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Livro de Resumos da IV Jornada Acadêmica de Radiologia

10 anos do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da UTFPR

17 a 19 de novembro de 2010

Organização Danyel Scheidegger Soboll

Frieda Saicla Barros

UTFPR Curitiba

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

J82 Jornada Acadêmica de Radiologia (4. : 2010 : Curitiba, PR) Livro de resumos da IV Jornada Acadêmica de Radiologia /

organização : Danyel Scheidegger Soboll, Frieda Saicla

Barros. — 2010. 28 p. : il.

10 anos do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da UTFPR.

1. Radiologia – Congressos e convenções. 2. Radiologia – Estudo e ensino – Congressos e convenções. 3. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curso Superior de Tecnologia

em Radiologia. I. Soboll, Danyel Scheidegger (org.). II. Barros, Frieda Saicla (org.). III. Título.

CDD (22. ed.) 616.0757

Biblioteca Central da UTFPR, Campus Curitiba

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LIVRO DE RESUMOS DA

IV JORNADA ACADÊMICA DE RADIOLOGIA

10 anos do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da UTFPR

Equipe organizadora

Danyel Scheidegger Soboll – Coordenador

Frieda Saicla Barros – Vice-Coordenadora

Josmaria Lopes de Morais – Coordenadora do Curso Superior de

Tecnologia em Radiologia da UTFPR

Professores do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da UTFPR

Professores do Departamento e Física da UTFPR

Alunos do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da UTFPR

REALIZAÇÃO

APOIO

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IV JORNADA ACADÊMICA DE RADIOLOGIA

APRESENTAÇÃO

O Curso Superior de Tecnologia em Radiologia está completando 10

anos. Nosso principal objetivo COM A Jornada de Radiologia é oferecer aos

acadêmicos e aos profissionais, palestras, cursos, apresentações orais e

painéis que permitam o aprofundamento e a atualização nas diversas áreas da

Radiologia, uma vez que, nos últimos anos, muito se tem avançado nesta

área, fazendo-se necessário o aprimoramento técnico-científico constante.

Assim, a Comissão Organizadora tem o prazer de promover e divulgar a

edição de 2010 deste evento.

Os anais da IV JORNADA ACADÊMICA DE RADIOLOGIA do Curso Superior

de Tecnologia em Radiologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –

Campus Curitiba, que aconteceu de 17 a 19 de novembro de 2010, em

Curitiba, são apresentados pela Comissão Organizadora neste Livro de

Resumos, em forma eletrônica.

Site do evento: http://www.dafis.ct.utfpr.edu.br/radiologia/jornada4.htm

A Comissão Organizadora

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PROGRAMAÇÃO

Quarta-Feira - DIA 17/11/2010

LOCAL MINI-AUDITÓRIO

13:00-14:00 INSCRIÇÃO

14:00-15:30 ABERTURA

15:30-15:50 COFFEE-BREAK

15:50-16:30 PALESTRA 1: RADIOLOGIA 10 ANOS - JOSMARIA LOPES DE MORAIS

16:30-18:00 MESA REDONDA 1: Atuação do Tecnólogo em Radiologia da UTFPR -

COORDENADORA: JOSMARIA LOPES DE MORAIS

PARTICIPANTES: ANTONIO RAMOS NETO JOÃO MANOEL ROCHA DIAS

MICHELE TORQUATO PRISCILA RESMER TAYNNÁ VERNALHA ROCHA ALMEIDA

Quinta-Feira - DIA 18/11/2010

LOCAL MINI-AUDITÓRIO

08:00-12:00 MINICURSO 1 - MAMOGRAFIA - NEYSA A. T. REGATTIERI, ROSANGELA R. JAKUBIAK e MARIA FERNANDA S. F. C. RIBEIRO MINICURSO 2 - NOVIDADES EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E MEIOS DE CONTRASTE - KÁTIA E. P. PINHO, RITA Z. V. COSTA e ÍTALO R. COELHO

12:00-14:00 INTERVALO - Almoço

14:00-14:45 PALESTRA 2: A ATUALIZAÇÃO DA PORTARIA 453/98, A VIGILÂNCIA E O TECNÓLOGO: Situação e Perspectiva - LUIZ CLAUDIO N. SILVA

14:45-15:00 PALESTRA 3: ATUAÇÃO DO TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA: JOÃO M. ROCHA DIAS

15:00 -15:40 PALESTRA 4: UTFPR E SAÚDE: Projetos Conjuntos - ROSANGELA R. JAKUBIAK

15:40 -15:55 COFFEE-BREAK

15:55-16:50 PALESTRA 5: O ESTADO DA ARTE E A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - SIMONE KODLULOVICH DIAS

16:50 -17:30 PALESTRA 6: PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO OFERTADOS PELA CNEN. LUCIANA R.

HIRSCH

17:30 -19:00 SESSÃO DE PÔSTERES

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Sexta-Feira - DIA 19/11/2010

LOCAL MINI-AUDITÓRIO

09:00-10:00 MESA REDONDA 2: A Atuação do Tecnólogo na Área de Ensino - COORDENADOR: MÁRIO SÉRGIO TEIXEIRA DE FREITAS

PARTICIPANTES: ADRIANE HOELDTKE ALESSANDRA SILVEIRA MACHADO EDNEY MILHORETTO MICHELE MANSUR VIEIRA

10:00-10:30 COFFEE-BREAK

10:30-11:15 PALESTRA 7: RELAÇÕES NO TRABALHO: Armadilhas e Desafios - LIS ANDRÉA P. SOBOLL

11:15-12:00 PALESTRA 8: RADIOLOGIA VETERINÁRIA - GEORGE ORTMEIER VELASTIN

12:00-14:00 INTERVALO - Almoço

14:00-14:45 PALESTRA 9: TERAPIAS MEDIADAS POR LUZ – ROZANE DE FÁTIMA TURCHIELLO

14:45-15:30 PALESTRA 10: AVALIAÇÃO DE DOSES EM RADIOLOGIA DIAGNÓSTICA: transição de tecnologia convencional para digital e estudos de otimização - TÂNIA A. C. FURQUIM

15:30-15:50 COFFEE-BREAK

15:50-16:40 PALESTRA 11: EXPANSÃO DA RADIOLOGIA NO PARANÁ - ÊNIO ROGACHESKI

16:40-17:50 PALESTRA 12: ATUALIDADES DOS PROFISSIONAIS DAS TÉCNICAS RADIOLÓGICAS E A REGULAMENTAÇÃO DO TECNÓLOGO – ABELARDO RAIMUNDO DE SOUZA

17:50-18:30 ENCERRAMENTO

18:30-20:00 COQUETEL

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ABERTURA DA IV JORNADA ACADÊMICA DE RADIOLOGIA

Na foto, da esquerda para a direita:

Josmaria Lopes de Morais, Coordenadora do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia (CSTR);

Kátia Elisa Prus Pinho, professora e ex-Coordenadora do CSTR;

Charlie Antony Miquelin, Chefe do Departamento Acadêmico de Física, professor do CSTR;

Maria Teresa Garcia Badoch, Secretária de Educação Profissional Graduação Tecnológica do Campus Curitiba;

Nicolau Afonso Barth, Diretor de Relações Empresarias e Comunitárias do Campus Curitiba, neste ato representando o Diretor-Geral, prof. Marcos Flávio de Oliveira Schiefler Filho;

Danyel Scheidegger Soboll, Coordenador da IV Jornada Acadêmica de Radiologia, professor do CSTR;

Rosângela Requi Jakubiak, professora e ex-Coordenadora do CSTR;

Arnolfo de Carvalho Neto, médico radiologista;

Hugo Reuters Schelin, professor do CSTR.

