lei n° de de de 1999....samuel delgado, neste ato representando o vereador cido silva; do sr....

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DEBATER A ATUAL SITUAÇÃO

DA SAÚDE PÚBLICA NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS, REALIZADA NO DIA 02 DE

JULHO DE 2015, ÀS 19H, NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS.

Pág. 1 - Secretaria de Serviços Legislativos

ATA Nº 040

PRESIDENTE - DEPUTADO ZÉ CARLOS DO PÁTIO

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Deputados, autoridades

presentes, senhoras e senhores, boa noite!

Invocando a proteção de Deus, em nome do povo mato-grossense, declaro aberta

esta Audiência Pública com o objetivo de debater a situação da Saúde Pública na cidade de

Rondonópolis.

Convido para compor a Mesa os seguintes senhores: Deputado Estadual Sebastião

Rezende, registro o apoio do Deputado na nossa luta pelos interesses da cidade de Rondonópolis; o

Secretário de Estado de Saúde Marco Aurélio Bertúlio; a Srª Margarete Gomes Chaves, Secretária-

Adjunta de Gestão Estratégica do Estado de Mato Grosso; a Srª Sueli Machado de Oliveira,

Superintendente de Articulação Regional; o Vereador Jailton do Pesque Pague, Vereador do

Município de Rondonópolis e Presidente do Conselho Antidrogas; o Sr. Gilberto Roque Geremia,

Diretor do Escritório Regional de Saúde; o Sr. Kemper Carlos Pereira, Diretor Administrativo da

Santa Casa de Rondonópolis; o Sr. Geovani Freitas Neves, Diretor Administrativo do Hospital

Regional do Município de Rondonópolis; a Srª Eulice Idalina Almeida , Secretária Executiva do

Consórcio Regional de Saúde, neste ato representando o Presidente do Consórcio Ademir Gaspar de

Lima, também Prefeito de Jaciara; e, em nome de toda classe política e em nome de todas as

lideranças pela luta pela causa da recuperação do câncer, convido o companheiro Sr. Valdir Correa

para compor a Mesa. (PALMAS)

Eu quero agradecer as presenças: da Srª Sandra Raquel Mendes, Assessora,

representando o Deputado Estadual Coronel Taborelli e o Presidente da Associação das Mulheres de

Rondonópolis da Região Sul do Estado de Mato Grosso; do Sr. Arlindo José de Jesus, neste ato

representando o Presidente do Bairro Jardim Serra Dourada, mais conhecido como Pipoca; do Sr.

Samuel Delgado, neste ato representando o Vereador Cido Silva; do Sr. Cleber de Souza Oliveira,

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis; da Srª Mara de Oliveira,

Presidente do Conselho da Mulher do Município de Rondonópolis; do Sr. Genésio Corrêa da Silva,

Presidente do Assentamento Carimã; da Srª Adriana Moraes, Presidente do Conselho Municipal de

Assistência Social; da Srª Ivanilda Roberta Mendes, Presidente do Bairro Jardim Mato Grosso, no

Município de Rondonópolis, aliás a primeira Presidente de Bairro mulher que teve na história do

Mato Grosso, na história de Rondonópolis; da Srª Ivanilda, cadê ela? Levanta, Dona Ivanilda; do Sr.

Reinaldo Pereira de Jesus, Presidente da Associação do Jardim Atlântico; do Sr. José Severino da

Silva Neto, mais conhecido como Nino, Presidente do Bairro Vila Mariana e membro do Lions Club

de Rondonópolis; do Sr. José Operário; da Srª Délcia Dark Oliveira Souza, Presidente do

Residencial Marechal Rondon; do Sr. Pedro Marques, Presidente do Bairro Idelmina Querubim; do

Sr. Antônio Soares de Amorim, Presidente da Associação Padre Miguel; do Sr. Ailton Pereira da





Silva, Presidente do Conselho de Desenvolvimento do Distrito Salmen; do Sr. Francisco José de

Lima, Vice-Presidente do Partido Municipal de Solidariedade; do Sr. Chico da Lima Tour; da Srª

Suzi Ota, Vice-Presidente do Movimento das Mulheres Consumidoras de Rondonópolis; do Sr.

Voltair Elói de Lima, Vice-Presidente do Bairro Cidade de Deus do Município de Rondonópolis; da

Srª Neusa Novaes da Rocha, Coordenação da Pastoral Social da Diocese de Rondonópolis; da

Doutora Neuza, eu quero cumprimentar a Doutora Neuzinha pela luta dela, pela causa dos drogados

e representando o Bispo Dom Juventino. Nunca vi uma pessoa que ajudou tanto o Bispo, se o Bispo

hoje passou por tantos problemas de saúde, ela foi uma pessoa que deu muito apoio para ele.

Também agradeço as presenças: da Srª Cleciene dos Anjos Musquim, Coordenadora do Curso de

Enfermagem da UNIC; do Sr. Juninho Líder da Pastoral da Criança de Juscimeira. Uma salva de

palmas para o Juninho (PALMAS); da Srª Maria de Jesus Stoffel, Assistente Social, representando a

Secretaria Municipal de Saúde de Juscimeira; da Srª Sebastiana Pereira da Silva Oliveira, tesoureira,

neste ato representando o Presidente de Bairro Vila Olinda.

Agradecemos a presença da imprensa, muito obrigado à imprensa local de

Rondonópolis. Agradecemos o apoio da UNIC, muito obrigado à UNIC. Nós queremos fazer dentro

da Universidade mesmo, para ver a participação da Universidade. Agradecemos a presença dos

moradores dos Bairros: Vila Olinda, Padre Miguel, Cidade de Deus e Liberdade II. Agradecemos a

presença da Srª Regina Cláudia de Souza, Presidente do Bairro Bom Pastor; da Srª Adriana Coelho

da Silva, Presidente do Bairro João de Barro, Jardim HD, Pôr do Sol, de Rondonópolis. Muito

obrigado!

Convidamos o Vereador Dr. Manoel da Silva Neto para compor a mesa. Médico

da cidade de Rondonópolis. (PALMAS).

Composta a Mesa de Honra, convidamos todos para, em posição de respeito,

cantarmos o Hino Nacional.

(O HINO NACIONAL É EXECUTADO.)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Neste momento, eu passo a

palavra ao Deputado Sebastião Rezende, para dar abertura a esta Audiência Pública.

E solicito à nossa assessoria que faça as inscrições, porque nós já vamos ouvir a

comunidade.

O SR. SEBASTIÃO REZENDE - Boa noite a todos! Sr. Deputado Zé Carlos do

Pátio; nosso Secretário de Estado de Saúde, Dr. Marco Aurélio Bertulio, nossos cumprimentos. Em

nome de Vossa Excelência, quero cumprimentar todos os servidores da Secretaria Estadual de

Saúde, também os servidores da Secretaria Municipal de Rondonópolis, e eventualmente, dos

municípios que compõem a nossa região. Os nossos cumprimentos ao Vereador Jailton e Dr.

Manoel, o nosso Vereador.

Quero dizer da importância deste momento no qual temos a oportunidade, com a

presença do Secretário Estadual de Saúde, de debater a questão da saúde no nosso município e na

nossa região, até porque Rondonópolis é a nossa cidade pólo de toda nossa região.

Temos aqui o nosso Hospital Regional que tem a responsabilidade do Governo do

Estado. Afluem para cá aproximadamente 500 mil habitantes, Secretário, para a nossa

responsabilidade, para a responsabilidade do Hospital Regional.

Temos aqui o Dr. Geovani, que é Diretor do Hospital Regional, e também o nosso

amigo e companheiro, Dr. Kemper, Diretor da Santa Casa de Misericórdia, que atende quase que na

sua totalidade o SUS, que presta um serviço a nossa população.





E o Governo do Estado, obviamente, tem esse compromisso de também valorizar a

Santa Casa de Misericórdia com a implantação das nossas UTIs pediátricas, ampliação de UTIs

neonatais... Que é o clamor da nossa população, até porque nós temos uma demanda não só na nossa

região, mas em todo o Estado há necessidade das UTIs.

Tivemos a oportunidade, há alguns dias, de inaugurar mais dez leitos de UTI no

Hospital Regional. E nós esperamos, o nosso desejo, é que essas ações possam continuar, Secretário.

Nós estávamos falando, inclusive com o Deputado Zé Carlos do Pátio, que no ano

passado tivemos uma reunião com o Dr. Geovani, no Hospital Regional, e analisamos todo potencial

do nosso Hospital Regional. Nós temos um corpo clínico com condições de fazer alta complexidade.

E nós temos situações de pacientes que chegarem a ficar quatro meses aguardando uma vaga em

Cuiabá para fazer, por exemplo, uma cirurgia de quadril. E isso nos traz uma angústia muito grande!

E conversando com o Sr. Dr. Geovani sobre o que seria possível fazer nesse

aspecto, ele disse: “Nós temos um corpo técnico com condições de fazer a cirurgia, mas nós

dependemos de alguns equipamentos, dependemos dessa contratualização do Ministério de

Saúde...”.

E fizemos, Deputado Zé Carlos do Pátio, essa indicação de que pudéssemos

ampliar os serviços na alta complexidade. E eu sei de todo o processo, Secretário, que envolve essa

questão. O Estado de Mato Grosso depende da anuência do Governo Federal, do Ministério da

Saúde nessa contratualização, mas fica aqui o nosso pedido para que o Governo do Estado possa

efetivamente fazer todo esse estudo, fazer esses encaminhamentos e que possamos fazer essas

cirurgias de alta complexidade, tão reclamadas pela nossa população. Temos a estrutura com

condições de absorver, obviamente que falamos enquanto leigos. Fica a nossa solicitação para que

Vossa Excelência possa fazer esses encaminhamentos e mandar para Rondonópolis, muito

especialmente para o Hospital Regional, essa equipe para que essa análise toda seja feita e que esse

procedimento possa acontecer com a maior celeridade possível.

