leila salomÃo de la plata cury tardivo (organizadora) · 2019-11-14 · coordenação: leila...

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1 Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo (Organizadora) SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2018 REALIZAÇÃO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA USP DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE LABORATÓRIO DE SAÚDE MENTAL E PSICOLOGIA CLÍNICA SOCIAL São Paulo LEILA SALOMÃO DE LA PLATA CURY TARDIVO (Organizadora) ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

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  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    1 Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo (Organizadora)

    SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

    2018

    REALIZAÇÃO

    INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA USP

    DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA

    ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    LABORATÓRIO DE SAÚDE MENTAL E PSICOLOGIA CLÍNICA SOCIAL

    São Paulo

     

    LEILA SALOMÃO DE LA PLATA CURY TARDIVO (Organizadora)

    ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    2 Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo (Organizadora)

    E BOOK (13.: 2018: São Paulo) Leila S P C Tardivo (organizadora). ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE.- Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018 In, 2018

    Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-86736-93-3

    1. Psicologia clínica 2. Psicologia Social 3. Adolescência 4. Clínica I. Título.

    RC467

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    3 Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo (Organizadora)

    ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE APRESENTAÇÃO

    Esse livro em edição eletrônica é composto pelos trabalhos apresentados na 16ª

    Jornada APOIAR que ocorreu no dia 23 de Novembro de 2018, na Universidade de São

    Paulo, na Cidade Universitária, São Paulo. Foi desenvolvida pela equipe do

    LABORATÓRIO DE SAÚDE MENTAL E PSICOLOGIA CLÍNICA SOCIAL (PSC DO

    IPUSP), foi realizada sem ônus aos participantes, tendo sempre um número

    significativo de assistentes e pesquisadores, e desde o ano de 2008 transmitido ao vivo,

    on line, pelo sistema IPTV.

    O Laboratório constitui-se como espaço propiciador da integração entre ensino,

    pesquisa e extensão(prática clínica), oferecendo estágios a alunos de graduação,

    proporcionando campo de investigação para o desenvolvimento de dissertações de

    mestrado doutorado e trabalhos de pós doutorado, pesquisas e articulações teóricas

    de docentes e pesquisadores. O APOIAR, inserido no LABORATÓRIO DE SAÚDE

    MENTAL E PSICOLOGIA CLÍNICA SOCIAL foi criado em 2002, e se desenvolve de

    acordo com ao tripé que sustenta a universidade pública: produção de conhecimento),

    à formação, e prestação de serviços à comunidade). Todas as jornadas, como a

    decima sexta, manifestam essa tríplice vocação.

    Nessas Jornadas temáticas realizadas a cada ano, são convidados palestrantes de

    instituições, universidades e organizações, do Brasil e de outros países, como esse

    ano. Houve as contribuições orais dos professores da Universidade de Sevilha

    (Espanha), de Buenos Aires (Argentina), e a Sedes Sapientiae. Trabalhos de parceiros

    de de universidades, como a brasileiras, da PUC de São Paulo e da Universidade

    Federal Fluminense.

    As Jornadas APOIAR contam também com contribuições de docentes da Universidade

    Metodista, Universidade São Judas Tadeu. É ainda aberto espaço para a divulgação

    de trabalhos desenvolvidos por membros e estudantes, de outros Laboratórios do

    IPUSP. Todos esses trabalhos são apresentados em sessão de pôster, após aprovação

    pela Comissão Cientifica . O conteúdo desses artigos derivados de Iniciação Cientifica

    e de Conclusão do Curso (avaliados e com possibilidades de aprimoramento) e das

    comunicações orais compõe um e-book, com ISBN. A 16ª Jornada APOIAR foi proposta

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    4 Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo (Organizadora)

    dessa forma e pretendendo se constituir em espaço de interlocução e intercâmbio,

    visando contribuir e estimular o desenvolvimento de investigações, de prevenção e de

    intervenção no campo da Saúde Mental e da Clínica Social.

    Profa. Associada Leila S P C Tardivo

    Coordenadora do Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clínica Social

    Presidente da Comissão Científica da XIII JORNADA APOIAR

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    5 Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo (Organizadora)

    OBJETIVOS DA 16ª JORNADA APOIAR

    Abrir um espaço de divulgação de propostas e trabalhos; desenvolvidas por

    organizações dedicadas ao estudo e à atenção em Psicologia Clínica Propor um evento que se constitui em objeto de intercâmbio cientifico e profissional

    com todos os presentes.

    Elaborar essa publicação, a partir de toda essa intensa atividade; a fim de ampliar a

    divulgação dos temas abordados na 16ª Jornada.

    Desenvolver todas essas atividades, junto à comunidade USP, bem como aos interessados de outras universidades e instituições, sem qualquer ônus aos participantes.

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    6 Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo (Organizadora)

    Comissão Organizadora

    Presidente: Leila S P C Tardivo

    Membros

    Aline Closel Ana Paula Constantino Fernandes; Bruna A. da Silva Claudia Aranha Gil

    Claudia Rodrigues Sanchez Daiane Fuga da Silva Fabiane Alves Gislaine Chaves; Helena Rinaldi Rosa

    Lidiane Albuquerque; Loraine Seixas Ferreira; Lucia Valle Malka David Alhanat

    Marina Lopes Moreno Rilza Xavier Marigliano Rita de Cassia de Souza Sá

    Rodrigo Jorge Salles Sueli dos Santos Vittorino

    Comissão de Apoio: Membros do APOIAR e estudantes de graduação IPUSP

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    7  

    Membros da Comissão Cientifica

    Presidente: Leila S P C Tardivo.Membros (IPUSP):

    Antonio Augusto Pinto Junior (UFF) ;

    Claudia Aranha Gil (USJT);

    Danuta Medeiros USJT);

    Fabiana Follador e Ambrosio (IPUSP);

    Helena Rinaldi Rosa (IPUSP;

    Hilda Rosa Capelão Avoglia (UMESP);

    Laura Carmilo Granado (IPUSP);

    Lucilena Vagostello TJDP);

    Manuel Antonio dos Santos (FFCLRP USP) ;

    Marcelo Soares da Cruz (IPUSP);

    Maria Cecilia de Vilhena Moares( PUC) Marilia Martins Vizzotto ;

    Marlene Alves da Silva

    Paula Miura (UFAL);

    Renato Cury Tardivo (USJTT IPUSP) ;

    Rodrigo Sanches Peres (UFPR) ;

    Rosa Maria Lopes Affonso;

    Tania Maria Jose Aiello Vaisberg IPUSP PUCC);

    Valeria Barbieri (FFCLRP USP)

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    8  

    CRITÉRIOS AVALIADOS PELA COMISSÃO CIENTIFICA Os trabalhos publicados nesse E-book e apresentados na forma de pôsteres

    Foram todos avaliados, segundo os itens abaixo inseridos. Muitos foram reenviados , novamente avaliados e publicados após a aprovação, no entanto alguns trabalhos não estão nessa publicação, uma vez que não atingiram os criterios exigidos Foram avaliados os itens: 1- Apresentação e redação a) O título no máximo 12 palavras b) O titulo resume o conteúdo do artigo c) O resumo inclui objetivos, método, resultados e conclusões d) Qualidade de redação do texto completo 2.1 – Para pesquisas quantitativas ou qualitativas: a ) Introdução/Revisão da Literatura b) Relevância do tema investigado c) Referências usadas: relevância e são suficientes d) Objetivos e justificativa :clareza e )Normas: APA (estão seguidas corretamente) f )Método: descrição correta: participantes, procedimentos e instrumentos g) Menção adequada dos aspectos éticos envolvidos h) Resultados: apresentação com clareza, relação com os objetivos e o método (podem ser apresentação de estudos de caso) i) Discussão/ conclusões: qualidade, síntese dos resultados e relação com os dados da literatura 2.2 – Relatos de experiência (Itens: Tema -Introdução, objetivos, relato da experiência / discussão 2.3 – Estudos teóricos – ou do estudo do estado da arte Tema discutido, Introdução, fontes bibliográficas usadas, desenvolvimento do tema, conclusão Os membros da Comissão Cientifica irão analisar os trabalhos inscritos e a partir dos aspectos acima, deverão fazer pareceres , enviando aos autores com as seguintes avaliações. Conclusão da avaliação: ( ) Favorável- aceito sem modificações ( ) Favorável, com pequenas modificações explicitadas no parecer ( ) Favorável, com grandes modificações explicitadas no parecer - ( ) Desfavorável Presidente da Comissão Cientifica Leila S P C Tardivo

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    9  

    CRITÉRIOS AVALIADOS PELA COMISSÃO CIENTIFICA PARA PREMIAÇÃO DOS PÔSTERES

    Os posteres foram avaliados por membros presentes da Comissão Cientifia otros , em função do npumero de posteres apresentados. Foram avaliados e classificados os três melhores do APOIAR, da Ser e Fazer e das Unidades parceiras foram premiados, faznedo jus ao titulo de menção honrosa Fizeram parte dessa Comissão na data da Jornada os seguintes

    Avaliadores APOIAR Jornada

    Antonio Augusto Pinto Junior-Apoiar e Federal Fluminense

    Breno Cesar de Almeida da Silva – Ribeirão

    Carolina de Souza- USP Ribeirão

    Cecília Vilhena-Apoiar

    Claudia Aranha Gil –Apoiar e USJT

    Claudia Borim da Silva-USJT

    Cristiane Simões- Ser e fazer

    Danuta Medeiros-USJT

    Erika Hokama USJT

    Fabiana F. Ambrosio –Ser e Fazer

    Gleise Salles Arias- Apoiar e Metodista

    Helena Rinaldi Rosa-Apoiar

    Hilda C. Avoglia- Metodista

    Laura C. Granado-USJT

    Lorraine Seixas USJT e Apoiar

    Marilia Gabriela M. Mota- USP Ribeirão

    Marlene Alves da Silva-Apoiar

    Miria Benincasa –Metodista

    Rafael Aiello Fernandes -Ser e Fazer

    Roberta Manna-Ser e Fazer

    Rodrigo Jorge Salles Apoiar e USJT

    Rosa Afonso

    Sueli Belluzo -Ser e Fazer

    Sueli Victorino dos Santos-Apoiar

    Tatiana Tostes-UNIFOR

    Vinicius Alexandre –USP Ribeirão

    Wanderlei Abadio de Oliveira- USP Ribeirão

    Yurín Garcez de Souza Santos – USP Ribeirão

    Seguiram os critérios:

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    10  

    Número do Pôster: _______ Titulo do Pôster: Autor(es): Membro da Comissão Cientifica: avaliar os aspectos e atribuam um conceito de 0 a 10 Foram avaliados os itens: 1- Apresentação e redação – NOTA ___________ O título no máximo 12 palavras ; O titulo resume o conteúdo do artigo;O resumo inclui objetivos, método, resultados e conclusões; Qualidade de redação do texto completo / e 2.1 – Para pesquisas quantitativas ou qualitativas: Introdução/Revisão da Literatura; Relevância do tema investigado; Referências usadas: relevância e são suficientes; Objetivos e justificativa :clareza ;)Método: descrição correta: participantes, procedimentos e instrumentos; Menção adequada dos aspectos éticos envolvidos; Resultados: apresentação com clareza, relação com os objetivos e o método (podem ser apresentação de estudos de caso) ;Discussão/ conclusões: qualidade, síntese dos resultados e relação com os dados da literatura ou 2.2 – Relatos de experiência NOTA ___________ Tema -Introdução, objetivos, relato da experiência / discussão ou 2.3 – Estudos teóricos – ou do estudo do estado da arte NOTA ___________ Tema discutido, Introdução, fontes bibliográficas usadas, desenvolvimento do tema, conclusão Os membros da Comissão Cientifica irão analisar os trabalhos inscritos e a partir dos aspectos acima, deverão fazer pareceres , enviando aos autores com as seguintes avaliações. MÉDIA FINAL ___________ Membro da Comissão Cientifica: Presidente da Comissão Cientifica- Leila S P C Tardivo