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PALESTRA 1: RADIOLOGIA 10 ANOS - JOSMARIA LOPES DE MORAIS

É com imensa satisfação que estamos realizando a IV Jornada Acadêmica de

Radiologia da UTFPR – Campus Curitiba. Este curso que iniciou em 2000 foi um dos

primeiros cursos de Tecnologia em Radiologia no Brasil e o primeiro em uma

instituição pública de ensino.

O Curso Superior de Tecnologia em Radiologia foi idealizado no Departamento

Acadêmico de Física com o objetivo de formar um profissional de tecnologia em saúde

qualificado para atuar nas diversas áreas da imaginologia médica e aplicações

terapêuticas que utilizem radiações ionizantes.

De acordo com o Ministério da Educação (BRASIL, 2010), os cursos mais

antigos na área foram iniciados em 1991, na Universidade Estácio de Sá, no Rio de

Janeiro, e em 1992, na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas (RS).

Entre os cursos públicos, o mais antigo foi iniciado em 2000, no CEFET-PR

(atual UTFPR) e este foi seguido pelos cursos do CEFET-MG e, em 2003 foi iniciado o

curso de Tecnologia em Radiologia do CEFET-SC e, na sequencia por diversos outros

cursos em instituições públicas e privadas.

O Curso de Tecnologia da UTFPR foi avaliado e reconhecido com conceito A

em 2004.

Em 2006 foi lançado O Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de

Tecnologia. Em 2007 alunos iniciantes e concluintes do Curso participaram do ENADE

2007 obtendo conceito 5. Em 2010 o Curso de Tecnologia da UTFPR, avaliado pelo

sistema SINAES, recebeu o conceito 5 e CPC 4 (BRASIL. INEP, 2010).

No dia 21 de novembro deste ano os alunos estarão participando do ENADE

2010.

O Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia e o sistema de

avaliação dos cursos superiores que inclui o ENADE representa uma valorização da

área de tecnologia em radiologia em nosso país.

Consta no O Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia (BRASIL.

MEC, 2010):

Pesquisa e inovação tecnológica, constante atualização e

capacitação, fundamentadas nas ciências da vida, nas tecnologias

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físicas e nos processos gerenciais são comuns do eixo ambiente e

saúde.

O Tecnólogo em Radiologia executa as técnicas radiológicas

no setor de diagnóstico; radioterápicas no setor de terapia;

radioisotópicas, no setor de radioisótopos; industrial, no setor

industrial e de medicina nuclear. Este profissional pode gerenciar os

serviços e procedimentos radiológicos, atuando conforme as nomas

de biossegurança e radioproteção em clínicas de radiodiagnóstico,

hospitais, policlínicas, laboratórios, indústrias, fabricantes e

distribuidores de equipamentos hospitalares.

Na UTFPR entendemos que o grande desenvolvimento de novas técnicas de

diagnóstico radiológico exige profissionais qualificados, capazes não só de realizar

exames a aplicar procedimentos, mas também de atuar de forma proativa em equipes

de trabalho. As competências desenvolvidas pelo tecnólogo em Radiologia da UTFPR

devem possibilitar que este profissional seja capaz de interferir nos processos

melhorando a qualidade das imagens e tratamentos além de reduzir a dose de

radiação em pacientes, diminuindo também os custos para os serviços em que se

encontram. Como habilidades inerentes o profissional deve ser interessado em

conceitos e métodos científicos, além de ser capaz de uma boa interação com o

ambiente hospitalar.

Neste evento estamos comemorando 10 anos do início do Curso. Para o

desenvolvimento da tecnologia na área de saúde 10 anos é um tempo considerável.

Para citar apenas um exemplo:

Em 1967 foi desenvolvido o primeiro protótipo (princípios da Tomografia) que

foi utilizado para irradiar um conjunto de peças de plástico. O processamento levou 09

dias. Em 1969, foi iniciada a construção do primeiro protótipo de um tomógrafo para

utilização clínica. Quatro décadas de tomografia para uso clínico e novas gerações de

tomógrafos surgiram e desta vez, com surpreendente tecnologia que conjuga novos

computadores, novos softwares, novos tubos de raios X e novos sistemas de aquisição

de dados. Tomografia com o sistema helicoidal possibilita a aquisição de dados de

grandes volumes (até um metro de extensão corporal) em apenas 32 segundos. Ou

seja, milhares de cortes tomográficos em 32 segundos.

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Concordamos que a evolução da tecnologia é muito grande. No entanto, toda

essa evolução fica perdida ou parcialmente perdida quando o profissional não explora

adequadamente os recursos oferecidos pelos equipamentos.

Com professora do Curso desde sua fundação, e há dois anos atuando como

coordenadora quis dizer aos presentes neste evento que:

“Os 10 anos do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da UTFPR

representaram uma década de oportunidades ofertadas, no sistema público de ensino,

para todos os que vieram buscá-las”.

Bem vindos à IV Jornada de Radiologia, que certamente será mais uma das

oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento de competências nesta

universidade pública.

MESA REDONDA 1: ATUAÇÃO DO TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA DA UTFPR

Coordenação: Josmaria Lopes de Morais

Tecnólogos em Radiologia na Radiologia Industrial – Antonio Ramos Neto

No desenvolvimento do setor industrial, técnicas que garantiram a

confiabilidade dos produtos gerados, foram fundamentais para produzirmos tudo que

vemos a nossa volta. Dentre estas técnicas, podemos citar: o emprego das radiações

ionizantes, com o domínio do uso de fontes emissoras, como uma excelente

ferramenta em busca de qualidade, pois possibilita a identificação de falhas em

processos de fabricação, analisando as imagens radiográficas geradas. Conhecida como

gamagrafia, esta técnica consiste em produzir imagens a partir das diferenças de

atenuação da radiação gama ao atravessar certo material cujas possíveis falhas, se

desejam identificar. Utilizam-se desta ferramenta diversos setores industriais, como:

siderurgia, automobilístico, petroquímica, petrolífera, e outros.

