A pediatria baiana e brasileira está de luto com a perda do professor e pediatra Nelson Barros, no dia 14 de março, dois dias antes de completar 86 anos. Fami-liares, amigos, colegas, gestores públicos e admiradores presentes ao velório pres-

taram homenagens ao fundador e primeiro presidente da Sobape no Cemitério Jardim da Saudade, onde foi realizada cerimônia de cremação. Para o presidente da Sobape, Fernando Barreiro, “dr. Nelson Barros é um ícone da pediatria da Bahia e do Brasil, além de ser uma referência em associativismo, digno de todas as homenagens e reconhecimento”. Dr. Nelson, que também foi secretário de Saúde do Estado da Bahia, dedicou cerca de 60 anos à medicina, profissão que chamava de “nobilíssima”.

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Vencedores de monografias recebem prêmios

Pelo segundo ano consecutivo, a Sobape entregou prêmios aos autores das seis monografias vencedoras da 2ª edição do Prêmio Professor Nelson Barros, que con-templa residentes de pediatria e estudantes de medicina. Professores orientadores dos autores selecionados tam-bém foram homenageados com menção honrosa, na ce-rimônia realizada no Bahia Othon Palace Hotel, no dia 16 de janeiro. O prêmio tem como objetivos estimular a pesquisa científica na área de pediatria na Bahia e incen-tivar os jovens pediatras a participarem da Sobape, além de significar uma homenagem ao pediatra e professor que empresta nome à iniciativa. Páginas 4 e 5.

Cerimônia de entrega da 2ª edição do Prêmio Professor Nelson Barros

Atividades reforçam educação continuada

Dentro da proposta de pro-mover atividades de educação continuada, a Sobape promoveu dois encontros para pediatras, residentes de pediatria e ex-resi-dentes. “Atualização em vacinas Meningocóccicas” foi o tema da aula da professora da Universi-dade Federal da Bahia (Ufba), a infectologista Jacy Andrade, no dia 11 de março. A atividade foi organizada pelo Departamen-to de Infectologia Pediátrica da Sobape, com apoio da Clínica de Especialidades Pediátricas (Ceci). Professor da Universida-de Federal de São Paulo, o pe-diatra e alergologista Dirceu Solé ministrou o 8º Curso de Atualiza-ção de Residentes e Ex-Residentes, no mês de fevereiro, quando falou so-bre “Diagnóstico em Alergia Baseado em Componentes”, numa atividade coordenada pela pediatra Helita Azevedo. Páginas 6 e 7.

A Sobape lamenta a morte do professor Orlando Sales, referência na neuropediatria da Bahia. Professor Orlando, que morreu no dia 8 de fevereiro, foi responsável pela criação do Serviço de Neuropedia-tria na Bahia, pró-reitor de Graduação e diretor do Hospital Universi-tário Professor Edgard Santos (HUPES/UFBA). Página 2.

Nº 70 MARÇO 2015

PÁGINA 2 | SOBAPE NOTÍCIAS

Presidente: Fernando Antonio Castro Barreiro

1ª Vice-presidente: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

2ª Vice-presidente:

Normeide Pedreira dos Santos (Feira de Santana)

Secretária Geral: Délia Cerviño Peleteiro

1ª Secretária: Eliane Luiza Braga Moscon Medeiros

2ª Secretária: Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro:

José Gonçalves Neto (Irecê)

Diretora Científica: Isa Menezes Lyra

Diretor de Defesa Profissional: Paulo Roberto Tanuri Marques

Diretor de Patrimônio: Ivan Paulo Campos Guerra

Diretor de Marketing e Eventos: Bruno Simões Dias Gonçalves

Comissão de Sindicância: Edazima Ferrari Bulhões

Hermila Tavares Villar GuedesLeuser Americano da Costa Filho

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Hans Walter Ferreira GreveCíria Santana Sant’Anna

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719

O conteúdo dos artigos publicados neste in-formativo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba

- CEP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

Site: www.sobape.com.brsobape

email: sobape@sobape.com.br

Dr. Fernando BarreiroPresidente da SOBAPE

Sobape lamenta morte do professor Orlando Sales

Colegas,

Vivemos tempos difíceis. Nos últi-mos anos, a classe médica vem sendo continuamente vilipendiada e respon-sabilizada pelos males da saúde em nosso país. A divulgação de casos que, supostamente, envolvem médicos con-tribui para solidificar, perante à opinião pública, a imagem de mercenários, ir-responsáveis e desumanos.

