introducao a robotica - apostil - senai

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Departamento Regional de São Paulo Introdução à Robótica ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” EPT - AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

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Introdução a Robótica

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  • Departamento Regional de So Paulo

    Introduo RobticaESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    EPT - AUTOMAO INDUSTRIAL

  • EPT - AUTOMAO INDUSTRIAL

    Introduo Robtica

    SENAI-SP, 2006

    Trabalho organizado pela Escola SENAI Almirante Tamandar, a partir dos contedos extrados daIntranet do Departamento Regional do SENAI-SP.

    2 edio, 2006

    Coordenao Geral Murilo Strazzer

    Equipe Responsvel

    Coordenao Celso Guimares PereiraEstruturao Ilo da Silva MoreiraElaborao Carlos Gonalves da Silva

    SENAI - Servio Nacional de Aprendizagem IndustrialDepartamento Regional de So PauloEscola SENAI Almirante TamandarAv. Pereira Barreto, 456CEP 09751-000 So Bernardo do Campo - SPTelefone: (011) 4122-5877FAX: (011) 4122-5877 (ramal 230)E-mail: [email protected]

    Cd. 120.3.021/2

  • Sumrio

    Pgina 4 Prefcio

    5 Histrico

    8 Conceitos principais

    11 Componentes de um rob

    16 Classificao dos robs

    20 Tipos de juntas

    32 Automao industrial

    34 Como usar de maneira correta os robs industriais

    35 Pontos a serem considerados na escolha de um rob industrial

    37 Intensidade de choque

    38 Padro de acidentes

    46 rea de ao ou rea de trabalho

    48 Projetos de sistemas de segurana

    52 Check list de segurana e normas de operao

    54 Aplicaes dos robs na indstria

    64 Efetuadores

    70 Navegador

    73 Sistema de coordenadas

    77 Entrada em servio KUKA padro KR

    105 Medio da ferramenta

    115 Programao dos robs

    118 Principais movimentos dos robs

    132 Referncias bibliogrficas

  • Introduo Robtica

    4ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    PREFCIO

    Atualmente, os robs industriais no ocupam somente as linhas automatizadas de produo

    dos grandes conglomerados industriais. Eles tambm esto sendo introduzidos em empresas de

    pequeno e mdio porte, em substituio ao homem nas tarefas indesejveis e de alto risco.

    Encontramos robs sendo utilizados em vrios segmentos de nossa sociedade: robs que

    prestam servios de alta periculosidade ao homem como, por exemplo, para o desarmamento de

    bombas; robs para manuseio de produtos qumicos e inflamveis, com a finalidade da pesquisa

    cientfica; robs destinados a projetos educacionais, os chamados robs didticos, e at mesmo os

    robs destinados a executar o trabalho dos operrios. Os robs que foram instalados em nossas

    fbricas, tornaram-se os principais responsveis pela revoluo da produo em srie, agilizando o

    processo produtivo e conferindo melhor e maior qualidade aos produtos.

    Devemos estar conscientes de que a popularizao dos robs se deve, principalmente,

    grande variedade de tipos, diversidade de suas aplicaes e reduo do custo destes

    equipamentos, caractersticas que tendem a elevar o nmero de empresas que faro uso dos robs

    em seus processos produtivos. Alm disso, no poderemos descartar a possibilidade de, num futuro

    prximo, os tenhamos em nossas residncias, executando as mais variadas tarefas que compem a

    rotina domstica.

    O objetivo desta fase de estudo familiarizar e facilitar a nossos alunos o convvio com esta

    nova tecnologia, proporcionado os conhecimentos necessrios ao trabalho seguro e consciente com

    este cone da tecnologia, o rob.

  • Introduo Robtica

    5ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    HISTRICO

    Ao lermos a palavra robtica imediatamente nos lembramos dos robs. Mecanismos

    construdos em metal, semelhantes aos seres humanos e obedientes aos seus comandos.

    Ainda que instintivamente relacionemos os robs aos seres humanos, podemos afirmar que a

    aparncia de um rob industrial muito diferente da do homem. Os robs industriais foram

    projetados tendo como referncia apenas uma parte do corpo humano, o membro superior (brao),

    capaz de executar diversos movimentos.

    Segundo a Robotic Industries Association (RIA), rob industrial definido como um

    "manipulador multifuncional reprogramvel, projetado para movimentar materiais, partes, ferramentas

    ou peas especiais, atravs de diversos movimentos programados, para o desempenho de uma

    variedade de tarefas (RIVIN, 1988).

    Uma definio mais completa apresentada pela norma ISO (International Organization for

    Standardization) 10218: "uma mquina manipuladora com vrios graus de liberdade, controlada

    automaticamente, reprogramvel, multifuncional, que pode ter base fixa ou mvel, para utilizao em

    aplicaes de automao industrial".

    Porm, o termo robtica refere-se ao estudo e utilizao de robs. O termo surgiu pelaprimeira vez pelo cientista americano e escritor, Isaac Asimov que escreveu prodigiosamente sobre

    uma vasta diversidade de disciplinas e objetos, ficando clebre pelos seus trabalhos de fico

    cientfica.

  • Introduo Robtica

    6ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    A palavra robtica foi usada pela primeira vez em uma pequena estria publicada em 1942.

    Tomado como provvel que os robs viessem a ter inteligncia, Isaac Asimov formulou trs leis, s

    quais acrescentou, posteriormente, uma quarta, a "lei zero".

    As Leis da Robtica

    Lei Zero: Um rob no pode causar mal humanidade ou, por omisso, permitir que ahumanidade sofra algum mal, nem permitir que ela prpria o faa.

    Lei 1: Um rob no pode ferir um ser humano ou, por omisso, permitir que um serhumano sofra algum mal.

    Lei 2: Um rob deve obedecer s ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, excetonos casos que em tais ordens contrariem a Primeira Lei.

    Lei 3: Um rob deve proteger sua prpria existncia, desde que tal proteo no entre emconflito com a primeira e a segunda leis.

    A robtica tem como objetivo a automatizao de tarefas que podem ser executadas pelo

    homem. Por sua vez, a palavra rob deriva do checo e significa trabalhador forado. O termo, com a

    atual interpretao, foi inventado pelo escritor Checoslovaco, Karel Capek, em 1920. De uma formasimplista, um rob uma mquina que, capaz de aes independentes, realiza uma dada tarefa, sem

    ser continuamente supervisionado por um operador humano, em contraste com uma mquina

    comandada distncia que necessita de algum para controlar o seu movimento. comum chamar

    de autmato a todo o tipo de rob, tentando generalizar um nome que teve a sua origem em bonecos

    mecnicos altamente sofisticados e implementados no sculo XVII.

    O desenvolvimento tecnolgico da microeletrnica, acompanhado do freqente avano do

    software, linguagens e programas de computador, colocam-nos perante a chamada "Inteligncia

    Artificial" num estgio j muito evoludo, que permite que um computador adquira conhecimentos da

    sua prpria experincia, o que faz parecer que um rob se comporta com inteligncia. Contudo um

    rob no pode pensar, como ns humanos fazemos.

    bem possvel que algo que hoje vemos em filmes de fico cientfica num futuro, quem sabe

    prximo, poderemos ver na vida real.

  • Introduo Robtica

    7ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Existem robs para as mais variadas aplicaes, desde os monotarefa aos multitarefa, dos

    industriais aos domsticos, passando pelos militares e laboratoriais.

