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Falta de fiscalização permite abatedouros de animais clandestinos no Noroeste

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Capa: Saúde Pública: Falta de fiscalização permite abatedouros de animais clandestinos no Noroeste - O Ministério da Agricultura exige que todos os abatedouros sejam fiscalizados e, somente com autorização dos órgãos responsáveis, possam abater animais (Pág 07) O Noroeste: Britacal e uso de “laranja” - Moradores do P.A. Tabocas, em Unaí, acusam mineradora, por meio de seu advogado, de comprar lote dentro do assentamento (Pág 04); Transporte Escolar - Em Paracatu, o tempo que o aluno fica dentro do ônibus escolar preocupa o Conselho Municipal de Transporte Escolar; em Unaí, somente com transporte escolar, são gastos R$ 520 mil por mês (Pág 10) Agropecuária: Coopervap - A cooperativa ganha terreno e, até o momento, duas associações migraram da Capul/Itambé para a cooperativa paracatuense (Pág 13) Cultura e Sociedade: Tradição e fé - Festa tradicional da padroeira de Buritis, Nossa Senhora da Pena, completa 206 anos (Pág 14)

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Page 1: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

Falta de fiscalização permite abatedouros de animais clandestinos no Noroeste

Page 2: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

Editorial

Esse dito popular mencionado pelo produtor rural, Apuco Corrêa da Silva, de 62 anos, sendo 40 deles vividos no P.A. Tabocas, local onde entrevistamos o produtor para a matéria que envolveu a mineradora Britacal, a priori, subentende-se ser o mesmo que “a união faz a força”, ou coisa do gênero. Mas na reali-dade, o dito popular remete e expressa, senão, resgata não simplesmente a isto, mas sim, à constituição de grupos, de classes, de categorias, de militantes, de ide-ologias – não idéias – ou seja, de segmentos da socie-dade organizados e, consequentemente, conscientes de seus direitos enquanto cidadãos, quando a questão é protestar e também se proteger.

Apuco utilizou o dito para justificar sua presen-ça na mobilização realizada pelos assentados do P.A. Tabocas, para impedir que a mineradora Britacal co-meçasse os estudos prévios de impactos ambientais como reporta a matéria, na editoria Noroeste.

Porém, se levado ao pé da letra, ou melhor, se mo-dificado ao pé da letra, o dito pode ajudar as minorias a continuarem com suas lutas e reivindicações, dian-te da “onça”, ou seja, do poder público e também do privado.

O trabalhador, seja qual for sua categoria, ou o mi-litante, seja quais forem suas convicções, deve apren-der com Apuco quando disse que, prefere lutar jun-to de seus companheiros de reforma agrária do que, “desgarrar do bando” e se mostrar com “medo” dos perigos que a vida nos impõe.

Os búfalos africanos também sabem que desgarrar do rebanho pode ser fatal, quando algum leão está por perto a caçar.

Os homens devem remeter essa simbologia mítica, até certo ponto, do dito popular para aprender que o importante não é ficar junto ao bando, pois as rêmoras e as parasitas vivem juntas, interados e aglomerados uns aos outros, mas mesmo assim, matam seus com-panheiros.

A “união” somente não basta. Junto a ela, deve es-tar à convicção, à causa e motivo, pelo qual fará você (cidadão) permanecer, mesmo quando decepcionado e frustrado, na luta junto ao grupo. Não é que juntos, somos mais fortes, mas juntos, ou seja, agregados a um grupo, a uma minoria – como é o caso de várias categorias de trabalhadores quando se organizam e re-clamam pelos seus direitos em épocas de crise econô-mica, quando os assolam com aumento da carga ho-rária de trabalho, redução dos postos de trabalho, etc. – somos respeitados, porque quando saímos do grupo, automaticamente mostramos quem somos, os medos que temos e comprovamos o quanto aguentamos em defesa de nossos sonhos e determinações/atitudes.

Permanecer junto é estar em sintonia com o grupo, sem ditadura, ou qualquer tipo de coerção, inclusive à do saber. É perceber que só ficamos ao lado quando ainda temos a empatia, a compaixão, o altruísmo para com o outro. Sendo que quando fazemos o contrário, quando abandonamos o “bando”, definitivamente mostramos quem somos, sem tirar, nem por, ou seja, homens com medo.

Catitu que desgarra do

bando tá com medo de onça

2 . Opinião . Setembro de 2011

Casa da Cultura em Unaí - uma realidadeA Casa da Cultura em Unaí nasceu

como se fosse “um alecrim que nasceu no campo sem ser semeado”, no dizer da música popular. Na verdade, se nasceu é porque alguém plantou. Mas este “alguém” não fomos nós propriamente ditos. Fomos apenas o terreno para que esta casa, que absorverá nosso jeito de ser e de viver, nascesse. Há tempos que nós, Unaienses, e os que escolhe-ram fazer deste chão sua morada, sentí-amos a necessidade de termos nossas características, de como “estar na vida”, mostradas, demonstradas, em um lugar onde pudéssemos nos ver ali. E o que precisava nascer está nascendo… Parto difícil, exigindo paciência na dor de quem se propõe construir uma engre-

nagem modificadora e multiplicadora. Este parto me deixa numa expectativa muito grande, principalmente após a minha visita à casa da nossa cultura: me pego vendo cada pedacinho dela signifi-cando um todo. Não há como não mudar o olhar diante de questões fundamentais como a de nos ver diante do nosso retrato cultural. Talvez muitos de nós estejamos perguntando: “Por quê?” e “Para quê” – e acrescentaria – “Para quem vale a pena?” Só que estas e outras questões são demasiadamente grandes para ficarem restritas a um texto. A resposta pode ser dada sem muita profundidade, mas sem superficialidade também. A Casa da Cultura está nascendo para aprofun-dar o que sempre ficou em suspenso: está

nascendo de uma necessidade quase que imediata de nos encontrarmos, de nos vermos, de responder à eterna pergunta: Quem é o povo unaiense? De onde eles vieram? Do que gostam? Do que…? Do que…? Estas respostas virão à medida que cada canto da “Casa da Cultura” for preenchido por “Pedaços de nós.” Em cada “nós” existe uma familiaridade com os Drummonds, os Pessoas, violeiros, as Adélias Prados, as donas Bentas, os Rolandos Boldrins, Inezitas Barrosos… Ali nos encontraremos para ouvir, contar e cantar, fazer, aplaudir. Faremos disto o nosso cotidiano: uma exigência que se pode traduzir como sendo de beleza, de amor, de liberdade de ser do jeito que somos: mineiros sim, mas das Gerais.

por Alda Alves Barbosa Poeta e escritora | www.aldaalvesbarbosa.com

>> Espaço Cultural

DIRETOR GERAL: Danny Diogo T. Santana, (38) 9981-7256, [email protected] | REDAÇÃO E REPORTAGEM: Marcos Antonio Padilha, (38) 9826-6882, [email protected] | DEPARTAMENTO COMERCIAL: Priscila Marques, (38) 9940-5269, [email protected]

ExpedienteExpediente

EDiTADO PElA AgêNCiA g8 COMUNiCAÇÃO lTDA | CNPJ: 09.467.920/0001-99

Endereço para corrêspondência: Rua Celina Lisboa Frederico, 64 - Sala 304 - Centro - CEP 38610-000 - Unaí - Minas Gerais | E-mail: [email protected]

Artigos publicidados e anúncios são de responsabilidade dos autores e, necessariamente, não expressam a opinião do INTERESSANTE.

TELEFAX: (38) 3676-3882W W W . P O R T A L I N T E R E S S A N T E . C O M . B R

TIRAGEM: 10.000 exemplares | Periodicidade: Mensal | Distribuição: gratuitaCirculação: Unaí, Paracatu, Buritis, Arinos, Brasilândia, Bonfinópolis de Minas, Riachinho, Cabeceira grande, Natalândia, Urucuia e Uruana de Minas

Violência contra educadores e contra a educação em MinasA greve dos professores da Rede

Estadual de Minas Gerais, como uma ocupação de propriedade que não cumpre a função social, revelou uma grande ferida: um problema social que com certeza não existiria se o povo mineiro tivesse recebido, historicamente falando, uma educação pública de qualidade.

É insensatez o governador Antonio Anastasia, o Ministério Público e o Tribu-nal de Justiça de Minas pensarem que vão resolver um grave problema social como o suscitado pela greve dos professores com repressão, com canetada judicial mandando voltar para a sala de aula, com propagandas mentirosas nas TVs (em horário nobre), jornais e rádios. Injustiça como a que estamos vendo com os traba-lhadores e com a própria educação em Minas não pode ser jogada para debaixo do tapete.

