois agrave savoir que le Beau est le seul
domaine leacutegitime de la poeacutesie Je dirai cependant quelques mots pour
lrsquoeacutelucidation de ma veacuteritable penseacutee que quelques-uns de mes amis se sont
montreacutes trop prompts agrave travestir Le plaisir qui est agrave la fois le plus intense
le plus eacuteleveacute et le plus pur ce plaisir-lagrave ne se trouve je crois que dans la
contemplation du Beau Quand les hommes parlent de Beauteacute ils
entendent non pas preacuteciseacutement une qualiteacute comme on le suppose mais
une impression bref ils ont justement en vue cette violente et pure
eacuteleacutevation de lrsquoacircme mdash non pas de lrsquointellect non plus que du cœur mdash que
jrsquoai deacutejagrave deacutecrite et qui est le reacutesultat de la contemplation du Beau Or je
deacutesigne la Beauteacute comme le domaine de la poeacutesie parce que crsquoest une
regravegle eacutevidente de lrsquoArt que les effets doivent neacutecessairement naicirctre de
causes directes que les objets doivent ecirctre conquis par les moyens qui sont
le mieux approprieacutes agrave la conquecircte desdits objets mdash aucun homme ne
srsquoeacutetant encore montreacute assez sot pour nier que lrsquoeacuteleacutevation singuliegravere dont je
parle soit plus facilement agrave la porteacutee de la Poeacutesie Or lrsquoobjet Veacuteriteacute ou
satisfaction de lrsquointellect et lrsquoobjet Passion ou excitation du cœur sont mdash
quoiqursquoils soient aussi dans une certaine mesure agrave la porteacutee de la poeacutesie
mdash beaucoup plus faciles agrave atteindre par le moyen de la prose En somme
la Veacuteriteacute reacuteclame une preacutecision et la Passion une familiariteacute (les hommes
vraiment passionneacutes me comprendront) absolument contraires agrave cette
Beauteacute qui nrsquoest autre chose je le reacutepegravete que lrsquoexcitation ou le deacutelicieux
enlegravevement de lrsquoacircme De tout ce qui a eacuteteacute dit jusqursquoici il ne suit nullement
que la passion ou mecircme la veacuteriteacute ne puisse ecirctre introduite et mecircme avec
profit dans un poeumlme car elles peuvent servir agrave eacutelucider ou agrave augmenter
lrsquoeffet geacuteneacuteral comme les dissonances en musique par contraste mais le
191
veacuteritable artiste srsquoefforcera toujours drsquoabord de les reacuteduire agrave un rocircle
favorable au but principal poursuivi et ensuite de les envelopper autant
qursquoil le pourra dans ce nuage de beauteacute qui est lrsquoatmosphegravere et lrsquoessence
de la poeacutesie
Regardant conseacutequemment le Beau comme ma province quel est me dis-je
alors le ton de sa plus haute manifestation tel fut lrsquoobjet de ma
deacutelibeacuteration suivante Or toute lrsquoexpeacuterience humaine confesse que ce ton
est celui de la tristesse Une beauteacute de nrsquoimporte quelle famille dans son
deacuteveloppement suprecircme pousse ineacutevitablement aux larmes une acircme
sensible La meacutelancolie est donc le plus leacutegitime de tous les tons poeacutetiques
La dimension le domaine et le ton eacutetant ainsi deacutetermineacutes je me mis
agrave la recherche par la voie de lrsquoinduction ordinaire de quelque curiositeacute
artistique et piquante qui me pucirct servir comme de clef dans la construction
du poeumlme mdash de quelque pivot sur lequel pucirct tourner toute la machine
Meacuteditant soigneusement sur tous les effets drsquoart connus ou plus
proprement sur tous les moyens drsquoeffet le mot eacutetant entendu dans le sens
sceacutenique je ne pouvais mrsquoempecirccher de voir immeacutediatement qursquoaucun
nrsquoavait eacuteteacute plus geacuteneacuteralement employeacute que celui du refrain Lrsquouniversaliteacute
de son emploi suffisait pour me convaincre de sa valeur intrinsegraveque et
mrsquoeacutepargnait la neacutecessiteacute de le soumettre agrave lrsquoanalyse Je ne le consideacuterai
toutefois qursquoen tant que susceptible de perfectionnement et je vis bientocirct
qursquoil eacutetait encore dans un eacutetat primitif Tel qursquoon en use communeacutement le
refrain non-seulement est limiteacute aux vers lyriques mais encore la vigueur
de lrsquoimpression qursquoil doit produire deacutepend de la puissance de la monotonie
dans le son et dans la penseacutee Le plaisir est tireacute uniquement de la sensation
drsquoidentiteacute de reacutepeacutetition Je reacutesolus de varier lrsquoeffet pour lrsquoaugmenter en
restant geacuteneacuteralement fidegravele agrave la monotonie du son pendant que jrsquoalteacutererais
continuellement celle de la penseacutee crsquoest-agrave-dire que je me promis de
produire une seacuterie continue drsquoeffets nouveaux par une seacuterie drsquoapplications
varieacutees du refrain le refrain en lui-mecircme restant presque toujours
semblable
Ces points eacutetablis je mrsquoinquieacutetai ensuite de la nature de mon refrain
Puisque lrsquoapplication en devait ecirctre freacutequemment varieacutee il est clair que ce
refrain devait lui-mecircme ecirctre bref car il y aurait eu une insurmontable
difficulteacute agrave varier freacutequemment les applications drsquoune phrase un peu
longue La faciliteacute de variation serait naturellement en proportion de la
briegraveveteacute de la phrase Cela me conduisit tout de suite agrave prendre un mot
unique comme le meilleur refrain
Alors srsquoagita la question relative au caractegravere de ce mot Ayant arrecircteacute dans
mon esprit qursquoil y aurait un refrain la division du poeumlme en stances
apparaissait comme un corollaire neacutecessaire le refrain formant la
conclusion de chaque stance Que cette conclusion cette chute pour avoir
de la force ducirct neacutecessairement ecirctre sonore et susceptible drsquoune emphase
192
prolongeacutee cela nrsquoadmettait pas le doute et ces consideacuterations me
menegraverent ineacutevitablement agrave lrsquoo long comme eacutetant la voyelle la plus sonore
associeacute agrave lrsquor comme eacutetant la consonne la plus vigoureuse
Le son du refrain eacutetant bien deacutetermineacute il devenait neacutecessaire de
choisir un mot qui renfermacirct ce son et qui en mecircme temps fucirct dans le plus
complet accord possible avec cette meacutelancolie que jrsquoavais adopteacutee comme
ton geacuteneacuteral du poeumlme Dans une pareille enquecircte il eucirct eacuteteacute absolument
impossible de ne pas tomber sur le mot nevermore mdash jamais plus En
reacutealiteacute il fut le premier qui se preacutesenta agrave mon esprit
Le desideratum suivant fut uel sera le preacutetexte pour lrsquousage
continu du mot unique jamais plus Observant la difficulteacute que jrsquoeacuteprouvais
agrave trouver une raison plausible et suffisante pour cette reacutepeacutetition continue
je ne manquai pas drsquoapercevoir que cette difficulteacute surgissait uniquement
de lrsquoideacutee preacuteconccedilue que ce mot si opiniacirctrement et monotonement reacutepeacuteteacute
devait ecirctre profeacutereacute par un ecirctre humain qursquoen somme la difficulteacute
consistait agrave concilier cette monotonie avec lrsquoexercice de la raison dans la
creacuteature chargeacutee de reacutepeacuteter le mot Alors se dressa tout de suite lrsquoideacutee
drsquoune creacuteature non raisonnable et cependant doueacutee de parole et tregraves-
naturellement un perroquet se preacutesenta drsquoabord mais il fut
immeacutediatement deacuteposseacutedeacute par un corbeau celui-ci eacutetant eacutegalement doueacute
de parole et infiniment plus en accord avec le ton voulu
Jrsquoeacutetais donc enfin arriveacute agrave la conception drsquoun corbeau mdash le
corbeau oiseau de mauvais augure mdash reacutepeacutetant opiniacirctrement le mot
Jamais plus agrave la fin de chaque stance dans un poeumlme drsquoun ton
meacutelancolique et drsquoune longueur drsquoenviron cent vers Alors ne perdant
jamais de vue le superlatif ou la perfection dans tous les points je me
demandai De tous les sujets meacutelancoliques quel est le plus meacutelancolique
selon lrsquointelligence universelle de lrsquohumaniteacute mdash La Mort reacuteponse
ineacutevitable mdash Et quand me dis-je ce sujet le plus meacutelancolique de tous
est-il le plus poeacutetique mdash Drsquoapregraves ce que jrsquoai deacutejagrave expliqueacute assez
amplement on peut facilement deviner la reacuteponse mdash Crsquoest quand il srsquoallie
intimement agrave la Beauteacute Donc la mort drsquoune belle femme est
incontestablement le plus poeacutetique sujet du monde et il est eacutegalement hors
de doute que la bouche la mieux choisie pour deacutevelopper un pareil thegraveme
est celle drsquoun amant priveacute de son treacutesor
Jrsquoavais degraves lors agrave combiner ces deux ideacutees un amant pleurant sa
maicirctresse deacutefunte et un corbeau reacutepeacutetant continuellement le mot Jamais
plus Il fallait les combiner et avoir toujours preacutesent agrave mon esprit le
dessein de varier agrave chaque fois lrsquoapplication du mot reacutepeacuteteacute mais le seul
moyen possible pour une pareille combinaison eacutetait drsquoimaginer un corbeau
se servant du mot dont il srsquoagit pour reacutepondre aux questions de lrsquoamant Et
ce fut alors que je vis tout de suite toute la faciliteacute qui mrsquoeacutetait offerte pour
lrsquoeffet auquel mon poeumlme eacutetait suspendu crsquoest-agrave-dire lrsquoeffet agrave produire par
193
la varieacuteteacute dans lrsquoapplication du refrain Je vis que je pouvais faire
prononcer la premiegravere question par lrsquoamant mdash la premiegravere agrave laquelle le
corbeau devait reacutepondre Jamais plus mdash que je pouvais faire de la
premiegravere question une espegravece de lieu commun mdash de la seconde quelque
chose de moins commun mdash de la troisiegraveme quelque chose de moins
commun encore et ainsi de suite jusqursquoagrave ce que lrsquoamant agrave la longue tireacute
de sa nonchalance par le caractegravere meacutelancolique du mot par sa freacutequente
reacutepeacutetition et par le souvenir de la reacuteputation sinistre de lrsquooiseau qui le
prononce se trouvacirct agiteacute par une excitation superstitieuse et lanccedilacirct
follement des questions drsquoun caractegravere tout diffeacuterent des questions
passionneacutement inteacuteressantes pour son cœur mdash questions faites moitieacute
dans un sentiment de superstition et moitieacute dans ce deacutesespoir singulier qui
puise une volupteacute dans sa torture mdash non pas seulement parce que lrsquoamant
croit au caractegravere propheacutetique ou deacutemoniaque de lrsquooiseau (qui la raison le
lui deacutemontre ne fait que reacutepeacuteter une leccedilon apprise par routine) mais parce
qursquoil eacuteprouve une volupteacute freacuteneacutetique agrave formuler ainsi ses questions et agrave
recevoir du Jamais plus toujours attendu une blessure reacutepeacuteteacutee drsquoautant
plus deacutelicieuse qursquoelle est plus insupportable Voyant donc cette faciliteacute qui
mrsquoeacutetait offerte ou pour mieux dire qui srsquoimposait agrave moi dans le progregraves
de ma construction jrsquoarrecirctai drsquoabord la question finale la question
suprecircme agrave laquelle le Jamais plus devait en dernier lieu servir de reacuteponse
mdash cette question agrave laquelle le Jamais plus fait la reacuteplique la plus
deacutesespeacutereacutee la plus pleine de douleur et drsquohorreur qui se puisse concevoir
Ici donc je puis dire que mon poeumlme avait trouveacute son
commencement mdash par la fin comme devraient commencer tous les
ouvrages drsquoart mdash car ce fut alors juste agrave ce point de mes consideacuterations
preacuteparatoires que pour la premiegravere fois je posai la plume sur le papier
pour composer la stance suivante
laquo Prophegravete mdash dis-je mdash ecirctre de malheur oiseau ou deacutemon toujours
prophegravete par ce Ciel tendu sur nos tecirctes par ce Dieu que tous deux nous
adorons dis agrave cette acircme chargeacutee de douleur si dans le Paradis lointain
elle pourra embrasser une fille sainte que les anges nomment Leacutenore
embrasser une preacutecieuse et rayonnante fille que les anges nomment
Leacutenore raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
Ce fut alors seulement que je composai cette stance drsquoabord pour eacutetablir
le degreacute suprecircme et pouvoir ainsi plus agrave mon aise varier et graduer selon
leur seacuterieux et leur importance les questions preacuteceacutedentes de lrsquoamant et en
second lieu pour arrecircter deacutefinitivement le rhythme le megravetre la longueur et
lrsquoarrangement geacuteneacuteral de la stance ainsi que graduer les stances qui
devaient preacuteceacuteder de faccedilon qursquoaucune ne pucirct surpasser cette derniegravere par
son effet rhythmique Si jrsquoavais eacuteteacute assez imprudent dans le travail de
composition qui devait suivre pour construire des stances plus
194
vigoureuses je me serais appliqueacute deacutelibeacutereacutement et sans scrupule agrave les
affaiblir de maniegravere agrave ne pas contrarier lrsquoeffet du crescendo
Je pourrais aussi bien placer ici quelques mots sur la versification
Mon premier but eacutetait (comme toujours) lrsquooriginaliteacute Jusqursquoagrave quel point la
question de lrsquooriginaliteacute en versification a eacuteteacute neacutegligeacutee crsquoest une des
choses du monde les plus inexplicables En admettant qursquoil y ait peu de
varieacuteteacute possible dans le rhythme pur toujours est-il eacutevident que les varieacuteteacutes
possibles de megravetre et de stance sont absolument infinies mdash et toutefois
pendant des siegravecles aucun homme nrsquoa jamais fait en versification ou
mecircme nrsquoa jamais paru vouloir faire quoi que ce soit drsquooriginal Le fait est
que lrsquooriginaliteacute (excepteacute dans des esprits drsquoune force tout agrave fait insolite)
nrsquoest nullement comme quelques-uns le supposent une affaire drsquoinstinct ou
drsquointuition eacuteneacuteralement pour la trouver il faut la chercher
laborieusement et bien qursquoelle soit un meacuterite positif du rang le plus eacuteleveacute
crsquoest moins lrsquoesprit drsquoinvention que lrsquoesprit de neacutegation qui nous fournit les
moyens de lrsquoatteindre
Il va sans dire que je ne preacutetends agrave aucune originaliteacute dans le
rhythme ou dans le megravetre du Corbeau Le premier est trochaiumlque le
second se compose drsquoun vers octomegravetre acatalectique alternant avec un
heptamegravetre catalectique mdash qui reacutepeacuteteacute devient refrain au cinquiegraveme vers
mdash et se termine par un teacutetramegravetre catalectique Pour parler sans
peacutedanterie les pieds employeacutes qui sont des trocheacutees consistent en une
syllabe longue suivie drsquoune bregraveve le premier vers de la stance est fait de
