jesus é deus cr brasil

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1 JESUS É DEUS (Evidências que confirmam a Divindade de Jesus) Muitas pessoas se confundem a respeito de quem é Jesus Cristo. É bem comum que alguns o apontem como um profeta, um mártir, um revolucionário, porém, a Bíblia diz muito mais a respeito de Jesus! Diz que Ele é Deus! O objetivo desse artigo é demonstrar na simples exposição da Bíblia Sagrada, as evidências claras a respeito da veracidade da divindade de Cristo. Não tenho a intenção de fazer uma exposição exaustiva do assunto, mas, de forma simplificada, demonstrar que Jesus Cristo é sim Deus de acordo com a Bíblia Sagrada. Jesus Cristo é Deus? É interessante notar que no Antigo Testamento, escrito centenas de anos antes do nascimento de Cristo, temos algumas fortes pistas que nos apontam para a divindade de Jesus. Vejamos alguns textos: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.” (Daniel 7.13). Vemos que esse ser (O Filho do Homem) tinha características que não se enquadram em um mortal e nem mesmo em um ser celestial. São características que cabem apenas e exatamente ao próprio Deus. Obeserve: “Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.” (Daniel 7.14). O mais interessante é que o título “Filho do Homem” era o preferido de Jesus. Foi registrado 29 vezes em Mateus, 13 vezes em Marcos, 26 vezes em Lucas e 12 vezes em João. É bem clara a ligação de Jesus Cristo com o Filho do Homem visto por Daniel. Uma prova clara de sua divindade já no Antigo Testamento! Um dos textos proféticos mais falados acerca da vinda do Messias é Miqueias 5.2. Nesse texto vemos uma marcação do local de nascimento do Salvador, mas não apenas isto: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miqueias 5.2). Vemos aqui, claramente, que o Messias é alguém que “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Isso mostra com clareza que esse Messias só pode ser Deus! A quem mais poderia se enquadrar essa descrição, já que o texto trata exatamente sobre o nascimento do Messias? O texto de Isaías 9.6 esbanja ainda mais clareza, mostrando claramente que o Messias é Deus: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Os nomes do Messias esclarecem muito sobre ele! Uma de suas designações é “Deus forte”. Outra é “Pai da Eternidade”. Quem poderia ser o Pai da Eternidade e o Deus forte? Somente Deus! Então, como o texto descreve o Messias, logo, esse Messias é Deus! Esses são apenas alguns textos que confirmam já no Antigo Testamento a divindade do Messias, muitos anos antes de sua vinda. No Novo Testamento vemos ainda mais clareza, pois o próprio Jesus Cristo se identifica como sendo o Messias prometido no Antigo Testamento, atestando tudo que se profetizou Dele no passado, inclusive Sua divindade: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que

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JESUS É DEUS (Evidências que confirmam a Divindade de Jesus)

Muitas pessoas se confundem a respeito de quem é Jesus Cristo. É bem comum que

alguns o apontem como um profeta, um mártir, um revolucionário, porém, a Bíblia diz muito

mais a respeito de Jesus! Diz que Ele é Deus! O objetivo desse artigo é demonstrar na simples

exposição da Bíblia Sagrada, as evidências claras a respeito da veracidade da divindade de

Cristo. Não tenho a intenção de fazer uma exposição exaustiva do assunto, mas, de forma

simplificada, demonstrar que Jesus Cristo é sim Deus de acordo com a Bíblia Sagrada.

Jesus Cristo é Deus?

É interessante notar que no Antigo Testamento, escrito centenas de anos antes do

nascimento de Cristo, temos algumas fortes pistas que nos apontam para a divindade de Jesus.

Vejamos alguns textos:

“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu

um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.”

(Daniel 7.13). Vemos que esse ser (O Filho do Homem) tinha características que não se

enquadram em um mortal e nem mesmo em um ser celestial. São características que cabem

apenas e exatamente ao próprio Deus. Obeserve: “Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino,

para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio

eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.” (Daniel 7.14). O mais

interessante é que o título “Filho do Homem” era o preferido de Jesus. Foi registrado 29

vezes em Mateus, 13 vezes em Marcos, 26 vezes em Lucas e 12 vezes em João. É bem clara

a ligação de Jesus Cristo com o Filho do Homem visto por Daniel. Uma prova clara de sua

divindade já no Antigo Testamento!

