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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO CURSO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL LEILA DA SILVA VARGAS EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS DE MANEIRA DINÂMICA E DIVERTIDA Brasília 2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

CURSO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL

LEILA DA SILVA VARGAS

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS DE

MANEIRA DINÂMICA E DIVERTIDA

Brasília

2011

LEILA DA SILVA VARGAS

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS DE

MANEIRA DINÂMICA E DIVERTIDA

Monografia apresentada ao Curso de Educação Ambiental da Universidade Cândido Mendes como requisito para obtenção do Título de Graduação em Educação Ambiental sob a orientação da professora M.Sc. Mariana de Castro Moreira.

Brasília

2011

LEILA DA SILVA VARGAS

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS DE

MANEIRA DINÂMICA E DIVERTIDA

Monografia apresentada ao Curso de Educação Ambiental da Universidade Cândido Mendes como requisito para obtenção do Título de Graduação em Educação Ambiental sob a orientação da professora M.Sc. Mariana de Castro Moreira.

Aprovada em _______ / _________/ __________

BANCA EXAMINADORA

______________________________________

Prof. Orientador M. Sc. Mariana de Castro Moreira

Brasília

2011

[...] a relação dos seres humanos com a natureza não acontece desvinculada ou à margem das outras relações, o que quer dizer que a natureza precisa ser entendida no contexto das relações sociais mais amplas.

UNOPAR, 2009

AGRADECIMENTOS

A Deus por sua infinita misericórdia e por todas as maravilhas que acontecem em minha

vida;

Aos meus pais pelo carinho, educação e valores que me passaram;

A meus irmãos pelo apoio e compreensão dos meus momentos de ausência;

Ao meu esposo pelo incentivo e apoio para que eu pudesse completar mais essa etapa

da minha vida;

Ao professor orientador do projeto e do TCC, pelo incentivo e dedicação em todos os

momentos;

Aos coordenadores e demais profissionais da Universidade pela contribuição que me

deram ao longo do curso;

Aos meus amigos e colegas da faculdade que me incentivaram ao longo dessa

caminhada.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, ao meu marido, aos meus filhos, amigos e a

toda a minha família pelo incentivo e força para que pudesse atingir o meu objetivo.

RESUMO

Este estudo teve como objetivo geral conscientizar o estudante, desde as séries iniciais, da importância de se preservar o meio em que se vive, numa visão micro e macroscópica, ou seja, da simples sala de aula ao seu planeta. Estudou-se e identificaram-se as formas de relação equivocada que se tem com a natureza atualmente, ressaltando as contradições existentes nas relações natureza/sociedade que dificultam a formulação de um currículo para educação infantil no que tange ao tema tratado. Para tanto, utilizou-se a pesquisa qualitativa, realizando-se um estudo de caso, composto por uma amostra de dados coletados por meio de um questionário aplicado a cinco professores da Escola Classe 39 de Taguatinga. Utilizou-se ainda a pesquisa bibliográfica com consultas a artigos publicados na Internet e livros que tratem do assunto abordado. Os resultados mostram que fica cada dia mais difícil educar as crianças em um ambiente contraditório, onde se fala em solidariedade, mas se vive o individualismo, a competição e destruição do meio ambiente. É, portanto, considerado uma realidade que precisa ser mudada e depende de políticas sociais efetivas e envolvimento de educadores, propondo uma educação alternativa, ligada ao conceito de responsabilidade e consciência ambiental. Pode-se concluir que há vários trabalhos em escolas e até em comunidades, mas não há ainda nada de efetivo no que concerne à conscientização das crianças acerca da realidade de que elas são parte do mundo a que pertencem e precisam cuidar dele. Palavras-chave: Natureza. Crianças. Educação ambiental. Escola. Sociedade.

ABSTRACT

This study it had as objective generality to acquire knowledge the student, since the initial series, of the importance of if preserving the way where if it lives, in a macrocospic vision micron and, that is, of the simple classroom to its planet. It is still intended to study and to identify the forms of maken a mistake relation that if has currently with the nature, standing out the existing contradictions in the relations nature/society that make it difficult the formularization of a resume for infantile education in what it refers to the treat subject. For in such a way, it was used qualitative research, becoming fullfilled a study of case, composition for a sample of data collected by means of an applied questionnaire the five professors of the School Classroom 39 of Taguatinga. The bibliographical research with consultations was still used the articles published in the Internet and books that deal with the boarded subject. The results show that it is each more difficult day to educate the children in a contradictory environment, where if speak in solidarity, but if the individualism, the competition and destruction of the environment lives. It is, therefore, considered a reality that it needs to be moved and it depends on social politics effective and envolvement of educators, considering an alternative, on education to the concept of responsibility and ambient conscience. It can be concluded that it even has some works in schools and in communities, but still does not have nothing of cash with respect to the awareness of the children concerning the reality of that they are part of the world the one that they belong and they need to take care of of it. Key word: Nature. Children. Ambient education. School. Society.

METODOLOGIA

A Pesquisa, de um modo geral, recorre a diferentes técnicas, dentre elas estão a observação a experimentação e a entrevista. Gil, 2002

Tipo de pesquisa

Para a efetivação deste trabalho como foi proposto, realizou-se uma pesquisa de

campo descritiva, de caráter qualitativo, que, conforme Martins e Bicudo, as pesquisa

deste tipo possibilitam o uso e o desenvolvimento de uma grande variedade de recursos e

técnicas (MARTINS & BICUDO, 1989).

Na opinião de Triviños (1992), a pesquisa qualitativa possibilita a compreensão da

situação crítica no ambiente onde a mesma ocorre, sem criar situações simuladas que

distorçam a realidade, ou que levem à interpretação ou generalização equivocadas.

Segundo Minayo (1999, p.101),

A investigação qualitativa requer como atitudes fundamentais a abertura, flexibilidade, a capacidade de observação e de interação com o grupo de investigadores e com os atores sociais envolvidos. Seus instrumentos costumam ser facilmente corrigidos e readaptados durante o processo de trabalho de campo, de acordo com as finalidades da investigação.

Conforme explicação de Gil (2002), pesquisa qualitativa é quando há uma relação

dinâmica entre o mundo real e o subjetivo, ou seja, um vínculo indissociável entre o

mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, que não pode ser traduzido em números.

De acordo com Lakatos e Marconi (1992), “a interpretação dos fenômenos e a

atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. O ambiente

natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador é o instrumento chave.” No

entanto, alguns pesquisadores analisam os dados de maneira aleatória, segundo sua

intuição.

A pesquisa é também bibliográfica e telematizada pela utilização de teses,

dissertações, artigos, livros, jornais e sites na internet para desenvolver e suportar os

objetivos propostos neste estudo. É também de campo pela utilização de instrumentos

como entrevistas em profundidade, além da utilização de questionário.

Sujeitos e Campo da pesquisa

Como mostram as pesquisas que deram origem a este TCC, ao se tratar de meio

ambiente, fala-se também do ser humano, que faz parte do meio ambiente e com ele

estabelece relações sociais, econômicas e culturais.

Levando-se em consideração que o ser humano é parte integrante do meio

ambiente, escolheu-se trabalhar com os professores de séries iniciais que desenvolvam

algum projeto de educação ambiental. Dessa forma, foram eleitos como sujeitos da

pesquisa, os cinco professores de séries iniciais, que lecionam na Escola Classe 39 de

Taguatinga, localizada na QNC 15/17 Taguatinga Norte - Distrito Federal.

Escolheu-se como referência a Escola Classe 39 de Taguatinga tendo em vista

que a RA onde a referida escola funciona tem um dos maiores contingentes do Distrito

Federal e também grande incidência de crianças adolescentes. Em Taguatinga, que

concentra grande parte da população do Distrito Federal, o índice de áreas ocupadas

irregularmente é preocupante, como construções à beira de erosões e em áreas de

preservação ambiental.

O local da pesquisa é um dos maiores colégios públicos da região, funciona

durante dois turnos, oferecendo Educação Infantil, (de 4 a 5anos) e Educação

Fundamental, contando com um corpo discente de 460 alunos e um corpo docente de 20

professores, 2 coordenadores, 1 diretor e 1 vive-diretor; 1 assistente administrativo e 1

orientadora.

Apesar da orientação de Gil (2002, p. 124) que afirma que, em um universo de até

mil pessoas devem ser aplicados oitenta e três questionários, isso não foi possível na

presente pesquisa, por se ter optado por uma coleta de dados no interior de uma escola

e, a aplicação dessa quantidade de questionários, certamente viria a prejudicar o

funcionamento dos projetos pedagógicos, visto que exigiria maior tempo de permanência

no local.

Procedimentos para coleta de dados

Para a coleta de dados, optou-se pela entrevista semi-estruturada, por considerá-la

a técnica que melhor possibilita alcançar os objetivos propostos pela pesquisa. Entrevista,

como afirma Lakatos e Marconi (1992, p.107), "é uma conversação efetuada face a face,

de maneira metódica; proporciona ao entrevistador, verbalmente, a informação

necessária." É um modo de comunicação onde determinada informação é transmitida de

uma pessoa para outra.

