livro o concurseiro profissional

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O CONCURSEIRO PROFISSIONAL “determinação indelével” Eduardo Simão

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O CONCURSEIRO PROFISSIONAL

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Page 1: Livro O Concurseiro Profissional

O CONCURSEIRO PROFISSIONAL

“determinação indelével”

Eduardo Simão

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Sumário

A DECISÃO ..................................................................... 5

ORGANIZE-SE ................................................................. 9

MONTANDO O SEU QUARTEL GENERAL ........................ 14

QUAL ÁREA? QUAL CONCURSO FAZER? ........................ 16

POR QUAL MEIO ESTUDAR? ......................................... 23

COMO OTIMIZAR O ESTUDO? ....................................... 27

TÉCNICAS DE ESTUDO................................................... 35

SAIU O EDITAL! F#%&*!!!! ............................................ 52

A SEMANA DA PROVA .................................................. 54

A VÉSPERA DA PROVA .................................................. 56

O DIA DA PROVA .......................................................... 62

NA HORA DA PROVA .................................................... 63

GABARITO E RESULTADO.............................................. 70

EXTRAS ........................................................................ 71

Page 4: Livro O Concurseiro Profissional

4

Sobre o Autor

Formado em Engenharia Civil, pela Universidade Federal

Fluminense, Eduardo Simão ingressou na carreira pública, aos 22

anos, como Assistente-técnico Administrativo do Ministério da

Fazenda. Em seguida, aos 23, foi aprovado para Analista-

Tributário da Receita Federal do Brasil, Analista do Banco Central

do Brasil, Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro e

Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, cargo que ocupa

desde julho de 2010.

“Dedico este trabalho à minha família, meus amigos e a

todo concurseiro que corre atrás do seu objetivo

incansavelmente.”

[email protected]

- 2014 -

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Capítulo 1

A DECISÃO

Acredite sempre

Eis que um belo dia você percebe que não está contente

com a sua vida, seu trabalho, seu futuro. Logo após, repara que os

seus problemas podem ser resolvidos se você tiver uma boa

remuneração, estabilidade no emprego e tranquilidade para viver o

que realmente importa, sem ter que passar 12 horas por dia

"fazendo" dinheiro para o dono da empresa na qual você trabalha.

Nesse momento, você decide estudar para um concurso

público.

Mas espera, não é assim não, calma!

Pergunte a si mesmo:

"Eu decidi?"

"É isso mesmo que eu quero?"

"Eu estou disposto a abdicar de "quê”, para atingir esse

objetivo?"

"Estou disposto a utilizar todo o meu tempo livre para

realizar esse sonho?"

"É isso que eu quero? É isso mesmo?"

Se você respondeu sim a todas essas perguntas, você está

pronto para passar em qualquer concurso público. Qualquer um.

Porque, para isso, a única coisa que você precisa é querer de

verdade.

Quem quer de verdade corre atrás, lê o edital mil vezes, faz

mil planos, faz planilhas, fica feliz quando deixa de ir à praia em

um sábado de 38°C, fica feliz ao deixar de ir à festinha do

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fulaninho para ficar em casa estudando, fica contente quando

chega aquele feriadão, pois sabe que vai ter mais tempo para

estudar. Talvez esse parágrafo seja um tanto confuso para quem

iniciou os estudos há pouco tempo, mas em breve será de fácil

entendimento.

Assim, seguindo a lógica do concurseiro profissional, você

decidiu, você quer. Logo, se é isso que quer, vai se dedicar. Não

vai perder seu tempo estudando um ano e depois desistir. Os

únicos que não passam são aqueles que desistem.

Durante meu caminho, conheci pessoas que estudaram

mais de um ano e não passaram – ou seja, desistiram. Ou ainda,

foram aprovadas em um concurso que tinha remuneração cinco

vezes inferior à que desejavam receber e, então, desistiram.

Desse modo, perguntei a elas: "Como assim?! Vocês

estavam se dedicando há um tempão e agora vão parar? Estavam

se enganando durante todo esse tempo?".

Essas pessoas com certeza não queriam de verdade. E é por

isso que, se você não quiser de verdade, é melhor nem tentar. É

melhor continuar trabalhando 12 horas por dia, ou trabalhando

menos e ganhando bem menos.

Ao mesmo tempo, quando eu saía mais cedo do almoço do

trabalho para utilizar parte desse tempo para estudar, as pessoas

me perguntavam: "ué, já vai estudar?", e eu respondia: “se eu não

estudar, quem vai fazer isso pra mim?!".

Então, refaça a si mesmo as perguntas da página anterior e,

depois que quiser de verdade, siga em frente.

1.1 MOTIVAÇÃO

O que te motiva?

Sim, o que te motiva? O que faz você querer lutar até o

fim? Dinheiro? Família? Ver seus filhos crescerem? Ter

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7

tranquilidade financeira e profissional? Ter aquele carro que você

sempre quis?! Poder tirar 30 dias de férias seguidos sem se

preocupar com o que vai encontrar quando voltar?

No meu caso, o que mais me motivava era poder deixar a

minha família feliz. Meus pais, irmãos, avós, amigos.

É algo inimaginável poder encontrá-los e dizer "PASSEI

*&¨%$#!". Simplesmente não tem preço. Não tem esforço no

mundo que possa ser superior à sensação de felicidade que você

pode proporcionar a sua família e a si mesmo. Para mim, não há

nada que valha mais do que isso. E é por isso que estou escrevendo

esse livro, para que de alguma forma possa contribuir com a

felicidade de muitas pessoas.

Assim, encontre sua motivação, coloque uma foto de quem

te motiva na sua mesa (sim, pode ser do Ayrton Senna), cole uma

foto do que você quer ter na parede (um carro, uma casa, um

barco, etc). Esteja cercado todos os dias pelo que te motiva, e você

estará sempre motivado.

1.2 FÉ, PENSAMENTO POSITIVO, ACREDITAR

A fé gera pensamento positivo. E pensar positivamente faz

você acreditar cada vez mais. Acreditando no seu esforço, no seu

trabalho, você terá mais fé de que vai chegar lá, e assim vai ser até

o dia em que você passar. Acredite, o pensamento positivo vai te

trazer sorte. Se fizer a prova tendo certeza de que vai passar, é

muito mais provável que você passe, do que se fizer achando que

não tem chance, mesmo que o seu nível de estudo seja o mesmo

nas duas situações.

Sobre a fé, ela pode ser religiosa ou não, o importante é ter

fé em você. Ter fé de que você pode e vai conseguir. Tem uma

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música que resume isso muito bem e ela diz: "A fé na vitória tem

que ser inabalável" – O Rappa. E tem que ser inabalável mesmo.

Tendo fé em você, acreditando em si, você vai ter um

pensamento super positivo. Mesmo que esteja passando por uma

fase ruim, você sabe que isso logo vai passar, sabe que vai

alcançar seu objetivo em breve.

E é aí que percebemos que é fundamental ACREDITAR.

Se não acreditar em si mesmo, não vai ter ninguém que acredite.

Se você acredita que pode, é porque pode. Se acredita que não, aí

você não pode mesmo!

Por isso, é tão importante o pensamento positivo. Imagine-

se lá, todos os dias, no seu futuro cargo, com sua futura conta

bancária, com o objetivo atingido.

Todas as noites eu costumava dormir pensando em como

seria quando houvesse passado. Meu cargo, meu salário, meu

trabalho... Um belo dia, eu estava lá. E passou muito rápido. Tenha

certeza de que você também vai pensar assim depois que passar,

por mais que tenha sido interminável o tempo em que estudava

esperando pelo edital.

Por falar nisso, não espere o edital sair para começar a

estudar para a sua prova. Não mesmo! A menos que você seja o

gênio da lâmpada, não há tempo hábil de se preparar para um

concurso de alto nível se você só começar a estudar após o edital.

Dependendo de quanto tempo você tem disponível para estudar

diariamente, mesmo os seis meses, que normalmente existem entre

a autorização do concurso e a prova, podem não ser suficientes.

Portanto, decida qual concurso você quer fazer e mãos à

obra. Daqui a um ano, você vai querer ter começado hoje.

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Capítulo 2

ORGANIZE-SE

Organize seu tempo, conheça suas horas livres

“Ah... Mas eu não tenho muito tempo para estudar.”

Será?!

Meu pai sempre me dizia: "Tá faltando tempo, meu filho?

Dorme menos".

Então, para quem acha que não tem tempo, fica aqui um

bizu: faça uma planilha - pode até ser na mão, mas faça - com

todos os seus horários, divididos de uma em uma hora, para cada

dia semana, e coloque lá o que você faz nesse tempo.

A minha planilha era de 06h00min às 00h00min. Era

durante esse período que eu buscava espaços vagos para estudar,

tentando cortar algumas coisas supérfluas que fazia. Para quem

tem hábitos noturnos, sinta-se à vontade para invadir a madrugada

em busca de tempo, desde que você tenha uma boa noite de sono,

seja ela em qual horário for.

Assim, você vai perceber que está fazendo algumas coisas

que te tomam tempo demais. Vai ver que a sua dormidinha depois

do almoço pode diminuir de 2 horas para apenas 15 minutos, ou

simplesmente não existir mais. Vai perceber que existem vários

horários “mortos” nos quais você poderia estar estudando.

Por exemplo, no carro, indo para o trabalho, você pode

ouvir aulas gravadas. No ônibus, nas barcas, ou até na fila do

médico, além de ouvir essas aulas, você ainda pode ler seus

resumos.

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Quando comecei a estudar para concursos, tinha aula na

faculdade às 09h00min. Fazendo essa planilha, percebi que havia

muito tempo para ser aproveitado antes disso. Então, eu acordava

mais cedo, tomava um cafezinho veloz e começava a estudar às

06h00min. Só aí eu ganhava duas horas e meia de estudo em um

horário que, até então, "não existia" na minha cabeça.

Afinal, se tanta gente acorda às 5 horas da manhã, pega três

ônibus, 2 horas de engarrafamento para chegar ao trabalho e,

ainda, ganha apenas 400 reais por mês, o mínimo que você pode

fazer é acordar mais cedo para estudar, pois você, meu amigo,

você quer de verdade!

E não pense que eu gosto de acordar cedo, porque não

gosto, e aposto que você também não! Porém, todos podem ganhar

mais horas de estudo por dia dessa maneira.

2.1 QUANTAS HORAS POR DIA?

A resposta para essa pergunta é bem simples. Não importa

tanto, desde que você estude sempre, buscando o seu objetivo

todos os dias. Não importa a velocidade que você vai, o importante

é o rumo, para onde vai. Mesmo que vá mais devagar, uma hora

você chega.

“Ah... Mas quantas horas você recomenda? Quantas horas

você estudava?”

Depende muito do que se tem para fazer durante o dia, se

você trabalha, estuda para a faculdade, se o edital está na praça ou

não.

Na média, se for um dia livre, é possível estudar de 6 a 10

horas. Eu sei que no começo é difícil, mas à medida que o tempo

passa você pega o ritmo. Por outro lado, quando se tem diversas

atividades a realizar, se você conseguir estudar umas 2, 3, ou até 4

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horas por dia, mantendo uma média de pelo menos 20 horas

semanais, já é o suficiente para seguir o seu caminho.

Contudo, depois que sai o edital, tudo muda, cada segundo

é precioso! Sem perceber, você vai estudar umas 12 horas por dia.

E eu também achava que isso era mentira.

2.1.1 INTERVALOS DE ESTUDO

“Devo estudar 1 hora e parar por 10 min? Ou estudar 2

horas e parar por 20 min? Ou não parar?! E se eu não quiser,

devo parar assim mesmo?”

Isso vai do seu feeling. Não existe um padrão. Cada ser

humano vai interagir de maneira diferente com seu livro, em uma

intensidade diferente. Assim, cada um encontrará seu ritmo aos

poucos.