huit pieds de cette nature le second de sept et demi le troisiegraveme de huit
le quatriegraveme de sept et demi le cinquiegraveme de sept et demi eacutegalement le
sixiegraveme de trois et demi Or chacun de ces vers pris isoleacutement a deacutejagrave eacuteteacute
employeacute et toute lrsquooriginaliteacute du Corbeau consiste agrave les avoir combineacutes
dans la mecircme stance rien de ce qui peut ressembler mecircme de loin agrave cette
combinaison nrsquoa eacuteteacute tenteacute jusqursquoagrave preacutesent Lrsquoeffet de cette combinaison
originale est augmenteacute par quelques autres effets inusiteacutes et absolument
nouveaux tireacutes drsquoune application plus eacutetendue de la rime et de
lrsquoalliteacuteration
Le point suivant agrave consideacuterer eacutetait le moyen de mettre en
communication lrsquoamant et le corbeau et le premier degreacute de cette question
eacutetait naturellement le lieu Il semblerait que lrsquoideacutee qui doit en ce cas se
preacutesenter drsquoelle-mecircme est une forecirct ou une plaine mais il mrsquoa toujours
paru qursquoun espace eacutetroit et resserreacute est absolument neacutecessaire pour lrsquoeffet
drsquoun incident isoleacute il lui donne lrsquoeacutenergie qursquoun cadre ajoute agrave une
peinture Il a cet avantage moral incontestable de concentrer lrsquoattention
dans un petit espace et cet avantage cela va sans dire ne doit pas ecirctre
confondu avec celui qursquoon peut tirer de la simple uniteacute de lieu
Je reacutesolus donc de placer lrsquoamant dans sa chambre mdash dans une chambre
sanctifieacutee pour lui par les souvenirs de celle qui y a veacutecu La chambre est
195
repreacutesenteacutee comme richement meubleacutee mdash et cela est en vue de satisfaire
aux ideacutees que jrsquoai deacutejagrave expliqueacutees au sujet de la Beauteacute comme eacutetant la
seule veacuteritable thegravese de la Poeacutesie
Le lieu ainsi deacutetermineacute il fallait maintenant introduire lrsquooiseau et
lrsquoideacutee de le faire entrer par la fenecirctre eacutetait ineacutevitable ue lrsquoamant
suppose drsquoabord que le battement des ailes de lrsquooiseau contre le volet est
un coup frappeacute agrave sa porte crsquoest une ideacutee qui est neacutee de mon deacutesir
drsquoaccroicirctre en la faisant attendre la curiositeacute du lecteur et aussi de placer
lrsquoeffet incidentel de la porte ouverte toute grande par lrsquoamant qui ne
trouve que teacutenegravebres et qui degraves lors peut adopter en partie lrsquoideacutee
fantastique que crsquoest lrsquoesprit de sa maicirctresse qui est venu frapper agrave sa
porte
Jrsquoai fait la nuit tempecirctueuse drsquoabord pour expliquer ce corbeau
cherchant lrsquohospitaliteacute ensuite pour creacuteer lrsquoeffet du contraste avec la
tranquilliteacute mateacuterielle de la chambre
De mecircme jrsquoai fait aborder lrsquooiseau sur le buste de Pallas pour creacuteer
le contraste entre le marbre et le plumage on devine que lrsquoideacutee du buste a
eacuteteacute suggeacutereacutee uniquement par lrsquooiseau le buste de Pallas a eacuteteacute choisi
drsquoabord agrave cause de son rapport intime avec lrsquoeacuterudition de lrsquoamant et
ensuite agrave cause de la sonoriteacute mecircme du mot Pallas
Vers le milieu du poeumlme jrsquoai eacutegalement profiteacute de la force du
contraste dans le but de creuser lrsquoimpression finale Ainsi jrsquoai donneacute agrave
lrsquoentreacutee du corbeau une allure fantastique approchant mecircme du comique
autant du moins que le sujet le pouvait admettre Il entre avec un
tumultueux battement drsquoailes
laquo Il ne fit pas la moindre reacuteveacuterence il ne srsquoarrecircta pas il nrsquoheacutesita pas une
minute mais avec la mine drsquoun lord ou drsquoune lady il se percha au-dessus
de la porte de ma chambrehellip raquo
Dans les deux stances qui suivent le dessein devient mecircme plus manifeste
laquo Alors cet oiseau drsquoeacutebegravene par la graviteacute de son maintien et la seacuteveacuteriteacute de
sa physionomie induisant ma triste imagination agrave sourire laquo Bien que ta
tecircte mdash lui dis-je mdash soit sans huppe et sans cimier tu nrsquoes certes pas un
poltron lugubre et ancien corbeau voyageur parti des rivages de la Nuit
Dis-moi quel est ton nom seigneurial aux rivages de la Nuit plutonienne raquo
Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Je fus eacutemerveilleacute que ce disgracieux volatile entendicirct si facilement la
parole bien que sa reacuteponse nrsquoeucirct pas un bien grand sens et ne me fucirct pas
drsquoun grand secours car nous devons convenir que jamais il ne fut donneacute agrave
un homme vivant de voir un oiseau au-dessus de la porte de sa chambre un
oiseau ou une becircte sur un buste sculpteacute au-dessus de la porte de sa
chambre se nommant drsquoun nom tel que Jamais plus raquo
196
Ayant ainsi preacutepareacute lrsquoeffet du deacutenoucircment jrsquoabandonne
immeacutediatement le ton fantastique pour celui du seacuterieux le plus profond ce
changement de ton commence avec le premier vers de la stance qui suit la
derniegravere citeacutee
laquo Mais le corbeau percheacute solitairement sur le buste placide ne profeacutera
etc raquo
Agrave partir de cet instant lrsquoamant ne plaisante plus il ne voit mecircme
plus rien de fantastique dans la conduite de lrsquooiseau Il parle de lui comme
drsquoun triste disgracieux sinistre maigre et augural oiseau des anciens
jours et il sent les yeux ardents qui le brucirclent jusqursquoau fond du cœur Cette
eacutevolution de penseacutee cette imagination dans lrsquoamant a pour but drsquoen
preacuteparer une analogue dans le lecteur drsquoamener lrsquoesprit dans une
situation favorable pour le deacutenoucircment qui maintenant va venir aussi
rapidement et aussi directement que possible
Avec le deacutenoucircment proprement dit exprimeacute par le Jamais plus du
corbeau reacuteponse lanceacutee agrave la question finale de lrsquoamant mdash srsquoil retrouvera
sa maicirctresse dans un autre monde mdash le poeumlme dans sa phase la plus
claire la plus naturelle celle drsquoun simple reacutecit peut ecirctre consideacutereacute comme
fini Jusqursquoagrave preacutesent chaque chose est resteacutee dans les limites de
lrsquoexplicable du reacuteel Un corbeau a appris par routine le seul mot Jamais
plus et ayant eacutechappeacute agrave la surveillance de son proprieacutetaire est reacuteduit agrave
minuit par la violence de la tempecircte agrave demander un refuge agrave une fenecirctre
ougrave brille encore une lumiegravere la fenecirctre drsquoun eacutetudiant plongeacute agrave moitieacute dans
ses livres agrave moitieacute dans les souvenirs drsquoune bien-aimeacutee deacutefunte La fenecirctre
eacutetant ouverte au battement des ailes de lrsquooiseau celui-ci va se percher sur
lrsquoendroit le plus convenable hors de la porteacutee immeacutediate de lrsquoeacutetudiant qui
srsquoamusant de lrsquoincident et de la bizarre conduite du visiteur lui demande
son nom en maniegravere de plaisanterie et sans srsquoattendre agrave une reacuteponse Le
corbeau interrogeacute reacutepond par son mot habituel Jamais plus mdash mot qui
trouve immeacutediatement un eacutecho meacutelancolique dans le cœur de lrsquoeacutetudiant et
celui-ci exprimant tout haut les penseacutees qui lui sont suggeacutereacutees par la
circonstance est frappeacute de nouveau par la reacutepeacutetition du Jamais plus
Lrsquoeacutetudiant se livre aux conjectures que lui inspire le cas preacutesent mais il
est pousseacute bientocirct par lrsquoardeur du cœur humain agrave se torturer soi-mecircme et
aussi par une sorte de superstition agrave proposer agrave lrsquooiseau des questions
choisies de telle sorte que la reacuteponse attendue lrsquointoleacuterable Jamais plus
doit lui apporter agrave lui lrsquoamant solitaire la plus affreuse moisson de
douleurs Crsquoest dans cet amour du cœur pour sa torture pousseacute agrave la
derniegravere limite que le reacutecit dans ce que jrsquoai appeleacute sa premiegravere phase sa
phase naturelle trouve sa conclusion naturelle et jusqursquoici rien ne srsquoest
montreacute qui deacutepasse les limites de la reacutealiteacute
Mais dans des sujets manœuvreacutes de cette faccedilon avec quelque
habileteacute qursquoils le soient avec quelque luxe drsquoincidents qursquoon le suppose il
197
y a toujours une certaine acircpreteacute une nuditeacute qui choque un œil drsquoartiste
Deux choses sont eacuteternellement requises lrsquoune une certaine somme de
complexiteacute ou plus proprement de combinaison lrsquoautre une certaine
quantiteacute drsquoesprit suggestif quelque chose comme un courant souterrain de
penseacutee non visible indeacutefini Crsquoest cette derniegravere qualiteacute qui donne agrave un
ouvrage drsquoart cet air opulent cette apparence cossue (pour tirer de la
conversation journaliegravere un terme efficace) que nous avons trop souvent la
sottise de confondre avec lrsquoideacuteal Crsquoest lrsquoexcegraves dans lrsquoexpression du sens
qui ne doit ecirctre qursquoinsinueacute crsquoest la manie de faire du courant souterrain
drsquoune œuvre le courant visible et supeacuterieur qui change en prose et en
prose de la plus plate espegravece la preacutetendue poeacutesie des soi-disant
transcendantalistes
Fort de ces opinions jrsquoajoutai les deux stances qui ferment le poeumlme
leur qualiteacute suggestive eacutetant destineacutee agrave peacuteneacutetrer tout le reacutecit qui les
preacutecegravede Le courant souterrain de la penseacutee se laisse voir pour la premiegravere
fois dans ces vers
laquo Arrache ton bec de mon cœur et preacutecipite ton spectre loin de ma
porte raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
On remarquera que les mots de mon cœur renferment la premiegravere
expression meacutetaphorique du poeumlme Ces mots avec la reacuteponse Jamais plus
disposent lrsquoesprit agrave chercher un sens moral dans tout le reacutecit deacuteveloppeacute
anteacuterieurement Le lecteur commence degraves lors agrave consideacuterer le Corbeau
comme embleacutematique mdash mais ce nrsquoest que juste au dernier vers de la
derniegravere stance qursquoil lui est permis de voir distinctement lrsquointention de faire
du Corbeau le symbole du Souvenir funegravebre et eacuteternel
laquo Et le corbeau immuable est toujours installeacute toujours installeacute sur le
buste pacircle de Pallas juste au-dessus de la porte de ma chambre et ses
yeux ont toute la semblance des yeux drsquoun deacutemon qui recircve et la lumiegravere de
la lampe en ruisselant sur lui projette son ombre sur le plancher et mon
acircme hors du cercle de cette ombre qui gicirct flottante sur le plancher ne
pourra plus srsquoeacutelever mdash jamais plus raquo 1
Tout ce preacuteambule est eacutecrit par le traducteur mdash C B
Ces trois lignes sont une interpolation du traducteur mdash C B Cf Disponiacutevel em
httpsfrwikisourceorgwikiHistoires_grotesques_et_sC3A9rieusesLa_GenC3A8se_dE280
99un_poC3A8me Acesso em 12 set 2017
198
LE CORBEAU
203 Traduccedilatildeo Charles Baudelaire (1853)
laquo Une fois sur le minuit lugubre pendant que je meacuteditais faible et fatigueacute
sur maint preacutecieux et curieux volume drsquoune doctrine oublieacutee pendant que
je donnais de la tecircte presque assoupi soudain il se fit un tapotement
comme de quelqursquoun frappant doucement frappant agrave la porte de ma
chambre laquo Crsquoest quelque visiteur mdash murmurai-je mdash qui frappe agrave la porte
de ma chambre ce nrsquoest que cela et rien de plus raquo
Ah distinctement je me souviens que crsquoeacutetait dans le glacial deacutecembre et
chaque tison brodait agrave son tour le plancher du reflet de son agonie
Ardemment je deacutesirais le matin en vain mrsquoeacutetais-je efforceacute de tirer de mes
livres un sursis agrave ma tristesse ma tristesse pour ma Leacutenore perdue pour la
preacutecieuse et rayonnante fille que les anges nomment Leacutenore mdash et qursquoici on
ne nommera jamais plus
Et le soyeux triste et vague bruissement des rideaux pourpreacutes me peacuteneacutetrait
me remplissait de terreurs fantastiques inconnues pour moi jusqursquoagrave ce
jour si bien qursquoenfin pour apaiser le battement de mon cœur je me
dressai reacutepeacutetant laquo Crsquoest quelque visiteur qui sollicite lrsquoentreacutee agrave la porte
de ma chambre quelque visiteur attardeacute sollicitant lrsquoentreacutee agrave la porte de
ma chambre mdash crsquoest cela mecircme et rien de plus raquo
Mon acircme en ce moment se sentit plus forte rsquoheacutesitant donc pas plus
longtemps laquo Monsieur mdash dis-je mdash ou madame en veacuteriteacute jrsquoimplore votre
pardon mais le fait est que je sommeillais et vous ecirctes venu frapper si
doucement si faiblement vous ecirctes venu taper agrave la porte de ma chambre
qursquoagrave peine eacutetais-je certain de vous avoir entendu raquo Et alors jrsquoouvris la
porte toute grande mdash les teacutenegravebres et rien de plus
Scrutant profondeacutement ces teacutenegravebres je me tins longtemps plein
drsquoeacutetonnement de crainte de doute recircvant des recircves qursquoaucun mortel nrsquoa
jamais oseacute recircver mais le silence ne fut pas troubleacute et lrsquoimmobiliteacute ne
donna aucun signe et le seul mot profeacutereacute fut un nom chuchoteacute
laquo Leacutenore raquo mdash Crsquoeacutetait moi qui le chuchotais et un eacutecho agrave son tour
murmura ce mot laquo Leacutenore raquo mdash Purement cela et rien de plus
Rentrant dans ma chambre et sentant en moi toute mon acircme incendieacutee
jrsquoentendis bientocirct un coup un peu plus fort que le premier laquo Sucircrement mdash
dis-je mdash sucircrement il y a quelque chose aux jalousies de ma fenecirctre
voyons donc ce que crsquoest et explorons ce mystegravere Laissons mon cœur se
199
calmer un instant et explorons ce mystegravere mdash crsquoest le vent et rien de
plus raquo
Je poussai alors le volet et avec un tumultueux battement drsquoailes entra un
majestueux corbeau digne des anciens jours Il ne fit pas la moindre
reacuteveacuterence il ne srsquoarrecircta pas il nrsquoheacutesita pas une minute mais avec la
mine drsquoun lord ou drsquoune lady il se percha au-dessus de la porte de ma
chambre il se percha sur un buste de Pallas juste au-dessus de la porte de
ma chambre mdash il se percha srsquoinstalla et rien de plus
Alors cet oiseau drsquoeacutebegravene par la graviteacute de son maintien et la seacuteveacuteriteacute de sa
physionomie induisant ma triste imagination agrave sourire laquo Bien que ta tecircte
mdash lui dis-je mdash soit sans huppe et sans cimier tu nrsquoes certes pas un
poltron lugubre et ancien corbeau voyageur parti des rivages de la nuit
Dis-moi quel est ton nom seigneurial aux rivages de la Nuit plutonienne raquo
Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
Je fus eacutemerveilleacute que ce disgracieux volatile entendicirct si facilement la
parole bien que sa reacuteponse nrsquoeucirct pas un bien grand sens et ne me fucirct pas
drsquoun grand secours car nous devons convenir que jamais il ne fut donneacute agrave
un homme vivant de voir un oiseau au-dessus de la porte de sa chambre un
oiseau ou une becircte sur un buste sculpteacute au-dessus de la porte de sa
chambre se nommant drsquoun nom tel que Jamais plus
Mais le corbeau percheacute solitairement sur le buste placide ne profeacutera que
ce mot unique comme si dans ce mot unique il reacutepandait toute son acircme Il
ne prononccedila rien de plus il ne remua pas une plume mdash jusqursquoagrave ce que je
me prisse agrave murmurer faiblement laquo Drsquoautres amis se sont deacutejagrave envoleacutes
loin de moi vers le matin lui aussi il me quittera comme mes anciennes
espeacuterances deacutejagrave envoleacutees raquo Lrsquooiseau dit alors laquo Jamais plus raquo
Tressaillant au bruit de cette reacuteponse jeteacutee avec tant drsquoagrave-propos laquo Sans
doute mdash dis-je mdash ce qursquoil prononce est tout son bagage de savoir qursquoil a
pris chez quelque maicirctre infortuneacute que le Malheur impitoyable a poursuivi
ardemment sans reacutepit jusqursquoagrave ce que ses chansons nrsquoeussent plus qursquoun
seul refrain jusqursquoagrave ce que le De profundis de son Espeacuterance eucirct pris ce
meacutelancolique refrain Jamais jamais plus
Mais le corbeau induisant encore toute ma triste acircme agrave sourire je roulai
tout de suite un siegravege agrave coussins en face de lrsquooiseau et du buste et de la
porte alors mrsquoenfonccedilant dans le velours je mrsquoappliquai agrave enchaicircner les
ideacutees aux ideacutees cherchant ce que cet augural oiseau des anciens jours ce
que ce triste disgracieux sinistre maigre et augural oiseau des anciens
jours voulait faire entendre en croassant son Jamais plus
200
Je me tenais ainsi recircvant conjecturant mais nrsquoadressant plus une syllabe
agrave lrsquooiseau dont les yeux ardents me brucirclaient maintenant jusqursquoau fond du
cœur je cherchais agrave deviner cela et plus encore ma tecircte reposant agrave lrsquoaise
sur le velours du coussin que caressait la lumiegravere de la lampe ce velours
violet caresseacute par la lumiegravere de la lampe que sa tecircte agrave Elle ne pressera
plus mdash ah jamais plus
Alors il me sembla que lrsquoair srsquoeacutepaississait parfumeacute par un encensoir
invisible que balanccedilaient des seacuteraphins dont les pas frocirclaient le tapis de la
chambre laquo Infortuneacute mdash mrsquoeacutecriai-je mdash ton Dieu trsquoa donneacute par ses anges
il trsquoa envoyeacute du reacutepit du reacutepit et du neacutepenthegraves dans tes ressouvenirs de
Leacutenore Bois oh bois ce bon neacutepenthegraves et oublie cette Leacutenore perdue raquo
Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Prophegravete mdash dis-je mdash ecirctre de malheur oiseau ou deacutemon mais toujours
prophegravete que tu sois un envoyeacute du Tentateur ou que la tempecircte trsquoait
simplement eacutechoueacute naufrageacute mais encore intreacutepide sur cette terre
deacuteserte ensorceleacutee dans ce logis par lrsquoHorreur hanteacute mdash dis-moi
sincegraverement je trsquoen supplie existe-t-il existe-t-il ici un baume de Judeacutee
Dis dis je trsquoen supplie raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Prophegravete mdash dis-je mdash ecirctre de malheur oiseau ou deacutemon toujours
prophegravete par ce Ciel tendu sur nos tecirctes par ce Dieu que tous deux nous
adorons dis agrave cette acircme chargeacutee de douleur si dans le Paradis lointain
elle pourra embrasser une fille sainte que les anges nomment Leacutenore
embrasser une preacutecieuse et rayonnante fille que les anges nomment
Leacutenore raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Que cette parole soit le signal de notre seacuteparation oiseau ou deacutemon mdash
hurlai-je en me redressant mdash Rentre dans la tempecircte retourne au rivage
de la Nuit plutonienne ne laisse pas ici une seule plume noire comme
souvenir du mensonge que ton acircme a profeacutereacute laisse ma solitude invioleacutee
quitte ce buste au-dessus de ma porte arrache ton bec de mon cœur et
preacutecipite ton spectre loin de ma porte raquo Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
Et le corbeau immuable est toujours installeacute toujours installeacute sur le buste
pacircle de Pallas juste au-dessus de la porte de ma chambre et ses yeux ont
toute la semblance des yeux drsquoun deacutemon qui recircve et la lumiegravere de la
lampe en ruisselant sur lui projette son ombre sur le plancher et mon
acircme hors du cercle de cette ombre qui gicirct flottante sur le plancher ne
pourra plus srsquoeacutelever mdash jamais plus Cf Disponiacutevel em httpsfrwikisourceorgwikiLe_Corbeau_28traduit_par_Charles_Baudelaire29
Acesso em 12 set 2017
201
L E C O R B E A U
204 Traduccedilatildeo Steacutephane Mallarmeacute (1875)
UNE fois par un minuit lugubre tandis que je mrsquoappesantissais faible et
fatigueacute sur maint curieux et bizarre volume de savoir oublieacute mdash tandis que
je dodelinais la tecircte somnolant presque soudain se fit un heurt comme de
quelqursquoun frappant doucement frappant agrave la porte de ma chambre mdash cela
seul et rien de plus
Ah distinctement je me souviens que crsquoeacutetait en le glacial Deacutecembre et
chaque tison mourant isoleacute ouvrageait son spectre sur le sol Ardemment
je souhaitais le jour mdash vainement jrsquoavais chercheacute drsquoemprunter agrave mes livres
un sursis au chagrin mdash au chagrin de la Leacutenore perdue mdash de la rare et
rayonnante jeune fille que les anges nomment Leacutenore mdash de nom pour elle
ici non jamais plus
Et de la soie lrsquoincertain et triste bruissement en chaque rideau purpural me
traversait mdash mrsquoemplissait de fantastiques terreurs pas senties encore si
bien que pour calmer le battement de mon cœur je demeurais maintenant
agrave reacutepeacuteter laquo Crsquoest quelque visiteur qui sollicite lrsquoentreacutee agrave la porte de ma
chambre mdash quelque visiteur qui sollicite lrsquoentreacutee agrave la porte de ma
chambre crsquoest cela et rien de plus raquo
Mon acircme devint subitement plus forte et nrsquoheacutesitant davantage laquo Monsieur
dis-je ou Madame jrsquoimplore veacuteritablement votre pardon mais le fait est
que je somnolais et vous vicircntes si doucement frapper et si faiblement vous
vicircntes heurter heurter agrave la porte de ma chambre que jrsquoeacutetais agrave peine sucircr de
vous avoir entendu raquo mdash Ici jrsquoouvris grande la porte les teacutenegravebres et rien
de plus
Loin dans lrsquoombre regardant je me tins longtemps agrave douter mrsquoeacutetonner et
craindre agrave recircver des recircves qursquoaucun mortel nrsquoavait oseacute recircver encore mais
le silence ne se rompit point et la quieacutetude ne donna de signe et le seul
mot qui se dit fut le mot chuchoteacute laquo Leacutenore raquo Je le chuchotai mdash et un
eacutecho murmura de retour le mot laquo Leacutenore raquo mdash purement cela et rien de
plus
Rentrant dans la chambre toute mon acircme en feu jrsquoentendis bientocirct un
heurt en quelque sorte plus fort qursquoauparavant laquo Sucircrement dis-je
sucircrement crsquoest quelque chose agrave la persienne de ma fenecirctre Voyons donc ce
qursquoil y a et explorons ce mystegravere mdash que mon cœur se calme un moment et
202
explore ce mystegravere crsquoest le vent et rien de plus raquo
Au large je poussai le volet quand avec maints enjouement et agitation
drsquoailes entra un majestueux Corbeau des saints jours de jadis Il ne fit pas
la moindre reacuteveacuterence il ne srsquoarrecircta ni nrsquoheacutesita un instant mais avec une
mine de lord ou de lady se percha au-dessus de la porte de ma chambre mdash
se percha sur un buste de Pallas juste au-dessus de la porte de ma chambre
mdash se percha sieacutegea et rien de plus
Alors cet oiseau drsquoeacutebegravene induisant ma triste imagination au sourire par le
grave et seacutevegravere deacutecorum de la contenance qursquoil eut laquo Quoique ta crecircte
soit chue et rase non dis-je tu nrsquoes pas pour sucircr un poltron spectral
lugubre et ancien Corbeau errant loin du rivage de Nuit mdash dis-moi quel
est ton nom seigneurial au rivage plutonien de Nuit raquo Le Corbeau dit
laquo Jamais plus raquo
Je mrsquoeacutemerveillai fort drsquoentendre ce disgracieux volatile srsquoeacutenoncer aussi
clairement quoique sa reacuteponse nrsquoeucirct que peu de sens et peu drsquoagrave propos
car on ne peut srsquoempecirccher de convenir que nul homme vivant nrsquoeut encore
lrsquoheur de voir un oiseau au-dessus de la porte de sa chambre mdash un oiseau
ou toute autre becircte sur le buste sculpteacute au-dessus de la porte de sa
chambre avec un nom tel que laquo Jamais plus raquo
Mais le Corbeau percheacute solitairement sur ce buste placide parla ce seul
mot comme si son acircme en ce seul mot il la reacutepandait Je ne profeacuterai donc
rien de plus il nrsquoagita donc pas de plume mdash jusqursquoagrave ce que je fis agrave peine
davantage que marmotter laquo Drsquoautres amis deacutejagrave ont pris leur vol mdash demain
il me laissera comme mes Espeacuterances deacutejagrave ont pris leur vol raquo Alors
lrsquooiseau dit laquo Jamais plus raquo
Tressaillant au calme rompu par une reacuteplique si bien parleacutee laquo Sans doute
dis-je ce qursquoil profegravere est tout son fonds et son bagage pris agrave quelque
malheureux maicirctre que lrsquoimpitoyable Deacutesastre suivit de pregraves et de tregraves pregraves
suivit jusqursquoagrave ce que ses chansons comportassent un unique refrain
jusqursquoagrave ce que les chants funegravebres de son Espeacuterance comportassent le
meacutelancolique refrain de laquo Jamais mdash jamais plus raquo
Le Corbeau induisant toute ma triste acircme encore au sourire je roulai
soudain un siegravege agrave coussins en face de lrsquooiseau et du buste et de la porte
et mrsquoenfonccedilant dans le velours je me pris agrave enchaicircner songerie agrave songerie
pensant agrave ce que cet augural oiseau de jadis mdash agrave ce que ce sombre
disgracieux sinistre maigre et augural oiseau de jadis signifiait en
croassant laquo Jamais plus raquo
203
Cela je mrsquoassis occupeacute agrave le conjecturer mais nrsquoadressant pas une syllabe
agrave lrsquooiseau dont les yeux de feu brucirclaient maintenant au fond de mon sein
cela et plus encore je mrsquoassis pour le deviner ma tecircte reposant agrave lrsquoaise sur
la housse de velours des coussins que deacutevorait la lumiegravere de la lampe
housse violette de velours deacutevoreacute par la lumiegravere de la lampe qursquoElle ne
pressera plus ah jamais plus
Lrsquoair me sembla-t-il devint alors plus dense parfumeacute selon un encensoir
invisible balanceacute par les Seacuteraphins dont le pied dans sa chute tintait sur
lrsquoeacutetoffe du parquet laquo Miseacuterable mrsquoeacutecriai-je ton Dieu trsquoa precircteacute mdash il trsquoa
envoyeacute par ces anges le reacutepit mdash le reacutepit et le neacutepenthegraves dans ta meacutemoire
de Leacutenore Bois oh bois ce bon neacutepenthegraves et oublie cette Leacutenore
perdue raquo Le Corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Prophegravete dis-je ecirctre de malheur prophegravete oui oiseau ou deacutemon Que
si le Tentateur trsquoenvoya ou la tempecircte trsquoeacutechoua vers ces bords deacutesoleacute et
encore tout indompteacute vers cette deacuteserte terre enchanteacutee mdash vers ce logis
par lrsquohorreur hanteacute dis-moi veacuteritablement je trsquoimplore y a-t-il du baume
en Judeacutee mdash dis-moi je trsquoimplore raquo Le Corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Prophegravete dis je ecirctre de malheur prophegravete oui oiseau ou deacutemon Par
les Cieux sur nous eacutepars mdash et le Dieu que nous adorons tous deux mdash dis agrave
cette acircme de chagrin chargeacutee si dans le distant Eden elle doit embrasser
une jeune fille sanctifieacutee que les anges nomment Leacutenore mdash embrasser une
rare et rayonnante jeune fille que les anges nomment Leacutenore raquo Le Corbeau
dit laquo Jamais plus raquo
laquo Que ce mot soit le signal de notre seacuteparation oiseau ou malin esprit raquo
hurlai-je en me dressant laquo Recule en la tempecircte et le rivage plutonien de
Nuit e laisse pas une plume noire ici comme un gage du mensonge qursquoa
profeacutereacute ton acircme Laisse invioleacute mon abandon quitte le buste au-dessus de
ma porte ocircte ton bec de mon cœur et jette ta forme loin de ma porte raquo Le
Corbeau dit laquo Jamais plus raquo
Et le Corbeau sans voleter siegravege encore mdash siegravege encore sur le buste
pallide de Pallas juste au-dessus de la porte de ma chambre et ses yeux
ont toute la semblance des yeux drsquoun deacutemon qui recircve et la lumiegravere de la
lampe ruisselant sur lui projette son ombre agrave terre et mon acircme de cette
ombre qui gicirct flottante agrave terre ne srsquoeacutelegravevera mdash jamais plus
Edgar Poe (Edgar Allan Poe ) Le CorbeauThe Raven Traduction par Steacutephane Mallarmeacute R Lesclide 1875 (p 1-
17) Cf Disponiacutevel em httpsfrwikisourceorgwikiLe_Corbeau_28traduit_par_StC3A9phane_MallarmC3A929 Acesso
em 12 set 2017
204
LE CORBEAU
205 Traduccedilatildeo Maurice Rollinat (1926)
Vers le sombre minuit tandis que fatigueacute
Jrsquoeacutetais agrave meacutediter sur maint volume rare
Pour tout autre que moi dans lrsquooubli releacutegueacute
Pendant que je plongeais dans un recircve bizarre
Il se fit tout agrave coup comme un tapotement
De quelqursquoun qui viendrait frapper tout doucement
Chez moi Je dis alors bacircillant drsquoune voix morte
laquo Crsquoest quelque visiteur ndash oui ndash qui frappe agrave ma porte
Crsquoest cela seul et rien de plus raquo
Ah tregraves distinctement je mrsquoen souviens crsquoeacutetait
Par un acircpre deacutecembre ndash au fond du foyer pacircle
Chaque braise agrave son tour lentement srsquoeacutemiettait
En brodant le plancher du reflet de son racircle
Avide du matin le regard indeacutecis
Jrsquoavais lu sans que ma tristesse eucirct un sursis
Ma tristesse pour lrsquoange enfui dans le mystegravere
ue lrsquoon nomme lagrave-haut Lenore et que sur terre
On ne nommera jamais plus
Et les rideaux pourpreacutes sortaient de la torpeur
Et leur soyeuse voix si triste et si menue
Me faisait tressaillir mrsquoemplissait drsquoune peur
Fantastique et pour moi jusqursquoalors inconnue
Si bien que pour calmer enfin le battement
De mon cœur je redis debout laquo Eacutevidemment
