luis piscoluis pisco189.28.128.100/dab/docs/eventos/5aps/apresentacoes/luis_pico.pdf · 7.034...
TRANSCRIPT
V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
A Reforma da Atenção Primária em Portugal
Luis PiscoLuis PiscoMissão para os
Cuidados de Saúde Primários
Rio de Janeiro25 Março 2010
Í N D I C E
1. A reforma da Atenção Primária de Saúde1. A reforma da Atenção Primária de Saúde
2. As Unidades de Saúde Familiar
3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
4. Alguns Resultados
O CASO PORTUGUÊS
Nos últimos 30 anos a ã ósituação económica e
social de Portugal teve um extraordinário progresso.
A melhoria sistemática e sustentada dos nossos sustentada dos nossos serviços de saúde, ao longo desse período, é um facto indiscutívelum facto indiscutível.
GANHOS EM SAÚDE
No inicio dos anos 70, Portugal adoptou uma estratégia integrada de ã i á i é d d úbli d C d S úd atenção primária através de uma rede pública de Centros de Saúde
com enfermeiros, médicos de família e médicos de saúde pública.
Significativo avanço no estado de saúde: nos anos 60 a mortalidade Significativo avanço no estado de saúde: nos anos 60 a mortalidade infantil era de 60 por 1000;
trinta anos mais tarde era de 5.0, entre as melhores na União Europeia.
Hoje é de 3.3
European Observatory of European Observatory of Health Systems and Policies
O Serviço Nacional de Saúde
Teve e tem um papel muito importante na melhoria da Saúde melhoria da Saúde dos Portugueses.
Atenção Primária de Saúderealidade em 2005
10,5 milhões de residentes
351 Centros de Saúde (com 1 823 extensões)351 Centros de Saúde (com 1.823 extensões)
7.034 Médicos de Família e 7.368 Enfermeiros de Família
% utentes inscritos mas sem MF atribuído: 11 2%% utentes inscritos, mas sem MF atribuído: 11,2%
Acessibilidade pouco facilitada
Liberdade de escolha pelo cidadão do seu MF ou de mudança Liberdade de escolha, pelo cidadão, do seu MF, ou de mudança de Médico de Família reduzida
Médicos e Enfermeiros de Família são funcionários públicos do Médicos e Enfermeiros de Família são funcionários públicos do SNS (remuneração independente do desempenho), com baixo nível de satisfação profissional
O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
Embora o Sistema de Saúde pareça teoricamente bom, na realidade enfrenta muitos problemas.
O SNS é uma estrutura muito centralizada e burocrática. Não existem incentivos para um bom desempenho nem para a existem incentivos para um bom desempenho nem para a qualidade;
A insatisfação dos profissionais constitui um desafio e uma çameaça ao desenvolvimento da Medicina Familiar;
O debate acerca da reforma do Sistema de Saúde e a procura de soluções alternativas tem se intensificado nos últimos anosde soluções alternativas tem-se intensificado nos últimos anos.
ESTRATÉGIA DE REFORMA QUE PERMITA OBTER:
Doentes – melhores cuidados de saúde.Doentes melhores cuidados de saúde.
Profissionais – recompensa pelas boas práticas.
Financiadores – contenção de custos.Financiadores contenção de custos.
How physicians can change the future of health care
Michael E PorterMichael E. PorterElizabeth Teisberg
JAMA, March 14, 2007 – vol 297, No. 10
DADOS DE BASE:
PRODUÇÃO E CUSTOSPRODUÇÃO E CUSTOS
Dimensão e produção de um CS médio Custo por usuário: €216,5Dimensão e produção de um CS médiousuários: 30.834sem médico de família: 10,8%utilizadores: 19 792
Custo por usuário: €216,5vencimentos dos médicos: €34,8,vencimentos de enfermeiros: €14,0 custos administrativos e de direcção: utilizadores: 19.792
médicos: 20,9 enfermeiros: 20,6
custos administrativos e de direcção: €18,6 custos com MCDT: €40,9 custos com medicamentos: €84,3
consultas: 97.315
Custos totais de um CS médio €6.674.690
outros custos: €24
Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental
Prof. Miguel Gouveia Grupo de Trabalho da APES
DADOS DE BASE:
PRODUÇÃO E CUSTOSPRODUÇÃO E CUSTOS
Custo por utilizador: € 337,3vencimentos médicos: €54,2
Custo por consulta: € 68,6 vencimentos de médicos: €11,0
custos com MCDT: €63,7 custos com medicamentos: €131,4
custos com MCDT: €13,0 custos com medicamentos: €26,7
Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental
Prof. Miguel Gouveia Grupo de Trabalho da APES
NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DA MEDICINA FAMILIAR
A evidência científica a nível internacional A evidência científica a nível internacional indica que os sistemas de saúde baseados em atenção primária efectiva, com profissionais altamente treinados e profissionais altamente treinados e exercendo na comunidade,
prestam cuidados com maior pefectividade, tanto em termos de custos como em termos clínicos, em comparação com os sistemas com uma fraca orientação com os sistemas com uma fraca orientação para a atenção primária .
