invasões bárbaras e formação do feudalismo
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A EUROPA MEDIEVAL
Por que estudamos a Idade Média?
Idade Média
ou
Idade das Trevas?
Qual é a origem do termo idade
média?
Linha do tempo: idade média
Postura pagã: aceitava a existência de um tempocíclico. Mito do eterno retorno. Exemplo: festa deAno Novo.
Postura judaico-cristã: intervenção de Deus naHistória. Caráter linear, com ponto de partida(Gênese) e de chegada (Juízo Final). Tambémrecebeu, contudo a influência do tempo cíclico,quando da cristianização das camadas populares.Repetição de eventos como Natividade, Paixão,Ressureição.
Como os homens da idade média
compreendiam seu próprio tempo?
ALTA IDADE MÉDIA: século V ao X
Baixa densidade demográfica
Epidemias de malária e varíola
Controle da natalidade (aborto, contraceptivos, infanticídio)
Muitos viúvos e celibatários
BAIXA IDADE MÉDIA: século XI ao XV
Inovações nas técnicas agrícolas
Suavização do clima;
Crescimento da população urbana
As guerras não eram devastadoras, não envolvia grande número de
pessoas;
Migrações diversas.
A idade média é dividida em
períodos
Crise do Império Romano;
Esvaziamento das cidades;
O centro da vida social e econômica passou a ser o campo (Ruralização);
Colono: O trabalhador cultivava um lote de terra do proprietário e, como pagamento pelo uso do lote, entregava a ele parte da colheita.
A formação da Europa medieval
As invasões
germânicas e o fim do
Império Romano
7º ano – 2012
História
Prof. Renata Telha
O império Romano do Ocidente
Relembrando...
O que teria levado o
Império Romano do Ocidente
ao seu fim em 476 d.c.?
O esvaziamento das cidades e a
migração para o campo
A maioria dos moradores das cidades não
encontrava trabalho e não conseguia mais
comprar nem pagar aluguel, pois os preços
haviam aumentado muito;
Os povos germânicos passaram a atacar e
saquear as cidades do Império;
Algumas cidades foram destruídas pelos
germanos e perderam seus habitantes por doença
ou morte;
INVASÕES GERMÂNICAS
Ruralização do Império
O medo tomou conta das pessoas,
e milhares delas fugiram para o campo
em busca de trabalho e segurança.
Assim, o centro da vida social deixou de
ser a cidade e passou a ser o campo.
A vida dura no campo: colonato
No campo, as
maiores e melhores
terras estavam nas
mãos de grandes
proprietários. Todos
que ali chegaram
passaram a ter de
trabalhar para eles
como colonos.
Quem eram os colonos?
O colono era um
trabalhador que culti-
vava um lote de terra
do proprietário e, co-
mo pagamento pelo u-
so do lote, entregava a
ele parte da colheita. A
essa relação de tra-
balho chamamos de
colonato.
Por que temer os germanos?
Os germanos davam importância à guerra,
valorizavam a coragem no campo de batalha, a
morte em combate e a fidelidade entre guerreiros.
Os bárbaros germanos
Os jovens guerreiros
formavam um bando
comandado por um
chefe ao qual pres-
tavam juramento de fi-
delidade. Esse bando
era chamado de
comitatus.
Leis e costumes
Os germanos não tinham lei escrita. As leis,como toda cultura germânica, eram transmitidasoralmente. O direito germânico, por sua vez, eraconsuetudinário. Ou seja, baseava-se noscostumes. Cada comunidade tinha leis e costumespróprios.
Se alguém fosse acusado de crime podiaprovar sua inocência por meio de duelo de espadas.Se vencesse, era considerado inocente. Pois avitória era um sinal de que os deuses estavam comele.
Deuses germânicos
ODIN – Deus da GuerraTHOR – Deus do trovão e
das tempestades
Odin é o Pai de Todos,
relembrado hoje como o Deus da
guerra e da fúria dos vikings. Odin
é o Deus da sabedoria e do poder
mágico, pois foi ele que resgatou
as runas, o alfabeto que guarda
os mistérios do universo. É
considerado Deus da morte, por
que ele juntamente com Freya,
recebiam os guerreiros que
chegavam em Valhalla. Símbolos:
os corvos: Munin e Hugin, os
lobos: Geri e Freki, o cavalo
Sleipnir, e a lança Gungnir
politeísmo
Frigg, mulher de Odin,
sabia do futuro dos
Deuses e dos homens.
