língua portuguesa/ 3º ano -...
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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia
Língua Portuguesa/ 3º ano - Matutino
Conceitos Gerais de Teoria Literária
Elementos da Comunicação
Funções da Linguagem
Figuras de Linguagem
Variação Linguística
Gêneros Literários
Texto Dissertativo
Carta Argumentativa
Preposição
Crase
Regência
Obras Indicadas pelo PAS – 3ª etapa/2017
Audiovisuais:
Encontro com Milton Santos – Sílvio Tendler
Estamira – Marcos Prado
MAN – Steve Cutts
Meu Amigo Nietzsche – Fáuston da Silva
O Papel e o mar- Luiz Antônio Pilar
This Land is mine – Nina Paley
Textos:
Constituição Federal – Título II (dos direitos e garantias fundamentais)
capítulo IV (dos direitos políticos) artigos 14 a 16; capítulo 5 (dos
partidos políticos), artigo 17 e Título IV (da organização dos poderes)
capítulo I ( do poder legislativo), seções I a IV, artigos 44 a 56
Crepúsculo dos Ídolos (partes I a VI) – Frederich Nietzsche
Dossiê Darwin – Revista Darcy – UnB
Zwkrshjistão – Bruno Palma
Amor - Clarice Lispector
Cibercultura: alguns pontos para compreender a nossa época – André
Lemos
Elevador do Filho de Deus – Elisa Lucinda
Nano partículas verdes – Revista Fapesp, Ed 223, set/2014
O Apanhador de desperdícios – Manoel de Barros
O burrinho Pedrês - Guimarães Rosa
O homem; as viagens – Carlos Drummond de Andrade
O Manifesto comunista em cordel – Antônio Queiroz de França
Poética – Manuel Bandeira
Psicologia de um vencido – Augusto dos Anjos
Rotas Alternativas – Revista Fapesp, Ed 220, jun/2014
Química Orgânica – Vinícius de Moraes
Vidas Secas – Graciliano Ramos
Liberdade, Liberdarde – Millôr Fernandes e Flávio Rangel
Artes Visuais:
A Noiva do Vento – Oscar Kokoschka
Deuses de um novo mundo- José Clemente Orozco
Êxodos: Programa Educacional: Leitura, narrativas e novas formas de
solidariedade no mundo contemporâneo – Sebastião Salgado
Formas únicas de continuidade no espaço – Umberto Boccioni
Guerra e Paz – Cândido Portinari
Guernica – Pablo Picasso
Improvisação nº 23 – Kandinsky
Mural da Igrejinha – Luis Galeno
Garoto Faminto com a bola de futebol – Paulo Ito
Jogo do osso – Glenio Bianchetti
Memorial Darcy Ribeiro “Beijódromo” – José Filgueiras “Lelé”
Painel de Azulejos na Faculdade de Educação UnB – Luís Humberto
Norte ao Sul – Torres Garcia
Quem matou Herzog – Cildo Meirelles
Rhythm 05 – Marina Abramovic
Tropicália – Hélio Oiticica
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Músicas:
Moteto em ré menor ou beba coca-cola – Gilberto Mendes e Décio
Pignatari
A ponte – Gog e Lenine
A triste Partida – Patativa do Assaré (musicada e interpretada por Luiz
Gonzaga)
Bachianas n° 4 (Ária Cantiga) – Heitor Villa Lobos
Beijinho no ombro – Valeska Popozuda
Cadeirada - Barbatuques
Domingo no parque – Gilberto Gil
Geração coca cola – Legião Urbana
Manifestação cultural brasiliense - Seu estrelo e fuá de terreiro
Mistérios do corpo – Hermeto Paschoal
Monólogo ao pé do ouvido/ Banditismo por uma questão de classe –
Chico Science
Oração – A Banda mais bonita da cidade
Pericón – Conrado Silva (Interpretado pela Orquestra de laptops de
Brasília)
Sagração da Primavera – Igor Stravinsky
Samba de uma nota só – Tom Jobim
Tropicália – Caetano Veloso
Conceitos Gerais de Teoria Literária – REVISÃO
Conceitos de Literatura:
" Arte Literária é mimese (imitação) “ É a arte que imita pela palavra"
“É a arte da palavra" "É a criação artística que tem como base a conotação". “A literatura, arte que é, proporciona prazer estético”.
2. Denotação: emprega-se a palavra em seu sentido usual, comum, literal, naquele em que os dicionários registram em primeiro lugar. 3. Conotação: a palavra é usada em sentido figurado, afetivo, sugerindo outras ideias abstratas . 4. Polissemia: é o fenômeno ocorrido com a palavra que é capaz de simbolizar várias ideias, dependendo do contexto linguístico.
Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja! Vamos! Coloque logo a mão na massa! As crianças estão com as mãos sujas. Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.
5. Linguagem não-literária: denotativa, clara, concisa, exata, usada na ciência, técnica, aborda sobre fatos reais, tem como principal característica a função referencial 6. Linguagem literária; conotativa, figurada, criativa, emotiva, ambígua, polissêmica, sugestiva, é o próprio texto literário e tem por funções predominantes a poética e a expressiva 7. Funções da Literatura Para o autor
o sensibilizar os leitores para aspectos da realidade, através da ficção;
o obter fama, notoriedade, poder; o receber recompensa financeira; o preservar lembranças pessoais
sob forma de ficção; o evadir-se, fugir da realidade; o alimentar o prazer ou
necessidade de escrever.
Para o leitor
o captar aspectos da realidade, passados, presentes e até futuros que não está habituado a observar, motivado por curiosidade intelectual;
o conhecer os processos de expressão, de uso de linguagem, do domínio da língua;
o usufruir do prazer da leitura, fugir à realidade cotidiana, atualizar-se, deleitar-se;
o enriquecer o vocabulário, dominar o código linguístico.
8. Estilo individual: como a própria expressão indica é a maneira particular que cada um tem. Em se tratando de Literatura, podemos afirmar que é a maneira pessoal de expressão oral ou escrita que reproduz experiência e retrata uma elaboração mental. 9. Estilo de época: representa aspecto comum a um
povo ou até a um continente. É a moda predominante em determinada fase ou período.
10. Linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Pode ser verbal e não-verbal.
11. Língua é a linguagem verbal utilizada por um grupo
de indivíduos que constitui uma comunidade. 12. Fala é a realização concreta da língua, feita por um
indivíduo da comunidade num determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da linguagem.
13. Signo Linguístico
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. (FEI) Assinale a alternativa em que prevalece a função apelativa da linguagem.
a. Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim... sem fim...
b. “Não discuto com o destino o que pintar eu assino.”
c. Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros.
d. Conheça você também a obra desse grande mestre.
e. Semântica é o estudo da significação das palavras.
02. (PUC) Identifique a frase em que a função predominante da linguagem é a REFERENCIAL: a. Dona Casemira vivia sozinha com seu cachorrinho.
b. Vem, Dudu!
c. Pobre Dona Casemira...
d. O que ... O que foi que você disse? e. Um cachorro falando? 03. Identifique a função de linguagem predominante em cada trecho a seguir. a) “Lambetelho frúturo orgasmaravalha-se logum homenina nel paraís de felicidadania: outras palavras.”
(Caetano Veloso) b) A turma do Casseta & Planeta está em Vale Nevado no Chile. Grava um programa sobre as desventuras dos turistas brasileiros que saem daqui para esquiar e, sem sabê-lo, passam as férias aos trambolhões.
(O Globo)
c) “Eu levo a sério, mas você disfarça; insiste em zero a zero e eu quero um a um...”
(Djavan)
d) “Compre Batom!” 04. (UFVI) Quando uma linguagem trata de si própria – por exemplo um filme falando sobre os processos de filmagem, um poema desvendando o ato de criação poética, um romance questionando o ato de narrar – temos a metalinguagem. Esta forma de linguagem predomina em todos os fragmentos, exceto:
a. “Amo-te como um bicho simplesmente de um amor sem mistério e sem virtude com um desejo maciço e permanente.” (Vinicius de
Morais) b. “Proponho-me a que não seja complexo o que
escreverei, embora obrigada a usar as palavras que vos sustentam.” (Clarice Lispector)
c. “Não narro mais pelo prazer de saber. Narro pelo gosto de narrar, sopro palavras e mais palavras, componho frases e mais frases.” (Silviano Santiago)
d. “Agarro o azul do poema pelo fio mais delgado de lã de seu discurso e vou traçando as linhas do relâmpago no vidro opaco da janela.” (Gilberto
Mendonça Teles) e. Que é Poesia? Uma ilha cercada de palavras por
todos os lados.” (Cassiano Ricardo)
05. Leia a tirinha de Calvin e Haroldo para responder à
questão:
Para tentar convencer o pai a comprar seu desenho,
Calvin empregou uma função de linguagem específica.
