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Kely Gruber
HIGIENIZA<;:Ao EM PROTESE TOTAL
Monografia apresentada ao Curso deEspecializatyao em Protese Dentaria da Faculdadede Ciencias da Saude da Universidade Tuiuti doParana, como requisito parcial para a obtentyao dograu de Especialista em Protese OenttHia.
Orientador: Prof. Nerildo Luiz Ulbrich.
u
\0r'CURITIBA
2005
TERMO DE APROVAC;Ao
Kely Gruber
HIGIENIZAC;:AO EM PROTESE TOTAL
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenyao do titulo de EspeciaJisla em Pr6tese Dentariado Curso de Odontologia da Universidade Tuiuti do Parana
Orienlador
Dedicatoria
A voce Luiz Afonso, pelo amor ecompreensao, pela colabarac;:aaincondicional; ao meu pai, par acreditar eme apoiar uma vida inteira; a minha mae,pela dedicac;:ao e carinho integral ao meufitho, durante minha ausencia; ao meutilho Amon Affonso, por se comportarbrilhantemente durante minhas viagensentendendo 0 motivo de minha ausencia epara nossa Tata, que sempre foi meubrac;:o direito, cuidando das minhas coisascomo se suas fossem, me permitindoassim, estudar sem preocupac;:oes.
Agradecimento
A essa for<;a maior, que nos mostrasempre 0 melhor caminho a seguir e aminha familia, pela enorme paciencia ecolaborac;ao.
RESUMO
Este trabalho teve par objetivo, abter uma vi sao atualizada dos materiais e metodosde higienizaC;80 das proteses totais, atraves de levantamento bibliografico, alem deavaliar 0 grau de conhecimento de seus usuarios, em rela980 a tecnica deescova<;:ao e aos produtos de higienizac;ao disponiveis no mercado. Assim como,verificar se estes pacientes estao sendo submetidos a orientac;oes de higiene parseus cirurgi6es-dentistas. Para isso, toi utilizada uma pesquisa descritiva de campo,atraves de questionarios distribuidos em faculdades de odontologia e consult6riosparticulares nas cidades de Cascavel e Curitiba no Estado do Parana.
Palavras-chaves: protese total; higieniz8C;8o; limpadores de protese total
SUMARIO
1 INTRODU<;:AO... 81.1 HISTORIA DA PROTESE............ 82 FUNDAMENTA<;:AO TEORICA... 1121 IMPORTANCIA DA CORRETA HIGIENIZA~AO DA PROTESETOTAL... 112.2 BIOFllME OU PLACA BACTERIANA.. 122.3 MOTIVAc;:AODO PACIENTE... 132.4 METODOS DE HIGIENIZAC;:Ao... 152.4.1 Metoda mecanico.. 152.4.2 Metoda quimico... 212.4.3 Metoda combinado... 252.5 EVIDENCIADORES DE BIOFllME.................................... 252.6 DENTIFRiclOS ESPECiFICOS PARA DENTADURAS... 262.7 CONTROlE DO PACIENTE.. 293 PESQUISA DE CAMPO... 303.1 QUESTIONARIO... 303.2 APRESENTAc;:Ao DE RESULTADOS... 334 DIScussAo... 405 CONCLUsAo..... 416 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS... 42
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - ESCOVAS ESPECiFICAS PARA PROTESE TOTAL....................... 16FIGURA 2 - ESCOVA~AO DA SUPERFlclE EXTERNA DA PROTESE TOTAL 17FIGURA 3 - ESCOVA~AO DA SUPERFiclE INTERNA DA PROTESE TOTAL.. 17FIGURA 4 - ESCOVA~AO DA SUPERFiclE INTERNA DA PROTESE TOTAL.. 18FIGURA 5 - ESCOVA~AO PROTESE TOTAL INFERIOR........................ 18FIGURA 6 - HIGIENIZA~AO DA PROTESE TOTAL - ESCOVA DE MAO... 19FIGURA 7 - HIGIENIZA~AO DA SUPERFiclE EXTERNA . 20FIGURA 8 - HIGIENIZA~AO DA SUPERFiclE EXTERNA - ESCOVA DE MAO 20FIGURA 9 - LlMPADORES EFERVESCENTES............................................. 22FIGURA 10 - PASTILHAS PARA HIGIENIZA~AO A BASE DE ENZIMAS.. 24
LlSTA DE GRAFICOS
GRAFICO 1 - usa / FAIXA ETARIA. ..GRAFICO 2 - TEMPO DE USO..... .. .GRAFICO 3 - FREQUENCIA DE HIGIENIZA<;:iio ...GRAFICO 4 - ORIENTA<;:iio PROFISSIONAL .GRAFICO 5 - ESCOVA ESPECiFICA .GRAFICO 6 - PASTILHAS EFERVESCENTES .GRAFICO 7 - OUTROS METODOS DE LlMPEZA .GRAFICO 8 - GRAU DE ESCOLARIDADE ..
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INTRODU<;Ao
1.1 HISTORIA DA PROTESE
A odontologia praticada no s,iGulo XVI, a partir da descoberta do Brasil em
1500, restringia-se quase que exclusivamente as extrac;oes dentarias. As tecnicas
eram rudimentares, 0 instrumental inadequado e nao havia nenhuma forma de
higiene.
A protese era bern simples, dentes feitos em osso au marfim, que eram
amarrados com fios aos dentes remanescentes. Dentaduras eram esculpidas em
marfim QU 05S0 utilizando-se dentes humanos e de animais, retendo-as na boca par
intermedio de molas, sistemas usados na Europa. Porem no Brasil era tudo mais
rudimentar.