Há um movimento para desmorali-zar a classe médica brasileira movido, principalmente, por interesses políticos.

Ao mesmo tempo, não vemos com a mesma frequência, ênfase e disposi-ção para apuração e responsabilização, denúncias sobre o caos da saúde pú-blica.

Não vemos notícias sobre o fecha-mento de leitos na rede SUS, falta de materiais e medicamentos de primeira necessidade, falta de antibióticos sim-ples, entre outros. Por outro lado, vemos campanhas que pregam a humanização do atendimento. Subliminarmente, dão a entender que isto deverá ser feito sem a presença de médico.

Há alguns anos, busca-se oferecer uma medicina mais barata aos pobres, com redução do custo e, portanto, de pior qualidade. Responsabiliza-se o pro-fissional médico por tudo, o que leva ao aumento da agressividade da população com a nossa classe.

Como agir diante desta situação? Sendo médicos, sendo pediatras. Pra-ticar o ouvir, o sentir, olhar nos olhos do outro, conversar, explicar, se fazer entender, agir com gentileza, ter com-paixão.

Muitas destas atitudes, arte de uma ciência chamada Medicina, essência de nossa profissão, perderam-se em meio às transformações do mundo e do ho-

mem. Acredito ser papel da graduação de Medicina fazer renascer esta prática entre os discentes. E os médicos jovens, particularmente os pediatras, devem ser o ponto de partida para a retomada da credibilidade de nossa profissão, rea-plicando esses predicados. Não somos profissionais quaisquer. Somos privile-giados por sermos médicos e, sobretu-do, por sermos pediatras.

Devemos, contudo, também rea-gir a algumas situações. Não podemos mais nos submeter a remunerações vis, a condições de trabalho desumanas e aviltantes e a gestores irresponsáveis e sem compromisso com o ser humano, apenas com a finalidade de atingir ob-jetivos estatísticos e de cumprir projetos fantasiosos que servem a funções políti-cas e demagagógicas.

Devemos ignorar locais ou atendi-mento por planos de saúde que interfe-rem na conduta médica, com honorários sem qualquer direito trabalhista e valo-res irrisórios. Somente nós poderemos transformar essa situação.

Devemos reagir às intimidações, às injúrias, difamações em redes sociais e imprensa em geral, com exposição inde-vida e caluniosa da imagem do médico.

Colegas, faço um chamamento para a participação nos órgãos de classe. Eles são importantíssimos para que não tenhamos soçobrado como classe, com todos os ataques que estamos sofrendo.

Em particular, convido vocês a parti-ciparem da Sobape. Nossa associação está sempre aberta à participação dos novos. Somente com a renovação de pessoas e de ideias garantiremos a pe-renidade de uma instituição.

Devemos sempre ter orgulho de ser-mos médicos e de sermos pediatras.

Um cordial abraço.

A Sociedade Baiana de Pediatria (So-bape) lamenta a morte, no último dia 8 de fevereiro, do professor Orlando Sales, refe-rência na neuropediatria da Bahia. Orlando Sales foi responsável pela criação do Servi-ço de Neuropediatria na Bahia, pró-reitor de Graduação e diretor do Hospital Universitário Professor Edgard santos (HUPES/UFBA).

Como destaca a pediatra e professora da Universidade Federal da Bahia, Luciana Silva, professor e médico exemplar com seus alunos e pacientes, dr. Orlando sempre esta-va pronto para ajudar o próximo.

“Todos os colegas referem-se a Orlando Sales como um administrador e gestor firme

e sensível, humano e capaz de ter uma am-plitude mental rara para lidar com todas as situações”, completa dra. Luciana, lembran-do que ele sempre estava disponível e inte-ressado no bem-estar de todos. “Era marido, pai, avô muito querido e participante na sua família”, destaca.