Assinale a alternativa que indica a resposta correta:
a. função metalinguística.
b. função fática.
c. função poética.
d. função emotiva.
e. função conativa 06. Segundo o linguista Roman Jakobson, “dificilmente lograríamos (...) encontrar mensagens verbais que preenchessem uma única função... A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante".
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Texto A Pausa poética Sujeito sem predicados Abjeto Sem voz Passivo Já meio pretérito Vendedor de artigos indefinidos Procura por subordinada Que possua alguns adjetivos Nem precisam ser superlativos Desde que não venha precedida De relativos e transitivos Para um encontro vocálico Com vistas a uma conjugação mais que Perfeita E possível caso genitivo.
(Paulo César de Souza)
Texto B “Sou divorciado – 56 anos, desejo conhecer uma mulher desimpedida, que viva só, que precise de alguém muito sério para juntos sermos felizes. 800-0031 (discretamente falar c/ Astrogildo)” 07. (UFGO) Os textos A e B, apesar de se estruturarem sob perspectivas funcionais diferentes, exploram temáticas semelhantes. Assinale a incorreta:
a. no texto A, o autor usa de metalinguagem para caracterizar o sujeito e o objeto de sua procura, ao passo que no texto B, o locutor emprega uma linguagem com predominância da função referencial.
b. a expressão ‘meio pretérito’, do texto A, fica
explicitada cronologicamente na linguagem
referencial do texto B.
c. a expressão ‘Desde que não venha precedida de
relativos e transitivos’, no texto A, tem seu
correlato em ‘mulher desimpedida que vive só’,
do texto B.
d. comparando os dois textos, pode-se afirmar que
ambos expressam a mesma visão idealizada e
poética do amor.
e. no texto A, as palavras extraídas de seu contexto
de origem (categorias gramaticais e funções
sintáticas) e ajustadas a um novo contexto criam
uma duplicidade de sentido, produzindo efeitos,
ao mesmo tempo lúdicos e poéticos.
8. Indique a função predominante no fragmento abaixo transcrito, justificando a indicação.
“Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas Nas selvas cresci:
Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiro, nasci:
Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.”
(Gonçalves Dias)
GÊNEROS LITERÁRIOS Os gêneros literários classificam ou agrupam os textos literários em categorias conforme suas características formais. O termo gênero significa família e agrupa textos dotados de características comuns. GÊNERO ÉPICO Trata-se de um dos mais antigos gêneros literários, constituindo-se num tipo de narrativa, essencialmente em versos. É um poema de exaltação. Epopeia é uma palavra grega composta por épos (verso) + poeiô (faço). A epopéia narra grandes feitos heroicos, cujo narrador apresenta uma evocação à pátria-mãe. As epopeias têm como elemento comum o “extraordinário”, ou seja, os deuses agem em benefício da “grandeza” da nação. As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana. Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
(Camões, Luís de. Os Lusíadas
IMPORTANTE: Uraguai, de Basílio da Gama Caramuru, de Santa Rita Durão Os Lusíadas, de Luís de Camões
o há narrador e personagens; o mistura subjetividade e objetividade; o as ações transcorrem num período de tempo; o o narrador dita as características das personagens.
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GÊNERO LÍRICO Vários foram os sentidos atribuídos à poesia lírica através dos tempos. Os gregos a compunham, acompanhados da lira, daí seu nome. Com os anos, passou a ser lírica toda forma de composição poética com predominância das impressões subjetivas do autor: melancolia, tristeza, saudade, dor, amor, devaneio, alegria. O gênero lírico aparece em versos: sonetos, odes, elegia, madrigal, sátira, balada. Há também a prosa poética. Letras de música, com função emotiva, fazem parte do gênero lírico. Ode - exaltação. Hino - louvor Epitalâmio - nupcial Elegia - é uma poesia triste, melancólica ou complacente, especialmente composta como música para funeral, ou um lamento de morte. Soneto – dois quartetos, dois tercetos
Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões
GÊNERO DRAMÁTICO A palavra drama, originada do grego, significa ação, por isso dramático é um gênero desprovido de um narrador, com textos especialmente compostos para serem encenados. o Os atores encenam ora dialogando, ora em monólogo. o Rubricas são indicações de cena, descrevem o que acontece em cena, se é dia ou noite, o local, etc. Normalmente ficam em
linhas separadas, entre parênteses e escritas em itálico. o Utilizando-se de linguagem verbal e não-verbal (gestos, mímicas), música e dança, As personagens vão encenando um
“enredo” previamente decorado e / ou, não raro, produzem adaptações. Variados são os estilos dramáticos:
o Tragédia Na Antiguidade Clássica, acreditava-se na purificação dos sentimentos por meio da tragédia, quando se encenavam grandes crimes ou feitos virtuosos, desgraças, castigos, traições.
o Comédia Originou-se das festividades a Dionísio (Baco para os Romanos) com o objetivo de provocar risos através de situações irônicas ou que promovessem o “ridículo”.
o Tragicomédia Tipo de texto que mistura drama e comédia em que acontecimentos trágicos revertem-se num desfecho feliz.
o Drama Modernização da tragicomédia. Alternam-se momentos de alegria e de tristeza.
o Farsa É uma representação mais suave. As caricaturas marcam esse estilo, ao ridicularizar costumes de uma sociedade.
o Auto Composição de argumento religioso, burlesco e/ou alegórico. Foi uma das mais notáveis criações do teatro português. No Brasil, Ariano Suassuna compôs a obra-prima O Auto da Compadecida
o presença do eu-lírico o expressa emoção pessoal; o é de natureza subjetiva; o não existem personagens.
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A cena transcrita acontece depois que morre o cachorro de estimação da mulher do padeiro, patrão de João Grilo. Ela e o marido querem que o animalzinho tenha um enterro em latim, rezado pelo padre, que se recusa a tal disparate. João Grilo (chamando o patrão à parte) — Se me dessem carta branca, eu enterrava o cachorro. Padeiro — Tem a carta. João Grilo — Posso gastar o que quiser? Padeiro — Pode. Mulher — Que é que vocês estão combinando aí? João Grilo — Estou dizendo que, se é desse jeito, vai ser difícil cumprir o testamento do cachorro, na parte do dinheiro que ele deixou para o padre e para o sacristão. Sacristão — Que é isso? Que é isso? Cachorro com testamento? João Grilo — Esse era um cachorro inteligente. Antes de morrer, olhava para a torre da igreja toda vez que o sino batia. Nesses últimos tempos, já doente para morrer, botava uns olhos bem compridos para os lados daqui, latindo na maior tristeza. Até que meu patrão entendeu, com a minha patroa, é claro, que ele queria ser abençoado pelo padre e morrer como cristão. Mas nem assim ele sossegou. Foi preciso que o patrão prometesse que vinha encomendar a bênção e que, no caso de ele morrer, teria um enterro em latim. Que em troca do enterro acrescentaria no testamento dele dez contos de réis para o padre e três para o sacristão. Sacristão (enxugando uma lágrima) — Que animal inteligente! Que sentimento nobre! (calculista) E o testamento? Onde está? João Grilo — Foi passado em cartório, é coisa garantida. Isto é, era coisa garantida, porque agora o padre vai deixar os urubus comerem o cachorrinho e, se o testamento for cumprido nessas condições, nem meu patrão nem minha patroa estão livres de serem perseguidos pela alma.
