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Chicungunha, outro perigo O trabalho desenvolvido pela Secretaria de Saúde é dos mais eficientes, requisitando pes- soal das Secretarias do Meio Am- biente e de Serviços Municipais, valendo-se de todo o contingen- te, com equipe do PIACD – Plano de Intensificação de Ações de Controle da Dengue, realizando arrastões, remoção de focos e nebulização nos bairros, além de orientação, notificando e multan- do quem não atender as determi- nações dos setores competentes. Levantamento específi- co de todas as regiões da cidade tem dados estatísticos, orientação e acompanhamento do Grupo de Vigilância Epidemiológica do go- verno estadual, contando como aliado o sistema de geoprocessa- mento da prefeitura, com abran- gência genérica, bairro a bairro. Fica a administração na dependência da compreensão da população, fazendo a sua parte, porque o mosquitinho é terrível, presente onde menos se espera traiçoeiro, aguardan- do apenas a “baixa guarda” da dona de casa ou de quem quer que seja, para agir maldosa- mente, transmitindo a enfermi- dade aos menos avisados. Editorial Nº 400| Ano 08 | 21 de novembro de 2014 Ilhabela | Distribuição Gratuita | Circulação Semanal | www.jornalcanalaberto.com.br Mais pedágio. Agora o Parque Pág. 3 PM debateu mais segurança Pág. 4 canalABERTO População/Dersa, confronto antigo Pág.8 Fotos: Ronald Kraag Flores e arroz para os mortos Pág.8 Parque Estadual de Ilhabela, lindo e mal cuidado, porque a Fundação Florestal que o administra não cuida, tampouco o preserva como deveria fazê-lo e, agora, através de normas disciplinares implantou pedágio para cobranças, prejudicando o turismo de Ilhabela. De sanitários a desvios para socorros, falta tudo. Qual será a retribuição?

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Page 1: Jca 400

Chicungunha, outro perigo

O trabalho desenvolvido pela Secretaria de Saúde é dos mais eficientes, requisitando pes-soal das Secretarias do Meio Am-biente e de Serviços Municipais, valendo-se de todo o contingen-te, com equipe do PIACD – Plano de Intensificação de Ações de Controle da Dengue, realizando arrastões, remoção de focos e nebulização nos bairros, além de orientação, notificando e multan-do quem não atender as determi-nações dos setores competentes.

Levantamento específi-co de todas as regiões da cidade tem dados estatísticos, orientação e acompanhamento do Grupo de Vigilância Epidemiológica do go-verno estadual, contando como aliado o sistema de geoprocessa-mento da prefeitura, com abran-gência genérica, bairro a bairro.

Fica a administração na dependência da compreensão da população, fazendo a sua parte, porque o mosquitinho é terrível, presente onde menos se espera traiçoeiro, aguardan-do apenas a “baixa guarda” da dona de casa ou de quem quer que seja, para agir maldosa-mente, transmitindo a enfermi-dade aos menos avisados.

Editorial

Nº 400| Ano 08 | 21 de novembro de 2014

Ilhabela | Distribuição Gratuita | Circulação Semanal | www.jornalcanalaberto.com.br

Mais pedágio. Agora o Parque

Pág. 3

PM debateu mais segurança

Pág. 4

canalABERTO

População/Dersa, confronto antigo

Pág.8

Fotos: Ronald Kraag

Flores e arroz para os mortos

Pág.8

Parque Estadual de Ilhabela, lindo e mal cuidado, porque a Fundação Florestal que o administra não cuida, tampouco o preserva como deveria fazê-lo e, agora, através de normas disciplinares implantou pedágio para cobranças, prejudicando o turismo de Ilhabela. De sanitários a desvios para socorros, falta tudo. Qual será a retribuição?

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EDITORIAL

Não bastasse a dengue, chega ao Brasil um novo vírus – chicungunha -, transmitido pelo mesmo Aedes aegypti que convive há tempo com a população. Bateu na porta do “país enfermo”, uma nova enfermidade. cuja presença primeira aconteceu na ilha de Saint Martin, espalhando-se pelas demais ilhas do Caribe, transpondo frontei-ras e chegando, infelizmente, à América do Sul. Isto se deu em dezembro de 2.013. Já em julho deste ano confirmava-se a quase 600 mil casos anunciados pela Organização Mundial da Saúde, duplicando o número menos de trinta dias depois. Há um mês, na primeira quinzena de outubro o Ministério da Saúde do país batia nos 400 casos brasileiros e, na semana passada já eram mais de 850 vítimas: no Amapá (Oiapoque, ponto extremo brasileiro, com 330 casos, em Feira de Santana e em Riachão do Jacuípe (Bahia), com 453 pesso-as atingidas. A falta de imunidade da população é responsável pelo alastramento da enfermidade, assim como a proliferação de mosquitos vetores, da mesma família – Aedes aegypt -, como dito an-teriormente e o Aedes albopcictus, transmissor do vírus. Originariamente da Tanzânia, o chicungu-nha é um arbovirus, descrito em 1952, nome da língua Kimakonde, mas ele existe há centenas de anos, como a dengue e a febre amarela se fizerem presentes. Tudo começou com o tráfico de escra-vos espalhando não apenas o mosquito como os vírus que os infectavam. O “chikungunya” implan-ta dores terríveis no corpo, mais fortes do que as da dengue, por isso o nome traduzido para “o ho-mem que anda arqueado”. A média de infecção causada pelo chicungunha é superior a 70% das pessoas picadas pelo mosquito infectado. Depois de três a sete dias da picada, surgem: febre alta, cefaléia (dor de cabeça), dores musculares, conjun-tivite, náuseas, vômitos e vermelhidão no corpo. As dores articulares são as predominantes, debilitan-do, fixando-se primeiramente nas mãos e pés. Po-dem ocorrer, em casos mais graves, hepatite, mio-cardite, meningoencefalite, bolhas na pele, além de uveíte (inflamação da úvea, a parte posterior e pigmentada da íris). A evolução para a recuperação acontece depois de dez dias e mortes são eventos raros, podendo atingir pessoas de mais idade e portadoras de diabetes, enfisema, insuficiência car-díaca, entre outras. O diagnóstico se confirma por exames de sangue – cultural viral, RT-PCR ou IgM. Embora o ciclo mais grave seja de alguns dias, as dores articulares poderão perdurar por mais tempo, até incapacitando o enfermo, temporariamente.

A evolução dos casos onde surgiu o chi-cungunha mais recentemente e a rápida prolifera-ção com o número de pessoas atingidas se multi-plicando, podem fixar-se onde o Aedes aegypti já

existe e é uma ameaça, razão porque todo cuida-do deve ser tomado pela população, fazendo a sua parte, resolvendo e dando conta da lição de casa, com a eliminação dos focos do mosquito trans-missor. Por mais que se esforce, oriente e com-bata, não basta a Secretaria da Saúde tratar do problema como uma ameaça. É preciso, mais do que nunca, que a comunidade interaja e responda “presente” nessa hora importante. Sem maiores alardes, sem alarme falso, mas atuando de forma responsável para que não ocorram surpresas de-sagradáveis e fatais.

O trabalho desenvolvido pela Secretaria de Saúde é dos mais eficientes, requisitando pessoal das Secretarias do Meio Ambiente e de Serviços Municipais, valendo-se de todo o contingente, com equipe do PIACD – Plano de Intensificação de Ações de Controle da Dengue, realizando arrastões, remo-ção de focos e nebulização nos bairros, além de orientação, notificando e multando quem não aten-der as determinações dos setores competentes.

Levantamento específico de todas as regi-ões da cidade tem dados estatísticos, orientação e acompanhamento do Grupo de Vigilância Epide-miológica do governo estadual, contando como aliado o sistema de geoprocessamento da prefei-tura, com abrangência genérica, bairro a bairro.