Dentro desse cenário, o Tecnólogo em Radiologia pode ser inserido em

diversas áreas de atuação, podendo ser um membro de equipes técnicas para

execução dos ensaios por gamagrafia, assim como técnicos e supervisores de proteção

radiológica.

Através da fusão dos conhecimentos adquiridos na academia e no campo de

trabalho, é possível o tecnólogo trazer diversos benefícios para o setor industrial tanto

do ponto de vista técnico, como no ponto de vista de segurança radiológica.

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Atuação do Tecnólogo em Radiologia na Radioterapia – Michele Torquato

Atualmente, o dosimetrista na Radioterapia tem extrema importância, e vem

se destacando nos últimos dez anos. Nos centros de referência de todo o país, a figura

do dosimetrista vem se consolidando, pois ele auxilia, orienta e coordena desde o

planejamento convencional (2D), passando por exames de imagens necessários aos

planejamentos mais complexos como: a Radioterapia conformacional (3D), o IMRT e a

radiocirurgia, Braquiterapia de Alta e Baixa Taxa de Dose, auxiliando os técnicos

quanto a possíveis dúvidas referentes aos tratamentos.

A Clinirad – Clinica de Radioterapia e Quimioterapia LTDA – anexa ao Hospital

Angelina Caron, possui um corpo de dosimetristas há mais de três anos. Os

dosimentristas da Clinirad são formados pela Universidade Tecnológica Federal do

Paraná – UTFPR com o Título de Tecnólogos em Radiologia e são responsáveis por

acompanhar toda a rotina de tratamento dos pacientes dentro do serviço com a

supervisão de um físico.

Além da rotina de tratamento, os dosimetristas auxiliam no controle de

qualidade diário das máquinas de tratamento, do sistema de planejamento

computadorizado – TPS – e alimentam o sistema de controle de doses dos funcionários

do setor.

No tratamento convencional, os dosimetristas são responsáveis em planejar e

apresentar as curvas de isodose, feitas com contornos manuais no sistema de

planejamento, os primeiros cálculos e as orientações quanto à execução do

tratamento nos equipamentos de radioterapia. Nos tratamentos conformacionais, de

IMRT e de Radiocirurgia, orientam a pré-simulação e realizam a Tomografia

Computadorizada nos padrões da radioterapia. Após a realização da tomografia é de

responsabilidade do dosimetrista inserir as imagens tomográficas no sistema de

planejamento, preparando-as para que o médico desenhe o volume alvo a ser tratado.

O serviço de radioterapia tem uma equipe multidisciplinar composta por:

médicos, físicos, técnicos em radiologia, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e

dosimetristas, estes conquistaram seu espaço, e hoje têm papel fundamental dentro

da radioterapia moderna.

Atuação do Tecnólogo em Radiologia na Medicina Nuclear – Taynná Vernalha

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Medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza compostos

marcados com radionuclídeos, os radiofármacos, para fins diagnósticos e terapêuticos.

Esses compostos seguem caminhos fisiológicos específicos dentro do paciente, o que

possibilita o estudo da função de órgãos e sistemas específicos, ou seja, "A Medicina

Nuclear está para a Fisiologia como a Radiologia para a Anatomia”. Do ponto de vista

do paciente, as técnicas são simples e apenas requerem administração intravenosa,

oral ou inalatória de um radiofármaco, sendo as reações adversas excepcionais. A

detecção externa da radiação emitida pelo radiofármaco é feita por um equipamento

denominado câmara de cintilação, que permite diagnosticar precocemente grande

número de doenças. O isótopo mais utilizado na marcação de radiofármacos é o

Tecnécio-99-metaestável, que apresenta meia-vida de aproximadamente 6 horas e

emite fótons gama com 140 keV de energia. Também são utilizados o Iodo-131 e o

Iodo-123, importantes no estudo da tireóide, cuja emissão é de radiação beta e gama e

apresentam meia-vida de 8 dias para o I131 e 13 horas para o I123. Utilizado em

exames de PET/CT, o Flúor-18 emite pósitrons, e tem meia-vida de 110 min. A

interação do pósitron com um elétron livre resulta na conversão de matéria em

energia: dois raios gama, com energia de 511 keV cada fóton.

Em medicina nuclear, é essencial o extremo critério tanto na manipulação

quanto na administração dos compostos, a fim de evitar contaminações radioativas.

Para isso, segue-se uma rotina de radioproteção previamente determinada, visando o

bem estar de trabalhadores e pacientes.

O tecnólogo em Radiologia que atua na Medicina Nuclear é responsável por

preparar os radiofármacos constituintes da radiofarmácia, realizar as diferentes

imagens (cintilografias) e terapias solicitadas, assim como controles de radioproteção e

de qualidade das câmaras de cintilação existentes no setor. Também é responsável

pela correta separação e armazenamento de rejeitos radioativos.

Existem inúmeros órgãos e sistemas que podem ser analisados por exames de

da medicina nuclear. As cintilografias mais comuns são:

- Cintilografia de Perfusão do Miocárdio em Esforço e em Repouso: O exame

atua como um estratificador de risco, identificando as áreas do coração que estão

recebendo fluxo sanguíneo insuficiente.

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- Cintilografia renal: Utilizada para avaliar e comparar o funcionamento dos

rins. Também na detecção de possíveis obstruções e perda da função renal devido a

cicatrizes por infecções prévias.

- Cintilografia óssea: Pode ser usada para avaliação de dores ósseas e

articulares e para detectar metástases ósseas, que são comuns no câncer de mama e

de próstata, entre outros.

- Cintilografia da Tireóide: Indicada para constatação de alterações hormonais

(hiper ou hipotireoidismo) assim como diagnóstico de tumores tireoidianos.

- Cintilografia pulmonar: A principal indicação da cintilografia pulmonar é

detectar a embolia pulmonar. A quantificação de áreas pulmonares não-funcionantes

por enfisema e bronquite crônica também pode ser feita através desse tipo de

cintilografia.

- Cintilografia cerebral: Possibilita a avaliação do funcionamento do cérebro e

a pesquisa de demências, principalmente o Alzheimer. A cintilografia cerebral também

é usada para identificar focos de epilepsia, entre outros problemas.

Atuação do tecnólogo em Radiologia como Application – Priscila Resmer

Application é um profissional que ensina aos colaboradores de uma

Instituição a utilizar um software e/ou um equipamento da empresa que representa,

ele tem como objetivo prestar treinamentos aos usuários do software e/ou

equipamento, através das seguintes atitudes:

Testar o software para conhecimento de todas as funcionalidades; auxiliar nos

processos do setor, como nas metas e documentações; prestar auxílio nos testes do

software, interar-se das novidades do mercado e de outros softwares utilizados pelos

usuários; redigir manuais e materiais de usabilidade do software; e auxiliar os demais

setores da empresa a atender as reais necessidades dos clientes.