Nosso desejo é ouvir a nossa população, com já disse o Deputado Zé Carlos do

Pátio.

E quero inclusive, a pedido do Deputado Nininho, justificar a ausência dele. Ele

tinha exatamente agora, à noite, um compromisso já agendado com algumas equipes ligadas ao

Governo do Estado e não pôde estar presente. Mas me pediu que justificasse a sua ausência.

E o nosso desejo, Secretário, é que tenhamos uma Audiência Pública profícua e

que Vossa Excelência possa anotar todas as demandas da nossa população e que possamos ter

realmente o nosso objetivo de ver minimizados os nossos problemas de saúde.

Nós entendemos que essa demanda é constante, não tem como diminuir, mas que

nós possamos ter minimizados os problemas da nossa região.

Então, apenas para deixar os meus cumprimentos. Vamos continuar trabalhando e

lutando, Deputado Zé Carlos do Pátio, em prol da nossa população e da nossa região.

Muito obrigado. (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Eu agradeço o Deputado

Sebastião Rezende que está sendo um companheiro da Bancada da Região Sul para ajudar nas

nossas lutas para melhorar a saúde do Estado de Mato Grosso.

Eu quero dizer que o Governador está mandando um orçamento de 25% a mais

que o normal, só para a Saúde no Estado de Mato Grosso. Nós vamos votar a LDO este mês de

julho, até dia 15 de julho, e está aumentando em 25% o orçamento da Saúde.





Enquanto não chegarem as inscrições da população, porque quero ouvir a

sociedade falar hoje, eu convido, para usar da palavra, o companheiro Sr. Valdir Correa, Presidente

Municipal do Partido Solidariedade, que é um lutador pela questão do câncer, da saúde,

principalmente os problemas de câncer e levou muitas pessoas para a região de Barretos.

O SR. VALDIR CORREA - Boa noite a todos.

Eu quero cumprimentar a Mesa na figura do nosso Secretário de Estado de Saúde,

Dr. Marco Aurélio Bertúlio Neves, do Deputado Sebastião Rezende, do Deputado Zé Carlos do

Pátio, dos Vereadores e de todas as autoridades presentes.

Quero falar na condição de membro da AVCC, que é a Associação Voluntária de

Combate ao Câncer. E dizer a vocês que a saúde não escolhe ninguém, não escolhe nem a hora que

vai vir e qualquer um de nós, a qualquer momento, pode precisar da saúde.

Eu quero pedir ao Secretário e a nossa Mesa que está aqui, às autoridades e

também aos nossos médicos, que olhem com carinho para essa questão da saúde, porque é nesse

momento que nós precisamos muito e muito deste Estado, momento em que a saúde pode nos

atender e abrir as portas para nós.

Nós temos uma dificuldade, Secretário, muito grande em nosso Estado, na área de

exames. Os nossos pacientes muitas vezes têm que ir a Cuiabá fazer um exame, na verdade uma

biópsia de próstata, e leva até um ano para conseguir um resultado ou realizar essa biópsia; ou para

fazer uma tomografia, às vezes, leva até mais de ano; uma ressonância é a mesma coisa, ou até mais

tempo ainda. Tem caso de um ano e meio para a pessoa conseguir fazer uma ressonância e o

paciente oncológico não pode esperar nenhum dia. Quando souber da doença, tem que ser atendido

de imediato, o paciente oncológico precisa de atendimento psicológico, precisa de exames, precisa

de profissionais, que aqui nós temos, e de aparelhos sofisticados para atender essa necessidade.

Então, nós temos uma carência muito grande, Secretário, em nosso Município.

Pedimos a Vossa Excelência que traga para cá, um centro de imagem, para que

esses exames sejam feitos aqui. Nossos pacientes saem daqui duas horas da manhã para chegar às

seis horas da manhã em Cuiabá. Eu já fiz esse trajeto, sou conhecedor dessa realidade. E lá, ficam o

dia todo, muitas vezes sem comer, e chegam aqui meia noite. Isso, na verdade, só piora o quadro do

paciente.

Nós pedimos ao Estado que olhe um pouquinho para essa questão da oncologia e

traga para cá estrutura para atender o nosso problema. Nós temos muitos pacientes que procuram

tratamento fora porque aqui não encontram as portas abertas.

Então, é isso que eu gostaria de deixar ao Secretário, para que cuidasse com

carinho dos pacientes da oncologia aqui do nosso Município.

Muito obrigado. (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Informo que enquanto não

chegarem as inscrições da plateia, eu vou chamando os da mesa.

Estou aguardando as inscrições da plateia.

Convido o Vereador Jailton do Pesque Pague, Presidente do Conselho Antidrogas

de Rondonópolis para fazer uso da palavra.

O SR. JAILTON DO PESQUE PAGUE - Boa noite!

Quero cumprimentar o Deputado Sebastião Rezende; Deputado Zé Carlos do

Pátio; nosso Secretário; todos da mesa; o meu amigo Dr. Manoel, Dr. Giovani... O nosso lutador,

diretor da Santa Casa.





Sr. Secretário, o Deputado Sebastião Rezende falou do sofrimento dos pacientes

que o Dr. Giovani sabe muito bem, que é diretor do Regional, que ficam meses e meses ali sofrendo,

esperando uma cirurgia de alta complexidade. Eu já fiz vários pedidos para o senhor porque nós

sabemos que além do sofrimento, nós temos o alto custo dessas pessoas internadas lá no Hospital

Regional.

Srs. Deputados, Sr. Secretário, hoje eu estou aqui representando... Sou Presidente

do Conselho Antidrogas do nosso Município. Vossa Excelência e os Deputados têm conhecimento

que a nossa cidade é um dos maiores corredores de drogas do nosso Estado e porque não falar do

nosso País proporcionalmente.

Nós precisamos de apoio, Deputados Sebastião Rezende; Zé Carlos do Pátio e

Secretário. Nós, centros de recuperação de dependentes químicos, estamos completamente

abandonados, Secretário. Precisamos de envolvimento do Estado, Deputados Zé Carlos do Pátio e

Sebastião Rezende, para ajudar, para desenvolver projetos. Nós não podemos... Essa epidemia está

tomando conta das nossas escolas, está matando os nossos jovens e já está induzindo as nossas

crianças a se envolverem com drogas.

Quando se fala em drogas, nós temos que nos preocupar muito com as lícitas, as

legais, Secretário. Temos o álcool tomando conta dos nossos jovens, inclusive das nossas crianças.

Precisamos que Vossa Excelência nos ajude para que possamos entrar nessa luta de prevenção da

droga, e nós precisamos muito do Secretário de Saúde deste Estado.

Sabemos que é difícil, são projetos novos, mas precisamos combater essa epidemia

que está matando a nossa juventude.

Quando o Valdir Correa fala das dificuldades que temos com os pacientes de

oncologia, nós também não podemos nos esquecer que temos na Santa Casa, um dos maiores

médicos do Estado, para não falar do nosso País, e ele luta muito também. Nós sabemos e

acompanhamos desde o começo a dificuldade dos pacientes do Hospital do Câncer, Secretário. Uma

luta por passagens, uma luta pela nossa casa de apoio.

Precisamos também de ajuda, Deputado Sebastião Rezende. Temos quase mil

pessoas de Rondonópolis fazendo tratamento no Hospital do Câncer de Barretos, e no Hospital do

Câncer de Barretos de Jales. Não temos nem casa de apoio no Hospital do Câncer de Jales, temos em

Barretos, mas de Jales, nós não temos. Precisamos, sim, da ajuda para que possam olhar pelos

nossos pacientes. Hoje não temos ajuda nenhuma do Estado. Inclusive, nós aguardávamos o

Secretário para reunião, para discutir e fazer um pedido, pelo menos passagem para que possa se

amenizar um pouco o sofrimento desses nossos pacientes. Fica aqui registrado o pedido.

E depois, Secretário, eu gostaria de entregar mais alguns pedidos para Vossa

Excelência e para a Secretária-adjunta, pode ser para a Vossa Excelência. E que Deus abençoe e que

Vossa Excelência continue tendo bastante coragem e muita força para que junto com o nosso

Governador Pedro Taques possa ajudar a saúde da nossa cidade.

Muito obrigado! (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Convido para fazer uso da

palavra a Srª Ana Maria de Matos, Consultora Comercial da UNIC.

Quero que ela venha aqui e gente, quero agradecer profundamente a UNIC por

ceder esse espaço gratuitamente para a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso fazer esse

ato cívico para a população de Rondonópolis. Quero agradecer, passo a palavra a ela e é um prazer

tê-la aqui conosco!

A SRª ANA MARIA DE MATOS - Boa noite a todos!





Eu meu chamo Ana Maria e sou Consultora Comercial da Faculdade UNIC.

Tenho apenas uma breve fala. Vou falar a respeito dos nossos processos seletivos.

O primeiro se inicia no dia 04 de julho, no próximo sábado e durante todo o mês de julho nós

teremos processo seletivo na UNIC. E no que consiste esse processo seletivo? Ele será em forma de

mutirão. O candidato chega, faz a inscrição e já faz a prova no mesmo dia, aguardando o resultado,

ele já pode fazer a matrícula. Será das 08h às 17h. Você pode escolher o horário e fazer a prova.

Também teremos a presença dos coordenadores de cursos que estarão disponíveis para tirar dúvidas

e esclarecimentos sobre os cursos disponíveis. Eu distribuí panfletos com os cursos que teremos

disponíveis e tem telefone de contato, estamos à disposição.

Uma boa noite a todos! Amém! (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - A Assembleia Legislativa do

Estado de Mato Grosso agradece a UNIC por esse apoio. E quero dizer que um dos motivos é que

aqui tem curso de enfermagem, psicologia e é importante a sociedade interagir com a universidade.

Até o curso, eles estão agora fazendo o curso de enfermagem, que possa interagir com a Secretaria,

até porque muitos técnicos estão sendo qualificados aqui.