Barbara Starfield.The New England The New England
Journal of MedicineNovember 2008.
NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DA MEDICINA FAMILIAR
Na Europa, é necessário um maior Na Europa, é necessário um maior investimento na atenção primária para permitir que os sistemas de saúde cumpram o seu potencial em benefício dos cumpram o seu potencial em benefício dos doentes.
Esse investimento tem a ver não só com recursos humanos e infra-estruturas, mas também com formação educação investigação e formação, educação, investigação e melhoria contínua da qualidade.
What are the advantages and disadvantages of restructuring a health care system to be more focused on primary care services? WHO Regional Office for Europe’s Health Evidence Network (HEN) January 2004.
OBSERVATÓRIO EUROPEU ANALISA MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS NA APSLivro corrobora Princípios da Reforma Portuguesa
Três investigadores do Observatório Europeu dos
www.euro.who.intTrês investigadores do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde editaram um livro que faz o ponto da situação em matéria de atenção primária e enuncia algumas recomendações quanto ao futuroenuncia algumas recomendações quanto ao futuro.
Para que os resultados sejam os esperados, há que apostar:
no trabalho em equipa,
em listas de usuários,
maior acessibilidade, maior acessibilidade,
num pagamento diferenciado,
na informatização dos serviços.
Cada vez mais a atenção primária é entendida como a base dos sistemas de saúde. Tempo Medicina Online
número 1180 de 2006.05.15
NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DA MEDICINA FAMILIAR
Novembro 90
CENTRO DE SAÚDE
Um Centro de Saúde é, e se não é deveria ser,
um serviço de proximidade. Pequeno na dimensão,
leve na estrutura, simples na organização simples na organização,
afável na relação que estabelece com os utilizadores, fá il t tfácil no contacto.
(Henrique Botelho, 2001)
ECONOMIAS DE ESCALA
Custos Médios por Utente
O aumento do volume de actividade dos centros de
600
800
p
saúde provoca uma diminuição dos seus custos médios: muitos centros 40
06
Cus
tos
médios: muitos centros são demasiado pequenos.
200
0
0 50000 100000 150000 200000Utentes
Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental
Prof. Miguel Gouveia Grupo de Trabalho da APES
A RECONFIGURAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE
A constituição de pequenas unidades A constituição de pequenas unidades funcionais autónomas (USF), prestadoras
de cuidados de saúde à população, que proporcionarão maior proximidade ao p p pcidadão e maior qualidade de serviço.
obedece a um duplo movimento
A agregação de recursos e estruturas de gestão eliminando concorrências de gestão, eliminando concorrências estruturais, obtendo economias de escala. (ACES)
SOBRE A MCSP
• A Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) é uma estrutura demissão na dependência directa do Ministro da Saúde, criada pela Resoluçãop , p çdo Conselho de Ministros nº157/2005, de 12 de Outubro, para conduzir oprojecto global de lançamento, coordenação e acompanhamento da
t té i d fi ã d t d úd i l t ã destratégia de reconfiguração dos centros de saúde e implementação dasunidades de saúde familiar.
P l R l ã d C lh d Mi i t º 60/2007 d 24 d Ab il• Pela Resolução do Conselho de Ministros nº 60/2007, de 24 de Abril, omandato da MCSP foi prorrogado por dois anos.
REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE
Principais objectivosPrincipais objectivos
Melhorar a acessibilidade
Aumentar a satisfação de Profissionais e UsuáriosProfissionais e Usuários
Melhorar a Qualidade e a Continuidade de CuidadosContinuidade de Cuidados
Melhorar a eficiência
Missão para os Cuidados de Saúde
Primários 2005
Í N D I C E
1. A reforma da Atenção Primária de Saúdeç
2. As Unidades de Saúde Familiar
3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
4. Alguns Resultados
U N I D A D E S D E S A Ú D E F A M I L I A R
As USF, são pequenas equipas multiprofessionais, formadas , p q q p p ,voluntariamente, auto-organizadas, compostas por 3 a 8 médicos de família, por um mesmo número de enfermeiros de família e profissionais
ãadministrativos, que abarcam uma população entre 4.000 e 14.000 pessoas.
E t i di õ d t i té i f i l Estas equipas dispõe de autonomia técnica, funcional e organizativa, e, muito importante, um sistema de pagamento misto, (capitação/salário/ objectivos), incentivos financeiros e misto, (capitação/salário/ objectivos), incentivos financeiros e profissionais que recompensam o mérito e são sensíveis à produtividade, acessibilidade, mas também, e sobretudo, à qualidade.
M O D E L O O R G A N I Z A C I O N A L
A criação das USF é um processo voluntário da base para o topo
Total envolvimento dos profissionais de saúde
Escolha da equipa
Autonomia organizacional
Definição do Plano de Acção
Gestão em função de objectivos
C bili ãCo-responsabilização
REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE Principais característicasPrincipais características
Adesão voluntária de Adesão voluntária de Profissionais e Usuários
Trabalho em Equipa Multiprofissional
Obrigatoriedade de Sistema de Info maçãoInformação
Regime remuneratório sensível ao desempenhoao desempenho
Regime de incentivos
Contratualização e Avaliaçãoç ç
R E F O R M A D A A P SSatisfação dos Profissionaisç
www.jmfamilia.com
RESULTADOS OBTIDOS Candidaturas e USF em actividade por mêsp
4002006 2007 2008 2009
300
350
250
300
Março150
200
Setembro2006
2006
50
100
0
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42
USF EM ACTIVIDADE 234
Candidaturas Candidaturas activas - 108
102 B
127A127A
POPULAÇÃO EM USFGanho
360.5622.936.776
4% 12% 19% 29%
INE 2008Continente 10 135 309
PROFISSIONAIS ABRANGIDOS
3500
2000
2500
3000
1000
1500
2000
0
500
Administrativos Médicos Enfermeiros Total
Dez 2006 230 286 292 808Dez 2007 569 712 738 2.019Dez 2008 896 1.116 1.140 3.152
4.1531.477
P R O F I S S I O N A I S E N V O L V I D O SEstrutura Média – 208 USF
Missão para os Cuidados de Saúde
Primários 2009
DL das USF – Modelo B
R E M U N E R A Ç Ã O Ligada ao Desempenhog p
A remuneração dos médicos Coordenação da USFintegra 3 componentes:
Remuneração base
910 € mês.
Formação de internosRemuneração baseVencimento 35h DE. Corresponde a 1550 utentes
Formação de internos520 € mês.
SuplementosAssociados ao aumento da lista, aos
Domicílios30 € - máx. 20 mês.