Associada à fertilidade,
ela é considerada a
Deusa do casamento, da
família, do destino e das
crianças. Simboliza a
manutenção da ordem,
da harmonia e da paz.
politeísmo
Filho de Odin e Jord. O patronodos guerreiros e do povo.
Thor é conhecido pelas suasgrandes aventuras e por suasbatalhas contra os gigantes.Possui uma tremenda força e omartelo Mjölnir, que foi feito pelosAnões. Mjölnir é considerado omaior tesouro dos Deuses por sera proteção contra os gigantes.
Thor é associado ao trovão,também é o Deus da chuva e dastempestades. Símbolos: o marteloe a briga.
politeísmo
Thor - Marvel
Hagar - o terrível
Barco Viking
Formação dos Reinos Bárbaros
na Europa
Com o aumento das guerras contra os romanos, os
chefes desses bandos guerreiros foram ganhando riqueza, e
alguns deles tornaram-se reis.
Reinos germânicos
Os reinos germânicos, formados ao final do século
V, com o fim do Império Romano, foram:
Reino dos Anglo-saxões
Reino dos Visigodos
Reino dos Suevos
Reino dos Vândalos
Reino dos Ostrogodos
Reino dos Francos
Você seria capaz de responder?
1. O texto a seguir é de Tácito, historiador romano, que
viveu entre 55 e 120 d.C. Leia o texto com atenção.
“ Quando vem o combate é vergonhoso para o chefe
que excedam em valor e vergonhoso para os
companheiros não igualar esse valor do chefe. É até
uma infâmia [...] sair de um combate sobrevivendo a seu
chefe: primeiro dever é defendê-lo, protegê-lo [...]; lutam
os chefes pela vitória, pelo seu chefe [lutam] os
companheiro.”
De acordo com o texto: Quais são os valores cultivados
pelos germanos?
Vamos investigar?
As leis dos germanos eram
consuetudinárias. E no Brasil, como são
as leis? Descubra como é o sistema de
leis brasileiro e compare com o sistema
de leis germânico.
Seu trabalho vale 1,0.
A formação do
feudalismo
O Império Franco
Os Francos se destacaram
Dentre os reinos
germânicos, os francos,
que se situavam na
Gália, se destacaram.
Formaram um grande
império, que estabilizou
a Europa Central por
um período, e
expandiram o
Cristianismo entre os
bárbaros.
Dinastia Merovíngia
http://heroismedievais.blogspot.com.br
Rei Clóvis
Dinastia Merovíngia
Clóvis foi oprimeiro rei francodaquela que ficouconhecida comodinastia Merovíngia.
A dinastiarecebeu esse nomepor causa de umancestral de Clóvis,chamado Meroveu,que reinara em umadas tribos francas.
Cena de Batalha contra os Visigodos
Dinastia Merovíngia
Clóvis estabeleceu a
capital do seu reino em uma
antiga cidade romana
chamada Lutetia Parisiorum,
mais tarde Paris. Converteu-
se ao catolicismo em 496 e,
com a ajuda da Igreja
Católica, organizou o seu
reino enquanto conquistava
mais terras.
Dinastia Merovíngia
CARACTERÍSTICAS:
Os francos não tinham noção de Estado – eles
entendiam o poder e o reino como propriedades
particulares do soberano;
Foi marcada por desordem, violência,
assassinatos e traições constantes,
enfraquecendo a autoridade do rei;
Criação do cargo de prefeito do palácio ou
mordomo do paço: membro da aristocracia que
cuidava da administração do reino.
Quem escolhe o rei?
Um dos mais importantes desses prefeitos foi
Carlos Martel, que impediu a conquista da Gália pelos
árabes vindos da Espanha, no século VIII, na Batalha
de Poitiers.
Após a morte de Carlos Martel, seu filho, Pepino,
o Breve (assim chamado pela sua baixa estatura),
assumiu a função do pai.
Carlos Martel
Início da Dinastia Carolíngia
Temendo ser chamadode usurpador em suapretensão de ser rei, Pepinobuscou e obteve o apoio dopapa Zacarias. Só entãoPepino afastou Childerico III, oúltimo rei merovíngio,iniciando assim uma novadinastia. Mais tarde ficouconhecida como dinastiacarolíngia, por causa de seurepresentante mais famoso: orei Carlos Magno, filho dePepino.