Crsquoest quelqursquoun attardeacute qui par ce noir deacutecembre
Est venu frapper agrave la porte de ma chambre
Crsquoest cela mecircme et rien de plus raquo
Pourtant je me remis bientocirct de mon eacutemoi
Et sans temporiser laquo Monsieur dis-je ou madame
Madame ou bien monsieur de gracircce excusez-moi
De vous laisser ainsi dehors mais sur mon acircme
Je sommeillais et vous vous avez tapoteacute
Si doucement agrave ma porte qursquoen veacuteriteacute
Agrave peine eacutetait-ce un bruit humain que lrsquoon entende raquo
Et cela dit jrsquoouvris la porte toute grande
205
Les teacutenegravebres et rien de plus
Longuement agrave pleins yeux je restai lagrave scrutant
Les teacutenegravebres recircvant des recircves qursquoaucun homme
rsquoosa jamais recircver stupeacutefait heacutesitant
Confondu et beacuteant drsquoangoisse ndash mais en somme
Pas un bruit ne troubla le silence enchanteacute
Et rien ne frissonna dans lrsquoimmobiliteacute
Un seul nom fut souffleacute par une voix laquo Lenore raquo
Crsquoeacutetait ma propre voix ndash lrsquoeacutecho plus bas encore
Redit ce mot et rien de plus
Je rentrai dans ma chambre agrave pas lents et tandis
ue mon acircme au milieu drsquoun flamboyant vertige
Se sentait deacutefaillir et rouler ndash jrsquoentendis
Un second coup plus fort que le premier ndash Tiens dis-je
On cogne agrave mon volet Diable je vais y voir
ursquoest-ce que mon volet pourrait donc bien avoir
Car il a quelque chose allons agrave la fenecirctre
Et sachons sans trembler ce que cela peut ecirctre
Crsquoest la rafale et rien de plus
Lors jrsquoouvris la fenecirctre et voilagrave qursquoagrave grand bruit
Un corbeau de la plus merveilleuse apparence
Entra majestueux et noir comme la nuit
Il ne srsquoarrecircta pas mais plein drsquoirreacuteveacuterence
Brusque drsquoun air de lord ou de lady srsquoen vint
Srsquoabattre et se percher sur le buste divin
De Pallas sur le buste agrave couleur pacircle en sorte
ursquoil se jucha tout juste au-dessus de ma portehellip
Il srsquoinstalla puis rien de plus
Et comme il induisait mon pauvre cœur amer
Agrave sourire lrsquooiseau de si mauvais augure
Par lrsquoacircpre graviteacute de sa pose et par lrsquoair
Profondeacutement rigide empreint sur sa figure
Alors me deacutecidant agrave parler le premier
laquo Tu nrsquoes pas un poltron bien que sans nul cimier
Sur la tecircte lui dis-je ocirc rocircdeur des teacutenegravebres
Comment trsquoappelle-t-on sur les rives funegravebres raquo
Lrsquooiseau reacutepondit laquo Jamais plus raquo
Jrsquoadmirai qursquoil compricirct la parole aussi bien
Malgreacute cette reacuteponse agrave peine intelligible
Et de peu de secours car mon esprit convient
206
Que jamais aucun homme existant et tangible
Ne put voir au-dessus de sa porte un corbeau
Non jamais ne put voir une becircte un oiseau
Par un sombre minuit dans sa chambre tout juste
Au-dessus de sa porte installeacute sur un buste
Se nommant ainsi laquo Jamais plus raquo
Mais ce mot fut le seul que lrsquooiseau profeacutera
Comme srsquoil y versait son acircme tout entiegravere
Puis sans rien ajouter de plus il demeura
Inertement figeacute dans sa raideur altiegravere
Jusqursquoagrave ce que jrsquoen vinsse agrave murmurer ceci
ndash Comme tant drsquoautres lui va me quitter aussi
Comme mes vieux espoirs que je croyais fidegraveles
Vers le matin il va srsquoenfuir agrave tire-drsquoailes
Lrsquooiseau dit alors laquo Jamais plus raquo
Sa reacuteponse jeteacutee avec tant drsquoagrave-propos
Me fit tressaillir laquo Crsquoest tout ce qursquoil doit connaicirctre
Me dis-je sans nul doute il recueillit ces mots
Chez quelque infortuneacute chez quelque pauvre maicirctre
Que le deuil implacable a poursuivi sans frein
Jusqursquoagrave ce que ses chants nrsquoeussent plus qursquoun refrain
Jusqursquoagrave ce que sa plainte agrave jamais deacutesoleacutee
Comme un De profondis de sa joie envoleacutee
Eucirct pris ce refrain laquo Jamais plus raquo
Ainsi je me parlais mais le grave corbeau
Induisant derechef tout mon cœur agrave sourire
Je roulai vite un siegravege en face de lrsquooiseau
Me demandant ce que tout cela voulait dire
Jrsquoy reacutefleacutechis et dans mon fauteuil de velours
Je cherchai ce que cet oiseau des anciens jours
Ce que ce triste oiseau sombre augural et maigre
Voulait me faire entendre en croassant cet aigre
Et lamentable laquo Jamais plus raquo
Et jrsquoeacutetais lagrave plongeacute dans un recircve obseacutedant
Laissant la conjecture en moi filer sa trame
Mais nrsquointerrogeant plus lrsquooiseau dont lrsquoœil ardent
Me brucirclait maintenant jusques au fond de lrsquoacircme
Je creusais tout cela comme un mauvais dessein
Beacuteant la tecircte sur le velours du coussin
Ce velours violet caresseacute par la lampe
207
Et que sa tecircte agrave ma Lenore que sa tempe
Ne pressera plus jamais plus
Alors lrsquoair me sembla lourd parfumeacute par un
Invisible encensoir que balanccedilaient des anges
Dont les pas effleuraient le tapis rouge et brun
Et glissaient avec des bruissements eacutetranges
Malheureux mrsquoeacutecriai-je il trsquoarrive du ciel
Un peu de neacutepenthegraves pour adoucir ton fiel
Prends-le donc ce reacutepit qursquoun seacuteraphin trsquoapporte
Bois ce bon neacutepenthegraves oublie enfin la morte
Le corbeau grinccedila laquo Jamais plus raquo
Prophegravete de malheur oiseau noir ou deacutemon
Criai-je que tu sois un messager du diable
Ou bien que la tempecircte ainsi qursquoun goeacutemon
Trsquoait simplement jeteacute dans ce lieu pitoyable
Dans ce logis hanteacute par lrsquohorreur et lrsquoeffroi
Valeureux naufrageacute sincegraverement dis-moi
Srsquoil est srsquoil est sur terre un baume de Judeacutee
Qui puisse encor gueacuterir mon acircme corrodeacutee
Le corbeau glapit laquo Jamais plus raquo
Prophegravete de malheur oiseau noir ou deacutemon
Par ce grand ciel tendu sur nous sorcier drsquoeacutebegravene
Par ce Dieu que beacutenit notre mecircme limon
Dis agrave ce malheureux damneacute chargeacute de peine
Si dans le paradis qui ne doit pas cesser
Oh dis-lui srsquoil pourra quelque jour embrasser
La preacutecieuse enfant que tout son corps adore
La sainte enfant que les anges nomment Lenore
Le corbeau geacutemit laquo Jamais plus raquo
Alors seacuteparons-nous puisqursquoil en est ainsi
Hurlai-je en me dressant rentre aux enfers replonge
Dans la tempecircte affreuse Oh pars ne laisse ici
Pas une seule plume eacutevoquant ton mensonge
Monstre fuis pour toujours mon gicircte invioleacute
Deacutesaccroche ton bec de mon cœur deacutesoleacute
Va-t-en becircte maudite et que ton spectre sorte
Et soit preacutecipiteacute loin bien loin de ma porte
Le corbeau racircla laquo Jamais plus raquo
Et sur le buste austegravere et pacircle de Pallas
208
Lrsquoimmuable corbeau reste installeacute sans trecircve
Au-dessus de ma porte il est toujours heacutelas
Et ses yeux sont en tout ceux drsquoun deacutemon qui recircve
Et lrsquoeacuteclair de la lampe en ricochant sur lui
Projette sa grande ombre au parquet chaque nuit
Et ma pauvre acircme hors du cercle de cette ombre
Qui gicirct en vacillant ndash lagrave ndash sur le plancher sombre
Ne montera plus jamais plus
Disponiacutevel em httpsfrwikisourceorgwikiLe_Corbeau_28traduit_par_Maurice_Rollinat29
Acesso em 12 set 2017
209
Le Corbeau
206 Traduccedilatildeo Leo Quesnel (18)
Le poete est pendant une sombre nuit de de-
cembre assis dans bibliotheque au milieu de ses
livres auxquels il demande vainement 1oubli de sa
douleur Une vague somnolence appesantit ses yeux
rougis par les larmes
Un leger bruit le reveille Cest quelquun qui
frappe a la porte sans doute Que lui importe Sa
tete retombe
Un autre bruit se fait entendre Cest la tapisserie
que du dehors quelquun souleve peut-etre Que
lui importe II se rendort
On frappe encore Entrez dit-il mais per-
sonne nentre II se leve enfin et va voir a la porte
II ny a rien que la silence
II se rassied anxieux et surpris Nouvel appel du
visiteur mysterieux et invisible Imposant silence a
son cceur tout rempli de 1image de Ignore II
faut dit-il Que je decouvre ce mystere Ah
est le vent qui gemissait je pense Et il ouvre la
porte toute grande pour lui livrer passage
Un gros corbeau battant des ailes entre aussitot
comme le maitre du lieu et va se percher sur un buste
de Minerve Son air grave arrache un sourire au jeune
homme melancolique Oiseau ddbene lui dit-il
quel est ton nom sur le rivage de Pluton
Et le corbeau rdpond Nevermore
Etonnd dune rdponse si sage le poete lui dit
Ami inconnu tu me quitteras demain comme les
autres peut-etre
Mais le corbeau repond Nevermore
210
Ah sans doute oiseau tu ignores le sens du
mot que tu prononces Et cest de quelque maitre
afflige comme moi qui avait lui aussi perdu a jamais
son bonheur qui ta appris a dire Nevermore
Ah Ldnore toi qui foulais ce tapis que je foule
qui touchais ces coussins que je touche qui animais
ces lieux de ta presence ny reviendras-tu plus
Et le corbeau repond Nevermore
Une fumee dencens rdpand dans la chambre
sortie dun encensoir quun seraphin balance Cest
ton Dieu qui 1envoie sans doute pour endormir par
ce parfum dans ma memoire le nom douloureux de
Ignore
Et le corbeau repond Nevermore
Prophete de malheur ange ou demon que la
tempete a secoue sur ces rives dis-mois je ten sup-
plie si 1on trouve en enfer le baume de 1oubli
Et le corbeau repond Nevermore
Oh dis-moi si dans le ciel Tame dun amant
desole peut-etre unie un jour a Tame dune vierge
sainte que les anges appellant Lenore
Et le corbeau repond Nevermore
Et jamais le corbeau nest descendu de ce buste de
Minerve dont il couronne le front pensif Ses yeux
de demon senfoncent sans cesse dans les yeux du
poete Son spectre agrandi chaque nuit par la lu-
miere des lampes couvre les murs et les planchers et
1amant infortune ne lui echappera plus Nevermore Cf Disponiacutevel em
httpsarchiveorgstreamravenwithliterar00poeeuoftravenwithliterar00poeeuoft_djvutxt Acesso em
12 set 2017
211
LE CORBEAU
207 Traduccedilatildeo Sir Tollemache Sinclair (1912)
Jadis vers lheure sombre de minuit triste et lasseacute
Quand faible et meacutelancolique je pensais au passeacute
En lisant une page eacutetrange curieuse et obscure
De connaissances oublieacutees de peine bien dure
Comme je remuais la tecircte presque sommeillant
Soudain lon frappa agrave la porte un coup retentissant
Comme si lon frappait par plaisir mecircme en plaisantant
On frappa agrave la porte de ma chambre avec ardeur
Alors je murmurais agrave part laquo Cest quelque visiteur
Qui frappe agrave la porte de ma chambre agrave coups soutenus
Seulement cela et rien de plus raquo
Alors jallai ouvrir la porte au milieu de la nuit
Quand avec de leacutegers mouvements et sans aucun bruit
Un grand corbeau majestueux sortit alors de lombre
Des jours purs et saints dautrefois dans la grise peacutenombre
Il ne fit aucun salut et de moi rien ne quecircta
Ne resta pas calme une minute et ne sarrecircta
Mais comme un grand seigneur ou comme une dame il entra
Vola sur la porte de ma chambre si sombre heacutelas
Et se percha fiegraverement sur un buste de Pallas
Sur la porte de ma chambre aux panneaux bien vermoulus
Se percha et sassit rien de plus
Or cet importun oiseau couleur deacutebegravene en changeant
Mes tristes ideacutees me fit sourire faiblement
Par son grave et austegravere deacutecorum et par le soin
De la contenance quil gardait lagrave-bas dans son coin
laquo Quoique ta crecircte soit courte et que tu sois bien ruseacute
Sur nulle lacirccheteacute pour entrer tu ne tes baseacute
Horrible et hideux corbeau que je hais lagrave-bas percheacute
Errant loin du rivage sombre de ton lieu natal
Dis-moi sans mensonge quel est ton grand nom seigneurial
Sur la plage Plutonienne de la nuit sans vertus raquo
Le corbeau reacutepondit laquo Jamais plus raquo
Mais laffreux corbeau toujours perclieacute solitairement
Sur ce buste calmement percheacute disait fiegraverement
Ces simples mots comme si son acircme eacutetait eacuteveilleacutee
Dans ces seuls mots il eacutepancha sa subtile penseacutee
Rien de plus que tout cela alors il ne murmurait
212
Pas une seule plume sur son dos ne sagitait
Jusquagrave ce quen peine je dis comme cela durait mdash laquo Jeus beaucoup
dautres amis jadis aimeacutes tendrement
Un matin il me quittera sans deacutelai promptement
Comme nos espoirs passeacutes se sont envoleacutes deacuteccedilus raquo
Or loiseau reacutepeacutetait laquo Jamais plus raquo
Par le silence rompu agrave la fin presque eacutetonneacute
Et par sa simple reacuteponse vaguement mystifieacute
Sans doute me disais-je ce quil murmure lagrave-haut
Est tout ce quil connaicirct et mecircme son unique mot
Appris de quelque maicirctre malheureux presque deacutement
Qui subit quelque deacutesastre impitoyable vraiment
Deacutesastre qui le suivit tregraves vite et rapidement
Et de qui les chants contenaient en ses notes si fortes
Seulement le dur regret de ses espeacuterances mortes
Avec ce fardeau meacutelancolique et parfois confus
Du temps qui ne sera jamais plus
laquo Prophegravete lui dis-je chose de mal toujours meacutechant
Prophegravete que tu sois oiseau ou bien diable peacutechant
Soit que tu fus envoyeacute par Satan en sa colegravere
Ou que lorage te lanccedila de lenfer sur la terre
Le coeur en rage et cependant tout agrave fait indompteacute
Sur ce sol deacutesert magique et sans aucune bonteacute
lagrave mecircme chez moi objet dhorreur et effronteacute
Dis-moi vraiment je timplore effrayant et vain fantocircme
Ny a-t-il pas ny a-t-il pas en Galaad de baume
Dis-le moi dis-le-moi je timplore corbeau intrus raquo
Le corbeau reacutepondit laquo Jamais plus raquo
laquo Ah que ce mot soit notre signe dadieu cependant
Triste oiseau ou deacutemon de lenfer dis-je en meacutecartant
Va-t-en loin dici dans la tempecircte ecirctre maudit
Oh Retourne vers le rivage Plutonien de la nuit
Et ne laisse aucune plume noire en signe visible
Du mensonge que ton acircme a dit mensonge risible
Laisse-moi dans ma solitude affreuse ecirctre nuisible
Quitte le buste au-dessus de ma porte et sois damneacute
Et retire ton bec maudit de mon coeur tortureacute
Et ta forme de sur ma porte aux angles bien aigus raquo
Le corbeau reacutepondit laquo Jamais plus y^
Le corbeau maudit jamais ne senvolant meacutefiant
Encore assis encore assis et toujours deacutefiant
Sur le buste de Pallas agrave la chevelure dambre
Reste toujours au-dessus de la porte de ma chambre
213
Et ses yeux ont tout laspect envieux et le ton si vert
De ceux dun deacutemon qui dort mais loeil agrave moitieacute ouert
La lumiegravere dune lampe le montre agrave deacutecouvert
Dessine parfois son ombre sur le parquet si sombre
Et mon acircme vague du dehors de cette triste ombre
Qui flotte sur le parquet mon acircme aux espoirs perdus
Oh ne sera libre jamais plus
Cf Disponiacutevel em