Aos que se vangloriam com a decisão do desembargador Roney Oliveira, do

TJMG, “mandando” os professores volta-rem para as salas de aula sem o atendi-mento das suas reivindicações, recordo o que disse Jean Jacques Rousseau: “As leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas aos que nada têm.”

A questão levantada pelos professo-res de Minas, em greve há 103 dias, é um grave problema social que se resol-verá somente com política séria que passa necessariamente pelo respeito à Lei Federal 11.738/08, que prescreve Piso Salarial Nacional – vencimento básico, sem artifício de subsídio – de 1.187,00, segundo o MEC[2] e 1.591,00, segundo a CNTE[3].

É uma injustiça que clama aos céus o Governo de Minas (PSDB + DEM) pagar como vencimento básico somente 369,00 para professora de nível médio por 24 horas; somente 550,00 (quase 1 salário-mínimo) para professor/a que tem um curso universitário e só agora, pressio-

nado, prometer pagar só 712,00 (só a partir de janeiro de 2012) para todos os níveis, inclusive para educador/a com mestrado e doutorado. Insistir em política de subsídio é continuar tratando a educa-ção como mercadoria e matar a conta-gota a categoria dos professores já tão esfolada. Será que vão querer, em breve, privatizar também a educação de 1º e 2º graus?

Um provérbio chinês diz: “Quando alguém aponta, os sábios olham para onde o dedo aponta e os idiotas olham para o dedo”.

Ao fazer greve, os professores não estão sendo violentos, mas estão lutando pela superação de uma violência que os atinge cotidianamente. Violentos estão sendo o governo, o poder judiciá-rio e o capitalismo que impõem um peso tremendo nas costas das/os educadoras/res e não reconhece o imprescindível papel que elas/es cumprem neste país.

por Frei Gilvander Moreira | [email protected] Frei e Padre Carmelita, mestre em Exegese Bíblica/Ciências Bíblicas, professor de Teologia Bíblica, assessor da CPT, CEBI, CEBs, SAB e Via Campesina

>> Artigo

“Do rio que tudo arrasta, se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem.” (Bertold Brecht)

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O NoroesteSetembro de 2011 . O Noroeste . 3

E m Buritis, no bairro Veredas, o estoquis-ta Wilson Soares da

Mata, 39, precisou conse-guir dinheiro emprestado para colocar cerca elétrica e alarme em sua casa. Tudo isto foi necessário depois que o trabalhador teve sua residência furtada no dia 15 de agosto. De acordo com a vítima, foram fur-tados dois anéis de ouro, uma máquina fotográfica digital e mais R$ 44. Wil-son também narrou que os assaltantes ainda vasculha-ram até mesmo a geladeira.

A residência de Wilson não foi a única furtada. De

acordo com ele, em menos de 20 dias, três moradores também tiveram suas casas furtadas.

Buritis é uma cidade calma, aparentemente. Porém, a criminalidade tem “preocupado” alguns moradores, conforme ex-plica o funcionário públi-co, Charley Pinheiro, 26, morador do bairro Canaã. Charley também teve sua residência invadida e fur-tada. Ele que foi criado no município, se diz apreensi-vo com o que ele chama de “desrespeito com o homem de bem, pagador de seus impostos”.

Furto em residências preocupa moradores em BuritisNo bairro Canaã três famílias tiveram suas casas furtadas; para a PM, a hipótese de se tratar de uma quadrilha não está descartada

Segundo o funcionário público, os furtos são con-seqüências da “má ilumi-nação pública” de sua rua. “Há tempos que eu não venho reivindicando uma iluminação de qualidade para meu bairro. A escuri-dão não permite a identifi-cação das pessoas que es-

tão transitando na rua, por exemplo”, conta Charley. Sua casa foi furtada por volta das 19h. Dele, os as-saltantes levaram objetos como um nootbook (que estava em sua casa para ser concertado, pois Char-ley trabalha com manu-tenção de computadores),

uma máquina fotográfica digital e mais R$ 200. Ele também afirma que seu vi-zinho, que mora ao lado de sua casa, também teve sua residência furtada, dias antes da sua.

FurtoPara o estoquista Wil-

son, trata-se de uma qua-drilha, ou pessoas organi-zadas, que conhecem as residências e a rotina de vida de seus proprietários. “Eles sabem os horários quando os moradores não estão e acredito também que outras pessoas atuam como informante para avi-sar se o dono da casa está chegando”, supõem Wilson.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a suspeita de se tratar de uma quadrilha, até o momento, ainda não pode ser descartada. Se-gundo a PM, o consumo de crack também pode ser um dos motivadores aos furtos.

Situação Na ocasião da entrevista

(mês de agosto), nenhuma das duas vítimas conseguiu recuperar seus objetos fur-tados de volta. De acordo com o Sargento Silvano da PM, uma das dicas que ele passa à população é para que os moradores fiquem “atentos” e “quando saírem de casa, peça para alguém tomar conta da residência”.

O morador do bairro Canaã, Wilson da Mata mostra por onde os ladrões invadiram sua casaHá tempos que eu não venho reivindicando uma iluminação de

qualidade para meu bairro. A escuridão não permite a identificação das pessoas que estão

transitando na rua, por exemplo”

Charley Pinheiro, morador do bairro Veredas em Buritis; também

teve sua casa invadida

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4 . O Noroeste . Setembro de 2011

Assentados acusam a mineradora Britacal de usar “laranja” em compra de lote dentro de P.A. para explorar jazida

Os moradores afirmam que foram enganados pela mineradora que adquiriu um lote dentro do P.A. se passando por pessoa física; empresa diz que compra foi legal e só não informou sobre a compra porque “eles poderiam não vender”

Segundo o produtor Vilmar, os assentados vão lutar até o fim para impedir que mineradora comece suas atividades dentro do P.A.

H á 30 dias os moradores do Projeto de Assenta-mento (P.A.) Tabocas, localizado a 16 km de

Unaí, mobilizaram-se para “impedir” que uma parcela (lote) do P.A., de 50 hectares – que segundo um dos assenta-dos, o produtor rural, Vilmar José da Silva, 48, teria sido comprada por um “laranja” (indivíduo que cede seu nome para ser usado em negocia-ções de terceiros) em nome da empresa mineradora Britacal – para possibilitar o acesso da mineradora a uma jazida mi-neral, de 20 hectares, que a mineradora possui dentro do assentamento.

Em protesto à compra, que segundo Silva é “ilegal”, por se tratar de terras que está sob o processo de Reforma Agrá-ria, no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá-ria (Incra), os moradores mi-graram para o lote “vendido”, e com acampamento monta-do, permaneceram durante dias, impedindo, com isto, que funcionários da empresa circulassem pelo local.

Em resposta, no último dia 14, a mineradora procurou os moradores para uma possível conversa, a primeira, desde que começaram as especula-ções sobre a jazida.

A pedraHá 28 anos o P.A. Tabocas

existe. Segundo Vilmar, graças à “muita luta e à vontade de trabalhar”. Conforme explica o produtor rural, as terras que constituem o P.A., ainda não foram desapropriadas pelo Es-tado, ou seja, ainda pertence ao seu legítimo dono. Desta forma, a empresa Britacal con-seguiu comprar, em determi-nada ocasião, a pedra que fica

dentro do assentamento. Mas, de acordo com Silva,

a compra foi feita quando o assentamento ainda não tinha sido dividido em lotes. Com a divisão do P.A. em lotes, a jazida da empresa, ficou cer-cada por lotes (ao todo são 16) e, por conseguinte, foi impos-sibilitada de ter acesso à jazi-da mineral, sendo necessário comprar, de um assentado, um lote para possibilitar seu acesso à jazida.

A compra foi feita. Um as-sentado vendeu a uma pessoa que dizia ser “trabalhador ru-ral” sua parcela de terra, mas de acordo com Vilmar, “há seis meses nós (moradores do P.A.) descobrimos que esse trabalhador rural não existia; que na verdade, a compra foi feita para a Britacal”, expli-ca Silva. Ele afirmou que “se soubéssemos, na hora da com-pra, que o lote estava sendo vendido para uma empresa,

ainda mais uma mineradora, nós não teríamos deixado o ex-proprietário vender”.