As cinco professoras entrevistadas foram agendadas pela pesquisadora,

separadamente, de acordo com a disponibilidade das mesmas. Foram aplicados cinco

questionários com dez questões objetivas e não objetivas sobre a importância do

conhecimento da necessidade de uma boa educação ambiental, falando sobre

reutilização de materiais coletados na própria comunidade e também sobre o plantio de

hortas.

Além de pesquisar o grupo de educadoras, também foi verificado, por meio de

observação, se há por parte das crianças uma preocupação em preservar o meio

ambiente e reutilizar os recursos naturais.

Procedimentos para análise dos dados

As informações obtidas por meio das entrevistas foram cuidadosamente

ordenadas e sistematizadas, de modo a permitir uma maior aproximação à realidade

concreta da prática das professoras, no que diz respeito ao modo como estas têm

trabalhado o tema Educação Ambiental. Não há respostas certas ou erradas

relativamente a qualquer dos itens, pretendendo-se apenas a opinião pessoal e sincera

das entrevistadas.

Cada professora entrevistada respondeu às perguntas que lhe foram propostas

sobre a questão da Educação Ambiental – dentro do tema “Educação Ambiental nas

Séries Iniciais”, sendo feita anotação manual das respostas, buscando-se a maior

fidelidade possível na transcrição de cada uma delas.

O tratamento dos dados observou os seguintes passos propostos por Minayo

(1999): ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final, onde se buscou

identificar os principais problemas que inviabilizam a aplicação do tema transversal Meio

Ambiente dos PCNs. A ordenação dos dados iniciou-se com a análise das respostas

escritas nos questionários e com a anotação dos comentários feitos pelas entrevistadas.

Depois, foi feita uma releitura e organização de todo o material coletado.

A finalização da análise dos dados foi feita por meio de um trabalho a partir da

aproximação da metodologia dos PCNs, onde, lembrando Goldenberg (1998),

estabeleceu-se uma compreensão e comparação entre as diferentes respostas das

entrevistadas e as opiniões dos autores consultados.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................................14

CAPÍTULO I - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL.................................................................16

1.1 Histórico de Ecologia e Educação Ambiental...............................................................16

1.2 Objetivo da Educação Ambiental.................................................................................19

1.3 A Educação ambiental numa visão pedagógica...........................................................20

CAPÍTULOII - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA...............................................25

2.1 Princípios gerais da Educação Ambiental...................................................................29

2.2 Procedimento do professor em Educação Ambiental..................................................30

2.2.1 Falando de reaproveitamento de materiais...............................................................31

CAPÍTULO III - ANÁLISE EDISCUSSÃO DOS DADOS COLETADOS..........................34

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................42

REFERÊNCIAS .................................................................................................................44

ANEXO...............................................................................................................................47

INTRODUÇÃO

A paisagem é produto da vida em sociedade, das ações acumuladas historicamente. Para ler uma paisagem, podemos dizer que é preciso desenvolver uma linguagem.

Brasil, 1998

O trabalho aqui apresentado consiste em um estudo sobre o tema “Educação

Ambiental nas Séries Iniciais”. Além da pesquisa bibliográfica, foram feitas entrevistas

com cinco professores de séries iniciais que atuam na Escola Classe 39 de Taguatinga,

localizada na Qnc 15/17 área especial Taguatinga Norte Distrito Federal, a fim de coletar

dados que revelassem a incidência de projetos de educação ambiental e também saber

suas opiniões sobre o tema aqui tratado. O relato da experiência adquirida por esses

profissionais no decorrer de sua carreira foi descrito e comparado à pesquisa bibliográfica.

Este trabalho teve como objetivo geral estudar e identificar as formas de se

conscientizar o estudante, desde as séries iniciais, da importância de se preservar o meio

em que se vive, numa visão micro e macroscópica, ou seja, da sala de aula ao planeta.

Pretende-se ainda mostrar como fazer com que o aluno se sinta parte do mundo a que

pertence, através de atividades lúdicas e acadêmicas; planejar e executar ações com

alunos, com o objetivo de recolher materiais recicláveis e transformar os materiais

recolhidos em fontes alternativas de matéria-prima.

Escolheu-se este tema com base nas pesquisas que deram origem a este Trabalho

de Conclusão de Curso, que indicam a necessidade de se realizar um trabalho com os

alunos das séries iniciais, mostrando a eles que a preservação do meio em que se vive é

necessária e exige responsabilidade por parte de todos.

Ainda assim, o estudo do meio ambiente pode ser entendido, de maneira geral,

como envolvimento de uma criança em atividades sociais que lhe proporcionem

experiências significativas e façam com que ela se torne multiplicadora, aprendendo por

meio de atividades lúdicas e acadêmicas. Esses envolvimentos e atividades precisam ser

bem planejados e acompanhados pelo professor para que se atinjam os objetivos

propostos.

Este estudo é de extrema relevância, pois vem mostrar atividades de educação

ambiental, o que é diferente daquelas propostas pelas novas tecnologias, que envolvem

as crianças, tirando-as do convívio com a natureza e, conseqüentemente, vão se

perdendo as relações naturais que a humanidade tinha com a terra e suas culturas.

Espera-se que este estudo contribua para que a sociedade, as famílias, grupos,

escolas e até igrejas tenham um novo olhar para a educação ambiental, que se constitui

numa forma abrangente de educação, que procura imprimir no educando uma

consciência crítica sobre a problemática ambiental. Neste sentido, o problema a ser

pesquisado é: O que fazer para minimizar os problemas relacionados à Educação

Ambiental na Escola?

Para melhor entendimento do tema aqui tratado, este Trabalho de Conclusão de

Curso foi dividido em: Introdução e três capítulos, assim dispostos: o primeiro explica a

metodologia adotada neste Trabalho de Conclusão de Curso; o segundo faz a

conceituação de Ecologia e Educação Ambiental e uma explanação dos problemas e da

necessidade da educação ambiental e o terceiro, a discussão dos resultados obtidos por

meio da pesquisa bibliográfica e da coleta de dados. Depois, fazem-se as considerações

finais acerca deste estudo.

CAPÍTULO I

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra.

Brasil 1998

1.1 Histórico de Ecologia1 e Educação Ambiental

Desde meados dos séculos dezesseis e dezessete, os estudiosos Newton,

Descartes e Bacon já percebiam a natureza como “um mecanismo a ser controlado,

investigado, dominado e subjugado”; no entanto, a partir do século dezoito iniciou-se uma

nova maneira de pensar o meio ambiente, a partir da crítica à ciência moderna e ao ser

humano que pensa ter direitos sobre a natureza, com pretensões de usufruir de forma

errada e ser independente dela (BRANCO, 1980 p. 9).

As ações degradantes do homem e também a chegada das indústrias; o aumento

da população e o crescimento das cidades exigiram cada vez mais a utilização dos

recursos naturais. A exploração indiscriminada do meio ambiente era uma ação

impensada.

Devido ao aumento das atividades lucrativas, os pais educavam seus filhos

pensando unicamente na indústria e no comércio, aumentando muito a exploração dos

recursos naturais, produzindo mais lixo, sem se preocupar com o futuro do meio ambiente

(TIRIBA, 2008).

Esses acontecimentos provocaram grandes modificações na cultura, tirando do

homem a atenção ao meio ambiente, que passou a ser visto apenas como um objeto de

uso indiscriminado, não havendo nenhuma preocupação em se impor limites e

critérios adequados para que se preservassem os recursos naturais.

1____________

A Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente e divide-se em várias partes: Autoecologia, a Demoecologia e a Sinecologia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental

De acordo com Carvalho (2010 p. 02):

Não demorou muito para surgirem as conseqüências dessa cultura moderna: o surgimento de problemas ambientais que afetam a qualidade de vida. Em pouco tempo ficou claro que havia uma crise de relações entre sociedade e meio ambiente. A preocupação com essa situação fez com que surgisse a mobilização da sociedade, exigindo soluções e mudanças.

Ainda conforme explicação de Carvalho (2010 p. 02), a partir dessa “preocupação

da sociedade com o futuro da vida”, nos anos 1960, (século vinte) , os movimentos em

prol do meio ambiente levaram ao surgimento do movimento ecológico, que propôs uma

nova visão e maior preocupação com a Ecologia, difundindo a Educação Ambiental, que

se tornou um instrumento importante utilizado pelo homem para preservação do meio

ambiente.

Carvalho (2010), explica ainda que o termo Ecologia foi utilizado pela primeira vez

em 1869, pelo cientista alemão Ernest Haeckel, significando o estudo das relações entre

os seres vivos e o ambiente em que vivem, bem como da localização e quantidade de

seres vivos existentes na Terra.

O movimento ecológico teve como proposta principal a superação da “dicotomia

entre natureza e sociedade”, levando as pessoas a tomarem “atitudes ecológicas”. Na

opinião de Carvalho (2010 p. 03), um dos fundamentos das ações ecológicas: “é a visão

socioambiental, que afirma que o meio ambiente é um espaço de relações, é um campo

de interações culturais, sociais e naturais [...]”