Um dos textos proféticos mais falados acerca da vinda do Messias é Miqueias 5.2.

Nesse texto vemos uma marcação do local de nascimento do Salvador, mas não apenas isto:

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que

governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”

(Miqueias 5.2). Vemos aqui, claramente, que o Messias é alguém que “cujas saídas são desde

os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Isso mostra com clareza que esse Messias só

pode ser Deus! A quem mais poderia se enquadrar essa descrição, já que o texto trata

exatamente sobre o nascimento do Messias?

O texto de Isaías 9.6 esbanja ainda mais clareza, mostrando claramente que o Messias

é Deus: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus

ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,

Príncipe da Paz”. Os nomes do Messias esclarecem muito sobre ele! Uma de suas designações

é “Deus forte”. Outra é “Pai da Eternidade”. Quem poderia ser o Pai da Eternidade e o Deus

forte? Somente Deus! Então, como o texto descreve o Messias, logo, esse Messias é Deus!

Esses são apenas alguns textos que confirmam já no Antigo Testamento a divindade

do Messias, muitos anos antes de sua vinda.

No Novo Testamento vemos ainda mais clareza, pois o próprio Jesus Cristo se

identifica como sendo o Messias prometido no Antigo Testamento, atestando tudo que se

profetizou Dele no passado, inclusive Sua divindade: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis

que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então,

Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que

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2

to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16.15-17). Se Jesus não fosse o

Messias (Cristo em grego) teria corrigido Pedro de imediato. Porém, pelo contrário, confirmou

a palavra dita por Pedro e deu autoridade a ela como uma palavra vinda do próprio Deus.

Quando Jesus aparece a Tomé e critica a incredulidade do mesmo, vemos que Tomé

faz uma declaração única: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (João 20.28).

Alguns debatem que essa expressão tenha sido apenas uma expressão de espanto de Tomé

[Como nós dizemos, por exemplo: “Meu Deus”], mas, o texto bíblico mostra que Tomé se

dirigiu diretamente A Jesus! Na cultura judaica não se brincava com Deus através de

expressões de espanto! Tomé declarou a realidade. Prova disso é que Cristo não o censurou

(o que provavelmente faria caso Tomé fosse leviano ou blasfemo em suas palavras).

Na descrição do Apóstolo João a respeito de Jesus Cristo, ele diz claramente que Jesus

é Deus! “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele

estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele,

nada do que foi feito se fez.” (João 1.1-3). Esse “Verbo” descrito no texto é Jesus Cristo.

Observe que o texto o coloca na posição de Deus, como Criador. Além disso, João diz

claramente que o “o Verbo era Deus”, evidência clara do apontamento da divindade de Jesus

Cristo.

Um outro texto que lança ainda mais luz sobre essa questão é At 20.28: “Atendei por

vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para

pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”. Quem

comprou a igreja com o próprio sangue? Jesus Cristo, que o derramou na cruz! Ele é chamado

de Deus neste verso. E a igreja é colocada como sendo Dele. Claramente Jesus é indicado

como Deus.

(01) Jesus Cristo é Deus e, por isso, é o Criador e sustentador de

todas as coisas:

“Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as

invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado

por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.” (Colossenses

1.16 -17)

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava

no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito

se fez.... Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.” (João

1:1-3,10)

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais,

pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de

tudo, por quem fez também o mundo.” ( Hebreus 1:1,2)

1Todos estes textos e muitos outros concordam que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o

Criador de todas as coisas.

Podemos então declarar:

1 http://cplenitude.blogspot.com.br/2010/09/jesus-cristo-o-criador-do-mundo.html

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(1º) Que todas as coisas foram feitas por Ele

Jesus Cristo foi quem colocou a mão na massa. Ele é o Criador Supremo de

todas as coisas. Quem formou os céus, a terra e tudo o que neles há foi a pessoa de Jesus

Cristo. Com o poder da Sua palavra todas as coisas vieram a existir.