Assentados38 famílias moram atual-

mente no P.A. Tabocas. Todos são pequenos agricultores que produzem para sobreviver. Conforme garantiu Vilmar, a possível atividade mineradora preocupa diretamente as famí-lias que vivem no P.A. “Hoje ela (empresa) caso estivesse

trabalhando, inviabilizaria os proprietários de lotes próxi-mos à jazida de sobreviverem devido ao processo de minera-ção, com o movimento de ve-ículos de grande porte como caminhões e máquinas dentro do assentamento e a degrada-ção direta ao meio ambiente, devido às explosões”, afirma o produtor.

Apuco Corrêa da Silva, 62, que há 40 anos mora na região onde está localizado o Ta-

bocas, está preocupado com possível exploração da jazida pela mineradora. Segundo ele, a extração provocará di-versos danos ao assentamento por causa de um simples fato: “esta pedra (jazida) faz parte de nossas vidas; os animais que nela vivem, a vegetação dela, é como se fosse alguém de nossa família”, compara o produtor.

Britacal O advogado Wendel Ro-

drigues da Silva, que presta serviços à Britacal, em en-trevista ao INTERESSANTE, afirmou ter adquirido a par-cela de terra de um “posseiro” do P.A. e só não informou ser funcionário da Britacal por-que, segundo ele, o vendedor poderia supervalorizar a área ou então “não querer vender a posse”, já que a empresa tem conhecimento que os mora-dores não admitem atividade mineradora dentro do P.A. “Então a saída foi uma pes-soa física, que nesse caso foi eu, se dirigir ao posseiro e se apresentar como comprador da área”, relata o advogado.

Caso a mineradora consiga a licença para exploração da pedra, sua atividade, segundo Silva, será a “explosão para a extração da pedra”. De acordo com ele, todo processamento do minério extraído será feito fora do P.A.

De acordo com o advo-gado, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto sobre o Meio Am-biente (RIMA), estão sendo feitos, mas “não porque a em-presa quer ou porque ela está sendo boazinha, mas porque a lei exige que esses estudos sejam feitos da melhor forma possível”.

há seis meses nós descobrimos que o trabalhador rural

não existia; que na verdade, a compra foi

feita para a BritacalVilmar José da Silva,

produtor rural P.A. Tabocas

Então a saída foi uma pessoa física,

que nesse caso foi eu, se dirigir ao posseiro e se apresentar como

comprador da áreaWendel Rodrigues, advogado

prestador de serviços da Britacal

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Setembro de 2011 . O Noroeste . 5

Uso de diárias para vereadores em Unaí será analisadoEm breve a população saberá quais foram os gastos de cada vereador com diárias e se houve ou não abuso com o dinheiro público

Com a conclusão da análise feita sobre a concessão de diárias dos vereadores de Unaí, população terá conhecimento do que está sendo gasto pelos seus representantes

Para saber quanto a Câmara Municipal de Unaí gasta com diá-

rias de seus vereadores, o vereador Ilton Campos (PSDB) apresentou reque-rimento solicitando a certi-dão das diárias concedidas aos vereadores da Casa.

Segundo o vereador, ele já está com os gastos em mãos, mas até o momento não foi possível verificá-los para uma maior conclusão a cerca de qual vereador gastou mais e qual utilizou diárias desnecessárias.

Em entrevista ao IN-TERESSANTE, o vereador antecipa que assim que fo-rem feitos as análises dos gastos de cada vereador com suas diárias, ele fará uma apresentação com-provando se houve ou não infração com relação ao principio da moralidade.

Motivos Geralmente as Câmaras

Municipais, além de pagar o salário dos vereadores – em Unaí segundo Campos, o salário líquido do verea-dor está em torno de R$ 4 mil – os auxiliam com di-

árias. Essas diárias variam conforme as distâncias percorridas por cada ve-reador. Caso ele vá à Bra-sília é um preço, se ele for à Belo Horizonte o preço é outro.

E as diárias podem ser dobradas, conforme a ne-cessidade do representan-te. Caso ele precise ficar mais de um dia no local, a diária pode ser estendida. “O que acontece às vezes, além do vereador ir à Belo Horizonte e retornar no mesmo dia, ele faz questão de ficar de um dia para o outro, porque aí ele recebe duas diárias acumulativa-mente”, confirma Campos.

O vereador acredita que como a maioria da população é assalariada – o salário mínimo hoje é de R$ 545 – e é obrigada a sobreviver com esta quan-tia, os vereadores também deveriam se manter com seus salários. “No setor privado, você tem que fa-zer toda sua manutenção. Eu acho que na adminis-tração pública não pode ser diferente. Se você rece-be salário você deve fazer

vereador utilizou o carro oficial da Câmara com o motorista do Poder Legis-lativo, ou se foi utilizado de ônibus, como também é permitido.

Solução A era da comunicação

digital possibilitou avan-ços nunca antes visto. Mandar um e-mail con-tendo vídeo, áudio e, con-sequentemente, a escrita é tão natural a sociedade atual quanto respirar.

Desta forma também pensa o vereador do PSDB, ao defender que não é ne-cessário vereador utilizar diárias, aumentando ainda mais os gastos da Casa – que é pago com o dinheiro dos contribuintes – para solucionar determinados assuntos que poderiam ser resolvidos com “os meios de comunicação: e-mail, telefone; não há mais a ne-cessidade de se deslocar de veículo, ou às vezes, com o motorista oficial da Câmara para resolver uma simples visita no gabinete de um deputado”, justifica Campos.

sua manutenção, os seus gastos, com o próprio salá-rio que o vereador recebe do povo, que paga”, justifi-ca Campos.

Possíveis conclusõesSão várias as manobras

dos vereadores para con-seguir se beneficiar com diárias. Campos destaca a mais comum, porém, uma

das mais perigosas, pois se trata de cooptação de cabos eleitorais para deputados, em época de campanha. “Os deputados buscam conquistar as lideranças políticas para angariar vo-tos ”, confirma Campos. E, com isto, nesse período os pedidos de diárias feitos pelos vereadores, segundo ele, aumentam.

Com os resultados em mãos, a população de Unaí vai saber quantos os seus vereadores estão gastando com diárias, qual vereador gastou menos diária, quais foram os destinos dessas diárias, qual o objetivo das viagens e se acarretaram em resultados concretos, entre outros pontos, como por exemplo, saber se o

Foto: Jornal Tribuna

Page 6: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

6 . O Noroeste . Setembro de 2011

A Instrução Norma-tiva nº 3, de 17 de janeiro de 2000,

aprova o Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue. O INTERESSANTE foi à campo e pesquisou em dois municípios da região (Buritis e Unaí), quais são as condições de seus aba-tedouros.

Segundo a Coordena-ção Geral de Planejamen-to Estratégico do Ministé-rio da Agricultura (MA), a produção de carne no país deverá aumentar em 12,6 milhões de toneladas até 2019, quando neste período, o mercado inter-no será responsável pelo consumo de 50% dessa produção.

Por isto – tanto os lo-cais onde são abatidos e também comercializados os produtos de origem animal – devem ser sub-metidos à inspeção sa-nitária do Ministério da Agricultura (MA). Quan-do se trata de “estabeleci-mentos responsáveis pela comercialização de carne bovina e seus derivados”, a inspeção é feita pelo Serviço de Inspeção Fede-ral (SIF). O SIF é resulta-do de ações preventivas, onde fiscais federais fisca-lizam os abatedouros e os abates, o processamento e o armazenamento de pro-dutos de origem animal.

Buritis, Paracatu e Arinos

Só estão autorizados a abater animais para fins de comercialização, es-tabelecimentos devida-mente registrados e que atuam de acordo com a legislação vigente. O re-gistro deve ser requerido no Departamento de Ins-peção de Origem Animal (Dipoa), vinculado à Se-cretaria de Defesa Agro-pecuária, com base em documentos como o me-morial descritivo de inte-resse econômico-sanitário

Abatedouros de animais no Noroeste não sofrem fiscalização de órgãos competentes

e muitos funcionam na clandestinidadeA falta de investimento no setor possibilita municípios manter abatedouros clandestinos;

em Buritis serão necessário R$ 2 milhões para adaptar o matadouro às exigências sanitárias

Em Buritis, ao contrário do que afirmou o secretário municipal de Agricultura Celso Carneiro, foto mostra que nem todos animais abatidos são ensacados antes de serem transportados; o caminhão baú, que não possui câmara fria, é alugado por R$ 4 mil/mês

e plantas do estabeleci-mento, conforme afirma o MA.

Mas de acordo com informações obtidas por meio da equipe de repor-tagem do INTERESSAN-

TE durante a produção desta matéria, o número de municípios que pos-suem registro no Dipoa em toda a região do No-roeste é baixo, para não falar inexistente.