Ja no sEiGulo XVIII, na Europa, no seu classico trabalho do ana de 1728, 0
grande dentista ocidental Pierre Fauchard descreve pel a primeira vez duas proteses
completas superiores, projetadas par ele mesma, que dependiam para sua retenC;8o,
exclusivamente da pressao atmosferica. 0 significado fundamental do seu grande
descobrimento Ihe escapou, pois seguiu aconselhando e use de molas, na
construc;ao de proteses. Enquanto isto, os japoneses construiam proteses completas
superiores e inferieres, sustentadas apenas pela aderencia e pressao atmosferica
cerca de 200 anos antes. 0 fato dessas proteses totais terem sido confeccionadas
em madeira e tambem muito interessante. Feram encontradas mais de 120
dentaduras completas de madeira, que datam principios do seculo XVI, ate meados
do s"culo XIX.
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Daquela spaca ha urn sEkula, 0 progresso foi bastante lento e somente as
formas rudes de proteses totais e parciais eram faitas. Foi nos ultimos cern anos que
as dentes artificiais e trabalhos proteticos mais eficientes vieram a existir.
Uma protese total e composta de duas partes: as dentes, e a parte que
segura as dentes, chamada base.
Muitos materiais tern sido usados para construir pr6teses dentarias, incluindo
dentes que eram extraidos de Qutras pessoas, dentes de certos animais e dentes
esculpidos em marfim. Nos fins do ana de 1700 a grande avan<;ose deu com a
introdw;:ao de dentes de porcelana. Isto foi considerado quase urn perfeito substituto
para as dentes naturais. Grandes passos fcram dados no campo da porcelana
desde que foi introduzida. Foi 0 unico material usado ate alguns anos atras, quando
dentes de acrflico foram colocados no mercado.
Na pon;ao da base varios materiais tem sido utilizados. As primeiras
proteses foram esculpidas em marfim. Varios tipos de meta is foram usados, mas
todos eles eram grasseiros e nao muito praticos. Foi par volta de 1840, quando
Goodyear iniciou a vulcaniza~ao da borracha, que a primeira base verdadeira de
dentadura foi desenvolvida.
Achou-se, entretanto, que a borracha nao deveria vir a assemelhar-se a
gengiva. A borracha era parosa e particulas microscopicas de alimentos aderiam aela. Ista tornava a higienizac;ao dificil e deixava urn ador desagradavel nas proteses.
o primeiro material natural, mais semelhante, que apareceu posteriormente,
foi a celul6ide. Este tinha pessimas caracteristicas e fai ceda, removido do mercado.
S6 depois do ano de 1930 que 0 acrilico, foi introduzida e utilizada como base de
protese total. Pesquisas continuam sendo feitas e a busca por melhores materiais
nao cessa nunca.
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Esse resumo da historia da pr6tese total teve como objetivo, fazer uma
avalia<;ao da dificuldade de higienizagBo que os portadores das mesmas
encontravam e continuarn encontrando hoje. A efelividade dos materiais e metodos
de higienizag80 da cavidade bucal e frequentemente pesquisada e seus beneficios
sao divulgados na literatura cientific8.
Entretanto, em relaC;:8o aos pacientes portadores de pr6tese total, nao S8
tern fornecido esclarecimentos suficientes quanta aos beneficios da higieniz8g8o,
apesar de as pesquisas terem constatado que a higiene incorreta pode causar
alterac;:6es inflamat6rias nos tecidos de sustentac;:ao, desgaste dos dentes de aeriHeD
e das estruturas da base, e tambem odor desagradavel. As caracteristicas
superficiais das resinas acrilicas e a propria morfologia do aparelho e dentes
artificiais propiciam a instalagao da placa microbiana e consequente formagao de
calculos e pigmentagao.
II
2 FUNDAMENTACAo TEORICA
2.1 IMPORTANCIA DA CORRETA HIGIENIZAC;;AO DA PROTESE
TOTAL
o paciente a medida que passa a ser portador de um aparelho de protese do
tipo total, continua com as mesmos habitos precarios de higieniz8g8o da cavidade
oral.
E imprescindfvel nao somente a limpeza diaria e adequada das proteses,
mas tambem dos tecidos moles com 0 objetivD de manter a sauds buca!. IS50 deve
ser compreendido pelos pacientes e tambem pel os cirurgi6es dentistas, sendo
responsabilidade do primeiro manter a higiene bucal e do segundo motivar e instruir
o paciente a promover as meios e metodos de limpeza para urn efetivD controle de
placa com 0 usa adequado desses recursos (JAGGER & HARRISON, 1995;
PARANHOS, 1996).
o processo de acumulo de placa nas proteses e urn dos fatores etiol6gicos
locais importantes e as patologias presentes na cavidade oral de portadores das
pr6teses totais ocorrem regularmente como aconteee para as dentes naturais
(NICHOLSON et a/., 1968; ABELSON, 1981, 1985). A literatura destaca a correla9ao
entre rna higiene e les6es da mucosa oral, principal mente a estomatite provocada
por protese, que atinge 40% dos portadores de dentaduras (THEILADE, 1998), a
hiperplasia papilar (LOVE et al., 1967) e a candidiase.
Para que a protese restabele9a a saude bucal e conforto do paciente,
restituindo a estetica e funyao, e necessaria que a eirurgiao-dentista realize
eriteriosamente a diagnostico, a planejamenta e aplique os procedimentos clfnieas e
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laboratoriais de forma correta na conlec9iio do aparelho protetico. Tambem e de
capital importancia educ8980, conscientizac;;ao e motiv8980 do paciente para a
higiene bucal e da pr6tese, no intuito de prevenir os dissabores e as enfermidades
provocadas pela higieniza9fjo incorreta da protese total. 0 profissional deve levar em
considera98o os fatores que pod em interferir na correta higieniz8<;:8o da pr6tese, tais
como: inexperiencia ou experiencia errada, problema graves de sauds que poderao
trazer dificuldades como falta de coordena98o motara ou de vi sao, a propria
negligencia do paciente e ainda, lalta de orienta9iio por parte do profissional
(PARANHOSelal., 1991).
