jornal da física - física em foco - 2° edição
TRANSCRIPT
![Page 1: Jornal da física - Física em foco - 2° edição](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022051617/55a133611a28abeb508b456f/html5/thumbnails/1.jpg)
Novidades Novidades
Fique por Dentro Fique por Dentro -- Curtindo Física Quântica no IEMGCurtindo Física Quântica no IEMG
Acontece nas terças-feiras durante o período
de maio a julho, na sala Ambiente de Informá-tica, a oficina Curtindo Física Quântica no IEMG. Ministrada pelo bolsista Tiago Rodrigues, que conta com a colaboração/assistência do professor Alfonso Chíncaro e dos bolsistas Guilherme Nazareth e Ludilan Marzano, a oficina tem como público alvo principal os estudantes do 3º ano do ensino médio.
I E M G I E M G I E M G --- P I B I D FP I B I D FP I B I D F Í S I C AÍ S I C AÍ S I C A --- U F M G U F M G U F M G
24 DE JUNHO DE 2013 ANO: 001 - EDIÇÃO: 002 CONTATO: [email protected]
FFFÍSICAÍSICAÍSICA EMEMEM FFFOCOOCOOCO
NESTA EDIÇÃO: 002
Tirinhas de Física 2
Física e Cotidiano 3
Ciência e Tecnologia 3
Oh, Professor? Fala,
Aluno!
4
Físico desta Edição 4
Sugestão de Estudo 4
Atividades Astronô-micas na Serra do Rola Moça
5
Imagens da Física 6
Desafio para os Alu-
nos
7
Referência Bibliográ-fica
7
Colaboradores - Físi-ca em Foco - Ano: 001 - Edição: 002
7
O professor Tiago Rodrigues orientando duas estudantes do terceiro ano durante um dos encontros da oficina.
As atividades desenvolvidas se baseiam na caracterização e utilização de diversos componentes eletrônicos, cuja explica-ção encontra subsídio em modelos atô-micos, com distribuição eletrônica e níveis de energia (Física Quântica).
A oficina voltará a ser ofertada para uma nova turma no segundo semestre de 2013 . Participem!
Olá, estudantes! A primeira edição do jornal foi
um sucesso, vários jovens procuraram informar-se e curtiram. Já nesta segunda edição, uma nova seção será apresentada: trata-se da coluna Imagens da Física, que visa a exposição de imagens obtidas de fenô-menos físicos. O aluno interessado na publicação de alguma ima-gem sobre fenômenos físicos, por favor, envie-a p a r a o e - m a i l d o j o r n a l ([email protected]).
Desfrute das maravilhas da Física.
![Page 2: Jornal da física - Física em foco - 2° edição](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022051617/55a133611a28abeb508b456f/html5/thumbnails/2.jpg)
Tirinhas de FísicaTirinhas de Física
PÁGINA 2 FÍSICA EM FOCO
Ilustração: Vitória Armanelli (3° C)
![Page 3: Jornal da física - Física em foco - 2° edição](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022051617/55a133611a28abeb508b456f/html5/thumbnails/3.jpg)
Hoje ainda há isqueiros de pedra: na parte de cima possuem
um pequeno cilindro semelhante a um grafite de lapiseira. Girando uma peça na cabeça do isqueiro, essa pedra desgasta levemente e provocam-se fagulhas. As fagulhas incendeiam o gás e provocam a chama.
O princípio desse sistema é simples. Por atrito, o material de pedra se desfaz, liberando-se calor e transportando nos pe-quenos detritos que constituem as fagulhas. A energia mecâni-ca transforma-se em calor, gerando temperatura localmente muito altas, o suficiente para atear fogo ao combustível. Isso não passa da aplicação de uma descoberta dos homens primiti-vos, que criavam fogo pelo atrito brusco de duas pedras, habi-tualmente de sílex.
