libro yallop, david - en nombre de dios

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    Soli GloriaDeo Biblio teca E v an glica Virtu al 01

    Dios

    En nombre

    de

    I N V E S TI GA C I N S O B R E E L AS E S I N AT ODE JUAN PABLO I

    David Yal lop

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    Primera edicin: Septiembre de 1984S e g un d a e d i ci n : A b ri l d e 1 9 8 5

    Tercera edicin: Julio de 1985

    Cuarta edicin: Febrero de 1986Quinta edicin: Junio de 1986Sexta edicin: Septiembre de 1986.

    T i tu l o o r ig i na l : I N G O D' S N A ME Tr ad u cc i n : S e b as ti n B e l S p in oPoetic Products Ltd. (Londres), 1984

    Editorial La Oveja Negra Ltda., 1985C a r r er a 14 N o . 7 9 - 1 7 B o g ot - C o l om b i a

    Diseo: Hernando Vergara ISBN 84-8280-660-2

    Impreso y encuadernado por:E d i to r i a l P r i n te r C o l om b i a na L t d a.Impreso en Colombia Printed in Colombia

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    SOBRE EL AUTOR

    E l p r i m er l i b r o d e Da v i d Ya l l o p, t i t u la d o Pa r a al e n t ar a l o s o t ro s , o b l ig a l G o b i er n o b r i t n i c o areabrir el caso de asesinato Craig/Bentley, que se haba considerado resuelto y cerrado veinteaos antes. El libro provoc un tumultuoso debate en la Cmara de los Lores, durante el cual lord

    Arran manifest: U n a de d o s : o Da v i d Y a l l op e s e ! p eo r b r i b n q u e s e ha e s c ap a d o de l a h o r caen toda la historia britnica o en relacin con este caso de asesinato slo ha dicho la verdad, todal a v e r da d y n a d a m s q u e l a v er d a d.

    E l l i b r o, s u m a d o a u n d o c u m e n ta l e s c e n i fi c a d o p a ra t e l e v i s i n c o n l i b r e t o d e l a u t or, t e r m i n p o r c o nv en c er a mu c ha ge n te , de s de e l a n te r io r l o rd c a nc i l le r d e Gr an B re t a a , l o rd G a rd i ne r,p a sa n do p o r l o rd A r ra n y lo r d G o od m an , h a st a e s c ri t or e s c o mo A r th u r K oe s tl e r. To d oscoincidieron en opinar que haba ocurrido una gravsima injusticia.

    E l s e g u n do l i b r o d e Ya l l o p, E l d a e n q u e c e s ar o n l a s r i s as , f u e a m p li a m e nt e a c l a ma d o a

    ambos lados del Atlntico y est considerado como la biografa definitiva y la rehabilitacinp s t um a d e l f a m o so a c t o r d e c i n e m ud o R o s co e ( Fa t t y) A r b u c kl e . E l l i b r o a c la r a un a s e s i n at omisterioso que haba quedado sin resolver a lo largo de cincuenta aos.

    E l t e r c er l i b r o d e Ya l l o p, M s a ll d e t o da d u d a ra z o n ab l e ? , c on d u j o di r e c t am e n te a l aliberacin de un hombre que haba sido condenado a cadena perpetua por un doble asesinato.

    Este hombre, llamado Arthur Thomas, ya haba sido juzgado dos veces, haba apelado otras doscontra la condena y llevaba ms de siete aos en prisin cuando Yallop se dedic a investigar loque gracias a sus esfuerzos se convertira en la causa criminal ms clebre de la historia de

    Nueva Zelanda. Despus de publicarse el libro de Yallop, a Thomas le fue concedido el perdnreal y posteriormente una comisin real lleg a la conclusin de que haba que indemnizarle conun milln de dlares.

    S i e n su a nt e ri o r l i br o Ya l lo p s e pr o pu s o sa c ar a u n h o mb r e d e l a c rc e l , c o n su c ua r tovolumen, titulado Lbranos de todo mal, su intencin era conducir a un hombre a la crcel.D u r an t e m s d e d o s a o s Ya l l o p s e d e d i c a p e r s e gu i r a l D e s c u ar t i z ad o r d e Yo r k s hi r e e n e l n o r t ede Inglaterra. Durante ms de cinco aos, este mltiple asesino eludi a las fuerzas policialesb r i t n i c a s , s i n c e s ar d e m a ta r u n a y o t r a v e z . S u c a p tu r a de b i d e s e r l a m s c o s t os a d e l a

    historia, pues se invirtieron ms de diez millones de libras esterlinas.E n j u n io d e 1 9 8 0 Ya l l o p e n t r ev i s t al s u p e r in t e n d en t e G e or g e O l d f ie l d , q u e ha b a e st a d o a l

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    frente de las fuerzas policiales que perseguan al terrorfico asesino desde haca muchos aos.E n e l t r an s c u r s o d e l a en t r e vi s t a , r e g i s tr a d a e n m ag n e t of n , Da v i d Ya l l o p a f i r m , y d e e l l aextractamos:

    C r e o qu e e l h o m b re a l q u e u st e d b u s c a e s u n c a m i on e r o qu e v i ve e n B r a df o r d y q u e tr a b aj apor la zona de Baildon, Bingley y Shipley de esta ciudad. Tambin estoy convencido de que es unhombre casado pero sin hijos; tiene alrededor de treinta y cinco aos, es de cabello oscuro y

    lleva un bigote de los llamados mostachos del rey Jasn, aunque este ltimo detalle no esconstante, ya que a lo largo de su profusa carrera de asesino nuestro hombre se afeita decuando en cuando su poblado bigote.

    Ta m b i n p ie n s o , s e o r O l d f i e ld , q ue e l h o m b re a l q u e l l a m an e l D e s c ua r t i za d o r n o es e l a u t orde la llamada cinta Geordie que en su opinin proviene del asesino. Estoy seguro de que elh o m br e a l q u e u s t e d b u s c a n o e s e l a u t or d e l as c a rt a s n i m a t a J oa n Ha r r i s on . Si n e mb a r g o,a s e s i n o t r a t d e a s es i n a r a m u c h as o t r a s m uj e r e s a l a s q u e u st e d n o h a v i n c u la d o c o n l o scrmenes del Descuartizador.

    S i et e m e se s d e s pu s d e q u e Ya l lo p e f ec t ua ra e s t as a f i r ma c io n es , e l D e sc u ar t iz a do r d eYorkshire, Peter Sutcliffe, fue atrapado.

    Cuando le arrestaron, Sutcliffe tena treinta y cuatro aos. Estaba casado pero no tena hijos.Era camionero. Viva en Bradford. Trabajaba por la zona de Baildon, Shipley y Bingley de dichac i u d ad . Te n a e l c a b e l lo o s c u r o y l u c a u n p o b l a do b i g o t e d e l o s l la m a do s m o s t ac h o s d e l r e yJasn, aunque de vez en cuando, mientras perpetraba sus secretas masacres, se lo haba

    afeitado. No haba mandado la grabacin conocida como cinta Geordie. Tampoco era el autor delas cartas. Se demostr que no haba matado a Joan Harrison, y que todos y cada uno de los

    n o m b re s a d i c io n a l e s qu e D a v id Ya l l o p h a b a pr o p o r ci o n a do a l a p o l i c a s i e te m e s e s a nt e spertenecan a mujeres que haban sido vctimas de Sutcliffe.

    E s t a i mp r e s i on a n t e s er i e d e x i to s h a b r i n da d o a D a vi d Ya l l o p u n a m e re c i d a f am a c o moextraordinario investigador. Yallop recibe constantes demandas desde muchas partes delmundo en las que se le pide, se le exige o se le ruega que investigue determinado asesinato odeterminada injusticia que se presume que han sido cometidos. Entre otras, Yallop recibi unasolicitud particularmente singular en la que se le peda que investigara una muerte especial. Las o l i c i tu d p r o ve n a de l V at i c a no . L a mu e r t e e r a la d e l p a p a J u a n Pa b l o I, e l p a p a s o n r i en t e q ue

    haba reinado treinta y tres das en 1978.Poniendo en la tarea todos sus recursos y su talento de investigador, David Yallop, escritor de

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    origen catlico, se lanz de lleno a la tarea. Si hay algo que lo cualifique especialmente es sum i n u ci o s i d ad p a r a i n f o r ma r s e y c o mp r o b a r l a v er a ci d a d d e l os i n f or m e s q u e re c i b e . E n l osltimos dos aos las investigaciones de Yallop han cubierto un amplsimo abanico, en el que seincluyen las secretaras pontificias, la mafia, numerosos cardenales, sociedades secretas, losarchivos del Departamento de Estado y diversos expedientes del F.B.I.

    H o y p o r h o y D a vi d Ya l l o p h a t e r mi n a d o s us i n v e s ti g a c i on e s e n r e l a ci n c o n u n a mu e r t e q ue

    oficialmente no presenta ningn misterio, que oficialmente carece de toda violencia, queoficialmente no tiene intriga ninguna. La conclusin, sin embargo, es que se trata de unasesinato.

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    A la memoria de mi madre, Una NorahS t a n to n , po r l o s a o s qu e s e h a n id o ; y aF l e t ch e r y L u c y, a m ad o s m u c ha c h os d elos viejos tiempos.

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    PREFACIO

    Este libro, que es el producto de casi tres aos de intensas investigaciones, no hubiera sidoposible de no haber contado con la activa colaboracin de mucha gente y de numerosas

    organizaciones. La mayora de las personas que me han ayudado lo han hecho bajo la estrictac o n si d e ra c i n d e q ue c o ns e r va r a n el a n o ni m a to . A l i g u al q u e en o t r os l i b r os a n t er i o r es ,escritos en similares circunstancias, he respetado tambin en ste la voluntad de estaspersonas. Creo incluso que en esta ocasin su derecho a proteger su identidad es mucho msnecesario que en cualquier otra investigacin previa que yo haya realizado. Como muy prontose dar cuenta el lector, el asesinato es un frecuente compaero de los hechos que aqu seregistran. Un gran nmero de asesinatos siguen sin resolverse de manera oficial. Nadied e b er a d u da r d e q u e l os i n d i vi d u os q u e h a n c au s a d o es t a s mu e r te s v o l ve r a n a m at a r s i l o

    n e c es i t a ra n , y a q u e g oz a n d e c a s i u n a t o ta l i m p un i d a d p a r a h ac e r l o. R e v el a r l o s n o mb r e s d elos hombres y mujeres que me han ayudado en mi investigacin aportando testimonios decrucial importancia constituira por mi parte un acto de irresponsabilidad criminal: todos elloscorren todava un grave peligro de muerte. Es a ellos a quienes debo mis mayores

    agradecimientos. Los motivos que los llevaron a divulgar una gran cantidad de informacineran muchos y muy distintos, pero una y otra vez se me repeta lo mismo: La verdad debes e r c o n oc i d a. S i u s t ed e s t c a p a ci t a d o p a r a d i v u lg a r l a, e n to n c es h g al o . A t o d os e l lo s l esestoy profundamente agradecido, al igual que a las personas siguientes, a quienes con el

    mayor de los respetos clasifico como la punta visible del iceberg.P r o f es o r A m e de o A l e x an d r e, pr o f e so r L e o na r d o A n c on a , W i l l ia m A r o nw a ld , J o s e ph i n eAyres, doctor Alan Bailey, doctor Shamus Banim, doctor Derek Barrowcliff, Pia Basso, padreA l d o Be l l i , ca r d e na l G i o va n n i B e n el l i , Ma r c o Bo r s a , V i t to r e B ra n c a, D a v i d B u c kl e y, p a d r eRoberto Busa, doctor Renato Buzzonetti, Roberto Calvi, Emilio Cavaterra, cardenal MarioCiappi, hermano Clemente, Joseph Coffey, Annaloa Copps, Rupert Cornwall, monseorAusilio Da Rif, Maurizio De Luca, Danielli Doglio, monseor Mafeo Ducoli, padre FrancoisE v a in , c a r de n a l P e r ic l e F e li c i , p a d r e M a r io F e rr a r es e , p r o f es o r L u i gi F o nt a n a , M a r i o d i