Vou convidar o primeiro inscrito da comunidade para fazer uso da palavra, a Srª

Délcia Dark Oliveira Souza, funcionária do Hospital Regional. Vamos chamando depois alguém da

Mesa e da comunidade...

A SRª DÉLCIA DARK OLIVEIRA SOUZA - Boa noite a todos!

Em primeiro lugar eu quero agradecer a Assembleia Legislativa do Estado de Mato

Grosso e a atitude positiva do nosso Deputado Estadual Zé Carlos do Pátio, de trazer para nós esta

Audiência Pública falando sobre saúde.

Eu não estou aqui para mascarar nada porque vivo uma realidade muito difícil. Eu

trabalho no hospital público, no Hospital Regional, onde vejo pessoas gritando de dor porque não

tem alta complexidade em nossa cidade. Eu vivo essa realidade.

Ali, as pessoas precisam de uma cirurgia de cérebro que, às vezes, dá AVC e não

pode... O Giovani gasta o dobro do que poderia gastar porque manda para Cuiabá, Cuiabá não

recebe. É muito difícil para nós!

Aqui dentro da nossa cidade caem dezenove Municípios. Portanto, a saúde nossa

está afogada. O que acontece? Estamos aí.

O meu marido, hoje, tem dois anos e meio que está em cima de uma cama, já levei

para Cuiabá. Passou um ano sem ter recurso, precisava de uma cirurgia de alta complexidade e o

Diretor do hospital falou para mim: “Nós temos condições de operá-lo, mas nós não temos

aparelhos.”.

É muito difícil, Secretário, acordar toda noite, como eu acordo com o meu marido

gemendo.

E eu sei que muitos recursos da saúde são desviados para obras faraônicas, como

aquele estádio que está lá, que não vai servir para nada, só para criar poeira!

Portanto, nós apostamos nesse Governo que está aí, nós apostamos nesse

Secretário que está aí, para que venham resolver a nossa situação.

Melhorem o Hospital Regional, melhorem também o Hospital Municipal, porque

aquilo ali está uma vergonha.

Um dia, pedi uma ambulância para levar o meu marido para casa e tive que dobrar

as pernas dele, quebradas, mas tive que dobrar. São coisas...





Eu falo em nome de uma população carente porque sou do povo, sou carente.

Trabalho no órgão público e represento essa comunidade.

A saúde tem que ser olhada, na verdade, com os olhos da verdade. Parar de

camuflar, parar de ficar enfeitando a boneca para os outros brincarem. Esse é o meu ponto de vista.

Outra coisa, corrupção na saúde, meus senhores que promovem a lei deste Estado e

a lei deste País, porque, hoje, é Deputado Estadual, amanhã vai ser Deputado Federal. Vossas

Excelências que promovem a lei, todos que desviam dinheiro da saúde, eu falei isso no município e

repito, teria que ter pena de morte ou prisão perpétua porque cada vez que um centavo de dinheiro é

desviado, o que acontece? Alguém está morrendo! E essa população sente isso. Se nós colocamos

um Diretor e não damos suporte para ele, como tenho visto... Às vezes, o salário atrasa, não nesta

gestão, mas tenho visto em outras. Como se administra um hospital sem recurso?

Então, olhar com mais carinho para o dirigente ao mesmo tempo, fiscalizar para

ver para onde está indo o nosso recurso, o nosso dinheiro público.

O que eu peço é isso, observar esta população. Rondonópolis não é mais uma

cidade pequena, hoje é uma cidade grande, uma cidade que recebe pacientes de todos os lugares e

isso está superlotando os nossos hospitais, superlotando o P.A. e nós precisamos de ajuda.

Essa é a mensagem que eu deixo para vocês.

Muito obrigada.

(PALMAS).

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Muito obrigado.

Eu quero agradecer a Dona Délcia que cumpriu o tempo de três minutos.

Convido a Srª Ivanilda Mendes, Presidente do Bairro Jardim Mato Grosso para

fazer uso da palavra.

A SRª IVANILDA MENDES - Em nome do Deputado Zé Carlos do Pátio,

agradeço todos da mesa, todos os comunitários e visitantes.

Primeiramente eu gostaria de indagar ao Secretário e ao Deputado Sebastião

Rezende por que quando se marcam os exames para fazer em Cuiabá, leva um ano, dois anos para

chamar para fazer? Têm pessoas que chegam a falecer.

A minha comadre, lá do Jardim Mato Grosso, Vossa Excelência conhece, ficou

dois anos na espera para operar. No mês passado, nós, e os médicos daqui, graças a Deus,

conseguimos a liberação para ela fazer a cirurgia. Conseguimos aqui, não foi preciso ir para Cuiabá.

Então, eu peço aos senhores e ao nosso Deputado Zé Carlos do Pátio que está junto

com os senhores agora, e ao nosso Vereador que está aqui, que levem um carinho à população que

mais precisa.

Muito obrigada. Desculpem-me se eu falei alguma coisa errada.

Também o Dr. Manoel, que está ali, que é um doutor muito popular, todo mundo

adora o Dr. Manoel.

Muito obrigada. (PALMAS).

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Convido a Srª Mara Oliveira,

Presidente do Conselho da Mulher para usar da palavra.

Eu peço para ninguém sair, porque o Secretário tem notícias para Rondonópolis,

ele vai ouvir a todos e vai falar o que é possível o Estado fazer, neste momento, para a cidade de

Rondonópolis.

A SRª MARA OLIVEIRA - Boa noite a todos!





Quero cumprimentar ao Deputado e já parabenizá-lo. O Deputado já esteve aqui

com uma Audiência Pública sobre segurança e agora, saúde.

Deputado, eu gostaria que Vossa Excelência, como representante, que já foi

Prefeito da nossa cidade, sabe das lutas de Presidentes anteriores que já passaram pelos Conselhos

da Mulher, onde nós tivemos a conquista do CAISM, Centro de Atendimento Integral à Saúde da

Mulher. Uma clínica que teve investimento dos Governos Estadual e Municipal, que funcionou

menos de dois anos.

Hoje nós temos atendimento para as mulheres vítimas de abuso sexual e violência

psicológica em um espaço restrito. E eu gostaria que o Secretário de Estado colocasse prioridade,

não só para as mulheres vítimas de violência, como outras patologias. Porque toda semana temos

que correr atrás, tem a Eulália que está ali, esteve à frente da Secretaria de Saúde, buscando suporte

para encaminhar mulheres para Cuiabá. Eu gostaria que Rondonópolis já tivesse essa demanda

atendida aqui. Muito obrigada! (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Obrigado, Srª Mara Oliveira,

Presidente do Conselho da Mulher.

Convido Juninho Pereira, da Pastoral da Criança de Juscimeira.

O SR. JUNINHO PEREIRA - Boa noite a todos; boa noite, Secretário, Deputado

Sebastião Rezende. A Eulice, que é juscimeirense, sempre nos socorre com todas as pessoas que

vêm de lá. Fazemos uma ligaçãozinha, e ela já está no aguardo.

Gostaria de agradecer a Mara Oliveira por ter estendido este convite e a

participação da população Juscimeira aqui presente.

Nós tivemos um período em Juscimeira... E nós tivemos uma inauguração do

Hospital Padre Mário, que não saiu da estrutura. E com este novo modelo de administração de coisa

pública e a cidade de Rondonópolis sendo polo do Vale do São Lourenço, como disse a senhora,

realmente isso gerou um congestionamento e uma ineficiência.

Assim, acredito que concentrar todas as questões, a patologia, em um só polo, em

uma só cidade que seja, o resultado pode ser muito baixo. É demais!

Então nós já temos estrutura e está faltando desenvolver alguns médicos, já temos

os médicos da família, mas o acesso a algumas coisas... Porque nós não temos instrumentos. É muito

pouco! Não pode concentrar tudo aqui, porque temos as questões emergenciais.

Em Juscimeira, Deputado, tem anos que não nasce mais juscimeirense, porque lá

não tem, acredito, o anestesista.

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - No Hospital Metropolitano?

O SR. JUNINHO PEREIRA - Exatamente. E não temos mais parteiras também.

Temos essas dificuldades todas.

Essa semana mesmo, tivemos uma jovem que teve um parto de emergência e teve

dificuldade de chegar até aqui, tanto ela como a criança precisaram de UTI. Hoje já está tudo bem,

mas temos essas dificuldades.

Precisa deixar algumas partes da patologia, especialistas para atendimento

emergenciais e aquelas situações que são da comunidade. Os emergenciais que tem que agendar e

tudo mais, eu acho que pode ser encaminhado.

Gostaria de convidar o Vereador Jailton para conhecer, em Juscimeira, a COPIOSI,

que foi criada para ser um centro de reputação dessa questão dos dependentes químicos.

Já tivemos dois modelos de gestão e não deram certo. Já está todo reformado e

estruturado e nós estamos precisando de um modelo novo, para podermos desenvolver ações lá





dentro. Nós temos a Pastoral da Criança, ganhamos um espaço grande, bom, que também estava

fechado, abandonado, que nós pretendemos desenvolver. Só que precisamos da ajuda do Governo do

Estado.

Obrigado. (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Obrigado, Sr. Juninho Pereira,

da Pastoral da Criança de Juscimeira.

Convido a Srª Adriana Moraes, Assistente Social para fazer uso da palavra.

A SRª ADRIANA MORAES - Boa noite a todos!

Gostaria de saber o que pode ser feito em relação ao atendimento da população

pelos profissionais de serviço social e psicologia. Porque pude observar que nos PSFs esse

atendimento acontece, e quando acontece é uma vez por semana. E a nossa população de duzentos

mil habitantes, está certo que não serão os duzentos que precisarão, é uma parte dessa população,

mas, não tem profissionais contratados. Quando se precisa, se empurra esses usuários para a

Assistência Social que também não tem funcionários para atender a população. A Saúde não tem e a

Educação não tem. O que pode ser feito para essa população que necessita do atendimento dos

assistentes sociais e dos psicólogos? O que pode ser feito, um concurso público? Eu não sei.