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Familiares, colegas, alunos, amigos, gestores públicos, políticos e admiradores estiveram presentes ao velório e à cerimô-nia de cremação do fundador e primeiro presidente da Sobape, o pediatra e profes-sor Nelson Barros, no dia 15, no Cemitério Jardim da Saudade. Natural de Salvador, Nelson Barros faleceu no Hospital Santa Izabel no dia 14 de março, dois dias antes de completar 86 anos.

Durante os quase 60 anos dedicados à medicina, acumulou vasta experiência pro-fissional, incluindo o cargo de secretário de Saúde do Estado da Bahia, primeiro presi-dente da Academia Brasileira de Pediatria (ABP), vice–presidente e membro de depar-tamentos da Sociedade Brasileira de Pedia-tria (SBP), entre outros. Em 1988, fundou a Sobape e foi eleito o primeiro presidente.

Responsável pela implantação do Servi-ço de Pediatria do Hospital São Rafael em 1990, foi professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e da Universida-de Federal da Bahia, da qual também rece-beu o título de professor emérito.

Viúvo há cerca de dois anos, Nelson Barros foi casado com Terezinha Barros e teve três filhos - Consuelo Barros, Eduardo Barros e Antonio Barros Neto – e cinco ne-tos: Carolina Barros Saraiva, Eduardo Tanos Barros, Giulia Tanos Barros, Nelson Neto e Maria Manuela da Silva Barros.

Professor Nelson, como era carinhosa-mente chamado pelos colegas pediatras era amante da medicina, profissão à qual cha-mava de “nobilíssima”.

Depoimentos

Para o presidente da Sobape, Fernando Barreiro, dr. Nelson sempre foi um exemplo de ser humano generoso e ético, digno de todo o respeito, sobretudo pela seriedade, dedicação e competência com as quais exercia a profissão, sendo marcante para a história da pediatria brasileira e pelo incen-tivo ao associativismo. “Além disso, é moti-vo de inspiração para todos nós o amor que ele tinha pelas crianças”, lembra.

O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo Vaz, disse que, “com es-pírito humanista e dedicação ao trabalho, Nelson Barros foi um exemplo para todos. Amava a pediatria, bem como gostava de transmitir seus conhecimentos. Homem de ideais, acreditava nas ações coletivas. Sempre esteve presente e atuante na SBP, fundou a Sobape e foi o primeiro presidente

da Academia Brasileira de Pediatria. Lem-bro-me bem de sua afirmação de que ‘a pediatria não é uma especialidade, é muito mais ampla, pois cuidamos da fase mais importante do ser humano’. Nelson foi uma figura marcante da nossa história”.

“Falar do professor Nelson Barros é fa-lar de uma ponderação coerente, de uma elegância marcante e, principalmente, de um profundo amor pela pediatria e pela docência. Sei que, em cada pessoa do seu convívio pessoal ou profissional, ele deixou uma lembrança, pois sempre foi muito atu-ante, especialmente perceptivo. Esse foi dr. Nelson...esse é dr. Nelson”, disse Célia Sil-vany.

“A perda de nosso amigo pediatra dr. Nelson vai deixar uma lacuna enorme na pediatria baiana e brasileira. Quem teve a felicidade de conviver de perto com ele cer-tamente terá uma história alegra para con-tar. Ele era o pediatra amigo. Dedicava sua vida à pediatria ao pediatra. Será sempre nossa grande referência. Deixou muita sau-dade!”, lamentou dra. Márcia Barreto.

Núbia Mendonça disse que, durante 40 anos conviveu com uma pessoa sensível, amiga, generosa que sempre podia parar seus afazeres para escutar quem dele pre-cisasse. “Entusiasta da pediatria e do en-sino médico, sempre respeitou seus pares, alunos, subalternos. Visionário, percebeu que poderia transformar a pediatria em um celeiro de jovens talentos e assim foi ame-alhando colegas também apaixonados pelo ensino e pelas sub-especialidades pediá-tricas e foi criando novas cadeiras, dando assas a todos os profissionais que se desta-

cassem em cada mister. Deixa uma lacuna que não será preenchida”.

“Ele foi fundamental na pediatria baia-na. Resgatou a Sobape como uma institui-ção democrática e fez a vinculação oficial à Sociedade Brasileira de Pediatria. Sem ele, a Sobape não existiria”, atestou dr. Hélio Queiroz, lembrando que dr. Nelson lutou pela remuneração adequada para o pe-diatra e sua valorização, além de atuar na campanha pelo início da terapia intensiva pediátrica no SUS e depois pelo aumento dos números de leitos.