Aliança entre reis e papas
A base dos acordos era simples: os reis
bárbaros recebiam apoio político e espiritual da
Igreja Católica, que reconhecia o poder dos reis.
Em troca, os reis reconheciam a autoridade
moral e política da Igreja Católica, pagavam-lhe
tributos e adotavam o catolicismo como religião
oficial e única.
Os acordos eram celebrados com a
conversão dos reis bárbaros e de seus súditos
ao cristianismo.
Aliança entre reis e papas
A primeira aliança ocorreu
em o rei carolíngio Pepino, o
Breve. Em troca de favores,
entregaria as terras da Península
Itálica ao Papa Estevão II. Em
troca, o papa reconheceria
Pepino como rei e seus
descendentes como legítimos
herdeiros do trono franco.
Coroação de Carlos Magno
pelo Papa Leão III, em Roma
do ano 800. O gesto
simbolizava que o poder vinha
de Deus, reafirmando a
autoridade da Igreja sobre os
homens e os reis.
Império carolíngio
Qual era a extensão do Império
Carolíngio?
Ao longo dos séculos V a IX, a Europa
conheceu uma série de reinos germânicos.
Dentre eles, se fortaleceu o reino dos
Francos. Carlos Magno, no século IX, formou
o chamado Império Carolíngio, que abrangia
boa parte da Europa (atual França, Alemanha,
Bélgica, Holanda, Suíça, Áustria, Hungria,
Eslováquia, República Tcheca, além de parte
da Itália e da Espanha)
Atividade 1
Observe a imagem de Carlos
Magno, ao ado. Que
elementos presentes nessa
imagem ajudam a
compreender melhor o
Império Carolíngio? O que
cada um desses elementos
representa?
Administração do Império
Carolíngio
Para facilitar a administração do Império,
Carlos Magno, dividiu o território e entregou sua
administração a funcionários de confiança.
Surgiram assim as marcas, territórios
localizados na fronteira do império, controlados
pelos marqueses; os ducados, próximos às
fronteiras, governados pelos duques; e os
condados, os demais territórios, dirigidos pelos
condes. Mais tarde, esses funcionários formaram a
base da nobreza europeia.
Atividade 2:
Responda:
a) O que os marqueses, duques e condes tinham
em comum?
b) Em que eram diferentes?
Fidelidade e Honra
Para evitar as agitações e traições quemarcaram a dinastia merovíngia, os reis carolíngiosestimularam o costume germânico das relações defidelidade e honra entre senhor e súditos, criando ainstituição da vassalagem.
Para garantir a fidelidade de seuscomandados, Carlos Magno usou suas conquistaspara doar terras. Com isso o poder real acabouenfraquecido, pois entre o rei e os súditos surgirammuitos intermediários – os senhores de terras, commuitos poderes em suas propriedades.
Alianças e Fidelidade
Com base no comitatus, ou seja, na
aliança entre guerreiros em troca de
fidelidade, estabeleceu-se a política de
alianças, conhecida como relação de
suserania e vassalagem.
Esta relação consistia em um nobre
(na maior parte das vezes, o rei) doar
feudos a outro nobre em troca de auxílio
militar, apoio e doação de terras.
Suserania e Vassalagem
Suserano era quemdoava feudos em troca deapoio militar contrainvasores. E vassalo eraquem recebia feudos.
Assim acontecia oestabelecimento dealianças entre senhoresfeudais e o que estava emjogo era a proteção, apoiomilitar e a doação deterras.
Homenagem e Investidura
O vínculo entre suserano e vassalo era
estabelecido nas cerimônias de Homenagem
e Investidura, que possuíam caráter religioso
devido a realização de juramentos de
fidelidade entre ambos os senhores
perante à Bíblia ou outra relíquia
considerada sagrada pela Igreja Católica da
época. A iluminura, anterior, representa seu
acontecimento.
Homenagem e Investidura
Responda:
A miniatura anterior é francesa e data do século XIII.
Ela mostra a cerimônia de juramento de lealdade do
vassalo a seu suserano.