Fica a administração na dependência da compreensão da população, fazendo a sua parte, porque o mosquitinho é terrível, presente onde menos se espera traiçoeiro, aguardando apenas a “baixa guarda” da dona de casa ou de quem quer que seja, para agir maldosamente, transmitindo a enfermidade aos menos avisados. O problema é nosso e justamente por isso precisa ser por todos enfrentado e combatido; afinal, a dengue abriu o caminho, mas trouxe consigo e poderá chegar a qualquer momento para invadir a privacidade de todos nós, o chicungunha. Alguns fizeram pouco caso do mosquitinho da dengue, brincando de faz de conta, mas a briga com o seu parente próximo poderá ser cruel se não nos precavermos.

Quem brincou com a dengue vaibrigar com o chicungunha. Luta terrível

PSICOLOGIA

A campanha Novem-bro Azul tem o objetivo de orientar os homens sobre im-portância dos cuidados com a saúde física e emocional, garantindo-lhes vida saudável e com qualidade. Hoje, eu fa-larei sobre um fator emocional importantíssimo, que se não for bem administrado pode causar muitos danos à saúde: O ESTRESSE. O estresse não é propriamente uma doença e sim um estado adquirido pelo organismo quando submetido à tensão emocional. Frente a um episódio estressante, o corpo ativa reações químicas que o preparam para o enfren-tamento da situação interpre-tada como adversa. O estres-se não causa doenças, mas propicia o seu aparecimento, porque enfraquece e desequi-libra o sistema de defesa do organismo, reduzindo sua re-sistência. Em pequenas doses, o estresse melhora o desem-penho e aumenta a produtivi-dade. É o chamado estresse positivo. Porém, quando per-siste por muito tempo, torna--se crônico e pode ter efeitos devastadores para a saúde. Isso quer dizer que quando as situações interpretadas como estressantes são continuas, o organismo fica a mercê de re-ações químicas intensas, sem que tenha o tempo necessário para se recuperar; esse é o es-tresse negativo. Os sintomas do estresse podem ser dividi-dos em três categorias: os sin-tomas físicos como náuseas, distúrbios do sono, dificulda-des respiratórias, problemas cardíacos, dores de cabeça, diarreia, taquicardia, ranger de dentes, queda de cabelo, manchas na pele, dor no esto-mago, formigamento; os sinto-mas cognitivos como déficits de atenção, de concentração e falhas da memória e os sin-tomas emocionais como medo, ansiedade, baixa autoestima, irritabilidade, depressão e sín-drome do pânico. Entre as inú-meras causas emocionais do estresse estão o alto padrão de exigência pessoal, o medo e a frustração. Acreditamos que para termos uma boa vida precisamos de muito mais re-cursos do que realmente é ne-cessário. Essa postura, de per-seguir padrões estabelecidos, nos coloca diante de conflitos existenciais. Esse alto padrão de exigência pessoal está pre-sente em diversos setores de

Diga não ao estresse!

nossas vidas: no setor profis-sional, nos padrões estéticos inatingíveis de beleza física, nos relacionamentos sociais, de amizade e amorosos, na educação dos filhos. Deseja-mos que tudo que é nosso seja o melhor. Assim, temos caixi-nhas fechadas em todos os se-tores de nossas vidas onde de-vemos nos encaixar a qualquer custo. Veja, você pode estar sofrendo de estresse crônico negativo porque está vivendo dentro destas caixinhas fe-chadas! E esse quadro negro tem solução? Sim, tem. Basta que você investigue a verdade dos seus sentimentos e dese-jos. Você trabalha no que re-almente gosta? Você usa seus talentos ao seu favor? Você valoriza o TER ou o SER? Você não acha mais saudável man-ter uma vida verdadeira do que se desgastar para ter e man-ter uma vida de aparências? Alivie-se! Revise suas crenças e valores. Seja mais flexível e espontâneo consigo mesmo e com os outros. Procure dar uma interpretação positiva aos fatos da sua vida. Não se culpe por erros cometidos, aprenda com eles. Não fique angustiado com expectativas de que tudo vai dar errado, este tipo de preocupação não traz nada de bom, ao contrário, paralisa as ações que você teria para tudo dar certo. Mantenha uma visão positiva da vida, dos outros e de si próprio. Preocupar-se em excesso, esperar demais de si e de qualquer um é, inevitavel-mente, se expor a frustração e ao estresse. Viver sob pres-são parece ser a regra da vida pós-moderna e isso se aplica a crianças, jovens e adultos. É preciso aprender a lidar com as tensões e não permitir que elas nos desequilibrem. Então, para isso é importante usar algumas estratégias de enfrentamento, como a prática de esportes, passatempos saudáveis, ter um hobby, leitura, autocuidados, ouvir boa musica, praticar me-ditação, ioga e principalmente cultivar bons pensamentos.

Monica Cristina A. Cuono - CRP-SP 06/380081-4 é Psicóloga/Psico-Oncologista, atende na Santa Casa de Ilha-bela (12) 3896 1710.

Canal Aberto 400 | 21 de novembro de 2014 | www.jornalcanalaberto.com.br02

DIREÇÃO GERALFernando Siqueira - MTB 10.428

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DESENVOLVIMENTOGuilherme Siqueira | Projeto GráficoJaqueline dos Anjos | Diagramadora

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IMPRESSÃOJornal Diário da Região Ltda

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Registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de São Sebastião sob nº 5.909

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NA PONTA DO LÁPISAusência sentida (1)Embora não seja responsabili-dade de “botar pra correr” an-darilhos que chegam à cidade, o Diretor de Projetos da Secre-taria de Assistência Social, Da-niel Marçal fez falta, por quinze dias (estava em férias). O que teve de gente entrando, passe-ando e ficando na cidade, até perturbando turistas, vocês não imaginam.

Ausência (1) Com o apoio da Polícia Militar, Daniel tem resolvido problemas sérios nesse sentido, trabalho que acrescenta às suas obriga-ções protocolares. Passagem de volta, alimentação e até mesmo alguns foram detidos, alvos de mandados de prisão expedidos pela justiça. Nas suas férias nin-guém fez esse trabalho – difícil, espinhoso mesmo -.

CozinhartePortas abertas no número 77 da Rua Olímpio Leite da Silva, chegou Cozinharte, novíssima casa especializada em comida congelada, bolos caseiros, café do bom e do melhor. O casal Ja-naína e Daniel atende a todos e surpreende pela variedade ex-celente, além da cortesia. Boas vindas. Vale conhecer.

IdentificaçãoHá uma rua sem placa e qual-quer informação que permita a chegada dos Correios. Fica no Curral (Sul de Ilhabela) e começa na Rua Benedito Leite do Vale. Vale a pena conferir e providenciar a regular identifi-cação. Afinal, a Lei Municipal 597/2008 criou essa rua, Silvi-na Gonçalves de Freitas.

Repercussão (1)Apesar de pouco mais de 30 pessoas presentes, a audiência pública realizada pela Polícia Militar, na Câmara de Ilhabela foi muito boa. Deixou suges-tões: revitalização do Conseg, PM de bike, criação da vizinhan-ça solidária e, soube-se que, para a PM “infrator é apenas um infrator e não inimigo”.

Repercussão (2)Para o comando da PM, a cor-poração não vai esconder nada. A sua transparência é reflexo da

hierarquia e da obediência aos seus regulamentos. Quem erra, quando apurado e comprovado, será sempre punido.

Edição 400Quem diria, hein! Foram, até hoje, 400 semanas de publi-cação deste semanário. Aos que nos enviaram mensagens de congratulações, nosso agra-decimento. Continuaremos dispostos a romper barreiras, atingindo metas e, dentro em pouco, inovando, com a mes-ma disposição. Leiam-nos.

