lcd – tecnologia de cristais líquidos’

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1.Resumo 2.Introdução 3.Evolução histórica 4.Materiais utilizados 5.Funcionamento 6.Aplicações 7.Vantagens e Desvantagens 8. Manutenção 9.LCD Que futuro? ‘LCD – TECNOLOGIA DE CRISTAIS LÍQUIDOS’

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Page 1: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

1.Resumo

2.Introdução

3.Evolução histórica

4.Materiais utilizados

5.Funcionamento

6.Aplicações

7.Vantagens e Desvantagens

8. Manutenção

9.LCD – Que futuro?

‘LCD – TECNOLOGIA DE CRISTAIS LÍQUIDOS’

Page 2: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

1.Resumo

Este trabalho visa efectuar uma abordagem, com algum pormenor, sobre uma das principais facetas da

indústria da electrónica nos dias de hoje: a tecnologia de cristais líquidos.

Começamos por considerar a evolução histórica do LCD, uma tecnologia relativamente recente, mas já

bastante evoluída.

Por outro lado, além de uma descrição sobre o que está na base do funcionamento desta tecnologia e

das topologias abordadas no fabrico dos produtos que dela derivam, procuramos também evidenciar os

principais aspectos que a destacam das demais existentes no mercado.

Em última análise abordaremos as perspectivas futuras da tecnologia LCD e possíveis evoluções da

mesma. Isto, para além de apresentarmos uma outra tecnologia que poderá vir a ser a sucessora do

LCD, a tecnologia OLED.

Index

Page 3: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

2.Introdução

Várias foram as tecnologias desenvolvidas ao longo destes últimos anos, que se pretenderam

afirmar no mercado como soluções alternativas aos dispositivos CRT (Tubo de Raios Catódicos). O

objectivo principal centrava-se em oferecer equipamentos mais compactos e mais eficientes do ponto de

vista do consumo de energia.

Tecnologias como o LED (Light Emitting Diode), PDP (Plasma Display), FED (Field Emission

Display), EL (Electroluminescent Panel), DMD (Digital Micromirror Device) e VFD (Vacuum Fluorescent

Display) pretendiam alcançar esse objectivo mas, no entanto, o LCD (Liquid Crystal Display) foi o que se

mostrou mais eficiente, para a maior parte das aplicações a que se destinava.

As aplicações em LCD podem ser vistas como a parte mais recente da evolução da interface das

comunicações, que começou com a pictografia ancestral e a invenção da escrita e culminou, nos dias de

hoje, com o surgimento da imagem.

Actualmente, esta tecnologia deixou de ser usada somente nos computadores portáteis - limitados

em termos de espaço, peso e consumo de energia - para passar a ser parte integrante dos computadores

de secretária, onde até então apenas se usava CRT.

Index

Page 4: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

3.Evolução histórica

Descoberto em 1888 pelo botânico austríaco Freidrich Reinitzer, o cristal líquido é uma substância

cujas moléculas podem ser alinhadas quando sujeitas a um campo eléctrico, algo semelhante ao que

acontece com fragmentos de metal quando se aproximam de um íman.

Cerca de uma década depois, quando ainda decorriam os estudos sobre cristais líquidos, surge

aquele que mais tarde virá a ser substituído pelo LCD, o CRT.

Em 1963, Richard Williams e George Heilmeier sugeriram o uso de cristais líquidos no fabrico de

um display, o que veio a suceder 5 anos mais tarde, quando o grupo RCA produziu o primeiro LCD

experimental.

Figura – Primeiras aplicações usando a tecnologia

com base em cristais líquidos

Index

Page 5: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Evolução histórica

Durante a década de 70 começam a surgir as

primeiras aplicações do LCD.

É produzido o primeiro relógio que recorre a esta

tecnologia (1972), por parte da International Liquid Crystal

Company (ILIXCO), a Sharp inventa a primeira

calculadora portátil com visor LCD (1973) e Walter Spear

e Peter LeComber fabricam o primeiro display a cores

(1979) usando tecnologia baseada em cristais líquidos.