(Ariano Suassuna)
GÊNERO NARRATIVO É uma derivação do gênero épico. O gênero narrativo tem como características:
o Foco Narrativo - Existe um narrador que relata os acontecimentos como participante (narração em primeira pessoa – narrador onipresente) ou observador (narração em terceira pessoa – narrador onisciente).
o Enredo - Compreende o desenrolar dos fatos, seguindo uma ordem cronológica (sucessão temporal) ou psicológica (sucessão segundo lembranças ou evocações).
o Personagens - Seres reais ou fictícios criados pelo autor com características físico-psicológicas determinadas. o Espaço e Tempo - Local e momento em que ocorrem as ações. o Conflito - Toda situação conflituosa entre os personagens da narrativa. o Clímax - O ponto máximo da história, quando o narrador, depois de aumentar progressivamente a tensão entre os
personagens, leva-os ao “cúmulo” da dramaticidade. o Desfecho - Depois de atingirem o clímax, os personagens finalmente encontram seu destino, finalizando a narração.
IMPORTANTE O gênero narrativo apresenta as seguintes modalidades textuais: o Romance: Descrição longa das ações e sentimentos de personagens fictícios, numa transposição da vida para um plano
artístico.
o Novela: Narração, usualmente curta, ordenada e completa, de fatos humanos fictícios, mas, por via de regra, verossímeis.
o Conto: Narrativa pouco extensa, concisa, e que contém unidade dramática, concentrando-se a ação num único ponto de
interesse.
o Fábula: animais são personagens.
o Apólogo: personagens são seres inanimados.
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o Parábola: é a versão da fábula com personagens humanas. O objetivo é o mesmo, o de ensinar algo. Para isso são utilizadas
situações do dia a dia das pessoas.
o Anedota: é um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. É geralmente breve e depende de fatores como
entonação, capacidade oratória do intérprete e até representação. Nota-se então que o gênero se produz na maioria das
vezes na linguagem oral, sendo que pode ocorrer também em linguagem escrita.
o Lenda: é uma história fictícia a respeito de personagens ou lugares reais, sendo assim a realidade dos fatos e a fantasia estão
diretamente ligadas. A lenda é sustentada por meio da oralidade, torna-se conhecida e só depois é registrada através da
escrita. O autor, portanto é o tempo, o povo e a cultura. Normalmente fala de personagens conhecidas, santas ou
revolucionárias.
o Crônica: Narração histórica, ou registro de fatos comuns, feitos por ordem cronológica:
1. Pequeno texto de enredo indeterminado. 2. Texto jornalístico redigido de forma livre e pessoal, e que tem como temas fatos ou ideias da atualidade, de teor
artístico, político, esportivo, etc., ou simplesmente relativos à vida cotidiana. 3. Seção ou coluna de revista ou de jornal consagrada a um assunto especializado. 4. O conjunto das notícias ou rumores relativos a determinados assuntos. 5. Biografia, em geral escandalosa, de uma pessoa.
(Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI)
Vale ressaltar que as modalidades acima mencionadas hoje não constituem, obrigatoriamente, únicas. De fato podem-se observar textos mesclados. Importante:
Existem duas vertentes sobre a divisão dos gêneros literários: 1. a concepção clássica reconhece três (épico, lírico e dramático); 2. a concepção moderna elimina o épico, em favor do NARRATIVO, de natureza mais ampla.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações: I - O romance é um gênero literário em constante evolução que, na sua configuração atual, utiliza-se das técnicas mais variadas, provenientes, inclusive, de outras artes como o cinema e a pintura. II - O conto é uma narrativa em prosa, de curta extensão, cuja trama é em geral construída com tempo, espaço e número de personagens reduzidos. III - A crônica moderna apresenta-se como um registro isento e distanciado de acontecimentos cotidianos presenciados pelo cronista. Quais estão corretas? A. Apenas I.
B. Apenas II.
C. Apenas I e II.
D. Apenas II e III.
E. I, II e III.
2. Identifique o gênero literário de cada um dos textos. Enumere duas características que justifique sua resposta. a. Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentro sua mensagem, e a entregava ao mar.
Nunca recebeu uma resposta. Mas se tornou um alcoólatra. (Marina Colasanti)
b. Edgar – Não quer carona?
Ritinha – Prefiro o lotação. Edgard – (...) Só esta vez. Deixo você na Tijuca. Ritinha – Ah, meu Deus! Edgard – Pela primeira e última vez. Juro! Ritinha ( olhando o relógio) – Estou atrasada pra chuchu. Está bem. Aceito, mas escuta: nunca mais, ouviu? (Nelson Rodrigues)
c. Não sou nada.
Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. ( Fernando Pessoa)
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VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Assalto à brasileira
Assaltante mineiro
"Ô sô, prestenção. Issé um assarto, uai. Levantus braçu e fiketin quié mió prucê. Esse trem na minha mão tá chein di bala... Mió
passá logo os trocado que eu num to bão hoje. Vai andano, uai ! Tá esperanuquê, sô?!"
Assaltante baiano
"Ô meu rei... (pausa). Isso é um assalto... (longa pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não... (outra pausa). Se num quiser
nem precisa levantar, pra num ficar cansado Vai passando a grana, bem devagarinho (pausa pra pausa ) Num repara se o berro
está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado (pausa maior ainda). Não esquenta, meu irmãozinho (pausa). Vou deixar teus
documentos na encruzilhada."
Assaltante carioca
"Aí, perdeu, mermão! Seguiiiinnte, bicho. Isso é um assalto, sacô? Passa a grana e levanta os braço rapá ... Não fica de caô que
eu te passo o cerol.... Vai andando e se olhar pra trás vira presunto ..."
Assaltante paulista
"Isto é um assalto! Erga os braços! Passa logo a grana, meu. Mais rápido, mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a
bilheteria aberta pru jogo do Curintias, meu ... Pô, agora se manda, meu, vai... vai..."
Assaltante gaúcho
"O guri, ficas atento... isso é um assalto. Levanta os braços e te aquieta, tchê ! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta
uma barbariiidaaade, tchê. Passa as pilas prá cá ! Trilegal! Agora, te mandas, senão o quarenta e quatro fala."
Assaltante de Brasília
"Companheiros, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: energia,
água, esgoto, gás, passagem de ônibus, imposto de renda, licenciamento de veículos, seguro obrigatório, gasolina, álcool, IPTU,
IPVA, IPI, ICMS, PIS, Cofins."
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Beijinho no Ombro Walesca Popozuda
Desejo a todas inimigas vida longa Pra que elas vejam cada dia mais nossa vitória Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba Aqui dois papos não se cria e não faz história Acredito em Deus, faço ele de escudo Late mais alto que daqui eu não te escuto Do camarote quase não dá pra te ver Tá rachando a cara, tá querendo aparecer Não sou covarde, já tô pronta pro combate Keep Calm e deixa de recalque O meu sensor de periguete explodiu Pega sua Inveja e vai pra... Beijinho no ombro pro recalque passar longe Beijinho no ombro só pras invejosas de plantão Beijinho no ombro só quem fecha com o bonde Beijinho no ombro só quem tem disposição
Prova com questão sobre o hit 'Beijinho no ombro' gera polêmica nas redes socias
Exame de filosofia chama Valesca Popozuda de 'grande pensadora contemporânea'
O DIA Rio - Uma prova de filosofia aplicada na Escola de Ensino Médio 3, no Distrito Federal, está provocando polêmica nas redes sociais. O alvoroço é ocasionado por uma questão que chama a funkeira Valesca Popozuda de "grande pensadora contemporânea". A prova, elaborada pelo professor Antonio Kubitschek, cita a letra do hit “Beijinho no Ombro”, de Popozuda. “Segundo a grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda, se bater de frente: a) É só tiro, porrada e bomba b) É só beijinho no ombro c) É recalque d) É vida longa", dizia a questão.
Prova que trouxe questão sobre Valesca Popozuda e a chama de 'pensadora contemporânea' gera polêmica nas redes sociais
Após a repercussão, a cantora resolveu entrar na discussão e se manifestou através de sua página no Facebook. "Eu fiquei foi
bem honrada me senti duas vezes homenageada tanto pela pergunta quanto com o titulo de pensadora", escreveu Valesca.
