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COMO EVITAR
ENCHENTES,
JULIE SOUL
WWW.VIVENDOSUSTENTAVEL.COM
ANO DE 2019
ESTE EBOOK TEM SUA DISTRIBUIÇÃO
GRATUITA COMO FORMA DE PROPAGAR
INFORMAÇÕES ÚTEIS À POPULAÇÃO, E
INCENTIVANDO A APLICAÇÃO DE IDEIAS
SUSTENTÁVEIS NAS CIDADES.
INTRODUÇÃO:
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ESTE EBOOK TEM A FINALIDADE DE INSTRUIR DE
FORMA SUCINTA E ILUSTRADA A POPULAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE DESASTRES NATURAIS DECORRENTES DE
EVENTOS METEOROLÓGICOS SOMADOS À INTERVENÇÃO
HUMANA, SOBRETUDO NOS GRANDES CENTROS URBANOS.
CONSIDERANDO QUE, AS PRINCIPAIS CAUSAS DE
INUNDAÇÕES, ALAGAMENTOS E ENXURRADAS DEVEM-SE A
FALTA DE PLANEJAMENTO URBANO CONSCIENTE,
OCUPAÇÃO IRREGULAR DAS ENCOSTAS E LEITOS DOS
CURSOS D’ÁGUA, REDUÇÃO DAS ÁREAS PERMEÁVEIS E
AUSÊNCIA DE REDE DE DRENAGEM URBANA EFICIENTE.
APRESENTAMOS AO LONGO DESTE TRABALHO
SUGESTÕES DE COMO OS CIDADÃOS PODEM CONTRIBUIR
PARA EVITAR OU MINIMIZAR A OCORRÊNCIA DESSES
DESASTRES NATURAIS NO MEIO URBANO
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A contínua circulação da água na natureza estabelece um
processo denominado de ciclo da água ou ciclo hidrológico. Esse
ciclo corresponde ao conjunto de mudanças de ambiente e
estado físico da água no passar do tempo. Neste processo a água
passa por três estados: líquido (rios, lagos e mares), gasoso
(evaporação/evapotranspiração) e sólido (neve).
Apesar das denominações água superficial, subterrânea e
atmosférica, na realidade, a água é uma só e está sempre
mudando de condição. A água que precipita na forma de chuva,
neve ou granizo, já esteve no subsolo, em icebergs e passou
pelos rios e oceanos. A água está sempre em movimento; é
graças a isto que ocorrem: a chuva, a neve, os rios, lagos,
oceanos, as nuvens e as águas subterrâneas (Fonte: MMA, 2016).
ENCHENTE: definida como a elevação do nível d’água no canal de
drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do
canal, porém, sem extravasar.
INUNDAÇÃO: transbordamento das águas de um curso d’água,
atingindo a planície de inundação ou área de várzea. Existem três tipos
de inundação:
Inundação fluvial: quando ocorrem fortes chuvas que causam o
transbordamento da água de rios e lagos;
Inundação marítima: originada por grandes ondas e ressacas;
Inundação artificial: causada por falhas humanas, como rompimento de
barragens, acidentes na operação de comportas, etc.
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meioambiente.mg.org.br
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ENCHENTE,ALAGAMENTO, INUNDAÇÃO E ENXURRADA?
ALAGAMENTO: é o acúmulo temporário de águas em
determinados locais por deficiência no sistema de drenagem.
Cobrindo reduzida parte da planície.
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ENXURRADA: Escoamento superficial concentrado e com alta
energia de transporte, ocasionado em eventos chuvosos intensos
ou extremos. Geralmente quando ocorrem não há tempo para os
moradores se protegerem ou salvarem os seus bens.
Ocorrem frequentemente deflagrados por chuvas rápidas E
fortes, chuvas intensas de longa duração, degelo nas montanhas E
outros eventos climáticos tais como furacões E tornados, sendo
intensificados pelas alterações ambientais E intervenções urbanas
de origem antrópica (Minc, IPT, 2007).
As enchentes e inundações representam um dos principais
fenômenos naturais que afligem comunidades urbanas ou rurais
quando atingidas. Esses fenômenos de natureza hidrometeorológica
fazem parte da dinâmica natural (Minc, IPT, 2007).
Em resumo, a ocorrência de enchentes, alagamentos,
inundações ou enxurradas em meio urbano depende de fatores
naturais (meteorológico e geotécnico) e fatores antrópicos
(urbanização).
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POR QUE OCORREM?
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COMO EVITAR?
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O aumento de áreas livres de edificação, com
vegetação de qualquer porte contribui para o intensificar a
Infiltração no solo ou nas rochas, de águas pluviais, sendo
a mesma direcionada ao lençol freático, ressurgindo na
superfície como nascentes, fontes, pântanos, ou
alimentando cursos d’água. Em detrimento às áreas
impermeáveis (asfalto, calçada, construções, etc) que
aumentam o volume de escoamento superficial
direcionado para a rede de macrodrenagem.
