lição 11 hebreus
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Série de estudos sobre o livro de Hebreus, capítulo a capítulo, ministradas na Escola Bíblica em Igreja Evangélica Sem Fronteiras.TRANSCRIPT
ESCOLA BÍBLICAIGREJA EVANGÉLICA SEM FRONTEIRAS
O LIVRO DE
HEBREUS
LIÇÃO
11
O PECADO
IMPERDOÁVEL
O PECADO IMPERDOÁVEL
TEXTO ÁUREO
“Porque, se pecarmos
voluntariamente, depois de termos
recebido o conhecimento da
verdade, já não resta mais sacrifício
pelos pecados” (Hb 10.26).
O PECADO IMPERDOÁVEL
VERDADE PRÁTICA
Há situações específicas em que o pecador se coloca deliberadamente
contra Cristo, num estado tão tenebroso de iniquidade que se torna
impossível sua restauração.
LEITURA DIÁRIA
Nm 15.30 - A alma extirpada do meio do povo
2 Pe 2.20 - O último estado pior do que o primeiro
2 Pe 2.21- Desvio perigoso
Ez 36.5 - Menosprezando a Deus
Dt 17.2 - Traspassando o concerto
Mt 12.31,32 - Pecado que não será perdoado
O PECADO IMPERDOÁVEL
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 10.26-31,38,39
O PECADO IMPERDOÁVEL
PONTO DE CONTATO
Os homens precisam aceitar o sacrifício de Cristo,
senão sofrerão o juízo eterno. Não há alternativa. O
escritor aos hebreus apresenta a salvação como
presente para os que esperam a Cristo; mas para
os que rejeitam o seu sacrifício, há apenas uma
expectação terrível de juízo “prestes a consumir os
adversários”. O apóstolo Pedro diria a essas
pessoas: “Porque melhor lhes fora não conhecerem
o caminho da justiça do que, conhecendo-o,
desviarem-se do santo mandamento que lhes fora
dado”.
O PECADO IMPERDOÁVEL
OBJETIVOS
Após esta lição, estaremos aptos a:
Identificar o pecado considerado por Deus como
imperdoável.
Escolher não desprezar o sacrifício feito pelo Filho
de Deus.
Definir qual é o castigo reservado a quem apostata
da fé e pisa o Filho de Deus.
O PECADO IMPERDOÁVEL
SÍNTESE TEXTUAL
O sacrifício de Cristo nos faculta o acesso a Deus.Entretanto, Deus exige de nós responsabilidade nouso de seus dons, mas deseja principalmente de nósuma vida de santidade. Pode haver na igrejapessoas que, mesmo tendo experimentado ospresentes de Deus — a salvação, o perdão dospecados, a inclusão na igreja — queiram pecarvoluntariamente, não havendo para os pecados detais pessoas qualquer sacrifício. Pelo fato deretornarem à vida de pecados e pisarem o Filho deDeus, resta-lhes a expectação de algo ruim, poiscairão nas mãos do Deus Vivo.
O PECADO IMPERDOÁVEL
Nesta lição estudaremos sobre o pecado da
apostasia, para o qual “não resta mais sacrifício”.
Esse tipo de pecado era conhecido entre os
rabinos do Antigo Testamento. Naquela ocasião,
somente os pecados de ignorância podiam ser
expiados; se um homem pecasse
deliberadamente, com pleno conhecimento de sua
maldade, não haveria mais sacrifício em seu favor;
simplesmente seria excluído do seu povo. Sua
iniquidade permaneceria sobre ele e não teria
direito ao perdão. Este assunto tem sido motivo de
muitos questionamentos.
INTRODUÇÃO
No capítulo 3 de Hebreus, está escrito: “Vede
irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um
coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo”
(v.12). “O termo gr. aphistemi, traduzido „apartar‟ é
definido como decaída, deserção, rebelião,
abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes
se estava ligado” (Bíblia de Estudo Pentecostal).
Trata-se de apostasia. “Esse pecado consiste na
rejeição consciente, maliciosa e voluntária da
evidência e convicção do testemunho do Espírito
Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em
Jesus Cristo” (Oliveira). É nesse contexto que
devemos entender o presente tema.
I. PECADO VOLUNTÁRIO
1. Tendo conhecido averdade (v.26). O textosagrado refere-se a umtipo de pecadoespontâneo, consciente.O conhecimento daverdade aquimencionado não é orudimentar,experimentado pelonovo convertido, ou poraquele crente de vidacristã superficial, mas oconhecimento daverdade divina nosentido amplo
I. PECADO VOLUNTÁRIO
2. Não resta mais sacrifício. “Já não resta maissacrifício pelos pecados”, assevera o texto sagrado.Trata-se dos pecados insolentes, que se constituemnuma afronta inominável a Deus. Pecar assim é umatentado à santidade do Altíssimo. É loucura que trarásérias consequências.
A verdade divina liberta (Jo 8.32) quando o pecador arecebe de coração. No entanto, quando a verdade édesprezada de modo deliberado, consciente, doloso,reincidente e ofensivo, por quem a conhece bastante,torna-se impossível o perdão porque tal pessoarepudia e repele para longe de si a graça de Deus, quepode levá-la ao arrependimento. No contexto iníquo jádescrito, tal pessoa peca não somente contra o Filho,mas também contra o Pai, que o enviou, e contra oEspírito Santo, que nos convence do pecado. Quementão convencerá tal pessoa do seu pecado?
