jornalistas do vale do paraíba

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O livro reúne doze entrevistas concedidas por jornalistas de destaque no Vale do Paraíba

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Jornalistas do Vale do Paraíba:experiência e memória

Robson Bastos da SilvaEliane Freire de Oliveira

Francisco de Assis(organizadores)

Rio de Janeiro - 2009

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Jornalistas do Vale do Paraíba: experiência e memória

© NUPEC – Núcleo de Pesquisa e Estudos em Comunicação

Permitida a reprodução parcial do conteúdo desde que citadas as fontes.

Capa e projeto gráficoKarina Resende Dias

Fotos da capaArquivos pessoais cedidos para esta publicação

RevisãoJoel Abdala

Editoração eletrônicaIvan Martinez

Distribuição:

Editora Oficina de LivrosRua do Matoso, 195, loja A, Rio Comprido – CEP: 20270-135 – Rio de Janeiro, RJTel.: (21) 2239-0117E-mail: [email protected] / Site: www.oficinadelivros.com.br

NUPEC – Núcleo de Pesquisa e Estudos em ComunicaçãoDepartamento de Comunicação Social da Universidade de TaubatéRua do Colégio, 334 – CEP: 12030-050 – Taubaté, SPTel.: (12) 3625-4289E-mail: [email protected]

ISBN 978-85-61843-08-3

Ficha catalográfica elaborada peloSIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas / UNITAU

Jornalistas do Vale do Paraíba: experiência e memória / Robson Bastos da Silva; Eliane Freire de Oliveira; Francisco de Assis (Coords.) – Rio de Janeiro: Oficina de Livros, 2009. 256p. : il. ISBN 978-85-61843-08-3

1. Jornalistas – histórias de vida. 2. Imprensa regional. 3. Vale do Paraíba - jornalismo. I. Título.

CDD – 070.48161

Índice para catálogo sistemático1. Imprensa do Vale do Paraíba 070.481612. Jornalismo do Vale do Paraíba 070.48161

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Jornalistas do Vale do Paraíba:experiência e memória

Robson Bastos da SilvaEliane Freire de Oliveira

Francisco de Assis(organizadores)

Rio de Janeiro - 2009

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“A história nada faz, é o homem, real e vivo, que tudo faz.”

Karl Marx

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Sumário

Prefácio.....................................................................................................9

José Marques de Melo

Apresentação...........................................................................................13

I – Cid Moreira: a voz de ouro da notícia..............................................17

Fernanda Guerra

II – Honorê Rodrigues: o jornalismo apaixonado.................................29

Jorge Henrique Santana

III – Robison Baroni: nos tempos áureos do rádio...................................53

Tancy Costa

IV – Alberto Simões: o jornalismo no país do futebol..........................73

João Paulo Sardinha

V – Francisco Fortes: compromisso com a memória da imprensa............91

Cristina Bedendo

VI – João Bosco de Oliveira: o polivalente jornalismo local...................111

Bruna Silva Roma

VII – Maria Encarnação: colunismo social levado a sério......................137

André Leite

VIII – José Carlos Ducatti: o jornalismo destemido..............................153

Carolina Girotto Ochoa

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IX – Padre César Moreira: o jornalismo em nome de Deus.....................173

Francisco de Assis

X – Irani Gomes de Lima: o lado humano do jornalismo....................201

Heitor Botan

XI – Luiz Carlos Batista: o jornalismo e a política lado a lado...................217

Kelma Jucá

XII – José Antônio de Oliveira: o jornalismo aliado à publicidade...........239

Camila Gouvêa

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Prefácio

S e há movimento que surtiu efeito imediato, cumulativo, multiplicador, numa conjuntura em que o esquecimento histórico parecia desfigurar o

cenário nacional, sem dúvida a Rede Alcar pode reivindicar tal identificação.

A campanha, destinada a restaurar o interesse pela preservação da memória da imprensa, instituída em 2001, na Sala Barbosa Lima Sobrinho, da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), logo sensibilizou dezenas de entidades e centenas de intelectuais. Na seqüência, conquistou espaço na agenda acadêmica, estimulando o resgate das nossas tradições midiáticas e neutralizando a tendência a-historicista antes dominante.