“Professor Nelson Barros enriqueceu a vida de todos que conviveram com ele pela sua alegria, inteligência, comportamento ético, entusiasmo e generosidade”, afirmou Luciana Silva.

“Foi um líder extraordinário, com papel de grande destaque na pediatria baiana e brasileira. Iniciou um ciclo de valoriza-ção do pediatra e da pediatria baiana. Na UFBA, durante 37 anos, teve uma postura de vanguarda contribuindo e estimulando a formação das especialidades pediátricas. Foi marcante sua capacidade de agregar pessoas, incentivar talentos e acolher as di-versidades individuais. Deixará um legado para a pediatria de inestimável valor. Para nós, que tivemos o privilégio de conviver com esse homem brilhante e generoso, res-tará uma grande saudade e uma profunda gratidão”, disse dra. Edna Lúcia.

“Dr. Nelson fazia parte de uma estirpe de professores que era respeitada não so-mente pelo conhecimento científico, mas principalmente pela retidão de caráter e pelos exemplos. Tive o privilégio de ser seu aluno na faculdade de medicina e, mais tarde, no Hospital São Rafael. Por duas vezes, quando presidi a Sobape tive em dr. Nelson um conselheiro valioso, que nunca hesitou em prestar sua experiência para o engrandecimento da nossa socie-dade. Foi uma perda irreparável”, lembrou Hans Greve.

“Como fundador da Sobape, professor Nelson Barros deu maior visibilidade nacio-nal à pediatria baiana. Grande líder, levou para a sociedade este espírito de agregação e luta pela criança e pelo pediatra. Teve participação ativa na SBP, sendo o primeiro presidente da Academia Brasileira de Pedia-tria à qual deu importantes contribuições. Exemplo de cidadania, dignidade e genero-sidade. Foi e será sempre a nossa grande referência de pediatria”, definiu dra. Lícia Moreira.

Sobape presta homenagem ao professor Nelson Barros

Primeiro presidente da sociedade faleceu no dia 14 de março, dois dias antes de completar 86 anos

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A Sociedade Baiana de Pedia-tria (Sobape) entregou honrarias aos autores dos melhores trabalhos científicos inscritos na 2ª edição do Prêmio Professor Nelson Barros. Os estudantes de medicina e residentes de pediatria (três em cada categoria) receberam entre R$ 800 e R$ 3.000 e seus orientadores foram homena-geados com menção honrosa. A ce-rimônia foi no Bahia Othon Palace Hotel, no dia 16 de janeiro.

Além do incentivo à produção científica por parte de futuros pedia-tras, a premiação presta homenagem ao professor emérito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), fundador e primeiro presidente da Sobape, Nel-son Barros, que este ano não pôde comparecer à cerimônia por motivos de saúde, mas foi lembrado por todos como figura exemplar no exercício da profissão. Dr. Nelson Barros faleceu pouco tempo depois, no dia 14 de março, dois dias antes de completar 86 anos.

Para o presidente da Sobape, Fer-nando Barreiro, o professor Nelson é um símbolo do associativismo da pediatria na Bahia. Segundo o pre-sidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Eduardo Vaz, a ini-ciativa da Sobape “vai estimular uma nova geração de pediatras a lutar pe-los mesmos ideais do professor Nel-son Barros. Ele é um ícone da pedia-tria baiana e brasileira”, completou. “Professor Nelson sempre foi um lí-der que agregava os mais jovens. Até hoje temos extrema gratidão”, disse a vice-presidente da Sociedade Bra-sileira de Pediatria (SBP), dra. Lucia-na Silva.

Sobape realiza 2ª edição do Prêmio Professor Nelson Barros

Cerimônia destaca melhores trabalhos científicos de estudantes de medicina e residentes de pediatria

Entrega do Prêmio Professor Nelson Barros 2ª edição

Dra. Regina Terse e Larissa Rodrigues Fernando Carvalho e dr. Dioclécio Campos

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Agradecimentos

“O prêmio não me representa somente, mas todo traba-lho do Serviço de Pneumologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, em especial a minha orientadora, dra. Regina Ter-se, que é muito dedicada e um exemplo de ser humano”, agradeceu Larissa Castro Rodrigues, vencedora do 1º lugar na Categoria Residente de Pediatria.