Em 1985, a Seiko-Epson revela ao Mundo o

primeiro aparelho de televisão com LCD a cores.

Recentemente, em 2005, a Samsung desenvolveu o

maior (82”) sistema de televisão de alta definição (HDTV)

usando tecnologia TFT-LCD.

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Page 6: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

4.Materiais utilizados

Um dos constituintes fundamentais do LCD é o cristal líquido. As moléculas de cristal líquido possuem a

característica de poderem ser alinhadas, segundo uma dada direcção, quando sujeitas a campos eléctricos. Isto permite

a passagem da luz, consoante o alinhamento dessas moléculas.

Esta propriedade dos cristais líquidos faz com que estes sejam utilizados no fabrico de diversos tipos de ecrãs.

Os monitores do tipo LCD não possuem um tubo de raios catódicos (CRT) mas sim tecnologia LED ou uma fonte

de luz fluorescente denominada backlight.

.

Figura – Moléculas de cristais

líquidos

Index

Page 7: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

5.Funcionamento

De uma forma geral, esta tecnologia baseia-se em produzir imagens sobre uma superfície

plana composta por cristal líquido e filtros coloridos. Duas superfícies com filtros polarizados, que

podem ser encarados como um conjunto de fios muito finos paralelos, controlam os raios de luz que

passam através das moléculas de cristal líquido. As linhas de um dos filtros são dispostas

perpendicularmente às linhas do outro filtro, e as moléculas entre as duas superfícies são forçadas

a um estado torcido, direccionando os raios de luz da mesma forma.

Assim, quando não há nenhum campo eléctrico aplicado às moléculas, a direcção do raio de

luz vai-se alterando à medida que passa pelo cristal até encontrar a segunda superfície, cuja

direcção das ranhuras coincidirá com a do raio de luz.

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Page 8: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

FuncionamentoSe um campo for aplicado ao cristal, as moléculas dispõem-se verticalmente, fazendo com que os

raios de luz percorram o intervalo sem alterar a sua direcção, até encontrarem a segunda superfície que

bloqueará os raios.

Podemos referir, de um modo simplificado, que a ausência de um campo aplicado é sinónimo de

passagem de luz. Por sua vez, quando aplicamos uma tensão esta luz será bloqueada.

Uma fonte de luz fluorescente, identificada geralmente pelo termo backlight, é responsável pela

emissão dos raios que são alinhados pelos filtros polarizados. A luz direccionada passa, então, pela

camada contendo milhares de bolhas de cristal líquido arranjadas em pequenas células que, por sua

vez, estão dispostas em linhas na tela. Uma ou mais células formam um pixel no monitor.

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Page 9: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Em ecrãs LCD policromáticas, cada pixel é formado por três células de cristal líquido. Cada uma

delas, filtrada por filtros vermelho, verde ou azul. Ao passar por essas células filtradas, a luz produz as

cores que são vistas nas telas LCD.

A área à volta do pixel, já colorido, é colocada a preto, aumentando assim o contraste. Por sua

vez, a luz passa ainda por um polarizador, para aumentar a nitidez e intensidade do pixel.

Existem dois principais tipos de telas de cristais líquidos: matriz passiva e matriz activa (TFT -

Thin-Film Transistor).

Na tecnologia de matriz passiva, a tela consiste numa matriz de fios horizontais e verticais. A

intersecção dos fios define um pixel, e a corrente que controla os pixels é enviada através desses fios.

Figura 3 – Esquema

de funcionamento do

LCD.

Index

Page 10: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

A desvantagem deste método apresenta-se como sendo a maior complexidade existente no

processo de fabrico, essencialmente devido à grande quantidade de transístores que é

utilizada.

Como o LCD é geralmente construído sobre um único substrato, por razões de

custo, o grau de atenção no processo de fabrico deve ser muito alto. Apenas para efeitos de

comparação, um substrato com quatro painéis de resolução de 800 por 600 pontos usa cerca

de 5,8 milhões de transístores, mais do que o volume usado pelo processador Pentium.