    Os robs industriais no se parecem com os humanos, mas devemos ter em mente que eles

    devero ser utilizados, no em substituio ao homem, mas como uma poderosa ferramenta para

    auxili-lo nas atividades onde os riscos de vida e de agresso sade sejam presentes.

    Objetivos da robtica

    Abaixo esto enunciados apenas alguns dos principais objetivos da robtica:

    aumento da produtividade atravs da otimizao da velocidade de trabalho do rob e aconseqente reduo de tempo na produo;

    otimizao do rendimento de outras mquinas e ferramentas alimentadas ou auxiliadas porrobs;

    diminuio dos prazos de entrega de produtos;

    realizao de trabalhos no desejados, tediosos (alimentar mquina-ferramenta) ouperigosas e hostis (ambientes com temperaturas elevadas e presena de materiais txicos,

    inflamveis e radioativos).

  • Introduo Robtica

    8ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    CONCEITOS PRINCIPAIS

    Um corpo livre no espao pode realizar 6 (seis) movimentos independentes entre si; assim,

    dizemos que ele tem 6 (seis) graus de liberdade.

    Par cinemtico

    a unio de dois elementos que esto em contato, permitindo o movimento relativo de ambas

    as partes.

  • Introduo Robtica

    9ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Se unirmos esse elemento (corpo livre) ao sistema de eixos (x, y, z), de acordo com as

    caractersticas dessa unio, o elemento poder realizar 1, 2, 3, 4, ou 5 movimentos relacionados com

    o elemento de fixao (ou o elemento A restrito, ou ao elemento A foram proibidos 5, 4, 3, 2, ou

    1 movimento).

    Os movimentos possveis de um elemento em relao ao outro podem ser de rotao (G) oude translao (T).

    Um corpo livre no espao pode realizar 6 (seis) movimentos independentes entre si; assim,

    dizemos que ele tem 6 (seis) graus de liberdade.

    O nmero de graus de liberdade de um mecanismo espacial pode ser obtido pela equao:

    N = 6 ( n 1 ) 5p1 4p2 3p3 2p4 1p5

    Onde:

    N = nmero de graus de liberdade do mecanismo;

    n = nmero de elementos do mecanismo;

    p1 = nmero de pares cinemticos de um movimento;

    p2 = nmero de pares cinemticos de dois movimentos;

    p3 = nmero de pares cinemticos de trs movimentos;

    p4 = nmero de pares cinemticos de quatro movimentos;

    p5 = nmero de pares cinemticos de cinco movimentos

  • Introduo Robtica

    ESCOLA

    Cadeia cinemtica

    Simbologia utilizada para representao da cadeia cinemtica

    Sistema eixo de rotao tipo piv

    Sistema eixo de translao telescpica

    Sistema eixo de translao transversal

    Sistema eixo de rotao tipo dobradia

    Sistema ferramenta

    Sistema de ao separao do brao - punho

    Exe

    Iden

    envo

    a)10 SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    rccios

    tifique quantos graus de liberdade possui a cadeia cinemtica e quais sistemas esto

    lvidos.

    Graus de liberdade = _____

    Sistemas envolvidos:

  • Introduo Robtica

    11ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    b)

    Graus de liberdade = _____

    Sistemas envolvidos:

    c)

    Graus de liberdade = _____

    Sistemas envolvidos:

    COMPONENTES DE UM ROB

    Do ponto de vista macroscpico, um sistema robtico pode ser explodido em trs grandes

    componentes:

    Mecanismo

    Acionamento

    Sistema de controle

  • Introduo Robtica

    12ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Mecanismo Acionamento Controle

    O mecanismo, ou parte mecnica que apresenta liberdade de movimentos, se subdivide emtrs outras componentes:

    brao;

    punho;

    rgo terminal (efetuador).

    O brao determina o alcance do rgo terminal no espao euclidiano, enquanto o punho, sua

    orientao.

    O rgo terminal escolhido em funo da tarefa a ser realizada pelo rob e pode ser:

    garra;

    tocha de solda;

    pistola de pintura.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Movimentao Soldagem

    Pintura

    O acionamento responsvel pela movimende acionar as juntas dos braos, do punho e v

    acionamento tm a funo de transformar ener

    combinao destas, em energia cintica para as junt

    O acionamento tambm parte fsica do mec

    dinmica do manipulador.13

    Paletizao

    tao fsica de cada junta do mecanismo, alm

    rios tipos de efetuadores. Os dispositivos de

    gia eltrica, hidrulica, pneumtica, ou uma

    as do brao, do punho e para o rgo terminal.

    anismo, uma vez que as massas interferem na

  • Introduo Robtica

    14ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    O sistema de controle responsvel pela coordenao e controle do movimento do rgoTerminal, objeto principal de aplicao do rob. Sua forma mais simples consiste apenas em uma

    srie de paradas mecnicas ajustveis ou chaves limitadoras.

    Nas formas mais complexas, necessrio que o controle e a coordenao do movimento

    sejam efetuados por computador, que dispe de uma memria programvel, permitindo pilotar o

    rgo terminal ao longo de uma trajetria precisamente definida.

    Possibilita ainda o sincronismo com outros robs e equipamentos perifricos (como por

    exemplo, correia transportadora).

    Visa maior eficincia e segurana na execuo de tarefas.

    Caractersticas de robs Industriais

    Velocidade de movimento

    Depende muito da estrutura mecnica do rob, de seu sistema de acionamento e sistema de

    controle e da carga controlada, podendo atingir valores de at 120/s para movimentos

    rotacionais e at 3m/s para movimentos translacionais.

  • Introduo Robtica

    15ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Capacidade de carga ou Payload

    o peso mximo que um rob consegue manipular mantendo as suas especificaes.

    Nos robs atuais esta capacidade de carga varia desde algumas gramas at aproximadamente

    500 kg, dependendo do rob.

    Preciso de movimento

    A preciso de movimento definida em funo de trs caractersticas:

    a. Resoluo espacial: o menor incremento de movimento em que o rob pode dividir seuvolume de trabalho. normalmente dependente da capacidade de

    carga do rob, e varia desde alguns milmetros at alguns

    centsimos de milmetro nos mais precisos.

    b. Preciso: Refere-se capacidade de um rob de posicionar a extremidade de seu punhoem um ponto meta desejado dentro de seu volume de trabalho.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SEN

    c. Repetibilidade: a capacidade do rob de posicionar seu punho ou rgo terminalligado ao seu punho num ponto meta no espao previamente indicado.

    CLASSIFICAO DOS ROBS

    Um Rob Industrial um dispositivo eletromecnico projetado para realizar diferentes tarefas,

    repetidamente, movendo peas, ferramentas e dispositivos especiais entre pontos diversos,

    realizando traje rias de acordo com uma programao prvia, imitando os movimentos de um ser

    humano.

    Esta defin

    Preciso boa e repetibilidade boa

    Preciso ruim e repetibilidade boa

    Preciso ruim e repetibilidade ruim

    Preciso boa e repetibilidade ruim t16AI ALMIRANTE TAMANDAR

    io envolve trs tipos de robs:

  • Introduo Robtica

    17ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    rob fixo Tambm chamado de Brao Mecnico, montado sobre uma base aqual lhe serve de sustentao fsica e de referncia de movimentos. o

    tipo mais comum de Rob e o mais usado em aplicaes industriais.

    rob mvel Tambm chamado de Carro ou AGV (Automatically Guided Vehicle =Veculo Guiado Automaticamente), pois pode se locomover com certa

    autonomia obedecendo a um controle.

    rob humanide Tambm chamado de andride por seu aspecto humano: anda sobreduas pernas (o que permite subir e descer escadas), possui dois braos

    (o que permite manipular objetos da mesma maneira que o ser humano)

    e tem dois sistemas de captao de imagem na parte frontal da cabea

    (o que lhe d viso estreo e o mesmo ponto de vista de um ser

    humano). Por estas caractersticas pode substituir um ser humano sem

    necessidade de adaptao do ambiente.