No mesmo texto, a funkeira indagou diversos questionamentos sobre a polêmica. "O que criou essa confusão é esse tal de
‘pensadora’ que ele colocou. Mas todo mundo quer saber o que eu acho e vou dar minha opinião: (...) EU ACHO UMA BOBAGEM
ISSO TUDO, talvez se ele tivesse colocado um trecho de qualquer música de MPB ou até mesmo de qualquer outro gênero
musical (...) talvez não tivesse gerado tal problema (...) E se fosse MPB ou música americana que tanto é valorizada por nós?
Será que daria a mesma polêmica?”.
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Segundo a Secretaria Estadual de Educação do Distrito Federal, o caso é tratado com cautela. A assessoria de imprensa do órgão
informou ainda que cabe ao professor se justificar sobre a decisão de aplicar a questão e que a mesma só irá se posicionar
depois que ele fizer uma declaração oficial.
A explicação
O professor de filosofia, Antônio Kubitschek, que elaborou a prova, afirma que a atitude não teve a intenção de provocar
discussões sobre métodos educacionais, foi sim um teste para verificar a atuação da imprensa e se ela dá destaque às atividades
escolares em momentos positivos ou negativos.
“Tivemos um debate em sala de aula sobre a formação moral, a formação dos alunos, e veio a discussão de como a imprensa
participa desses novos valores que vão surgindo. Isso gerou polêmica, e resolvi testar. Há 15 dias tivemos uma exposição
fotográfica com fotos tiradas pelos alunos, e a imprensa não veio participar. Resolvi então colocar na minha prova uma questão
que gerasse polêmica e chegasse na rede social, que aí, em algum momento, um órgão da imprensa iria pegar”, relata.
Para o professor, a grande repercussão que o assunto adquiriu demonstra que a imprensa está mais interessada em dar
destaque a questões sensacionalistas. “Até então havia uma dúvida se a imprensa é sensacionalista ou não, e a dúvida foi tirada
com a polêmica. A imprensa demonstrou que hoje está mais interessada no sensacionalismo e pouco interessada em uma boa
formação”, avalia Kubitschek.
Aspectos Relevantes
o Variação linguística
o Conotação
o Linguagem direta
o Tom mais agressivo
o As mulheres são "todas inimigas" potenciais e requerem atenção constante já que somente uma pode ser a líder
poderosa:
"Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba. Aqui dois papos não se cria e nem faz história".
o A retórica contida na mensagem da canção "Beijinho no Ombro" agrega um elemento presente nas ideologias de
controle: a religião, isto é, evoca a ideia de Deus como fonte de superação das dores, no exemplo, provocada pelas
concorrentes.
"Acredito em Deus e faço ele de escudo".
o Mulher comparada a um cachorro, animal doméstico, na canção apontado como símbolo de inferioridade já que não
consegue falar e transmitir.
"Late mais alto que daqui eu não te escuto. Do camarote quase não dá pra te ver".
o "Beijinho no ombro só pras invejosas de plantão".
A canção Beijinho no Ombro finaliza sua letra com um argumento polissêmico, ou seja, Beijinho no Ombro pode ser um
prêmio para as amigas e uma ironia para as antagonistas: "Beijinho no ombro só quem fecha com o bonde, Beijinho no
ombro só quem tem disposição".
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5893 (adaptado)
ANÁLISE DOS TEXTOS
Embora os textos de Valesca Popozuda sejam compreensíveis, apresentam algumas inadequações no que
diz respeito à coesão e à coerência textual. Identifique “desvios” nos textos de Valesca, considerando a norma culta
da língua portuguesa.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (UNISC-06) O texto literário transfigura, muitas vezes, a linguagem, valendo-se de figuras com o propósito de criar melhores efeitos. Considerando a figura e seu conceito, onde o exemplo não corresponde?
A. Metáfora: transição de uma realidade a outra, a partir de elementos semelhantes existentes entre as duas. Exemplo: “A Luciane é um canhão em matemática.”
B. Antítese: confronto de dois elementos antagônicos que entram em choque ao coexistirem numa realidade. Exemplo: “A lua é um tiro ao alvo/e as estrelas bala e bala” (Luiz Coronel).
C. Sinestesia: figura que cruza sensações mediante atribuição de qualidades de um sentido a outro. Exemplo: “E que dizer do aroma azulado da noite?” (Érico Veríssimo).
D. Aliteração: repetição de uma mesma consoante ou de consoantes com propriedades fônicas semelhantes. Exemplo: “E temo, e temo tudo, e nem sei o que temo” (Alphonsus de Guimaraens).
E. Personificação: atribuição de qualidades, atitudes ou impulsos próprios do homem a seres inanimados. Exemplo: “Negro, imenso, disforme,/Enegrecendo a noite, a desdobrar-se pelas/amplidões do horizonte, a cordilheira dorme” (Vicente de Carvalho).
2. “No tempo, sob estes galhos, Como uma vela fúnebre de cera, Chorei bilhões de vezes com a canseira De inexorabilíssimos trabalhos!” Identifique a figura empregada nos versos destacados:
a. antítese b. anacoluto c. hipérbole. d. onomatopeia. e. eufemismo.
3. Leia o Hino Nacional Brasileiro e pesquise no dicionário
o significado das palavras.
4. Coloque os dois primeiros versos em ordem direta. 5. Os versos 33 e 34 também fazem parte de um poema
bastante conhecido. Diga o nome do poema e seu autor.
6. Quanto ao número de sílabas, como podem ser
classificados os versos da primeira estrofe? 7. Observando a 2ª estrofe, classifique as rimas quanto à
distribuição e quanto à classe gramatical. 8. Nos versos 29 e 30, o autor afirma que: a. O Brasil será dominado pelo Novo Mundo. b. A América dominará o Brasil e o Novo Mundo. c. O Brasil se sobressairá diante dos demais países da
América, sendo iluminado pelo sol do Novo Mundo. d. O Brasil se sobressairá se for iluminado pelo sol do
Novo Mundo. 9. Segundo o texto, o responsável pela fala: “Paz no
futuro e glória no passado” é ( são): a. a bandeira brasileira b. o verde-amarelo da nossa bandeira. c. As matas e o ouro do nosso país. d. Os republicanos que usavam uniformes verde-
amarelos. e. N.d.a
10. Que figura(s) de linguagem aparece(m) em “E diga o
verde-louro dessa flâmula
- ‘Paz no futuro e glória no passado. ’ ”? Justifique.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
PREPOSIÇÃO 1. Assinale o item em que a relação expressa pela preposição não está corretamente indicada:
a. perecendo à fome (instrumento); b. apontando para o açoite (direção); c. prostrados com as mãos atadas (modo); d. no chão resvala (lugar); e. folhas da árvore (posse).
2. Assinale a alternativa que indica corretamente o valor semântico (sentido da relação) das preposições em destaque nas frases: 1. Ele sempre cuidou da família com muita dedicação. 2. Com a doença do pai, ela voltou para a cidade natal. 3. Desde pequenos, os príncipes eram preparados para a liderança. 4. A pequena casa de madeira foi destruída a machado. a. Modo – companhia – modo – modo b. Modo – causa – finalidade – instrumento c. Causa – modo – finalidade – instrumento d. Modo – modo – causa – causa e. Companhia – causa – semelhança – modo
CRASE 1. Indique onde deve ocorrer crase e justifique: a. Vamos a Natal e depois a Olinda das minhas
lembranças de infância. b. Meus pais tiveram a chance de ir a Moscou, mas
preferiram voltar a Espanha. c. O serviço de entrega ficou a minha disposição, mas não
fez chegar os pacotes a seu destino. d. Eles não entregaram a encomenda a secretária? e. A saída, os alunos fazem a maior algazarra,
desobedecendo as regras da escola. f. Indo aquela escola, converse com os alunos mais
interessados: eles estão a sua procura. g. A medida que conheço melhor meus alunos, minha
admiração por eles aumenta. h. Eles passaram a tarde a discutir as vantagens as quais
julgam ter direito. i. Aquela mulher conseguiu tudo aquilo que sempre
desejou. j. Dirigiu-se a ela a passos lentos e disse: estou disposto a
contar tudo a senhora; mas não tenho coragem de falar a Mário sobre o ocorrido.