Eu gostaria que pudesse estudar um pouquinho, pensar um pouquinho nisso,

porque acredito que está precisando muito e é o que vemos hoje nos Centros de Referência de

Assistência Social - CRAS. Toda a demanda vai para lá e lá também não tem profissionais

contratados porque não se tem profissionais concursados, só tem profissionais de processo seletivo

que duram somente seis meses ou profissionais de Cargo Comissionado que também não tem

vinculo dentro do órgão.

Portanto, gostaria de deixar aqui a minha pergunta: O que poderá ser feito para

amenizar essa questão da população que não tem esse atendimento por esses profissionais?

Obrigada. (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Obrigado, Srª Adriana

Morares.

Com a palavra, o Sr. João Batista Soares, da Companhia de Desenvolvimento de

Rondonópolis - CODER, “Batista da CODER”, Suplente de Vereador.

O SR. JOÃO BATISTA SOARES - Boa noite a todos.

Aqui foi falado de vários problemas na saúde, são muitos, são inúmeros. Um deles

que vou falar é da parte da tomografia computadorizada, da ressonância magnética, da mamografia e

de muitos outros exames. Rondonópolis atende dezoito municípios, Secretário, com Rondonópolis

faz dezenove. Todos esses casos vêm para Rondonópolis, e para se ter uma base, esta cidade atende

só trinta e cinco casos de mamografia para toda a Região Sul.

Eu quero fazer uma pergunta. A maioria do pessoal sai para Cuiabá para fazer esse

tipo de exame, não seria mais barato trazer o Centro de Imagem para Rondonópolis? Porque vai

gastar com combustível, com motorista, desgaste de carro... Rondonópolis está à mercê, porque tem

muitas pessoas...

No mês passado, morreu um cidadão por falta de biópsia. Uma biópsia demorou

mais de oito meses para sair. Quando foi sair essa biópsia, o companheiro morreu. A biópsia saiu,

mas o cidadão foi enterrado na semana passada.

Então, deixo essa pergunta para Vossa Excelência, para ver mais a Região Sul do

Estado. Nós sabemos que o Governador tem uma boa intenção, porque ele já veio inaugurar algumas





coisas em Rondonópolis, e tem boa intenção para melhorar a cidade. Nós merecemos uma atenção

melhor do Governo do Estado de Mato Grosso.

Muito obrigado. (PALMAS).

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Obrigado, Batista! Convido o

Sr. Valteir Eloi, Vice-Presidente do Bairro Cidade de Deus.

O SR. VALTEIR ELOI - Boa noite, Sr. Secretário, é a primeira vez que estamos

falando de frente com um Secretário de Estado. Que bom!

Cumprimento o Deputado Zé Carlos do Pátio, em especial a pessoa do Jailton, que

sempre está olhando por nós.

Primeiro, Deputado, eu quero perguntar para o seguinte: Porque que não existe

mais Agente de Saúde nos bairros?

Nós temos o nosso postinho lá, graças a Vossa Excelência, que quando Prefeito

aqui, levou o postinho de saúde para o nosso bairro.

O nosso bairro corresponde a mil e cinquenta casas, que são do PB, que são PH.

Nesse bairro não tem uma escola, não tem uma creche, agora tem o PSF, mas em condições muito

ruins.

Na questão da odontologia, nós estamos precisando de um dentista, nós estamos

precisando de cadeira, porque a cadeira lá está muito precária.

Nós queremos mais respeito com o nosso bairro, porque o nosso bairro foi um

avanço para muitos políticos se elegerem, e nós estamos com pendência de tudo isso.

Quando eu estou trabalhando no meu bairro, eu estou fazendo um trabalho de base.

Quando o Jailton falou na questão da criança, eu gostei da fala dele. Parabéns,

Jailton, porque se fizer um trabalho de base com as nossas crianças, daqui a dez anos não teremos

esses delinquentes. E quando se falar em construir presídio, vamos construir escolas, fazer um

trabalho de base, porque quando se estuda também se aprende o que é saúde.


O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Muito obrigado! Convido o Sr.

Humberto de Campos para usar a palavra.

Eu quero fazer um registro aqui, foi na nossa época que implantamos o posto de

saúde, mas o recurso quem conseguiu, na cidade dele, foi o Deputado Sebastião Rezende. Eu não

posso ser injusto com ele.

Com a palavra, o Sr. Humberto de Campos.

O SR. HUMBERTO DE CAMPOS - Boa noite a todos!

Muito obrigado pela presença de todos, obrigado pela presença da Assembleia

Legislativa, de todas as pessoas que estão aqui, Deputado Zé Carlos do Pátio, Deputado Sebastião

Rezende, Secretário Marco Aurélio, todos os Vereadores, Dr. Manoel, Jair, Dr. Kemper, muito

obrigado.

O que quero sugerir ao Secretário Marco Bertúlio é que tão importante quanto

investir nas curas das doenças é prevenir as doenças.

E quero pedir a Vossa Excelência que reserve com o Governador, com a Secretaria

de Saúde, recursos do orçamento para educação, orientações sobre a saúde, sobre a forma que a

pessoa deve se alimentar, como deve se comportar, se conduzir para ter melhor saúde. Às vezes,

investimos muito na cura e a prevenção fica...

É importante que a pessoa saiba o quanto é fundamental consumir alimentos,

corretamente, a forma de mastigar, a importância do consumo da água, de tomar o sol, da prática de





exercícios físicos... O quanto isso é importante para a nossa boa saúde. Isso para todos nós. Quanto

mais tivermos esse conhecimento, mais saúde teremos e menos doença. O que é saúde? É ausência

de doença. Então, que parte do orçamento da saúde, uma parte significativa, seja reservada para

orientações da saúde, na alimentação. Obrigado. E boa noite! (PALMAS).

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Convido para usar da palavra a

Srª Marijane de Souza, da Associação das Mulheres.

A SRª MARIJANE DE SOUZA - Boa noite, Deputado; Secretário; todos da Mesa.

Dr. Manoel, estou muito feliz de saber do seu empenho em relação às mulheres.

A minha cobrança é a respeito do CAISM.

O CAISM foi reduzido em uma sala no CEADAS, por causa da estrutura do

prédio.

Eu vou passar a palavra, para Sandra Raquel, que é a Presidente da Associação,

para ela complementar as minhas questões. (PALMAS).

O SR. PRESIDENTE ( ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Com a palavra, a Srª Sandra

Raquel.

A SRª SANDRA RAQUEL - Boa noite aos senhores e senhoras, aqui represento o

Coronel Taborelli.

Sou Sandra Raquel, Presidente da Associação de Mulheres de Rondonópolis e

Região Sul de Mato Grosso.

Primeiro gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa, muito importante.

E gostei de como Vossa Excelência iniciou a Audiência Pública, deixando a

população falar primeiro e depois a Mesa de autoridades. Porque normalmente é ao contrário. A

Mesa de autoridades fala tanto que quando olha para a plenária não tem ninguém, porque todo

mundo se cansa.

Então, parabéns! Vossa Excelência avançou mais um passo. Deixo uma indicação

para que a próxima Audiência Pública, Vossa Excelência faça na comunidade. Porque Vossa

Excelência, Deputado Zé Carlos do Pátio, deixou um legado muito especial aqui em Rondonópolis.

É muito querido pela população. Do Pedra 90... De todas as comunidades! De todas as

comunidades! Faça na comunidade e escolha uma quadra de esportes. Faça lá que eu tenho certeza

que esse número será pequeno diante do público que terá.

Dando continuidade ao que a Srª Marijane estava falando, a atual Presidente do

Conselho da Mulher também colocou sobre o CAISM. Lembro-me bem... Cadê o Dr. Manoel? Dr.

Manoel, na época, foi uma luta muito grande para atuar, até foi na sua gestão, batemos muito de

frente eu e Vossa Excelência ...

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Foi do interesse público.

A SRª SANDRA RAQUEL - Foi do interesse, mas foi positivo. Porque o

Conselho da Mulher é um órgão fiscalizador. E quando acontece alguma coisa que não vem ao

encontro com o benefício da mulher, independentemente quem seja o Prefeito, a Presidente tem que

cobrar, sim. E na época, se queria pegar a clínica da mulher e usar como policlínica, lembra? Nós

fizemos uma audiência com várias discussões e, graças a Deus, Vossa Excelência, na sua gestão,

inaugurou, não foi isso?

(NESTE MOMENTO O SR. PRESIDENTE DEPUTADO ZÉ CARLOS DO PÁTIO SINALIZA

POSITIVAMENTE DA MESA DE AUTORIDADES)





A SRª SANDRA RAQUEL - Então o papel do Conselho da Mulher é fiscalizar e

isso aconteceu porque realmente não houve a devida fiscalização, porque foi uma luta árdua que me

deu muitos problemas pessoais, mas eu, enquanto Presidente, tinha que defender a causa da mulher.

E como Presidente da Associação das Mulheres de Rondonópolis, eu gostaria

que... Eu estou sentindo a falta da Secretária de Saúde do Município... Por que ela não está

compondo a Mesa?

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Foi convidada.

A SRª SANDRA RAQUEL - Foi convidada? Ela deveria estar aqui até para poder

justificar isso daí, não é? E ela está fazendo um belo trabalho aqui!

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Ela foi convidada, recebeu o

convite. E além de receber o convite, eu fiz um convite pessoal a ela.

A SRª SANDRA RAQUEL - A Srª Amarilda está fazendo um bom trabalho dentro

do que cabe a ela.

Mas só para eu finalizar, que seja realmente revista a situação da saúde da mulher,

não só em Rondonópolis, mas também em todo Estado de Mato Grosso. Nós necessitamos,

Deputado, de uma Secretaria. Não é a pauta da reunião, mas eu vou aproveitar a oportunidade para

solicitar que Vossa Excelência converse com o Governador. Sei que ele está destituindo algumas

Secretarias, e nós, pedindo outra: a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. É dentro dessa

Secretaria que trabalharemos com as questões da mulher mato-grossense.