    Classificao dos Robs

    rob de 1 gerao rob que no se comunica com outros robs;

    rob de 2 gerao rob que se comunica com outros robs;

    rob de 3 gerao utiliza inteligncia artificial, software que permite a tomada dedeciso (sistema especialista / lgica fuzzy).

    Classificao do rob industrial (conforme JIRA Associao Japonesa de Robs Industriais)

    a) quanto informao de entrada e aprendizagem:

    Rob Seqencial Cada passo do movimento solicitado de uma seqnciapreestabelecida. Divide-se em :

    - rob de seqncia fixa;

    - rob de seqncia programvel.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI A

    Rob Play Back Repete a seqncia programada de movimentos, dirigindofisicamente, ou por meio de um Teach in Box, a ponta do rob.

    Rob NC Programao feita com entrada de forma numrica.

    Rob inteligente O sistema robtico j dispe de sensores externos (como viso,tato, etc.).

    b) quanto aos tipos de coordenadas de movimento do brao manipulador, controlado

    manualmente pelo homem:

    rob de coordenadas cartesianas;

    rob de c ordenadas cilndricas;o18LMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    19ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    rob de coordenadas esfricas;

    rob articulado;

  • Introduo Robtica

    20ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Outros (Inclusive o SCARA)

    SCARA : Selective Compliance Assembly Robot Arm

    (brao de rob de montagem com compilncia seletiva)

    c) quanto ao tipo de articulao utilizada na sua construo:

    As articulaes de um rob so formadas por uma srie de vnculos e juntas a serem

    estudadas a seguir.

    TIPOS DE JUNTAS

    Neste captulo estudaremos o brao mecnico do rob, seus tipos de juntas e graus de

    liberdade, seus tipos de articulaes, sua rea de trabalho (work envelope), e suas formas de

    acionamento.

    Todo rob possui uma base fixa e o primeiro vnculo est preso a esta base. A mobilidade dos

    robs depende se o brao do rob executa movimentos no espao, transferindo objetos e

    ferramentas de um ponto para outro, instrudo pelo controlador e informado sobre o ambiente por

    sensores. Na extremidade do brao existe um atuador usado pelo rob na execuo de suas tarefas.

    Todo brao de rob composto de uma srie de vnculos e juntas.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI

    Junta e vnculos em um brao de rob

    Tipos de juntas

    Os braos de robs podem ser formados por trs tipos de juntas:

    juntas deslizantes;

    juntas de rotao;

    juntas de encaixe esfrico.

    A maioria dos braos dos robs so formadas pelas juntas deslizantes e de revoluo, embora

    alguns incluam o de bola e encaixe. A seguir ser descrito cada um destes tipos de juntas.

    Juntas deslizantes

    Este tipo de junta permite o movimento linear entre dois vnculos. composto de dois vnculos

    alinhados um dentro do outro, onde um vnculo interno escorrega pelo externo, dando origem ao

    movimento linear.21ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    22ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Juntas de rotao

    Esta conexo permite movimentos de rotao entre dois vnculos. Os dois vnculos so unidos

    por uma dobradia comum, com uma parte podendo se mover num movimento cadenciado em

    relao outra parte. As juntas de rotao so utilizadas em muitas ferramentas e dispositivos, tal

    como tesouras, limpadores de pra-brisa e quebra-nozes. Podem ser do tipo dobradia ou eixo

    rotativo.

    Tipo dobradia Tipo eixo rotativo

    Junta de encaixe esfrico

    Estas juntas so usadas em um pequeno nmero de robs, devido dificuldade de ativao.

    De qualquer maneira, para se ter a performance de uma junta de encaixe esfrico, muitos robs

    incluem trs juntas rotacionais separadas, cujos eixos de movimentao se cruzam em um ponto.

    As figuras, a seguir, apresentam a estrutura de uma junta de encaixe esfrico e seu

    equivalente formada por trs juntas rotacionais.

  • Introduo Robtica

    E

    A Figura a exemplifica a estrutura de uma junta de encaixe esfrico.

    A Figura b ilustra o seu equivalente constitudo de trs juntas de revoluo em um nico eixo.

    Juntas esfricas existem no corpo humano, entre o ombro e antebrao, entre o fmur e a bacia

    e entre a bacia e as costas.

    Classificao dos robs pelo tipo de articulao

    usual classificar os robs de acordo com o tipo de junta, ou mais exatamente, pelas 3 juntas

    mais prximas da base do rob. Esta diviso em classes fornece informaes sobre caractersticas

    dos robs em vrias categorias importantes:

    espao de trabalho;

    grau de rigidez;

    extenso de controle sobre o curso do movimento;

    aplicaes adequadas ou inadequadas para cada tipo de rob.23SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    24ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Os robs podem ser classificados pelo tipo de juntas em cinco grupos:

    cartesiano;

    cilndrico;

    esfrico;

    com articulao horizontal;

    articulao vertical.

    O cdigo usado para estas classificaes consiste em trs letras, referindo-se ao tipo de junta

    (R = revoluo, P = deslizante - do ingls prismatic) na ordem em que ocorrem, comeando de junta

    mais prxima base.

    Rob Cartesiano

    O brao destes robs tm trs articulaes deslizantes sendo codificado como PPP.

    Os robs cartesianos caracterizam pela pequena rea de trabalho, mas com um elevado grau

    de rigidez mecnica e so capazes de grande exatido na localizao do atuador. Seu controle

    simples devido ao movimento linear dos vnculos e devido ao momento de inrcia da carga ser fixo

    por toda a rea de atuao.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI

    Robs Cilndricos

    Os braos destes robs consistem de uma junta de revoluo e duas juntas deslizantes, sendo

    codificada como RPP.

    A rea de trabalho destes robs so maiores que os robs cartesianos, mas a rigidez

    mecnica ligeiramente inferior. O controle um pouco mais complicado que o modelo cartesiano,

    devido a vrios momentos de inrcia para diferentes pontos na rea de trabalho e pela rotao da

    junta da base.

    25ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    26ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Robs Esfricos

    Estes robs possui duas juntas de revoluo e uma deslizante, sendo codificado como RRP.

    Estes robs tem uma rea de trabalho maior que os modelos cilndricos, mas perde na rigidez

    mecnica. Seu controle ainda mais complicado devido os movimentos de rotao.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI

    Robs com Articulao Horizontal

    Caracterizam-se por possuir duas juntas de revoluo e uma deslizante, sendo codificados

    RRP.

    A rea de atuao deste tipo de rob menor que no modelo esfrico, sendo apropriados para

    operaes de montagem, devido ao movimento linear vertical do terceiro eixo.

    Exemplo

    Rob Scara.

    27ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI

    Robs com Articulao Vertical

    Estes robs caracterizam-se por possuir trs juntas de revoluo, sendo codificados por RRR.

    Sua rea de atuao maior que qualquer tipo de rob, tendo uma baixa rigidez mecnica.

