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Junho de 2011
Sumário
BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO......................................................................................................... 2
Boletim do Tempo para 17 de junho (CHUVA) ......................................................................... 2
Boletim Técnico CPTEC .............................................................................................................. 8
Nível 250 hPA ........................................................................................................................ 8
Nível 500 hPA ........................................................................................................................ 8
Nível 850 hPA ........................................................................................................................ 8
Superfície ............................................................................................................................... 9
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BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO
Boletim do Tempo para 17 de junho (CHUVA)
As imagens de satélite do dia 17 de junho (Figura 01) mostraram pouca nebulosidade me todo
o Estado do Pará durante todo o dia.
Na imagem das 21:00 GMT (Figura 02), observou-se muita nebulosidade por quase toda bacia
amazônica, excerto no Estado do Pará. Também se observou nebulosidade próxima a costa
leste do nordeste brasileiro e um sistema frontal no sul do Brasil.
Através da Figura 03, que mostra os sistemas convectivos as 21:00 GMT, é possível verificar
que os sistemas ao longo da bacia estavam em sua fase de crescimento e em sua fase madura.
O acumulado de precipitação entre as 12:00 GMT de 17 e as 12:00 GMT de 18 de junho (Figura
04) mostra que não registrada precipitação significativa ao longo desde período.
Quando se observa a intensidade de precipitação medida pelo disdrômetro joss (Figura 05),
instalados no sítio Outeiro, entre os horários das 21:47 e 21:58 GMT, tem-se um pico as 21:50
GMT de 24,7 mm/h. O pluviômetro 2 registrou um máximo de 15,2 mm/h as 21:49. Neste dia,
não foram registrados dados através do pluviômetro 1 e do disdrômetro parsivel instalados
neste sítio.
O CAPPI do radar meteorológico (Figura 06) Banda X instalado em Belém mostra a
refletividade da linha de instabilidade a 2 km, no momento em que passou sobre a região as
21:44 GMT. Observa-se que não há sistemas com taxa de precipitação significativa.
O RHI (Figura 07) no azimute de Outeiro segue o observado no CAPPI. Não foram observados
sistemas com refletividade significativa.
Por fim, os dados coletados na torre meteorológica instalada no sítio Outeiro revelam as
variações de temperatura, umidade, velocidade e direção do vento entre as 21:30 e 22:00 do
dia 17 de junho (Figura 08). A temperatura variou em torno de 1°C. Observou-se um aumento
na umidade em torno de 5%. Quanto a velocidade do vento, observou-se um máximo as 21:50
GMT de 3,5 ms-1. Na direção, percebe-se que o vento foi predominantemente de sudeste.
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(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 1. Imagens do Satélite GOES-12 às (a) 00:00 GMT, (b) 06:00 GMT, (c) 12:00 GMT e (d)
18:00 GMT do dia 17 de junho de 2011 recortadas para o Estado do Pará.
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Figura 2. Imagem do Satélite GOES-12/METEOSAT às 21:00 GMT do dia 17 de junho de 2011.
Figura 3. Sistemas convectivos observados na imagem das 21:00 GMT do satélite GOES
determinado pelo sistema FORTRACC (CPTEC/DSA) no dia 17 de junho de 2011 e sua fase no
ciclo de vida (amarelo-crescimento, vermelho-maturação, verde-dissipação). Fonte: DSA/INPE.
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Figura 4. Precipitação diária (mm) estimada por satélite sobre o Estado do Pará entre as 12h do
dia 17 de junho de 2011 e as 12h do dia 18 de junho de 2011. Fonte: DSA/INPE.
Figura 5. Taxa de precipitação estimada pelos disdrômetro parsivel, disdrômetro joss e por
dois pluviômetros instalados no sítio Outeiro para evento observado no dia 17 de junho de
2011.
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Figura 6. Radar meteorológico
Figura 7. RHI (Range Height Indicator
de 2011 às 21:50 GMT.
. Radar meteorológico Banda x das 21:44 GMT do dia 17 de junho de 2011.
Range Height Indicator) do sistema observado sobre Belém no dia
6
de junho de 2011.
) do sistema observado sobre Belém no dia 17 de junho
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(a) (b) Figura 8. (a) Temperatura (°C) e umidade relativa (%) e (b) direção (°) e velocidade (m/s) do
vento entre as 21:30 e as 22:00 do dia 17 de junho de 2011 no sítio Outeiro.