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    11  

    ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO NA ATUALIDADE - 23 de novembro de 2018

    8h00– Recepção /Distribuição de material 9h00 – Abertura- Vice-Diretor - Prof. Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez 9h30 - AS COMPETÊNCIAS PARENTAIS. SUA RELAÇÃO COM O ABUSO INFANTIL (LAS COMPETENCIAS PARENTALES: SU RELACIÓN CON EL MALTRATO INFANTIL) Rosa Ines Colombo – Universidade de Buenos Aires Coordenação: Leila Salomão de La Pata Cury Tardivo 10h15 1ª MESA- AUTO-MUTILAÇÃO: ME FERINDO EU ME SINTO. UMA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA (AUTOMUTILACIÓN: DAÑÁNDOME ME SIENTO A MÍ MISMO. UNA PERSPECTIVA CONSTRUCTIVISTA) -Jesus Garcia Martinez – Universidade de Sevilha MENINAS ADOLESCENTES, OPRESSÃO FEMININA E SOFRIMENTO SOCIAL Tânia Maria José Aiello-Vaisberg e IPUSP; PUC-Campinas A CONDUTA DE AUTOLESÃO EM PRE ADOLESCENTES E ADOLESCENTES: RELAÇÕES COM AUTO IMAGEM E DEPRESSÃO -Leila S.P.Cury Tardivo, Helena Rinaldi Rosa IP-USP Coordenação: Antonio Augusto Pinto Junior – Universidade Federal Fluminense (UFF) 12h15 - SESSÃO DE POSTERES (vão livre do Bloco G – IPUSP) 14h00 - 15h00 – Intervalo para almoço 15h00 - CIRANDA DE MULHERES Marli de Oliveira e Equipe (VIVENCIA) 15h45 - 2ª MESA TESSITURAS DA ADICÇÃO: DO DESENCANTO AO BRINCAR Marcelo Soares da Cruz - IPUSP e Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae COMENTÁRIOS TEÓRICO-CLÍNICOS SOBRE AS TESSITURAS DA ADICÇÃO Flávio Ferraz - Livre-docente pelo IPUSP e Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae Coordenação: Leila S.P.Cury Tardivo 16h30 – LANÇAMENTOS DE LIVROS ESCALA DE EXPOSIÇÃO À VIOLENCIA DOMÉSTICA (EEVD) Leila S.P.Cury Tardivo e Antonio Augusto Pinto Junior CENAS EM JOGO: Literatura, Cinema e Psicanálise Renato Tardivo 17h00 –PREMIAÇÃO DOS PÔSTERES E ENCERRAMENTO Coordenação: Claudia Gil e Tânia Maria José Aiello-Vaisberg

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    12  

    SUMÁRIO COMUNICAÇÕES ORAIS Pag

    AUTO-MUTILAÇÃO: ME FERINDO EU ME SINTO. UMA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA (AUTOMUTILACIÓN:

    DAÑÁNDOME ME SIENTO A MÍ MISMO. UNA PERSPECTIVA CONSTRUCTIVISTA)

    Jesus Garcia Martinez 26

    MENINAS ADOLESCENTES, OPRESSÃO FEMININA E SOFRIMENTOS SOCIAIS

    Tânia Maria José Aiello-Vaisberg 28

    A CONDUTA DE AUTOLESÃO EM PRE ADOLESCENTES E

    ADOLESCENTES: RELAÇÕES COM AUTO IMAGEM E DEPRESSÃO -

    Leila S.P.Cury Tardivo, Helena Rinaldi Rosa

    Gislaine Chaves Loraine Seixas Ferreira

    36

    MALTRATO INFANTIL VULNERABILIDAD Y DESAMPARO. ADULTOS PRETCTORES

    Rosa Inés Colombo 49

    VIVÊNCIA CIRANDA DE MULHERES

    Marli de Oliveira e Equipe 62

    ESCALA DE EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO BRASIL (EEVD)

    Antonio Augusto Pinto Junior Leila S P Cury Tardivo

    81

    TESSITURAS DA ADICÇÃO: DO DESENCANTO AO BRINCAR

    Marcelo Soares da Cruz 82

    TRABALHOS APRESENTADOS NA SESSÃO DE PÔSTER

    LABORATÓRIO DE SAÚDE MENTAL E PSICOLOGIA CLÍNICA SOCIAL-APOIAR 83

    1. ADOLESCÊNCIA E AUTONOMIA – SAÍDA DA

    INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO Karina Simões Parente;

    Leila S P C Tardivo 84

    2. ADOLESCÊNCIA NA REGIÃO DE CANUDOS - BAHIA: UM ESTUDO UTILIZANDO DESENHO-

    ESTÓRIA COM TEMA

    Gleise Sales Arias ;Gabriela Barreto Chavatte;

    Geovana Borges Ribeiro Leila S P C Tardivo

    94

    3. SAÚDE MENTAL DOS REFUGIADOS NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

    Gleise Sales Arias; Leila S P C Tardivo

    103

    4. APOIAR: CLÍNICA E PESQUISA Gislaine Chaves; Loraine Seixas Ferreira;- Helena Rinaldi Rosa- Leila S

    P C Tardivo

    110

    5. O TESTE DO DESENHO DA PESSOA NA CHUVA: ESTUDOS DE FIDEDIGNIDADE

    Leila S P C Tardivo Antonio Augusto Pinto Junior;Lucilena

    Vagostello

    123

    6. EXPRESSÃO DE RAIVA COMO ESTADO E TRAÇO EM INTERNOS EM SISTEMA

    Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo; Aicil Franco;Bruna Andrade

    Oliveira Brito;Claudia Regina Vaz

    135

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    13  

    PRESIDIÁRIO – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

    Torres; Geisa Copello Thomaz;Liv Costa Lobo;Catherine Dutheil;Carolina

    Moutinho 7. A ANGÚSTIA DO PROFESSOR EM INTERFACE

    COM O FAZER DA PROFISSÃO

    Ana Karolina Félix da Silva Leila S P C Tardivo

    144

    8. A ORGANIZAÇÃO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: ESTUDO CLÍNICO COM

    ADOLESCENTE

    Ana Clara Fusaro Silva Rodrigues;Martha Franco Diniz

    Hueb;Leila S P C Tardivo

    150

    9. ASPECTOS EMOCIONAIS DA DOR CRÔNICA EM ADULTOS E IDOSOS: UMA COMPARAÇÃO

    POR MEIO DO TESTE HTP -

    Daiane Fuga da Silva;Fabiana Amato Cipola;Rilza Xavier Marigliano;Rodrigo Jorge Salles;Claudia Aranha Gil; Leila

    S P C Tardivo

    160

    10. DOR CRÔNICA EM IDOSOS: SINTOMAS DEPRESSIVOS, PERCEPÇÕES E VIVÊNCIAS

    EMOCIONAIS

    Claudia Aranha Gil;Ariádine Beneton de Campos;Helen Meschine

    Costa;Isolda Maria de Oliveira;Josiane Cadedo da Silva;Milena Cristina de

    Freitas;Rodrigo Jorge Salles;Leila S P C Tardivo

    170

    11. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE ADOLESCENTES INFRATORES POR MEIO DO

    QUESTIONÁRIO DESIDERATIVO

    Antonio Augusto Pinto Junior; Leila S PC Tardivo;Danuta Medeiros

    181

    12. O TESTE DO DESENHO DA CASA-ÁRVORE-PESSOA (HTP) EM ADOLESCENTE

    INSTITUCIONALIZADO- RELATO DE CASO CLÍNICO

    Claudia Rodrigues Sanchez; Helena Rinaldi Rosa ; Leila S PC Tardivo

    192

    13. ASPECTOS PROJETIVOS DO DESENHO DA ÁRVORE EM ADOLESCENTES COM E SEM

    DEPRESSÃO: ESTUDO QUALITATIVO

    Rita de Cassia e Sá ; Helena Rinaldi Rosa ; Leila S PC Tardivo

    204

    14. A ANSIEDADE FRENTE ÀS NOVAS CONQUISTAS A CAMINHO DA CONSTITUIÇÃO DO EU SOU

    Isabel G. Lopes Schvartzaid Sueli dos Santos Vitorino

    Leila S PC Tardivo

    211

    15. CASA ABRIGO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: VIVÊNCIAS EMOCIONAIS

    DE EDUCADORAS

    Rilza Xavier Marigliano Edna Helena Rinaldi Rosa Leila S P C Tardivo

    221

    16. CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM ABRIGO: OFICINA TERAPÊUTICA COM

    PROCEDIMENTO DE DESENHOS-ESTÓRIAS COM TEMA (DE-T)

    Rilza Xavier Marigliano Edna Helena Rinaldi Rosa Leila S P C Tardivo

    230

    17. A IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO TERAPÊUTICO EM UM CASO DE TENDÊNCIA ANTISSOCIAL

    Carolina de Souza e Silva Helena Leila S P C Tardivo

    238

    18. UM ESTUDO COM O TESTE DO DESENHO DA CASA ÁRVORE PESSOA (HTP) EM

    AGRESSORES PEDÓFILOS NO CONTEXTO PRISIONAL SALVADOR

    Bruna Andrade Oliveira Brito;Aicil Franco;Claudia Regina Vaz Torres;

    Leila S P C Tardivo

    242

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    14  

    19. REINSERÇÃO FAMILIAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDOS

    INSTITUCIONALMENTE: REVISÃO DA LITERATURA

    Helena Rinaldi Rosa Leila S P C Tardivo

    Aline

    252

    20. NARRATIVAS DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS OU MÃES: REAÇÕES, ESCOLARIDADE E

    VÍNCULOS

    Marcela Ohanian; Loraine Seixas; Leila S P C Tardivo ; Albertina Duarte

    261

    21. O PROCEDIMENTO DE DESENHOS-ESTÓRIAS DE UM ADOLESCENTE COM

    QUEIXA DE AUTOLESÃO ANTES E APÓS DOIS ANOS DE PSICOTERAPIA: ESTUDO

    COMPARATIVO

    Loraine Seixas Gislaine Chaves

    Helena Rinaldi Rosa Leila S P C Tardivo

    265

    22. ATENDIMENTO PSICOLÓGICO EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: REPERCUSSÕES E

    DESDOBRAMENTOS

    Rilza Xavier Marigliano, Leila S P C Tardivo

    277

    23. ANSIEDADE, MEDO E SINTOMAS SOMÁTICOS: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS A

    PARTIR DE UM CASO CLÍNICO APOIAR

    Elizeth Tavares de Lacerda Sueli dos Santos Vitoriano

    Leila S P C Tardivo

    286

    SER E FAZER 301

    24. “UM ADULTO PARA CHAMAR DE MEU”: IMAGINÁRIO COLETIVO DE FUTEBOLISTAS

    ADOLESCENTES

    Annie Rangel Kopanakis eTania Aiello-Vaisberg

    302

    25. MULHER CONTEMPORÂNEA COM OPORTUNIDADE DE CONSTRUÇÃO DE

    CARREIRA: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

    Bruna Risquioto Batoni Sueli Regina Gallo-Belluzzo Tânia Maria Aiello-Vaisberg

    313

    26. “BOM MENINO”: IMAGINÁRIO DE PSICÓLOGAS SOBRE ADOLESCENTES

    ABRIGADOS.

