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1 Instrumentos e Mercados Financeiros A crise do “Subprime” no mercado Norte-Americano 2 Noção do Subprime Causas da crise Consequências da crise A crise subprime em Portugal Previsões para as economias afectadas pela crise Introdução

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Instrumentos e Mercados FinanceirosA crise do “Subprime” no mercado Norte-Americano

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Noção do Subprime

Causas da crise

Consequências da crise

A crise subprime em Portugal

Previsões para as economias afectadas pela crise

Introdução

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Noção de “subprime”• A hipoteca clássica americana era uma hipoteca que cobrava uma taxa de

juros “fixa” que permanecia a mesma durante os 30 anos do empréstimo

Facilitava os pagamentos, já que a renda do tomador subia de acordo com a

inflação

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SUBPRIME Crédito à habitação de alto risco que se destina à

população com baixos rendimentos, a única garantia exigida é o imóvel, através de uma hipoteca.

Risco que as instituições de crédito

Baixas garantias do pagamento dos empréstimos

O Subprime é um empréstimo de taxas de juros altas Risco elevado

Noção de “subprime”

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Community Reinvestment Act [Lei de reinvestimento comunitário], de 1977, tornou ilegal a prática de restrição de crédito por motivos de raça ou de prevenção econômica

Congresso e a administração Clinton, em 1990 estimularam políticas favoráveis à aquisição de um grande número de moradias.

Depois do crescimento tecnológico no início do século XXI, deu-se uma fuga de capitais de investimento em direcção aos bens imobiliários.

Atentados do 11 de Setembro anunciavam um clima de instabilidade internacional que levou os Bancos Centrais baixarem as taxas de juro para níveis muito baixos, com o objectivo de voltar a aumentar o consumo e a produção através do crédito, ou seja, com o objectivo de estimular a economia.

Formação de uma bolha imobiliária justificada por uma enorme liquidez

Causas da crise

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Causas da crise

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2004 A Reserva Federal dos Estados Unidos começou a subir a taxa de juro para tentar controlar a inflação.

O crescimento do preço das casas que tinha sido alto entre os anos de 2001 e 2005 passou a decrescer de forma contínua.

Causas da crise

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Em Agosto de 2005 o preço da habitação e as taxas de venda caíram de forma acentuada.

As execuções hipotecárias cresceram

Várias instituições começaram a ter problemas de liquidez para devolver o dinheiro aos investidores e problemas a obter recursos.

Causas da crise

2005 foi o ano em que se concederam

mais hipotecas subprime, e haviam

créditos por um período de 2 anos, o

que acontece é que, em 2007 acaba o

período de carência para estes

indivíduos.

vendiam a casa a um preço

mais alto do que o da

aquisição e pagavam a dívida.

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Instituição de Crédito concede uma hipoteca

Regista esta acção no balanço, o que significa que insere os benefícios mas também assumo o risco do crédito.

Pela regulação, o risco e as reservas limitam o número de hipotecas que as instituições podem conceder.

Para reduzir o risco assumido e as reservas necessárias

As entidades começaram a passar a outros as hipotecas, para que quem as adquire-se ficasse com os benefícios mas também assumisse os riscos

Assim, as instituições podem conceder mais créditos hipotecários do tipo subprime.

Titularização

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Em situação normal não haveria ninguém a querer comprar uma hipoteca

subprime, então o que as entidades fizeram foi a chamada titularização

As entidades das hipotecas “agarram” em muitas hipotecas, algumas subprime e outras não, combinam-nas num “pacote” e vendem-nas, isto é, embrulham as suas hipotecas e vendem-nas em lotes como derivados de crédito

Collateralized Debt Obligations (CDOs)

Instrumentos que teoricamente são de alta qualidade, pois estão bem diversificados e salvaguardados com garantias imobiliárias, até reconhecidos pelos a Standard & Poors, a Moody’s e Fitch

Titularização

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Estes derivados de créditos foram comprados

Primeiro nível por hedge funds

Segundo nível houve fundos de rendimento fixo e planos de pensões que compraram participações nestes hedge funds

Terceiro nível ao comprarem os fundos que agora constituíam os hedge funds

Titularização

Foi deste forma que o

produto se dispersou e em

vez de haver apenas uma

entidade que assumia todo

o risco

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Consequências da crise dos créditos "subprime" sobre a economia americana

A crise dos créditos "subprime" fez alguns estragos em todo o mercado imobiliário, nomeadamente os seguintes:

As vendas consecutivas de habitações com falhas no pagamento têm como primeiro efeito saturar o mercado imobiliário, dando origem a uma descida dos preços

A construção de novas habitações abranda, e as revendas baixam

A descida dos preços do mercado imobiliário diminui as possibilidades de empréstimo

para as famílias que querem hipotecar as suas habitações devido à subida das taxas

Consequências

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Consequência da crise ‘subprime’ nos mercados globais

Consequências

Novas hipotecas

Se o tomador não conseguir pagar a sua dívida inicial, inicia-se a um ciclo de

não-recebimento por parte dos compradores dos títulos, provocando falta de

confiança no mercado de emprestar e comprar os „subprime‟

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Consequência da crise ‘subprime’ nos mercados globais Os créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em activos que vão render juros

para investidores na Europa e outras partes do mundo

como os mercados estão interligados a crise da liquidez também atinge a Europa

Banco Francês BNP Paribas

congelou três dos seus fundos de investimento que tinham recursos aplicados em créditos gerados a partir de operações hipotecárias nos EUA

IKB alemão e o NIBC holandês

A crise de liquidez na Europa não é mais do que um reflexo directo do pânico que se instalou entre os investidores, que correram a levantar as aplicações.

