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Presidente da República Fernando Henrique Cardoso

Ministro de Estado da Educação Paulo Renato de Souza

Secretária Executiva Maria Helena Guimarães de Castro

Secretário de Educação Média e Tecnológica Raul David do Valle Júnior

Diretora de Ensino Médio Maria Beatriz Gomes da Silva

Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin

Secretário da Educação do Estado de São Paulo Gabriel Chalita

Coordenação Geral do Fórum Ghisleine Trigo Silveira

Equipe de Trabalho Regina Aparecida Resek Santiago Regina Cândida Ellero Gualtieri

Rosa Maria Alves

Colaboradores Edson Roberto Silva Porcino

Eva Margareth Dantas Hiroyuki Hino

Jorge Miguel Marinho Júlio Bissoli Neto

Luiz Antonio Carvalho Franco Maria Lúcia de Rezende

Sonia Maria Parada de Almeida

Sumário

Mensagem: Dr. Raul David do Valle Júnior 9

Mensagem: Prof. Gabriel Chalita 11

Mensagem: Profa. Eny Marisa Maia 13

Mensagem: Prof. Luis Carlos de Menezes 21

Espírito Santo Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Aflordízio Carvalho da Silva 26

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clotilde Rato 29

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clovis Borges Miguel 33

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João Bley 39

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Emílio Oscar Hülle 43

Minas Gerais Escola Estadual Cândido Portinari 48

Escola Estadual Professora Corina de Oliveira 52

Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes 55

Escola Estadual Professor Guilherme Azevedo Lage 59

Escola Estadual Professor Ricardo de Souza Cruz 64

Rio de Janeiro Colégio Estadual Ary Parreiras 68

Colégio Estadual Chequer Jorge 72

Colégio Estadual Leopoldo Américo Miguez de Mello 81

Colégio Estadual Luiz Reid 89

Colégio Estadual Santa Rita 94

São Paulo Escola Estadual Professora Angélica de Oliveira 100

Escola Estadual Bispo Dom Gabriel Paulino Bueno Couto 106

Escola Estadual Cardeal Leme 110

Escola Estadual Genaro Domarco 115

Escola Estadual Oswaldo Aranha 118

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA

Coordenação Geral de Ensino Médio

Fórum de Experiências no Ensino Médio

Caro Professor,

O sucesso de nossos esforços em direção à construção de um novo ensino médio que atenda às necessidades de

nossos adolescentes e jovens depende, sem dúvida, de nossa capacidade de oferecer oportunidades variadas e inovadoras

de formação continuada a nossos profissionais da educação.

Para identificar experiências bem-sucedidas em escolas de ensino médio e promover a apresentação, discussão e

divulgação das mesmas, além de apoiar as Unidades Federadas na constituição de redes de apoio às escolas, organizamos

o De Escola Para Escola - Fórum de Experiências no Ensino Médio.

Este trabalho foi iniciado com o / Fórum Nacional, realizado em setembro de 2001, em Brasília. Seguindo a

mesma dinâmica deste encontro nacional, estão sendo organizados os Fóruns Regionais para apresentação e divulgação

de novas experiências.

Acreditamos que estes Fóruns criarão condições para que os profissionais e as escolas se ajudem mutuamente,

através da divulgação e da troca de experiências inovadoras e afins às Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio, contribuindo para que cada unidade escolar construa seu projeto pedagógico próprio. Essa rede de ajuda e troca

de experiências deverá propiciar aos profissionais e às escolas a superação das dificuldades e dos desafios postos pela

nova concepção curricular do ensino médio.

Há muitos professores em nossas escolas que estão desenvolvendo trabalhos interessantíssimos e de qualidade e

que gostariam de uma oportunidade para mostrá-los aos outros. Um deles é você, que está hoje aqui conosco. E, por isso,

estamos abrindo esse espaço. O que esperamos de você, na volta a sua escola, é que multiplique essa experiência, divida

suas idéias com seus colegas e continue no caminho do estudo e da inovação.

Os Fóruns terão a duração de três dias, durante os quais as experiências serão divulgadas e comentadas. Além das

atividades com as experiências, a programação contará com eventos culturais. Estes eventos fazem parte de uma política

de valorização dos profissionais do ensino médio. Contaremos, também, com espaços para exposição de materiais,

relatos e produtos.

Esperamos que você goste e aproveite. Que aprenda para que possa continuar aprendendo e ensinando.

E que se divirta com essa tarefa.

Bom proveito.

Raul David do Valle Júnior

Secretário de Educação Média e Tecnológica

Caro Professor,

O crescimento e o desenvolvimento se dão por meio da soma das experiencias diversas que nos capacitam para o

aprendizado e para a evolução. A análise dos erros e dos acertos é parte integrante do processo de aprendizado. Um

caminho longo que inclui avanços, retrocessos e recomeços. É assim na nossa vida pessoal e profissional. Também é

assim na escola - um ambiente rico, complexo e heterogêneo - cujo objetivo é proporcionar às novas gerações o

descobrimento e o aprimoramento de seus talentos e habilidades.

Cabe ao educador enfrentar o desafio de fazer da sala de aula e da escola, como um todo, um palco capaz de

formar os novos atores do jogo social. Por esse motivo, o relato de projetos, ações e programas bem-sucedidos nos

estabelecimentos de ensino da região Sudeste é fundamental para gerar cada vez mais idéias e informações aos educadores

do Estado. Este é o objetivo do Fórum Regional de Experiências do Ensino Médio - uma iniciativa da SEMTEC/MEC

-, organizado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O evento visa, também, estimular os profissionais da

área para a discussão de propostas cada vez mais democráticas para a escola, de modo a ampliar seu envolvimento com

a comunidade na busca de soluções para os problemas comuns às suas respectivas regiões. Assim, ao mesmo tempo em

que colabora efetivamente para a melhoria do meio em que está inserida, a escola amplia a qualidade de seu ensino.

Dessa forma, o aluno poderá envolver-se na concepção e na progressão de numerosos projetos, por meio de um

comportamento pró-ativo, responsável e cooperativo, construindo competências intelectuais que envolvam autonomia e

pensamento crítico.

As reflexões provenientes da troca de informações e experiências educacionais entre as escolas de seus próprios

estados são, sem dúvida, muito ricas e oportunas nesse momento em que a sociedade, de um modo geral, se questiona

sobre os seus mais variados paradigmas. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo entende, entretanto, que cada

escola vive uma realidade singular. Isso significa que as idéias veiculadas pelas diferentes experiências fornecerão "pistas"

que serão, necessariamente, adaptadas às realidades de cada unidade, levando-se em conta suas peculiaridades.

Albert Eisntein já dizia que "a tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de conhecer".

Acreditamos que essa tarefa deva ser o objetivo principal da escola, em sua essência. Que neste Fórum, essa máxima

possa ser lembrada e corroborada por todos.

Gabriel Chalita

Secretário da Educação do Estado de São Paulo

A construção da Escola Jovem: um processo desafiador Eny Maia

Introdução

As experiências escolares apresentadas no 1o Fórum Nacional nos permitem afirmar que os professores, dirigentes

e técnicos de educação estão enfrentando o desafio de construir uma nova escola para os jovens do país.

O programa desse Fórum, apresentado pela Secretaria de Educação Média e Tecnológica (SEMTEC) como parte

da política de implementação das diretrizes e parâmetros curriculares do ensino médio, baseia-se na premissa de que

nenhuma mudança educacional de fato se efetiva se não ocorrer nas salas de aula, isto é, se os conceitos e princípios que

orientam esta reforma não forem assumidos pela escola.

Destacar a unidade escolar e as salas de aula como as instâncias essenciais nesse processo significa reconhecer

que somente o coletivo escolar, constituído também pelos alunos e comunidade, é capaz de estabelecer uma dinâmica

que rompe com o estabelecido porque cria a possibilidade de diálogo, de interesse e de apoio mútuo.

A leitura dos projetos escolares representativos do trabalho de seis estados das diferentes regiões do país é uma

demonstração do que afirmamos acima. Algumas escolas enfrentaram dificuldades relativas à formação dos professores, à

estrutura curricular inadequada, à ausência de recursos pedagógicos e financeiros, ao acesso às novas tecnologias, mas não

esmoreceram. Os obstáculos foram tratados como problema; não provocaram imobilismo, mas sim a busca de alternativas1.

É preciso também reconhecer a mobilização das instâncias administrativas para dotar as redes de ensino médio de

melhores condições de trabalho. Porém, é preciso admitir que são muitos os problemas a serem enfrentados uma vez que

o ensino médio só na década de 90 coloca-se, de fato, na agenda político-educacional do país.

As equipes escolares que estão desenhando uma nova escola para os jovens merecem a valorização do seu trabalho. A

distinção que será concedida pelo MEC a trinta delas, por ocasião do Fórum, deve contribuir para fomentar os projetos dessas

escolas. Além de representar a possibilidade de compartilhar a experiência com professores que atuam em diferentes contextos,

é uma forma despretensiosa de dar visibilidade ao esforço dos que fazem a educação do século XXI.

1. Caminhos para repensar a Escola

"Administrar, gerenciar, dirigir, supervisionar, ensinar, trabalhar em uma instituição pode se cons­

tituir em um obstáculo quando não se sabe nada sobre a mesma ou quando o que se sabe não passa

de um conhecimento difuso, não sistematizado".2

São inúmeras as possibilidades de introduzir inovações que mudem gradativamente o modo de trabalhar na escola

de ensino médio. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), as Diretrizes do Conselho Nacional de

Educação (1998) e os Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio (1999) apresentam princípios e orientações que dão

margem a mudanças estruturais na organização das escolas.

O ponto de partida, certamente, é o conhecimento que se tem da escola, instituição cuja função primordial é

promover o desenvolvimento dos alunos, considerada a sociedade e o contexto sócio-político em que se insere.

como decidir sobre o que é prioritário para aperfeiçoar o trabalho escolar? como iniciar um processo de mudança?

Podemos responder baseando-nos nas experiências apresentadas neste Fórum.

É possível afirmar que a sensibilidade das equipes escolares - informada pelo conhecimento sobre o padrão de

desenvolvimento dos alunos nas áreas cognitivas, sociais e em suas expectativas; sobre a qualificação dos professores; as

caracteristicas da comunidade; os recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis - permite "captar" o que é mais

adequado e possível. O "bom senso" indica que a melhor proposta, do ponto de vista da formação de equipe e de

acumulação de conhecimento é, antes de mais nada, aquela que se pode executar. Um dos critérios decisivos para o

sucesso de uma proposta de inovação é o seu realismo, que assegura a viabilidade da mesma.

uma proposta aparentemente grandiosa que sequer consegue passar do papel para o cotidiano escolar resulta em

muita frustração e em descrença.

Outro critério essencial: a proposta de inovação deve surgir da comunidade escolar, ou ser por ela adotada, com

autonomia. Os projetos escolares se consolidam à medida que as propostas, mesmo quando aparentemente simples,

fortalecem o trabalho coletivo, integram os alunos como protagonistas e permitem refletir sobre outras alternativas para

o aperfeiçoamento do trabalho escolar.

A complexidade da inovação em uma escola complexa

As escolas são instituições muito mais complexas do que por vezes a nossa experiência docente e mesmo alguns

estudos conseguem apreender. Por quê?

Para justificar a afirmação podemos apontar uma situação singular: para que servem as escolas? A resposta não

exige muito esforço intelectual: para promover o desenvolvimento dos alunos - o objetivo maior dessa instituição é o

aluno e os resultados dessa instituição se avaliam também pelo aluno que se quer plenamente desenvolvido. Numa

linguagem empresarial diríamos que o nosso "cliente" é o aluno e o nosso "produto" também é o aluno.

como atrair e manter na escola um jovem que se quer protagonista de um processo de desenvolvimento próprio,

mas que para alcançar o sucesso precisa de esforço, disciplina, interesse, participação, capacidade de organização,

empenho? Não é uma tarefa corriqueira.

Quando se pensa em promover mudanças estruturais em uma instituição historicamente tradicional, num contexto

de incertezas característico da "sociedade do conhecimento" da chamada "revolução tecnológica", a questão ganha outras

dimensões. O que está em jogo é o novo papel da escola nesta sociedade, é o papel dos jovens que passam a ser "agentes"

e não mais "pacientes"3, do papel do professor que se modifica, do conceito de educação e de cidadão educado. Trata-

se sem dúvida de uma tarefa complexa.

Não há como modificar a escola sem considerar a articulação entre todos os elementos que a constituem, tanto no

plano material quanto no humano. É assim que vem acontecendo e pudemos constatar a partir da análise das experiências

escolares apresentadas a esse Fórum.

Os resultados dos primeiros movimentos indicam que todo o conjunto começa a se "abalar" quando, efetivamente,

a proposta é assumida pelo coletivo escolar, mesmo que o objeto da ação escolar represente uma parte desta totalidade

que estamos chamando de Escola Jovem. Quando a equipe escolar, ou parte dela, decide assumir uma proposta de

interatividade para o trabalho em sala de aula, utilizar novos materiais pedagógicos, modificar o sistema de avaliação,

entender outros espaços, além da sala de aula, como espaços educativos, fazer uso de recursos tecnológicos e audiovisuais,

trabalhar de forma contextualizada com os conhecimentos científicos, promover experimentações, dar voz aos alunos

observa-se que os alicerces da escola tradicional começam a balançar.

Investir em projetos específicos: uma possibilidade de mudar o todo?

A reforma do ensino médio coloca exigências que nos levam repensar a escola como um todo desde os princípios

filosófìcos à organização curricular. Entendemos, porém, que as mudanças devem ocorrer de forma gradativa.

Existe, sem dúvida, uma relação intrínseca entre as mudanças parciais e as diretrizes mais gerais que orientam o

Plano Escolar. A concepção de educação das escolas deve se expressar em todas as ações, garantindo a articulação entre

o todo e as partes. Este princípio vale tanto para a elaboração de projetos pedagógicos quanto para outras situações que,

aparentemente, são "um valor por si mesmas" como, por exemplo, a aquisição de materiais didáticos e a transformação

de espaços físicos. As mudanças processadas na escola ou estão a serviço da implementação do Plano Escolar ou acabam

se constituindo em ações isoladas que não consolidam o processo.'1

Não há como introduzir um elemento novo sem modificar a concepção do todo.

Um exemplo que nos faz pensar

Grandes mudanças já ocorreram em outras áreas do conhecimento e da sociedade através do tempo. É possível que,

neste momento, o leitor já tenha em mente uma série de exemplos de transformações que geraram conseqüências até imprevisíveis.

como observadores, em alguns casos, como participantes ativos em outros, é bem possível que não nos tenhamos

detido para registrar todas as conseqüências dessas mudanças, a não ser as mais importantes ou as mais óbvias.

Consideremos, por exemplo, uma mudança específica ocorrida na Sétima Arte, o Cinema, nas primeiras décadas

do século passado, com a introdução da voz nos filmes que até então eram mudos. Nos dias de hoje, com avanços

tecnológicos que permitem criar cenários e personagens virtuais, essa transformação é pouco lembrada como inovação

de impacto. No entanto, ela criou uma revolução na forma de se fazer cinema.

O que acontece com o cinema quando se introduz a voz, isto é, quando se passa do cinema mudo para o cinema falado?

Muda basicamente a estrutura narrativa, a percepção sobre os diferentes modos de contar uma história. Os elementos

estruturais da narrativa: personagens, narrador, espaços, cenários, o tempo, o seqüenciamento e, como é fácil inferir, a

relação entre esses elementos, é profundamente modificada. Os atores precisam mudar as formas de representar, os

textos precisam assumir outra natureza.

Há um outro aspecto a considerar, que se apresenta como exterior à produção de filmes, mas indispensável para

que o espetáculo aconteça da melhor forma possível.

Para a introdução do cinema falado é necessário modificar a concepção de "salas de cinema". O espaço é modificado

de forma radical, colocam-se portas para impedir que outros ruídos prejudiquem a compreensão do que se está apresentando.

Torna-se necessário rever a acústica, colocam-se caixas de som, os alto-falantes, como eram conhecidos.

Os proprietários de salas de cinema nao têm como resistir: ou se adaptam, ou perdem o público. Outras possibilidades

dos filmes, até então não exploradas, considerando a situação anterior, passaram a se constituírem propostas inovadoras: surge

o cinema documental e o cinejornal, por exemplo. A introdução de um elemento novo modificou a concepção do todo.

Também no que se refere à construção de uma nova escola, a introdução de uma pequena inovação, quando

implementada e absorvida no cotidiano, termina por dinamizar o Projeto da escola em seu conjunto. Por outro lado,

quando não há abertura para se repensar constantemente a concepção de escola e de aprendizagem, todos os materiais e

iniciativas, por maior potencial de inovação que possam representar, correm o risco de ser assimilados e incorporados de

forma tradicional.

(Re)construindo a escola: um processo onde o conflito faz parte do avanço

Diversas experiências apresentadas neste Fórum revelam que o processo de mudança não se deu sem conflitos.

Até mesmo as experiências que possam parecer restritas a poucos professores ou a uma área de conhecimento, por

exemplo, nao avançaram sem que diferentes pontos de vista e interesses se confrontassem. Também foi preciso lidar com

"resistências" que mais se devem ao "não saber fazer" do que a uma indisposição para o trabalho diferenciado. Quando

esses elementos foram explicitados, discutidos e enfrentados o processo avançou.

Não há decisão coletiva que se fortaleça sem o reconhecimento da ambigüidade presente nas decisões,

principalmente, quando dizem respeito a situações que não se vivenciaram ou sobre as quais não se pode garantir o

controle que, supostamente, se tem quando atuamos da forma que nos é conhecida, familiar.

As decisões sobre o que, como e quando inovar, certamente, podem não convencer a todos. Isto não deve ser um

impedimento para que se pense naquilo que a escola pode se transformar, não se limitando a admirar aquilo que já está

sendo realizado.

No processo de mudança é preciso lidar de forma criativa e não, defensiva, com pessoas em diferentes estágios no que

se refere à disposição para aceitar inovações: os que entendem a necessidade de impulsionar o processo, aceitando o risco de

pensar em uma nova escola, os que precisam mais tempo para arricar-se a experimentar e os que se negam a fazê-lo.

Quando os problemas são nossos parceiros...

O que falta para as escolas de ensino médio se modificarem?

Para responder a pergunta não é necessário fazer uma pesquisa extensiva, se pudermos considerar os projetos

apresentados neste Fórum como uma amostra significativa do que acontece de mais promissor em cada estado.

As respostas que aparecem com maior freqüência, em termos de obstáculos à mudança nas escolas, podem ser

alinhadas admitindo-se que dizem respeito a contextos desiguais:

• Escassez de recursos financeiros.

• Escassez de materiais didáticos: desde o acervo para a formação das bibliotecas aos softwares, vídeos,

computadores, etc.

• Insuficiente capacitação para os professores.

• Problemas de disciplina e de violência.

• Desinteresse dos alunos, expresso nos índices de evasão e repetência. Afastamento da comunidade.

• Contexto caracterizado pela pobreza e ausência de estímulos culturais.

• Desconhecimento e/ou desvalorização da cultura local.

• Dificuldades em áreas específicas principalmente Linguagens e Códigos, Matemática e Ciências da Natureza.

• Dificuldades relativas à integração dos alunos; problemas de discriminação.

Os elementos destacados acima aparecem no relato das escolas, indicados, em geral, como a origem dos projetos

pedagógicos e de gestão escolar. Ou seja, as dificuldades problematizadas, estimularam a busca de soluções e nesta

perspectiva colocaram-se como problemas.

Conforme Macedo, "existe um problema quando se transforma uma queixa em desafio a ser superado. Às vezes

um bom problema começa com uma queixa. Então o desafio é o de transformá-la em um problema. E isso também é

problemático! Transformar uma queixa em problema é sair da posição em que esses fatores funcionam como adversários

ou competidores de nossos objetivos para uma posição em que se tornam cooperativos e participativos, ou seja, adquiram

uma função construtiva".5

2. Refletir, compartilhar, priorizar: as características de uma decisão coletiva.

"como todos aqui têm suas raridades eu, para não me sentir diferente, peguei minha fortuna e

comprei uma raridade. Fui comprá-la longe na Austrália. E agora sou igual a todos, também

tenho minha raridade. Comprei um Canguru Branco. Não serve para nada, não faz nada, mas é

uma raridade. E muitos me invejam e admiram"/'

Suponhamos que o primeiro problema apontado na lista do item anterior fosse resolvido mesmo que

temporariamente, isto é, que a escola recebesse recursos financeiros capazes de impulsionar o Projeto Pedagógico.

como decidir onde aplicar os recursos?

Se estivermos comprometidos com a construção da Escola Jovem, isto implica que, na prática, precisamos fazer

valer os princípios que orientam as relações na escola, criando uma dinâmica de integração e participação. As decisões

não podem ser de responsabilidade de um único profissional, isoladamente.

O mesmo problema pode suscitar diferentes análises e propostas de solução, dependendo da experiência e dos

valores de cada um dos integrantes da escola, incluídos os alunos e a comunidade.

A sensibilidade dos professores pode estimular uma série de ações que exigem o repensar das relações na escola,

em situações que, muitas vezes, revelam discriminação e violência. A compra de um equipamento qualquer, sem consultar

e levar em conta as pessoas responsáveis pelo fazer pedagógico, em médio prazo pode se revelar tão inútil quanto o

Canguru Branco da epígrafe.

Se contarmos com recursos financeiros, certamente, inúmeras questões vão se apresentar como prioritárias,

dependendo da compreensão de cada segmento escolar. A decisão coletiva exige mais tempo e, deve ser organizada de

tal forma que a mediação esteja garantida pelo dirigente escolar e/ou um dos participantes da equipe. Nesta situação, o

tempo joga a favor da integração do grupo e do consenso, mesmo quando relativo.

A possibilidade de coesão e de comprometimento com as propostas da escola cresce quando assumida pelo grupo.

O que é principal e o que é secundário?

A questão só pode ser bem equacionada quando referida aos objetivos da escola no contexto do desenvolvimento

dos alunos. como são os jovens que estudam nessa escola? Que conhecimentos dominam e em que áreas precisam de

maior estímulo? Quais os seus interesses? Que projetos e/ou ações pedagógicas têm potencial para fazê-los superar as

dificuldades?

como são os professores dessa escola? Em que áreas precisam de apoio para mudar a gestão de sala de aula?

Os projetos escolares selecionados para o 1o Fórum Nacional nos oferecem elementos para pensar sobre o processo de

decisão, nesta perspectiva. Por vezes, a ausência de recursos financeiros se colocou, num primeiro momento, como obstáculo

à realização de estudos do meio, por exemplo. Tratava-se do deslocamento dos alunos e de outras medidas que daí decorrem.

Esses projetos se desenvolveram, buscando-se parcerias com a sociedade civil e/ ou com o executivo/legislativo

local, por exemplo.

Na avaliação das escolas, entretanto, ressalta uma outra questão que nos parece central: a ausência de material de

consulta: livros, revistas especializadas e vídeos, por exemplo. A dúvida entre o que é principal e o que é secundário se

dilui neste exemplo.

como proceder a um planejamento criterioso, envolvendo todos os alunos na ação, se não contamos com material

básico para a estimulação e a formulação de questões pertinentes ao tema?

A concepção de aprendizagem em nada se modifica quando saímos com os alunos do espaço escolar para que

conheçam e analisem determinadas questões sem ter tido a oportunidade de se preparar e sem contar com materiais que

permitam a sistematização posterior. A ampliação dos espaços educativos é desejável, mas deve servir à aprendizagem,

ao desenvolvimento dos alunos. A otimização dos espaços existentes é uma exigência para promover mudanças que

façam diferença no aprendizado dos alunos. A biblioteca é essencial. como vamos organizá-la, com quem contamos

para enriquecê-la, como selecionar o acervo, como dinamizar o seu uso é algo desafiador. Precisamos de um profissional

apenas para fazê-la funcionar ou a utilização é parte integrante dos trabalhos dê sala de aula?

As decisões têm conseqüências...

A observação acima parece de uma obviedade até incomoda, mas baseamo-nos no personagem de Machado de Assis,

o Conselheiro Acácio, que em sua empostada sabedoria afirmava com toda a pompa: as conseqüências sempre vêm depois...

Determinadas escolhas precisam ser avaliadas, em sua relação com as demandas que trazem, o que não significa

que devam ser abandonadas, mas que exigem planejamento para que os objetivos sejam alcançados.

A compra de computadores, de softwares, e a organização de uma sala própria para informática podem exigir

capacitação dos professores, a reorganização dos tempos de aula, e a seleção de softwares que efetivamente sirvam a

nossos propósitos. É possível viabilizar este espaço, considerando todas essas exigências? Claro que sim, mas é necessário

organizar os procedimentos, informar-se e principalmente discutir sobre a utilização dos materiais na perspectiva, por

exemplo, da contextualização e da interdisciplinaridade.

Trabalhar com um software que permita aos alunos construírem cidades virtuais, enfrentando problemas que vão

da ecologia à administração de finanças, permitindo compará-las com as cidades em que vivem, escrever sobre a história

local e imaginar a história da cidade que construíram é muito mais instigante do que utilizar jogos do tipo combate

mesmo considerando que os últimos possam servir à recreação.

O mesmo se pode dizer de softwares que permitem reproduzir de forma virtual experiências nas áreas de Matemática c

Ciências da Natureza e a partir dos quais é possível facilitar a compreensão de conceitos básicos estruturantes das disciplinas.

A compreensão dos movimentos na área de Artes que revolucionaram as concepções da época, como a 1ª Semana

de Arte Moderna, tão criativa e modestamente resolvida por uma das escolas inscritas nesse Fórum, pode se valer da

aquisição de softwares ou de coleções impressas de obras de arte.

Em suma, há que ter disposição para planejar e para pesquisar, uma atitude esperada de uma escola que se quer diferente.

Os materiais didáticos: uso e desuso

A seleção de materiais didáticos remete a uma questão central: quais são os mais adequados para

incrementar a aprendizagem dos alunos?

Considerando que os materiais didáticos promovem diferentes possibilidades de acesso ao conhecimento, pois

permitem a criação de situações de aprendizagem que utilizam diferentes linguagens e formas de interação, é preciso

avaliar quais são os mais importantes para nossos propósitos. É uma tarefa para a qual não se tem uma resposta precisa

e exige observação e experimentação.

E evidente a diferença entre o efeito do uso do retroprojetor e/ou do projetor de slides e do filme ou vídeo. Os

primeiros trabalham com a imagem estática e os demais, com o movimento. Enquanto o retroprojetor pode ser um

valioso auxiliar para apoiar a exposição do professor, para apresentar imagens ou ilustrações que facilitem a compreensão

de um conceito, os filmes, vídeos, e os softwares que trabalham com o movimento podem ser utilizados quando se trata

de discutir processos, mudanças e transformações.

Há, entretanto, diferenças consideráveis no trabalho com filmes e no trabalho com o computador. Enquanto na

utilização de filmes e vídeos e/ou no trabalho com programas de televisão, o aluno espectador pode, em alguns casos,

permanecer passivo; na utilização do computador é o aluno que dirige o processo. Mas, é preciso esclarecer o que se está

chamando de "passividade". O filme, o vídeo ou mesmo um programa de televisão suscitam emoções, pensamentos,

transmitem conhecimentos, esclarecem e podem provocar a compreensão de situações relacionadas à experiência pessoal

do aluno que não se poderia prever e que, por vezes, fogem ao controle.

As características dos materiais não podem "amarrar" o professor quando decidir por sua utilização. O retroprojetor

pode ser um precioso auxiliar na comunicação entre os alunos quando estes sejam estimulados a elaborar o material e a

expor suas idéias. Da mesma forma, a televisão, o filme e o vídeo não são apenas um convite à contemplação, mas ao

debate e ao conhecimento de situações distantes do contexto em que o aluno transita.

Contar com estes materiais pode ser o início de uma mudança radical no modo de trabalhar da escola? Sim e Não.

Adquirir materiais considerados modernos e nada modificar na sala de aula e nos demais espaços educativos é a

comprovação mais evidente da "vitória da rotina".

Pode-se dar ao computador, via Internet, o mesmo (des)uso equivocado que orientou um procedimento, até então

inovador, de acesso ao conhecimento: as atividades de pesquisa, por exemplo. Solicitar aos alunos que pesquisem sobre

determinados temas quando sequer se formulam questões que justifiquem o interesse e a busca de respostas adequadas

pode simplesmente substituir a cópia das páginas dos livros pela cópia das páginas da Internet.

É possível utilizar um filme da mesma forma enganosa com que, por vezes, se trabalha com os livros didáticos.

Basta apresentar após a exibição um longo questionário para avaliar a compreensão e quem sabe, atribuir uma nota...

Considerações finais

As experiências apresentadas no De Escola para Escola - Fórum de Experiências no Ensino Médio são

representativas dos muitos caminhos possíveis para a construção de uma escola que se quer diferente. uma escola que

incorpore o novo paradigma - a concentração na aprendizagem, o que significa dar prioridade aos jovens, buscando

oferecer situações estimulantes e diversificadas, tornando-o protagonista de seu próprio desenvolvimento. Objetivo que,

apesar de sua complexidade, pode ser alcançado.

Certamente ainda há muito a conquistar, mas a construção da Escola Jovem dá os primeiros passos, explorando

diferentes possibilidades com um entusiasmo que surpreende aos que sabem pouco sobre os professores do país.

Seguem-se os Fóruns Regionais no segundo bimestre de 2002. Esta primeira inserção junto às escolas com o objetivo

de organizar o Fórum Nacional e o Seminário sobre a TV Escola nos surpreendeu pelo que de criativo pudemos constatar.

Consideramos como um dos objetivos principais para a organização dos Fóruns Regionais a democratização do

conhecimento sobre o trabalho das demais escolas. Sugerimos que seja realizada uma ampla divulgação do processo

seletivo que ocorrerá em cada região, estimulando a participação do maior número possível de experiências.

Não se trata apenas de organizar um fórum, mas de reconhecê-lo como um momento de capacitação, de

aprendizagem profissional, visto que é uma oportunidade para que os conceitos e princípios orientadores da reforma

sejam mais bem compreendidos no processo de adaptação e aplicação à realidade de cada unidade escolar.

Nesse processo, aprendem as escolas que, exercendo sua autonomia, ousam enfrentar o diferente, e aprendemos

todos nós com a possibilidade de acompanhar a evolução desses projetos, garantindo a sistematização do conhecimento,

o que certamente significa facilitar e estimular iniciativas de outros grupos.

Se pudemos nos valer de um personagem de Machado de Assis, que com muita propriedade dizia o óbvio, com

muito mais propriedade podemos nos apropriar da experiência do autor sobre o seu "modo" de conhecer as novas idéias:

"Não sei se já alguma vez disse ao leitor que as idéias, para mim, são como nozes, e que até hoje não descobri melhor

processo para saber o que está dentro de umas e de outras senão quebrá-las".7

Notas

1A propósito do tema, veja o vídeo "Onde Estamos?" da série Ciência Nua e Crua do programa da TV Escola, "como

Fazer Escola?" 2 Graciela, Frigerio (org.) De Aqui e de Allá. Textos sobre la institución educativa y su dirección. Editora Kapelusz.

Buenos Aires. 1993. 3Menezes, Luis Carlos. Dossiê Educação. IEA (Instituto de Estudos Avançados) USP. 2001 4 A respeito da importância de se começar a inovar na escola a partir de projetos específicos e realistas, veja "Projeto

Facilitando Mudanças Educacionais: Pequenos Passos rumo ao êxito para todos", Boudewijn van Velzen et alii, SEE­

SP/ APS, 1997. 5Lino Macedo. Eixos teóricos que estruturam o ENEM. MEC/INEP 1999. 6 As duas laranjas. Oswaldo França Júnior. 7 Machado de Assis. Os Melhores Contos. Editora Global. 1987.

Projetos de vida dos alunos e o projeto pedagógico das escolas Luis Carlos de Menezes*

A escola e os desafios do novo século

No Brasil e em quase todo o mundo, o começo do século XXI tem mostrado perspectivas ainda obscuras e

desafios sem precedentes. As desigualdades sociais, ao final do século XX, foram de certa forma agravadas pois, além da

exploração do trabalho, surgiu uma forma mais profunda de discriminação, a exclusão econômica, acelerada pela

modernização produtiva. Continentes inteiros estão à deriva, nações se estilhaçam em guerras éticas e religiosas, blocos

econômicos e políticos se deslocam e se desmancham como icebergs no degelo.