    Bruna Risquioto Batoni;Marina Miranda Fabris Zavaglia;Vanessa Tonon Calderelli Winkler;Marcela

    Casacio Ferreira-Teixeira Tânia Aiello-Vaisberg

    319

    27. A MULHER E A CONCILIAÇÃO DE ATIVIDADES: DIALOGANDO COM A

    LITERATURA EMPÍRICA.

    Bruna Risquioto Batoni;Carlos Del Negro Visintin;Sueli Regina Gallo-

    Belluzzo Tânia Aiello-Vaisberg

    325

    28. CONCILIANDO ATIVIDADES NOS IMAGINÁRIOS COLETIVOS SOBRE MATERNIDADE: CONSIDERAÇÕES

    PRELIMINARES

    Carlos Del Negro Visintin Tânia Aiello-Vaisberg

    337

    29. THE COLLECTIVE IMAGINARY OF MOTHERS OF CHILDREN WITH ATTENTION DEFICIT

    HYPERACTIVITY DISORDER – ADHD: PRELIMINARY CONSIDERATIONS

    Carlos Del Negro Visintin;Ana Luisa Porto D’Andréa;Bruna de Luca e

    Lima Júlia Baldi Sorio,Natália Silveira

    Lisbôa Paloma Manzano Maldonado;Pedro Misailidis Antonini;Rafaela Zambotti

    de Almeida

    343

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    15  

    Tânia Aiello-Vaisberg

    30. DISPOSITIVOS DE SAÚDE MENTAL: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES SOBRE O

    CUIDADO ÀS MULHERES USUÁRIAS DE DROGAS

    Débora Ortolan Fernandes de Oliveira

    Tânia Aiello-Vaisberg

    350

    31. A “CRACOLÂNDIA” EM ARTIGOS CIENTÍFICOS: CONSIDERAÇÕES

    PRELIMINARES

    Débora Ortolan Fernandes de Oliveira

    Natália Del Ponte de Assis Rafael Aiello-Fernandes

    Tânia Aiello-Vaisberg

    360

    32. O RECEIO DO FRACASSO: IMAGINÁRIO DE ESTUDANTES SOBRE O TRABALHO DO

    PEDAGOGO

    Fabio Riemenschneider Tânia Aiello-Vaiberg

    370

    33. O IMAGINÁRIO COLETIVO SOBRE SEPARAÇÃO CONJUGAL: CONSIDERAÇÕES

    PRELIMINARES

    Gisele Meirelles Fonseca Inacarato; Amanda Kempers;Beatriz Soares Stefanelli;Jade Pissamiglio Cyme

    Coimbra;Natalia Gomes ;Rodrigues;Rafaela Yukari Yazawa

    Tajima;Pedro Augusto de Gobi Scomparin;Raphaela Beatriz Gaspar

    Mantovani;Tânia Aiello-Vaisberg

    378

    34. REFLEXÕES PRELIMINARES SOBRE A EXPERIÊNCIA VIVIDA DE MÃES DE

    CRIANÇAS AUTISTAS

    Marina Miranda Fabris Zavaglia;Tania Aiello-Vaisberg

    386

    35. ADOLESCÊNCIA FEMININA NA NETFLIX: ESTUDO PRELIMINAR PARA SELEÇÃO DE

    MATERIAL DE PESQUISA

    Natália Del Ponte de Assis;Bruna Risquioto Batoni;Tânia Aiello-Vaisberg

    398

    36. -A AMAMENTAÇÃO À LUZ DO ESTILO CLÍNICO SER E FAZER

    Natália Del Ponte de Assis;Andréia de Almeida Schulte;Tânia Aiello-Vaisberg

    412

    37. FANON E A PSICOLOGIA CONCRETA: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

    Rafael Aiello-Fernandes;Natália Del Ponte de Assis;Bruna Risquioto

    Batoni;Débora Ortolan Fernandes de Oliveira;Tania Aiello-Vaisberg

    419

    38. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES SOBRE GRAVIDEZ, ADOLESCÊNCIA E CLASSE

    SOCIAL

    Raissa Vasconcelos Cunha Bueno Marina Miranda Fabris Zavaglia

    Tania Aiello-Vaisberg

    429

    39. IMAGINÁRIOS COLETIVOS DE YOUTUBERS SOBRE SER ADULTO

    Vanessa Tonon Calderelli Winkler;Gustavo Renan de Almeida

    da Silva;Beatriz Figueiredo Lorenzon;Leticia Batista Caldeira

    Camila Sakamae Pietro;Fernanda Di Domenico Colaço;Maria Beatriz

    Koelle Gabriela Formmaggioni;Gabriela

    Martins Bomfim;Tânia Aiello-Vaisberg

    436

    40. ARPILLERAS: BORDANDO A RESISTÊNCIA – UM ESTUDO PSICANALÍTICO

    Ana Leticia Rodrigues Nunes e e Tânia Aiello-Vaisberg

    446

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    16  

    TRABALHOS DE OUTROS PROGRAMAS E UNIDADES DA USP

    456

    41. MAPEAMENTO DE QUEIXAS E DEMANDA DE ESTUDANTES (2º E 3º GRAU) ATENDIDOS NO

    PLANTÃO PSICOLÓGICO/LEFE-IPUSP LEFE USP

    Patrick Amon Mirão Lima dos Santos;Thiago Schaffer

    Carvalho;Heloísa Antonelli Aun; Henriette Tognetti Penha Morato –

    457

    42. A TÉCNICA DO HTP NA COMPREENSÃO PSÍQUICA DE ADOLESCENTES TESTEMUNHAS DA VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR - PSC IPUSP

    Tânia Mara Martinez da Silva,

    Ana Karolina Félix

    474

    43. ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL:

    CONTRIBUIÇÕES DE PICHÓN-RIVIÈRESaude Pública USP

    Marianna de Francisco Amorim Alberto Olavo Advincula Reis

    485

    44. PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA ESCOLAR NA ADOLESCÊNCIA, NO BRASIL: O ESTADO DA

    ARTE

    Iara da Silva Freitas Laura Aparecida Martins Albino

    Márcia Helena da Silva Melo 

    495

    45. O DESAFIO DA BALEIA-AZUL – RITOS DO SOFRIMENTO

    João Fábio Haddad Caramori Gilberto Safra

    507

    46. O CONCEITO DE CRIATIVIDADE ORIGINÁRIA NA OBRA DE D. W. WINNICOTT -

    PSC - IPUSP

    Ivonise Fernandes da Motta – Manuela Campos Pérgola

    517

    47. PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO E O ACOLHIMENTO DE FAMÍLIAS NA TRANSIÇÃO

    PARA A ADOLESCÊNCIA-IPUSP- PSC

    Mariana do Nascimento Arruda ;Fantini;Rosana F. Tchirichian de Moura;Andrés Eduardo Aguirre

    Antúnez

    525

    48. GENÉTICA E ESTRESSE: EXISTE UMA ASSOCIAÇÃO?FFCLRP USP

    Adriana Martins Saur, Manoel Antônio dos Santos

    536

    49. SAÚDE FÍSICA E MENTAL DE CRIANÇAS NA PERCEPÇÃO DE SUAS FAMÍLIAS ATENDIDAS

    EM UM SERVIÇO-ESCOLA DE PSICOLOGIA(FFCLRP-USP)

    Isabella Dallacqua Martins, Fernanda Kimie Tavares Mishima-

    Gomes,Manoel Antônio dos Santos

    548

    50. ORIENTAÇÃO DE PAIS COMO PONTO DE APOIO PARA A INTERVENÇÃO

    PSICANALÍTICA COM CRIANÇAS(FFCLRP-)

    Giovanna Antunes Botazzo Delbem, Fernanda Kimie Tavares Mishima-

    Gomes,Manoel Antônio dos Santos

    563

    51. ADULTOS JOVENS PERTENCENTES ÀS CLASSES MÉDIAS E TRANSIÇÃO PARA VIDA

    ADULTA: ASPECTOS PSICOSSOCIAIS (FFCLRP-USP)

    Eduardo Name Risk, Manoel Antônio dos Santos

    585

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    17  

    52. IMAGEM CORPORAL EM MULHERES SUBMETIDAS AO TRATAMENTO

    QUIMIOTERÁPICO PARA O CÂNCER DE MAMA: PROTOCOLO PARA UMA METASSÍNTESE DA LITERATURA

    Elaine Campos Guijarro Rodrigues,Lucila Castanheira Nascimento,

    Ana Carolina Biaggi, Rhyquelle Rhibna Neris,

    Manoel Antônio dos Santos

    597

    53. O TRABALHO DA FANTASIA INCONSCIENTE NUM CASO DE SUSPEITA DE ABUSO

    INFANTIL (FFCLRP-USP)

    Ana Carolina Fortes Paiva de Pina, Valeria Barbieri

    606

    54. PROCEDIMENTO DE DESENHOS DE FAMÍLIA COM ESTÓRIAS EM MÃE DE MENINA

    VÍTIMA DE ABUSO SEXUAL INCESTUOSO (FFCLRP-USP)

    Mariana Campeti Cuoghi, Valeria Barbieri

    617

    55. NARCISISMO EM IDOSOS

    (FFCLRP-USP)

    Lilian Regiane de Souza Costa-Dalpino; Ana Carolina Fortes Paiva de

    Pina;Valeria Barbieri

    629

    56. LUTO ANTECIPATÓRIO NO DIAGNÓSTICO RECENTE DE CÂNCER: UM

    ESTUDO DE CASO (FFCLRP-USP)

    Juliana Tomé Garcia Mareze, Manoel Antônio dos Santos, Érika Arantes de

    Oliveira-Cardoso

    643

    57. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM TROMBOFILIA(FFCLRP-USP)

    Yara Luana Pereira de Souza Manoel Antônio dos Santos, Érika

    Arantes de Oliveira-Cardoso

    660

    58. “O QUE EU TENHO?” ANOREXIA E BULIMIA NA VISÃO DAS PACIENTES (FFCLRP-USP)

    Érika Arantes de Oliveira- Cardoso, Breno César de Almeida da Silva,

    Anne Caroline Coimbra, João Fontanari,Rosane Pilot Pessa, Manoel Antônio

    dos Santos

    670

    59. O TRATAMENTO COMO JORNADA A SER PERCORRIDA PELO CUIDADOR FAMILIAR

    DE PACIENTES COM CÂNCER

    Breno César de Almeida da Silva, Manoel Antônio dos Santos, Érika

    Arantes de Oliveira-Cardoso

    681

    60. ADOLESCÊNCIA(S), HOMOSSEXUALIDADE(S) E CIDADANIA: REFLEXÕES SOBRE AS JUVENTUDES

    DIVERSAS (FFCLRP-USP)

    Yurín Garcêz de Souza Santos, Wanderlei Abadio de Oliveira,Marta

    Angélica Iossi Silva,Iara Falleiros Braga,Érika Arantes de Oliveira-

    ardoso,Eduardo Name Risk,Vinícius Alexandre,Zeyne Pires Scherer,Manoel

    Antônio dos Santos

    700

    61. PERCEPÇÃO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA ACERCA DO GRUPO DE APOIO

    (FFCLRP-USP)

    Carolina de Souza, Manoel Antônio dos Santos

    713

    62. VIVENDO A TERMINALIDADE: VISÃO DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS – REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