Cedo?Que nada! (1)Em nossas mãos, quatro vias da divulgação de um plano do candidato a vereador, pelo PV, em 1996, em Ilhabela, Cesar Augusto Franco Nobre, o Guto da Frutamania, do Blu Bar e Blu Restaurante. Se candida-to, em 2016, mantido o plano será muito bem aceito.

Cedo? (2)Sabem por que será bem acei-to? Porque o mesmo antigo projeto “Linha D´água”, está programado, agora, pelo pre-feito Colucci, implantando o serviço de transporte por lan-cha fazendo a ligação Praia Grande – Armação, passando por Portinho, Barra Velha (com ramal para São Sebastião), Pe-requê e Vila. Pensar grande, para não fazer coisas peque-nas. Há outros.

Blues, em junho?Parece que sim. Os primeiros pa-pos sobre um projeto cultural e turístico ousado já começaram. Por detrás das cortinas um pás-saro segredou-nos: chegará a Ilhabela um espetacular e mo-derno show, superando o que já se vê em Paraty. Nos pratos da balança, sem medo de errar po-de-se dizer: Ilhabela vai superar – desde o primeiro – o já tradi-cional da cidade sul fluminense. Ah, se vai! Prefeito vá em frente.

Esmolas? Não! (1)São Sebastião começou e está dando certo a campanha “não dê esmolas”, encabeçada pela Associação Comercial. O pre-sidente Eduardo Cimino deu a cara e está acompanhado de gente que encara o problema, para acabar com ele.

Um nó (3)De que vale o Parque para Ilhabela se o próprio Ministé-rio Público que vê onde quase ninguém vê, deixa passar em branco essa tal de cobrança de pedágio para pedestres e, em outros parques do estado a passagem é gratuita como o da Serra do Mar, aqui ao lado, está livre dessa aberração? Será que desejam “ferrar” o tu-rismo da cidade que é o maior destino de praias do Brasil?

Pode ser...que haja troco ou truculência, mesmo quando perguntar não ofende. O direito de ir e vir – apenas para atravessar o Par-que e ir banhar-se na Baía dos Castelhanos – está prejudica-do. Rasguemos a Constituição?

Que...nos critiquem, que haja retalia-ção, mal entendido e queiram dar razão aos políticos que man-dam na Fundação Florestal e que não deixam os técnicos tra-balharem. Cabeças pensantes e inteligentes faltam em muitos lugares e até mesmo nessa ino-perante Fundação Florestal, so-berbo cabide palaciano.

EstelionatoPessoal que “pensava” ter as-sistência da Saúde Internacio-nal, está recebendo cartinha dizendo que a “área de abran-gência de nossa cobertura con-tratual estará mantida. Todavia, o posto de atendimento presen-cial na cidade será fechado e se dará na capital”. Ora, há meses que a Saúde Internacional dei-xou de atender e manter convê-nios na região. Deu o cano em médicos, laboratórios e clíni-cas. Golpes e mais golpes e, por incrível que pareça, continua mandando boleto de cobrança.

Esmolas? (2)Quem terá peito para come-çar semelhante campanha por aqui? Esperemos, contando os dias, porque andarilhos e pe-dintes têm marcado presença, em Ilhabela. Aliás, tem gente que perambula durante o dia, pega quentinhas em alguns lu-gares carimbados e, pernoita nos barcos “esquecidos”, na Barra Velha.

Esmolas? (3)Coragem e vontade política es-tão faltando para a operação limpeza e retirada dos barcos da entrada da cidade. Será que é porque há muitos “ami-guinhos” dando cobertura aos donos das embarcações que servem de dormitório? Pelo que consta há ordem do prefei-to Colucci para serem retirados os barcos que enfeiam aquele trecho e já faz tempo.

Na festa do Tóffoli...Ministro do STF e presidente do TSE, “mariliense da gema”, Dias Tófolli comemorou aniver-sário, em São Paulo. Festejou como poucos, com os aliados do PT (Zé Dirceu, Lula e Cia.), no Bar Brahma, do Campo de Marte. Com os amigos de in-fância da importante cidade o ministro se esbaldou.

Faltou Ilhabela...onde tem muitos bem chegados e parentes. Papo vai papo vem, a assessoria agendou presença do moço no programa do Jô So-ares, segunda feira. Perguntas conhecidas (e combinadas), respostas idem, ficou tudo bo-nitinho, como manda o figurino. Ao ver do pobre cristão, muita exposição para um Ministro do Supremo. Marília está vibrando com o seu filho mais ilustre, mo-mentaneamente.

Uma no cravo...Esse governo do estado é mes-mo uma lorota. Depois dos ou-tros 10 parques estaduais co-brarem pedágio para pedestres transitarem por eles ou neles en-trarem, chegou a vez do Parque Estadual de Ilhabela, por deter-minação da Fundação Florestal. Na entrada, cobrança de R$ 12. Pessoas de 12 a 60 anos paga-rão para passar pelo parque, a caminho de Castelhanos, por

exemplo. Idosos, portadores de necessidades especiais, mora-dores e crianças, estão isentos. Estudantes identificados, idem.

Outra na ferradura Trilha da Água Branca, tam-bém terá pedágio. Os ilhéus precisarão se cadastrar. O pre-feito Colucci está contra, como não poderia deixar de ser, porque o turismo de Ilhabela estará afetado. Disse que “se a Fundação Florestal não tiver condições, nós assumiremos o Parque Estadual de Ilhabe-la; afinal, a estrada parque é passagem para Castelhanos e não para visitação em seu in-terior”, disse.

Bronca certa A bronca do prefeito Colucci está mais do que certa, porque a Fundação Florestal, apesar de ter eficientes técnicos é dirigida por políticos e os atuais ‘”não estão nem aí” pra ninguém. Castelhanos, uma das mais be-las praias do país vai sentir e o turismo de Ilhabela perderá.

Um nó no turismo (1)Já que perguntar não ofende: de que vale o Parque, se o go-verno do estado não o guarda, não o preserva, deixa caça-dores à solta e aceitando en-comendas de aves e animais silvestres e a Polícia Ambiental faz que cumpre o seu papel e todo mundo faz que acredita?

Um nó (2)De que vale o Parque para Ilha-bela, quando uma estrada que o cruza sentido leste, levando turistas a uma das mais lindas praias do Brasil (diria do mun-do) e a Fundação Florestal que tem diretores que não o conhe-cem determinam a cobrança de pedágio, até para pedestres?

Canal Aberto 400 | 21 de novembro de 2014 | www.jornalcanalaberto.com.br 03

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Canal Aberto 400 | 21 de novembro de 2014 | www.jornalcanalaberto.com.br04FORMADORES DE OPINIÃO

Na próxima semana,o evento anual do Instituto

A 8ª edição do even-to anual do Instituto Ilhabela Sustentável será realizada no auditório do Hotel Ilha Flat, no dia 27 de novembro, às 18 horas. O encontro mante-rá tradição, realizado desde a fundação da instituição con-vida moradores, veranistas, visitantes, autoridades e de-mais interessados no futuro da cidade a acompanhar o trabalho da entidade e conhe-cer dados importantes sobre a realidade do município.

Na ocasião, além de uma breve atualização sobre os projetos promovidos e apoiados pelo IIS, ocorrerá a tradicional apresentação dos Indicadores de Qualidade de Vida e Gestão Pública levantados anualmente pelo GOPI – Grupo de Orçamen-to Participativo e Indicadores.