A enorme potencialidade científico-tecnológica da terceira revolução industrial ampliou exponencialmente a capacidade

humana de intervir sobre o mundo natural, para criar novos materiais, substâncias e espécies vivas, para processar e transmitir

informações, para racionalizar os meios de produção, mas sem qualquer eficácia para a pacificação da existência. Pelo contrário,

em direção claramente oposta, tem aprofundado disparidades, até porque a informatização, a mecanização e a automação, que

garantem conforto e poder inéditos para uns tantos, eliminam postos de trabalhos de muitos outros.

A América Latina em geral e o Brasil em particular vivem a seu modo essa crise global, sem encontrar, até o

momento, saídas de natureza econômica ou social e, como em grande parte do mundo, seus estados nacionais estão

enfraquecidos, em suas muitas instituições. A medida que o Estado se retira de cena, como agente social e econômico, a

escola, um dos últimos espaços públicos que restam, percebe mais diretamente todas as carências da cidadania, em seus

reflexos sobre a infância e a juventude. O chamado movimento social, de base sindical ou comunitária, em refluxo, só

reforça o individualismo, o "salve-se quem puder" nas relações interpessoais.

São tempos difíceis para os mais velhos, que não conseguiram acompanhar as reviravoltas que deu o mundo, e se

perguntam, como Chico Buarque de Holanda, "quem estava ao volante do planeta, quando o continente capotou?".

Desapareceram modos de vida e profissões, inverteram-se valores humanos, de tal forma que os mais velhos já não são

guias seguros, na busca de caminhos melhores para o futuro. São tempos difíceis também para as crianças, privadas

precocemente do que, no passado, se chamava de inocência; algumas crianças são hoje expostas, em seus cotidianos, a

ameaças permanentes, de solidão, carência ou violência, outras são envolvidas pelos apelos da sociedade de consumo, e

todas são atingidas, todo o tempo, pela percepção acrítica das inseguranças de seus pais e de seus mestres.

São tempos particularmente difíceis para os jovens, dos quais se espera assumirem em breve o controle do mundo, dos

destinos desta sociedade, a um só tempo globalizada e fraturada, que em muitos aspectos lembra uma nau sem rumo, e terão de

fazer isto com parcos instrumentos de navegação e de jornada. Noutros tempos, em que educar significava conduzir, os

educadores e os mais velhos pretendiam saber o caminho, projetar a vida de todos, liderar. Nos tempos de hoje, é mais sábio

reconhecer que esse exercício de navegação é um trabalho conjunto, que educar não é simplesmente conduzir, mas sim preparar

gente capaz de orientar-se, projetar a própria vida e de, solidariamente, se associar em busca dos rumos maiores.

Entender isso não resolve, por si só, a questão do educar jovens, mas a coloca em outros termos, e a primeira

pergunta a responder é sobre quais serão os instrumentos com que se devem equipar os jovens, para que sejam capazes

de iniciativa e para que tenham a autonomia possível. como o mundo não só mudou, mas continua em rápida e contínua

transformação, talvez a capacidade mais importante, que é preciso desenvolver, seja a do aprendizado permanente. Esse

aprender permanente não é só o de quem está na escola, mas também de quem já a deixou, e tem a ver com a atitude que

a escola desenvolve no jovem, relativamente á sua vida. Ele se desenvolve ao tomar os elementos e desafios da vida real

como objeto de estudo, debate e proposição. A vida humana, ou seja, a vida do aluno, do professor, da comunidade, do

país e do mundo, deve ser problematizada na escola, não como "aplicação do conhecimento", mas como sentido mesmo

do aprender. Paulo Freire, que percebeu antes que muitos outros a necessidade de uma escola emancipadora, foi quem

expôs da melhor forma, como deveria ser esta escola solidária.

É um grande equívoco imaginar que essa problematização do vivido possa se dar, ou se bastar, sem desenvolver

competências gerais e habilidades específicas ou em detrimento do aprendizado dos conhecimentos da ciência, do

humanismo e das artes. Quem comete esse equívoco, aliás, costuma estabelecer fronteiras ou até trincheiras, entre a

escola que faz do mundo real objeto de estudo e debate e a que desenvolver competência, ou entre a que desenvolve

competências e a que constrói conhecimentos. Essas falsas oposições são heranças conceituais e ideológicas, cuja superação

não é simples ou imediata, mas que talvez sejam mais facilmente superadas, especialmente em escolas de jovens, no

ensino médio, com uma inversão consciente de uma velha lógica: em lugar de, como de hábito, submeter o aluno à

"lógica da escola" e de seus conteúdos, tratar de fazer o contrário, que é procurar desenvolver o projeto educativo, em

função das necessidades dos alunos, identificadas nos seus projetos de vida.

Um projeto em função de mil projetos

A escola de ensino médio, no Brasil, tem passado por mudanças numéricas que poucos países terão vivido em intervalo tão

curto, saltando de três para dez milhões de matrículas em cerca de uma dúzia de anos e é essencial perceber de que forma mudou seu

público, em sua natureza e objetivas. Considerando que o número de matrículas no ensino superior brasileiro é de cerca de dois e meio

milhões, é preciso reconhecer que, por algum tempo ainda, três entre quatro alunos do ensino médio não estão de passagem para o

ensino superior, tendo portanto, por escolha ou contingência, de desenvolver outras expectativas e projetos, de forma que o caráter

propedêutico da velha escola regular de ensino médio não basta para a maior parte de seu público atual.

É inaceitável, nesse sentido, manter a natureza de uma escola meramente preparatória para outras etapas. Isso

situa, em termos numéricos ao menos, uma das razões para uma nova adequação dessa escola, que tem a ver com o

destino de seu público. Outra razão, complementar a essa, tem a ver com a origem social e cultural dos alunos do ensino

médio, a maior parte dos quais são os primeiros em suas famílias a alcançar este nível de escolaridade. Os nostálgicos da

velha escola média, que só atendia a uma estreita elite, dizem que esses alunos não estão preparados para essa escola,

mas é preciso admitir que a escola é que não está preparada para recebê-los.

Felizmente, desde 1996, há no Brasil uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que, em boa

ressonância com as necessidades dos nossos tempos, define o Ensino Médio como a etapa conclusiva da Educação

Básica, que deve preparar para a vida e para o trabalho, não só para o ensino superior, e que propõe tanto o aprendizado

quanto as avaliações realizados de forma a promover a iniciativa e a participação ativa dos estudantes. As qualificações

esperadas dos alunos, que completam essa educação, são o domínio das formas contemporâneas de linguagem, a

compreensão dos fundamentos da vida em sociedade, assim como da produção moderna, de base científico tecnológica.

Se o que se pretende é dar condições aos jovens para uma cidadania autônoma, os termos da lei são bastante apropriados,

mesmo que seja preciso reconhecer que nossa escola possa ainda estar fora da lei. A lei foi regulamentada por diretrizes,

fundadas em princípios éticos, estéticos e políticos, para os quais o ensino médio deve estar a serviço da construção da

identidade do aluno, do desenvolvimento de sua sensibilidade e da promoção de uma sociedade igualitária. Também

nisso, está correta a sinalização, mas ainda falta muito para garantir que tal sinalização esteja sendo seguida.

Para essa reformulação de educação há, à frente, uma longa caminhada, mas não há dúvida quanto aos passos que

podem ser dados, em direção a essa escola, que se deseja efetiva em seus objetivos e solidária em seus métodos. Seu

projeto deve estar a serviço da realização pessoal e coletiva de seus alunos e isso, é claro, significa atender a uma

variedade de propósitos, diferentemente da antiga escola, que parecia pretender que todos se transformassem em cidadãos

padronizados que, por exemplo, fossem todos "nota dez", ao responder de forma Idêntica às mesmas questões. Servir à

diversidade é outra coisa, apresenta novos problemas e demanda novas atitudes.

Esses novos propósitos não sao praticavate, se o projeto de escola for uma peça monolítica, que ignora a diversidade de buscas,

problemas e deslinos de sua comunidade. Nessa escola, nem sequer o professor é de fato protagonista, ainda que pareça um personagem

central, com um script previamente estabelecido. É ilusório, por outro lado, acreditar que os jovens já saibam, de fato, quais seus anseios

e projetos que, uma vez conhecidos, bastaria tratar de servi-los, individualmente e a qualquer custo. Na realidade, a perspectiva de vida

dos partícipes da escola alunos ou professores, ou talvez sua falta de perspectiva é que precisa ser explicitada e tratada, para que possam

surgir os projetos. Consciente ou nao, tôda a escola é, por natureza um espaço de confluência de projetos, e será isso de forma tão mais

efetiva e solidária, quanto mais consciente for dessa sua condição.

Se uma aluna gostaria de se dedicar à dança, de aprender línguas, ou se tornar esteticista, se um aluno gostaria de

abrir uma oficina mecânica, ser esportista, manter um portal na internet ou estudar medicina, se uma professora gosta de

fazer poemas ou cultivar orquídeas e se um professor quer se aprofundar em astronomia ou em artes marciais, se um

grupo de alunos quer compor uma equipe de vôlei ou uma companhia de teatro de rua, esses projetos deveriam ser tão

importantes para a escola quanto a compatibilidade entre o aprendizado de uma disciplina no terceiro ano, com eventuais

pré-requisitos de séries anteriores. Convocar os muitos projetos e articulá-los de maneira cooperativa é uma bela e

emocionante aventura, que impregna de sentido o novo ensino médio. O desafio é transformar um espaço impessoal, de

treinamento padronizado, num espaço múltiplo de realização pessoal.

Será de todo possível conceber um espaço receptivo a tal variedade de projetos? Ainda haverá espaço para as disciplinas?

E mais, será que isso tudo faz qualquer sentido para certos grupos de alunos, grosseira e erroneamente tratados como "bandos

de marginais desmotivados"? Todas essas perguntas têm respostas, e todas positivas. Refazer o projeto pedagógico da escola

pode ser precisamente essa tentativa de conceber a escola, no sentido de estar a serviço da realização pessoal e coletiva de sua

comunidade. Sem esse sentido, a escola talvez perca sentido. Quanto às disciplinas, fazer uso das linguagens, dominar os

códigos matemáticos, artísticos e científicos para interpretar processos sociais, culturais ou naturais, mobilizar conhecimentos

para enfrentar problemas individuais e coletivos, para argumentar e para propor, são coisas que se aprendem nas muitas

disciplinas, todas essenciais para todos os projetos. Quanto ao "bando de marginais desmotivados", vale lembrar que ser um

bando é se identificar como grupo, que ser marginal é estar à margem, e que estar desmotivado é não ter projeto. O que agrupa

os membros do bando é se sentirem à margem, sem projeto, fato que se auto sustenta, numa escola que não convoca os projetos

de seus alunos, ou que conduz um projeto implícito, sem relação com os deles e, nessa medida, os marginaliza. A nova atitude

da escola pode mudar o sentido dos bandos, que passarão a se agrupar em função de projetos comuns, de vida e de trabalho. Por

falar em trabalho, a dimensão profissional da escola média, esta também se pode articular em função dos projetos de vida

identificados. Já se pode perceber que, uma vez encaminhado no essencial o ensino médio, a formação profissional deve ser a

próxima "bola da vez" da educação brasileira.

Nada disso é fácil ou simples, como tudo o que envolve múltiplas vontades, mas certamente é bom e não fictício.

Aliás, não só as escolas de ensino médio podem ser espaços de realização pessoal e coletiva e de confluência de projetos,

ainda que algumas escolas vivam isso de outra forma, como as escolas de pensamento, as escolas literárias e artísticas e,

até especialmente, as escolas de samba. Não há fórmula pronta para se estimularem os projetos individuais ou coletivos,

mas há atitudes gerais da escola que, contrariando o velho individualismo competitivo, criariam o clima solidário e

receptivo, já apontando para um mundo novo, diferente do que herdamos do século passado: não selecionar alguns, mas

promover todos os alunos; não procurar nivelá-los, por nenhum critério, e sim valorizar as diferenças; não pretender

domesticá-los para o obediência, mas emancipá-los para a participação. Muitas escolas brasileiras, especialmente escolas

públicas nas quais alunos, professores, pais e comunidade vêm se mobilizando e nelas concentrando seus projetos, já

mostram que o individual e o coletivo, que os projetos de vida e o projeto de escola não se excluem, mas se compõem,

reacendendo a esperança da recuperação de instituições públicas trabalhando por uma sociedade solidária.

*Luis Carlos de Menezes é físico e educador, professor da Universidade de São Paulo.

Espírito Santo

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Aflordízio Carvalho da Silva

Identificação

Endereço: Av. Eng° Rubens Bley, s/n° - Maruípe

Telefone: (027)3225-1686

Estado: Espírito Santo

Município: Vitória

Regional: Metropolitana A

Caracterização da Escola

Número de alunos: 2073

Número de alunos de ensino médio: 1621

Turnos oferecidos para o ensino médio: 3

Classes de ensino médio 39

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 16

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1985

Caracterização da Experiência

Projeto: ARTE MODERNA

A experiência foi selecionada por ser um lema de grande relevância na História do Brasil e que pode ser explorado

de diversas formas e por várias disciplinas.

A experiência teve como objetivos:

• conhecer o contexto histórico da Semana de Arte Moderna e analisar a importância do movimento;

• compreender e refletir sobre a evolução do pensamento e sentimentos humanos através dos tempos;

• aprender a 1er textos e obras de arte, extrair-lhes o sentido mais profundo e perceber de que formas eles estão

relacionados com o momento histórico em que foram criados, com a estrutura da sociedade e com a tradição cultural.

Participantes da Experiência

Houve a participação de cento e cinqüenta e três alunos da 3o série do ensino médio, noturno e de cinco professores.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

O Projeto foi iniciado no 2o bimestre do ano de 2001 e foi desenvolvido nos 2o e 3o bimestres do ano de 2001, com

duração de quatro meses. Abrangeu as áreas de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e suas Tecnologias, em especial,

Língua Portuguesa, Arte e História.

Utilizou-se como recurso pedagógico:

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Aflordízio Carvalho da Silva

• pesquisa bibliográfica em enciclopédias, livros de arte e literatura dos autores representantes do Modernismo,

principalmente os da Semana da Arte Moderna;

• CD de Vila Lobos - músicas com temas regionais;

• trabalho em grupo, seleção de obras para dramatização:

• Graciliano Ramos - São Bernardo

• Érico Veríssimo - Clarissa

• Rachel de Queiroz - O Quinze

• Tarsila do Amaral - Abaporu

• Anita Malfatti - O Homem Amarelo e Tropical

• Lasar Segali - Auto Retrato

• Di Cavalcante - Onde Estaria Feliz

• Ismael Neri - Auto Retrato

• poesias de Vinícius de Morais, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles;

• painel com ilustrações, legendas e pequenos textos explicativos das obras pesquisadas.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O projeto, além de atender a critérios estabelecidos na proposta pedagógica, atende, igualmente, a critérios de

gestão escolar, uma vez que apresenta inovações que permite a melhoria da aprendizagem, tornando o ensino mais

atraente, evitando assim a evasão escolar tão crescente em nossa escola, tornando o ato de aprender e ensinar prazeroso

e enriquecedor, tanto para o aluno como para o professor.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

A extrema necessidade de envolver o aluno no processo de aprendizagem do conhecimento da arte e literatura e

com o objetivo de estimular mais a leitura como fonte de enriquecimento do assunto proposto e fazendo-os expressar sua

aprendizagem através de produções artísticas. Em alguns momentos usou-se de muita criatividade para suprir a falla de

recursos que favorecessem a execução de algumas atividades.

Indicadores de aprendizagem:

• motivação na realização dos trabalhos, observada através do grande interesse e conhecimento dos textos dos autores: Érico

Veríssimo. Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinícius de Morais;

• apreciação pelos alunos das obras de arte através de gravuras ampliadas de: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral,

Di Cavalcante, Lasar Segali, etc. e suas releituras;

• comprovação, ao término dos trabalhos, de que os alunos se referiam aos artistas e obras com familiaridade e autonomia.

A princípio, os alunos apresentaram certa dificuldade, mas a medida em que viam o trabalho surgindo, o

envolvimento foi crescendo e contagiando os que ainda resistiam.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Aflordízio Carvalho da Silva

Síntese da Experiência

• Reunião na biblioteca com os alunos do 3o ano noturno e os professores de Língua Portuguesa, Artes e História

para selecionar os recursos disponíveis na biblioteca da escola.

• Escolha dos autores e obras a serem trabalhados.

• Pesquisa bibliográfica dos artistas e escritores feita na biblioteca da escola durante período das aulas de Arte,

Literatura e História e também através da internet e outras bibliotecas públicas.

• Leitura e discussão em sala de aula das obras e textos para melhor compreendê-los nas aulas de Literatura e Arte.

• Confecção dos mosaicos em madeira e papel (revistas usadas) nas aulas de Arte, Literatura e História.

• Produção de textos poéticos na aula de Língua Portuguesa.

• Dramatizações - apresentação de vários textos de autores Modernistas. O Quinze de Rachel de Queiroz, D. Flor

e seus dois maridos e Capitães de Areia de Jorge Amado, Clarissa de Érico Veríssimo.

• Exposição dos trabalhos. Os Mosaicos foram expostos na biblioteca da escola, aberta a familiares dos alunos e

as peças foram realizadas no auditório com interação de outras turmas de outras séries.

• Avaliação. Os alunos foram avaliados diariamente, desde a formação dos grupos, até a finalização dos trabalhos,

obedecendo aos seguintes critérios:

• na elaboração dos trabalhos - interesse, entendimento, organização, integração com o grupo;

• na elaboração da exposição - domínio do tema, clareza na comunicação, motivação da turma;

• na apresentação do teatro - criatividade, confecção de figurino e cenários, montagem e

dramatização, participação do grupo.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clotilde Rato

Identificação

Endereço: Rua Rui Barbosa, 451 - Bairro de Fátima

Telefone: (027) 3337-2819

Telefax: (027) 3337-9140

E-mail: [email protected]

Estado: Espírito Santo

Município: Serra

Regional: Superintendência Regional de Educação da Microrregião Metropolitana

Caracterização da Escola

Número de alunos: 1520

Número de alunos de ensino médio: 1300

Turnos oferecidos para o ensino médio: 3

Classes de ensino médio 24

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 10

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1991

Caracterização da Experiência

Projeto: EM "TEMPO DE APAGÃO": BRASIL NUCLEAR - A LUZ QUE VEM DE ANGRA

Este projeto tem por finalidade tomar efetivo um dos papéis fundamentais da educação, que é conhecer/desvelar a realidade.

Os objetivos da experiência vislumbram:

• despertar o interesse do aluno em Física;

• acabar com o preconceito relacionado às usinas nucleares por desinformação sobre o setor;

• reconhecer a Física no sentido produtivo, compreendendo a evolução do conhecimento científico;

• trabalhar a interdisciplinaridade, não só trabalhando o aspecto da Física, mas também fazendo um estudo dos aspectos

climáticos, do relevo, da ocupação do solo, do meio ambiente, da tecnologia, da parte química e da parte histórica de Parati;

• propiciar ao aluno do ensino médio o contato com a pesquisa de campo com fim, inclusive, de sair do lugar

comum que é a sala de aula.

Participantes da Experiência

Todos os alunos do ensino médio foram envolvidos (turno matutino, 1ª e 2a séries): 43 alunos fizeram a pesquisa de campo; os

demais integraram-se ao grupo à medida que foram conhecendo a pesquisa, perfazendo um total de 70% do turno matutino.

Oito professores envolveram-se com o projeto de forma mais contundente e as disciplinas trabalhadas foram:

Física, Biologia, Química, História, Geografia, Arte, Informática e Literatura.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clotilde Rato

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

O aluno durante a pesquisa realizou estudos em Física e também nas demais disciplinas:

Física: estudos feitos no Centro de Informações da Central Nuclear, quando o aluno foi levado a conhecer de

perto a produção de energia elétrica através de um reator nuclear; esses estudos foram complementados também, próximo

ao edifício do reator onde os alunos adquiriram alto conhecimento sobre este tipo de produção e que após direcionamento

chegaram à conclusão que uma produção de energia elétrica se faz numa turbina e num gerador seja ela de qual tipo for.

Química: no Laboratório de Monitoração Ambiental (Usina), aprendendo experiências que comprovam que a

Central Nuclear não contamina rios, peixes, plantas aquáticas na região considerada crítica, ou seja, onde está localizada

a Central Nuclear. Estudo feito orientado por um Engenheiro do citado Laboratório.

Biologia: estudando o impacto ambiental daquela região e a segurança que a Central Nuclear oferece para que não haja prejuízo

ao meio ambiente, onde tiveram conhecimento que a usina não joga poluente no ar ; estudos feitos no Laboratório de Monitoração

Ambiental, acompanhado por Engenheiro da Central Nuclear, conhecimento sobre lixo atômico e local de armazenamento.

Informática: estudos feitos no Simulador de Angra II (réplica da sala de comando de Angra II), onde foi vista alta tecnologia;

local onde o Brasil faz capacitação de seus técnicos e treina técnicos de outros países para trabalharem em Centrais Nucleares.

Também fizeram oficinas no Laboratório de Informática Educativa da Escola, onde prepararam a exposição do projeto.

História: foi incluída na pesquisa de campo uma visita acadêmica à cidade histórica de Parati, onde os alunos conheceram

tôda parte histórica (ruas com calçamento feito por escravos, igrejas com construções antigas, casa no estilo da época do Brasil

Império, festas folclóricas e até mesmo inventário de uma Fazenda próxima à Angra onde se comprova compra de escravos.

Geografia: estudo do clima, relevo, ocupação do solo daquela região.

Arte: a parte artística e bela da região, que foi definida por nossos alunos como cenário de grande beleza e

harmonia entre mar e montanhas, lembrando também das lojas de artesanatos de Parati e dos altares das igrejas.

Literatura: elaboração e apresentação, pelos alunos, de uma peça teatral durante a exposição, cujo tema era "O

Apagão", motivo pelo qual nasceu o Projeto.

Vale ressaltar que a viagem não foi apenas um passeio e uma visita à Central Nuclear e à região maravilhosa de

Angra dos Reis mas, acima de tudo, foi aquisição de conhecimento, de criatividade, de inovação, de criticidade, de

responsabilidade, experiência de trabalho em grupo, etc.

Para divisão de grupos, antes da viagem, foram feitas dinâmicas para descobrir com que tipo de assunto o aluno

mais se identificava para a pesquisa; foram formados ao todo cinco grupos, cada grupo orientado pelo corpo docente da

escola que acompanhou a pesquisa (diretora, coordenadora, professores). Todos os alunos participaram de toda a pesquisa.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

A experiência atendeu a critérios específicos da Gestão do Projeto Escolar, por apresentar inovações que permitem

a melhoria de aprendizagem (pesquisa de campo). Possibilitou, igualmente, o uso da tecnologia disponível: vídeos,

computadores, CD-Rom, e a participação em atividades na área tecnológica da central Nuclear.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

O projeto teve início em maio de 2001. Foi desenvolvido durante quatro meses, terminando com a avaliação

da aprendizagem durante exposição feita pelos alunos participantes.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clotilde Rato

Para o desenvolvimento da experiência, foram utilizados os recursos: aula expositiva, pesquisas (Internet), atividades

de campo, atividades prática, oficinas no Laboratório de Informática Educativa, exposição, confecção de software,

montagem de um documentário em vídeo cassete.

Origem: Em pleno período de racionamento de energia, na aula de Física, os alunos foram questionados a respeito

dos tipos de produção de energia elétrica existentes no Brasil.

Após comentários a respeito do citado assunto, os alunos foram convidados a pesquisar no Laboratório de Informática

Educativa, via Internet, os tipos de produção de energia existentes no Brasil e o que mais despertou curiosidade foi "energia

nuclear". Assim nasceu o projeto. A partir daí reuniram-se alunos e professores para dar continuidade à pesquisa.

Razões: Durante a pesquisa, os alunos perceberam que realizar estudos sobre energia elétrica é algo comum e

muito conhecido em nosso estado, porém ficaram muito curiosos acerca de produção de energia nuclear, principalmente

seus benefícios, local de produção, utilização pelo homem, entre outros aspectos.

Lembrando sempre o fato de que energia nuclear lembra "bomba atômica" devido à falta de informações e para

acabar com esse preconceito decidimos concentrar nossas pesquisas neste tipo de energia. A medida que íamos pesquisando,

novas idéias iam fluindo, até que decidimos realizar um fato inédito em nossa comunidade escolar. Partimos então para

a visita acadêmica à central Nuclear de Angra dos Reis e à cidade histórica de Parati.

Objetivos:

• coletar dados que pudessem servir de subsídios para esclarecimento de questões relativas às diversas formas de geração de

energia elétrica existentes no Brasil; que nos permitissem informações regionais tais como clima, vegetação, meio ambiente,

folclore, história de um povo, que apesar de viver também na região sudeste, tem suas diferenças (região montanhosa com

serras bastante escarpadas acompanhando todo o litoral; folclore com festas típicas da cidade);

• aprofundar o conhecimento do grupo;

• desenvolver a capacidade individual de crítica e possibilitar a construção de concepções teóricas próprias;

A avaliação foi feita a partir de relatórios entregues pelos grupos participantes da pesquisa sobre:

• condições climáticas, relevo e ocupação do solo da região;

• atividades realizadas durante a visita à Central Nuclear e à cidade histórica de Parati;

• exposição, aberta ao público, com cartazes, filmes, maquetes e fotos sobre tôda a pesquisa realizada, onde os

alunos participantes demonstraram que haviam se apropriado daquele conhecimento.

Vale ressaltar que os alunos integrantes do grupo contagiaram com seu carinho, com sua simpatia, com sua empolgação e com

os conhecimentos adquiridos, seus colegas não integrantes do grupo de pesquisa que resolveram ajudar na montagem da exposição.

Desenvolvimento da Experiência

O ponto de partida foi o racionamento de energia. A partir dessa problemática, passamos por algumas etapas no

desenvolvimento da experiência:

• pesquisa no Laboratório de Informática Educativa, via Internet, sobre os tipos de produção de energia existentes no Brasil;

• sondagem para detectar qual o tipo de produção de energia era o menos conhecido e o que mais interessava aos alunos;

• elaboração do Projeto;

• sorteio de uma bicicleta para resolver alguns problemas de ordem financeira que surgiram - recursos financeiros

para a viagem, por exemplo;

• pesquisa de campo;

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clotilde Rato

• oficina no Laboratório de Informática Educativa (montagem da exposição);

• preparação de uma exposição, aberta ao público, para amostragem de conhecimento adquirido durante

toda a pesquisa de campo;

• exposição;

• gravação de um software em CD-Rom como documentário (passo a passo);

• gravação em fita cassete de um clipe do projeto e sua execução.

Síntese da Experiência

• Em sala de aula: comentário sobre o tipo de produção de energia existente no Brasil.

• Pesquisa no Laboratório de Informática Educativa, via Internet, sobre os tipos de produção de energia

elétrica existentes no Brasil.

• Preparação da viagem acadêmica à Central Nuclear de Angra dos Reis e à cidade histórica de Parati.

• Formamos o grupo e montamos o Projeto.

• Fizemos um contato telefônico e passamos um Fax para a Central Nuclear, pedindo autorização para a pesquisa

e marcamos a data.

• Após liberação da Central Nuclear, programamos uma reunião de pais. Nela, cada aluno participante - com o

projeto em rede no laboratório de informática educativa - mostrou a seus pais ou responsáveis, o projeto: a

justificativa, o desenvolvimento, os objetivos gerais e específicos, o cronograma de visita.

• Fizemos dinâmicas para divisão de grupo e identificação de cada aluno com cada assunto da visita para os relatos.

• Sorteio de uma bicicleta para arrecadar recursos financeiros para a viagem.

• Pedido de autorização aos pais

• Enviamos carta de pedido de liberação às empresas, quando o aluno trabalhava.

• Jantar de confraternização para pais, alunos, professores, autoridades presentes, na saída para a viagem, oferecido pela escola.

• Pesquisa de campo:

• na região de Angra: relevo, clima, ocupação do solo;

• na Central Nuclear: no Centro de Informações (palestras, vídeo, painéis eletrônicos, informações sobre

tôda a Central Nuclear); atividades próximas ao edifício do reator nuclear, no Laboratório de Monitoração

Ambiental e no Simulador de Angra (réplica da sala de comando de Angra 2);

• em Parati: visita às Igrejas, à cidade histórica e entrevista com moradores antigos na cidade e na Secretaria

de Turismo (onde conseguimos panfletos para distribuição em atividades futuras);

• na região: entrevistas feitas a moradores (encontramos com um deles o inventário de uma fazenda próxima

à Angra, onde constava a compra de escravos, com suas características, nação de origem e valor).

• Exposição aberta ao público sobre tôda a pesquisa realizada com: maquetes, aquários com peixes vindos da região de Angra,

vídeo, festas folclóricas de Parati, lojas de artesanatos, demonstrações da Festa do Divino, Festival da Cachaça.

• Teatro sobre o "Apagão".

• Construção de painel com opinião de visitantes sobre o programa nuclear brasileiro, após visita a exposição.

• Gravação, pelos alunos, de um software em CD-Rom como documentário de todo o Projeto.

• Montagem de um clipe, com todo o projeto, feito pelos alunos.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clovis Borges Miguel

Identificação

Endereço: Rua dos Estudantes, s/n° - Bairro Santo Antônio

Telefone: (27)3251-2175

Fax: (27) 3251-3304

E-mail: [email protected]

Estado: Espírito Santo

Município: Serra

Regional: Superintendência Regional de Educação da Microrregião Metropolitana

Caracterização da Escola

Número de alunos:

Número de alunos de ensino médio:

Turnos oferecidos para o ensino médio

Classes de ensino médio

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado

Desde quando funciona o ensino médio na escola

1450

1450

3

33

05

1971

Caracterização da Experiência

Projeto: RÁDIO INSTRUMENTAL EDUCATIVA "CBM"

A experiência da Rádio Instrumental Educativa "CBM" (Clovis Borges Miguel) foi selecionada por ser um

instrumento educativo a serviço da comunidade escolar que visa a integração, participação e criatividade, auxiliando na

construção da identidade da escola.

É uma experiência que leva em conta os interesses dos alunos, assumindo o compromisso com sua formação

integral, tornando-os capazes de intervir crítica e efetivamente no meio social.

Os objetivos da experiência são:

• familiarizar os educandos com um novo instrumento educativo;

• despertar o interesse dos alunos pelas atividades artísticas, educacionais e sociais;

• inserir os jovens estudantes na realização de todo processo, que envolve a rádio;

• facilitar e aprimorar a relação escola x sociedade.

Participantes da Experiência

A princípio esta experiência envolveu aproximadamente 70% dos alunos. Atualmente toda a comunidade escolar

se encontra inserida na experiência.

Quanto aos professores, no início desse processo, seis profissionais atuavam de forma mais ativa (Arte, Língua

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clovis Borges Miguel

Portuguesa, Educação Física, História, Biologia e Geografia) os demais como colaboradores. Atualmente todos se

encontram integrados ao projeto.

Os voluntários, ex-alunos e moradores da comunidade, Antônio dos Santos e Wellington Luis Xavier, encontram-

se integrados na parte técnica e instalação da rádio e o comércio local se integrou ao projeto patrocinando atividades

relacionadas à campanhas educativas.

Competência e/ou conhecimentos desenvolvidos

Representação e comunicação

Investigação e compreensão

Contextualização sociocultural

Biologia: Reconhecer diferentes formas de obter informações

(observação, experimento, leitura de texto e imagem, entrevista) Arte:

Realizar produções artísticas, individuais e coletivas, nas linguagens da arte (artes visuais, teatro). Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quando a análise estética.

Língua Portuguesa: Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem verbal. Aplicar as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes da vida.

Física: Compreender a física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e procedimentos tecnológicos. Descobrir o "como funciona" de aparelhos.

Arte: Analisar, refletir e compreender os diferentes processos de Arte, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas.

Língua Portuguesa: Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a língua oral e escrita e seus códigos sociais, contextuáis e lingüísticos.

Geografia: Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e degradação da vida do planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas - local, nacional e global.

Biologia: Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente. Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente. Identificar as relações entre o conhecimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.

História: Situar as diversas produções da cultura - as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais - nos contextos históricos de sua constituição e significação. Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado.

Biologia

• Ecologia

- Poluição Ambiental, com ênfase ao descarte adequado de resíduos, principalmente sólidos (lixo);

- Destaque para importância de preservação do ambiente, com condição fundamental para perpetuação da espécie humana.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clovis Borges Miguel

• Doenças Parasitárias Humanas

- Ênfase à importância da higiene pessoal, da educação sanitária e do saneamento básico como meio para melhoria

na qualidade de vida das populações humanas;

• Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)

- Conscientização da importância do uso de preservativos nas relações sexuais como meio de se evitar a contaminação pelas

DST, através de campanhas em que são destacadas a forma de contágio e as prejuízos causados à saúde humana.