Vamos rever essa questão do CAISM. E precisamos, aqui em Rondonópolis, de

um atendimento especial para mulher. Somos 62% da população, somos nós que elegemos os

senhores e as senhoras que estão aí em seus comandos. Então, olhem para nós com mais carinho

porque tenho certeza que se Vossas Excelências estão hoje aí, é por nossa causa, mulheres, que

votamos em Vossas Excelências.

Boa noite.

Muito obrigada. (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Tudo tem que colocar na Ata.

Ouviu, pessoal? Chegou um bilhete aqui, está escrito assim: “Precisamos inaugurar a UPA de

Rondonópolis. A gestão passada a deixou 80% pronta e nada foi feito.”. Fica registrado o pedido da

comunidade.

Com a palavra, o Sr. Genésio Correia da Silva, Presidente do Assentamento

Carimã.

O SR. GENÉSIO CORREIA DA SILVA - Boa noite a todos, à Mesa que está

composta com todas as autoridades; o Deputado Sebastião Rezende, que já conhece muito bem o

Assentamento Carimã; o Deputado Zé Carlos do Pátio; o Sr. Jailson, que há muito tempo nos

conhecemos e aqui várias pessoas me conhecem.

Só uma coisa a dizer: vou voltar e falar do Hospital Regional. É caos à família! O

Sr. Jailson é sabedor, o Secretário também já é sabedor desse caos que vou voltar a relatar aqui.

Eu tenho uma cunhada, que no dia 27 completou três meses que está internada

esperando uma cirurgia de aneurisma.

Acho que para o nosso Estado é uma vergonha. Desculpem-me as autoridades

aqui, os nossos Deputados, mas acho que é uma vergonha. Quatro meses! Uma pessoa ficar no

leito... Sendo que daqui a Cuiabá são duzentos e quantos quilômetros, Deputado? Quer dizer que

pode trazer esses aparelhos para cá em Rondonópolis.





Outra coisa eu quero dizer é que o Assentamento Carimã necessita urgentemente

de um médico que cuide dos idosos. Porque lá, 90% da população já são idosos e já estamos

correndo atrás disso. Ressaltando a Exmª Srª Marilda Rufino, nossa Secretária... Parabéns a Exmª

Srª Marilda Rufino, mais uma vez! Toda vez que nós levamos um paciente, ela está lá atendendo.

Nós estamos querendo respaldo do Estado com o Município, Deputado. Não estamos criticando nem

“A” nem “B”. Mas o que estamos falando é a realidade, o que nós vivemos no dia-a-dia.

Acho que é por isso que temos que lutar de ombro a ombro, como parceiros.

E outra coisa! Falando também não só do Assentamento Carimã, mas do Jardim

Liberdade. Eu sou morador também, nós precisamos de um postinho de saúde lá. Segurança,

voltando atrás também, pois para fazer saúde tem que ter segurança, Deputado. E muitos que aqui

estão hoje... Quero agradecer, em nome de cada um aqui, esta oportunidade de nos expressarmos

para o Deputado, para o Vereador, para essa Mesa que está composta aí.

Quero dizer a cada um dos senhores, muito obrigado e que continuem assim,

sempre deixem os pequenos falar para as autoridades responderem a cada pergunta depois.

Estão de parabéns, mais uma vez! E quero mais uma vez agradecer cada um que

compõe essa mesa.


O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Pessoal, a nossa Audiência

Pública vai ser objetiva, rápida, porque o mais importante é ouvir o Secretário, e ele tem propostas

boas para nós.

Ele está anotando tudo aqui e ele já falou: “Zé Carlos, o que eu puder fazer por

Rondonópolis, eu vou fazer. Eu não vou fazer promessas que eu não possa executar, mas eu vou

ajudar muito Rondonópolis.”. E ele fez um compromisso conosco, está aqui o Deputado Sebastião

Rezende, é um pedido dos dois Deputados daqui; do Deputado Coronel Taborelli e do Deputado

Gilmar Fabris também. Já trouxe as UTIs e vai trazer mais investimentos.

Quero agradecer a presença do Sr. José Antônio dos Santos, Diretor da Associação

de Amigos e Trabalhadores da Construção Civil de Rondonópolis.

Muito obrigado.

Com a palavra, o Sr. José Severino, o Nino, Presidente do Bairro Vila Mariana e

representando o Lions Club da região da Vila Operária.

O SR. JOSÉ SEVERINO UNINO - Boa noite a todos, à Mesa e Sr. Secretário.

Há muitas coisas que eu iria falar aqui, mas já foram contempladas em outras falas.

Então, vou me ater somente ao que não foi contemplado. Falo não só para o Secretário de Estado,

mas também tem aqui autoridades municipais e diretores da Santa Casa, do Hospital Regional. Há

coisas que não precisam de dinheiro para melhorar a saúde. Uma delas é o constrangimento que eu

vivi e outras pessoas viveram e falaram: “Nino, se você for lá, você fala isso.”. Eu falei: “Eu vou

falar.”.

Senhores, criem um sistema para normatizar o uso dessas redes sociais nesses

atendimentos na Santa Casa, no P.A., em todo lugar. Você chega, está um monte de cidadão lá, já

com mil problemas sociais, sofrendo, vendo o filho sofrer com dor; e os servidores públicos, não são

todos, estão dando maior atenção ao WhatsApp. É brincadeira... (PALMAS). Isso é um descaso com

a coisa pública. E se fosse só o servidor... Há médicos, pessoas já graduadas, que um plantão vai

render seis horas, 17h30min horas ele começa a passear dentro do hospital, passa na sua frente, passa

para lá, passa para cá, mas não atende o cidadão. Nós somos movidos por emoções, talvez com





emoção, com bom jeito, nós vamos embora até sem sermos tratados. Esse é um ponto muito

importante.

E quero pedir uma atenção maior para policlínica lá do Distrito da Vila Operária,

localizado na Vila Mariana, que era Hospital da Mulher, agora está atendendo todos. Está precisando

de mais atendimento. Eu cheguei lá e tirei uma foto, porque tinha um papel pregado na parede. Não

tinha um médico... Não tem, não tem, não tem! E eu fui lá para ser atendido,não tinha ninguém para

atender, eu tive que ir para o P.A. de novo.

Meus amigos, eu sei que dinheiro na saúde é curto, sei que tem muita gente

tentando fazer...

E ontem, um cidadão me ligou, e eu fui buscá-lo na Santa Casa. Ele reclamou do

péssimo atendimento do médico. Um médico desses de fora. Cubano que tem na Santa Casa. E eu

acho que... O Dr. Kemper está lá dentro e tem que dar uma olhada para ver se esse pessoal de Cuba

está trabalhando certinho. Não é só que está faltando médico, que vai trazendo tudo, até o que não

presta para trabalhar, não. Se não presta, manda embora. Muito obrigado! (PALMAS).

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Obrigado, pessoal.

Fiquem todos. Atendemos todas as inscrições. Agora vamos terminar a Mesa,

porque já vários da Mesa já usaram da palavra. Por incrível que pareça, só faltam três pessoas para

ouvirmos o Secretário.

Com a palavra o Dr. Kemper Carlos Pereira, Diretor Administrativo da Santa Casa

de Rondonópolis.

Vou passar a palavra, a pedido do Dr. Kemper, para o Dr. Manoel da Silva Neto

para explanar uma imagem dele. Sr Paulo Roberto, mostre a imagem.

O SR. MANOEL DA SILVA NETO - Boa noite a todos!

Eu agradeço ao Dr. Kemper, que foi quem me levou pela primeira vez a esses

“Dias Positivos”.

Eu liguei para o Celso, que estava organizando aqui e falei: “Você me permite

passar?”.

Eu vou fazer uma abordagem diferente, Secretário, não sei se Vossa Excelência

chegou a tomar conhecimento desse “Dia Positivo”. Isso aqui é uma luta de hospitais filantrópicos

para mostrar como está a situação dos hospitais no nosso país. Eu acho que é interessante para todos

nós. Para vocês observarem porque estamos na situação em que nos encontramos. Eu vou tentar ser

o mais breve possível.

Dia 29 de junho foi o “Dia D em Defesa da Saúde” que foi lançado nos

Municípios. Dia 13 de julho, próximo, será nos Estados. E dia 04 de agosto haverá uma paralisação

geral em defesa da Saúde, em Brasília.

O que eles estão querendo? Eles estão querendo aqui, nesse caso, uma luta para os

Hospitais Santa Casa e os Hospitais Filantrópicos no SUS. Como vocês já devem ter ouvido falar na

televisão, várias Santas Casas no Brasil inteiro estão quebradas. Estão quebradas!

A situação da Santa Casa de Rondonópolis, Secretário, inclusive em relação às

outras do Brasil, é até muito boa, aqui há um controle administrativo melhor. Por exemplo, a Santa

Casa de São Paulo está quebrada, está devendo milhões e milhões. Por que isso chegou nesse ponto,

por que ficou assim?

Hoje, nós temos que em relação às internações do SUS, por ano, os hospitais

filantrópicos respondem por 42% da baixa complexidade; 41% da média complexidade e 59% da

alta complexidade. Eles são de fundamental importância para a vida da saúde da nossa população.





É uma lei do SUS que diz que primeiro tem que lotar o hospital próprio e aqui no

caso, por exemplo, seria o Hospital Regional de Rondonópolis e em Cuiabá seria o Hospital Júlio

Müller. Depois de lotar o hospital que é próprio, que é inteiramente público, passa para o Hospital

Filantrópico que no caso seriam as Santas Casas. Estamos tratando de internações do SUS, a Santa

Casa, Beneficência Portuguesa, outros... Enfim, quaisquer outros hospitais que tenham esse tipo de

filantropia. E no final, teríamos os hospitais credenciados pelo SUS para atender. O que está cada

vez mais raro. Vocês entenderão o porquê, porque é um péssimo negócio.