Eu costumava estudar de 1h30min a 2 horas e pausar 15

min. Você deve descobrir o seu tempo ideal. Tenho amigos que

estudavam 1 hora e descansavam 10 min. Vai de cada um, não é

uma regra rígida. Está com sono? Dorme. Está com fome? Come.

Está com vontade de estudar mais? Continua a estudar e faz um

intervalo maior mais tarde. Simples assim.

2.2 FINS DE SEMANA

“Ah... Mas eu não estudo fim de semana, bla, bla, bla...”

Tá de brincadeira comigo, não é?!

Dos 365 dias do ano, 104 são fins de semana. Sério que

você não sabia disso?!

Quase 30% do ano são finais de semana. Para completar,

sábado e domingo são os dias que, possivelmente, você vai ter

mais tempo livre para se dedicar aos estudos.

A título de exemplo, um cara que tenha 3 horas livres por

dia, vai estudar 15 horas de segunda a sexta. No final de semana,

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digamos que ele consiga estudar 8 horas no sábado e mais 8 horas

no domingo, ou seja, 15 horas durante a semana e 16 horas nos

finais de semana. Mais de 50% do tempo de estudo dessa pessoa

está concentrado nesses dois dias.

Portanto, meu amigo, você, como um bom concurseiro

profissional, vai estudar nos finais de semana.

Eu costumava dizer que são nesses dois dias que você “fura

a fila”, passa na frente dos concorrentes preguiçosos. Entretanto,

mudando um pouco essa visão, todo concurso grande é uma

competição contra você mesmo. Porque se alguém gabaritar a

prova, com certeza vai passar.

Eu sei que muita gente discorda disso e perde muito tempo

pensando na concorrência, mas eu desaconselho. O foco é você, o

seu maior desafio é você. Afinal, em uma prova de múltipla

escolha, a resposta certa estará sempre lá. Se você marcar errado, a

culpa é sua, e não do seu concorrente que assinalou corretamente.

Mesmo sem pensar na concorrência, pensando apenas em

si, lembre-se de que mais de 50% do seu tempo pode estar no final

de semana.

Mas veja bem: estudar no final de semana não quer dizer

que você vai “morrer para o mundo”. O que eu costumava fazer,

por exemplo, era estudar de manhã cedo até às 18h00min. Desse

modo, das 18 às 23, eu saía para me divertir com moderação.

Da mesma maneira, para quem gosta de ir à praia, pode ir

de manhã cedo e estudar à tarde e à noite. O final de semana é tão

perfeito que dá tempo de estudar e descansar. O concurseiro

profissional deve saber otimizar seu tempo.

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2.3 O DIA DE FOLGA

Há quem diga que, uma vez por semana, você deve tirar um

dia de folga.

É claro que ninguém consegue estudar todos os dias para

sempre, indefinidamente. Entretanto, existem muitos casos de

concurseiros de sucesso que evitavam ao máximo tirar essa folga,

ou mesmo pelo seu “profissionalismo”, não conseguiam.

E, como tudo na vida, isso também tem seu lado bom e seu

lado ruim.

O que eu recomendo é descansar durante a semana,

principalmente se você trabalha ou faz faculdade. Jamais, em

minha opinião, você deve deixar de estudar em um sábado ou um

domingo para tirar a sua folga. Esses dias são sagrados no

calendário do concurseiro profissional.

Apesar disso, lembre-se de que, se você acordar cedo, é

possível estudar e descansar em um dia livre. Uma manhã, tarde ou

noite de folga, já é suficiente para dar uma boa descansada na

mente e voltar com força total no dia seguinte.

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Capítulo 3

MONTANDO O SEU QUARTEL GENERAL

O que você precisa para executar seu plano?

Existem muitos lugares nos quais se pode estudar.

Em casa, no quarto, na sala, no escritório, em uma

biblioteca, no trabalho, dentro do carro, no ônibus, nas barcas, no

banho(sim, no banho). Enfim, muitos!

Apesar disso, você precisa ter um canto só seu, onde possa

colar as folhas na parede, guardar seus livros, resumos e organizar

as suas coisas. No meu caso, era o meu quarto.

Basicamente, no seu QG, você vai precisar dos itens

abaixo:

Uma mesa (de preferência grande);

Uma cadeira boa (ou ótima, porque você vai passar

muito tempo sentado sobre ela);

Um computador com internet;

Uma impressora (não tente economizar muito nesse

item. Eu comprei uma impressora tão vagabunda que só

funcionava 50% das vezes, e você não sabe – ou sabe, se

já teve uma igual – quanta raiva isso pode te trazer.

Você imprime uma vez, ela funciona, aí você vai

imprimir outra coisa, ela trava e fica 2 horas calculando.

Dava vontade de quebrar tudo. Enfim, já passou, sem

mágoas!);

Muitos marca-textos, hidrocores, canetas, lápis, muitas

folhas A4, caderno, etc;

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Ter sempre um café ou algo que te mantenha acordado

às mãos (eu usava Nescafé com um pouco de leite, por

achar que saía mais rápido do que o café convencional e

me deixava bem mais acordado que um cafezinho de

cafeteira);

E, finalmente, se você morar em um lugar quente como

o Rio de Janeiro, deve ter um ar condicionado. Eu sei

que é caro e aumenta a conta de luz, mas não tem como

fugir. Estudar no verão do Rio, com 38°C à sombra, sob

o sol da tarde, sem ar, deveria ser crime. Caso não haja

grana suficiente para comprar um ar condicionado,

procure uma biblioteca com “ar” para estudar.

Estudar em uma biblioteca tem a grande vantagem de fugir

de coisas que se tem em casa e que podem te atrapalhar. No

entanto, vai te dar algum trabalho, pois você deve levar todo o

material, planejar-se e saber exatamente o que vai estudar naquele

dia. Apesar disso, lá não tem TV, não tem uma cama do lado da

sua mesa para dormir e não tem sua família para te interromper.

E por falar nela, é bom avisar a todos: "estou estudando

sério, por favor, respeite isso, não me atrapalhe durante os

estudos". Tem gente que vai levar um tempo para entender, mas as

pessoas se acostumam e tudo vai entrando nos eixos.

Falando em coisas que podem diminuir seu rendimento,

não preciso dizer que o seu celular é o maior vilão de todos. Por

isso, nem pense em deixá-lo ao seu lado. Ou você desliga, ou deixa

no modo avião. De preferência, deixe-o em outro cômodo da casa

e responda suas mensagens nos intervalos.

Toda vez que você pegar o seu celular, por algum motivo,

enquanto estiver estudando, lembre-se de que vai gastar bem mais

tempo do que pensa e, ainda, vai perder a concentração.

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Capítulo 4

QUAL ÁREA? QUAL CONCURSO FAZER?

Foque no peixe grande

4.1 QUAL ÁREA!?

A decisão de para qual área estudar é algo muito pessoal e

um pouco complicado, ainda mais para quem fez faculdade de

Direito, pois o leque torna-se muito maior. No meu caso, por ser

formado em Engenharia, não tive um leque tão amplo, o que

facilitou a minha vida.

Existem muitas áreas de concurso público, mas eu prefiro

simplificar e dividir entre área jurídica (Juiz, Promotor, Defensor,

etc), área fiscal e administrativa (Auditor-Fiscal, Analista do

BACEN, SUSEP, CVM, outras) e concursos mais específicos

(área da Saúde, Petrobrás, etc).

Mas, como escolher a área? É a que ganha mais? É a que

eu sonho ser desde criança? É a área em que atuo na minha

formação?

Bom, acho que ninguém sonha em ser Fiscal desde criança,

não é?

Brincadeiras a parte, é uma escolha muito pessoal. O que

tenho a dizer é que você deve saber o que pesa mais para você.

Pode ser a remuneração, pode ser o tipo de trabalho e pode até ser

um concurso no qual você não tenha que mudar de cidade.

E aqui fica uma advertência, o concurseiro profissional

deve estar disposto a ir para qualquer lugar em busca da

tranquilidade. Se você acha que mudar de cidade é algo ruim, que

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conhecer uma nova cidade – por mais longe que seja – é algo

muito ruim, sugiro rever seus conceitos sobre isso. É sempre bom

conhecer lugares novos: abre a mente, traz experiência de vida e

maturidade. Surpreenda-se positivamente e faça disso uma coisa

boa em sua vida.

4.1.1 ÁREA JURÍDICA

Sobre a área jurídica, o que posso dizer, pela experiência de

alguns amigos, é que se leva muito tempo para passar em um

concurso renomado do Judiciário ou do Ministério Público, por

exemplo. Pergunte a um Promotor e a um Auditor-Fiscal quanto

tempo eles estudaram, e é possível que você escute do Promotor:

“ah, uns 5 ou 6 anos”. Enquanto isso, um Fiscal diria: “em 2 anos

você passa”.

Portanto, se você tem pressa, eu não recomendaria que

fizesse concursos nessa área. Por outro lado, esse é o sonho de

muita gente. Logo, se é o seu sonho, corre atrás que ninguém te

segura.

4.1.2 ÁREA FISCAL E ADMINISTRATIVA

A grande vantagem dessa área é a quantidade de concursos

que estão disponíveis. No meu caso, eu estudava para Receita

Federal, mas durante o percurso, surgiram vários concursos para

Fiscos Estaduais e áreas Administrativas.

E aí você se pergunta:

“Eu devo mudar o foco?! Será que mudar de fisco federal

para estadual é mudar tanto o foco assim?! Será que isso vai

atrapalhar a minha vida?! Ou será que isso pode me ajudar!?”.

O que tenho a dizer sobre isso é fruto da minha própria

experiência. Depois de algum tempo de estudo, quando você já

estiver expert nas matérias principais, aquelas que caem em quase

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todas as provas – direito constitucional, administrativo, português,

etc –, você deve trabalhar com o que tem em mãos.

Ou seja, se sair o edital de um concurso PARECIDO,

repito, PARECIDO, com o que você está estudando, matérias

similares e tudo mais, eu recomendo muito que você faça essas

provas.

Continuando o meu caso, o concurso da Receita estava

previsto para o fim do ano, mas em julho do mesmo ano, houve

prova para Fiscal de ICMS do Rio de Janeiro e, 15 dias depois,

Fiscal de ICMS de São Paulo.

Entretanto, nessas duas provas, foram cobradas disciplinas

que não costumavam cair na Receita, como direito civil, penal,

comercial e outras. Matérias com as quais eu nunca havia tido

contato.

Bem... Isso era tudo o que eu tinha em mãos. Já havia

começado a estudar há uns 9 meses e não sabia quando sairia o

edital da Receita, não podia dar “mole” de perder dois concursos

tão importantes.

...

Acabei não passando por pouco nesses dois exames.

Contudo, quando isso acontece, é um bom sinal. Não se

abale. Quando você bate na trave, perde por uma ou duas questões,

é sinal de que o seu trabalho está sendo bem feito. Sinal de que

você está no rumo certo e logo vai chegar lá.

Quando chegamos ao mês de setembro daquele ano,

finalmente saiu o edital para a Auditor e Analista da Receita

Federal. Para minha surpresa, e também alegria, as matérias que

não costumavam cair antes, as quais eu já havia estudado para as

provas dos fiscos estaduais, entraram como novas disciplinas

nesses concursos.

E foi aí que eu vi como um concurso “amigo” pode acabar

te ajudando muito em outra prova.

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Na sequência, no mês de dezembro, a prova de Auditor-

Fiscal estava marcada para uma semana antes da prova de

Analista-Tributário. Assim como antes, essa última prova exigia

conhecimentos sobre algumas matérias que não eram cobradas no

edital de Auditor – por exemplo, administração geral.

Como um bom concurseiro profissional, foquei no

concurso de Auditor, mas não deixei de fazer o outro. Durante a

semana de intervalo, estudei tudo que podia de administração

geral, fazendo apenas algumas revisões das matérias que eram

comuns aos dois. No futuro, essa disciplina ainda me serviu para

realizar a prova de Analista do Banco Central e uma nova prova do

ICMS RJ.