domicílios e ao alargamento de horário
Compensações pelo desempenhoCompensações pelo desempenhoRealização de actividades específicas e carteira adicional
METODOLOGÍA DA CONTRATUALIZAÇÃO
ContratualizaçãoçExterna
ContratualizaçãoInterna
METODOLOGÍA DA CONTRATUALIZAÇÃOGrupo de trabalho para o desenvolvimento da
contratualização com os Cuidados de Saúde Primárioscontratualização com os Cuidados de Saúde Primários Despacho n.º 7816/2009 de 9 de Março de 2009 da Ministra da Saúde
RELATÓRIOS DA CONTRATUALIZAÇÃO 2008
INDICADORES DE DESEMPENHO
Tipos de IndicadoresDisponibilidadeAcessibilidadeProdutividadeQualidade técnico-científicaEfectividadeEfectividadeEficiênciaSatisfaçãoSatisfação
INDICADORES ASSOCIADOS AOS INCENTIVOS FINANCEIROS
Enfermeiros e secretários clínicosMédicos2 Indicadores Planeamento Familiar
3 Indicadores de Vigilância da G id
Vigilância Planeamento Familiar
Vigilância da Gravidez Gravidez
6 Indicadores de seguimento da criança no 1º e 2º ano de vida
Seguimento da criança no 1º e 2º ano de vida
Vigilância da diabetes criança no 1 e 2 ano de vida
3 Indicadores de vigilância da diabetes
Vigilância da diabetes
Vigilância da hipertensão
Cuidados domiciliários3 Indicadores vigilância da hipertensão
Cuidados domiciliários
CONTRACTUALIZAÇÃO
Valor Estimado 31/12/2008
Proposta USF 2008
Nº AC Nº IndicadorValor
Contratualizad 2008
1.4 3.12 75,00% 80,00% 75,00%
1 5 1 3 15 65 00% 66 84% 67 00%
Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de famíliaT d tili ã l b l d lt
a 31/12/2008 2008do 2008
1.5.1 3.15 65,00% 66,84% 67,00%
1.7.1 4.18 30,00 ‰ 35,50 ‰ 35,00 ‰
Taxa de utilização global de consultas
Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por mil
Taxa de visitas domiciliárias médicas por mil utentes
1.7.2 4.30 180,00 ‰ 151,13 ‰ 150,00 ‰
5.1.2 50,00% 35,11% 50,00%
Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por mil utentesPercentagem de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada nos últimos dois anos
2.5.1 5.4 80,00% 81,82% 82,00%
2 6 1 5 10 70 00% 88 23% 90 00%Percentagem de hipertensos com registo de pressão
mamografia registada nos últimos dois anosPercentagem de diabéticos com pelo menos uma HbA1C registada nos últimos três meses
2.6.1 5.10 70,00% 88,23% 90,00%
2.7.1 6.1 98,00% 100,00% 100,00%
Percentagem de hipertensos com registo de pressão arterial nos últimos seis meses Percentagem de crianças com PNV actualizado aos 2 anos
INCENTIVOS INSTITUCIONAIS
Valor anual dos incentivos
50% 100% S/ incentivosincentivos
institucionais
9.600 €
Norte 12% 28% 60% 15.200 €
20.000 €
Centro 32% 8% 60%
Sul 13% 22% 65% 199.866,67 €
UNIDADES DE SAÚDE FAMILIARFases e Metodologia de Implementaçãog p ç
DOCUMENTOS DACANDIDATURA
CANDIDATURA
CANDIDATURARegulamento InternoPlano de AcçãoManual de ArticulaçãoCarta da Qualidade
FORMULÁRIOELECTRÓNICO
1ª
Fase
AVALIAÇÃO EPARECER TÉCNICO
AUTOAVALIAÇÃOse
IMPLEMENTAÇÃO(1º ANO)
ACOMPANHAMENTO1-3-6-12 Meses
AUTOAVALIAÇÃO
RELATÓRIO2ª
Fas
ACREDITAÇÃOAVALIAÇÃO ACREDITAÇÃO
ase ACREDITAÇÃO
(2º E 3º ANO)
CRUZADA EXTERNA
3ª
Fa
Í N D I C E
1 A reforma da Atenção Primária de Saúde1. A reforma da Atenção Primária de Saúde
2. As Unidades de Saúde Familiar
3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
4. Alguns Resultados
A RECONFIGURAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE
Nova matriz organizacional e funcional assente em:Nova matriz organizacional e funcional assente em:
Unidades funcionais com autonomia gestionária,
Constituídas por equipas multiprofissionais
Funcionamento em redeFuncionamento em rede
Compromissos assistenciais contratualizados
O AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE
Âmbito de actuaçãoÂmbito de actuação
Cuidados personalizados de saúde (individual e familiar)
ACES
Âmbitoã
Saúde Pública
deactuação
Intervenção na comunidade (grupos e comunidade)
Serviços de Suportel i
Planeamento MonitorizaçãoGovernação
Tecnologias de
Informação
Recursos Humanos
FinanceiroAssessoria
EspecializadaInstalações e Equipamentos
Compras
Planeamento MonitorizaçãoClínica
UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES
Cuidados de saúde à pessoa e à família
Unidade de Saúde Familiar (USF)
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)
com liberdade de escolha em função dos recursos disponíveis.
As USF distinguem-se das UCSP pelo nível de desenvolvimento de dinâmica de g pequipa, designadamente pelos compromissos de cooperação inter profissional livremente assumidos.
UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕESUNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES
Cuidados organizados e orientados para grupos e ambientes específicos:
Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC)
Unidade de Saúde Pública (USP)
cuidados de abrangência comunitária e de apoio e complementaridade da acção das USF e das UCSP
As USF, UCSP e UCC articulam-se necessariamente com a USP sempre que estiver em causa a defesa e promoção da saúde colectiva.
UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕESUNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES
Saúde populacional, ambiental e públicap p , p
Unidade de Saúde Pública (USP)
Intervenções orientadas para garantir o bem público comum no Intervenções orientadas para garantir o bem público comum no domínio da saúde.
Ob tó i d úd l l id d d d i i t ã d úd Observatório de saúde local, unidade de administração de saúde populacional, de coordenação de estratégias locais de saúde de âmbito comunitário e de autoridade de saúdeâmbito comunitário e de autoridade de saúde.
UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕESUNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES
Apoio técnico-assistencial a todas as unidadesp
Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP)
Competências e meios específicos complementares da acção das Competências e meios específicos complementares da acção das outras unidades funcionais.
A URAP é id d i d últi l A URAP é uma unidade que organiza e coordena múltiplos meios, recursos e competências assistenciais específicos, de cada ACES cuja missão é a de apoiar as demais unidades funcionaisACES, cuja missão é a de apoiar as demais unidades funcionais.
UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES
Apoio logístico ao funcionamento de todas as equipas e dos p g q pórgãos de gestão
Unidade de Apoio à Gestão (UAG)Unidade de Apoio à Gestão (UAG)
viabilização do funcionamento adequado de toda a organização.
A UAG é id d d “b k ffi ” i bili d A UAG é uma unidade de “back-office” que viabiliza que, em cada momento, existam condições materiais e objectivas para que todos possam cumprir a sua missãotodos possam cumprir a sua missão.
Conselho Directivo da ARS, I.P.Conselho Directivo da ARS, I.P.
Director ExecutivoGabinete do Cidadão
Conselho da Comunidade
Unidade de
Estrutura Orgânica A C E S
Conselho Executivo
ECLCCI – Equipa Coordenadora Local
Apoio à Gestão
Conselho Clínico
Director Clínicoq pde Cuidados Continuados Integrados.
UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade.
ECLCCI
Director Clínico
3 Adjuntos
UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados.
URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados.
Centro de Saúde Centro de Saúde
UCSPUCSP USFUSFUSP URAP
Assistenciais Partilhados.
USF – Unidade de Saúde Familiar.
USP – Unidade de Saúde Pública.
UCC UCC
A hierarquia técnica deverá ser instituída através da formação de um Conselho Clínico, cujo presidente é o Director Clínico. Conselho Clínico, cujo presidente é o Director Clínico.
Organizar e controlar as actividades de formação contínua; Organizar e controlar as actividades de formação contínua;
Dar instruções para o cumprimento das normas técnicas
emitidas pelas entidades competentes;
Análise de efectividade de práticas clínicas, adopção de
Competências na área de
Governação
Análise de efectividade de práticas clínicas, adopção de
protocolos e práticas baseadas na evidência, homogeneização das
práticas utilizadas nas várias unidades operativas;
Fixar procedimentos que garantam a melhoria contínua da Governação Clínica
p q g
qualidade dos cuidados de saúde;
Realização de auditorias clínicas e gestão do risco clínico e
global;
Promover a divulgação de medidas de desempenho, garantindo a
transparência;
Promover a investigação e aprendizagem interna;
Verificar o grau de satisfação dos utentes e dos profissionais.
PROCESSO DE MUDANÇA
Constituição de USF;
Agrupamentos de Centros de Saúde;
ã ãIntrodução de novo modelo de gestão;
Instituição de governação clínica;
R i ã d i d tReorganização dos serviços de suporte.