Antigamente, nos anos 80, a União respondia com 75% do custo da saúde; o

Estado, 17%; e os Municípios, 7,2%. Por uma política inovadora que vem se tocando a vários anos,

hoje, a Federação responde por 45%; o Estado, 25%; e o Município com 30%. Houve um repasse

aos Municípios, mas a situação se inverteu.

Investimentos em saúde, gente! Se considerarmos o Brasil em relação a outros

países, o Brasil, investe 4,1% do Produto Interno Bruto da nação. Outros países investem muito mais

na área saúde.

A Despesa Pública per capita para nós brasileiros, durante o ano, é de

quatrocentos e setenta e quatro dólares; nos Estados Unidos, é praticamente dez vezes mais; assim

como na Alemanha; assim como na França. Enfim, paga-se muito pouco para a saúde em no nosso

País. Infelizmente, nós estamos sucateados.

Eu quero deixar uma coisa bem clara, não estou aqui, por favor, não vão entender,

em defesa de salário de médico, não! Eu estou falando porque ontem falei isso na Câmara e alguns

colegas confundiram lá. Eu não estou falando nada de salário de médico, estou falando porque os

hospitais nossos estão sucateados. É uma luta de hospital para atender a população.

Agora, isso aqui vocês vão entender muito bem. Desde que começou o Plano Real,

até maio de 2015, olha aqui Secretário, a Tabela SUS subiu 93%; o Índice Nacional de Preço ao

Consumidor subiu 413%; a energia elétrica subiu 962%; a água 945%; o transporte urbano 1.177%;

e o gás de cozinha, para vocês terem uma ideia, 1.025,00%.

Como eu posso administrar um hospital que vai atender a população, se nesses

anos do Plano Real houve um reajuste do Governo Federal para manter esse hospital em torno de

93%, sendo que todo o resto subiu muito mais. Como você vai manter essa estrutura com esse ganho

do SUS?

Consequentemente, vai ocorrer um desequilíbrio. Vai ter uma crise permanente e

por isso que estamos aqui hoje. Nós vamos ter um endividamento crescente das instituições, o Dr.

Kemper me repassou ontem que a Santa Casa, este mês, teve um prejuízo de quatrocentos mil reais,

ou seja, está bancando uma conta do prejuízo. Pressão sobre o orçamento municipal porque a hora

que não der lá, todos vão correr para o Prefeito e falar: “Pelo amor de Deus, quero mais que 30%

para eu manter, 30% do Município é pouco!”. Depreciação física e tecnológica; precarização da

relação trabalho; baixo salário; redução do leito porque não tem investimento, vão diminuindo os

leitos do hospital, em vez de aumentar; fechamento do hospital... Por exemplo, alguém aqui já ouviu

falar da maternidade Marechal Rondon? Da Maternidade Nossa Senhora das Graças? Do Hospital

São Marcos? Do Hospital Samaritano? O que aconteceu? Fecharam, ninguém aguenta, ninguém

suporta.

Incapacidade de resposta às necessidades da população, urgência e emergência

superlotada, judicialização da saúde. Cada vez mais para internar alguém precisa ter uma ação

judicial de Promotor ou de Juiz, porque não tem para todo mundo.





Eu estou tentando ser o mais breve possível, eu não quero atrapalhar, mas eu acho

interessante sabermos disso aqui.

Com aquela defasagem do que se paga e o que o pessoal gasta, nesses anos, o

déficit total dos hospitais é de nove bilhões de reais.

Por isso que a Santa Casa de São Paulo está quebrada. É só um exemplo, é um dos

maiores e melhores hospitais que nós temos no Brasil, onde nós temos os maiores profissionais para

atender a nossa população, o maior centro de tecnologia, o maior centro de imagem é em São Paulo.

E aí a dívida que era, em 2005, de um bilhão, passou a ser de onze bilhões. Por

quê? Porque eu tenho que captar dinheiro no sistema financeiro para pagar a dívida que a Santa Casa

faz, todo mês. Se vocês não sabem, ela vai buscar dinheiro no banco para poder repassar, para poder

pagar seus fornecedores, suas contribuições, seus passivos trabalhistas, os honorários dos médicos

que lá trabalham, enfim... Isso acaba gerando um prejuízo.

O SUS responde por três quartos da nossa população, então é um grande convênio.

Eu defendo o SUS de manhã, à tarde, à noite, de madrugada. Eu adoro o SUS, adoro trabalhar pelo

SUS. Sinto orgulho do que eu faço. (PALMAS)

O SUS atende três quartos da nossa população, os planos de saúde, UNIMED,

SOMED, aqui no nosso caso, - estou dando exemplo dos mercados para ficar mais fácil para vocês

entenderem - um quarto da população. Olha o quanto gasta o contrato do SUS: duzentos e setenta e

três. Olha o quanto gasta o contrato de convênio: dois mil e cem. Se eu fizesse uma projeção, o SUS

que gasta quarenta e um bilhões, teria que gastar trezentos e vinte bilhões para tudo dar certinho.

Aqui só explica que os hospitais universitários, que são os hospitais públicos,

como o Júlio Muller; Hugo, de Goiânia; USP... Eles gastam demais pelos serviços feitos por eles.

Eles são “gastões”. Dá para reduzir essa despesa e trabalhar mais.

Isso para a população vem causando o quê? Transtorno. Por quê? O que vocês

estão pedindo a cada vez? “Eu preciso de exame, eu preciso de tomografia, eu preciso de

ressonância magnética, eu preciso de atendimento médico...”. A população acaba sofrendo no

tratamento do hipertenso, do diabético, no paciente com câncer, no tratamento de obeso, do HIV, da

hepatite, da gestante sem pré-natal completo, da falta de mamografia, que é um problema inclusive

em Rondonópolis, a inexistência de hemodiálise... Olha que Rondonópolis ainda está bem em

muitas áreas. Nós temos que elogiar. Rondonópolis não é uma cidade ruim, com apoio que tem do

Estado, inclusive é muito boa. A saúde de Rondonópolis, pela situação do Brasil, é muito boa.

Gostaria de passar esses slides para entendermos porque nós estamos pedindo

também. Porque a situação está muito difícil. Muito obrigado! (PALMAS).

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Eu quero registrar que quando

eu tive a oportunidade de ser Prefeito, nós aumentamos de forma significativa o convênio com a

Santa Casa, e houve uma parceria do Governo do Estado, Secretário. Eu acho que agora é a hora de

aumentar o convênio da Santa Casa, para que realmente essa estrutura, que nós estamos montando,

Deputado Sebastião Rezende, possa funcionar. Eu acho que a Santa Casa cumpre um papel

importante para nós. É muito importante! Ela é uma grande parceira.

Com a palavra, Dr. Kemper, Diretor Administrativo da Santa Casa.

O SR. KEMPER CARLOS PEREIRA - Boa noite a todos!

Eu quero cumprimentar o Deputado Zé Carlos do Pátio, em nome dele eu

cumprimento a Mesa. Agradeço as palavras do Dr. Manoel.

Nós estamos vivendo, essa semana, um movimento nacional dos hospitais

filantrópicos, na tentativa de mostrar a realidades dessas entidades e fazer com que todos os gestores





sejam sensibilizados e que se torne de conhecimento público, à sociedade, a situação do sistema de

financiamento que hoje se faz no Sistema Único de Saúde - SUS.

Quero dizer que aquela defasagem da tabela tem um complemento, houve uma

mudança da regra. A tabela realmente encontra-se defasada daquela forma, porque a forma de

financiamento foi decidida por uma mudança com incentivos, mas todos nós sabemos, inclusive o

Ministério da Saúde, que a regra e a fórmula não estão adequadas. Continua uma defasagem e não dá

para pagar a conta no final.

Preciso dizer bem claramente, e aproveitar esse espaço para esclarecer à sociedade

que a Santa Casa de Rondonópolis, pelo menos, e eu acho que são todas as entidades filantrópicas,

não tem fins lucrativos. Portanto, não se faz dividendo de lucros ou de receita no final do mês.

Todos que estão ali lutando, trabalhando, têm um único sentido: auxiliar o Estado. O Estado que eu

digo como um todo: Município, Estado e Federação, no atendimento daquilo que se encontra em

deficiência pelo órgão público. Se o Município, ou Estado, não tem condições de fazer um

atendimento naquele lugar, onde tem uma filantrópica, ela está ali para exercer esse papel em

parceira com o Estado e o Município.

Assim, é importante que isso fique extremamente claro à sociedade.

Quando se trata a instituição Santa Casa de Rondonópolis, 63% dos nossos

atendimentos são via SUS, 4.200 atendimentos por mês é a média que fazemos na instituição.

Eu tenho certeza, Dr. Marcos, que nós não tivemos ainda a oportunidade que

queremos ter, em breve, de sentarmos e discutirmos com a Diretoria da Santa Casa alguns

posicionamentos. Mas eu quero dizer que a Diretoria da Santa Casa acredita e confia nesse Governo

do Estado que está aí e na sua pessoa.

Tive a oportunidade de escutá-lo na resolução do problema com o Hospital

Regional e eu gosto de olhar nas pessoas e acreditar. Olhando na cara delas, olhando nos olhos delas

e enxergando que tem boa vontade e que tem desejo, desejo de acertar. E entendo, como gestor, que

não é fácil tocar saúde, quanto mais se cria, mais demanda se tem. Mas nós podemos entender a

parceria e acharmos o que é justo, o que é correto. É essa a intenção da direção da Santa Casa.