Hoje os isqueiros mais baratos usam este sistema. Os melhores, um meca-nismo misterioso. Simplesmente faze-mos pressão em uma peça até que, de repente, parece se vencer a resistên-cia de uma mola e ouvimos um estali-do. Nessa hora aparece uma pequena faísca na boca do isquei-ro que, como por magia, se acende. Sistema semelhante exis-te nos aquecedores a gás e na boca dos fogões de cozinha. O curioso é que este sistema parece funcionar indefinidamente, sem que seja necessário recarregá-lo. De onde vem esta mis-teriosa fonte de energia?
Este mistério é simples de solucionar: esta fonte de energia somos nós mesmos, que, com a pressão de nosso dedo, gera-mos energia mecânica que se transforma em energia elétrica e gera a faísca entre os dois terminais junto a fonte da chama.
ruído estranho por vibrar uma membra-na que oscila de acordo com a correte elétrica.
O aparelho ligado também envia e rece-be dados da central o tempo todo, mas de forma mais leve. O aumento da fre-quência delas se dá durante uma chama-da e envio de sms, principalmente quan-do o sinal da operadora estiver baixo, pois o celular terá que aumentar a po-tência da emissão de suas ondas. Ou seja: mais ruído incomodando.
Porque se o aparelho está perto de
receber uma chamada, ele envia e re-cebe ondas eletromagnéticas com mai-or potência. Com isto o celular envia várias informações para a estação-base, como: número do telefone, sua locali-zação e se o portador deseja completar sua ligação.
Estas ondas alcançam o circuito eletrô-nico da caixa de som, causando interfe-rências no alto-falante, fazendo aquele
Física e Cotidiano Física e Cotidiano -- Por que o Celular Interfere nas Caixinhas de Som?Por que o Celular Interfere nas Caixinhas de Som?
PÁGINA 3 ANO: 001 - EDIÇÃO: 002
Ciência e Tecnologia Ciência e Tecnologia -- Isqueiros de Quartzo!
O que já não é tão simples é esse processo de transforma-ção de energia. A humanidade levou muitos séculos para conseguir dominá-lo. Foram dois irmãos, Jacques e Pierre Curie (sendo este último o futuro marido da famosa Madame Curie) que, em 1880, descobriram um comportamento estranho dos cristais de quartzo e de outros de mesmo tipo (hemiédrico). Submetidos a pressão, esses cristais desen-volvem cargas elétricas de sinais contrários nos seus extre-mos — os elétrons se deslocam. Os irmão fizeram uma experiência colocando condutores elétricos nos cristais submetidos a esta pressão e conseguiram detectar uma corrente. Quando a pressão terminava e o cristal se dis-tendia, a corrente se invertia. Estava descoberto o que veio a se chamar de efeito piezelétrico.
Nos isqueiros, nos aquecedores a gás, nos fogões e em muitos outros objetos do dia-a-dia, a descoberta dos ir-mãos Curie transformou-se em um fato corriqueiro: o nosso dedo faz disparar uma mola que comprime brusca-mente um minúsculo cristal de quartzo; nesse momento
gera-se uma cor-rente elétrica que dispara uma faísca e acende o gás.
Se não reparou, comece a reparar. Vai se sentir um adivinho quando alguém ligar!
Isqueiro de pedra
Um disco piezelétrico (quartzo por exemplo) gera uma voltagem quando deformado.
![Page 4: Jornal da física - Física em foco - 2° edição](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022051617/55a133611a28abeb508b456f/html5/thumbnails/4.jpg)
Por que os pássaros (pardal, por exemplo) não tomam choque quando pousam em al-gum fio de alta tensão?
Oh, menino, saiba que um choque elétrico re-quer uma diferença de potencial – uma volta-gem – entre uma parte de seu corpo e outra? A maior parte da corrente passará pelo caminho de resistência mínima que conecta esses dois pontos. Suponha que você cai de uma ponte e, para deter a queda, trata de agarrar um dos fios de uma linha de transmissão de alta voltagem. Enquanto não tocar nada além dele, você não receberá choque algum. Mesmo que o potencial do fio esteja milhares de volts mais elevado que o do solo, e mesmo se você segurá-lo com as duas mãos, não haverá fluxo considerável de carga de uma mão para a outra.