2. Assinale a alternativa que completa corretamente
as lacunas da seguinte frase. “...... noite assistimos ..... peça teatral e ........ seguir fomos ......... estação rodoviária, onde ficamos ....... espera de nossos amigos que iam chegar de viagem.” a. à, à, a, à, a b. a, à, a, à, a
c. à, à, à, a, à d. à, à, a, à, à e. a, a, à, a, à 3. Observando a necessidade, ou não, do uso do
sinal indicativo de crase antes das palavras casa e terra, assinale a alternativa correta:
a. Os tripulantes do barco chegaram cansados à terra. b. Volte à casa e diga-lhes que venham aqui. c. Alguns alunos resolveram ir a casa assombrada. d. Domingo irei a terra onde viveram meus pais. e. O fazendeiro doou a terra a seus empregados. 4. Considere o emprego de a, à, há nas frases
abaixo: I. Ele viveu aqui há muitos anos. II. Os jogadores obedeceram à orientação do técnico. III. Tínhamos tudo à nossa disposição. IV. Daqui a dez dias ele voltará à terra natal. Estão corretas: a. somente I, II e III b. somente II, III e IV c. somente I e III d. somente II e IV e. todas as frases. 5. (Univ. Fed. Maranhão) Marque a alternativa
correta quanto ao emprego da crase. a. É árdua a tarefa à que te dedicas. b. Ofereceu prêmios à todos os concorrentes. c. Quando chegou a casa, atirou-se à chorar. d. Não respondeu a todas as questões, somente às que
sabia. e. Seja útil a sociedade e à pátria. 6. ( Un. Federal de Pelotas – RS) Há erro, quanto ao
emprego da crase, em: a. A obra de literatura a que me referi é semelhante à
que leste ontem. b. A praça à qual nos dirigimos fica a alguns quarteirões
daqui. c. Avisei a Vossa Senhoria que às vezes não gosto de falar
a pessoas estranhas. d. A medida que foi calculada no projeto não corresponde
à realidade do terreno. e. Após assistir à peça, ficou por instantes a contemplar o
teatro; depois, foi para a casa dos amigos. 7. Estamos ............ quarenta dias das eleições e,
embora os candidatos estejam em campanha ........... mais de três meses, ainda........... dúvidas quanto ao resultado final.
a. a/ há/ a b. a/ há/ há c. há/ a/a d. há/ há/ há e. a/a/há 8. ( Faap –SP) Leia o período abaixo e acentue, quando
necessário, o A, de acordo com as normas do emprego do sinal indicativo de crase. Justifique sua resposta.
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“Os guerreiros estavam dispostos a eleger Zumbi como o Senhor da força militar. Frente a frente, garantindo a vitória a todos, instauraram o primeiro governo livre nas terras americanas. 9. Indique a alternativa correta: ......... pedido de mamãe, dê abraços........... todos ao chegar ........... cidade. a. a, a, à b. à, a, a c. a, à, a d. à, à, a e. n.d.a
10. Nas orações que seguem, qual a alternativa correta? I. Deixei o navio e fui à terra. II. Lúcia assiste à novelas diariamente. III. Voltarei a Lisboa brevemente a fim de estudar. IV. Agiu seguindo à emoção do momento. V. Assim, não irás à nenhuma festa e nem à qualquer
reunião. a. apenas a I está correta. b. Apenas a II está correta. c. Apenas a III está correta. d. Apenas a IV está correta. e. Todas estão corretas. 11. Identifique a frase incorreta quanto ao emprego do sinal indicativo da crase. a. Àquelas daria a atenção devida? b. Nas férias iremos à Bahia. c. Havia duas moças, você deu importância à de cá, mas
não a de lá. d. A cidade à qual irei é muito bonita. e. Ele nunca obedeceu àquele regulamento. REGÊNCIA
1. Assinale a alternativa incorreta quanto à regência verbal. a. Em todos os recantos do sítio, as crianças sentem-se felizes porque aspiram o ar puro. b. O presidente assiste em Brasília há quatro anos. c. Chamei-lhe sábio, pois soube decifrar os enigmas da vida. d. Informei-a um grave problema na empresa. e. Hei de querer-lhe como se fosse minha filha. 2. Assinale a alternativa que contém apenas orações corretas, considerando a sintaxe de regência. I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família. II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro. III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde. IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.
a. I, III, IV b. I, III c. I, II d. II, III, IV e. I, II, III
3. (Fuvest) Indique a alternativa correta: a. Preferia brincar do que trabalhar. b. Preferia mais brincar a trabalhar. c. Preferia brincar a trabalhar. d. Preferia brincar à trabalhar. e. Preferia mais brincar que trabalhar.
4. Assinale a alternativa que não obedece à norma culta em relação à regência.
a. De Porto Alegre, lembro-me do frio e da praça. b. Jesus perdoou o pecador. c. Visamos a um futuro mais feliz. d. Prefiro aspirar a uma posição honesta a ficar aqui. e. A perda do cartão de consumo implica multa de R$
500,00. 5. Assinale a alternativa que não obedece à norma culta em relação à regência.
a. Ele chegou na hora do almoço. b. Não tenho dúvidas de que ele chegará em breve. c. Assisti ontem pela segunda vez ao filme vencedor do
Oscar. d. A companhia informou o atraso dos voos. e. Jamais obedeceu os apelos que lhe faziam.
6. Nos períodos a seguir, o complemento verbal
(objeto direto, objeto indireto) em destaque foi substituído por um pronome. Coloque C ou E para tal substituição e marque a sequência correta.
I. ( ) A empresa enviou cartas aos clientes. A empresa enviou-lhes cartas.
II. ( ) Não desobedeça a seus pais. Não lhes desobedeça. III. ( ) Vou informar ao chefe o que aconteceu. Vou informá-
lo o que aconteceu. IV. ( ) Os operários da fábrica aspiram um ar de péssima
qualidade. Os operários aspiram-no. V. ( ) Ela quer à sobrinha tanto quer ao filho Ela a quer
tanto quanto lhe quer. a. E, E, E, E, E b. C, C, E, C, C c. E, C, E, C, E d. C, C, E, C, E e. C, C, C, C, C
7. Assinale a alternativa que contém erro quanto à
regência nominal. a. São sempre visíveis aos olhos dos outros nossas
falhas. b. Todos somos úteis ao progresso nacional. c. Nós estávamos curiosos em encontrar o segredo. d. Os animais são obedientes às leis naturais. e. Aquele rapaz não está apto a dirigir.
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TIPOLOGIA TEXTUAL
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PRODUÇÃO DE TEXTO (Baseado na obra Técnicas de Redação – Branca Granatic)
ESQUEMA NÚMERO 01
Primeiro Parágrafo TESE + ARGUMENTO 1 + ARGUMENTO 2 + ARGUMENTO 3 INTRODUÇÃO
Segundo Parágrafo Desenvolvimento do argumento 1
Desenvolvimento Terceiro Parágrafo
Desenvolvimento do argumento 2
Quarto Parágrafo
Desenvolvimento do argumento 3
Quinto Parágrafo Expressão inicial + reafirmação da TESE + observação final Conclusão
Destruição: a ameaça constante
O mundo caminha para sua própria destruição, pois tem havido inúmeros conflitos internacionais, o meio ambiente
encontra-se atualmente ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e, além do mais, permanece o perigo de uma catástrofe
nuclear.
Nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos internacionais que se
sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coreia, as quais provocaram grande
extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na América Central e Golfo Pérsico que, envolvendo as grandes
potências internacionais, poderiam conduzir-nos a um confronto mundial de proporções incalculáveis.
Outra ameaça constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem
desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente acabe por se
transformar em um local inabitável.
Além disso, enfrentamos sério perigo relativo à utilização da energia atômica. Quer pelos acidentes que já ocorreram e
podem acontecer novamente, quer por um eventual confronto em uma guerra mundial, dificilmente poderíamos sobreviver
diante do poder avassalador desses sofisticados armamentos.
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do nosso próprio
extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças destrutivas, para
podermos sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico, será mais facilmente habitado pelas
gerações vindouras.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Agora, com base no modelo abaixo, transcreva os temas seguintes em seu caderno e elabore três argumentos para justificar cada um deles.
A. Poucos são os programas de televisão que contribuem para elevar o nível cultural. B. Em Brasília, verifica-se um aumento generalizado da violência. C. O preconceito racial continua presente no mundo contemporâneo. D. Leis e penas mais duras são a única solução para o trânsito brasileiro. E. Torna-se cada vez mais difícil para os jovens escolher uma profissão.