Assim sendo, a Ecologia propôs a Educação Ambiental, que sugere “a formação de

sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele de forma crítica e consciente. Sua

meta é a formação de sujeitos ecológicos” que se sensibilizem e tenham atitudes afetivas

em relação ao meio ambiente. Que sejam sujeitos dotados de capacidades cognitivas

para “uma leitura do mundo do ponto de vista ambiental”. (CARVALHO, 2010 p. 03)

Atualmente, muito tem se falado sobre o aquecimento global e suas

conseqüências, que atingirão a todos, sem distinção. Essa preocupação levou o mundo a

uma constante reflexão sobre a necessidade de se defender a natureza. Assim, pensou-

se na efetivação da Educação Ambiental, contrária à educação que se deu aos filhos

anos atrás, que visualizava apenas a indústria e o comércio.

Neste sentido, observa-se uma conscientização por parte de algumas pessoas que

pensam nos prejuízos de uma educação predadora, capaz destruir sem se preocupar com

o futuro das espécies da fauna e da flora e dos seres humanos.

Esse pensamento leva a uma preocupação com uma educação que venha trazer

benefícios à natureza, no sentido de repor um pouco do que tirado e preservar o pouco

que ainda resta de muitos dos recursos naturais.

Assim, o Poder Público achou por bem instituir políticas públicas incorporando a

educação ambiental em todos os níveis de ensino e prevendo um empenho por parte de

toda a sociedade na preservação, recuperação e melhoria do meio ambiente e da

qualidade de vida das pessoas.

Segundo Andrade (2009 p. 45) “a proposta deste eixo temático é discutir a

importância da construção de valores, habilidades e atitudes na infância, voltadas para a

conservação do meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida.” Ressaltam-se,

nestes ensinamentos, as questões sobre o mundo atual e a importância da preservação

do meio ambiente.

Espera-se, com a instituição da educação ambiental, incentivar à “participação

individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio

ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do

exercício da cidadania.” (BRASIL, 1998).

A Lei da Educação Ambiental Educação Ambiental ainda prevê uma formação para

os profissionais de educação que atuam em todos os níveis, visando o ensino na

interdisciplinaridade, com ações educativas que proporcionem entendimento e

conhecimentos acerca da necessidade de se preservar a natureza.

Neste sentido, Andrade (2009 p. 45), ressalta que:

A sociedade contemporânea tem exigido dos educadores uma reflexão contínua no sentido de reformular e reconstruir estratégias que orientem as crianças na vivência de valores e atitudes voltados para uma maior afetividade em relação ao meio em que vivem.

Adotando as ações educativas previstas em lei, será possível ao professor ensinar

aos alunos a perceber a riqueza natural e cultural em que estão envolvidos, bem como o

respeito à diversidade e a complexidade dos fenômenos e das relações que o ambiente

proporciona.

A partir dessa conscientização das crianças a respeito do importante papel de cada

indivíduo em relação ao meio em que vive, o professor poderá lhes proporcionar meios

para que cheguem a ser multiplicadoras de ações significativas para a preservação da

natureza.

Andrade (2009 p. 46) considera que o professor deverá procurar aprender mais

sobre o tema e que este seu interesse em aprender despertará nas crianças uma grande

motivação para aprender também. “Portanto, o interesse do professor em aprender,

mantém acesa a curiosidade da criança.”

1.2 Objetivo da Educação Ambiental

Conforme explicação de Reigota (1999, p. 69), a Educação Ambiental tem como

objetivo disseminar o conhecimento sobre o ambiente, com vistas à sua preservação e à

utilização sustentável dos recursos naturais. “É uma metodologia de análise que surge a

partir do crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente, devido às

grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.”

No Brasil, a Educação Ambiental visa, não somente à proteção e uso sustentável

de recursos naturais, mas propõe a construção de uma consciência voltada para a

sustentabilidade para toda a sociedade. Para Reigota (1999 p. 69), “mais que um

segmento da Educação, a Educação Ambiental é a Educação em sua complexidade e

completude.”

A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental Educação Ambiental efetivou-se no

dia 27 de Abril de 1999. Em seu Art. 2° afirma que:

A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

A função principal da Educação Ambiental é chamar a atenção de todos os

indivíduos e conscientizá-los de que o ser humano é um dos componentes do meio

ambiente, porém, não é o centro de tudo e não deve se esquecer da importância da

natureza como um todo. O homem precisa entender que, prejudicando a natureza, estará

prejudicando-se a si mesmo e às próximas gerações.

Neste sentido, Carvalho (2010, p. 01) afirma que:

A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas

derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.

Observa-se, por meio da literatura consultada para a efetivação deste TCC, que a

Educação Ambiental traz uma mudança de valores e conceitos, sugerindo o

desenvolvimento de habilidades e modificando atitudes das pessoas em relação ao meio

em que elas vivem. Vem ainda influenciar tomadas de decisões de forma a ética,

conduzindo as atitudes da população a uma melhora da qualidade de vida.

Conforme o Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Percebe-se, portanto, que a Educação Ambiental é um trabalho que visa despertar

a preocupação de cada individuo e também de toda a comunidade para a os problemas

ambientais. Ela proporciona informação em linguagem adequada, contribuindo assim para

o despertar de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões

ambientais e sociais. “Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando

trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social,

assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política.” (CARVALHO, 2010 p.

03)

1.3 A Educação ambiental numa visão pedagógica

O Poder Legislativo Brasileiro, por intermédio da Lei Federal nº 9795/99, criou a lei

que trata da Educação Ambiental, envolvendo o ensino formal e o não formal. A

Educação Ambiental é um processo participativo, que tem o educando como elemento

central do processo de ensino/aprendizagem almejado. É onde ele tem participação ativa

na constatação dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como

agente transformador e multiplicador, por meio da aquisição de conhecimentos que visem

o desenvolvimento de habilidades e tomada de atitudes baseadas em uma conduta ética,

condizente com o exercício da cidadania.

Considerando-se que o homem, realizando atividades produtivas sobre a natureza,

se sustenta dos recursos naturais, ele passe a ser responsável pela preservação destes

bens naturais dos quais ele se utiliza. Por isso, a Educação Ambiental deve ser contínua,

garantindo que a natureza terá a recuperação daquilo que lhe foi tirado pelo homem e

que, certamente lhe fará falta. (SMITH, apud SATO, 1995).

Assim sendo, o mundo vai sendo culturalmente construído conforme a

necessidades e os desejos das comunidades e a Educação Ambiental se torna importante

para que as pessoas se integrem ao ambiente em que vivem, preservando a qualidade de

vida humana, dos animais e das plantas.

Conforme os PCNs (2000) é necessário que as crianças aprendam que é preciso

ter maior cuidado com a natureza de um modo geral. Para tanto, é preciso que o adulto

ensine com o seu exemplo.

Neste sentido, os PCNs (2000 p. 19) ressaltam que:

[...] a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

Para Carvalho (2010 p. 02), os conteúdos aplicados em Educação Ambiental nas

escolas devem ser interdisciplinares, pois abrangendo todo o currículo e estando

adequados à realidade da comunidade em que a criança vive, proporcionará ao aluno

uma nova visão sobre a relação do homem com o meio ambiente, além de lhe ajudar a

ter uma visão mais ampla e significativa do mundo em que vive.

De acordo com Smith, (apud SATO, 1995), tendo o comportamento humano

grande influência sobre a natureza e, conseqüentemente, a natureza também exerce

grande influência sobre a qualidade de vida da humanidade, a Educação Ambiental

deverá sempre gerar uma convivência harmoniosa dos seres humanos com o ambiente

em que vivem. Isso também implica pensar na preservação das demais espécies que

habitam o planeta.

Percebe-se que uma das principais funções da Educação Ambiental é conduzir o

aluno à aquisição de conhecimentos que facilitem analisar criticamente o pensamento do

homem que se vê como um ser superior, que usa e abusa da natureza sem medir as

conseqüências, levando à destruição os recursos naturais além de várias espécies da

fauna e da flora.

Carvalho (2010 p. 03) adverte ainda que é preciso considerar que:

A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital; As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência; É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.

Levando em conta as explicações de Carvalho e observando a literatura

consultada, pode-se afirmar que a Educação Ambiental deve ser levada até os alunos de

forma efetiva, bem planejada e sistemática; em todos os níveis de ensino, “assegurando

a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas

disciplinas e das atividades escolares.” (CARVALHO, 2010 p. 03).

Tendo em vista as mudanças trazidas pelo advento da tecnologia e da

globalização, o que gera um aumento da utilização dos recursos naturais e da produção

de resíduos, as mudanças também foram necessárias no sentido de se alertar e

mobilizar a sociedade para a preservação, para se estabelecer limites e critérios para a

utilização dos recursos naturais, pois o meio ambiente não serve apenas para satisfazer

as vontades das pessoas, causando destruição e sérios problemas para o mundo todo e

para todas as vidas.

