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JORNALISMO AUTOMATIZADO Silvia Dalben

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Page 1: JORNALISMO AUTOMATIZADO...escalonamento de narrativas no jornalismo na era do big data. Nos ajudou a adaptar o nosso jornalismo de dados para uma nova audiência, e a criar histórias

JORNALISMO AUTOMATIZADO

Silvia Dalben

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JORNALISTAS

ROBÔS??

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será que nossoemprego estáameaçado?

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ROBÔS PODEM MESMO ESCREVER NOTÍCIAS??

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algumas redações adotaram softwares de Natural LanguageGeneration (NLG) para produzir conteúdos automatizados sobre finanças, esportes, crimes, trânsito, previsão do tempo.

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Carlson (2014) define como “processos algorítmicos que convertem dados em narrativas jornalísticas com ação limitada ou nenhuma intervenção humana além das escolhas iniciais de programação”

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MUITAS DENOMINAÇÕES∎ Automated Journalism | Jornalismo Automatizado (Carlson, 2014; Graefe, 2016)∎ Notícias automatizadas (Carreira, 2017)∎ Algorithmic Journalism | Jornalismo Algorítmico (Dörr, 2015)∎ Machine-written news | Jornalismo escrito por máquina (Van Dalen, 2012)∎ Robot Reporter | Repórter Robô (Carlson, 2014)

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NARRATIVE SCIENCEEm setembro de 2011, Kristian Hammond declara em uma reportagem ao jornal The New York Times que “em cinco anos, um programa de computador vai ganhar o Pulitzer, e eu serei condenado se não for a nossa tecnologia”. (LOHR, 2011)

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Stuart Frankel sugere o surgimento de um novo profissional - o “meta-jornalista”– “pessoas que podem escrever milhões de notícias ao invés de uma única notícia de cada vez”. (FASSLER, 2012)

NARRATIVE SCIENCE

Frankel e Hammond defendem o conceito de “audiência para um” onde sua plataforma criaria textos para serem lidos por uma ou poucas pessoas, no lugar de tabelas e dados confusos.

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NARRATIVE SCIENCE + PROPUBLICA“Editar uma notícia não significa que você editou todas elas. (...) as edições que faziam sentido em um caso não

fizeram sentido em outros casos, e as frases que pareciam corretas devido a um conjunto de circunstâncias pareciam erradas nos outros – muitas vezes sutilmente.” (KLEIN, 2013)

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“Mesmo que os dados se pareçam os mesmos, há tantas condições ambientais diferentes que estão fora do escopo desses dados que as comparações não funcionaram e, de fato, estavam criando falsas analogias.” - Kristian Hammond (LECOMPTE, 2015)

NARRATIVE SCIENCE

“A geração algorítmica de histórias parece ser uma solução intrigante para o problema de escalonamento de narrativas no jornalismo na era do big data. Nos ajudou a adaptar o nosso jornalismo de dados para uma nova audiência, e a criar histórias em escalas, o que seria impensável de outra forma.” (KLEIN, 2013)

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STATSHEETUm novo tipo de empresa de mídia esportiva focada em tecnologia e automação, e não em pagar pessoas para pesquisar e reportar como na mídia esportiva tradicional.” - Robbie Allen (TSOTSIS, 2010)

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AUTOMATED INSIGHTS + ASSOCIATED PRESS"Com o tempo liberado, os jornalistas da AP podem se engajar mais na produção de conteúdos gerados pelos usuários, desenvolver relatórios multimídia, aprofundarem uma pesquisa e focarem em notícias mais complexas.” - Lisa Gibbs(MARCONI, SIEGMAN, 2017)

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“Antes do Wordsmith, a Associated Press escrevia sobre cerca de 440 empresas em cada temporada de resultados. Depois do Wordsmith, eles podem escrever quase cinco mil artigos por temporada e este número está crescendo.” - Joe Procopio(AL JAZEERA, 2015)

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Robbie Allen, CEO da Automated Insights afirma que esta inovação segue outra lógica, e ao invés de imaginarmos notícias automatizadas sendo lidas por milhares de pessoas, o objetivo é exatamente o oposto. O software cria um milhão de artigos para serem lidos, cada um, por uma pessoa.

“Não acho que os jornalistas devam ficar preocupados pois estamos criando conteúdo que não existia antes”.