1. Como identificar o suserano e o vassalo?
2. O que o vassalo recebia nessa cerimônia?
Abaixo, vocês poderão ler um trecho de
uma homenagem e uma investidura:
«…quinta-feira, foram prestadas homenagens ao conde. Realizaram-se segundo as fórmulas estabelecidas, na ordem seguinte: – Emprimeiro lugar fizeram a homenagem assim: – O conde perguntou aofuturo vassalo se ele queria ser seu verdadeiro homem, e esterespondeu: “Eu quero”. Depois, colocando as mãos entre as doconde, aliaram-se, beijando-se. Em segundo lugar, o que haviaprestado homenagem, prestou juramento perante o conde, nestestermos: – “Prometo, por minha honra, ser, a partir deste instante, fielao conde Guilherme, guardar-lhe, contra todos e inteiramente, aminha homenagem, de boa fé e sem mentira”. E, em terceiro lugar, fezeste juramento sobre as relíquias dos santos. Em seguida, com a varaque tinha na mão, o conde deu-lhe a investidura, a ele e a todos osque acabavam de lhe prestar homenagem, de lhe prestar fidelidade etambém de lhe prestar juramento».
Galberto de Bruges - Hist. du meurtre de Charles le Bon, ed. Pirenne.
Resumindo...
Os laços de suserania e vassalagem tinham as
seguintes características:
Vitalício (os compromissos cessavam com a morte de
uma das partes);
Alguém se tornava “moço” (vassalus) de um ancião
(senior), como pai e filho;
Relação de respeito e fidelidade;
Um sustentava e outro servia; um liderava e outro lutava;
Resumindo...
Enquanto os reis carolíngios
perdiam poder, os nobres se
fortaleciam, ao receber benefícios reais
em troca de auxílio militar. Assim, aos
poucos, o território foi se fragmentando
em diversos feudos. Os reis ao doarem
feudos cediam aos senhores os direitos
sobre a população ali existente.
Divisão do Império Carolíngio
Após a morte de Carlos Magno em 814 d.C, o
Império é dividido, já que seu filho e sucessor, Luís,
o Piedoso, teve dificuldade para impor sua
autoridade. E, após sua morte, seus filhos
disputaram e dividiram o trono entre si.
Com a divisão, o poder dos reis enfraqueceu.
Tornou-se difícil combater os vikings, árabes e
húngaros que invadiram a Europa entre os séculos
IX e X. Assim, tiveram que pedir auxílio aos nobres
e, em troca, doaram a eles feudos.
Império Carolíngio
Em pouco mais de 40 anos, Carlos Magno conquisto a
maior parte da Europa Central, o norte e o centro da
Península Itálica. As vitórias militares eram sempre
seguidas da imposição da religião cristã.
Tratado de Verdum
A origem da palavra feudo
Feudo é uma palavra que vem dogermânico vieh e significa bem deimportância. Também pode significarbenefício. Naquela época, este benefíciopoderia ser:
uma grande área de terra,
direito de ocupar um cargo,
direito de receber impostos,
direito de cobrar pedágios sobre pontes.
Uma combinação de elementos
O feudalismo formou-se por meio de um
longo processo que combinou elementos de
origem romana, como o colonato, com outras
de origem germânica, como o comitatus.
Somente entre os séculos IX e X, o
feudalismo consolidou-se. E por quê?
As principais características do
feudalismo:
Relações baseadas na dependência e na
fidelidade (suserania e vassalagem);
Poder político descentralizado (poder
dividido entre diversas pessoas e não
concentrado em um rei);
Predomínio do Cristianismo;
Produção econômica girava em torno da
agricultura e estava voltada para
subsistência.
O feudo
O que era o feudo?
Suserania e vassalagem: o feudo como moeda de troca
Quem vivia no feudo?
Como era a vida no feudo?
Você lembra o que é feudo?
Feudo é uma palavra que vem do germânico
vieh e significa bem de importância. Também pode
significar benefício. Naquela época, este benefício
poderia ser:
uma grande área de terra,
direito de ocupar um cargo,
direito de receber impostos,
direito de cobrar pedágios sobre pontes.
Alianças e Fidelidade: uma troca
por feudo
Em geral, o feudo era dado para umnobre em caso de estabelecimento de aliançase pactos de fidelidades. A esta relaçãochamamos de suserania e vassalagem.
É importante lembrar que isso sóacontecia entre nobres!
E, mais, na maior parte das vezes, ofeudo era uma extensão de terra concedida aum vassalo, que passava a ter plenos poderessobre o lugar e sobre quem o habitava.