E por aí vai.

As matérias diferentes de um exame acabam te ajudando

muito em outra prova. Em um determinado momento, você já

estudou tantas disciplinas que está apto a passar em praticamente

qualquer concurso de áreas similares. Esse é o principal motivo

pelo qual recomento essa prática.

4.2 QUAL CONCURSO?

Da mesma maneira que deve definir qual é a área, você

precisa decidir qual concurso prestar. Há de se ter um FOCO para

começar a estudar. A escolha é somente sua, no entanto, alguns

comentários pertinentes podem ser feitos:

I. Na maioria dos casos, Fiscos Estaduais possuem

remuneração superior à do Fisco Federal;

II. Os concursos para o BACEN, CVM e SUSEP,

normalmente destinam suas vagas apenas para grandes

capitais. Assim, por uma remuneração 5% menor do

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que a de um Auditor-Fiscal da Receita, você não corre

o risco ser lotado nos confins do Brasil;

III. A experiência mostra que se leva muito tempo para

passar em um concurso Jurídico de alto nível;

IV. Concursos para determinadas sociedades de economia

mista e empresas públicas, como Petrobrás e BNDES,

podem apresentar vantagens significativas que

merecem ser avaliadas.

4.2.1 QUAL ÁREA ESPECÍFICA?

“Saiu o edital... Mas espera, existem três áreas específicas

para o mesmo cargo. E agora? Qual eu devo fazer!?”

A sugestão aqui é bem simples. A menos que você já esteja

se preparando especificamente para uma dessas áreas, ou seja um

expert em uma delas, faça a área que tenha mais vagas. É o que

recomendo.

Se existirem duas áreas com o mesmo número de vagas,

foque na atividade fim daquela instituição, que normalmente é a

que tende a ter mais vagas em um eventual próximo concurso.

Por exemplo, se aquela instituição existe para fiscalizar, e o

concurso tem 50 vagas para a área de fiscalização e 50 para a área

de logística, foque na fiscalização, a menos que por algum motivo

você já saiba muito bem as matérias específicas de logística e

acredite que possa tirar uma vantagem considerável disso.

4.3 CONCURSOS MEIO

Um ponto que considero essencial é focar em um concurso

GRANDE! Foque no peixe grande e os outros também virão à sua

rede.

Como exemplo, podemos citar o concurso de Técnico e

Analista de Tribunal. Em qual focar? Foque no peixe grande e terá

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chance de passar nos dois. Foque no peixe pequeno e só terá

chance de passar em um. Melhor ainda seria focar em um concurso

de Juiz, Promotor, ou Defensor, pois aí você teria chance de passar

nos três.

À minha época, eu focava no concurso de Auditor-Fiscal,

mas antes, passei também para ATA – Assistente-técnico

Administrativo e Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil.

Todos relacionados dentro do Ministério da Fazenda e com mesma

banca examinadora. Caso eu não estivesse focado no peixe grande,

talvez não tivesse passado em nenhum deles.

Certamente, no meio do caminho você vai encontrar alguns

editais de concursos com remuneração inferior à que você procura,

e vai se perguntar se deve fazê-los ou não.

Caso o concurso seja elaborado pela mesma banca

examinadora da prova na qual você está focado, use-o como um

simulado. Sempre é bom conhecer as questões “novas” da banca.

Contudo, se você passar, tome cuidado: assumir um cargo

de remuneração menor pode ser tudo de bom para aquele

concurseiro que está sem grana, mas também pode levá-lo ao

fundo do poço nos estudos, caso venha a se acomodar com a nova

renda.

Como tudo na vida, tem seu lado bom e ruim.

Sobre esse ponto, gostaria de esclarecer que muita gente

tem motivos importantes para deixar de galgar patamares

superiores de renda através de um novo concurso. Entretanto, é

certo que a maioria das pessoas deixa de buscar novos ares por

acomodação. É por isso que você deve focar sempre no concurso

maior, pois você quer ir além!

O concurseiro profissional enxerga sempre à frente. Não se

acomoda. Para ele, aquele concurso de remuneração menor é

apenas um degrau de uma longa escada que ele vai subir.

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Mantendo sempre o peixe grande no seu horizonte, você não vai

parar até fisgá-lo.

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Capítulo 5

POR QUAL MEIO ESTUDAR?

Livros, aulas presenciais, aulas online, ou aulas escritas?

Existem muitos meios nos quais o concurseiro profissional

pode buscar o conhecimento necessário para realizar o seu sonho.

Podemos dividi-los em quatro grupos:

Aulas presenciais e telepresenciais (aquelas que você

precisa ir ao cursinho);

Aulas online para assistir em casa;

Aulas escritas (normalmente em arquivos do tipo PDF,

onde o professor escreve o que se explicaria em uma

aula presencial, de maneira menos formal do que

escreveria em um livro); e

Livros.

ATENÇÃO! Essa é uma das informações mais importantes

que alguém pode te dizer:

FOQUE NOS LIVROS E AULAS ESCRITAS. FUJA DAS AULAS

PRESENCIAIS.

Aulas presenciais demandam muito, muito, tempo.

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24

Para começar, você precisa se deslocar até o curso. Se for

de carro, deve arrumar uma vaga para estacionar, pode pegar

engarrafamento e chegar atrasado.

Além disso, deverá estudar tudo de novo em casa se quiser

realmente aprender alguma coisa. Caso contrário, a menos que

você seja o gênio da lâmpada, não aprenderá quase nada.

Fora isso, ao assistir uma aula presencial, você precisa ser

extremamente focado. Não pode desviar o pensamento nem por

um segundo. Se, durante aula, você começar a pensar em outra

coisa... Viajando na vida... Vai perder uma boa parte dela. E vai

perder mesmo, pois ainda você que grave a aula em áudio, não é

tão fácil quanto parece achar aquele exato momento que você

perdeu.

Oposto a isso, com os livros e aulas escritas, você nunca

chega atrasado, só vai para próxima página se terminar aquela que

está lendo. E, se você não entender nada, ou ficar pensando na

morte da bezerra, você vai ler de novo. E vai ler quantas vezes for

preciso para entender.

Ademais, utilizando esses materiais, você já esta estudando

em casa. Já está se acostumando a sentar a bundinha na cadeira e

passar horas se divertindo na sua mesa.

Assim, você deixa de cometer o grande erro de quem

começa a estudar por aulas presenciais: assistir às aulas e esquecer-

se de revisar tudo depois. Isso é como cavar a própria cova. Quem

não estuda em casa, leia-se, fora do cursinho, simplesmente não

passa.

Por mais assustador que pareça, essa é a maior dificuldade

de muita gente: ter a disposição de sentar na cadeira e ler, ler, ler,

marcar o “x”, resumir, estudar, etc. Às vezes, o sujeito passa horas

à toa em casa, vê a sessão da tarde, vê a novela, mas não consegue

se dirigir à sua mesa.

“Tá de brincadeira né?!”.

Page 25: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

25

É incrível a quantidade de pessoas que perambulam pelos

cursos dizendo: "to fazendo curso xyz... Muito bom... Tô sabendo

tudo". Chega na hora da prova e vai super mal. Esse cara não

estuda em casa. A propósito, esse cara não é um concurseiro, é um

legítimo frequentador de cursinhos. Não seja mais um.

5.1 USE AS AULAS PRESENCIAIS DA MANEIRA CERTA

Apesar de tudo, precisamos ser sinceros, as aulas

presenciais também têm o seu valor. Existem matérias que

realmente são complicadas de aprender apenas lendo, o que não é

o caso da maioria das matérias de direito.

Isso se aplica quando é necessária uma demonstração para

o correto entendimento dos exercícios de prova. Basicamente,

quando a matéria é tão difícil que é preciso que alguém desenhe

para que você entenda.

Matérias que exigem cálculos, como matemática

financeira, estatística, raciocínio lógico, contabilidade, dificilmente

vão ser aprendidas apenas com livros.

Outro bom motivo para assistir aulas é quando você precisa

aprender disciplinas que não dispõem de bons livros no mercado.

Isso acontece, frequentemente, com conteúdos muito específicos

de determinados concursos e alguns tipos de legislações especiais.

No entanto, mesmo nesses casos, a aula presencial ainda

pode ser substituída pela aula online. Aquela que você pode

assistir em casa, de pijama, com o cafezinho na mão e ainda pausar

quando quiser e rever os trechos que não entendeu bem.

Apesar disso, se você é do tipo que só funciona bem se sair

de casa para estudar, procure um bom curso, com ótimos

professores, e revise a matéria em uma biblioteca.

Gostaria de lembrar, sempre, que os métodos aqui descritos

foram os que melhor se aplicaram a mim - e a muitos amigos. Isso

Page 26: Livro O Concurseiro Profissional

26

não significa que vai dar certo com todos. As pessoas são

diferentes. O concurseiro profissional sabe adaptar tudo ao seu

jeito, seu ritmo, seu aprendizado. Não existe regra, este livro é

apenas uma fonte de informação, onde é possível encontrar

algumas coisas que eu gostaria de ter aprendido antes de ter

começado a estudar.

Agora, gostaria de compartilhar um ponto fundamental, que

a maioria desconhece: sempre que você pretender assistir a alguma

aula presencial ou online, por favor, LEIA O LIVRO DA

MATÉRIA ANTES.

Eu sei que às vezes não dá tempo, mas não é preciso ler o

livro todo. Pode-se ler somente os capítulos que vão ser ensinados

na próxima aula. Isso faz TODA a diferença. Repito, TODA a

diferença.

Fazendo isso, você eleva muito a sua capacidade de

aprendizado. Aquela aula passa a ser uma revisão, servindo para

esclarecer alguns pontos que você não havia entendido e, ainda,

para tirar dúvidas diretamente com o professor. Aí sim, sendo

usada da maneira certa, a aula assistida merece destaque.

Inclusive, se você tiver tempo e dinheiro, é interessante

assistir às aulas assim que terminar de estudar a disciplina através

do livro, de modo a “aparar as arestas” do seu conhecimento.

Page 27: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

27

Capítulo 6

COMO OTIMIZAR O ESTUDO?

Seja profissional

É nessa hora que se diferencia o concurseiro profissional do

amador.

Novamente, quero deixar claro que todas as técnicas devem

ser adaptadas ao seu estilo de estudo. O que vou fazer aqui é citar

diversos métodos, muito eficientes, que foram exaustivamente

testados e comprovados por muitos concurseiros.

6.1 ANOTE AS HORAS

Primeiramente, você deve anotar quantas horas de cada

disciplina está estudando por dia.

"Ah... Mas isso é muito chato!"

Ok. Tem gente que passou sem anotar!? Tem, mas esse é o

melhor meio de avaliar o seu estudo no longo prazo. O concurseiro

profissional anota cada segundo de estudo. O ideal é fazer uma

planilha e, no fim do dia, preencher com as horas que você

estudou.

Ao final de um longo período, você vai ter uma boa noção

do que está estudando mais, o que está estudando menos, a qual

matéria você deve se dedicar mais, etc.

Dois pontos muito importantes:

Tempo de aula assistida não conta como tempo de

estudo. Simplesmente porque se assim fosse, o sujeito

assistiria às aulas e acharia que já está estudando

Page 28: Livro O Concurseiro Profissional

28

muito, o que não é verdade. O que conta mesmo é o

estudo fora da aula;

O tempo que você está tomando um cafezinho, indo ao

banheiro, lanchando, também não conta.

6.2 NÃO SE ESQUEÇA DE NENHUMA MATÉRIA

De alguma forma, você deve adotar um método que te

permita estudar todas as matérias sem deixar nenhuma para trás.

Até porque, não adianta muito você ser o mestre supremo da

matéria X, se não souber nada da matéria Y.

São necessários anos de estudo e um pouco de sorte para

gabaritar a prova de uma disciplina, mas apenas algumas semanas

para acertar 80% dela.