    F r a nc e s co , d o c to r C a r i o F r iz z i e ro , p r o f es o r P i e r o F u cc i , p a d r e G i ov a n ni G e n na r i , m o ns e orMario Ghizzo, padre Cario Gonzlez, padre Andrew Greeley, Diane Hall, doctor John Henry,

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    p a d r e T h o ma s H un t , W il l i a m J a c k so n , J oh n J . K en n e y, P et e r L e m os , d o ct o r D a v i d L e v is o n ,padre Diego Lorenzi, Edoardo Luciani, William Lynch, Ann McDiarmid, padre John Magee,Sandro Magister, Alexander Manson, profesor Vincenzo Masini, padre Francis Murphy, AnnaNogara, monseor Giulio Nicolini, padre Gerry O'Collins, padre Romeo Panciroli, padre GianniP as tr o, L e na P et r i, N i na P et r i, p r of e so r P i er L u ig i P r at i , pr o fe so r G i ov an n i R am a , Ro b er t oRosone, profesor Fausto Rovelli, profesor Vincenzo Rulli, Ann Ellen Rutherford, monseor

    Tiziano Scalzotto, monseor Mario Senigaglia, Arnaldo Signoracci, Ernesto Signoracci, padreBartolomeo Sorges, Lorana Sullivan, padre Francesco Taffarel, hermana Vincenza, profesorThomas Whitehead, Phillip Willan. Estoy igualmente agradecido a las organizaciones:Augustinian Residence, Roma, Banco San Marco, Bank of England, Bank of InternationalSettlements, Basle, Bank of Italy, Catholic Central Library, Catholic Truth Society, City of London Plice, Department of Trade, Statistics and Market Intelligence Library, EnglishCollege, Roma, Federal Bureau of Investigation, Gregorian University, Roma, New CrossH o s pi t a l P o i so n s U n i t, O p u s D e i , P h a r m a ce u t ic a l S o c ie t y o f G r e a t B r it a i n , Tr i b u na l o f t h e W ar d

    of Luxembourg, U.S. Department of State, U.S. District Court Southern District of New York,Oficina de Prensa del Vaticano y Radio Vaticano.

    E n t re a q u e l lo s c u ya i d e n ti d a d n o p u e do d i v u l ga r s e e n c ue n t ra n q u i en e s r e si d e n e n l aCiudad del Vaticano: se trata de gente que se puso en contacto conmigo y que me ayud aemprender esta investigacin sobre los hechos que envuelven la muerte de Albino Luciani,conocido tambin como Juan Pablo I. El hecho de que haya hombres y mujeres que viven ene l c o ra z n d e la I gl e si a ca t l i ca r om a na y q ue n o pu e da n ni h a bl a r a b ie r ta m en t e n iidentificarse sin riesgo de su vida constituye un elocuente testimonio del estado en que se

    encuentran las cosas dentro del Vaticano.No cabe duda de que este libro ser atacado por unos y desdeado por otros. Algunos

    pensarn que se trata de un ataque contra la fe catlica en particular y contra el cristianismoen general. No es ni una cosa ni otra. Hasta cierto punto representa una acusacin contradeterminadas personas, cuyo nombre especfico se menciona en estas pginas: son hombresque nacieron bajo la fe catlica, pero que nunca se convirtieron en verdaderos cristianos.

    Como tal, este libro ni ataca la fe ni se ensaa contra una Iglesia que aglutina millones defieles. Lo que estos millones de fieles consideran sagrado es demasiado importante paradejarlo en las manos de unos hombres que han conspirado para degenerar el mensaje deCristo y transformarlo en un turbio asunto de negocios sucios. Se trata de una conspiracin

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    que ha producido sucesos escalofriantes.

    Como ya he indicado, me he tenido que enfrentar con unas dificultades insuperables alv e rm e o b li g ad o a da r e l n om b re e sp e c f ic o de l as f ue n te s de l as q ue h e re ci b id o lai n f or m a c i n . A l o l a r g o d e l t e x to , h e p r o c ur a d o c on s e rv a r e n e l m s e s tr i c t o s ec r e to q u i n f u eel que me dijo tal cosa o de dnde extraje determinados documentos. Una cosa, sin embargo,puedo asegurarle al lector; que toda la informacin, todos los detalles, todos los hechos han

    sido revisados una y otra vez para confirmar su exactitud, no importa la fuente de la quep r o v in i e ra n . Po r l o t an t o, e s m a la r e sp o n sa b i l id a d s o b r e c u a lq u i e r e r r or d e a pr e c i ac i n odetalle.

    Tengo la certeza de que, como transcribo conversaciones que tuvieron lugar entrehombres que ya haban muerto antes de que empezara mi investigacin, me arriesgo ap r o vo c a r s u s pi c a ci a s . C m o, p or e j e mp l o, p u ed o y o s a b er l o qu e p a s e nt r e el p a p a J u a nP ab l o I y el c a rd e na l V i ll o t e l d a e n q u e d i sc u ti e ro n e l t em a d e l c o nt r ol d e l a n a ta l id a d? Larespuesta es muy sencilla: dentro del Vaticano no existen audiencias privadas que semantengan verdadera y totalmente en privado; los dos hombres que he mencionadohablaron con otros despus y les refirieron la conversacin que haban mantenido. Es de estamente de segunda mano, cuyas opiniones personales a menudo diferan radicalmente, ded o n de h e s a ca d o e l m a t er i a l q u e m e ha p e r mi t i d o re c o ns t r ui r l a d i s cu s i n s o b re n a t a li d a dentre el papa y su secretario de Estado. De los dilogos que aparecen en este libro ninguno esimaginario, como tampoco lo son los hechos registrados.

    D a vi d A . Ya l lo p

    Marzo de 1984

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    PRLOGO

    S e r e l j e f e e s p ir i t ua l d e ca s i u n a qu i n ta p a rt e de l a p o b la c i n m u n di a l s i g ni f i c a o s t en t a r u ninmenso poder; sin embargo, a cualquier persona poco informada sobre el carcter de AlbinoLuciani, que empez su reinado como papa con el nombre de Juan Pablo I, le resultara muy

    difcil reconocer que un hombre de sus caractersticas encarnara verdaderamente un podertan colosal. Eran tantas la timidez y humildad que emanaban de este apacible hombrecilloitaliano de sesenta y cinco aos de edad, que muchos haban llegado a la inmediataconclusin de que su papado no resultara especialmente significativo. Para los bieninformados, sin embargo, la situacin se presentaba bajo un cariz muy distinto: saban queAlbino Luciani haba emprendido una revolucin.

    El 28 de septiembre de 1978, Luciani cumpla treinta y tres das como sumo pontfice de laIglesia catlica. En poco ms de un mes se haba embarcado en diversos procesos que, dehaber llegado a culminar, hubieran ejercido unos efectos directos y vitalizadores en lahumanidad en general. La gran mayora habra secundado y aplaudido los proyectos deLuciani, pero para una pequea minora la conclusin de estos proyectos hubiera resultadodevastadora. Albino Luciani, hombre que se haba ganado de inmediato el apelativo cariosode papa de la sonrisa, se propona, aquel 28 de septiembre, que la sonrisa desapareciera

    para siempre de un grupo de gente concreta.

    A q ue l la n oc h e, L uc i an i s e se n t a c en a r e n el c o me d or d e la t e rc e ra p l an ta d e l p a la c ioa p o s t l i co d e l a C i u d a d d e l Va t i c an o . L e a c om p a ab a n s u s d os s e c r et a r i os : e l p a d r e D ie g oLorenzi que haca dos aos (cuando Luciani era patriarca de Venecia) se haba convertido ensu ms estrecho colaborador, y el padre John Magee, agregado a la secretara pontificiadespus de terminada la eleccin papal.

    Mientras las monjas que servan en los aposentos papales se movan discretas y al mismotiempo ansiosas a su alrededor, Albino Luciani consuma una cena frugal, consistente en unligero cado, un bistec de temer, un plato de judas verdes y un poco de ensalada. Cada tantoel pontfice beba un sorbo de agua mientras repasaba mentalmente los acontecimientos que

    haban tenido lugar a lo largo de ese da y las trascendentales decisiones que haba tomado.Luciani nunca haba aspirado al cargo que ocupaba. Nunca haba intrigado ni conspirado para

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    ascender al trono pontificio. Pero ahora, dada su condicin de jefe de Estado, tena arduasresponsabilidades a las que deba atender; todo el peso de esa tarea estaba a sus hombros yno pretenda eludirlo.

    Al tiempo que las hermanas Vincenza, Assunta, Clorinda y Gabrella atendan sigilosas yeficaces a los tres hombres reunidos en el comedor, stos permanecan atentos al televisor,donde se transmitan informaciones sobre los acontecimientos que ms preocupaban a los

    italianos por aquellas fechas. En otros lugares otros hombres tambin vivan en un profundoestado de ansiedad, causada por las actividades desarrolladas por el papa Luciani.

    En la segunda planta del palacio, debajo de los aposentos del pontfice, las luces seguane n c en d i d as e n l a s o f i c i na s d e l B a n co d e l V at i c an o . E l o b i sp o P a u l M a r ci n k u s, d i r e c t or e j e cu t i v odel banco, estaba preocupado por asuntos mucho ms serios que sentarse a cenar. Nacido enChicago, Marcinkus haba aprendido el duro oficio de la supervivencia en los arrabales de lac i u da d d e C i ce r o ( I ll i n oi s ) . A l o l a r go d e s u v er t i g in o s a c a r r er a , q ue l o h a b a l l e va d o aconvertirse en el banquero de Dios, Marcinkus haba arrostrado y superado muchos

    momentos de crisis. Sin embargo, en esta ocasin se enfrentaba con la ms grave crisis de sucarrera. En el correr de los ltimos treinta y tres das, sus colegas del banco haban advertidoun cambio notable en la fisonoma y la actitud de este hombre que manejaba casi a su antojolos millones del Vaticano. De ser un gigante extrovertido, de uno noventa de alto y cientoveinte kilos de peso, Marcinkus se haba convertido en un hombre circunspecto e introvertido.

    A simple vista se adverta que haba empezado a perder peso y que su cara, antes jovial,h a b a a dq u i r id o u n a t on a l i da d m s b i en g r i s c e a . E n m s d e u n s en t i do , l a C i ud a d d e lV at i c an o n o p a s a d e s er u n a a l de a , y y a s e s a b e q ue e s m u y d i f ci l g u a rd a r s e c r et o s e n u na

    a l de a . Ma r ci n ku s ha b a o do e l c r ec i en te r u mo r d e q ue e l n ue v o p a pa h a b a i ni c ia d opersonalmente una investigacin en relacin con el Banco del Vaticano y en concreto con losmtodos de administracin que empleaba Marcinkus. Desde la designacin del papa Luciani,el banquero de Dios no haba cesado de lamentarse por un turbio negocio realizado seis aosantes (en 1972) con la Banca Cattolica Vneto.