Faz-se necessária a mobilização da sociedade no sentido de mudar os conceitos e

a cultura do uso indiscriminado dos recursos naturais. É preciso que as pessoas mudem

suas atitudes em relação ao meio ambiente e se tornem sensíveis aos problemas

ambientais que afetam a qualidade de vida e que essa sensibilidade os motive à procura

de meios para preservar.

Carvalho (2010, p. 01) explica que:

[...] nem sempre as interações humanas com a natureza são daninhas, porque existe um co-pertencimento, uma co-evolução entre o homem e seu meio. Co-evolução é a idéia de que a evolução é fruto das interações entre a natureza e as diferentes espécies, e a humanidade também faz parte desse processo.

Conforme Carvalho, fazer parte do processo significa conviver em harmonia com a

natureza e todos os seus recursos, de maneira sustentável e sensível, refletindo

posturas éticas em suas ações perante o mundo, reconhecendo que seus recursos

naturais se esgotam e para que isso seja evitado, é preciso ter consciência ambiental.

Assim, é preciso que o homem deixe para trás a idéia de que os recursos naturais

foram feitos para serem explorados e passe a ver a natureza como parte integrante da

sua vida, pois sem seus recursos fica impossível viver bem no planeta.

O homem precisa se dar conta da sensibilidade da natureza e aprender a cuidar

dela para que seja preservada. Assim, ele e seus descendentes poderão usufruir e se

relacionar de forma correta com o meio em que vive, repondo o que retira e não exigindo

demais.

A partir do momento em que o homem entender que assim como a natureza lhe

pertence, ele também pertence à natureza, haverá uma interação mais justa e mais

harmônica, diminuindo os problemas ambientais e, consequentemente dando ao homem

melhores condições de vida.

É preciso que o homem entenda que vive uma relação com a natureza e essa

relação exige uma troca de cuidados. Esses cuidados não significam não retirar nada,

não usufruir de nenhum recurso, mas sim utilizar com responsabilidade, não acabando

com tudo.

Essa é uma preocupação diária, que deve estar em todos os âmbitos da vida das

pessoas, desde a forma como se alimentam, o que consomem, o que vestem, o lixo que

produzem, o que desperdiçam e o que poderá ser reaproveitado. Esses cuidados são

mais que necessários na relação humana com o meio.

Segundo Werneck (2000), o educador nem sempre está preparado para educar

para a preservação ambiental, mas desde que seja sensibilizado para a necessidade

deste tipo de educação, poderá se tornar um multiplicador de ações em prol da

natureza, educando seus alunos para que formem também multiplicadores.

A sensibilidade sugerida pelo referido autor, vai além da formação sugerida em lei

para que o professor cumpra em seu campo de atuação as determinações legais.

Preservar o meio ambiente exige mais que atitudes formais.

É preciso que todos os que se dispõem a participar do processo de formação de

multiplicadores de ações em prol da natureza vejam além, que pensem não somente no

momento, mas nas conseqüências das suas atitudes especialmente para as gerações

vindouras.

Andrade (2009), fala da complexidade da vida moderna e da necessidade de se

educar as crianças para a cidadania, levando até elas o conhecimento necessário para

que entendam e vivam a relação pessoa-ambiente com responsabilidade.

Ainda de acordo com Andrade (2009 p. 02):

O conhecimento da natureza, por sua vez, implica a compreensão de que a relação dos seres humanos com a natureza não acontece desvinculada ou à margem das outras relações, o que quer dizer que a natureza precisa ser entendida no contexto das relações sociais mais amplas.

Neste sentido, observa-se que o ensino da educação ambiental está vinculado à

realidade social, pois “o ambiente é um agente continuamente presente na vivência

humana.” (ANDRADE 2009 p. 03).

O estudo da situação da natureza refere-se ao conhecimento da realidade física e

social pela criança e inclui a representação do mundo, acontecimentos, fenômenos

naturais, vínculos afetivos e respeito ao meio em que se vive. Os conteúdos devem ser

atraentes e significativos para ela.

Outro fator importante a ser ressaltado é que os conteúdos devem ser abordados

de maneira a contemplar as diferentes faixas etárias das crianças, com objetivos distintos

e direcionados para cada fase de desenvolvimento.

CAPÍTULO II

Educa para o relacionamento com o meio ambiente, nem sempre quem sabe, mas quem cultiva a sensibilidade de que é dotado; quem põe sua alma a se nutrir com a beleza, a delicadeza, o perfume, os sons. Para quem é importante o pôr-do-sol, o nascer da lua, a cordialidade, o saber desculpar e o desculpar-se, o servir, ser amável e afável, viver em paz com a existência, considerando "próximos" todos os seres vivos. Hugo Werneck (2000)

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

Dentre as recomendações do Ministério da Educação e Cultura (MEC) sobre a

globalidade da educação infantil, os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação

Infantil (RCNEI) ressaltam o conhecimento de mundo, que vem, dentre tantas

especificidades do currículo, propor a Educação Ambiental desde a pré-escola.

Tendo em vista que a problemática ambiental é uma das principais preocupações

da sociedade moderna, a escola passa a ser o espaço social e o local onde o aluno

conviverá com iniciativas no sentido de reverter o quadro em que se encontra o meio

ambiente. (BRASIL, 2000).

Cabe ressaltar aqui que, como todo o tipo de educação, a Educação Ambiental

precisa ser iniciada pela família, visto que esse é o primeiro grupo com o qual a criança

convive e de onde vêm seus princípios. Assim sendo, a escola é parceira na educação

do ser humano para a preservação do meio ambiente e não deve ser a única

responsável por essa tarefa tão difícil.

Destaca-se ainda que, antes mesmo de se aprender comportamentos

ambientalmente corretos na escola, os alunos devem aprender na prática do dia a dia,

no cotidiano da vida em família, para depois se aprimorar na vida escolar, contribuindo

para a formação de cidadãos responsáveis e multiplicadores de ações em prol da

natureza.

Andrade (2009 p. 03) afirma que:

Os elementos naturais, presentes nos mais diversos ambientes atraem fortemente a atenção das crianças desde cedo e encantarão as crianças durante anos, portanto é necessário que o professor se encoraje e possibilite condições de explorar a natureza desde bem pequenas.

Neste sentido, Tiriba (2008) adverte a sociedade quanto à privação das crianças

de conviver com os elementos da natureza. Para ela, as crianças estão perdendo seu

espaço e sua liberdade de brincar de forma a conviver em suas brincadeiras com

elementos da natureza, privando-se de aprender a admirá-los e respeitá-los como um

bem que precisa ser preservado.

Andrade (2009 p. 03) adverte que educador nunca deve menosprezar a

curiosidade de uma criança, pois ela pode ver, ouvir e sentir o cheiro de muitas coisas,

mas isso não será suficiente para que ela conheça. Para tanto, é preciso permitir que ela

toque, pegue, puxe e acaricie.

Na opinião do referido autor, o professor deve aproveitar ao máximo esses

momentos de curiosidade da criança para levar a te ela o conhecimento de maneira o

mais lúdica possível, pois assim ela se interessará em aprender mais e também em

repassar seus conhecimentos.

Andrade (2009 p. 04), ressalta que “Um inseto se movendo, as gotas de chuva

caindo, uma teia de aranha ou mesmo as flores de um jardim são elementos capazes de

atrair as crianças e aguçar sua curiosidade”. Assim, o professor precisa estar atento

para não perder oportunidades de ensinar.

Na opinião de Andrade (2009 p. 04):

É este, sem dúvida, um dos melhores caminhos para alcançar níveis mais adiantados de desenvolvimento cognitivo, acompanhando e tentando compreender as fases da vida das plantas e animais, as transformações no ambiente e os fenômenos naturais.

Tiriba (2008) fala sobre a relação equivocada que se tem com a natureza

atualmente. Para a autora, as contradições existentes nas relações natureza/sociedade

dificultam a formulação de um currículo para educação infantil no que tange ao tema

tratado. Na opinião da autora, fica cada dia mais difícil educar as crianças em um

ambiente contraditório, onde se fala em solidariedade, mas se vive o individualismo, a

competição e destruição do meio ambiente.

Fica a cada dia mais difícil educar para a preservação quando se vê por todos os

lados a destruição ambiental, o lixo espalhado, as queimadas e as construções irregulares

que acabam por prejudicar os rios, córregos e toda a fauna e flora dos locais invadidos.

Neste sentido, verifica-se a necessidade de se ensinar em família comportamentos

ambientalmente corretos e de aprimorá-los na escola, formando cidadãos responsáveis,

que sirvam como multiplicadores de atitudes em prol da preservação ambiental. “Pela

experimentação direta e aprendizagem real, as crianças enriquecem seus

conhecimentos sobre o mundo que as cerca.” (ANDRADE, 2009 p. 04).

Serrano adverte ainda que é de vital importância que os educadores e educadoras tenham

conhecimento dos documentos que orientam a Educação Ambiental, pois estes são fundamentais

para a compreensão desta prática educativa. “Eles são importantes ferramentas pedagógicas que

direcionam a educação para questões ambientais. Cabe lembrar que as ações de Educação

Ambiental devem estar integradas em todos os momentos da rotina escolar.” (BRASIL, 2000).