Í N D I C E
1 A reforma da Atenção Primária de Saúde1. A reforma da Atenção Primária de Saúde
2. As Unidades de Saúde Familiar
3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde
4. Alguns Resultados
MONITORIZAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DAS USFConstituídas até Novembro de 2008
146 USF146 USF25.725 Questionários enviados16.768 Questionários entregues aos usuários
12.713 Questionários recebidos75,8% Taxa de resposta global0 4% Erro máximo
Pedro Lopes Ferreira
0,4% Erro máximo
MODELO CONCEPTUAL DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS
Dados sócio-demográficoss ExperiênciaExperiência
sexoIdadeescolaridade
1ª consulta
S A T I S F A Ç Ã O D O S U T I L I Z A D O R E S
Indicadores EUROPEP Áreas específicas
S A T I S F A Ç Ã O D O S U T I L I Z A D O R E S
Indicadores EUROPEP Áreas específicas
Opiniõese
atitudes
Opiniõese
atitudesIndicadores EUROPEP Áreas específicasIndicadores EUROPEP Áreas específicas atitudesatitudes
recomendar
relação e comunicaçãocuidados médicosinformação e apoiocontinuidade e cooperaçãoorganização dos serviços
oferta de outros serviçosrespostarecursos humanosinstalações
mudar de USFsurpresas
SATISFAÇÃO GLOBAL EUROPEP
TEMPO PARA CUIDAR
RELAÇÃO E COMUNICAÇÃO
CONFIDENCIALIDADE DO PROCESSO
ENVOLVIMENTO DOS DOENTES
HUMANIDADE
CUIDADOS MÉDICOSCOMPETÊNCIA/PRECISÃO
EFECTIVIDADE
INFORMAÇÃO E APOIO
CONTINUIDADE
ACONSELHAMENTO
TIPO DE INFORMAÇÃO
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
CONTINUIDADE E COOPERAÇÃO
ACESSIBILIDADE E ESPERA
CONTINUIDADE
COOPERAÇÃO ENTRE PRESTADORES
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOSAPOIO EM GERAL
ÁREAS ESPECÍFICAS
SERVIÇOS AO DOMICÍLIO
CONTACTO PARA PREVENÇÃO
RESPOSTA A NECESSIDADES ESPECIAIS
RAPIDEZ DE ATENDIMENTO
OFERTA DE OUTROS SERVIÇOS
RESPEITO E PRIVACIDADE
RAPIDEZ DE ATENDIMENTO
LIBERDADE DE ESCOLHA
RESPOSTA
COMPETÊNCIA CORTESIA E CARINHO DOS ADMINISTRATIVOS
COMPETÊNCIA, CORTESIA E CARINHO DOS ENFERMEIROS
COMPETÊNCIA, CORTESIA E CARINHO DOS MÉDICOS
RECURSOS HUMANOS
PONTUALIDADE
COMPETÊNCIA, CORTESIA E CARINHO DOS ADMINISTRATIVOS
CONFORTO
HORÁRIO DE ATENDIMENTO
LIMPEZAINSTALAÇÕES
QUESTIONÁRIOEUROPEPEUROPEP
INDICADORES EUROPEP
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
70,9%
77,5%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Tempo para cuidar
Humanidade
78,8%
81,8%
73,0%
Envolvimento dos doentes
Confidencialidade do processo
Efectividade ,
76,7%
73,9%
72 2%
Competência/Precisão
Tipo de informação
Aconselhamento 72,2%
76,9%
66,9%
Aconselhamento
Continuidade
Cooperação entre prestadores
65,8%
77,8%
Acessibilidade e espera
Apoio em geral
ÁREAS ESPECÍFICAS DE SATISFAÇÃO
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
64,4%
73,0%
68 2%
Serviços ao domicílioResposta a necessidade especiais
Contacto para prevenção 68,2%
71,1%
79,5%
68 6%
Contacto para prevençãoRapidez no atendimento
RespeitoLib d d d lh 68,6%
80,1%
80,9%
76 7%
Liberdade de escolhaMédicos
EnfermeirosAd i i t ti 76,7%
74,6%
75,0%
AdministrativosPontualidade
ConfortoLi 80,7%
74,3%
LimpezaHorário
INDICADORES EUROPEP
100%
70%
80%
90%
40%
50%
60%
10%
20%
30%
0%
10%
Relação e comunicação
Cuidados médicos Informação e apoio
Continuidade e cooperação
Organização dos serviçoscomunicação apoio cooperação serviços
Amplitude2009-2005 8,9% 15,2% 13,6% 16,5% 26,4%
60
MONITORIZAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DAS USFConstituídas até Novembro de 2008
143 USF2 821 Profissionais existentes
Pedro Lopes Ferreira
2.821 Profissionais existentes
2.398 Profissionais participantes85,0% Taxa de resposta global Pedro Lopes Ferreira85,0% Taxa de resposta global
0,8% Erro máximo