Exemplificando, vamos considerar que uma prova de dez

questões é constituída por quatro questões fáceis, três questões de

dificuldade média, duas difíceis, e uma muito difícil, ou

impossível, aos olhos do candidato (aquela que só o examinador

entende).

Assim, leva-se muito tempo de estudo para conseguir

acertar todas. Às vezes, você poderia ter estudado cinco anos

aquela matéria e mesmo assim não acertaria as dez questões sem

um pouco de sorte. Contudo, necessita-se de muito pouco tempo,

dedicado àquela disciplina, para acertar as questões fáceis e um

pouco mais para acertar as médias e difíceis.

Desse modo, se o candidato for “o cara” da matéria X e não

souber nada da Y, desses 20 pontos totais, ele vai ter chance de

fazer uns nove na disciplina X, e vai acabar chutando os dez

pontos da Y.

Por outro lado, se tivesse estudado as duas matérias por

igual, mesmo que não dispusesse de tanto tempo, teria chance de

Page 29: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

29

fazer uns 16 pontos, acertando as questões fáceis, médias e 50%

das difíceis.

Portanto, não se vicie em uma matéria. Você deve elaborar

uma lista das disciplinas que está estudando, criar uma ordem,

preferencialmente intercalando matérias de texto com matérias de

cálculo, e determinar certa quantidade de horas para cada uma

delas.

Como exemplo, posso citar um concurseiro que colocava

os livros em uma determinada ordem e lia cada um durante uma

hora. Quando terminava a leitura do primeiro, ele colocava o

respectivo livro no final da fila e pegava o próximo. É um método

interessante, porém, você deve levar em consideração algumas

variáveis, como a quantidade de questões, o peso de cada matéria

no edital e seus pontos fortes e fracos.

Gostaria de mostrar, agora, uma técnica que aprendi com o

texto do Alexandre Meirelles "Manual do Concurseiro - 2008"

(leitura recomendadíssima) e, como sempre, adaptei ao meu estilo

de estudo, sendo-me muito útil. Logo, pode não estar fielmente

igual ao texto dele, mas o princípio básico é o mesmo, estudar sem

deixar nenhuma matéria para trás.

Essa técnica ensina como separar o seu tempo de estudo

dividindo-o em ciclos de 24 horas, criando uma ordem na qual as

disciplinas se repetem dentro de um mesmo ciclo. Isso garante que

você vai estudar todas as matérias sem se "viciar" em nenhuma.

Então, o que se tem a fazer é distribuir as suas 24 horas

pelo número de disciplinas que está aprendendo no momento e,

logo depois, criar uma ordem para estudá-las. Por exemplo, caso

você esteja estudando apenas quatro matérias, haveria 6 horas para

cada uma, ou seja, você poderia estudar por períodos de 2 horas,

intercalando as quatro disciplinas, até que, depois de alguns dias,

você completaria o seu ciclo.

Page 30: Livro O Concurseiro Profissional

30

À medida que for aumentando o número de matérias, tente

construir uma relação proporcional entre as horas de estudo e os

pontos que cada uma representa na sua prova. Ou seja, aquelas que

têm maior número de questões e maior peso, de acordo com o

último edital, devem receber uma carga horária maior.

Por exemplo, vamos considerar uma prova que tenha 20

questões: dez de direito tributário, com peso dois, e dez de direito

civil, com peso um. Fica claro que para cada hora de estudo

dedicada ao direito civil, você deve dedicar 2 horas ao direito

tributário.

"Ah... Mas eu já sei tudo de direito tributário e não sei

nada de direito civil!"

Ok, aí você deve otimizar seu tempo, dedicando-se um

pouco mais ao direito civil, até que esteja bom nos dois. Nunca

deixe totalmente de lado o direito tributário, lembre-se de que ele

vale em dobro! Quando você estiver expert nos dois, volte a

estudar mais o que vale mais.

Outro quesito que merece atenção é a manutenção dos seus

pontos fortes e aprimoramento dos seus pontos fracos. Isso

também vai influenciar na quantidade de horas que você vai

atribuir a cada matéria.

Para exemplificar, podemos considerar uma prova com 100

pontos totais, sendo cinco deles destinados à matéria de inglês.

Normalmente, isso representaria 5% do meu ciclo de estudos.

Porém, como eu sou péssimo em inglês, vou atribuir 10% do meu

tempo a essa disciplina, pois preciso aperfeiçoar esse ponto fraco.

6.3 MATÉRIAS BÁSICAS X ESPECÍFICAS

No início do seu estudo, foque sempre nas matérias básicas,

aquelas que caem em quase todas as provas. Na área fiscal, por

exemplo, seriam direito constitucional, administrativo, tributário,

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31

português e contabilidade. Não existe nenhuma prova para Fiscal

que não tenha essas matérias em seu edital. Conclusão: nunca

comece a estudar pelas específicas.

Exemplificando, se o seu foco é a Receita Federal, você

não deve estudar a disciplina de direito previdenciário, antes de

estar muito bem nas cinco matérias básicas. Isso porque, antes da

prova da Receita, é possível que seja divulgado um edital de algum

concurso similar que te interesse. Dificilmente, em um concurso de

fisco estadual, por exemplo, vai cair direito previdenciário, mas

com certeza vão cair as cinco básicas.

Temos sempre que começar a construir a casa pela

fundação e pelo alicerce. Nunca pelo telhado. Depois que estiver

mandando bem nas matérias básicas, aí sim, você deve partir para

as específicas.

6.4 EXERCÍCIOS

Primeiro de tudo, é essencial que sejam feitos muitos

exercícios, MUITOS! É importantíssimo.

Quando o caderno de questões que vier junto com seu livro

acabar, busque outros exercícios, faça download de provas antigas

na internet, compre livros de questões resolvidas, que podem ser

separados por provas, ou por tema.

Atenção: sempre faça exercícios da mesma banca

examinadora do concurso que você escolheu para passar. Assim,

se o último edital da sua prova foi da ESAF – Escola de

Administração Fazendária, faça o máximo de exercícios da ESAF

que você conseguir. Se for de outra banca, faça o máximo de

exercícios de provas antigas que sejam elaboradas por ela.

Isso é simplesmente fundamental. As questões de uma

mesma banca examinadora sempre se repetem, as alternativas

Page 32: Livro O Concurseiro Profissional

32

muitas vezes se repetem, o método de resolução se repete, os tipos

de questões se repetem, os temas se repetem.

Quem já estudou sabe, uma prova de língua portuguesa da

FGV – Fundação Getúlio Vargas é completamente diferente de

uma prova de português da ESAF.

Nas provas que a FGV elaborava para o ICMS RJ,

certamente você encontraria alguma questão sobre “anaforismo e

cataforismo”, “orações coordenadas e subordinadas”, “diferença

entre adjunto adnominal e complemento nominal”.

Por outro lado, em uma prova de português da ESAF,

sempre tem a questão de “botar o textinho em ordem 1,2,3,4,5” e

de completar a frase com a alternativa correta.

Ao mesmo tempo, em uma prova da FCC – Fundação

Carlos Chagas, esteja certo de que vai encontrar muitas questões

sobre interpretação de texto.

Como podemos ver, cada banca tem o seu estilo, e o

concurseiro profissional deve se adaptar ao estilo da banca.

Aqui fica uma dica: na hora de resolver os exercícios,

muitos candidatos preferem não escrever no livro, apenas anotando

o gabarito em uma folha em branco, por medo de inutilizar as

questões. Contudo, acredito que isso dificulta o treino. Eu gosto de

me sentir livre para rabiscar a questão inteira, pois é assim que

farei na minha prova. Portanto, se esse também é o seu estilo,

recomendo que faça uma cópia das questões e, quando for resolvê-

las de novo, tire uma nova cópia. Isso vai facilitar tudo.

6.5 SIMULADOS

Algo que eu gostava muito de fazer, depois de alguns

meses de estudo, era montar minissimulados com provas antigas

da mesma banca. Um bom site para conseguir essas provas é o

www.pciconcursos.com.br.

Page 33: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

33

Essa técnica permite que você veja como está o seu

desempenho, fazendo exercícios que não necessariamente tenham

a ver com o capítulo que acabou de estudar. Permite ainda que

você retorne às partes do livro que já estudou há mais tempo.

Depois de uns bons meses de estudo, quando você já tiver

estudado todas, ou quase todas as matérias do concurso que

pretende fazer, eu recomendo fortemente que procure cursos que

realizem provas simuladas, semanalmente, de acordo com o último

edital.

É impressionante como uma sequência de simulados pode

te ajudar. Você treina o tempo, treina como fazer os problemas, as

decisões de prova, deixar para depois questões complicadas, treina

sair de casa para ir ao local do curso sem se atrasar. Enfim, muitos

benefícios.

Adicionalmente, é normal que exista um ranking através

do qual você pode se avaliar, em comparação àquela amostra de

alunos. Então, se você está mandando bem diante de uma turma de

simulados do curso mais renomado do momento, onde os melhores

concurseiros do Brasil estão presentes, quer dizer que você está

bem para fazer a sua prova, o que te dá mais confiança.

Outro bom motivo para fazê-los é o fato de existir algo que

chamo de “memória de prova”. Se você presta um concurso e tem

certeza de que acertou uma determinada questão, mas, no dia

seguinte, descobre que havia errado, você nunca mais esquece essa

resposta. De alguma maneira aquilo fica marcado na sua memória

para sempre. É como um trauma, que tem como consequência

nunca mais errar nada parecido.

Apesar de todos esses benefícios, existem algumas pessoas

que não gostam de fazer simulados. Dizem que vão se sentir

desestimuladas caso tirem uma nota ruim. Se esse é o seu caso,

tente analisar de outra forma: o simulado serve para identificar

seus pontos fracos. Se, naquele dia, você percebeu que tinha uma

Page 34: Livro O Concurseiro Profissional

34

deficiência na matéria de direito comercial, é nessa disciplina que

deve focar durante a próxima semana de estudo, a té que venha o

próximo teste.

Outro ponto importante é o fato de que os professores estão

sempre buscando os temas mais recentes para colocar em suas

questões, aqueles que vêm sendo cobrados há pouco tempo pela

banca examinadora. Certamente, no seu concurso cairá uma

questão do momento, uma jurisprudência nova, um artigo novo

daquela lei, etc.

Além disso tudo, existe ainda a correção das provas,

geralmente no período da tarde, dando a oportunidade de você

sanar suas dúvidas diretamente com o professor.

Enfim, eu sou fã e recomendo muito!

Mas atenção: existem cursinhos que montam o teste de

maneira a não retratar fielmente o edital. Por exemplo, um

simulado com menos questões do que haverá no seu concurso.

Fuja desse tipo de exame, ele impede que você meça o tempo de

prova, o que pode confundir sua cabeça na hora que mais precisar.

Page 35: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

35

Capítulo 7

TÉCNICAS DE ESTUDO

Leia, marque, resuma, faça exercícios, re-resuma

Agora, vem o filé mignon desse livro. Nesse tópico, serão

abordadas diversas técnicas que vão dar um upgrade nos seus

estudos.

7.1 LIVRO, RESUMO, EXERCÍCIO, RESUMO, LIVRO

A técnica descrita abaixo é, sem dúvida, algo que

simplesmente revoluciona a capacidade de memorizar e acertar

questões de prova.

Ela se baseia em uma sequência simples, descrita nas

próximas páginas.

7.1.1 LEIA O CAPÍTULO DO LIVRO, OU A AULA ESCRITA

Essa leitura deve ser feita com o marca-texto amarelo nas

mãos, marcando as partes que você entende que são mais

importantes, as que têm mais chances se transformarem em

questões de prova (Atenção! Não use outras cores para destacar o

texto, pois você vai escondê-lo).

Nessa hora, você deve imaginar que é o examinador, você é

a banca. Pense consigo mesmo: "se eu tivesse que fazer uma

questão de prova, o que eu pegaria desse capítulo?!". Esse é o

melhor meio de selecionar o que vai entrar no seu resumo.