    Otro hombre que permaneca todava en su despacho aquella noche de septiembre era elcardenal Jean Villot, secretario de Estado del Vaticano, que repasaba una y otra vez una listaque le haba entregado Luciani apenas una hora antes. En la lista figuraban los nombres de las

    personas cuyo cese o traslado deba efectuarse inmediatamente. Villot haba discutido ela s u nt o c o n e l p a p a ; l o h ab a d i s cu t i d o te n a z y a p a si o n ad a m e nt e , p e ro s i n x i to . E l p a p a s e

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    mostraba inquebrantable en su actitud.

    Era una situacin altamente dramtica. Las renuncias, los ceses y los traslados que habadecidido Luciani constituan uno de los principales cauces que llevaran a la Iglesia por nuevosrumbos. El propio Villot figuraba en la lista, y tanto l como los dems hombres que iban a sers u s ti t u i do s c o ns i d er a b an q u e el c a m i no e m p re n d id o p or L u c ia n i e r a al t a m en t e pe l i g ro s o .Cuando estos cambios se anunciaran, los medios de comunicacin del mundo entero

    c o m en z a r a n a v e rt e r m i l l on e s d e p a l a br a s pa r a a na l i z ar, c o m en t a r, e x p li c a r y t r a ta r d ep r o fe t i z ar e l p o r v en i r d e u n a I g le s i a r en o va d a . S in e m b a r go , l a v e r da d e ra e x p l i ca c i n y e lverdadero anlisis jams se publicaran, jams llegaran al conocimiento de las masas.

    Haba un factor comn que vinculaba a todos los hombres que figuraban en la lista. Villotno desconoca esta circunstancia, y lo que es ms importante: tambin el papa estabainformado. De hecho se trataba de uno de los motivos que le haban impulsado a actuar, conl a i n t e nc i n d e d e s po j a r a e s t o s h o m br e s d e t o d o p o d er r e a l y d e s p l a za r l os h a c i a p o s i ci o n esrelativamente inofensivas. Eran los francmasones.

    Aclaremos que lo que alarmaba al papa no era la francmasonera convencional, a pesar deque la Iglesia siempre consider que quien se integrara en una logia masnica reciba

    a u t om t i ca m e nt e l a e xc o m un i n. L a a l a rm a d e Lu c i a ni v e n a p r o vo c a da p o r u n a l og i amasnica ilegal que haba traspasado las propias fronteras de Italia con su desmesuradaambicin de riquezas y poder. Dicha logia se autodenominaba Propaganda 2 (P2). El hecho deque hubiera penetrado a travs de las murallas mismas del Vaticano e incluyera entre susmiembros o directos aliados a numerosos sacerdotes, obispos e incluso cardenales, haca queAlbino Luciani considerara la P2 un verdadero anatema.

    V i l l ot , q u e h a b a s e g u i do c o n a l a r ma l a a c t i t ud a d o pt a d a p o r e l n u e vo p a p a , d e p r on t o v i ocaer en sus manos la bomba: la lista de los hombres que iban a ser reemplazados. Villot erauna de las poqusimas personas que estaban al tanto de las conversaciones que se habani n ic i ad o e nt r e el p a pa y e l D e pa r ta m en t o de E s ta d o en Wa s hi n gt o n. S a b a q ue e l 2 3 d eo c t ub r e l l e ga r a a l V at i c a no u n a d e l e ga c i n d el C o n gr e s o d e E st a d os U n i d os y q u e e l d a 2 4 e lpapa recibira en audiencia privada a sus miembros. El tema que se iba a tratar no era otroq u e e l c o n tr o l d e l a na t a l id a d .

    Villot haba estudiado minuciosamente el informe sobre Albino Luciani que se conservabaen el Vaticano. Tambin haba ledo un memorando secreto que Luciani, entonces obispo de la

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    dicesis de Vittorio Vneto, le haba enviado a Pablo VI antes de la divulgacin de la encclicaHumanae vitae. Esta encclica prohibe expresamente a los catlicos el empleo de cualquiersistema anticonceptivo de carcter artificial.

    De sus propias conversaciones con Luciani, Villot haba llegado a clarsimas conclusionesacerca de la postura del nuevo papa sobre este tema. Del mismo modo, tampoco quedabandudas en la mente de Villot con relacin a lo que el sucesor de Pablo tena planeado hacer. Se

    iba a producir una dramtica inversin del punto de vista de la Iglesia en relacin con elproblema. Muchas personas concordaran sin duda con el punto de vista de Villot, quepensaba que las ideas de Luciani constituan una traicin a Pablo VI. Pero muchas msp e r so n a s a pl a u d ir a n e l c a m b io d e p o s t ur a d e l a I g l es i a s o b re e l t e m a, q u e p o d r a h a b e rs i g ni f i c ad o l a m a y o r c o n tr i b u ci n d e l Va t i c an o a l a s o c i e d ad d e l s i g lo x x .

    En Buenos Aires haba otro banquero que a medida que discurra el mes de septiembre de1 9 7 8 s e s e nt a m s y m s p re o c up a d o po r l a a c ti t u d d e l p a p a J ua n P ab l o I . Se m a na s a n te s ,este banquero haba discutido los problemas que le planteaba la actitud del nuevo papa con

    sus dos protectores: Licio Gelli y Umberto Ortolani, dos hombres que entre sus muchosh a b e re s f i g u ra b a e l d e e j e r ce r u n d o m i ni o c o m p le t o s o br e R o b er t o C a l v i, p r e s i d en t e d e lBanco Ambrosiano. A Calvi le perseguan los problemas desde antes de la eleccin pontificalq u e ha b a c o l oc a d o a A l bi n o Lu c i a ni e n el s i l l n d e S a n Pe d r o. E l B a n c o d e I ta l i a ha b ainvestigado secretamente desde el mes de abril las actividades del banco milans de Calvi. Lainvestigacin era consecuencia de una misteriosa campaa callejera contra Calvi que habaestallado a finales de 1977: sbitamente las calles de Miln se vieron inundadas de cartelesque detallaban diversas actividades delictivas de Calvi y que permitan atisbar una amplia red

    c r i m in a l q u e s e ex t e nd a p o r e l m u n do e n t er o .Calvi se hallaba perfectamente informado de los progresos que haca el Banco de Italia con

    sus investigaciones. Intimo amigo como era de iLicio Gelli, el banquero milans poda contarcon puntuales informes sobre las actividades de los investigadores fiscales italianos. Tambine s ta b a al t a nt o de q ue e l p a pa h a b a e mp e za d o a in d ag a r e n lo s se c re t os d e l B a nc o d elVaticano. Al igual que Marcinkus, Roberto Calvi saba que slo era una cuestin de tiempo quel a s d o s i nv e st i g a ci o n es q u e s e r ea l i z ab a n p o r s e p ar a d o co i n ci d i er a n e n de m o st r ar q u ee n t ro m e te r s e e n u no d e l o s d o s i m p er i o s f i na n c ie r o s m en c i on a d os e r a i g u al q u e

    entrometerse en los dos. Dentro de lo que abarcaba su considerable radio de accin y sui n d ud a b l e po d e r o , C al v i h a c a t o d o lo q u e e st a b a en s u s m an o s p ar a o bs t a cu l i z ar l a

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    i n v es t i ga c i n d e l B a n co d e I t al i a y p r o te g e r d e e s e mo d o a s u i mp e r i o fi n a nc i e r o, d e l c u a ltena la intencin de robar ms de mil millones de dlares.

    Un anlisis metdico de la posicin en que se encontraba Roberto Calvi en septiembre de1 9 7 8 d e m ue s t ra d e u n a fo r m a h a r t o a b u nd a n te q u e s i a P ab l o VI l o s uc e d a u n h o m br eh o n es t o, C a l vi c o r r a e l p e l i gr o d e a r r u in a r s e y d e ir a d a r c o n su s h ue s o s e n l a c r ce l , y subanco, de colapsarse. No hay duda de que Albino Luciani era exactamente el hombre honesto

    q u e C a l v i t a n to t e m a .En Nueva York, mientras tanto, el banquero siciliano Michele Sindona tambin vena

    observando detenidamente las actividades que desplegaba el papa Juan Pablo I. Haca yams de tres aos que Sindona penda de una orden de extradicin presentada contra l por elGobierno italiano, que lo quera trasladar a Miln para acusarlo de maniobras fraudulentaspor las que se haba apoderado de 225 millones de dlares. En mayo de 1978, pareca queSindona haba perdido finalmente aquella larga batalla. Un juez federal de Estados Unidoshaba afirmado que la orden de extradicin iba a ser concedida.

    Sindona se encontraba en libertad bajo una fianza de tres millones de dlares, mientrasque sus abogados planeaban jugar la ltima carta. Exigieron que el Gobierno de EstadosUnidos demostrara que existan causas bien fundamentadas que justificaran la extradicin.S i n do n a p o r s u p a r t e a f ir m a b a q ue l o s c a r g os q u e p r e s en t a ba c o n t ra l e l G o b ie r n o i t al i a n o

    eran obra de los comunistas y de otros polticos de ideologa izquierdista. Sus abogadosaseguraban tambin que el fiscal de Miln haba ocultado ciertas pruebas que, segn ellos,dejaban libre a Sindona de toda mcula, y sostenan que si su cliente regresaba a Italia muyprobablemente morira asesinado. La audiencia judicial fue fijada para el mes de noviembre.

    Aquel verano, en Nueva York, haba otras personas que tambin se movan activamente af a v or d e Si n d on a . U n ma o so l la m a d o L u i gi R on s i s va l l e , a s e si n o p r o f es i o na l , ha b aamenazado con matar al testigo Nicola Biase, que haba declarado en contra de Sindona en elcurso de los procedimientos legales para la extradicin. Por otra parte, la mafia haba puestop r e c io a l a c a b e za d e l f i s c al g e n er a l s u p le n t e de E s t a do s U n id o s , J oh n Ke n n ey, q u e e ra e la c u sa d o r e n c ar g a d o de l a c a u s a d e e x tr a d ic i n c on t ra S i n d on a . E l p r e ci o e s t ip u l a do p o r l amafia para acabar con la vida de Kenney alcanzaba la cifra de 100 000 dlares.

    S i e l p a p a J ua n Pa b l o I s e g u a e s ca r b a nd o e n lo s a s un t o s d e l B a n co d e l Va t i c an o , S i n do n asera inevitablemente remitido a Italia, por ms que la mafia pusiera precio a la cabeza de

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    m e d ia h u m a ni d a d . L a r ed d e c o r ru p c i n q u e e x i st a e n e l B a n co d e l Va t i c an o y q u e i n cl u a ,entre otras actividades, la limpieza de dinero negro perteneciente a la mafia, involucraba aCal vi, y cuando Calvi quedara involucrado arrastrara con l a Sindona.

