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LABORATÓRIO EM REUMATOLOGIA Alambert, PA Disciplina de Reumatologia

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  • 1. LABORATRIO EMREUMATOLOGIAAlambert, PADisciplina de Reumatologia

2. Processo InflamatrioMecanismo auto-imune 3. Laboratrio em reumatologia Provas inflamatrias Auto-anticorpos Imunecomplexos Complementos 4. Laboratrio em reumatologia Provas inflamatriasProvas inflamatrias Auto-anticorpos Imunecomplexos Complementos 5. Provas inflamatrias VHS PCR Alfa-1 glicoprotena cida 6. VHS-Velocidade de Hemossedimentao O VHS bastante sensvel, porm poucoespecfico: isso significa que ele estalterado desde cedo e com muitafrequncia, porm em vrias doenasdiferentes, sendo assim no indicativo dedoenas especficas. 7. O que o VHS? O VHS mede quanto tempo leva para osglbulos vermelhos se depositarem nofundo de um recipiente, separados do sorodo sangue. 8. O que o VHS? O exame dado em mm/h, geralmentemedido em 1 hora e em 2 horas. Issosignifica que o laboratrio vai deixar orecipiente com o sangue (no-coagulado)parado. Aps uma hora, ser medido otamanho, em milmetros (mm) da deposiode hemcias, e o mesmo ser repetido nasegunda hora. 9. O que o VHS? As hemcias do nosso sangue tm carganegativa. Assim, uma repele a outra (cargasiguais se repelem), e elas vo se agrupandocom uma certa velocidade, por conta daao da gravidade. 10. O que o VHS? Se juntamente com o soro sanguneo houvermuito material com cargas positivas, essarepulso de uma hemcia com a outra vai sediminuir, e elas vo se depositar maisrapidamente, tornando o VHS elevado. 11. Valores de Referncia Para homens:Aps uma hora: at 8 mmAps duas horas: at 20 mm Para mulheres:Aps uma hora: at 10 mmAps duas horas: at 25 mm Para crianas, os valores tendem a estarentre 3 e 13 mm/h. 12. VELOCIDADE DEHEMOSSEDIMENTAO VHS portanto a velocidade com a qual ashemcias sedimentam-se no sangueanticoagulado, sendo um marcadorinespecfico de inflamao tecidual. 13. VELOCIDADE DEHEMOSSEDIMENTAO Est aumentada em situaes noinflamatrias como anemia, doenarenal,hipercolesterolemia,sexofeminino,contraceptivos orais,malignidade,doena tireidea e o avanar da idade. 14. Protena-C-ReativaPCR 15. Protena-C Reativa: o que ,para que serve? A protena-C reativa (PCR) h tempos usada pelosreumatologistas, mas entrou mesmo na moda graasaos cardiologistas. O que a PCR? Para que serve? O que significam resultados elevados para esteexame? 16. Protena-C ReativaA Protena C Reativa (PCR) umpolmero no glicosilado, compostapor cinco subunidades idnticas. encontrada na maioria das espciesde vertebrados, e bastanteconservada biologicamente durantetoda a evoluo. 17. Protena-C-Reativa Em 1930 a protena-C reativa ganhou deseus descobridores, Tillett e Francis, estenome pelo fato de reagir contra a cpsula deuma bactria, o Pneumococcus. Ela uma das chamadas protenas de faseativa, produzidas no fgado em resposta aquase todos os estmulos inflamatrios,como infeces, cncer, traumas ereumatismos. 18. Protena-C-Reativa A concentrao da PCR no sangue comeaa subir 2 horas aps o incio do estmulo, e,se o estmulo for mantido, chega a seu picoem 48hs. Com a resoluo do insultoinflamatrio sua concentrao no sangue caipela metade tambm rapidamente, em cercade 18hs. 19. Protena-C-ReativaA PCR solicitada pelos mdicosbasicamente em 3 situaes diferente:1.Quando querem saber se h inflamao (ouinfeco, que causa inflamao)2. Quando querem monitorar esta inflamao3. Como medida indireta do risco cardaco deuma pessoa. 20. Alfa-1 glicoprotena cidaA alfa-1-glicoprotena uma protena de faseaguda, importante no diagnstico eseguimento de processos inflamatrios. Aalfa-1-glicoprotena cida tem baixo pesomolecular, com meia vida de 5 dias e de fcilfiltrao pelo rim. Sua funo biolgica desconhecida. 