“É uma honra estar aqui diante dos meus mestres, es-tou muito orgulhoso. Só tenho a agradecer a meus orienta-dores, dra. Isa, dr. Camilo e dra. Marilda pela oportunidade que tive de trabalhar com eles”, comemorou Fernando Al-ves, 1º lugar entre os estudantes de medicina.

Premiados na Categoria Residente de Pediatria

Larissa Castro Rodrigues - 1º lugarTrabalho: “Distúrbios do sono e qualidade de vida em crianças e adolescentes com asma e/ou rinite alérgica”. Orientadora: Regina Terse.

Mateus Teixeira do Amaral Rocha - 2º lugar. Trabalho: “Perfil clínico, laboratorial e histológico de lactentes com hepatite por citomegalovirus”. Orientadora: Luciana Silva.

Rafaela Borges Rolim Barbosa - 3º lugar.Trabalho: “Perfil de Sensibilidade Antimicrobiana em uroculturas de crianças com infecção do tra-to urinário durante 5 anos em pronto atendimento privado em Salvador-Bahia”. Orientadoras: Lara Torreão e Cláudia Cendon.

Premiados na Categoria Estudante de Medicina

Fernando Alves Dourado de Carvalho - 1º lugar.Trabalho: “Perfil clínico de crianças e adolescentes portadores de anemia falciforme e doppler trans-craniano alterado em um serviço de referência em Salvador-BA. Orientadora Isa Lyra.

Brenda Fernanda Souza Soares - 2º lugar.Trabalho: Fatores associados ao baixo peso ao nas-cer entre gestantes em uma maternidade escola de Salvador – Bahia”. Orientador: Omar Pereira Darzé.

Marlon Aguiar Silva - 3º lugar.Trabalho: “Estudo das características clínicas e epidemiológicas de recém-nascidos com cardiopa-tia congênita em uma maternidade da cidade de Salvador nos anos de 2012 e 2013”. Orientadora: Selma Lopes.

Vencedores: Marlon Silva, Brenda Soares, Fernando Carvalho, Rafaela Barbosa, Larissa Rodrigues e Mateus Rocha

Larissa Rodrigues e dr. Eduardo Vaz

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A Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) trouxe para Salvador o debate sobre a atualização do currículo acadê-mico e da nova residência de pediatria, que passa de dois para três anos. O en-contro, realizado no Bahia Othon Palace Hotel, em Ondina, no dia 16 de janeiro, reuniu especialistas, preceptores, pedia-tras, residentes e contou com a presença do presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Eduardo Vaz.

De acordo com o presidente da So-bape, Fernando Barreiro, o novo formato de ensino deverá ser aplicado na Bahia a partir do próximo ano. “O que se busca é uma maior qualificação do pediatra para atender ainda melhor a crianças e adoles-centes”, afirmou.

Para dr. Eduardo Vaz, o século XXI trouxe novos desafios ao exercício da atividade pediátrica e exige que os futu-ros profissionais tenham “conhecimento técnico sólido, com uma visão bastante ampla da medicina. O pediatra é o ma-estro de uma orquestra multidisciplinar, que rege o desenvolvimento da criança e responde aos anseios da família”.

Ele explica que as mudanças não são apenas na ampliação do tempo de curso e sim uma revisão completa com inserção de novos conteúdos e abordagem diferencia-da dos assuntos já existentes. O novo pro-grama foi elaborado pelo Global Pediatric Education Consortium (GPEC) - a aliança mundial que representa mais de 50 países e da qual a SBP participa -, e baseia-se na lógica do Currículo Pediátrico Global.

A vice-presidente da SBP e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Luciana Silva, elogiou as ações que a Sobape tem desenvolvido em defesa da qualidade do ensino e destacou a “im-portância dos preceptores como agentes de transformação e referência para uma nova geração de pediatras”.