O que os PCNs sugerem é uma educação interdisciplinar, onde a criança tenha

várias situações de aprendizado e assimile de forma efetiva e incorpore em sua vida a

preservação ambiental.

Neste sentido, Carvalho (2010 p. 03) lembra que:

A criança, quanto menor, mais ela insere e incorpora em sua vida o que vivencia na escola. Gosta muito da repetição, nesta idade, e é desta forma que ela vai assimilando o que lhe é ‘ensinado’. Saliento que é preciso tomar muito cuidado na forma de abordagens feitas em relação aos problemas ambientais, não mostrando somente o lado “catastrófico” da situação ambiental, mas também acrescentar que é possível fazer algo para mudar, e que elas (as crianças) podem colaborar.

Na visão de Andrade (2009, p. 05), o professor deve planejar suas atividades

pedagógicas de forma estimulante e compatível com o que a criança tem capacidade de

aprender, proporcionando ao aluno oportunidades contínuas de aprendizado.

Andrade adverte ainda que o professor deve tomar cuidado para não ser o centro

das atenções, pois isso desestimularia as crianças, que precisam de liberdade para

trabalharem suas idéias e construírem seus conhecimentos.

Para que os professores tenham o conhecimento necessário para por em prática

os projetos que conduzam a uma Educação Ambiental bem fundamentada, é preciso

que tenham boa fundamentação teórica, assim, terão subsídios para atuar de maneira a

incentivar as crianças a participar dos projetos realizados na escola.

O professor poderá ainda propor atividades que envolvam toda a comunidade

escolar e do bairro para que venham a conhecer seu meio, levantar os problemas

ambientais e buscar soluções para os mesmos e prevenção para outros que poderão vir

a acontecer.

Segundo Ausubel (PELIZZARI et al., 2002):

A mudança de comportamento e a conscientização estão relacionadas com pequenos gestos de cada um, envolvendo, justamente, a tomada de consciência do indivíduo como cidadão, em todos os níveis da sociedade. Para tanto é preciso que se inicie da base.

Para se alcançar esses objetivos, é necessária a observação sistemática dos

conteúdos a serem trabalhados para o entendimento dos problemas, o que poderá ser

obtido a partir da coleta de dados. Posteriormente, será imprescindível a elaboração de

pequenos projetos de intervenção que incluam atividades atraentes às crianças e a

todos os envolvidos.

Esses projetos precisam ser elaborados com vistas ao ensino da preservação

ambiental de forma prazerosa, onde as crianças se sintam úteis e ao mesmo tempo

realizadas por compreenderem e serem mediadoras de atitudes positivas em relação ao

meio em que vivem.

Segundo Andrade ( 2009), uma forma lúdica de ensinar educação ambiental é

colocar as crianças para observar o comportamento de animais como formigas,

lagartixas, cachorros, gatos e outros animais domésticos, pois elas demonstram grande

curiosidade em relação aos animais e isso poderá ser uma grande oportunidade de

aprendizado.

Outra sugestão de Andrade é a observação dos astros, como a lua e as estrelas,

as frutas, as flores, pois assim elas aprenderão sobre sua importância na vida dos seres

humanos.

Outra atividade importante sugerida por Andrade é colocar as crianças em contato

com a água. Diante de todos esses elementos da natureza, a criança se mostrará

curiosa, fazendo muitas perguntas, que poderão ser uma oportunidade para várias

explicações.

É importante que o educador saiba como despertar a curiosidade das crianças,

que são muito alertas e curiosas, cheias de iniciativas e criatividade, sempre prontas

para construir o conhecimento (ANDRADE, 2009).

2.1 Princípios gerais da Educação Ambiental

A UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975), definiu como princípios

da educação ambiental:

a) Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico; b) Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais; c) Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista; d) Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema; e) Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova

ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade (APROMAC, 2009).

A citação acima sugere que a relação homem-natureza seja vista como uma

relação social ampla, que se manifesta por meio de uma interdependência mútua, uma

vez que as necessidades humanas são satisfeitas na relação estabelecida com a

natureza (ANDRADE, 2009).

No entanto, na visão de Andrade, ao satisfazer as condições para a sobrevivência

humana, novas necessidades surgem e esse processo é responsável por transformar, ao

longo da história as pessoas e suas relações com a natureza.

Percebe-se, portanto, que para que haja harmonia nessas relações, é preciso uma

boa Educação Ambiental. Muito mais que boas intenções, além do conhecimento da

problemática ambiental e das relações predadoras do homem com a natureza, os

professores devem buscar meios de conduzir seus alunos à compreensão de que a

convivência harmoniosa com o ambiente e as espécies que habitam o planeta é

importante para a vida na terra.

Esse conhecimento auxiliará o aluno a analisar criticamente o princípio

antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de

várias espécies. É preciso considerar que:

[...] a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência; é necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais (APROMAC, 2009).

É responsabilidade da escola proporcionar momentos de aproximação física, que

estabeleçam relação entre as crianças e a natureza, proporcionando a elas uma vivência

com o mundo e com sua própria natureza. Todavia, essa deverá ser uma atitude conjunta,

ou seja, a escola não deverá ser a única responsável pelo estabelecimento dessa relação

(TIRIBA, 2008).

Neste sentido, a educação ambiental deve ser desvinculada do caráter conteudista,

valorizando a experiência cotidiana das crianças, atribuindo sentido e significado aos

fenômenos do cotidiano e que estejam vinculados à educação ambiental (ANDRADE,

2009 p. 08).

2.2 Procedimento do professor em Educação Ambiental

É necessária a elaboração de um currículo que resgate a relação homem/natureza,

levando as crianças a estabelecerem uma prática sustentável, com consciência de que a

natureza precisa delas, como elas da natureza. É preciso que os professores e as

crianças conheçam a realidade e tenham sensibilidade em relação às atuais relações

predadoras que o homem tem com a natureza. Assim se terá uma nova visão do

ambiente e de suas necessidades.

Neste sentido, Portugal (2000 p. 04) opina:

Eu não tenho a menor dúvida de que as crianças de hoje, com as quais são desenvolvidas atividades de Educação Ambiental, estejam crescendo com uma visão diferenciada da nossa, pois nós (adultos), não fomos educados com os enfoques ambientais implícitos em nossas experiências educativas. Sou bem otimista em relação a isto. Nossas crianças estão aprendendo a ler o mundo de forma mais complexa e integrada quando a escola insere a Educação Ambiental de forma interdisciplinar.

Como mostra a citação acima, nem todas as pessoas refletem sobre suas ações

sobre o meio ambiente, a utilização indevida dos recursos e os prejuízos que podem

causar aos indivíduos e ao meio em que vivem. Por isso, é preciso ensinar às crianças

que a natureza não estará sempre à disposição das pessoas para que a destruam.

Para que as crianças compreendam a mensagem, o processo de ensino de

Educação Ambiental deve ser realizado utilizando-se de uma linguagem simples,

acessível a todas elas. Para que elas entendam os aspectos da destruição dos

componentes dos ecossistemas, como a retirada de modo desenfreado de muitos recurso

naturais, a destruição de muitas matas, extinção de diversas espécies de plantas e

animais, é preciso que aprendam que há uma interação do corpo humano com o meio

(ANDRADE, 2009).

É preciso que saibam que muitos poluentes são lançados diariamente nos rios, no

solo e na atmosfera, alterando o ciclo e o equilíbrio dos ecossistemas. No entanto, há

uma grande preocupação por parte de algumas pessoas em retomar o equilíbrio natural e

resolver ou minimizar a crise ambiental que derivou de todas essas ações negativas do

homem, prejudicando a sua vida e a de todo o planeta. (ANDRADE, 2009).

Para Portugal (2000 p. 02), Educação Ambiental vai além de se ensinar que não se

deve jogar lixo no rio.

[...] mas explicar o porquê esses lixos não devem ser jogados, que males eles farão ao rio e quais as conseqüências desses males. Ensinar o porquê o óleo lançado às águas é prejudicial à flora e à fauna, o que acontece com as guelras e as escamas de um peixe "molhado" com óleo ou mesmo, quais os prejuízos que acarreta à "saúde" de um vegetal. Como será importante a criança saber que o rio estará vivo quando a taxa de oxigênio dissolvido em suas águas for diferente de zero e o por quê da importância do oxigênio, face as cargas orgânicas que a todo momento são lançadas nas águas, principalmente via esgotos domésticos "in natura"[...]

Portugal considera que será importante que a criança saiba quais os danos são

constantemente causados ao meio ambiente e conheçam as conseqüências advindas

deles. É importante que a criança saiba que nem todos os lixos, sejam domésticos,

industriais, podem ser dispostos em terrenos, pois poderão influenciar na qualidade das

águas abaixo do solo.