21. Alfa-1 glicoprotena cida Aumenta na artrite reumatide, emneoplasias, principalmente as metastticas,queimaduras, traumas, infarto no miocrdio,aps exerccio fsico violento, lpuseritematoso, doena de Crohn. Diminui emhepatopatias e sndrome nefrtica,desnutrio e gravidez. 22. Laboratrio em Reumatologia Provas inflamatrias Auto-anticorpos Imunecomplexos Complementos 23. PESQUISA DE AUTO-ANTICORPOS 24. AUTO-ANTICORPOS Auto-anticorpos so imunoglobulinas quereconhecem antgenos presentes nas clulase nos rgos do prprio indivduo. 25. AUTO-ANTICORPOS A presena de auto-anticorpos caracterstica de vrias doenas reumticasauto-imunes , como lupus eritematososistmico ,esclerodermia ,Sndrome deSjogren ,artrite reumatide, doena mista dotecido conectivo, polimiosite, sndromeantifosfolpides e outras. 26. AUTO-ANTICORPOS Indivduos com condies inflamatriascrnicas e pessoas hgidas podemapresentar auto-anticorpos circulantes. A presena de um auto-anticorpo genricono indcio absoluto de doena, devendoser interpretada dentro de um contextoclnico especfico. 27. AUTO-ANTICORPOS Determinados tipos de auto-anticorpos tmassociao bastante restrita com determinadosestados patolgicos e so denominadosmarcadores de doena, como por exemplo,anticorpos anti-DNA e Anti-Sm,que somarcadores de LES. 28. Auto-anticorpos A maior parte dos auto-anticorpos pesquisadosno tem papel patognico estabelecido e suautilidade prende-se a seu auxlio no diagnsticoe, algumas vezes, no prognstico e namonitorao da enfermidade. 29. Auto-anticorpos H testes para rastreamento de auto-anticorpos e testes de identificao de cadatipo de auto-anticorpo , ou seja, paradeterminao da especificidade do auto-anticorpo. 30. Auto-anticorpos Um dos principais testes de rastreamento de auto-anticorpos o teste do fator anti-ncleo (FAN) porimunofluorescencia indireta. Os testes para identificao da especificidade dos auto-anticorpos so realizados por diversas tcnicas ,comoimunodifuso dupla ,contra-imunoeletroforese,hemaglutinao passiva e ensaio imunoenzimticoindireto ou enzyme-linked immunosorbent assay(ELISA). 31. Fator antincleoFAN 32. Anticorpo-antincleoSo auto-anticorpos que reagem contra vrioscomponentes celulares, dentre eles: DNA, RNA,histonas (protenas) e componentescitoplasmticos. 33. Esses auto-anticorpos esto presentes nasdoenas coletivamente denominadas"Doenas do Colgeno" e em outros quadrosclnicos associados com uso medicamentos,doenas reumticas, doenas auto-imune,neoplasias e outros 34. FAN e as 3 informaes 1-Presena ou ausncia de auto-anticorpos. 2-Concentrao do auto-anticorpo no soro:de carter semiquantitativo, traduzida pelottulo,representando a mais alta diluio dosoro que ainda apresenta reao positiva. 3-Padro de fluorescencia:Modula arelevncia clnica de um teste de FAN esugere as prximas etapas da investigao 35. Imunofluorescencia indireta-FANImunofluorescencia indireta-FAN 36. Imunofluorescncia Indireta-FANImunofluorescncia Indireta-FAN 37. Imunofluorescncia Indireta-FANImunofluorescncia Indireta-FAN 38. Imunofluorescncia Indireta-FANImunofluorescncia Indireta-FAN 39. A determinao do padro fluorescente e sua titulaoso importantes, pois, orientam diagnstico tratamentoe prognstico destas patologias.Seus principais padres de Fluorescncia soreconhecidas e indicam diferentes anticorpos 40. PADRES NUCLEARES:HOMOGNEO OU DIFUSOPERIFRICOPONTILHADONUCLEOLARCENTROMRICO 41. Padro nuclear homogneo (A), nuclear pontilhado grosso (B),centromrico (C), nucleolar (D), citoplasmtico (E), mistocitoplasmtico pontilhado fino e nucleolar (F), fuso mittico (G). 