lingua portuguesa 3

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Língua portuguesa 3 José António Souto Cabo João Ribeirete GUÍA DOCENTE E MATERIAL DIDÁCTICO 2014/2015 FACULTADE DE FILOLOXÍA DEPARTAMENTO DE FILOLOXÍA GALEGA

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  • Lngua portuguesa 3

    Jos Antnio Souto Cabo

    Joo Ribeirete

    GUA DOCENTE E MATERIAL DIDCTICO

    2014/2015

    FACULTADE DE FILOLOXA

    DEPARTAMENTO DE FILOLOXA GALEGA

  • FACULTADE DE FILOLOXA. DEPARTAMENTO DE FILOLOXA GALEGA

    AUTORES: Jos Antnio Souto Cabo Edicin electrnica. 2014

    ADVERTENCIA LEGAL: Reservados todos os dereitos. Fica prohibida a duplicacin

    total ou parcial desta obra, en calquera forma ou por calquera medio (electrnico,

    mecnico, gravacin, fotocopia ou outros) sen consentimento expreso por escrito dos

    autores.

  • 1. DADOS DESCRITIVOS DA MATRIA E DA SUA INSTRUO

    UNIDADE CURRICULAR Lngua portuguesa 3 CURSO Lnguas e literaturas modernas: portugus (Maior)

    Estudos Lusfonos (Mnor) [a partir de 2011-2012] CDIGO G5081239 ANO 2 CARCTER Formao bsica CRDITOS (ECTS) 6 DURAO Quadrimestral (1)

  • 1.1. DESCRIO DA MATRIA AA mmaattrriiaa ddee LLnngguuaa PPoorrttuugguueessaa 33 iinntteeggrraa dduuaass vveerrtteenntteess ccoommpplleemmeennttaarreess.. PPoorr uumm llaaddoo,, pprreetteennddee--ssee qquuee oo aalluunnoo aappeerrffeeiiooee ooss sseeuuss ccoonnhheecciimmeennttooss iinnssttrruummeennttaaiiss ssoobbrree aa llnngguuaa ppoorrttuugguueessaa,, nnoommeeaaddaammeennttee nnoo qquuee ttaannggee aaoo sseeuu ccoonnttrraassttee ccoomm aass mmooddaalliiddaaddeess uuttiilliizzaaddaass ppoorr uumm aalluunnoo ttiippoo oorriiuunnddoo ddaa GGaalliizzaa.. AA pprrooxxiimmiiddaaddee eennttrree ooss uussooss ggaalleeggooss ee oo qquuee nnoorrmmaall nnoo ccoonnjjuunnttoo ddaa lluussooffoonniiaa ffaazz ccoomm qquuee aa aapprreennddiizzaaggeemm ssee cceennttrree ddee pprreeffeerrnncciiaa nnooss aassppeettooss ddiivveerrggeenntteess jj qquuee,, eemm bbooaa mmeeddiiddaa,, qquuaallqquueerr ggaalleeggoo tteemm uumm ddoommnniioo,, ssoobbrreettuuddoo ppaassssiivvoo,, mmuuiittoo aallttoo ssoobbrree aa llnngguuaa ppoorrttuugguueessaa aanntteess ddee ttoommaarr ccoonnttaaccttoo ccoomm eessttaa mmooddaalliiddaaddee lliinngguussttiiccaa.. PPoorr oouuttrroo llaaddoo,, ddee aaccoorrddoo ccoomm oo qquuee ssee eessttaabbeelleeccee nnaa ddeessccrriioo ddaa ccaaddeeiirraa,, o aluno ser introduzido nos aspectos bsicos das principais modalidades geogrficas e histricas do portugus. Neste caso, tencionamos que o aluno adquira um conhecimento sobre as diferentes modalidades do portugus, quer duma perspectiva sincrnica, quer diacrnica. Nessa conformidade, interessa salientar o relacionamento complexo que a Galiza mantm com o conjunto da lusofonia e as diferentes perspetivas que existem sobre o assunto. 1.2. PR-REQUISITOS No se estabelece nenhum pr-requisito acadmico mas parte-se do princpio de que o aluno passou previamente nas matrias de Lngua Portuguesa 1 e Lngua Portuguesa 2. O aluno deve contar com atitude favorvel e recetiva para a reflexo, para a exploracin e para o traballo autnomo e colaborativo. 1.2. DOCENTES Jos Antnio Souto Cabo (aulas expositivas): [email protected] Joo Miguel Ribeirete (aulas prticas, laboratrio): [email protected]

    Recomenda-se o uso do e-mail para qualquer tipo de consulta ou sugesto.