    Seu controle complicado e difcil, devido as trs juntas de revoluo e devido variaes no

    momento de carga e momento de inrcia.

    Volume de tra alho

    o espao de

    Em hiptese algum

    funcionamento, evita

    Envelope de Trabalhb28ALMIRANTE TAMANDAR

    ntro do qual o rob pode manipular a extremidade de seu punho (o efetuador).

    a poder haver funcionrios nesta regio enquanto o rob estiver em

    ndo-se desta maneira acidentes. Alguns autores e fabricantes usam a expresso

    o para esta caracterstica.

  • Introduo Robtica

    29ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    A figura a seguir apresenta alguns exemplos:

    Polar ou esfrico Cilndrico Cartesiano

    Os catlogos de fabricantes de robs normalmente ilustram os volumes de trabalho por

    diagramas, tais como, os mostrados abaixo, que so as vistas laterais e superior da faixa de

    movimentos possveis do rob.

    Comparao da rea de trabalho dos robs

    Efetuando-se uma anlise comparativa matemtica elementar, para o clculo da capacidade

    dos robs, temos:

    Os robs cartesianos alcanam qualquer ponto de um cubo de lado L.

    V = L * L * L

  • Introduo Robtica

    30ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Os robs cilndricos alcanam qualquer ponto em um cilindro de altura L e raio 2L, exceto os

    pontos do cilindro interno de raio L e altura L.

    V = 9,42 * L * L * L

    Os robs esfricos alcanam qualquer ponto de uma esfera de raio 2L, exceto a esfera interna

    de raio L.

    V = 29,32 * L * L * L

    Os robs de articulao horizontal alcanam qualquer ponto de um cilindro de raio 2L e altura

    L.

    V = 12,56 * L * L * L

    Os robs de articulao vertical alcanam qualquer ponto de uma esfera de raio 2L.

    V = 33,51 * L * L * L

    Dessa forma, os robs possuem um aumento progressivo na sua rea de atuao, indo do

    cartesiano at o de articulao vertical. Ento, a razo entre a rea relativa aos casos extremos :

    Vav / Vc = 33,51

    Isto significa que a rea de trabalho de um rob com articulao vertical com 2 vnculos de

    tamanho L 33,51 vezes maior que a rea de trabalho do rob cartesiano com 3 vnculos de

    tamanho L.

    Volume (envelope) de trabalho terico de um rob

    Nas figuras abaixo, podemos observar os volumes que podem ser alcanados pelos diferentes

    tipos de robs abordados.

    A coluna da esquerda esquematiza o movimento das trs juntas mais prximas base, a

    coluna central mostra a vista lateral e a coluna da direita esquematiza o volume de trabalho de cada

    tipo de rob.

  • Introduo Robtica

    31ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Movimento de trs juntas Face de viso Perfil

    a) Cartesiano

    b) Cilndrico

    c) Esfrico

  • Introduo Robtica

    32ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Movimento de trs juntas Face de viso Perfil

    d) Articulao horizontal

    e) Articulao vertical

    AUTOMAO INDUSTRIAL

    A automao e a robtica so duas tecnologias intimamente relacionadas.

    Pode-se definir a automao como uma tecnologia que utiliza sistemas mecnicos, eltricos e

    computacionais na operao e no controle da produo.

    A robtica j foi definida como a tecnologia que utiliza sistemas mecnicos que, controlados

    por circuito eletrnicos mediante programao, executam tarefas que imitam movimentos humanos.

  • Introduo Robtica

    33ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Um sistema de automao pode ter robs trabalhando sozinhos ou junto a seres humanos,

    como tambm pode ser um processo automtico, em que no existem robs.

    Classes de automao industrial

    Fixa ou automatizao dura:

    Volume de produo muito elevado com pequena variedade, onde mquinas funcionam

    sem a interveno humana.

    Por exemplo: Um processo mecnico com broca automatizado:

    Programvel:

    Similar a fixa, porm, o processo pode ser reprogramvel para executar a mesma tarefa de

    outra maneira. Tem como caracterstica o baixo volume de produo e uma grande

    variedade de produtos a serem fabricados. Exemplo: Um CNC que movimenta a mquina.

    Flexvel:

    Semelhante a programvel, porque ambas constituem-se de mquinas que so automticas

    e reprogramveis. A diferena que a automao flexvel pode executar diferentes tipos de

    tarefas com diferentes tipos de aplicao.

  • Introduo Robtica

    34ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    COMO USAR DE MANEIRA CORRETA OS ROBS INDUSTRIAIS

    O aumento do nmero de robs industriais devidamente utilizados nas industrias trouxe

    evidente melhoria no processo produtivo tornando-nos mais competitivos nos mercados nacional e

    internacional. O ganho de qualidade nos produtos e a reduo do tempo de fabricao foram os

    responsveis diretos deste salto competitivo.

    Entretanto, toda a inovao tecnolgica vem acompanhada da necessidade de mo- de obra

    especializada e devidamente preparada para o convvio dirio com esta tecnologia. Profissionais

    atuando conscientemente e adotando medidas consistentes de segurana.

    Afinal, por serem mquinas dotadas de grande mobilidade, flexibilidade e velocidade,

    devemos atentar cuidadosamente para os procedimentos relacionados segurana das pessoas

    que trabalharo diretamente e tambm com as que eventualmente estaro nas proximidades do

    equipamento.

    Observando mais atentamente o trabalho e os movimentos destes robs industriais, pode-se

    imaginar conseqncias desastrosas que aconteceriam caso um operador descuidado venha a se

    aproximar e chocar-se com eles.

  • Introduo Robtica

    35ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Na verdade robs industriais so mquinas que devem estar em constante observao. Dentre

    as mquinas at ento criadas pelo ser humano, talvez seja a que mais necessite de gerenciamento

    de segurana e de controle.

    Enquanto trabalhamos com algum medo nos manuseios, ainda nos preocupamos com a

    segurana, mas quando nos familiarizamos com a mquina, passamos a cometer imprudncias.

    Alm disso, robs industriais so mquinas extremamente caras, e por isso o operador no gosta de

    parar a mquina e aproveita-la de forma ininterrupta. So essas desatenes que levam o ser

    humano a tomar atitudes que comprometem a segurana. Quando por exemplo, uma pea

    derrubada por um rob, o operador tenta afasta-la sem parar a mquina. Um procedimento de risco

    como esse pode passar at sem problemas na primeira ocorrncia , mas certamente provocar um

    acidente aps algumas tentativas.

    A garantia de uma operao segura de um rob industrial depende do quo bem ele

    utilizado. O elemento principal para a operao segura o prprio usurio. Assim, voc usurio,como pea principal, dever saber claramente os procedimentos de uma operao correta dos robs

    e conduzir o trabalho obedecendo rigorosamente esses procedimentos. Alm disso, muito

    importante que sejam informados ao fabricante dos robs os requisitos reais do ambiente de trabalho.

    A maioria dos problemas de segurana pode ser tecnicamente resolvido pelo fabricante, onde

    existem especialistas aptos a oferecer novas solues.

    Para isso, importante, antes de tudo, entender o funcionamento dos robs industriais. Sem

    dvida, eles so mquinas bastante complexas. Entretanto, os pontos que devem ser observados

    sob os olhos da segurana no so to complexos assim.

    O rob industrial uma mquina til, que possui caractersticas bastante singulares

    comparativamente s mquinas convencionais. Este fato implica aspectos importantes no tocante

    segurana.