O Deus relatado em Gênesis 1 e 2 é a pessoa de Jesus Cristo: “No princípio

criou Deus os céus e a terra” – Jesus não é Deus? Claro que sim! No princípio Jesus criou os

céus e a terra. TODAS AS COISAS FORAM FEITAS POR JESUS!!!

(2º) Todas as coisas foram criadas Nele

Quando a palavra nos revela que tudo foi criado Nele isto mostra a infinitude

de Deus. Em Jeremias 23:24 está escrito: “Não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor”. Isto

mostra a infinitude de Deus.

Em todas as coisas podemos ver Deus: Na amplitude da natureza, nos inúmeros

tipos de animais, na complexidade do corpo humano: Tudo o que existe nos céus e na terra

são extremamente detalhados e ímpar: Tudo isso existe dentro de Deus; a criação é fruto do

interior do seu Criador: Isto é infinitude.

Deus não cabe dentro da Sua criação, mas a Sua criação é finita dentro da Sua

infinitude. Em I Reis 8:27 está escrito: “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que

os céus, até o céu dos céus, te não poderiam conter...”.

Deus é antes de tudo, e tudo existe dentro de Deus.

O universo, cientificamente, é considerado infinito. A ciência tenta a cada dia

desvendar os mistérios do universo, mas a cada tentativa, se distanciam cada vez mais da

verdade, pois não podem compreender a riqueza e a infinitude que existe no universo.

Mesmo o universo sendo “infinito”, é fruto da Sabedoria de Deus, ou seja, a

infinitude do universo é limitada e insignificante diante da infinitude de Deus.

Tudo foi criado dentro de Deus. O universo não contém a Deus: Deus é quem

contém o universo. Deus não está no mundo: o mundo está em Deus. Deus abrange todas as

coisas. Tudo foi criado em Deus.

(3º) Todas as coisas subsistem por Ele

A palavra subsistir é o mesmo que continuam a existir: “Todas as coisas

continuam a existir por Ele”. Morrem pessoas, nascem pessoas; morrem animais e nascem

animais; todos os dias nascem e morrem flores. E as estrelas? Como elas se mantêm fixas no

Firmamento? Como que a Terra gira em torno do Sol, todos os dias, no mesmo período de 24

horas/dia, sem atraso algum?

Nada para, mas todas as coisas são sustentadas pela palavra do seu poder

(Hebreus 1:3). Cristo não é só o Criador: Ele é o Criador e o Sustentador de todas as coisas.

CRISTO É A VERDADEIRA FORÇA POR TRÁS DAS LEIS DA NATUREZA. É ELE

QUEM SUSTENTA TODAS AS COISAS. ELE É JESUS.

(4º) Todas as coisas foram criadas para Ele

Tudo o que existe, tanto no mundo visível como no mundo invisível, foi criado

para Jesus. A criação é para a glória do seu Criador. Por que um Deus tão maravilhoso

precisaria criar alguma coisa? Para revelar a Sua grandeza, para trazer a existência a Sua

grandeza, para manifestar a Sua grandeza.

Uma vez que Jesus Cristo cria o mundo, o seu desejo maior é que todas as

coisas convivessem harmoniosamente bem, todas sustentadas pela grandeza do seu poder.

O Criador é aquele que ama, que cuida, que ensina, que demonstra, que tem

prazer naquilo que faz, e uma vez que Ele cria todas as coisas é para manifestar sobre os

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mesmos a excelência do Seu grande amor. Cristo nos criou pó um único motivo: Nos amar de

todas as maneiras, privilegiando-nos com a manifestação de sua graça infinda.

Eu e você fomos criados para Ele.

Resumindo: Nós fomos feitos por Jesus, fomos criados em Jesus, Ele é

Sustentador das nossas vidas, por isso que nós somos para Ele. JESUS É O NOSSO

CRIADOR! ALELUIA!