Ao 8xaminarmos uma protese total podemos encontrar situ890es de extrema
descaso no que diz respeito a higieniz8r;ElO, verificando a presen98 de manchas,
pigmenta90es, placa bacteriana e calculos. Por outro lado, podemos deparar com
situ896es completamente opostas constatando uma higienizavao exagerada, porem,
incorreta que provoca intenso polimento podendo chegar ao extremo de desgastar
as bases e os dentes de acrilico.
2.2 BIOFILME OU PLACA BACTERIANA
A placa e um dos fatores etiologicos locais da inflamar;:ao da mucosa oral
(LOVE, el aI., 1967) e tanto sua lorma9iio quanto sua deposi9iio na protese ocorre
similarmente como para os dentes naturais (ABELSON, 1981; NICHOLSON el al.,
1968; POLYZOIS, 1983) atraves da glicoproteina salivar (GIBBONS & SPINELL,
1970). A quantidade de placa bacteriana acumulada varia entre individuos e regioes
da superficie da protese total. Esta variar;:ao na deposi9ao da placa parece estar
relacionada com a natureza e composiyao da saliva, do mesmo modo que nos
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dentes natura is (POL YlOIS, 1983). Alem disso, as superficies de dentaduras
convexas e lisas, apresentam menor quantidade de placa que superficies esculpidas
e contornadas (AUGSBURGER & ELAHI, 1982).Baseado no exposto surgem varios
questionamentos referentes a: com 0 que limpar, cnde, como e quantas vezes limpar
o aparelho protetico. Alem da protese os pacisntes devem higienizar e massagear as
tecidos moles da cavidade bucal tais como lingua, rebordo alveolar residual, palato e
mucosa jugal, com 0 auxilio de urna escova dental.
A motiv8y80 e a conseisntizayao do pacisnte sao transmitidas pelo
profissional, mas 0 metoda de informar 0 paciente 8Sta na dependencia de alguns
fatores, tais como 0 nlvel de cultura e 0 estado emocional do indivfduo. 0
profissional atraves do dialogo e demonstrac;oes clinicas, deve conquistar a
confianc;a do paciente, assim como a mensagem a ser transmitida deve ser simples
e de facil compreens80, fazendo, na medida do posslvel, analogias e comparac;:oes
com coisas simples da vida cotidiana.
E assunto hoje passivo que a candidato it protese total deve ser motivado e
ensinado a realizar adequada higienizac;:ao bucal.
2.3 MOTIVACAo DO PACIENTE
Durante a anamnese deve-se detectar que tipo emocional e 0 nosso
paciente: receptivo, contra rio ou indiferente, e se possui problemas de saude, tais
como doenc;:a de Parkinson ou instabilidade psiquica, pois a motivaC;:8o e pessoal e
varia de um individuo para outro. 0 problema que um individuo apresenta num dado
momenta pode ser um ponto de partida para iniciar sua motivac;ao, para criar habitos
e para tomar atitudes positivas para a pr<3tica preventiva. Deve-se ter uma conversa
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franca e sincera com 0 paciente, na qual 0 cirurgiao-dentista demonstrara que esta
interessado na saude bucal e naD simplesmente na estetica e na adapta~ao da
protese total.
o cirurgiao-dentista deve levar em considera~o fatares que podem interferir
na correta higieniz8<;8o da prot ese, tais como a falta de tempo do paciente, pois
prejudicara a manuten980 de urn programa preventivD bern estabelecido; as
experi€mcias desagradilVeis anteriores, 0 que influenciara negativamente a
motiva<;ao nao somente do padente mas tambem do cirurgiao-dentisla, as
problemas graves de saude que poderao trazer algumas dificuldades, como a falta
de coordena98o motora; e tambem a propria neglig.mcia do paciente, pais apesar da
protese total apresentar a grande vantagem da possibilidade de manutenyao da
cavidade bucal num grau de higiene muito superior aos dentes natura is ou mesmo aprotese parcial fixa, observa-se que esta vantagem nao passa, na maioria das
vezes, de puramente teorica, porque se encontra dificuldade em mudar os habitos ja:
estabelecidos de higiene de alguns pacientes que passaram a utilizar a protese
total.
o cirurgiao-dentista deve ter em mente que 0 ensinamento da tecnica de
higienizayao e fundamental, como tambem que uma parte integrante deste
ensinamento e 0 controle da tecnica. Nao basta apenas fornecer as informagoes,
deve-se verificar e ter certeza de que 0 paciente aprendeu e vai executa-las
conscientemente.
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2.4 METODOS DE HIGIENIZAC;;Ao
2.4.1 Metodo mecanico
o metoda mais utilizado na limpeza da protese total consiste na utiliz8gao da
escova dental ariada a pastas, pes, sabao e agua, par ser simples, efetivo e
acessivel a todos as niveis socia is. Dependendo do tfpo da escov8, agente auxiliar,
frequencia e a tecnica de escov8gao, poderao Dcorrer desgastes dos dentes e/au da
resina acrilica da base da dentadura (ABELSON, 1981; SEXON & PHILLIPS, 1951).