Características
O feudo era dividido em 3 partes:
reservas senhoriais,
mansos servis,
terras comunais.
Manso senhorial
Reservas (mansos) senhoriais: terras exclusivas do senhor,
cultivadas pelos camponeses durante alguns dias da semana.
Toda produção pertencia ao senhor. No centro, ficava o
Castelo. No caso de ter sido concedido à Igreja, ficava a
abadia.
Manso servil
Mansos servis: pequenas
faixas de terras cedidas
aos camponeses. Em
troca, esses
trabalhadores entregavam
ao senhor uma parte da
colheita, ou o equivalente
em dinheiro, ou ainda
trabalhavam alguns dias
do ano para o senhor.
Terras comunais
Terras comunais: pastagens, pântanos, bosques. Muitas
vezes, usado para fuga dos camponeses.
O feudo
As principais partes de um
feudo:
Castelo
Campos
Pastos
Moinho de Vento
Aldeia
Igreja
Como era a vida no
feudo?
Sociedade, Economia, Cultura
Como era a vida no feudo?
O feudo produzia quase tudo de que
necessitavam: alimentos, roupas, ferramentas,
tecidas, etc. Vinha de fora apenas o sal, necessário
para conservar a carne, e o ferro, para fabricar
armas e utensílios. Por isso se diz que a
economia era autossuficiente ou de
subsistência.
.
A economia agrária
As principais atividades econômicas dos feudosmedievais eram:
A agricultura: cultivo de trigo, cevada, feijão,, ervilha, uva
A criação de animais: bois, carneiros, cabras e cavalos;
O comércio era restrito. Em geral, as trocas eram feitas deproduto por produto. Quando existia moeda, era cunhadano próprio feudo. Em geral o que prevalecia era oescambo;
O artesanato: nas vilas e nos feudos havia a atividade dosartesãos, que produziam tecidos, móveis, utensíliosdomésticos, ferramentas de trabalho (enxadas, foices, etc.)e vários produtos. A maioria dos artigos destinava-se aoconsumo dos senhores feudais, mas também, em menorescala, ao uso dos camponeses, que os adquiriam porescambo.
A Sociedade Medieval
3 Ordens ou grupos sociais
Na sociedade feudal, a posição social de
uma pessoa dependia de seu nascimento.
Assim, o filho de nobres era nobre por toda
vida. E o filho de camponeses, mesmo
trabalhando duro, não conseguia alterar sua
posição social.
No auge do feudalismo europeu, a
sociedade era dividida em três grupos:
nobreza, o clero e os camponeses.
Cada grupo tinha sua função na
sociedade
O clero era responsável pela oração;
Os nobres eram responsáveis pela
defesa do feudo;
Os camponeses eram responsáveis
pelo trabalho que alimentaria o clero e
os nobres.
A NOBREZA:
OS QUE LUTAM
A NOBREZA: LUTAR
A nobreza era composta por reis, duques,marqueses, condes, viscondes, barões e suaprincipal atividade era a guerra.
Os nobres ofereciam proteção e exigiam sersustentados e alimentados pelo povo desarmado.
Viviam na ociosidade e consideravam otrabalho era indigna.
Suas principais ocupações eram a guerra, acaça e os torneios, por meio do qual participavapara obter ganhos (armas dos perdedores e resgatepara libertá-los)
O CLERO: ORAR
O Clero era formado pelo papa, pelos
cardeais, bispos, abades, monges e padres. A
maioria desses religiosos tinha origem nobre e
possuía feudos, muitos deles enormes. Cerca de
um terço das terras da Europa Ocidental
pertencia à Igreja, num tempo em que a terra era
a principal medida de riqueza. A Igreja Católica
era a instituição mais rica e mais importante da
sociedade feudal. Sua obrigação era orar pela
salvação dos pecadores.
Imagem de um manuscrito do
século XIV que mostra um bispo
abençoando a feira de St. Denis
(próximo de Paris), realizada todo
ano no mês de junho.
Os camponeses: trabalhar
Os camponeses eram em sua maioria servos
da gleba (terra). O servo era assim chamado por se
encontrar preso à terra, isto é, sem liberdade para
deixar o feudo em que vivia e trabalhava.
Porém servo não é o mesmo que escravo! O
servo não podia ser vendido, trocado ou punido,
como se fazia com um escravo. Além disso, era
dono de seus instrumentos de trabalho.