Para tanto, é necessário que o profissional application, antes de viajar,

prepare o cronograma de treinamento, agende os treinamento conforme o número de

usuários softwares a serem treinados e prepare o material impresso para avaliação do

treinamento.

E depois de retornar da viagem, o application ainda deve repassar à empresa

qual foi a satisfação do cliente quanto ao software, informando ao setor de

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desenvolvimento e da qualidade os pormenores da “visita”, prestar contas, e realizar o

levantamento de avaliação aplicada no cliente.

Os campos de trabalho oferecidos para o profissional application envolvem

empresas do ramo de radiologia médica que possuam ou venham a possuir softwares

e/ou equipamentos que demandem treinamento aos usuários finais.

Dentre as vantagens da carreira de application estão: flexibilidade dos

horários, viagens, conhecer muitas pessoas, ter oportunidade de estar sempre

aprendendo com os usuários. E as desvantagens incluem: falta de rotina, total

disponibilidade às necessidades dos clientes e da empresa, várias horas em traslados

em viagens, repetição de um mesmo treinamento diversas vezes em um mesmo dia.

O profissional application deve ter paciência, curiosidade, deve ser organizado

e ter interesse, deve também ter habilidade em relacionamentos interpessoais.

PALESTRA 2: A ATUALIZAÇÃO DA PORTARIA 453/98, A VIGILÂNCIA E O

TECNÓLOGO: Situação e Perspectiva - LUIZ CLAUDIO N. SILVA

A Portaria no 453 de 01 de junho de 1998 da Vigilância Sanitária estabelece as

diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico,

dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras

providências. Embora o surgimento da P453 tenha sido um grande avanço para o

estabelecimento de um sistema de proteção radiológica consistente, os avanços

tecnológicos produzem aparelhos e circunstâncias diversos, que ainda não são

previstos nestas diretrizes. Há lacunas que precisam ser consideradas urgentemete, o

que faz com que a P453 necessite de ampla discussão, revisão, atualização e

aprimoramento.

PALESTRA 3: A ATUAÇÃO DO TENÓLOGO EM RADIOLOGIA (“Profissão – a

palavra dos egressos”) – JOÃO MANOEL ROCHA DIAS

O curso de Tecnologia em Radiologia abre novas opções para os profissionais

da área de Imaginologia, uma delas é a supervisão de serviços.

Como supervisor, o tecnólogo deve ter uma excelente base teórica dos

métodos de imagem, tanto dos Raios-x como demais processos, e deve saber aliar isso

à prática cotidiana. Deve saber dividir o conhecimento com os demais colaboradores,

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para fortalecer e homogeneizar a equipe, padronizando a qualidade e

reprodutibilidade dos exames em todos os setores da instituição. O relacionamento

interpessoal nas funções de supervisão / administração tem igual importância ao

conhecimento prático e teórico, a administração de egos e conflitos deve ser

exercitada todo o tempo, a fim de se criar um ambiente favorável à cooperação e à

qualidade.

A nova visão de trabalho do tecnólogo deve incorporar a necessidade

crescente dos médicos solicitantes de exames, tendo em vista a rápida evolução dos

métodos de imagem e a propagação dessas novas técnicas por todos os profissionais

interessados, os pedidos médicos estão cada vez mais elaborados, mais complexos,

exigindo um conhecimento muito maior do que há alguns anos.

A digitalização dos métodos de imagem demanda um conhecimento

extremamente apurado de técnicas computacionais, e isso deve ser alcançado pelo

tecnólogo, seja no curso, ou fora dele, assim como o conhecimento de línguas

estrangeiras, levando-se em consideração que os maiores e melhores fabricantes de

equipamentos são estrangeiros.

Basicamente, o profissional egresso do curso de Tecnologia em Radiologia que

pretende ocupar funções administrativas dentro das instituições deve sempre buscar

conhecimento, aproveitando a base acadêmica para se aprofundar, afinal, as

ferramentas necessárias são nos dadas no Curso, o bom uso delas, depende

exclusivamente de nós mesmos.

PALESTRA 4: UTFPR E SAÚDE: Projetos Conjuntos - ROSANGELA R. JAKUBIAK

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o

mais comum entre as mulheres. Dados do INCA indicam que até 70% dos exames

feitos nos serviços credenciados pelo Ministério da Saúde tem má qualidade, o que

prejudica o diagnóstico precoce do câncer. Dessa forma, é cada vez mais intensa a

preocupação com a melhora na tecnologia que envolve a qualidade da imagem em

mamografia, havendo muitas perspectivas quanto aos avanços do sistema digital de

imagens mamográficas em relação às limitações da mamografia convencional. Os

principais aspectos a serem considerados na escolha de um conjunto particular de

parâmetros de exposição são as consequências para a dose absorvida no tecido

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glandular e a qualidade da imagem da mamografia. A operação correta do Controle

Automático de Exposição dos mamógrafos é fundamental para a prática da otimização

da qualidade da imagem.

Uma resolução de alto contraste é possível de ser alcançada com um exame de

alta qualidade . O objetivo da mamografia é produzir imagens detalhadas com alta

resolução espacial da estrutura interna da mama para possibilitar bons resultados

diagnósticos . Para se alcançar esse alto padrão de qualidade é imprescindível que o

exame siga padrões rígidos e pré-estabelecidos, onde o pessoal envolvido no processo

de obtenção da imagem esteja efetivamente preparado, bem como, os materiais e os

equipamentos utilizados sejam adequados .

Um Programa de Controle de Qualidade em mamografia é indispensável, e

sendo conhecida a alta sensibilidade de dispositivos eletrônicos, não é difícil de

concluir que em sistemas digitais sua importância cresce demasiadamente, visto que,

mesmo uma pequena degradação fora dos padrões aceitáveis em alguma parte da

cadeia de produção da imagem, devido a alta especificidade do exame, o diagnóstico

final pode ficar seriamente comprometido.

Seja em sistema digital ou analógico, o desenvolvimento de um programa de

controle de qualidade implica em uma melhoria da imagem, porém, não garante que

ela seja de qualidade plena, pois outros fatores podem influenciar negativamente,

como: falta de qualidade técnica do exame, ou seja, parâmetros de exposição

inadequados, posicionamento incorreto ou compressão inadequada, e também devido

ao fato de que as mamas variam de densidade conforme o paciente.