Assim, APPELBAUM (1970), preconizou a utiliza~ao de escovas especificas
para escov8980 de dentaduras, devendo ter formato anatomica, cerdas macias,
compridas e de pequeno diametro e urn cabo que promova urna empunhadura
correta e firme, permit indo urna adequada limpeza de todas as superficies externas
e internas, alem de facilidade no manuseio e que naG danifiquem a pr6tese.
Quanta aos agentes coadjuvantes devemos utilizar sabonete neutro ou
sabao de coco (SAIZAR, 1950), que possuem a~ao adstringente como tambem
dentifricios pouco abrasivos contendo bicarbonato de sodio soluvel ou
zirconio(HEMBREE & HEMBREE, 1977). Nao existem evidencias cientificas de que
a pasta de dente seja mais eficiente que 0 sabonete, mas as pessoas preferem a
pasta, provavelmente por for~ do habito.
A escova9ao deve ser realizada apos as refei96es diarias, sendo indicada
apos as refei96es intermediarias apenas uma limpeza com agua corrente.
A tecnica deve ser executada apreendendo-se firmemente a protese sabre
uma pia chela de agua para que, em caso de queda, nao haja fratura do aparelho. E
necessaria estabelecer uma padroniza9ao na sequencia de escova9ao com a intuito
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de serem atingidas todas as partes do aparelho protetico. A limpeza tanto da
superflcie externa como interna da pr6tese e realizada com movimentos de vai e
vern. Para a regiao dos dentes artificiais, a tecnica indicada cansiste na realiza~ao
de movimentos giratorios par vestibular e lingual e para a regiao oclusal, movimentos
antero-posterioresde acordo com a tecnica de Stillman modificada (SANTANA et
al., 1992). Na superficie intema da protese total existe a dificuldade inerente ao
proprio formata da mesma, em sua area basal, tata esse que e contornado com 0
usa de escovas especificas que possibilitam 0 acesso a essas areas.
FIG. 1 - Escovas especmcas para protese total
FIG. 2 - Escova~ao cia superficie externa da protese total
FIG. 3 - Escova~ao da parte interna da protese total
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FIG. 4 - Escova~ao da superficie intema da protese total
FIG. 5 - Escova~o superficie intema protese total inferior
Existe urna outra tecnica que foi substituida pela ja descrita, apes 0
desenvolvimento da escova especifica para protese total, mas que vale ser citada
tambem. Consiste primeiramente na utilizayao da escova de mao, objetivando uma
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limpeza abrangente. A escova deve ser utilizada tanto na superficie externa
(englobando a base e os denies do aparelho) como na superficie inlerna (Iado
lecidual do aparelho).
Posteriormente, como complementa<;ao da escova<;ao inicial, utiliza-se a
escova dental atuando em todas as superficies, principalmente em areas retentivas
do aparelho, que sao de dificil acesso para a escova de mao.
Em rela':(8o ao tipo de cerdas, recomenda-se as cerdas macias, pais sua
at;aD de friccaa e menos naciva ao aparelho. Deve-se enfatizar que a for~ aplicada
durante a escovat;:ao com escova de mao deve ser de menor intensidade, vista que
esle lipo de escova"ao favorece a aplica"ao de for""s de maior inlensidade sobre 0
aparelho.
FIG. 6 - Higieniza~a.oda protese total utilizando escova de mao
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FIG. 7 - Higjeniza~aoda superficie extema da protese com escova de mao
FIG. 8 - Higieniza<;iio da pr6tese total com escova de mao
Uma observal):so importante para as duas tecnicas e quanta a escova~o
dos tecidos moles da cavidade bucal, tais como lingua, bochechas, rebordos
alveolares e palato, que deve ser realizada com escova dental e dentifricio com urn.
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Urn Dutro metoda mecanico para a limpeza de dentaduras e a utiliz8c;ao do
ultra-som, que tern como princfpia de 89ao a conversao da energia eletrica em
energia mecanica atraves de vibrac;6es. Essas vibrac;6es produzem urna sequencia
de cndas scnoras e formac;ao de microbolhas responsaveis pelos choques
hidraulicos na superficie da pr6tese. A agita9ao ultra-s6niea nao e urn metoda
eficiente na remoc;ao de placa bacteriana aderida a prot ese, pois nao causa redU/;ao
significante no numero de microorganismos que podem ser cultivados nas proteses
(GRIIN & ENGELHARDT, 1976). 0 ultra-som tem maior efetividade quando
associado a solw;6es desinfetantes.
2.4.2 Metoda Quimico
a metoda quimico para limpeza da pr6tese total baseia-s8 na imersao do
aparelho em soluc;oes que possuem ac;ao bactericida, solvente, detergente e
fungicida. Esse metodo tern sido preferido por pacientes deficientes e gerialricos que
nao conseguem escovar adequadamente suas pr6teses (HOAD-REDDIK. G, et al.,
1990).
Dentre os agentes qufmicos mais utilizados, pode-se destacar os peroxidos
alcalinos, hipocioritos alcalinos, acidos dilufdos, enzimas e desinfetantes.
Peroxidos alcalinos: os peroxidos alcalinos sao apresentados na forma
de pas ou tabletes e tornam-se solu90es alcalinas de peroxido de hidrogenio quando
dissolvidos em agua. Esses agentes demonstram atuar mais em placas e calculos
recem formados e por urn tempo de imersao de algumas horas; nao se mostraram
eficientes quando utilizados por menos de 30 minutos (NEILL, 1968). Esses produtos
combinam detergentes que reduzem a ten sao superficial e agentes, como 0
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pernorato de s6dio, que liberam oxigenio na solu~ao.A efervescencia criada pela
liberayao do oxigemio realiza urna limpeza mecanica na protese. Alem disso, as
agentes oxidantes ajudam a remover manchas e tern a[guma a~ao antimicrobiana.