Mais de uma dezena de livros vem sendo publicada neste ano em que se comemora o bicentenário da imprensa brasileira. Entre eles, esta coletânea de perfis biográficos de jornalistas do vale do Paraíba. Não se trata de mais um volume destinado a celebrar uma efeméride. É, sim, o fruto de uma investigação sistemática que o Núcleo de Pesquisa e Estudos em Comunicação (Nupec), da Universidade de Taubaté, vem realizando há vários anos, no sentido de recuperar a memória da imprensa regional.

Sob a coordenação tranqüila e segura do professor Robson Bastos, a supervisão dedicada e competente da professora Eliane Freire de Oliveira e a participação renovadora e entusiástica do

9PREFÁCIO

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jovem pesquisador Francisco de Assis, uma equipe motivada de jornalistas potenciais inventariou as personalidades que se destacaram na região, para selecionar aqueles mais representativos.

Indo a campo, os repórteres em treinamento tiveram oportunidade de praticar dois formatos do jornalismo brasileiro. Inicialmente, submeteram à prova suas habilidades no domínio do jornalismo informativo, dialogando com os jornalistas selecionados e produzindo entrevistas. Em seguida, transformaram suas anotações documentais, mescladas com elementos retirados das entrevistas, para redigir breves perfis, demonstrando conhecimento das técnicas do jornalismo interpretativo.

Dessa maneira, fizeram o que considero ideal na formação universitária dos profissionais da mídia, ou seja, imbricaram teoria e prática. Teoria proveniente do acervo historiográfico disseminado pelos professores das disciplinas básicas. Prática assimilada nos laboratórios de experimentação jornalística, onde se cultivam os saberes fundamentais para o exercício da reportagem, da entrevista e do comentário.

Ao publicar em livro esta antologia biográfica, com os l2 jornalistas emblemáticos do vale do Paraíba, o Nupec presta um serviço meritório à comunidade. Divulga para as novas gerações a produção intelectual dos artífices da notícia regional. Alguns mais ambiciosos, como é o caso de Cid Moreira, que conquistou a audiência nacional como locutor dos telejornais da Rede Globo. Outros mais despojados, como é o caso de Maria Encarnação, que percorreu o caminho inverso, renunciando à vida trepidante da metrópole paulistana para desfrutar o cotidiano bucólico das paragens valeparaibanas,

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que a inspiraram para lapidar uma vertente do colunismo social, sendo levada “a sério”.

Não posso negar que me emocionei ao ler os relatos biográficos e os testemunhos pessoais dos jornalistas aqui perfilados. Foi inevitável fazer conexões com a minha história de vida, pois ingressei no jornalismo – e lá se vão 50 anos – pela imprensa do interior. Mas, deixa pra lá o saudosismo! O importante é dizer que me senti gratificado pela leitura em primeira mão, recomendando que outros leitores tenham idêntico privilégio.

São Paulo, 16 de setembro de 2008.

José Marques de Melo*

* Diretor-titular da Cátedra Unesco/Metodista de Comunicação para o Desenvolvimento Regional.

11PREFÁCIO

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Apresentação

O Brasil comemora, em 2008, o bicentenário de sua imprensa, cujo início remete a duas iniciativas distintas: a primeira delas diz respeito à criação do

Correio Braziliense, mensário editado em Londres por Hipólito da Costa¹ e distribuído às escondidas no território nacional, que, à ocasião, já havia se tornado a morada oficial da corte de Dom João VI; a segunda ação corresponde à instituição da Imprensa Régia, pelo próprio Príncipe Regente, e à fundação do primeiro jornal produzido no país, a Gazeta do Rio de Janeiro, utilizado para divulgação de atos do governo.

Essas duas experiências foram responsáveis por introduzir a Terra de Santa Cruz no auspicioso terreno aberto por Gutenberg, marcadas desde cedo pela censura² e, conseqüentemente, pela luta em prol da liberdade de expressão. Tornaram-se, assim, uma espécie de “marco zero” do jornalismo brasileiro, dando os primeiros passos de uma trajetória singular no panorama mundial ou, mais especificamente, no cenário latino-americano.

De lá para cá, duzentos anos foram deixados para trás. Dois séculos de constantes batalhas para manter viva essa imprensa que tardiamente chegou ao “paraíso tropical”, para citar Sérgio Buarque de Hollanda. Vinte décadas de desafios, superados dia

¹ Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça ostenta, desde o ano 2000, o título de patrono da imprensa brasileira, honraria atribuída pelo Congresso Nacional, por meio de lei sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.² Logo que implantou a Imprensa Régia, em 13 de maio de 1808, Dom João VI deixou instituído que toda e qualquer publicação (livros, periódicos, panfletos etc.) só poderia ser impressa mediante autorização da corte.