Os LCD são classificados como transmissivos ou reflexivos, dependendo da posição da sua fonte de luz.

Um LCD transmissivo é iluminado por uma fonte de luz clara da parte traseira e visto da

parte dianteira.

Tais LCD são usados em aplicações onde se requerem níveis luminosos elevados,

como sejam o computador, PDA’s, televisões e telefones móveis.

Funcionamento

Index

Page 11: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Por outro lado, os LCD reflexivos, encontrados geralmente em mostradores digitais dos relógios e

das calculadoras, são iluminados por uma luz externa que, por sua vez, é reflectida para trás por um

reflector, situado atrás da exposição.

Em termos de consumo de potência, os LCD reflexivos, devido à ausência de uma fonte clara

artificial, são mais eficientes do que os transmissivos.

Actualmente existem ecrãs de LCD, que combinam as características básicas de cada uma das

implementações. São denominados Transflective LCD e operam tanto em modo transmissivo como

reflexivo, dependendo da luminosidade do ambiente em que estão inseridos.

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Page 12: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Funcionamento

Quando um feixe de luz passa pelas moléculas do cristal líquido, sua direcção é alterada.

Então basta colocar a placa de cristal líquido entre dois polarizadores, aplicar tensão entre eles e fazer a luz

passar por um dos polarizadores, através do cristal líquido até chegar no outro polarizador.

Polarizador – Filtro de vidro formado por ranhuras que só deixa a luz passar numa direcção.

Os polarizadores são colocados nas extremidades do cristal líquido com as ranhuras a 90º um em relação ao outro.

Entre eles vai uma fonte de tensão que pode ser ligada ou desligada.

Veja a estrutura na figura abaixo:

Index

Page 13: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Funcionamento

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Page 14: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

FuncionamentoQuando não há tensão aplicada entre os polarizadores, a iluminação atravessa o primeiro e as moléculas do

cristal líquido torcem a luz em 90º de modo que ela consegue atravessar o segundo e se torna visível na frente do

display.

Assim o display fica claro.

Quando há tensão aplicada entre os polarizadores, as moléculas se orientam de outra forma de modo a não

alterar o sentido da luz vinda do polarizador 1.

Assim a luz não consegue sair pelo polarizador 2 e não pode ser vista na frente do display.

Assim o display fica escuro.

Controlando o nível de tensão aplicada entre os polarizadores é possível variar o nível de luz que atravessará o

display.

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Page 15: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

FuncionamentoA DIVISÃO DO DISPLAY LCD E OS TFTs

Pixel – É a menor parte que forma a imagem.

Cada pixel é formado por 3 subpixels, um vermelho (R), outro verde (G) e outro azul (B).

A tela de LCD é dividida em pixels e subpixels.

Por exemplo: uma tela SVGA tem resolução de 800 colunas x 600 linhas. Daí ela é formada por 480.000 pixels.

Como cada pixel tem 3 cores, então dá um total de 1.440.000 divisões nesta tela. Já uma tela XVGA tem resolução

de 1024 x 768, possui 786.432 pixels e 2.359.296 divisões.

Quanto maior a resolução da tela, mais divisões ela deve ter.

Cada divisão (subpixels) da tela é controlada por um minúsculo transístor mosfet montado num vidro localizado

atrás do bloco de cristal líquido.

Cada transístor deste chama-se TFT.

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Page 16: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Funcionamento

Como cada subpixel (cor) recebe 8 bits de cada vez, ele pode apresentar 256 níveis de brilho.

Como cada pixel tem três cores, multiplicando os 256 níveis de brilho para cada uma, resulta que este pixel pode

reproduzir 256 (R) x 256 (G) x 256 (B) = 16.777.216 cores, ou seja, mais de 16 milhões de cores.

Os capacitores “storage” armazenam por alguns instantes a informação de brilho daquele subpixel.