Entretanto, se utilizados rotineiramente podem causar 0 clareamento da resina
aeriliea e existem ainda evid€mcias de que as peroxidos alcalinos causam danos a
resinas resilientes para reembasamento (HARRISON, A. et al., 1989).
Produtos comerciais: Corega Tabs® (nacional), limpador Efervescente
®(nacional) e Efferdenl ® (importado).
FlG.9 - Lirnpador efervescente a base de peroxido alcalino
Hipocloritos alcalinos: as hipocloritos alcalinos foram as primeiros
produtos a obter urna grande aceita~ao, sendo mais efetivos na remoyao de
manchas, dissoluy3o de mucinas, inibiyao da formayao de calculo e outras
substancias orgfmicas da matriz da placa bacteriana; alem de apresentarem
propriedades bactericidas e fungicidas (NICHOLSON et al., 1968; POL YZOIS, 1983).
Suas desvantagens sao causar 0 clareamento e 0 manchamento da protese
(PASSAMONTI, 1979). Segundo BLACKENSTORE & WELLS (1977), os hipocloritos
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alcalinos devem ser usados par urn periodo de 15 minutos diaries e segundo CHAU,
V.B. et al. (1995), a solu,;;o de hipoclorito de sodio a 0,525% utilizada por um
periodo de 10 minutos diarios e suficiente para penetrar 3mm na resina, eliminando
bacterias em profundidade.
Produtos comerciais: Chlorox-Calgon ®(importado) e Mersene ®(importado).
Acidos diluidos: os higienizadores acidos sao na maiaria soluc;6es de
acido cloridrico, acido fosf6rico au acido benzoico que removem com eficiencia
depositos inorgflnicos e manchas, alem de apresentarem uma ac;ao fungicida,
principalmente sobre a Candida albicans (ABELSSON, D.C., 1985) e 0 periodo de
exposivao da dentadura a ac;ao desses agentes e curto, variando em fun~o de sua
concentrac;ao. Deve-s8 ter cuidado durante 0 manuseio e estocagem desses
produtos uma vez que eles podem ser danosos aos tecidos, olhos e pele (MORDEN
et a/., 1956).
Produtos comerciais: Oral Safe ® (importado) e Sonac ® (importado).
Enzimas: as enzimas, principal mente a dextranase, visam a elimina<;ao
das glicoprotefnas, mucoproteinas e mucopolissacarideos presentes na pr6tese e
tambem apresentam propriedades bactericidas e fungicidas (BUDTZ-JORGENSEM,
1979; BUDTZ-JORGENSEN & LOE, 1972). Essas enzimas devem ser usadas por
15 minutos diarios e nao provocam nenhum efeito prejudicial na superffcie da
protese total (CONNOR, 1977). Ja segundo ONLO, A. et a/. (1996), uma
descolorac;.ao da resina pode ocorrer em maior ou menor grau, dependendo da
composi<;ao do produto ou do tipo da resina.
Varios autores tern estudado a eficiencia de produtos contendo enzimas,
comparando com peroxidos alcalinos (MINAGI, S. et a/., 1987 e NAKAMOTO, K. et
a/., 1991) e associados a escova,;;o (ODMAN, PA 1992).
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Produtos comerciais: Polident Overnight ® (importado), Corega ®
(importado).
FIG.t 0 - Pastilha para higieniza~aoa base de enzimas
Desinfetantes: as agentes desinfetantes como a clorexidina, gluconato
ou salicilato tern side indicados urn vez que reduzem significantemente a quantidade
de placa e melhoram a condiyao da mucosa de pacientes com estomatite (BUDTZ-
JORGENSEM, 1977; HUTCHINS & PARKER, 1973; NICHOLSON et al., 1968). Se
usadas rotineiramente, podem provocar manchamento da resina e 0 tempo de
permanencia da protese esta na dependencia da concentrayao da soIU9;;0, variando
de 5 a 10 minutos diarios (HUTCHINS & PARKER, 1973; OLSEN, 1975). Outros
desinfetantes quimicos a base de glutaraldeido 2%, como 0 Cidex e 0 Banicide,
podem ser empregados na desinfec~o de resina, naD para usa caseiro, mas para
evitar contaminat;clO cruzada em laboratorios de protese.
Produtos comerciais: Clorexidina so1u9;;0 ou gel (nacional).
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2.4.3 Metodo combinado
o metoda combinado consiste na utiliz8gElO de agentes mecanicos e
qufmicos associados para a limpeza das pr6teses totais. Trabalhos na literatura,
como os de LOVE et al., (1967) e PARANHOS (1991) preconizam a combinagiio da
pasta dentifrfcia e escova especffica para dentaduras e, em seguida a imersao da
protese em solugoes qufmicas proporcionando urn meio efetivo de limpeza.
Entretanto, muitos pacientes nao seguem esta conduta par falta de orientag8o. Os
produtos qufmicos para higieniz8gElo das pr6teses totais sao comuns em Qutros
parses, a mesmo nao ocorrendo no Brasil, an de poucos materia is sao colocados adisposigao do paciante e par perfodos curtos de durag8o.
Associado a esses metodos pode ser utilizado tambem uma solU9E10
evidenciadora de biofilme ou pJaca bacteriana para controle da higiene protetica.
2.5 EVIDENCIADORES DE BIOFILME
Para melhor controle e manutenyEio da protese total e importante 0
conhecimento das soluyoes para evidenciayao do biofilme na protese total, para
iSso, LOVATO et al., 2000, fizeram urn trabalho que avaliou a aplicagiio clinica dos
evidenciadores de biofilme dental em protese total, buscando a soluyao que
apresentasse afinidade pela pJaca, nao provocasse danos ao aparelho protetico e
fosse de facil remoyElo, pois as reentrElncias mecElnicas existentes nas superficies
dentals, na base de resina ou na uniao do dente a base da resina dificultavam a sua
remoyao.