13APRESENTAÇÃO

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após dia, por personagens e instituições marcantes na história do país. De fato, 2008 é ano de comemoração. Trata-se de um momento propício para a revisão do papel desempenhado por empresas jornalísticas e por profissionais da mídia, cujo legado se reflete na produção midiática deste início de século.

Para coroar esses festejos, um inventário crítico a respeito dos processos comunicacionais brasileiros vem sendo levantado pela Rede Alcar, organização criada em 2001, com o objetivo de retomar o trabalho realizado no início do século 20 pelo historiador pernambucano Alfredo de Carvalho, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que liderou a primeira pesquisa integrada sobre a imprensa nacional.

Desde 2001, anualmente são realizados eventos em diferentes locais do país, reunindo um contingente de pesquisadores interessados e preocupados em repensar essa história. No rastro dessas ações, livros e periódicos têm publicado conhecimento novo, produzido por iniciativa daqueles que compreendem que o passado é o melhor caminho para se compreender o presente.

Assim sendo, a hora é propícia para a elaboração de diagnósticos e memoriais a respeito de pessoas que se destacaram por suas contribuições à imprensa e que, no entanto, não foram alvo do merecido reconhecimento. E é exatamente por isso que o Núcleo de Pesquisa e Estudos em Comunicação (Nupec)³, vinculado à Universidade de Taubaté (Unitau), se propôs a recuperar a trajetória de renomados jornalistas que atuaram e/ou ainda atuam em veículos de comunicação da região, a fim de transformar suas recordações em um documento para as gerações futuras.

³ Grupo cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e certificado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unitau.

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Jornalistas do Vale do Paraíba: experiência e memória é fruto de um trabalho conjunto, que envolveu pesquisadores, alunos e ex-alunos da Instituição. É reflexo, também, do próprio percurso do Nupec, que há mais de dez anos se dedica a registrar o passado de jornais e de profissionais da região, resguardando-os do esquecimento.

Em ocasião anterior, o grupo de pesquisa havia coletado e publicado as memórias de jornalistas e radialistas de Taubaté, cidade onde sua sede está instalada. Desta vez, buscou ampliar as fronteiras e reuniu representantes de outros cinco municípios vizinhos: São José dos Campos, Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá e Lorena. Dessa maneira, compromete-se em perpetuar uma parte da história da mídia valeparaibana, situando-a no movimento nacional de difusão histórica.

As próximas páginas revelam acontecimentos extremamente interessantes. São passagens que demonstram os desafios e as características da imprensa regional, com ênfase, obviamente, na dedicação de personagens audaciosos que superaram sérias dificuldades em nome de uma atração vital pelo jornalismo.

O valor das contribuições desses personagens é incon-testável. Ao atuarem à frente de grandes veículos ou de pequenas empresas jornalísticas, todos eles desenharam o mapa da mídia do cone-leste paulista. Um desenho que pode ser tudo, menos linear. E, não sendo linear, responde ao fato de não ter sido construído a partir de modelos preestabelecidos; foi, portanto, uma construção que se adequou à realidade de cada período retratado.

A intenção deste livro é, ao mesmo tempo, modesta e ambiciosa. Modesta porque deseja, num primeiro momento, apenas tornar pública a história de profissionais da mídia e

15APRESENTAÇÃO

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oferecer um item a mais ao acervo da Rede Alfredo de Carvalho. Sua ambição está no fato de não se dar por esgotado, e almejar (e estimular) que novas iniciativas recuperem amplamente a memória midiática da região valeparaibana.

Os organizadores

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ICid Moreira:a voz de ouro da notícia

Fernanda GuerraJornalista e pós-graduanda em Assessoria, Gestão da Comunicação e Marketing

pela Universidade de Taubaté

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Um garoto tímido, que achava que não ti-nha jeito para apresentador, solicitou um estágio no escritório de uma rádio, e aca-

bou se tornando locutor. O destino encarregou-se de contradizê-lo, e ele se tornou um dos maiores ícones da TV brasileira, dono de uma voz e de uma imagem que são símbolos de notícia até hoje.