(02) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele tem autoridade para perdoar

pecados

Jesus Cristo é Deus, por isso, tem autoridade para perdoar pecados e fazer milagres:

“Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar

pecados — disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.”

(Mateus 9.6 cf. Marcos 2.5-11)

“Marcos 2.5-12

“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: filho, perdoados estão os teus pecados”

(v. 5).

Jesus perdoou os pecados daquele homem. Quem mais pode perdoar pecados senão

Deus? Esta pergunta que ecoa de forma surpreendente foi a mesma que os escribas fizeram a

Jesus (v. 7). Sem dúvidas, esta é uma das grandes declarações de Cristo quanto à sua

divindade. E Ele foi além, pois perdoou os pecados (v.5), exortou os escribas (v. 8-10) e curou

o homem de sua enfermidade (v. 11), o que foi motivo de grande glorificação (v. 12).

Lee Strobel, no livro “Em Defesa de Cristo”, entrevistou Donald A. Carson, doutor em NT,

especialista em diversas áreas teológicas, incluindo o estudo do Jesus histórico. Para Carson,

uma das grandes evidências da divindade de Cristo é o perdão de pecados:

“De todas as coisas que Ele fez, a que mais me surpreende é o perdão de pecados (…).

Se você faz alguma coisa contra mim, tenho o direito de perdoá-lo. Todavia, se você faz algo

contra mim e aí vem uma pessoa e diz ‘eu lhe perdoo’, que ousadia é essa? A única pessoa

capaz de pronunciar genuinamente essas palavras é Jesus, porque o pecado, mesmo se

cometido contra outras pessoas, é, antes de tudo e principalmente, um desafio a Deus e às suas

leis (…). Aparece então Jesus e diz aos pecadores: ‘os seus pecados estão perdoados’. Os

judeus imediatamente viram nisso uma blasfêmia. Eles reagiram dizendo: ‘quem pode perdoar

pecados, a não ser somente Deus?’”

As palavras do Dr. D.A. Carson são perfeitas para explicação do contexto do texto

citado. Jesus exerceu sua autoridade divina, perdoando os pecados daquele homem, logo, fica

claro que Jesus, através de tal afirmação, declara que é Deus. C.S. Lewis soube expressar

muito bem esta questão, pois considera também que tal atitude (perdoar pecados) só pode ser

tomada por Deus, pois o perdão de pecados – de todos pecados – só a Deus pertence:

“Contudo, foi exatamente isso que Cristo fez: dizia às pessoas que os pecados delas estavam

perdoados, sem se deter um só momento a perguntar aos que efetivamente tinham sido

prejudicados por esses pecados se estavam de acordo (…). Na boca de qualquer outra pessoa

que não fosse Deus, essas palavras significariam algo que me parece uma estupidez e uma

vaidade.”2

“Só a pessoa ofendida pode perdoar ou não ao ofensor. E como sabemos, o pecado é

uma ofensa, primeiramente a Deus. Assim sendo, só Deus pode nos perdoar. O perdão de

2 Apologia da Divindade de Cristo, pp. 22,23; João R. Weronka; NAPEC

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Deus não pode ser concedido por nenhuma criatura. Sim, pois é lógico que Deus não outorgou

a criatura alguma o poder de perdoar as dívidas de seus devedores (Sl 103.3; Is 43.11).

Entretanto, a Bíblia diz que Jesus perdoa pecado (Mc 2.10). Esta é, pois, mais uma prova da

Deidade do Senhor Jesus”.3

Jesus realizou diversas obras que, segundo a crença judaica, somente Jeová podia

fazer. O perdão dos pecados é um exemplo disso (Salmo 103.1-3). Assim sendo, quem

evocava para si o poder para perdoar pecados incorria no grave pecado da blasfêmia. Contudo,

Jesus perdoou os pecados de várias pessoas (Lucas 7.48,49)

“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus

pecados.” (Marcos 2:5). Pense um pouco no que isso significa. Visto que foi o próprio Deus