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Segundo esse estudo, as solu<;oes que apresentaram boa capacidade de
corar 0 biofilme e facilidade de remogao do aparelho apos escov8C;80 durante urn
minuto com dentifricio associ ado a escova de cerdas macias fcram: azul de metileno
a 0,05%, eosina a 1% e a 5%, eritrosina a 1% e a 5%, fluorescefna basica a 0,75%,
fluoresceina s6dica a 0,75% e a 1%, proflavina monossulfato a 0,3%, Replak ® e
vermelho neutro a 1%.
A escolha de urn evidenciador de placa adequado torna-S8 elemento
fundamental para a obtengao de uma eficiente limpeza da dentadura, sendo eles
materiais de faGi] aplic8<;80, que possibilitam a localiz8<;80 do biofilme e favorecem
os procedimentos de limpeza.
Quando as pacientes utilizaram 0 evidenciador de biofilme ratineiramente
como metodo auxiliar de higiene, 0 contra Ie da formac;ao do biofilme foi mais eficaz,
indicando maior incentivo aos pacientes para a higienizaC;30 das proteses.
2.6 DENTIFRiclOS ESPECiFICOS PARA DENTADURAS
Trabalhos mostram que, para portadores de dentaduras, 0 ideal para
obtenyao de resultados satisfatorios, consiste no uso de escovas e dentifricios
especificos, pois os pradutos fornecidos para limpeza da dentiC;3o natural pad em ser
prejudiciais aos materia is constituintes do aparelho. Para serem utilizados com
seguranc;a e eficacia, os dentifricios deveriam ter uma formulac;ao apropriada, de
maneira que suprissem as necessidades higiemicas das proteses e que
apresentassem caracteristicas de baixa abrasividade. A maiaria dos pacientes,
porem, utiliza dentifricios e escovas indicados para dentes naturais.
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o prod uta deve preencher alguns requisitos que, devido a sua
especificidade, sao diferentes daqueles utiJizados nos dentes naturais. Ele deve ser
de faGi] manuseio, eficaz na remo<;ao dos depositos organicos, inorgfmicos e
manchas, bactericida e fungicida, nao taxieD ao paciente, nao deleterio aos materia is
utilizados na confecyao do aparelho e de baixo Gusto, segundo 0 trabalho realizado
por Freitas, K.M. et a/. (2003).
Pesquisas sobre dentifrfcios especificos para pr6teses totais sao publicadas
na literatura cientifica, sendo que normaJmente faz-s8 urna compara<;8o entre os
produtos, e poucos fornecem detalhes a respeito das formulagoes dos mesmas. Urn
tater importante a ser ressaltado e que varias pesquisas limitam-se a teses
laboratoriais, dificultando a aplica980 clinica dos resullados.
Urna das rnedidas da eficacia de urn agente higienizador de dentaduras esua habilidade na remo~ao do biofilrne. 0 ernprego de uma rnetodologia confiavel
para avaliar tal propriedade e imprescindivel, sendo que os produtos devem ser
tes.t~dos clinicarnente, e os resultados, avaliados por meios quantitativos.
Esse foi 0 objetivo do Irabalho realizado por Freitas, K.M. et al. (2003) e
como resultado, foi concluldo que 0 eteito da limpeza (habilidade de remoc;ao do
biotilrne) das duas pastas foi considerado estatisticamente semelhante. Esse €I urn
resultado que deve ser salientado, pois sao dois produtos com indica~es diferentes,
urn para dentes natura is e outro para proteses totais, com algumas diferengas
importantes em suas formula90es, principal mente em rela~ao ao agente abrasivo e
aos agentes qurmicos incorporados na pasta especifica.
A pasta especifica seguiu formulagao tradicional. Como espessante, foi
utilizado a hidroxietilcelulose, que proporciona preparayoes com 6tima consistencia e
suavidade e possui grande compatibilidade com os demais cornponentes da
28
formula9ao. Quanta ao abrasiv~, fai utilizado 0 Tixosil 73 (silica abrasiva suave) para
58 obter urna pequena 8gaO mecanica. A abrasividade desse produto fai
considerada media, assim como a do produto convencional. 0 tensoativo
incorporado fai 0 Hargaterg C2M, que ah§m de apresentar boa compatibilidade com
as demais componentes e tambem urn produto nao irritante devido as suas
caracteristicas. Alem deste, tambem fai incorporado 0 cloreto de cetilpiridineo
(tensoativD cationico), cuja 89E10 predominante e a anti-saptica. A associag8,o de
ambos proporciona urn sinergismo de 8g80.
Procurando urna associa9ao de limpeza qufmica com limpeza mecanica,
foram incorporados os acidos sulfamico e benz6ico porque ambos sao
desengordurantes e possuem propriedades de limpeza. A incorporaC;ao dessas
substancias acidas teve como objetivo, tambem, uma complementac;ao da a9aO anti-
septica.
Um produto bem formulado deve ser eficaz e seguro. Quando a equipe se
referiu as formulac;oes que diferem das indicac;oes convencionais, como as pastas
especificas para higienizaC;ao de proteses totais, algumas dificuldades foram
encontradas, pois esses produtos nao sao regularmente encontradas no comercio
nacionaL
A eficacia de um produto especifico, porem, pode ser influenciada nao
somente por sua formulaC;80, mas tambem par outros fatores. Um fator muito
importante a ser analisado, quando se refere a higienizagao de proteses totais, e 0
programa de higiene instituido, pois estudos mostram que do bom planejamento e
da boa exeCUC;ao desse programa depende 0 sucesSo da melhoria das condigoes
bucais dos portadores de dentaduras.