Quando Cid Moreira aceitou o desafio inesperado de integrar o casting da Rádio Difusora, em Taubaté – e não como estagiário de contabilidade, como ele ima-ginava –, o Brasil perdeu um contador, mas ganhou um apresentador cuja história se confunde com a do jornalismo brasileiro, em especial com a do “Jornal Na-cional”, da Rede Globo. Esteve à frente do “JN” por 27 anos, um recorde registrado no Guiness Book e do qual ele fala com orgulho.

Nascido em Taubaté, em 29 de setembro de 1927, Moreira estudava contabilidade quando surgiu a opor-tunidade de estrear como locutor na emissora local. Sem experiência, e tímido, no início, instruiu-se com a vida. Pela observação, pelo ouvido apurado, e com muito trei-no, aprendeu a usar sua voz para emocionar o público.

Das ondas do rádio às emissoras de TV: uma traje-tória que começou por acaso e que se concretizou em uma carreira sólida e no estabelecimento de uma rela-ção ímpar com o público. Com ele, o Brasil aprendeu a “cumprimentar o aparelho de TV”, respondendo ao seu indefectível “boa noite”, quando encerrava o jornal.

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A última vez que o público ouviu sua despedida no-turna, no “Jornal Nacional”, foi em 1996, quando, junto com Sérgio Chapelain, passou o comando do telejornal para a dupla William Bonner e Lillian Witte Fibe, devido a uma reformulação promovida pelo diretor da Central Globo de Jornalismo, Evandro Carlos de Andrade.

Com mais de 60 anos de atuação no currículo – cur-rículo de peso, diga-se de passagem –, o jornalista já fez um pouco de tudo. Inclusive, foi apresentador de cine-jornal, numa época em que era comum ir ao cinema para ver os acontecimentos do dia-a-dia estampados na telona. Também viu de perto a evolução midiática, es-pecialmente a chegada da televisão em cores e a adoção dos computadores no interior das redações.

Diz Cid Moreira que nunca imaginou que alcança-ria tanto sucesso, e atribui sua ascensão à persistência e seriedade com que sempre procurou conduzir seu trabalho. Sem formação específica na área, aprendeu a ser comunicador colocando a “mão na massa”. E, pelo visto, fez um bom percurso. Não por acaso, até hoje é uma das figuras mais emblemáticas da imprensa bra-sileira, tendo se tornado sinônimo de credibilidade.

Nos últimos anos, o apresentador continua no ar, emprestando sua voz para o programa “Fantástico”, da Globo, e participando de eventos pelo país. No entanto, sem dúvida alguma, seu projeto de vida é a gravação da Bíblia na íntegra, missão inédita no mundo, ao qual se dedica com especial afinco.

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21CID MOREIRA

Pela primeira vez ao microfone

Eu era garoto, muito tímido, e essa coisa de rádio me apavo-rava, ao mesmo tempo em que me atraía, como atrai até hoje. Morava em Taubaté, na rua Barão da Pedra Negra, na região central, e era vizinho de um dos sócios da Rádio Difusora, Emílio Amadei Beringhs. E era amigo do filho dele, o Emí-lio Amadei Beringhs Filho. Estava estudando contabilidade e tentava emprego no Banco do Brasil, algo assim. Aí pedi para o Emílio: “Olha, será que o seu pai não me arruma um estágio?” Pedi estágio na área de contabilidade, no escritório, na parte administrativa. Mas entenderam mal a história e virei locutor. Comecei acompanhando. Aí, de repente, eles me davam um texto para ler. No começo, eu tinha receio de não agradar, achava que não tinha jeito pra coisa, e até hoje acho que não tenho. Depois de alguns meses, já fazia coisas expressivas, apresentações de shows, cinemas etc. Fiquei na Difusora uns quatro ou cinco anos. Após esse período, fui para a Rádio Bandeirantes, em São Paulo, por intermédio do Hilton Aguiar, um radialista que fazia reportagem no vale do Paraíba sobre as notícias em geral e, principalmente, so-bre política. Um dia, ele ficou afônico e pediu para eu fazer o noticiário. Era o noticiário da Rádio Bandeirantes. Eu fiz e, na mesma hora, o presidente da emissora me chamou ao telefone e pediu que fosse para a capital. Disse a ele que es-tava ainda estudando e que depois que terminasse o estudo daria um pulo lá. E foi o que aconteceu. Terminei o curso de contabilidade e fui para a capital paulista, onde fiquei traba-lhando por dois anos.

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