Em Buritis, por exem-plo, o abate, segundo o secretário municipal de Agricultura e Meio Am-biente, Celso Carneiro, tempos atrás era “clan-destino, acontecia no mato”. Hoje, de acordo com Carneiro, esta reali-dade mudou. Atualmen-te são gastos, em Buritis, somente com aluguel do local onde funciona o abatedouro, R$ 4 mil por mês. Para transportar a carne do matadouro até os açougues – transporte que é feito em um cami-nhão baú, sem câmara fria, conforme exige o MA – a prefeitura desembolsa mais R$ 4 mil. “E mais os

funcionários como os ma-garefes (açougueiros), o coordenador, o veteriná-rio. A gente sabe que não é uma coisa tão barata”, afirma o secretário.

O abatedouro em Bu-ritis sofreu há dois meses, uma “reforma” para ten-tar atender às demandas dos órgãos fiscalizadores. Mas Carneiro reconhece que como o local onde funciona o “matadouro municipal” não foi um projeto elaborado especi-ficamente para a ativida-de, “existem falhas”. “Nós já tivemos visitas de ór-gãos competentes, nos au-xiliando, nos cobrando, e temos procurado adaptar, embora saibamos que não é o correto”.

Todo abatedouro mu-nicipal é vistoriado, ge-ralmente, pela Vigilância Sanitária Municipal e pelo Sistema de Inspeção Municipal (SIM). E foi por meio de órgãos como esses que o município foi obrigado a atender o MA: empacotar com sa-cos plásticos todo animal abatido antes de ser trans-portado; manter a pre-sença permanente de um médico veterinário dentro

Nós já tivemos visitas de órgãos competentes nos auxiliando,

nos cobrando, e temos procurado adaptar, embora

saibamos que não é o corretoCelso Carneiro, secretário de Agricultura

e Meio Ambiente de Buritis

Page 7: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

Setembro de 2011 . O Noroeste . 7

do abatedouro antes e du-rante o processo de abati-mento.

Mas esses órgãos são subalternos ao poder Exe-cutivo. Portanto, a fisca-lização mais isenta pos-sível é a feita pelo Dipoa, através do SIF. E para isto, para que o município con-siga atender, por meio de seus abatedouros, às exi-gências do MA, é neces-sário investimento para a construção de melhores infra-estruturas. Em Buri-tis, por exemplo, segundo Carneiro, para viabilizar o projeto da construção de um novo abatedouro, será necessário o montante de R$ 2 milhões.

Projetos Sem investimentos,

muitos abatedouros se encontram na clandesti-nidade.

Outro grande proble-ma quando se fala em aba-tedouro é o risco que trás

ao meio ambiente. O san-gue e outros resíduos dos animais abatidos, como o estrume por exemplo, correm risco de serem jo-gados, sem nenhum tipo tratamento, ao meio am-biente. Para isto é neces-sário que seja feito lagoas de decantações para que esses dejetos sejam trata-dos. É necessário que haja também um abatedouro sanitário.

Em Unaí, a Associa-ção dos Açougueiros, já alguns anos, luta para se adaptar as exigências dos órgãos competentes. Com um frigorífico em fase final de construção, a associação, em breve, poderá ser o único esta-belecimento devidamen-te registrado a trabalhar conforme a legislação vi-gente.

GRSA Gerência Regio-

nal de Saúde (GRS), por

meio do Núcleo Vigilân-cia Sanitária (Nuvisa) fiscaliza os comércios onde são vendidos os produtos de origem ani-mal. Segundo a GRS, as infrações mais comuns são: “exposição de carne de sol sem acondiciona-mento adequado, inexis-tência de rotulagem nos produtos manipulados (lingüiça, almôndegas, etc.), inexistência de am-biente exclusivo para de-sossa”.

De acordo com o José Juliano Espíndula, coor-denador regional de Vi-gilância Sanitária, desde 2007, devido à atuação da Nuvisa, várias ações foram realizadas, desde o monitoramento perió-dico da qualidade e boas práticas de comercializa-ção de carnes e deriva-dos até a capacitação de aproximadamente 300 profissionais que traba-lham em estabelecimen-

tos como açougues e ca-sas de carnes.

Porém a Nuvisa limita seus trabalhos a fiscaliza-ção dos estabelecimentos que vendem produtos de origem animal. Os abate-douros e frigoríficos não são de sua competência.

Sobre os equipamen-tos a gerência segue princípios como: móveis para a manipulação de carnes e derivados: me-sas, balcões, bancadas, etc., com cobertura de material impermeável, resistente, possibilitan-do fácil lavagem de for-ma que não exponham os produtos a qualquer tipo de contaminação ou risco. E serras, moedores e outros equipamentos que entram em contato com carnes e derivados devem ser certificados se estão em perfeito estado de conservação e devem ser desinfetados periodi-camente.

Curtas

Durante toda semana do dia 21 a 28 de agosto, foi comemo-rado em Unaí, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, promovida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município. O evento contou com atrações que levaram até a população de Unaí, um pouco do dia a dia das pessoas portadoras de deficiência, como por exemplo, a caminhada que abriu a Se-mana é percorreu o centro da cidade. O lema da caminhada era: Tenha coragem de ser diferente: quebre a cultura da in-diferença. Ao usar a tribuna da Câmara Municipal de Unaí, o vice-presidente da APAE, conhecido como Juca da Coagrill disse que o intuito da Semana é “discutir” e “debater” a vida das pessoas e suas diversas naturezas. Por isto, ele defende que, por estarmos vivendo em uma nova sociedade, com “novos paradigmas”, ele acredita ser necessário “a participação ple-na de igualdade” em diversos setores da sociedade contem-porânea.

APAE de Unaí promove Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Enquanto Uberaba ocupa a segunda posição no ranking dos municípios mineiros, produtores de grãos, com 577.674 tone-ladas (t.), Unaí destaca-se, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em primeiro lugar, com uma produção de 789. 528 t. De acordo com o site da Prefeitura Municipal de Unaí, a re-gião do Noroeste de Minas destaca-se como a “principal re-gião produtora”. Toda essa particularidade da região lhe dá à responsabilidade de ser produtora de “25,4% da safra esta-dual, com 2,7 milhões de toneladas, crescimento de 13,9% ante a safra colhida em 2010”, conforme afirma o site. O Noroeste é mesmo competente. De acordo com a classifi-cação dos municípios que mais produzem grãos em Minas, Buritis está em terceiro lugar, com uma produção de 530.456 t. e Paracatu destaca-se em quarto lugar com 366.545 t. Unaí também aparece em primeiro lugar na produção de soja, com 330.000 t. e de feijão, com 120.000 t. E em segundo lugar na produção de milho, com suas 249.000 t.

IBGE classifica municípios do Noroeste como os maiores produtores de grãos do Estado

Abatedouro na cidade Buritis; para adaptá-lo às exigências federais o município deverá investir R$ 2 milhões

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8 . O Noroeste . Setembro de 2011

Desfile cívico com 1.200 pessoas marca as comemorações do 7 de Setembro em Unaí

Brasil: país de lu-tas, superações e conquistas.

Sob este tema central, cerca de 1.200 pessoas desfilaram pela aveni-da Governador Vala-dares, em comemora-ção ao 7 de Setembro, aniversário da Inde-pendência Brasileira (1822). O desfile cívi-co-militar, organizado pela Secretaria Muni-cipal da Educação com o apoio das demais Se-cretarias Municipais e parceiros, tomou qua-se toda a manhã da quarta-feira.

Antes de abrir ofi-cialmente o desfile, o prefeito Antério Mâ-nica reconheceu o em-penho de todos os en-volvidos na celebração cívica. “Mais uma vez temos a alegria de co-memorar o aniversário da nossa independên-cia. Numa nação livre, nós temos cada vez mais motivos para ce-lebrar. Este desfile tem para nós um grande significado patriótico. Hoje é um dia de ale-gria, de reflexão e or-gulho”, discursou An-tério.

O prefeito lembrou que desde o primeiro ano de seu governo, o 7 de Setembro é come-morado com desfile cí-vico em Unaí, exceção feita ao ano em que o Ministério da Saú-de recomendou evitar acúmulo de pessoas, em razão da entrada da gripe “A” H1N1 no país.

Um dos pontos altos do desfile foi a apre-sentação das fanfarras das escolas. Onze fan-farras bem treinadas deram colorido e som especiais à apresen-tação. Na parte final do desfile, as fanfar-ras voltaram em bloco para o fechamento da

As fanfarras foram um destaque à parte nas comemorações; além de vir à frente das escolas, elas fecharam juntas o desfile deste ano

Fonte: www.prefeituraunai.mg.gov.br

manhã cívica em gran-de estilo.