A densidade do parênquima mamário influi diretamente na sensibilidade da

mamografia. O parênquima mamário, quanto à sua composição, pode variar desde

mamas com predomínio do tecido adiposo, onde há menos que 25% de tecido

glandular presente (padrão um de composição mamária), até mamas extremamente

densas, onde há uma quantidade maior que 75% de tecido glandular (padrão quatro

de composição mamária), diminuindo, esta última, a sensibilidade da mamografia e

devendo-se, nestes casos, valorizar o exame clínico. A correta seleção dos parâmetros

técnicos e escolha adequada do tipo de equipamento utilizado nos exames para os

pacientes com padrões de composição mamária distintos otimiza o processo de

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aquisição, maximizando a qualidade da imagem e possibilitando um diagnóstico

preciso.

Em colaboração com a Secretaria de Saúde e outros órgãos, a UTFPR está

desenvolvendo programas de aprimoramento da qualidade da mamografia.

PALESTRA 5: O ESTADO DA ARTE E A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA - SIMONE KODLULOVICH DIAS

Ao contrário das expectativas, a Tomografia Computadorizada por raios X

continua a ganhar importância, mesmo depois do advento da ressonância magnética.

O primeiro scanner TC clinicamente funcional, desenvolvido por Godfrey

Hounsfield, foi introduzido no mercado em 1972 pela EMI, revolucionando os métodos

de imagens por raios X. A técnica permitiu o fornecimento de imagens de alta

qualidade que reproduziam secções transversais do corpo e ofereceu particular

melhoria na resolução de baixo contraste, possibilitando uma melhor visualização de

tecidos moles. Desde então, o potencial inicial dessa modalidade de imagem tem se

expandido devido aos rápidos desenvolvimentos tecnológicos,

A introdução do método de aquisição espiral, também chamado helicoidal, e,

mais tarde, da Tomografia Computadorizada Multi-slice (MSCT) representou grandes

avanços no desenvolvimento da TC. Mesmo com o desenvolvimento contínuo de

melhoramentos na tecnologia envolvida em tomografia computadorizada, esse

método diagnóstico é geralmente associado à alta dose de radiação ao paciente, sendo

que, no ano 2000, essa modalidade era responsável por até 40% da dose coletiva

resultante de exames radiológicos com finalidade diagnóstica em alguns países da

União Europeia.

Segundo as recomendações da Comissão Internacional de Proteção

Radiológica (ICRP), os três princípios básicos de proteção radiológica para exposições

médicas são: justificação, otimização da proteção e limitação da dose individual.

Ênfase é dada no propósito de manter a dose para o paciente seguindo o princípio

ALARA ("As Low As Reasonably Achievable", que significa “tão baixo quanto

razoavelmente exequível”), ou seja, deve-se utilizar o mínimo de dose de radiação

necessária para se obter uma imagem com qualidade diagnóstica .

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Dada a complexidade envolvida na obtenção da imagem por TC, técnicas

específicas para avaliar detalhadamente a dose entregue ao paciente se fazem

necessárias. Evidências de pesquisas na área de dosimetria indicaram um potencial

alcance para melhoria na otimização e proteção dos pacientes submetidos à TC, bem

como, a necessidade de uma avaliação mais ampla de níveis típicos de dose para o

paciente como parte de uma rotina de garantia de qualidade.

PALESTRA 6: PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO OFERTADOS PELA CNEN –

LUCIANA R. HIRSCH

A Comissão Nacional de Energia Nuclear –CNEN- exerce um papel crucial no

que se refere às questões ligadas a tudo que envolve radioatividade. Como explicado

no seu endereço eletrônico: "A União tem o monopólio da mineração de elementos

radioativos, da produção e do comércio de materiais nucleares, sendo este monopólio

exercido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)." Dessa forma, na prática,

o nome mais importante no Brasil, no que se refere à radioatividade, é este.

A CNEN é uma autarquia que conta com um importante núcleo de ensino, em

todos os setores que operam com radioatividade, tais como indústria, meio-ambiente,

mineração e aplicações de saúde.

Esta autarquia é composta por 12 unidades espalhadas pelo Brasil. Destas,

quatro contam com programas de pós-graduação: o CDTN em Belo Horizonte, o IPEN

em São Paulo e o IEN e o IRD, ambos no Rio de Janeiro.

Estas quatro opções de pós-graduação foram apresentadas neste trabalho.

Juntos, estes institutos contam com programas de mestrado stricto sensu, mestrado

lato sensu, doutorado e especializações, além de ser uma opção futura para realização

de programas de pós-doutorado, ou outras modalidades de bolsas como: trabalho,

inovação, tecnologia e pesquisa. Naturalmente, estas unidades e as demais também

absorvem mão-de-obra permanente através da realização de concursos públicos.

O CDTN, sediado dentro da UFMG, oferece opções de trabalho em

geoquímica, rejeitos, meio-ambiente, metais, radioisótopos, radioquímica,

nanotecnologia e materiais avançados.

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O IPEN, maior unidade da CNEN, conta com um amplo programa de pós-

graduação. Resumidamente, se subdivide em pesquisas em três grandes áreas:

aplicada, materiais e reatores.

O IEN, sediado dentro da UFRJ (campus do Fundão). Envolve quaisquer tipos

de estudo envolvendo engenharia de reatores nucleares.

O IRD, sediado no Recreio dos Bandeirantes, teve sua nota aumentada para 5

na última avaliação da CAPES. Suas áreas de pesquisa são: Biofísica das radiações,

Física médica, Metrologia e Radioecologia.

É importante frisar a forte característica multidisciplinar apresentada em

todas as instituições. Isso é muito positivo para uma formação de pós-graduação.

Nestes programas o aluno pode escolher entre uma diversidade de opções de tema de

trabalho de pesquisa. Além disso, podem frequentar outros cursos, palestras e cursar

disciplinas de outras áreas, o que contribui para elevar o nível de conhecimento e

experiência do aluno.

Diante do exposto, podemos concluir que essas opções são promissoras,

particularmente para os alunos da UTFPR, podendo prosseguir na sua formação e

desenvolver novas potencialidades.

MESA REDONDA 2: A ATUAÇÃO DO TECNÓLOGO NA ÁREA DE ENSINO

Coordenador: Mário Sérgio Teixeira de Freitas

Alessandra Silveira Machado

Estou cursando Mestrado no Programa de Engenharia Nuclear (PEN) do

Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro. O PEN visa à formação de pessoal em nível de

pós-graduação e o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas na área nuclear,

buscando promover capacitação profissional nos campos da ciência e tecnologia

nucleares. São oferecidas oportunidades de pesquisa que conduzem aos graus de

Mestre em Ciências (M. Sc.) e de Doutor em Ciências (D. Sc.). As atividades do

Programa foram iniciadas em 1968, com a implantação do Curso de Mestrado. Em

1979, teve início o Curso de Doutorado, sendo ambos credenciados pelo Conselho

Federal de Educação. O PEN é, em nível nacional, o centro de formação de recursos

humanos que mais tem contribuído para o setor, em termos de teses de mestrado

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defendidas. O Corpo Docente do Programa de Engenharia Nuclear tem suas atividades

distribuídas entre o ensino (nos níveis de graduação e pós-graduação), a pesquisa

básica e o desenvolvimento de projetos de pesquisa aplicada. As atividades de ensino,

pesquisa e desenvolvimento de projetos são agrupadas em cinco campos: Física de

Reatores; Física Nuclear Aplicada; Engenharia de Reatores; Análise de Segurança;

Engenharia de Fatores Humanos.