    1.3. HORRIO

    O horrio especfico e pormenorizado da matria est ao dispor dos alunos no site

    correspondente e afixado nos painis informativos da prpria faculdade. As aulas

    expositivas (16h) tm como objectivo apresentar e sintetizar os conhecimentos recebidos

    nas aulas prticas ou de laboratrio. Relativamente ao atendimento, este ser consagrado

    a analisar os pontos crticos da cadeira bem como, no caso, a oferecer uma ateno

    individualizada para aqueles alunos que, por diversos motivos, possam precisar dela.

  • 1.4. ADAPTAES.

    Pr-se- ao dispor dos alunos procedentes do estrangeiros (de pases no lusfonos) uma

    bibliografia especfica que permita a compreenso da matria, tornando mais acessvel o

    estudo da mesma. Por outro lado, esse tipo de aluno poder receber um atendimento

    especfico se assim o solicitar. Quanto aos alunos com NEE, estudar-se- junto deles quais

    podem ser as decises mais beneficiosas para conseguir normalizar a situao acadmica

    e pessoal do mesmo, adequando os elementos curriculares e de acesso ao curriculum que

    se considerarem necessrios.

    2. DADOS ESPECFICOS DA MATRIA A matria de Lngua Portuguesa 3 integra o conjunto de mteira de carcter lingustico do

    curso de Lnguas e Literaturas Modernas: Portugus. Trata-se de uma matria obrigatria

    do segundo ano para os alunos da prpria licenciatura mas que oferecida no mdulo

    complementrio do Mnor de Estudos Lusfonos I a partir de 2011-2012 para alunos

    doutras licenciaturas no terceiro ano.

    2.1. CONTEXO E SENTIDO DA MATRIA NO PLANO DE ESTUDOS

    O bloco de cadeiras lingusticas fundamental dentro do conjunto da titulao, j que o

    domnio das matrias que o integram oferecer ao aluno a possibilidade de aceder de

    modo adequado ao conhecimento dos restantes blocos do curso. Alis, este tipo de matria

    essencial para configurar a integrao laboral futura em mbitos vinculados, de um ou

    outro modo, ao mundo da lusofonia.

    A matria ocupa um lugar central no plano de estudos j com ela culmina a fase basilar de

    conhecimento da lngua portuguesa e ao mesmo tempo abre uma via para aprofundar em

    aspetos essenciais deste idioma vinculados ao seu percurso histrico e espacial, de acordo

    com os blocos temticos 2 e 3. Lembremos, alis, que se trata da ltima matria de

    natureza estritamente lingustica para os alunos que cursem o Mnor em Estudos

  • Lusfonos.

    2.1.1. RELACIONAMENTO COM OUTRAS MATRIAS

    A matria est intimamente relacionada com as outras cadeiras de natureza lingustica do

    prprio curso (Lngua Portuguesa 1, Lngua Portuguesa 2, Lngua Portuguesa 4, Lngua

    Portuguesa 5, Gramtica Portuguesa 1 e Gramtica Portuguesa2), bem como com aquelas

    vinculadas ao estudo da variao espacial e temporal da lngua portuguesa (Histria e

    variedade do portugus 1 e Histria e variedade do portugus 2).

    Por outro lado, a presena de contedos relacionados com esta segunda linha de estudo

    leva-nos a estabelecer vnculos com as mtrias do curso de Filologia Clssica,

    nomeadamente aquelas relacionadas com a lngua latina e sobretudo com disciplinas de

    Filologia Galega desse mesmo teor lingustico. De facto, o conhecimento da modalidade

    lingustica galega parece imprescindvel para o correcto aproveitamento da matria, do

    mesmo modo que o conhecimento da histria do portugus e da sua variao uma

    dimenso fulcral nos estudos de filologia galega.

    2.2. COMPETNCIAS, DESTREZAS E HABILIDADES

    2.2.1. Competncias basilares

    . Conhecer as dimenses basilares dos usos da lngua em sociedade.

    . Sistematizar as caractersticas da oralidade e da escrita.

    . Desenvolver competncias de estruturao do texto escrito.

    . Desenvolver competncias lingusticas de interaco em contextos diferenciados.

    2.2.2. Competncias especficas.

    . Interagir oralmente de forma fluente, utilizando construes e expresses adequadas.