As telas LCD usando transístores TFT são chamadas de matriz activa e proporcionam maior vivacidade à

imagem, sendo usadas por todos os monitores de computador e televisores LCD da actualidade.

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Page 17: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

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Page 18: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

6.Aplicações

As primeiras aplicações a fazerem uso da tecnologia LCD remontam a meados dos anos 70.

Tratavam-se, sobretudo, de visores de calculadoras e de relógios digitais. Só na década de 80 se passou

a aplicar o LCD - na altura em plena evolução – aos aparelhos de televisão.

Actualmente, para além de se continuarem a desenvolver aparelhos de televisão com base nesta

tecnologia, apresentando crescentes melhorias de qualidade, também cada vez mais os fabricantes de

monitores de computador recorrem a telas de LCD.

Isto sucede, pois a tecnologia LCD permite a exibição de imagens monocromáticas ou coloridas e

animações em praticamente qualquer dispositivo, sem a necessidade de um tubo de raios catódicos.

Aliás, desde sempre que os notebooks usam LCD nos seus ecrãs, responsável em grande parte pelas

suas reduzidas dimensões.

No entanto, o LCD não se limita a ser usada no fabrico de monitores para computador.

É possível encontrar no mercado dispositivos como relógios de pulso e de parede, consolas

portáteis, câmaras digitais, telemóveis, calculadoras, leitores multimédia e muitos outros gadgets em que

o ecrã é um dos componentes principais, e que fazem uso da tecnologia de cristais líquidos.

Figura – Exemplos de aplicações da tecnologia

LCD

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Page 19: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

7.Vantagens e DesvantagensNos dias de hoje, onde a tecnologia evolui a um ritmo sem precedentes, as exigências dos

utilizadores crescem quase na mesma proporção. É cada vez maior a necessidade que o ser humano

tem de se ver rodeado de tecnologia que lhe facilite, de certa forma, o seu dia-a-dia.

No que diz respeito à tecnologia LCD, de referir que esta apresenta enormes virtudes

relativamente aos seus antecessores. Contudo, não deixa de ter ainda algumas limitações

que, porventura, evitarão a sua maior disseminação.

O facto dos monitores LCD terem uma tela realmente plana elimina as distorções das imagens

verificadas nas telas que têm uma certa curvatura (por mais pequena que seja), como é o caso nos

monitores CRT. Esta vantagem assume um peso importante na componente visual do produto, uma vez

que interage directamente com o sistema visual humano, apresentando-se como uma tecnologia

apelativa.

Outra vantagem é a menor ocupação de espaço e peso que o monitor LCD possui nas várias

aplicações desenvolvidas nesta área, possibilitando deste modo a evolução tecnológica no aspecto

móvel dos vários aparelhos que utilizam esta tecnologia.

Devido ao crescente número de horas que os utilizadores passam em frente dos monitores de

computador, uma vantagem importante trata-se do facto dos ecrãs LCD cansarem menos a vista em

comparação com outras tecnologias.

.

Figura – Tecnologia CRT vs Tecnologia LCD

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Page 20: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Hoje em dia, onde tanto se ouve falar, até mesmo a nível político, da poluição crescente em

todo o mundo e se refere as energias renováveis como modo de combater este grave problema

mundial, é uma vantagem enorme sabermos que os monitores LCD consomem bastante menos

energia que os CRT.

Por outro lado, diversos são os estudos efectuados com o objectivo de evidenciar os efeitos

nocivos da radiação emitida quer pelos telemóveis, quer por outros aparelhos electrónicos. Assim

sendo, é bom referir que os monitores LCD emitem muito pouca radiação ou até mesmo nenhuma

radiação prejudicial ao ser humano.

À medida que o utilizador dá cada vez mais importância ao tamanho da imagem, visando sempre

uma imersão na cena, os monitores LCD possibilitam tal experiência, apresentando uma maior área de

exibição. O mesmo não sucede nos monitores CRT já que a carcaça cobre as bordas do tubo de raios

catódicos.