httpsia600300usarchiveorg22itemslarmesetsourires00sinclarmesetsourires00sincpdf Acesso em
12 set 2017 p 219-220
214
LE CORBEAU
208 Traduccedilatildeo William Little Hughes (1862)
I
Un soir par un triste minuit tandis que faible et fatigueacute jrsquoallais recircvant agrave
plus drsquoun vieux et bizarre volume drsquoune science oublieacutee tandis que
sommeillant agrave moitieacute je laissais pencher ma tecircte de ccedilagrave de lagrave jrsquoentendis
quelqursquoun frapper frapper doucement agrave la porte de ma chambre laquo Crsquoest
un visiteur murmurai-je qui frappe agrave la porte de ma chambre mdash
Ce nrsquoest que cela et rien de plus raquo
II
Ah je mrsquoen souviens comme drsquohier mdash crsquoeacutetait pendant le froid deacutecembre
et chaque tison isoleacute dessinait en expirant son fantocircme sur le parquet Je
souhaitais vivement le jour mdash en vain jrsquoavais chercheacute dans mes recircves
lrsquooubli de mes peines lrsquooubli de ma Leacutenore perdue mdash de lrsquoincomparable
et rayonnante jeune fille que les anges nomment Leacutenore
Et qursquoici-bas on ne nomme plus
III
Et le bruissement triste soyeux et incertain de mes rideaux violets me fit
tressaillir mdash me causa de fantastiques terreurs jamais ressenties
jusqursquoalors de sorte que pour calmer les battements de mon cœur
jrsquoallais me reacutepeacutetant laquo Crsquoest quelque visiteur qui veut entrer quelque
tardif visiteur qui veut entrer dans ma chambre mdash
Un visiteur et rien de plus raquo
IV
Enfin mon acircme reprit courage sans plus heacutesiter laquo Monsieur dis-je ou
bien Madame je vous demande mille pardons mais le fait est que je
sommeillais et vous avez frappeacute si doucement vous avez frappeacute frappeacute si
faiblement agrave la porte de ma chambre que crsquoest agrave peine si je suis sucircr
drsquoavoir bien entendu raquo Agrave ces mots jrsquoouvris la porte toute grandehellip
Lrsquoobscuriteacute et rien de plus
V
Le regard plongeacute dans les teacutenegravebres je restai lagrave surpris effrayeacute plein de
doutes recircvant ce que jamais mortel nrsquoavait oseacute recircver auparavant mais
rien nrsquointerrompit le silence pas un bruit reacuteveacutelateur sauf un seul mot dit agrave
voix basse le mot laquo Leacutenore raquo Jrsquoavais murmureacute ce mot mdash lrsquoeacutecho en
murmurant me renvoya le mot laquo Leacutenore raquo mdash
Ce seul mot pas un de plus
VI
Rentrant dans la chambre lrsquoacircme en feu bientocirct jrsquoentendis frapper un peu
plus fort qursquoauparavant laquo Bien sucircr me dis-je on a frappeacute au volet de ma
215
fenecirctre Voyons ce que crsquoest explorons ce mystegravere mdash calme-toi un
moment mon cœur que jrsquoeacuteclaircisse ce mystegravere mdash
Crsquoest le vent et rien de plus raquo
VII
Ici je poussai le volet mdash alors entra chez moi avec maint freacutemissement et
maint battement drsquoailes un superbe corbeau un corbeau des temps
bibliques Il ne mrsquoadressa pas le plus leacuteger salut sans srsquoarrecircter ni heacutesiter
un seul instant mais avec un air de grand seigneur ou de grande dame il
alla se percher sur la porte de ma chambre mdash se percher sur un buste de
Pallas juste au-dessus de la porte de ma chambre mdash
Srsquoy percha srsquoy installa et rien de plus
VIII
Alors comme lrsquooiseau drsquoeacutebegravene amusait ma peine et me faisait sourire par
le roide et grave deacutecorum de la contenance qursquoil gardait laquo malgreacute ta tecircte
chauve et deacuteplumeacutee toi lui dis-je tu nrsquoas pas lrsquoair drsquoun poltron ocirc maigre
sombre et veacuteneacuterable corbeau eacutechappeacute des rives de la Nuit Peut-on savoir
de quel nom on trsquohonore sur la rive plutonienne raquo
laquo Jamais raquo reacutepliqua le corbeau laquo Jamais plus raquo
IX
Je fus grandement eacutemerveilleacute drsquoentendre ce disgracieux volatile parler
aussi clairement bien que sa reacuteponse eucirct peu de sens et bien peu drsquoagrave-
propos mdash car il faut en convenir jamais mortel ne fut assez heureux
pour voir un oiseau de cette espegravece srsquoinstaller au-dessus de sa porte mdash un
oiseau ou tout autre animal se percher sur le buste sculpteacute au-dessus de sa
porte
Et reacutepondre au nom laquo Jamais plus raquo
X
Mais le corbeau montant sa garde solitaire sur le buste aux traits placides
ne prononccedila que ce seul mot comme srsquoil y eucirct eacutepancheacute son acircme tout
entiegravere Il ne dit pas autre chose pas une de ses plumes ne srsquoagita Mais
comme je venais agrave peine de murmurer laquo Bien des amis ont pris leur vol
mdash demain lui aussi srsquoen ira par le chemin qursquoont pris mes espeacuterances raquo
Lrsquooiseau reacutepeacuteta laquo Jamais plus raquo
XI
Agrave cette reacuteponse si opportune qui venait rompre le silence je me sentis
tressaillir de nouveau laquo Sans doute me dis-je sans doute il me deacutebite la
somme de son savoir crsquoest lrsquoeacutelegraveve de quelque maicirctre infortuneacute que le
malheur impitoyable a poursuivi sans relacircche jusqursquoagrave ce que ses chansons
nrsquoeussent plus qursquoun seul refrain mdash jusqursquoagrave ce que le glas de ses
espeacuterances ne sonnacirct plus qursquoun sinistre refrain
laquo Jamais Jamais plus raquo
XII
216
Comme le corbeau amusait ma peine et mrsquoarrachait un sourire je roulai
soudain mon fauteuil en face de lrsquooiseau du buste et de la porte
Mrsquoenfonccedilant dans le velours je me mis agrave enchaicircner une penseacutee agrave lrsquoautre
me demandant ce que cet oiseau des temps bibliques cet oiseau de
preacutesage ce corbeau sombre disgracieux maigre et de mauvais augure
voulait dire en croassant ainsi
laquo Jamais Jamais plus
XIII
Cherchant agrave sonder ce mystegravere mais sans adresser une syllabe agrave lrsquooiseau
dont le regard de feu me consumait le cœur mdash tout occupeacute de ce recircve et de
bien drsquoautres je mrsquoallongeai la tecircte doucement reposeacutee sur le coussin de
velours ougrave tombaient les rayons de ma lampe sur le coussin de velours
violet qursquoeacuteclairaient les rayons de ma lampe
Mais qursquoElle ne pressera jamais plus
XIV
Alors je crus sentir dans lrsquoair plus dense les parfums drsquoun invisible
encensoir balanceacute par de Seacuteraphins dont les pas tombaient avec un bruit
meacutetallique sur le parquet tapisseacute[1]
laquo Infortuneacute mrsquoeacutecriai-je ton Dieu
trsquoannonce un peu de reacutepit mdash par ces messagers ton Dieu trsquoenvoie du
reacutepit et lrsquooubli des souvenirs de ta Leacutenore Bois oh bois ce doux
neacutepenthegraves et cesse de pleurer ta Leacutenore raquo
Le corbeau reacutepeacuteta laquo Jamais plus raquo
XV
laquo Prophegravete mrsquoeacutecriai-je hocircte de malheur Oiseau ou deacutemon prophegravete
pourtant sous forme drsquooiseau que tu sois un envoyeacute du Tentateur ou que
la tempecircte te pousse tourmenteacute mais non effrayeacute vers ma solitude
ensorceleacutee mdash vers mon foyer hanteacute par les Terreurs nrsquoimporte mdash Dis-
moi franchement je lrsquoimplore mdash est-il un baume pour ma souffrance
Reacuteponds reacuteponds je trsquoen supplie raquo
Le corbeau reacutepeacuteta laquo Jamais plus raquo
XVI
laquo Prophegravete redis-je hocircte de malheur Oiseau ou deacutemon prophegravete
pourtant sous forme drsquooiseau Par le ciel arrondi sur nos tecirctes par le Dieu
que tous deux nous adorons dis agrave mon acircme accableacutee de douleur si dans
un lointain Eacuteden elle reverra une sainte jeune fille une incomparable et
rayonnante jeune fille que les anges nomment Leacutenore raquo
Le corbeau reacutepondit laquo Jamais plus raquo
XVII
laquo Que ce mot soit le signal de ton deacutepart oiseau ou deacutemon criai-je en me
redressant drsquoun bond Reprends ton vol agrave travers lrsquoorage regagne la rive
plutonienne Ne laisse pas ici une plume noire pour me rappeler le
mensonge que tu viens de profeacuterer Abandonne-moi agrave ma solitude quitte
217
ce buste au-dessus de ma porte retire ton bec de mon cœur retire ton
spectre de mon seuil raquo
Le corbeau reacutepeacuteta laquo Jamais plus raquo
XVIII
Et le corbeau immobile demeure percheacute toujours percheacute sur le buste
blanc de Pallas juste au-dessus de ma porte son regard est celui drsquoun
deacutemon qui recircve et la lumiegravere de la lampe qui lrsquoinonde dessine son ombre
sur le parquet de cette ombre qui tremble sur le parquet mon acircme
Ne sortira jamais plus
1
Whose foot-falls tinkled on the tufted floor
Cf Disponiacutevel em
httpsfrwikisourceorgwikiContes_inC3A9dits_28Poe29PoC3A9siesLe_Corbeau
Acesso em 12 set 2017
218
ldquoLe Corbeaurdquo
209 Traduccedilatildeo Eacutemile Lauvriegravere (1904)
Une fois en un minuit lugubre tandis que je mappesantissais faible
[et fatigueacute]
Sur maint eacutetrange et curieux volume dune science oublieacutee
Tandis que je dodelinais de la tegravete presque assoupi soudain se fit
[un heurt]
Comme de quelquun frappant doucement frappant agrave la porte de ma
[chambre]
Cest quelque visiteur murmurai-je qui frappe agrave la porte de ma
Cela seul et rien de plus raquo [chambre]
Ah distinctementje me souviens que ceacutetait dans le glacial deacutecembre
Et que chaque tison mourant projetait nettement son ombre sur le
[plancher]
Avec quelle ardeur je souhaitais le matin cest en vain que javais
[voulu demander]
A mes livres un sursis agrave ma douleur ma douleur davoir perdu Leacutenore
Cette rare et radieuse jeune fille que les anges nomment Leacutenore
Et qui naura de nom ici-bas jamais plus
Et le soyeux triste et vague bruissement des rideaux de pourpre
Me faisait tressaillir memplissantde fantastiques terreurs inconnues
[jusqualors]
Si bien que pour calmer le battement de mon coeur je me levai
[reacutepeacutetant ]
(v Cest quelque visiteur qui sollicite lentreacutee agrave la porte de ma chambre
Quelque tardif visiteur qui sollicite lentreacutee agrave la porte de ma chambre
Cest cela et rien de plus raquo
Aussitocirct mon acircme se trouva plus forte et nheacutesitant plus deacutesormais
laquo Monsieur dis-je ou Madame en veacuteriteacute jimplore votre pardon
Mais le faitestqueje somnolais et vous ecirctes venu si doucement frapper
Si faiblement vous ecirctes venu tapoter agrave la porte de ma chambre
Que jeacutetais agrave peine sucircr de vous avoir entendu raquo et jouvris alors la
Teacutenegravebres dehors et rien de plus [porte toute grande ]
Au fond (le ces teacutenegravebres plongeant un regard perccedilant longtemps je
[me tins lagrave agrave meacutetonner agrave meffrayerj
A douter agrave reacuteverdes recircves quaucun mortel nosa encore jamais recircver
Mais le silence ne fut point troubleacute et limmobiliteacute ne donna point de
Et le seul nom profeacutereacute fut un nom chuchoteacute laquo Leacutenore raquo [signe]
Cest lui que je chuchotai et un eacutecho agrave son tour murmura le mot
Ce fut tout et rien de plus [Leacutenore raquo
219
Rentrant dans ma chambre toute mon acircme en feu
Bientocirct jentendis encore un heurt un peu plus fort quauparavant
laquo Sucircrement dis-je sucircrement il y a quelquun agrave la jalousie de ma
Voyons donc ce que cest et explorons ce mystegravere [fenecirctre ]
Laissons mon coeur se calmer un moment et explorons ce mystegravere
Cest le vent et rien de plus raquo
Lagrave-dessus je poussai le volet et voilagrave quavec maint frocirclement et
[battement dailesi
Entre un majestueux Corbeau des saints jours dautrefois
Il ne lit pas la moindre reacuteveacuterence il ne sarrecircta ni ne sattarda un
[instant]
-Mais avec un port de seigneur ou de grande dame se percha au-
[dessus de la porte de ma chambre]
Il se percha sur un buste de Pallas juste au-dessus de la porte de
Il sy percha sinstalla et rien de plus [ma chambre]
Alors cet oiseau deacutebegravene induisant ma triste agraveme agrave sourire
Par le grave et seacutevegravere deacutecorum quagrave sa physionomie il donnait
(( liien que ta crecircte soit rase et tondue non lui dis-je tu nes certes
[pas un poltron]
Antique et affreusement lugubre Corbeau qui ten viens errer des
[rivages de la nuit]
Dis-moi quel est ton nom de seigneur au rivage plutonien de la nuit raquo
Le Corbeau dit laquo Jamais plus raquo
Je meacutemerveillai fort que ce disgracieux volatile comprit si bien la
Uuoique sa reacuteponse neucirct que peu de sens et dagrave-propos [parole]
Car il faut bien convenir que nul homme vivant
ieucirct jamais lheur de voir un oiseau au-dessus de la porte de sa
[chambre]
Un oiseau ou une becircte sur un buste sculpteacute au-dessus de la porte de
Oui eucirct pour nom laquo Jamais plus raquo [sa chambre]
Maisle Corbeau percheacute solitairement sur le buste placide ne prononccedila
Que ce seul mot comme si en ce seul mot il eacutepanchait toute son acircme
Une prononccedila pas un autre mot nagita pas une plume
Jusquagrave ce que je me risquasse agrave murmurer laquo Dautres amis ont
[deacutejagrave fui]
Demain lui aussi me quittera comme mes espeacuterances deacutejagrave enfuies -gt
Alors Toiseau dit laquo Jamais plus raquo
Alarmeacute du nouveau silence qui suivit une reacuteponse si pleine dagrave-propos
laquo Sans doute dis-je ce quil deacutebite lagrave est tout son bagage de savoij
Pris agrave quelque maicirctre infortuneacute que limpitoyable deacutesastre
Na cesseacute de suivre et de poursuivre de plus en plus pregraves jusquagrave ce
[que ses chants neussent plus quun refrain]
Jusquagrave ce que les chants funegravebres de son Espeacuterance neussent plus
220
laquoJamais jamais plus raquo [que ce meacutelancolique refrain j
Mais le Corbeau induisant encore toute mon acircme agrave sourire
Je mempressai de rouler un siegravege agrave coussins en face de loiseau et
[du buste et de la porte]
Puis menfonccedilant dans le velours je me pris agrave enchaicircner
Songerie agrave songerie pensant agrave ce (pie ce sinistre oiseau des anciens
[jours]
Ce que cet affreux disgracieux funegravebre maigre et sinistre oiseau
[des anciens jours]
Voulait dire par son croassement laquo Jamais plus raquo
Je restais ainsi cherchant agrave deviner mais sans adresser un mot
A loiseau dont les yeux de feu me brucirclaient maintenant jusquau
[fond du coeur ]
Je restais agrave deviner cela et bien autre chose ma tecircte reposant agrave laise
Sur la doublure du coussin que deacutevorait la lueur de la lampe
La doublure de velours violet que deacutevorait la lueur de la lampe
Et quEe ne pressera ah jamais plus
Alors il me sembla que lair seacutepaississait parfumeacute par un encensoir
[invisible]
Oue balanccedilaient des seacuteraphins dont les pas tintaient sur leacutepais tapis
[de la chambre]
i( Malheureux meacutecriai-je ton Dieu ta donneacute il ta envoyeacute par les
[anges]
Du reacutepit du reacutepit et du neacutepenthegraves en tes souvenirs de Leacutenore