A Banda Municipal abriu o desfile, após executar o Hino Na-cional e o Hino da In-dependência. O Hino Municipal de Unaí tam-bém foi entoado para abrir as celebrações.

EstruturaPara a população

que assistia ao desfile, foram colocados ba-nheiros químicos na Praça da Matriz, na Rodoviária nova e na Praça da Prefeitura. Três também foram os pontos fixos de distri-buição de água: na Es-cola Estadual Domin-gos Pinto Brochado, em frente à Câmara Municipal e no encon-tro entre as ruas Rio Preto e José do Patro-cínio.

Uma equipe da Secretaria de Saúde esteve de prontidão, inclusive com ambu-lância de plantão. Os profissionais davam informações e aferiam a pressão arterial das pessoas antes e duran-te o desfile, momento de forte calor e baixa umidade relativa do ar.

As comemorações do aniversário da in-dependência conti-nuaram no Parque de Exposições de Unaí, onde durante a sema-na acontece a 52ª Ex-posição Agropecuária (Expoagro). A Prefei-tura distribuiu dois in-gressos para o parque de diversões a cada participante do desfile (2.400 ingressos) e, à noite, abriu as portas do Parque de Exposi-ções à população para o show gratuito da du-pla Rick e Bruno.

Todas as escolas municipais e estadu-ais participaram do desfile, cada uma tra-balhando um subtema específico para confec-ção do enredo.

Prefeito Antério Mânica abre oficialmente o desfile cívico-militar O palanque oficial foi ocupado por autoridades civis e militares

A Banda Municipal executou os hinos e abriu o desfile Seguida pelas forças de Segurança Pública, como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil

Um dos subtemas escolhido pelas escolas e apresentado na avenida foi a preservação do meio ambiente

Mesmo sob forte sol e baixa umidade do ar, a população lotou as calçadas da Avenida Governador Valadares

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Setembro de 2011 . O Noroeste . 9

Novo Somma Urbaniza do BDMG.

Acompanharam o

prefeito Antério ao ato de assinatura o vice-prefeito José Gomes

Branquinho, o secre-tário municipal Eu-rípedes Santana (Co-

Antério e Branquinho com Alberto Pinto Coelho, Anastasia e Bernardo Santana durante a solenidade de assinatura

Município de Unaí assina contrato de financiamento de R$ 5 milhões com o Governo de Minas

O prefeito Antério Mânica assinou com o governa-

dor Antonio Anastasia contrato que prevê a liberação de R$ 5 mi-lhões do Projeto Novo Somma Urbaniza, Programa de Moder-nização Institucional e Ampliação de Infraes-trutura urbana no mu-nicípio. A solenidade de assinatura ocorreu no Palácio Tiradentes (BH), 01 de setembro.

O recurso já foi libe-rado para a Prefeitura, via Banco de Desen-

volvimento de Minas Gerais (BDMG). A dí-vida será paga ao ban-co num prazo de 10 anos, com carência de dois anos contados a partir do dia 15 de se-tembro.

Os R$ 5 milhões serão utilizados em obras de pavimenta-ção e drenagem de vias nos bairros Riviera Park (incluindo a subi-da para o aeroporto) e Kamayurá.

Além de Unaí, ou-tros 37 municípios as-sinaram contrato em que o Governo de Mi-nas autoriza o finan-ciamento do Projeto

Fonte: www.prefeituraunai.mg.gov.br

municação Social) e o deputado federal Ber-nardo Santana.

Participaram da so-lenidade no Palácio Tiradentes o vice-go-vernador Alberto Pinto Coelho, os secretários de Estado Danilo de Castro (Governo), Ma-ria Coeli Simões (Casa Civil e Relações Insti-tucionais), Gil Pereira (Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas), além do presi-dente do BDMG, Ma-theus Cotta de Carva-lho e do vice-presidente do banco, José Santana de Vasconcelos.

Campus universitário federal em Unaí oferecerá inicialmente sete cursos, incluindo ciências agrárias

O prefeito Antério Mânica recebeu na quinta-feira

(15/9), em visita de tra-balho, o reitor da Uni-versidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), professor Pedro Ângelo Almeida Abreu. Duran-te entrevista coletiva, o reitor afirmou que o campus unaiense, a par-tir de 2014, vai oferecer inicialmente sete cursos superiores, incluindo ci-ências agrárias.

Além da instalação do curso de ciências agrá-rias que, segundo ele, atende a uma demanda da vocação agropecu-ária regional e desejo manifestado por repre-sentantes da sociedade organizada, os outros cursos deverão atender à camada da população que estuda à noite, dan-do preferência para as áreas das ciências hu-manas e das ciências so-ciais aplicadas.

Pedro Ângelo disse ser necessário o campus maximizar todos os seus espaços, oferecendo cur-sos diurnos e noturnos. Quando em funciona-mento pleno, ele reve-lou, a unidade federal unaiense deverá abrigar cerca de 2.500 alunos.

Perguntado sobre o critério da escolha de Unaí para a instalação da unidade, ele infor-mou que o Ministério da Educação observou a localização geográfica e a densidade populacio-nal, assim como a ocu-pação dos territórios ainda sem a presença do ensino superior fe-deral no país.

A entrada definiti-va da UFVJM em Unaí ainda depende de apro-vação do Conselho Uni-versitário da instituição, que se reunirá no dia 7 de outubro. O reitor ex-plicou que o conselho tem autonomia para aprovar ou não a ex-pansão da universida-de. Entretanto, ele foi taxativo: “a instalação de um campus univer-sitário em Unaí é irre-versível. Se não for da UFVJM, será de outra instituição federal de ensino superior”.

Quando o MEC de-terminou a expansão da universidade rumo a Unaí e Janaúba (Nor-te de Minas), foi uma surpresa para a reitoria e o conselho. Pedro Ân-gelo explica que Unaí e Janaúba saem do ter-ritório inicialmente di-mensionado, que en-quadraria municípios dos Vales do Jequiti-nhonha (Diamantina

Fonte: www.prefeituraunai.mg.gov.br

O prefeito Antério Mânica e o vice José Gomes Branquinho apresentaram ao reitor Pedro Ângelo e ao pró-reitor Alexandre Silva os terrenos que poderão abrigar a universidade

como sede) e do Mucu-ri (Teófilo Ottoni como campus avançado).

“Isso requer um novo planejamento estratégi-co, uma vez que passarí-amos a trabalhar outros dois territórios, noroeste e norte de Minas”, ele observou, antecipando a possibilidade até da alteração no nome da universidade, caso seja efetivada a expansão.

O nome da UFVJM pode ser modificado “fu-turamente” para Univer-

sidade Federal Juscelino Kubitschek (UFJK), a única no Brasil que te-ria o nome de um per-sonagem, proposta que já teve boa acolhida pelo ministro Fernando Ha-ddad (Educação) e que, ainda assim, ficaria na dependência também da aprovação do Conselho Universitário.

Segundo o reitor, a UFVJM é a única insti-tuição federal de ensino superior com represen-tatividade na metade

norte (hemisfério norte) do Estado de Minas Ge-rais. Outras 10 universi-dades e campi universi-tários estão situados na metade sul do Estado.

TerrenosPara a instalação da

estrutura física do cam-pus em Unaí, é neces-sário o município doar um terreno com infraes-trutura de água potável, rede de esgoto e energia elétrica. Seriam apresen-tados oito terrenos para

o reitor. A proximidade com o centro urbano e a facilidade de desloca-mento dos alunos são fatores que vão pesar na escolha, além de espaço disponível para possível expansão do campus.

Duas opções de fazen-das experimentais para o curso de ciências agrá-rias também seriam ava-liadas: uma de 140 hec-tares da Escola Agrícola e outra de 120 hectares pertencente ao Sindicato Rural de Unaí.

Conforme o prefeito Antério Mânica, é im-portante escolher um terreno onde daqui a al-guns anos não sejam for-mados gargalos que difi-cultem o escoamento do trânsito e a mobilidade urbana. “Isso tudo será visto da melhor maneira possível. O pedido é que até o mês de outubro a doação seja viabilizada, e vamos correr para que em outubro tudo esteja pronto”, disse o prefeito.

Acompanharam o prefeito Antério e o rei-tor Pedro Ângelo nas visitas aos terrenos, o vice-prefeito José Gomes Branquinho, o secretário municipal Geraldo Ma-gela da Cruz (Educação), o pró-reitor de Pesqui-sa e Pós-Graduação da UFVJM, professor Ale-xandre Chistófaro Silva, e parte da imprensa local.