    (FFCLRP-USP)

    Marília Gabriela M. Mota, Manoel Antônio dos Santos,

    Érika Arantes de Oliveira-Cardoso

    723

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    18  

    63. TRANSEXUALIDADE, CORPO E PRAZER: ASPECTOS PSICOSSOCIAIS EM CHAVE

    PSICANALÍTICA(FFCLRP-USP)

    Eduardo de Souza Constantin, Vitor Hugo de Oliveira, Eduardo Name Risk,

    Manoel Antônio dos Santos

    734

    64. “ESSA SITUAÇÃO FOI A QUE MAIS MARCOU MINHA VIDA”: COMPREENDENDO

    EXPERIÊNCIAS DE VÍTIMAS DE BULLYING(FFCLRP-USP)

    Wanderlei Abadio de Oliveira, Jorge Luiz da Silva, Rosimár Alves Querino, Vinícius Alexandre, Yurín Garcêz de Souza Santos, Simona

    Carla Silvia Caravita, Marta Angélica Iossi Silva, Manoel Antônio

    dos Santos

    746

    65. REFLETINDO COM DELEUZE SOBRE QUESTÕES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO

    (FFCLRP-USP)

    Vinicius Alexandre, Rodrigo Sanches Peres, Fabio Scorsolini-Comin,

    Manoel Antônio dos Santos

    760

    66. CONJUGALIDADE TRANS: STATUS ATUAL DA PESQUISA NOS CONTEXTOS NACIONAL

    E INTERNACIONAL (FFCLRP-USP)

    Vinicius Alexandre, Alain Giami, Lúcia Alves Silva Lara, Érika Arantes de Oliveira-Cardoso, Kelly Graziani

    Giacchero Vedana, Jacqueline de Souza, Manoel Antônio dos Santos

    768

    67. TRANSEXUALIDADES E TRAVESTILIDADES: EXPERIÊNCIAS DE CONJUGALIDADE DAS TRAVESTIS E DE HOMENS E MULHERES

    TRANS (FFCLRP-USP)

    Vinicius Alexandre, Iara Falleiros Braga,

    Wanderlei Abadio de Oliveira, Marta Angélica Iossi Silva, Adriana Inocenti

    Miasso, Sandra Cristina Pillon,

    Manoel Antônio dos Santos

    796

    68. ANÁLISE PSICANALÍTICA DO LUTO EM PERSONAGENS DE FICÇÃO: PERSPECTIVA

    KLEINIANA

    Carolina de Souza,Manoel Antônio dos Santos

    805

    69. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME QUE REALIZARAM O

    TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS: ANÁLISE DA

    PRODUÇÃO CIENTÍFICA (FFCLRP-USP)

    Lucas dos Santos Lotério, Manoel Antônio dos Santos,Érika Arantes de

    Oliveira- Cardoso

    816

    70. ADOLESCENTES GRÁVIDAS: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E REPERCUSSÕES NA

    VIDA ESCOLAR

    (EACH-USP)

    Dora Mariela Salcedo Barrientos, Paula Orchiucci Miura,Alessandra

    Mieko Hamasaki,AnaLeticia Aparecida Lopes Bezerra da

    SilvaLilian V. Barreto de Carvalho;Priscila Mazza de Faria B Caroline Barbosa Vergueiro,Carla

    Santiago Souza Saad

    826

    71. CRISE FAMILIAR APÓS O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE ESPECTRO DO AUTISMO: CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA FUNÇÃO

    REFLEXIVA PARENTAL (IPUSP PSA)

    Milena Moro Degasperi;Rogerio

    Lerner

    836

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    19  

    72. A VIVÊNCIA DO CÂNCER AVANÇADO NA INTERFACE COM A ESPIRITUALIDADE: APROXIMAÇÕES À LOGOTERAPIA NA

    PRÁTICA CLÍNICA(FFCLRP-USP)

    Andrea Carolina Benites,Érika Arantes de Oliveira-Cardoso,Lucila

    Castanheira Nascimento,Fabio Scorsolini-Comin,

    Rodrigo Sanches Peres,Manoel Antônio dos Santos

    843

    UNIVERSIDADES E INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

    860

    73

    FALTA À PRIMEIRA CONSULTA PSICOLÓGICA: A EXPERIÊNCIA DE UM AMBULATÓRIO PARA ADOLESCENTES

    Teresa Helena Schoen Marcia Cecília Vianna CañeteMaria Aznar-Farias

    861

    74 A ADOLESCÊNCIA E A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE: UMA PROPOSTA DE

    INTERVENÇÃO

    Teresa Helena Schoen Maria Aznar-Farias Edwiges Ferreira de Mattos

    Silvares

    873

    75 AS POTÊNCIAS E OS LIMITES DE UMA EQUIPE DE ABORDAGEM SOCIAL

    Bárbara Martins Danielle Rodrigues de Jesus Assumpção Humberto

    Ramos de Oliveira Junior

    884

    76 A CRIANÇA AUTISTA VISTA POR SUA : ENTRE O FILHO REAL E O IDEAL

    Lucas Matheus Almeida NunesHilda Rosa Capelão Avoglia

    894

    77 A PERCEPÇÃO DE SUPORTE SOCIAL DO PÚBLICO LGBTQ+

    Ana Cláudia Alves de Araujo Bruna Luiza Cyrillo Di Lascio Higor Santos

    Antunes da Silva João Pereira da Silva Larissa dos Santos Jacob

    Nathalia Faria de Santana Claúdia Borim da Silva Loraine Seixas

    Ferreira

    906

    78 A EXPRESSÃO FOTOGRÁFICA E O ACESSO À SUBJETIVIDADE

    Eduardo Marchese Damini Hilda Rosa Capelão Avoglia

    916

    79 ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO: ATUAÇÃO DE UM SERVIÇO DE SAÚDE

    ESPECIALIZADO EM ADOLESCÊNCIA

    Teresa Helena Schoen;Rosa Maria Eid Weiler;Aline Maria Luiz

    Pereira;Flávia Calanca da Silva;Sheila Rejane Niskier;Maria Sylvia de Souza

    Vitalle

    927

    80 ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM ALUNOS DO PRIMEIRO AO QUINTO

    ANO DE PSICOLOGIA

    Alexya Soares Dantas; Gabriela Castilho de

    Araújo;Gabriela Souza Chaves da Silva;Pedro Inácio S. Siqueira de

    Oliveira;Polianna Castro de Brito;Patricia Eliza Romera arcia;Sanchaine Perandin

    Gonçalves; Marta Ferreira Bastos

    938

    81 A ARTE COMO POSSIBILIDADE EM SAÚDE Ohana Caroline Alves Emanuelle Dos Santos Vieira

    945

    84 SAT: PERCEPÇÃO E APERCEPÇÃO DE UMA IDOSA CARDIOPATA SOBRE O

    ENVELHECIMENTO

    Geisa G. Rafael Ana Gatti

    954

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    20  

    85 RELAÇÃO ENTRE A COMPULSÃO POR COMPRAS E A AUTOESTIMA DE

    UNIVERSITÁRIOS

    Camila de Carvalho Sá Camila Rosa Cazemiro

    Maria Aparecida Duarte Cardozo de Souza

    Daiane Assis de Oliveira Pechim Sarah Raquel Moreira da Silva

    Biagolini Cláudia Borim da Silva

    965

    85 ÍNDICE DE DEPRESSÃO EM MULHERES DONAS DO LAR E TRABALHADORAS COM

    DUPLA JORNADA

    Henrique Santos Silva Giovana Ramires Carmignani

    Jessica Harka dos Santos Vieira Matheus Vitor Rodrigues

    Raquel Wong Gabrielli Macedo Silva Cláudia Borim da Silva Rodrigo Jorge Salles

    976

    86 SATISFAÇÃO E SOBRECARGA EM SAÚDE MENTAL: UM ESTUDO COM FUNCIONÁRIOS

    DO CAPS

    Samara Cristina Alves Lima Aline Cordeiro dos Santos

    Gustavo Soares dos Santos Cláudia Borim da Silva

    986

    87 SATISFAÇÃO E SOBRECARGA DE PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

    Rosemeire dos Santos de Jesus Caique Rodrigues Lopes da Silva

    Dione Pereira Lopes Fernando João de Andrade Regiana Pereira Rodrigues

    Cláudia Borim da Silva

    1000

    88 PLANEJAMENTO DA APOSENTADORIA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O JOVEM E O PRÉ-

    APOSENTADO

    Juliana Eschiavoni Barboza Ceci Maria Gonçalves

    Taís Rodrigues Fernandes Cláudia Borim da Silva

    1011

    89 HABILIDADES COGNITIVAS PROMOTORAS DE ADAPTAÇÃO SOCIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO

    ESPECTRO AUTISTA

    Márcia Regina Fumagalli Marteleto Brasília Maria Chiari

    Jacy Perissinoto

    1022

    90 A COMUNIDADE E O ESPAÇO URBANO COMO CENÁRIO CRIMINAL - A REALIDADE DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A

    LEI NA CIDADE DE SÃO PAULO

    Ricardo Rentes Glória Jólluskin

    1034

    91 ENVELHECIMENTO DE PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR: PERCEPÇÕES E

    VIVÊNCIAS NA MATURIDADE

    MILENA CRISTINA DE FREITAS Claudia Aranha Gil

    1052

    92 HOMOSSEXUALIDADE E HOMOFOBIA NO CONTEXTO ESCOLAR: RELATO DE

    EXPERIÊNCIA SOBRE PERCEPÇÕES DISCENTES

    Leandro Ferreira de Melo Tatiane Clair Silva Denise De Micheli

    1065

    93 QUALIDADE DE VIDA DOS USUÁRIOS DA CENTRAL DE PENAS E MEDIDAS

    ALTERNATIVAS

    Bruno Mambrini Daniele Batista de Sousa Gabriela Mayara da Silva

    Ingrid Aparecida dos Santos

    1077

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    21  

    Janaína Custódio da Silva Suellen Cristina Cardias de Sena

    Lucas Catiane Kariny Dantas Souza

    Ercília Mendes Nifoci Claudia Borim da Silva

    94 AS POTÊNCIAS E OS LIMITES DE UMA

    EQUIPE DE ABORDAGEM SOCIAL Bárbara Martins

    Danielle Rodrigues de Jesus Assumpção

    Humberto Ramos de Oliveira Junior

    1088

    95 AUTOCUIDADO E QUALIDADE DE VIDA EM UNIVERSITÁRIOS COM ÚNICA E

    MULTITAREFAS

    Gabriel da Silva Santos Jaqueline Thais da Rocha Juliane Santos Cardoso

    Noemi Duarte Mascarenhas Santos Thais Farias da Silva

    Thalyta Ruanna Gomes Moreira Catiane Kariny Dantas Souza

    Renata Ercília Mendes Nifoci Claudia Borim da Silva

    1099

    96 AUTOESTIMA E SOCIALIZAÇÃO DE INDIVÍDUOS TRANSGÊNEROS

    Caroline Aparecida Alves Matos de Oliveira

    Lucas José da Silva Rafael Francisco da Cruz Suellen de Souza Lopes

    1111

    97 CARACTERIZAÇÃO DAS PESQUISAS SOBRE AUTOLESÃO NA ADOLESCÊNCIA

    Antonio Augusto Pinto Junior, Adonis Tiago dos Santos, Amanda Carneiro

    Emmerich, Carolina Franco Brito, Fernanda Aline de Souza, George

    Mendonça da Costa, Iris Braga Aguiar de Freitas, Isabelle Marques Souza,

    Isadora de Almeida Dutra, Karina Nogueira Britschka, Letícia Maria

    Vilela Spínola, Letícia Paranhos Rios, Liz Flores Fernandes da Silva, Raíssa

    Rodrigues Vieira dos Santos

    1122

    98 CIÚME ROMÂNTICO NA POPULAÇÃO LGBTI+ Camila Mamede Cabral Felipe Carvalho Damacena Leonardo Callipo da Silva Mariana França de Araujo Monalisa Robles Carmona Thais Gonçalves Gomes Alice Lopes Fernandes