Faço parte do campo de Física Nuclear Aplicada, especificamente da área de

Radiografia Industrial Computadorizada. Minha dissertação está sendo desenvolvida

no Laboratório de Instrumentação Nuclear (LIN) com a orientação do Professor Ricardo

Tadeu Lopes e tem como título: Análise de Ligas Metálicas Através da Técnica De

Radiografia Computadorizada.

Esse trabalho apresenta o estudo da técnica radiográfica computadorizada

para ligas metálicas, que são utilizadas como revestimento, normalmente interno, de

vasos de pressão e tubulações, típicos de unidades de processo. O revestimento tem

por objetivo proteção contra corrosão e trincas.

Na técnica radiográfica, após as diferentes interações da radiação (fótons de

raios X e raios gama) com o objeto a ser inspecionado, na radiografia

computadorizada, a radiação transmitida será detectada por uma placa de fósforo

chamada Image Plate (IP), e então é adquirida a imagem radiográfica. Esse trabalho foi

desenvolvido na busca de um avanço na área da radiologia Industrial, no que se refere

à validação da técnica radiográfica computadorizada com relação à técnica

convencional.

Adriane Hoeldtke

Atualmente atuo como professora no ensino técnico de um curso de

radiologia. Minha pequena experiência nessa área mostra-me que os alunos do ensino

técnico apresentam dificuldade para cursar as disciplinas, mesmo sendo menor a

quantidade de disciplinas e a carga horária de cada uma delas.

Os alunos, além da dificuldade que apresentam, demonstram dificuldade de

entender a teoria envolvida para a realização de um exame e também nos princípios

físicos envolvidos nos processos de captação e formação da imagem. Acredito que essa

dificuldade é fruto de um ensino médio cursado ou há um longo tempo, ou cursado de

maneira pouco aprofundada.

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Ministro as disciplinas de produção de raios X, proteção radiológica, filmes e

processamento, câmara escura, imagens digitais e radioterapia. As disciplinas de

produção de raios X e radioterapia são as que apresentam maior dificuldade de

entendimento para os alunos, pois representam disciplinas que necessitam de uma

base física muito grande para que se possa compreender por completo os fenômenos

ocorridos.

A idade dos alunos frequentadores dos cursos técnicos de radiologia varia

bastante, sendo que tenho tanto alunos que acabaram de concluir o ensino médio,

como alunos que já estão trabalhando com radiologia há certo tempo, e que agora

estão fazendo o curso.

Os alunos que já trabalham na área muitas vezes possuem conhecimento

bastante amplo da prática, porém apresentam as mesmas dificuldades que os demais

alunos para entender os conceitos teóricos envolvidos.

Procuro sempre em minhas aulas mostrar os conceitos físicos envolvidos

aliados à influência deles nas técnicas radiológicas, e na realização dos exames. Isso é

importante para que os alunos compreendam que, para a prática funcionar

adequadamente, é necessário que a teoria seja aplicada.

Edney Milhoreto

No ano de 2000, a UTFPR, antigo CEFET, lançou um curso de tecnologia em

radiologia. O objetivo do curso é capacitar o profissional na área de exames

radiológicos, dentre eles a radiologia convencional e digital, tomografia

computadorizada, ressonância magnética entre outros. O diferencial do profissional

formado pelo curso da UTFPR seria a de ter profundos conhecimentos das tecnologias

envolvidas, da otimização de exames, gerenciamento de setores e controle de

qualidade.

Um nicho de mercado na área de radiologia foi expandindo ao longo destes

anos de existência do curso, que é a área da educação. Novos cursos técnicos surgiram

dentro da Cidade de Curitiba e outras localidades, aumentando o campo de trabalho

dos profissionais aqui formados e, lentamente, o curso começou a se adaptar para

formar este novo profissional, o de professor de radiologia.

Além da responsabilidade inicial do curso de radiologia da UTFPR em formar

profissionais capacitados em todas as modalidades de radiodiagnóstico, também há

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preocupação em formar professores, para suprir a demanda atual deste profissional, e

garantir um nível suficiente de conhecimentos para que ele consiga essa missão.

A idéia de reformular a grade do curso de radiologia da UTFPR, em

andamento, deverá levar em consideração disciplinas da área de licenciatura para

capacitar os futuros professores que daqui saírem. Uma cobrança maior por parte dos

professores daqui da instituição aos alunos, criação de estágios na docência na área da

radiologia, etc.

Por fim, o grande diferencial do curso de radiologia da UTFPR é a de

justamente ter recursos e professores capacitados para preparar os alunos para

também serem profissionais na área da educação.

Michele Mansur

Ao retornar ao Brasil, após um período fora do país, deparei-me com uma

realidade bem diferente da qual havia vivenciado logo que havia me formado. Naquele

momento, as instituições que ofertavam cursos para formação de profissionais da área

de radiologia haviam se multiplicado, ou seja, o mercado de trabalho já estava

diferente. Em contato com colegas de turma, surgiu a possibilidade de ministrar uma

aula teste, na qual obtive êxito e assim iniciava-se minha carreira como professora.

Atualmente sou docente efetiva da carreira de ensino básico, técnico e

tecnológico do Instituto Federal do Paraná (antiga Escola Técnica da UFPR). Além de

coordenar o curso, atuo como docente ministrando as diciplinas técnicas do curso

técnico em radiologia, supervisiono os estágios curriculares e a troca de dosímetros

dos estagiários. Possuo mestrado em Saúde Pública pela University of Essex

(Inglaterra) e estou há um ano no IFPR, mas ao total, possuo três anos de experiência

como docente. Lecionei anteriormente em instituições privadas nos níveis técnico e

superior.

Sendo tecnóloga, porém não atuando diretamente nos setores convencionais

da radiologia, tenho a preocupação em superar os desafios na formação dos futuros

profissionais, desafios esses que são dos mais diversos, desde as dificuldades em obter

recursos, até a permanente atualização do conhecimento. Este, procuro resolver com

as “parcerias” entre a nossa instituição de ensino e as clínicas e hospitais, buscando

através do contato com profissionais atuantes no mercado, trocar experiências e assim

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passar para os alunos informações técnicas atualizadas, bem como as necessidades do

mercado de trabalho.