42. DoenaPadro predominante(IFI/HEp-2)AutoantgenoalvoLESNuclear:Homogneo dsDNA, cromatina, histonaPontilhadogrosso U1-snRNP, SmPontilhado fino Ro/SS-A, La/SS-BCitoplasmticomisto:Pontilhado finodenso enucleolarhomogneoProtena PribossomalLpusinduzido pordrogaNuclear homogneo HistonaDMTC Nuclear pontilhado grosso U1-snRNPLpusneonatalSndrome deSjgrenNuclear pontilhado fino Ro/SS-A, La/SS-BEsclerosesistmicaNucleolar aglomerado Fibrilarina/U3-nRNP)Nucleolar pontilhado NOR 90, RNA pol IMisto: nuclear homogneo enucleolar pontilhado Scl70CREST Nuclear pontilhado centromrico CENP-A, B e CPolimiosite Citoplasmtico pontilhado fino Jo1SobreposioPM/ES Nucleolar homogneo PM/SclArtritereumatoide HomogneoHistonas,cromatina?Padres de FAN mais comumente observados nas conectivopatias e seus correspondentes auto-antgenos 43. Doena reumatolgica AutoanticorpoLpus eritematoso sistmicoAnti-dsDNA, antiprotena P ribossomal,anti-SmGranulomatose de Wegener cANCA1Esclerose sistmica forma difusa Anti-Scl702Esclerose sistmica forma limitada Anticentrmero (ACA)Polimiosite Anti-Jo13Artrite reumatoide Anti-CCP4Doena mista do tecido conjuntivo Anti-U1 snRNP5Sndrome antifosfolpide primria ousecundriaAnticardiolipina (aCL)Anticoagulante lpico (LAC)Autoanticorpos marcadores de doena reumatolgica 44. HOMOGNEO OU DIFUSO: Representamanticorpos anti-histonas do complexodesoxiribonucleoprotena-histona e do dna decadeia dupla (ds-dna).Ocorre:LES, Dre, Esclerodermia, SJ e Lpusinduzido por drogas. 45. FAN-CONTROLE NEGATIVO-FGADO DECAMUNDONGOFAN-POSITIVO PADRO HOMOGNEO 46. FANPERIFRICO: Anticorpos anti-dupla hlice,aparece tambm na hepatite crnica. 47. P0NTILHADO: Anticorpos contra antgenosextraveis pela salina (ena):a)pontilhado grosso: anti-sm e anti-u1-rnpb)pontilhado fino: anti-ssa/ro, anti-ssb/la , anti-scl-70c)pontilhado atpico: anti-p-80 colina presentes em 4%dos casos de sndrome de Sjogren 48. pontilhado 49. NUCLEOLAR: Anti-u3-rnp, anti-rna polimerasei(4-6srna),anti-scl70, nor-90 e anti-pm-scl70. Esclerodermia esndromes de superposio. 50. Autoanticorpos Anti-DNA Nativo oude Dupla Hlice (dsDNA) Esto presentes exclusivamente no soro depacientes com LES, sendo, portanto, teisno diagnstico da doena desde quedetectado por um teste de altaespecificidade como a IFI utilizando ohemoflagelado Crithidia luciliae comosubstrato 51. Autoanticorpos Anti-DNA Nativo oude Dupla Hlice (dsDNA) O resultado positivo na IFI, independentemente dottulo, altamente sugestivo de LES (95% deespecificidade para a doena). Outra opo atcnica de enzimaimunoensaio (ELISA) utilizandopreparaes purificadas de DNA de clulaseucariticas, bactrias ou na forma de plasmdeocircular, til no acompanhamento das flutuaesdesse anticorpo. 52. Autoanticorpos Anti-DNA Nativo oude Dupla Hlice (dsDNA)Reatividade dos anticorposanti-dsDNA porimunofluorescncia em C.luciliae com marcao docinetoplasto. 53. Autoanticorpos Anti-DNA Nativo oude Dupla Hlice (dsDNA) So especficos do LES, sendo sua detecode grande valor diagnstico. Fazem partedos critrios da American RheumatismAssociation para o diagnstico do LES.Esto presentes em 40 a 60% dos pacientescom LES em geral, 70 a 95% com LESativo e em 20 a 30% com LES inativo. 54. Autoanticorpos Anti-DNA Nativo oude Dupla Hlice (dsDNA) A monitorao dos seus nveis sricos deveser feita no acompanhamento clnico dopaciente sendo que um aumento no seuttulo pode prever a exacerbao da doena.Apresenta um valor prognstico, emparticular, quando acompanhado da quedaconcomitante do complemento. 55. Autoanticorpos Anti-histonas So detectados por ELISA ou immnoblotutilizando preparaes purificadas dasdiferentes histonas (H1, H2A, H2B, H3 eH4). No teste do FAN, sua presena estassociada ao padro nuclear homogneo. 