Jeová quem recebeu as nossas ofensas e, uma vez que foram as leis de Jeová que foram

desobedecidas, SOMENTE ELE é quem pode perdoar os pecados. Foi exatamente por isso

que os judeus consideraram como blasfêmia a atitude de Cristo. A Bíblia afirma que só Jeová

tem poder para perdoar pecados (Isaías 43.25). Se, como ensinam as Testemunhas de Jeová,

Jesus não é Deus, mas uma criatura de Deus, jamais poderia agir no lugar de Jeová para

conceder perdão. Assim, temos duas opções: (1°) Se ele, sendo criatura, perdoou pecados,

então cometeu pecado de blasfêmia [O que seria um absurdo, visto que Ele nunca cometeu

pecados – I Pedro 2.22]; (2°) Se Ele mostrou que, de fato, tem poder para perdoar pecados,

Ele é Deus.

(03) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele concede a vida eterna

Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna: “Também sabemos que o Filho de Deus é

vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no

verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1 João

5.20)

Tanto a vida temporal como a vida eterna são dádivas de Deus: “Jeová tira a vida e

preserva a vida; Ele faz descer à Sepultura e dela faz subir.” (Tradução do Novo Mundo)4

Se Jesus fosse um ‘deusinho” ou [um] deus, jamais poderia dizer: “Eu sou a

Ressurreição e a Vida” (João 11.25), ou então, “...Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6.54

cf . 14.6). A Bíblia ensina que quem irá ressuscitar os homens é Deus: “Ele acabará com a

morte para sempre. E o Soberano Senhor Jeová enxugará as lágrimas de todos os rostos.”

(Isaías 25.8 - TNM5). A vida eterna depende da fé em Cristo (João 3.16,36; 6.47). Jesus ensina

que: “...assim como o Pai levanta os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a

quem ele quer.... Digo-vos com toda a certeza: Vem a hora, e agora é, em que os mortos

ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que tiverem prestado atenção viverão. Pois assim como

o Pai tem vida em si mesmo, assim concedeu também ao Filho ter vida em si mesmo... Não

fiquem admirados com isto, pois vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais

ouvirão a sua voz e sairão: os que fizeram coisas boas, para uma ressurreição de vida; e os

que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento ” (João 5.21,25,26,28,29-

TNM)

3 Análise da Cristologia das Testemunhas de Jeová, p. 102; Joel Santana, MAB, Rio de Janeiro 4 https://www.jw.org/jw-tpo/publicacoes/biblia/nwt/livros/1-samuel/2/ 5 TNM = Tradução do Novo Mundo

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(04) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele irá julgar o mundo

Segundo a Bíblia somente Deus é juiz com poder julgar e condenar: “Há somente um

que é Legislador e Juiz, aquele que é capaz de salvar e de destruir. Mas tu, quem és tu para

julgar o teu próximo?” (Tiago 4.12 – TNM).. O Salmo 96.13 Declara de modo claro que Jeová

virá executar o julgamento: “Perante Jeová, pois ele vem; Ele vem para julgar a terra. Ele

julgará a terra habitada com justiça. E os povos com a sua fidelidade.” (TNM). Contudo,

Jesus é apresentado nas Escrituras como Aquele que há de julgar os vivos e os mortos:

“Quando o Filho do Homem vier na sua glória, e com ele todos os anjos, então se sentará no

seu trono glorioso. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará as pessoas

umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à

sua direita, mas os cabritos à sua esquerda. (Mateus 25.31-33 - TNM). O apóstolo Paulo

afirma que: “...todos nós compareceremos perante o tribunal do Cristo, para que cada um

receba a sua retribuição de acordo com as coisas que fez enquanto esteve no corpo, sejam boas

ou sejam más.” (II Coríntios 5.10 - TNM). Jesus Cristo declarou que: “...o Pai não julga

ninguém, mas confiou todo o julgamento ao Filho... E deu-lhe autoridade para julgar, porque

ele é o Filho do Homem.” (João 5.22,27 - TNM).

Jesus é Deus que julga a todos, se fosse apenas uma criatura de Jeová, não poderia

assumir essa prerrogativa. No julgamento final “todas as coisas ocultas” serão reveladas, e

para isso é necessário o atributo divino da onisciência: “Pois o verdadeiro Deus julgará todas

as ações, incluindo todas as coisas ocultas, e determinará se são boas ou más.” (Eclesiastes

12.14 – TNM).