1. AUMENTAR A PERMEABILIDADE DE ÁREAS
PÚBLICAS E PARTICULARES
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2. NÃO OCUPAR AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE – APP’S DE CURSOS D’ ÁGUA
O Código Florestal determina que em todos os cursos d’
água com até 10,00 m de largura deve ser preservada uma
faixa de 30,00 m em cada margem denominada de Área de
Preservação Permanente (APP). Nessas faixas de APP deve ser
preservada a vegetação nativa visando o aumento de áreas
permeáveis que evitam o trasbordamento da calha maior. Nas
APPs é vedada a construção de edificações e atividades
agropecuárias diretas.
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3. NÃO OCUPAR AS ENCOSTAS DE MORROS
O Código Florestal (art. 2º) estabelece proteção permanente
para as bordas de tabuleiros ou chapadas, os topos de morro,
montes, montanhas e serras e para as encostas com alta
declividade, entre outras áreas de grande relevância ambiental.
A Legislação urbanística municipal deve respeitar estes
preceitos. Entretanto, verifica-se uma ocupação irregular intensa
nos morros de grandes cidades, formando as conhecidas
“FAVELAS”. Surgem assim as áreas de risco com deslizamentos de
terra.
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4. CONTRIBUIR PARA A LIMPEZA URBANA
MUITAS VEZES, EXISTE SISTEMA DE DRENAGEM URBANA,
ENTRETANTO, PELA FALTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA
POPULAÇÃO O SISTEMA NÃO FUNCIONA EFICIENTEMENTE. O
RESÍDUO DESCARTADO DE FORMA IRREGULAR ACUMULA-SE NOS
BUEIROS E EVITA QUE A ÁGUA DA CHUVA ESCOE
CORRETAMENTE PROVOCANDO OS ALAGAMENTOS .
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5. UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE DRENAGEM URBANA
SUSTENTÁVEL NOS LOTES
As técnicas de drenagem urbana sustentável são amplamenteutilizadas em países de primeiro mundopor meio da infiltração,retenção ou detenção de águas pluviais. Dentre as técnicas quepodem ser utilizadas tanto em áreas públicas quanto particularespodemos citar:
A. MICRORRESERVATÓRIO (c/ ou sem reuso da água)B. TELHADOS VERDESC. JARDINS DE CHUVA OU BIORRETENÇÃOD. VALA DE INFILTRAÇÃOE. TRINCHEIRA DE INFILTRAÇÃOF. POÇO DE INFILTRAÇÃOG. BACIA DE RETENÇÃOH. BACIA DE DETENÇÃO
CONCLUSÃO:
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A OCORRÈNCIA DE INUNDAÇÕES,
ALAGAMENTOS E ENXURRADAS NAS CIDADES NÃO
DERIVA ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE DA INTENSIDADE
PLUVIOMÉTRICA, MAS DE FATORES AMBIENTAIS E
URBANÍSTICOS COMO: USO E OCUPAÇÃO DO SOLO,
DIMINUIÇÃO DAS ÁREAS PERMEÁVEIS E AUMENTO DA
TAXA DE IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO.
ALÉM DA FALTA DE INVESTIMENTOS PÚBLICOS
EM PROJETOS DE DRENAGEM URBANA, AINDA EXISTE O
DESCONHECIMENTO DA POPULAÇÃO QUANTO A
IMPORTÂNCIA DE MANTER ÁREAS VERDES NOS LOTES
OU OUTRAS ALTERNATIVAS DE EVITAR O ACÚMULO
ESCOADO DE ÁGUAS PLUVIAIS A SEREM DESPEJADOS
NA MACRODRENAGEM PÚBLICA.
ATRAVÉS DE TÉCNICAS SIMPLES E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL PODEMOS EVITAR OU MINIMIZAR OS
EFEITOS PROVOCADOS PELA OCUPAÇÃO CAÓTICA DE
NOSSAS CIDADES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12651.htm
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E UNIDADES
DE CONSERVAÇÃO & ÁREAS DE RISCO. O QUE UMA
COISA TEM A VER COM A OUTRA? RELATÓRIO DE
INSPEÇÃO DA ÁREA ATINGIDA PELA TRAGÉDIA DAS
CHUVAS NA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO /
Wigold Bertoldo Schäffer... [et al.]. – Brasília: MMA, 2011. 96
p. : il. color. ; 29 cm. + mapas. (Série Biodiversidade, 41)
APRESENTAÇÃO DE CURSO DE CAPACITAÇÃO DE
TÉCNICOS MUNICIPAIS PARA PREVENÇÃO E
GERENCIAMENTO DE RISCOS DE DESASTRES
NATURAIS – CPRM. Disponível em:
https://defesacivil.es.gov.br/Media/defesacivil/Capacitacao/M
aterial%20Didático/
CICLO DA ÁGUA. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos/aguas-
subterraneas/ciclo-hidrologico.html
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