Também serão apresen-tados por Márcia Cavalari, presi-dente do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, os resultados de mais uma Pesqui-sa IBOPE de Percepção Cidadã em Ilhabela. Após a apresenta-ção dos dados, Maria Luisa da Riva, executiva do Instituto Se-meia, falará sobre modelos de gestão e uso público de Unidades de Conservação. Em seguida, será aberto ao debate público, mediado por Jakow Grajew, pro-

CIDADANIA

porcionando aos participantes a oportunidade de tirar dúvidas e registrar suas opiniões.

Nos dia 28, 29 e 30 de novembro Ilhabela sediará o 7º Encontro Anual da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, com a participação de cerca de 100 representantes de movimen-tos do Brasil inteiro e que te-rão a oportunidade de trocar experiências e debater os avanços, conquistas e desafios enfrentados, além de propor novas estratégias de atuação. O evento é organizado pelo Ins-tituto Ilhabela Sustentável com patrocínio do Instituto PDR e o apoio da Fundação AVINA.

Luciano Krob Meneghetti

Certa vez comentamos sobre a importân-cia da gratidão. Hoje, complementaremos aquele texto com este, em que reforçamos a importância das comemorações!

É hábito nosso comemorar, desde ani-versário de nascimento, casamento, morte, Na-tal, virada de ano, entre tantas comemorações. Somos um povo bastante festivo, que gosta mui-to de comemorar! São comemorações pessoais, culturais, religiosas.

Pois bem, em nossas vidas, muitos serão os momentos em que completaremos ciclos! Na verdade, fechamos e abrimos ciclos todos os dias, em assuntos diversos. Alguns, entretanto, pelas cir-cunstâncias da vida se tornarão mais importantes que outros. Trata-se de escolhas. Nós escolhemos privilegiar um ou outro ciclo em detrimento de ou-tros. E todos nós sabemos o preço de cada escolha!

Recentemente completei um ciclo pessoal: 41 anos. Fui lembrado e brindado por diversas pes-soas. No dia que completaria meu aniversário, não estaria na cidade (e sim em viagem). Algumas pes-soas que sabiam dessa viagem fizeram questão de me brindar antes, com seus desejos de felicidades. Em nossa empresa, nossa equipe fez uma festinha (que realmente me pegou de surpresa) para brindar comigo, antes mesmo de eu me ausentar. Foi mui-to gostoso. Tão gostoso quanto, foi ser novamente brindado uma semana após meu aniversário (pois só nos encontramos às sextas-feiras), quando al-guns clientes (neste caso em especial, três clientes muito queridas) fizeram questão de me fazer um agrado, convidando outros clientes para mais uma festinha (que novamente me pegou desprevenido). Aprendi muito com esses episódios... Quero brindar a generosidade das pessoas e a relembrança da importância de comemorar!

No exato momento em que este texto é escrito, comemoramos 3 anos completos da “nova administração” da Prepara Cursos, unidade Ilhabe-la. Temos para nós bastante claro o “custo” deste

Um brinde! Sempre vale a pena

Luciano Krob Meneghetti é diretor comercial da Prepara Cursos Ilhabela

ciclo. Pode-se lembrar da “novidade” do negócio de franquia para nós, e todas as dúvidas que tive-mos no início. Pode-se lembrar de vários momen-tos de conversas entre os sócios e com o máster franqueado, cuja experiência na gestão de unidade franqueada muito nos ajudou. Pode-se recordar as diversas vezes em que “erramos a mão” na gestão do negócio (e todas as consequências disso para nós, gestores, colaboradores e clientes).

Mas é possível lembrar também de nos-sa felicidade em cada momento que “acertamos a mão” e conseguimos obter resultados gratificantes a nós e a outros tantos, muitos desses resultados sem qualquer relação com dinheiro. É um prazer muito grande olharmos para trás e percebermos o quanto já contribuímos e o quanto continuamos a contribuir na vida de tantas pessoas, seja na quali-ficação de pessoas que almejam oportunidades no mercado de trabalho, seja no auxílio a diversos em-presários do município e da região, que precisam de mão-de-obra, entre outros serviços que presta-mos. É ainda mais gratificante olhar para frente e saber que podemos contribuir muito mais.

Enfim, foram 3 anos intensos e repletos de aprendizados. E isso deve ser comemorado! Somos muito gratos por tão ricas experiências! Um brinde aos nossos 3 anos em Ilhabela!

Com tantos aprendizados citados, não po-deríamos nos esquecer e deixar de oferecer aqui um brinde ao Jornal Canal Aberto pelas suas 400 edições em 8 anos de trabalho ininterrupto! Chegar nesse número exige muita perseverança e conteú-do! Há muito por ser comemorado! Já foram muitos os leitores beneficiados com informações tão abun-dantes. E hoje são muitos os leitores que esperam ansiosos pela sua edição semanal, para ler sobre o que aconteceu e o que está por acontecer nesta Ilhabela! Sem contar as diversas contribuições de alguns articulistas em assuntos tão diversos. Para nós, é uma honra poder contribuir nesta edição e comemorarmos, juntos, o fechamento deste ciclo!

E você? Tem comemorado e brindado a que?

O ajudante geral C. S. de 18 anos, residente em Ilha-bela, foi autuado por tráfico de entorpecentes, por ação da Polí-cia Militar que recebeu denúncia anônima de que um indivíduo, procedente de São Sebastião atravessaria a balsa, com dois comparsas, de bicicletas. Feito o cerco, dois fugiram, mas C. S. ao notar a aproximação da Polícia deixou cair uma sacola plástica

Mais um está fora decirculação. Tráfico de drogas

SEGURANÇA

contendo 8 pinos de cocaína. No guidão da “magrela” havia 10 porções de maconha e em seu bolso, R$ 100. Detido, levado perante a autoridade policial, em São Sebastião, no plantão, foi la-vrado o boletim de ocorrência.

Segundo a Polícia Mili-tar, passa a fazer parte da esta-tística mensal, que registra a pri-são de oito pessoas envolvidas por tráfico, em Ilhabela.

MOMENTO LIONS

A Secretaria da Educação recolheu os trabalhos dos estudantes de Ilhabela, inclusive de qua-tro das Comunidades Tradicionais, dos concursos de Redação (o 8º) e de Desenho (o 3º). Números supe-riores aos concursos do ano passado. Após a seleção dos melhores trabalhos nas salas de aulas, pelos professores, uma comissão deverá escolher os melhores para a premiação, cuja solenidade se dará no dia 8 de dezembro, na Câmara de Vereadores. Essa tradição mantida pelo Lions Clube de Ilhabela reúne trabalhos de alunos das escolas e consegue aflorar os talentos de estudantes, aprimorando a redação e desenhos muito criativos. O tema deste ano envolveu a família e em exposição nas salas de aulas alu-nos se emocionaram, segundo informações obtidas junto aos coordenadores. Essa parceria de Secre-taria de Educação e Lions Clube tem proporcionado bons resultados e a certeza de que os estudantes fazem questão de participar. Os temas são envolventes, a movimentação é grande e os prêmios compensam a participação.

ConvocaçãoA Associação Vitae

Qualitas de Ilhabela, convoca os seus associados para a As-sembléia Geral Extraordinária a se realizar no próximo dia 29 de novembro, às 17 horas, na Rua dos Carijós, 1026.Pauta:1 - Planejamento para o exer-cício de 2015; e,2 – Eleição de nova diretoria.Ilhabela, 10 de novembro

de 2014Mirandolina Costa Faria

Presidente

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Canal Aberto 400 | 21 de novembro de 2014 | www.jornalcanalaberto.com.br 05LINHA DE FRENTE

O comando da Polícia Militar do Litoral Norte realizou, na Câmara Municipal, como previsto, importante audiência pública com autoridades, socie-dade civil e população, apresen-tando relatório de atividades da corporação, abrindo para per-guntas a pouco mais de 30 pes-soas que compareceram, parti-cipando e prestigiando o evento.