De acordo com o levantamento do Sistema Nacional de Informações da

Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação e Cultura – MEC

realizado em maio deste ano, o curso técnico em radiologia está em segundo lugar

entre as sete carreiras do futuro no Brasil, sendo um dos cursos mais procurados.

Portanto, sinto-me honrada em contribuir como docente, mas muito além de apenas

lecionar, tenho como cidadã, uma imensa preocupação em contribuir para a formação

humanizada dos futuros profissionais da área de radiologia.

PALESTRA 7: RELAÇÕES NO TRABALHO: Armadilhas e Desafios - LIS ANDRÉA P. SOBOLL

Esta palestra destaca a centralidade do trabalho para a construção da

identidade e a interferência das relações interpessoais para a construção do sentido do

trabalho. É o olhar do outro que confere a existência do sujeito enquanto ser

relacional e que atribui sentido ao trabalho. Será também apresentado um

mapeamento da formas como as relações acontecem no cotidiano do trabalho e da

vida, no contexto atual. A superficialidade nas relações humanas, a competitividade e

o individualismo marcam a sociedade acelerada e internacionalizada, que contempla a

dissolução das fronteiras e entrelaçam “as gentes, coisas e idéias”, articulados pelo

tempo eletrônico, por padrões e valores diferentes, gerando um esvaziamento e uma

noção de relatividade absoluta (Ianni, 1995). Assim como há uma intensificação nas

relações sociais, multiplicam-se os desencontros frente ao novo modo de ser e das

diferentes formas do tempo e do espaço. Richard Sennet (2002) destaca que as

relações passam a ser ordenadas a partir de uma lógica de curto prazo, de

flexibilidade, de superficialidade e de falta de comprometimento. Há uma dissolução

do passado como referência para o futuro e o foco está no presente e nos resultados.

Para Sennet (2002), este padrão comportamental de curto prazo enfraquece a

lealdade e a confiança e afeta o compromisso. Embora exista o discurso de trabalho

em equipe, as relações no trabalho também se tornam utilitárias, temporárias e

enfraquecidas, permeadas de individualismo. Os conflitos são inerentes a esse

contexto, e podem se tornar crônicos e intensos configurando casos de assédio moral.

A palestra promove também uma reflexão sobre as alternativas para a consolidação de

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relacionamento mais saudáveis, no trabalho e na vida. A construção de relações

interpessoais mais saudável requer escolhas nem sempre viáveis no mundo

organizacional acelerado, que exige resultados sempre superiores. Os encontros e

desencontros originam-se na difícil tarefa de ouvir, atividade essencial para o

reconhecimento no trabalho.

REFERÊNCIAS: IANNI, O. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1995; SENNET, Richard. A corrosão do caráter. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora

Record, 2002

PALESTRA 8: RADIOLOGIA VETERINÁRIA - GEORGE ORTMEIER VELASTIN

A radiologia é o método diagnóstico por imagem mais utilizado e difundido

em medicina veterinária. Por ser uma modalidade mais conhecida e com um custo

mais acessível à rotina médica, graças ao avanço da tecnologia, a aquisição de

aparelhos científicos e radiológicos tornou-se acessível ao mercado para vários

profissionais da área da saúde, dentre eles o médico veterinário. O número de

hospitais e clínicas veterinárias que oferecem serviços de diagnósticos vem

aumentando consideravelmente nos últimos anos, pois além de oferecerem serviços

de radiodiagnósticos otimizam a clinica do animal salvando vidas além da satisfação do

seu proprietário.

No entanto o veterinário deve dar atenção para algumas normas e conceitos

sobre proteção radiológica e os riscos de contaminação, o que é muito importante e

merece atenção. São poucos os serviços e hospitais veterinários que possuem um

Tecnólogo em Radiologia para realizar as radiografias do serviço. Esse profissional,

além de administrar o posicionamento correto do animal, administra todo o conceito

de radioproteção necessários para o bom andamento do setor, com técnicas e

condutas de elevado grau científico e profundo conhecimento da anatomia animal,

física médica e da tecnologia em aparelhos radiológicos. Quando ele não se faz

presente, é o próprio Médico Veterinário que realiza o exame radiológico, ao

necessitar de radiografias para várias situações clínicas e patológicas de interesse de

pesquisa e esclarecimento. Todos os envolvidos no procedimento radiológico devem

utilizar corretamente as vestimentas de radioproteção: aventais de chumbo, por

exemplo, até o dono do animal, se ele for ajudar no posicionamento.

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A radiologia em medicina veterinária permite avaliar, desde uma simples

fratura até alterações sutis de densidades em tórax e abdômen. Podemos realizar

exames em animais de companhia (cães e gatos), pets de companhia (coelhos, ferrets,

chinchilas, hamster por exemplo), animais de grande porte (equinos, bovinos e demais

ruminantes) e também para os animais selvagens de vários portes. As principais

indicações são: destacar a análise de tecido ósseo, aparelho digestório, aparelho

genito-urinário, aparelho cárdio-respiratório e parede torácica e abdominal.

Dependendo da situação, podemos lançar mão de procedimentos anestésicos

considerando a variedade de pacientes e a situação do exame, mas com certeza temos

condição de atender todos os nossos pacientes.

PALESTRA 9: TERAPIAS MEDIADAS POR LUZ – ROZANE DE FÁTIMA TURCHIELLO

A professora recentemente trabalhou no estudo de uma nova aplicação da

Terapia FotoDinâmica, o tratamento de retinoblastoma infantil (câncer que afeta a

retina). Para essa nova aplicação pediátrica da TFD, foi testada a eficácia de três

diferentes fotossensibilizadores: o meta-tetra (hidroxifenil) clorina (m-THPC), o ácido

5-aminolevulínico (5-ALA) e o azul de metileno (AM). Os estudos foram realizados in

vitro, com cultura celular. Para cada fotossensibilizador, estratégias específicas foram

utilizadas para aumentar a afinidade pelas células tumorais, como o uso de sistemas

carreadores e modificações na estrutura química dos mesmos. Atenção especial foi

dada ao estudo do tipo de mecanismo fotoinduzido de cada fotossensibilizador (Tipo I

e/ou Tipo II), e a sua relação com a sub-localização e o tipo de morte celular induzida

(apoptose e/ou necrose).

A experiência atual com o tema das terapias mediadas por luz e o

desenvolvimento de sistemas inovadores foram abordados na palestra.

PALESTRA 10: AVALIAÇÃO DE DOSES EM RADIOLOGIA DIAGNÓSTICA: transição

de tecnologia convencional para digital e estudos de otimização - TÂNIA A. C.