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Para Phillana Patterson, um dos desafios foi pensar no maior número de variáveis possível para repassar as situações aos programadores, e “mesmo assim você não consegue pensar em todas as variáveis”. (LECOMPTE, 2015)

"Nós definitivamente estamos tendo mais tempo para trabalhar com notícias factuais, trabalhos investigativos e fazendo notícias mais matizadas, textos mais detalhados. Um exemplo que eu realmente gostei neste trimestre foi com os resultados da Apple. A gente publicou a notícia automatizada que realmente só tinha o básico e daí o nosso repórter Brandon Bailey pode se dedicar a uma história mais detalhada sobre as vendas de iPhones.” (AP ARCHIVE, 2015)

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Em 2015, a Associated Press contratou seu primeiro “editor de notícias automatizadas”, Justin Myers, cuja função é identificar tarefas repetitivas e onerosas desempenhadas pela equipe de jornalistas que podem ser automatizadas.

“Vamos deixar os computadores fazerem aquilo que eles são bons em fazer, e deixar os jornalistas humanos fazendo aquilo que só eles sabem fazer”. (LECOMPTE, 2015)

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THE HOMICIDE REPORTA premissa do site, desde o início, era buscar uma forma igualitária para tratar cada um dos homicídios registrados em Los Angeles, em um esforço de ir contra o “valor notícia” que acaba dando mais atenção para casos envolvendo uma adolescente branca ou um assassinato em massa, e não dá visibilidade para casos mais frequentes envolvendo jovens negros de 17 a 22 anos mortos nas regiões mais pobres da cidade. (REID, 2014)

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A partir do robô-post inicial, os repórteres decidem quais homicídios serão atualizados com mais detalhes, e a apuração dos casos se torna ainda mais completa a partir de informações fornecidas por e-mails e comentários dos leitores.

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QUAKEBOTEm uma entrevista na época para a The Wire, Schwencke exalta a rapidez de se publicar uma notícia em eventos como este com o auxílio de um software:

“Quando você tem uma situação como estas e você pode em cinco minutos ter alguma coisa publicada para as pessoas darem um Google e encontrarem... Eu não verifiquei, mas imagino que esta notícia foi muito, muito, muito popular no site hoje.” (LEVENSON, 2014)

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QUAKEBOTEm 21 de junho 2017, a USGS enviou erroneamente um alerta sobre um terremoto de 6.8 graus na escala Richter que teria atingido Santa Barbara.

Fato que, na verdade, havia ocorrido em 1925.

Com o alerta, o L.A. Times acabou publicando automaticamente um post no twitter, e teve que se retratar sobre o ocorrido (Figura 21), o que acabou chamando a atenção de muitos jornalistas e

leitores.

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HELIOGRAPHAdquirido pela Amazon em 2013, o jornal The Washington Post desenvolveu internamente com uma equipe de engenheiros o software Heliograf, responsável pela produção automatizada de notícias que teria como primeiro desafio a cobertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

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HELIOGRAPHPassadas as Olimpíadas e as eleições, o Heliograf passou a se dedicar à cobertura de jogos de futebol americano de times do Ensino Médio dos Estados Unidos, como é possível observar na figura ao lado onde a notícia sobre uma disputa entre o Wilson Tigers e o YorktownPatriots é assinada pelo robô com a seguinte mensagem: “Esta história pode ser atualizada se houver mais informações disponíveis. Ela foi criada pelo Heliograf, o sistema de Inteligência Artificial do The Post.”

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LE MONDEEm março de 2015, o jornal francês Le Monde deu o pontapé inicial no país ao

realizar uma cobertura automatizada das eleições departamentais da França, em uma parceria com a startup Syllabs.

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LE MONDE

Fundador da Syllabs, Claude de Loupy afirma que os jornalistas precisam se interessar mais pelo processamento de dados, e os editores devem se comprometer a disponibilizar mais tempo para que os repórteres possam agregar valor a estes dados, com investigações, reportagens, entrevistas. (Carrasco, 2016)

O projeto utilizou como fonte os dados fornecidos pelo Ministério do Interior e pelo Instituto Nacional de Estudos Estatísticos e Econômicos (INSEE) e, ainda na noite das eleições, foram publicadas 36 mil notícias automatizadas com o resultado das eleições de todos os municípios e cantões. (DATA2CONTENT, 2016)

Com esta cobertura, o Le Monde liderou a audiência durante as eleições entre os veículos jornalísticos franceses, na frente da France TV e do Le Fígaro. (DATA2CONTENT, 2016) O Le Monde foi o primeiro jornal a firmar uma parceria com a Syllabs, que atualmente também trabalha com as empresas L'Expres, Radio France, Les Echos e Le Parisien.