Andrade (2009) alerta ainda para a importância de se levar a criança a ter

conhecimento do corpo humano como um todo que interage com o meio, as diversas

etapas da vida humana, os aspectos que envolvem a manutenção da saúde e que tudo

isto está relacionado com o meio em que se vive.

2.2.1 Falando de reaproveitamento de materiais

É importante ainda que a criança saiba que há muito lixo reaproveitável. E para

isso, é necessário que se realizem projetos que levem ao conhecimento dos alunos

formas de reciclagem e preservação (PORTUGAL, 2000 p. 02).

O reaproveitamento de materiais minimiza a utilização das fontes naturais, que, em

muitos casos, não são renováveis e estão sendo utilizadas de forma indiscriminada, o que

as levará à extinção. Também é preciso que as crianças conheçam as importantes fontes

de preservação o reaproveitamento e reutilização de materiais.

Na visão de Andrade (2009), uma excelente forma de abordagem deste tema é a

construção de brinquedos com a utilização de sucatas. Assim, as crianças poderão

aprender de forma lúdica. Enquanto o professor e sua turma confeccionam brinquedos a

partir do que seria lixo, ele poderá explicar que aquele mesmo material serve para ser

reciclado e para produzir outros objetos.

Também é necessária uma boa orientação quanto à seleção do material que

poderá ser reciclado ou reaproveitado, pois uma grande porcentagem do lixo que poderia

ser reutilizado é descartado de maneira errada, enchendo os depósitos e causando sérios

danos à saúde das pessoas.

A coleta seletiva é um bom exemplo que pode ser levado para dentro da sala de

aula. O professor poderá ainda usar a criatividade na hora de ensinar e também poderá

reutilizar materiais na decoração da sala e nas atividades, assim estará dando exemplos

aos alunos e também evitando o aumento do volume de lixo no aterro sanitário.

Portugal (2000) considera que muita coisa que seria descartada pode e deve ser

aproveitada pelo professor para que suas aulas sejam mais significativas e efetivas no

incentivo à defesa do meio ambiente, levando os alunos a conhecer e evitar os malefícios

das agressões, tornando-se defensores da natureza.

Para Andrade (2009 p. 92), “a atuação pedagógica neste eixo necessita apoiar-se

em conhecimentos específicos, derivados dos vários campos de conhecimento que

integram as ciências humanas e naturais.”

Ainda conforme explicação de Andrade (2009 p. 92):

Ampliar o conhecimento das crianças em relação a fatos e acontecimentos da realidade social e sobre elementos e fenômenos naturais requer do professor trabalhar com suas próprias idéias, conhecimentos e representações sociais acerca dos assuntos em pauta.

O professor precisa ser ambientalmente responsável, se empenhar em fazer com

que seus alunos sintam vontade de mudar alguma coisa. É preciso que ele assuma um

compromisso permanente de ensinar seus alunos a cuidar do meio ambiente e respeitá-

lo, mostrando a eles que é preciso viver de forma sensível, racional e consciente do valor

que cada forma de vida do Planeta tem para a vida humana.

Para que se consiga êxito na tarefa de ensinar, é importante que o professor

desenvolva estratégias de ensino que chamem a atenção das crianças, fazendo

perguntas interessantes sobre os fenômenos naturais; promovendo a interação entre as

crianças; levando as crianças para um passeio ao redor da instituição de ensino a fim de

que observem pequenos animais e plantas etc.

Andrade (2009) ressalta que são inúmeras as maneiras de se ensinar sobre a

relação homem natureza, reciclagem e que essas oportunidades não podem ser

desperdiçadas. Segundo ele, deve ser incorporada a elas uma pequena biblioteca em

sala de aula para pesquisas.

De acordo com os PCNs (BRASIL, 2000), é preciso que a escola considere a

importância da temática ambiental e ofereça meios efetivos para que o professor realize

seu trabalho de forma que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações

humanas e suas conseqüências para consigo, para sua própria espécie, para os outros

seres vivos e o ambiente.

É fundamental que cada aluno entenda a proposta de Educação Ambiental e com

ela, “desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos

sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa,

em um ambiente saudável.” (BRASIL, 2000)

Neste sentido, os PCNs chamam à atenção para a aplicação de conteúdos

ambientais de forma interdisciplinar, permeando todas as disciplinas do currículo,

abordando a Educação Ambiental de forma sistemática e transversal, em todos os níveis

de ensino, “assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos

currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares”. (BRASIL, 2000)

Diante dessas informações, pode-se afirmar que é preciso que cada cidadão se

sensibilize com a realidade ambiental, sobretudo as pessoas envolvidas com algum

sistema de educação, em qualquer contexto. É fundamental que todos os educadores

percebam a melhor forma de educar, e mais que isso, dêem exemplo sua própria

vivência, mostrando sua responsabilidade frente ao meio ambiente.

Ressalta-se aqui mais uma vez a necessidade de uma orientação precisa, tanto

para os alunos quanto para suas famílias e professores, para que se formem parcerias e

que esses parceiros atinjam seus objetivos, mudando a realidade ambiental.

CAPÍTULO III

É fácil entender que educação ambiental é seguramente a favor da completude de nossa humanidade na medida em que respeitamos e estimamos tudo o que, conosco, existe e vive. Interessarmo-nos por tudo, ligarmo-nos ao que faz parte do bem-comum. Educação ambiental, então é algo que completa nossa humanidade. Hugo Werneck, (2000)

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS COLETADOS

A discussão e análise foram feitas tendo-se como base os dados coletados junto à

Escola classe 39 de Taguatinga, situada na Qnc 15/17, Área Especial Taguatinga Norte,

que fornece educação infantil, de (4 a 5 anos) e Ensino Fundamental, contando com um

corpo discente de 460 alunos e um corpo docente de 20 professores, 2 coordenadores, 1

diretor e 1 vice diretor; 1 assistente administrativo e 1 orientadora.

Levaram-se em consideração as respostas das professoras entrevistadas, bem

como os dados coletados por meio da pesquisa bibliográfica referente ao ensino de

Educação Ambiental. De acordo com as respostas apresentadas às perguntas dos

questionários feitas às professoras, seguem os dados com as análises e a interpretação

dos mesmos. Como os dados foram levantados na mesma escola, as respostas dos

professores foram as mesmas, pois todos participam do mesmo projeto.

Os dados bibliográficos revelam que Educação Ambiental é muito utilizada

atualmente, por indivíduos de idades diversas e com diferentes fins. No entanto, uma das

finalidades comuns a todos os usuários é acompanhar a evolução, minimizando os

problemas ambientais e preservando o meio ambiente (ANDRADE, 2009).

Para a pergunta número 01 “A escola na qual você trabalha possui algum tipo de

projeto para Educação Ambiental? Como? Qual?” como todos os professores trabalham

na mesma escola, responderam, que sim, a escola possui um projeto intitulado

“Educação Ambiental e Inclusão”.

Neste contexto, de formação de consciência e internalização de conceitos ambientais, elegemos desenvolver atividades lúdicas, que transformassem os vários recortes ambientais em participações interativas, integradoras e cooperativas.

Para Rocha e Santos (2008 p. 06) é preciso buscar sempre atividades que incluam

a todos, numa atitude de cooperação em prol da natureza.

Andrade (2009 p. 94) ressalta que algumas ações são muito importantes para

geração de conhecimentos, como:

[...] a ida a museus, centros culturais, granjas, feiras, teatros, zoológicos, jardins botânicos, parques, exposições, percursos de rios, matas preservadas ou transformadas pela ação do homem permitem a observação direta de pequenos animais e plantas no seu habitat natural ou fora dele, como vivem, como se alimentam e se reproduzem, etc.

O importante nessa missão do professor é fazer com que os alunos entendam o

verdadeiro sentido da Educação ambiental, interagindo com o meio ambiente e realizando

um trabalho interdisciplinar, que envolva a realidade dos alunos e da escola.

Para a pergunta número 02, “O que a escola faz para os alunos entenderem o

conceito da Educação Ambiental?”, todos responderam que a escola tem projetos como:

o plantio de horta, projetos para passeios ecológicos e realiza ainda trabalhos

diretamente nessa área.

Andrade (2009) ressalta a importância de se desenvolver projetos que também

incluam a comunidade, levando sempre em consideração as opiniões das pessoas mais

idosas, pois elas são importantes fontes de informação e podem compartilhar com as

crianças experiências como: características de paisagens distantes; as transformações

pelas quais passou o lugar onde as crianças vivem, etc.

Andrade (2009 p. 44), ressalta que o contexto ambiental é muito importante para a

vida das crianças. “O macrossistema evolui com o tempo, assim, cada geração sucessiva

de crianças desenvolve-se em um único macrossistema.” Por isso é importante que as

crianças convivam com pessoas de outras épocas a fim de adquirirem experiências

diversas sobre o meio m que vivem.

A pergunta número 03 “A escola conscientiza as famílias dos alunos a respeito da

Educação Ambiental?”, todos responderam que sim. “Sempre que a escola faz algum

projeto direcionado à Educação Ambiental faz-se um convite aos pais para participar de

oficinas.”