    En Chicago, otro de los prncipes de la Iglesia catlica viva preocupado e irritado por cmos e d e s ar r o l la b a n l o s a co n t ec i m ie n t os e n l a C i u d a d d e l Va t i ca n o : s e t r at a b a d e l c a r de n a l J o h nCody, arzobispo de la archidicesis ms rica del mundo. Cody era el jefe espiritual de ms de

    dos millones y medio de catlicos, tena a sus rdenes a casi tres mil sacerdotes, gobernaba450 parroquias y se negaba a revelar a nadie cules eran los ingresos anuales que volcabansus fieles en las arcas de la dicesis. De hecho la cifra superaba los 250 millones de dlares.Sin embargo, la lucha contra el fisco slo era uno de los muchos problemas que acuciaban aCody. En 1978 Cody cumpla trece aos al frente de la Iglesia de Chicago. En este tiempo laspeticiones para que lo reemplazaran se haban ido acumulando hasta adquirir unasproporciones extraordinarias. Curas, monjas, legos, gente que trabajaba en las ms vanadasp r o fe s i on e s s e cu l a r es , s e u n an p o r m i l l ar e s p a ra s o l i c it a r a R o m a q ue d e s t it u y er a a u n

    hombre unnimemente considerado como un dspota.Para el papa Pablo VI la destitucin de Cody haba sido motivo, a lo largo de muchos aos,

    de grandes angustias mentales y prolongadas vacilaciones. Al menos en una ocasin habaadquirido la suficiente entereza como para tomar la decisin de apartar a Cody de su cargo,p e r o e n e l l t im o m o m en t o h a b a m a n da d o r e v oc a r s u s p r op i a s rd e n es . L a c o mp l e j a yt o r tu r a da p e r s on a l id a d d e P a bl o V I e r a s l o p a r te d e l m o t iv o d e t a nt a s i n de c i si o n es . E l p a p aPablo saba de la existencia de varias denuncias secretas que se haban promulgado contraCody y que contenan sustanciales evidencias que indicaban la urgente necesidad de

    r e e m pl a z a r a l t o d op o d er o s o c a rd e n al d e C h i c ag o .A f i n es d e s e p t ie m b re , C o d y r e ci b i u na l l a m a da t e l e f n i ca d e s d e Ro m a . P or l a a l d e a

    conocida mundialmente como Ciudad del Vaticano haba empezado a circular otro rumor. Set r a ta b a d e u n a p e qu e a i nf o r ma c i n, y d u r a n te m u c h os a o s e l c a r d en a l C o d y s e h a b acaracterizado por retribuir muy bien a quienes le mantenan informado. En esta ocasin, suinformante le indic que donde Pablo se haba mostrado tan pusilnime, su sucesor, por elcontrario, estaba decidido a obrar. El papa Luciani haba tomado la firme determinacin der e e mp l a z ar a l c a r d en a l d e C h i ca g o .

    Por lo menos tres de los hombres que ya hemos mencionado se movan a la sombra de otro

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    h o m br e , a l q u e t am b i n y a s e h a c i ta d o : Li c i o Ge l l i . Vu l g a rm e n te a G e l li l e l l am a b a nIlBurattinaio, es decir, el titiritero. Los tteres que Gelli manejaba eran muy numerosos ye s t ab a n r e p a rt i d os po r m u y d i s ti n t os pa s e s. G el l i d o m in a b a l a P 2 y a t r a v s d e l a P 2c o n tr o l a ba t od a It a l i a. E n B u e no s Ai r e s, c i ud a d d o n de G e ll i y C a lv i h a b a n d is c u ti d o lo sproblemas que les planteaba el nuevo papa, el gran titiritero se haba encargado de organizare l t r i un f a n te r e g re s o de l g e n er a l P e r n a l p o d er, l o c u al e l p r o pi o P er n r ec o n oc i y a gr a d ec i

    ponindose de rodillas a los pies de Gelli. Si Marcinkus, Sindona y Calvi se vean amenazadospor los diversos proyectos planeados por Albino Luciani, eran los intereses directos de LicioGelli los que, sin duda, corran ms peligro.

    P or t o do l o di c ho q ue d a cl a ro q ue e l 2 8 d e se p ti e mb r e de 1 97 8 h a b a se i s ho m br e s,M a r ci n k us , V i l lo t , C al v i , S in d o na , C o dy y G e l li q u e te n an m u ch o q u e p e r de r s i e l p a p a J ua nPablo I continuaba bajo el solio pontificio. Tambin queda claro que a todos les beneficiabap or i g ua l , au nq u e p o r d i ve r so s mo t iv o s, q ue e l p a pa J ua n Pa b lo I s u fr i er a un a mu er t erepentina.

    Y el papa Juan Pablo I, en efecto, muri repentinamente. Muri en algn momento entrel a s l t i m as h or a s d e l a n o c he d e l 2 8 d e s ep t i e mb r e de 1 9 78 y l a s pr i m e ra s h or a s d e l amadrugada del 29, treinta y tres das despus de haber sido elegido. Hora de su muerte:

    desconocida. Causa de su muerte: desconocida.

    P o r m i p a r te e s t o y c on v en c i d o d e q ue t o d o s l os h e c h os y c i r c u n st a n ci a s q u e h a n s id omeramente esbozados en las pginas anteriores contienen la clave de la verdad sobre lam u e r te d e A l b i no L u ci a n i . E s t oy i g ua l m e nt e c on v en c i d o d e q ue , a l c a e r l a n oc h e de l 2 8 d eseptiembre de 1978, uno de los seis hombres ya mencionados haba puesto en marcha unplan para resolver definitivamente los problemas que Albino Luciani le planteaba. Uno deestos seis hombres se encuentra, por lo tanto, en el mismo corazn de una conspiracin quese resolvi aplicando lo que se llama solucin italiana.

    Albino Luciani haba sido designado para el cargo de pontfice el 26 de agosto de 1978. Muyp o c o de s p u s d e t er m i na r e l c n cl a v e el c a r d en a l b r i t n i c o Ba s i l H u m e de c l a ro : L a de c i si nera inesperada. Pero una vez que fue tomada pareci total y absolutamente adecuada. Lasensacin de que se trataba del hombre al que buscbamos era tan generalizada que no mecabe la menor duda de que es el candidato de Dios. Treinta y tres das despus el candidatode Dios estaba muerto.

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    Lo que sigue es el resultado de tres aos de continuada e intensa investigacin en relacincon la muerte de este hombre. Para realizar una investigacin de esta naturaleza, hed e s ar r o l la d o u na s e r i e de n o r ma s . N or m a p r i me r a : em p e za r p o r e l p r i n ci p i o . A v er i g u ar c u lera la naturaleza y cmo era la personalidad del muerto. Qu clase de hombre era AlbinoLuciani?

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    E L C AM IN O HA CI A R OMA

    La familia Luciani viva en un pequeo pueblo de las montaas que se llamaba Canaled 'A go rd o, 1 a u no s mi l m et ro s so br e el n iv el d el m ar y a p ro xi ma da me nt e a c ie nt o v ei nt ekilmetros hacia el norte de Venecia.

    P o r l a p o ca e n q u e se p r o d uj o e l n a c im i e nt o d e A lb i n o, q u e t uv o l u ga r e l 1 7 d e o c tu b r e de

    1912, sus padres, Giovanni y Bortola, ya tenan a su cargo a las dos hijas de un matrimoniopaterno anterior. Siendo como era un joven viudo, padre de dos hijas y sin trabajo fijo, esdifcil que Giovanni fuera ningn prncipe azul para las muchachas de la regin. Bortola, porsu parte, haba acariciado un tiempo la idea de consagrarse a la vida conventual, de sermonja. Con el decurso de los aos, sin embargo, se encontraba convertida en una madre defamilia con tres nios a su cargo.

    El parto de Albino fue largo y difcil. Bortola, presa de una exagerada angustia quem a r ca r a pr o f u nd a m en t e el c a r ct e r p r e co z d e s u h ij o , t e m a q u e e l n i o m u r i er a . Po r e s t e

    motivo, el recin nacido fue bautizado rpidamente; recibi el nombre de Albino en memoriade un ntimo amigo de su padre que haba muerto en una explosin accidental producida enun horno, mientras trabajaba codo a codo con Giovanni en una fundicin de acero enAlemania.

    El nio as bautizado vino a un mundo que apenas dos aos despus se vera envuelto enuna guerra, luego del asesinato del archiduque Francisco Fernando y de su esposa en laciudad yugoslava de Sarajevo.

    Los primeros catorce aos de este siglo son considerados por muchos europeos como una

    ya abolida edad de oro. Son innumerables los escritores que se han regodeado en describir elambiente de estabilidad, la sensacin generalizada de vivir bien, el incremento de la culturaen todas las capas sociales, la satisfactoria vida espiritual, la amplitud de horizontes y lapaulatina supresin de las desigualdades sociales que caracterizaron a aquellos aos. Loscronistas de aquella poca exaltaban la libertad de pensamiento y la elevada calidad de vidaque reinaban en sus tiempos, hasta el punto de que parece que vivieran en un jardn del ednpos Victoriano. No cabe duda de la veracidad de todos estos rasgos coincidentes en aquellapoca. Sin embargo, tambin se sabe que exista una pobreza desoladora, que haba una

    gran multitud de desocupados, que persistan profundas desigualdades sociales y que elhambre, las epidemias y la mortalidad infantil eran lacras que azotaban a amplios estratos de

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    l a s o c ie d a d d e e n t on c e s. E n g r a n pa r t e d el m u n do e s t a s do s r e a li d a d es c o n t ra p u es t a scoexistan. Italia no constitua una excepcin.

    (1) En l a poc a del nac i mi ento de Albi no Luc i ani , el vi l l orri o s e l l amaba Fomo di Canal e. El nombre l e fue c ambi adopor el de Canal e d'Agordo en 1964, a i ns tanc i as de Eduardo Luc i ani , hermano menor de Ubi no. De es ta forma, l a

    al dea vol v a a adqui ri r s u verdadero nombre ori gi nal.

    Naples, por ejemplo, se encontraba literalmente sitiada y tomada por asalto por miles dep e r so n a s a n si o s as p o r e m i g ra r a E s t a d os U n i d o s, a G r a n B r e t a a o a c u a l qu i e r o t r o p a s . D ehecho, Estados Unidos haba conculcado ya entonces con restricciones y prohibiciones lafamosa declaracin (grabada al pie de la estatua de la Libertad) que dice: Traedme avuestros desheredados, a vuestros hambrientos y pobres. Traed a mis brazos a vuestrasabigarradas multitudes anhelantes por respirar el aire de la libertad.

    Muy pronto, sin embargo, los desheredados y los hambrientos iban a descubrir que lasenfermedades contagiosas, la falta de garantas econmicas, la carencia de contratos detrabajo, los antecedentes penales y las deformidades fsicas constituan motivo suficientepara prohibir su entrada en Estados Unidos.

    En Roma, a la vista de la plaza de San Pedro, haba miles de personas que vivan en chozasd e p a ja y a d o b e, a p i ad a s e n l as a f u e ra s d e l a C i ud a d E t e rn a . A l l l e g ar e l v e ra n o, m u c ho s d eestos desamparados se trasladaban a las cavernas que haba en las colinas de los

    a l r e de d o re s . A l gu n o s tr a b aj a b an d e s o l a s o l e n l o s vi e d os y r e c i b a n u n jo r n al d e c u at r op e n i qu e s a l d a . O tr o s t ra b a j ab a n e n l as g r a nj a s , t am b i n de s o l a s o l , s in r e c i bi r a c a m b iodinero ninguno. Por lo comn se les pagaba en grano, con trigo ya pasado, lo cual es uno delos principales motivos de que tantos trabajadores agrcolas sufrieran una enfermedad de lap i e l l l a m ad a p e l a g r a .