O Youtube possui um monte de atrativos que auxiliam no estudo da Física. O youtuber Amadeu é o dono do canal Mago
da Física, sendo responsável pela apresentação e discussão de vários experimentos interessantes da Física.
O link do canal é descrito abaixo:
http://www.youtube.com/user/amadeu1000?feature=watch Vá até lá e veja interessantes vídeos de fenômenos surpreendentes que a Física contempla.
Oh, Professor? Fala, Aluno !Oh, Professor? Fala, Aluno !
Sugestão de Estudo Sugestão de Estudo
Físico desta Edição Físico desta Edição
PÁGINA 4 FÍSICA EM FOCO
FALA ALUNO ! QUAL A SUA PERGUNTA ?
Johannes Kepler
de seu livro Astronomia Nova, no ano de 1609, quando ele já se encon-trava trabalhando em Praga. Somente 10 anos mais tarde é que ele pu-blicou sua 3° lei, no li-vro De Harmonice Mundi, editado em 1619.
Grande astrônomo
alemão, publicou sua primeira obra Myste-rium Cosmographicum em 1596, em que se manifesta adepto das ideias heliocêntricas de Copérnico. Suas duas primeiras leis sobre o movimento dos plane-tas foram divulgadas através das publicação
Modelo do sistema solar de Kepler.
A razão é que não há uma diferença de po-tencial elétrico significativa entre suas mãos. Se, no entanto, você colocar uma das mãos no outro fio da linha de transmissão, que está a um potencial diferente... Zap! (Receberá o choque.)
Então, os pássaros pousados em fios de alta tensão, cada parte de seu corpo está no mesmo potencial alto, de modo que não sofrem efeitos nocivos.
Imagem do pás-saro Pardal.
![Page 5: Jornal da física - Física em foco - 2° edição](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022051617/55a133611a28abeb508b456f/html5/thumbnails/5.jpg)
Um entusiasmado grupo de estudantes do primeiro ano do
IEMG participou no dia 18 de Maio de uma visita monitorada ao Parque Estadual da Serra do Rola Moça, para realizar algu-mas atividades astronômicas. Coordenados pelos professores Alfonso Chíncaro e Daniela Freitas, além dos bolsistas do PI-BID-Física Leonardo Caetano, Ludilan Marzano e Tiago Rodri-gues, as atividades desenvolvidas abrangeram uma palestra se-guida de observações noturnas a olho nu e com um telescópio.
Atividades Astronômicas na Serra do Rola MoçaAtividades Astronômicas na Serra do Rola Moça
As observações astronômicas foram realizadas na plataforma Francisco Prado (homenagem merecida a um professor que é nossa principal referência de ensino de astronomia em BH). Durante as observações noturnas acompanhamos, a olho nu, a passagem de dois satélites artificiais, e com auxílio de um teles-cópio foi possível ver as crateras da Lua na sua fase crescente, além do planeta gasoso Saturno.
PÁGINA 5 ANO: 001 - EDIÇÃO: 002
Portal do centro administrativo do Parque Estadual da Serra do Rola Moça.
Os professores Leonardo Caetano, Daniela Freitas e Tia-go Rodrigues em conversa com os estudantes pouco antes da palestra.
As atividades astronômicas realizadas no Parque são orga-nizadas e coordenadas pelo professor Leonardo Marques Soares, que durante sua palestra destacou a influência da poluição luminosa nas observações noturnas e sobre o registro de astrofotografias. Além de um breve relato do histórico do Projeto Astronomia na Serra do Rola Moça, que acontece uma vez por mês durante a período de abril a outubro.
Após a palestra, os estudantes do IEMG se encontram na entra-da do centro administrativo do Parque, para se dirigirem à plataforma de observações astronômicas.
No auditório do centro administrativo, os estudantes aguarda-vam pela palestra do professor Leonardo Marques.
A visita ao parque faz parte de um conjunto de ações de-senvolvidas pela equipe do PIBID-Física-IEMG, que den-tre elas pretende ofertar um tema altamente interdiscipli-nar e motivador que é a astronomia.