Page 36: Livro O Concurseiro Profissional

36

7.1.2 RESUMA

Os melhores resumos são feitos à mão. Os que são

elaborados no computador perdem muito na capacidade de criação.

Você perde o espaço para desenhar, dividir a página da maneira

que bem entender e dar uma formatação que é a sua cara. Assim,

resumos manuscritos são muito mais eficazes, atingindo mais

facilmente o objetivo de memorização.

No meu caso, para prepará-los, gostava de utilizar folhas

A4 cortadas ao meio, frente e verso, formando vários cartões.

Porém, no fim do estudo, acabei usando folhas A4 inteiras. Fica a

seu critério. No entanto, não recomendo que use um caderno, pois

ocupa muito mais espaço do que meia dúzia de folhas, caso precise

levá-lo para algum lugar.

O seu resumo deve ser o mais colorido, desenhado e o mais

breve possível. Escreva a menor frase que te faça entender o que

deve ser lembrado.

Por exemplo, segue abaixo o inciso III, do artigo 5° da

Constituição Federal de 1988(CF/88):

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem

distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos

seguintes:

(...)

III - ninguém será submetido a tortura nem a

tratamento desumano ou degradante;”

Caso você decida colocá-lo em seu resumo, eu aconselharia

escrever algo parecido com “tortura – NÃO”, que é a menor

Page 37: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

37

sentença que me faz memorizar esse artigo. Tente ao máximo

minimizar as frases.

Atenção! Você deve selecionar o que realmente importa.

Um resumo não deve ser uma cópia do livro. Se fosse, não seria

um resumo. Lembre-se, nessa hora você é o examinador. Escolha o

que colocaria em suas questões e aprenda a resolvê-las.

7.1.3 RESOLVA OS EXERCÍCIOS DAQUELE TEMA

Depois de dar uma breve estudada no seu resumo, pegue o

seu caderno de questões, que normalmente vem junto com o livro,

e resolva os problemas daquele capítulo. Sem colar, é claro.

7.1.4 ANOTE SUAS DÚVIDAS: RE-RESUMA

Todos os assuntos das questões que gerarem dúvida, ou

que, porventura, não tiverem sido incluídos no seu resumo, devem

passar a integrá-lo neste momento. Pois se trata de um item que já

caiu em alguma questão de prova e, muito provavelmente, vai cair

de novo. Acredite, tudo se copia.

7.1.5 AO RECOMEÇAR, RELEIA OS RESUMOS

Toda vez que você reiniciar o estudo daquela disciplina,

releia os seus resumos desde o início. Dessa forma, você estará

sempre revisando o conteúdo por inteiro, não correndo o risco de

chegar ao final da matéria, sem saber o começo. É muito

importante que os leia com frequência, pois, caso fique muito

tempo sem ler seus papéis, pode ser que esqueça o significado de

algum item.

Concluindo, acredito que o método descrito neste tópico -

7.1 - seja a informação mais importante que um candidato pode

saber.

Page 38: Livro O Concurseiro Profissional

38

Assim, podemos ter um livro de mil páginas resumido em

apenas 15 folhas de papel, ou até menos que isso. E quando

precisar, você vai ler as suas folhas e ficar por dentro de toda a

matéria. Afinal, não existe nada que já não tenha caído em uma

questão de prova daquela banca que não conste no seu resumo.

Nota: em vez de resumos, há quem prefira apenas reler as

partes destacadas no livro várias vezes. Há também aqueles que

apenas leem, sem marcar nada. Podemos citar, ainda, os que nunca

compraram um livro, logrando êxito em sua trajetória apenas

frequentando bons cursos e estudando esse material em casa.

É como eu sempre digo, cada um se adapta à sua maneira.

Para mim, os resumos foram fantásticos. Por mais que pareça

trabalhoso e demande um pouco de tempo, resumir um capítulo vai

te economizar muitas horas lá na frente. Acredite!

7.2 PALAVRAS MNEMÔNICAS

Esse método é muito utilizado para memorizar itens em

sequência. Ele consiste em formar palavras com as iniciais dos

itens que se pretende memorizar.

Um ponto que deve ficar claro: a palavra não precisa existir

na língua portuguesa, ok?! Pode ser qualquer tipo de frankenstein.

Por exemplo, vamos ver o artigo primeiro da Constituição

Federal:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil,

formada pela união indissolúvel dos Estados e

Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em

Estado Democrático de Direito e tem como

fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

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|O Concurseiro Profissional

39

IV - os valores sociais do trabalho e da livre

iniciativa;

V - o pluralismo político.”

A princípio, têm-se cinco incisos para memorizar, mas

utilizando esse método, você memoriza tudo em apenas uma

palavra, a famosa “SO-CI-DI-VA-PLU”.

SO = Soberania;

CI = Cidadania;

DI = Dignidade da pessoa humana;

VA = Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

PLU = Pluralismo político.

Da mesma maneira, podemos resumir os cinco princípios

administrativos do artigo 37 da CF/88 em uma palavra: LIMPE!

“Art. 37. A administração pública direta e

indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

obedecerá aos princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

e, também, ao seguinte(...)”

L = Legalidade;

I = Impessoalidade;

M = Moralidade;

P = Publicidade;

E = Eficiência.

Bom, acho que já deu para entender. É muito simples e

muito útil.

Page 40: Livro O Concurseiro Profissional

40

7.3 FRASES MNEMÔNICAS

Similarmente ao método das palavras mnemônicas,

também podemos formar frases que nos ajudam a memorizar

trechos mais complicados de aprender.

Para isso, temos duas regras:

I. A frase não precisa fazer sentido;

II. Quanto mais engraçada e, aparentemente, ridícula

for a sua frase, mais fácil vai ser para memorizá-la.

Por exemplo, vamos ver o artigo 3° da CF/88:

“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da

República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e

solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e

reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem

preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.”

Eis aí uma frase engraçada e fácil de memorizar: “CONGA

É PRO BEM”!

CON = Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

GA = Garantir o desenvolvimento nacional;

É = Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as

desigualdades sociais e regionais;

PRO BEM = Promover o bem de todos, sem preconceitos

de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas

de discriminação.

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|O Concurseiro Profissional

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Abuse da criatividade, quanto mais frases você tiver, mais

fácil vai ser na hora da prova.

7.4 DESENHOS

Outro meio excelente de memorizar alguma coisa é

desenhando. Sim, desenhando. Quando você desenha, o esboço

fica na sua mente e, cada vez que você olhá-lo, vai ficar mais

visível na sua memória. Assim, quando precisar dele, o desenho

surge à mente como se você estivesse olhando para o seu resumo.

Como exemplo, segue o artigo 194 da CF/88, sobre direito

previdenciário:

“Art. 194. A seguridade social compreende um

conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes

Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os

direitos relativos à saúde, à previdência e à

assistência social.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público,

nos termos da lei, organizar a seguridade social, com

base nos seguintes objetivos:

I - universalidade da cobertura e do

atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios

e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na

prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - eqüidade na forma de participação no

custeio;

VI - diversidade da base de financiamento;

Page 42: Livro O Concurseiro Profissional

42

VII - caráter democrático e descentralizado da

administração (…)”

Durante o estudo dessa disciplina, percebi que os nomes

dos princípios eram muito parecidos, praticamente todas as

palavras que iniciam os incisos terminavam com “idade” e as

questões ainda misturavam todos eles. “Universalidade e

equivalência dos benefícios”, “uniformidade da cobertura e do

atendimento”, “seletividade do valor dos benefícios”,

“irredutibilidade e distributividade na prestação”. Nenhum desses

princípios citados na frase anterior está correto, apesar de serem

parecidos com os originais. Ou seja, é péssimo de acertar esse tipo

de questão.

Eu só consegui aprender depois de fazer um desenho para

cada princípio.

Segue abaixo o meu desenho sobre a “universalidade da

cobertura e do atendimento”:

Page 43: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

43

Como podemos ver, as estrelas no céu representam a

universalidade e o telhado da casa representa a cobertura. Se você

reparar bem, vai ver ainda que tem um ser humano prestando um

“atendimento” em cima desse telhado (bom, pelo menos foi isso

que eu tentei desenhar). Daí, temos a “universalidade da cobertura

e do atendimento”. Perfeito, não é!?

Quanto mais tosco for o seu desenho, mais simples vai ser

para lembrar depois. Divirta-se!

7.5 MIND MAP OU MAPA MENTAL

Os mind maps, ou mapas mentais, são redes de

informações, correlacionadas, que se distribuem em forma de

mapa, sempre muito coloridos e desenhados. Parecem uma espécie

de “polvo”, com vários tentáculos, onde acima de cada um, estão

as palavras mais importantes.

Geralmente, partem de um ponto central, com várias

ramificações, que se subdividem em ramos mais finos, formando

assim uma enorme teia de conhecimentos. É especialmente útil

para memorizar artigos com muitos itens.

Bom, uma imagem vale mais que esse texto todo, não é?

Segue, na próxima página, um mind map sobre os três

primeiros artigos da CF/88:

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Page 45: Livro O Concurseiro Profissional

|O Concurseiro Profissional

45

7.6 MÉTODO DOS “PORQUÊS”

Sempre ouvi dizer que seria mais fácil de memorizar

alguma coisa se você conseguisse relacioná-la a uma memória

antiga. Inconscientemente, muita gente já se utiliza disso para

aprender. É algo natural.

O método consiste em se perguntar o “porquê” da

informação que você quer aprender. Fazendo essa pergunta a si

mesmo, você tende a relacionar o assunto com determinadas coisas

que já conhece. Quanto mais estranho for o motivo que te faça

relacionar uma informação à outra, mais fácil vai ser de lembrar

depois.

Por exemplo, temos aqui o artigo 150 da CF/88:

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias

asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos

Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos

outros;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos

políticos, inclusive suas fundações, das entidades

sindicais dos trabalhadores, das instituições de

educação e de assistência social, sem fins lucrativos,

atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado

a sua impressão.

e) fonogramas e videofonogramas musicais

produzidos no Brasil contendo obras musicais ou

literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em

geral interpretadas por artistas brasileiros bem como

Page 46: Livro O Concurseiro Profissional

46

os suportes materiais ou arquivos digitais que os

contenham, salvo na etapa de replicação industrial de

mídias ópticas de leitura a laser.”

Aí você se pergunta: “por que é vedado à União, aos

Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos

sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros?”. E

responde: “porque se não fosse assim, nenhum ente federativo

teria dinheiro para consertar as estradas maravilhosas que temos

no Brasil”.

“E por que é vedado instituir impostos sobre livros,

jornais, periódicos?!”. “Porque se não fosse assim, os livros

seriam muito caros e todos seríamos analfabetos”.

“Então, por que não cobrar imposto sobre fonogramas e

videofonogramas musicais?”. “Porque os músicos já ganham mal,

se tivessem que pagar impostos, morreriam de fome”.

“Já sei, vamos cobrar dos políticos!?”.“Não, se cobrarem,

eles vão ficar sem dinheiro para financiar suas campanhas”.

E por aí vai...

Não precisa ser verdade, só precisa te fazer lembrar.

7.7 COLE TUDO NA PAREDE

Esse método é autoexplicativo.

Escreva, desenhe, anote, pinte uma folha de papel e cole

tudo na parede. Mas atenção: escreva com letras GRANDES, para

que você consiga ler de longe. Essa técnica é especialmente útil

quando você precisa decorar números ou fórmulas.

A parede do meu quarto era repleta de anotações. Outro

lugar bom para colar é o espelho do banheiro, exatamente onde

ficaria a reflexão do seu rosto. Pode colar também na frente da pia

da cozinha, do vaso sanitário, dentro do “box” de tomar banho, etc.

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Nesse último caso, coloque suas folhas naqueles saquinhos

transparentes para não molhá-las. Caso o blindex seja de vidro

transparente, pode colar a sua folha atrás do vidro que fica ótimo.