Experiência em Curitiba

Em implantação desde o ano passado no Hospital Pequeno Príncipe, em Curi-tiba, o novo programa curricular de resi-

Sobape discute atualização curricular e nova residência de três anos

Presidente da SBP, dr. Eduardo Vaz, afirma que pediatra do século XXI é o maestro de uma orquestra multidisciplinar

dência registra sucesso tanto na formação dos pediatras como na melhoria do aten-dimento à população.

Conforme o supervisor responsável da unidade, Victor Horácio Júnior, a amplia-ção do tempo de treinamento fez crescer também a procura pela residência, re-gistrando 193 discentes para apenas 12 vagas.

Propostas

Após as conferências, professores, preceptores e coordenadores de residên-cias de Pediatria da capital e do interior

baiano discutiram o tema e formularam sugestões para as unidades.

Entre as propostas, foi defendido um sistema de cooperação entre as residên-cias e envolvimento dos gestores públicos nas esferas municipal, estadual e federal para que sejam supridas as deficiências nas áreas de recursos e estrutura.

Também participaram do encontro a diretora de Ensino e Pesquisa da SBP, Sandra Grisi, e o representante da SBP no Global Pediatric Education Consortium (GPEC), Dioclécio Campos Júnior, que esclareceram detalhes da nova progra-mação acadêmica.

Dr. Dioclécio Campos fala sobre a nova residência

Experiência de Curitiba foi apresentada por dr. Horácio Júnior

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De 17 a 20 de junho, Salvador receberá médicos, estudantes, espe-cialistas e pediatras de várias partes do país para o 13º Congresso Brasi-leiro de Alergia e Imunologia em Pediatria, no Hotel Bahia Othon Palace, em Ondina. As inscrições podem ser feitas pelo site alergoped2015.com.br, que oferece valores reduzidos até o dia 28 de maio.

Segundo a presidente da atividade, dra. Hermila Guedes, “o programa científico busca contemplar o conhecimento mais recente acerca dessa

Salvador sediará 13º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria

Encontro será de 17 a 20 de junho; Inscrições com valores reduzidos vão até 28 de maio

área tão importante da Pediatria, reservando espaço para discussão, no intuito de esclarecer dúvidas com a contribuição de cada participante”.

Além de cursos pré-congresso, dra. Hermila diz ainda que outras ati-vidades estão sendo preparadas “para que a amplitude do evento atinja diretamente as crianças e suas famílias”.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e realizado pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), o 13º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria trará debates atualizados sobre aplicação prática dos testes laboratoriais para alergia e imunoterapia, avaliação e novidades no tratamento de asma, além de temas recorrentes como alergia alimentar, a exemplo da que acontece à proteína do leite de vaca, aleitamento materno e prevenção de alergias.

O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Eduardo Vaz, destaca que a novidade para a edição deste ano é a parceria firma-da entre a SBP e a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, o que permitirá a participação de renomados especialistas no 13º Alergo, gerando maior aproximação e troca de conhecimento com os pediatras.

“Atualização em vacinas Me-ningocóccicas” foi o tema da aula promovida pela Sociedade Baia-na de Pediatria (Sobape), através do Departamento de Infectologia Pediátrica e com apoio da Clíni-ca de Especialidades Pediátricas (Ceci). Direcionada a pediatras e residentes de pediatria, a atualiza-ção foi ministrada pela professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a infectolgista Jacy Andra-de, na noite de 11 de março.

A presidente do Departamento de Infectologia da Sobape, a pe-diatra Leda Lúcia Ferreira, abriu a aula e destacou que esta foi mais uma atividade promovida em prol da atualização de pediatras e residentes. “O objetivo é promover encontros de atualiza-ção que auxiliam o pediatra no dia a dia do consultório, sobretudo na área de pue-ricultura”, diz, acrescentando que outras atividades de educação continuada serão promovidas, inclusive para pediatras em formação.

Ao iniciar a explanação, dra. Jacy Andrade, que é representante regional

Infectologista Jacy Andrade dá aula para pediatras e residentesAtividade sobre vacinas meningocóccicas foi promovida pelo

Departamento de Infectologia da Sobape

Bahia da Sociedade Brasileira de Imuni-zações (Sbim) e membro do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia, chamou a atenção para a importância das doenças meningocócci-cas na Bahia e no Brasil. “São doenças cujo diagnóstico inicial pode ser confun-dido com quadros virais, incluindo den-gue e chikungunya, por exemplo, pois há muita dor de cabeça, febre, dores no corpo”, alerta.