Como em qualquer tipo de tecnologia em desenvolvimento, nem tudo são vantagens. Existem

sempre os contras e os monitores LCD não fogem à regra.

A principal tem a ver com a dificuldade em produzir monitores LCD perfeitos, dado o número

elevado de transístores incorporados (mais do que o volume usado pelo processador Pentium).

Vantagens e Desvantagens

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Page 21: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

É verdade que os utilizadores cada vez mais procuram uma melhor qualidade de serviço, porém o

custo do equipamento tem um papel preponderante na escolha de qualquer produto. Os monitores LCD

são bem mais caros que os monitores CRT, o que pode fazer pesar na decisão.

Por outro lado, os monitores LCD apresentam um menor contraste relativamente aos monitores

CRT, tendo como consequência uma degradação visual provocada ao sistema visual humano. Esta

representa outra desvantagem dos LCD.

Os ecrãs LCD apresentam um ângulo de visão limitado, embora isso suceda, sobretudo, em

modelos mais antigos e, portanto, qualquer desvio de visão causa distorção nas cores e na imagem.

Finalmente, para além das desvantagens já referidas, há ainda o facto de os monitores LCD

poderem apresentar pixels que não funcionam convenientemente, isto é, não mudam de cor (os

chamados “dead pixels”). Todavia, isso é cada vez menos frequente nos equipamentos actuais

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Page 22: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

ManutençãoFalta uma das cores primárias:

Um defeito como esse não devemos pensar nos circuitos que estão depois do conversor A/D, pois esse tipo de

defeito é característico da parte analógica.

Sempre que observar o esquema eléctrico de um monitor LCD, verá um CI denominado, conversor analógico digital

ou abreviado como A/D.

Então devemos procurar esse tipo de defeito antes de entrar no conversor A/D.

Pode ser:

Cabo de sinal com problema;

Diodos que estão entre o cabo de sinal e a massa;

Portas lógicas que às vezes existem entre o cabo de sinal e o conversor A/D;

CI pré-amplificado do vídeo quando existe separado do conversor A/D.

Falta sincronismo:

Geralmente esta ligado a defeitos relacionados na parte de sinal analógico.

Procedimento:

Seguir o cabo de sinal, fios do sincronismo e ver de onde entra.

Geralmente entra em circuito integrado, mas passa antes por resistores e diodos.

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Page 23: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Manutençãoo Flickering – cintilação:

Devemos separa se o defeito está no inversor ou na placa principal ou é apenas ao nível de software.

Se o drive não estiver instalado correctamente pode causa cintilação.

Para se ter uma ideia, o driver é tão importante que na ausência do mesmo as letras ficam fora do foco, ou

seja, não dá nitidez.

Observe as lâmpadas por trás do LCD, se as mesmas estiverem cintilando, então o defeito pode estar nas

lâmpadas ou no inversor e não na placa principal.

o Pode ser:

No inversor: Se existirem duas lâmpadas, e as duas estiverem cintilando, é mais provável que o defeito esteja no inversor.

o Na placa principal: Geralmente capacitores electrolíticos causam

problemas na imagem com sintonia semelhante à de um monitor

CRT, por exemplo, quando da a impressão que o

vertical está fechado em baixo e na verdade não existe um circuito

vertical.

o Procedimento:

Aplicando spray congelante no circuito pode-se determinar em que

área do circuito está o capacitor defeituoso, pois geralmente o defeito

desaparece quando o capacitor é congelado.

Haverá sempre um par de fios grossos para

as CCFL, sendo assim, fica fácil reconhecer o

inversor.

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Page 24: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

ManutençãoCONTROLE DOS TRANSISTORES TFT DO DISPLAY LCD

A ligação entre o display LCD e a placa do monitor é feita por um conector chamado LVDS (sinalização diferencial de

baixa tensão).

Assim os dados digitais são aplicados ao display por linhas de 0 ou 1,2 V proporcionando maior velocidade de

transferência destes dados e sem ruídos.