Page 10: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

Alunos da zona rural passam mais tempo de ônibus do que na escola, afirma presidente do CMTE de Paracatu

Em Unaí por mês são gastos com transporte público escolar R$ 520 mil; mesmo assim, pai de aluna usuária do transporte critica estado de conservação do veículo que transporta sua filha todos os dias até a escola

Alunos posam para foto dentro de ônibus que faz tranporte escolar em Unaí; 95 ônibus, 20 vans e 13 charretes atendem a aproximadamente 4.500 usuários

O morador do P.A. Barreirinho, Edissio-ne Araújo Lustosa, denunciou na Câ-

mara de Vereadores de Unaí, em maio deste ano, a linha 707, que faz o transporte de sua filha até a escola onde estuda. Na petição, o pai re-clama que o veículo que faz o transporte está em “péssimo estado de conservação, que-brando e deixando constan-temente os alunos sem aula”. Lustosa também destaca que o motorista condutor do ve-ículo, por trabalhar em dois turnos com o mesmo ônibus, não tem tempo para fazer revisão e, por isto, “às vezes não tem macaco para trocar pneus, falta embreagem e quando passam em locais de enxurrada chega entrar água e lama dentro do ôni-bus”, detalha o pai em pedi-do de melhores condições de transporte para sua filha de 15 anos, que estuda no pri-meiro ano do Ensino Médio.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), instituído por meio a lei nº 9.503, de 1997, destina seu capítulo XIII à condução “de escola-res”. De acordo com o CTB, estão aptos à transportar alunos os veículos que pos-suírem autorização dos ór-gãos e entidades executivas de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.

Grande parte das pre-feituras, atualmente, tercei-rizam o transporte escolar como forma de reduzir gas-tos. Mas mesmo assim o que se percebe é um gasto eleva-do, tirando por base, os nú-meros cedidos pela Secreta-ria Municipal de Educação (Semed) da cidade de Unaí, onde apontam um gasto com

transporte escolar da ordem de R$ 520 mil por mês, sen-do que o mês letivo é com-posto de 20 dias. Isto com-parado aos R$ 435.290,04 repassados, por ano, pelo Fundo Nacional de Desen-volvimento da Educação (FNDE), mais aos R$ 631.137 repassados pelo governo Es-tadual, certifica que muito se gasta com transporte escolar, principalmente os governos municipais, como mostra os números, no caso de Unaí.

Ir de charrete para escola

Todos os dias aproxi-madamente 4 mil alunos e 300 servidores utilizam o transporte escolar público na cidade de Unaí. Ao todo 95 ônibus, 20 van/kombi e 13 charretes. As charretes transportam os alunos que

moram em lugares de difí-cil acesso aos ônibus, daí a prefeitura contrata um charreteiro local para trans-portar os alunos até o ponto do ônibus. Segundo o chefe do Setor de Transporte, Elis-mar Oliveira Lepesqueur, é o que acontece com os alunos que moram no povoado de Boa Vista, a 30 km de Unaí, onde 3 alunos, todos os dias, só conseguem estudar devi-do ao transporte feito pelas charretes.

Segundo levantamen-to da Secretaria Municipal de Educação, por dia são rodados 10.205 km, sendo que por mês, os veículos do transporte escolar percorre um média de 204.100 km.

“O sistema de GPS aju-dou nos trabalhos de demar-cação e controle da distância percorrida pelos veículos

em suas linhas”, diz Lepes-queur.

Se os veículos que fazem o transporte escolar não fo-rem vistoriados e acompa-nhados por órgãos compe-tentes e específicos, todos os dias, podem acarretar sérios problemas, desde acidentes envolvendo os veículos até a baixa no rendimento escolar, como fortifica alguns espe-cialistas da pedagogia.

Conselhos fiscalizadores

A preocupação com a qualidade dos veículos é extremamente importante, pois como dissemos, trata-se de transporte humano, portanto, exigências como cinto de segurança em todos os bancos, vistoria semestral dos veículos (parte elétrica, mecânica, itens de seguran-

ça, etc.) realizado por uma equipe de Departamento Na-cional de Trânsito (Detran) e motorista que tenha curso de Transporte Escolar realizado em órgãos credenciados tam-bém pelo Detran são requisi-tos básicos e que qualquer usuário ou responsável pelo usuário de transporte escolar deve exigir de seus represen-tantes públicos.

Paracatu, em 2008, criou seu Conselho Municipal de Transporte Escolar (CMTE). Os avanços foram significa-tivos com sua criação, pois possibilitou supervisionar, deliberar, assessorar, acom-panhar, monitorar e fiscali-zar o cumprimento das obri-gações contratuais dos entes envolvidos, assim como os serviços prestados pela frota municipal.

Mas de acordo com o

presidente do CMTE, Otaci-lio Pereira, a discussão sobre transporte escolar extrapola a preocupação com estado de conservação dos veículos e deve se atentar “ao calen-dário escolar do meio rural”.

“Não podemos admitir que um aluno saia de casa 04 horas da manhã pra ir à esco-la e passe mais tempo dentro do ônibus do que na escola”, esclarece o presidente.

Em Unaí, uma nova cha-pa do Conselho foi eleita e tomará posse no próximo mês, segundo informações da Semed.

SugestãoEm conversa com pais

de alunos usuários do trans-porte escolar municipal de Unaí, principalmente de alu-nos que moram na zona ru-ral, foi destacado que o pro-blema enfrentado por eles, é a falta de transporte escolar no período noturno. Eles queixam que muitos alunos deixam de estudar ou con-tinuar seus estudos, como fazer um curso profissiona-lizante, faculdade, porque não conseguem condução para trazê-los para a cidade à noite, horário em que 90% desses cursos funcionam.

Encaminhamos essa demanda, como também a petição ao secretário muni-cipal de Educação de Unaí, Geraldo Magela, para pos-síveis esclarecimentos. De acordo com a Semed, a linha 707, foi notificada e motoris-ta teve suas atividades sus-pensas durante 10 dias, até “que nos apresente veículos compatíveis com os exigidos e vistoriados”. Mas a Semed afirma que o veículo já foi reparado.

10 . O Noroeste . Setembro de 2011

Page 11: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

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Page 12: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

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01 vaga para Auxiliar de Tintu-ra, masculino, exige-se 6 meses

de experiência, trabalhar em Paracatu

01 vaga para Babá, feminino, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau completo, e ter disponibili-dade para trabalhar à noite

01 vaga para Balconista, fe-minino, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau completo, e ter disponibilidade para trabalhar fora do perímetro urbano

01 vaga para Caixa, feminino, exige-se 6 meses de experiência, 2 grau completo, possuir noções de informática e trabalhar à noite

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01 vaga para Eletricista, mascu-lino, exige-se 6 meses de experi-ência, trabalhar em Paracatu

03 vagas para Farmacêutico, M/F, exige-se 6 meses de ex-

periência, 3 grau completo, e ter curso de farmacêutico

02 vagas para Faxineira, femini-no, exige-se 6 meses de experi-ência, 1 grau completo

03 vagas para Garçom, M/F, 1 grau completo, possuir noções de informática e trabalhar à noite

03 vagas para Mecânica, mas-culino, exige-se 6 meses de ex-periência, trabalhar em Paracatu

01 vaga para Mecânico de Maqui-nas Agrícolas, masculino, exige-se 6 meses de experiência, traba-lhar em fazenda 100km a de Unaí

01 vaga para Mecânico In-dustrial, masculino, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau completo

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01 vaga para Vendedor de Pe-ças, masculino, exige-se 6 me-ses de experiência, trabalhar em Paracatu

3 EMPREgO 3 EMPREgO 3 EMPREgO 3 EMPREgO 3 EMPREgO

Page 13: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

Agropecuária

Setembro de 2011 . Agropecuária . 13

A Cooperativa Agro-pecuária do Vale do Paracatu (Coopervap)

pode crescer o número de associados – hoje possui mais de 2 mil sócios – mais rápido do que imagina. É que as migrações, princi-palmente dos pequenos produtores, da Itambé – empresa que compra o lei-te, in natura, da Coopera-tiva Agropecuária de Unaí (Capul), para à Coopervap.

Segundo associados entrevistados pelo INTE-RESSANTE, essa mudança acontece por motivos que vão além de pagar melhor pelo preço do litro de leite. Junto a isto, a Coopervap estaria ofertando vanta-gens como, por exemplo, não cobrar do produtor associado, o frete e nem a diária de chapas para o descarregamento da ração comprada na cooperativa.