A PM trouxe para a oca-sião o Tenente Coronel Nilson Souza Silveira, comandante do 20º Batalhão, que atende o Li-toral Norte, Major Adauto, Ca-pitão Zenerato, comandante da Companhia, em São Sebastião, Capitão Cândido, responsável por setor especializado, no Ba-talhão, Capitão Edilson, Tenente Diniz, comandante do Pelotão, em Ilhabela, Cabo Magalhães e Cabo Santos.

Agradecendo a cessão do recinto à presidente do legis-lativo, Maria das Graças (Graci-nha), o Tenente Coronel Nilson fez uma análise do trabalho da PM, anunciando o planejamento da “Operação Verão” que trará a Ilhabela mais de 80 homens para auxiliar somando-se aos 37 efetivos do quadro local. Expôs informações estatísticas, confir-mando ter a PM de São Paulo 93.316 homens, em 545 Bata-lhões e Companhias, com 2.245 instalações, em 645 municípios (todos do estado de São Paulo). A frota possui 15 mil viaturas, 23 helicópteros, 6 aviões, 450 embar-cações, 2 navios, 35 mil compu-tadores, 32 mil rádios transcepto-res, valendo-se de um orçamento de R$ 9bilhões e meio/ano. A PM recebe 43 milhões de chama-das emergenciais, com 120 mil chamadas/dia, 34 milhões de intervenções, 614.500 resgates, 2.571.446 atendimentos sociais, incluindo-se partos) número su-perior a 100 mil autuações de flagrantes com envolvimento de aproximadamente 45 mil adoles-centes. Armas apreendidas atin-gem número superior a 13 mil/ano e apreensão de 60 toneladas de entorpecentes.

Fez rápida citação do PROERD, trabalho de orientação a crianças e adolescentes, com bons resultados para o enfrentamento ao tráfico de entorpecentes, desde a recusa da experimentação à im-portância do dizer “não”.

Com número entre 750 e 900 vagas em presídios, con-clui-se que há necessidade de se

PM debateu segurança com a comunidade e autoridades,em Ilhabela, abrindo diálogo que poderá trazer bons resultados. Esperamos

que qualquer problema deve ser comunicado ao “190” que as providências serão adotadas.

Foi questionada, ainda, a necessidade de um trabalho da Polícia Ambiental, no decor-rer da época de maior movimento e esse caso específico será encaminhado ao setor compe-tente, baseado em Caraguatatuba.

Prometeu o comando regional da Polícia Militar encaminhar legislação que vigora em Ca-raguatatuba, sobre a apreensão e remoção de veículos para o pátio da cidade, com aplicação de multas por causa de perturbação do sossego público e som alto.

Questionado sobre a volta do Conselho Municipal de Segurança, o Conseg, o Ten – Cel Nilson disse da importância do órgão e manifes-tou-se com a certeza de que será reestruturado, com apoio incondicional das autoridades que são membros natos. No Litoral Norte há apenas dois conselhos de segurança: na Costa Sul de São Sebastião e em Ubatuba. “Faz falta o Con-seg em uma cidade, porque é o elo ou a ponte que liga a Polícia Militar, as demais autoridades e a população”, acrescentou.

Ao final, o Comando da Polícia Militar agradeceu a todos, autoridades e população e falou da importância da comunicação social, abrangendo toda e qualquer ação capaz de proporcionar a interação da instituição com di-ferentes públicos, em todos os segmentos da sociedade, dizendo que em Ilhabela aconteceu a primeira e nas demais cidades também serão realizadas audiências públicas abordando a se-gurança pública.

Estiveram presentes, o secretário de Governo, Luiz Alberto Faria, representando o prefeito Colucci (em viagem), a vice-prefeita Nilce Signorini, os vereadores Maria das Gra-ças (Gracinha) Ferreira dos Santos Souza, Na-gib Pereira, Profa. Dita, Luiz Paladino de Araújo, Adilton Ribeiro, Carlos de Oliveira Pinto e Onofre Sampaio Júnior.

O Lions Clube marcou presença, assim como Rotary Club, Instituto Ilhabela Sustentá-vel, Associação Comercial e Empresarial e este semanário, mas a população poderia estar em maior número para debater importante tema da segurança pública.

Foi a primeira audiência pública dessa empreitada da Polícia Militar, começando, pois, por Ilhabela a nova gestão de interação com a comunidade, visando um estreitamento de re-lações, não apenas aceita e compreendia pela população e autoridades, mas aplaudida, sobre-tudo pela disposição de marcar presença, ouvir, falar e ser ouvida.

construir 10 presídios/mês, para atender a população carcerária de São Paulo, disse o Ten-Cel Nil-son.

“No Litoral Norte temos 443 policiais, sendo 17 no se-tor administrativo e, em cada base policial, no mínimo 5 em cada Companhia, além de 109 viaturas, operando setores iden-tificados como Ronda Escolar, Rocam (proporcionando mais mobilidade às ações repressi-vas), Força Tática, Policiamento Comunitário, Patrulhamento Pa-drão”, informou em uma análise bastante clara, de onde pude-mos extrair que a produtivida-de na região foi de 67 mil/ano, com 6,9 mil operações, 157 mil abordagens, 1.200 prisões, 130 condenações, 40 mil veículos abordados, 180 veículos recu-perados, mais de 1.000 flagran-tes e 115 armas apreendidas, lembrando sempre que uma arma está envolvida em mais de um ato criminoso.

Educação sim, porém, repressão não

Com 8 níveis de con-trole social distribuídos entre a comunidade, pode-se regis-trar que a família vem em pri-meiro lugar, ao lado da fé, de uma religião, para fixar valores individuais, vindo a seguir a escola que faz a lapidação do ser humano e complementa o seu alicerce, sedimentando--o. Na sequência registra-se a presença de trabalho, saúde, lazer, esporte, cultura, neces-sários a cada pessoa. As leis criadas pelos poderes consti-tuídos têm cumprimento exigi-do pelas Polícias Civil e Militar, além da Polícia Federal, como agentes do contencioso e do repressivo que encaminha os envolvidos na violação ao Mi-nistério Público e à Justiça. Estes, por seus integrantes – Promotor de Justiça e Juiz de Direito ou Federal – seguindo as regras previstas e deter-minadas pelas leis acusam e julgam, encaminhando-os ao sistema prisional.

Discorrendo sobre os níveis de controle social o Te-nente Coronel Nilson foi muito feliz na abordagem, embora alguns entendam como lugar comum, dizendo que o impor-tante e basilar se fixa na edu-cação e que ela resolve o pro-

blema, como já aconteceu em outros países, ao contrário da repressão, porque o indivíduo não sairá melhor do sistema prisional. “Aliás, isso se prova a cada momento”, acrescentou, salientando exemplo de Nova Iorque, quando o prefeito Rudolf Giuliano reuniu as forças vivas daquela importante cidade norte americana e criou o “tolerância zero”. Valendo-se de repor-tagens conhecidas, destacou a diferença entre “morar numa cidade limpa, com desenvolvi-mento urbano planejado e numa cidade mal cuidada, suja e repleta de problemas de toda ordem, dizendo que a desordem e a decadên-cia prejudicam e ferem a qualidade de vida”.

Falou com conhecimento e com razão sobre a importância do trabalho desenvolvido por uma imprensa séria, coerente e justa, ao invés de uma imprensa marrom, que não divul-ga os fatos como eles são e esconde informa-ções corretas, deixando de dizer sobre a boa atuação da Polícia Militar. “A responsabilidade social da corporação é sentida quando são pu-nidos os infratores de nossos quadros, porque jamais ficam sem respostas à comunidade os casos perniciosos e que denigrem a institui-ção”, asseverou, dizendo, ainda que “os nossos mortos, na maioria das vezes sequer a mídia anuncia com isenção”.