Eu sempre gostei de colar meus desenhos e fórmulas atrás

da porta do meu quarto, pois dava para ler tudo deitado na cama.

Assim, antes de dormir, eu tinha a incrível oportunidade de revisar

aquele fantástico conteúdo. Espalhe os seus cartazes pelo seu QG,

e seja feliz!

7.8 ELABORE SEUS PRÓPRIOS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Esse método é especialmente útil quando se precisa estudar

matérias muito específicas, como algumas legislações especiais

que têm pouco ou nenhum exercício disponível no mercado.

Você provavelmente não vai encontrar nenhum livro de

exercícios referente àquela matéria, e as questões de provas

anteriores, em geral, não serão suficientes para fixar bem o

conteúdo.

Então, mãos à obra, crie seus exercícios. Seja o

examinador, elabore suas questões de fixação ou de prova. Elas

podem ser do tipo múltipla escolha "abcde", frases V ou F,

"complete a frase" e vários outros modelos.

Eu sei que isso parece demandar muito tempo e, às vezes,

parece até algo bobo, logo, você poderia se perguntar: "Ah, mas de

que adianta eu mesmo criar os exercícios se eu já vou saber as

respostas?!".

Bom, se você realmente souber todas as respostas dos

exercícios que elaborar, ótimo, é esse mesmo o objetivo.

Se você criou, por exemplo, 50 questões no estilo

"complete a frase" e sabe a resposta de todas, perfeito, acabou de

decorar 50 tópicos que podem aparecer nas alternativas da sua

prova.

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7.9 CARDS

Outro método que se encaixa nesse pensamento é a criação

de cards, cartões com perguntas na parte da frente e respostas na

parte de trás. Esse tipo de exercício ajuda você a memorizar a

respostas daquelas perguntas por muito tempo.

Além disso, são facilmente levados para qualquer lugar.

Você pode também fotografar os cartões com o celular e estudá-

los quando quiser.

Portanto, desperte o examinador que está dentro de você!

7.10 MÉTODO DOS NÚMEROS DE TELEFONE

Resumidamente, há pessoas que tem grande dificuldade

para lembrar de números soltos, mas tem facilidade em decorar

números de telefone. Partindo desse princípio, esse método

consiste em montar números de telefones com os números

aleatórios que você precisa aprender.

Vamos usar, como exemplo, o parágrafo 1°, do artigo 40,

da Constituição Federal:

“Art. 40. (...)

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de

previdência de que trata este artigo serão

aposentados (...)

III - voluntariamente, desde que cumprido

tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no

serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que

se dará a aposentadoria, observadas as seguintes

condições: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de

contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de

idade e trinta de contribuição, se mulher;”(grifo meu)

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Utilizando o método descrito, podemos montar o seguinte

número para a alínea “a)”:

6035-5530(meia zero, trinta e cinco, cinco cinco,

trinta), onde:

60 = idade do homem;

35 = tempo de contribuição do homem;

55 = idade da mulher;

30 = tempo de contribuição da mulher.

A princípio, essa técnica pode até parecer mais complicada

do que decorar os próprios números, mesmo porque, muitos já

sabem de cor a idade necessária para aposentadoria.

No entanto, esse meio de memorização será a luz no fim do

túnel em muitas ocasiões. Guarde-o na cartola!

7.11 MÉTODO DO NOME + NÚMERO

Esse método eu mesmo desenvolvi quando estudava a

matéria de informática, há alguns anos atrás. Essa disciplina é

muito peculiar, principalmente para quem não entende nada do seu

conteúdo, no caso, eu. Talvez você também.

Na época, era preciso aprender um monte de nomes de

protocolos de computação, sobre os quais eu nunca havia ouvido

falar. Além disso, ainda era preciso saber a qual "porta numérica"

cada protocolo se relacionava.

Como exemplo, vamos usar os protocolos "HTTP" e

"SMTP". O primeiro se relaciona com a porta 81, o outro, com a

25. Fora esses dois, existiam mais um monte de protocolos e portas

para memorizar.

O que eu fazia, então, era juntar o número da porta ao

nome do protocolo, memorizando logo os dois ao mesmo tempo,

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como se fossem uma coisa só. Assim, toda vez que eu os anotava

no resumo, escrevia "HTTP81" e "SMTP25".

Quando você adota esse tipo de designação,

automaticamente decora o número da porta, usando-o como parte

do próprio nome que precisaria aprender.

Dessa maneira, sempre que você pensar, ler, falar, ou

desenhar esses nomes, vai ver também a porta com a qual eles se

relacionam.

Esse método não serve somente para essa matéria, seja

criativo, adapte às suas necessidades. Pode ser usado, por exemplo,

para decorar alíquotas de ICMS, que variam de acordo com o

produto.

7.12 MÉTODO DAS MÚSICAS

Como você já pode imaginar, essa técnica se baseia na

criação de paródias com músicas conhecidas, utilizando nas letras

o conteúdo que você deseja aprender.

Atenção! Não é preciso ser músico, nem saber tocar violão,

ou muito menos ser cantor, só precisa ter criatividade.

Minha irmã, por exemplo, que não pertence à classe dos

músicos, criou diversas canções para relembrar partes da matéria

de auditoria. Passava o dia inteiro cantando, até eu, que não

gostava daquele tipo de música, acabei aprendendo.

É um sucesso! Esse meio de memorização é excelente.

Acredite, vai revolucionar o seu estudo. Faça paródias, cante nas

horas vagas. Pode utilizar o gravador do celular, ouvir no trajeto

para o trabalho, cantar no chuveiro, vale tudo!

Bom, esses foram os principais meios de memorização que

utilizei nos meus estudos. Muitos concurseiros que conheço

também utilizaram diversos desses métodos com incrível sucesso.

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É claro que existem outras técnicas, portanto, seja criativo:

use, modifique, crie, adapte esses métodos às suas necessidades e

veja como isso vai impulsionar o seu aprendizado.

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Capítulo 8

SAIU O EDITAL! F#%&*!!!!

E agora?! Saiu o edital!!F#%&*!! É tetra, é tetra!!

Nada pode ser mais motivador para o concurseiro

profissional do que a publicação do edital da prova em que ele vai

passar.

Nesse momento, o concurseiro se sente um trator, um

tanque de guerra, o homem de ferro, pronto para passar por cima

de tudo que puder lhe atrapalhar. E é assim que você deve se

enxergar, com uma determinação inexorável.

Muitos vão se desesperar, mas o bom concurseiro sabe que

é hora de dar "força mais que total" nos estudos e confirmar que o

trabalho de muitos meses está sendo bem feito.

É hora de concentrar, planejar e procurar os melhores

meios de estudar as matérias novas, sem se esquecer de revisar as

antigas.

A primeira coisa que se deve fazer é ler, inteiramente, o

edital e ver o que mudou em relação ao último concurso. A essa

altura, você já vai ter decorado o último edital todinho. Vai ser

simples ver o que mudou. Geralmente mudam algumas matérias, o

peso de cada uma, o número de questões e o conteúdo didático.

Feito isso, descubra como irá estudar as disciplinas

diferentes e anote as datas mais importantes na sua agenda, como a

de início das inscrições e a das provas. Aqui fica um detalhe, faça

a inscrição logo no primeiro dia que puder e livre-se desse

transtorno rapidamente. Quanto mais tempo demorar, mais espaço

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isso vai ocupar na sua cabeça. Fora o risco de perder o prazo.

Portanto, inscreva-se assim que possível.

Logo depois, imprima o seu comprovante de inscrição e

cole-o na frente da sua mesa. Quando você pensar que está difícil,

olhe para ele e lembre-se de quanto tempo esperou por esse

momento, no qual poderia estudar já sabendo a data das provas.

Então, organize-se: atualize seu ciclo de estudos dividindo

novamente o seu tempo disponível de acordo com os critérios do

novo edital. Leia atentamente o conteúdo de cada matéria para não

estudar nada a mais e nada a menos. Seja preciso. Não é necessário

ler nenhum artigo que esteja fora da ementa da disciplina. Mas não

deixe de estudar o que está contido ali.

Depois de saber tudo o que diz o edital e planejar bem o

seu estudo, siga em frente e concentre-se no seu QG para

recomeçar a jornada.

Após o dia da publicação, até aniversário de pai e mãe

podem ficar para o ano que vem. Faltar réveillon, natal, carnaval,

vai ser fácil, isso tem todo ano, mas a sua prova não.

Quem namora, é casado ou enrolado, deve conversar com o

respectivo, pois ele ou ela precisa entender que agora é tudo ou

nada, e você está ali para o "tudo". Sabe-se lá quanto tempo vai

demorar para ter outra prova dessas, para a qual você se prepara há

tantos meses.

É o seu momento, é a hora de colocar a bandeira no topo da

montanha. Nada vai te parar. Você é o Homem de Ferro, você tem

uma determinação indelével. Cada dia a mais, é um dia a menos

que falta para a sua aprovação.

Há quem diga que qualquer tipo de radicalismo seja ruim,

mas depois que o edital está na praça, essa regra não vale mais.

Seja radical, aprenda a dizer “não” toda vez que for necessário. É

mais do que a sua prova que está em jogo, é algo que pode mudar

completamente a sua vida.

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Capítulo 9

A SEMANA DA PROVA

Concentre-se, acalme-se, motive-se

As noites passam, as horas passam, os minutos passam,

mas a sua ansiedade não passa. Está chegando o dia da prova e

você não sabe mais o que fazer para melhorar seu desempenho. As

paredes já estão tomadas de papéis desenhados, seus resumos já

viraram livros, e você só pensa em um novo meio de aprender

mais e mais rápido.

Calma!

Na semana da prova, é muito importante estudar.

Entretanto, é mais importante ainda não se desesperar. Nesses sete

dias, você deve permanecer tranquilo. Estudar muito, mas manter a

mente equilibrada. Por isso, concentração é fundamental. Você

deve estar sempre focado, motivado, pensando na sua prova, no

seu dia.

À noite, o que eu costumava fazer para baixar a ansiedade

era assistir vídeos motivacionais na internet, com palavras de

incentivo, músicas emocionantes, depoimentos do Ayrton Senna

com o “Tema da Vitória” tocando ao fundo, etc.

Enquanto a música tocava, eu permanecia deitado na cama

imaginando como seria durante a execução da minha prova. Via-

me resolvendo as questões, marcando o “x” no lugar certo,

conferindo o gabarito e acertando tudo. Manter sempre o

pensamento positivo é o melhor meio de tranquilizar a mente.

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9.1 CUIDE DA SAÚDE

Logicamente, não são apenas nos últimos sete dias que

você deve cuidar da sua saúde. Mas durante a semana da prova, em

especial, você deve cuidar muito bem dela.

Para manter a sua imunidade alta, pode-se fazer uso de

multivitamínicos. Se houver tempo, é possível, também, praticar

exercícios para aliviar a tensão.

Além disso, evite comer coisas que nunca comeu, ou se

alimentar de algo que possa te dar alguma alergia, como frutos do

mar, por exemplo. Fuja dos restaurantes, procure comer em casa,

pois só assim você saberá a procedência da comida. Muita gente

acha que isso é besteira, até o dia em que pegar uma infecção,

faltando três noites para a prova. Não espere isso acontecer para

acreditar.

Finalmente, por mais que não seja indicado tomar algum

remédio novo nessa última semana, caso pretenda tomar alguma

coisa para te acalmar na noite anterior à da prova, faça um teste

antes, nunca na véspera.

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Capítulo 10

A VÉSPERA DA PROVA

Não é hora de inventar, planeje-se

Muitos dizem que não se deve estudar nada em véspera de

prova. Contudo, por mais que isso seja recomendável, um

concurseiro de verdade dificilmente vai passar esse dia sem pegar

em um livro. O estudo é uma forma de calmante. Talvez até um

vício.