    PONTOS A SEREM CONSIDERADOS NA ESCOLHA DE UM ROB INDUSTRIAL

    sendo mais potente, ser capaz de manipular objetos mais pesados (alta capacidade decarga);

  • Introduo Robtica

    ESCOLA

    sendo mais veloz, poder concluir os processos mais rapidamente (alta produtividade);

    quanto maior grau de liberdade tiver, maior variedade de servios ser capaz de executar(alta flexibilidade);

    quanto maior o rob, maior ser a rea de trabalho, oferecendo um grau de riscoproporcionalmente maior.

    quanto maior a potncia do rob e sua capacidade de operao, maiores sero os riscos deacidentes.36 SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Risco de coliso

  • Introduo Robtica

    E

    INTENSIDADE DE CHOQUE

    Qual a intensidade do choque que um operador sofre numa coliso com um manipulador?

    Como isso no pode ser verificado na prtica, foram realizados testes com corpos de prova

    semelhantes aos empregados em ensaios de acidentes automobilsticos. Ao submeter o corpo de

    prova a um choque em alta velocidade contra o manipulador de um rob tipo hidrulico de grande

    porte, detectou-se uma acelerao de choque de 200G. No caso de um rob tipo eltrico de porte

    mdio, foram atingidos valores elevados, como 90G. Se o ser humano for submetido a uma

    acelerao de 100G, mesmo que instantaneamente, poder ser fatal, conclui-se, ento, o quo

    potente e perigoso o manipulador de um rob.37SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Testes realizados com corpos de prova:

    robs de grande porte desenvolvem uma acelerao de choque de 200G; robs de porte mdio, desenvolvem uma acelerao de choque de 90G; ser humano corre risco de morte com 100G.

  • Introduo Robtica

    38ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    PADRO DE ACIDENTES

    freqente a ocorrncia de acidentes no uso de mquinas automticas e de sistemas

    automticos de produo industrial. Esses acidentes podem ser, de maneira geral, classificados de

    acordo com seis exemplos seguintes:

    1. O operador opera incorretamente a mquina e sofre o acidente.

    Exemplo: manuseio incorreto.

    Uma pessoa que estava treinando, querendo aproveitar as 3 horas do intervalo de

    descanso para estudos prticos junto ao rob, penetra na rea de ao do rob de solda.

    Quando o operador responsvel retorna ao local, aciona o boto de operao sem perceber

    a presena dessa pessoa na rea de ao, prensando o treinando.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI

    2. Na ocorrncia de um problema durante a operao da mquina automtica, o operador

    tenta inadvertidamente fazer o reparo, introduzindo a mo ou entrando na rea de risco,

    vindo a colidir com a parte mvel e sofrendo o acidente.

    Exemplo: aproximao sem interrupo do sistema.

    Um rob, para descarte de item defeituoso que surge em uma correia transportadora, deixa

    cair uma pea. Percebendo isso, o operador tenta retirar a pea entrando na rea de ao

    sem antes paralisar o rob. O operador acaba prensado entre a correia transportadora e o

    manipulador.39ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    40ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    3. O operador, sem perceber que a mquina automtica estava em operao, entra na linha

    de produo automtica sem nenhuma proteo. atacado por um movimento de uma

    direo no perceptiva, sofrendo um acidente.

    Exemplo: paralisao incorreta da mquina.

    Para inspecionar o processo de MC (Machining center, centro maquinrio), o operador

    paralisa a linha automtica de produo no modo bloqueio. Depois de constatar que todas

    as mquinas no seu campo de viso esto paradas, o operador entra na rea de produo

    quando atingido por um rob de carregamento areo.

    H uma diferena importante entre a parada tipo bloqueio e a parada de emergncia. A

    parada de emergncia comandada pelo operador e causa uma paralisao imediata de

    todo o processo. Por sua vez, o comando de parada tipo bloqueio executa a parada das

    mquinas envolvidas num tempo apropriado para cada uma delas. Por exemplo, um torno

    de controle numrico somente ir parar depois de concluir o processo de torneamento. Um

  • Introduo Robtica

    ESC

    rob transportador somente pra depois de colocar a pea acabada sobre a correia

    transportadora. Se o operador desconhece o comportamento da parada tipo bloqueio corre

    grandes riscos de sofrer acidentes.

    Um torno de controle numrico, por exemplo, somente ir parar depois de concluir o

    processo de torneamento. Um rob transportador somente pra depois de colocar a pea

    acabada sobre a correia transportadora. Se o operador desconhece o comportamento da

    parada tipo bloqueio, h grandes riscos de sofrer acidentes.41OLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENA

    4. Durante uma parada momentnea da mquina automtica (em espera), o operador detecta

    um problema e resolve repar-lo, achando que a mquina est em repouso; quando

    atingido por uma parte mvel, sofre o acidente.

    Exemplo: ignorando a condio segura de paralisao.

    Devido a uma falha no processo, o operador percebe que todas as mquinas ficaram

    paralisadas e sobe na correia transportadora para remover a pea defeituosa com as duas

    mos. Quando a pea removida, a chave de limite de carga (limit switch) do rob,

    acoplada correia transportadora, acionada e o operador fica comprimido pelas costas,

    entre o brao do rob e a correia transportadora.42I ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    ESCOLA

    5. Falha no controlador, causada por um defeito eltrico ou interferncia eletromagntica

    externa, provoca um movimento acidental da mquina num momento indesejado.

    Exemplo 1: defeito eltrico no controlador.

    Por um defeito no controlador, a mquina automtica sai repentinamente do estado de

    repouso e, devido a um movimento descontrolado e na impossibilidade de ser paralisada,

    acaba causando acidente.43SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    44ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Exemplo 2: influncia eletromagntica externa.

    Enquanto o operador executava um processo de instruo de um rob em baixa velocidade,

    utilizando um teaching box (painel de instruo), um rudo eletromagntico gerado por

    fascas de solda interfere no controlador, fazendo o manipulador trabalhar em alta

    velocidade, provocando acidente.

  • Introduo Robtica

    45ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    6. Devido a um defeito no dispositivo de segurana, a mquina automtica no paralisada e

    acaba ocasionando um acidente.

    Exemplo: defeito no dispositivo de segurana.

    Durante a limpeza diria, o operador abre a porta e entra na rea cercada do rob. Devido a

    uma falha na chave de segurana, o rob no paralisado e causa o acidente.

    Mesmo circundando a rea de ao do rob com uma cerca de segurana, deve-se

    confirmar a paralisao do rob, antes da aproximao do operador. Para isso, geralmente

    se instala uma chave de segurana ligada a abertura da porta num modo interlock, de modo

    que o rob sempre seja paralisado assim que a porta for aberta,. A implementao deve ser

    de tal modo que a paralisao do rob seja garantida mesmo em casos de falha na chave

    de segurana, assim como, no uso de fitas adesivas para desativao da chave.

    Diante dos exemplos de acidentes apresentados, ocorridos com robs ou mquinas

    automticas, podemos constatar que, na maioria das vezes, um acidente ocasionado pela coliso

    imprevista das partes mveis de um rob contra as vtimas. Para as mquinas automticas em geral,

    os acidentes mais freqentes so os causados por no haver condies seguras de paralisao do

    equipamento. No caso especfico dos robs industriais, os acidentes mais freqentes so originados

    pela entrada inadvertida do operador na rea de ao do rob.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SE

    Podemos afirmar, portanto, que os acidentes imprevistos com robs industriais decorrem do

    seguinte fato:

    Durante a paralisao dos robs industriais, operadores penetram na rea de ao dos robs

    e sofrem acidentes provocados pelo movimento do brao, ocasionados por alguma razo

    imprevista.