Com base na educação estimulada desde o século XIX, a cidade de Indaiatuba tem, hoje, um desenvolvimento satisfatório, “pois ali, a vila que deu origem à cidade construiu primeiramente uma escola, o berço de toda a sua civilização e, outra que pensou desde o princípio na implantação capitalista – Nativida-de da Serra -, as coisas ficaram diferentes e os índices negativos são surpreendentes”.

A abordagem seguiu, destacando o Te-nente Coronel Nilson a importância da atividade delegada, conveniada com a Prefeitura de Ilhabela que suporta o investimento e gastos com o pesso-al, assim como o DEJEM, uma atividade delegada mantida com o governo do estado, com os poli-ciais militares fora do horário de trabalho, propor-cionando aumento do efetivo em operação.

População falou e foi ouvidaTerminada a exposição foi aberta aos

presentes a oportunidade para se manifestar, apresentando questões relevantes que a segu-rança pública pode e deve responder como a fiscalização do trânsito, o excesso de velocida-de, utilização de aparelhos de som com barulho ensurdecedor e a perturbação do sossego, prin-cipalmente em feriados prolongados e mesmo na alta temporada, sendo respondidas, dizendo

Fotos: Ronald Kraag

O secretário de Governo, Luizinho Faria prestigiou o evento Público poderia ser em maior número, mas a PM satisfez

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Canal Aberto 400 | 21 de novembro de 2014 | www.jornalcanalaberto.com.br06SOCIAL | DESTAQUES Fotos: Ronald Kraag

Sérgio Carneiro - Economista - Universidade S. Judas/SP [email protected]

Sérgio CarneiroQuando uma mãe desa-

bafava com o Chico em Uberaba ela falava de seu filho no caminho das drogas e perguntou se aquilo era um carma. – Não, o carma está sendo gerado no minuto que passa! – Ninguém vem com condenação decretada para a vida, apenas vive-mos a conseqüência do que fomos tanto em vidas anteriores como no período que estávamos no Plano Espiritual. Porém sempre estará em nós a possibilidade de mudarmos. Não é fácil e nem suave. É uma batalha que está em nosso íntimo e cujas vitórias não têm testemu-nhas além de nós mesmos. O que não nos cabe é a impudência de esperar acontecer para agirmos. No tema particular dos tóxicos no livro “O Pensamento Vivo do Dr.

RESENHA ESPÍRITA

O carma

Inácio”, pelo médium Carlos Bac-celli, lá pelo capitulo doze, nos ensina que “não podemos, con-fiar apenas na capacidade moral do espírito que chega em nosso meio. Os jovens e mesmo adultos que caem, sob a terrível influência das drogas como se costuma ge-neralizar, não são espíritos assim tão repletos de mazela”. Faltou--lhe desde a mais tenra idade o companheirismo dos familiares e o apoio da vacina da religião bem entendida e praticada.

Depois do sucesso, lo-tando o Teatro Municipal de São Sebastião, estará de volta a peça “Brasil, a Comédia”, fato inédito em se tratando de produção lo-cal, envolvendo em alegria e co-moção todo o pessoal do projeto.

Será amanhã, a par-tir das 21 horas, com domínio do texto no estilo “stand-up co-medy”, composto por esquetes teatrais, músicas e trechos harmoniosos da História do Brasil, destacando no elenco o

Brasil, a Comédia, voltaa São Sebastião. Aplaudida

CULTURA

trabalho de David San Miguel, João Santana, Kiko Cardial, Maria Joly e Valério Wiz.

O público conhecerá vi-sões e aspectos do Descobrimen-to do Brasil, os Jesuítas, os Índios, os Piratas, matéria prima de um script envolvente, com dose inusi-tada de fantasia e realidade, onde se confundem o passado reme-morado e o presente.

Classificação livre para “Brasil, a Comédia”, em 90 minutos.

1 - O número de estudantes que deixa Ilhabela, principalmente à noite, é muito grande e justamente por isso o Dersa está proporcionando duas balsas para a travessia. Mesmo que não haja o conforto desejado, é mais espaço para os estudantes atravessarem o canal. Até com mais segurança | 2 - “Dom” Chico Góes (para di-ferenciar do Papa Francisco), foi o celebrante do enlace matrimonial do Diretor Artístico do SBT (leia-se Sílvio Santos), Alexandre Frota, com Fabiana. Cicerone, o filho (dela) Enzo. Luis Maio acendeu as velas como mestre coroinha. A capela, lindíssima e acolhedora, foi pequena, para amigos, parentes e turistas, aboletados no Perequê | 3 - Jack Spirrow, ator excepcional tem sido atração de visitantes turistas, passageiros de navios, na atual temporada. Coqueluche na Vila, sem dúvida | 4 - Motociclistas (e não motoqueiros) passeiam em ordem, com tranqüilidade e muito respeito, de forma organizada. Valorizam o bom gosto pelas cilindradas novas ou muito conservadas. Alto estilo | 5 - O plantão da Secretaria de Turismo na Vila ganhou casa nova, envidraçada, e com pessoal solícito e bem formado. Elogios de turistas. Aplausos nossos pela evolução | 6 - Técnicos de Enfermagem da ETS, a escola que veio para ficar, felizes, com os novos horizontes para suas vidas. Parabéns | 7 - Todos os anos o fato se repete, com programação extensa para a campanha de vacinação. O trabalho constante faz a diferença e “só não vacina cães e gatos”quem não quer ou é negligente, porque o trabalho é bem feito e gratuito | 8 - Yoga expõe ações muito especiais para todos e há adeptos em todo o mundo. Essa mi-lenar arte de viver tem trabalho desenvolvido em Ilhabela e satisfaz quem o abraça, diz Quil Dulci. Conheça-a |

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Fotos: Ronald Kraag

Muitos talentos para um público cada vez maior. Atores se completam e agradam

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Canal Aberto 400 | 21 de novembro de 2014 | www.jornalcanalaberto.com.br 07AQUI | MULHER

Fernando Siqueira

Fim de ano. Um mês e um pouqui-nho mais já estaremos batendo nas portas de 2015. E como será? Antes do balanço e do planejamento prévio para o ano que vem, porém, a sua correria como dona de casa, esposa, mãe e avó será uma prova dos “nove”. Tirando de lado a equação, va-mos ao frigir dos ovos. A mulher que se esmera em fazer tudo nos trinques para agradar o marido, os filhos, nora e genros (e como não!) e os pequerruchos, os netos que dão menos trabalho que os adultos, antes e acima de tudo pensa em arrumar a casa – toalhas de mesa e guardanapos novos e temáticos - se debruça sobre uma folha de papel, esferográfica na mão e faz aquela relação imensa de “obrigações”: presentes, uma a uma, para todos, com mensagens individuais; depois, o que fa-zer para a ceia de Natal, para o almoço e, também, para o réveillon, não é mesmo? Ela não esquece nada. Às vezes, pensa que esqueceu e volta à folha de anota-ções, para conferir. Tem mulher que deixa bem a vista o seu rol de coisas a fazer. Não são todas, como antigamente, mas grande parte ainda se lembra de preparar o presé-pio, organiza-se para a novena que antece-de a festa magna da cristandade, monta a árvore de Natal, novos enfeites (diferentes

O que falar? O que fazer? Como fazer? E tudo por quê?do ano anterior), novo jogo de lâmpadas “made in China” que a Regina Casé disse custar apenas R$ 1,99 (só se for no seu Saara – carioca -) porque aqui o preço é muito mais caro. Por causa da balsa, di-zem. Afinal, tudo em Ilhabela é mais caro por causa da balsa. Explora-se o turista e nem tanto o turismo e, quem aqui reside paga por todos.