É importante que todos estejam envolvidos no processo de educação ambiental e

no trabalho pela preservação do meio ambiente, pois essa participação levará as crianças

a acreditarem que as mudanças propostas pelo professor de educação ambiental são

possíveis.

Na opinião de Andrade (2009), a participação da comunidade é um incentivo a

mais para que as crianças entendam por meio da troca de experiências o sentido da

educação ambiental e das ações que podem mudar de forma positiva os hábitos da

população em relação ao meio em que vivem.

Conforme a literatura consultada, é preciso que se encontrem soluções para

superar a situação ambiental em que se encontra o planeta, porém, é necessário contar

com a participação e a boa vontade de todos, pois essa mudança não acontecerá de

repente, porque os hábitos que as pessoas tem há muito tempo também não mudam

assim de repente. As mudanças demandam uma ação constante no sentido de reeducar

a população para que tenha outra visão do meio ambiente e suas necessidades.

Segundo Portugal (1997 p. 02), é importante reeducar a população, no entanto há

que se educar especialmente as crianças, pois “a educação é sempre mais efetiva se

começada pela criança. A mente humana em formação é mais receptiva aos

ensinamentos”. Por isso, é preciso que haja material didático que explicite a situação

ambiental e que traga sugestões cabíveis para a realização de projetos que resultem em

aprendizado e preservação do meio.

Para tanto, é preciso também que haja professores capazes, que tenham boa

formação e boa vontade em trabalhar pela preservação do meio ambiente, conduzindo as

crianças de forma que estas se sintam motivadas a preservar e também se tornem

multiplicadoras de ações positivas em relação à natureza.

Para a pergunta 04, “A escola oferece aos alunos um contato com a natureza para

que possam vivenciar situações e experiências que possibilitem a solução dos problemas

do dia-a-dia?”, os professores responderam que muitas vezes a escola proporciona saída

de campo em ambientes onde os alunos possam ter contato com a natureza e os

professores percebem que, com as explicações, os alunos manifestam a sua tristeza

sobre o que está acontecendo ao Meio Ambiente e demonstram grande vontade em

ajudar a solucionar os problemas.

Para Portugal (1997), não basta que as crianças aprendam a indignar-se, mas é

preciso que aprendam a demonstrar essa indignação. É necessário que usem sua

informação para advertir e reclamar e/ou até denunciar os infratores quando for

necessário. Neste sentido, é preciso que cada indivíduo tenha alguma base para fazê-lo,

pois não basta reclamar que alguém está agindo errado com a natureza sem explicar a

maneira correta de agir.

Assim, o professor deverá passar para os seus alunos as possibilidades de contato

com os órgãos de defesa do meio ambiente, dentro, é claro da capacidade de

compreensão dos alunos. Desta forma, eles saberão que não estão sozinhos nesta

empreitada.

Andrade (2009) explica que é necessário que se comece no espaço escolar da

educação infantil o desenvolvimento de práticas voltadas para a resolução de problemas

concretos que levem à participação ativa de cada criança e da coletividade, no meio em

que está inserida.

Para a pergunta número 05, “Com que freqüência se trabalha Educação Ambiental

com os alunos?”, os professores foram categóricos em afirmar que trabalham “todo

tempo, pois a Educação Ambiental é um tema transversal.”

O trabalho pedagógico exige uma prática que ajude o aluno a se tornar um cidadão

crítico e consciente de que é responsável pela construção da sua própria história. Para

tanto, é preciso que este conheça o meio em que vive e saiba das suas necessidades e

das vantagens que o ambiente oferece para ele e para toda a comunidade, assim poderá

criar maneiras de resolver os problemas que lhe são apresentados.

Portugal (1997) defende que haja uma educação ambiental efetiva, com um

currículo que vise a melhor de forma de se proceder a essa educação. O autor diz que:

[...] a educação ambiental deve ser passada aos alunos sem pré estabelecimentos de disciplinas e professores específicos, isto é, a educação ambiental deve ser ministrada por todos os professores indistintamente, de forma natural e em doses homeopáticas, encaixando assunto, onde puder caber em suas disciplinas, no desenrolar das aulas, como pílulas de informações.

Tendo-se como base a citação acima, pode-se afirmar que a sugestão do autor é

que a disciplina seja inserida de forma interdisciplinar e efetiva, uma educação ambiental

continuada, onde a cada dia seja lembrada e disseminada.

Andrade (2009) afirma que para que essa educação seja bem aceita e tenha o

resultado positivo, é preciso que a criança compreenda a sua continuidade, a sociedade

em que vive, conhecendo o espaço que está sendo construído e a natureza que está

sendo transformada por essa sociedade. Assim, a criança logo perceberá quando essa

transformação é destrutiva ou não.

As respostas dadas para a questão 06, “Qual a importância da Educação

Ambiental no contexto escolar?” foram que é grande, pois mostra ao aluno como cuidar e

preservar o ambiente, levando em consideração que a escola proporciona passeios

ambientalistas, onde se vivencia a visita de muitos animais.

Observa-se, portanto que a educação ambiental ministrada por meio de passeios

não é uma maneira de educação muito efetiva, ou seja, a escola não poderá levar os

alunos todos os dias para passear, mas poderá encontrar maneiras lúdicas de educar

para a preservação sem ter que sair do ambiente escolar.

Neste sentido, Rocha e Santos (2008 p. 03) sugerem:

Neste contexto, de formação de consciência e internalização de conceitos ambientais, elegemos desenvolver atividades lúdicas, que transformassem os vários recortes ambientais em participações interativas, integradoras e cooperativas. Buscamos permeá-las, atendendo à interdisciplinaridade determinada nas leis federal e estadual de Educação Ambiental, onde a “brincadeira” foi o elemento facilitador, que levasse, à clientela envolvida, as questões ambientais locais e, a partir da visão da realidade que a cerca, estendesse esse mesmo olhar para mais adiante, para as conseqüências que a não-preservação do ambiente de sua comunidade pode acarretar para outras comunidades.

Assim sendo, a educação ambiental será dada de forma que os alunos não se

cansem dela e não achem o conteúdo maçante. Ao contrário disso, a educação ambiental

precisa ser ministrada por meio de atividades prazerosas, que despertem nos alunos a

consciência das conseqüências da não-preservação e desperte neles a vontade de

aprender e preservar.

Andrade (2009 p. 45) explica que, para que a criança aprenda e deseje trabalhar

em prol da natureza, ela precisa interagir com o mundo, assim adquirirá e desenvolverá

noções sobre o conceito de natureza e de sociedade. Desta forma, a criança adquirirá

valores e habilidades que a levará a tomar atitudes para a conservação do meio ambiente

e para a melhoria da qualidade de vida.

Para a pergunta 07, “De que maneira pode-se interagir a criança e a natureza?”, os

entrevistados disseram que há várias maneiras, porém, a escola onde foi realizada a

pesquisa decidiu pelas brincadeiras, passeios para maior conhecimento da região em que

vivem e também pela prática de plantio de hortas que é algo bem prazeroso e

enriquecedor.

A região onde se vive e onde se estuda tem influência direta na vida escolar dos

indivíduos e incide verdadeiramente sobre o resultado do seu aprendizado. Para que o

cidadão tenha algum meio de ajudar a mudar a realidade do local onde mora é preciso

que aprenda, ainda criança, na escola a reconhecer as necessidades locais e as

possibilidades de se realizar um trabalho junto à comunidade, aproveitando-se dos

recursos oferecidos pela geografia do local.

Além da realidade local, é necessário que os alunos conheçam outras realidades,

sejam informados sobre as queimadas, os mares que estão sendo contaminados por lixo

atômico e resíduos tóxicos de toda espécie; a camada de ozônio, que está sendo destruída; o

oxigênio que é cada vez mais escasso e outros problemas enfrentados pela natureza.

Na visão de Rocha e Santos (2008, p. 06):

O papel da instituição escolar neste processo é primordial, pois ela é o instrumento capaz de conscientização coletiva das comunidades intra e extra-muros para as mudanças posturais que devem assumir em relação ao ambiente, o que lhes dará, em troca de sua preservação e bom uso, qualidade de vida condizente com uma existência mais saudável e, por conseqüência, mais produtiva para a sociedade.

Para Andrade (2009), a discussão sobre as questões ambientais, sobre a situação

ambiental do mundo atual e o estudo da natureza e da sociedade resultam, não somente

em multiplicadores de ações em defesa do meio ambiente, mas na formação para a

prática da cidadania.

A pergunta número 08, “Qual a importância da Educação Ambiental na grade

curricular por ela ser um tema transversal?”, obteve as seguintes respostas: “É

significativo, pois a transversalidade é muito abrangente.” Embora educação ambiental

seja um tema abrangente é preciso que o professor esteja atento, visando a sua forma de

trabalhar para levar o aluno a aprender, pois, do contrário, o ensino se torna desmotivador

para eles e ineficaz.