29
2.7 CONTROLE DO PACIENTE
o paciente e orienta do inicialmente a retarnar aD consultorio periodicamente,
de 6 em 6 meses, para que 0 cirurgiao-dentista possa avaliar a estado do aparelho
protetico e da cavidade bucal; as Qutros retornos poderao ser anuais (SANTANA et
al., 1992).
Sendo assim, 0 profissional tern capacidade de avaliar S8 a forma escolhida
de motiv8gao para 0 paciente esta sendo eficaz e S8 0 paciente tern executado sua
higiene corretamente, ou S8 porventura existe alguma dificuldade na escov8g8l0. S8
for constatada alguma falha, 0 metoda deve ser nova mente demonstrado e as
beneficios da correta higieniz8<;.30 nova mente enfatizados.
Com 0 controle regular do paciente, a cirurgiao-dentista podera alender as
necessidades especificas de cada um e, se necessario, promover alguma
modificac;ao no metodo escolhido para higieniza9ao.
30
3 PESQUISA DE CAMPO
3.1 QUESTIONARIO
Com 0 intuito de analisar como os usuarios de protese total t8m feito sua
limpeza e S8 estao sendo orientados pelos seus cirurgi6es-dentistas sabre como
fazer 0 usa dos materiais disponlveis no mercado e da tecnica certa para
higienizac;ao, foram distribuidos 100 questionarios a pacientes freqOentadores de
algumas faculdades de odontologia e de consult6rios particulares das cidades de
Curitiba e Cascavell Pr., com as seguintes perguntas:
1) Qual a sua idade?
2) A quanto tempo utiliza dentadura?
) menes de cinco anos
) de 5 a 10 anos
) mais de 10 anos
3) Com que frequencia faz a limpeza da sua dentadura?
) 1 vez ao dia
) de duas a Ires vezes aD dia
) somente quando sua aparemcia nao esla boa
) 1 vez por semana
) nunca fac;o
31
4) Ja recebeu orienta<;ao do seu dentista sabre como higienizar corretamente sua
dentadura?
) sim, orientou-me e mostrou-me produtos existentes para limpeza
) sim, uma vez orientou-me sabre a escov8.y80 mas nao me falou a respeito dos
produtos
( ) nao, nunca recebi nenhum tipo de orientayao sabre a limpeza da minha protese
5) Qual tipo de escova que utiliza para limpeza se sua dentadura?
) usa escova propria para dentadura
) uso escova comum
6) Sabe da existencia de uma eSCDva pr6pria para .protese total?
) sim
) nao
7) Se nao faz usa de uma escova propria para dentadura, indique a motivo:
) desconhecimento
) custo elevado
) dificuldade de encontra-Ia no comercio
8) Tern conhecimento da existencia de pastilhas efervescentes para limpeza de sua
dentadura?
)sim
) nao
) jil ouvi falar, mas nao sei como agem e nem como utiliza-Ias.
32
9) Se faz usa dessas pastilhas, qual seu grau de satisfayao com elas?
) Excelente. 0 resultado rai 0 esperado e a protese ficou realmente limpa.
) Born. 0 resultado poderia ter side melhor, nao vi urna mudany8 tao significativa.
) Insatisfat6rio. Nao vi nenhuma diferen98 em relag80 ao usa somente da eSCDva
de dentes.
10) Qual sua maior reclamayao em relay80 ao usa das pastilhas?
) gosto desagradavel apes seu uso
) dificuldade no preparo do seu usa
) frequencia de usa muito proxima
) outras. Quais sao?
11) Faz uso de algum outro metoda para limpeza de sua pretese?
) sim, deixo-a de "molho" na uk-boa" pura au dilufda em agua
) sim, fayo a escov89ao com bicarbonato de sadio
) sim, deixo-a de "molho" na agua com vinagre
) nao utilizQ nenhum Dutro metoda
) Qutros. Quais sao?
12) Qual seu grau de escolaridade?
) analfabeto
) ensino fundamental
) ensine media
) gradua9ao
33
( ) p6s-gradual'aa
3.2 APRESENTACAo DE RESULTADOS
A partir dos questionarios respondidos, os resultados foram computados e
serao apresentados a seguir:
GRAFICO 1 - USO/FAIXA ETARIA
USO/FAIXA ETARIA
• usa
A idade variou entre 39 e 81 anas, sendo que 0 maior indice de portadores
eslava na faixa dos 61 A 70 anos (36,3%);
34
GRAFleO 2 - TEMPO DE USO
TEMPO DE usa
100
maior 10 anos menor 5 anos
• tempo utilizac;:ao
Quanlo ao lempo de uliliza9iio da prolese lola I, 90% dos pacienles ja as
utilizam a mais de 10 anos e apenas 10% responderam que fazem usc a menes de
5 anos;
GIv\FICO 3 - FREQUENCIA DE HlGtENIZACAO
FREQOENCIA HIGIENIZAC;:AO
100
: 1-40
2: ~ ,__ ~ __ ~_,1 vez dia 2 a 3 vezes dia esporadico 1 vez semana nunca
• freqO~ncia limpeza
Com relac;ao a frequemcia de higienizac;ao, 90% responderam que limpam
suas proleses de duas a Ires vezes ao dia e apenas 10% uma vez ao dia; as oulras
alternativas nao foram escolhidas.
35
GRAFleO 4 - ORIENTACiio PROFISSIONAL
ORIENTACiio PROFISSIONAL
~-~1 vez sempreiprodulos
• orientac;:ao prof.