    Los que trabajaban en los pantanos arroceros de Pava corran el riesgo de contraer lamalaria que transmitan los mosquitos, muy abundantes en la zona. En Italia, elanalfabetismo afectaba a ms del 50% de la poblacin. Los papas, mientras tanto, uno trasotro, anhelaban un retorno imposible de los antiguos Estados Pontificios, ajenos porcompleto a las penosas condiciones de vida que sufra la inmensa mayora de la poblacin enla reunificada Italia.

    En la aldea de Canale predominaban ampliamente los nios, las mujeres y los viejos,

    porque la mayora de los hombres en edad de trabajar se vean obligados a marcharse lejosd e s u t i e rr a p a r a g an a r se e l s u s te n t o y m a nt e n er a s u f a m i l ia . G i o va n n i L u c ia n i , p o r e j e mp l o ,

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    s o l a v i a ja r p o r S u i za , A us t r ia , A le m a ni a y F r a nc i a , a f i n d e r ea l i z ar d i f e re n t es t ra b a j ostemporeros. Parta de su casa en primavera y volva con el otoo.

    El hogar de los Luciani, erigido sobre las ruinas de un viejo granero, slo dispona de unafuente de calor para el invierno: una vieja estufa de lea que agobiaba la habitacin en la quenaci Albino. La casa no tena jardn; ste constitua un lujo impensable para la gente de lasmontaas. De cualquier modo, el paisaje de fondo compensaba con creces esta carencia:haba bosques de pinos, y las altas montaas, con sus nieves eternas, se cernan vigilantes ys o m br a s so b r e el v i l l or r i o . E l r o B io i c a a en c a sc a d a y pa s a ba m u y c er c a d e la p l a z a d e lpueblo.

    Los padres de Albino Luciani constituan una extraa amalgama. La madre, Bortola, eratan religiosa, que pasaba tanto tiempo en la iglesia como en su pequea casa, siempreangustiada y sobreprotectora con una familia cada vez ms numerosa. Bortola perteneca aesa clase de madres que, ante la ms mnima tos o el ms ligero resfriado de alguno de sushijos era capaz de llevarlo angustiada hasta la frontera, muy prxima al lugar, para que loatendieran los mdicos militares integrados a los puestos de guardia. Muy devota y con

    aspiraciones de mrtir, Bortola acostumbraba volcar en sus hijos su frustrada vocacinreligiosa; frecuentemente les hablaba de los muchos sacrificios que se vea obligada a hacere n f a vo r d e e l l os .

    Mientras tanto, el padre, Giovanni, vagabundeaba por una Europa en guerra ofrecindosepara cualquier clase de trabajo: desde albail o pen caminero hasta electricista o mecnico.Siendo como era un activo militante socialista, los devotos catlicos de la comarca le veancomo a un comecuras, como a un diablo digno de arder crucificado en una hoguera.

    La relacin matrimonial entre dos caracteres tan dismiles como los de Bortola y Giovanni

    produca frecuentes e inevitables fricciones. El recuerdo de la reaccin que tuvo su madre alver el nombre de su marido en unos carteles de propaganda pegados por las paredes de todoel pueblo, que anunciaban la candidatura socialista para unas elecciones locales,acompaara al joven Albino durante toda su vida.

    Despus de Albino sus padres tuvieron otro hijo varn: Eduardo. Ms tarde les naci unahija: Antonia. Bortola contribua al magro presupuesto familiar escribiendo cartas en nombrede los analfabetos de la zona y trabajando como fregona.

    La dieta habitual de la familia consista principalmente en polenta (plato a base de harina

    de maz), cebada, macarrones y cualquier vegetal comestible que pudieran conseguir. En lasgrandes ocasiones, los Luciani tal vez saboreaban un postre de carfoni, que es un pastel

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    ll i i t d l L tit Si h b C l

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    relleno con simientes de amapola. La carne constitua una rareza. Si haba en Canale unhombre lo bastante opulento como para poder permitirse el lujo de matar un cerdo, era parasalarlo con el fin de que su familia se alimentara durante un ao.

    L a vo c a ci n d e Al b i no p a ra e l s a c er d o c io f u e m u y p r e co z . El j o ve n Lu c i an i r e c i bi elpertinaz aliento de su madre y del prroco de la localidad: el padre Filippo Carli. Sin embargo,si hay alguien que se merece el mximo crdito entre los que alentaron la temprana vocacind e A l bi n o L u ci a ni p o r e l s a ce r do c io , s i h a y a l gu i en qu e p e rm i ti q u e e l j o ve n d i er a s u sprimeros pasos como novicio, ese alguien es el ateo y socialista Giovanni Luciani, su padre.

    P ar a ll e ga r a s er s a ce r do t e A l bi n o d e b a as i st i r c o mo i nt e rn o al s e mi n ar i o m e no r d e lac e r ca n a p o bl a c i n d e F el t r e , l o cu a l s u p on d r a p a r a l a f a mi l i a L uc i a n i u n a c on s i d er a b leinversin de dinero. Poco antes de que el nio cumpliera once aos su madre y l hablarons o b re e l t e m a. B o r t ol a s u g ir i a s u h i jo q u e l e e sc r i b ie r a a s u p a dr e , q u e p or e n t on c e strabajaba como temporero en Francia. Muchos aos despus, Albino dira que la carta que leescribi a su padre era una de las ms importantes que haba escrito en toda su vida.

    Tr as r e ci b ir l a c ar t a d e s u h i jo , Gi o va n ni L uc i an i s e to m u n ti e mp o pa r a m e di t ar l arespuesta. Cuando le contest fue para darle permiso, aceptando esta nueva carga de gastoscon las siguientes palabras: Muy bien, segn parece, tendremos que hacer este sacrificio.

    De esta forma, en 1923, con once aos cumplidos, Albino Luciani ingres en el seminario.Podramos decir que parti al frente para luchar, sin saberlo todava, en una guerra intestinaque desgarraba secretamente a la Iglesia Catlica. Por entonces, la Iglesia tenia prohibidoslibros tales como Las cinco heridas abiertas de la. Iglesia catlica, de Antonio Rosmini.

    R o sm i n i e r a u n c u r a y te l og o i t al i a n o qu e e n 1 84 8 h a b a es c r i to q u e l a Ig l e si a s ee n f r en t a b a a u n a c r is i s q u e t en a c i n co c a u s a s: e l a b i s mo s o c i a l e x i s te n t e e nt r e e l c l e r o y e l

    pueblo; el bajo nivel de educacin que tenan los sacerdotes; el enfrentamiento, cuando no laacrimonia, que reinaba entre los obispos; la dependencia o interdependencia entre losasuntos laicos y los asuntos sagrados y entre las autoridades seculares y el poder religioso;por ltimo, el patrimonio y las propiedades de que gozaba la Iglesia y que la esclavizaban,sometindola a su propia opulencia. Rosmini aspiraba a conseguir implantar una reforma dec a r ct e r l i b er a l . Pe r o l o q ue r e a l me n t e co n s ig u i ( so b r e t od o p o r c u l pa d e l a s i n tr i g a s

    jesuticas) fue que su libro se viera condenado y que l perdiera el capelo cardenalicio que elpapa Po IX le haba ofrecido.

    Slo cincuenta y ocho aos antes de que naciera Luciani el Vaticano haba divulgado elllamado Sumario de errores, acompaado por la encclica Quanta cura. En estos dos textos la

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    S t S d i b t j t t t d l lib t d t i t d l b d l

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    Santa Sede se pronunciaba tajantemente en contra de la libertad restricta de palabra y de lalibertad de opinin de la prensa. Se abominaba especficamente del concepto de igualdadentre todas las religiones.

    El responsable de estas medidas era el papa Po IX, que tambin dej bien claro lo muchoque le desagradaban los gobiernos democrticos y la predileccin que senta por lasmonarquas absolutas. Tiempo despus Po IX denunciara a los defensores de la libertad dec o n ci e n ci a y d e r e l i gi n y a l o s q u e af i r m an q u e la I g l es i a n o d e b e re c u rr i r a l u s o de l afuerza.

    En 1870, Po IX convoc un Concilio Vaticano y ante la asamblea de obispos seal que elp r in c ip a l t e ma a t r at a r e n l a r eu n i n e ra e l d e l a i nf a li b il i da d d e l p a pa , e s d ec i r, s u p r op i ainfalibilidad. Despus de numerosos concilibulos y de haber ejercido una fuerte presin decarcter muy poco cristiano. Po IX sufri una gran derrota moral cuando de los ms de milmiembros que formaban parte del Concilio slo 451 votaron a favor de su propuesta.

    Gracias a una calculada estrategia slo dos disidentes se encontraban en Roma cuando sellev a cabo la votacin final. En la ltima reunin del Concilio, que se celebr el 18 de julio de

    1870, se decidi, con 535 votos a favor y dos en contra, que el papa era infalible en cuestionesde doctrina relacionadas con la fe y la moral.

    En ese mismo ao de 1870 los judos que vivan en Roma estaban encerrados en un gueto;el causante de ello era el mismo papa al que el Concilio Vaticano haba convertido en infalible.Po IX era intolerante, no slo con los judos, sino tambin con los protestantes, hasta elpunto de haber recomendado que se castigara con penas de prisin a los que pregonaran la fecismtica en Toscana. En el momento en que escribimos este texto, se realizan considerablesesfuerzos con el propsito de conseguir la canonizacin de Po IX para convertirlo en santo.

    D e s pu s de P o I X o cu p el s o l i o p o n ti f i c io L e n X I II a l q u e nu m e r os o s h i s to r i a do r e sc o n si d e ra n u n p a pa h u m an o y e s c la r e c id o . A L e n XI I I l e s u ce d i P o X a l q u e l o s mi s m oshistoriadores consideran con unanimidad un verdadero desastre. El reinado catlico de sus a n ti d a d P o X s e p r o lo n g h as t a 1 9 14 y l o s d a os q u e c a u s s e g u a n s i e nd o e v i d en t e scuando Albino Luciani ingres en el seminario de Feltre.

    El ndice, catlogo en el que se incluyen los libros cuya lectura no tienen autorizada losfeles catlicos, se haca cada vez ms abundante. Impresores, editores y escritores sufrancontinuas excomuniones. Cuando se publicaba cualquier libro annimo en el que se criticara

    la doctrina de la Iglesia, el autor, fuera quien fuese, quedaba automticamente excomulgado.P a ra d e f i ni r y e n g l o ba r t o d o a qu e l lo c o n t ra l o q u e c o mb a t a, P o X a c u un a p a l a br a :

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    modernismo Cualquiera que pusiera en duda las doctrinas y enseanzas de la Iglesia incurra

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    modernismo. Cualquiera que pusiera en duda las doctrinas y enseanzas de la Iglesia incurraen anatema. Con la bendicin del papa y la ayuda financiera del Vaticano, un prelado italianollamado Umberto Benigni cre una red de espionaje, cuyo objetivo era aplastar todo brote demodernismo y destruir a todos sus seguidores. De esta forma, ya en pleno siglo xx laInquisicin virtualmente renaca.