• Drogas

- Conscientização dos prejuízos causados à saúde e às relações sociais decorrentes do uso de drogas de todos os tipos.

Física

• Acústica

- Fontes Sonoras;

- Velocidade de Propagação do Som;

- Qualidade do Som;

- Nível Sonoro;

- Reflexão de Ondas Sonoras;

- Difração de Ondas Sonoras;

- Interferência de Ondas Sonoras;

- Ressonância;

- Cordas Sonoras;

- Caixas de Ressonância.

Arte

• Arte moderna e contemporânea

• Arte Capixaba

- Visita a exposição do artista Raphael Samú (retrospectiva com obras modernas e contemporâneas) realizada no

Museu de Arte do Espírito Santo;

- Análise, reflexão e compreensão dos processos de criação artística, bem como contextualização sócio-cultural das

produções de diferentes locais (Espírito Santo e São Paulo) e diferentes épocas (arte moderna e contemporânea);

- Criação de imagens (produção de artes visuais utilizando diferentes materiais - tintas, papéis diversos, giz pastel

oleoso e seco, cola, lápis de cor) e diversas técnicas (pintura, desenho, mosaico, colagem, grafite, gravura),

inclusive a informática (INFOART).

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clovis Borges Miguel

Língua Portuguesa

• Linguagem coloquial e culta;

• Funções da linguagem;

• Elementos da comunicação (emissor, receptor, canal, mensagem)

• Gêneros literários (narrativo, dramático e poético)

• Linguagem denotativa e conotativa.

História

• Miscigenação cultural e social do país a partir dos aspectos culturais dos povos que habitam as diferentes

regiões brasileiras, resgatando a história étnico-cultural do município serrano.

Geografia

• Preservação e degradação da vida no planeta e a responsabilidade de cada um;

• Impactos das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas no mundo.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O Projeto Pedagógico da escola estimula as iniciativas criativas dos alunos nos campos culturais, sociais e

econômicos, assim como o despertar para prática da cidadania.

O projeto Rádio Instrumental Educativa Rádio "CBM" foi idealizado a partir de sugestões dos alunos, sendo

dessa forma um projeto jovem, dinâmico e comunicativo, além de promover a integração com a comunidade que participa

de forma constante, promovendo um intercâmbio de informações, beneficiando o desenvolvimento comunitário e escolar.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Durante o desenvolvimento do projeto foram utilizados os seguintes recursos e metodologia:

• aula expositiva;

• pesquisa individual e em grupo, com roteiro específico em comunicação, em jornais e revistas;

• visita ao Museu de Arte do Espírito Santo;

• aulas de campo;

• palestras;

• pesquisa na internet, e utilização do Laboratório de Informática Educativa (LIED);

• trabalho em grupo;

• utilização de fitas de vídeo, livros, fotos e desenhos;

• utilização de rádio e visitas a estúdios para aquisição de conhecimentos;

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clovis Borges Miguel

• discussão e debate sobre a programação, em pequenos grupos e no grupo todo;

• atividades de arte: pinturas, desenhos, cartazes, recortes e colagens, etc;

• declamação, dramatização e teatralização;

• produção de textos livres em prosa ou verso para divulgação;

• participação em assembléias, oficinas, cursos, etc;

Os indicadores de aprendizagem estão presentes:

• no maior engajamento dos alunos nas atividades promovidas pela escola;

• na criação de poesias, crônicas e músicas para serem divulgadas na rádio;

• na participação dos alunos individualmente ou em discussões nos grupos sobre possíveis atividades a serem

trabalhadas na escola;

• nas sugestões oferecidas pelos alunos para campanhas sociais como escola limpa, campanhas de alimentos e agasalhos;

• na maior participação dos educandos tanto nas atividades em sala de aula como nas atividades extra-sala;

• no aperfeiçoamento da linguagem oral;

• na melhoria das relações humanas: aluno/aluno, professor/aluno e aluno/comunidade escolar;

• na maior assiduidade dos alunos;

• na valorização e preservação do patrimônio escolar.

Desenvolvimento da Experiência

Por ser uma escola de qualidade, comprometida com a formação do homem enquanto cidadão crítico e criativo e

que procura envolver a comunidade local nos segmentos escolares, tornou-se fácil o engajamento dos voluntários Antônio

dos Santos e Wellington Luis Xavier, profissionais que entendiam de rádio e de sua instalação.

Por meio de bingos, rifas e festas, contando com a colaboração da comunidade, a escola levantou os recursos

necessários e aos poucos foi providenciada a compra dos equipamentos para a instalação da rádio, pois já era concreta a

criação e implantação do projeto.

com a ajuda dos voluntários como agentes de mediação a rádio foi inaugurada em 1999 e o projeto denominado

Rádio Instrumental Educativa "CBM" (Clovis Borges Miguel) se concretizou proporcionando a tôda Unidade Escolar

um trabalho dinâmico e articulado, trazendo a socialização de informações e de reflexão.

No início de sua implantação, os alunos usavam a rádio somente para transmissão de músicas. Porém, aos poucos,

eles foram percebendo que a rádio era um instrumento para viabilizar e organizar a sistematização das atividades, de

informações e de discussões, tendo o aluno como fator fundamental nas tarefas previstas pela equipe organizadora.

Até a presente data, a experiência caminha diariamente seguindo o cotidiano da escola, com a colaboração e um

grande envolvimento dos alunos através da música, informação, atualização e abordagem de assuntos relacionados a

algumas disciplinas tais como: Língua Portuguesa, História, Geografia e Biologia, com isso perceberam que em todas as

disciplinas é possível estabelecer relações com questões sociais e humanas, além das questões da natureza e do meio

ambiente, e compreender com mais clareza o processo de globalização do ensino.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clovis Borges Miguel

Síntese da experiência

• A partir de momentos festivos vividos na escola, em que um dos voluntários, Wellington, trazia equipamentos

de som para as comemorações, sentimos que podíamos ser mais ousados. Foi sugerido então, pela comunidade

escolar, a criação de uma rádio.

• Houve o envolvimento de tôda a escola com campanhas, bingos e festas para conseguir o dinheiro necessário

para a compra dos equipamentos.

• Criação do estúdio da Rádio Instrumental Educativa "CBM".

• A partir da criação do estúdio, a rádio passa a atender não só as necessidades festivas, mas tôda comunidade

escolar promovendo atividades educativas como campanhas, palestras permitindo a integração interdisciplinar.

• Sistematização da programação diária da rádio estabelecendo o roteiro:

- músicas variadas;

- comerciais;

- sorteios e brincadeiras;

- campanha escola limpa;

- poesia do dia;

- toque de amor (recadinhos);

- informações atuais sobre esportes, política, cultura, etc.

- entrevista (ping - pong) com alunos x professores;

- locutor por um dia;

- oficinas de teatro, moda e música.

• A participação da rádio foi efetiva em várias campanhas educativas na escola como exposição de fotografias na

Galeria de Arte, do "Dia da Família na Escola", etc.

A rádio abriu espaço na escola para a divulgação e o entretenimento de todos com um trabalho responsável, com

ênfase no aluno e no seu crescimento como cidadão. Favoreceu a iniciação dos alunos em aulas de locução e na

utilização da aparelhagem e dos diversos equipamentos de uma rádio.

O reconhecimento da importância do projeto da Rádio Instrumental Educativa "CBM", veio com a veiculação no

quadro "Amigos da Escola" no Fantástico, da Rede Globo de Televisão, com repercussão nacional em 27/01/02, apresentado

e reapresentando no ES TV Ia Edição da Rede Gazeta.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João Bley

Identificação

Endereço: Rua Machado de Assis, 694

Telefone: (028) 3542 1413

Estado: Espírito Santo

Município: Castelo

Regional: Superintendência Pólo Cachoeiro de Itapemirim

Caracterização da Escola

Número de alunos:

Número de alunos de ensino médio:

Turnos oferecidos para o ensino médio

Classes de ensino médio

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado

Desde quando funciona o ensino médio na escola

2000

1200

2

30

33

1945

Caracterização da Experiência

Projeto: EXPLORARTE

Esta experiência foi selecionada para a apresentação no Fórum Regional de Experiências no Ensino Médio porque,

dentre outras, foi a que causou forte impacto na escola e na comunidade.

O envolvimento e o interesse que os alunos demonstraram durante o processo de desenvolvimento da experiência

à medida que eles conheciam a obra, a curiosidade, a ansiedade e a expectativa acentuavam-se neles; a conversa sobre

as obras tornou-se mais constante entre eles com o objetivo de descobrirem lugares que apresentassem características, as

mais próximas possíveis, das do espaço geográfico onde ocorreram as cenas descritas nas obras.

Houve indicadores de aprendizagem bastante significali vos: os alunos passaram a se preocupar mais com a qualidade

de produção de texto, observando termos utilizados por eles, o acento indicativo de crase, a pontuação como importante

fator na entonação e na interpretação, ortografia, etc; apresentaram maior interesse pelas obras clássicas, demonstrando

um novo conceito a respeito dos clássicos.

O objetivo da experiência foi resgatar e provocar no aluno o interesse pelo estudo, em especial, pela leitura,

inserindo-o no mundo da arte para que desenvolva habilidades vitais para uma boa formação acadêmica e social.

Participantes da Experiência

A experiência envolve uma média de 30 alunos, organizados em grupos. O grupo que optou pela obra Dom

Casmurro, por exemplo, tem 12 componentes, dos quais nove são alunos. Há três professores envolvidos mais diretamente:

Língua Portuguesa, História e Geografia são as disciplinas mais trabalhadas.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João Bley

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

A experiência começou a ser realizada por volta do dia 17 de junho de 2001 e estendeu-se até a última

semana de novembro de 2001.

Foram utilizados vários recursos e equipamentos: computador, máquina fotográfica, impressora, retroprojetor, TV e vídeo;

Livros literários:

• Inocência - Visconde de Taunay

• Dom Casmurro - Machado de Assis

• Cinco Minutos - José de Alencar

Livros de Didáticos:

• Português. João Domingues Maia; V único.

• Língua, Literatura & Redação - José de Nicola, Vol. 2

• Textos: Leituras e Escritas - Ulisses Infante

• Novo Manual Nova Cultural - Redação, Gramática e Literatura - Emilia Amaral - Severino Antônio -

Mauro Ferreira do Patrocínio

• Curso Completo de História - Volume único

• Internet - pesquisa do espaço geográfico

Enciclopédias:

• Nova Enciclopédia Barsa

• Barsa Britânica

• Grande Enciclopédia Larousse Cultural

• Mirador Internacional

• Enciclopédia de História Universal

• Enciclopédia Life

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

A experiência atende aos critérios de Gestão do Projeto Escolar que propõe como instrumento de trabalho as

Tecnologias e a Integração com a comunidade, um ambiente de aprendizagem mais condizente com o potencial e com as

necessidades do aluno, promovendo experiências significativas e foi, portanto, com a experiência pedagógica ora

apresentada que o Projeto Escolar adquiriu consistência, coerência entrando num processo prático e evolutivo.

No que tange à Tecnologia, foram bastante utilizados para a realização dessa experiência: televisão, vídeos (filmes

e novelas para pesquisa de características sociais, políticas e econômicas da época nas aulas de História e de Língua

Portuguesa), computador e seus acessórios para o trabalho de montagem dos álbuns e a máquina fotográfica (usada

pelos alunos quando eram aproveitadas situações em que o fotógrafo profissional não estava presente).

com relação à Integração com a Comunidade, pode-se dizer que a participação da comunidade foi fundamental,

afinal, encontramos nela todo o apoio moral e material necessários para o êxito da experiência: a Marizete Noivas e a

Alameda das Noivas (empresas de Castelo) cederam os vestidos de noiva, ternos e sapatos; Sidney Ferreira Mello da

comunidade de Aracuí (Castelo) emprestou gravatas; o proprietário da Fazenda das Flores (interior de Castelo) deixou

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João Bley

a sua casa/fazenda, bem como todo o material que ali se encontrava, à disposição do grupo; o proprietário da Fazenda

Barro Preto (interior de Castelo) agiu da mesma forma onde houve a participação de um menino de 9 anos de idade

(colono da fazenda) com a permissão e a presença da mãe do menino; o proprietário da Funerária Castelo (na sede)

mobilizou seus funcionários para que simulassem uma situação de velório com todos os aparatos necessários; a

coordenadora da Capela Nossa Senhora das Graças entregou as chaves nas mãos da professora para que fossem fotografadas

as cenas do 'casamento de Bentinho e Capitu'; o ônibus antigo foi emprestado pela Assembléia Universal do Reino de

Deus (Castelo); na Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha (Castelo) foram fotografadas cenas com a participação do Frei

Edielson (padre da Paróquia); na comunidade de Marataízes, um pescador participou de uma das cenas, além de permitir

a utilização do seu barco de pesca; em Vitória (ES), na antiga Estação Ferroviária Pedro Nolasco foram fotografadas as

primeiras cenas da obra 'Dom Casmurro', nas quais participou um cabeleireiro da comunidade de Castelo; o presidente

do Purus Clube (Castelo) permitiu o acesso do grupo para as fotografias de 'Cinco Minutos'; uma vizinha da Escola João

Bley "emprestou" seu bebê e a foto aconteceu na casa de sua patroa; o espaço do Studio de fotografias de Silvio Faccini

(Castelo) também foi utilizado; a Casa das Irmãs de Caridade do bairro Esplanada (Castelo), peças do figurino.

É relevante mencionar a participação da família, que foi consultada pelos filhos/alunos a fim de obterem informações

sobre a época em que ocorreram as histórias lidas e a participação do Jornal Folha de Castelo, que acompanhou todo o processo

de desenvolvimento da experiência, publicando, em cada mês, uma das cenas de cada obra trabalhada pelos alunos.

Houve também o apoio da Secretaria Municipal de Educação - Departamento de Transporte Escolar com a concessão

do ônibus para as viagens necessárias.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

A idéia teve origem num dos muitos momentos de reflexão sobre uma maneira mais atraente, moderna, abrangente,

interativa e eficaz de desenvolver o processo ensino-aprendizagem (Língua, Literatura e Redação e História) visando à

formação de leitores críticos.

As razões para que a experiência proposta fosse realizada foi a preocupação em atrair e envolver os alunos em situações de

aprendizagem que lhes fossem agradáveis, descontraídas e diferentes; a necessidade de resgatar valores que, às vezes, o próprio

professor ignora: valores éticos, morais, religiosos; proporcionar ao aluno situações em que ele perceba as nuanças da Língua Portuguesa

com seus detalhes decisivos e fundamentais para a competência lingüística dele. E, ainda, explorar o leque de possibilidades que o

Sistema Educacional oferece; tratar o estudo com naturalidade induzindo o aluno a "encarar" a vida com otimismo e prazer, descobrindo

a importância dele na escola e a importância da escola na sua vida.

A avaliação dos trabalhos foi realizada, observando os seguintes critérios:

• participação nas atividades;

• conhecimento sobre obra lida e as respectivas atividades, por meio de questionamentos orais;

• relacionamento entre os membros do grupo, observando a cooperação, gentileza, iniciativa e sugestões;

• produção do texto escrito: coesão e coerência, clareza, ortografia, concordância e regência, pontuação, etc.

A avaliação da experiência foi realizada por meio de depoimentos de alunos, envolvidos ou não no projeto e de

pessoas comuns da sociedade que, direta ou indiretamente, participaram da experiência ou que tiveram conhecimento

sobre a realização dessa atividade, tudo isso visando à verificação da eficácia e ao impacto da experiência.

como indicadores de aprendizagem podemos citar:

• interesse e participação dos alunos nos trabalhos;

• descoberta da diversão no ato de 1er, de construir, de criar;

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João Bley

• identificação com os membros do grupo envolvendo seus fatores sociológicos;

• manifestação e a administração das emoções sentidas e encontradas nos trabalhos;

• constatação, por parte dos alunos, que aprender e estudar pode ser gostoso e que a Literatura, a Gramática e a Redação

- não mais importantes que a História, a Geografia, a Física, etc. - fazem parte da vida de todos em qualquer época e

em qualquer lugar, além de perceberem o valor da Literatura, seja ela da área médica, jurídica ou científica.

Desenvolvimento da Experiência

O processo foi desenvolvido num relacionamento considerado bom, com muito empenho por parte dos alunos: não

descartemos aqui, alguns alunos que se envolveram menos, pois dizer 100% seria muita ousadia, apesar de não ser impossível

e as negociações através do diálogo foram fundamentais. Em momento algum o aluno foi coagido ou pressionado. Cada um se

envolveu à sua maneira, de acordo com seu temperamento e habilidades, contribuindo para que tudo saísse bem.

Os problemas sempre aparecem, mas nenhum que mereça atenção especial. O problema que consideramos mais

sério diz respeito às saídas da sala de aula, pois, tornar-se-ia inviável a realização desse tipo de atividade dentro dos

limites da sala de aula e do horário de uma hora-aula.

A dificuldade foi superada com flexibilidade, determinação, diálogo e profissionalismo das partes envolvidas.

O envolvimento dos alunos foi muito bom, pois se empenharam bastante, tanto que o processo foi

basicamente conduzido por eles.

Síntese da Experiência

• Apresentação da proposta.

• Aula expositiva para esclarecer os objetivos do projeto-proposta.

• Análise da viabilidade da experiência - conversa em sala de aula.

• Sugestões de obras literárias - os alunos escolheram ou optaram por outras - durante a aula de Língua Portuguesa.

• Organização dos grupos - três grupos (aulas de Língua Portuguesa).

• Início da leitura individual, cada aluno dispõe o seu tempo e seu espaço para a leitura extra-classe.

• Contextualização histórica das obras lidas (aulas de História).

• Registro das definições da 1ª etapa : a viabilidade da experiência, as obras a serem lidas, definição dos

componentes/personagens de cada grupo, como apresentar o trabalho, onde pesquisar, etc.

• Trabalho em campo: espaço geográfico coerente (aproximadamente) com o espaço cenográfico da obra, materiais

existentes no local, acesso, etc. (Língua Portuguesa e História).

• Pesquisa: questões sociais, políticas, econômicas e culturais da época (História).

• Questões relacionadas à produção de texto (roteiro sobre a obra), análise da obra e dos personagens, autores,

figurino, decoração, transporte, contatos, coleta de materiais, etc.(Língua Portuguesa).

• Licitação de preços das fotos - Professora de Língua Portuguesa.

• Viagens para realização das fotos: agendar, solicitar transporte, organizar viagens - professora de Língua Portuguesa.

• Montagem dos álbuns contendo as fotos e o texto correspondente às cenas das obras, sob a responsabilidade dos

alunos. Cada grupo montou o seu álbum.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Emílio Oscar Hülle

Identificação

Endereço: Colina da Fé e da Ciência, s/n°, Centro

Telefone: (027) 3288-1570

E-mail: [email protected]

Estado: Espírito Santo

Município: Marechal Floriano

Regional: Superintendência Regional D Pedra Azul

Caracterização da Escola

Número de alunos:

Número de alunos de ensino médio:

Turnos oferecidos para o ensino médio

Classes de ensino médio

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado

Desde quando funciona o ensino médio na escola

1200

400

3

10

1

1979

Caracterização da Experiência

Projeto: uma VIAGEM PELO SÉCULO XX

A seleção da experiência aconteceu de forma participativa entre corpo técnico, professores e alunos da escola.

Ocorreu pelo fato da instituição escolar ser considerada um dos espaços onde o educando espera encontrar orientação

para sua vivência, bem como, para seu relacionamento na sociedade que está inserido. A escola deverá então estar

preocupada com o tipo de orientação que oferece aos seus educandos. Nesse sentido, o tema abordado permitiu uma

reflexão crítica sobre os fatos que marcaram de forma positiva ou negativa o século transcorrido, bem como, as implicações

deste tanto no presente quanto para o futuro do indivíduo e da sociedade.

O trabalho teve como objetivo fundamental, proporcionar aos educandos uma compreensão integral dos momentos

históricos que encerraram o século, bem como, uma visão crítica em relação às bruscas transformações que estão ocorrendo

em nossa sociedade e na vida dos seres humanos.

Participantes da Experiência

A escola atende a 800 alunos de 5" a 8a série do Ensino Fundamental e 400 alunos do Ensino Médio somando um

total de 1.200 alunos. Todos os educandos foram envolvidos no projeto, aliás, houve momentos em que os educandos do

ensino fundamental se reuniram com os do ensino médio para tomar decisões e organizar trabalhos para exposição ou

apresentação. A escola tornou-se um espaço onde em alguns momentos ficou quase impossível perceber a separação

entre os dois níveis de ensino.

Todos os 40 professores que trabalham na escola se envolveram de forma intensiva em todos os trabalhos do

início até o final do projeto. Logo, todas as disciplinas foram contempladas no projeto.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Emílio Oscar Hülle

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

A escola visa a desenvolver seus trabalhos dentro de uma perspectiva, na qual a contextualização seja uma

preocupação emergente entre os educadores. O projeto desenvolvido retrata de forma significativa essa intenção, visto

que o tempo escolar teve que ser distribuído de forma tal que viesse atender às necessidades e expectativas dos educandos,

atendendo ao critério Gestão do Projeto Escolar.

com relação ao critério de Metodologia e Recursos, os trabalhos foram desenvolvidos de forma diversificada,

uma vez que as atividades exigiam esse tipo de trabalho por se tratar de temas em que todas as disciplinas estavam

presentes em todos os momentos e os educandos então tiveram a oportunidade de colocar em prática suas habilidades

específicas, no que concerne a apresentações de peças de teatro, organização de cartazes, coreografias, pinturas,

comunicação escrita, expressão oral, entre outras.

Atendendo ainda ao critério supracitado, os trabalhos em grupos de afinidade também foram fatores que

contribuíram para a eficácia do projeto, porque cada grupo se dedicava a uma atividade diferente dentro do mesmo tema

e em alguns momentos, os trabalhos eram socializados com a turma, o que propiciou o manuseio dos mais diversos

recursos técnico-pedagógicos, como: TV e vídeo, retroprojetor, computadores, rádio, internet, jornal.

A escola já vinha realizando trabalhos em que a comunidade se fazia presente, mas o projeto favoreceu ainda mais

esse encontro, atendendo assim ao critério Integração com a comunidade, por se tratar de um tema que permitiu diferentes

enfoques conforme os subtemas desenvolvidos. Nesse sentido, os educandos tiveram que buscar os mais variados recursos

fora do ambiente escolar, tais como: fotos de imigrantes, objetos antigos, informações com pessoas da família e da

comunidade, auxílio de pessoas da comunidade no momento das apresentações. Tôda essa movimentação favoreceu o

processo ensino-aprendizagem por se tratar de uma metodologia baseada em fatos históricos concretos que contribuíram

para que os educandos compreendessem a história como um fenômeno que se constrói a partir de ações humanas reais,

e que nós como cidadãos, somos sujeitos responsáveis por esse processo.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

O projeto foi desenvolvido no período de outubro a dezembro do ano de 2000.

Foram utilizados os mais variados recursos pedagógicos desde o material escolar pertencente ao cotidiano dos alunos,

livros para pesquisa, internet, computador, revistas, jornais, fotos antigas, retroprojetor, TV e vídeo, fotos antigas, entre outros.

como indicadores de aprendizagem, podemos ressaltar o avanço conseguido

• na contextualização dos conteúdos,

• no envolvimento natural dos alunos no projeto,

• na cooperação entre alunos da mesma torma e entre turmas diferentes inclusive Ensino Médio com Ensino Fundamental,

• na participação ativa em todas as atividades,

• na criatividade,

• na iniciativa própria,

• na organização das apresentações e da exposição,

• na produção escrita a partir de pesquisas realizadas sobre os vários subtemas,

• na criticidade dos fatos históricos abordados,

• na capacidade de envolver pessoas da comunidade nos trabalhos.

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Emílio Oscar Hülle

como já fora citado, todos os alunos se envolveram de forma intensiva em todos os trabalhos havendo cooperação

mútua entre os mesmos.

Desenvolvimento da Experiência

O processo se deu de forma participativa entre corpo técnico, professores e alunos, desde a escolha do lema até a

execução de todo o trabalho. Durante seu desenvolvimento, poucos problemas surgiram e nenhum que comprometesse a

qualidade dos trabalhos desenvolvidos. uma das dificuldades que pode ser assinalada se refere à distância dos alunos que

moram no interior do município, o que dificultou os trabalhos de pesquisa na biblioteca da escola fora do horário de aula.

Síntese da Experiência

A experiência foi desenvolvida de acordo com os seguintes passos :

• Reunião com todos os professores para planejamento dos trabalhos do 4o bimestre do ano letivo de 2000,

conforme lista de presença em anexo;

• Escolha do tema com a participação de todos os envolvidos;

• Seleção dos subtemas com a participação de todos os envolvidos;

• Planejamento por série de acordo com o subtema escolhido pela série;

• Reuniões semanais para planejamento e replanejamento das atividades;

• Reunião para planejamento da culminância dos trabalhos executados com a presença de todos os professores e

sugestões dos alunos de cada série;

• Elaboração de um folder com datas de apresentação e exposição dos trabalhos;

• Apresentação e exposição dos trabalhos para a escola e comunidade;

• Avaliação de todos os trabalhos desenvolvidos com professores e alunos.

Minas Gerais

Escola Estadual Cândido Portinari

Identificação

Endereço: Rua Campina Verde, s/n° - Bairro Salgado Filho

Telefone: (031) 3312-1041

E-maíl: [email protected] [email protected]

Estado: Minas Gerais

Município: Belo Horizonte

Regional: Oeste

Caracterização da Escola

Número de alunos: 1800

Número de alunos de ensino médio: 1280

Turnos oferecidos para o ensino médio 2

Classes de ensino médio 32

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 53

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1978

Caracterização da Experiência

Projeto: TECENDO O AMANHÃ II

Diante de uma realidade na regional Oeste de Belo Horizonte, onde a Escola Estadual Cândido Portinari se acha

inserida, num universo de 40 escolas, as quais apresentam um quadro de insegurança, desintegração, evasão escolar e

pânico, impedindo que a Escola desempenhe a sua real função e alcance os seus objetivos; resolvemos implementar o

projeto já existente em nossa escola, o qual almeja trabalhar a transformação do ser humano por meio do cultivo de uma

nova consciência sobre a preservação do meio ambiente e da construção de relações humanizadas.

A partir da escuta, da informação e reflexão sobre as dores, prazeres, inquietações, descobertas e transformações,

presentes na vida das crianças, adolescentes e jovens, é pertinente plantar e cultivar a árvore da ciência do bem.

O Projeto em curso na E. E. Cândido Portinari em Belo Horizonte, é mais um momento de:

• construção da cidadania;

• formação de uma comunidade escolar integrada e coletiva;

• integração dos alunos e alunas como sujeitos (co-autores) no processo educativo;

• desconstrução da violência por meio da criação de uma nova consciência onde haja o cultivo da solidariedade,

da doação e da cooperação universal;

• levar o aluno para dentro da sala de aula;

• cuidar do meio ambiente físico, afetivo e social;

• fazer do(a) aluno(a) um(a) parceiro(a);

• fazer a comunidade escolar se tornar parceira no processo educativo dos(as) alunos(as).

Escola Estadual Cândido Portinari

Neste projeto, buscamos uma resposta concreta para os anseios daqueles que têm um potencial de transformação - no

"vira ser" - do ser humano.

O Projeto Tecendo o Amanhã II está em sintonia com os objetivos, metas e propostas do Plano Escolar.

Objetivo geral:

Possibilitar a inserção da liberdade, da ação e da responsabilidade na vida dos(as) adolescentes e jovens e seus

familiares com relação à construção de uma nova consciência ambiental e humana para cultivar a "Ciência do Bem".

Objetivos específicos:

• possibilitar uma fusão harmoniosa entre os integrantes da comunidade escolar;

• possibilitar à comunidade escolar um relacionamento respeitoso com a natureza, o solo e o meio ambiente;

• resgatar o espírito de prudência na adolescência com relação à violência, ao uso de drogas, à gravidez não

planejada e outros danos;

• trabalhar a auto-imagem, o reconhecimento do corpo e sua preservação;

• desconstruir preconceitos com relação ao corpo, gênero, raça e religiosidade;

• construir, cultivar e ampliar o sentimento de amizade;

• criar uma consciência política coletiva, comunitária e solidária;

• desconstruir a preguiça no cotidiano das famílias, dos adolescentes e jovens;

• refletir sobre a diferença entre sujeito e consumidor;

• identificar a diferença entre "indignar-se" e "irar-se";

• desmistificar o relacionamento entre médico, família e escola para garantir aos adolescentes uma vida mais

saudável e tranqüila que a das gerações anteriores;

• desenvolver o sentimento crítico diante das atitudes coletivas;

• promover a arte do encontro consigo e com o outro;

• possibilitar o reconhecimento dos processos contraceptivos como instrumento de segurança no exercício do

prazer e da prevenção;

• desenvolver o sentimento de afeição e "compaixão" para com o(a) outro(a);

• divulgar o "Pra falar e pra ouvir".

Participantes da Experiência

Alunos envolvidos:

• diretamente: 30 protagonistas

• indiretamente: 1770

Professores envolvidos:

• diretamente: 12

• indiretamente: Por meio de inter, trans e multidisciplinaridade, todo o corpo docente, administrativo e auxiliar da escola.

Series do Ensino Médio: 1º, 2° e 3° ano

Series do Fundamental: 5ª a 8ª séries (indiretamente) por meio dos protagonistas.

Escola Estadual Candido Portinari

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

Ensinar por competência significa que o mundo mudou e as aulas precisam "dar conta disso". Em vez de especialistas

em conteúdos, precisamos de pessoas compromissadas com a idéia de que todos aprendemos sem parar. O que vale é

saber como enfrentar os problemas e superá-los, em casa, no trabalho e no mundo.

Dentre as competências desenvolvidas podemos destacar:

• aprender a conhecer;

• aprender a fazer;

• aprender a conviver;

• aprender a ser.

De acordo com a flexibilidade da escola, a partir do projeto Semear surgiram outros projetos, que estão em

sintonia com a proposta pedagógica da escola e com os objetivos, metas e ações do Tecendo o Amanhã II:

1º) Mudando para aprender (PAIE)

2o) Escolinha de futsal (a serviço da comunidade): 350 alunos

3o) Mini-academia de Letras (Ensino Fundamental)

4o) Descoberta de novos talentos (Ensino Fundamental).

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

A experiência do projeto acontece em rede, onde estão interligados com os objetivos do PDE. Entendemos que quando se trata

da formação do ser, o trabalho é feito em sua totalidade, ou seja, todos os aspectos são considerados: culturais, afetivos, sociais. O que

se espera como resultado é a formação de um aluno crítico, consciente de seus direitos e deveres, solidário e autônomo.

Vale ressaltar que as ações praticadas lêm a pretensão de desenvolver e explorar todo o potencial que o educando

traz, que aproveite oportunidade e saiba fazer suas escolhas ao longo da vida.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

A metodologia de oficina investe na descoberta, na construção e na partilha; conjuga o lúdico e o reflexivo. O

trabalho que aqui propomos apresenta essa metodologia como importante instrumento na realização desse novo projeto

de ser, tornado possível na passagem em que se constitui a adolescência.

Indicadores:

• maior índice de alunos com notas com aproveitamento acima da média em relação ao resultado anterior;

• maior interesse nas aulas, maior participação dos alunos no processo educativo (alunos protagonistas e sujeitos

das ações educativas e de aprendizagens);

• maior comprometimento com os horários e presença nas aulas;

• maior integração entre professores criando condições para um trabalho ínter, trans e multidisciplinar;

• formação de um coletivo facultando o desenvolvimento dos projetos existentes na escola, criando uma rede que

busca atender as necessidades biopsicossociais da comunidade escolar;

• formação de uma parceria: aluno <-> professor <-> comunidade.

Escola Estadual Cândido Portinari

Desenvolvimento da Experiência

uma conversa com os alunos revelou os seguintes problemas na escola:

• atraso no 1º horário de aula;

• grande número de alunos fora de sala de aula;

• descaso com o meio ambiente e as relações pessoais não afetivas;

• mau uso dos vestiários, banheiros e corredores da escola;

• índice de violência nas comunidades vizinhas.

A importância do diálogo entre os próprios alunos, uma vez que falam a mesma linguagem, há maior confiança,

cumplicidade e relacionamento fluem dentro de um clima de afeto e igualdade.

A experiência do projeto afetivo-sexual Semear inclusive de alunos multiplicadores (Tecendo o Amanhã 2000).

Após uma reflexão sobre os problemas apresentados, um grupo de alunos expôs para os professores e depois para

os outros alunos da escola a idéia do projeto.