Voltando à dedicação exemplar, mulher, só temos a aplaudir, porque com-partilhar consigo é difícil, dada a sua dis-posição, o seu desdobramento em mais de uma, porque não temos pernas e bra-ços. Podemos até pensar sobre a ajuda, mas nem sempre conseguimos. Você se desdobra de tal forma que ficamos es-preitando e só vê-la com esse entusiasmo todo, já nos cansamos. Muitos dirão que é invenção ou mentira, mas é a mais pura verdade.

Falar atrapalha, por isso silencia-mos. Fazer não sabemos o que, mesmo que diga, fazemo-nos de desentendidos e nem sempre fazemos como você quer – certinho, certinho -. Sobre isso, também haverá contestação, porque nós, homens, sempre nos esquivamos. Há exceções, claro e a totalidade (aqui não é a maioria) não dirá ao contrário. Homens são todos iguais. Só mudam de endereço.

OFICIAL DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E TABELIÃO DE NOTAS DO MUNICÍPIO DE ILHABELA - Rua Dois Coqueiros, 216, salas 1 a 4 - Perequê - Ilhabela

Telefone: (12) 3896 4244EDITAL DE PROCLAMAS Nº 2776 - LIVRO D - 006 *PÁGINA. 217

Faço saber que pretendem se casar ELISEU TORRES VASCONCELOS e DÉBORA DA SILVA NASCIMEN-TO, para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro.

ELE, brasileiro, estoquista, nascido em Ilhabela - SP, no dia 16 de janeiro de 1990, filho de FRANCISCO TORRES DE VASCONCELOS e de MARIA NEUZA DE JESUS, residente e domiciliado, na Travessa Idalina Maria de Jesus, nº 88, bairro Barra Velha - Ilhabela - SP.

ELA, brasileira, babá, nascida em Ilhabela - SP, no dia 08 de fevereiro 1994, filha de IRIS NASCIMENTO DA CRUZ e de LUCILENE DA SILVA CRUZ, residente e domiciliada, na Rua Jacarací, nº 47, bairro Barra Velha - Ilhabela - SP.

Ilhabela, 12 de novembro de 2014.EDITAL DE PROCLAMAS Nº 2777 - LIVRO D - 006 *PÁGINA. 218

Faço saber que pretendem se casar RAFAEL OLIVEIRA MORAIS e MICHELE DE SOUZA GARCEZ, para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro.

ELE, brasileiro, turismologo, nascido em Ilhabela - SP, no dia 24 de outubro de 1979, filho de ANTONIO CORNELIO MORAIS FILHO e de VEREDIANA SAMPAIO DE OLIVEIRA MORAIS, residente e domiciliado, na Rua Benedito Carlos de Moura, nº 119, bairro Perequê - Ilhabela - SP.

ELA, brasileira, professora, nascida em Ilhabela - SP, no dia 10 de agosto 1986, filha de SERGIO DE PAULA GARCEZ e de IZOLINA MARIA DE SOUZA, residente e domiciliada, na Rua Napoleão Leite Siqueira, nº 192, bairro Barra Velha - Ilhabela - SP.

Ilhabela, 14 de novembro de 2014.EDITAL DE PROCLAMAS Nº 2778 - LIVRO D - 006 *PÁGINA. 219

Faço saber que pretendem se casar SERGIO MARTINS NUNES e KARINA DA SILVA DOS SANTOS, para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro.

ELE, brasileiro, ajudante, nascido em São Paulo - SP, no dia 02 de março de 1989, filho de OGIER MARTINS NUNES e de MARIA INES BARBOZA DE AMORIM, residente e domiciliado, na Rua Benedito Wenceslau de Jesus, nº 321, casa 11, bairro Água Branca - Ilhabela - SP.

ELA, brasileira, cabeleireira, nascida em São Paulo - SP, no dia 17 de junho 1986, filha de GESSY FRANCISCO DOS SANTOS e de SEVERINA DA SILVA DOS SANTOS, residente e domiciliada, na Rua Benedito Wenceslau de Jesus, nº 321, casa 11, bairro Água Branca - Ilhabela - SP.

Ilhabela, 14 de novembro de 2014.EDITAL DE PROCLAMAS Nº 2779 - LIVRO D - 006 *PÁGINA. 220

Faço saber que pretendem se casar ROBERTO DOS SANTOS PEDREIRA e ELIANE APARECIDA DA SILVA, para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro.

ELE, brasileiro, autônomo, nascido em São Paulo - SP, no dia 09 de junho de 1964, filho de ANTONIO GOMES PEDREIRA e de CLARICE DOS SANTOS PEDREIRA, residente e domiciliado, na Avenida Perimetral Norte, nº 5.218, bairro Armação - Ilhabela - SP.

ELA, brasileira, caseira, nascida em Ilhabela - SP, no dia 15 de dezembro 1981, filha de PAULO JOSÉ DA SILVA e de MARIA CONCEIÇÃO ELIAS DA SILVA, residente e domiciliada, na Avenida Perimetral Norte, nº 5.218, bairro Armação - Ilhabela - SP.

Ilhabela, 17 de novembro de 2014.EDITAL DE PROCLAMAS Nº 2780 - LIVRO D - 006 *PÁGINA. 221

Faço saber que pretendem se casar JESIEL RODRIGUES DOS SANTOS e MICAELA RAIANNE PEDROSA DE ANDRADE, para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro.

ELE, brasileiro, barman, nascido em Ilhabela - SP, no dia 25 de junho de 1996, filho de GERALDINO RODRIGUES DOS SANTOS e de MAISA RODRIGUES DOS SANTOS, residente e domiciliado, na Rua Pedro Leite do Vale, nº 50, bairro Curral - Ilhabela - SP.

ELA, brasileira, auxiliar de escritório, nascida em Andrelândia - MG, no dia 13 de maio 1992, filha de CLAUDIO CESAR VICENTE DE ANDRADE e de SUELI DE FATIMA PEDROSA, residente e domiciliada, na Rua Pedro Leite do Vale, nº 50, bairro Curral - Ilhabela - SP.

Ilhabela, 19 de novembro de 2014.EDITAL DE PROCLAMAS Nº 2781 - LIVRO D - 006 *PÁGINA. 222

Faço saber que pretendem se casar LÁZARO PEREIRA BALEEIRO e RUTHE MONÇÃO LIMA, para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro.

ELE, brasileiro, garçom, nascido em Licínio de Almeida - BA, no dia 22 de agosto de 1994, filho de DAMIÃO DOS ANJOS BALEEIRO e de MARIA PEREIRA BALEEIRO, residente e domiciliado, na Rua Jacarací, nº 73, bairro Barra Velha - Ilhabela - SP.

ELA, brasileira, auxiliar de enfermagem, nascida em Guanambi - BA, no dia 18 de outubro 1989, filha de NATALINO ALVES LIMA e de LEUZA SANTOS MONÇÃO LIMA, residente e domiciliada, na Rua André Luis Gil Costa, nº 29, bairro Barra Velha - Ilhabela - SP.

Ilhabela, 19 de novembro de 2014.EDITAL DE PROCLAMAS Nº 2782 - LIVRO D - 006 *PÁGINA. 223

Faço saber que pretendem se casar RENATO SILVA TRJANO e JANINE CRISTINE BERNARDO FERREI-RA, para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro.

ELE, brasileiro, pedagogo, nascido em São Paulo - SP, no dia 24 de outubro de 1974, filho de BENEDITO MIGUEL TRAJANO e de ROSALINA VICENCIA DA SILVA, residente e domiciliado, na Rua da Cocaia, nº 750, bairro Cocaia - Ilhabela - SP.

ELA, brasileira, pedagoga, nascida em Ilhabela - SP, no dia 09 de janeiro 1984, filha de HERMENEGILDO FERREIRA e de CRISTINA CONCEIÇÃO BERNARDO, residente e domiciliada, na Rua da Cocaia, nº 750, bairro Cocaia - Ilhabela - SP.