Os produtores de lei-te que o INTERESSANTE teve acesso disseram que a produção de leite, atual-mente, não está sendo ren-tável. Segundo os produto-res, mesmo quem possui seu próprio tanque de res-friamento, tem dificulda-des para angariar grandes lucros. Geralmente, a taxa de juros, agregada as 48 parcelas do financiamento de um tanque, impossibili-ta a tecnologia de servir ao produtor, pois este, muitas vezes, fica refém das parce-las e por isto não consegue expandir sua produção.

Até certo ponto, isto mostra que a verdadeira “independência” de um produtor acontece quan-do ele consegue ser dono de seu meio de trabalho. Assim como em qualquer mercado, onde impere o

Associados em busca de vantagens trocam itambé/Capul por Coopervap

As migrações estariam acontecendo em conseqüência de várias vantagens que a cooperativa oferece; inclusive, não cobra frete pelo transporte da ração do produtor

Hoje, a Coopervap possui mais de 2 mil associados; de acordo com produtores entrevistados, esse número pode ter aumentado devido à deserção de produtores da Itambé/Capul

sistema de compra, venda e, entre isto, haver compe-tição, quem tiver o maior número de vantagens a oferecer, cativará o maior número de clientes. E isto parece ser o que está fa-zendo a Coopervap, diante de empresas milionárias como a Itambé, que há anos compra leite dos pro-dutores da região do No-roeste, por intermédio da Capul.

Deserções A Coopervap é uma em-

presa genuína do Noroeste Mineiro. Criada em 1963, na cidade de Paracatu – também pelos produtores de leite local, como a Capul – a Coopervap não se limi-tou a vender sua produ-ção às grandes empresas, como a Itambé. Ela utiliza da política voltada para o manufaturamento de pro-

dutos derivados do leite. Com isto, ela adentra seus produtos em Estados como Brasília, Goiás e outras re-giões de Minas Gerais.

Em proveito dessa po-lítica voltada para as van-tagens, alguns produtores de leite do Noroeste, co-meçaram a abandonar a Capul/Itambé, para come-çar a vender sua produção

a quem, pelo que parece, querer lhe pagar melhor: a Coopervap.

Pelo que pudemos ob-servar isto já começa acon-tecer. Exemplo foram os produtores do Projeto de Assentamento (P.A.) União, que segundo o presidente da Associação dos Mora-dores do Distrito de Rural Minas, Wanderlei Apareci-

do dos Santos, passaram, meses atrás, a entregar suas produções à Coopervap.

O presidente, que tam-bém é produtor de leite e sócio da Associação dos Produtores do Funil, con-firma que além do P.A. União, os produtores da Cootafil (sigla ele não sou-be explicar), também dei-xou, no mês passado, de entregar sua produção à Capul e, consequentemen-te, à Itambé, depois que a Coopervap, propôs pagar R$ 0,83 centavos, pelo mesmo leite que a Capul/Itambé pagava R$ 0,61 centavos. Ao todo, 15 pro-dutores passaram a vender 900 litros de leite por dia, à Coopervap, segundo Wan-derlei, com a justificativa que “estão sendo mais va-lorizados”.

Diante da diferença de 22 centavos paga pelo

litro de leite pela Cooper-vap comparado à Itambé, Wanderlei afirma outras vantagens. Como os acrés-cimos aos produtores que possuem tanque próprio (“3 centavos no litro”), os que possuem ordenha ( “2 centavos no litro”) e ao produtor que consome até 70% de sua produção, na própria cooperativa, tam-bém é agregado alguma quantia ao preço pago pelo litro de leite.

Wanderlei, diante desse fato, reivindicou com técni-cos da Itambé um possível aumento no valor pago pelo litro de leite à Associação do Produtores do Funil. Segun-do ele, a reivindicação feita pessoalmente aos técnicos da Itambé demonstrando que a Coopervap estava pa-gando melhor pelo o mesmo leite, fez com que a empresa assumisse o compromisso de fornecer um aumento de 10 centavos, que segundo Wanderlei foi acrescentado na folha de pagamento no último dia 16.

Mas conforme salien-tou Wanderlei, se a Capul/Itambé não rever suas con-dições de ofertas e vanta-gens aos produtores, é bem provável que a associação, cujo ele faz parte, passe a entregar sua produção lei-teira à Coopervap.

Coopervap Entramos em contato

com o setor de captação de leite da cooperativa para saber sobre as vantagens e qual o número exato de associados que abandona-ram a Capul em proveito das condições oferecidas pela Coopervap. Mas até o fechamento da edição, não obtivemos respostas.

os produtores estão sendo mais valorizados pela

CoopervapWanderlei Aparecido dos

Santos, produtor de leite da Associação dos Produtores

do Funil e presidente da Associação dos Moradores do Distrito de Rural Minas

Foto: Jornal Visão Regional

Page 14: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

(Uruana de Minas), Pe. Ro-gério e Pe. Ricardo (Arinos), Pe. José dos Anjos (Brasilân-dia)e Pe. Rui (Unaí).

No Dia de Nossa Senhora da Pena, às 9h, foi realiza-da a Celebração Festiva em honra a padroeira de Buritis. Após a “Missa da Manhã”, foi servido o tradicional café da manhã na praça da Igreja Matriz e, as 19h, uma procissão luminosa saiu da Igrejinha com direção à Igre-

14 . Cultura e Sociedade . Setembro de 2011

Cultura e Sociedade

A história registra que chegaram às mar-gens do Rio Urucuia, em 1716, as irmãs

Joaquina e Luíza Aldonso, vindas de Paracatu e de São Romão à procura de ouro. Segundo contam os antigos, elas ficaram encantadas com a beleza do vale, escolhendo suas margens para fundar o Porto de Sant’Anna, vindo a ser mais tarde, a cidade de Buritis.

Após o encontro, pas-saram as terras deste belo vale a pertencerem a Nossa Senhora da Pena, santa da devoção das irmãs Aldonso. Assim, ela passou a ser pa-droeira do local consagran-do o dia 8 de setembro, por coincidir com a data de fun-dação do Porto.

A Paróquia de Nossa Se-nhora da Pena é a segunda mais antiga na diocese de Paracatu, ela foi criada em Buritis no ano de 1805 e, desde então, todos os anos no dia 8 de setembro é co-memorado o Dia da padroei-ra de Buritis.

As comemorações Este ano, a Festa em

Honra e Louvor a Deus por Nossa Senhora da Pena completou 206 anos. As novenas começaram no dia 30 de agosto, com a missa às 19h30. A Igreja Matriz permaneceu aberta ao públi-co durante todos os dias da festa e as missas foram cele-bradas pelo Monsenhor João César e Padre Regís, párocos de Buritis. Padres de outras cidades também participa-ram das celebrações, como Pe. Geraldo Marconi (Para-catu), Pe. Antônio Marcilio (Bonfinópolis), Pe. Tarcísio

Festa da Padroeira da Cidade de Buritis completa 206 Anos

Nossa Senhora da Pena é a protetora das artes, das ciências, das letras e padroeira da cidade de Buritis

Fiéis lotaram a praça da Igreja Matriz, em Buritis, durante a tradicinal “Missa da Noite”

Quando algumas coisas vêem pra melhorar nós

devemos aceitar, e que daqui 5,10, 15 anos a missa na

praça da Igreja Matriz vai também virar tradição

Justifica Dom leonardo sobre a transferência da “Missa da Noite”

ja Matriz, onde, este ano, foi celebrada a “Missa da Noite” por Dom Leonardo (Bispo da Diocese de Paraca-tu). O Tema central da festa foi “Família e Juventude: A Transmissão da Fé às Futu-ras Gerações”. E com o lema: “Maria, Peregrina da Fé, Le-vai a Juventude à Cristo pela Família”. Os festeiros deste ano foram: José Maria da Sil-va, Maria Anselmo da Silva e família.

Quebra da TradiçãoMoradores e visitantes

da festa da padroeira recla-mam das mudanças que aconteceram nos últimos anos, entre elas, a transfe-rência da tradicional “Missa da Noite” - realizada todos os anos na praça da Igreji-nha – para a praça da Igreja Matriz. Todos os anos são montadas barracas na praça da Igrejinha e ambulantes de diversas regiões do país vem vender seus produtos.

De acordo com os ambu-lantes, o valor do aluguel do espaço para montarem suas barracas durante o período da festa, cobrado pela pa-róquia, aumentou e, a cada ano, o movimento diminui.