    . Produzir sequncias orais com complexidade estrutural relevante, textos expositivos,

  • relatrios, cartas, comunicaes sobre assuntos de mbito acadmico e de interesse

    pessoal.

    . Interpretar adequadamente a variao existente nos dialetos e falares do portugus atual

    en funo do percurso diacrnico da lngua portuguesa.

    . Explicar en termos histricos a formacin das variedades nacionais do portugus.

    3. OBJECTIVOS

    . Desenvolver estratgias para potenciar o desenvolvimento das habilidades lingusticas do

    aluno, nomeadamente no que atinge lngua portuguesa.

    . Aperfeioar as capacidades lingusticas adquiridas em Lngua Portuguesa 1 e Lngua

    Portuguesa.

    . Conhecer e delimitar as particularidades da lngua portuguesa.

    . Conhecer os mecanismos da mudana lingustica referidos lngua portuguesa.

    . Conhecer os parmetros que determinam a variao lingustica e como isso se reflete no

    caso dos pases lusfonos.

    4. CONTEDOS A matria pode ser estruturada em tres mdulos de acordo com os centro de interesse.

    Mdulo 1.

    Competncia especfica em lngua portuguesa.

    Este mdulo, desenvolvido essencialmente nas aulas prticas, tem como objetivo

    aperfeioar o conhecimento da lngua portuguesa sobretudo naqueles aspectos que

    contrastam com os usos do aluno tipo da nossa faculdade. De acordo com o que aparece

    enunciado no programa, esse contedo distribudo nos seguintes alneas com destaque

    para os itens referidos:

  • 1. Oralidade e escrita. A relao fonema-grafema. Dico. Acentuao grfica.

    2. Flexo nominal e flexo verbal.

    3. Pronominalizao.

    4. Caractersticas lexicais. Os falsos amigos (portugus vs. espanhol).

    5. A frase complexa. Estruturas de coordenao. Estruturas de subordinao.

    Sistematizao dos processos sintctico-semnticos. Questes de tempo-aspecto.

    Construo textual. Estruturas lingusticas de argumentao. A escrita acadmica.

    O aluno deve sistematizar o seu conhecimento sobre a lngua portuguesa e definir os

    contornos dela face a outras modalidades lingusticas, nomeadamente a espanhola.

    Modulo 2.

    Competncias relativas histria da lngua portuguesa.

    1. A variao como caracterstica essencial dos sistemas lingusticos. Perspetiva histrica.

    1.1. A lngua portuguesa no tempo, no espao e na sociedade.

    1.2. O portugus arcaico e antigo. Caractersticas gerais.

    1.2.1. Origens da escrita portuguesa no contexto europeu e ibrico. Escrita e oralidade.

    Anlise dos primeiros textos: o Pacto entre Gomes Pais e Ramiro Pais (ca. 1173), a Carta de

    Foro da Benfeita (sc. XII), o Testamento de Afonso II (1214), a Notcia de Torto (ca. 1214).

    1.3. O portugus mdio e moderno.

    1.3.1. A histria externa da lngua. A expanso ultramarina.

    1.3.2. A mudana lingustica.

    O aluno dever contar com um conhecimento basilar sobre a histria externa da lngua

    portuguesa bem como dos produtos escritos produzidos ao longo da histria. Como

    consequncia transversal, o aluno deve atingir um domnio muito mais aprimorado da

    lngua ao conhecer os motivos histricos e culturais que resultam na plasmao oral e

  • escrita do portugus na actualidade.

    Mdulo 3. Competncia relativa variedade escrita e oral no mbito da lngua portuguesa.

    1. Padres lingusticos e variao na Lusofonia.

    2. Portugal. Classificaes dialectais.

    3. Brasil. Peculiaridades do portugus no Brasil. Estudos sobre a variao.

    4. PALOP. A lngua portuguesa em frica.

    O aluno deve conseguir discriminar os diferentes padres cultos da lngua portuguesa e

    conhecer as variedades especficas em cada territrio de acordo com os parmetros

    utilizados pela sociolingustica laboviana.

    Bibliografia bsilar e complementria

    Mdulo 1.

    . Cunha, C. & Cintra, L. F. Lindley (1984). Nova Gramtica do Portugus Contemporneo.

    Lisboa: S da Costa.

    . Dicionrio Priberam da Lngua Portuguesa. http://www.priberam.pt/dlpo/.

    . Feijoo Hoyos, B. Lorenzo (1992). Dicionrio de falsos amigos do espanhol e do portugus.