1. Escreva um texto dissertativo argumentativo sobre o seguinte tema: A televisão influencia decisivamente no
comportamento das pessoas. Primeiramente, no rascunho, faça a este tema a pergunta POR QUÊ? E obtenha três argumentos.
MODELO
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1. Levante um argumento favorável e um desfavorável para os temas a seguir. o A legalização da maconha o Casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil o Redução da maioridade penal
2. Escolha um dos temas acima e redija um texto dissertativo-argumentativo, conforme as características do esquema
02.
OBSERVAÇÃO
ESQUEMA NÚMERO 02
Primeiro Parágrafo Apresentação da TESE
Introdução
Segundo Parágrafo Análise dos aspectos favoráveis
Desenvolvimento
Terceiro Parágrafo Análise dos aspectos contrários
Quarto Parágrafo
Expressão inicial + posicionamento pessoal em relação ao TEMA + observação final
Conclusão
A pena de morte
Cogita-se, com muita frequência, da implantação da pena de morte no Brasil. Muitos aspectos devem ser analisados na
abordagem dessa questão.
Os defensores da pena de morte argumentam que ela intimidaria os assassinos perigosos, impedindo-os de cometer
crimes monstruosos, dos quais costumeiramente temos notícia. Além do mais aliviaria, em certa medida, a superlotação dos
presídios. Isso sem contar que certos criminosos, considerados irrecuperáveis, deveriam pagar com a morte por seus crimes
bárbaros.
Outros, porém, não conseguem admitir a ideia de um ser humano tirar a vida de um semelhante, por mais terrível que
tenha sido o delito cometido. Há registros históricos de pessoas executadas injustamente, pois as provas de sua inocência
evidenciaram-se após o cumprimento da sentença. Por outro lado, a vigência da pena de morte não é capaz de, por si,
desencorajar a prática de crimes: estes não deixaram de ocorrer nos países em que ela é ou foi implantada.
Por todos esses aspectos, percebemos o quanto é difícil nos posicionarmos categoricamente contra ou a favor da
implantação da pena de morte no Brasil. Enquanto esse problema é motivo de debates, só nos resta esperar que a lei consiga
atingir os infratores com justiça e eficiência, independemente de sua situação socioeconômica. Isso se faz necessário para
defender os direitos de cada cidadão brasileiro das mais diversas formas de agressão das quais é hoje vítima constante.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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ESQUEMA NÚMERO 03
Primeiro Parágrafo Apresentação do TEMA ( com ligeira ampliação) Introdução
Segundo Parágrafo Causa (com explicações adicionais)
Desenvolvimento
Terceiro Parágrafo Consequências (com explicações adicionais)
Quarto Parágrafo
Expressão inicial + posicionamento pessoal em relação ao TEMA + observação final
Conclusão
O problema das correntes migratórias
Todos sabemos que, em nosso país, há muito tempo, observa-se um grande número de grupos migratórios, os
quais, provenientes do campo, deslocam-se em direção às cidades, procurando melhores condições de vida.
Ao examinarmos algumas das causas desse êxodo, verificamos que a zona rural apresenta inúmeros
problemas, os quais dificultam a permanência do homem no campo. Podemos mencionar, por exemplo, a seca, a questão da
distribuição de terra e a falta de incentivo à atividade agrária por parte do governo.
Em consequência disso, vemos, a todo instante, a chegada desse enorme contingente de trabalhadores rurais
ao meio urbano. As cidades encontram-se despreparadas para absorver esses migrantes e oferecer-lhes condições de
subsistência e de trabalho. Cresce, portanto, o número de pessoas vivendo à margem dos benefícios oferecidos por uma
metrópole; por falta de opção dirigem-se para as zonas periféricas e ocasionam a proliferação de favelas.
Por tudo isso, só nos resta admitir que a existência do êxodo rural somente agrava os problemas do campo e
da própria cidade. Fazem-se, portanto, necessárias algumas medidas para tentar fixar o homem na terra. Assim, os cidadãos
rurais e urbanos deste país encontrariam, com certeza, melhores condições de vida.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Apresente duas causas e duas consequências para os temas a seguir. o Os jovens, em geral, leem cada vez menos. o Intolerância religiosa o O uso das redes sociais domina o cotidiano das pessoas.
2. Escolha um dos temas acima e redija um texto dissertativo-argumentativo, conforme as características do esquema 03.
ESQUEMA NÚMERO 04
Primeiro Parágrafo Estabelecimento do Tema Introdução
Segundo Parágrafo Retrospectiva histórica (época mais distante)
Desenvolvimento
Terceiro Parágrafo Retrospectiva histórica (época mais próxima e época atual).
Quarto Parágrafo
Expressão inicial + posicionamento pessoal em relação ao TEMA + observação final
Conclusão
Num piscar de olhos
É indiscutível o espantoso avanço conseguido pelos meios de comunicação ao longo dos tempos. O
desenvolvimento tecnológico deste século garantiu a eficiência e a rapidez na comunicação quer entre indivíduos quer através
dos meios eletrônicos, que fazem a informação chegar aos povos de qualquer parte do planeta em questão de segundos.
Em tempos passados, as pessoas dispunham basicamente do correio e do telégrafo. Todos sabem que ainda no
século XIX passavam-se meses antes que alguém soubesse da morte de um parente ou amigo que estivesse na Europa. Isso
ocorria porque a comunicação dependia basicamente dos meios de transporte. Quanto ao telégrafo, embora mais rápido, ele
restringia em muito a quantidade de dados transmitidos.
No século XX, a comunicação foi grandemente impulsionada pelo avanço tecnológico. Surgiu o telefone e
posteriormente o fax. O rádio e a televisão foram inventos que, além de possibilitar a veiculação de notícias para uma grande
massa, ainda permitiram uma melhor integração entre populações de diferentes estados ou países. Atualmente, com a
utilização de satélites nas transmissões, o mundo interligou-se. Devido ao avanço tecnológico dos meios de comunicação de
última geração - internet, tv, satélites, computadores, telefones celulares, tablets e outros-, assistimos a transformações na
forma de agir e pensar, no estilo de vida, nos desejos, na conduta e nas atitudes sociais, políticas e econômicas.
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Dessa forma, entendemos que mudou a comunicação e, com ela, o próprio homem. Agora, cada indivíduo é
um habitante do seu planeta e não mais de sua cidade ou país. Mais do que nunca, cada um de nós assiste, a todo instante,
ao desenrolar dos fatos que compõem a nossa História.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito de um dos temas abaixo, observando as características do esquema 04.
o A mulher na política nacional o A violência contra a mulher o O consumismo infantil
ESQUEMA NÚMERO 05
Primeiro Parágrafo Estabelecimento do TEMA (a perplexidade diante da situação) Introdução
Segundo Parágrafo Referência a fatos de conhecimento público Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Comentários críticos (crítica dos fatos, ideias ou circunstâncias)
Quarto Parágrafo
Expressão inicial + posicionamento pessoal em relação ao TEMA + observação final
Conclusão
A idade da humilhação
É claro que a corda sempre se rompe do lado mais fraco, mas para tudo existe um limite que, quando
ultrapassado, causa-nos espanto, revolta e vergonha. Até quando, neste país, o aposentado será visto pelas autoridades como
um cidadão de quinta categoria, sobre o qual podem recair todos os tipos de infâmia?
Não é segredo para ninguém que o salário do aposentado sempre esteve muito aquém de suas necessidades
básicas. Ao longo dos anos temos visto os indicadores financeiros apontando para uma vertiginosa queda do valor real
recebido por esta categoria.
Muito embora a Constituição de 1988 tenha garantido o recebimento do mesmo número de salários mínimos
daquele da data de cada aposentadoria, é de causar vergonha o que fez o primeiro governo eleito pelo povo, após o período
de exceção: a medida provisória que desvinculou o rendimento dos idosos do salário mínimo pago aos trabalhadores em
atividade. Isso sem falar do confisco dos ativos financeiros daqueles que economizaram durante toda uma vida. Os que viram
dificilmente esquecerão as enormes filas de idosos, que se comprimiam a duras penas nas agências bancárias, quando o
governo, atendendo a inúmeros pedidos, resolveu liberar o dinheiro de seus pais, avós e bisavós até então esquecidos no
emaranhado de cálculos e fórmulas da tecnocracia.