(05) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele recebe adoração

Jesus é adorado como Deus: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe

deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho,

nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para

glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9 -11)

Durante o seu ministério terreno, Jesus recebeu e aprovou a adoração dirigida a Ele

(Mateus 2.2,11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; 21.9,15,16; 28.9,17; Marcos 15.19; João 9.38;

Hebreus 1.6; Apocalipse 5.12,13). Se Jesus não fosse Deus, ao receber adoração indevida, foi

responsável pelo pecado de idolatria cometido por todos aqueles que O adoraram.

“Adorar a Jesus é idolatria” de acordo com a Sociedade Torre da Vigia [STV]. Em um

artigo publicado na revista Despertai, p. 27, ano 2000, sob título: “É correto adorar a Jesus?”

Encontramos as seguintes afirmações: “...a Bíblia deixa bem claro […] que a adoração — no

sentido de reverência e devoção religiosas — deve ser dirigida unicamente a Deus. Moisés o

descreveu como ‘um Deus que exige devoção exclusiva’” Observe que de acordo com as

Testemunhas de Jeová, render adoração a Jesus Cristo seria uma violação desse princípio, e,

portanto, um ato de idolatria. Na concepção da STV, Jesus é digno da nossa homenagem, mas

não da nossa adoração, afinal, apenas Jeová é digno de adoração. 6“Na obra Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 46, parágrafo 29, as

TJ dizem: “...Apenas Jeová deve ser adorado...” Esta frase, quando proferida por um

trinitariano, não exclui a pessoa de Jesus; mas quando procede das TJ, equivale a dizer que

adorar a Jesus é errado. Essa doutrina, porém, não é corroborada pela Bíblia, a qual mostra

Jesus sendo adorado por homens e anjos (Mt 2.2, 11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; 28.9; Jo

9.38; Hebreus 1.6). Em todas estas referências bíblicas, encontramos o Senhor Jesus sendo

adorado. Das 10 referências acima citadas, a última é uma ordem dada aos anjos, para que

6 Análise da Cristologia das Testemunhas de Jeová, pp. 31,32; Joel Santana, MAB, Rio de Janeiro

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estes adorem a Jesus. E as demais, registram seres humanos prestando adoração ao Senhor

Jesus. Em todos estes casos, o verbo grego para “adorar” (PROSKUNÉO) pode, realmente,

ser traduzido por reverenciar ou homenagear, dependendo do contexto. Por este motivo, como

os líderes das TJ não creem na Divindade de Jesus, sempre que proskunéo aparece na Bíblia,

referindo-se a Jesus, eles “traduzem” por homenagear. Na TNM antiga, só Hebreus 1.6

mandava adorar a Jesus. Certamente isto se deu por um “descuido” do Corpo Governante,

visto que nas edições mais recentes esse “erro” já foi “corrigido”. Hebreus 1.6 na TNM de

1967 diz: “... E todos os anjos de Deus o adorem”. Mas, na TNM de 1986 reza o seguinte:

“... E todos os anjos de Deus lhe prestem homenagem”

Uma vez que proskunéo pode ser vertido para o Português como adorar ou

homenagear, como traduzi-lo, quando ele se aplica a Cristo? A resposta deve ser a seguinte:

uma vez que Jesus disse que devemos honrá-lo tal qual honramos o Pai (João 5.23), adorar é

a tradução correta.

Tanto o apóstolo Pedro (Atos 10.25, 26), quanto o anjo (Apocalipse 22.9), rejeitaram

ser adorados. Mas Jesus nunca disse aos seus adoradores: “Levantai-vos, porque eu também

sou homem. Adorai a Deus.”