Bois oh bois ce bon neacutepenthegraves et oublie cette Leacutenore perdue gt
Le corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Prophegravete dis-je ecirctre de malheur oiseau ou deacutemon toujours pro-
[phegravete]
(Jue tu sois envoyeacute par le Tentateur ou jeteacute sur ce rivage par la
[tempecircte]
Deacutesoleacute quoique intreacutepide sur cette deacuteserte terre ensorceleacutee
En ce logis par lhorreur hanteacute dis-moi sincegraverement je ten supplie
Est-il cxiste-t-il un baume en Galeacutead dis dis-moi je ten supplie raquo
Le Corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquoProphegravete dis-je ecirctre de malheur oiseau ou deacutemon toujours pro-
[phegravete]
Par le ciel qui se deacuteploie au-dessus de nos tegravetes par ce Dieu que tous
[deux nous adorons]
Dis agrave cette acircme de chagrin chargeacutee si dans lEden lointain
Elle doit eacutetreindre une vierge sainte que les anges nomment Leacutenore
Etreindre une rare et radieuse vierge que les anges nomment Leacutenore raquo
Le Corbeau dit laquo Jamais plus raquo
laquo Que cette parole soit le signal de notre seacuteparation oiseau ou deacutemon
221
[hurlai-je en me dressant]
Rentre dans la tempecircte retourne au rivage plutonien de la nuit
Ne laisse pas de plume noire en gage du mensonge qua profeacutereacute ton
[acircme ]
Laisse invioleacutee ma solitude quitte ce buste au-dessus de ma porte
Arrache ton bec de mon coeur et preacutecipite ton spectre loin de ma
Le Corbeau dit u Jamais plus raquo [porte raquo]
Mais le corbeau sans broncher aiegravege encore siegravege toujours
Sur le pagravelebusLede Pallasjuste au-dessus de la porte de ma chambre
Et ses yeux ont toute la semblance de ceux dun deacutemon qui recircve
Et la lueur de la lampe ruisselant sur lui projette son ombre sur le
[plancher]
Et mon acircme hors de cette ombre qui git flottante sur le plancher
Ne seacutelegravevera jamais plus
POE Edgar Allan Edgar Poe Contes et poeacutesies Introduction traduction et notes par Eacutemile Lauvriegravere
Paris la Renaissance du livre 1918
LAUVRIEgraveRE Eacutemile Edgar Allan Poe Sa Vie et son oeuvre Eacutetude de Psychologie pathologique Paris
Feacutelix Alcan 1904 [Consta traduccedilatildeo do poema sem indicaccedilatildeo de autoria o que sugere fortemente jaacute se
tratar da traduccedilatildeo de Lauvriegravere
Cf Disponiacutevel em httpsia800307usarchiveorg10itemsedgarpoe00laurrichedgarpoe00laurrichpdf
Acesso em 14 jul 2017
222
TRADUCcedilOtildeES ITALIANAS
ldquoIL CORVOrdquo
223
Il Corvo
2010 Traduccedilatildeo Ulisse Ortensi (1892)
Il Corvo
Una volta verso una mezzanotte tetra mentre
io meditava stanco ed annoiato sopra alcuni strani
e curiosi volumi di antica e dimenticata erudizione
mentro io dondolava il capo quasi dormendo
improvvisamente udii un colpo come di qualcuno
leggermente picchiante mdash picchiante allrsquouscio della
camera mia laquo Egli egrave qualche visitatore io dissi
picchiante allrsquo uscio della camera mia
solamente questo e laquo Nulla piugrave raquo
Ah distintamente io ricordo egli era nel freddo
decembre e ciascun tizzo di bracia morente che si
staccava disegnava il suo spettro sul pavimento (1)
Ardentemente io desiderava il domani vanamente
io aveva domandato in prestito ai miei libri la
cessazione dellrsquoafflizione mdash dellrsquoafflizione per la
perduta Lenore mdash per la rara e raggiante vergine
che gli angeli chiamano Lenore mdash
senza nome qui per sempre mdash
(1) Cosi il Neucioni
Ed il setoso triste incerto ronzio di ciascuna
porporata cortina mi faceva rabbrividire mi empiva
di fantastici terrori mai prima sentiti di maniera
che ora per acquetare i battiti del cuore io andava
ripetendo laquo Egli egrave qualche visitatore supplicante
entrata sullrsquo uscio della camera mia mdash qualche
tardo visitatore supplicante lrsquoentrata allrsquouscio della
camera mia
224
mdash questo egli egrave e nulla piugrave
Immediatamente il mio spirito diventograve piugrave forte
negrave piugrave a lungo titubando laquo Signore io dissi o
Signora veramente io imploro il vostro perdono mdash
ma il fatto egrave chrsquoio era sonnecchiante e cos legger-
mente siete venuto a picchiare e cosigrave piano voi
siete venuto a picchiare mdash a picchiare allrsquo uscio
della camera mia che io a stento era sicuro di
avervi inteso mdash Qui spalancai per tutta la sua
larghezza la porta mdash
Vera teacutenebra e nulla piugrave
Eiccando lo sguardo profondo nel buio lunga-
mente io stetti meravigliandomi impaurendomi
dubitando fantasticando sogni che nessun mortale
prima aveva osato fantasticare ma il silenzio era
continuo e 1rsquo oscuritagrave non dava segno e la parola
sola ivi pronunciata era la bisbigliata parola laquo Le-
nore raquo mdash questa io bisbigliai e unrsquo eco mormorograve
di rimando la parola laquo Lenore raquo mdash
Meramente questo e nulla piugrave
Ritornando nella camera tutto il mio spirito
ardente dentro di me presto io ascoltai di nuovo
un colpo alquanto piugrave forte di prima laquo Sicura-
mente io dissi questo egrave qualche cosa alla mia
finestra ingraticciata Chrsquo io vegga allora ciograve che
vrsquoograve cd esplori questo mistero mdash che si calmi il
mio cuore un momento e questo mistero esplori mdash
Egrave il vento e nulla piugrave raquo mdash
Interamente qui io spalancava lrsquoimposta quando
con molte celie ed agitamenti vrsquo entrograve un altiero
corvo dei santi giorni del tempo antico Egli non
rese il menomo inchino non un istante esso cessograve
o srsquo arrestograve mdash ma con ciera di signore o signora
si posograve sullrsquo uscio della camera mia mdash si posograve
sopra un busto di Pallade proprio sullrsquo uscio della
camera mia mdash
225
si posograve e stette e nulla piugrave mdash
Allora questo uccello drsquoebano allettando la mia
triste fantasia nel sorriso per il grave e severo
decoro della continenza che esso aveva laquo Quantun-
que la tua cresta sia spogliata e rasa tu raquo io dissi
laquo sicuramente non sei codardo cadaverico orrido
ed antico Corvo errante lontano dalla Notturna -
riva mdash dimmi qualrsquo egrave il tuo nobile nome nelle Plu-
toniane rive della Notte raquo
Disse il Corvo laquo Mai piugrave raquo
Molto mi meravigliai nel sentire discorrere cosigrave
franco questo sgarbato uccello sebbene la sua ri-
sposta poco dicendo mdash poco a proposito cadesse
perohegrave non egrave nostra colpa convenire che nessun
essere umano vivente mai fu ancora fortunato di
vedere un uccello sullrsquo uscio della camera sua uc-
cello o bestia sopra il busto scolpito sullrsquo uscio della
camera sua
con tal nome come laquo Mai piugrave raquo
Ma il corvo sedendo solitariamente sopra quel
placido busto diceva solamente quellrsquo unica parola
come se egli lrsquo anima sua in questrsquo unica parola
versasse mdash Nulla piugrave allora egli disse non una
piuma allora egli agitograve fincheacute io piugrave che a stento
articolai laquo Altri amici sono fuggiti innanzi do-
mani egli mi abbandoneragrave come le mie speranze
che sono volate innanzi raquo
Allora 1rsquo uccello disse laquo Mai piugrave raquo
Trasalendo al silenzio interrotto da replica cosi
attamente proferita laquo Senza dubbio io dissi ciograve
che esso pronuncia egrave suo solamente fornito e messo
in serbo appreso da qualche sventurato padrone
che impietoso sfortunio perseguitograve fortemente e
perseguitograve ancor piugrave fortemente fino a che i suoi
canti portarono un ritornello fino a che i funebri
226
canti della sua Speranza il melanconico ritornello
portarono
del laquo Mai mdash mai piugrave raquo
Ma il Corvo ammaliando ancora tutta la mia
triste anima al sorriso direttamente io voltai una
sedia a cuscini in fronte allrsquo uccello al busto ed
alla porta poscia sul velluto affossandomi io oc-
cupai me stesso a pensare fantasia dentro fantasia
a pensare che cosa questo uccello disgraziato spet-
trale scarno ed uccello del tempo antico di sinistro
augurio avesse voluto dire
gracchiando laquo Mai piugrave raquo
Questo io sedetti occupato a congetturare perograve
nessuna sillaba esprimendo allrsquo uccello i fieri occhi
del quale ora cadevano nel mezzo del mio petto
questo e piugrave io sedetti divinando con la mia testa
comodamente reclina stilla copertura di velluto del
cuscino che la lampada illumina (ardentemente) dal-
lalto mdash ma la fodera di velluto violetto del quale
dalla lampada illuminata (ardentemente) Ella non
premeragrave
ah laquo Mai piugrave raquo
Allora mi sembrograve che lrsquo atmosfera divenisse piugrave
densa profumata da un invisibile incensiere agitato
da Serafini i piedi dei quali posantisi sul pavimento
risuonavano sul tappeto mdash laquo Miserabile io gridai
mdash il tuo Dio trsquo ha prestato mdash per questi angeli ti
ha mandato riposo mdash riposo e panacea per le tue
memorie di Lenore Bevi oh bevi questa buona
panacea e dimentica questa perduta Lenore raquo
Disse il Corvo laquo Mai piugrave raquo
Profeta io dissi creatura del male mdash profeta
sempre se uccello o diavolo mdash sia che il Tenta-
tore trsquo inviograve o sia che tempesta ti sbalzograve qui arre-
nato desolato ancora non domito in questa landa
227
incantata in questa casa visitata dall orrore dimmi
veramente io imploro mdash vrsquo egrave mdash vrsquo egrave balsamo in
Gilead mdash dimmi mdash dimmi mdash io imploro raquo
Disse il Corvo laquo Mai piugrave raquo
laquo Profeta raquo io dissi laquo creatura del Male profeta
sempre sia uccello o demone Per questo cielo che
pesa sugrave noi mdash per quel Dio che noi ambo adoriamo
di questrsquo anima aggravata dal dolore se in un
lontano Eden abbraeceragrave una fanciulla santificata
che gli angeli chiamano Lenore mdash abbraccera una
rara e raggiante vergine che gli angeli chiamano
Lenore raquo mdash
Disse il Corvo laquo Mai piu raquo
laquo Sia questa parola il nostro segno di separa-
zione uccello o demone raquo io tarlai levandomi d un
tratto mdash laquo Ricagravecciati nella tempesta e nelle Plu-
toniche rive della Notte mdash Non lasciare nessuna
piuma nera come un pegno di quella menzogna
che la tua anima ha detto mdash Lascia la mia so-
litudine non interrotta mdash lascia il busto sullrsquo uscio
della camera mia distacca il tuo becco dal mio
cuore e getta la tua figura lontano dalla mia porta raquo
Disse il Corvo laquo Mai piugrave raquo
Ed il Corvo senza piugrave muoversi tuttora egrave posato
tuttora egrave posato sul pallido busto di Pallade proprio
sullrsquo uscio della camera mia ed i suoi occhi hanno
ogni somiglianza con quelli di un demone che egrave
sognante e la luce della lampada cadendo sugrave lui
proietta lrsquoombra sua sul pavimento e lrsquoanima mia da
quellrsquoombra che si stende fluttuando sul pavimento
non saragrave ritolta mdash laquo Mai piugrave raquo
228
Il Corvo
2011 Traduccedilatildeo Ernesto Ragazzoni (1896)
Una volta a mezzanotte mentre stanco e affaticato
meditavo sovra un raro strano codice obliato
e la testa grave e assorta mdash non reggevami piuacute su
fui destato allrsquoimprovviso da un romore alla mia porta
5laquoUn viatore un pellegrino bussa mdash dissi mdash alla mia porta
solo questo e nulla piugraveraquo
Oh ricordo era il dicembre e il riflesso sonnolento
dei tizzoni in agonia ricamava il pavimento
Triste avevo invan lrsquoaurora mdash chiesto e invano una virtugrave
10arsquo miei libri per scordare la perduta mia Lenora
la raggiante santa vergine che in ciel chiamano Lenora
e qui nome or non ha piugrave
E il severo vago morbido ondeggiare dei velluti
mi riempiva penetrava di terrori sconosciuti
15tanto infine che a far corta mdash quellrsquoangoscia mrsquoalzai su
mormorando laquoEgrave un pellegrino che ha battuto alla mia porta
un viatore o un pellegrino che ha battuto alla mia porta
questo e nulla nulla piugraveraquo
Calmo allor cacciate alfine quelle immagini confuse
20mossi un passo e laquoSignor mdash dissi mdash o signora mille scuse
ma vi giuro tanto assorta mdash mrsquoera lrsquoanima e quassugrave
tanto piano tanto lieve voi bussaste alla mia porta
chrsquoio non sono ancor ben certo drsquoesser destoraquo Aprii la porta
un gran buio e nulla piugrave
25Impietrito in quella tenebra dubitoso tutta unrsquoora
stetti fosco immerso in sogni che mortal non sognograve ancora
ma la notte non dieacute un segno mdash il silenzio pur non fu
rotto e solo solo un nome srsquoud gemere laquoLenoraraquo
Io lo dissi ed a sua volta rimandograve lrsquoeco laquoLenoraraquo
30Solo questo e nulla piugrave
E rientrai ma come pallido triste in cor fino alla morte
esitavo un nuovo strepito mi riscosse e or fu sigrave forte
che davver pensai davvero mdash qualche arcano avvien quaggiugrave
229
qualche arcan che mi conviene penetrar qualche mistero
35Lasciam lrsquoanima calmarsi poi scrutiam questo mistero
Saragrave il vento e nulla piugrave
Qui dischiusi i vetri e torvo mdash con gran strepito di penne
grave altero irruppe un corvo mdash dellrsquoetagrave la piugrave solenne
ei non fece inchin di sorta mdash non fersquo cenno alcun ma giugrave
40come un lord od una lady si diresse alla mia porta
ad un busto di Minerva proprio sopra alla mia porta
scese stette e nulla piugrave
uellrsquoaugel drsquoebano allora cos tronfio e pettoruto
tentograve fino ad un sorriso il mio spirito abbattuto
45e laquoSebben spiumato e torvo mdash dissi mdash un vile non sei tu
certo o vecchio spettral corvo della tenebra di Pluto
Quale nome a te gli araldi dagravenno a corte di Re Plutoraquo
Disse il corvo allor laquoMai piugraveraquo
Mi stupii che quellrsquoinfausto disgraziato augello avesse
50la parola e bencheacute quelle fosser sillabe sconnesse
trasalii cheacute in niuna sorta mdash di paese fin qui fu
dato ad uom di contemplare un augel sovra una porta
un augello od una bestia aggrappata ad una porta
con un nome tal laquoMai piugraveraquo
55Ma severo e grave il corvo piugrave non disse e stette come
srsquoegli avesse messo tutta quanta lrsquoanima in quel nome
sovra il busto appollaiato mdash non parlograve non mosse piugrave
fincheacute triste ebbi ripreso laquoAltri amici mrsquohan lasciato
il mattin non saragrave giunto chrsquoegli pur mrsquoavragrave lasciatoraquo
60Disse allor laquoMai piugrave mai piugraveraquo
Scosso al motto chrsquoor s bene srsquoera apposto al mio pensiere
laquoCerto mdash dissi mdash queste sillabe sono tutto il suo sapere
e chi a tale ritornello mdash lrsquoaddestrograve forse quaggiugrave
saragrave stato s infelice chrsquoogni canto suo piugrave bello
65come un requiem non aveva ogni canto suo piugrave bello
a finir che in un mai piugraveraquo
Ma un pensier folle ancor voltomi a un sorriso il labbro torvo
scivolai su un seggiolone fino in faccia al busto e al corvo
e qui steso nel velluto mdash presi intento a studiar su
70cosa mai volesse dire quel ferale augel di Pluto
230
quel feral sinistro magro triste infausto augel di Pluto
col suo lugubre laquoMai piugraveraquo