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OPERAÇÃO SERENATA DO AMORProjeto focado em fiscalizar os reembolsos efetuados a partir da Cota para Exercício da Atividade

Parlamentar, que custeia alimentação, transporte, hospedagem e até cultura, cursos e assinaturas de TV dos deputados federais.

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OPERAÇÃO SERENATA DO AMOR

Um robô criado por um grupo de oito jovens para monitorar gastos públicos conseguiu descobrir, em apenas três meses, mais de 3.500 casos suspeitos envolvendo o uso da cota parlamentar por deputados federais desde 2011. Apelidada de Rosie - em referência a faxineira-robô do desenho Os Jetsons -, a ferramenta faz uma varredura nas milhares de notas fiscais emitidas pelos parlamentares para identificar se os gastos foram legítimos, ilegais ou superfaturados.

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@ruibarbot

Para medir como e quanto a Justiça tarda, o JOTA criou o Rui Barbot. A proposta ésimples: um bot que vai monitorar processos do Supremo Tribunal Federal (STF) todos os dias.

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FÁTIMAOs eleitores brasileiros contaram com uma ajudante robô para combater a desinformação nas eleições gerais deste ano. O nome dela é Fátima, uma botconversacional desenvolvida pela equipe do site de checagem Aos Fatos (https://aosfatos.org/) em parceria com o Facebook.

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FÁTIMAPor meio do Messenger, a bot fornece dicas sobre como analisar informações publicadas online.

Fátima – cujo nome é uma brincadeira com “FactMa”, uma abreviação de Fact Machine, ou Máquina de Fatos em inglês – vai sugerir, por exemplo, que os leitores chequem se uma

notícia foi publicada por um site jornalístico conhecido ou se a linguagem utilizada no texto éadequada aos padrões jornalísticos.

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∎ 1. Os robôs não conseguem fazer uma conexão emocional com os leitores

∎ 2. Os robôs não são criativos

∎ 3. Os robôs não conseguem inferir um significado

∎ 4. Os robôs podem ser ofensivos

∎ 5. Os robôs não podem ser sutis

∎ 6. Os robôs podem ser hackeados

∎ 7. Os robôs podem usar fontes de informação tendenciosas

∎ 8. Os robôs podem usar fontes de informação não confiáveis

∎ 9. Eles não conseguem distinguir claramente as notícias das propagandas

∎ 10. Ele não pode ser responsabilizado

Fonte: https://muckrack.com/daily/2014/08/19/10-reasons-why-robot-journalism-cant-top-the-real-thing/68

10 razões apontam que os robôs nãovão substituir os jornalistas

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QUESTÕES ÉTICAS∎ Os dados são de uma fonte precisa e confiável?

∎ Você detêm os direitos legais de uso dos dados?

∎ Você consegue explicar como a notícia foi escrita?

∎ Avise aos leitores que o texto foi escrito de forma automatizada, e forneça o link da fonte dos dados utilizados.

∎ Quem está monitorando a máquina?

https://inewsdesign.com/2015/03/07/rji-an-ethical-checklist-for-robot-journalism

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conclusãoSobre a aplicação de softwares NLG em atividades jornalísticas, esta cartografia sinaliza para um uso restrito desta inovação em redações online para a produção de notas e notícias simples e repetitivas de temáticas específicas como finanças, esportes, eleições, crimes, terremotos, previsões do tempo.

Esta tecnologia também foi adotada em projetos vinculados ao Jornalismo de Dados com temáticas de maior interesse público, como o The Opportunity Gap da ProPublica e o The Homicide Report do Los Angeles Times. Estes exemplos demonstram um potencial para esta tecnologia ser utilizada pelo jornalismo em pautas onde seja necessário o processamento de um grande volume de dados.

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conclusãoQuanto ao futuro, defendemos que é necessário que os jornalistas encarem o potencial do big data e de sistemas de Inteligência Artificial para o avanço técnico da profissão, auxiliando-os a lidar com o crescimento exponencial de dados e informações disponíveis atualmente no mundo.

A implantação de softwares NLG nas redações desafia os jornalistas a lidarem com a apuração de uma nova forma, e uma tendência talvez seja a necessidade deles se familiarizarem com linguagens de programação, principalmente Python e R.

A partir dos estudos de caso, visualizamos oportunidades onde o Jornalismo Automatizado pode ser adotado em projetos com temáticas de maior interesse público que necessitem processar um grande volume de dados, em um encontro com o Jornalismo de Dados.