I. PECADO VOLUNTÁRIO
3. Só resta umaexpectação horrível(v.27). Não havendomais sacrifício pelopecado, o que resta? Sóresta “a expectaçãohorrível de juízo e ardorde fogo, que há dedevorar os adversários”.Só lhe espera umasentença: “Horrendacoisa é cair nas mãos doDeus vivo” (v.31).
I. PECADO VOLUNTÁRIO
1. “Pisando” o Filho de Deus (v.29). Na lei de
Moisés, a palavra de duas ou três pessoas era
válida para que um sacrílego fosse condenado
sem misericórdia (Dt 17.2-6). Para aquela
pessoa, não havia mais apelação: a morte era
certa. Quem pisar o Filho de Deus, um “maior
castigo” lhe sobrevirá. Desprezar o evangelho é
considerar sem valor o sacrifício de Cristo; é
zombar da salvação, desprezar tudo o que há de
sagrado na igreja de Cristo depois de ter
conhecido a verdade proveniente dos Santos
Oráculos.
II. DESPREZANDO O ÚNICO
SACRIFÍCIO QUE SALVA
2. Profanando o sangue do testamento (v.29b).
Significa considerar o sangue do Filho de Deus
como sangue comum, profano, sem nenhum valor
sagrado ou redentor. A Bíblia diz que “o sangue de
Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o
pecado” (1 Jo 1.7). É por seu sangue que nos
aproximamos dEle (Ef 2.13); o sangue de Cristo
purifica (Hb 9.14); resgata (1 Pe 1.19); lava de
todo o pecado (Ap 1.5). Assim, se o deliberado
transgressor profana o sangue de Cristo, não há
nada mais que o possa renovar ou purificar.
II. DESPREZANDO O ÚNICO
SACRIFÍCIO QUE SALVA
3. Agravo ao Espírito Santo (v.29). Trata-se de umpecado múltiplo em sua prática: enquanto pisa o Filho deDeus, profana o seu sangue e faz agravo ao EspíritoSanto (literalmente, insulto, insolência, ultraje). Paraesse tipo de pecador, o Calvário não passa de umaencenação, de uma farsa.
a) Blasfêmia contra o Espírito Santo. Com o coraçãoendurecido, o pecador ultraja conscientemente o EspíritoSanto. Quanto a isso Jesus advertiu severamente:“Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo,nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo” (Mt12.32; Mc 3.29; Lc 12.10). No texto de Marcos,depreende-se que blasfemar contra o Espírito de Deus éo mesmo que atribuir a Satanás a obra de Cristo. Comovemos, a Epístola aos Hebreus apenas corrobora o que
II. DESPREZANDO O ÚNICO
SACRIFÍCIO QUE SALVA
b) O pecado imperdoável não é a simples
incredulidade. O incrédulo de fato, se não aceitar a
Cristo, está condenado (Jo 3.18). No caso em questão,
não se trata de um incrédulo qualquer, mas de alguém
que já teve amplo conhecimento da verdade. O Espírito
Santo é que tem o poder de convencer o pecador de
seus pecados (Jo 16.8).
II. DESPREZANDO O ÚNICO
SACRIFÍCIO QUE SALVA
c) Arrependimento impossível. No estudoreferente ao capítulo 6 de Hebreus, já aprendemosque se torna impossível a renovação paraarrependimento daqueles que “uma vez foramiluminados”; “provaram o dom celestial”; “sefizeram participantes do Espírito Santo”; “provarama boa palavra de Deus, e as virtudes do séculofuturo” (vv.5,6). Qual a razão de talimpossibilidade? A resposta está claramenteestampada no texto: por que “de novo crucificaramo Filho de Deus, e o expõem ao vitupério”. Maisuma vez constatamos que o pecado imperdoávelnão é cometido por um desobediente desavisadoqualquer; não se trata de pecado por ignorância.
II. DESPREZANDO O ÚNICO
SACRIFÍCIO QUE SALVA
1.“Horrenda coisa é cair nas mãos do Deusvivo”. Essa advertência nos mostra o quanto Deusé severo em seu juízo: nenhum suborno poderáalterar seus propósitos; nem fama, nem riquezas enem vantagens terrenas de qualquer espécie farãoqualquer diferença no juízo celestial.
2. Lembrando dos dias passados (v.32). Aqui aadmoestação aos destinatários da Epístola é paraque se lembrem “dos dias passados”, nos quaiseles deram seu testemunho diante de seusperseguidores. Aqueles crentes compadeceram-sedos que foram presos e perderam bens, sabendoque teriam “nos céus uma possessão melhor epermanente” (vv.33,34).
III. O JUÍZO DE DEUS É SEVERO
E TOTAL
A apostasia, o abandono deliberado da fé em
Cristo, é algo de indescritível gravidade
espiritual. Se rejeitarmos o sacrifício de Cristo
como paga pelos nossos pecados, nenhuma
outra provisão haverá para a nossa salvação
(v.26). O relativismo religioso e o secularismo
que debilitam a igreja, afrouxando as regras e
os limites entre o santo e o profano, constituem
um sinal de alerta a todos nós. Não rejeitemos a
Cristo!
CONCLUSÃO