    REA DE AO OU AREA DE TRABALHO

    Denom a-se rea de ao a regio de cobertura de todos os movimentos do manipulador.

    Trata-se de t

    operao. De

    pequena da

    ocorrncia de

    considerada c

    a rea de a

    regio de abrain46NAI ALMIRANTE TAMANDAR

    odo o espao que oferece risco de coliso entre o operador e o manipulador em

    modo geral a rea de operao do manipulador pode se restringir apenas a uma

    rea de ao dependendo do programa, mas, considerando-se a possibilidade de

    movimentos errneos devido a rudos e falhas, toda a rea de ao deve ser

    omo rea de risco. A norma de segurana para robs industriais (JIS B8433) especifica

    o como sendo a rea de alcance mximo, de forma a garantir a proteo em toda sua

    ngncia.

  • Introduo Robtica

    47ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Tambm o National Bureau of Standards, rgo responsvel por normas, define 3 nveis de

    segurana em sistemas robticos ralacionados com a rea de ao:

    Nvel 1. Deteco de penetrao no permetro de segurana.

    Nvel 2. Deteco de intruso dentro da clula de trabalho.

    Nvel 3. Deteco de intruso dentro do volume de trabalho do rob.

    Os sistemas do primeiro nvel so utilizados para acusar que o permetro de segurana da

    clula de trabalho foi violado sem considerar a localizao do indivduo.

    Os sistemas do segundo nvel so projetados para detectar a presena de indivduos entre a

    clula de trabalho e o limite do volume de trabalho do rob. A exata definio desta regio depender

    do layout da clula e da estratgia utilizada para garantir a segurana do indivduo.

    Os sistemas do terceiro nvel detectam a presena do indivduo dentro do volume de trabalho

    do rob. Estes sistemas de sensores tm a finalidade de detectar a presena do trabalhador que

    possa estar muito prximo ao rob durante a sua operao (Ex. Os processos de programao do

    rob). Esse sistema do terceiro nvel necessita ter a capacidade de detectar uma iminente colisoentre o rob e o trabalhador e executar uma estratgia para evitar a coliso.

    H dois modos comuns de implementar estes sistemas de segurana. Um a utilizao de

    sensores de presso utilizados no piso e o outro a utilizao de sensores de presena fotoeltricos.

    Sensores de presso no piso, so utilizados para detectar a presena de indivduos nos nveis 1

    ou 2. Os sensores pticos so mais apropriados para os sistemas de nvel 1.

    Para o nvel 3, sensores de proximidade podem ser instalados no brao do rob. A figura

    abaixo ilustra estes trs nveis de sensores.

  • Introduo Robtica

    ESCO

    Nvel 1:Permetro de penetrao.

    Nvel 2:Deteco de intruso na clula de trabalho.

    Nvel 3:Deteco de intruso dentro do volume de trabalho do rob.

    PROJETOS DE SISTEMAS DE SEGURANA

    Os exemplos anteriores evidenciaram-nos uma srie de possveis acidentes, e que devemos

    observar todos os quesitos relacionados segurana sempre que o trabalho com robs ouequipamentos automticos fizerem-se necessrios.

    Devemos dispensar toda ateno possvel ao interagirmos com estes equipamentos, e os

    mesmos cuidados devero ser observados pelos projetistas no desenvolvimento e implantao de

    sistemas robotizados.

    Um pequeno erro humano pode acabar num grave acidente causado pelo rob. Entretanto,

    no sendo possvel eliminar totalmente as falhas humanas, torna-se necessrio e importante

    incorporar dispositivos de segurana no controlador para que o rob seja paralisado quando for

    detectada a entrada do operador na rea de ao.

    Para sua implementao, utilizam-se dispositivos de segurana junto s portas como sensores

    pticos, esteiras de segurana e os sensores pticos do tipo scanner.

    Entretanto, se o prprio dispositivo de segurana vier a falhar, a presena humana no poder

    ser detectada o que incorrer num acidente. Uma vez que mesmo os dispositivos de segurana so

    suscept eis a falha, importante projetar o sistema de tal forma que o rob seja paralisado mesmo

    na falha

    Safe) v48LA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    de um dos dispositivos de segurana. Um sistema de segurana prova de falhas (Fail

    primordial para a segurana no trabalho.

  • Introduo Robtica

    E

    Exemplo de clula Fail Safe:

    Detalhamento de uma clula de trabalho robotizada (ANSI/RIA R15.06-1999)

    Sensorptico

    Scan

    Tapete desegurana

    Sensorptico

    Scanner49SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    50ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    A norma de segurana ISO 10218 de Janeiro de 1992 prev que se o trabalho for executado

    dentro de uma clula, prxima a rea de trabalho de um rob deve-se observar:

    o rob deve estar no modo de operao manual;

    a velocidade mxima deve estar ajustada a 250 mm/s;

    o programador deve levar consigo a unidade de programao, para evitar que outraspessoas assumam o controle do rob.

    Alm dos riscos de coliso, por ser um equipamento com alimentao eltrica, tambm oferece

    riscos de choques eltricos associados com as partes energizadas, tais como:

    nas partes do painel de comando;

    nas partes dos motores do rob;

    nas conexes das ferramentas que por ventura possuam alimentao de alta tenso comopina de solda, tocha para solda a arco.

    Para minimizar os riscos de acidentes de coliso em clulas com rob, padro o

    procedimento de montar uma cadeia de segurana para trabalho na clula, baseando-se nos pontos

    descritos a seguir:

    rea de ao ou rea de trabalho:

    Conforme definio anterior a rea de atuao do manipulador, onde o rob pode se

    movimentar, devendo seu acesso permanecer restrito, para evitar riscos de coliso. Esta

    rea deve ser cercada com grades de proteo ou protegida atravs de fotoclulas.

    Operadores e equipe de manuteno devem permanecer na rea somente quando so

    executados reparos na clula, devendo para isso acionar a parada de emergncia, ou ligar

    o rob em modo manual.

  • Introduo Robtica

    51ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Travas de segurana (fotoclulas ou grades de proteo):

    So dispositivos que quando atuados, bloqueiam o movimento do rob, acionando

    comando de emergncia. Como padro existe uma porta de entrada na clula, que possui

    uma chave fim de curso que quando a porta aberta, aciona o comando de emergncia.

    Botes de emergncia:

    So botes de comando dos operadores, que bloqueiam imediatamente o rob caso sejam

    acionados. Existem nos painis de comando da clula, no painel de comando do rob, na

    unidade de programao e em alguns casos em pontos estratgicos da clula.

    Botes de stop e dead man switch na unidade de programao:

    Esses botes param o rob e so utilizados somente durante a programao do mesmo.

    Modo de operao manual ou modo de teste, com velocidade reduzida:

    Quando rob esta sendo programado, ele roda no modo manual, obedecendo aos

    comandos da unidade de programao. Para o trabalho com segurana no teste inicial,

    a velocidade de rob dever ser reduzida. As seguintes funcionalidades tambm so

    imprescindveis:

    1. Os botes e as alavancas de comando somente devem permitir a operao do

    manipulador em baixa velocidade.

    2. A velocidade mxima no modo de operao manual no deve ser superior a uma

    velocidade segura de operao.