Consequências

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Consequência da crise ‘subprime’ nos mercados globais

O mercado do Japão, da Índia e China, vão ser atingidos pela crise visto serem os

grandes motores de crescimento mundial

EUAEUA

China

Índia

Consequências

Consumo do mundo

Sendo o maior importador mundial de produtos

manufacturados na China, a crise irá provocar

uma redução drástica das exportações chinesas

O crescimento económico oscila entre 0,6% e 4%

Europa

•Estima-se um crescimento de apenas 2,25%

•Os bancos estão a aumentar as suas taxas de juro estando muito acima da

taxa de referência do BCE

•Os bancos estão a restringir a disponibilidade do crédito para novos

investimentos

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Consequências nos mercados financeiros

As faltas de pagamento dos créditos "subprime" recaem em primeiro lugar sobre as entidades financeiras especializadas no mercado imobiliário

Devido á globalização, muitos desses títulos de crédito difundiram-se por todo o ramo financeiro americano e mesmo do mundo

Este método permite repartir os riscos, mas também generalizá-los em caso de crise

As perdas dos bancos reduzem as suas possibilidades de oferecerem créditos. Para encontrar uma liquidez as entidades financeiras não têm outra hipótese senão a venda dos títulos nos mercados de acções, alastrando deste modo a crise do crédito para as bolsas internacionais

Consequências

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Consequências:

• Uma queda violenta de 311

pontos no índice bolsista

Dow&Jones mas que não deixa

de ser apenas a 698ª maior da

história

•Uma maior aversão ao risco,

o que está a levar ao investimento

em activos com mais qualidade

ConsequênciasConsequências nos mercados financeiros

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Os Bancos Centrais têm uma função fundamental para intervir, desempenhando um papel importante na concessão de empréstimos em último recurso, de forma a financiar os bancos

concentrando a sua liquidez suficiente para evitar a paralisia do sistema financeiro, e foi o que alguns bancos nomeadamente no caso europeu e japonês actuaram para fazer face ao segmento ‘subprime’

Os Bancos Centrais procuraram

acalmar os mercados, introduzindo

grandes somas de liquidez. A FED

estima-se que injectou mais de

7 mil milhões de dólares (5 milhões

de euros) de liquidez e ainda reduziu

a taxa de redesconto americana de 6,25% para 5,75%

Como estão a agir os Bancos centrais perante esta crise?

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O Caso PortuguêsCaracterização do mercado

Pais com maior nível de Endividamento da Europa

Grande subida nos últimos tempos

PRINCIPALMENTE

Crédito ao Consumo

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“Subprime” no Mercado Português

Crise de Liquidez;

Extinção de Fundos de Investimento: BPI;

BCP;

Cobertura dos resgates dos Fundos de Investimento através de empréstimos bancários (CMVM);

Queda das Quotas de Mercado das Sociedade Gestoras de Fundos de Investimento;

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Previsões das Consequências

Duas Situações Possíveis no Mercado Americano:

Aumento das Taxas de Juro;

Diminuição das Taxas de Juro;

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Aumento da taxa de juro

Aumento do crédito mal parado;

Aumento da oferta dos imóveis;

Diminuição das concessões de créditos;

Abrandamento no sector da construção;

Aumento do desemprego;

RECESSÃO DA ECONOMIA AMERICANA

RECESSÃO DA ECONOMIA MUNDIAL

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Diminuição das Taxas de Juro

Fomenta-se crescimento dos mercados financeiros;

Aumento das concessões de crédito;

Anula-se a curto prazo a crise no mercado imobiliário;

Perpetua-se o crescimento

económico ao endividamento

cada vez MAIOR

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Previsões para Economia, com a crise do “SubPrime”

Deutsche Bank de NY estima:

Crédito SubPrime atinge os 300 a 400 mil milhões de dolares;

30% a 40% vão entrar em incumprimento;

Em Portugal, os cinco maiores bancos admitem:

Restringir a concessão de crédito a empresas e particulares;

Aumento dos Spreds;

Instabilidade nos mercados Financeiros

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Conclusões

Fuga dos investimentos relacionados com os mercados imobiliários;

Diminuição do poder de compra das famílias, e aumento do desemprego;

Dificuldades do Sector Bancário;

Alastramento da crise ao mercado MUNDIAL;

Arrefecimento da Economia Europeia provocado:

Aumento do preço do Petróleo;

Queda no mercado Imobiliário;

Falta de informação relativa à exposição ao subprime;

CRISE DE CONFIANÇA

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Conclusões

Desafio à robustez da Economia Mundial, para superar o arrefecimento da economia Americana;

Contágio Psicológico que a crise do subprime impôs no mercado imobiliário;

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Trabalho Realizado

Ana Filipa Nogueira

Ana Isabel Santos

Ana Margarida Bôto

Cláudia Correia

Telmo Ângelo

Instrumentos e Mercados Financeiros

A crise do “Subprime” no mercado Norte-Americano