    Cláudia Borim da Silva

    1133

    97 COMPARAÇÃO DOS AFETOS POSITIVOS E NEGATIVOS EM TRABALHADORES

    EMPREGADOS E DESEMPREGADOS

    Karolline Neves Campos Silva Karyne Santiago Lima

    Natália Alves Leite Cláudia Borim da Silva

    Erica Hokama

    1144

    98 DESENVOLVIMENTO DA PATERNIDADE DE BEBÊS FRUTO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

    Paula Orchiucci Miura Adélia Augusta Souto de Oliveira

    Kedma Augusto Martiniano Santos Estefane Firmino de Oliveira Lima

    1155

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    22  

    Marianna Ribeiro Guimarães

    99 EXPLORAÇÃO VOCACIONAL: ASPECTOS IMPORTANTES PARA A TRAJETÓRIA EDUCACIONAL E PROFISSIONAL DE

    UNIVERSITÁRIOS

    Bianca Aparecida da Silveira Bruna Roberta Silva Araujo

    Isabela Ruiz de Souza Juliana Pereira dos Santos

    Kauane Fernanda Novaes de Poças Sorani Bitencort Toda Fernandes

    Claudia Borim da Silva

    1170

    100 ESPELHO, ESPELHO MEU... UM ESTUDO DE CASO NA CLÍNICA PSICANALÍTICA

    Carolina de Fátima Tse Hilda Rosa Capelão Avoglia

    1181

    101 ESTUDOS SOBRE O SENTIMENTO DO CIÚME COMO MOTIVADOR DOS DELITOS PASSIONAIS: REVISÃO INTEGRATIVA DE

    LITERATURA

    Ingrid Bento de Almeida Erika Kelly Dias

    1194

    102 EXPECTATIVA DE FUTURO DOS MILITANTES DE MOVIMENTOS POLÍTICO-

    SOCIAIS

    Diana Graziela Ferreira Pinto Marta Ferreira Bastos

    Gabriel Casseano Gimenes Gabriela Rizete Antunes

    Andressa Pereira da Cruz

    1205

    103 EXPLORAÇÃO VOCACIONAL: ASPECTOS IMPORTANTES PARA A TRAJETÓRIA EDUCACIONAL E PROFISSIONAL DE

    UNIVERSITÁRIOS

    Bianca Aparecida da Silveira Bruna Roberta Silva Araujo

    Isabela Ruiz de Souza Juliana Pereira dos Santos

    Kauane Fernanda Novaes de Poças Sorani Bitencort Toda Fernandes

    Claudia Borim da Silva

    1217

    104 FRONTEIRAS DA PRÁTICA DE PSICOTERAPIA EM MEDIDA

    SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO

    Celso T. Yokomiso 1229

    105 IMAGINÁRIO COLETIVO E RELAÇÃO CUIDADOR FORMAL E IDOSOS: ESTUDO COM DESENHOS- ESTÓRIAS COM TEMA

    Beatriz de Melo Rios; Tamires Folco Lopes;

    Sueli dos Santos Vitorino

    1239

    106 IMPACTOS DO DESEMPREGO NA QUALIDADE DE VIDA DE TRABALHADORES

    Mellina Harue Shima Jecks Bruna de Lima Coutinho

    Samara Aparecida Resende de Aniz Adeny Laurent Costa Silva

    Ana Carolina Vieira Gonçalves Gabriel Bueno dos Santos

    Erica Hokama Claudia Borim da Silva

    1246

    107 AS TÉCNICAS GRÁFICAS PROJETIVAS COMO DISPOSITIVO CLÍNICO: UM RELATO

    DE EXPERIÊNCIA.

    Camila dos Santos Moreira, Tatiana Tostes Vieira da Costa

    1258

    108 MATERNIDADE ADOLESCENTE: DA GESTAÇÃO GEMELAR AO NASCIMENTO

    DAS BEBÊS

    Paula Orchiucci Miura Adélia Augusta Souto de Oliveira

    Ellen Borges Tenorio Galdino Ana Caroline dos Santos Silva

    1275

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    23  

    Maria Marques Marinho Peronico Pedrosa

    Maria Eduarda Silveira Souza Ferro Suzy Kamylla de Oliveira Menezes

    Marianna Ribeiro Guimarães 109 MULHERES DO CÁRCERE: ASPECTOS

    DEPRESSIVOS E ANSIÓGENOS Beatriz Santana dos Santos

    Camila Santos de Assis Cinthia Lira Vieira

    Caroline Mayara Gabriel Coelho Ortiz Franciele Aparecida Silva

    Marta Ferreira Bastos

    1289

    110 O USO DA TECNOLOGIA E SUA INFLUÊNCIA NA CONSTITUIÇÃO DA SAÚDE MENTAL

    Caio Felix de Araujo

    Plinio Thomaz Aquino Junior 1301

    111 O LÚDICO NA CLÍNICA PSICANALÍTICA: UM ESTUDO COM UMA CRIANÇA ACOLHIDA.

    Gabriela Barreto Chavatte Hilda Rosa Capelão Avoglia

    1312

    112 PRECISAMOS FALAR SOBRE TRABALHO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA JUNTO AOS

    ADOLESCENTES

    Estefane Firmino de Oliveira Lima Kedma Augusto Martiniano Santos

    Nívea Kelly Santos da Silva Paula Orchiucci Miura

    1324

    113 PRODUÇÃO GRÁFICA COMO MECANISMO DE ENFRENTAMENTO DE UMA

    ADOLESCENTE COM COMPORTAMENTO AUTOLESIVO

    Fernanda Zanon Ribeiro Gabriela Barreto ChavatteHilda Rosa

    Capelão Avoglia

    1337

    114 REFLEXOS DO CENÁRIO POLÍTICO E O VOTO COMO (DES)ESPERANÇA DE

    UNIVERSITÁRIOS

    Bianca de Oliveira Moledo Gabriela Claudino de Almeida Silva

    Rafael Gonçalves Flores Yasmin Luna Menezes Cláudia Borim da Silva

    1348

    115 RELAÇÃO ENTRE COGNIÇÃO, QUALIDADE DE VIDA E ATIVIDADE FÍSICA NO IDOSO

    Gislene Ferreira Calado; Gustavo Almeida Freire;;

    Leonardo Henrique Nogueira; Marcos Vinícius da Silva Vieira;

    Thiago Augusto Vasconcelos; Sídia Araújo ;

    Catiane Kariny Dantas Souza; Renata Ercília Mendes Nifoci;

    Angélica Castilho Alonso

    1361

    116 JUVENTUDE E PROFISSÃO: GRUPOS DE REFLEXÃO EM UM CURSINHO POPULAR

    PRÉ-VESTIBULAR.

    Sarah Fernandes Campos Antonio Carlos Barbosa da Silva

    1372

    117 O SUPORTE FAMILIAR EM JOVENS UNIVERSITÁRIOS

    Samuel Fernando Brasil Bianca Farias Gonçalves

    Carla Monteiro Fernandes de Souza Jéssica Regina Teodoro de Oliveira

    Marília Braga De Souza Cláudia Borim da Silva Rodrigo Jorge Salles

    1382

    118 SEMINÁRIO - SOBRE AS BASES PARA O SELF NO CORPO (WINNICOTT, 1970)

    Elaine Aparecida Almeida de Matos, Jonas José Gomes Ananias,

    Leonardo Ferreira Galvão Tavares

    1393

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE

    24  

    Veridiana da Silva Prado Vega

    119 PSICODIAGNÓSTICO COMPREENSIVO: O QUE ESTÁ OMITIDO NO DIAGNÓSTICO DE

    BORDERLINE?

    Fernanda Yannia Guiter Ana Beatriz Gomes Fontenele Stephanie Barreto Silva Aguiar Tatiana Tostes Vieira da Costa

    1413

    120 ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO INDICADORES CLÍNICOS NA NO ÂMBITO DO

    PSICODIAGNÓSTICO

    Linda Kasther Apolônio Teles Leônia Cavalcante Teixeira

    Tatiana Tostes Vieira da Costa

    1423

    121 O CUTTING EM ADOLESCENTES: UMA INTERLOCUÇÃO ENTRE LACAN E

    WINNICOTT

    Antonio Augusto Pinto Junior Cláudia Henschel de Lima

    Amanda Carneiro Emmerich

    1437

    122 A INFLUÊNCIA DOS PROFESSORES NA INFÂNCIA COMO MEDIADORES DA

    CONSTRUÇÃO DA PERSONALIDADE

    Caroline Lopes Oliveira; Diogo Santos Silva

    Renato Tardivo

    1451

    123 IMAGINÁRIOS COLETIVOS SOBRE A SEXUALIDADE DO IDOSO: UMA REVISÃO DA

    PRODUÇÃO CIENTÍFICA

    Beatriz de Melo Rios; Tamires Folco Lopes

    Sueli dos Santos Vitorino

    1461

    LISTA DE AUTORES

    1469

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo  (Organizadora)                           

     

    25

    COMUNICAÇÕES ORAIS

  • 16ª JORNADA APOIAR: ADOLESCÊNCIA E SOFRIMENTO EMOCIONAL NA ATUALIDADE  

    Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo  (Organizadora)                           

     

    26

    AUTOMUTILACIÓN: DAÑÁNDOME ME SIENTO A MÍ MISMO. UNA

    PERSPECTIVA CONSTRUCTIVISTA.

    Jesus Garcia Martinez

    La automutilación sólo puede ser entendida en un entramado relacional,

    familiar, personal y social y constituye, por sus relaciones con el suicidio un factor de

    riesgo para la salud. Ante la ausencia de un tratamiento efectivo, en esta presentación

    se describirán tanto los procedimientos de evaluación como los de intervención que,

    desde una perspectiva constructivista y narrativa, permiten reconstruir elementos de

    la identidad dañada y preservar y recuperación el sentido del self. Así se detallarán

    procedimientos adecuados para evaluar la identidad en adolescentes y menores. Los

    procedimientos utilizados en terapia de constructos personales para trabajar con

    dilemas y evocar constructos de alto nivel jerárquico y los procedimientos de la terapia

    narrativa destinados a externalizar el problema del daño y la angustia y buscar valores

    en la experiencia de la persona. Se prorporcionará una revisión de la literatura

    científica relacionada con estas aproximaciones en el ámbito del tratamiento de la

    automutilación y se darán datos de su eficacia. Igualmente, se comentarán elementos

    relacionados con el proceso terapéutico en estos casos y se expondrán ejemplos

    concretos de intervención.