Nós não podemos continuar tentando crescer, crescer e trazer mais benefícios à

sociedade da Região Sul, como estamos agora, praticamente até novembro ou dezembro

inaugurando mais 6.600 m² de hospital. Isso significa um andar inteiro de maternidade, um andar

inteiro de UTI neonatal e pediatria, com UTI pediátrica, e mais sete salas de centros cirúrgicos

novas, no segundo andar. Para isso os custos vão embora, não adianta fazer só a estrutura física, nós

temos que fazer o custeio dessa estrutura. E nós temos a maior boa vontade de fazer o atendimento e

auxiliar o Estado, o Município como um todo, no atendimento à população.

É esse o dever das pessoas que estão na Santa Casa, que não é uma instituição

pequena. Talvez, a terceira maior empresa em emprego dentro da cidade de Rondonópolis, com

aproximadamente setecentos funcionários.

Então, o que venho aqui dizer? Ouvir primeiro a sociedade de Rondonópolis. Eu

acho extremamente interessante e o formato que foi dado a esta Audiência Pública, pelo Deputado

Zé Carlos do Pátio. É muito importante e estou aqui, como todos, para ouvir o Secretário, mas,

também, ansioso para que possamos discutir os problemas, discutir as soluções conjuntamente, o

mais breve possível, com a instituição Santa Casa.

Eu agradeço a todos.

Boa noite! (PALMAS)





O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Secretário, eu não vou negar,

não, vale a pena investir.

A Santa Casa... No nosso Governo, nós fizemos um convênio. A Izalba está aqui...

Um convênio muito acima do que era, para garantir esse direito, porque lá é um hospital que

realmente nos atende.

Para não cometer injustiça, eu vou chamar duas pessoas que pediram para

inscrever depois, e em seguida, já vai falar o Secretário. Olha que esta Audiência Pública será rápida

e o Secretário tem boas notícias.

Com a palavra, o Sr. Marcelo Miranda, que vai apresentar uma proposta para nós.

O SR. MARCELO MIRANDA - Boa noite a todos.

Diante da explanação do Dr. Manoel, nos encontramos em uma equação muito

difícil, que é: custo atendimento é igual à dificuldade em atender.

Com um estudo mais profundo na prevenção, como o Humberto falou, a diabetes,

por exemplo, que leva a pessoa às mazelas, à hemodiálise, à cegueira, às amputações... Se fosse feito

um tratamento mais profundo, se fosse feito um dia do diabético, se fosse olhado com mais carinho,

a longo prazo, reduziria muito o custo da saúde.

Quem sabe, ousar da legalidade também. Nos Estados Unidos existe um seguro

para atendimento à saúde. Por que não ousar junto com a Bancada Estadual, com a Bancada Federal

a possibilidade de um seguro para alta complexidade? Um estudo mais profundo dentro da lei que

possibilite esse atendimento a nossa população.

Seriam coisas mais profundas a serem estudadas, dentro da legalidade. E nesta

oportunidade, eu estou deixando aqui um singelo encaminhamento, um singelo pré-projeto para o

nosso Deputado Zé Carlos do Pátio, que é a possível criação do Hospital da Polícia, que já funciona

no Estado de Minas Gerais, em Sergipe e no Paraná. Quero deixar nas mãos do Deputado e eu

ficaria contente que fosse estudado mais profundamente.

Muito obrigado.

(PALMAS).

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Muito obrigado, Marcelo,

agradecemos a sua presença.

O último inscrito, antes do Secretário, é a Srª Rosimeire Queiroz, do P.A. Infantil.

A SRª ROSIMEIRE QUEIROZ - Só corrigindo, eu não sou do P.A. Utilizei...

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Houve um equívoco da

Assessoria...

A SRª ROSIMEIRE QUEIROZ - Utilizei o serviço do P.A. Infantil, como mãe.

Boa noite a todos!

Quero parabenizar o Deputado Zé Carlos do Pátio pela realização da Audiência

Pública.

Ouvi falar muito sobre a infraestrutura, Secretário, houve vários pedidos, mas eu

não ouvi falar em qualificação dos médicos. Em momento nenhum eu ouvi, se foi falado, me passou

despercebido.

Estou chegando a pensar que está tendo medicina online, pelo que me ocorreu há

duas semanas, no P. A. Infantil.

Tive que levar minha filha, porque ela estava tendo arritmia cardíaca e ela foi

atendida por dois médicos. Então, eu vou falar rapidamente o que aconteceu.





Nós chegamos às 07h, nesse decorrer, ela foi atendida por dois médicos. Fizeram

todos os exames e eu tive o parecer de dois pediatras. Um disse que a minha filha tinha sopro, e ele

afirmou com todas as letras e com toda certeza que minha filha tinha sopro. Isso em uma criança...

Como mãe, já fiquei totalmente assustada. Eu falei: Doutor, mas não teria que fazer exame para

saber?... “Não. A sua filha tem sopro. Você vai procurar um cardiologista para ver se o caso dela.”.

Ela vai fazer cirurgia? “Não, mas ela tem sopro.”.

O outro médico, depois que saiu o exame, falou que minha filha tinha arritmia

cardíaca. Então, eu tive esses dois pareceres no P.A.

Resumindo: tive que levar a minha filha... Saí de lá, não dormi. Na semana

passada, levei-a no cardiologista particular. Tive que recorrer, porque eu não tenho condições de

fazer um plano de saúde, hoje. E minha filha não tem sopro, e não tem arritmia cardíaca.

O que eu quero pedir a Vossa Excelência é isso: qualificação dos médicos. Porque

eu tive uma experiência péssima.

Eu ainda tive condições de procurar um médico particular. E aquela mãe que não

tem, o que ela vai fazer? Vai ficar desesperada como eu fiquei? Depois passar por um erro médico?

Estou aqui para falar por essas mães que não têm como recorrer a um médico particular e fazer todos

os exames que minha filha teve que fazer. Porque ela teve que fazer três exames, tive que pagar por

esses três exames. Como mãe, eu me senti no desespero. Chorei, fiquei angustiada. Minha amiga

Neuzinha está ali, e ela é prova disso. Porque foi postado e todo mundo sabe. Muitas pessoas da

cidade... O desespero de uma mãe por saber que a filha está com um problema cardíaco... Muito

obrigada! (PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ZÉ CARLOS DO PÁTIO) - Secretário, agora é a sua vez de

falar.

Eu vou passar a palavra a Vossa Excelência. Só vou fazer uma introdução aqui.

Rondonópolis não tem 200 mil habitantes, tem 550 mil habitantes. É uma cidade

que está suportando todos os problemas da Região Sul. E quando não dá, tenta levar para Cuiabá.

Quando não dá para levar para Cuiabá, ou resolve aqui ou não resolve. Porque nós estamos

segurando as pontas aqui.

Secretário, estou vendo o orçamento para o ano que vem, o Deputado Sebastião

Rezende está aqui comigo, nós iremos votar a LDO. O orçamento do Estado vai pular de novecentos

e trinta e três milhões, seiscentos e trinta e nove mil, novecentos e sessenta reais; para um bilhão,

cento e sessenta e quatro milhões, cento e quarenta e quatro mil, trezentos e oitenta e sete reais. O

orçamento da Saúde subirá 25%; o orçamento da Educação subirá 11%; o orçamento da UNEMAT

subirá 26% e da Ciência e Tecnologia subirá 24%.

No momento em que o país está em queda, a receita está caindo, o Governo do

Estado está aumentando em 25% o orçamento da Saúde. Mas eu fiz um discurso muito duro essa

semana na Assembleia Legislativa e os Deputados viram. Estou disposto a ajudar o Governo do

Estado em tudo que ele precisar, o que puder fazer... E o Governador está nos respeitando muito lá.

Para vocês terem uma ideia, estou na CPI da Sonegação Fiscal para investigar as pessoas que

sonegam impostos, e eu pedi ao Governador para ele mandar uma lei que foi criada nos Governos

anteriores, Blairo Maggi e Silval Barbosa, para blindar a Secretaria de Fazenda para não podermos

investigá-los. O Governador do Estado, Pedro Taques, em menos de um mês, me prometeu e

mandou para mim. Ele mandaria este mês o projeto de lei do incentivo, me ligou e disse: “Deputado

Zé Carlos do Pátio, eu não vou mandar em respeito à CPI. Vou esperar a avaliação de vocês sobre

qual política de incentivo que teremos.”.





E eu fui para Goiás.

Os incentivos continuarão, melhorararão, mas nós combateremos a sonegação

fiscal daqueles que estão sonegando impostos e não estão pagando direito. Tem muito empresário

que está sonegando. O Governador está tão animado que o orçamento do Estado que era de doze

bilhões de reais vai pular para dezesseis bilhões e meio.

Enquanto a receita do Brasil está caindo, o Estado está melhorando a sua. E ele

falou para mim: “Deputado Zé Carlos do Pátio, a prioridade será a Saúde, os Ensinos

Profissionalizantes e a Educação. O investimento ficou um pouco menor, mas acima da inflação que

será de 6% a 8%, e o investimento será de 11%”. O Governador está trabalhando para moralizar o

Estado e arrecadar mais. E eu, Secretário, falei ao Governador e falo a Vossa Excelência: não existe

Deputado mais leal ao Governo que nós. Não sou da base dele, mas votei todos os projetos com ele.

E em alguns momentos que ele precisava, estávamos eu e o Deputado Sebastião Rezende lá, não é

mesmo, Deputado? Discutindo, fazendo encaminhamento para que os projetos fossem votados logo,

porque os projetos do Governador são projetos que moralizam, são sérios e estão mudando o rumo

do Estado. Mas falei isso para o Governador e falei isso na tribuna da Assembleia Legislativa,

inclusive teve Deputado que usou da palavra até para falar que eu tinha que ser Deputado de Mato

Grosso e não de Rondonópolis, mas eu falei para eles o seguinte na tribuna e falei para o

Governador: Vossa Excelência quer agradar o Deputado Zé do Pátio? O Deputado Zé Carlos do

Pátio vive sob emoção, é priorizando Rondonópolis. Eu não me importo que Vossa Excelência

invista em todo o Estado, eu vou apoiar, porque todo o Estado precisa, mas olhe para Rondonópolis

porque Rondonópolis não pode carregar esse piano sozinha.