Com rela980 a orientac;ao de higiene, 41,6% dos question ados
responderam que nunca receberam nenhum tipo de orientac;:ao dos seus dentistas a
respeito da higiene de suas proteses; 50% ja receberam uma vez e 8,4% foram
arientados e Ihes foi mostrado as produtos para limpeza de suas proteses.
36
GRAFf CO 5 - ESCOVA ESPECiFfCA
100
9080
7060
5040
30
2010
conhece
ESCOVA
, ~IL,_ ,cuslo dificuldade desconhecimentofaz USD
• escova comum escova propria • alegal(oes nao USD
higieniza9.30 da sua protese e apenas 15% a conhecem em algum aspecto;
85% desconhecem a existencia de uma escova especifica para
dos 15% mencionados somente 8,3% faz usa de escova propria para
escovagao de seus aparelhos; quando fai perguntado 0 motivQ da nao
utilizagao da escova especifica, 77,8% dos pacientes alegaram falta de
comercio.
conhecimento; 11,1 % custo elevado e 11,1 % dificuldade de encontra-Ia no
GRAFICD 6 - PASTILHAS EFERVESCENTES
PASTILHAS EFERVESCENTES
80
70
60
50
40
30
20
10
O.gosto
ll_l_prepar~ freqO~ncia Qutros exc
• ja ou"';u falaro reclamacOesusuario • nao usuariograu satisfaC;8o •
37
bom insat
Quanta ao usa das pastil has efervescentes para limpeza, apenas 25%
disserarn desconhece-Ias; dos 75% demais, metade sao usuarios; quando foi
perguntado qual a maior reclama980 em rela980 ao usa das pastil has, as respostas
foram bern distribuidas entre: dificuldade no preparo do seu uso (20%), frequ€mcia
de usc muito proxima (40%) e Qutros ("nao limpa bemn e ~custo elevadon) a ordem
de (40%); nenhum dos pacientes observou 905tO desagradavel ap6s seu usa; a
seu uso e 33,4% como EXCELENTE;
respeito do grau de satisfa980 com as pastilhas, 66,6% classificaram como BOM a
38
GRAFICO 7 - OUTROS METODOS DE LlMPEZA
OUTROS METODOS LlMPEZA
vinagre nenhum outros
• QuIros metodos de 1
Dos usuarios que afirmaram fazer usa de outros metodos para Jimpeza de
suas proteses, 14,3% utilizam "k-boa" e 28,6% utilizam bicarbonato de s6dio para
escovac;ao; 50% nao utilizam nenhum Dutro metoda e 7,1 % fazem usa de
pastilhas esporadicamente.
GAAFICO 8 - GRAU DE ESCOLARIDADE
ESCOLARIDADE
analfabelo fundamental media
• escolalidade
superior p6s-graduacao
Quanta ao grau de escolaridade, 8,3% apenas eram analfabetos; 41,7%
tinham 0 ensina fundamental; 25% tin ham 0 ens ina media; 25% tinham 0 ens ina
superior e nenhum deles era p6s-graduado.
39
40
4 DISCUSSAO
Para estabelecer urn born controle de higiene em pacientes portadores de
protese total, consideramos dois niveis distintos de interesse dos mesmas: primeiro,
o aspecto cosmetico do usuario; segundo, e normalmente muito abaixo de suas
prioridades, a necessidade de remover cuidadosamente 0 biofilme em intervalos
regulares, especial mente na superfrcie intern a do aparelho. Muitos pacientes
acreditam que atendendo ao primeiro criteria automaticamente 0 fazem em rela<;ao
ao segundo. A remo<;ao do biofilme depende tambem da tecnica e da frequencia da
escov8<;ao e nao somente do prod uta.
o refor<;o no programa de higiene tambem deve ser considerado e para
torna-Io ainda mais eficaz, a indicayao de urn evidenciador de placa e importante.
Portadores de proteses totais nao refletem uma enfase educacional adequada em
relaC;ao aos cuidados caseiros com seus aparelhos. E responsabilidade do paciente
manter a higiene bucal, escovando 0 aparelho protetico com escova, agua e
dentifricios, pelo menos tres vezes ao dia. Ao profissional, cabe motivar e instruir 0
paciente para tal conduta, e exigir do mercado mais produtos especificos para
higienizayao das proteses dos seus clientes, como por exemplo, os dentifricios, que
estao ate agora, somente na literatura cientifica. Acesso a produtos mais
diversificados e com custos adequados a condic;ao socio-econ6mica e mais uma
forma de incentivo a manutengao da condigao de saude bucal dos usuarios da
protese total
Com soluc;oes simples, bons habitos e orientac;ao adequada, e possivel
gerar beneficios na relas;ao mercado!usuario de protese! cirurgiao-dentista, fazendo
da saude bucal, um cui dado do dia a dia, e num futuro proximo, apenas uma
41
menC;80 na literatura sabre "0 tempo em que as pessoas perdiam seus dentes
pela falta de higieniz8C;Bo e pobreza de recursos ao seu dispor"
5 CONCLUSAO
A correta manuteny80 da higiene das proteses totais, depende da eficada
dos agentes higienizadores associ ada a conscientiz8y80 e habilidade do paciente na
execuC;8o do correto metoda de higieniz8C;8o, associ ados ao empenho do cirurgiao-
dentista em estar constantemente atualizado a respeito dos recursos disponiveis no
mercado e suas relayoes com a condiC;8o s6cia-economica e de sauds geral do
paciente. Agindo dessa maneira, 0 profi5sional estara contribuindo para urna
odontologia prevent iva e para urn melhor prognostico do trabalho executado.
42
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