    C o n la p r di d a d e s u p od e r t e m po r a l, m o ti v a da p o r l a r e un i f i ca c i n d e I ta l i a y laconsiguiente desaparicin de los Estados Pontificios, el autoproclamado prisionero delVaticano no se hallaba en condiciones de ordenar ninguna condena a morir en la hoguera,pero un susurro por aqu, un guio por all, acusaciones annimas y sin fundamento sobrec u a lq u i er c o l eg a o cu a l q ui e r p o s ib l e r i v al e r a n m s q u e s u f i ci e n te s p a r a a r r u in a r m u c ha scarreras dentro de la Iglesia. Era la fbula de la madre que devoraba a sus propios hijos. Lamayora de los hombres a los que Po X y su pandilla aplastaron y arruinaron eran miembrosfeles y leales de la Iglesia catlica apostlica romana.

    Muchos seminarios fueron clausurados. Aquellos a los que se permiti que siguieranfuncionando para educar a la futura generacin de pastores de la Iglesia eran rigurosamente

    vigilados. Po X declar en una encclica que todo aquel que predicara o enseara con carcteroficial tena la obligacin de practicar un juramento especial abjurando de todos los males del

    modernismo. Ms adelante dio a conocer una prohibicin de carcter general contra la lecturad e p e r i d i c os p o r p a r t e d e l os s e m i na r i s ta s y e s t u d ia n t es d e t e o l og a , a g r eg a n d oespecficamente que esta regla se aplicaba incluso a los mejores rotativos que hubiera.

    El padre Benigni, que era el hombre que diriga aquella red de espionaje que gradualmentehaba llegado a cubrir hasta las ms lejanas dicesis no slo de Italia sino de toda Europa,reciba todos los aos un subsidio de mil liras que le era entregado directamente por el papa.

    Esta organizacin secreta de espas no fue desmantelada hasta 1921. Entonces, el padreBenigni se convirti en informador y espa de Mussolini.

    Po X muri el 20 de agosto de 1914. Fue canonizado y convertido oficialmente en santo en1954.

    As tenemos a Luciani en el seminario de Feltre, donde se consideraba un delito la lecturad e c u a l qu i e r p e r i d i c o o p u bl i c a ci n d e c a r c t e r i n f o rm a t iv o . E l j o ve n L u c ia n i s e e n c on t r e nun mundo austero y sombro en el que los maestros estaban tan indefensos como losa l u m no s . C u a l qu i e r p a l a br a , c u a lq u i er c a s ua l c o m en t a ri o q u e n o r e c i b i er a l a a p r o b a ci n s i n

    fisuras de un colega o condiscpulo, poda acarrearles a los sacerdotes que enseaban en loss e m in a r i os l a p r d id a i n m ed i a t a d e su d e r e ch o a e d u c ar : l a r e d d e e s p io n a je d e l p a d re

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    Benigni aunque disuelta oficialmente en 1921 (es decir dos aos antes de que Luciani se

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    Benigni, aunque disuelta oficialmente en 1921 (es decir, dos aos antes de que. Luciani seinscribiera en Peltre), segua de. hecho en actividad y su influencia se mantuvo a lo largo detodo el perodo de novicio del joven Albino.

    Cualquier postura crtica que se adoptara en relacin con la forma o el contenido de laenseanza religiosa hubiera significado caer en anatema. El sistema de enseanza estabadiseado exclusivamente para ofrecer respuestas y no para alentar ningn tipo de preguntas.Los maestros, marcados y escaldados por la purga que haban sufrido, marcaran a su vez a lasiguiente generacin de sacerdotes.

    La generacin de sacerdotes a la que pertenece Albino Luciani tuvo que cargar con lasp e o re s c on s e cu e n ci a s d el S u m ar i o d e r r o re s y s e v i o e ro s i on a d a p o r l a m e nt a l i da dantimodernista que predominaba entre la clereca. Teniendo en cuenta el poderoso influjo deesta forma de pensar, Albino Luciani pudo fcilmente acabar convertido en un cura ms, tanestrecho de miras y yermo de horizontes como tantos de sus condiscpulos y congneres. Sise escap de este penoso destino fue por una serie de factores que obraron en su favor. Unode ellos, y no el menor, era un don que haba recibido, simple y sin embargo enorme: la sed de

    sabidura.En los aos de su ms tierna infancia, la sobreproteccin de su madre fue exagerada y en

    cierto sentido daina. Pero no cabe duda de que a la larga signific para Luciani unaconsiderable influencia benfica. Al no permitirle que jugara y se revolcara con los otros niosde su edad, sustituyendo la pelota que los otros chutaban tumultuosos por un libro para quel leyera solitario, su madre le abri al joven Albino las puertas de un mundo distinto y quizsinfinito. A muy temprana edad. Albino Luciani ya era un voraz lector. A los siete aos, ya sehaba devorado las obras completas de Julio Verne, Dickens y Mark Twain, algo bastante

    i n u su a l e n u n p a s en e l q u e po r e n t on c e s m s d e la m i t ad d e l o s a d u lt o s , no s l o n o p od a ,sino que ni siquiera saba leer.E n F e lt r e , e l n o v ic i o L u ci a n i s e f a g o ci t o t o do s l o s l i br o s q u e h ab a . Ta m b i n e s m u y

    i m p or t a n te y s i g n i fi c a ti v o e l h e c ho d e q u e L uc i a n i t e n a l a c a p a ci d a d d e r e co r d a r t o d o lo q u elea. El cielo le haba gratificado con una pavorosa memoria. En consecuencia, por mucho quelos interrogantes provocativos y su curiosidad de saber despertaran enconados recelos yprovocaran crispadas reacciones, de cuando en cuando Luciani incurra en la temeridad deformular preguntas. Sus maestros le consideraban un alumno aplicado, pero demasiado

    vivaz.En verano, el joven seminarista regresaba a su hogar y, vestido con su larga sotana negra,

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    se dedicaba a trabajar en el campo Cuando no ayudaba en las tareas de la recoleccin o la

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    se dedicaba a trabajar en el campo. Cuando no ayudaba en las tareas de la recoleccin o lacosecha, seguramente se dedicaba a reordenar la biblioteca del padre Filippo.

    Los grises y montonos das de claustro escolar de vez en cuando se vean alegrados ye n a lt e c id o s p or l a s v i s it a s d e s u pa d r e . Lo p r i m er o q u e h ac a G i ov a nn i L u c ia n i a l r e g r es a r a s uh o g ar e n o t o o e r a i r d e v i s i ta a l s e m in a r i o. L u e g o, a l o l a r g o d e l i n v i er n o, d e d i c ar a t o d as s u senergas a la militancia y la propaganda de sus ideales socialistas.

    A l g ra du ar se en Pe lt re , Lu ci an i p as a l s em in ar io m ay or d e Be ll un o. U no d e s uscondiscpulos, con el que habl, me cont cmo era el rgimen de vida en el seminario:

    Nos despertaban a las cinco y media de la madrugada. No haba calefaccin y el agua amenudo pareca convertirse en hielo. A mi la vocacin se me esfumaba cinco minutos cadamaana. Nos daban media hora para lavarnos y hacer la cama.

    Conoc a Luciani en Belluno un da de septiembre de 1929. Entonces Luciani tenia diecisisaos. Estaba siempre sereno y tranquilo y sola mostrar un carcter muy afable. Pero si unodeca en su presencia algo inadecuado, saltaba como si le impulsara un resorte. Muy prontocomprend que en su presencia haba que escoger cuidadosamente las palabras para hablar.

    Con cualquier pensamiento dudoso que uno tuviera se corra el peligro de perder su amistad.Entre los libros que Luciani ley en Belluno se contaban varas obras de Antonio Rosmini.

    Llamaba la atencin que en la biblioteca del seminario faltara su obra ms importante: Lascinco heridas abiertas de la Iglesia catlica, que en 1930 todava segua en el ndice de librosprohibidos. Sin embargo, al tanto del furor que el libro haba causado en su momento, Lucianise las ingeni para adquirir sigilosamente un ejemplar: la lectura de este libro iba a produciruna profunda y perdurable influencia en su vida.

    P a ra l o s p r o f es o r es d e L u c ia n i e l S u m ar i o de e r ro r e s d i v ul g a d o e n 18 6 4 p o r e l p a p a P o IX

    s e g u a s i en d o en 1 9 30 l a m s l t im a e i nd i s cu t i bl e v e rd a d . To l e ra r l a s o pi n i on e s d e l o screyentes no catlicos en un pas en que los catlicos eran mayora se consideraba como algoinconcebible. En Italia, en los aos treinta, las escuelas no slo enseaban las ideas fascistasde Mussolini. El error no tiene derechos. La nica excepcin aparente la configuraban losmaestros que por muchos errores que acumularan gozaban de derechos absolutos.

    Lejos de ensancharle los horizontes mentales, sus maestros hicieron que Albino Lucianiestrechara, en cierta forma, su amplitud de miras, Afortunadamente la influencia de susmaestros no era la nica a la que se vea sometido. Otro de sus condiscpulos de Belluno me

    dijo:Lela [Luciani] los dramas de Goldoni, a los novelistas franceses del siglo xix. Se compr

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    u n a c o le c c i n d e e s c r it o s d e l j e s u t a f r a nc s d e l s i g lo X v i i P i e r re C o u w as e y s e l a l e y d e c a b o

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    u n a c o le c c i n d e e s c r it o s d e l j e s u t a f r a nc s d e l s i g lo X v i i P i e r re C o u w as e y s e l a l e y d e c a b oa rabo.

    La influencia que ejercieron en su nimo los escritos de Couwase lleg a ser tan poderosaque hubo un momento en que Luciani empez a pensar seriamente en convertirse en jesuta.Mientras se lo pensaba, dos ntimos amigos suyos del seminario se presentaron ante el rector,el obispo Giosue Cattarossi, a pedirle permiso para integrarse en la Compaa de Jess. Elpermiso fue concedido. Entonces Luciani se present con idntica solicitud. El obispo meditla cuestin y le respondi: No, tres son demasiados. Es mejor que te quedes aqu.

    E l 7 d e ju l i o de 1 9 35 , a lo s 2 3 a o s d e ed a d , Al b i no L uc i a n i s e or d e n s a ce r d ot e e n S a nPietro de Belluno. Al da siguiente, el flamante sacerdote celebraba su primera misa en sup u e bl o n a t a l. E s t a ba a b s o l ut a y p l e n am e n te e n c a nt a d o p or e l h e c ho d e q u e l e h u bi e r andesignado como cura de la parroquia de Forno de Canale. El hecho de que la suya fuera laposicin ms humilde del escalafn de la clereca catlica le traa sin cuidado. Entre sus viejosamigos, sus parientes, los otros curas de la localidad y su familia inmediata, se encontraba unmuy orgulloso Giovanni Luciani, que haba conseguido un trabajo fijo como soplador de vidrio

    no lejos de su hogar, en la isla de Murano, cerca de Venecia.E n 1 9 3 7 a L u c ia n i l e n o m br a r on v i c e rr e c to r d e s u a n ti g u o se m i na r i o d e B el l u no . S i b i e n e s

    verdad que el contenido de sus enseanzas haba cambiado muy poco respecto a las que lmismo haba recibido, de lo que no cabe duda es de que su forma de ensear erar a d ic a l m en t e d i st i n ta a l a d e s u s m a e s tr o s . A lb i n o L uc i a ni t e n a l a v i r t u d d e h a c er l i g e ro l opesado y de convertir las tediosas cuestiones teolgicas en tertulias espontneas einolvidables. Despus de cuatro aos de dedicacin a la enseanza. Albino sinti la necesidadd e a m p l ia r s u c a m po v i t a l . Q ue r a d oc t o ra r s e e n t eo l o g a . P a ra e l l o l e r e su l t a ba

    imprescindible t desplazarse a Roma e inscribirse en la famosa Universidad Gregoriana. Sinembargo, sus superiores insistan en retenerlo en Belluno para que siguiera dando clase, conla idea de que poda simultanear la enseanza y los estudios teolgicos necesarios para eldoctorado. Luciani se mostr muy bien dispuesto ante los requerimientos que se le hacan,p e r o e n l a U n i ve r s i da d G r e g or i a n a le a d v i rt i e r on q u e s i a s p ir a b a al d o c to r a do e n t e ol o g adeba asistir obligatoriamente como interno al menos durante un ao.