MODELO CONCEPTUAL DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
Dados Sócio-demográficos Funções na USFFunções na USF
sexoidadeescolaridade
horáriovínculoresponsabilidadeexperiência de gestãoprofissão
S A T I S F A Ç Ã O D O S P R O F I S S I O N A I S
L l d t b lh P t ã d id d Q lid d
S A T I S F A Ç Ã O D O S P R O F I S S I O N A I S
L l d t b lh P t ã d id d Q lid d
Opiniõese
Opiniõese
Local de trabalho Prestação de cuidados QualidadeLocal de trabalho Prestação de cuidados Qualidade atitudesatitudes
líti d h d dadequação da formação
política de recursos humanos – coordenadorrecursos humanos
moral – estado de espíritosuperior hierárquico
recursos tecnológicos e financeiros – local de trabalho e equipamentovencimento
q ç çutilizaçãorecomendaçãoescolha de novo
melhoria contínuada qualidade
atendimentoate d e tocoordenação de cuidadossensibilidadecondições das instalaçõesinformaçõescustos dos cuidados
QUESTIONÁRIOEsta USF como seu local de trabalho
63
SATISFAÇÃO PROFISSIONAL
COORDENAÇÃOPOLÍTICA DE 71 3% COORDENAÇÃO
RECURSOS HUMANOS
POLÍTICA DERECURSOSHUMANOS
71,3%
75,3%73,6%
72,2%
QUALIDADE DA USFCOMO LOCAL DETRABALHO
ESTADO DE ESPÍRITO
SUPERIOR HIERÁRQUICO
MORAL80,2%
80,3%80,3%
,
HIERÁRQUICO
VENCIMENTO
LOCAL DE TRABALHO
RECURSOSTECNOLÓGICOS
48,6%
61 4%56,0%
QUALIDADE DA USF NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS
LOCAL DE TRABALHOE EQUIPAMENTO
E FINANCEIROS 61,4%,
77,6%
MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE
QUALIDADE DA USF NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS
81,1%
AUMENTO DOS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA
Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental
Prof. Miguel Gouveia gGrupo de Trabalho da APES
Num estudo económico prévio “ haveria poupanças medias anuais de 4,3 € por usuário, resultando de um aumento de 2,4 € em salários médicos e em poupanças de 1 9 € em ECD e 4 9 € em medicamentosmédicos e em poupanças de 1,9 € em ECD e 4,9 € em medicamentos.
Em 37 USF seria de prever uma poupança de 8,9 M€
AUMENTO DOS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA
Relatório 2008 Departamento
Contratualização da ARS Norte.
Em media, cada USF do Norte do País gastou cerca de 170 € em medicamentos e 65 € em ECD (contra 204 € em medicamentos e 95 €(com ECD nos centros de saúde de origem) por utilizador/ano.
PROCESSO DE MUDANÇA
As USF onseg i am sim ltaneamente As USF conseguiram simultaneamente:
mais eficiência,
mais acessibilidade mais acessibilidade,
melhor clima laboral,
maior satisfação dos cidadãos maior satisfação dos cidadãos,
numa palavra, mais qualidade.
São um bom exemplo do sucesso da filosofia de gestão que São um bom exemplo do sucesso da filosofia de gestão que recomenda não dizer às pessoas como fazer as coisas.
Dizer o que fazer e elas surpreender-nos-ão com a sua criatividade.
Atribuir uma missão para cumprir e dar liberdade para o fazer.
LIÇÕES APRENDIDAS
A importância da criação das USF de forma voluntaria de p çbaixo para cima com total envolvimento dos profissionais de saúde.
A importância de um forte apoio político.
A criação de uma Unidade de Missão
A importância de aumentar a acessibilidade dos cidadãos aos serviços e de melhorar a qualidade dos serviços.
A importância de uma boa comunicação com a imprensa.
Mas o trabalhocontinuacontinua…
Reforma da Atenção Primária Plano Estratégico 2010 – 2011g
1. Saúde da pessoa, da família e da comunidade
5. Inovação e Qualidade
2. Governação çclínica e de saúde
4. Gestão, organização 3. Recursos humanos e Gestão, o ga açãoe participação desenvolvimento profissional
www.mcsp.min-saude.pt
www.mcsp.min-saude.pt
Obrigado pela vossa atenção