Ao passarem pelo conector LVDS, os dados vão para um CI controlador do display e deste para vários CIs LDI que

fornecem os bits para accionamento dos transístores TFT.

O CI controlador do display fica localizado numa placa ligada no substrato de vidro onde estão os TFTs.

Já os CIs LDI ficam entre a placa e o substrato de vidro.

Porém estes componentes não são substituídos quando queimam.

A solução é a troca do display inteiro.

Veja na figura baixo a localização dos CIs de accionamento dos transístores TFT do display:

Index

Page 25: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Manutenção

Na placa do display também entra um +B de 3,3 ou 5 V para alimentar os CIs de controle e LDI.

Index

Page 26: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

ManutençãoAs lâmpadas CCFL são alimentadas com tensão alternada de 300 a 1300 V.

Tal tensão é obtida por uma fonte inverter.

Esta fonte é formada por transformadores, transístores chaveadores e CI oscilador que trabalham em alta frequência

(entre 40 e 80 kHz).

O inverter transforma então uma tensão contínua baixa entre 12 e 19 V numa alta tensão alternada para acender as

lâmpadas.

A fonte inverter é bem fácil de se encontrar no monitor. Basta seguir os cabos das lâmpadas (dois cabos para cada).

A placa onde eles estão encaixados é a fonte inverter.

Index

Page 27: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Manutenção

Na fonte inverter entra também um sinal de controle vindo da placa do monitor para controlar a tensão fornecida para as

lâmpadas e desta forma ajustar o brilho da tela.

Também entra um sinal de controle para desligar a lâmpada em caso de alguma falha no sistema como por exemplo a

queima de uma das lâmpadas do display

Index

Page 28: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Manutenção

Tela escura

Em primeiro lugar deve-se observar se as lâmpadas estão apagadas ou com brilho baixo.

Caso estejam apagadas ou com brilho baixo, meça a tensão na saída do inversor

.

Se a tensão não estiver correcta, ver o inversor.

Caso a tensão estiver correcta, troque as lâmpadas.

Pode ocorrer também de apenas uma parte da tela estar escura. Isso ocorre porque uma das lâmpadas perdeu o

brilho.

Procedimento 1:

Em casos de defeito do inversor, pode-se polarizar tanto o pino enable quanto o pino DIM com uma tensão positiva

através de um resistor para testar o inversor.

Caso a lâmpada acenda então o defeito não está no inversor.

Tela clara, porém sem imagem

Nesse caso é importante ver as fontes secundárias, começando pelas fontes de 3,3v.

Index

Page 29: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

ManutençãoDependendo da tensão que alimenta o

transformador do inversor, varia-se também o número de voltas

do primário

e secundário.

As voltas também variam de acordo com

a característica da CCLF.Muitos inversores são robustos e

estão na própria placa do monitor

ou separados e podem ser concertados facilmente.

Porém existem inversores de pequeno porte que não podem ser facilmente concertados.

Caso você não o encontre para comprar o bloco inversor

separado, você pode utilizar um inversor de scanner.

O problema é que não haverá controle de brilho e pode ser que o brilho fique mais forte ou mais fraco que o

Então você pode contornar esse problema mudando o valor da fonte que alimenta o inversor.

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Page 30: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCD

Em baixo podemos ver um circuito inversor que utiliza o CI FAN7311,este CI recebe fonte baixa da ordem de 9 a

12V em seu pino VIN.

O pino B-DIM recebe uma tensão de controle que varia de 0 a 3V. Quanto maior a tensão no pino BDIM, maior será

a tensão de saída do inversor e maior o brilho da lâmpada.

O pino ENA significa ENABLE, ou seja, habilita ou não o inversor.

Na verdade podemos dizer que esse pino é como uma chave liga/desliga.

Quando entra 5V, o inversor é ligado e quando entra 0V, o inversor está desligado.

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Page 31: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCD

Na figura seguinte, podemos ver o inversor depois de habilitado, solta uma forma de onda que impulsiona os FET

M1 e M2.