    So Paulo: Pgina aberta.

    . Ghitescu, M. (1992). Dicionrio prtico de substantivos e adjectivos com os regimes

    preposicionais. Lisboa: Fim de Sculo.

    . Iriarte Sanromn, A. et al (2009). Dicionrio Espanhol - Portugus. Porto: Porto Editora.

    . Ramos, E. (2006). Portugalizar. Vigo: Xerais.

    . Ventura, H. - Caseiro, M. (1996). Guia prtico de verbos com preposies. Lisboa: Lidel.

  • Mdulos 2 e 3.

    . Brocardo, M. T. (2014). Tpicos de Histria da Lngua Portuguesa. Lisboa: Edies Colibri.

    . Chambers, J. K. & Trudgill, P. (1980). Dialectology. Cambridge: Cambridge University Press.

    . Cintra, L. F. Lindley (1983). Estudos de dialectologia portuguesa. Lisboa: S da Costa

    Editora.

    . Castro, I. (2006). Introduo histria do portugus. Lisboa: Colibri.

    . Ferreiro, M. (1995). Gramtica histrica galega. Corunha: Laiovento.

    . Louceiro, C. et al. (1997). 7 vozes. Lxico coloquial do portugus luso-afro-brasileiro. Lisboa

    - Porto - Coimbra: Lidel.

    . Machado, J. P. (1977). Dicionrio Etimolgico da Lngua Portuguesa. Lisboa: Horizonte.

    . Souto Cabo, J. A. (2008). Documentos galego-portugueses dos sculos XII e XIII. Monogrfico

    n 5 da Revista Galega de Filoloxia. Corunha: Universidade da Corunha.

    . Williams, E. B. (1961). Do latim ao portugus. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

    Leituras obrigatrias de apoio:

    Ea de Queirs, O crime do padre Amaro.

    5. ORIENTAES METODOLGICAS

    Propomos uma metodologia ativa, que combine as atividades individuais e grupais, e que

    promova a resoluo construtiva das dificuldades que puderem surgir na aprendizagem

    da matria. As distintas actividades formativas distribuem-se entre o horrio presencial

    obrigatrio e um horrio no presencial ou de trabalho autnomo por parte dos alunos.

    A proposta docente inclui, por um lado, aulas expositivas e, por outro, aulas interativas

    prticas- s quais se acrescenta o atendimento.

  • A atividade presencial dos alumnos consistir na presena, participao e

    compreenso dos contedos durante as exposies dos docentes sobre os aspetos

    fundamentais da materia. A atividade no presencial ser o trabalho pessoal autnomo

    de estudo e documentao, orientado pelo docente, que se dirigir elaborao dos

    contributos individuais, ao trabalho grupal e aprendizagem dos contedos da matria.

    Os alunos podero entrevistar-se com o professor para realizar consultas e receber

    orientao no horrio correspondentes ao atendimento.

    6. AVALIAO

    Ser avaliado o rendimento e as aprendizagens adquiridos atravs da combinao entre

    atividades de avaliao formativa e de avaliao somativa. Deste modo, sero

    valorizados os resultados da aprendizagem como o esforo e progressso durante o

    desenvolvimento do mesmo, encorajando a reflexo crtia e uma dedicao continuada

    matria ao longo do quadrimestre. Pretendemos que o aluno demonstre um domnio no

    s declarativo mas tambm procedimental e atitudinal dos contedos.

    Cumpre notar que para obter uma avaliao positiva na cadeira ser preciso realizar

    atempadamente todas as actividades de avaliao especificadas e obter 50% no total e no

    menos de 35% em cada uma delas. Os trabalhos individuais devem ser originais. A entrega

    de um trabalho reproduzido supor que o aluno seja reprovado na convocatria imediata

    dessa cadeira.

    A avaliao da cadeira inclui as modalidades seguintes:

    1. Relatrio de prticas e actividades, contendo um guia gramatical contrastivo (20% da

  • qualificao). Este dossi dever incluir igualmente uma verso aprimorada de todas os

    prticas individuais.

    2. Trabalhos sobre aspetos especficos (20% da qualificao).

    3. Prova final objectiva que avalia os conhecimentos, tericos e prticos, fundamentais da

    matria (50% da qualificao final).

    4. Implicao diria nas aulas (10% da qualificao).

    5. Recenso voluntria de material bibliogrfico (+ 10% da qualificao).

    Salvo no caso de iseno legal, o aluno dever frequentar no mnimo 80% das aulas.