Por Clênia R. Alcântara
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Boletim Técnico CPTEC
Nível 250 hPA
Na análise da carta sinótica de altitude (250 hPa) da 00Z do dia 17/06, nota-se a presença de uma circulação ciclônica no leste do Brasil. Em relação a ontem este cavado se amplificou de forma significativa, associado também a amplificação do anticiclone centrado nesta análise no sul do AM. O cavado favorece divergência em sua vanguarda e colabora para a instabilidade observada na faixa leste do nordeste. O anticiclone no norte do país provoca divergência neste nível, e juntamente com o suporte termodinâmico favorece instabilidade neste setor. No centro-sul da Argentina observa-se a presença de um cavado frontal de pouca amplitude, como já havia sido comentado na previsão de ontem. Este cavado também é favorecido pelo ramo norte do Jato Polar (JPN) em parte, o que justifica a presença do sistema frontal clássico em superfície. A presença do anticiclone ao norte, do cavado frontal ao sul e também a saída da corrente de jato promove significativa difluência no escoamento entre o nordeste da Argentina, Paraguai e oeste da Região Sul do Brasil. Este escoamento favorece a divergência neste nível e induz a convergência em baixos níveis da atmosfera, o que gera movimentos ascendentes. Na imagem de satélite ainda não é possível notar instabilidade, mas no decorrer das horas esta deverá ser iniciada. No Pacífico observa-se outro cavado frontal com amplitude alta, contornado pelo JPN e ramo sul do Jato Polar Sul (JPS).
Nível 500 hPA
Na análise da carta sinótica de nível médio (500 hPa) da 00Z do dia 17/06, observa-se que a
circulação anticiclônica se deslocou para leste, além de ter se desconfigurado, devido a
aproximação do cavado a oeste. Mesmo assim, ainda houve baixos valores de umidade relativa
na parte central do país. Por isso, não há instabilidade significativa associada à presença deste
cavado a oeste. Observa-se o reflexo do cavado frontal no centro-sul da Argentina, mais ao
norte nota-se que há pulsos cilônicos, que advectam vorticidade negativa para o nordeste da
Argentina, sul do Paraguai e parte do RS. Observa-se baroclinia associada a este sistema,
através de forte gradiente de altura geopotencial e ventos. No Pacífico também se observa o
reflexo do cavado frontal, onde há a atuação do JPN e JPS em altitude. Em grande parte da
Região Nordeste nota-se a presença de uma circulação anticiclônica, que de certa forma
favorece a propagação de ondas de leste para a costa desta região.
Nível 850 hPA
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Na análise da carta sinótica de nível baixo (850 hPa) da 00Z do dia 17/06 observa-se uma
circulação anticiclônica, associada ao anticiclone subtropical influenciando grande parte do
país. Este sistema favorece ventos de leste/sudeste no Nordeste do país e dá suporte
termodinâmico a instabilidade observada neste setor. Inclusive, de 9 hs da manhã de ontem às
9 hs da manhã de hoje observou-se um acumulado de 72 mm em Recife. Em parte da Região
Sudeste este sistema favorece ventos de nordeste e favorece o céu com poucas nuvens. Já no
centro-sul do país este escoamento favorece ventos de norte em direção a Argentina,
Paraguai, Uruguai e Região Sul. Este padrão transporta ar relativamente mais quente para
estas áreas e ajuda a instabilizar a atmosfera, dando o suporte termodinâmico favorável. Um
cavado é observado com eixo estendendo-se pela Província de Buenos Aires, que dá suporte
ao sistema frontal em superfície e ainda reforça a instabilidade a sua frente (vide imagem de
satélite).
Superfície
Na análise da carta sinótica de superfície da 00Z do dia 17/06, observa-se uma onda frontal
com ramo frio sobre a Província de Córdoba e Buenos Aires, com baixa pressão associada de
1009 hPa, posicionada em 39S/54W. Este sistema é favorecido pelo padrão comentado acima,
além de reforçar a instabilidade em sua vanguarda (vide imagem de satélite). Mais ao sul,
sobre a Província de Chubut e o Golfo de San Jorge, também na Argentina, observa-se outro
sistema frontal, com ciclone extratropical próximo as Ilhas Malvinas. Um terceiro sistema
frontal é visto sobre o Pacífico, próximo a costa do Chile, com ciclone extratropical de 989 hPa
em 43S/85W. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tem núcleo de 1027 hPa centrada em
30S/30W. Embebido no escoamento deste sistema nota-se um cavado ao longo do litoral leste
da Região Nordeste, que reforça a convergência de umidade. A Alta Subtropical do Pacífico Sul
(ASPS) está centrada em 40S/112W, com núcleo pontual de 1037 hPa. A Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) oscila em torno de 8N e 10N sobre o oceano Pacífico, e sobre o Atlântico
este sistema oscila em torno de 7N e 9N.