Uma corrente flui pelo primário do transformador TX1.

Essa corrente irá induzir uma tensão muito maior no secundário, que irá fazer acender as lâmpadas.

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Page 32: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCD

Abaixo temos os sensores de corrente (FB) e tensão da lâmpada.

Podemos notar que a lâmpada não vai directo na massa, mas passa antes por um resistor (R16) e um diodo, sobre

estes componentes haverá uma voltagem que será aplicada no ponto FB.

Tem a função de fazer parar o inversor caso haja excesso de corrente na lâmpada.

No sensor de tensão (ORL), através dos capacitores C10 e C14, forma-se uma derivação de onde é retirada uma

tensão de referência.

A tensão é aplicada no pino ORL, onde será feita a monitorização da tensão da lâmpada.

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Page 33: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Diagrama em blocos do Monitor LCD

Scaler One Chip IC (GMZAN1, U3)

Circuito integrado com amplificador de vídeo, conversor A/D e processador de vídeo.

Os sinais quando entram nesse CI na forma analógica, ainda RGB, passam pelo amplificador de vídeo

interno, ainda semelhante aos antigos LM1203 e em seguida passam pelo conversor A/D.

Após passar pelo conversor A/D, os sinais tornam-se digitais e não mais RGB.

Index

Page 34: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCD

Também existe forma de onda para ser filtrada. Na figura abaixo podemos ver uma fonte PWN (fonte

secundária), que utiliza o SI786.

O mesmo tem duas saídas PWN responsável por impulsionar dois FET, sendo que cada par de FET irá formar uma

fonte.

Note que saem duas fontes muito importantes para o LCD, sendo uma de 5V e outra de 3,3V, sendo que a fonte de 3,3V

apresenta muito problema desaparecimento da imagem do LCD.

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Page 35: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCD

Sempre que se for consertar algum monitor LCD que estiver com a tela acesa, porém sem imagem, procure

sempre observar se a fonte de 3,3V está presente.

O LM2596, funciona como um regulador tipo “step-down. Entra uma tensão maior e sai outra menor e

estabilizada. Existindo uma forma de onda para ser filtrada.

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Page 36: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCD

Logo depois, teremos o esquema do secundário, estabilização e protecção.

O CI TL431 pega referência do secundário através de R810, se a fonte tende a aumentar, o TL431 recebe essa

diferença e mais corrente circula sobre o mesmo e mais corrente também sobre o acoplador ótico I802.

O acoplador ótico por sua vez controla I801.

Para simplificar a explicação, imagine retirássemos o acoplador ótico do circuito, a fonte iria para o máximo.

As fontes secundárias são fontes que existem na placa principal e que servem para alimentar os mais diversos

sectores do aparelho.

Nas fontes lineares, simplesmente entra uma tensão e sai outra menor, estabilizada.

Não existe forma de onda de alta frequência para ser filtrada.

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Page 37: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCDPara medir as tensões no lado primário da fonte, devemos colocar a ponta preta do multímetro no negativo do

capacitor principal.

Na próxima figura, temos o lado primário, partida e realimentação.

A partida ocorre no pino 3 do CI da fonte. A realimentação provém do diodo D803.

A tensão de partida vem pelo resistor R804. Após ocorrer a partida, uma tensão surge no transformador T801, que

passa alimentar o pino 3 por si só.

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Page 38: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Principais esquemas dos monitores LCDO transístor Q104, apenas recebe nível alto ou baixo do microprocessador.

Com nível baixo na base, o colector terá nível alto, então envia um nível alto para o pino enable e liga o inversor.

O transístor Q118 actua de forma diferente, ou seja, não é uma tensão fixa.

Ele recebe pulsos na sua base que são amplificados em seu colector que são integrados por C151 e 152,

resultando em uma tensão DC variável ideal para controlar a tensão de saída do inversor e A fonte primária pode ser externa ou

interna.

A fonte externa é mais vantajosa para o cliente, pois ao apresentar problemas geralmente o mesmo compra outra

fonte.