FURQUIM

A introdução de novas tecnologias em radiologia diagnóstica pode levar a

melhorias na qualidade de imagens, porém, pode-se aumentar desnecessariamente as

doses ao pacientes, caso não se estude processos de otimização. Neste trabalho,

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analisaram-se as doses de radiação de modalidades médicas como: radiologia,

mamografia e fluoroscopia convencionais e digitais, além de tomografia

computadorizada em diversas configurações de detectores. Os dados apresentados

foram obtidos no período de 2005-2009, em hospitais e clínicas da cidade de São

Paulo. Cada modalidade estudada apresenta peculiaridades de medição no estudo de

doses aos pacientes, bem como a avaliação de parâmetros de qualidade de imagem.

Dessa forma, os estudos individualizados são de extrema necessidade quando

da transição tecnológica, no sentido de se manter a qualidade de imagem sem

aumento significativo em doses aos pacientes.

Os resultados mostram que o fato de os sistemas que fornecem imagens

digitais em radiologia e mamografia possuírem faixa dinâmica mais ampla que os

convencionais, causam aumento de dose no momento da instalação destes

equipamentos. Assim, deve-se considerar sempre a necessidade de estudos de

otimização, pois existem várias metodologias facilmente aplicáveis para se reduzir as

doses aos pacientes. Algumas vezes um parâmetro de imagem, como razão sinal-ruído

ou razão contraste-ruído, deve ser acompanhado e aprovado para cada tipo de exame

pelo radiologista que irá analisar as imagens. No entanto, as facilidades trazidas pelos

sistemas CR e DR não apontam as doses elevadas que muitas vezes acompanham as

imagens que atingem qualidades desnecessárias a muitos exames. E, sempre a maior

qualidade de imagem emprega doses altas.

No caso de tomografias computadorizadas, os resultados mostram que as

doses entregues aos pacientes sofreram um aumento, conforme aumentaram o

número de fileiras de detectores. Estudos de otimização garantem que a boa

qualidade de imagem diagnóstica será obtida respeitando-se os níveis de dose para

cada exame.

PALESTRA 11: EXPANSÃO DA RADIOLOGIA NO PARANÁ - ÊNIO ROGACHESKI

Considero-me um apaixonado pela Radiologia, e pra mim, a sua expansão é

fascinante. Creio também que tenho vivenciado alguns dos principais momentos da

minha Especialidade, que era representada praticamente só pelos métodos que

envolviam radiação ionizante, como a própria Radiologia Convencional, simples e

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contrastada, a Mamografia e os métodos por cateterismo, como a Radiologia Vascular

e a Hemodinâmica (coronárias e coração).

Com o surgimento de outros métodos de diagnóstico por imagem, baseados

em radiação ionizante, como a Tomografia Computadorizada, e em radiação não-

ionizante, como a Ultrassonografia e a Ressonância Magnética, atualmente, se prefere

falar em Diagnóstico por Imagem ou Imaginologia. Se bem que o termo Radiologia

ainda abrange tudo, como se fora um guarda-chuva.

Pessoalmente, pude vivenciar algumas dessas etapas, desde que concluí

minha residência médica em Radiologia no Hospital de Clínicas da UFPR em 1979, e

recebi meu título de especialista em Radiologia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia

(CBR) – Associação Médica Brasileira (AMB). Posteriormente, em 2000, meu título

passou a ser especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem (RDI) e o próprio

CBR passou a denominar-se Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

No Paraná, tive o privilégio de ter sido um dos primeiros a trabalhar com

Tomografia Computadorizada, inicialmente no CETAC (1979), ainda na Rua Brigadeiro

Franco, e depois na EKISREY do Hospital Nossa Senhora das Graças (1980). Eram

equipamentos de cabeça, sendo que, somente em 1987, instalamos o primeiro

tomógrafo de corpo inteiro. Nessa época (1987), quando estive no Hospital Israelita

Albert Einstein para aprender TC de corpo, tive meu primeiro contato com o primeiro

equipamento de Ressonância Magnética da América do Sul e, desde antão, comecei a

sonhar com este novo e revolucionário método de diagnóstico por imagem.

Em 1992, instalamos o primeiro equipamento de Ressonância Magnética do

Paraná. Dali em diante, a sucessão de gerações de equipamentos de TC e de RM não

parou.

Mais recentemente, aconteceu a associação de um método morfológico, a

Tomografia Computadorizada (TC) com um método funcional da Medicina Nuclear, a

Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), resultando num dos maiores avanços da

Imaginologia (PET– TC), sendo que, no Paraná, já existem três desses equipamentos.

Podem-se definir alguns marcos na Medicina: a descoberta dos raios-x

(Radiologia) por Sir Wilhelm Conrad Roentgen, há 115 anos (novembro de 1895) e a

descoberta da Tomografia Computadorizada na década de setenta, foram as mais

impactantes e verdadeiros divisores de água. A Ressonância Magnética (aplicação

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clínica na década de oitenta) e, mais recentemente, a PET-TC (há também a TET-RM),

embora de grande valia, vieram na esteira daquelas descobertas. De qualquer modo, a

Radiologia (Imaginologia) é fascinante e o Paraná tem estado na vanguarda.

PALESTRA 12: ATUALIDADES DOS PROFISSIONAIS DAS TÉCNICAS RADIOLÓGICAS

E A REGULAMENTAÇÃO DO TECNÓLOGO – ABELARDO RAIMUNDO DE SOUZA

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou

proposta que regulamenta a profissão de tecnólogo. Pelo texto aprovado, o exercício

da profissão será privativo dos diplomados em cursos superiores de tecnologia

reconhecidos oficialmente. O texto é um substitutivo do relator, deputado Vicentinho

(PT-SP), ao Projeto de Lei 2245/07, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

A exigência do diploma já estava prevista no texto original da proposta. O

relator mudou as normas para regulamentar as atribuições do tecnólogo. Ele

estabelece, no substitutivo aprovado, que as atribuições da profissão serão definidas

por meio de resoluções dos conselhos de fiscalizações do exercício profissional. A

primeira versão do texto enumerava as atribuições da profissão. “Como os tecnólogos

exercem uma gama variada de atividades, é provável que uma lei que regulamente o

exercício de seu ofício não consiga englobar as ocupações de todos os profissionais”,

afirma.

O substitutivo também retira da proposta referência às áreas de competência

contempladas no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, elaborado

pelo Ministério da Educação. “Uma lei que vise regulamentar uma profissão não pode

estar atrelada à classificação de um guia que tem como objetivo orientar a oferta de

cursos”, argumenta.

Além disso, Vicentinho retira do projeto a referência à fiscalização e ao

registro do exercício da profissão tanto por conselhos quanto pelo Ministério do

Trabalho e Emprego. O relator vincula a fiscalização apenas aos conselhos já

existentes. O texto também define que caberá às faculdades que mantenham curso de

tecnologia encaminhar às instituições incumbidas da fiscalização as características dos

profissionais por ela diplomados.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas

comissões de Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania.