jornal da cabeça ed. 2
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Jornal da Cabeça segunda edição!!!TRANSCRIPT
WWW.Jornal Cabeca.com Desde 2011 – nº 07 – setembro / 2013 - Tiragem desta edição: 1 mil exemplares DRT – MG – JP – 10. 877 – [email protected] 31- 8710-6270
Andar pelos caminhos dos
fortes é necessário coragem;
gratidão; estratégias e
reinvenções permanentes;
para não cairmos nas curvas
sinuosas de um tempo de
homens massificados; onde o
vazio dos aplausos são
efêmeros. Nesta edição serão
homenageados alguns dos artistas-guerreiros, empreendedores, que fazem
acontecer mesmo que anonimamente nas suas comunidades. Desconhecidos
pela grande mídia, sem medir esforços, realizam com grandeza, seus
projetos alternativos, vivos e pulsantes, amparados pela cumplicidade de
poucas pessoas sensíveis à causa nobre; fundamentada com dignidade e
autenticidade. O direito de produzir no universo é de todos, principalmente
porque a vida no planeta é breve e o tempo não pára e a esperança de
conquistas não mais espera.
Apresentar para o grande público esses guerreiros é mostrar que o regional
está conectado no todo universal – como também incentivá-los a continuar
nas suas comunidades, edificando suas artes de tecer e entretecer valores,
há muito esquecidos, muita das vezes, passam despercebidos pela maioria
que vai atrás na procissão. Os artistas-guerreiros sobreviventes dessas
tempestades, emolduram com encanto, no mapa das nossas mentes,
histórias presentes de momentos únicos. Esses artistas-guerreiros
certamente serão lembrados com amor, de quem viveu o exercício pungente
para cumprir a sua missão com êxito. Trago a convicção, de que após a
leitura desta edição, todos seremos gratos aos falcões polivalentes nas suas
atitudes de fazer acontecer.
Euclides Experimenta, editor.
Personalidades O casal Jane e kidão ( Contadora e Sec. de finanças da pref. de Águas Formosas, Comemoração das crianças e educadores – dia 7 de setembro – 2013 numa demonstração de que o amor continua lindo. na quadra de esportes de Santa Helena de Minas.
Envelhecer sem Ficar Velho A modernidade
chegou, e com ela veio novas
formas de cuidar da saúde. O novo
conceito de “envelhecer sem ficar
velho’, passa obrigatoriamente
pelo consumo de alimentos
naturais, e o bom uso da água;
seja para beber seja para o banho, seja para outros afazeres do dia a dia. O
renomado cientista Dr. Lair Ribeiro, diz que células cancerígenas não se
desenvolvem em ambiente alcalino, buscando os ambientes ácidos. Para se
conhecer a melhor água basta observar no rótulo o ph. Assim cresce a
importância do uso da água mineral. Quanto mais alto o ph melhor é a água
– pois a referência é o ph do sangue próximo de 7,5. Segundo Ribeiro essa
relação com o ph do sangue facilita o processo de metabolismo do sangue
próximo de 7,5. O mestre Ribeiro recomenda ainda a necessidade de todos
tomar banhos de sol pelo menos uma hora por dia; já que o sol nos fortalece
com a vitamina D – essencial no combate ao câncer.
PiVi Imantador de Caixa d`Água A água antes de aplicação no campo magnético apresenta-se
com moléculas desordenadas. Após imantada passa por uma mudança
positiva na polaridade das moléculas, organizando suas partículas. PIVI é
um produto natural revolucionário que transforma seu banho em fonte de
saúde. Após adicionado na caixa d`água (com infra-vermelho e imã),
reernegiza até 160 mil litros de água em apenas 15 minutos. Comprovado
cientificamente são vários os seus benefícios; diminui
coceiras e manchas; caspas e seborréia; melhora a pressão arterial; traz
energia sexual; combate as dores musculares; hidrata e ajuda no
crescimento do cabelo; controla asma; normaliza PSA. Distribuidor
autorizado do PIVI em BH / 31- 3037-5073 / 9211-7410 / 8314 - 6869
Sobre a Ganância dos Homens (Euclides Experimenta )
Na busca da mais insidiosa descoberta, homens gananciosos jogam o jogo da profanação; putrefação dos corpos; tesão promíscua; estrupação maldita nas profundezas das terras benditas – algum lugar de mistérios descobertos, lá onde brilham as pedras preciosas...
E essas várias dragas - uma droga – impiedosas, Juntam-se fazendo estrupícios desse peso marginal da consciência matando a seiva da terra e a vida da floresta. E o menino ousa perguntar ao homem corrompido: - devemos compadecer da floresta ou o ato de viver livre
perdeu o seu verdadeiro sentido ?
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(Crônica ) Nem Tudo está Perdido ( Juvenal Cangussu – Fronteira dos vales - MG )
Acabei de
colocar meu lixo no vasilhame da coleta e na volta parei para observar a
quantidade de sacola plástica nas mãos das pessoas que passavam pela
minha rua. Em seguida vim direto para o computador, intrigado com a
questão do lixo. Eu havia encontrado a matéria-prima para a crônica da
semana. De tempos em tempos, de geração em geração a humanidade vai
descobrindo coisas, inventando modas e deixando marcas. Algumas, de
certa forma, positivas, outras nem tanto. A Revolução Industrial foi um elo
importante na história da humanidade e nos trouxe grandes benefícios,
que somados ao poder da propaganda, acabou gerando o consumismo (o
grande vilão do século) que por sua vez, está gerando o lixo como seu
herdeiro. A urbanização adotou o lixo como o protagonista da nova
geração. É uma das palavras mais pronunciadas no dia-a-dia do homem
moderno. Ele está em todas as camadas: desde o mais fedorento lixão a
céu aberto ou nos aterros sanitários, até a mais sofisticada usina de
reciclagem. Está no dia-a-dia dos catadores que até já estão recebendo
diploma por conta dessa nova profissão, conquistando renda e cidadania.
Casas inteiras são construídas e mobiliadas. Artistas e artesãos
transformando em obra de arte aquilo que já foi descartado. Ele surge
naturalmente no seio do nosso lar, ou seja: na mesa, no fogão, no banheiro,
no escritório, na sala de aula. É o que sobrou do nosso prazer de comer,
beber, divertir consumir, viver. Tem conotação de coisa nojenta, mas,
sendo bem conduzido representa o equilíbrio ecológico, o
desenvolvimento sustentável e a preservação do nosso planeta. Hoje, a
maioria dos alunos na fase introdutória do ensino fundamental sabe que
uma garrafa pet na natureza não se decompõe com menos de
quatrocentos anos. O lixo é melindroso e exigente. Ou cuidamos bem dele
ou ele nos dá o troco mais cedo ou mais tarde. Ou damos a ele o destino
correto ou acabamos nos afogando nele. Não é a toa que as grandes
cidades já sofrem com as enchentes que nada mais é do que o resultado da
urbanização desordenada. Resumindo: esgoto entupido. Já ouvi alguém
dizer que a sacolinha plástica representa a bomba da terceira guerra
mundial. Pensando bem, da próxima vez que for ao supermercado vou
levar a minha vasilha de casa.
.
(Entrevista) Elias José da Costa: um pica dura a serviço da comunidade
No canto de mapa (em Santa Helena de Minas, lá onde os índios
Maxakali faz a sua morada), vive Elias José da Costa (37)casado, pai de uma
filha adolescente de (15 anos), na fronteira com o extremo sul da Bahia.
Opção que lhe permite compartilhar os seus talentos; dentre eles, o de jogar
capoeira. Diferente dos jovens líderes falcões excepcionais do famoso livro do
jornalista Eduardo Lira – cuja veia genial composta de 14 histórias de
vencedores; constituem
entre si uma verve
importante e imponente,
exceções à parte, prevalece
o sentimento que todos
podemos. – Esse líder, aqui
denominado de pica dura:
sem fama, sem farra, faz
nascer e florescer a
prosperidade que se
dá sem alarde, mas
que constrói na vida
dos homens comuns
desta bucólica e
pequena cidadezinha
uma cooperação que marca e enaltece a vida deste povo. Elias é polêmico,
inteligente. Muitas vezes atencioso, carismático, outras indiferente a
quaisquer conversa. Ora ensina, ora excomunga à todos. Uma figura humana
controvertida, que cria sentimentos vários; de muito dó, ou de inveja de seus
próprios malabarismos de ator protagonista de um filme que passa a
constituir a realidade vívida e contundente que lhe é peculiar. Entrevistado
pelo JC, assim se posicionou a respeito do seu trabalho, muitas vezes, sem o
devido reconhecimento das pessoas do lugar.
1- O que representa a Capoeira na sua vida?
A capoeira é o ar que eu respiro. O meu alimento preferido. O meu lugar onde posso contribuir para os jovens a não consumir drogas.
2 -Quando iniciou a jogar capoeira?
Em princípio com 11 anos em Santa Helena de Minas. Posteriormente em São Paulo, onde aprendi mais em escolas e com amigos, em espaços de roda de capoeira à partir do ano de 1988.
3- Fale um pouca da história da capoeira? A capoeira é uma brincadeira dos negros do velho continente africano, trazida para o Brasil juntamente com os regimes escravocatas; com o passar do tempo, foi ganhando força; como também muito usada no período colonial. Os negros se escondiam nas matas para se defender dos senhores feudais. Essa dança chegou a ser proibida. Uma figura importante para o desenvolvimento da capoeira no Brasil foi o mestre Bumba no ano de 1932 (na Bahia ) – desenvolveu uma técnica nova chamada angola, cuja arte era referendada num formato de dança medieval. O mestre Bumba lançou um desafio matando um lutador de boxe. Assim a capoeira passou a ser usada nos treinamentos do Exército brasileiro.
4- Quantos alunos frequentam a oficina? Quando iniciamos, eu e o professor John Klener trabalhávamos com 76 pessoas. Hoje contamos com cerca de 35 pessoas, já que para a prática da capoeira é necessário vocação, disposição e treinamento.
5- Quais as técnicas usadas para desenvolver o trabalho? O berimbau que possui som especial. Tambores. Os cantos tradicionais. As palmas para marcar o ritmo e incentivar a dança e a própria dance music.
6 – Quais os grupos mais importantes que o Sr. Conhece e que contribuiu na sua formação de mestre? Os grupos que estão na memória são Axé (São Paulo) Abadá (BH) e Ginga arte que possui 48 academias em vários países na América latina). As oficinas são gratuitas e funcionam no Sindicato rural dos trabalhadores às 2ªs quartas e sextas- feiras das 18:00 hs às 20 hs. Tel: 33- 8889-5956 [email protected]
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O Mundo perdeu Marku Ribas, e agora ?
Li tempestivamente, no jornal O
Tempo, matéria no canto de página,
anunciando o falecimento de Marku
Ribas, em 06/02/13. Não, não me
causou espanto, pois já era previsível
à todos os militantes da boa música,
que Marku estava doente com câncer
no pulmão – pois (ele) já havia
postado na internet pedindo aos
amigos, orasse para ele. Absurdamente, fiquei estupefato já que a maioria
da imprensa brasileira, não deu destaque merecido a um dos maiores gênios
das artes universais. Já é de praxe as atitudes de anonimato com as quais a
imprensa brasileira trata os seus ídolos mais versáteis e cosmopolitas. – um
atentado contra a dignidade humana, contra a evolução do homem na
Terra. Compreendo todavia a situação; sei, contudo, que a omissão não
acontece por má-fé. Mas por abulia – isso mesmo – doença inevitável que
contamina as veias dos veículos de comunicação de massa – escondendo
sempre tudo aquilo que é culturalmente bom e destacando a exacerbação
diária, a cultura do populacho ... Para essas empresas o que mais importa é
o lucro fácil; a propaganda comercial dos produtos industrializados,
enriquecendo os empresários sem escrúpulos. Para tal fim é
necessário possuir grande audiência com destaque no ibope.
Quanto mais consumidores de programas de baixo nível mais
investimentos e consequentemente mais lucro. Assim, o destaque
para as artes da banalidade; sabotada a originalidade de quem
produz arte com diversidade. Haja vista ver-se os brasileiros com
os velhos hábitos da educação tradicional; treinados tão-somente
para ouvir e falar. Acoplada na alma uma cultura da oralidade
trazida pelos colonizadores portugueses, persistindo até o
presente . Ocupam o espaço privilegiado das grandes mídias;
mortificando à todos todos os dias. Maqueiam editorias
“maquiavelicamente”, maquinam estupidamente a liberdade,
soterrando os grandes artistas à marginalidade, esquartejando-os do
conhecimento do grande público – enfatizando cotidianamente as
cantilenas enfadonhas, dirigidas ao grande público de miolo mole; sandice
advinda da alienação, repetitiva e sensacionalista. Promovendo do axé,
dance music ao sertanejo; das cantigas de “dor de cotovelo”, aos estilos
prosaico-atoleimados; a falação jocosa; tentando atrofiar os outros estilos
vigorosos e harmoniosos ao ostracismo. Artistas tão importantes na
formação sócio-cultural, lúdico educativas do mundo, que deveriam estar no
ápice dos horários nobres. Vai aí o meu descontentamento; pois já nasceram
frustrados os protestos de milhões de brasileiros reclamantes dos políticos
que eles próprios elegeram, ou ficaram indiferentes nas eleições. Neste país
continental, grande e bobo; espoliado pelas políticas públicas, que roubam e
convenientemente só ofertam ao povo carente esmolas para os humilhar e
tornar-lhes subservientes... Não por acaso passou despercebida a “mudança
de Ribas’ e de tantos outros artistas anônimos, aqui denominados “picas
duras”. Como se a importância desse gênio fosse menor. Aos que conhecem
ou desconhecem o trabalho incontestável deste artista plural; ao qual
seremos sempre gratos pela contribuição formidável que trouxe ao nosso
planeta, vai um aviso: o câncer que dizimou o pulmão de Ribas, não é menor
que o câncer da carência da nossa educação de base, uma deficiência
estapafúrdia que a maioria dos pais , educadores e poder público veem mas
não enxergam; ouve mas não escuta, e toda vida sublime da criação
emoldurada pelos nossos gênios passa-se quase despercebida por essa mídia
catastrófica e pouco instrutiva, blasfemando quase todos os dias em nossos
ouvidos; poluída e desnaturada com tanto lixo que prolifera e matam os
sentimentos mais nobres. Ribas é inominável. Sua vida, sua história, merece
milhares de cantigas e livros e homenagens e resenhas e artigos –
especialmente um filme, para engravidar todas as mentes e os corações,
como fazia ribas nos seus espetáculos musicais e teatrais. Destaco aqui a
intuição aguçada deste gênio. Viveu sessenta e cinco anos, e cumpriu a sua
missão; ganhou exatos cinco anos de bonificação; o que foi perfeitamente
combinado com o além; fez o que podia ter sido feito e voou alto como os
falcões, e brilhou como a constelação do cruzeiro do sul; pisou no terreno
arenoso, mas soube solidificar e construir com maestria e luxo.
Polivalente poeta de todas as artes. Ribas sabia interpretar a
natureza humana; utópico de todos os sonhos, criava e cantava com
devoção; possuía uma verve comunicativa que o colocava numa
dimensão superior aos homens comuns. Certamente a cantora Júlia
ribas, sua filha, perpetuará a magia e os encantos da sua arte – pois
sem ela, a sua vida certamente não teria verdadeiro
sentido.Transcrevo aqui emocionado trecho de artigo de Vittorio
Medioli, da sua coluna do jornal Super que pode ilustrar bem o
silêncio pecaminoso da imprensa brasileira: a palavra – é preciso
lembrar – é um ato de criação, uma magia. Faz surgir, do nada,
objetos, sentimentos, circunstâncias. Gera a imagem que não foi
preciso presenciar-se. Estimula a descer mais fundo na interpretação, a
roubar os segredos dos anjos; as maldades dos diabos. A palavra certa, no
momento certo, pode iluminar o caminho. Abrir a porta de um ambiente
sublime. Pode também entristecer, aterrorizar, levar à morte... (---)
transcorridos 320 anos, se o tradutor de Elizabeth II reencarnasse no Brasil,
teria que dedicar a traduzir o silêncio dos culpados ‘daqueles que , do trono,
falam quase todos os dias. Falam sem parar, falam por medo de ter que
escutar. Sinceramente, acho que o melhor jeito de homenagear Ribas é
escutar as suas canções e ver as suas performances fascinantes – tenho
certeza, onde estiver, ficará felicíssimo por saber que a sua passagem na
terra não foi em vão. www.facebookmarkuribas.com/markuribas
Diálogo de Todo Dia (Carlos Drummond de Andrade)
Alô, quem fala? - Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala - Mas eu preciso saber com quem estou falando. - Mas eu queria saber antes a quem estou respondendo. - Assim não dá .Me faz o obséquio de dizer quem fala? - Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo. - Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho. - Ah, sim. No aparelho não está ninguém. - Como não está, se você está me respondendo. - Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém. - Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho. - Agora melhorou. Estou eu para servi-lo. - Não parece. Se fosse para servir já teria dito quem está falando. - Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro. - Se eu conhecesse não estava perguntando. - Você é muito perguntador. Pois se fui eu que telefonei. - Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.
- Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou? - Estou respondendo. - Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala? - Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar essa informação a um desconhecido? - Bolas!
- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar? ... Silêncio. - Vamos, diga: com quem deseja falar? - Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Tchau!
Tropeiros Bar 31 -8919 – 4297 / 9963 – 1533 Ricardo Belo Horizonte nos bairros Santa Cruz e 1º de Maio
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