Exatamente como uma peteca, envolvido por uma sequência interminável de informações contraditórias, o
aposentado brasileiro tem vivido muito mais de promessas do que de pão. Levando em conta os valores da ética cristã e a
civilidade própria das sociedades que alcançaram um mínimo de desenvolvimento, questionamos nossos valores, ao
compararmos a situação desses idosos com a dos velhos em algumas aldeias indígenas do passado, que não conseguiam mais
prover seu sustento e eram levados a um lugar distante da tribo, para encontrarem a morte.
Resta saber por quanto tempo mais o aposentado e o indigente estarão no mesmo patamar, depois das árduas
décadas de empenho e sacrifício dos que acreditaram no trabalho e na honestidade e, até o momento, receberam em
retribuição somente humilhações.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito de um dos temas abaixo, observando as características do esquema 05.
o A falta de vontade política quanto ao sistema prisional brasileiro o Abusos nos meios de comunicação o Descarte de lixo
ESQUEMA NÚMERO 06
Primeiro Parágrafo Estabelecimento do TEMA Introdução
Segundo Parágrafo Análise do tema relacionado à área geográfica 1. Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Análise do tema relacionado à área geográfica 2
Quarto Parágrafo
Expressão inicial + retomada do tema procedendo a uma análise comparativa referente à localização espacial
Conclusão
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Os contrastes regionais do Brasil
Comenta-se com frequência a respeito do grande contraste que existe entre algumas das regiões geográficas
do nosso país.
A Região Nordeste caracteriza-se por grandes extensões de terras áridas, sofrendo longos períodos de seca,
seguidos, às vezes, por inundações que assolam muitos pontos da região. As condições climáticas, associadas à atividade
econômica, predominantemente agrícola, criam certa instabilidade. De lá saem frequentemente correntes migratórias, em
busca de melhores condições de trabalho e de vida.
Por outro lado, a Região Sudeste abriga os maiores polos industriais do nosso país. Sem precisar enfrentar as
adversidades criadas pelas condições naturais, que nela ocorrem com menos frequência e intensidade, seus habitantes, que
têm acesso a um melhor padrão de vida e de educação, constroem diariamente o progresso, através de sua força de trabalho.
Pela observação dos aspectos analisados, entendemos que existe um nítido contraste entre as regiões
Nordeste e Sudeste. Este contraste manifesta-se em vários níveis. As condições climáticas, o padrão de vida desfrutado pelas
populações e as características socioeconômicas colocam estas duas regiões em planos opostos. Entretanto, o sentimento de
unidade nacional, o desejo de transformar esta realidade, poderá, em futuro próximo, desencadear soluções para levar o
desenvolvimento às áreas menos favorecidas.
ESQUEMA NÚMERO 06 – VARIAÇÃO 02
Primeiro Parágrafo Estabelecimento do TEMA Introdução
Segundo Parágrafo Análise comparativa entre a região geográfica 1 e a região geográfica 2 (abordagem de um determinado aspecto)
Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Análise comparativa entre a região geográfica 1 e a região geográfica 2 (abordagem de um outro determinado aspecto)
Quarto Parágrafo
Expressão inicial + retomada do tema, agora analisando em relação à localização espacial.
Conclusão
Os contrastes regionais do Brasil
Comenta-se com frequência a respeito do grande contraste que existe entre algumas das regiões geográficas
do nosso país.
Observando as condições climáticas, notamos significativas diferenças. Por um lado, temos a Região Nordeste.
Ela apresenta grandes extensões de terras áridas, enfrenta periodicamente o problema das secas, seguidas às vezes por
inundações que assolam muitos pontos de seu território. Isso não se verifica na Região Sudeste, que, por sua vez, apresenta
condições favoráveis à permanência e desenvolvimento do homem na terra.
A análise dos aspectos socioeconômicos também coloca essas duas áreas em pontos extremos. Os habitantes
da Região Nordeste vivem, em sua grande maioria, em situação de pobreza absoluta. A estrutura latifundiária, voltada
principalmente para a monocultura, traça o perfil desta região essencialmente agrícola. Em contrapartida, é desnecessário
lembrar que a Região Sudeste concentra os mais importantes polos comerciais e industriais do Brasil, construídos diariamente
por seus habitantes, os quais desfrutam de um melhor padrão de vida.
Em vista do que foi observado, verificamos a existência de um nítido contraste entre estas duas regiões
brasileiras. Esperamos, como cidadãos sensíveis a essa problemática, que não sejam poupados esforços para levar a todos os
brasileiros condições dignas de subsistência.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito de um dos temas abaixo, observando as características do esquema 06 – variação 1 ou 2.
o Inclusão digital no Brasil o Desenvolvimento sustentável o Consumo de álcool
Pecados Capitais em uma dissertação
O que você não deve fazer em uma dissertação:
1. jamais use gírias em sua dissertação;
2. não utilize provérbios populares;
3. nunca se inclua em sua dissertação;
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4. não dialogue com o interlocutor;
5. não utilize sua dissertação para propagar doutrinas religiosas;
6. jamais analise os temas propostos movido por emoções exageradas;
7. não utilize exemplos contando fatos ocorridos com terceiros, que não sejam de domínio público;
8. evite abreviações. Procure escrever as palavras por extenso;
9. nunca repita várias vezes a mesma palavra;
10. procure não inovar, por sua conta, o alfabeto da língua portuguesa;
11. tente não analisar os assuntos propostos sob apenas um dos ângulos da questão;
12. não fuja ao tema proposto.
Título
Coloque título somente quando a prova, nas instruções, solicitar. Caso contrário, é proibido. Entre o título e o contexto, deixe uma ou duas
linhas ou espaço equivalente.
ENEM- Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
No ENEM, a sua redação, além de apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, deve oferecer uma proposta de
intervenção na vida social. Essa proposta deve considerar os pontos abordados na argumentação, deve manter vínculo direto com a tese
desenvolvida no texto e coerência com os argumentos utilizados, já que expressa a sua visão, como autor, das possíveis soluções para a
questão discutida.
A proposta de intervenção deve conter a exposição da intervenção sugerida e o detalhamento dos meios para realizá-la.
É necessário que ela respeite os direitos humanos, que não rompa com valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade
cultural. Evite propostas vagas, gerais; busque propostas mais concretas, específicas, consistentes com o desenvolvimento de suas ideias.
O seu texto será avaliado, portanto, com base na combinação dos seguintes critérios:
a) presença de proposta x ausência de proposta; e
b) proposta com detalhamento dos meios para sua realização x proposta sem o detalhamento dos meios para sua realização.
Elementos coesivos: Alguns elementos coesivos podem ser classificados assim: Termo anafórico: quando o item de referência retoma um signo (termo) já expresso no texto. É o termo que evita a repetição do outro, pospondo-se a este. 1. Ana Maria Braga comanda as manhãs da Globo, aliás, ela e o seu papagaio. 2. João e Pedro trabalham muito; André, porém, não faz com muita vontade. 3. Maria e Paula sempre foram duas grandes amigas, porém as duas estão brigadas. 4. Brasília é uma cidade estranha. Aqui o clima é muito louco, faz calor e frio ao mesmo tempo. 5. Marcos e Paula são grandes profissionais. Esta é médica; aquele, renomado artista. Termo catafórico: quando o item de referência antecipa um signo (termo) ainda não expresso no texto. Termo que antecipa outro a ser mencionado. 1. Só desejo isto: que você não se esqueça de mim. 2. Guarda bem isto: sem ti não vivo. Cuidado: evite a ambiguidade. 1. A filha descobriu que a mãe era contrabandista. A filha ficou indignada. 2. A filha descobriu que a mãe era contrabandista. Ela ficou indignada. Sinônimo: é obtido pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o mesmo referente. 1. Lucas é meu filho mais velho. Meu primogênito é muito inteligente. 2. Fernando Henrique Cardoso não tem dado muitas entrevistas. O ex-presidente prefere o silêncio. Hiperônimo: quando o primeiro elemento mantém com o segundo uma relação todo-parte, classe-elemento. 1. Gosto muito de cidades grandes. São Paulo é maravilhosa. 2. Na fazenda, tenho muitos animais. Tenho uma vaca grande. Hipônimo: quando o primeiro elemento mantém com o segundo uma relação parte-todo, elemento-classe. 1. Pedro comprou uma moto. O veículo é branco com faixa azul.