Na revista A Sentinela de 15/01/1992. Página 23, o Corpo Governante diz que a

adoração que os anjos prestam a Jesus, mencionada em Hebreus 1.6, é uma adoração relativa,

isto é, eles adoram a Deus por intermédio de Cristo. Senão, vamos às transcrições: “... De

modo que qualquer ‘adoração’ que os anjos prestem ao Filho de Deus é relativa e, por

intermédio dele, é dirigida a Jeová.” Aqui, porém, temos dois problemas: primeiro, por que

os anjos adorariam a Deus através de Cristo, quando podem adorá-lo diretamente? Essa

adoração a Jeová, via anjo (eles dizem que Jesus o é), é algo estranho às Escrituras. A Bíblia

não contém um só exemplo de adoração relativa. Segundo, com esta declaração concorda o

Corpo Governante, pois incoerentemente disse: “Não existe um único caso nas Escrituras em

que fiéis servos de Jeová tenham... se empenhado numa forma de adoração relativa...”

(Estudo Perspicaz das Escrituras, volume 2, página 364). A final há, ou não há, a tal de

adoração relativa?”

“Nenhuma religião no mundo mudou tanto as suas doutrinas como as testemunhas de

Jeová... Um dessas mudanças é em relação à de Jesus. Quando a TNM foi lançada em 1950,

a Torre de Vigia ensinava que Jesus deveria ser adorado. Essa crença vinha desde Russell:

“Sua posição é contrastada com a de homens e anjos, desde que é Senhor de ambos,

tendo todo o poder no céu e na terra. Desde que assim é dito, ‘que todos os anjos o

adorem’ (isto inclui Miguel, o chefe dos anjos, o que significa então que Miguel não

é o Filho de Deus) e a razão está em que ele tem alcançado nome mais excelente do

que o deles” (A Sentinela, edição americana, novembro de 1879, página 48)

Posteriormente a Torre de Vigia publicou nos seguintes termos outra matéria ensinando a

adoração de Jesus:

"Sim, cremos que Nosso Senhor Jesus enquanto esteve na terra foi realmente

adorado e corretamente assim procedido" (A Sentinela, edição americana, julho de

1898, pagina 4).

A primeira edição da TNM traduziu Hebreus 1.6 da seguinte forma: "E todos as anjos

de Deus o adorem", Essa passagem era um problema para a organização, Como a Torre de

Vigia mudou mais uma vez a sua crença proibindo a adoração de Jesus, e por causa disso, na

edição da sua versão oficial, revisada em 1984, ela mudou o sentido da mensagem, traduzindo

o texto sagrado por: “prestar homenagem". Veja que cada vez que a organização muda suas

crenças, altera também suas escrituras.

O texto de Hebreus 1.6 parcialmente tirado de Deuteronômio 32.43 no texto grego da

Septuaginta, combinando com o salmo 97.7: "que os anjos de Deus o adorem". A Torre de

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Vigia sustentava que o escritor aos Hebreus estava se referindo ao salmo 97, que a adoração

ali era a Jeová e que em Hebreus se aplica a Jesus:

"É verdade que o Salmo 97, que o apóstolo evidentemente cita em Hebreus 1.6, se

refere a Jeová Deus como sendo aquele que diante de quem 'se curva', e, no entanto,

este texto foi aplicado a Cristo Jesus" (A Sentinela, 1° julho de 1971, pagina 415),

Depois de 75 anos "o canal de comunicação" afirma que é pecado adorar a Jesus, dizendo que

"nenhuma distinta adoração deve ser dada a Jesus Cristo" (A Sentinela. edição americana, 1°

janeiro de 1954, pagina 31), As testemunhas de Jeová estão numa situação difícil. Se hoje é

idolatria adorar a Jesus, o que fazer com as que morreram adorando a Jesus antes dessa data?

Quem morre na idolatria tem a vida eterna? Se elas morreram salvas, o que fazer com os atuais

seguidores da Sociedade Torre de Vigia que se recusam a adorar Jesus? Veja que se trata de

uma mudança de 180 graus.”7

FAC SÍMILES8

7 Respostas Bíblicas às Testemunhas de Jeová, pp. 128,129, Esequias Soares, Editora Candeia, São Paulo,

2009 8 Extraídos do livro: Provas Documentais, de Esequias Soares

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