    L u e go d e l a i n t e r v en c i n d e A n g e lo S a n t i n, d i r e c t or d e l s e m in a r i o d e B el l u n o, y d e l p a d reFelice Capello, renombrado experto en derecho cannico y profesor de la Universidad

    G r e g or i a n a, q u e c as u a l me n t e r e s u lt e s t ar e m p ar e n ta d o c o n Lu c i an i , s e o b tu v o u nad i s p en s a pe r s on a l d e l p r o p io p ap a P o X I I , f i r m ad a p or e l c a r d en a l M a g l io n e y f e c ha d a el 2 7 d e

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    m a r z o de 1 9 4 1 . E st a d i s pe n s a pe r m i t a a L u c i an i e s t ud i a r e n l a U n iv e r s id a d G r e go r i a na s i n

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    a o de 9 st a d s pe s a pe t a a u c a e s t ud a e a U e s d a d G e go a a snecesidad de desplazarse obligatoriamente a Roma.

    ( E l h e c ho d e qu e l a se g u nd a g ue r r a m u n di a l s e h al l a ra e n to n c es e n pl e n o f r a go raparentemente no repercuta en la correspondencia del Vaticano.)

    Para su tesis doctoral, Luciani eligi como tema: El origen del alma humana segn AntonioRosmini.

    L a s e x p er i e nc i a s q u e v i v i L u c i a ni d u r an t e l a s e g u nd a g u e r ra m u n d i al s o n u n a m e z cl aextraordinaria de lo sagrado con lo profano. Por ejemplo, pudo mejorar enormemente susconocimientos de alemn gracias a las confesiones que le hacan en este idioma los soldadosd e l Te r c e r R ei c h . Ta m b i n p o r e s t a po c a s e d ed i c a e s tu d i a r m e t d i c a me n t e l a s ob r a s d eRosmini, si no todas, por lo menos las que no estaban prohibidas. Muchos aos despus,cuando Luciani se convirti en papa, se dijo que su tesis doctoral haba sido brillante. sta alm e n os e r a l a o p i n i n d e l p e r i d i co d e l V at i c an o L' O s se r v at o r e Ro m a no ( o p i n i n q u e s i ne m b ar g o s e h a b a o m i ti d o a l p u b li c a r l a e s c u l i d a b io g r af a d e L u c ia n i a n t es d e l c n cl a v e d elque saldra convertido en Juan Pablo I). Sea como fuere, la opinin de los editorialistas

    vaticanos no la comparten los maestros telogos de la Universidad Gregoriana. Uno de ellosme coment que la tesis de Luciani era un trabajo competente. Otro me indic: En miopinin la tesis carece de valor. Es extremadamente conservadora y adolece de falta de

    metodologa escolstica.M u c ho s p u e de n p e n sa r q u e e l p r o f un d o i n t er s d e L u c ia n i p o r l o s t r a ba j o s d e R o sm i n i

    constituye un indicio seguro de sus ideas progresistas y liberales. Sin embargo, en los aoscuarenta, Albino Luciani estaba muy lejos de ser un liberal. Lo que intenta en su tesis esr e f u ta r p u n to p o r p u n to a R o s m i ni . A t a c a a l t e lo g o d e c im o n n i c o p o r e m p le a r t e s ti m o ni o s d e

    s e gu n da m a no y c i ta s i ne x ac t as . Ta m bi n lo a c us a d e se r s u pe r fi c ia l y d e t en e r u n ainteligencia meramente ingeniosa. Se trata en suma de un retorcido intento de demolicin,claro indicio de que tena entonces unas ideas reaccionarias.

    Mientras trataba de establecer que Rosmini haba tergiversado a santo Toms de Aquino,Albino Luciani adopt una delicada postura con sus alumnos de Belluno, a quienes recomendq u e s e a bs t u vi e r an d e i n te r v e ni r s i l a s t r op a s a l em a n a s ac t u ab a n c on t ra l o s f o co s d eresistencia que existan en la regin. En privado, Albino Luciani simpatizaba con laresistencia. Sin embargo, estaba enterado de que entre los aspirantes al sacerdocio a los que

    dictaba sus clases haba muchos elementos profascistas. Tambin tena muy claro, y ledisgustaba, que las actividades de la resistencia provocaban que los alemanes ejercieran

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    represalias entre la poblacin civil. Las casas eran demolidas y los hombres arrastrados al

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    p p ye x t er i o r p a r a m o r ir c o l ga d o s d e lo s r b o l es . Co n to d o, a l f i n a l d e la g ue r r a, e l s e m in a r i o d eL u c ia n i s e c o n vi r t i en u n e s c o nd r i j o pa r a l o s m ie m b r os d e l a r e s i s te n c ia . S i l a s t r op a salemanas lo hubieran descubierto, el resultado habra sido sin duda la muerte, no slo paralos patriotas que combatan en la resistencia, sino tambin para Luciani y sus colegas.

    E l 2 3 d e n o v ie m b r e de 1 9 4 6 L u c ia n i p r e s en t s u t es i s . S e p u bl i c c a si c u a tr o a o s d es p u s ,e l 4 d e a br il d e 1 95 0. Lu ci an i o bt uv o u n m ag nu m c um l au de y s e c on vi rt i en do ct or e nteologa.

    En 1947, el obispo de Belluno, Girocamo Bortignon, nombr a Luciani vicario general de ladicesis y le pidi que organizara un snodo interdiocesano entre Feltre y Belluno. A mayorr e s po n s ab i l i da d c o r re s p on d i u n a m a y or a m p l it u d d e m i r as po r p a r te de Lu c i an i . A u n qu etodava no haba llegado al punto de reconocer su afinidad con la opinin de Rosmini sobre losorgenes del alma, Luciani haba empezado en cambio a pensar que Rosmini tena razn en su

    juicio sobre los males que lastraban a la Iglesia. Cien aos despus del libro sobre las heridasabiertas de la Iglesia catlica, los males denunciados por Rosmini, no slo seguan vigentes,

    sino que cada vez se volva ms acuciante la necesidad de ponerles remedio. El abismo entrela clereca y los creyentes pareca insondable. La falta de cultura general entre los curas y ladesunin entre los obispos seguan en pleno apogeo y el venenoso vnculo de poderes quee x i s t a e n t re l a I g l e s ia y e l E s t ad o , y s o b r e t od o l a p r e o cu p a ci n d e l Va t i c an o p o r c o n se r v ar eincrementar sus bienes materiales, constituan gravsimos problemas que las altas jerarquasvaticanas se negaban a reconocer pero que seguan vigentes, igual que cien aos antes, y loseguiran estando a menos que se tomaran medidas radicales para extirparlos. En 1949, aL u c ia n i l e p u s ie r o n a l f r e n te de l a c a t eq u e si s p r e v ia a l c o n gr e s o e u c ar s t ic o q u e i b a a

    celebrarse ese ao en Belluno. Estas clases de catecismo, unidas a sus experiencias en elc a m p o d e l a e n s e a n za , a l en t a ro n a Lu c i an i a p r o ba r f o r t un a c om o e sc r i to r y p u b li c unpequeo volumen que contena sus opiniones generales sobre la catequesis tituladoCatechesi in bricole (Briznas de catecismo).

    Es probable que los ms remotos recuerdos de todo catlico sean las clases de catecismoque recibi en la niez. Para muchos telogos la catequesis constituye una rama inferior de laenseanza religiosa, sin tener en cuenta que es precisamente en ese periodo de la infancia enq u e l a e du c a ci n r ec i b i da s e p e r pe t a en l a m e m or i a d e l h o m br e . A e s t o es a l o q u e s e

    refieren los jesutas cuando afirman que al educar a un nio lo atrapan para toda la vida.Albino Luciani ha sido uno de los mejores maestros de catequesis que ha tenido la Iglesia

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    en este siglo. Posea esa simplicidad de pensamiento que slo est al alcance de los hombres

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    ms inteligentes, sumada a una profunda y autntica humildad.En 1958, don Albino, como todos le llamaban, llevaba una vida ordenada y ya estaba

    establecido. Su padre y su madre haban muerto. Albino visitaba con frecuencia a su hermanoEduardo que se haba casado y viva en la vieja casa familiar. Tambin visitaba a su hermanaAntonia, casada y que viva en Trento. Como vicario general de Belluno tena el trabajosuficiente como para mantenerse plenamente ocupado. En sus horas de ocio se dedicaba a lalectura. Era todo lo contraro de un gastrnomo: apenas le importaba comer, ni se fijaba en lacomida; simplemente coma lo que le ponan delante. Sus principales ejercicios consistan enpasearse en bicicleta por su dicesis y escalar las montaas de los alrededores.

    L u c ia n i , a q ue l h o m br e a p a c ib l e , p r od u c a , s i n n i ng n e sf u e r zo a p a r en t e , s inverdaderamente intentarlo, un extraordinario y duradero efecto sobre los dems. Una y otrav e z , al h a b l ar c o n l os q u e l e co n o ci e r o n, p u d e co m p ro b a r e l c a m bi o q u e se p r o du c a en e l l oscuando se acordaban de Albino Luciani. La cara se les suavizaba, hasta alcanzar unrelajamiento completo, y sonrean. Se volvan ms delicados. No hay duda de que Luciani

    haba calado muy hondo en todos ellos, que haba tocado alguna profunda fibra sensible, talvez lo que los catlicos llaman l alma. Felizmente olvidadizo, sin darse cuenta quiz delprofundo impacto que produca su carcter, Albino Luciani, cuando se paseaba en bicicletapor los caminos de Belluno, empezaba a edificar su propia leyenda.

    En el Vaticano, mientras tanto, haban elegido a un nuevo pontfice: Juan XXIII. El nuevopapa haba nacido en Brgamo, que, no slo quedaba cerca del pueblo natal de Luciani, sinoq u e ad e m s e ra e l l u g ar d e na c i m ie n t o d e l a m i g o d e G io v a nn i L u c ia n i d e q ui e n Al b i n o h a b aheredado su nombre de pila.

    E l p a p a J u an s e a f a n a ba e n c o n ce r t a r n o m br a m ie n t os e p i s co p a l es . D e s ig n a U r b a nic a r d en a l d e V en e c ia p a r a r e e mp l a z ar s e a s m i s mo , y a C a r r a r o a rz o b i sp o d e V er o n a . E lepiscopado de Vittorio Vneto estaba vacante y el papa inquiri al obispo Bortignon para quele sugiriera algn candidato. La sugerencia de Bortignon le hizo sonrer. Le conozco -dijo-. Leconozco. Lo har bien.