A adesão ao projeto por professores e alunos foi surpreendente, e o projeto foi formatado.

O grande impacto foi o projeto ter sido encabeçado por alunos ditos "não-CDFs", alunos estes que não condiziam

com o perfil tradicional esperado pelos professores e funcionários da escola.

Houve uma reflexão com os professores sobre inclusão e exclusão. Decidiu-se, então, que trabalharíamos não

com os danos mas com as possibilidades, realçando o lado "luminoso" dos alunos.

Resolvemos trabalhar o potencial dos alunos criando oportunidades de escolha e decisão para os mesmos.

Escola Estadual Professora Corina de Oliveira

Identificação

Endereço: Avenida da Saudade, 289

Telefone: (013)3312-9449

Estado: Minas Gerais

Município: Uberaba

Regional: 39a Superintendência Regional de Ensino

Caracterização da Escola

Número de alunos: 1181

Número de alunos de ensino médio: 617

Turnos oferecidos para o ensino médio 2

Classes de ensino médio 14

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 37

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1991

Caracterização da Experiência

Projeto: APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS

Respaldados na Lei de Diretrizes e Bases (L.D.B.) que afirma ser a educação "um direito de todos" e inspirados

nos quatro pilares tidos como essenciais a um novo conceito de educação: "aprender a conhecer", "aprender a

fazer", "aprender a conviver" e "aprender a ser", os professores de Química da Escola Estadual Professora Corina

de Oliveira elaboraram um projeto com o objetivo de oferecer aos alunos do Ensino Médio uma nova forma de

abordagem da proposta curricular.

Dessa forma, o currículo não será restrito a transmissão de conhecimentos, mas será baseado fundamentalmente

no domínio das competências básicas e estará comprometido com os diversos contextos da vida diária dos alunos.

E então com este propósito que os professores de química juntamente com os professores de biologia, geografia

e português decidiram oferecer aos alunos do Ensino Médio um projeto interdisciplinar que traz para o espaço escolar a

prática da reutilização de subprodutos, que após transformados poderão ser novamente aproveitados.

Muito mais que reutilizar os subprodutos, o projeto em questão, visa transformar em experiências práticas, os

conteúdos teóricos vistos em sala de aula. Além disso, possibilita o desenvolvimento no aluno da conscientização com

relação à preservação ambiental.

Participantes da Experiência

• Alunos das três séries do Ensino Médio.

• Professores (5): química, geografia, português e biologia.

• Direção e Supervisão.

Escola Estadual Professora Corina de Oliveira

As oficinas foram desenvolvidas de modo que cada turma realizasse as experiências de acordo com o conteúdo

estudado na sala de aula.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

O projeto foi incluído no currículo do Ensino Médio, visando à contextualização da química, de modo a tornar

mais fácil a compreensão de conceitos até então abstratos para os alunos.

Após a análise dos conteúdos a serem estudados, as experiências foram incluídas ao final de cada unidade, com o

objetivo de tornar concreta a teoria vista em sala de aula.

Sendo assim, com a realização do projeto, tornou-se possível a compreensão dos seguintes conteúdos:

• 1ª Série do E.M.:

• Substância e Mistura

• Reações Químicas

• Funções Inorgânicas

• Ligações Químicas (Polaridade)

• 2a Série do E.M.:

• Soluções - Coloides

• Equilíbrio Iônico - pH

• 3a Série do E.M.:

• Funções Orgânicas

• Reações Orgânicas

As atividades desenvolvidas envolveram de forma interdisciplinar os conteúdos de química, biologia, português e geografìa.

Tendo em vista a conscientização ambiental tão difundida nos dias de hoje as aulas de biologia e geografia

abordaram a questão do reaproveitamento de subprodutos com o objetivo de formar cidadãos realmente comprometidos

com a preservação ambiental. Dessa forma, o aluno será motivado a reaproveitar aquilo que anteriormente era considerado

"lixo" e seria mais um agressor da natureza, de maneira a torna-lo útil à vida das pessoas.

As aulas de português tornaram possível aos alunos desenvolverem o relato de experiências de forma apropriada,

objetiva e clara. Na oportunidade, os alunos trabalharam também com o significado de termos científicos, que após

conhecidos e de acordo com o contexto, ajudaram a compreender melhor o conteúdo estudado.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O projeto "Utilização de Subprodutos" está diretamente relacionado com o projeto pedagógico da E. E. Prof.

Corina de Oliveira, que tem como pressuposto básico a formação integral do ser humano no sentido de sair dos limites da

concepção de currículo como seleção e organização de conteúdos acadêmicos para vislumbrar um currículo que realmente

venha corresponder à realidade dos alunos.

Através dos resultados pôde-se constatar que a verdadeira escola só acontecerá num grande espaço vivo, pulsante

e dinâmico, onde professores e alunos voltem suas mentes à tarefa apaixonante da construção do conhecimento

Escola Estadual Professora Corina de Oliveira

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

• Escolha de professores e técnicos para ministrar aulas, palestras e seminários.

• Coleta de material através da comunidade escolar.

• Conscientização dos envolvidos através de informações básicas.

• Aulas expositivas abordando conteúdos de química específicos de cada série.

• Culminância com oficinas práticas sobre o conteúdo estudado envolvendo professores e alunos.

• Socialização do produto final com a comunidade escolar.

Além de a prática ter favorecido uma melhor compreensão dos conteúdos estudados, o projeto proporcionou uma

melhor integração entre alunos, pais e professores. Os pais participaram avaliando o produto final juntamente com os

professores. Após a culminância os alunos demonstraram um maior interesse pelas aulas.

Desenvolvimento da Experiência

O projeto foi elaborado a partir da constatação das grandes dificuldades encontradas pelos alunos na compreensão

de conceitos de química que vistos somente sob o ponto de vista teórico, ficam muito distantes da vida do aluno. A partir

do momento em que o aluno passa a perceber que a química faz parte do dia a dia, passa a compreender melhor e

consequentemente a Ter mais interesse.

As diferentes fases do projeto foram desenvolvidas por professores de química, geografia, biologia e português,

técnicos e alunos do ensino médio, organizados em grupos de trabalho.

Os problemas com custo foram mínimos, pois trata-se da utilização de subprodutos o que torna o projeto barato e

as dificuldades surgidas foram rapidamente solucionadas pelos envolvidos: pais, alunos e professores.

As atividades foram realizadas no pátio da escola e todos os recursos materiais utilizados foram providenciados

pelos próprios alunos com ajuda dos pais.

Síntese da Experiência

SEMESTRE

Desenvolvimento teórico: aulas, palestras e seminários Coleta e compra dos materiais

Elaboração do produto

Analise dos resultados: o produto obtido foi aprovado pela escola e comunidade

Redação e apresentação do relatório em forma de painéis e oficinas

1 o mês X

X

2o mês X

X

3o mês

X

4o mês

X

X

X

Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes

Identificação

Endereço:

Telefone:

E-mail:

Estado:

Município:

Regional:

Superintendência:

Avenida José Cândido da Silveira, 2000

(31)3486-2074

[email protected] e [email protected]

Minas Gerais

Belo Horizonte

Leste

42a

Caracterização da Escola

Número de alunos:

Número de alunos de ensino médio:

Turnos oferecidos para o ensino médio

Classes de ensino médio

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado

Desde quando funciona o ensino médio na escola

1485

1485

3

33

23

1984

Caracterização da Experiência

Projeto: FEIRA DE ECOLOGIA E CIDADANIA

A Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes sempre teve como princípio desenvolver um trabalho

Pedagógico de qualidade - que mobilizasse o aluno a uma aprendizagem significativa.

Diante disso, a Escola já promovia a FETEC - Feira Tecnológica, com os alunos dos 2°, 3º e 4º anos dos Cursos

Técnicos de Eletrônica e Mecânica.

A ênfase desta proposta era mostrar à Comunidade o progresso dos alunos, através dos trabalhos por eles apresentados.

A FETEC já era uma tradição (que se mantém na Escola Prof. Fontes, até hoje) e paradoxalmente, os alunos dos

1º anos sentiam-se motivados a participarem de um projeto tão elaborado, bem como viam-se excluídos por não terem

como engajar-se no trabalho, dada a distinção do mesmo.

Reuniu-se, então, um grupo de professoras da área acadêmica e decidiu-se que os alunos da série inicial poderiam e

deveriam se envolver na feira com trabalhos que estivessem voltados para o seu dia-a-dia. O tema ecologia foi o escolhido por

tratar-se de um assunto que merece atenção especial, assunto de fundamental importância para a sobrevivência do ser humano.

Os trabalhos e o interesse que o assunto suscitou nos alunos foi tão grande que no ano seguinte, instituiu-se a

ECO-FETEC, hoje chamada de Feira de Cidadania e Ecologia.

Atualmente este Projeto encontra-se consolidado na Escola, fazendo parte do calendário escolar onde, através do conhecimento.

procuramos desenvolver nos alunos o respeito e o interesse pela preservação do meio ambiente, bem como conscientizá-los das

diversas maneiras de reciclar e reutilizar os materiais. Também são esperados novos padrões de conduta, especialmente no que diz

respeito aos hábitos de consumo e desenvolvimento do senso de responsabilidade no uso dos bens comuns e das recursos naturais.

Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes

A grande importância da continuidade desta Feira, entre tantos fatores, é a oportunidade do trabalho interdisciplinar

que ela proporciona tanto aos alunos quanto aos professores e também a riqueza de temas que são desenvolvidos por eles

tais como; doenças causadas pelo acúmulo, manuseio e produção do plástico; lixo que se torna alimento; jardinagem na

escola; seguindo o curso do rio; grutas e cavernas; o mundo subaquático; desmatamento e conseqüência para o solo; artes

em sucata; poluição sonora e problemas ambientais; energia alternativa; crescimento populacional; elementos químicos

do corpo humano; seca; formiguinhas e garis da SLU dentre outros assuntos.

Participantes da Experiência

Participam da Feira de Cidadania e Ecologia todos os alunos matriculados no curso acadêmicos (1º, 2o e 3o anos)

dos turnos da manhã e da tarde. A Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes, na área acadêmica , é composta

de dez turmas de 1ºs anos, seis turmas de 2o anos e três turmas de 3º anos. Também integram esta Feira, com participação

efetiva, todos os professores do curso acadêmico e alguns funcionários administrativos, que colaboram nos trabalhos de

organização e avaliação da Feira. Os auxiliares de serviços gerais também contribuem para a realização do Projeto sendo

que até já apresentaram trabalhos mostrando a importância da limpeza na escola.

A comunidade escolar também tem participação nesse Projeto através da ajuda a seus filhos na orientação e

execução dos trabalhos e visita maciça à apresentação dos mesmos.

Em todas as Feiras são convidadas pessoas de outros setores para que, antes ou durante a realização da mesma,

apresentem palestras ou trabalhos ligados ao meio ambiente ou ao bem-estar do ser humano.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

Esta Feira apresenta dois grandes momentos que são:

1 - Coleta Seletiva de latas que tem como objetivo:

• conscientizar o aluno da quantidade de "lixo" produzida pelas famílias;

• reciclar, que é uma maneira de preservar o meio ambiente;

• contribuir com a coleta, pois o resultado produzido por ela, permite a aquisição de bens que favorecem a Escola

e a vida escolar do aluno.

2 - Mostra dos Trabalhos que tem por objetivo:

• apresentar o resultado dos estudos teóricos e práticos realizados pelos alunos a partir da habilidade desenvolvida

por eles durante o período de preparação dos trabalhos.

A Feira de Cidadania e Ecologia também propicia aos alunos o desenvolvimento de habilidades até então desconhecidas e que

acabam se transformando em uma forma de aumentar a renda familiar já que muitos deles têm um poder econômico muito baixo.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

A Escola Técnico Industrial Professor Fontes tem como princípio educar para o exercício pleno da cidadania. O aluno

é sujeito, com direitos e deveres, que dá a sua contribuição à sociedade na qual está inserido, de maneira critica e construtiva.

A Feira de Ecologia e Cidadania proporciona aos discentes a oportunidade de acessarem discussões, conhecimentos.

experiências, informações, que serão de grande valia para todos.

Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes

A preservação do meio ambiente é uma necessidade em nível mundial e um dos desafios da atualidade. Ajudar na

formação de uma geração consciente e crítica, é papel e desafio desta Instituição de Ensino.

Metodologia c Indicadores de Aprendizagem

Metodologia:

1 - Sensibilização

Utiliza-se, como uma maneira de sensibilizar os alunos para os problemas ambientais, situações simples que fazem

parte do seu cotidiano, tais como cálculo da economia de água que se faz quando uma pessoa toma banho com a torneira aberta

e com a "torneira fechada", quantidade de folhas de papel desperdiçada numa escola, como a nossa, quando cada aluno

desperdiça por dia uma única folha de papel. O que representa isto por aluno ou turma no mês, no ano, no turno e na escola.

2 - Busca de informações

É pedido aos alunos que façam leitura de um texto de revista, jornal ou de alguns livros, tais como: O meio ambiente em debate,

Plástico bem supérfluo ou mal necessário?. Água - origem, uso e preservação, Lixo - De onde vem? Para onde vai? ou qualquer outro.

para posterior debate. Também são utilizados filmes como "Globo Ciências" que trata da produção do papel ou de agrotóxico, etc.

3 - Elaboração do Relatório

Após escolha, pelos alunos, do tema que gostariam de desenvolver na Feira, eles partem para a pesquisa do

assunto específico através da internet, consulta de revistas como Globo Ciência, Galileu, Superinteressante, enciclopédias,

etc. Para isto buscam informações nas Bibliotecas Públicas e da Universidade Federal de Minas Gerais.

Outra fonte de consulta são as páginas amarelas dos catálogos telefônicos para agendar entrevistas e/ou visitas.

Após concluída esta primeira parte do trabalho, os alunos elaboram um relatório técnico de todo o assunto pesquisado.

Indicadores de aprendizagem:

4 - Socializando descobertas

É interessante constatar que, após o envolvimento com os trabalhos, os alunos se tornam mais curiosos e atentos

às informações recebidas pois sempre há comentário de uma informação passada pelos telejornais e/ou programas ou a

respeito da leitura de algum texto que lhes chamou atenção ou ainda relatos de "descobertas" feitas no desenrolar do

trabalho. Ocorre uma troca de informações entre eles (ou com os professores) a respeito desses novos conhecimentos.

5 - Desenvolvendo o senso crítico

A responsabilidade de apresentar o trabalho para a comunidade escolar faz com que se dediquem com mais afinco

aos temas propostos, desenvolvendo neles o senso crítico e a descoberta de novas habilidades.

Durante este período, os trabalhos são realizados, principalmente, durante as aulas de laboratório de Química e

Biologia, momentos que os alunos têm para se reunirem, avaliarem e organizarem a continuidade dos mesmos.

A organização da Escola fica modificada no sentido de permitir, quando necessário, e com o consentimento dos

pais, a entrada do aluno em horário alternativo podendo utilizar para isto somente os horários das aulas práticas.

Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes

Desenvolvimento da Experiência

A iniciativa desta Feira partiu das professoras Carmem Lúcia de Souza G. de Lima e Menezes, Jeannette de Magalhães Moreira

Lopes e Suzana Malta Olinda com o apoio da diretora Adélia Thiago de Almeida e do vice-diretor Eduardo de Castro Barbalho.

Nosso objetivo é mostrar que alunos iniciantes na escola são capazes de se envolver com temas atuais e a partir

deles se envolver conscientemente nos problemas do planeta e tentar buscar soluções para eles.

Inicialmente o trabalho foi realizado somente pelas três professoras que, aproveitando os horários de laboratório.

desenvolviam os temas com os alunos. Aos professores das outras áreas cabia a atividade de avaliar a mostra dos trabalhos.

Já no ano seguinte houve um aumento significativo do número de grupos e do interesse de outros professores. Os trabalhos

passaram a ser executados também nas outras aulas, com a colaboração da maioria dos professores (alguns ainda achavam que era mais

importante o conteúdo do que "perder tempo" orientando alunos ou trabalhando assuntos fora do conteúdo programado).

Hoje em dia todos os professores participam da elaboração, escolha de temas, confecção dos trabalhos,

correção de relatório e avaliação da Feira.

Não há dificuldades pedagógicas para a realização do Projeto já que todas as pessoas acabam se envolvendo, desde a direção

que libera materiais, flexibiliza a entrada e saída de alunos na escola e facilita de todas as maneiras possíveis até funcionários e

professores que contribuem não só com orientação mas também com empréstimos de materiais para a realização dos trabalhos.

Nossas dificuldades são praticamente de ordem financeira pois esta Feira envolve um gasto alto que tentamos

amenizar com doações e patrocínio.

Síntese da Experiência

1º - Envolvimento dos alunos com leituras. Filmes, debates.

2o - Inscrição dos grupos e escolha do tema a ser trabalhado.

3o - Organização do material coletado para elaboração do projeto escrito contendo a teoria referente ao tema.

4o - Elaboração do trabalho a ser apresentado, ressaltando, a partir das pesquisas teóricas, os pontos mais importantes.

5o - Mostra dos trabalhos que favorecem o crescimento dos alunos através da apresentação para a comunidade

escolar do conhecimento adquirido.

Durante o desenvolvimento deste Projeto várias outras etapas são executadas: coleta de latas de alumínio, confecção

de lembranças e material a ser mostrado na Feira, avaliação de todos os componentes do grupo pelo trabalho realizado.

6o - Incorporação, divulgação e continuidade

A apresentação dos trabalhos é aberta à comunidade e também são enviados convites às autoridades e a outras

escolas mantendo assim um intercâmbio de informações entre os alunos.

Ao final dos trabalhos é feita, com os alunos e com os professores, uma avaliação destacando os pontos positivos

e negativos e a validade de sua continuidade.

A Feira já foi incorporada ao calendário da Escola Estadual Técnico Industrial Professor Fontes. Após a sua

realização percebe-se no aluno uma maturidade em relação aos problemas ambientais e um interesse maior em procurar

soluções, nem que seja somente para os problemas da escola.

Neste ano de 2002, após adiamento, a Feira será realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro das 13:00 às

18:00 horas e de 08:00 às 15:00 horas, respectivamente.

Escola Estadual Professor Guilherme Azevedo Lage

Identificação

Endereço: Rua Maricá, 285 - Bairro São Gabriel

Telefax: (031)3493 1474

Estado: Minas Gerais

Município: Belo Horizonte

Regional: Nordeste

Caracterização da Escola

Número de alunos: 1772

Número de alunos de ensino médio: 1772

Turnos oferecidos para o ensino médio 3

Classes de ensino médio 40

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 10

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1986

Caracterização da Experiência

Projeto: OS MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE MINAS GERAIS, O BRASIL E AS AMÉRICAS.

O projeto surgiu da necessidade de tornar o ensino menos árido e mais próximo da realidade do aluno,

buscando uma prática pedagógica interdisciplinar, transdisciplinar e contextualizada. Pretendeu-se, desta forma,

instaurar um processo permanente de reflexão, diálogo e discussão coletiva e participativa dos problemas da escola,

na busca de alternativas viáveis para a efetivação dessa prática pautada nos pilares básicos da educação nacional:

aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a viver (P.P.P.) e que possibilitasse ao estudante a

formulação de seus próprios conceitos no estabelecimento de relação com o presente e o passado e assim

transformasse idéias em experiências na construção do conhecimento, além do despertar para a sensibilidade quanto

à importância política, social, econômica e cultural de nossa sociedade.

"As identidades se constituem pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à

igualdade, a fim de que orientem sua conduta com valores que respondam às exigências de seu tempo" (Parâmetros

Curriculares Nacionais do Ensino Médio).

A escola, ao desenvolver o projeto relacionando-o com o Plano de Desenvolvimento da Escola, busca proporcionar

ao aluno uma aprendizagem efetiva, interessante, significativa, real e atrativa, englobando a educação em um plano de

trabalho agradável, sem impor os conteúdos de forma autoritária. Assim, o aluno busca e consegue informações, lê,

conversa, pesquisa, formula hipóteses, anote dados, calcula, reúne o necessário para a solução dos conflitos cognitivos e,

por fim, converte tudo isso em ponto de partida para a construção e ampliação de novas estruturas de pensamento.

Objetivos específicos do projeto:

1 - Possibilitar o estabelecimento de novas relações interpessoais de amizade e respeito mútuo entre professor e

aluno, aluno/aluno, comunidade/escola e mesmo intermunicipais;

2 - criar uma alternativa pedagógica que seja cultural, de lazer, turística ou estética que promova a integração;

Escola Estadual Professor Guilherme Azevedo Lage

3 - incentivar o trabalho coletivo, bem como os diálogos e a troca de experiências;

4 - propiciar uma atividade de reflexão, de interação com o objeto de estudo, de forma a permitir uma leitura do mundo

mais ampla, suscitando o debate, o questionamento, a proposição e a construção de novos conhecimentos;

5 - trabalhar de forma interdisciplinar e contextualizada;

6 - desenvolver o hábito de leitura e interpretação de textos;

7 - conscientizar sobre a importância da preservação do patrimônio histórico cultural;

8 - sensibilizar o aluno quanto ao impacto ambiental derivado do avanço tecnológico;

9 - proporcionar ao aluno o conhecimento do acervo geográfico, histórico cultural regional.

Participantes da Experiência

A escola, objetivando ampliar os espaços e tempos escolares, envolve todos os alunos (com subprojetos direcionados

a cada uma das 3 séries) e todos os professores, divididos por áreas de conhecimento, além da participação dos demais

segmentos: direção, especialistas, auxiliares de serviços gerais, de secretaria e de biblioteca, num total de 89 educadores.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

A experiência faz parte da gestão atual da E.E. Professor Guilherme Azevedo Lage". Trabalhar a

interdisciplinaridade e a contextualização tornou-se uma das principais metas.

A partir da idéia, houve o envolvimento de todos os professores, reunidos por área de conhecimentos: Linguagens, Códigos e

suas Tecnologias (Português, Inglês, Arte, Literatura, Educação Física); Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (Matemática,

Biologia, Física e Química); Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia).

As competências pretendidas na execução do projeto seriam: levar o aluno a assimilar diferenças culturais, sociais,

políticas nas regiões brasileiras, desenvolver a leitura e a produção de textos, relacionar informações representadas por

diversas formas e conhecimentos, recorrer do conhecimento desenvolvido na escola para a elaboração de propostas de

intervenção solidária na realidade, respeitando os valores e considerando a diversidade cultural.

Ao final da 1ª etapa do projeto "Os Múltiplos Olhares sobre Minas Gerais, o Brasil e as Américas" observou-se

que os alunos adquiriram um nível elevado de relacionamento interpessoal, de trabalho coletivo e troca de experiências,

proporcionando uma maior interação com o objeto de estudo, suscitando o debate, o questionamento, a proposição, o

respeito e a construção de novos conhecimentos. Além disso, houve uma maior conscientização da importância da

preservação do patrimônio histórico cultural e do impacto ambiental derivado do avanço tecnológico.

Os professores, ao trabalharem a interdisciplinaridade e a contextualização demonstraram maior facilidade de

integração no coletivo, na socialização e maior habilidade no desenvolvimento de suas funções.

Quanto à flexibilização da organização da escola, houve um grande empenho da direção em monitorar os

desenvolvimento das ações para que as atividades propostas fossem executadas com organização visando o crescimento

de tôda a comunidade escolar: alunos, pais, professores, especialistas, etc. A escola é o espaço privilegiado para a troca

de saberes e que não ocorre somente dentro da sala de aula, é também a confirmação cultural da sociedade, portanto,

desenvolver a identidade do educando, dos professores e da escola, a partir da construção de novos conhecimentos,

habilidades e atitudes, é o compromisso ético de todos os educadores.

Para a realização do projeto, houve captação de recursos financeiros oriundos da própria escola e dos alunos.

Escola Estadual Professor Guilherme Azevedo Lage

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

Dentro do Plano de Desenvolvimento da Escola tem-se como princípio a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional - Lei 9394/96 que o "Ensino Médio deverá conciliar, numa mesma organização curricular as finalidades de

aprofundar os conhecimentos já adquiridos, a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos

produtivos, aprimorar a formação ética, o pensamento crítico e a preparação básica para o trabalho e cidadania".

A partir desta premissa a escola tem como missão básica levar o aluno a conhecer os reflexos práticos e funcionais

do que estão aprendendo, conhecer as diferentes linguagens e se preparar para o mercado de trabalho.

Esta proposta visa a um trabalho interdisciplinar e contextualizado, proporcionando ao aluno a construção do

conhecimento, tornando-o cidadão crítico e consciente de seu papel na sociedade.

A educação hoje. vem passando por um processo de mudanças que requer planejamento estratégico, atuação

integrada e ações permanentes envolvendo todos os segmentos que participam do processo ensino aprendizagem.

O projeto insere-se no PDE na medida em que, ao ser desenvolvido, busca a formação do ser humano justo,

solidário, sensível, afetivo, responsável e autônomo, engajado no contexto global. O cidadão consciente de sua posição

na sociedade de tantas diferenças, que sabe reconhecer seus direitos e deveres. Um estudante que pesquisa, analisa, faz

associações, extrapola, sintetiza, abstrai. Lê, escreve, expressa-se, interpreta, decide.

PROJETO E PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA CAMINHAM JUNTOS!

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Na expectativa de tornar o ensino menos árido e mais próximo da realidade do aluno buscou-se uma prática

pedagógica interdisciplinar, transdisciplinar e contextualizada para tornar o ensino mais prazeroso e dentro da realidade

atual. A partir da idéia, houve o envolvimento de todos os professores seguindo a metodologia adequada: a escolha do

tema, o planejamento preliminar com sondagem e coleta de sugestões para o planejamento interdisciplinar, contato com

os executores (estudantes) sensibilizando-os sobre as unidades temáticas, contato com as escolas para viabilizar o

intercâmbio cultural e instituições de outros municípios, reuniões periódicas com os professores, participação aos pais,

avaliação de pesquisa de campo e preparação para a culminância, análise dos resultados e avaliação geral.

Entre os recursos didáticos utilizados para a preparação do educando pode-se citar: vídeos, textos, aulas expositivas

preparatórias sobre os temas a serem abordados e desenvolvidos.

No primeiro semestre de 2001 os trabalhos voltaram-se para a bacia hidrográfica do Rio São Francisco como

espaço geográfico, histórico e cultural. Naquele momento considerou-se a racionalização do uso da água, como também

a influência que o rio exerce nas populações ribeirinhas nos aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.

No segundo semestre, considerando a indicação da obra de Carlos Drummond de Andrade, "O Sentimento do

Mundo" para o vestibular, tornou-se pertinente que o 3o ano do Ensino Médio o considerasse como unidade temática.

Para o desenvolvimento de posteriores trabalhos realizou-se intercâmbio cultural entre os alunos dessa escola e os da

E.E. Mestre Zeca Amâncio. culminando com trabalho de campo em Itabira.

Os estudantes do 2o ano, considerando a obra literária de João Guimarães Rosa como unidade temática, realizaram

intercâmbio cultural com a E.E. Cláudio Pinheiro de Lima, situada na cidade mineira de Cordisburgo. O subprojeto "A

Saga de João" teve como ponto alto a pesquisa de campo realizada naquela cidade.

Os alunos do 1º ano iniciaram os estudos partindo, como unidade temática, de fragmentos da obra de Tomás

Antônio Gonzaga. Considerou-se como espaço histórico-sócio-cultural a cidade de Ouro Preto, desenvolvendo

Escola Estadual Professor Guilherme Azevedo Lage

projeto "Nestas tantas Minas: Ouro Preto, uma Cidade Síntese".

Os alunos tiveram oportunidade de escolher a área de conhecimento que mais lhes atraísse para desenvolver suas atividades.

Os objetivos propostos foram plenamente alcançados dentro de cada uma das disciplinas. Proporcionou ao

educando desenvolver uma visão crítica e melhor entendimento da trajetória histórica mineira e brasileira; perceber

o impacto das transformações ambientais e sociais; desenvolver o gosto estético e a sensibilidade artística inerente

em cada um; valorizar e respeitar o patrimônio histórico; desenvolver maior habilidade e interesse pela leitura;

maior facilidade na interpretação de textos; interesse e curiosidade pela palenteologia (visita ã gruta do Maquiné);

maior socialização devido aos trabalhos em grupo e intercâmbio cultural.

Durante a culminância puderam manifestar todo o conhecimento adquirido e construído através de: produção de

textos, exposição de fotografias, construção de fenômenos físicos, geográficos, químicos, artísticos, etc, peças teatrais, números

musicais, entre outros.

Observou-se um grande interesse de todos os alunos e a participação incondicional dos professores.

Desenvolvimento da Experiência

A idéia do projeto e para sua realização levou-se em consideração o perfil do público que se deveria alcançar.

Escola periférica de Belo Horizonte, contando com aproximadamente mil e oitocentos alunos de classe média

baixa, cuja faixa etária está entre 15 e 22 anos, não têm o hábito de estudo e leitura sistemáticos, cabendo à escola

criar condições e motivação para o exercício da pesquisa científica, esportiva, artística, entre outros, oportunidade

surgida com o desenvolvimento do projeto.

As dificuldades que surgiam iam aos poucos sendo superadas. Um exemplo seria, a princípio, a resistência de

alguns professores mas, motivados pelos colegas e entusiasmo dos alunos, abraçaram a idéia e executaram excelente

trabalho coletivo e interdisciplinar. Os custos foram suavizados pelo trabalho executado pela direção e coordenação do

projeto que, contatando previamente com as instituições dos municípios-alvo da pesquisa de campo, conseguiu preços

reduzidos, senão, tornar-se-1ª inviável a realização das visitas in loco.

Síntese da Experiência

O projeto intitulado "Os Múltiplos Olhares sobre Minas Gerais, o Brasil e as Américas", calcado no Parâmetros

Curriculares Nacionais do Ensino Médio e na Escola Sagarana, tem contribuído para o enriquecimento do Plano de

Desenvolvimento da Escola, que visa um ensino de qualidade e a formação do cidadão.

Trata-se de um trabalho coletivo, voltado para a interdisciplinaridade e contextualização e que, no seu desenvolver,

vem alcançando os objetivos propostos.

Em 2001, a escola foi premiada na cidade de Itabira com o troféu "Cecília Meireles" e posteriormente com o

troféu "Carlos Drummond de Andrade", num reconhecimento do trabalho desenvolvido através da parceria realizada

entre esta escola e aquela cidade.

Atualmente, o projeto está participando do "Prêmio Escola Sagarana 2002" na expectativa de mostrar a experiência realizada.

Em se tratando de um projeto com previsão de três anos e constatado o sucesso dessa primeira etapa, momento em

que os estudos voltaram-se para Minas Gerais, o ano de 2002 está voltado para o Brasil.

Escola Estadual Professor Guilherme Azevedo Lage

Os subprojetos agora desenvolvidos são:

"AS MINAS DO BRASIL"

• Primeiro Anodo Ensino Médio:: "Diamantina... de Chica da Silva a JK" - Espaço sociocultural-geográfico-histórico: Diamantina

• Segundo Ano do Ensino Médio: "As Décadas de 60 a 2000, da Bossa Nova ao Rap" - Espaço sociocultural-

geográfico-histórico: Brasilia

• Terceiro Ano do Ensino Médio: "Bahia de Todos os Santos" - Espaço sociocultural-geognífico-histórico: Ilhéus - Bahia

Além dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na escola, também está sendo realizado intercâmbio cultural

entre esta e escolas dessas cidades.

A dificuldade ora encontrada está na aquisição de recursos financeiros, tendo em vista o custo elevado das

viagens interestaduais e materiais necessários para execução dos trabalhos.

Diante dos resultados obtidos e da constatação de avanços no cotidiano escolar, na melhoria da aprendizagem dos alunos é

relevante a oportunidade de divulgar o trabalho realizado na escola, repassando essa prática pedagógica que ora desenvolve.

A E.E. Professor Guilherme Azevedo Lage assegura o caráter inovador e construtivo do Projeto Escolar, do

Projeto Político Pedagógico, do Plano de Desenvolvimento da Escola, do Serviço de Orientação Educacional, da atuação

dos professores, do empenho da Direção, da participação do Colegiado, do Grêmio Estudantil, demais alunos e pais,

demonstrando que somente com a participação de todos pode-se desenvolver uma educação mais construtiva.