56. Autoanticorpos Anti-histonas O resultado positivo associado ausncia de outrosanticorpos sugere fortemente o diagnstico de lpusinduzido por droga. Anticorpos contra os diferentes tiposde histona podem ser identificados no soro de 30 a 70%dos pacientes com LES idioptico e em praticamente todoscom sndrome do lpus induzido por drogas comoprocainamida, hidralazina, isoniazida, D-penicilaminadentre outras. Entretanto, esses anticorpos tambm podemestar presentes numa variedade de outras doenasautoimunes ou infecciosas crnicas. 57. Anticorpos Antinucleossoma ouAnticromatina Nos ltimos anos, tem se fortalecido a relevnciadesses anticorpos que exibem especificidade parao complexo constitudo por um octmero dehistonas, ao redor do qual se dispe a molcula dedsDNA. O mtodo de escolha para a sua deteco a tcnica de ELISA empregando o antgenopurificado. No teste do FAN, sua presena estassociada ao padro nuclear homogneo. 58. Anticorpos Antinucleossoma ouAnticromatina Anticorpos antinucleossoma (aNucl) esto presentes em 75a 88% dos pacientes com LES. Esses anticorpos mostramuma associao com a atividade clnica e renal da doena,sendo sua pesquisa til em seu diagnstico e nomonitoramento de atividade, sobretudo, nos pacientes queso negativos para os anticorpos anti-dsDNA. Os aNuclso especialmente prevalentes nos pacientes com nefritelpica e aparentemente so detectados mais precocementeque os anticorpos anti-dsDNA. 59. Anticorpos Anti-Sm e Anti-RNP No teste do FAN, a presena de anticorpos anti-RNP e Smest associada ao padro nuclear pontilhado grosso. Osanticorpos anti-Sm so altamente especficos do LES (99%de especificidade para a doena) e esto includos noscritrios de diagnstico do mesmo sendo sua prevalnciade 15 a 30%. A presena de anticorpos anti-Sm no LES, aocontrrio dos anticorpos anti-dsDNA, no parece estarassociada a alguma manifestao clnica em particular. 60. Anticorpos Anti-Sm e Anti-RNP Anti-RNP pode estar presente num amploespectro de doenas reumatolgicas (LESexibindo associao com o fenmeno deRaynaud, esclerose sistmica e sndrome deSjgren). Entretanto, quando presentesisoladamente e em altos ttulos, fazem partedos critrios de diagnstico da doena mistado tecido conjuntivo (DMTC). 61. Anticorpos Anti-Ro/SS-A e Anti-La/SS-B No teste do FAN, esses anticorpos exibem padro nuclearpontilhado fino. Podem ser detectados no soro de pacientescom sndrome de Sjgren (60 a 75%), LES (25 a 50%) ena sndrome do lpus neonatal (> 95%). A determinaodos anticorpos anti-Ro/SS-A de interesse e significadono diagnstico clnico do LES na ausncia de outromarcador sorolgico (anticorpos anti-dsDNA e anti-Sm),bem como no diagnstico da sndrome de Sjgren (SS),podendo ser detectados, nesse caso, isoladamente ouassociados, com maior frequncia, ao autoanticorpo anti-La/SS-B. 62. Anti-Ro SS-a e Anti-La SSB Na sndrome do lpus neonatal, osanticorpos anti-Ro/SS-A esto associadosao bloqueio cardaco e/ou manifestaocutnea do recm-nascido. Os anticorposanti-Ro/SS-A e anti-La/SS-B apresentamalta especificidade de diagnstico para asndrome de Sjgren, fazendo, portanto,parte do critrio para a classificao dessasndrome. 63. FATOR REUMATIDE um auto-anticorpo policlonal direcionadocontra a poro Fc da imunoglobulinaIg.Est associado a doenas inflamatriascrnicas incluindo Artrite reumatide. 64. Laboratrio em Reumatologia Provas inflamatrias Auto-anticorpos Imunecomplexos Complementos 65. IMUNECOMPLEXOS Estaro aumentados nas doenas queapresentam como mecanismo principal aformao de complexos imunes circulantescom consequente deposio tecidual dosmesmos. 66. Laboratrio em Reumatologia Provas inflamatrias Auto-anticorpos Imunecomplexos Complementos 67. Complementos O complemento srico estar diminudo: 1-Produo diminuda, devio ou deficincia hereditria ou doenaheptica. 2-Aumento no consumo, devido ativaodo complemento.A principal causa deconsumo do complemento o aumento nosnveis de imunocomplexos circulantes.