Cosigrave assorto in fantasie stetti a lungo e sempre intento
allrsquoaugello i di cui sguardi mi riempivan di spavento
75non osai piugrave aprire labro mdash sprofondato sempre giugrave
fra i cuscini accarezzati dal chiaror di un candelabro
fra i cuscini rossi ovrsquoella al chiaror di un candelabro
non verragrave a posar mai piugrave
Allor parvemi che a un tratto si svolgesse in aria denso
80e arcan come dal turibolo drsquoun angelo un incenso
laquoO infelice dissi egrave lrsquoora mdash e infin ecco la virtugrave
e il nepente che imploravi per scordar la tua Lenora
Bevi bevi il filtro e scorda scorda alfin questa Lenoraraquo
Mormorograve lrsquoaugel laquoMai piugraveraquo
85laquoO profeta mdash urlai mdash profeta spettro o augel profeta ognora
o lrsquoAverno trsquoabbia inviato mdash o una raffica di bora
trsquoabbia naufrago sbalzato mdash a cercar asil quaggiugrave
in questrsquoantro di sventure dirsquo al meschino che trsquoimplora
se qui crsquoegrave un incenso un balsamo divino egli trsquoimploraraquo
90Mormorograve lrsquoaugel laquoMai piugraveraquo
laquoO profeta mdash urlai mdash profeta spettro o augel profeta ognora
per il ciel sovra noi teso per lrsquoIddio che noi srsquoadora
dirsquo a questrsquoanima se ancora mdash nel lontano Eden lassugrave
potragrave unirsi a unrsquoombra cara che chiamavasi Lenora
95a una vergine che gli angeli ora chiamano Lenoraraquo
Mormorograve lrsquoaugel laquoMai piugraveraquo
laquo uesto detto sia lrsquoestremo spettro o augello mdash urlai sperduto
Ti precipita nel nembo torna ai baratri di Pluto
non lasciar piuma di sorta mdash qui a svelar chi fosti tu
100lascia puro il mio dolore lascia il busto e la mia porta
strappa il becco dal mio cuore trsquoalza alfin da quella portaraquo
Disse il corvo laquoMai mai piugraveraquo
E la bestia ognor proterva mdash tetra ognora egrave sempre assorta
sulla pallida Minerva mdash proprio sopra alla mia porta
105Il suo sguardo sembra il guardo mdash drsquoun dimon che sogni e giugrave
sui tappeti il suo riflesso tesse un circolo maliardo
231
e il mio spirto stretto allrsquoombra di quel circolo maliardo
non potragrave surger mai piugrave
Nota
Quando il Corvo uscigrave la prima volta nel 1845 in un numero di febbraio
della American Review era firmato laquoQuarlesraquo Il poema richiamograve
immediatamente lrsquoattenzione del pubblico ma per qualche tempo lrsquoautore
rimase sconosciuto Poeuml allora era ricevuto nella piugrave scelta societagrave
letteraria di Nuova York fra gli artisti e gli uomini di lettere che
settimanalmente miss Anna C Linch celebre autrice raccoglieva intorno a
seacute nel suo suntuoso appartamento di Waverley Place e la parola calda
immaginosa le eleganti maniere lrsquoaspetto distinto del nostro autore
affascinavano ognuno e gli cattivavano la simpatia e la benevolenza
generale In una di queste riunioni Poeuml richiesto dai suoi ospiti recitograve il
Corvo ed in tal modo egli disse quelle strofe della febbre
dellrsquoallucinazione della disperazione che lrsquouditorio elettrizzato sent che
egli doveva esserne lrsquoautore La paternitagrave del poema fu svelata e la fama
del poeta surse piuacute alta che mai Un critico americano il prof Henry
Shepherd di Baltimora dopo aver assegnato a Poeuml un posto fra i classici
ed aver collocato il suo nome fra quelli di Milton di Ben Jonson di
Herrick di Shelley di Keats analizzando il Corvo cosigrave si esprime
laquoNessuna composizione poetica nella nostra lingua raccoglie come
questa una piugrave ricca una piugrave armoniosa combinazione di metri e di rime
Ogni singola vocale ogni singola consonante ricercata con cura
collocata secondo il suo valore dagrave al verso una sonoritagrave magnifica
solenne prolungantesi al di lagrave delle parole e la penetrazione la fluiditagrave
delle liquide non egrave solo caratteristica nella trovata del ritornello
laquoNevermoreraquo (mai piugrave) ma in tutto il poema la loro scorrevole dolcezza
sottolineata da molli cadenze rivela quale conoscenza avesse il poeta delle
intime armonie che sono la base dellrsquoumano linguaggio e quale abilitagrave egli
avesse nel trattarle ed adattarle al pensieroraquo La continuitagrave del ritmo per
cui lrsquoidea che si svolge severa di verso in verso non incontra intoppi
lrsquoimponenza della rima triplicata la purezza lrsquoevidenza dello stile
lrsquoallitterazione propria agli scaldi scandinavi e ai bardi sassoni rinnovata
lrsquointeresse sempre sostenuto in progressione drammatica dal principio alla
fine la stessa grafica delineazione fanno del Corvo una composizione
perfetta e degna di essere posta in alto fra le piugrave nobili creazioni
dellrsquointelletto umano di tutti i tempi di tutte le lingue
E R
Cf Disponiacutevel em httpswwwipertecaitdownloadphpid=475 Acesso em 14 out 2017
232
Il Corvo
2012 Traduccedilatildeo Francesco Contaldi (18XX)
Mentre debole e stanco verso la mezzanotte
scorrea drsquoantico libro pagine strane e dotte
sonnecchiando ad un tratto come un picchio ascoltai
un lieve un gentil picchio de la mia stanza allrsquouscio
ndash E` qualcuno che picchia de la mia stanza allrsquouscio
e non altro ndash pensai
Ricordo Era il dicembre freddo e ogni tizzo lento
si spegnea disegnando lrsquoombra sul pavimento
Il digrave solo anelavo ndash dacchegrave invano cercai
oblio nei libri al duolo per la morta Leonora ndash
per te raggiante vergine che in ciel chiaman Leonora
e qui nome non hai
E il triste incerto fremito de le rosse cortine
tema ignota e fantastica mrsquoincutea senza fine
sigrave che a calmare i battiti del cuore io mi levai
indi ndash E` qualcun che picchia de la mia stanza allrsquouscio
qualcun che varcar vuole de la mia stanza lrsquouscio
non altro ndash mormorai
Calmato allor lo spirito senza esitare ancora
ndash Da voi perdono imploro signor ndash dissi ndash o signora
ma il fatto egrave che dormivo e voi pur piano assai
picchiaste cos lieve della mia stanza a lrsquouscio
che avervi udito appena mi pare ndash Ed aprii lrsquouscio
ma sol bujo trovai
Dubbio e timor nel bujo mrsquoassalsero e stupito
restai sogni seguendo che mai uomo ha seguito
ma ognor silenzio e tenebre intorno a me scrutai
sol bisbigliossi un motto il nome di Leonora
Lo dissi io stesso e lrsquoeco rimormorograve Leonora
Sol questo e nulla mai
Tornando nella camera con lo spirito agitato
ecco il picchio ripetersi drsquoun tratto e piugrave spiccato
ndash Oh certo egrave a la finestra che battono ndash esclamai ndash
egrave lagrave su la persiana scopriamo un tal misterohellip
tregua un istante o cuore scopriamo un tal misterohellip
Saragrave il vento ndash pensai
A spalancar le imposte mossi e agitando lrsquoale
entrograve un bel corvo antico in aria trionfale
233
on fersquo saluto alcuno arrestossi mai
fincheacute come un padrone posograve l sopra lrsquouscio
di Pallade su un busto proprio l sopra a lrsquouscio
Fermossi e lrsquoosservai
E allor lassugrave mirando quel nero uccello assiso
il suo grave contegno mi diegrave lieve un sorriso
ndash Rasa hai la cresta ndash dissi ndash ma un vinto non sarai
Corvo spettral che vieni tristo dai regni bui
parla qualrsquo egrave il tuo nome laggiugrave nei regni bui
E il corvo Non piugrave mai
ran meraviglia io mrsquoebbi quellrsquouccello ad udire
bencheacute il motto sigrave incerto poco volesse dire
ma pur quella fantastica parvenza io lrsquoaccettai
poicheacute vedea lrsquouccello giugrave al di sopra dellrsquouscio
bestia o uccello sul busto giugrave al di sopra dellrsquouscio
col nome Non piugrave mai
Ma non disse oltre il corvo fermo sul busto e assorto
come se pronunziando quel motto ei fosse morto
ulla srsquointese e alcuna piuma non mosse mai
infin chrsquoio ripetei ndash Altri fuggiron via
ei pur nrsquoandragrave siccome le mie speranze via
E lrsquouccello on mai
Atterrito da lrsquoarida risposta cos adatta
ndash Oh senza dubbio ndash dissi ndash drsquoun corvo qui si tratta
al quale un infelice padron stretto nersquo guai
cantando con le lugubri nenie le sue meschine
speranze in ritornello avragrave insegnato alfine
quel triste Non piugrave mai
E poicheacute lrsquoalma al riso moveami ancor lrsquoaspetto
del corvo il seggiolone volsi a lui dirimpetto
e tosto dietro a innumeri fantasie mi lanciai
per saper che volesse quel triste antico uccello
quello sgraziato e magro spettrale antico uccello
dir con il suo Non mai
Cosigrave fantasticando stetti senza parlare
ma dai suoi occhi il cuore io mi sentia bruciare
un pezzo stetti e il capo sul velluto appoggiai
del sedil che la lampada irradiava da lrsquoalto
la violacea stoffa irradiata da lrsquoalto
chrsquoElla ha lasciato ormai
Allor dei passi drsquoangeli udir mi parve e denso
Lrsquoaere intorno farsi drsquoindivisibile incenso
ndash Malvagio a mezzo drsquoangeli ti manda Iddio ndash gridai ndash
234
riposo da le assidue memorie di Leonora
bevi lrsquooblio dimentica la perduta Leonora
Disse il corvo Non mai
Profeta ndash io feci ndash e sempre tal sia uccello o infido
spettro ti spinga lrsquoErebo o la tempesta al lido ndash
tu che su questa terra desolata ten vai
per la mia tetra casa dimmi schietto trsquoimploro
vrsquoegrave pace almeno in alaadhellipdimmi dimmi trsquoimploro
E il corvo Non piugrave mai
Profeta ndash io ripetetti ndash sia uccello o spettro errante ndash
Dimmi pel Dio che adori per quel ciel scintillante
potragrave in un Eden lunge lrsquoanima triste assai
trovar la dolce vergine che chiamano Leonora
la vergine che gli angeli ora chiaman Leonora
Disse il corvo Piugrave mai
Demone o uccello parti ndash proruppi allora ndash ai boschi
torna fra le tempeste di Pluto ai regni foschi
neacute una penna in ricordo di quel che detto or hai
resti a la solitudine mi lascia e sgombra via
dal busto Oh il becco levami dal core e sgombra via
Disse il corvo Non mai
E lagrave senza piugrave muoversi rimane esso a guardare
fermo sul busto pallido de lrsquouscio al limitare
Sembrano di sognante demoni gli occhi e i rai
del lume ognor disegnano lrsquoombra sul pavimento
neacute lrsquoalma da quellrsquoombra lunga sul pavimento
saragrave libera mai
Cf Disponiacutevel em httpwwwaiutamicicomPortalWebeBookebookEdgar_Allan_Poe-Raccontipdf
Acesso em 12 set 2017
235
Il Corvo
2013 Traduccedilatildeo Luigi Siciliani (1911)
Con le membra stanche e rotte
Riflettendo a mezzanotte
Sopra alcuni libri strani
Duna scienza antica e morta
Sonnecchiavo tentennando
Quando udii il picchio blando
Come duno che bussando
Stesse sopra la mia porta
laquo Egrave vm visitatore raquo dissi
laquo Chora batte la mia porta mdash
Solo questo e nulla piti raquo
Fu nel livido decembre
Nettamente mi rammento
E ogni tizzo disegnava
Col suo spettro il pavimento
Sospirando lalba molto
Chiesto aveva il cuor mio stolto
Che dai libri a lui ritolto
Fosse il pianto dEleonora
Della vergine raggiante
Detta in Cielo Eleonora mdash
Senlaquoa nome in terra piugrave
M frusciare triste incerto
Delle tende porporine
Mi scoteva e mi colmava
Di terrori senza line
Tal che il palpito del cuore
Per fermare ed il tremore
Dissi laquo Egrave un visitatore
Chora batte la mia porta mdash
Un visitatore tardo
Chora batte la mia porta mdash
Solo questo e nulla piugrave raquo
Fonte il cuor mio divenuto
Io dun tratto risoluto
laquo Il perdono raquo dissi allora
laquo O Signore oppur Signora
Vostro imploro ma davvero
236
Sonnecchiando non udivo
Chiaro il battito leggero
Della stanza sulla porta
E dubbioso stavoraquo Apersi
Larga quindi la mia porta mdash
Lombra cera e nulla piugrave
E nellombra allor spiando
Mi fermai maravigliando
Tratto in mezzo ad ansii sogni
Non sognati sino allora
Ma il silienzio fu immutato
Non dallombra un segno dato
E fu sola una parola
Sussiuraita laquoEleonoraraquo
Io la dissi e un eco intorno
Mormorava laquo Eleonora raquo
Solo questo e nulla piugrave
Nella stanza ritornando
E nellanima bruciando
Tosto udii picchiar di nuovo
Ma di prima men leggero
laquo Certo raquo dissi laquo certo egrave alcuno
Chora batte la vetrata
Io veder voglio questimo
Penetrare tal mistero mdash
Abbia pace un poco il cuore
Penetrando tal mistero mdash
Forse egrave il vento nulla piugraveraquo
Spalancai cosi le imposte
Dopo modti giri e volte
Savanzograve solenne un Corvo
Un dei santi antichi tempi
on feacutersquo cenno di saluto
Non ristette tm sol minuto
Ma con piglio risoluto
Si fermograve sulla mia porta mdash
Sopra un busto di Minerva
Messo sopra la mia porta mdash
Quivi stette e nulla piugrave
E movendo ad un sorriso
Quelluccel nero il mio viso
237
Coli decoro serio e grave
Che dal suo contegno effonde
laquo Bencheacute giagrave sulla tua testa raquo
Dissi a lui laquo non porti cresta
Vii non giungi orrendo Corvo
Della Notte dalle sponde mdash
Parla quale egrave il tuo gran nome
Della Notte sulle sponderaquo
Dissie il Corvo allor laquo Mai piugrave raquo
Mi stupii tail bestia sconcia
Nelludir parlare acconcia
E bencheacute la sua risposta
Poco senso e peso apporta
Pure male si concede
Che umano essere vivente
Si rallegri quando vede
Della stanza sulla porta
Bestia o uccello messo sopra
Busto scuiko sulla porta
Con un rkomie tal laquo Mai piugraveraquo
Ma sedendo allora torvo
Sopra il bianco busto il Corvo
Disse sol quella parola
Quasi chessa tutto esprima
E nientaltro mormorava mdash
E non penna egli agitava mdash
Sino a quando iio sospirava
laquo Altri amici di lui prima
Domani egli partiragrave mdash
Come i sogni miei giagrave primaraquo
Disse il Corvo allor laquo Mai piugraveraquo
Scosso or io dalla risposta
Molto bene al detto opposta
laquo Senza dubbio questa voce
Solaraquo dissi laquoha nel cervello
E lapprese da un maestro
Che a sfuggire non fu destro
La sventura che incalzava
Fin che un solo ritornello
Ebbe il canto alila speranza
Morta mdash il triste ritornello
Di laquo Mai piugrave mai piugrave mai piugrave 1 raquo
238
Pur di nuovo ad mi sorriso
Triste fu mosso il mio viso
Una soffice poltrona
Pongo a fronte della porta
Sul velluto mi distiendo
Cosa a cosa connettendo
E pensando quelilorrendo
Corvo della gente morta mdash
Oueiraustero rude magro
Corvo della gente morta
Cosa voglia con laquo Mai piugraveraquo
Tutto assorto a meditare
Senza sillaba fiatare
Verso il Corvo i cui rossi occhi
Or mardevano nel cuore
Stetti questo e piugrave pensando
Il mio capo reclinando
Sul cuscino di velluto
Della lampada al chiarore
Sul cuscino violetto
Della lampada al chiarore
Chella non premeragrave piugrave
Laer parve allor piugrave denso
Come se da Serafini
Camminando per la stanza
Sparsio intorno fosse incenso
E gridai laquo Misero a te
Manda Iddio gli angeli a te
Con la paoe e col nepente
Pel ricordo dEleonora
Bevi bevi il buon nepente
E dimentica Eleonora raquo
Disse il Corvo allor laquo Mai piugrave raquo
Gli risposi laquo Reo flagello mdash
Sii tu demone od uccello mdash
Tabbia spinto la tempesta
Od il Tentatore oscuro
Salo ma non sgomentato
In un luogo ammaliato
DallOrrore frequentato mdash
Dimmi invero ti scongiuro mdash
239