Sendo bem orientada, a educação ambiental levará o aluno a valorizar todas as formas de

vida, ensinará a ele que todas as vidas se entrelaçam, dependem umas das outras e que não se

destrói uma parte da natureza sem atingir as outras.

Neste sentido, Andrade (2009 p. 45), ressalta que relacionando-se com mundo a sua volta, a

criança adquire respeito por si própria, sem o qual, dificilmente conseguirá respeitar os outros,

incluindo-se aí o meio ambiente.

O professor deve levar em consideração que o ensino da educação ambiental precisa ser

tocante, sensibilizar os alunos para as atitudes erradas, para o lixo amontoado nos cantos das ruas,

para as centenas de espécies animais que estão sendo extintas todos os dias em todo o planeta. Além

disso, o professor precisa desenvolver uma reflexão contínua, reformulando e reconstruindo

estratégias que orientem as crianças na vivencia de valores e atitudes voltados para maior

afetividade em relação ao ambiente em que vivem. (ANDRADE, 2009)

Para a pergunta 09, “Se a escola não trabalhasse Educação ambiental qual método

seria utilizado para a preservação do espaço físico?” os professores responderam que a

única forma de se trabalhar esse tema seria por meio de valores e conceitos, mas, sendo

possível trabalhar com métodos mais práticos, fica muito mais fácil se compreender o

assunto.

Rocha e Santos (2008 p. 03) afirmam que:

Ao direcionarmos nosso trabalho para um aprendizado mais dinâmico sobre as questões ambientais, percebemos que ele seria viável, na medida em que, através do lúdico, as informações são assimiladas mais facilmente, envolvendo toda a comunidade escolar. Só se alcança algum objetivo em Educação Ambiental, com a mobilização coletiva, com o envolvimento consciente da comunidade nos problemas ambientais levantados localmente.

É necessário que haja empenho por parte dos professores em realizar atividades

interdisciplinares que contemplem a educação ambiental visando melhores resultados,

resultados esses que conscientizem os alunos e os faça entender que podem e devem

colaborar nessa tarefa difícil que é a preservação.

Tomando-se como base a literatura consultada, pode-se afirmar que essa não é

mesmo uma tarefa fácil e que, para que se obtenha algum resultado neste sentido, é

necessária uma conscientização de todos os profissionais da educação, no sentido de se

realizar um planejamento voltado para a realidade do aluno, atentando-se para os

problemas ambientais vivenciados dentro e fora da escola. No entanto, “essa meta poderá

ser alcançada mediante práticas voltadas para o estudo da natureza e da sociedade de

forma lúdica e criativa” (ANDRADE, 2009 p. 46)

Andrade afirma ainda que os conteúdos para educação ambiental, como em

qualquer disciplina da educação infantil, devem ser organizados de acordo com a

realidade e necessidade de cada instituição de ensino, levando as crianças a se

interessarem pelos problemas da comunidade de forma significativa.

A pergunta número 10, “A secretaria de Educação oferece cursos para formação

de Educadores para Educação ambiental?” Todos os entrevistados disseram que sim, “a

Secretaria de Educação oferece aos professores vários cursos de formação e reciclagem

na área de Educação Ambiental.”

Mesmo que a Secretaria de Educação ofereça aos professores uma formação, a

maneira de ensinar e trabalhar a educação ambiental dependerá exclusivamente do

professor, pois mesmo que ele enfrente o radicalismo e o tradicionalismo de algumas

escolas, a prática pedagógica precisa ser realista, trazendo o cotidiano dos alunos para a

sala de aula, com aulas que tratem dos problemas causados pela não preservação

ambiental.

Na proposta do Referencial Curricular para Educação Infantil (RCNEI), os

conteúdos podem ser trabalhados na forma de projetos, jogos, brincadeiras, músicas e

histórias. Essas são formas lúdicas de se ensinar e são muito atraentes para os

pequenos. (BRASIL, 2000)

Na opinião de Andrade (2009 p. 49), os conhecimentos adquiridos de forma lúdica

despertam no aluno a vontade de aprender mais sobre o tema, à necessidade de

entender o que lhe é passado e repassar adiante.

O conhecimento acerca do meio ambiente desperta a sensibilidade dos alunos e das pessoas

envolvidas em projetos para uma convivência harmoniosa com o ambiente em que se vive.

Despertam ainda uma vontade de se juntar a outros na busca de soluções.

Assim, as crianças acabam percebendo que a prática de pequenos gestos, pequenas ações

positivas de cada indivíduo como a limpeza da área em frente ao prédio ou a casa em que se vive,

cuidar de uma árvore, reciclar algum material, representam um grande alívio para o meio ambiente

e, consequentemente, para os seres humanos.

Como se percebe, as crianças poderão exercer grandes influências sobre seus colegas,

professores, familiares e toda a comunidade, despertando a todos para a necessidade de preservar.

Essa influência poderá ser bastante significativa e se expressar em novas atitudes e adaptações

necessárias para a preservação do meio ambiente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As pesquisas que originaram este Trabalho de Conclusão de Curso levam à

conclusão que o estudo do meio ambiente é muito mais que simples verificações a

respeito do relevo, clima e vegetação, mas que abrange também toda a dimensão

cultural, socioambiental e histórica das comunidades.

O conhecimento desses fenômenos por parte do professor é de suma importância

para a mediação da aprendizagem, possibilitando a tomada de decisão para a melhoria

da qualidade de ensino de educação ambiental e assim, atingindo os objetivos propostos

em seu plano de ensino.

Os dados revelam que, tanto para o aluno quanto para o professor, se situar no

contexto ambiental e também relacioná-lo ao educacional possibilita planejar conforme as

necessidades locais e levar à frente uma ação que foi planejada, como também reorientar

a prática pedagógica que não esteja surtindo os efeitos desejados no ato do

planejamento.

Ao planejar, o professor precisa ser criativo, usar uma abordagem lúdica para falar

dos problemas ambientais atuais, envolvendo os alunos numa prática pedagógica

interdisciplinar, gerando uma mudança de comportamento em todos os envolvidos para

que, a partir de então, mais atores sociais se interessem em aprender e dar continuidade

à preservação ambiental.

A aplicação de atitudes que defendam o meio ambiente precisa ser efetiva, para

tanto, depende de profissionais que se envolvam afetiva e apaixonadamente com os

problemas ambientais. Profissionais que despertem o interesse do maior número possível

de agentes que levem avante a proposta de transformação do ambiente para si mesmos e

para as futuras gerações.

É preciso que os planos pedagógicos valorizem a realidade e simulem situações-

problemas que levem a busca de soluções imediatas. Entende-se, portanto, que é

necessário avaliar o contexto ambiental e trazê-lo para dentro do contexto escolar para

que se possam realizar projetos de Educação Ambiental que visem à preservação e a

realização de ações diversas em prol da natureza.

Percebe-se ainda que qualquer ação neste sentido requer instrumentos e

estratégias e exige que o professor esteja disponível a conhecer as necessidades e as

potencialidades dos educandos para, a partir daí, planejar de maneira a auxiliá-los na

construção não somente de projetos ambientais, mas de uma personalidade observadora,

crítica e construtiva, bem como para a prática da cidadania.

Transformar um ambiente onde haja lixo e água suja não é uma questão apenas de

estética, mas uma questão de sobrevivência para os animais e também para a

humanidade. Por isso, é preciso tornar possível a preservação, mesmo que haja muitas

interferências negativas por parte de pessoas sem consciência.

O trabalho com Educação ambiental precisa levar a um aprendizado dinâmico, que

mostre claramente que as questões ambientais, que muitas vezes passam

despercebidas, envolvem toda a comunidade escolar, todas as vidas, todo o planeta.

Portanto, é necessário que as pessoas acreditem no potencial de cada um, na força da

convicção, da cooperação, na paixão pela vida, no amor pela natureza e por todos os seres vivos.

Assim, haverá sempre alguém disposto a se empenhar em disseminar a luta em favor do planeta.

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ANEXO I

Instrumento de pesquisa – Questionário 01 - A escola na qual você trabalha possui algum tipo de projeto para Educação

Ambiental?

( ) sim ( ) não

Como?

Qual?

02 - O que a escola faz para os alunos entenderem o conceito da Educação Ambiental?

03 - A escola conscientiza as famílias dos alunos a respeito da Educação Ambiental?

( ) sim ( ) não

04 - A escola oferece aos alunos um contato com a natureza para que possam vivenciar

situações e experiências que possibilitem a solução dos problemas do dia-a-dia?

( ) sim ( ) não

05 - Com que freqüência se trabalha Educação Ambiental com os alunos?

( ) uma vez por semana ( ) duas vezes por semana ( ) uma vez ao mês

06 - Qual a importância da Educação Ambiental no contexto escolar?

07 - De que maneira pode-se interagir a criança e a natureza?

08 - Qual a importância da Educação Ambiental na grade curricular por ela ser um tema

transversal?

09 - Se a escola não trabalhasse Educação ambiental qual método seria utilizado para a

preservação do espaço físico?

10 - A secretaria de Educação oferece cursos para formação de Educadores para

Educação ambiental?

( ) sim ( ) não