    3. Para cada uma das articulaes (eixos), deve existir um boto correspondente de

    comando (por exemplo, um nico boto de comando no deve permitir o controle de

    dois motores).

    Estas funes devem ser incorporadas ao controlador, de maneira a garantir o total

    controle de operao por parte do operador no modo manual. Isto no significa que o

    sistema estar imune aos riscos decorrentes das falhas no controlador, assim como dos

  • Introduo Robtica

    52ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    erros cometidos pelo operador. No modo manual, imprescindvel o trabalho emduplas, ficando sempre uma pessoa para a monitorao.

    CHECK LIST DE SEGURANA E NORMAS DE OPERAO

    Uma vez que existe uma infinidade de diferenas no uso de robs, importante elaborar

    normas (padres, procedimentos) relativas s operaes seguras para cada ambiente de trabalho. O

    check list de segurana, quando da introduo do rob, igualmente importante. O contedo das

    normas dever ser cuidadosamente discutido entre o grupo de operadores e dos supervisores de

    segurana.

    Os procedimentos padres, incorporados nas normas de operaes, devero incluir tens de

    confirmao de segurana. E antes de dar por encerrado o levantamento das regras de operao,

  • Introduo Robtica

    53ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    fundamental que esteja claramente registrado no manual de normas de operao os seguintes

    pontos:

    Caso venha a ocorrer uma situao no prevista no manual de regulamento de operao, ou

    que fora esquecido apesar de registrado, a operao dever ser interrompida at que se confirme a

    condio de segurana, seguindo as orientaes do supervisor de segurana.

    As normas de operao com segurana controlada devero conter os procedimentos corretos

    de segurana, deforma a prestar auxlio ao operador principalmente quando este tiver uma dvida.

    Embora saibamos da limitao dos sistemas de segurana na eliminao de todas as

    possveis falhas a que esto sujeitos os sistemas automticos e ou robotizados de produo,

    devemos sempre concentrar esforos para que nosso trabalho transcorra de forma agradvel e sem

    acidentes.

  • Introduo Robtica

    54ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Exemplo de check list para operao e manuteno de clulas robotizadas Sim No

    1 Consultou uma norma de segurana do padro ISO 10.218 / ANSI/RIA R15.06-1999?

    2 Aplicou a norma ao projeto desenvolvido?

    3 Estipulou no projeto os diferentes nveis de acesso para operao da clula?

    4 Programou o treinamento dos colaboradores para desenvolvimento dascompetncias necessrias?

    5 Respeitou as normas de segurana?

    6 Somente trabalhar na rea de operao do rob junto a um companheiro deequipe. Voc est acompanhado?

    7 O rob encontra-se em modo de operao manual?

    8 O rob esta totalmente parado?

    9 Verificou a existncia de outros equipamentos atuando em modo automtico naclula? 10. Travou mecanicamente os componentes perigosos?

    10 Sinalizou o local em manuteno, para evitar que algum coloque o rob ou aclula em movimento?

    11 Desligou a energia (eltrica, pneumtica, hidrulica, etc) que possa provocarmovimentos imprevisveis?

    12 Certificou-se que o rob est paralisado pelos sistemas de segurana e noapenas parado por motivo de defeito de processo?

    13 Conhece todo o processo de operao da clula robotizada?

    APLICAES DOS ROBS NA INDSTRIA

    A maioria das atividades relacionada a robs industriais, em processos de produo, envolve

    operaes de movimentao, produo e controle de qualidade.

    A seguir so apresentadas algumas destas atividades.

    Movimentao

    movimentao de peas entre posies definidas;

    transporte de peas entre esteira transportadora e mquinas operatrizes;

  • Introduo Robtica

    55ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    carregamento e descarregamento de peas em mquinas operatrizes;

    carregamento e descarregamento de peas em magazines;

    paletizao.

    Produo

    soldagem por resistncia eltrica (pontos) ou a arco (contnua);

    fixao de circuitos integrados em placas;

    pintura e envernizamento de superfcies;

    montagem de peas;

    acabamento superficial;

    limpeza atravs de jato d'gua e abrasivos;

    corte atravs de processos por plasma, laser, oxicorte ou jato d'gua;

    fixao de partes com parafusos, deposio de cola, rebites;

    empacotamento.

    Controle de qualidade

    inspeo por viso;

    verificao dimensional de peas atravs de sensores;

    verificao dimensional de peas atravs de feixe de laser (perceptron).

  • Introduo Robtica

    56ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Aplicaes industriais e caractersticas

    Abastecimento de prensas

    Caractersticas da tarefa:

    perigo (peas e partes em movimento contnuo);

    manipulao de cargas pesadas;

    barulho elevado;

    atividade montona.

    Manipulao de Moldes

    Caractersticas da tarefa:

    operao com mquinas injetoras;

  • Introduo Robtica

    57ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    perigo (temperaturas elevadas).

    Abastecimento de Mquinas Ferramenta

    Caractersticas da tarefa:

    operao de mquinas operatrizes;

    otimizao do tempo;

    necessidade de sincronismo (mquina e rob).

  • Introduo Robtica

    58ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Solda Ponto

    Caractersticas da tarefa:

    dificuldade de solda (qualidade);

    atividade montona;

    alta preciso (o eletrodo deve ficar perpendicular s peas);

    perigo (fascas);

    barulho elevado.

  • Introduo Robtica

    ESC

    Solda Eltrica

    Caractersticas da tarefa:

    dificuldade da solda (qualidade);

    atividade montona;

    alta preciso (movimento em velocidade constante ao longo do contorno da pea);

    perigo (temperatura e fascas);

    barulho elevado.59OLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI

    Pintura Spray

    Caracterstica

    perigo (ar

    preciso (60ALMIRANTE TAMANDAR

    s da tarefa:

    poludo com tinta);

    qualidade e uniformidade da pintura).

  • Introduo Robtica

    ESCOLA S

    Montagem

    Caractersticas da tarefa:

    aplicao complexa para os robs, pois exige grande flexibilidade;

    troca automtica do atuador final, para lidar com peas de tamanhos e formas variadas;

    deteco de impacto e controle de fora;

    utilizado na manipulao de elementos delicados;

    A integrao humana necessria.61ENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    62ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Acabamento

    Caractersticas da tarefa:

    lixar, polir e retificar superfcies;

    rebarbar moldes e peas;

    necessidade de movimentos constantes para o acabamento ser homogneo;

    atividade montona;

    perigo (poeira).

    Em determinadas aplicaes, a trajetria percorrida pelo rob durante a atividade deve ser

    analisada e levada em considerao.

    Nas atividades de montagem, solda ponto e abastecimento de prensas, a trajetria no

    influencia no resultado final. J nas atividades de pintura e solda eltrica, a trajetria para a

    realizao da atividade importante, pois no podemos pintar um carro, por exemplo, em zig-zag ou

    soldar duas peas de forma aleatria.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Exemplos de aplicao

    Pintura

    Solda

    Movimentao (pick and place)

    Paletizao

    Embalagem63

  • Introduo Robtica

    64ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    EFETUADORES

    Um rgo terminal ou um efetuador um dispositivo que fixado no punho do brao de um

    rob de uso geral que lhe permite realizar uma tarefa especfica. s vezes chamado de mo do

    rob.

    A maioria das mquinas de produo exige dispositivos e ferramentas especificamente

    desenhados para uma determinada operao e o rob no exceo regra.