    AUTO-MUTILAÇÃO: ME PREJUDICANDO EU ME SINTO. UMA PERSPECTIVA

    CONSTRUTIVISTA

    Jesus Garcia Martinez

    A automutilação só pode ser entendida em um relações entrelaçadas entre o

    familiar, pessoal e social e constitui um fator de risco para a saúde devido às suas

    relações com o suicídio. Diante da ausência de tratamento efetivo, esta apresentação

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    descreverá tanto os procedimentos de avaliação e como de intervenção que, a partir

    de uma perspectiva construtivista e narrativa, permitem reconstruir elementos da

    identidade prejudicada e preservar e recuperar o sentido do self. Assim, serão

    detalhados os procedimentos adequados para avaliar a identidade em adolescentes

    e crianças. Os procedimentos utilizados na terapia de constructos pessoais para

    trabalhar com conflitos e evocar constructos de alto nível hierarquico e os angustia e

    buscar valores na experiência da pessoa. Será apresentada uma revisão da literatura

    científica relacionada a essas abordagens no campo do tratamento da automutilação

    e serão fornecidos dados sobre sua eficácia. Da mesma forma, serão comentados

    elementos relacionados ao processo terapêutico nesses casos e serão exposos

    exemplos concretos de intervenção .

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    MENINAS ADOLESCENTES, OPRESSÃO FEMININA E SOFRIMENTOS SOCIAIS

    Tania Maria José Aiello Vaisberg

    Universidade de São Paulo

    PUC-Campinas

    Resumo: O presente texto tem como objetivo propor uma reflexão sobre a

    histeria e a experiência vivida por meninas adolescentes levando em conta fenômenos

    tais como a opressão feminina vigente na sociedade contemporânea. Argumenta no

    sentido de que interações que promovem despersonalização/ desumanização da

    adolescente, no sentido de vê-la como objeto ou máquina destinada ao prazer do

    homem afetam de modo perverso o processo de amadurecimento feminino.

    Palavras-chave: meninas adolescentes, histeria, opressão da mulher,

    sofrimento social.

    As primeiras pacientes atendidas, nos primórdios da psicanálise, eram

    mulheres que tinha sido diagnosticadas como histéricas (Freud, 1893/1969). Na

    verdade, a psiquiatria deve à psicanálise a criação dessa categoria diagnóstica, que

    se forjou a partir da distinção, que o criador da psicanálise podia fazer, como

    neurologista, entre sintomas que seguiam caminhos neurofisiológicos e outros, que

    pareciam serem, antes de mais nada, expressivos. Assim, a tarefa primeira, diante de

    sintomas supostamente histéricos, consistia em realizar um diagnóstico diferencial

    com vistas a distinguir entre casos orgânicos e casos psicogênicos. Ficou assim

    estabelecida a possibilidade de ocorrência de sintomas psicopatológicos a partir de

    determinação puramente psicogênica.

    Pouco tempo depois, veio Jaspers (1913/2000), considerado fundador da

    psicopatologia como disciplina científica, a afirmar a existência de dois tipos de

    sintomas psicopatológicos, os compreensíveis e os explicáveis. Os compreensíveis

    seriam aqueles determinados psicologicamente, como reações a experiências vividas.

    Os explicáveis seriam aqueles que decorreriam de danos de caráter biológico, que

    não guardariam nenhuma relação com ocorrências biográficas. Durante muito tempo,

    essa distinção básica organizou o campo da psicopatologia, destinando os casos

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    explicáveis à tratamentos orgânicos, sob cuidados psiquiátricos ou neurológicos,

    enquanto os casos compreensíveis poderiam ser abordados psicoterapêuticamente,

    por psicólogos e psicanalistas. Por este motivo, Bercherie (1980/2004) pôde afirmar

    que a psiquiatria se organizaria a partir do que denominou “índice de não

    compreensibilidade do observador”.

    Ora, esse índice veio a ser implodido pela psicanálise, na medida em que seu

    método investigativo apresenta um fundamento ético segundo o qual todas os atos

    humanos, psíquicos, corporais e de ação sobre o meio ambiente, estariam dotados

    de sentido afetivo-emocional, mesmo quando se apresentassem, à primeira vista,

    como bizarros, cruéis ou absurdos. De fato, reza a psicanálise que, mesmo condutas

    que parecem sem sentido, podem vir a ser compreendidas como acontecer humano

    dramático e relacional, se entendermos que parte expressiva da motivação das

    condutas permanece fora do campo da consciência dos agentes. Por esse motivo,

    compreendemos, hoje, com Bleger (1963/2007), que todos os casos são, de fato,

    psicológicos, porque tudo o que acontece aos seres humanos, desde a doença física,

    que altera o organismo, até a pobreza e a adversidade social, que afetam o viver, são

    vividos, inevitavelmente, como experiência emocional. Por este motivo, podemos

    contribuir, como de fato o fazemos, para o bem-estar emocional de pacientes

    orgânicos, de vítimas de precariedade socioeconômica ou de racismo, por exemplo.

    Atualmente se sabe que o fato de uma pessoa poder ser beneficiada por

    atendimento psicológico não significa, de modo algum, que pensamos que seus

    problemas derivam de algo que ocorre tão-somente em sua mente ou em seu mundo

    interno, de modo que o reconhecimento crítico de problemas relacionais, que ocorrem

    entre pessoas, ou da vigência de condições sociais opressivas, não nos leva a concluir

    que não estamos diante de uma questão psicológica. Em termos coloquiais, podemos

    dizer que sabemos hoje que sofrimentos emocionais não são “coisas que só existem

    dentro da cabeça da pessoa”.

    Em suma, a antiga ideia de que existiram casos orgânicos, casos psicogênicos

    e casos sociais, que permaneceriam a cargo do (a) médico (a), do(a) psicólogo(a) ou

    da(o) assistente social, não mais se sustenta. Assim, todo sofrimento é psicológico, já

    que se inscreve como experiência vivida, ainda que eventualmente inconsciente, é

    relacional , porque se dá entre pessoas, segundo o modo humano de existência, que

    consiste em coexistir, e também é social, já que as pessoas estão sempre inseridas

    em sociedades(1963/2007).

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    Não temos dúvida acerca do caráter pioneiro de certas colocações blegerianas

    sobre a natureza humana, que concebeu a partir de seus estudos sobre materialismo

    dialético (Bleger, 1958/1973), o que lhe permitiu criticar e rejeitar a antropologia

    freudiana ao mesmo tempo em que aderiu aos pressupostos éticos que fundam a

    psicanálise. Assim, é justamente a partir da visão antropológica marxista que o autor

    argentino chega à concepção de que todo sofrimento tem caráter social.

    Cabe, entretanto, destacar que o conceito de sofrimento social apareceu mais

    tardiamente no campo das ciências humanas e da filosofia, vale dizer, a partir dos

    anos oitenta do século XX, tendo em vista designar padecimentos que se conectam

    diretamente com guerra, pobreza e exploração econômica, perseguição política,

    perseguição religiosa, tortura, racismo e opressão da mulher, entre outras.

    Assim, entendemos ser útil discriminar dois tipos de uso para a expressão

    sofrimentos sociais: em sentido amplo e em sentido restrito. Em sentido amplo, que é

    aquele que a articulação blegeriana da noção marxista de natureza humana permite

    afirmar, todos os sofrimentos humanos seriam sociais, em virtude do ser humano ser

    essencialmente social. Em sentido restrito, o termo deve ser reservado quando se faz

    mais clara e direta a vinculação entre sentimentos de desamparo, culpa, humilhação

    e injustiça e certas configurações sociais ligadas à exploração, à discriminação e à

    opressão de indivíduos e grupos. Usaremos esse conceito, no presente texto, em

    sentido restrito, mas isso não significa que não reconheçamos que, de um ponto de

    vista ontológico, toda experiência emocional sofrida corresponde a sofrimentos

    sociais.

    Julgamos importante salientar que os sofrimentos sociais podem se tornar

    invisíveis quando defesas impedem que a sociedade, que os produz, possa vê-los

    com clareza. A própria psicologia, como ciência humana, pode contribuir para o não

    reconhecimento desse tipo de sofrimento, quando atribui problemas emocionais a

    causas exclusivamente intrapsíquicas. Podemos citar, como exemplo de

    invisibilização de sofrimentos sociais, o caso da Cracolândia paulistana que, como

    espaço urbano diferenciado, é bastante visível, incomodando o poder público e parte

    da sociedade, enquanto as dores de seus habitantes são simplesmente ignoradas.

    Assim, se a Cracolândia não é, em si mesma, invisível, a verdade é que há todo um

    esforço para que o complexo determinismo social, a ela subjacente, causador de

    muito sofrimento, não seja percebido. Um jeito de fazer isso consiste em vê-la tão

    somente como fruto do uso abusivo imotivado de drogas. Nessa linha, a poder-se-ia

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    concluir que esse espaço deve sua existência ao fato de haver, na cidade, pessoas

    predispostas e fracas que seriam psiquicamente incapazes de controlar seus

    impulsos.

    Ora, uma observação atenta do que se encontra em jogo revela que a

    Cracolância é efeito dramático da violência estrutural da sociedade. Sem dúvida, há

    violência quando o cidadão de classe média é assaltado. Mas há também violência

    quando uma sociedade se organiza de modo a permitir que grandes parcelas da

    população viva em condição de desamparo, humilhação e injustiça. Na verdade, a

    sobrepopulação trabalhadora superemboprecida permanente é a maior vítima dos

    sofrimentos sociais em nosso país (Singer, 2011).

    Entretanto, se a pobreza é um grande problema entre nós, que temos uma

    superpopulação de pobres, o fato é que o sofrimento social não deriva apenas da

    pobreza, já que abundam outras formas de violência. Há sofrimento social quando,

    por exemplo, detectamos a permanência do racismo entre brasileiros que conheceram

    ascensão social e econômica, diplomaram-se em curso superior, mas sofrem

    tratamento diferenciado em função de sua condição racial, como demonstrou Aiello-

    Fernandes (2013;2018). Há sofrimento social quando atentamos para a condição das

    mulheres, um sofrimento que atravessa classes, atingindo tanto as de classe baixa

    como as de classe média, mesmo quando admitimos que, quando interseccionados,

    pobreza, racismo e opressão feminina adquirem contornos ainda mais complexos e,

    eventualmente, mais violentos. No momento nos concentraremos nos modos como a

    opressão feminina ocorre na vida da menina adolescente.

    O Sofrimento da Menina Adolescente

    Jovens, muitas das quais sobrecarregadas com o cuidado de parentes doentes,

    enquanto seus irmãos estavam estudando ou exercendo suas profissões, eram

    atendidas por Freud (1893/1969) em virtude do fato de estarem apresentando

    sintomas que vieram a ser considerados conversivos. Nessa clínica, ouvir relatos

    sobre abordagens sexuais perpetrados por homens adultos, geralmente familiares,

    era ocorrência comum. O psicanalista se impressionou e, diante disso, pôs-se a refletir

    sobre se poderia manter seu primeiro pensamento, segundo o qual os sintomas

    neuróticos resultariam da vivência de situações traumáticas, que entendeu, até um

    certo momento, como acontecimentos reais. Provavelmente perguntou-se perplexo:

    como seria possível que aquela boa gente europeia estivesse tratando desse modo

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    suas meninas? “Não acredito mais na minha neurótica”, confessa ao amigo por carta

    (Freud, 1986/2006), para chegar à teoria de que as moças viveriam uma excitação

    sexual que as impeliria a fantasiar abusos, acusando homens inocentes de tentativas

    do que hoje chamaríamos assédio. Claro que essas moças não pagavam por suas

    consultas, a remuneração do profissional era feita por seus pais, tios, cunhados... Mas

    o que estaria realmente em jogo nessa dificuldade da moça lidar com sua excitação

    sexual?