Vacinas

Durante a aula, professora Jacy apresentou dados sobre preva-lência de sorogrupos, falou sobre diagnóstico, sintomas, tratamento e prevenção, entre outros assuntos. Explicou que, com a introdução da vacina na rede pública pelo Gover-no Federal, houve uma queda im-portante dos casos, sobretudo em crianças abaixo de dois anos.

Apesar da redução nesse gru-po, a especialista diz que é preciso observar os adolescentes e adul-tos jovens, que necessitam se va-cinar, pois podem ser portadores e transmissores importantes. Com

relação à imunização, dra. Jacy Andrade destacou a disponibilização da vacina con-tra Meningo C nas redes pública e privada e da vacina contra Meningo ACWY, disponível apenas na rede particular. “Em relação ao tipo B, a expectativa é que uma vacina nova chegue na rede privada ainda este ano, o que será fundamental para os locais do país onde este tipo tem importância epidemioló-gica”, completa.

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Professor da Universidade Federal de São Paulo, o pediatra e alergolo-gista Dirceu Solé foi o convidado para ministrar o 8º Curso de Atualização de Residentes e Ex-Residentes, no mês de fevereiro, a partir do tema “Diagnóstico em Alergia Baseado em Componentes”.

Iniciada em 2014 com o apoio da Sociedade Baiana de Pediatria (So-bape), a atividade é coordenada pela a pediatra Helita Azevedo e tem como objetivo aprimorar a capacitação de re-sidentes e ex-residentes.

O presidente da Sobape, Fernando Barreiro, destaca a importância dos cursos, que proporcionam o contato de jovens médicos com experientes profes-sores da Bahia e de diversos estados do Brasil. “Esta edição, por exemplo, trouxe a Salvador dr. Dirceu, uma das maiores autoridades do país na área de alergia e imunologia”, pontuou.

Conforme avalia a coordenadora, dra. Helita Azevedo, os cursos têm tido uma resposta extremamente positiva e o objetivo é envolver também os re-sidentes e ex-residentes do interior, a exemplo de municípios baianos de Bar-reiras, Itabuna e Vitória da Conquista. “A próxima edição deve ser realizada no mês de abril”, anuncia.

A professora da Universidade Fede-ral da Bahia e vice-presidente da So-ciedade Brasileira de Pediatria (SBP), Luciana Silva, também elogiou a rea-lização do evento e a escolha do pa-lestrante. “Professor Dirceu, um dos maiores nomes da alergia do país, mui-to tem feito pelos pediatras do Brasil”.

Aula

Durante a aula, no Edifício Mundo Plaza, na Avenida Tancredo Neves, re-sidentes, ex-residentes e pediatras ou-viram o professor Dirceu falar sobre as “armas” que o especialista tem e que os pediatras podem usar para diagnosticar doenças alérgicas, investigar e conduzir melhor os pacientes que apresentam, por exemplo, urticárias, angioedemas e dermatites atópicas.

Professor Dirceu Solé ministra cursopara residentes e ex-residentes

Diagnóstico em Alergia Baseado em Componentes foi o tema da aula Ele destacou também novos exa-

mes disponíveis para identificar maior quantidade de reações alergênicas e apresentou dados que indicam aumen-to da prevalência de doenças alérgicas entre escolares e adolescentes. “Entre crianças e adolescentes a ocorrência de asma é de 24,2% e 19,5%, respec-tivamente, e a rinite chega a 23,2% em crianças e 29,6% em adolescen-tes”.

Curso reuniu residentes, ex-residentes e pediatras

Dr. Fernando destaca importância da atividade na formação dos jovens médicos

Dra. Helita Azevedo, dr Fernando Barreiro e dra Luciana Silva

Professor Dirceu abordou ainda as-suntos como nomenclatura da alergia, etapas essenciais do diagnóstico, testes cutâneos, histórico do diagnóstico das atopias e evolução da tecnologia apli-cada aos testes, entre outros. Ao final da exposição, esclareceu dúvidas dos participantes.

O curso de atualização para residen-tes e ex-residentes tem apoio da empre-sa farmacêutica Sanofi.

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