Cegrave un conforto in Paradiso mdash
Dimmi dimmi ti scongiuro raquo
Disse il Corvo allor laquo Mai piugrave raquo
Gli risposi laquo Reo flagello mdash
Sii tu demone od uccello mdash
Per il Ciclo su noi steso mdash
Per il Dio che noi si adora mdash
Di a questanima affannata
Se lontano in Paradiso
La fanciulla angelicata
Detta in Cielo Eleonora
Stringeragrave la vergin santa
Detta in Cielo Eleonoraraquo
Disse il Corvo allor laquo Mai piugrave raquo
laquoLa paroila da te udita
Ci sia segno di partita raquo
Gli gridai balzando laquo indietro
Toma tra la gente morta
Non lasciare penna o segno
Dun mentire tantoi indegno
Chio qui resti solo in pace mdash
Lascia il busto sulla porta
Leva il becco dal mio cuore
La tua forma dalla porta raquo
Disse il Corvo allor laquo Mai piugrave raquo
Ed il Corvo non fu scosso
DaJ suo posto non segrave mosso
Lagrave sul busto di Minerva
Messo in sommo della porta
Ad un demone sognante
Il suo occhio egrave somig-liante
E la lampada tremante
Lombra sua sul pavimento
Versa e il mio cuore dallombra
Sparsa sopra il pavimento
Non si leveragrave mdash mai piugrave
Disponiacutevel em
httpscanslibraryutorontocapdf44cantiperfettiant00siciuoftcantiperfettiant00siciuoftpdf Acesso
em 18 out 2017
240
Il Corvo Kraulo (em italiano e grego salesiano)
2014 Traduccedilatildeo Vito D Palumbo (1903)
Una volta egrave un pezzo ed era in sul mezzo drsquouna nera
Notte chrsquo io studiavo un vecchio curioso libro e su
Non reggevo il capo greve per il sonno ecco odo un breve
Rumor come un raspar lieve lieve dietro la mia porta
mdash Una visita pensai e si picchia alla mia porta
Saragrave questo e nulla piugrave mdash
Mia foragraven ehi podhi io mia nitta skotinigrave
Crsquo emeleacuteto rsquos quagravei hard ena kunto rsquombropaleacuteo
Egravesto na-na na me pari ipuno ce ogravesso mu rsquolagraveni
Sa ti strane ce tutzeacuteane essadia sadia sti porta
mdash Tispos egraversquo ce stersquo tutzei ipa vo rsquotumpi sti porta
Tuo-n ersquo nrsquo arsquo ce tipo pleo mdash
Lo ricordo era drsquoinverno di decembre ancora scemo
Dei tizzoni che spegneansi lrsquoombre andare su e giugrave
Mentre invano io sospiravo lrsquoalba e stogliermi tentavo
Dalla pena che provavo ripensando la Lenora
La raggiante unica chrsquoora in ciel chiamano Lenora
E qui nome non ha piugrave
Tugraveorsquo stannugrave sappu rsquoo toro ion decembri crsquo io fsihroacute
Ce ta kagravervuna pu svinnatto oacutesso-n guadharsquo spa merito
Asciu magravevru -tromerugrave 0 iso lugravestro tugrave pormi
Posso kagravente Meletonta mi penseacutefso sti Lenora
Evograve jiirone stili oacuteria pugrave rsquoi degravemi angeli Lenora
Crsquo ettugrave noma rsquoen ehi pleacuteo
Il frusciar serico fine delle tende porporine
Mi colmava di terrori non provati ancor qua giugrave
Cosi che per acquetare il mio cuore a replicare
Presi mdash Egrave certo qualche visita e si picchia alia mia porta
Una visita un porsquo tarda e si picchia alla mia porta
Questo egrave certo e nulla piugrave mdash
241
Eruscogravea lafragrave lafragrave ta porteria rotinagrave
Crsquo evograve tosson efariamo pu en ifsera ti leo
Ce na sviso ti -fotia pu rsquoste moce ti -kardia
lpa pale fonaragrave mdash Tispos ene rsquompi sti pograverta
Tispos egraversquo pu me pai vriskonta ce tuzzei tumpi sti -porta
Tuo-n ersquo nrsquoagraversquo ce tipo pleo mdash
Il coraggio racquietai in tal modo e allor gridai
mdash Mio Signor Signora scusi ma si piano fin qua su
Egrave venuta ed ha picchiato cosi piano eh io assonnato
Non mi sono proprio addato si picchiasse alla mia porta
Proprio non mi sono addato mdash Ed apersi la mia porta
Buio pesto e nulla piugrave
Legraveonta ius eacutekama l ardia ce volontagrave olo-n e mia
Ipa mdash Ispu ise su fsihograverisi su jureo ma vo rsquoen efteo
Estorsquo na na me ngravefsi ce su pale sto tutzefsi
Toacutesson egravezafse rsquosadia sto tutzefsi rsquompi sti -porta
Pu rsquovograve en ikusa kalagrave mdash Pirta crsquo eacutenifsa ti -porta
Skotinagrave ce tipo pleo
A guardar nellrsquoaria scura stetti un pezzo con paura
Mi parea sognare un sogno non sognato mai qua giugrave
Da un mortai Tacea la notte e le tenebre interrotte
Non fur che da queste poche fioche sillabe laquo Lenora raquo
Le proffersi io stesso e l eco replicograve piano laquo Lenora raquo
Questo solo e nulla piugrave
Tosso meno Kanonograve ersquo lsquome citto skotinoacute
Ce mu Tani ti toro doacuteftion ipuno pu leo
Tispo egrave tube donta mai de foni drsquo adho simai
Tipo seru ena sa mugravermuro pu ipe tutto lo laquo Lenora
Evo trsquo ugravepa o nekko-n voacutetise essadia rsquosadia laquo Lenora
Tuo ce tipo tipo pleo
Tornai dentro e nel tornare il cervel sentia bruciare
E di nuovo udii picchiare ma piugrave forte e come su
mdash Certo dissi questa fiata stan picchiando alla vetrata
Lascia un porsquo veder chiarire proprio vorsquo questo mistero
Per avere il cor tranquillo vorsquo chiarir questo mistero
Saragrave il vento e nulla piugrave mdash
242
Klinno ce jurizo rsquompi vragravezograventa crsquo eci pu rsquoci
Pale o tuzzo-n es trsquoafti ma pleo ferma atto merco
Pu anu mdash Aftia ste mu ruscoacuteune Sti fenestra stersquo tuzzeacuteune
Arte egrave certo ipa ersquo - na dume progravebbio ti egrave tutto misteri
a mu rsquoreguelsi e kardia na do ti egrave tutto misteri
Anemo egrave ce tipo pleo
Corro ed apro pauroso e che vedo un lezioso
Corvo nero dignitoso e dei tempi d Esaugrave
Senza fare un complimento senza lrsquoombra di sgomento
E con F aria drsquo un signore entra e va verso la porta
E di Pallade su un busto ehrsquo era sopra la mia porta
Srsquo appollaia e nulla piugrave
Pao na nilso ce sto nifsi si toro mdash rsquoS kaloacute mu difsi mdash
Ma ena sakko smorf ane ena Kragraveulo rsquombropaleo
Senza tipoti na pi ce malcagrave na Jaristi
Tosso mbike san aftendi petase cirtea sti lsquoporta
Ce anu s ena busto pu ihe tis Pallida anu sti lsquoporta
Mbasunefti tipo pleo
Al veder quellrsquo uccel nero cosi nobile e severo
Mi venia quasi da ridere e mi volsi e dissi 0 tu
Ancorcheacute cosi spiumato abbia il ciuffo un malcreato
Non devi esser ma scappato sei dal regno di Plutone
Dimmi dimmi quale egrave il nome ehrsquo hai nel regno di Plutone
Disse il corvo laquo Mai piugrave raquo
Satti pu ida itto pudhi ecipanu sa trudhi
mdash Min alissia en ghia jelasi crsquo egrave mu stei ipa Deteo mdash
Depoi trsquo ugravepa mdash Ise fserograve ce mo koacutekkalo junnograve
Ma kalograves ersquo bulln se mrsquo olo trsquo irtersquo lsquofeacutenete pu kau
Ston anfierno atto Plutuna pograversquo se leu bullpemmu rsquocikagraveu mdash
Ipe o Kragraveulo laquo Mai pleo raquo
Chrsquo io dovessi assai stupire crederete nellrsquo udire
Quel lezioso augello dire tal risposta sebben su
Non vi fosse da contare pel valore ma mi pare
Che a nessuno ebbe a toccare di mirare su una porta
Bestia o augello sopra un busto collocato su una porta
Con tal nome laquo Mai piugrave raquo
Torontato ti votagrave ce magrave lograveja kasaragrave
243
Mu mili ogravesson irta crsquoeacutemina De ti vo pale stersquo leo
Ti ta loacutejatu ihan ena noacuteima sketto ma rsquos lcanena
Pisteo nrsquo agraventise na di kairameno anu sti porta
S ena busto ena pudhi oi ftinograve panu sti porta
Mrsquo utto noma laquo Mai pleo raquo
Stava il Corvo appollaiato su quel busto negrave fiatato
Avea piugrave come esalato con i detti di piugrave su
Il suo spirto avesse a un tratto non un motto non un atto
Fin ehrsquo io mormorai mdash Volarono tanti e tanti amici via
Tante mie speranze anelirsquo egli domattin voleragrave via mdash
Disse il Corvo laquo Mai piugrave raquo
Sarsquo pu trsquo hersquo rcerosonta magrave diu lograveja pu i he ponta
Iso Ivragraveulo pleon rsquoegrave milise crsquo este tosto stei ce steo
Cino e siato cino e inili kundu lei crsquo en efsehili
Sopu en ipa vo rsquosadia mdash Iha tossus filu evo
Ce oli pirtarsquoj pai tuos puru kundu us filu - pu iha vo
Votagrave cino laquo Mai pleo raquo
Io rimasi stupefatto a un rispondere si adatto
mdash Saran certo queste sole le parole che sai tu
Mormorai trsquoavragrave educato un padrone seguitato
Da un Disastro dispietato e i suoi canti un ritornello
Delle sue Spemi le nenie avean preso un ritornello
Questo laquo Mai mai piugrave raquo mdash
Kuegraventa cino ti mu digrave mia risposta-n iu kaligrave
Ipa mdash Certo utta diu loja fseri tuos evograve pisteo
Crsquo ersquo nu tagravemase cinugrave ena afsrsquo ittus aftebu
Pu o -kulusa e Sorta mavri crsquo ihe vagravelonta tornedhi
Es ta moroloia ograves ponottu ihe vagravelonta tornedhi
Utto laquo Mai mai pleo raquo mdash
Benchegrave triste quella rea bestia al riso mi movea
Tiro una poltrona e siedo proprio in faccia a lui la su
Ed in quella sprofondato penso qual significato
Possa aver di quel dannato tristo antico orrido augello
Di quel tetro allampanato tristo antico orrido augello
Il gracchiare laquo Mai piugrave raquo
Mrsquo olo ti estorsquo mi rsquokardia gomai dipi ce fotia
Mograverte o jeacuteglio mia -poltrona sirno ambrograve-n ambrograve ce steo
244
Probbio Tacceffrunte rsquoci pu mbasune itto pudhi
Ce ogravesson eddro ti ciofagravelimmu na noiso cigraveso Kragraveulo
Ti egrave pu isele na pi iso mavro tristo Kragraveulo
Mrsquo itta lograveia laquo Mai pleo raquo
Me ne stavo li seduto e fantasticavo muto
Contemplando il Corvo il cui occhio ardente Uno giugrave
ei precordi mi bruciava e drsquo indovinar cercava
Questo ed altro il capo chino sul cuscin sotto la lampa
Sul cui pallido velluto Ella al lume della lampa
Non lia posi mai piugrave
Eston ius eci Kaimmeno kanononta itto hameno
Pu mrsquo animai mogravece i -kardia Steo ce tipoti rsquoe -tu leo
Ma pao treacutenta ti dolali min u na mantefso ti ciofali
Pu rsquokumbograve anu sto koscini fse velluto kau sti lampa
Sto koscini pu e sozeste Cini mai rsquotukau sti lampa
(Na kumbisi mai pleo
Ecco intanto farsi greve lrsquoaria come al fumo lieve
Del turibolo drsquoun angelo i cui passi io sentia giugrave
Pel tappeto molle ed io grido mdash Egrave langelo di Dio
Colla calma col nepente pel pensiero di Lenora
Bevi obliala finalmente la perduta tua Lenora mdash
Gracchiograve il Corvo laquo Mai piugrave raquo
Stegraveonta ius eci pu ci rsquoaria jetti pleo pivni
Sappu ihrsquo ogravembonta enas angelo mdash iu mu fani c ius pisteo mdash
Mo censieri Evograve egrave rsquoto -torone ma tes potimagraveettu enograveone
Ce osso fogravenasa mdash Irte e ora na scerrefso ti Lenora
O Teograve mu mbiefti o nubbio jograve pensieri tigrave Lenora mdash
Ipe o Kragraveulo laquo Mai pleo raquo
mdash O profeta allor gridai sia demonio o augel di guai
Ma profeta sempre o il vento o lrsquoInferno fin qua su
A cascar trsquo abbia mandato in questrsquo angol desolato
DallrsquoOrror solo abitato dimmi il vero di trsquoimploro
Pel mio duol vrsquoegrave al mondo un balsamo dimmi il vero di trsquoimploro -
Gracchiograve il Corvo laquo Mai piugrave raquo
mdash O profeta ugrave demoniu oi pudhi tugrave demoniu
Prama panta ugrave demoniu pemmu lio pemmu tu leo
245
Oi atton Diagravevalo iso mbiao stutto spitin disertao
Oi attonagravenemo fermeno pemmu so jureo jagrave hari
la to pogravenommu ehi barzamo Ehi peacutemmuto jagrave hari mdash
Ipe o Kragraveulo laquo Mai pleo raquo
mdash O profeta allor gridai sia demonio o augel di guai
Per il ciel su noi disteso pel Signore di lagrave su
Di al mio spirto doloroso se nellrsquo Eden radioso
Abbracciar potrograve la santa che in ciel chiamano Lenora
La fanciulla radiante che in ciel chiamano Lenora mdash
Gracchiograve il Corvo laquo Mai piugrave raquo
mdash O profeta ugrave demoniu oi pudhi tu demouiu
Jon anghera pu stei pagravenama jograve Teo pu vo pisteo
Ce su puru ersquo na mu pi mi usi mavrimu fsihi
Ecipanu mbrazzosi sozi mai ma ti rsquoLenora
Mo korasi trsquo orio pu angeli ecipaun leursquo Lenora
Ipe o Kragraveulo laquo Mai pleo raquo
Sorsi allora e gli gridai mdash Questo detto augel di guai
Ci divida torna al turbine del plutonio regno giugrave
Negrave lasciar piuma che attesti le menzogne che dicesti
Non turbar piugrave la mia pace via dal busto sulla porta
Togli il becco dal mio cuore e il tuo aspetto dalla porta mdash
Gracchiograve il Corvo laquo Mai piugrave raquo raquo
mdash Uso lo tristo pudhi vogravetisa eacuterkete sto pi
Mas efseshorizi Sire kau sto spitissu o paleo
Ston Anfierno ce mi pai ce na fikirsquo ji simai
Atta fsematasu manku pinna Ilo pu rsquocitti porta
Sire o pizzo atti -kardiammu mi -se do pleo ersquo rsquocitti porta mdash
Ipe o Kragraveulo laquo Mai pleo raquo
E lrsquoAugel della malora non si mosse ed egrave lagrave ancora
Lagrave di Pallade sul busto alla porta mia lagrave su
E il suo sguardo il guardo pare drsquo un dimon dietro a sognare
E la mia lampa battendo su di lui ne manda giugrave
Lombra negrave lrsquoanima mia puograve da quellrsquoombra lagrave giugrave
Distaccarsi mai piugrave
Crsquo iso Kragraveulo pu itto vrai mu stei ci crsquo rsquoegrave pai c rsquoegrave pai
Pu cipanu rsquocitti porta Crsquo itto annnagraveittu skiantateo
rsquoEn ammiazi ammai pudbin egravenrsquo ammai tu demoniu
246
Pu quai -srsquo ipunu tori Crsquo rsquoi fsihimmu atton asciottu
Pu cimesa guadhi e lampa rsquoi fshimmu atton asciottu
E ti rsquosirno mai pleo
Disponiacutevel em httpsia800802usarchiveorg35itemsPoeIlCorvoPoeIlCorvopdf Acesso em 10 out
2017
247
ldquoEL CUERVOrdquo
TRADUCcedilOtildeES ESPANHOLAS
248
El Cuervo
(Traducido libremente de Edgard A Poe)
2015 Traduccedilatildeo Ignacio Mariscal (MEacuteXICO) (1867)
Reina la medianoche calma fuacutenebre
Se tiende en pos iexcldel recio temporal
Cansado al fin de recorrer voluacutemenes
De mi estancia en la triste soledad
Al suentildeo me rendiacutea cuando suacutebito
Un sonido me viene aacute despertar
Alguien estaacute-llamando en el vestiacutebulo
Importuna visitamdashexclamomdashiexcl Bah
iexcl Seraacute alguacuten necio amigo de ^faraacutendulas
Un necio y nada maacutes
Pasado ya el turbioacuten en ayes luacutegubres
De lejos se oye el viento suspirarraquo
Sobre el tapiz imaacutegenes fantaacutesticas
Arroja la luz treacutemula del gas
Vanamente en los libros uumln narcoacutetico
A mi acerbo dolor penseacute encontrar
Que hasta mi suentildeo acibaroacute la peacuterdida
De esa adorada angeacutelica beldad
Que al cielo para siempre huyoacute dejaacutendome
Tormento y nada maacutes
Meditando seguiacute el rumor del ceacutefiro
Las cortinas de seda al agitar
Me haciacutea estremecer y un terror paacutenico
Teniacuteame clavado en mi sitial
Repitiendo con aire incierto estuacutepido
Sin dominar por ello mi ansiedad
Sin dar yo mismo aacute mis palabras creacutedito
Es alguien que me viene aacute visitar
Y toca suavemente en el vestiacutebulo
Eso es eso es no maacutes
De repente sentiacute llenarme de aacutenimo
Y esforzando el acento maacutes y maacutes
Caballero oacute sentildeoramdashgriteacute impaacutevidomdash
Allaacute voy usted ha de dispensar