Dessa forma, você não precisa ficar tão afastado dos livros,

se não quiser. Caso queira estudar, estude, mas o faça com calma,

de modo que você possa repousar o cérebro para o dia seguinte.

Não é mais necessário respeitar a ordem das matérias,

pegue um livro que você goste e leia-o como uma forma de

distração, de maneira bem menos intensa do que faria

normalmente.

Dificilmente você vai aprender algo novo na véspera,

mesmo assim, ainda é possível tentar decorar algumas fórmulas e

números, jogando-os para a sua memória de curto prazo.

O que eu costumava fazer, nas vésperas das minhas provas,

era estudar até umas 15h00min e, depois, sem peso nenhum na

consciência, passava um tempo na praia refletindo sobre a vida.

Logo após um mergulho, me sentia livre das energias negativas e

voltava para casa tranquilo e descansado para o dia seguinte.

Para mim, essas horas eram mais que suficientes para que

eu ficasse 100%. Ao longo dos seus estudos, você também vai

descobrir o que te faz descansar a cabeça e de quanto tempo

precisa para isso.

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10.1 ALIMENTAÇÃO

Se, durante a semana da prova, você já precisa tomar

cuidado com o que come, na véspera, deve ser ainda mais radical.

Frutos do mar estão terminantemente proibidos. Qualquer coisa

com corante demais, conservante demais, gorduras demais, ou

ainda, alimentos inéditos no seu cardápio, não devem ser ingeridos

nesse dia.

Faça o “basicão”. Arroz com frango era o meu almoço e

janta na véspera da prova. Nem feijão tinha, pois queria evitar ao

máximo qualquer tipo de “ziquizira” no dia D.

10.2 PROGRAME-SE PARA O DIA DA PROVA

Certamente, o dia anterior ao do seu exame é o mais

importante quando se trata de planejar. Inclusive alguns planos

devem ser feitos bem antes disso. Planeje-se de forma que, na

véspera, você saiba exatamente o que vai fazer no dia seguinte.

Exatamente cada passo.

10.2.1 COMO VOCÊ VAI PARA A PROVA?!

Carro? Carona? Taxi?! Moto? Ônibus? A pé? Você sabe

onde é a sua prova? O taxista sabe? E se o pneu furar!?

Calma!

Esse tipo de coisa você deve ter em mente pelo menos uma

semana antes.

Caso pretenda ir de carro, sozinho, você deve saber se

haverá estacionamento no local. Uma dica para não ter que

estacionar é pedir para que alguém vá com você e, depois, esse

alguém leva o carro embora. Na volta, quando você não tiver mais

horário, as coisas ficam mais simples. A pessoa pode te buscar ou

você pode pegar um ônibus ou taxi.

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Aliás, você já conhece o local da sua prova? Já esteve lá?

Sabe chegar ao local dirigindo? Para quem costuma ir de carro,

sempre é bom fazer uma visita ao lugar alguns dias antes, para

conferir o caminho.

“Ah... Mas se um pneu furar, ou se tiver um trânsito

gigante, o que eu faço?”

Nesses casos você deve ter um plano B. Tenha sempre

algum parente ou amigo de stand by, com um carro ou uma moto

extras, de modo que, em qualquer eventualidade, você possa

contatá-los.

Outro sistema que funciona bem, caso você more muito

longe do seu local de prova, é procurar um hotel que seja bem

perto. Você vai para o hotel no dia anterior, dorme lá e, no dia

seguinte, pode ir andando ou de taxi. Desse modo, é possível evitar

a maioria dos problemas de trânsito que podem fazer com que

você chegue atrasado.

10.2.2 A QUE HORAS CHEGAR?

Esse é um ponto crítico. Não se pode chegar tarde, mas

também não é legal chegar cedo demais e ficar lá mofando desde 5

horas da manhã para uma prova que vai começar às 8.

Eu sempre me planejo para chegar ao local uma hora antes

da prova. Entretanto, sou um tanto regrado com horários. Se eu

planejo chegar uma hora antes, eu vou chegar uma hora antes.

Caso você seja do tipo que sempre atrasa meia hora, seja lá qual

for o motivo, você deve se planejar para chegar uma hora e meia

antes. E por aí vai. O importante é você se conhecer e ainda dar

uma margem para os imprevistos que possam vir a acontecer.

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10.2.3 ONDE, O QUE E EM QUAL HORÁRIO COMER?

Comer errado ou na hora errada pode trazer um péssimo

rendimento na hora da prova. De maneira geral, não se deve comer

nada pesado. Nada de feijoada no almoço.

Se a prova for de manhã, faça uma refeição leve e tome

algo que te mantenha acordado, como um cafezinho.

Quando a prova é à tarde, é normal que comece às

13h00min, que é um horário péssimo para quem mora longe do

local. O grande problema é que, geralmente, esse é o caso de todos

os candidatos. Parece que é feito de propósito. Mesmo se existir

um colégio executando provas ao lado da sua casa, sempre te

mandam fazer o concurso lá nos cafundós do Judas.

Coisas da vida!

A única coisa que o concurseiro pode fazer é se adaptar.

Portanto, verifique se há algum restaurante próximo ao local. Veja

como se sente almoçando mais cedo, em casa. Outra boa opção é

levar um lanche para comer antes da prova no período em que

você aguarda do lado de fora.

10.2.4 ARRUME A SUA MOCHILA

O que você deve levar?! Quais tipos de caneta são

permitidos pelo edital? É permitido comer na sala de prova? E

beber água? A maioria dessas perguntas pode ser respondida com

uma boa leitura do edital.

Apesar disso, existem dois tipos de concurseiro, aquele que

só leva uma caneta, o comprovante de inscrição e a identidade, e o

que leva uma mochila com a casa inteira nas costas. Eu sou do

segundo tipo.

Esse é simplesmente o dia mais importante dos últimos

anos e não vou deixar que uma besteira me atrapalhe. Logo, no dia

anterior, eu faço um check list de tudo que tenho que levar e chego

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lá pronto para a guerra. Além de material de prova, identidade e a

inscrição, é interessante que você leve algumas coisas que te

tragam certa segurança.

Seguem alguns exemplos:

Uma identidade extra, em um bolso diferente (CNH,

passaporte, etc). ATENÇÃO! Cheque a validade dos

seus documentos;

Um comprovante de inscrição extra;

Umas cinco canetas (todas testadas em casa);

Um relógio extra, caso acabe a bateria do seu, no meio

da prova;

Uma garrafinha de água, que serve mais para que você

não sinta sede, do que para beber. Pois quando você

não leva a bendita garrafinha, você sente uma sede

incrível durante a prova;

Alguma coisa para comer, como uma barra de cereal; e

Remédios úteis que podem salvar a sua vida (imagina

fazer prova de nariz entupido ou com uma azia braba

daquelas?!).

Enfim, faça o seu próprio check list e garanta que a sua

mente vai se preocupar apenas com as questões.

Aqui fica um detalhe, não leve nada que possa sujar a

prova, por exemplo, um chocolate que pode derreter em um calor

de 40°C. Da mesma maneira, beba a sua água longe das folhas,

para não correr o risco de cair alguma gota e manchar o seu cartão

resposta. Iogurte, então, nem pensar.

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10.2.5 LIGOU OS DESPERTADORES?!

Acordar na hora certa é tão importante que tem um tópico

só para isso. Quantas vezes você já acordou atrasado, mesmo

sabendo que havia colocado o despertador no horário certo?! Não

corra esse risco.

Tenha sempre uns dois despertadores ligados à tomada, e

mais uns dois funcionando a pilha. Nunca se sabe o que pode

acontecer, vai que falta luz ou a bateria do celular acaba!?

Além disso, se morar alguém na sua casa que goste de você

de verdade, peça-o para acordar no mesmo horário e verificar se

você ainda está na cama.

10.3 A NOITE DA VÉSPERA

Nada pode ser pior para um concurseiro do que uma noite

mal dormida na véspera da prova. Portanto, cuide para que você

não sofra com isso. Deite-se cedo, tome o seu suquinho de

maracujá, realize suas orações, faça o que for possível para dormir

bem. Veja os seus vídeos motivacionais, imagine-se marcando o

“x” no lugar certo e acredite muito na vitória, pois o grande dia

chegou.

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Capítulo 11

O DIA DA PROVA

É hoje!

Nesse dia, as opiniões são quase unânimes, não se deve ler

nada para não cansar o cérebro. Eu concordo, mas em parte.

Acredito que você ainda possa jogar algumas informações como

fórmulas e números para a sua memória de curto prazo, sem cansar

a mente. E digo isso por experiência própria. A única vez em que

desobedeci a essa regra, não me arrependi. Caiu exatamente o que

eu havia acabado de ler.

Entretanto, isso foi mais uma “sorte” do que qualquer outra

coisa. De maneira nenhuma você deve cansar seu cérebro no dia da

prova, ainda mais se houver duas provas no mesmo dia. Mesmo

assim, se o seu feeling te permitir, não vai fazer mal dar uma

última olhadinha, de cinco minutos, nos seus resumos, somente

para despertar o cérebro.

Mas ATENÇÃO: Olhada rápida! Nada de ficar igual ao

povo que lê durante duas horas, no sol quente, esperando para

entrar na sala de prova. Isso é como dar um tiro no próprio pé. O

que vai fazer você passar é o estudo dos últimos “muitos” meses.

Não se sabote: chegue à sua prova com a mente

descansada.

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Capítulo 12

NA HORA DA PROVA

Mostre tudo que você sabe

Chegando ao local de prova, não fique enrolando muito do

lado de fora. Cheque se você está com tudo em mãos e dirija-se

logo à sala onde ocorrerá o teste. Eu costumava fazer isso faltando

uns 30 minutos para o início da prova. Não deixe para entrar

faltando cinco minutos. Não dê sorte para o azar. Normalmente

você vai encontrar filas na entrada da sala e, se deixar para o final,

ainda vai sentar em um lugar ruim. Antes disso, dê uma passadinha

no banheiro, para diminuir o número de saídas durante a prova,

lave o rosto, para dar aquela acordada, e siga em frente.

Ao entrar, escolha bem onde vai se sentar, pode não

parecer, mas existem vários ambientes dentro de uma sala de aula.

Você pode sentar lá na frente e não ver nada além do quadro,

sentar lá atrás e ver todo mundo. Pode ser que tenha um canto mais

fresco, ou até um ponto muito gelado na frente da saída do ar

condicionado. Entretanto, o mais comum é a sala de prova ser um

lugar quente e você, provavelmente, não vai querer sentar onde

bata sol.

Além disso, se você chegar muito tarde à sala, é possível

que sobrem somente aquelas cadeiras quebradas, tortas e as que

parecem uma cadeira de balanço, cujos pés não encontram o chão

no mesmo nível. Portanto, não demore a entrar!

Já dentro da sala, sentado na sua cadeira que não balança,

não perca o foco, pense por quanto tempo você se dedicou a essa

prova, por quanto tempo você desejou estar ali. Pense em tudo que

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te motiva. Lembre-se de que, quando a prova chegar às suas mãos,

vai ser só abrir e marcar o “x”. Não existe prova difícil para quem

estudou certo. O jogo vai começar.

12.1 TÉCNICAS DE PROVA

Existem muitas maneiras de se fazer uma prova. Diversas

técnicas podem ser aplicadas. A seguir, apresentarei alguns

conceitos que foram muito úteis para mim na resolução de

questões de concursos.

No entanto, não deixe de desenvolver o seu próprio estilo,

usando ou não os métodos citados abaixo. Seja você mesmo!

12.1.1 COMECE PELAS FÁCEIS

Para começar, ninguém é obrigado a fazer as questões na

ordem em que elas aparecem. Uma prova perfeita precisa ser

estudada. Portanto, assim que recebê-la, olhe-a por completo e

decida por qual disciplina vai começar.