    Se quisermos, consciente ou inconscientemente, evitar problemas com os

    homens acusados, durante as sessões de tratamento, de assédio, invocar uma

    determinação intrapsíquica, totalmente descolada do modo como as mulheres eram

    oprimidas concretamente, poderá ser uma resposta conveniente. Não se trataria,

    claro, de pensar que as mulheres poderiam estar sendo atacadas na sua saudável

    possibilidade de se sentirem sexualmente vivas, mas que teriam nascido com algum

    comprometimento que as levaria a lidar mal com a própria sexualidade.

    Mas o que ocorreria se nos dispuséssemos, pelo menos como um exercício de

    reflexão, a considerar que, pelos menos em alguns casos, o assédio poderia ter

    ocorrido de fato? Nesse caso, seríamos convidadas a conjecturar sobre a

    possibilidade de se pensar uma possível vinculação entre histeria e sofrimento social.

    Além disso, também poderíamos indagar sobre o que circulava, no início do século

    passado, como imaginários coletivos europeus sobre a sexualidade feminina.

    Provavelmente, sob os costumes prevalentes, a excitação da mulher deve ter sido

    compreendida como ocorrência causadora de constrangimento, algo de que se

    envergonhar... Seria, assim, muito diferente da excitação masculina, certamente

    concebida como signo de potência, de capacidade e de vida! Nesse contexto,

    provavelmente o amadurecimento sexual da mulher seria fortemente afetado, de

    modo que uma forma de resgatar a dignidade pessoal poderia passar pela dignidade

    de “não sentir”, que se faria, claro está, à custa de algo que o pensamento

    winnicottiana veio a pensar como verdadeiramente precioso: sentir-se viva e real.

    Cabe aqui uma interrogação: o que ocorreria se considerássemos a possibilidade de mudar de perspectiva, de deixar de considerar a histeria como um sofrimento

    intrapsíquico, para vê-la à luz da tremenda ambivalência por meio da qual a excitação

    sexual feminina era socialmente significada nas condições vigentes na Europa

    naquela época?

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    Voltemos agora ainda mais para perto da adolescente. Aberastury e Knobel

    (1971) referem as perdas características da adolescência: perda dos pais da infância,

    espécie de gênios da lâmpada que, na nossa sociedade, mantém-se à serviço dos

    desejos dos filhos, e perda do corpo infantil. No caso da mulher, perda de um corpo

    próprio, eventualmente pleno de vitalidade, quando predomina a saúde, que se

    transforma num corpo objeto do desejo do homem. No consultório temos oportunidade

    de testemunhar aflições que a experiência de ver o próprio corpo se tornar objeto do

    desejo do outro suscita. Podemos dizer que a adolescência da menina corresponde a um período em

    que a jovem é apresentada à violência central da vida feminina: ter seu corpo

    transformado em objeto, em máquina que pode proporcionar prazer ao homem. Não

    nos espanta lembrar, assim, dos ataques ao próprio corpo ou dos sintomas

    anoréxicos, comuns em meninas adolescentes, que são formas contemporâneas de

    machucar a si mesma um novo corpo que traz consigo muito desconforto. Já tivemos oportunidade de afirmar que os sofrimentos sociais estão

    intrinsecamente associados a um certo tipo de violência nuclear que, atualizando-se

    por meio de interações despersonalizantes, por meio da qual se negam a alguém sua

    condição de pessoa (Aiello-Vaisberg, 2017). Assim como o negro, o judeu no campo

    nazista e outros alvos de opressão e violência, a menina adolescente vive um

    processo no âmbito do qual deixa de ser pessoa para tornar-se objeto de prazer,

    dimensão que se tornará, daí em diante, influente nos rumos de sua vida.

    As interações desumanizantes/ despersonalizantes ocorrem em campos

    vinculares que ocorrem em contextos macrossociais – e menina adolescente se torna

    vítima de algo que adquire contornos ainda mais perversos, pois enquanto é

    despersonalizada/ desumanizada para se tornar puro corpo atraente, não deixa de

    perceber que pode auferir ganhos secundários, que a afastarão cada vez mais de si

    mesma, num movimento dissociativo. O que fazer, em termos clínicos, se essas

    conjecturas puderem ser pesquisadas com rigor e se revelarem acertadas?

    Deveríamos abandonar a clínica, encarando-a como inevitavelmente ligado a

    movimentos de ocultação de determinantes sociais do sofrimento? Ou quem sabe,

    deveríamos abandonar a clínica e aguarda que as distintas militâncias obtenham as

    transformações político-sociais necessárias? Responderíamos diferentemente se

    compreendêssemos que, inserindo-se no cotidiano, a clínica, enquanto cuidado com

    o sofrimento, não seria antagônica ao combate da violência estrutural contra a mulher,

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    em geral, e contra a menina adolescente em particular? Concluímos destacando que essas são questões que merecem nossa reflexão e que, a nosso ver, esse quadro

    aponta para a necessidade de desenvolvimento de uma clínica psicológica fundada

    em posicionamentos humanistas que, em nosso país, devem assumir um caráter pós-

    colonial (Dussel,1998).

    Referências Bibliográficas

    Aberastury, A. & Knobel, M. (1971) Adolescência normal. Buenos Aires:Editorial

    Paidós.

    Aiello-Fernandes,R. (2013) Da Entrada de Serviço ao Elevador Social. Dissertação de

    Mestrado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

    Aiello-Fernandes, R. (2018) Racismo e Psicanálise em Produções Acadêmicas. Tese

    de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

    Aiello-Vaisberg, T.M.J. (2017) Estilo Clínico Ser e Fazer: Resposta Crítico-

    Interpretativa a Despersonalização e Sofrimento Social. Boletim da Academia

    Paulista de Psicologia, 37(92),41-62.

    Bercherie, P. (2004) Histoire et Structure du Savoir Psychiatrique. Paris: L’Harmattan

    (Original publicado em 1980).

    Bleger, J. (1973) Psicoanalisis y Dialética Materialista. Buenos Aires: Paidos (Original

    publicado em 1958).

    Bleger, J. (2007) Psicologia de la Conduta. Buenos Aires: Paidós. (Original publicado

    em 1963).

    Dussel, E. (1998) Ética de la Liberación en la Edad de la Globalización y de la

    Exclusión. Madrid: Trotta.

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    35

    Freud, S. (1969) Algumas considerações para um estudo comparativo das paralisias

    motoras orgânicas e histéricas (Vol. 1). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original

    publicado em 1893).

    Freud, S. (2006) Lettres à Wilhelm Fliess, 1887-1904. Paris:PUF. (Original publicado

    em 1986).

    Jaspers, K. (2000) Psychopathologie Générale. Paris: Bibliothèque des Introuvables.

    (Original publicado em 1913)

    Singer, A.V. (2011) Realinhamento eleitoral e mudança política no Brasil. Tese de

    Livre Docência. Universidade de São Paulo.

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    A CONDUTA DE AUTOLESÃO EM PRE ADOLESCENTES E ADOLESCENTES: RELAÇÕES COM AUTO IMAGEM E DEPRESSÃO

    Leila S.P.Cury Tardivo, Helena Rinaldi Rosa, Gislaine Chaves. Loraine

    Seixas Ferreira - IP-USP

    Observa-se um aumento considerável da conduta autolesiva na população escolar,

    e são poucos estudos com instrumentos psicológicos que estudem a situação em

    nosso meio, em especial em adolescentes mais jovens, que muitas vezes o mantêm

    em segredo. O objetivo dessa apresentação foi o de aprofundar o conhecimento de

    aspectos psicológicos – como a visão de si, do mundo, as relações, angústias e

    emoções, e identificar sinais de depressão e ansiedade, em adolescentes com

    condutas de autolesão, manifestadas em ambiente escolar. Participaram do estudo

    adolescentes . Foi empregado o DFH, o Questionário de Depressão Infantil (CDI) além

    de entrevistas semidirigidas iniciais. Os resultados apontaram traços de insegurança

    e inadequação, bem como sentimentos de menos valia, demonstrando a necessidade

    dos adolescentes de serem cuidados e compreendidos. Foi evidenciada a conduta de

    autolesão como busca de “alívio” da dor. Serão apresentados os resultados da

    investigação , bem como serão discutidas propostas interventivas e preventivas junto

    à família e às escolas.

    Introdução A adolescência é considerada no Brasil, segundo o Estatuto da Criança e

    do Adolescente (Brasil, 1991), o intervalo dos 12 anos aos 18 anos e 11 meses, sendo

    essa uma etapa importante no desenvolvimento, marcada por importantes

    transformações físicas, psíquicas e sociais (Tardivo, 2007) como também, no que se

    refere ao desenvolvimento psíquico, na formação da identidade. No entanto, essas

    duas etapas do desenvolvimento variam conforme a comunidade e a época em que

    se encontra inserida, contemplando variadas perspectivas teóricas (Tardivo, 2007).

    Aberastury (Aberastury & Knobel, 1981) descrevia que a fase da adolescência

    pode ser apresentada com forte expansividade social, períodos ou momentos de

    energia e coragem desmedidas, cheios de luta e ideais quixotescos com muitos

    sonhos e aventuras, e tudo isso podendo ser prontamente convertido em retração

    social, sentimentos de depressão, incertezas, passividade e desânimo. E mesmo

    assim, dentro do que se poderia chamar crise, e não c

    omo algo patológico.

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    Essa fase do desenvolvimento, que é a transição do estado infantil para o

    adulto, configura-se numa crise (Levisky,1998) e é possível que seja a etapa mais

    vulnerável de todo o desenvolvimento humano. Possivelmente, essa vulnerabilidade

    pode ser mais intensa de acordo com o ambiente em que está inserido o adolescente

    (Tardivo, 2007).

    Os jovens podem lançar mão de diferentes posturas e comportamentos

    avaliados como preocupantes àqueles que fazem parte de seu cotidiano, uma vez que

    o limiar entre o comportamento normal e patológico neste contexto é sutil. Somado a

    isso, está a realidade atual na qual cada vez mais têm se observado o envolvimento

    de pré-adolescentes e adolescentes em comportamentos de risco (Macedo & Sperb,

    2013), além de atuações auto e hetero-destrutivas, como, por exemplo, as

    manifestações suicidas e aquelas, foco deste estudo, os comportamentos autolesivos

    (Nock, Joiner, Gordon, Lloyd-Richardson & Prinstein, 2006).

    Em meio aos conflitos evidenciados na adolescência, atrelados à vivência em

    uma sociedade com uma estrutura social mais fragilizada, comportamentos de

    automutilação ou autolesão vem ocorrendo. Dados para a compreensão e

    enfrentamento da automutilação – e também do suicídio – entre jovens estão

    relacionados a vulnerabilidade genética, psiquiátrica, psicológica, além dos aspectos

    familiar, social e cultural e os efeitos da mídia e da internet no contágio, pela sua

    importância nos dias de hoje (Hawton, Saunders e O'Connor, 2012).Dados

    epidemiológicos indicam a adolescência como o período mais vulnerável para a

    ocorrência do comportamento autolesivo (Brown & Plener, 2017). Washburn (2012)

    estima que a prevalência do comportamento varie de 7,5 a 8% na pré-adolescência,

    aumentando para 12 a 23% em adolescentes.

    Guerreiro e Sampaio (2013) compreendem a conduta autolesiva na

    adolescência como uma manifestação das "adolescências patológicas" (p.