    Con aquella desarmante humildad que le caracterizaba y que ms tarde despertara tantasi n c om p r e ns i o ne s , L u ci a n i , d es p u s d e h a b e r s i d o d es i g n ad o p a r a e l c a r g o d e ob i s p o deVittorio Vneto declar: La verdad es que he viajado un par de veces en tren con l [por Juan

    XXIII], pero l acapar casi por completo la conversacin. Es tan poco lo que dije que no creoque me conozca.

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    En 1958, a los 46 aos de edad, Luciani recibi las rdenes episcopales de manos del papa

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    Juan, en la baslica de San Pedro, dos das despus de Navidad.El papa estaba perfectamente enterado de las actividades pastorales que desarrollaba el

    nuevo obispo y se volc en clidos elogios. En la ceremonia, el papa abri un ejemplar de Laimitacin de Cristo, de Toms de Kempis, y ley en voz alta el captulo 23, en el que semencionan los cuatro elementos que conducen a la paz y a la libertad espiritual:

    Hijo, trata de cumplir con los deseos de los dems antes que con los tuyos. Si te dan aelegir entre lo mucho y lo poco elige siempre lo poco. Escoge siempre el lugar ms bajo y sers i em p re m e no s q ue c u al q ui e r o tr o . R u eg a s i n de s ca n so p a ra q u e l a vo l un t ad d e D io s s ecumpla cabalmente con relacin a tu vida. Si haces esto, encontrars que este camino teconduce a la tierra de la paz y la quietud.

    Antes de recibir las rdenes episcopales, Luciani haba escrito una carta sobre la inminenteceremonia a monseor Capovilla, secretario privado del papa. En la carta hay una frase quemuestra notablemente lo muy cerca que estaba ya entonces Luciani de los ideales que haba

    abrazado Toms de Kempis. La frase a la que me refiero dice: A veces el Seor escribe con

    polvo sus obras.La primera vez que se reuni la congregacin de Vittorio Vneto para escuchar a su nuevo

    obispo, Luciani se extendi sobre este mismo tema:C o n mi g o e l S e or h a v u e lt o a e m p le a r s u v i e jo s i s te m a . E sc o g e a l os m s n f im o s d el l o d o

    de las calles. Elige a sus hombres entre los campesinos. A otros los aparta de sus redes y susbarcos, ya en el mar o ya en el lago, para convertirlos en apstoles. No bien me consagraronsacerdote cuando ya mis superiores me encomendaron tareas de responsabilidad; por lot a n to , s m uy b i e n l o qu e s i g ni f i c a pa r a e l h o m br e e j e rc e r l a a u t or i d a d. E n r e a l id a d , l a

    autoridad es pura pompa; es como una pelota a la que acaban de inflar. Si miris a los niosque juegan en el csped frente a la catedral, veris que cuando se les pincha la pelota ens e g ui d a l e d e j a n d e p r es t a r a t e nc i n. E n t o nc e s l a p o b r e p el o t a p u ed e d e s ca n s a rtranquilamente en un rincn. Pero, cuando la inflan, los nios se amontonan a su alrededor ytodos se sienten con derecho a tratarla a patadas. Lo mismo les ocurre a los hombres queascienden en la vida. Por lo tanto, no hay nada ms penoso que la envidia.

    Ms adelante, Luciani habl a los 400 sacerdotes que tena a sus rdenes. Muchos de elloshaban tratado de hacerle algn regalo; le haban ofrecido viandas, dinero incluso, pero

    Luciani no acept regalo alguno. Cuando tuvo reunidos a todos sus sacerdotes, trat deexplicarles el porqu de su negativa: Cuando llegu aqu no traa ni siquiera cinco liras. Me

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    quiero ir sin llevarme ni cinco liras siquiera. Luego agreg:d d d f l S b d d d

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    Mis queridos sacerdotes, mis queridos fieles: Seria un obispo muy desgraciado e indigno sino os amara. Os aseguro que os amo y que lo nico que quiero es estar a vuestro servicio yponer a vuestra disposicin mis magras energias, lo poco que tengo y lo poco que soy.

    Cuando le dieron a elegir como residencia entre un lujoso apartamento en la ciudad y elespartano y umbro castillo de San Martino, Luciani escogi el castillo.

    Son muchos los obispos que llevan una vida totalmente alejada de la de su grey.

    Usualmente se produce una especie de abismo automtico entre el obispo y los fieles,situacin que las dos partes aceptan como inevitable. El obispo se vuelve una figura elusiva, ala que slo se ve en contadas y especiales ocasiones. Pero Albino Luciani se tom su papelcomo obispo de Vittorio Vneto de una forma muy distinta. Se vesta como un cura cualquieray acostumbraba platicar con sus feligreses. Con sus sacerdotes puso en prctica una especiede democracia que por entonces era algo extremadamente raro dentro de la Iglesia. Elconsejo presbiteral, por ejemplo, se designaba sin que el obispo usara su prerrogativa denombrar a quienes se le antojara.

    En cierta ocasin, el mencionado consejo recomend la clausura de un seminariop a r r oq u i a l. A p e s ar d e q u e n o e s t ab a d e a c u e r do c o n e s t a d e ci s i n , L u c i an i r e c o rr i t o da s ycada una de las parroquias de su dicesis y pidi su opinin a todos sus prrocos. Cuando

    comprendi? que la mayora apoyaba la medida de clausurar el seminario, el obispo Luciani laautoriz y los seminaristas fueron enviados a escuelas pblicas. Pasado un tiempo, Luciani sedio cuenta de que el punto de vista de la mayora era el correcto y reconoci que haba estadoequivocado.

    En Vittorio Vneto, los curas no necesitaban pedir cita previa para ver al obispo. Sacerdote

    que llegaba a la sede episcopal, sacerdote que el obispo reciba. Para algunos, el talantedemocrtico de Luciani constitua una demostracin de debilidad. Otros, sin embargo,opinaban de modo distinto y hasta le comparaban con el hombre que lo haba ordenadoobispo:

    E r a - d ec a n - co m o s i t u v i r am o s n u es t r o p ro p i o p ap a p e r so n a l , c om o s i e l p a p a Ro n c al l i[Juan XXIII] siguiera con nosotros en la dicesis. En la mesa de Luciani siempre haba dos otres curas con l. Era un hombre que no poda dejar de darse. Sola visitar a los enfermos y alos minusvlidos. En los hospitales vivan en un estado de sobresalto permanente, porque

    nunca saban si el obispo se presentara de modo inesperado. Lo que sola hacer era montarsee n s u b i c ic l e ta o , s i n o , e n su v i e j o a ut o m v i l y d e j a r a s u s e c r et a r i o qu e l e y er a a l g n l i b r o

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    m i e nt r as l r e c or r a l o s p ab e l lo n e s d e l os e n f e rm o s . Ta m b i n a c o s tu m b ra b a v i s it a r l o sbl d l t t t l d d i d l bl

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    pueblos de la montaa, para tratar con los curas de cada parroquia de los problemasespecficos de cada localidad.

    En la segunda semana de enero de 1959, menos de tres semanas despus de haberordenado obispo a Luciani, el papa Juan estudiaba la situacin internacional con su secretariode Estado auxiliar, el cardenal Domenico Tardini. Hablaron de las implicaciones que podat e n er l a a c t iv i d a d d e u n j o ve n l l a m ad o F i d el C a s tr o c o n tr a l a d i c ta d u ra d e B a t i st a e n C u b a.

    M e n ci o n ar o n e l h e c ho d e q ue F r a nc i a t uv i e ra u n n ue v o pr e s i de n t e, e l g e n er a l D e G a ul l e .Comentaron la demostracin sovitica sobre los alcances de la tecnologa al poner en rbitaun satlite artificial. Se plantearon la revuelta de Argelia, la acuciante pobreza que seregistraba en muchos pases de Latinoamrica y la cambiante cara de frica, donde cadasemana pareca que surgiera una nueva nacin. Para el papa, era evidente que la Iglesia noevolucionaba de acuerdo con los problemas que tena la humanidad. Se encontraban en unmomento crucial de la historia: una parte significativa del mundo se volcaba sobre las cosasmateriales y se alejaba de las espirituales. Al contraro que la opinin mayoritaria del

    Vaticano, el papa pensaba que la reforma, como la caridad, hay que empezarla por casa. Depronto Juan XXIII tuvo una idea. Ms tarde dira que se la inspir el Espritu Santo. Fuera loque fuese y proviniera de donde proviniese, se trataba sin duda de una idea excelente:convocar un concilio: el Concilio ecumnico Vaticano II.

    El Concilio Vaticano I, que se celebr en 1870, haba arrojado como principal resultado elde otorgarle a la Iglesia un papa infalible. Los efectos del Concilio II, muchos aos despus determinado, siguen reverberando en todo el mundo.

    E l 1 1 d e oc t ub r e de 1 96 2 ,2 3 8 1 o b is p os s e re u ni e ro n en Ro m a pa ra l a c er e mo n ia d e

    apertura del Concilio Vaticano II. Entre ellos se encontraba Albino Luciani. A medida que elConcilio avanzaba y que las sesiones se sucedan, Luciani fortaleca amistades que le durarantoda la vida. Entre los amigos que hizo entonces se contaban los obispos, arzobispos ycardenales Suenens de Blgica, Wojtyla y Wyszynski de Polonia, Marty de Francia yThiandoum de Dakar.

    Tambin durante el Concilio, Luciani tuvo que experimentar su propio camino de Damasco.E l m o t iv o f u e l a d e c l ar a c i n c o n c i li a r S o b re l a l i b er t a d r e l i gi o s a .

    A otros, esta nueva forma de encarar un viejo problema no les impresion lo ms mnimo.

    E ra n ho m br e s, c o mo e l c a rd e na l A l fr e do O tt a vi a ni ( q ui e n e n to n ce s go b er n ab a el S a nt oO f i c io ) , no s lo d ec i d i do s a a p l a st a r e l i d e al d e to l e ra n c ia i m pl c i to e n S o b r e l a l i be r t ad

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    religiosa, sino empeados adems en una accin de retaguardia mucho ms crispada ycida: era una cruzada contra todo lo que tendiera a lo que Po X a comienzos del siglo haba

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    cida: era una cruzada contra todo lo que tendiera a lo que Po X, a comienzos del siglo, habadenominado modernismo. Eran hombres de esta generacin retrgrada los que habane d u ca d o a L u c ia n i e n e l s e m in a r i o de B e l l un o , i nc u l c n d ol e l a i d e a de q u e l a l i be r t a dreligiosa era patrimonio exclusivo de los catlicos. Eran los que proclamaban que el errorno tiene derechos. A su vez, el propio Luciani haba educado a sus discpulos basndose enesta vergonzosa doctrina. Llegado el Concilio Vaticano II, Luciani oa con creciente estupor

    cmo los obispos, uno tras otro, socavaban la doctrina y se atrevan a desafiar los indeleblesconceptos bajo los cuales se haban hecho sacerdotes.

    C u a nd o l e l l e g e l m o m en t o d e r e co n s id e r ar s u a n d a mi a j e d o gm t i co , s o p es a