Atenção: o Toda redação é normalmente em PROSA, o que significa não fazer versos, não fazer poesia, mesmo que sem rima ou sem métrica.
o Os parágrafos devem adentrar a linha uns dois centímetros e iniciarem, todos, à mesma altura.
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Adequação dos Elementos Coesivos aos Parágrafos
CARTA ARGUMENTATIVA
Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na tipologia dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta a tríade
introdução / desenvolvimento /conclusão. Logo, no primeiro parágrafo, você apresentará ao leitor o ponto de vista a ser defendido; nos dois
ou três subsequentes (considerando-se uma carta de 20 a 30 linhas), encadear-se-ão os argumentos que o sustentarão; e, no último, reforçar-
se-á a tese (ponto de vista) e/ou apresentar-se-á uma ou mais propostas. Os modelos de introdução, desenvolvimento e conclusão são
similares aos que você já aprendeu.
Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de dissertação argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e
capricho os argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor de algo.
Apesar das semelhanças com a dissertação, que você já conhece, é claro que há diferenças importantes entre esses dois tipos de redação.
Vamos ver as mais importantes:
a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, junto à margem, aparecem o nome da cidade e a data na qual se escreve. Exemplo:
Brasília, 09 de fevereiro de 2017.
b) Vocativo inicial: na linha de baixo, na margem do parágrafo, há o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por
vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida.
Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Michel Temer, Senhor ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, Caro
deputado Sicrano.
c) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você
que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto para
alguém. Na carta, isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um você definido. Logo, você terá que ser
bastante habilidoso para adaptar a linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre vocês dois.
Imagine, por exemplo, uma carta dirigida a um presidente de uma associação de moradores de um bairro carente de determinada cidade. Esse
senhor, do qual você não é íntimo, não tem o Ensino Médio completo. Então, a linguagem deverá ser mais simples do que a utilizada numa
carta para um juiz, por exemplo (as palavras podem ser mais simples, mas a Gramática sempre deve ser respeitada...). Os argumentos e
informações deverão ser compreensíveis ao leitor, próximos da realidade dele. Mas, da mesma maneira que a competência do interlocutor
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não pode ser superestimada, não pode, é claro, ser menosprezada. Você deve ter bom senso e equilíbrio para selecionar os argumentos e/ou
informações que não sejam óbvios ou incompreensíveis àquele que lerá a carta.
d) Necessidade de dirigir-se ao leitor: na dissertação tradicional, recomenda-se que você não se dirija diretamente ao leitor por meio de verbos
no imperativo (“pense”, “veja”, “imagine”). Ao escrever uma carta, essa prescrição cai por terra. Você até passa a ter a necessidade de fazer o
leitor “aparecer” nas linhas. Se a carta é para ele, é claro que ele deve ser evocado no decorrer do texto. Então, verbos no imperativo que
fazem o leitor perceber que é ele o interlocutor e vocativos são bem-vindos. Observação: é falha comum entre os alunos “disfarçar” uma
dissertação tradicional de carta argumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o vocativo inicial, um texto que não evoca em momento algum o
leitor e, ao final, a assinatura. Tome cuidado! Na carta, vale reforçar que o leitor “aparece”.
e) Expressão que introduz a assinatura: terminada a carta, é de praxe produzir, na linha de baixo (margem do parágrafo), uma expressão que
precede a assinatura do autor. A mais comum é “Atenciosamente”, mas, dependendo da sua criatividade e das suas intenções para com o
interlocutor, será possível gerar várias outras expressões, como “De um amigo”, “De um cidadão que votou no senhor”, “De alguém que
deseja ser atendido”.
f) Assinatura: um texto pessoal, como é a carta, deve ser assinado pelo autor. Nos vestibulares, porém, costuma-se solicitar ao aluno que não
escreva o próprio nome por extenso. Na Unicamp, por exemplo, ele deve escrever a inicial do nome e dos sobrenomes (J. A. P. para João Alves
Pereira, por exemplo). Na UEL, somente a inicial do prenome deve aparecer (J. para o nome supracitado). Essa postura adotada pelas
universidades é importante para que se garanta a imparcialidade dos corretores na avaliação das redações.
CARTA DO LEITOR
CARTA DE RECLAMAÇÃO/ SOLICITAÇÃO
Porto Alegre (RS), 20 de fevereiro de 2010.
Senhor Diretor do Departamento de Trânsito de Porto Alegre: No último dia 20, recebi uma multa relativa a uma infração cometida em 1º de dezembro de 2009. A multa foi lavrada no
cruzamento da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Freitas Coutinho, às 15 horas, e se deu pelo fato de ter sido avançado o sinal vermelho. Recordo-me bem da ocasião e admito que infringi uma norma do trânsito; aliás, uma “infração gravíssima”, de acordo com o novo
Código de Trânsito. Porém, V.S.ª já viveu a desagradável situação de cruzar um semáforo, estando atrás de um ônibus de três metros de altura? Pois foi o que me aconteceu. Embora guardasse uma distância razoável do ônibus, sua altura não me permitia ver se o sinal estava ou não aberto. Como o ônibus não parou nem diminuiu a velocidade, achei que estivesse aberto e segui em frente.
Além disso, notei que o motorista que vinha atrás de meu veículo acelerou seu automóvel ao nos aproximarmos do cruzamento, o que me impediu completamente de parar ou esperar que o ônibus se afastasse para poder ver o semáforo, pois do contrário corria o sério risco de ter meu carro colidido na parte traseira.
Por outro lado, será que o ônibus ou o veículo de trás também foram multados? Ou será que o policial de trânsito não teve tempo de anotar a chapa dos outros dois veículos, fazendo-me sua única vítima? Teria havido coerência por parte do policial ao lavrar essa multa?
Gostaria de lembrar ainda que, em mais de vinte anos como motorista, jamais fui multado, o que comprova o quanto minha conduta tem sido correta no trânsito e o quanto essa multa é injusta.
Peço a V.S.ª que examine esse caso de uma forma mais ampla, distinguindo, de forma clara, aqueles que realmente merecem ser multados daqueles que merecem ser compreendidos e, portanto, perdoados.
Sem mais para o momento, agradeço sua compreensão,
Victor Hugo Sanches
⇒ O que deve conter uma Carta de Reclamação/ Solicitação ?
1. Local e Data 2. Nome e endereço do destinatário: fornecedor ou fabricante – envie uma carta para cada empresa responsável.
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3. Introdução: por ex.: “Prezados Senhores:” 4. Descrição sucinta dos fatos : por ex.: “No dia 20/02/2005 comprei um jogo de sofás na Loja Tal da Rua X, tendo pago à
vista – Nota Fiscal nº xxx, cópia anexa – e, apesar da entrega ser prometida em 24 horas, até o dia 23/02/2005 não havia sido feita. Entrei em contato com o vendedor Fulano, por telefone, que assegurou que a entrega seria feita até o dia 25/02/2005, promessa que foi, mais uma vez, descumprida.”
5. Exposição clara do pedido: por ex.: “Diante do exposto, venho notificá-los a providenciarem a entrega imediata do jogo de sofás. Caso contrário, tomarei todas as medidas legais para exigir o ressarcimento dos prejuízos causados pelo não-cumprimento da obrigação de sua empresa.”
6. Prazo: por ex.: “Aguardando resposta no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de serem adotadas as medidas judiciais cabíveis.”
7. Encerramento: por ex.: “Atenciosamente,” 8. Assinatura 9. Nome e endereço do Reclamante : exija sua resposta por escrito, via e-mail ou carta. Escreva também seu telefone
(apenas para ajustes de entrega).
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdc/outros/dicas.html/Comofazerumcartadereclamao.pdf
PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE CARTA
Leia a carta abaixo, produzida por um candidato UNICAMP – 2014, e avalie o texto, considerando os itens (A a F) estudados
acima.
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