    214), entendidas a partir da "falta de esperança e incapacidade para conseguir um

    sentido para lidar com as emoções, organizar um sentido de pertença e manter um

    sentimento sustentado de bem-estar" (p. 214). A conduta autolesiva estudada na

    pesquisa desenvolvida pelos autores considera aqueles comportamentos que

    apresentam lesões corporais deliberadamente infligidas pelo sujeito sobre si, sem

    intenção letal declarada, com desfecho não fatal e socialmente não aceito (Nock,

    2010; Moreira, 2008). Na maior parte das vezes, são realizados sem a participação

    de outrem, podendo gerar ferimentos e\ou danos físicos, bem como psíquicos, de grau

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    e intensidade variados (Almeida, 2010). Ocorrem de maneira crônica ou esporádica e

    por meio de padrões rítmicos e/ou repetitivos, passíveis de acarretar riscos graves

    àqueles que neles se engajam e, quando não tratados adequadamente, com

    possibilidades de tentativa de suicídio exponencialmente maiores (Guerreiro &

    Sampaio, 2013).

    Entre as motivações para a autolesão, Kaplan e Sadock (1998) citam: raiva,

    alívio de tensão, desvio do foco de atenção da dor emocional para a dor física e desejo

    inconsciente de morrer. Em relação aos fatores de risco, Silva e Botti (2017) escrevem

    que podem ser divididos em: fatores familiares, sociais e individuais.

    Considerando os fatores de risco familiares, pode-se encontrar estudos que

    demostram a dificuldade dos pais na compreensão dessa conduta, fomentando o

    distanciamento intrafamiliar (Giannetta et al.,2012), pesquisas que salientam a

    ausência de percepção de afeto familiar como dado relevante a ser considerado na

    compreensão do comportamento autolesivo (Baetens et al.,2013), além de uma

    história familiar de tentativa de suicídio, histórico de violência praticado por um adulto

    ou pais contra o adolescente em alguma etapa da vida, problemas de parentalidade e

    familiares com histórico de automutilação .No que diz respeito aos aspectos sociais

    dos fatores de risco para o comportamento autolesivo, o isolamento social, bullying, a

    falta de escolaridade, de formação profissional e/ou empregos, bem como amigos com

    história de automutilação.( Silva e Botti ,2017).

    Ainda se citam os aspectos individuais considerados fatores de risco para esse

    comportamento podem estar associados às condições psicopatológicas específicas,

    transtornos de conduta, personalidade borderline, ansiedade, consumo de álcool e

    outras drogas, preocupações com orientação sexual, impulsividade e baixa

    autoestima (Silva e Botti, 2017).

    Como pode-se observar, a depressão está muito relacionada nos estudos com

    o comportamento autolesivo, no entanto esse comportamento pode ser classificado

    como "auto-corte não-suicida", embora alguns adolescentes possam vir a cometer

    suicídio, pois as tentativas à integridade corporal, em princípio, não se relacionam à

    tentativa de morrer, mas às tentativas de viver. Dessa forma, a lesão autoprovocada

    pode ser entendida como um compromisso, uma tentativa de restauração do sentido,

    em que os ferimentos se apresentam como forma de evitar a morte, através da

    “neutralização parcial dos instintos destrutivos” (Kovács, 2008, p.183)

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    39

    Os dados apresentados demonstram a importância de se estudar as relações

    entre aspectos da personalidade, a conduta autolesiva e a depressão. É necessário

    compreender essas relações, pois, segundo Le Breton (2010), esses adolescentes

    chocando-se contra o mundo, de maneira a se machucar, recuperam o controle de

    uma emoção poderosa e destrutiva, procuram uma contenção e encontram então a

    dor ou os ferimentos.

    Diante das questões supracitadas que relacionam motivos e fatores de

    risco para o comportamento autolesivo e que consideram questões de autoimagem

    (por exemplo: incapacidade para lidar com as emoções, falta de sentimento de

    pertença, preocupações com a orientação sexual, impulsividade, baixa autoestima,

    insatisfação corporal, sensação de incompetência e outras perturbações de

    personalidade) e psicopatológicas, como a depressão, é interessante conhecer e

    avaliar os adolescentes que praticam esses comportamentos. Pesquisas desse tipo

    são importantes por trabalharem a fim de compreender as ocorrências que dizem

    respeito a um desenvolvimento emocional patológico daquelas formas de expressão

    sintomáticas que constituem o amadurecimento global, pois os comportamentos

    autolesivos necessitam de estudos e compreensão intensa de forma a poder preveni-

    los e propor formas de intervenção.

    Dessa maneira, o texto visou apresentar os resultados encontrados no estudo

    das relações entre autoimagem, aspectos da personalidade e depressão de pré-

    adolescentes e adolescentes, na faixa etária entre 11 e 16 anos, que apresentam o

    comportamento autolesivo (grupo clínico) em comparação a um grupo controle.

    Método Tipo de estudo

    O estudo é parte de um projeto maior, aprovado pelo Comitê de Ética

    em Pesquisa com Seres Humanos do Instituto de Psicologia da Universidade de São

    Paulo (CAAE 60486016.7.0000.5561, parecer 1.844.372).

    Dessa forma, visando a melhor compreensão dos dados encontrados, será

    utilizado o método quantitativo, apresentando as ocorrências mais frequentes dos

    instrumentos utilizados, que serão confrontadas entre os grupos e terão os resultados

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    40

    apresentados em linguagem matemática, permitindo a mensuração das

    características observáveis com o uso de provas estatísticas do material.

    Participantes

    Os participantes da pesquisa forma divididos em dois grupos: um grupo clínico,

    composto por 29 pré-adolescentes e adolescentes com manifestação do

    comportamento autolesivo, e um grupo controle, com 29 pré-adolescente e

    adolescentes sem essa conduta.

    Instrumentos

    Para a análise dos dados foram utilizados como instrumentos: uma entrevista

    semi dirigida que contemplou os dados psicossociais, o Questionário de Depressão

    Infantil (CDI) e o Desenho da Figura Humana (DFH). A seguir serão descritos cada

    um dos instrumentos.

    Entrevista

    A entrevista foi escolhida como instrumento por ser definida, segundo Bleger

    (1980), como uma forma de reunir com detalhe e amplitude os dados

    preestabelecidos, permitindo chegar a “uma síntese tanto da situação presente como

    da história de um indivíduo, de sua doença e de sua saúde” (Bleger, 1980, p. 11-12).

    Questionário de Depressão Infantil (CDI)

    O CDI foi utilizado para avaliar a presença de sintomatologia da depressão

    entre os participantes. Trata-se de um inventário de autorrrelato elaborado por Kovacs

    (1983), originário do Beck Depression Inventory (BDI) para adultos, e foi adaptado

    para crianças no Brasil por Barbosa, Dias, Gaião e Lorenzo (1996). O objetivo do

    questionário é identificar a presença e a severidade do transtorno depressivo na

    infância, assim como identificar alterações afetivas em crianças e adolescentes. É

    composto por 27 itens, cada um apresentando três opções de resposta, e a criança

    deve escolher qual das opções de resposta de cada item melhor descreve seu estado

    nos últimos tempos. Cada resposta é pontuada em 0; 1 ou 2, dependendo da opção

    escolhida.

    Desenho da Figura Humana (DFH)

    O DFH foi escolhido na pesquisa por ser um instrumento que favorece, de forma

    natural, a expressão das necessidades e dos conflitos do próprio Eu. Considera-se

    também que a figura humana desenhada relaciona-se intimamente com os impulsos,

    ansiedades, conflitos e compensações características do próprio sujeito, sendo

    possível dizer que a pessoa desenhada é a própria pessoa; o papel, o meio ambiente;

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    e o processo de desenhar, uma relação de projetar a si mesmo, com todos os

    significados (Machover, 1949).

    Machover (1949) e, posteriormente, Hammer (1981) – observaram que os

    desenhos também traziam contribuições para realizar a análise da personalidade dos

    sujeitos e, assim, identificaram que os elementos contidos no DFH falavam mais sobre

    o sujeito que o desenho em si, considerando que os desenhos poderiam ser vistos

    com indicadores do desenvolvimento psicológico da criança (Paludo; Costa; Silva,

    2010).

    Machover (1949) acrescenta que durante a produção do DFH há um

    processo de seleção que envolve a identificação por meio da projeção e introjeção,

    devendo o indivíduo desenhar consciente, mas também inconscientemente, dessa

    forma envolvendo a projeção na imagem. A autora escreve que a experiência

    ampliada e concentrada com desenhos da figura humana indica uma íntima união

    entre a figura desejada e a personalidade do indivíduo que está realizando o desenho.

    Análise dos resultados

    Os dados obtidos com o CDI foram trabalhados conforme a nota de corte para

    o público brasileiro (17 pontos). No entanto, considerou-se indicativo de algum grau

    de depressão a pontuação acima de 11 pontos. Já o DFH foi analisado a partir da

    criação de categorias que se referem a aspectos gerais, formais e de conteúdo dos

    desenhos (Hammer, 1981 e Van Kolck, 1968), A análise dos dados encontrados nos

    dois instrumentos foi submetida a tratamento estatístico para comparação entre os

    grupos clínico e controle. Também foi possível a comparação entre os resultados do

    CDI e os aspectos avaliados no DFH.

    Resultados A Tabela 1 apresenta a comparação dos dados sociodemográficos entre os

    dois grupos, considerando a idade, sexo e escolaridade dos participantes.

    Tabela 1. Comparação dos dados sociodemográficos entre os grupos

    Variável Controle

    (n=29)

    Clínico

    (n=29)

    t p-value

    Idade* 13,06 (1,36) 13,10 (1,34) 0,970 0,923

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    Sexo (masculino)** 10 19 1,000 1,000

    Escolaridade* 7,93 (1,81) 7,42 (1,25) -1,212 0,231 *Teste t de Student – Resultados expressos em Média (DP).

    **Teste Chi-Quadrado – Resultados expressos em N (%).

    Sig – p

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    43

    Cabeça Pequena 0 (0) 5 (17) 5,472 0,019

    Cabelo Enrolado 1 (3) 6 (21) 4,062 0,044

    Pescoço Fino 2 (7) 13 (45) 10,881 0,001

    Olhos Presença de Pupilas 24 (83) 13 (45) 9,032 0,003

    Nariz Pequeno 5 (17) 14 (48) 6,340 0,012

    Boca Lábios presentes 1 (3) 10 (34) 9,087 0,003

    Corpo Presença 28 (97) 20 (69) 7,733 0,005

    Braços Presença 29 (100) 19 (66) 12,083 0,001

    Em cruz 10 (34) 1 (3) 9,087 0,003

    Deteriorados (defeituoso) 6 (21) 1 (3) 4,062 0,044

    Mãos Presença 20 (69) 12 (41) 4,462 0,035

    Fechadas 9 (31) 0 (0) 10,653 0,001

    Pernas Presença 28 (97) 19 (66) 9,087 0,003

    Pés Presença 28 (97) 18 (62) 10,507 0,001

    Linha de Base Presença 9 (31) 0 (0) 10,653 0,001

    Cinto Presença 15 (52) 0 (0) 20,233

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    O resultado do CDI do Grupo Clínico mostra que , para alguns adolescentes,

    essa etapa do desenvolvimento é muito mais crítica. A presença de sintomas

    relacionados à depressão foi significativamente maior no grupo de adolescentes com

    comportamento autolesivo, corroborando trabalhos que associam esse

    comportamento a transtornos psiquiátricos, sendo o humor deprimido e o Transtorno

    Depressivo Maior os mais presentes (Millon e Davis, 1996; Skegg, 2005; Klonsky,

    2007; Giusti, 2013).

    Ao que se refere aos Desenhos de Figura Humana, foi identificado 20

    categorias com diferença significativa entr