Escola Estadual Professor Ricardo de Souza Cruz

Identificação

Endereço:

Telefone:

E-mail:

Estado:

Município:

Regional:

Rua Gonçalo Laço, 120

(031)3411-7010/3418-5488

[email protected]

Minas Gerais

Belo Horizonte

Noroeste

Caracterização da Escola

Número de alunos: 1423

Número de alunos de ensino médio: 922

Turnos oferecidos para o ensino médio 2

Classes de ensino médio 18

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 32

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1986

Caracterização da Experiência

Projeto: CIDADANIA. LIBERDADE E DEMOCRACIA

A princípio, o tema "Cidadania, Liberdade e Democracia" surgiu em uma reunião pedagógica quando foram

debatidas e levantadas diferentes perspectivas de aprendizagem envolvendo questões como: identidade, igualdade, direitos

e deveres, solidariedade e disciplina.

As questões acima relacionadas fazem parle do cotidiano de nossa escola e havia necessidade que fossem melhor

trabalhadas para formação do estudante como sujeito crítico e participativo.

Dentro do projeto "Cidadania, Liberdade e Democracia", após as primeiras discussões, ocorreu uma ampliação da

idéia inicial surgindo um outro projeto. A partir da apresentação da fita da TV Escola de nome "More than meets the eye"

(mais que os olhos possam ver), recurso didático do programa do MEC "como fazer: Filosofia, Língua e Arte" exibido

no dia 12/03/2002 aos alunos do Ensino Médio, estas novas idéias foram tomando corpo.

Os alunos, após assistirem à fita, levantaram alguns temas que gostariam de trabalhar, dentro do projeto inicial, relacionados

às diversas formas de preconceitos: contra a mulher, contra os idosos, étnico-econômico, sexualidade, DST, drogas, todos

ligados à vivência e ao cotidiano dos alunos. A partir dessa discussão, os professores propuseram aos alunos o estudo, a

organização e a elaboração de uma feira demonstrativa dos temas escolhidos o que representaria a culminância do projeto.

Participantes da Experiência

Houve participação efetiva de professores e alunos, funcionários e direção da Escola. Atingiu a totalidade de turmas de turno da

manhã (9 turnias e todos os professores) e parte das turnias do turno da noite (5 turmas e seus professores).

Houve envolvimento da comunidade escolar, com participação e apoio dos postos de saúde e entidades da região.

Escola Estadual Professor Ricardo de Souza Cruz

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

A experiência focalizou-se no currículo, envolvendo as três áreas do conhecimento: Linguagem e seus Códigos;

Ciências da Natureza e Matemática; Ciências Humanas.

As disciplinas contemplam os conteúdos voltados para a desigualdade social miséria, desemprego, comunicação através

de textos, imagens e artes cênicas e problematizações de conjuntura socioculturais e religiosa relacionadas à doenças, propagação

e a relação química dos medicamentos, com o uso do tratamento estatístico na análise dos dados pesquisados.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

A experiência complementa a proposta da Escola num sentido amplo e concreto da formação da cidadania, onde

os alunos são motivados, após situarem-se em um contexto socioeconòmico, a criar, participar e questionar estruturas

prontas e definidas na busca da qualidade de vida, baseada no respeito e solidariedade.

Partindo também dos fundamentos estético, político e ético do DCNEM e do Projeto Político Pedagógico da

Escola, que visa assegurar a seus alunos uma formação construída sobre prisma de identidade, diversidade e autonomia,

o projeto desenvolvido objetivava conduzir os alunos a um pensamento crítico e criativo, contribuindo para sua formação

ética e preparando-os para inserção social e no mercado de trabalho.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

A metodologia empregada contou com aulas expositivas, filmes, trabalhos em grupo, pesquisa bibliográfica (livros,

jornais, revistas, enciclopédias e Internet), pesquisa de campo (entrevistas, visitas à universidades e outras instituições sociais

e postos de saúde), atividades artísticas (montagem de peças teatrais, dança e música), atividades estas que foram acompanhadas

e supervisionadas pelos professores dando o devido suporte e orientações no desenvolvimento das atividades.

Nos indicadores de aprendizagem, nota-se a participação de 80% dos alunos na organização e apresentação dos

trabalhos. Podemos destacar ainda a motivação, participação e autonomia, criatividade e responsabilidade e o envolvimento

dos alunos no desenvolvimento dos trabalhos.

Pode-se observar mudanças comportamentais quanto à freqüência, interesse, desempenho cognitivo dos alunos e

integração entre escola, aluno e comunidade.

Os principais avanços observados em nossos alunos foram:

• na área cognitiva houve autonomia dos alunos para construção de novos conceitos bem como desenvolvimento

da percepção crítica da realidade;

• na área social percebe-se um grande avanço nas relações pessoais com destaque ao respeito, solidariedade,

igualdade e a identidade, que são refletidas no cotidiano escolar, propiciando momentos de reflexão, participação

e integração em situações diárias na escola, elevando a auto-estima e formação da identidade social dos alunos.

Desenvolvimento da Experiência

O Projeto partiu de uma necessidade vivenciada pelo corpo docente e discente da Escola, bem como da área administrativa.

de desenvolver e construir um conceito de direitos e deveres para tôda a comunidade escolar. Desta necessidade e após as

discussões iniciais, o Projeto foi evoluindo a partir da participação dos alunos e conforme relatado no item inicial.

Escola Estadual Professor Ricardo de Souza Cruz

Aconteceram reuniões de professores para sistematização e organização do projeto. Lançado o tema inicial, durante

reuniões de grupos, os alunos apresentaram suas propostas e expectativas e basearam suas atividades em experiências de

projetos anteriores já realizados na Escola.

Durante o desenvolvimento do projeto, várias dificuldades foram surgindo, não só de ordem material. Além da

falta de material didático, recursos e equipamentos, houve também alguma dificuldade de organização por parte dos

alunos e professores e principalmente no que se refere à ausência da cultura de se trabalhar em projetos.

Através da solidariedade, apoio e troca de conhecimento as iniciativas foram tomando corpo e a visão dos primeiros

resultados práticos trouxe o ânimo necessário à finalização. A busca de recursos fora da escola bem como o apoio de

setores da comunidade tornou possível a continuidade.

A maior dificuldade encontrada foi o envolvimento da totalidade do corpo docente, principalmente no turno da

noite, que se mostrou resistente a esta forma de trabalho. Neste turno o desenvolvimento do projeto ocorreu devido a

iniciativa individualizada de alguns professores.

Houve também resistência por parte de um pequeno número de alunos que não se envolveram e se recusaram a participar

das atividades, mostrando-se distantes e alheios ao trabalho realizado. Nem mesmo o acompanhamento dos professores e o

incentivo de colegas conseguiu motivá-los. O setor de orientação educacional do ensino médio também se manteve alheio.

Síntese da Experiência

• Reunião pedagógica com proposição do tema.

• Exibição do filme "More than meets the eye."

• Levantamento dos temas pelos alunos.

• Problematização e formação dos grupos.

• Desenvolvimento do trabalho.

• Exposição dos trabalhos.

• Avaliação dos trabalhos.

• Avaliação da concepção e desenvolvimento do projeto.

Esta experiência contribuiu para uma mudança bastante significativa:

• na escola, que pôde através de um trabalho coletivo e de interesse dos alunos, mudar a sua função de informadora

para a de construtora de um novo espaço de formação aberto a todos;

• no professor, que ofereceu condições aos alunos e os incentivou a tornarem-se sujeitos participativos e criativos,

fazendo o professor assumir uma nova postura de colaborador no processo de ensino e não de dono do saber;

• no aluno, que participou ativamente, com capacidade e autonomia ao desenvolver seu trabalho, deixou de ser

uma figura passiva diante do conhecimento para, a partir dele, transformá-lo dentro de sua realidade, aprendendo

a respeitar e acima de tudo, a lutar por melhores condições de vida, buscando um futuro cheio de possibilidades,

revendo seus valores e formando-se enquanto cidadão.

Hoje percebemos que podemos mudar a nossa escola com participação dos professores, alunos e comunidade.

Precisamos sempre situarmo-nos no processo de ação-reflexão-ação, avaliar os erros, superar as dificuldades e caminhar

em busca de novos projetos.

O processo não pode parar. Continuar e transformar faz parte do novo universo que se instala na sociedade. A escola

deve estar preparada para atuar nesta nova realidade com a intenção de preparar nossos alunos para um futuro melhor.

Rio de Janeiro

Colégio Estadual Ary Parreiras

Identificação

Endereço:

Telefone:

E -mail:

Estado:

Município:

Regional:

Praça 1° de Maio, 53

(022) 3829-241l/Fax:3829-2410

[email protected]

Rio de Janeiro

Laje do Muriaé

Coordenadoria Regional do Noroeste Fluminense II

Caracterização da Escola

Número de alunos:

Número de alunos de ensino médio:

Turnos oferecidos para o ensino médio

Classes de ensino médio

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado

Desde quando funciona o ensino médio na escola

755

300

2

10

63

1982

Caracterização da Experiência

Projeto: CEM ANOS DE CECÍLIA MEIRELES: "O SABOR DA DIVERSIDADE"

Em 2001 o Projeto Pedagógico da escola teve como tema-Ação e Cidadania: qualidade de vida no planeta. Comemorava-

se, também o centenário de nascimento de Cecília Meireles. Motivados pela participação, em 2000, do projeto Viagem Nestlé

pela Literatura, os próprios alunos - do ensino médio, terceiras séries - propuseram continuar a viagem através da leitura da

lírica ceciliana, estabelecendo relação entre os poemas selecionados e o tema do Projeto Pedagógico.

Idealizado, primeiramente, para ter a duração de um bimestre, conforme consta na proposta original; o presente

projeto estendeu-se por todo ano letivo de 2001, em função do interesse que despertou.

Participantes da Experiência

Alunos do Ensino Médio:

Turno da tarde: turma 1101 -20 alunos; turma 1102-24 alunos; turma 1201 - 37 alunos; turma 1301 -21 alunos.

Turno da noite: 1102 - 24 alunos; turma 1202 - 39 alunos; turma 1203 - 40 alunos; turma 1302 - 36

alunos; turma 1303 - 27 alunos.

Professores Responsáveis:

• José Benedito Jauhar de Sousa (Filosofia, P.P.P, Sociologia)

• Esmeralda Olivier Pinto (Física e Matemática)

• Maria da Conceição Resende dos Santos (História e Geografia)

• Maria de Lourdes Pereira Costa Alberoni

Colégio Estadual Ary Parreiras

• Rita Core (Língua Portuguesa e Literatura Brasileira)

Parcerias: Emater-Rio, Prefeitura Municipal, Rádio Escola 104,9 FM comunitária, pessoas representativas da

comunidade, entrevistas.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

1 - Literatura Brasileira.

• Todos os eventos foram transmitidos pela RÁDIO ESCOLA FM 104,9 COMUNITÁRIA.

• Através da reprodução artística do retrato de Cecília Meireles "perfil" - os alunos levaram em conta a intimidade

com a palavra, reescrevendo textos.

• com a Feira Cultural, declamaram poemas cecilianos.

• Vislumbraram com ângulos diversos entre os movimentos literários: Arcadismo e Modernismo no enfoque ceciliano.

• Leram a tela "Outono da Vida" de Dettman e a relacionaram com poemas de Cecília Meireles.

• Os alunos fizeram alusão às músicas de Raimundo Fagner com os poemas cecilianos.

• Organizaram a Feira de Livros onde a magia das palavras tomou conta da viagem cultural.

2 - Arte.

• Adequação das letras de músicas de Fagner com quadros de Portinari e Tarsila do Amaral - os alunos perceberam

a correlação entre os poemas "Retrato " e " Mapa de Anatomia".

• Na Rádio Escola, os alunos envolveram temas escolhidos por eles, tornando-se coerentes com a abordagem

ceciliana: mitos, crenças, passado, os astros, os sonhos, o tempo... .

• Confeccionaram cata-vento, através de papel cartolina de 15x15, palito de sorvete, lachinhas grandes, caixa de giz de cera.

• Os alunos formaram um círculo e foram estimulados a visualizar as sensações de efeitos: cores (cata-vento parado e

em movimento); ações (rodar, parar, rodopiar, soprar, girar); a fugacidade do tempo e o passar do tempo.

3 - Língua Portuguesa

• Os alunos foram à Rádio Escola e alentaram para os efeitos gramaticais nos poemas de Cecília Meireles,

abordando assuntos como classes gramaticais e regência verbal.

• Relações de voz (locução).

• Releram poemas cecilianos e fizeram comentários.

• Escreveram redações e poemas ("brincaram" de poetas), através do lúdico, lidos na Rádio Escola.

4 - Inglês

• com a canção "Imagine", de John Lennon, os alunos traduziram para o português e perceberam os traços

culturais do exercício da cidadania existentes e Cecília Meireles, sob a orientação do professor.

5 - Educação Física

• com cata-vento, os alunos montaram esquemas corporais de sensibilidade com movimentos diversos numa combinação

de cores e ações; formando um caleidoscópio humano, com a música de fundo "Imagine", de John Lennon.

• Logo após, os alunos conversaram sobre o verso da canção (já devidamente traduzida) mais tocante na opinião

de cada um deles. Aconteceram relatos onde os alunos em círculo e sentados no chão, finalizaram com palavras

de paz e estas foram afixadas no quadro de avisos do colégio.

Colégio Estadual Ary Parreiras

6 - Filosofia

• Nessa disciplina, os alunos conseguiram perceber, através do filme "O Nome da Rosa", de Umberto Eco, que

livros (na Idade Média) abriam as mentes dos jovens e, por isso, eram guardados e "escondidos" para que a

leitura não os despertassem, vislumbrando com o novo e mantendo a Igreja sob o único meio para se libertar do

mundo. Pôde-se recompor a compreensão filosófica entre o bem e o mal, a mentira e a verdade, pecado e perdão

diante da pluralidade que forme o dualismo humano, onde as palavras podem libertar mentes e transformar o

mundo. Em seguida, foram colocadas no quadro-negro palavras geradoras de debate.

• Houve também uma visitação à igreja local e à biblioteca da Escola; por meio da observação e de um olhar

múltiplo, os alunos, divididos em grupos, perceberam a importância do livro na vida das pessoas.

7 - História

• Destaque para as aulas de história foi o estudo do quadro "Guernica", de Pablo Picasso, onde os professores desta

disciplina mostraram aos alunos efeitos que a guerra fez com as pessoas. Através de textos cecilianos como "Romance

da Inconfidência", foi contada aos alunos a história de nossa cidade, através das luas dos republicanos em plena

monarquia com a Noite das Garrafadas ( 1899), onde os escravos versus Senhores revelaram o dualismo da palavra.

• Numa reflexão sobre a ação do tempo na vida das pessoas, os professores e os alunos montaram um painel com

frases de efeito sobre uma possível 1ª Guerra Mundial no 3o Milênio.

• As aulas de História foram viagens fantásticas às duas Grandes Guerras Mundiais, possibilitando ao alunado

possíveis sensações expressas e traduzidas sob um prisma de horror e catarse.

• Confeccionaram maquetes da cidade de Laje do Muriaé, onde aconteceu o episódio de 1899 e através de

exposições, os alunos refizeram a história contando aos visitantes.

8- Geografia

• Relacionar os acontecimentos de 11/09/2001 nos E.U.A através do olhar múltiplo dos alunos, este Projeto

subsidiou fontes relevantes de pesquisas: mapa-múndi e atlas, revelando como o planeta vem sendo atingido

com guerras e, sobretudo, como o homem consegue destruir com o tempo, a vida e o meio ambiente, tanto no

Ocidente quanto no Oriente.

• com respaldo em mapas e atlas, os alunos transformaram a sala de aula num verdadeiro planetário (onde os

planetas, confeccionados por eles, foram presos com linhas de náilon, que pareciam estar "navegando") totalmente

revestida por plástico preto e algumas luzes na penumbra, que iluminavam estrelas e planetas com sensações

múltiplas de um olhar atento e observador.

9 - Física

• Os alunos perceberam, através dos conteúdos movimento e ótica, a idéia de tempo, e construíram

caleidoscópios para que a dimensão do olhar fosse mais apurada, a partir da observação atenta e esse

contexto no enfoque do poema de Cecília Meireles: Leilão de Jardim , onde meio ambiente se mistura com

a fugacidade poética e com a simplicidade.

10 - Matemática

• Linhas, Ângulos e segmentos de retas; a geometria identificou com mais uma viagem poética: os alunos buscaram na natureza

elementos que contêm vínculos com a matemática e daí surgiu um subprojeto do Rio Muriaé, revelando grande preocupação

dos jovens em relação ao futuro de nossa cidade, de nosso estado, de nosso país, enfim, do mundo no que se refere ao

desmatamento indiscriminado. Assim como Cecília Meireles busca na natureza elementos para sua obra poética, nós, leitores,

também buscamos nestes elementos o entendimento do mundo, do tempo, da vida, da natureza.

Colégio Estadual Ary Parreiras

Metodologia c Indicadores de Aprendizagem

O eixo articular das relações interdisciplinares passou por uma seleção de poemas da obra de Cecília Meireles,

envolvendo as disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura, História, Arte, Geografia e Matemática.

METODOLOGIA: Pesquisa da obra de Cecília Meireles, selecionando poemas; pesquisa de campo, associando

lugares, paisagens e patrimônio histórico aos poemas selecionados; participação em debates, após coleta de dados.

INDICADORES DE APRENDIZAGEM: análise, com os alunos, do resultado das pesquisas realizadas e do

desempenho no exercício da oralidade e da produção de textos, observando-se os recursos utilizados nas argumentações.

Desenvolvimento da Experiência

ln etapa: Aprender a conhecer

Duração: março/abril

Eixo integrador: poesia "Província" do livro Viagem.

2a Etapa: Aprendendo a fazer

Duração: maio/junho

Eixo integrador: poemas Jogo de bola e Roda de junho.

3a Etapa: Aprendendo a ser

Duração: outubro a novembro

Eixo integrador: À procura da PAZ em Cecília Meireles.

CULMINÂNCIA:

Cecília Meireles e a música do verso.

Apresentação do jogral com o poema "Chorinho".

Encontro musical no auditório da escola com apresentação dos próprios alunos e de músicos da cidade, com a

participação de tôda a comunidade e da rádio escola 104,9 FM Comunitária.

Colégio Estadual Chequer Jorge

Identificação

Endereço: Av. Euclides Poubel de Lima, 341 Bairro Vinhosa

Telefone: (022) 3822-3081/ 3824-6300

Homepage: www.escolachequer.hpg.com.br

E-mail: [email protected]

Estado: Rio de Janeiro

Município: Itaperuna

Regional: Coordenadoria Regional do Noroeste Fluminense II

Caracterização da Escola

Número de alunos: 661

Número de alunos de ensino médio: 112

Turnos oferecidos para o ensino médio 2

Classes de ensino médio 5

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 51

Desde quando funciona o ensino médio na escola 2001

Caracterização da Experiência

Projeto: FAZENDAS HISTÓRICAS DE ITAPERUNA

"Itaperuna, minha terra - Fazendas Históricas de Itaperuna"

Desde o ano 2000 a comunidade escolar Chequer Jorge desenvolve o projeto "Itaperuna, minha terra". Em

determinado momento do trabalho, discutiu-se em debates realizados em sala de aula a carência, no município, de

programas voltados para a cultura e o lazer, áreas em que pouco se investe.

Um aluno comentou que Fizera um passeio bastante atraente em uma fazenda antiga, centenária não muito afastada

da zona urbana, tecendo comentários que despertaram o interesse de outros alunos e também de professores. Surgiu daí,

a idéia do subprojeto "Fazendas Históricas de Itaperuna".

A equipe escolar movida pelo desejo de resgatar a origem e a história de nossa terra, envolveu toda a comunidade

no projeto "Fazendas Históricas de Itaperuna" com o seguinte slogan: "Para entender o presente é preciso traduzir o

passado". O objetivo inicial se ampliou e as equipes de trabalho formadas por alunos e professores foram a campo,

desvendando um passado abundante de riquezas e personalidades ilustres, atuantes e determinantes.

O conhecimento experimentado pelo aluno deixou de ser algo abstrato, material inerte, para se transformar em algo

vivo, pulsante e concreto sujeito a análises das transformações, seus benefícios, afinal, aprende-se com as lições do passado.

Em vez de fórmulas decoradas, a compreensão do que é ensinado e a possibilidade de usar o aprendizado na vida

prática, exigiu um mergulho da nossa comunidade em busca de suas raízes, possibilitando a composição de sua identidade

baseada na pluralidade de idéias, crenças e visões do mundo.

Colégio Estadual Chequer Jorge

Trabalho começado, percebeu-se que o material existente seja em livros já feitos na cidade ou na própria internet era

muito escasso. Os próprios alunos deram a idéia: Por que não fazer um site sobre as fazendas históricas? Um vídeo? Um livro?

Participantes da Experiência

A experiência envolve 112 alunos e 15 professores.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

Conhecimentos de Artes

• Acrósticos sobre as Fazendas Históricas.

• Palavras Cruzadas sobre Fazendas Históricas e fatos do século XIX.

• Trabalhos com fotos e filmagens.

• Apresentação de danças afro e capoeira.

Competências e/ou Habilidades Desenvolvidas em Artes

• Apreciar produtos de arte, em suas diversas linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética.

• Analisar, refletir e compreender os diferentes processos da Arte, com seus diferentes instrumentos de ordem

material e ideal, com manifestações socioculturais e históricas.

• Desenvolver a capacidade de comunicação, lendo e interpretando textos de interesse científico e tecnológico,

exprimindo oralmente com correção e clareza, usando a terminologia correta; formulando questões a partir de

situações reais e compreendendo aquelas já enunciadas.

Competências e Habilidades Desenvolvidas em Educação Física

• Danças: Reconhecer o sentido histórico, percebendo seu papel em diferentes épocas.

• Brincadeiras: Articular o conhecimento científico e tecnológico numa perspectiva interdisciplinar.

• Caminhadas Ecológicas: Compreender o caráter aleatório e não deterministico dos fenômenos naturais e sociais

e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculo de probabilidades.

Conhecimentos de Biologia

• Plantas cultivadas no passado e na atualidade.

• Agrotóxicos e outros poluentes.

• Manejo de culturas.

• Hidrografia.

• Desmatamento e Reflorestamento.

• Biodiversidade.

Colegio Estadual Chequer Jorge

Competências e Habilidades Desenvolvidas em Biologia

• Pesquisar sobre as plantas cultivadas no passado e no presente, classificando-as, e sobre os nutrientes utilizados

na alimentação e o seu papel no metabolismo.

• Relacionar a degradação ambiental com os problemas de saúde.

• Compreender os fenômenos da vida do ponto de vista biológico, e seus fenômenos, ciclo da matéria e seu fluxo de energia.

• Compreender a diversidade das espécies e sua evolução.

• Compreender o meio em que vive.

• Dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia.

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar.

• Ler e interpretar textos científicos e tecnológicos.

• Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos.

• Perceber e utilizar os termos biológicos.

• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos.

• Expor dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos.

• Investigar e compreender.

Conhecimentos de Matemática

• Os números no Universo.

• Medidas de Comprimentos e Superfícies.

• Medidas de Volume e a Capacidade.

• Medidas de Massas.

• As proporções: Razão, Regra de três e Porcentagem.

• Noções de Estatística e Possibilidades.

Competências e Habilidades Desenvolvidas em Matemática

• Ler, interpretar textos e utilizar representações matemáticas (tabelas, grádeos, etc.).

• Utilizar recursos tecnológicos como instrumentos de produção e comunicação.

• Utilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho.

• Identificar o problema, interpretar informação, formular hipóteses e prever resultados.

• Discutir idéias e produzir argumentos convincentes para resolução de problemas.

• A evolução do mundo relacionada com a matemática.

• Uso de calculadoras e computador, reconhecendo suas limitações e potencialidades.

Interdisciplinaridade

Português - História - Química - Física - Geografia - Educação Artística

Colégio Estadual Chequer Jorge

Conhecimentos de Física

• Medidas e Sistema de Unidades.

• Movimentos.

• Leis de Newton e suas aplicações.

• Calor e Temperatura.

• Eletricidade.

Competências e Habilidades Desenvolvidas em Física

• Compreender Enunciados, utilizando tabelas, gráficos e relações matemáticas.

• Compreender manuais de instalação e utilização de aparelhos.

• Compreender a Física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e procedimentos tecnológicos.

• Estabelecer relações entre o conhecimento e outras formas de expressão da cultura humana.

• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.

Interdisciplinaridade

Português - Matemática - Biologia - Química - Educação Artística - Geografia.

Conhecimentos de Química

• A Matéria.

• Misturas, Substâncias Simples e Compostas.

• Funções da Química Inorgânica.

• Reações Químicas.

• A Química e o Meio Ambiente.

Competências e Habilidades Desenvolvidas em Química

• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o conhecimento da Química

(livro, computador, jornais, manuais, etc).

• Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica.

• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química, selecionando procedimentos

experimentais pertinentes.

• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do ser humano com o ambiente.

• Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural.

• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da Química e os aspectos sócio-político-culturais.

Interdisciplinaridade

Português - Matemática - Física - Biologia.

Colegio Estadual Chequer Jorge

Conhecimentos de Língua Estrangeira Moderna

• Termos em Inglês usados nas fazendas históricas.

• Textos relacionados ao projeto.

• Verbos.

• Pronomes.

Competências e Habilidades e Desenvolvidas em Língua Estrangeira Moderna

• Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a comunicação e o vocábulo que melhor reflita

a idéia que pretende comunicar.

• Utilizar os mecanismos de coerência e coesão na produção oral e/ou escrita.

• Utilizar as estratégias verbais e não-verbais para compensar as falhas, favorecer a efetiva comunicação e alcançar

o efeito pretendido em situações de produção e leitura.

• Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso a informações, outras culturas e grupos sociais.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos em Língua Portuguesa

• Criação de textos, que mais tarde seriam os históricos de cada fazenda, a partir de dados colhidos em entrevistas

com proprietários e moradores de cada uma delas.

• A análise qualitativa e a observação de dados relevantes propiciaram a formulação de questões a partir de

situações reais vividas por nossos ancestrais.

• A articulação entre as disciplinas torna-se evidente quando se detecta a influência histórica, geográfica,

matemática, biológica, arquitetônica e artística sobre alunos, professores e todos os envolvidos.

• A descoberta de fatos até então desconhecidos mostrou o quanto é necessário o resgate do passado para que se "perceba o seu

papel na vida humana em diferentes épocas". Alguns desses fatos: poema de Manuel Bandeira "Ode ao café" (dedicado ao

município de Itaperuna), passagem pelas fazendas de personagens ilustres da história nacional como: D. Pedro II, Santos

Dumont, Governador Roberto Silveira, Benjamim Constant; a descoberta do nome da estrada de ferro "Leopoldina", fato

ignorado por muitos; observação de instrumentos de tortura aos escravos (Fazenda Ponte Alta).

• A "Investigação e a compreensão" de textos orais e o reconhecimento da "Língua Portuguesa como fonte de

legitimação e como representação simbólica de experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e

agir na vida social" fazem da nossa língua o grande elo unificador das grandes áreas do conhecimento, o que

pode ser constatado ao se produzir e documentar todo o trabalho.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos em História

• Comparar problemáticas atuais do café e de outros momentos históricos.

• Elaborar textos sobre o café, sua origem e adaptação em nosso município, trazendo riqueza, emprego e

fixação do homem à terra.

• Situar os momentos históricos e os ritmos da duração entre o tempo de plantio e colheita do café nas fazendas.

• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação e coleta de dados antigos sobre a produção e venda do café.

• Reconhecer a importância histórica das fazendas e do café em nossa região.

• Conhecer o passado de nosso povo que retira da terra ainda hoje o sustento de suas famílias.

Colégio Estadual Chequer Jorge

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos em Geografia

"O meio ambiente do Noroeste Fluminense"

• O desmatamento na época da expansão do café.

• A monocultura do café e o esgotamento do solo.

• A transição da cafeicultura para a pecuária na região.

• A desertificação do Noroeste Fluminense.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos em Sociologia

• Analisar a Sociologia em seu surgimento como instrumento de controle social, estabelecendo parâmetros entre

a burguesia européia nascente e a aristocracia no Brasil do final do século XIX e início do sécuIo XX.

• Analisar, através de textos de época, a relação de dominação existente entre senhor versus escravo, frisando as

diversidades culturais e a concepção de etnocentrismo determinante.

• Debater as várias correntes sociológicas e a aplicação de suas teorias na realidade histórica brasileira.

• Debater em grupos a mudança do eixo econômico da região a partir de dados históricos advindos da queda

da economia cafeeira.

• Realizar trabalhos comparativos estabelecendo diferença entre relação de trabalho existente durante a escravidão e após o fim

da mesma com a chegada dos imigrantes e com eles loda uma nova concepção filosófica de relações humanas.

• Fazer uma paralelo, analisando as condições do trabalho rural no início do século XX e a realidade atual da

região, estudando o êxodo rural.

• O que é cidadania? O voto como instrumento de transformação político-social. Realidade dos direitos políticos

nos vários períodos históricos e camadas sociais.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O subprojeto "Fazendas Históricas de Itaperuna" vem ao encontro do projeto inicial "Itaperuna, minha terra", pois

amplia e aprofunda os conhecimentos adquiridos sobre nós mesmos. A realidade atual é mais facilmente compreendida

se redimensionarmos nossa postura investigativa através de uma linha do tempo. uma análise crítica do presente, baseada

em experiências passadas, é essencial para se planejar um futuro brilhante. E vai além: é o resgate da dignidade do

conhecimento apontando para uma nova sociedade. Isso levará a grande reflexão na busca do resgate de valores como a

solidariedade humana. Pelo menos os jovens itaperunenses poderão discutir esses temas e conhecer suas raízes.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

• Pesquisa de campo e bibliográfica.

• Leituras dirigidas.

• Fotografias e vídeo pelos alunos.

• Confecção de relatório com fatos relevantes de cada fazenda histórica.

• Entrevistas com moradores e descendentes de desbravadores.

Colégio Estadual Chequer Jorge

• Criação de um site com as informações.

• Confecção de um livro com textos e fotos de todas as fazendas(finalizado e esperando apoio para publicação).

• Exposição do trabalho nos seguintes eventos:

• Exposição agropecuária de Itaperuna na CAPIL (2001)

• II Fórum de desenvolvimento Noroeste Fluminense- Programa Rio Café (2001)

• III Merco Noroeste- Feira Industrial e Comercial do Noroeste Fluminense (2001)

• II Bienal do Livro de Campos dos Goitacazes- RJ(2002)

• Participação em feiras de cultura na região.

• Produção de poesias.

• Produção de textos

uma das mudanças mais significativas pôde ser sentida na autovalorização do aluno cidadão, e por que não dizer

do professor, a partir do momento em que a investigação remete a um passado de significação histórica, política e

cultural de sua cidade. uma Itaperuna tão relevante , que inspirou o grande Manuel Bandeira a criar "Ode ao café", uma

poesia antológica, que relata a chegada de desbravadores em nossa região que, pacificamente, "cobrem" de soldadinhos

verdes (café) a bela mulata roxa (terra).

como indicadores de aprendizagem nas áreas cognitivas e sociais, observamos os seguintes avanços nos alunos:

• Condição de desenvolver o pensamento crítico.

• Aptidão para assimilar mudanças.

• Estímulo à solidariedade.

• Experiências que proporcionaram aos alunos mais autonomia e responsabilidade.

• Interesse maior pela preservação do patrimônio representativo da cultura local.

• Aceitar opiniões e pontos de vista em trabalhos em grupo.

• Entendimento das relações interdisciplinares: os acontecimentos não são fragmentados, a história se faz

articulando todo o conhecimento.

• A valorização da comunidade escolar em um todo com a repercussão na mídia local como rádio, TV, jornais, etc.

Desenvolvimento da Experiência

Aconteceu um debate na sala de aula em uma das aulas de Geografía. O assunto era os pontos turísticos da cidade

( o mais conhecido é o Cristo Redentor, que é o segundo maior do mundo, só perdendo para o que fica no Rio de Janeiro).

Um aluno comentou que fizera um passeio bastante atraente em uma fazenda antiga, centenária não muito afastada da

zona urbana, tecendo comentários que despertaram o interesse de outros alunos e também de professores. Surgiu daí, a

idéia do subprojeto "Fazendas Históricas de Itaperuna".

A partir do momento em que a idéia foi exposta, os alunos do ensino médio, supervisionados pelos professores,

passaram a liderar tôda a fase de formulação e execução da experiência.

Trabalho começado, percebeu-se que o material existente seja em livros já feitos na cidade ou na própria internet era muito

escasso. Os próprios alunos deram a idéia: Porque não fazer um site sobre as fazendas históricas? Um vídeo? Um livro?

Muitas idéias nas cabeças resolvemos colocar os pés na estrada, melhor dizendo, colocamos os pneus dos carros

Colégio Estadual Chequer Jorge

dos professores e pais de alunos já que as fazendas se localizavam por tôda a zona rural no entorno da cidade que tem

aproximadamente 100.000 habitantes.

Depois dos alunos fotografarem, filmarem e colherem os históricos através de entrevistas feitas com os proprietárias ou

descendentes, descobriu-se muita riqueza cultural e as várias disciplinas passaram a trabalhar automaticamente a interdisciplinaridade.

O trabalho ficou tão rico que decidimos expor um estande que ambientava uma fazenda do início do sécuIo XIX

na exposição agropecuária da cidade no dia 10 de maio de 2001. O estande era composto de sala, quarto, varanda e

cozinha e cada ambiente com todos os móveis, inclusive com fogão à lenha onde era servido um gostoso café, bem como

um bolo de milho (broa). Na área próxima foram feitos painéis de esteira onde ficaram as fotos tiradas pelos alunos, bem

como os históricos das fazendas. Ao lado da "varanda" da casa representada ficou uma televisão onde passava o vídeo

produzido por tôda a equipe de trabalho do projeto.

A experiência propiciou o envolvimento de todos os alunos da comunidade e o comprometimento dos professores

de todas as áreas, dando início a um estudo para a criação do livro Fazendas Históricas de Itaperuna.

Das 15 fazendas pesquisadas, a única que não tinha a casa sede para as fotografías e filmagens era a Fazenda

Porto Alegre, e justamente a primeira, a que deu origem a cidade. Tivemos então que recorrer aos antigos proprietários

para adquirirmos as fotos e a história.

Outros proprietários não sabiam também a própria história de suas fazendas por não possuírem fotos ou registros

da família ou não conhecerem suas raízes.

O trabalho tomou uma proporção maior do que a esperada, pois a partir do momento em que o projeto foi publicado

e divulgado na mídia local e regional, chamou a atenção de outros segmentos da sociedade como: SEBR AE-RJ, EM ATER,

FIRJAN, TurisRio, Prefeitura Municipal, comércio local e para nossa satisfação, outros fazendeiros que não tinham suas

fazendas pesquisadas se interessaram para que sua história fosse também pesquisada e propuseram a continuidade e

ampliação do projeto no restante do ano de 2002.

No dia 5 de dezembro de 2001, na sala de sessões da Câmara de Vereadores, o colégio recebeu a honra de

ganhar "Moção de Aplausos" endereçada aos diretores, professores, alunos e funcionários o que foi por forma

regimental, inserido em ata naquela casa de leis.

Síntese da Experiência

• Descoberta pelos alunos de pouco material informativo sobre nosso passado.

• Trabalho de campo com alunos e professores colhendo material(entrevistas, fotos, filmagens, pesquisas em geral).

• Análise em sala de aula do material adquirido.

• Relato histórico de cada fazenda visitada, baseado nas pesquisas.

• Montagem de painéis com fotos e históricos em exposição organizada pelos alunos no colégio.

• Participação nos eventos culturais e exposições na cidade(já citados).

• Revisão dos textos para a montagem de um livro.

• Reunião no colégio para pegar assinatura dos proprietários para a publicação do livro Fazendas Históricas, com

presença da Emater-Rio que trouxe uma palestra sobre turismo rural. ( ao final houve um coquetel com os participantes).

• Repercussão na mídia como: TV Serramar (Rede Globo), Jornais, Rádios.

Jornais:

Tribuna do Noroeste-23/06/2001

Colégio Estadual Chequer Jorge

O Itaperunense- 28/06/2001

Jornal Mania de Saúde- 07/2001

O Noroeste- 1ª quinzena de agosto de 2001

Gazeta de Itaperuna e Região- 10/09/2001

O Diário(Campos dos Goitacazes)- 14/10/2001

O Itaperunense-09/11/2001

com a realização de todo esse processo, o aluno e todos nós aprendemos muito: Todas as fazendas tinham o

café como principal produto produzido. As matas nativas foram devastadas posteriormente para a implantação da

criação de gado leiteiro, Itaperuna já configurou como o maior produtor mundial de café. A derrubada da mata

nativa teve como principal conseqüência direta a diminuição e extinção de várias nascentes de água e mudança de

clima. Algumas fazendas produziam sua própria energia utilizando as chamadas "Rodas d'água". A maior parte das

fazendas foi construída com trabalho escravo utilizando a madeira do próprio lugar; descobriu-se o poema belíssimo

de Manuel Bandeira "Ode ao Café" que fala sobre a cidade, houve uma valorização do hino à cidade; descobrimos

que Itaperuna constituiu a 1" Câmara republicana do país em plena monarquia; D. Pedro II esteve várias vezes

hospedado em algumas das fazendas pesquisadas, assim como Santos Dumont e Benjamim Constant; valorização

do Cristo Redentor de Itaperuna que é o 2o em tamanho no mundo.

A comunidade do Colégio Estadual Chequer Jorge se envolveu de forma ativa no desenvolvimento do projeto, e

a partir de então percebemos um sentimento de orgulho e valorização de nossa herança cultural que permitiu a revisão de

conceitos. O que era considerado velho e decadente, passou a ser visto como raridade e patrimônio a ser preservado.

O projeto extrapolou os limites da escola e ganhou a mídia, despertando o interesse de vários segmentos da

sociedade e tomando proporções inesperadas e surpreendentes.

Nossa experiência, reconhecido pela TurisRio, desencadeou o processo de implantação do turismo rural na região;

um filão que revela grande potencial, inclusive para a geração de empregos. O Sebrae-RJ e a Emater em nossa cidade,

orientados pela TurisRio, juntamente com os proprietários das fazendas da região montaram oficialmente desde janeiro

de 2002 o "Fórum permanente para o desenvolvimento do turismo rural na região" e o colégio foi convidado para

participar da comissão executiva do fórum, que se reúne periodicamente na cidade para promover estratégias para que as

"Fazendas Históricas de Itaperuna" (título de nosso projeto) venha a receber turistas interessados em conhecer um passado

cheio de glórias e saber que nessas terras estiveram hospedados: D. Pedro II, Santos Dumont, Benjamim Constant, etc.

Colégio Estadual Leopoldo Américo Miguez de Mello

Identificação

Endereço:

Telefone:

E-mail:

Fax:

Estado:

Município:

Distrito:

Rua E.A.P. s/n.° Vila da Petrobrás

(024) 3361-3498

[email protected]

(024)3361 7117

Rio de Janeiro

Angra dos Reis

3o

Caracterização da Escola

Número de alunos: 1313

Número de alunos de ensino médio: 579

Turnos oferecidos para o ensino médio 1

Classes de ensino médio 14

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 45

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1978

Caracterização da Experiência

Projeto: REFLORESTAMENTO E CIDADANIA

A Educação é um desafio e exige reflexões sobre a ação educativa, as finalidades e os objetivos que norteiam a nossa Escola.

Assim, por sermos Educadores, e estarmos sempre em busca de uma prática educacional que vá de encontro

a realidade, surgiu o Projeto.

Em 2000 o projeto foi sendo delineado.

Em 2001 o projeto saiu do papel para então "tomar forma" e envolver tôda comunidade externa.

Em 2002, a partir do eixo norteador, além dos temas trabalhados novos aspectos serão abordados.

Em linhas gerais o Projeto surgiu da grande necessidade de preservarmos o Meio Ambiente.

A possibilidade de construção de projetos no decorrer do ano letivo passam pela autonomia da escola, de sua

capacidade de delinear sua própria identidade. Isso significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, de

diálogo, fundado na reflexão coletiva e na busca da tão sonhada inclusão.

Tal ousadia implica na conquista de um alicerce pedagógico crítico, que parta da prática social e esteja

compromissado em encontrar caminhos para a transformação da educação.

Objetivos Gerais

• Refletir e Problematizar sobre o desrespeito à Natureza.

• Propiciar o resgate da identidade do cidadão holístico, crítico, criativo, participativo e consciente da proposta de Reflorestamento.

• Conscientizar a comunidade escolar e local sobre a importância da preservação do Meio Ambiente.

Colegio Estadual Leopoldo Américo Miguez de Mello

Objetivos Específicos por Área

1. Língua Portuguesa

• Interpretar os textos lidos, atentando para uma análise crítica dos problemas causados pelo desmatamento.

• Construir variados tipos de textos sobre as questões relacionadas à importancia do reflorestamento.

• Utilizar a estrutura de formação de palavras para o entendimento do sentido das palavras inseridas no contexto do reflorestamento.

2. Matemática

• Utilizar o raciocinio lógico e proporcional às situações dadas.

• Interpretar e analisar tabelas e gráficos referentes ao reflorestamento.

• Organizar e registrar dados estatísticos dos locais desmatados.

• Converter os dados obtidos em gráfico circular percentualmente.

3. Ciências Biológicas

• Compreender que os Ciclos da Natureza dependem dos vegetais, que sem eles os solos cedem e os rios secam.

• Conhecer as diversas formas de agressão à Natureza.

• Compreender a importância da nossa contribuição ao Meio Ambiente.

• Promover reflexões a partir de textos e vídeos informativos.

4. Educação Ambiental

• Refletir e debater sobre a importância das matas para o Meio Ambiente.

• Localizar áreas desmatadas.

• Desenvolver a consciência crítica e tomar decisões responsáveis a respeito do reflorestamento.

• Propiciar o resgate da Mata Ciliar, evitando o assoreamento de rios, lagos e nascentes.

• Capacitar os alunos a conhecer e compreender de modo integrado e sistemático as noções básicas

relacionadas ao Meio Ambiente.

5. Sociologia

• Identificar-se como parte integrante da Natureza.

• Desenvolver a consciência crítica e responsável do cidadão integrante do Meio Ambiente.

• Promover debates e campanhas em relação à importância da preservação do Meio Ambiente para a humanidade.

6. Arte

• Motivar e orientar os alunos na confecção de peças teatrais e enriquecer seus trabalhos escolares.

• Capacitar os alunos a se expressarem com habilidade na interpretação audiovisual.

7. Literatura

• Promover meios para que os alunos interpretem textos, por eles criados, declamando ou cantando.

Colégio Estadual Leopoldo Américo Miguez de Mello

• Orientar as peças teatrais.

8. Redação

• Construir textos.

• Redigir relatórios das experiências

Participantes da Experiência

Este projeto envolve todo corpo discente do Ensino Médio, especialmente os alunos do 1º ano.

com relação ao currículo, 8 professores estão envolvidos com as respectivas matérias: Educação Ambiental,

Biologia, Matemática, Português, Redação, Literatura, Arte e Sociologia.

O projeto partiu das reais necessidades da escola, dessa forma houve uma grande sensibilização e participação dos funcionários.

A equipe administrativa, pedagógica e apoio, auxiliaram com a divulgação, registro das experiências e com as

demais etapas necessárias para que os objetivos do projeto fossem atingidos.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

A experiência do Projeto "Reflorestamento e Cidadania" está localizada na proposta curricular para o Ensino Médio do

CELAMM. Tal proposta tem como objetivo geral: possibilitar ao educando a apropriação de uma série de conhecimentos

(lingüísticos, literários, matemáticos, históricos, artísticos, corporais, biológicos, sociológicos, etc.) que o ajude a explicar o

universo, planejar, agir e avaliar ações de intervenção na realidade e a redescubrir seu ser-saber-fazer trans formador.

Vale ressaltar que para trabalhar tais saberes - fazeres a experiência aqui mencionadas priorizou algumas áreas de

conhecimentos, numa ação "transdisciplinar".

Area de Conhecimento

Língua Portuguesa • Português • Literatura • Redação

Arte

Conhecimentos / Valores

• Leitura, escrita e interpretação (reflexão crítica) de diversos textos informativos sobre as questões ambientais (poluição, desflorestamento, reflorestamento, etc).

• Construção de textos utilizando diversas linguagens (vídeo, dramatização, música, etc).

• Produções artísticas nas linguagens da ARTE (música, teatro, cenário, artes visuais e audiovisuais, dança)

Habilidades / Procedimentos

• Analisar os recursos expressivos das linguagens verbal e escrita, relacionando textos / contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com a condições de produção.

• Aplicar as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no trabalho ambiental e em outros contextos relevantes da vida.

• Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a língua oral e escrita e seus códigos socioculturais, contextuáis e lingüísticos.

• Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações reservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial.

• Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas manifestadas nas formas de sentir, pensar, expressar e agir na vida social.

• Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da ARTE, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, em suas múltiplas funções, utilizadas por diferentes grupos sociais, interagindo com o patrimônio ambiental, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-histórica-cultural.

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Area de Conhecimento

Ciências Biológicas • Biologia

Educação Ambiental

Matemática

Sociologia

Conhecimentos / Valores

Equilíbrio dinâmico da vida, com as contínuas interações entre o meio ambiente e os seres vivos.

• Ciclos da natureza

• Desflorestamento /Reflorestamento

Reciclagem

• Desenvolvimento Sustentável

• Leitura, interpretação, utilização e/ou construção de representações matemáticas (tabelas, gráficos, dados estatísticos, problemas)

• 0 ser humano como membro participante e atuante da natureza.

Habilidades / Procedimentos

• Descrever processos e características do meio ambiente e dos seres vivos, utilizando os códigos intrínsecos da Biologia, a partir de observações e experimentos.

• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo, através de esquemas, textos, desenhos, gráficos, tabelas, maquetes, etc.

• Formular questões, diagnósticos e propor soluções para os problemas vivenciados, selecionando e utilizando metodologias científicas adequadas.

• Reconhecer o ser humano como paciente e agente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

• Julgar e/ou propor ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva, e do ambiente.

Ler, interpretar, utilizar e construir representações matemáticas a respeito das questões ambientais.

• Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para a linguagem simbólica e vice-versa.

• Identificar, selecionar, interpretar, formular hipóteses, prever resultados, discutir idéias, produzir argumentos convincentes e criar estratégias de resolução de problemas

• Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade ambiental, fundamentando-se nos conhecimentos sociológicos amparados pelos paradigmas científicos e do senso comum.

• Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das observações e reflexões realizadas, ampliando a "visão de mundo" e o "horizonte de expectativas" dessas relações sociais.

• Compreender e valorizar as diferentes manifestações socioculturais, numa visão mais critica, agindo de modo a preservar biodiversidade.

• Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania em prol da preservação do meio ambiente.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O Projeto Pedagógico do CELAMM tem procurado tecer a sua rede de saberes e fazeres, superando a crise da

compartimentalização, da desvinculação, do racionalismo, do cientificismo, ao apontar para as ações interdisciplinares.

Isto porque a concepção holística da vida e do ser, traz à escola o desejo de ir além do enfoque disciplinar, sempre

buscando mais e recolocando a vida, em sua totalidade, no centro das preocupações do ser humano.

Sinal de que a proposta do Projeto Pedagógico tende a estimular o desenvolvimento contínuo do cidadão, através

das múltiplas linguagens, num saber-fazer dinâmico, que parta do princípio de que é na interação sujeito-objeto que se

constrói e reconstrói o conhecimento.

A experiência do Projeto "Reflorestamento e Cidadania" vem de encontro a essa proposta Pedagógica da

Escola a medida em que tem possibilitado desenvolver num movimento de integração escola-comunidade ações de

consciência ecológica e preservação do meio ambiente com formas de mudança de postura frente as questões

ambientais da comunidade local e global. Isto significa afirmar que os objetivos, as metodologias e o processo de

reflexão-ação desta experiência atendem a proposta do Projeto Pedagógico do CELAMM.

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Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Ação coletiva, dialógica, dinâmica, participativa e crítica, centrada na pesquisa - ação e na praxis - ação de ir

além, problematizando, agindo, avaliando e avançando sempre.

Visando ao desenvolvimento integral do aluno, as atividades devem ser significativas, envolver o corpo inteiro

(físico, intelectual, emocional), estar sintonizado com os objetivos estabelecidos sobre o tema "Reflorestamento e cidadania"

e, portanto, contemplar diferentes situações de ensino - aprendizagem e diferentes níveis de atuação.

As atividades abaixo propostas foram vivenciadas conforme as possibilidades das necessidades de cada turma.

• Pesquisas científicas;

• Pesquisas de campo;

• Palestras;

• Debates;

• Confecções de vídeos;

• Confecções de mudas;

• Confecções de cartazes, murais, painéis com fotos;

• Dinâmicas;

• Desenhos;

• Mapeamentos;

• Entrevistas;

• Construção de textos;

• Criar e interpretar músicas;

• Criar e representar peças teatrais;

• Confecção de maquetes.

Um projeto que pretende socializar o saber-fazer não se constrói sem que crie, paralelamente, um amplo espaço

de diálogo, troca e contínua interação.

Por isso, pode-se afirmar que os melhores recursos para o desenvolvimento de todo o projeto são o Ser Humano,

a Realidade, a Natureza e os Artefatos Culturais.

Eis alguns tipos de recursos a serem utilizados durante o desenvolvimento deste projeto:

1. Recursos Humanos:

Tôda a comunidade escolar, sobretudo professores, pais e alunos; As possíveis parcerias (geólogos, agrônomos,

bombeiros e funcionários do IBAMA).

2. Recursos Materiais:

• Diversos textos;

• Vídeo (filmes educativos e documentários);

• Veja na Sala de Aula e outras revistas;

• Fotos e gravuras;

• Panfletos, cartazes e folder;

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• Artigos, notícias e reportagens de jornais e/ou revistas;

• CDs ou fitas cassetes;

• Transparências, slides;

• Internet.

3. Recursos Metodológicos: metodologia da pesquisa-ação-dialógica-crítica.

O projeto foi desenvolvido durante todo o ano letivo de 2001, a partir do primeiro bimestre.

A avaliação foi realizada durante todo o processo de operacionalização do projeto, através das atividades propostas

pelas diversas áreas e na mudança das relações interpessoais no decorrer do período letivo.

4. Referências Bibliográficas

• ALVES, Nilda (org) Formação de Professores: Pensar e Fazer. SP: Cortez, 1995

• BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica, PCNs: Ensino Médio, Brasília. MEC, 1999.

• BRASIL, Ministério da Educação, PCNs: Terceiro e Quarto Ciclos: Apresentação do Temas Transversais,

Brasília, MEC/SEF, 1998.

• FISS, Ana Jovelina Luzzardi. "Interdisciplinaridade: Pistas para desenvolver o processo nas classes escolares.

"Revista do Professor". Porto Alegre: CPOEC, p. 19-21. jul./set. 2000.

• FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. SP: Paz Eterna, 1997.

• GALILEU, revista: Abril 2000/ ano 9 / n 105. Encarte Especial.

• Ambiental http://www.ambiental.com.br

• Ambiente Global http://www.ambienteglobal.com.br

• SOS Mata Atlântica http://wwwsosmataatlantica.org.br

• IBAMA htip://.ibama.gov.br e-mail para denuncias: [email protected]

• Ministério do Meio Ambiente http://wwvv.mms.gov.br

• Programa Educar - Educação ambiental pela bacia hidrográfica http://educar.sc.usp.br/biologia

Indicadores de Aprendizagem:

As competências e habilidades foram avaliadas de várias formas como descritas no item metodologia.

Para cada matéria foram definidos objetivos com interpretações própria.

A análise do desempenho dos alunos, permitiu ao professor verificar se suas estratégias de ação estão sendo satisfatórias.

No aspecto cognitivo, os alunos desenvolveram as habilidades propostas nos objetivos curriculares das disciplinas

mencionadas no item Caracterização da Experiência.

No aspecto social a partir da avaliação feita pela maioria dos alunos, podemos afirmar que aprovam ações de

partilhar bem e idéias com os outros. Aceitam seu envolvimento e o dos colegas em atividades que visem a um objetivo

coletivo. Aprovam atitudes cooperativas. Demonstram ainda respeitar direitos, crenças e opiniões dos outros. Valorizam

a participação em movimentos sociais, pois entendemos que quando escola e comunidade caminham juntas, estamos em

pleno exercício da cidadania e da conscientização desse indivíduo autor de sua ação no mundo e com a natureza.

Colégio Estadual Leopoldo Américo Miguez de Mello

Desenvolvimento da Experiência

Durante o ano letivo de 2000, várias atividades ligadas ao meio ambiente foram desenvolvidas.

O tema surgiu frente aos problemas que a escola enfrenta: a violência urbana, o desinteresse pela educação,

ou seja (a falta de envolvimento com a comunidade e com o próprio ambiente escolar). Assim, uma vez que a

escola esta situada em um município com rios, mangues, cachoeiras e o mar, partimos do tema ÁGUA, para uma

profunda reflexão sobre o ecossistema a ser preservado.

Dentro desse contexto, nossa escola sofreu uma agressão: nossos muros foram pichados! O que fazer?

Para tentar responder tal questão, as equipes pedagógica e docente criaram um concurso para transformar as

pichações em pinturas coloridas confeccionadas pelos próprios alunos. Tal estratégia de ação possibilitou a busca de uma

harmonia entre as comunidades interna e externa, através da linguagem artística.

Surge, então, outra questão: Por que não procuramos outras linguagens e novas parcerias?

Para esse novo desafio algumas pesquisas foram feitas, resultando como eixo "O meio ambiente e a Cidadania".

O projeto começou a ser desenvolvido em 2001, foi quando houve a produção de mudas de palmeiras,

árvores frutíferas e de madeira de lei; a localização, mapeamento e registro através de filmagem ou foto de áreas

desmatadas; o plantio das mudas, nas áreas localizadas pelos trabalhos de campo dos alunos e o encerramento do

ano de 2001 com o "Festival de Música".

As dificuldades encontradas para realizar o "Festival de Música" foram os limites do tempo e do espaço, os

recursos materiais e humanos. Conseguimos resolvê-los, mobilizando tôda a comunidade escolar, utilizando o espaço do

pátio e o som dos "amigos da escola".

A solidariedade, a freqüência, o interesse e a contextualização das músicas, a ótima participação da comunidade

escolar e o grande sucesso do "Festival de Música" indicaram que houve aprendizagem.

O envolvimento dos alunos aconteceu de forma extraordinária, porque proporcionou um grande movimento de

interdisciplinaridade, ora dentro da sala, ora em momentos extramuros da escola.

Síntese da Experiência

O projeto "Reflorestamento e Cidadania" se desenvolveu por meio das seguintes etapas:

1ª Pesquisa de campo por grupos de alunos sobre a realidade ambiental local.

2" Localização de áreas desmatadas ou de risco.

3a Mapeamento das áreas desmatadas.

4" Plantio das mudas "confeccionadas" (preparadas previamente para o plantio).

5" Trabalho de conscientização sobre a importância da preservação.

6" Visita às áreas preservadas.

7a Dramatização de situações - problemas ambientais.

8a Montagem de vídeos educativos referentes ao tema.

9a Realização da Semana do Meio Ambiente: durante esta semana foi trabalhada a importância da preservação da

biodiversidade e conservação dos recursos naturais, com: Passeata; confecção de faixas; coleta de lixo; reciclagem

de lixo; plantio de sementes; "confecção" de mudas; exposição de trabalhos para a comunidade local.

Colégio Estadual Leopoldo Américo Miguez de Mello

10" Participação no Festival de Música temática

11ª Plantio das mudas nos locais selecionados.

Vale destacar que, dentre as etapas citadas acima, a de maior culminância foi a do "Festival de Música Temática",

devido o envolvimento contagiante da comunidade escolar, explícito nas relações interpessoais. Esta décima etapa

marcou efetivamente a divulgação e implementação do projeto.

A escola, enquanto instituição, aprendeu com a vivência desse projeto que precisa recuperar sua própria identidade

e seu espaço na sociedade, pois "tudo que pertence ao ecossistema" passa a ser um problema social.

A escola aprendeu ainda que precisa do outro para transformar o seu poder, a sua gestão, multiplicando-se com

suas diferenças ao conquistar pares para o exercício da democracia na conquista da sua autonomia.

O Projeto contribuiu também ainda para uma reflexão coletiva e participativa sobre a escola que queremos:

Pública e de qualidade, construída com e para as pessoas.

Por isso, neste ano letivo de 2002, o CELAMM continua desenvolvendo este projeto com: pesquisa de campo;

mapeamento; mais plantio de mudas; relatórios; filmagens; álbum de fotografias; teatro de fantoches; dramatização;

reciclagem de lixo; e o tão esperado "Festival de Música Temática". Afinal, sementes foram lançadas em 2000 para que

outros também acreditem que a EDUCAÇÃO AMBIENTAL É POSSIVEL e continuem o caminho.

Colégio Estadual Luiz Reid

Identificação

Endereço: Rua Teixeira de Gouveia, 942 - Centro

Telefones: (022) 2762-0520 / 2762-3255

E-mail: [email protected] (Diretora Geral)

Estado: Rio de Janeiro

Município: Macaé

Regional: Coordenadoria Regional da Região Norte Fluminense II

Caracterização da Escola

Número de alunos: 2489

Número de alunos de ensino médio: 1703

Turnos oferecidos para o ensino médio 3

Classes de ensino médio 51

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 116

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1961

Caracterização da Experiência

Projeto: ÉTICA E CIDADANIA NO COTIDIANO

A preocupação com o comportamento agressivo dos alunos dentro e fora do espaço escolar, com os atritos nas

relações interpessoais dos mesmos, na dificuldade de estabelecer uma relação saudável e madura entre a comunidade

escolar e na falta de consciência dos direitos e dos deveres dentro desta comunidade, levou-nos a experimentar novas

alternativas que pudessem modificar esta realidade.

Os objetivos trabalhados no projeto são desdobramentos daqueles explícitos no Projeto Político Pedagógico da escola:

1- fazer da escola um espaço de construção de competências que trabalhe a transferência e a mobilização dos conhecimentos

em situação complexa, muito além dos exercícios clássicos de consolidação e aplicação, de modo que os alunos que passem

por ela adquiram melhores e mais efetivas condições de exercício de liberdade política e educacional;

2- formar cidadãos solidários, que saibam dialogar e reconhecer as diferenças; preocupados com a preservação

ambiental e com uma melhor qualidade de vida no planeta;

3- utilizar as diferentes linguagens (verbal, musical, matemática, plástica e corporal) para produzir, expressar e

comunicar suas idéias e sentimentos;

4- reconhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos;

5- debater as diferenças individuais e as diferenças entre povos e culturas;

6- sensibilizar para a valorização da vida, da ética e do respeito a si, ao outro e ao meio;

7- atentar para o valor da troca e do respeito, as diferenças no processo da aprendizagem e evolução da humanidade;

Colégio Estadual Luiz Reid

8- despertar o senso crítico na questão cia invasão cultural estrangeira contemporânea, através da língua inglesa,

imposta pelo mercado de trabalho e pela rede mundial de computador (Internet), a moda ditada pela mídia, as

músicas não brasileiras tocadas nas rádios, entre outros mecanismos da aculturação;

9- refletir sobre o que é ser sujeito da própria história no contexto da efemeridade do homem e perenidade da

história da humanidade; o valer a pena lutar para ser feliz com dignidade e consciência de cidadão autêntico,

que faz valer seus direitos imprimindo seu deveres.

O projeto iniciou-se com uma reunião geral convocada pela direção da escola, onde as coordenadoras do projeto

apresentaram a tôda comunidade escolar a idéia, de implantar uma maneira diferente de ser trabalhado os conteúdos de

cada área do conhecimento e/ou disciplinas, solicitando o engajamento de todos. Após esse primeiro contato, as reuniões

passaram a ser feitas por turno e com aqueles professores que "abraçaram" a idéia. A partir desse ponto cada professor

passou a desenvolver o projeto juntamente com os alunos em suas aulas normais e as reuniões passaram a ser mais

esporádicas. A culminância do projeto deu-se na última semana do mês de setembro, por ocasião do aniversário da

escola, com exposição de trabalhos, teatros, danças, poesias, coral, torneio esportivo, missa e louvor.

Participantes da Experiência

Direta ou indiretamente, todos os alunos tiveram participação no projeto, em menor ou maior grau, pois em cada turma

havia um professor de determinada matéria engajado no projeto. Registrando isso em números, foram: 152 alunos de 1ª a 4a

séries; 584 alunos de 5a a 8a séries; 256 alunos do Curso Normal e 1.490 do Ensino Médio, incluindo o curso noturno.

As Professoras responsáveis pelo projeto são: Marílene Vasconcelos Corrêa da Silva e Antonia de Fátima Cardim

Barcelos. Dos 116 professores da escola, 47 participaram diretamente do projeto. Participaram também pessoal de

apoio, animadora cultural e pessoal administrativo.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias:

Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da

organização do mundo e da própria identidade.

Ciências Humanas e suas Tecnologias:

Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do indivíduo, da sociedade e da cultura entre os

quais as do planejamento, organização, gestos, trabalho em equipe e associá-las aos problemas que se propõe a resolver.

Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias:

Compreender e utilizar a ciência como elemento de interpretação e intervenção e a tecnologia como conhecimento

sistemático de sentido prático; reconhecer o sentido histórico das ciências e da tecnologia, percebendo seu papel na vida

humana nas diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio.

A experiência com o projeto envolveu disciplinas como Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Disciplinas

Pedagógicas, Ciências, Química, Redação e Expressão e Religião. Nessas disciplinas foram trabalhados os seguintes conteúdos:

Colégio Estadual Luiz Reid

Matemática: matrizes e seqüências; porcentagens; gráficos e geometria.

Língua Portuguesa e Literatura: romantismo, (o amor com o passar dos tempos); narração, descrição e dissertação;

classe de palavras; elementos da narrativa: tempo e espaço, personagens; elemento simbólico; figuras de linguagem;

poesias (estrutura do poema-soneto)

Ciências: saneamento básico, energia e meio ambiente

História: mercado de trabalho, tipos de sociedade, instituições sociais

Redação e Expressão: Partes de um jornal: editorial, conjuntura social, humor, utilidades, etc, diagramação do

jornal, envolvendo conhecimentos básicos de informática, jornal "oral".

Química, Física e Biologia: saneamento básico, energia e meio ambiente

Disciplinas Pedagógicas: meio ambiente e história da escola

Educação Artística: linhas, cores e formas

Durante a realização do projeto, foi necessária a participação de todos os funcionários da escola, com isso a

integração foi-se dando naturalmente entre todos os profissionais e a escola passou a vivenciar um cotidiano diferente

daquele que estava acostumada, usando todos os espaços físicos disponíveis e alguns improvisados, solicitando de alguns

profissionais (coordenadoras, direção, alunos e professores) carga-horária muito além do que aquela determinada por lei,

com isso formou-se um grande grupo integrado e empenhando-se muito para a realização do projeto. Nesse projeto

houve também a participação no NTE/ Macaé e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

A escola participou, sempre que foi necessário, com recursos financeiros para aquisição de materiais e equipamentos

para a realização do projeto.

A realização do projeto provocou entre professores, funcionários e alunos a consciência da importância do trabalho

em grupo e alguns professores que de início não se interessaram com o projeto, depois, por cobranças dos próprios

alunos, foram se integrando ao grupo ao longo do desenvolvimento do projeto.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

Todas as atividades desenvolvidas dentro desse projeto estão contidas nos objetivos gerais e específicos do Projeto

Político Pedagógico da escola que visam:

• promover atividades culturais que enriqueçam a formação dos alunos, tais como: concurso literário, exposição,

festival de música, feira de ciência, feira de livro, clube de leitura, entre outros;

• acompanhar as grandes discussões da sociedade que passam por questões éticas;

• socializar dentro do espaço da escola informações sobre novas alternativas de adquirir conhecimento,

incentivando a formação continuada.

As atividades desenvolvidas durante a realização do projeto atendem, de forma concreta, aos objetivos que estão

contidos no projeto da escola e mais ainda, despertam no aluno o desejo de "gostar de si mesmo" e, ao mesmo tempo,

"conviver com harmonia no grupo que está inserido". Os trabalhos realizados seguiram uma linha interdisciplinar e

transdisciplinar. O confronto dos alunos com situações problemas, suscitando discussões relacionadas às virtudes, aos

vícios, aos direitos e deveres de cada ser humano; utilização de dinâmicas de grupo que despertem no aluno atitudes

relacionadas às questões ambientais da atualidade; exploração de filmes que evidencie situações de discriminações

diversas a serem debatidos com os alunos; leituras interativas, comentadas, reflexivas e interpretativas; debates com

diferentes temas; dinâmica de sensibilização através de músicas e textos.

Colégio Estadual Luiz Reid

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Metodologias Utilizadas:

Pesquisa diagnostica

Trabalho de grupo

Pesquisas bibliográficas

Visita à biblioteca

Panfletagem na rua

Entrevista de campo

Montagem de maquete

Encenação de peças teatrais

Danças

Montagem de jornais

Produção de poesia

Depoimento de ex-alunos

com relação aos indicadores de aprendizagem, a implantação desse projeto ainda não foi suficiente para modificar uma cultura

vigente dentro das nossas escolas e de nossa sociedade, que é a reprovação e a evasão, até porque existem outras questões sociais,

políticas, familiares e econômicas que interferem nesse processo e, consequentemente, no resultado de aprendizagem.

No aspecto comportamental, podemos observar algumas mudanças nas relações interpessoais entre os membros

da comunidade escolar tais como:

• maior entrosamento nos trabalhos em equipe nas aulas normais;

• participação e interesse pelas questões comunitárias;

• maior sensibilização para com os problemas da escola;

• maior integração dos professores de diversas disciplinas;

• estreitamento de relações entre professor e aluno, quebra de formalidades;

• atuação da direção e coordenados como articuladores do processo e não como hierarquia centralizadora.

Desenvolvimento da Experiência

A equipe de professores, funcionários, direção e alunos decidiu implementar na escola um projeto que procurasse

resgatar valores, direitos, deveres e compromissos esquecidos pela nossa sociedade contemporânea; procurando também

atender as necessidades e preocupações dos alunos diante de uma sociedade competitiva, exclusiva e classificatòria, uma

vez que o projeto iniciou-se após participação de professores e alunos em teleconferência, debates de textos alusivos ao

tema, programa "Um Salto para o futuro - Escola para jovens" e visitas a entidades e comunidades do município.

É bom registrar que até então não havia sido possível implantar um projeto desse tipo pela sua complexidade e pelo tamanho da

escola. Mas tivemos como fator dinamizador dessa experiência, um intenso trabalho coletivo dos professores, que já vinha sendo

desenvolvido. Isso fez com que as resistências encontradas no interior da escola fossem bem menores do que nós esperávamos.

Durante a realização do projeto várias dificuldades foram encontradas, desde falta de disponibilidade de tempo

Colégio Estadual Luiz Reid

dos professores e funcionários, que foram contornados com revezamentos, a complicação em envolver e sensibilizar os alunos e

professores do curso noturno a participarem das atividades, até a falta de uma Coordenação Pedagógica na escola o que sobrecarregou

as coordenadoras do projeto e a Direção da escola, o que continua até hoje por falta de professores que ocupem este cargo.

Síntese da Experiência

como a pretensão das coordenadoras e da direção era que o projeto envolvesse toda a escola, foi necessário

iniciar as atividades com uma reunião geral no início do 2o semestre. E como a escola não dispunha de uma coordenação

pedagógica, as coordenadoras do projeto percorriam os turnos da manhã e da noite, já que ambas trabalham a tarde.

Entretanto as reuniões semanais de acompanhamento das atividades eram realizadas e acompanhadas pelas coordenadoras.

O projeto teve duração de um semestre.

Cronograma:

31/07/2001 - Reunião Geral

de 01/08 a 20/09 - desenvolvimento das atividades em sala de aula

de 21 a 29/09 - culminância do projeto.

A escola como um todo aprendeu com a realização do projeto, tanto que para dar continuidade a esse tipo de

trabalho já está trabalhando em 2002 com o tema "como será o amanhã?", que tem como meta refletir a sociedade atual

e quais perspectivas de mudanças podemos vislumbrar.

Colégio Estadual Santa Rita

Identificação

Endereço: Av. Marechal Paulo Torres, 647 - Centro

Telefone: (024)2471-1707

Telefax: (024)2471-2980

Estado: Rio de Janeiro

Município: Vassouras

Caracterização da Escola

Número de alunos: 515

Número de alunos de ensino médio: 255

Turnos oferecidos para o ensino médio 1

Classes de ensino médio 8

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 14

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1994

Caracterização da Experiência

Projeto: ENSAIOS BIOGRÁFICOS: GUIA DE RUAS DE VASSOURAS

Esse Projeto de pesquisa sobre algumas ruas da cidade de Vassouras tem como objetivo a publicação de um

Ensaio Biográfico - Guia de Ruas de Vassouras, e a confecção de placas informativas para as ruas, já que a cidade é um

importante Centro Histórico/Turístico da região, com destaque no cenário da História do Brasil no período áureo do

Ciclo do Café em meados do século XIX.

O projeto surgiu da necessidade de colaborar com mais uma fonte de pesquisa no resgate do passado da nossa

cidade, e de proporcionar à comunidade oportunidades para vivenciar, registrar e valorizar novos personagens que também

marcaram a história da Cidade.

Participantes da Experiência

O Projeto envolveu duas turmas de 8ª série, quatro turmas de 1º ano, duas turmas de 2° ano e duas turmas de 3o

ano, somando um total de 280 alunos; e seis professores: Cláudia G. da Silva, Márcia Freitas e Márcia Monsores

(professoras de História), Adelci Silva dos Santos (professor de Geografia), Marinez Sant'Anna (professora de Português),

Carla Beatriz M. Pedreira (coordenadora pedagógica) e Jane Mara C. Barbosa (Diretora do Colégio).

O Ensaio Biográfico - Guia de Ruas de Vassouras foi realizado pela área de Ciências Humanas e suas Tecnologias

em integração com a comunidade (moradores antigos de Vassouras, comerciantes locais, equipe técnico pedagógica do

Colégio Estadual Santa Rita, Centro de Documentação Histórica da Universidade Severino Sombra e Arquivo da Câmara

Municipal da Prefeitura de Vassouras).

Colégio Estadual Santa Rita

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

Este projeto mostrou ser uma excelente oportunidade de aprendizagem significativa, uma vez que retirou os alunos da sala de

aula, possibilitando o contato ativo e crítico com suas ruas e moradores. Deste modo, estamos favorecendo a formação de alunos /

cidadãos, resgatando e preservando o patrimônio cultural de Vassouras e desenvolvendo as seguintes competências e habilidades:

História:

• Criticar, analisar e interpretar as fontes documentais de naturezas diversas;

• Produzir os textos sobre os processos históricos a partir do material coletado (selecionar dados, elaborar e digitar os textos);

• Reconhecer as diversas formas de periodização como construções culturais e históricas;

• Reconhecer o papel do indivíduo nos processos históricos, simultaneamente, como sujeito e como produto dos mesmos;

• Atuar sobre os processos de construção da memória social partindo da crítica dos "nomes" socialmente instituídos;

• Comparar problemas atuais com os de outros momentos históricos.

Geografia:

• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado;

• Ler, analisar e interpretar o mapa da cidade;

• Analisar e comparar as relações entre preservação e transformação da área urbana do município de Vassouras

(resgate através de fotos e depoimentos);

• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas

ocorridas na cidade de Vassouras;

• Produzir novos textos sobre a realidade social, a partir de dados coletados.

Sociologia:

• Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana a partir dos dados coletados

• Identificar as diversas formas de exercício da democracia, os direitos dos cidadãos e suas diferentes formas de

participação política (exposição do trabalho para o prefeito e para a Secretaria de Turismo);

• Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais;

• Partir de experiências culturais para construir o conhecimento científico (publicação do livro);

• Construir através do processo de interação a exteriorização da realidade (confecção de placas com dados

informativos para afixar nas ruas).

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O projeto está pautado no Projeto Político Pedagógico do nosso Colégio, pois houve a oportunidade de criar

condições para que nossos educandos desenvolvessem o pensamento reflexivo, a crítica construtiva, valores, atitudes,

conceitos, o espírito de pesquisa, de imaginação; realizassem trabalhos de pesquisa de campo, de investigação; favorecendo

em maior ou menor medida o desenvolvimento da autonomia e o aprendizado.

Os Projetos Pedagógicos desenvolvidos nesta U.E. podem tornar-se importantes fontes de pesquisa

para a comunidade em geral.

Colégio Estadual Santa Rita

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Na realização do projeto foram utilizadas pesquisa de campo, estudos da planta da cidade, entrevistas com moradores mais

antigos, visita às famílias para a coleta de dados biográficos, pesquisas no Centro de Documentação Histórica da Universidade

Severino Sombra e no Arquivo da Câmara de Vereadores de Vassouras, leituras e pesquisas bibliográficas, reuniões semanais dos

docentes, confecção de relatórios, montagem das páginas do Guia levantamento de fotos antigas e produção de fotos atuais.

Os alunos desenvolveram habilidades de expressão, de comunicação, de iniciativa, de reflexão sobre valores e

comportamentos; adquiriram conhecimentos sobre o espaço geográfico de Vassouras, percebendo as mudanças ocorridas

nesse mesmo espaço; e compreenderam que a História se constrói através de pessoas que pesquisam, observam, analisam,

interpretam, concluindo que eles também são agentes da História.

Desenvolvimento da Experiência

Desenvolver um projeto como esse, em princípio foi assustador, por fim as coisas foram acontecendo: os

questionários que os alunos aplicaram junto aos moradores das ruas escolhidas, (deixando aqui bem claro que os critérios

de escolha das ruas foi baseado no interesse dos alunos e no local de moradia dos mesmos), foram realizados de maneira

bem simples e pouco ordenada, o que não lhes confere nenhum ar de cientificidade; as idas à Prefeitura, a colaboração do

Sr. Antônio Martins na pesquisa aos arquivos da Câmara Municipal e as visitas feitas às famílias na busca de biografias,

foram fundamentais na elaboração do trabalho. E ainda podemos destacar a importância da colaboração do estagiário do

Curso de História da Universidade Severino Sombra e funcionário do Centro de Documentação Histórica da referida

instituição. Magno Fonseca Borges nas nossas reuniões após às aulas.

Durante o processo encontramos dificuldades quanto a coesão do resultado da pesquisa de dados e quanto ao

acesso às fontes de pesquisa do município, o que certamente nos levará a novas propostas de pesquisas; ainda enfrentamos

a falta de informação e interesse das pessoas entrevistadas sobre as ruas em que moram e a falta de verbas para a

conclusão do projeto, o que nos levou a busca árdua de novos patrocínios para a publicação e divulgação do trabalho.

Durante o projeto tivemos a oportunidade de lançar um novo olhar por uma ótica pouco convencional sobre o

passado/presente de nossa cidade o que foi muito gratificante, principalmente quando entramos em contato com documentos

sobre como se nomeavam as ruas, no início, Deliberações, depois através da Câmara, que votava os processos da

indicação dos nomes. Algumas pessoas eram escolhidas por motivos pessoais (parentes dos indicadores) ou por mera

admiração que muitas vezes não implicavam em realizações em prol da cidade.

com o resultado deste trabalho não temos a pretensão de inovar ou de trazer à tona nenhum novidade histórica, mas sim

o de popularizar pontos pouco conhecidos e ao mesmo tempo despertar nos alunos e na comunidade o amor por nossa cidade.

Síntese da Experiência

Esse projeto de pesquisa, sobre algumas ruas da cidade de Vassouras, tem como objetivo a publicação de um

Ensaio Biográfico - Guia de Ruas de Vassouras e a confecção de placas informativas para as ruas, já que a cidade é um

importante Centro Histórico/Turístico da região, com destaque no cenário da História do Brasil no período áureo do

Ciclo do Café em meados do século XIX.

O Projeto foi desenvolvido por alunos e professores, pela equipe pedagógica do Colégio e pela comunidade e suas

instituições públicas e de pesquisa sendo realizado através das seguintes etapas e metodologias:

- seleção das ruas para serem pesquisadas pelos alunos, em princípio 20 ruas;

Colégio Estadual Santa Rita

- estudo da planta da cidade;

- pesquisa de campo feita pelos alunos;

- entrevista com os moradores mais antigos das ruas feitas por alunos e professores;

- visita às famílias para a coleta de dados biográficos feita por alunos e professores;

- pesquisas feitas no Arquivo da Câmara de Vereadores de Vassouras com a ajuda do Sr. Antônio Martins, e no Centro

de Documentação Histórica da Universidade Severino Sombra com a colaboração do Acadêmico Magno Borges;

- pesquisas bibliográficas nos livros de Inácio Raposo e Lielza Lemos Machados e outros.

- reuniões semanais dos docentes para confecção de relatórios e de estratégias do Projeto;

- montagem das páginas do Guia com Biografias, Histórico das ruas e condições atuais;

- levantamento de fotos antigas das ruas na Casa de Cultura Tancredo Neves;

- visita guiada pelos alunos para a produção de fotos atuais das ruas pesquisadas.

- revisão ortográfica;

- encaminhamento do material para a gráfica;

- busca de patrocinadores para as despesas com a publicação do Guia

- colaboração de patrocinadores da comunidade para as despesas do Guia.

- planejamento para a divulgação do Guia através de um lançamento na Casa da Cultura Presidente Tancredo

Neves em Vassouras/RJ.

Este projeto mostrou ser uma excelente oportunidade de aprendizagem significativa, uma vez que retirou os

alunos da sala de aula, possibilitando o contato ativo e crítico com suas ruas e moradores, e a pesquisa biográfica

constituirá uma fonte de reconstituição da memória da nossa cidade. Deste modo, estamos favorecendo a formação de

alunos /cidadãos, resgatando e preservando o patrimônio cultural de Vassouras.

Sao Paulo

Caracterização da Escola

Número de alunos:

Número de alunos de ensino médio:

Turnos oferecidos para o ensino médio:

Classes de ensino médio

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado

Desde quando funciona o ensino médio na escola

1599

669

2

17

35

1969

Caracterização da Experiência

Projeto: EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2001/2002

Um dos problemas que afligem a humanidade é o risco de diminuição das matérias-primas naturais, como é o caso

da escassez da água doce e de energia, comprometendo a sobrevivência do ser humano no nosso planeta.

O relacionamento dos seres humanos com a natureza não tem sido dos melhores. A busca de conforto e a cultura

de que "o importante é viver o presente" têm causado a degradação ambiental de forma irrecuperável, ocasionando

também o aparecimento de doenças das mais variadas.

Considerando-se tal contexto, elaborou-se o Projeto Educação Ambiental, visando à conscientização dos alunos

e da comunidade local sobre a importância de se proteger, conservar e recuperar o meio ambiente em que vivemos, por

meio da adoção de pequenas ações individuais que, em conjunto, geram uma grande ação, evitando assim o desperdício

ou, pelo menos, minimizando os problemas ambientais.

O Projeto Educação Ambiental teve início no ano de 2000, quando a escola desenvolveu um conjunto de ações

com a finalidade de reduzir a grande quantidade de lixo produzido pela escola e pela comunidade. As ações foram

implementadas ao longo de 2000 e 2001, com o envolvimento de todos os professores; os resultados foram bastante

positivos, culminando com a iniciativa da Prefeitura de Álvares Machado que encaminhou parte do lixo do município

para ser reciclado na Usina de Compostagem do município vizinho de Presidente Bernardes.

Em janeiro de 2002, o lixo de Álvares Machado deixou de ser levado para a Usina de Compostagem de Presidente

Bernardes, voltando a ser depositado num Aterro Sanitário. Este fato exigiu a retomada do projeto inicialmente desenvolvido.

O projeto, articulado à proposta pedagógica da escola e aos planos de ensino dos diferentes componentes

curriculares, tem os seguintes objetivos:

Escola Estadual Professora Angélica de Oliveira

Identificação

Endereço: Rua Vicente Dias Garcia, 155

Telefone: (18) 273-1481

I -mail: [email protected]

Estado: São Paulo

Município: Álvares Machado

Regional: DE Presidente Prudente

Escola Estadual Professora Angélica de Oliveira

• conscientizar a comunidade escolar e local sobre a importância do uso racional dos recursos naturais existentes e dos produtos

industrializados e da adoção de medidas relacionadas à coleta seletiva do lixo para ser reciclado e reaproveitado;

• contribuir para que os alunos se familiarizem com os principais problemas de degradação ambiental, dentro da

esfera social, cultural e econômica e assim, tenham condições de atuar como cidadãos críticos;

• reduzir a quantidade de lixo na escola e na comunidade;

• desenvolver os conteúdos conceituais relacionados ao tema nas diferentes disciplinas.

• propiciar oportunidades para que os alunos participem de atividades em grandes e pequenos grupos e, com isso, compreendam

as diferenças individuais e procurem colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos a que se propôs.

Participantes da Experiência

O Projeto envolve tôda a comunidade escolar. Participam todas as classes, professores, funcionários e a equipe administrativa

e operacional da Unidade Escolar, em todas as suas fases. Os alunos da 1ª série C do Ensino Médio se responsabilizam diretamente pelas

ações de coleta de dados e produção de material para a conscientização da comunidade escolar e local.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

O projeto tem contribuído para que os alunos desenvolvam competências das várias áreas de conhecimento a saber:

Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

• Compreender e utilizar a língua portuguesa para:

• elaborare interpretar textos (roteiros para vídeo, jornal, poesias, propagandas, noticias, questionários para entrevistas);

• divulgar idéias elaboradas, utilizando diferentes tipos de linguagem, para conscientizar as pessoas da

importância de preservar o meio ambiente e reduzir o desperdício;

• Confeccionar obras artísticas, individual e ou coletivamente, instrumentos musicais, com o material descartável

ou reaproveitado do lixo;

• Investigar palavras chaves, símbolos utilizados em textos e diálogos veiculados em Língua Estrangeira Moderna;

• Comparar a cultura de vários países relativamente aos procedimentos utilizados para a coleta e destinação do lixo .

Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias

• Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações por ele produzidas no seu ambiente;

• Compreender os ciclos da natureza e discutir a interferência do lixo nos ecossistemas e na vida do planeta;

• Elaborar argumentos favoráveis e contrários aos procedimentos adotados em relação à produção, coleta e

destinação do lixo e às questões ambientais daí decorrentes;

• Compreender a origem dos vários tipos de lixo e as transformações químicas e biológicas que sofrem;

• Relacionar a produção e destinação do lixo com gastos de energia;

• Identificar e resolver problemas, envolvendo dados reais relacionados a reciclagem do lixo, consumo de água e

de energia, agravos à saúde;

• Ler, interpretar, utilizar e construir tabelas, gráficos e outras representações matemáticas;

Escola Estadual Professora Angélica de Oliveira

• Fazer levantamento e sistematização dos dados;

• Aplicar conhecimentos matemáticos relacionados, por exemplo, a números fracionários, decimais e em forma

de porcentagem para tratar os dados pesquisados ou coletados.

• Interpretar e criticar os resultados obtidos a partir dos levantamentos realizados;

• Utilizar instrumentos de medição e de cálculo para analisar situações reais.

Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias

• Levantar dados sobre problemas ambientais relacionados a produção, coleta e destinação do lixo, produção e

consumo de energia e uso da água em diferentes sociedades, especialmente a nossa, e ao longo da história;

• Organizar, comparar e interpretar criticamente os dados levantados;

• Refletir e posicionar-se criticamente em relação ao fenômeno cultural do consumismo presente na sociedade

contemporânea, avaliando o papel ideológico do marketing;

• Analisar e comparar os dados levantados sobre a quantidade e tipos de lixo produzidos na nossa sociedade, tendo em

vista o conhecimento dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza;

• Elaborar mapas de produção e destino do lixo no contexto social do aluno;

• Relacionar a quantidade de lixo produzido por família de classes sociais variadas.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

Além de estar apoiado em todos os componentes curriculares, o projeto atende às prioridades da proposta pedagógica

da escola em relação à formação dos alunos: desenvolver atitudes e valores para o exercício da cidadania, contribuir para o seu

aprimoramento como pessoa humana, favorecer o fortalecimento de laços de solidariedade entre eles, a escola e a comunidade,

sempre tendo como ponto de chegada a transformação dos contextos de vida e estudo, em busca de melhor qualidade de vida.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Para o desenvolvimento do projeto, a equipe pedagógica vem se utilizando de inúmeros procedimentos didáticos

de modo que os alunos lêm realizado um trabalho diversificado: pesquisas em diferentes de fontes (livros, revistas,

jornais e internet), realização de entrevistas, discussões em grupos, apresentação de conclusões, elaboração de material

(jornal, cartazes, relatórios, roteiros), produção de vídeo.

A essência do projeto, no entanto, tem sido especialmente atingida, graças a estudos do meio que têm se mostrado

uma das mais completas fontes de dados e informações a partir dos quais a escola vêm trabalhando.

Desde o início do projeto, já foram notadas alterações no comportamento, nas atitudes e no desempenho escolar

e profissional dos envolvidos, tais como:

• Conscientização, por parte da comunidade escolar e local, para mudar de atitude em relação ao uso racional dos

produtos e evitar o desperdício;

• Elevação da auto-estima dos alunos que participaram de forma mais direta, tendo em vista o fato de o trabalho

estar sendo reconhecido pela comunidade escolar, local e estadual;

Escola Estadual Professora Angélica de Oliveira

• Empenho dos educadores para enfrentar os desafios lançados pelo projeto, entre os quais, a busca contínua para

se atualizarem relativamente às discussões do tema;

• Melhoria no ambiente escolar evidenciada, por exemplo, pela intensificação do trabalho cooperativo e coletivo,

e pela maior proximidade entre professores e alunos;

• Desenvolvimento de habilidades dos alunos para o uso de equipamentos como filmadora, vídeo, computador,

máquina fotográfica, scanners, projetor de multimídia e outros;

• Melhoria na assiduidade e, de modo geral, no desempenho dos alunos nas diferentes disciplinas, revelado pelo

aumento nos índices de aprovação.

A escola tem consciência, entretanto, que as conquistas não são definitivas e o trabalho deve ser permanentemente

retomado a cada ano letivo.

Desenvolvimento da Experiência

Em 2000, foi realizada uma pesquisa junto aos alunos para levantar dados sobre o desperdício de materiais de uso

doméstico e problemas gerados pelo Lixão, depósito de lixo a céu aberto, da cidade. A partir daí. e durante os anos de

2000 e 2001, o projeto Educação Ambiental se desenvolveu e a escola como um todo implementou um conjunto de ações

visando a diminuir a grande quantidade de lixo produzido pela escola e pela comunidade, conscientizar os envolvidos no

projeto sobre a importância de preservar os recursos naturais existentes, bem como o patrimônio escolar.

como já mencionado, um dos resultados positivos decorrentes das ações foi a desativação do Lixão, o envio do

lixo coletado na cidade para uma usina de compostagem em cidade vizinha e a recuperação do local.

No início de 2002, com a volta da deposição do lixo em novo aterro na cidade, decidiu-se retomar os propósitos

do projeto inicialmente desenvolvido. O desafio passou a ser conscientizar a comunidade escolar e a comunidade local

para dar continuidade às ações que já haviam sido implementadas na primeira fase do projeto.

Para tanto, várias atividades vêm sendo desenvolvidas:

• Levantamento de dados atualizados sobre produção, coleta, e destinação do lixo por meio dos seguintes instrumentos e ações:

- elaboração de roteiro de entrevista

- entrevistas com catadores de lixo, moradores de diferentes bairros sobre suas percepções a respeito das fontes do

lixo, os problemas que ele acarreta e com funcionários da Prefeitura Municipal para conhecer o projeto ambiental

a curto, médio e longo prazo, e as soluções propostas para a coleta e a destinação do lixo urbano;

- pesquisas em jornais, revistas, Internet ou em outros meios de comunicação sobre o tema, conforme os

objetivos propostos em cada componente curricular.

• Elaboração de material : produção de jornal, com apoio dos conhecimentos tratados nos diferentes componentes

curriculares e nas pesquisas realizadas;

• Produção de vídeo mostrando a origem do lixo até o seu último destino, o Lixão.

• Estudos do meio

Foram realizadas visitas ou excursões:

- ao local onde era o "Lixão", antes de sua desativação, para verificar a sua situação atual. O lugar está

irreconhecível, com pastagens. No entanto, os professores e os alunos concluíram que há necessidade de

uma análise do solo e da água por especialistas;

Escola Estadual Professora Angélica de Oliveira

- ao novo aterro e constatou-se que o lixo está sendo depositado em valas sem estrutura adequada. Nas

proximidades, há uma área de Lazer ( Pesque Pague) e locais de moradia. A partir dessas atividades,

concluiu-se que seria importante uma campanha em parceria com a Prefeitura Municipal sobre a importância

da seleção do lixo para reciclagem;

- à Usina de Compostagem, no Município de Presidente Bernardes.

- ao Morro do Diabo - objetivando estudo do Ecossistema.

- à Usina de Álcool e Açúcar, local em que os alunos observaram que, como resultado da destilação, obtêm-

se produtos tóxicos, como o vinhoto, lançados no rio e, na produção do açúcar, usam-se substâncias químicas

prejudiciais à saúde.

• Intervenção

- colocação de latas de lixo seletiva, em vários pontos da escola - os alunos estão colaborando tanto em

relação à coleta quanto à destinação do lixo recolhido.

- formação de uma equipe para fiscalizar e auxiliar na manutenção e limpeza da escola;

- campanha educativa, visando à conscientização sobre a importância de evitar o desperdício e adotar medidas

de uso mais eficaz para manter a escola limpa , minimizando o problema do lixo;

- participação no " Arrastão de Combate à Dengue" - participação da comunidade escolar. com essa atividade,

conseguiu-se limpar todos os bairros da cidade, eliminando os focos da Dengue. - Parceria com a Prefeitura

Municipal e Secretaria de Saúde.

• Participação da escola na Semana do Meio Ambiente, realizada no período de 03 a 07/06/2002

Atividades desenvolvidas:

- Modalidade : Montagem de Gibi - Conserve o que é seu

Público-Alvo: 5ª e 6a séries do ensino fundamental.

- Modalidade: Entrevista com agrônomo da Casa da Agricultura - como está o nosso município

Público-Alvo: 7" série

- Modalidade: Painel de Fotos - Nosso município está assim...

Público-Alvo: 2ª série do EM

- Modalidade: Reportagem e mural sobre a degradação do meio ambiente

Título: Quem é responsável?

Público-Alvo - Ensino Médio

- Modalidade: Maquete das microbacias da cidade

Microbacia hidrográfica

Público-Alvo: 2a série do Ensino Médio.

Para divulgar os resultados do projeto está sendo prevista a elaboração de um jornal com textos, gráficos e ilustrações

utilizando os programas (Word, Excel, Creative Writter, Instant Artistic, Power Point e outros), filmes, cartazes e

apresentação para os demais alunos da escola e para a comunidade.

Escola Estadual Professora Angélica de Oliveira

Síntese da Experiência

A escola vem desenvolvendo o projeto de Educação Ambiental desde o início de 2000, motivada por um problema

que vem incomodando os moradores de Álvares Machado: a deposição inadequada do lixo da cidade. Partindo dessa

preocupação, e também da intenção de reduzir a grande quantidade de lixo produzido pela própria escola, professores e

alunos se mobilizaram para caracterizar adequadamente o problema, realizando, em diferentes fontes, um levantamento

de dados, seguido de discussões sobre as questões ambientais associadas ao lixo. A partir daí, foram definidas as estratégias

de ação - estudos do meio, produção de jornal e outros materiais impressos, produção de vídeos - e de intervenção -

campanhas educativas, colocação de latas de lixo, fiscalização e auxílio na manutenção da limpeza - que, entre outros

benefícios, culminaram com a iniciativa da prefeitura de remover o Lixão da cidade e recuperar a área degradada.

Atualmente, a cidade conta com um aterro sanitário.

Escola Estadual Bispo Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

Identificação

Endereço:

Telefone:

E - m a i l :

Estado:

Regional:

Rua do Retiro, 680 - Jundiaí - SP

(011) 4521-3450

[email protected]

SP

DE de Jundiaí

Caracterização da Escola

Número de alunos: 1965

Número de alunos de ensino médio: 1183

Turnos oferecidos para o ensino médio 2

Classes de ensino médio 30

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 34

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1949

Caracterização da Experiência

Projeto: JORNAL BISPO @ VOX

A E.E. Bispo Dom Gabriel possui uma comunidade de aproximadamente duas mil pessoas que proporciona uma

rica diversidade de idéias que merece ser conhecida por todos os seus participantes.

Para melhorar a comunicação dentro da comunidade escolar, sugeriu-se a implementação do Projeto Jornal composto

por um jornal impresso e por um jornal mural cujos objetivos são:

• socializar a diversidade de idéias e ações existentes na escola;

• promover a integração dos alunos dos diferentes períodos e níveis de ensino;

• conscientizar os alunos quanto à importância da preservação do patrimônio escolar e do meio ambiente;

• aprimorar a formação do educando, enquanto pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências necessárias

à sua integração na sociedade atual;

Participantes da Experiência

Desde o início em 1999, a equipe responsável pelo desenvolvimento dos trabalhos é formada pelos

professores da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, especialmente de Língua Portuguesa, mas

por ser um projeto interdisciplinar, conta com a participação dos professores de todas as disciplinas e também

dos alunos do ensino médio, do normal e do fundamental.

No início do ano, todos os alunos são convidados a participarem do projeto e com aqueles que manifestarem

interesse, é formada uma equipe constituída por representantes dos alunos, professores e mais a coordenação e direção,

que se mantém por todo o ano letivo (os nomes encontram-se registrados em ata).

Escola Estadual Bispo Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

Além de envolver todas as disciplinas em diferentes momentos, o projeto enfatiza a integração com a comunidade,

onde a escola está inserida.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

O Projeto Jornal procura desenvolver nos alunos as seguintes competências:

• utilizar diferentes linguagens como meio de expressão, informação e comunicação na escola e em outros

contextos e situações de vida;

• entender a natureza das tecnologias da informação como forma de integrar diferentes meios de comunicação,

linguagens e códigos;

• interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens na leitura e na produção de textos;

• confrontar opiniões e pontos de vista expressos nas produções enviadas ao jornal;

• compreender informações significativas para a vida relacionadas às questões da saúde e do meio ambiente,

desenvolvendo atitudes positivas referentes a elas;

• coletar dados por meio de entrevistas e pesquisas em diferentes fontes, como livros, revistas, jornais, internet, etc.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O projeto insere-se totalmente na proposta pedagógica da escola, pois faz com que o aluno vivencie sua cidadania,

sendo o agente do seu próprio conhecimento, transformando-o num cidadão competente capaz de integrar seu projeto

individual ao projeto da sociedade em que vive.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

O projeto BISPO @ VOX prevê a utilização de pesquisas bibliográficas em livros, revistas e jornais e pesquisas

de campo, leituras orientadas, produção de textos, desenhos e gráficos.

Quanto aos indicadores de aprendizagem, aconteceram mudanças de comportamento, atitudes e valores dos alunos,

como, por exemplo, a preocupação em conservar e manter atualizado o espaço pertencente ao jornal mural do projeto, a

valorização do jornal impresso no momento da sua distribuição e o respeito às opiniões divergentes.

Durante o desenvolvimento dos trabalhos, avanços foram observados na medida em que os alunos se mostraram

motivados a fazer pesquisa nas diferentes áreas de conhecimento: saúde, ambiente, esporte, política, religião e outros.

Outro importante indicador de aprendizagem pôde ser observado na classificação dos alunos de ensino médio no

Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), que em 1998 ocupavam o vigésimo lugar

na Diretoria de Ensino e no ano de 2000 avançaram para o primeiro lugar, em Língua Portuguesa.

Observamos também uma significativa melhoria nos indicadores de desempenho tais como: ENEM, prova unificada

interna e externa, vestibulinhos e outros.

Escola Estadual Bispo Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

Desenvolvimento da Experiência

Para a realização do jornal impresso, que faz parte do projeto, são realizadas reuniões semanais com a equipe

formada por professores, alunos, coordenação e direção, em horários pré estabelecidos.

Resumidamente, as ações executadas para iniciar a implementação do projeto, seguiram os seguintes passos:

• análise da estrutura de alguns jornais de grande circulação: as diferentes sessões e suas formas specíficas de

linguagem, distribuição e organização dos artigos nas páginas, ¡lustração, etc;

• escolha do nome, do logotipo e do mascote do jornal, feita por meio de um concurso interno e uma eleição promovidos

pelo Grêmio, com a participação de tôda a comunidade escolar, tendo vencido o nome BISPO @ VOX;

Tendo completada essa fase inicial, os participantes do projeto vêm desenvolvendo as ações relacionadas a seguir:

• distribuição das tarefas pelos elementos da equipe do jornal;

• discussão das matérias sugeridas pelos alunos e professores;

• definição da pauta feita em conjunto pelo professor coordenador do projeto e demais integrantes da equipe do jornal;

• elaboração e montagem dos textos e editorial, sob a responsabilidade do professor coordenador do projeto

(geralmente o de Língua Portuguesa);

• revisão do texto com relação à estrutura e ao aspecto estético;

• trabalho de gráfica e impressão do jornal;

• divulgação e busca de patrocinadores ou parcerias;

• distribuição do jornal, com tiragem de 2000 a 2500 exemplares, dentro e fora da escola, abrangendo a família,

comunidade, patrocinadores, universidades da região, etc;

• leitura e análise crítica realizada pelos alunos em sala de aula;

• pesquisa de opinião colhida pela equipe do jornal.

No ano de 1999 foram impressas três edições. A partir do ano de 2000, o jornal passou a ser semestral e durante

os anos 2000 e 2001, foram impressas quatro edições.

Além do jornal impresso, o projeto incluiu a partir de 2002, um jornal mural que ocupa lugar de destaque num dos

corredores da escola com matérias e informações de alunos dos três períodos e de professores. No final do primeiro

semestre, foi produzida a primeira edição do Jornal em Mural.

Neste ano de 2002, foi instalada também uma urna de sugestões, ao lado do mural, que se transformou num canal

de comunicação da comunidade escolar, além de receber indicações de assuntos para o jornal impresso.

É importante ressaltar que a organização das etapas é feita de forma a comportar atividades desenvolvidas por

todo corpo docente dentro do tempo e espaço de que se dispõe. Essa forma organizacional não deve representar um

aumento na carga horária ou uma atividade extra.

O projeto foi bem elaborado e não encontrou grandes dificuldades para sua implantação, tendo em vista que os

professores e alunos estavam motivados a desenvolvê-lo.

Escola Estadual Bispo Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

Síntese da Experiência

A partir dos resultados insatisfatórios obtidos nas provas do SARESP, em 1998, pelos alunos do ensino

médio da E.E. Bispo Dom Gabriel, tôda a comunidade escolar iniciou uma discussão sobre quais ações

poderiam ser implementadas, a fim de reverter a situação. Foi dessa discussão que, em 1999, nasceu o Projeto

Jornal que, após eleição interna, passou a chamar-se BISPO @ VOX.

É um projeto interdisciplinar, coletivo, que envolve todos os integrantes da Unidade Escolar. Desde o início do

projeto, foram produzidas sete edições do jornal, três em 1999, duas em 2000 e duas em 2001, com a participação de

alunos dos diferentes níveis de ensino e de professores das diversas áreas, com uma tiragem de 2500 exemplares.

Em 2002 foi criado um jornal mural, que passou a fazer parte do projeto original, colocado em um lugar de

destaque na escola, completado no final do primeiro semestre.

Escola Estadual Cardeal Leme

Identificação

Endereço:

Telefone:

E-Mail:

Estado:

Município:

Regional:

Praça Presidente Kennedy, n° 36 - Centro

(019) 3651-1099 ou 3651-6420

[email protected]

Sao Paulo

Espírito Santo do Pinhal

São João da Boa Vista

Caracterização da Escola

Número de alunos:

Número de alunos de ensino médio:

Turnos oferecidos para o ensino médio:

Classes de ensino médio:

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado:

Desde quando funciona o ensino médio na escola:

1941

1364

2

35

39

1947

Caracterização da Experiência

Projeto: O MERCADO DE TRABALHO EM ESPÍRITO SANTO DO PINHAL

A LDB, no Inciso II, artigo 35, referindo-se ao ensino médio, diz que é função da Escola dar a preparação básica

para o trabalho e a cidadania do educando para continuar aprendendo de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade

a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.

Diante disso, a EE Cardeal Leme assume o compromisso de formar os jovens alunos para que sejam capazes de

conhecer o atual mercado de trabalho de Espírito Santo do Pinhal, os desafios que terão de enfrentar para nele ingressar

e, ao mesmo tempo, sejam conscientizados de que um número significativo de novas profissões está surgindo em

decorrência dos avanços tecnológicos o que exigirá constantes modificações de hábitos.

A partir daí, a equipe escolar levantou algumas questões:

• Será que, em tempos de globalização, estamos prontos para preparar o jovem para o futuro?

• De que forma o sistema educacional e a Escola em particular estão lidando com as transformações atuais e

futuras que as novas gerações enfrentarão?

• Será que os jovens lêm consciência de que se profissionalizar é muito mais do que escolher uma profissão ou

seguir uma carreira e muita dedicação e muito estudo são necessários para se encontrar um lugar no mercado de

trabalho e que urgentemente é preciso conhecê-lo?

Diante desses questionamentos, a equipe de gestão, de professores, os funcionários, os alunos e a comunidade

priorizaram, no início do ano de 2001 durante a semana de planejamento, a elaboração do Projeto visando ao preparo dos

jovens alunos do ensino médio, para a vida profissional em nosso município.

Escola Estadual Cardeal Leme

Nesse primeiro momento, a equipe de docentes, numa perspectiva interdisciplinar, traçou as diretrizes e os objetivos

do projeto que teve continuidade no ano de 2002, dentre os quais destacam-se:

• aprimorar valores e atitudes, capacitando os alunos na busca e uso competente de informações no seu cotidiano;

• desenvolver a habilidade de realizar pesquisa (levantamento de dados, delimitação do problema, levantamento de

hipótese, das fontes de investigação, organização e tratamento dos dados levantados, apresentação do produto final);

• ampliar os conteúdos conceituais bem como os de procedimentos e de atitudes;

• elevar a auto-estima dos alunos, colaborando para que se torne um cidadão atuante;

• instrumentalizar o jovem na escolha de uma profissão ampliando a visão sobre o mercado de trabalho em

nível regional e local;

• subsidiar e ampliar os conhecimentos dos alunos relativos às profissões mais presentes na realidade em que

vivem, para permitir uma escolha profissional adequada aos interesses e expectativas de cada um;

• contribuir para preparação básica para o trabalho, por meio das várias áreas de conhecimento, ampliando as

possibilidades de atuação dos alunos no mercado;

Participantes da Experiência

1.364 alunos das 1ª, 2ª e 3a séries do ensino médio;

28 professores de todas as áreas de conhecimento;

equipe técnica - pedagógica e administrativa da escola.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

As atividades do projeto têm contribuído para o desenvolvimento de várias competências referentes às áreas

de conhecimento, relacionadas a seguir.

Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

• compreender e utilizar a Língua Portuguesa para 1er. identificar e reconhecer as características de diferentes

tipos de textos, em especial, jornais e revistas;

• produzir textos argumentativos, identificando o interlocutor e o assunto sobre o qual se posiciona;

• conhecer e utilizar a linguagem de informática e os equipamentos para apoiar o trabalho de levantamento e

tratamento de dados.

Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias

• reconhecer o caráter estatístico de determinados processos, situações e informações;

• utilizar conhecimentos estatísticos para obter probabilidades e médias;

• interpretar e organizar dados e informações correlacionados na forma de matriz;

• analisar dados organizados em tabelas, identificando padrões estatísticos;

• construir e analisar gráficos de setores, de barras, a partir de dados colhidos na pesquisa de campo;

• levantar dados sobre a geração de energia e suas aplicações no setor produtivo regional e nacional;

Escola Estadual Cardeal Leme

• levantar dados sobre as tecnologias utilizadas nas indústrias de máquinas, de alimentos, nas confecções, na

agricultura, e nas demais geradoras de empregos na localidade;

• identificar o funcionamento de máquinas (de refrigerantes, agrícolas) e motores (de carros de diversos tipos, de

refrigerantes e máquinas agrícolas).

Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias

• conhecer os processos de industrialização e sua modernização pelas novas tecnologias;

• compreender que o crescimento dos índices de desemprego nos países industrializados, dos anos 50 até hoje, também

decorre da racionalização de produção, gerada pela introdução de tecnologias de ponta na indústria e no campo;

• compreender que o mercado de trabalho existente no município provém de uma persistência na monocultura do

café e sofre as oscilações comuns do produto que interferem no mercado de trabalho do município;

• contextualizar a história do café em Espírito Santo do Pinhal desde o período de intensa imigração (responsável

pela formação da população), na virada do século XIX para o XX, até nossos dias.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

A Escola Estadual Cardeal Leme tem entre seus objetivos, além daqueles previstos na Lei 9.394/96:

• elevar, sistematicamente, a qualidade de ensino oferecido aos educandos;

• formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres;

• promover a integração escola - comunidade;

• proporcionar um ambiente favorável ao estudo e ao ensino;

• estimular em seus alunos a participação bem como a atuação solidária junto à comunidade.

(De acordo com art° 2o do Regimento Escolar)

Tais objetivos vão ao encontro da experiência proporcionada aos alunos, por meio do Projeto Mercado de Trabalho,

visto que, em diversas etapas e de diferentes formas, é possível observar que os professores trazem para sua prática,

metodologias que permitem alcançar os objetivos elencados.

O projeto não é do professor; é um projeto compartilhado pelo coletivo da escola. Ao surgirem novas idéias, há

uma transformação na maneira de se lidar com o currículo, elevando sistematicamente o envolvimento do aluno e,

conseqüentemente, a qualidade do ensino.

Por meio das pesquisas e atividades orientadas, no decorrer do projeto, o aluno se torna agente de sua própria

aprendizagem, num processo que se enriquece pela interação com os outros e, principalmente, pelo conhecimento das

possibilidades que terá após o término do ensino médio. Isso representa a construção de uma atitude ativa, consciente e

compatível com a noção de sujeito histórico crítico e criativo, o que favorece a formação de um cidadão consciente das

dificuldades que terá que enfrentar no futuro, bem como das possibilidades que lhe são oferecidas.

O Projeto Mercado de Trabalho possibilita ao aluno até mesmo a conscientização das discriminações sofridas por grupos

sociais, frente à oferta de trabalho. Tal consciência adquire relevância quando ligado ao contexto de uma proposta de educação.

Em síntese, o projeto reforça e complementa a Proposta da Escola porque, independentemente dos temas com os

quais trabalha, fomenta e desperta nos alunos a capacidade de analisar, interferir e discernir hipóteses e teorias, idéias e

Escola Estadual Cardeal Leme

fotos a respeito do mercado de trabalho local e da sociedade em que vivem, contribuindo para que esses estudantes construam

conhecimentos significativos e, sobretudo, se tornem cidadãos atentos para um mundo que está em constante transformação.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

No desenvolvimento do projeto têm sido utilizados diversos procedimentos para levantamento e tratamento

de dados, tais como:

• pesquisa com os alunos do ensino médio, envolvendo questões sobre empregabilidade dos mesmos, salário,

expectativa após conclusão do curso e dificuldades para encontrar emprego;

• pesquisa sobre os assuntos relacionados ao tema mercado de trabalho em jornais de grande circulação (Estado

de São Paulo e Folha de São Paulo), jornais regionais, jornais locais, revistas, guias das profissões;

• palestras na escola com profissionais especialistas das diversas áreas de trabalho.

• mesa-redonda com a participação de profissionais convidados de acordo com o interesse dos alunos;

• entrevistas com profissionais como empresários de pequenas empresas (há um número significativo no município)

e outros empresários, proprietários de empresas de grande porte e profissionais de áreas diversas;

• realização de visitas às seguintes empresas:

DELPHI - Sociedade Anônima Componentes Automotivos;

CREUPI - Centro Regional Universitário Pinhalense;

FEOB - Fundação de Ensino Octavio Bastos - São João da Boa Vista;

PINHALENSE S/A - Máquinas Agrícolas;

COPAUTO - Companhia Pinhalense de Automóveis (concessionária);

COOPERATIVA DOS CAFEICULTORES DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL;

CAMISARIA H.P.;

MICROEMPRESAS DA CIDADE;

• visitas e pesquisas no comércio local;

• organização dos dados, por meio da elaboração de gráficos, tabelas e textos, utilizando o laboratório de informática;

• produção de textos informativos, roteiros e relatórios de entrevistas e de visitas.

Desde que o projeto se iniciou, já se notam algumas mudanças no comportamento e no desempenho dos alunos, tais como:

• desenvolvimento das capacidades de aplicar e extrapolar conhecimentos, inferir a partir dos dados coletados em

pesquisas, observar, analisar e criticar situações dadas;

• aumento da assiduidade;

• maior freqüência à biblioteca e ao laboratório de informática;

• desenvolvimento da capacidade de trabalhar coletivamente, graças à formação de grupos de estudos e de pesquisa;

• uso do tempo ocioso com atividades relacionadas ao projeto;

• aumento do interesse por leitura de textos jornalísticos, revistas com dados estatísticos.

Escola Estadual Cardeal Leme

Desenvolvimento da Experiência

A identificação do problema baseou-se em dados levantados pelo grupo de professores no início de 2000, no momento do

planejamento, quando foram priorizados os projetos especiais que seriam desenvolvidos durante o ano, dentre os quais, o Projeto

Mercado de Trabalho em Espírito Santo do Pinhal, com a finalidade de conscientizar os jovens sobre as oportunidades profissionais

existentes, causa de tanta preocupação dos pais e adolescentes. A partir daí, constituiu-se o grupo responsável pelo projeto com o

envolvimento dos administradores, docentes, pais e outros parceiros que, desde então, vem desenvolvendo as seguintes ações:

• elaboração do projeto - início do ano - sessões de planejamento;

• apresentação do projeto aos alunos com levantamento de questões (problematização);

• pesquisa realizada pelos professores com perguntas objetivas sobre a empregabilidade dos estudantes, expectativas,

profissões que mais os interessavam;

• levantamento junto com os alunos de hipóteses sobre as condições da oferta de trabalho local;.

• organização dos alunos em grupo e orientação para a coleta de dados em livros, revistas e jornais;

• realização de visitas às Firmas e empresas e entrevistas com profissionais;

• confecções dos relatórios das entrevistas e visitas;

• realização de palestras e mesa-redonda na escola;

• tabulação e organização dos dados por meio da elaboração de tabelas, gráficos e textos;

• leitura e interpretação das tabelas e gráficos e confronto dos resultados;

• produção dos textos;

• elaboração dos portfolios pelos grupos de trabalhos contendo as atividades relevantes e significativas para arquivo;

• apresentação de grupos musicais no evento "Noite da Música" o qual revela talentos da escola, interpretando

várias músicas sobre os temas desenvolvidos no projeto.

É digno de registro o fato de que, por ocasião da visita à COPAUTO (Companhia Pinhalense de Automóveis),

os profissionais da empresa, que acompanharam essa visita, solicitaram os portfolios, elaborados pelos alunos.

para apresentá-los aos diretores da firma.

A avaliação tem permitido levantar os pontos positivos e negativos do projeto. Os resultados mostram que o

projeto deverá ser incorporado ao cotidiano da escola e, a cada ano, com o aperfeiçoamento, tanto na divulgação como

no desenvolvimento e no enriquecimento das atividades, deverá envolver um maior número de participantes da comunidade.

Síntese da Experiência

Partindo de um levantamento junto aos alunos sobre suas expectativas profissionais após a conclusão do ensino

médio, a equipe escolar elaborou um projeto com a finalidade de informar os jovens sobre as oportunidades de trabalho

existentes na região e, com isso, contribuir para que se aprofundem nas questões associadas às condições socioeconômicas

locais e brasileiras, bem como, se familiarizem com a história do desenvolvimento econômico da região e suas implicações

nas atuais ofertas de trabalho. Para tanto, os alunos têm sido orientados a levantar dados em diferentes tipos de fontes,

entrevistar diversos profissionais, realizar visitas, participar de palestras, tratar e discutir adequadamente os dados

levantados, produzir relatórios, textos informativos e portfolios.

Escola Estadual Genaro Domarco

Identificação

Endereço: Av. Luiz Fernando Moreira, n° 07-50, Jd. Renascença

Telefone: ( 17) 242-2080 / 242-3859 / 242-3877

E-mail: [email protected]

Estado: São Paulo

Município: Mirassol

Regional: Diretoria de Ensino da Região de José Bonifácio

Caracterização da Escola

Número de alunos: 730

Número de alunos de ensino médio: 730

Turnos oferecidos para o ensino médio 3

Classes de ensino médio 23

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 34

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1978

Caracterização da Experiência

Projeto: INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

1996 foi o marco decisivo para uma mudança que viria transformar tôda a realidade da E.E. "Genaro Domarco",

pois foi o ano da reorganização do ensino público estadual. A escola passou a atender exclusivamente alunos de ensino

médio e, por essa razão, reformulou seu Projeto Pedagógico, antes voltado para o ensino fundamental.

A origem da experiência teve como mola propulsora a necessidade de uma revisão de enfoque no trabalho pedagógico

paru corresponder às novas expectativas. Dessa revisão, nasceu o Projeto Informática na Educação, cujos objetivos são:

• propiciar condições para que professores e alunos utilizem as modernas tecnologias da informática para apoiar

o processo ensino-aprendizagem e a gestão escolar;

• enriquecer o processo de aprendizagem por meio de softwares educacionais que servem de apoio didático-

pedagógico aos professores e complementam, de forma mais atraente, o ensino das diversas disciplinas;

• promover a integração dos alunos e demais integrantes da comunidade escolar via internet.

Participantes da Experiência

O projeto envolveu, inicialmente, um pequeno grupo composto por alunos, professores e voluntários, além da

direção e da coordenação pedagógica.

Atualmente, abrange quase a totalidade dos alunos e professores, pois a célula embrionária, idéia primeira, expandiu-

se por meio de multiplicadores e tornou-se parte integrante do processo pedagógico desenvolvido pela equipe escolar.

Escola Estadual Genaro Domarco

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

O Projeto Informática na Educação tem permitido aos envolvidos, o desenvolvimento das seguintes competências:

• compreender uma nova linguagem tecnológica - a informática - e seu papel na organização da sociedade contemporânea;

• conhecer os programas básicos de informática e alguns programas para a Internet, programas comerciais e para a constituição

de banco de dados que possam ser utilizados como ferramentas para as atividades educacionais e ou profissionais;

• utilizar adequadamente os equipamentos de informática e os recursos oferecidos: comunicar-se por e-mail,

navegar pela internet, construir sites;

• utilizar softwares educacionais como meio para aprendizagem dos diferentes componentes curriculares;

• utilizar a Internet como meio para realizar pesquisas e possibilitar o conhecimento de outras realidades culturais;

• constituir redes de relação intra e extra-escolares para intercâmbio de informações e de experiências;

• trabalhar em equipe.

Graças ao estabelecimento de parcerias, o projeto tem proporcionado aos alunos interessados, a oportunidade de

estagiar em empresas renomadas no campo da informática, na cidade de MirassoI/SP. Além disso, em 2001, uma empresa

de informática, localizada em São José do Rio Preto/SP, se interessou pelo nosso trabalho e ofereceu, em nossa própria

escola, treinamento aos alunos para o uso de modernos programas de computação.

Do projeto ainda decorreu a criação da WEB TEAM (desde 15/10/2000) - uma equipe constituída por alunos de

todas as séries que se responsabiliza pelo gerenciamento e manutenção dos equipamentos de informática da escola. Três

alunos dessa equipe se propuseram a desenvolver um programa, denominado por eles GD School, para gerenciar os

dados sobre o desempenho escolar dos alunos.

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

O projeto contempla os objetivos propostos no Plano de Gestão: proporcionar ao educando condições que

possibilitam um maior aproveitamento dos estudos em nível médio e, ao mesmo tempo, contribuir para a qualificação

para o trabalho e o exercício da cidadania.

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Um grupo - constituído por três professores, quatro alunos da 2" série, quatro da 3a série e dois voluntários, que

atuaram como suporte técnico, além da direção e da coordenação pedagógica - sensível às demandas da sociedade

contemporânea em relação aos avanços tecnológicos, tomou a iniciativa de conceber o Projeto Informática na Educação

e partiu para implantá-lo e desenvolvê-lo, por meio de uma preparação e atualização em informática.

Combinando pesquisa bibliográfica, de campo e via internet, em um primeiro momento, realizou estudos, adquiriu

softwares e livros técnicos sobre informática. Além disso, foram feitas visitas monitoradas à Escola do Futuro da

Universidade de São Paulo, instituição de ensino avançado que presta assessoria técnica na área de informática para

escolas do ensino básico, o que propiciou um grande intercâmbio de informações.

Para viabilizar a implantação do projeto, foram inseridas duas aulas semanais de informática na parte diversificada da matriz

curricular de todas as séries, e cursos especiais para os professores, monitorados pelos alunos e voluntários do grupo inicial.

Atualmente, a E.E. Genaro Domarco vem oferecendo diversas oportunidades de capacitação aos seus professores

com o intuito de prepará-los para o uso pedagógico da informática dentro da própria unidade escolar.

Escola Estadual Genaro Domarco

com relação aos alunos que chegam às primeiras séries, a escola faz, no início do ano, um levantamento do nível de informação

que possuem para que possam se adequar às aulas de informática que já fazem parte da matriz curricular. Aqueles que necessitam de

reforço são encaminhados ao CEMCA (Centro Municipal de Capacitação do Adolescente) que oferece cursos básicos em informática.

Caso não encontrem vaga, podem procurar também alguns sindicatos da região que mantêm parcerias com a escola

A equipe escolar tem se empenhado para enriquecer e fortalecer o Projeto Pedagógico da escola e reverter o quadro de fracasso

escolar, assegurando aos alunos a permanência na escola e o acesso a todos os equipamentos e salas-ambiente, dentre as quais, a de

informática. Esses espaços e recursos estão à disposição dos alunos, mesmo fora do periodo de aulas, e, nessas ocasiões, são utilizados

para estudos e pesquisas. com isso, o rendimento dos alunos melhorou muito, comprovado pelos elevados índices de aprovação. É

digno de nota o fato de que, em 2001, nenhum aluno deixou a escola; a taxa de evasão caiu para zero.

Vale lembrar ainda que a biblioteca, informatizada pelos alunos, está disponível no site da escola, o que facilitou

o acesso ao acervo.

Por fim, um último aspecto a ser observado, como conseqüência da implementação do projeto de informática, é o

fato de que diversos alunos da escola foram selecionados para ocupar postos de trabalho na região.

Desenvolvimento da Experiência

Por meio de um levantamento de dados realizado para conhecer os alunos, detectou-se que a maioria não tinha conhecimento

de informática. Diante desse fato, a equipe escolar reconheceu a importância de desenvolver um trabalho que viesse a inserir esses

alunos e também seus professores no contexto da informática. Para isso, como já mencionado, foram incluídas duas aulas de informática

na matriz curricular de todas as séries e criados cursas para os professores dentro da própria escola

Entusiasmados com os primeiros resultados, a equipe escolar, atendendo aos anseios dos alunos, elaborou um

projeto específico para a área de informática com a finalidade de capacitar tôda a escola. Surgiu assim o Projeto Informática

na Educação criado em 17/02/1997

A maioria dos alunos e professores teve seu primeiro contato com o computador a partir do desenvolvimento deste projeto. Aos

poucos, foi se consolidando uma nova forma de ensino com perspectivas otimistas para os nossos professores e alunos.

com a aquisição de equipamentos e softwares educacionais pela SEE, para a escola, a capacitação dos docentes

e o estabelecimento de parcerias, o projeto se fortaleceu, expandindo-se para novos campos e setores. É importante

registrar que a capacitação dos professores em informática começou em 1997, na sala-ambiente de Informática, por meio

dos cursos especiais promovidos pelo PEC (Programa de Educação Continuada), da SEE/SP, pelo NRTE (Núcleo Regional

de Tecnologia Educacional/São José do Rio Preto), também da SEE/SP, pelo Senac/S.J.Rio Preto em parceria com a

SEE/SP e pela Diretoria de Ensino da Região de José Bonifácio.

Atualmente, a informática está sendo amplamente utilizada pelos professores em suas aulas, pelos alunos para realizarem

suas pesquisas e se comunicarem com diversos interlocutores e pela equipe de gestão para, por exemplo, organizar os dados da

vida escolar dos estudantes ou documentar as reuniões do Conselho de Escola, da APM e dos professores.

Síntese da Experiência

O Projeto Informática na Educação, constituído por ações destinadas a preparar estudantes e professores para

Utilizar os principais equipamentos e produtos da microinformática com vistas à implementação do processo educacional,

tem proporcionado ao conjunto dos profissionais que atuam na escola, e a todos os alunos, uma familiarização com a

linguagem computacional e, conseqüentemente, seu emprego para enriquecer as aulas e melhorar a aprendizagem. Ao

mesmo tempo, tem contribuído para preparar os alunos para a vida profissional.

Escola Estadual Oswaldo Aranha

Identificação

Endereço: Av. Portugal, 859 - Brooklin

Telefone: (011)5044-07-08 fax:5044-44-03

E-mail: [email protected]

Estado: São Paulo

Município: São Paulo

Regional: Diretoria de Ensino Centro Oeste

Caracterização da Escola

Número de alunos: 2100

Número de alunos de ensino médio: 2100

Turnos oferecidos para o ensino médio: 3

Classes de ensino médio 46

Número de prof. com vínculo efetivo com o estado 38

Desde quando funciona o ensino médio na escola 1996

Caracterização da Experiência

Projeto: AMIGOS PARA SEMPRE

Somos uma escola exclusiva de ensino médio e nossos estudantes são provenientes de várias unidades de ensino

fundamental, entre elas, a Escola Estadual Ennio Voss, a mais próxima de nós.

Pensando nessa interação e objetivando dar realidade ao Projeto Pedagógico da Escola Estadual Oswaldo Aranha

que orienta nossas ações para o "REAL EXERCICIO DA CIDADANIA", resolvemos centrar nossos esforços na formação

da qualidade humana dos nossos alunos e começamos a nos perguntar: o que poderíamos fazer para aprimorar seus

valores éticos, de solidariedade, de respeito mútuo? Indagamos também: como manter os sentimentos de afeição que os

mantinham ligados à escola de onde provinham? Ao mesmo tempo, estávamos especialmente interessados em despertar

nos alunos o gosto pela escrita, pela leitura e, assim, desenvolver sua capacidade de comunicar-se. Interesse este também

partilhado pela equipe pedagógica da EE Ennio Voss.

Da pergunta e do interesse nasceu o sonho. Da ansiedade de vê-lo concretizado, juntamos as idéias e a vontade de

realizá-las. Da união de idéias nasceu o Projeto que se desdobra em duas ações relacionadas:

CORRESPONDÊNCIA - troca de cartas entre os alunos de ambas as escolas, atividade que é orientada,

acompanhada e avaliada pelos professores.

DE MÃOS DADAS - monitoria realizada pelos alunos das duas escolas para os alunos da EE Ennio Voss, que

estão iniciando o ciclo I do ensino fundamental e apresentam dificuldade na aprendizagem, atividade esta orientada

pelas professoras das classes de ciclo I da escola parceira.

Escola Estadual Oswaldo Aranha

Participantes da Experiência

CORRESPONDÊNCIA:

• 240 alunos da nossa Escola, de algumas classes de 1ª e 2a séries;

• 240 alunos das 8a séries da E.E. Ennio Voss

• 5 professoras de Língua Portuguesa:

Odete Corellas Olivares;

Vera Inés Nunes Viana;

Thais Jane Barsaglini Navega;

Selma Palison Müller (EE Ennio Voss);

Luiz Eduardo dos Santos (EE Ennio Voss).

• Diretores Fábio Smigelskas e Cleuza Silva Pulice (EE Ennio Voss);

• Professoras Coordenadoras Gilda Argantino e Dinéia Parato Millas (EE Ennio Voss).

DE MÃOS DADAS:

• Diretores e Coordenadores das duas escolas;

• Ana Flavia da Silva Xavier e 15 professores do ciclo I do ensino fundamental da EE Ennio Voss;

• 24 alunos monitores das 1ª séries do ensino médio da EE Oswaldo Aranha;

• 28 alunos monitores das 8a séries da EE Ennio Voss;

• 560 alunos do ciclo I do ensino fundamental da EE Ennio Voss.

Competências e/ou Conhecimentos Desenvolvidos

Em essência, as ações do Projeto visam a contribuir para que os alunos

• estabeleçam interações sociais, afetivas, cognitivas e culturais com seus colegas;

• desenvolvam valores éticos e relacionados à solidariedade e respeito mútuo;

• desenvolvam atitudes de responsabilidade e de respeito a compromissos assumidos;

• compreendam e utilizem a língua portuguesa como instrumento para seu desempenho social e como meio para

socializar formas de pensar, agir e sentir:

• utilizem adequadamente o vocabulário em função do conteúdo;

Relação da Experiência com o Projeto da Escola

como já foram destacadas, as ações propostas visam a atender às finalidades do Projeto Pedagógico da

nossa escola, que está centralmente concebido para o desenvolvimento de valores, atitudes e iniciativas voltadas

para o exercício da cidadania. A troca de correspondência entre os alunos das duas escolas e as atividades de

monitoria estimulam a consolidação de laços de amizade, a partilha de experiências, de saberes e, ao mesmo tempo,

desenvolvem as competências básicas de escrever, 1er e se comunicar.

Escola Estadual Oswaldo Aranha

Metodologia e Indicadores de Aprendizagem

Ambas as ações previstas no Projeto exigem pesquisas em diferentes tipos de fontes (materiais didáticos, jornais

e revistas), elaboração de relatórios e outros textos, de relatos orais e escritos. Isto tem despertado o interesse dos alunos

para a leitura e a escrita. Já notamos um avanço no desenvolvimento da escrita, leitura, interpretação de textos e uma

ampliação de vocabulário. Além disso, o Projeto tem avivado o interesse deles em sala de aula, elevado a freqüência e

intensificado o compromisso para com as atividades escolares. Para nossa surpresa, nos últimos dias de aula, anteriores

ao Recesso Escolar, época em que muitos faltam às aulas, esses alunos, comprometidos com o Projeto, foram assíduos

e se envolveram de tal maneira que até fizeram uma confraternização com pizza e refrigerante.

Estamos percebendo que os alunos participantes são espelhos para aqueles que não se envolveram neste Projeto,

pois os professores responsáveis têm sido crescentemente procurados por alunos que desejam ser incluídos nas atividades.

Cabe relatar que, nos momentos do recebimento das correspondências, a euforia tão intensa e positiva mostra-nos

que a quebra de rotina é muito producente.

Já as histórias dos monitoramentos também são tão envolventes que colocam os monitores em destaque, o que os

enche de vaidade, orgulho e auto-estima.

Esses momentos nos levam a avaliar as ações desenvolvidas pelos alunos e considerar que está havendo crescimento

cognitivo e social, refletido nas atitudes deles na Escola.

Desenvolvimento da Experiência

CORRESPONDÊNCIA

Primeiramente um tema é escolhido pela equipe pedagógica das duas escolas (professores de Língua

Portuguesa, professores coordenadores e diretores). Os alunos, a partir daí, pesquisam o assunto e se aprofundam

nele, antes de começar a troca de cartas. Depois de receberem as orientações sobre como organizar apropriadamente

uma carta e seu texto, bem como esclarecimentos sobre as responsabilidades que estão assumindo como missivistas,

elaboram a correspondência e a enviam aos seus destinatários. Até agora, as cartas foram levadas em mãos pelas

respectivas coordenadoras das escolas. Estamos, no entanto, pensando em começar a usar o correio, pelo menos de

vez em quando, para que a formalidade do envio seja cumprida e aprendida.

A leitura das cartas e a discussão dos temas são realizadas em sala de aula com a orientação do professor de Língua Portuguesa.

Está prevista uma visita dos alunos da EE Ennio Voss à EE Oswaldo Aranha a fim de que possam conhecer

pessoalmente a escola que os receberá no próximo ano e os colegas com os quais se correspondiam.

DE MÃOS DADAS

As atividades de monitoria são realizadas por alunos voluntários das 1ª séries da EE Oswaldo Aranha e das

8a séries da EE Ennio Voss. Esse grupo, orientado pelas professoras do ciclo I, trabalha com os de 1ª a 4a séries que

apresentam dificuldades de aprendizagem. Três vezes por semana, os monitores auxiliam, fora do horário regular

de suas aulas, o trabalho do professor de Ciclo I e desenvolvem com os alunos atividades pedagógicas de reforço da

aprendizagem e atividades lúdicas.

Escola Estadual Oswaldo Aranha

Síntese da Experiência

O projeto AMIGOS PARA SEMPRE, constituído basicamente por dois tipos de ações - troca de correspondência

e atividades de monitoria voltadas para quem apresenta dificuldade de aprendizagem - conta com a participação de

estudantes e professores da nossa escola e da escola vizinha e destina-se a dar oportunidade para que os alunos usem

adequadamente a língua materna para expressar pensamentos, sentimentos e ações e também aprimorem valores éticos e

atitudes de solidariedade e companheirismo. Até o momento, o projeto tem permitido verificar uma melhoria no uso da

língua materna, tanto na produção escrita quanto na oral, e possibilitado assistir ao envolvimento cognitivo e afetivo dos

alunos nas atividades de monitoria, bem como desenvolver o sentido de responsabilidade pelas tarefas assumidas.

O Projeto terá continuidade até o mês de novembro, quando será feita uma avaliação final das ações pedagógicas

e dos sucessos obtidos. Um relatório será escrito e assinado pelos professores, coordenadores e diretores participantes.

É nossa pretensão dar continuidade ao projeto, no próximo ano.

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