Paga os impostos, é uma cidade que está se industrializando, é a segunda economia

do Estado, é a cidade em que o PIB mais cresceu nos últimos anos. Para se ter uma ideia, em nosso

Governo, nós abrimos quantos Distritos Industriais? O Distrito Industrial Rodoferroviário; o Distrito

Industrial da Vila Operária; e esse Distrito que foi do Governo Adilton Sachetti, praticamente

encheu no nosso Governo de empresas e indústrias. Mas nós precisamos do apoio do Estado para

resolver o problema social.

Eu quero, Secretário, dizer que esta cidade é mãe da Região Sul, ela que segura a

Região Sul. Eu preciso dessa resposta sua para a nossa cidade e peço o seu apoio.

Rondonópolis, o que eu falei é verdadeiro. Isso aconteceu até dentro da minha

família, eu tive uma pessoa da minha família que precisava de UTI e morreu em uma sala de

observação no Hospital Regional, porque não tinha UTI. Uma pessoa da família. Em todas as

famílias está acontecendo isso.

Teve um dia desses que uma pessoa da minha família precisava de UTI, tinham

três, quatro pessoas na fila, até chegar a vez da pessoa, o próprio médico, que era um neurocirurgião,

falou o seguinte: “Demorou para chegar na UTI.”

Eu quero dizer que o problema da UTI, o Governador resolveu, em partes, colocou

dez UTIs a mais. Agora, nós estamos com vinte UTIS no Hospital Regional.

Mas nesses momentos de eu estar aqui na cidade, um dia eu estava em frente à

Santa Casa, e um senhor chamado Antônio, chorando para mim, pediu uma UTI. A criança estava

morrendo! A médica, parece-me que é uma infectologista pediátrica, coitada, desesperada, ajudando

na sala, mas não tinha mais UTI! E não é culpa da Santa Casa, ela está fazendo o possível, ela está

com as dez UTIs que foram da minha época, quando eu fui Prefeito. Não tem mais UTI e a Santa

Casa não tem estrutura. O Dr. Manoel me levou lá, está construindo um pavilhão todo, eu falei com





o Secretário, com recurso próprio. Quero parabenizar a Santa Casa porque é aquele pavilhão lá que

vai garantir a UTI Neonatal, a UTI Infantil. O Sr. me levou à sala cirúrgica...

Eu quero dizer, Secretário, que precisa da UTI Neonatal, precisa da UTI Infantil,

que foi uma luta do Promotor, Dr. Ari Madeira, uma luta também do Deputado Sebastião Rezende.

Uma coisa que ele falou e que eu achei muito bonita, que ele bateu muito, é fazer cirurgia de alta

complexidade aqui. É um absurdo! Nós temos médicos qualificados para fazer cirurgia de alta

complexidade e nós temos que levar os nossos pacientes para Cuiabá? Longe da família. Poxa, por

quê? O Deputado Sebastião Rezende veio de lá até aqui falando isso, no avião, nessa viagem, hoje.

Secretário, é um absurdo! Mostre o segundo slide. É um absurdo nós temos que

fazer vinte...

Mamografia: demanda mensal de mais de dois mil exames de mamografia em

Rondonópolis, o Hospital Regional atende quarenta pessoas por mês.

O Doppler: mais de duas mil pessoas na fila de espera. O CEADAS realiza vinte e

cinco exames.

Biópsia de Próstata: o paciente espera oito meses. É um absurdo, e é tratado lá no

Hospital Metropolitano de Várzea Grande.

Quer dizer, Rondonópolis...

Tomografia: são vinte exames por mês. Quantas pessoas precisam fazer exames de

tomografia, não tem condições e tem que ir para Cuiabá?

Ressonância Magnética: é feita lá no Hospital Santa Rosa. Não tem sentido uma

cidade como Rondonópolis...

Eu fui esta semana a Anápolis, tudo isso tem lá.

Endoscopia: as pessoas esperam oito meses para fazer endoscopia, aí já está com

câncer na garganta, no estômago, já foi, só Deus mesmo...

Gente, Secretário, a sensação que eu tenho é a seguinte: uma cidade polo, uma

cidade que arrecada, uma cidade referência, mas que parece cidade provinciana. Rondonópolis tem

todo porte de um grande polo industrial, mas é uma cidade provinciana que não tem estrutura

nenhuma.

Então, eu quero aqui, hoje, pedir para Vossa Excelência, que já começou a

construir uma pauta positiva para Rondonópolis, com essas UTIs...

O Governador falou um negócio interessante. Estavam dizendo que o Governador

não estava trazendo dinheiro para Rondonópolis. Eu vim com ele e ele me convidou para a entrega

da UTI e eu vim no avião com ele.

Ele falou: “Deputado Zé Carlos do Pátio, só em Rondonópolis, no meu Governo,

eu já investi 8 milhões, passei para a Prefeitura de Rondonópolis, de dívida dos anteriores e

investimentos futuros, 8 milhões. E essa UTI que eu coloquei na Santa Casa custa de 5 a 6 milhões,

5 milhões e pouco.”

Então, se você pegar... Ele já aplicou 13 a 14 milhões em Rondonópolis em saúde.

E ele falou: “Eu quero construir uma pauta positiva para Rondonópolis.”. Ele veio conversando

comigo de lá até aqui, inclusive com o Secretário junto. “Eu quero construir uma pauta positiva para

Rondonópolis!”. Então, pessoal, Secretário, quero pedir para Vossa Excelência, ou por meio da

Prefeitura, ou por meio do consórcio intermunicipal de saúde... Vamos criar uma política para

Rondonópolis.





Eu já vi que o Estado... O Secretário tinha uma reunião à tarde, não ficou porque o

Governador chamou para lançar o novo Pronto-socorro em Cuiabá. O Governador vai colocar 50

milhões nesse novo Pronto-socorro.

Se o Governador colocar um pouco menos aqui, mas ajudar a ampliação da Santa

Casa, ajudar nos investimentos dos equipamentos que precisamos, eu tenho certeza absoluta que será

uma grande vitória. E nós temos uma bancada da Região Sul, eu, Deputados Sebastião Rezende,

Gilmar Fabris e Coronel Taborelli, que teve uma boa votação aqui, e nós queremos nos unir para que

Vossas Excelências olhem para nossa cidade. Nós vamos dar todo o apoio para Vossa Excelência.

Esta semana eu fiz um discurso na tribuna elogiando Vossa Excelência.

Eu fui com Vossa Excelência em Barra do Bugres e Vossa Excelência pouco falou

e resolveu o problema do hospital de Barra do Bugres. O povo de Barra do Bugres nunca teve uma

Audiência Pública, nem sabia como era uma Audiência Pública. Eles ficaram felizes! Uma cidade

que precisava dessa presença do Governo do Estado. O povo ficou feliz com a Audiência Pública e

Vossa Excelência está buscando resolver o problema de Barra do Bugres também.

Então, o Secretário é um homem de resultado. Eu elogio muito Vossa Excelência

muito na tribuna, eu e o Deputado Sebastião Rezende e nós precisamos do seu apoio agora.

E, neste momento, passo a palavra a Vossa Excelência para nos ajudar. Ajude a

Rondonópolis que nós iremos lhe ajudar muito como Deputado Estadual lá na Assembleia

Legislativa. (PALMAS)

O SR. MARCO AURÉLIO BERTÚLIO - Boa noite a todos!

Antes de cumprimentar o dispositivo aqui, quero justificar o nosso atraso e o não cumprimento da

agenda previamente estabelecida. Nós validamos com o Município de Cuiabá uma data para

lançamento da obra do novo Hospital e Pronto-socorro de Cuiabá, que será a referência para alguns

serviços de alta complexidade para o Estado de Mato Grosso, e essa data foi hoje, às 15h30min. E

como o evento dessa monta é da minha área, é da minha pasta, o Governador pediu para que eu

estivesse presente.

Então, houve esse descompasso e eu fico muito sentido, Dr. Kemper, de eu não

poder ter vindo para, talvez, conversar de uma forma mais qualificada nesse momento, porque eu

realmente não conheço a estrutura da Santa Casa. Porém, nada que não consigamos equacionar nos

próximos dias.

Gostaria de registrar a satisfação. É a segunda Audiência Pública em que estou

presente, demandada pelo Deputado Zé Carlos do Pátio. Como relator, a primeira foi em Barra do

Bugres. A iniciativa dele, que já foi reconhecida e elogiada aqui por muitos, de deixar a comunidade,

quem usa o serviço, falar é o que representa o que nós, gestão do Estado de Mato Grosso, queremos.

Nós não somos donos da razão, não sabemos tudo e precisamos ouvir quem precisa do serviço dizer

como ele deve ser ofertado.

Tudo que vocês falaram aqui, gerou umas sete páginas de anotações, tudo

devidamente registrado. Estou aqui com a equipe, a minha Secretária-Adjunta, a nossa responsável

pela área da regionalização, uma assessoria que está montando a secretaria específica para poder

criar condições administrativas e implementar uma política que fortaleça as regiões por meio das

suas necessidades.

Deputado Sebastião Rezende, tivemos contato por algumas vezes e eu gostaria de

registrar que os apontamentos que Vossa Excelência colocou e que registrou, todos estão perfeitos.

O que o Estado de Mato Grosso quer colocar de forma clara para toda população da Região Sul de





Mato Grosso é o que precisa ser feito e como será feito. Nós vamos construir com os gestores da

região.

A Srª Eulice pode falar aqui, como eles já apresentaram, responsáveis pelo

consórcio aqui da região, uma proposta para reduzir a demanda dos municípios circunvizinhos com

consultas especializadas, exames e cirurgias.

Não respondemos formalmente ainda, enquanto Gestão Estadual, porque a decisão

é pensando no Estado de Mato

lei n° de de de 1999....samuel delgado, neste ato representando o vereador cido silva; do sr....

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