A fonte interna é mais vantajosa para o técnico, pois ao apresentar problema o monitor é levado na oficina para

conserto.

Na figura seguinte temos a fonte principal, com rectificação e lado primário.

A tensão AC entra por P801, é rectificada pela ponte de diodos D801 e filtrada pelo capacitor principal C812.

Nos terminais do capacitor C812, teremos:

· Em 110V: 150 a 175VDC

· Em 220V: 300 a 340VDC

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Page 39: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

Descrição das varias funções descritas

System Controller (Micom)

Distingue a polaridade e a frequência através do sincronismo vertical e horizontal.

Comunica-se com a EPROM e GM-ZA-N1

Também recebe a interface do teclado frontal, onde o usuário faz os ajustes.

DC/DC Converter

Fornece diferentes tensões para os diversos estágios do monitor.

Sempre se deve prestar atenção em todas as fontes internas da placa do LCD, pois a ausência de uma delas

podem causar defeitos que a primeira vista podem parecer sérios, levando a pensar que podem ser alguns CI mais caros que

estão com defeito.

Display Data Transmiter Part (LVDS)

Distribui os dados para o LCD na forma de sinais digitais

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Page 40: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

9. De que forma revolucionou o mercadoA tecnologia LCD revolucionou o modo como a sociedade encara o quotidiano a todos os

níveis.

Permitiu a criação de telemóveis, calculadoras, computadores portáteis, consolas de

jogos e outros dispositivos portáteis de fácil manuseamento, leves e sem grandes encargos

para o utilizador.

Representa uma evolução significativa na economia mundial, no modo como

as empresas podem trabalhar ou agir perante o mercado.

Por outro lado, permite originar

novas empresas que utilizam a tecnologia LCD e dela depende a sua sobrevivência .

Index

Page 41: Lcd – tecnologia de cristais líquidos’

8.LCD – Que futuro?

Actualmente, o LCD é, sem sombra de dúvidas, a tecnologia mais escolhida para ecrãs planos.

Com as recentes descobertas de novas classes de materiais usadas no fabrico do LCD com

propriedades melhores que as actuais, o futuro apresenta-se risonho. Os avanços na investigação

prendem-se sobretudo com o estudo e desenvolvimento de cristais líquidos com auto-alinhamento, que

poderão num futuro próximo vir a constituir a base de qualquer dispositivo LCD.

Esta técnica, capaz de fazer com que os cristais líquidos se alinhem verticalmente de forma

autónoma, tem aplicação num passo específico, chamado de “emborrachamento”, em que é utilizada

uma película de polímero para criar o alinhamento dos cristais entre as duas camadas de vidro onde eles

operam.

Figura – Melhorias do OLED relativamente ao LCD.

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No processo actual, a aplicação desta camada pode danificar alguns transístores e introduzir

poeira no interior da tela, diminuindo o rendimento do processo produtivo. No entanto, a nova técnica

descarta a etapa do “emborrachamento” e utiliza a fotopolimerização "in-situ" para criar uma matriz

celular de gotas de cristal líquido, permitindo que durante o procedimento as moléculas se alinhem

automaticamente.

E, como os cristais líquidos ficam alinhados verticalmente, o estado desligado dos pixels fica

completamente escuro, ao contrário do que acontece actualmente nos LCDs que não conseguem obstruir

completamente a backlight.

É como resposta a este problema que poderá surgir o sucessor do LCD, a tecnologia denominada

por OLED (Optical Light Emitting Diode), actualmente em desenvolvimento, cuja principal característica

é, precisamente poder emitir luz própria. Pelo que cada OLED, quando não polarizado, torna-se obscuro

obtendo-se assim o "preto real".

Por outro lado, os ecrãs com tecnologia OLED podem ser visualizados de diversos ângulos (180º)

e apresentam um contraste muito melhor (de 1000:1 contra 100:1 das telas LCD no escuro).

(Cont)8.LCD – Que futuro?

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MONITOR DE LCD

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