Fica nossa dica, conheça o projeto de astronomia desen-volvido no parque do Rola Moça, pois é uma ótima opor-tunidade de aprendizado de observações do céu noturno, além de trabalhar com educação ambiental.
![Page 6: Jornal da física - Física em foco - 2° edição](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022051617/55a133611a28abeb508b456f/html5/thumbnails/6.jpg)
Imagens da Física Imagens da Física
PÁGINA 6 FÍSICA EM FOCO
Imagem da colisão do martelo contra a garrafa de vidro obtida por slow motion (Fonte: http://www.photosfan.com).
Imagem da galáxia M82, o arquétipo da galáxia Starburst (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gal%C3%A1xia).
![Page 7: Jornal da física - Física em foco - 2° edição](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022051617/55a133611a28abeb508b456f/html5/thumbnails/7.jpg)
Edição anterior deixamos o seguinte desafio para que você leitor participasse:
Porque os carros de corrida usam pneus carecas enquanto os carros de rua são proibidos de circular assim?
A resposta para pergunta acima, é que os pneus lisos possuem maior aderência em virtude da maior área de contato com o solo. Mas só podem ser usados em pisos secos, por causa do fenômeno de aquaplanagem (hidroplanagem), que é a formação de uma camada de água entre o pneu e a pista. Essa camada de água diminui o atrito e deixa o veículo desgovernado.
Já nos pneus comuns, tal camada é cortada pelos sulcos, por onde a água escorre. Caso a corrida aconteça com chuva, os carros de corrida também usarão pneus com sulcos. E ninguém vai encostar o carro de rua e trocar os quatro pneus quan-do começar a chover.
Para a próxima edição:
Como podemos desamassar uma bolinha de pingue-pongue?
Os alunos interessados em responder a pergunta deverão enviar a reposta para o e-mail do jornal ([email protected]).
Desafio para os Alunos Desafio para os Alunos
Referência BibliográficaReferência Bibliográfica Seção: Físico desta Edição
MÁXIMO, Antonio; ALVARENGA, Beatriz. Física Ensino Médio: Volume 1. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2009. 376 p.
Seção: Física e Cotidiano
GRANDES CURIOSIDADES. Por que o celular interfere nas caixas de som do computador? Disponível em: <http://www.grandescuriosidades.com/2013/04/por-que-o-celular-interfere-nas-caixas.html>. Acesso em: 8 de junho de 2013.
Seção: Oh, Professor? Fala Aluno!
HEWITT, Paul. Física Conceitual. 9.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. 685 p.
Seção: Ciência e Tecnologia
CRATO, Nuno. Passeio Aleatório pela Ciência do Dia a Dia. 1.ed. São Paulo: Livraria da Física, 2009. 152 p.
Física em Foco Física em Foco -- Ano: 001 Ano: 001 -- Edição: 002Edição: 002 Equipe Física em Foco:
Diretor Administrativo: Alfonso Chíncaro
Diretor de Redação: Leonardo Caetano
Diretor de Circulação: Guilherme Nazareth
Redação: Alfonso Chíncaro Bernuy, Breno Pinheiro, Guilherme Nazareth, Leonardo Caetano, Ludilan Marzano e Tiago Rodrigues.
Revisão: Breno Pinheiro
PIBID - Física - IEMG - UFMG:
Coordenador PIBID-Física: Orlando Aguiar
Professores: Alfonso Chíncaro, Daniela Freitas,
Tiago Rodrigues, Guilherme Nazareth, Ludilan Marzano, Leonardo Caetano e Breno Pinheiro
Diretor: Orivaldo Diogo
Vice-diretores: Silvana Gonçalves e Alexandra Morais
Supervisores: Ângela Machado, Norma Lúcia e Maria Cristina
Aquaplanagem é o terror dos veículos em dias de chuva.
Imagem de vários tipos de
pneus.
PÁGINA 7 ANO: 001 - EDIÇÃO: 002