O ideal é começar pela matéria que você achar mais fácil,

que aparentar ter questões mais simples. Jamais comece por uma

matéria muito complicada, pois a resolução dos problemas pode

levar muito tempo. Fazendo isso, rapidamente você terá resolvido

boa parte das questões, o que vai te dar muita tranquilidade na hora

de fazer as mais complicadas.

Entretanto, problemas que exigem certo tipo de cálculo, ou

os que contêm textos muito extensos, como a prova de língua

portuguesa, não podem deixar para serem feitos quando você

estiver com a mente cansada, após quatro horas de prova. Por isso,

muitos preferem começar pela prova de português e, logo depois,

partir para as questões mais simples. É o que costumo fazer nas

minhas provas.

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|O Concurseiro Profissional

65

Caso inicie por uma disciplina mais complicada, como a de

raciocínio lógico, você corre o grande risco de não conseguir

resolver tantas questões e, ainda, perder o tempo de prova. Quando

você perceber que está perdendo muito tempo com apenas uma

questão, pode ser tarde demais. Dessa maneira, isso pode gerar

uma incrível falta de tranquilidade – ou desespero – para resolver o

resto dos problemas.

Portanto, encontre a ordem que melhor se encaixa ao seu

perfil, levando em consideração os fatores citados acima. Apesar

disso, nem sempre essa ordem será a mesma para todos os

concursos.

Nessas horas, é notável a importância de participar dos

simulados, durante os quais você já treinou exaustivamente a

ordem de resolução das matérias e diversas técnicas de prova.

12.1.2 PULE AS COMPLICADAS

Nesse contexto, entra o método que escutamos falar desde

a 5ª série, ou seja, pule as questões complicadas, aquelas que por

algum motivo, você não está conseguindo resolver. Entenda

também como complicadas, aquelas que você não sabe a resposta,

por mais simples que a questão pareça. Se você não sabe, é sinal

de que vai acabar chutando. Não espere que por um milagre você

aprenda a resolver o problema na hora. Passe para frente, você

ainda tem muitas questões para solucionar.

12.1.3 MARQUE O TEMPO

Para garantir que você não vai gastar muito tempo em

questões difíceis, fique sempre de olho no relógio. Assim, quando

sair o edital, divida o tempo de prova, excluindo 30 minutos para

marcar o cartão resposta, pelo número total de questões e encontre

a quantidade de minutos que se tem para resolver cada problema.

Page 66: Livro O Concurseiro Profissional

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Exemplificando, se você dispõe de cinco horas para fazer

uma determinada prova, e reserva 30 minutos para marcar o cartão,

sobram 04h30min, ou 270 minutos, para resolvê-la. Para um

exame que contenha 100 questões, você dispõe de 2,7 minutos

para cada uma, ou 2 minutos e 42 segundos. Na verdade tem-se

menos tempo ainda, pois não estamos contando eventuais saídas

de sala para ir ao banheiro.

Então, toda vez que você achar que vai gastar mais de 2

minutos para resolver uma questão, pule-a de uma vez, circulando

o número para encontrá-la depois. Não espere chegar ao final

desses minutos. Economize seu tempo.

Em geral, problemas “fáceis e rápidos” podem ser

resolvidos em menos de 40 segundos, logo, ao resolvê-los

primeiro, você terá tempo de sobra para realizar as questões mais

complicadas. Por isso é tão importante ter um relógio em mãos.

Não deixe de levar relógio em hipótese alguma!

Outra boa maneira de controlar o tempo é dividi-lo por

disciplina, em vez de fazê-lo por questões. Teste os dois métodos e

veja qual deles faz parte do seu estilo de prova.

12.1.4 TÉCNICA DE CHUTE

Por mais que você estude, é inevitável que tenha que chutar

algumas questões. Às vezes, não é porque você não sabe, mas

pode ser que não dê tempo de fazer a prova toda. Nessas horas,

não pense que é só sair marcando o “x” em qualquer lugar. Uma

boa técnica pode representar uma questão a mais, e isso pode fazer

a diferença no final.

Para começar, perceba que, normalmente, o gabarito da

prova não pode ser composto por apenas uma alternativa. Alguém

já viu algum gabarito com todas as questões letra “a)”, por acaso?!

Eu também não.

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Portanto, entende-se que as bancas examinadoras

distribuem o gabarito das disciplinas, igualitariamente, entre as

letras a), b), c), d), e), ou pelo menos tentam. Nem sempre isso

será verdade, mas normalmente será algo bem próximo disso.

Consideremos que, por algum motivo, você tenha que

chutar cinco problemas de uma mesma matéria, com 10 questões

totais. A primeira coisa a fazer é contar qual alternativa apareceu

menos vezes, naquelas que já foram feitas.

Se dessas cinco questões já executadas de forma

consciente, você marcou duas letras “a)”, uma “b)”, uma “c)” e

uma “d)”, então você deve chutar todas as outras como letra “e)”,

pois foi a que menos foi marcada. Logo, ela tem maior

probabilidade de ser a resposta dos outros problemas. Dessa

maneira, você aumenta suas chances de acertar pelo menos uma

das cinco questões.

Acredite, se você chutar várias letras diferentes, corre o

risco de errar todas. Se chutar todas iguais, também corre esse

risco, mas é bem menos provável.

12.1.5 REVISE SUA PROVA

Por mais que seja chato, é fundamental que você revise a

prova. Porém, muitas vezes não vai sobrar tempo para isso. Então,

é importante que, durante a execução do exame, você identifique,

com um símbolo, as questões que tenha certeza absoluta de que

acertou e, de outra maneira, as que tenha ficado na dúvida.

ATENÇÃO! A revisão não tem o intuito de sair

remarcando tudo que você já fez, ou refazendo questões de cálculo

que duram uns 10 minutos para serem resolvidas, só para ver se dá

o mesmo resultado.

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Ela serve, sim, para pegar erros bobos, aqueles que depois

de conferir o gabarito você vai querer pular pela janela e gritar,

“eu não acredito que errei isso *&%@#*$”.

12.1.6 NÃO DESMARQUE NADA SE NÃO TIVER CERTEZA

Aqui fica uma dica muito importante. A coisa mais comum

da face da terra é, no dia em que é divulgado o gabarito, escutar

alguém dizer: “&%@#*$, $&%$#, desmarquei uma questão que

eu tinha acertado, &%@#*$¨”.

Não caia nesse erro também. Na hora de revisar, caso

entenda que havia errado alguma questão na qual estava em dúvida

entre duas alternativas, só troque de opção se tiver certeza

absoluta. Repito, ABSOLUTA.

No final da prova você já está cansado. Na hora em que

aquela questão havia sido feita, com certeza você estava muito

mais entretido naqueles tópicos.

Portanto, só troque de alternativa caso veja algo grave e

claro, mostrando que realmente você estava enganado.

12.1.7 MARCANDO O CARTÃO RESPOSTA

Se existe algum papel importante na sua vida, com certeza

é esse cartão. Então, não suje, molhe, ou faça nada que possa

prejudicar essa folha de papel tão querida. Certifique-se de estar

bem “longe” dele enquanto estiver bebendo água ou comendo

alguma coisa na sala de aula.

Voltando ao tópico propriamente dito, vale a dica, marque

o cartão primeiro a lápis, de forma bem leve. Somente depois de

conferir tudo, marque com a caneta.

“Ah... Mas não vai dar tempo de passar a caneta”.

É para isso que você reserva os 30 minutos. Para assinalar

o cartão com calma, pois não adianta nada acertar a prova inteira e

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marcar tudo errado no cartão resposta. Quanto vale a oportunidade

de mudar uma resposta errada que você marcou a caneta no

cartão?! Muitas posições na classificação. Logo, use primeiro o

lápis. Se errar, apague com cuidado para não manchar a folha.

Desse modo, siga marcando uma letra de cada vez. Você

não precisa decorar três questões seguidas e assinalar no cartão

todas ao mesmo tempo. Veja a alternativa marcada na primeira

questão, marque-a a lápis no cartão. Confira. Passe para a próxima.

E vá assim até o final. Depois de marcar o cartão todo a lápis,

confira rapidamente se as respostas batem com as da prova e, em

seguida, passe a caneta. Ao fim desse processo, anote o gabarito

em algum papel, que geralmente é cedido pelos fiscais, e entregue

a prova.

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Capítulo 13

GABARITO E RESULTADO

Colher os frutos, ou recomeçar?

Depois de horas atualizando a página da internet da banca

examinadora, eis que surge ele, o gabarito da prova. Após conferi-

lo uma dezena de vezes, indo bem ou indo mal, coloque sua nota

nos rankings da internet e não deixe de recorrer das questões que

você acha que realmente estão erradas.

Se você foi bem na prova, ótimo, perfeito, comemore, você

merece! Se não foi tão bem assim, não desanime, siga o seu

caminho em busca da aprovação. Só não vai passar quem desistir.

Independentemente do resultado, tire um dia de descanso,

relaxe a mente e siga para a próxima prova que estiver em vista.

Eu fiz três provas da área fiscal antes de ser aprovado em alguma.

Alguns vão fazer mais, outros menos. Isso depende muito de

quanto tempo de preparo você teve antes do seu concurso.

Siga sempre com foco e determinação, aprimore suas

técnicas e melhore a cada dia o seu desempenho, que a sua

aprovação virá de forma natural, é apenas uma questão de tempo.

Pouco tempo.

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Capítulo 14

EXTRAS

14.1 COMO ESCOLHER UM BOM LIVRO?

A melhor maneira de escolher um livro é comprar aquele

que todo mundo gosta. Afinal, se todos o acham bom, é porque

ruim ele não deve ser. Coincidentemente, os campeões de

audiência quase nunca vêm separados de um caderno de questões.

Não é preciso dizer o quanto isso é importante, não é?

Busque sempre um livro que venha com muitos exercícios.

O melhor meio de descobrir qual é o autor da vez é entrar

no www.forumconcurseiros.com. Lá você conta com uma vasta

gama de opiniões, divididas por disciplina e por cargos. É

realmente muito bom. Vale a pena pesquisar.

Outra maneira seria perguntar para seus amigos, que já

tenham passado em alguma prova, quais materiais eles indicam.

O mesmo vale para os professores. Procure sempre fazer

aula com o mais aplaudido. Uns dez minutos de aula com um cara

bom, valem mais que um curso inteiro de um professor ruim.

14.2 COMPARTILHE SEU CONHECIMENTO

No mundo dos concursos, encontra-se muita gente com

disposição de ajudar os outros concurseiros, principalmente nos

fóruns da vida. Sábias pessoas. No entanto, também encontramos

aqueles que não gostam de compartilhar seu conhecimento com

ninguém.

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Muitas delas acham que estarão dando o “ouro” ao inimigo.

Quanta ignorância. Não seja uma delas. Seja solidário, compartilhe

seu conhecimento, seu material, e quando precisar de uma força,

certamente haverá alguém para lhe estender a mão.

14.3 TENHA DETERMINAÇÃO INDELÉVEL

Antes de começar a estudar, eu não fazia ideia do

significado da palavra indelével. Contudo, durante a preparação

para a minha primeira prova, com menos de um mês de estudo,

procurei algumas questões antigas da banca examinadora, no caso,

a Fundação Getúlio Vargas, e encontrei a seguinte questão:

"Tinham a convicção que estavam na crista de

uma onda que os empurrava inexoravelmente para

adiante, para promover a transformação das relações

de produção..."

5 - A palavra inexorável só não pode ser

substituída sob pena de alteração de sentido, por:

a) implacável

b) indelével

c) inelutável

d) perituro

e) sempiterno”

Enfim, não consigo entender o motivo de uma questão

dessas constar em uma prova. Eu não sei a resposta, é d) ou e), não

importa.

Apesar disso, naquele momento eu aprendi o significado da

palavra indelével.

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E foi assim que, daquele dia em diante, eu decidi que iria

ter uma determinação implacável, imbatível, inexorável.

Indelével: é a determinação do Concurseiro Profissional.