Ilhabela, 20 de novembro de 2014.Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei.Lavro o presente para ser afixado nesta Serventia e publicado na imprensa local.

Ilhabela, outubro de 2014. Tabelião: Fernando Graziani Torres

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Canal Aberto 400 | 21 de novembro de 2014 | www.jornalcanalaberto.com.br08

Muito em voga, ata-ques homofóbicos e desres-peito às diferenças, em todo o mundo. No entanto, até mesmo com menor intensi-dade se podem ver aconte-cimentos que surpreendem, principalmente pelos envol-vidos. Formação acadêmica ou mesmo o mais simples dos mortais já passou ou testemunhou fatos dessa natureza. Quando se diz que as pessoas são diferentes e reagem a novas situações de forma distinta, nem todos crê-em, mas a verdade é uma só: as diferenças são muitas, em vários setores, havendo a ne-cessidade de serem enfrenta-das com naturalidade. Até na simples escolha das cores as pessoas tem gostos que não combinam. Então, não existe alternativa, a não ser respei-tar para ser respeitado.

Visitando, no dia de finados, túmulo de pessoa muito querida alguém depo-sitou lindas flores num vaso de porte médio. Antes, po-rém, limpou a lápide, lavou o vaso numa torneira de uso

coletivo, próxima, encheu--o de água limpa, para de-pois depositar nele as flores. Postado à frente do túmulo, em seguida fez o sinal da cruz, as suas orações e, no momento em que deixava o local viu aproximar-se do túmulo vizinho um casal de japoneses, com uma criança de mãos dadas. Chamou sua atenção um pequeno pacote que a mulher oriental tinha nas mãos. Colocou sobre o túmulo, abriu-o: era arroz cozido. Não se conteve, deu uns passos para trás e per-guntou ao japonês por que o arroz, insistindo: “não en-tendi essa de arroz sobre o túmulo, mas sei que é uma tradição japonesa; afinal, o morto de vocês virá comer o arroz?” É claro que sim: o nosso falecido virá comer o arroz quando o seu vier chei-rar as suas flores.

Trata-se de uma his-tória simples, mas mostra que respeitar a opção do pró-ximo em qualquer aspecto, é uma das virtudes que um ser humano pode ter.

Flores e arroz para os mortos? Pode ser sim

ETERNO APRENDIZCIVILIDADE

Entendendo alguns direitos da população, para a travessia São Sebastião – Ilhabela, enviamos consulta à empresa Desenvolvimento Rodoviário S. A. – Dersa, assim:

Boa tarde,estamos com uma série de problemas a se-

rem examinados por essa conceituada empresa: filas da balsa, São Sebastião – Ilhabela. Como deve funcio-nar a preferência?

Há indicadores de quantidade de balsas e tempo de espera nas demais filas e nessa não. As pre-ferências sobre as preferências, por exemplo: dentistas, médicos, promotores, juízes de direito, carros da prefei-tura e da câmara, etc...como é que se explica isso?

Gostaríamos de ter uma palavra final de vo-cês, porque por aqui, em São Sebastião às respostas (quando existem) não são convincentes.

Além de vontade política é necessário ter ação eficiente do pessoal da empresa ou da terceiriza-da, o que não está havendo. Quais as explicações que a Ouvidoria pode dar?

Grato,Fernando Siqueira – (Jornal Canal Aberto)

Resposta DersaPrezado Sr. Fernando,Sua manifestação foi encaminhada para As-

sessoria de Imprensa da DERSA, em cópia. Além do endereço eletrônico, [email protected], o senhor poderá entrar em contato por meio dos te-lefones: (011) 3702-8111 até o final 16.

Atenciosamente,Mauro Brandão Dable - OuvidoriaDERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A

Ao termos essa resposta, insistimos:Agradecemos o retorno e a atenção. Aliás, não

é sempre que temos essa atenção da sua empresa. O pessoal de São Sebastião, ao dizer comum dos ilhabe-lenses é “não me reles não me toques”. Respeitamos, mas não aceitamos. Se houvesse um diálogo maior, a vantagem seria da empresa.

Disponham,Fernando

A posição final da empresa Dersa, é esta:Prezado Sr. Fernando Siqueira,transcrevemos a resposta da área responsá-

vel sobre sua manifestação:“A DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A

informa que as isenções e prioridades nas filas das tra-vessias litorâneas são benefícios concedidos apenas por meio de lei nacional, lei estadual específica, ou de-creto estadual ou federal.

Fora esses casos, a Empresa, ainda que quei-ra, está impossibilitada de conceder qualquer preferên-cia nesse sentido, repita-se, por falta de amparo legal.

Casos de urgência e emergênciaSão os casos amparados pelo Decreto Esta-

dual 18.740/82, para a concessão de prioridade de embarque de forma imediata para as situações carac-terizadas como emergenciais, como os casos das am-bulâncias, carros de polícia e dos bombeiros, e outras situações excepcionais como, por exemplo, uma emer-gência médica (usuário ou médico), diligência policial ou judicial (delegado, investigador, juízes e promotores com veículo descaracterizado), acompanhamento de

População X Dersa é mais uma questão levantada pelo Jornal Canal Aberto

uma diligência (imprensa). Nestes casos, as creden-ciais (funcionais) devem ser apresentadas e a passa-gem registrada como eventual.

É importante ressaltar que todos os funcioná-rios possuem orientação para registrar os motivos da solicitação de passagem com prioridade e não apenas identificar o usuário e nenhum funcionário está autori-zado a conceder prioridade de embarque sem justifica-tiva de urgência ou emergência, se o caso não estiver enquadrado em alguma lei ou decreto, sendo passível de advertência, multa e dispensa por justa causa.

Atendimento preferencialQuanto ao atendimento preferencial de ido-

sos, gestantes e portadores de necessidades especiais, informamos que atendemos a Lei 10048, de 08 de no-vembro de 2000, e a Lei n. 10741, de 1º de outubro de 2003, relativas ao estatuto do idoso, a qual em seu Capitulo X, Artigo 39, Parágrafo 2º, determina:

“Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, gestantes e lactantes, de-ficientes físicos, conforme utilizado em outros meios de transportes, portanto, o usuário deve aguardar quando essas vagas estiverem ocupadas, podendo também se utilizar da fila comum para o embarque.”

Assim sendo, reservamos 08 vagas por em-barcação para o atendimento prioritário, independente do tamanho das embarcações, o que equivale a 10% da capacidade operacional efetiva da embarcação FB-25, a maior embarcação da frota da Travessia São Se-bastião x Ilhabela, conforme tabela abaixo:

Desta forma, independentemente da embar-

cação que está atracada para o embarque dos veícu-los, sempre serão atendidos 08 veículos de prioridade de idosos, gestantes e portadores de necessidades es-peciais, fazendo com que, na média, 15% deste público seja atendido por embarcação.

O acesso para o embarque é feito de forma independente, em fila exclusiva, conforme sinalização existente pelo local.

Reiteramos que todo esse procedimento é rotineiramente reforçado e fiscalizado junto à equipe de funcionários que atua nas Travessias Litorâneas do Estado.”

Atenciosamente,Mauro Brandão Dable - OuvidoriaDERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A De toda a manifestação, desde a questão

levantada por este semanário, temos que, pela vez primeira a Dersa se dignou a responder ao questio-namento. Todavia, temos para nós que, o diálogo se abre, mas há mudanças a serem feitas, porque algo só é bom, como a prestação de serviço da travessia do Canal de São Sebastião, por balsa, quando for bom para ambos os lados. Que frutifique essa aber-tura, configurando-se uma oportunidade para que a população seja menos prejudicada.