Religiosidade “Quando algumas coisas

vêem pra melhorar nós de-vemos aceitar, e que daqui 5,10, 15 anos a missa na pra-ça da Igreja Matriz vai tam-bém virar tradição”, justifica Dom Leonardo sobre a trans-ferência da “Missa da Noite”.

Segundo Dom Leonardo, há anos ele já havia pedido ao antigo padre da paróquia de Buritis, o Padre José dos Anjos, para não realizar mais a missa da padroeira na pra-ça da Igrejinha, mas, somen-te agora, com o Mon. Senhor João César, seu pedido foi aceito e a missa foi transfe-rida para a praça da Matriz.

O Bispo ainda disse que na antiga praça a missa era realizada junto às barracas e, ali, tinha muita dispersão, que ele acredita ser conse-qüência da comercialização durante as celebrações.

Neste ano, a Igrejinha deixou de celebrar a “Missa da Noite”; alguns moradores e visitantes não aprovaram a mudança

Page 15: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

Policial CurtasHomem é preso dentro de residência “suspeita” em ParacatuPróximo a um local,

já conhecido pela Polícia Militar (PM),

por se tratar de um pon-to de venda de drogas, no bairro Alto do Açude, em Paracatu, a PM deparou com um indivíduo, que ao avistar a viatura, “saiu correndo e adentrou em uma residência abando-nada”, conforme informa a instituição.

Em conseqüência da ação do indivíduo, a PM adentrou a casa e encon-trou R.F.R., de 27 anos, deitado sob um tablado em um dos quartos da casa. Segundo a PM, mais dois indivíduos, com a mesma idade, 24 anos, J.V.S, e A.B.B. também fo-ram encontrados no inte-rior da residência.

Durante a busca pesso-al, a PM informa que fo-ram encontrados em pos-se de R.F.R., um revólver calibre 32 (com o número de série raspado) carrega-do, mais a quantia de R$ 362 em dinheiro. No quar-

to, os policiais encontra-ram 34g de maconha, duas balanças de precisão, uma

calculadora e uma faca. Diante dos fatos, os

materiais apreendidos fo-

ram, junto aos autores, encaminhados à Delegacia de Polícia.

Setembro de 2011 . Policial . 15

Duas balanças de precisão, droga, dinheiro e um revólver calibre 32 foram apreendidos no local

Alex Alves de Sousa foi encontrado caído no interior da residência de uma testemunha, segundo a Polícia Militar (PM), com ferimentos na cabeça. A casa fica no bairro Ci-dade Nova, mais precisamente na Rua Pau Brasil, nº16. De acordo com a PM, de “imediato, os militares socorre-ram a vítima até o Hospital Municipal, onde ficou cons-tatado o óbito”. Ainda segundo a PM, a testemunha L.A.S. disse que Alex ante de entrar em sua casa, já estava sendo perseguido pelos os autores do crime, que antes de atingi-lo, já tinha efetuados dois “disparos atingindo uma porta de aço”. Com base em informações a PM ficou sabendo quem era o possível autor. Na nota da PM só estão suas iniciais J.G.C. e que, em posse desse conhecimento, os policias realizaram a prisão do irmão do autor, T,J.C. que teria ajudado J.G.C. hora da fuga. A PM informa que o autor dos disparos ainda não foi lo-calizado, porém, as investigações continuam na tentati-va de localizá-lo.

Depois de escapar de dois disparos, homem morre dentro de residência em Unaí

Com uma camisa amarrada no rosto, trajando bermuda preta e camiseta vermelha, um indivíduo, no bairro Para-catuzinho, em Paracatu, adentrou um estabelecimento comercial e com uma arma em mãos, anunciou o assal-to. O proprietário do estabelecimento e outra vítima fo-ram obrigados a se deitar no chão, até quando, de acor-do com informações da Polícia Militar (PM), as vítimas foram obrigadas a entrar no banheiro. Logo após o assaltante foi até o caixa e furtou a quantia, segundo a PM, de R$ 300, um celular e mais a chave de um veículo. A PM não sabe o paradeiro do assaltante. As únicas infor-mações disponíveis na nota da instituição, é que o assal-tante saiu de “bicicleta sentido bairro Chapadinha”. A PM concluiu que “seguem em rastreamentos para identifica-rem e prenderem o assaltante”.

Assalto à mão armada leva R$ 300 de estabelecimento comercial em Paracatu

Assaltantes invadem casa e furtam objetos eletrônicos

Dois indivíduos inva-diram, pela porta da cozinha, a casa da ví-

tima E.P.A., no bairro San-ta Clara, em Unaí. Depois com uma faca, os invasores começaram a ameaçar a ví-tima com a faca em seu pes-coço. Em seguida, de acordo com informações da Polícia Militar (PM), os assaltantes obrigaram a vítima lhes en-tregarem diversos objetos como aparelhos eletrônicos.

Logo em seguida a PM

começou às buscas. Próxi-mo ao local do assalto a PM encontrou um dos assaltan-tes, e parte do material fur-tado. Segundo a PM, o ou-tro assaltante, percebendo a presença da PM, consegui fugir levando parte do ma-terial furtado.

Segundo os policias, o assaltante detido, informou que iria vender os objetos furtados para “consumir drogas”, afirma a nota da PM.

Page 16: Jornal Interessante - Edição 21 - Setembro de 2011 - Unaí-MG

Aos cinco anos de ida-de, Paloma Caldas Oliveira começou a

praticar caratê. Tudo co-meçou porque ela queria praticar algum esporte. Hoje, com apenas 13 anos, ela é campeã mundial de Artes Marciais, título ad-quirido ano passado, no Uruguai.

Paloma é a segunda, de três filhas de um casal, cujo pai é locutor de rádio e a mãe professora. De sua família, apenas um primo pratica caratê. E quando perguntado se já sofreu alguma discriminação por praticar um esporte de luta, ela afirma: “Pelo con-trário, conto com o apoio total dos meus amigos e da minha família. Eles são os meus maiores incen-

tivadores para eu nunca desistir”.

A atleta conta que sem-pre teve apoio em casa para treinar.

Quando foi para o Uru-guai disputar o Mundial, ela contou com o apoio de patrocinadores. Hoje, Paloma treina uma hora e meia por dia, e três vezes na semana. “Não vejo mui-ta dificuldade, pois tenho o apoio de minha família e dedico bastante nos trei-nos”, constata a atleta que hoje sobrevive com ajuda do patrocínio de uma co-operativa agropecuária de Paracatu.

O Mundial A problemática em

qualquer área esportiva corresponde à falta de

patrocínio e de apoio ao atleta. Como foi mencio-nado acima – com apenas 13 anos – Paloma Caldas Oliveira pode ser uma re-velação brasileira dentro do caratê. Devido a experi-ência que passou no Uru-guai, na disputa pelo Mun-dial, ela teve a condição de conhecer outras pessoas, outros atletas e entendeu que é necessário continu-ar, mesmo com todas as dificuldades.

A determinação sempre marca as pessoas, e com Paloma não foi diferente. No Mundial, ela enten-deu que quando queremos algo, deve ir buscar. “O que mais me marcou foi conhe-cer um homem com mais de 70 anos, mestre em cin-co tipos de artes marciais,

inclusive caratê. Eu o con-siderei um exemplo e devo procurar seguir”, afirma.

Condição física

O professor de artes marciais e graduado fai-xa preta (4º Dan) de cara-tê, Flávio Roberto Araújo da Silva, garante que não existe obstáculos dentro do esporte que não possam ser superados pela atleta Paloma Oliveira.

Para o treinador, o futu-ro de Paloma como atleta é garantido, porém ele desta-ca que “quanto antes focar os objetivos maiores serão as oportunidades”.

A pouca idade de Palo-ma realmente impressiona. Seu treinador acredita que o esporte pode ajudar a construir o futuro de uma

Paracatuense campeã mundial de artes marciais se prepara para disputar o Pan-Americano na ArgentinaCom apenas 13 anos, Paloma Caldas Oliveira objetiva por meio de suas habilidades na arte das lutas marciais conquistar o mundo mais uma vez

Esporte16 . Esporte . Setembro de 2011

Paloma Oliveira treina três vezes por semana; ela afirma que nunca sofreu preconceito por praticar luta marcial

pessoa, mesmo sabendo das dificuldades financei-ras, ele explica que existe um ponto mais importante a ser buscado por aqueles que querem ser campeões.

“Definir metas e priorida-des, estar de bem consigo mesmo; pois o sucesso no esporte depende antes do sucesso na vida pessoal”, afirma Silva.