Servidão
O camponês tornava-se um
servo em troca de proteção
senhorial e direito de usar a terra
para o próprio sustento. Em troca,
tinham uma série de obrigações
para com o seu senhor. A seguir,
vamos ver algumas delas:
Obrigações do servo
Corveia: Obrigação de trabalhar de graça para osenhor alguns dias da semana. Além de cuidar dasplantações do senhor, deveria construir ou consertarcaminhos, reparar pontes, cortar e carregar madeira,etc.
Talha: Obrigação de entregar ao senhor parte do queproduzia no lote reservado ao seu uso;
Banalidade: Pagamento em produtos que os servosdeviam aos senhor por usar o forno, o moinho, asprensas, e outros equipamentos do feudo.
Dízimo: Pagar 10% de tudo que produziam para aIgreja.
Muitas obrigações e pouca
produtividade
O sistema feudal era caracterizado pelas
obrigações (ou impostos) destinadas aos servos,
que não se sentiam estimulados a aumentar a
produção com inovações tecnológicas, pois isso
significava produzir mais. Porém, não para si, mas
para o senhor. Por esse motivo, o desenvolvimento
técnico do período foi irrelevante, de certa maneira,
limitando a produção.
Potentes X humiles
A distinção social predominante era entre potentes e
humiles, quer dizer poderosos e fracos. A partir do
século XIII, passou a ser substituída por dives e
pauper, ou seja, ricos e pobres O símbolo de
riqueza até esse período, contudo, não era o
dinheiro (como conhecemos hoje), mas a posse de
terras e homens.
Atividade 1:
Observe a imagem
ao lado com atenção:
a) Identifique os
grupos sociais nela
representados.
b) Explique a
ocupação de cada
um desses grupos
na sociedade
medieval.
Atividade 2:
O que se pode concluir com base na leitura do trecho
a seguir?
“ Na sociedade feudal, a posição social de uma
pessoa dependia do seu nascimento. Assim, o filho
de nobres era nobre por toda vida. E o filho de
camponeses, mesmo trabalhando duro, não
conseguia alterar sua posição social.”
Atividade 3:
Explique com suas palavras como era a vida
no Feudo:
Atividade 4: 5,0
Em grupo, façam uma maquete de um feudo
usando material de sua escolha. Depois, cada grupo
apresentará à turma o seu trabalho. E a professora
fará perguntas sobre a matéria dada.
TESTE
5,0
1º Bimestre
Responda as questões abaixo:
a) O que era feudo?
b) Por que a sociedade feudal é conhecida pelo
termo “sociedade de ordens”? Explique.
c) Cite as principais características do feudalismo e
comente cada uma delas:
d) Dê 2 exemplos de obrigações dos servos e
explique cada uma delas.
e) Explique com suas palavras:
i) A formação do feudalismo
ii) A consolidação do Feudalismo
http://www.historiadomundo.com.br/germanica/mit
ologia-germanica.htm
http://nordicosantigos.blogspot.com.br/2011/03/pov
os-vikings.html
Fontes:
As transformações no
feudalismo
Inovações tecnológicas a partid
do século X
Essas inovações aumentaram a
produção de alimentos e o crescimento
populacional, transformando o
feudalismo europeu.
Inovações Tecnológicas
a) O uso do arado de
ferro ( A CHARRUA )
em um lugar do arado
de madeira;
Inovações Tecnológicas
A introdução do sistema
de cultura em três
campos ( ROTAÇÃO
TRIENAL ). Antes, eram
usados apenas dois
campos ( ROTAÇÃO
BIENAL ). A partir do
século XI, cada área
passou a ser dividida
em três campos.
Inovações Tecnológicas
c)A utilização do
cavalo para puxar o
arado. O cavalo antes
era atrelado pelo
pescoço, fato que
limitava seu
rendimento e
resistência;
Inovações Tecnológicas
d) O aproveitamento e a
difusão dos moinhos
acionados pela força do
vento ou da água
contribuíram para
aumentar a velocidade e
a qualidade da margem
do trigo.
Crescimento Populacional
As melhorias técnicas
praticadas a partir do
século X, a redução das
guerras feudais e o fim
das invasões externas
possibilitaram uma
produção maior de
alimentos, originando
assim um excedente
agrícola.
Os efeitos do excedente
agrícola:
Aumento populacional;
Possibilitou o
revigoramento do
comércio e das
cidades.