    A empresa que instala o rob poder realizar ela mesma os servios de engenharia ou

    contratar os servios de uma empresa especializada.

    Existe uma ampla variedade de rgo terminais necessrios para a realizao de vrias

    tarefas, e podem ser divididos em duas categorias principais:

    garras;

    ferramentas.

    Garras

    As garras so efetuadores destinados a pegar e segurar objetos para seu deslocamento dentro

    do espao de trabalho do manipulador.

    Podem ser pequenos e frgeis, como o caso de componentes eletrnicos que so montados

    numa placa pelo rob, ou pesados e robustos, como carros que so colocados de uma parte para

    outra de uma linha de produo.

    O acionamento pode ser eltrico, pneumtico ou hidrulico (para grandes esforos).

  • Introduo Robtica

    65ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Garra de 3 membros

    similar a garra de dois membros, mas permite maior segurana ao manipular os objetos, que

    podem ser esfricos ou triangulares.

    A figura abaixo apresenta uma garra de trs membros, cujos dedos so retrteis, constitudos

    por vrias conexes.

  • Introduo Robtica

    66ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Garra para objetos cilndricos

    Possui dois dedos com depresses circulares capazes de agarrar objetos cilndricos de

    diversos tamanhos.

    Uma desvantagem evidente desta garra a sua limitao de abertura, que impossibilita a

    manipulao de objetos maiores que a sua abertura total.

    A figura a seguir ilustra uma garra para objetos cilndricos de at 3 dimetros diferentes.

    Garra para objetos frgeis

    Para manipularmos um objeto frgil, sem danific-lo, os dedos da garra devem exercer um

    grau de fora controlado que no se concentrasse em apenas um ponto do objeto.

    Muitas garras tm sido projetadas com esta finalidade, das quais uma ilustrada a seguir, na

    qual temos dois dedos flexveis que se curvam para dentro quando inflados pelo ar, que aplicado de

    forma controlada, cuja expresso determina a fora com que o objeto agarrado.

  • Introduo Robtica

    67ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Garra de juntas

    Essas garras so desenvolvidas para manipularem objetos de vrios tamanhos e de

    superfcies irregulares. As conexes so movidas atravs de paredes de cabos. Um cabo flexiona a

    junta e a outra a estende.

    Para pegar um objeto, as juntas dos dedos envolvem este objeto e seguram firmemente.

    Quanto menor o tamanho das juntas dos dedos, maior a firmeza e a capacidade de manipular

    objetos irregulares.

  • Introduo Robtica

    68ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Garras a vcuo ou ventosas

    So rgos terminais empregados para apanhar peas delicadas, como no caso de peas

    injetadas em termoplsticos (injetoras). So ligadas a uma bomba de vcuo atravs de uma

    eletrovlvula. Quando a eletrovlvula acionada, o ar puxado pela bomba, criando um vazio na

    ventosa que adere a pea. necessrio que as peas a serem manuseadas estejam limpas, lisas e

    planas, condies necessrias para formar um vcuo perfeito entre o objeto e as ventosas.

    Garras magnticas

    So similares em seu formato s garras a vcuo e so um meio razovel para manipular

    materiais ferromagnticos. Assim como, no caso das garras a vcuo, as peas a serem transportadas

    pelas garras magnticas devem apresentar pelo menos uma superfcie limpa.

    Algumas vantagens no uso de garras magnticas so:

    tempo de pega muito rpido;

    variaes razoveis nos tamanhos das peas so toleradas;

    no necessita de um projeto especfico para cada tipo de pea;

    permite manusear peas metlicas com furos.

  • Introduo Robtica

    ESC

    A grande desvantagem est no fato de somente manusear peas de material ferromagntico.

    Ferramentas

    Em muitas aplicaes, o rob utilizado para manipular uma ferramenta, ao invs de uma

    pea.

    O rob deve movimentar a ferramenta sobre o objeto a ser trabalhado.

    O uso de uma garra permite que as ferramentas sejam trocadas durante o ciclo de trabalho,

    facilitando o manuseio de vrias ferramentas.

    Na maioria das aplicaes de robs nas quais uma ferramenta manipulada, a ferramenta

    presa diretamente no punho do rob, sendo nesses casos, a ferramenta o rgo terminal.

    Alguns exemplos de ferramentas usadas como efetuadores em aplicaes robticas:

    maaricos para soldagem a arco;

    bicos para pintura por pulverizao;69OLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    mandris para operaes como: furao, ranhuramento, polimento, retifica e etc;

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENA

    aplicadores de cimento ou adesivo lquido para montagem;

    ferramentas de corte por jato dgua e laser;

    ferramentas para soldagem a ponto.

    Em todos os casos o rob controla a atuao das ferramentas.

    Alternador automtico de garras

    um adaptador que permite a troca rpida de garras de mesma conexo (pneumticas,

    hidrulicas, etc.).

    Como desvantagens, esse tipo de alternador possui o acrscimo de peso ao brao do rob,

    custo elevado e desperdcio de tempo na troca de garras.

    NAVEGAD

    Generalida

    Trata-se de

    e programas. Po

    arquivados, apag70I ALMIRANTE TAMANDAR

    OR

    des

    um gerenciador de arquivos permitindo ao operador navegar atravs dos diretrios

    r meio do navegador os arquivos podero ser criados, selecionados, copiados,

    ados ou abertos.

  • Introduo Robtica

    E

    O navegador constitudo por quatro reas distintas:71SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    E

    No lado direito do navegador mostrado o contedo do diretrio atual na forma de uma lista de

    arquivos.

    E ro na compilao do programaSCOr72LA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    ESCO

    SISTEMAS DE COORDENADAS

    Para o deslocamento do rob, seja por meio das teclas de movimento ou por meio do Space-

    Mouse tm-se que escolher um dos sistemas de coordenadas.

    So quatro os sistema de controle:

    sistema de coordenada especfica do eixo (Axis System);

    sistema de coordenada mundial (World System);

    sistema de coordenada base (Base System);

    sistema de coordenada ferramenta (Tool System).

    S

    N

    desloca

    P73LA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    istema de coordenada especfica do eixo

    o sistema de coordenadas com especificao do eixo, todos os eixos do rob podero ser

    dos nas direes positiva ou negativa dos eixos.

    ode-se inclusive mover dois ou mais eixos do rob simultaneamente.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI ALMIRANTE TA

    A movimentao dos eixos poder ser realizada por meio das teclas de movimentao ou por

    meio do space-mouse conforme mostrado na figura abaixo.

    Sistema de coordenadas Mu

    Trata-se de um sistema de co

    se encontra normalmente na base do

    O ponto zero do sistema de re

    movimentos, isto , no se movimen74MANDAR

    ndial

    ordenadas absoluto (fixo) e retangular (cartesiano), cuja origem

    rob.

    ferencia mantem-se na sua posio enquanto o rob executa os

    ta juntamente com o rob.

  • Introduo Robtica

    ESCO

    A movimentao dos eixos poder ser realizada por meio das teclas de movimentao ou por

    meio do space-mouse conforme mostrado na figura abaixo.

    S

    T

    pea ou

    C

    dispositistema de coordenada base

    rata-se de um sistema de coordenada retangular cartesiano cuja origem se encontra numa

    dispositivo posicionado externamente ao rob.75LA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    om a escolha desse sistema o rob se movimentar paralelamente aos eixos da pea ou

    ivo.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI AL

    A movimentao dos eixos poder ser realizada por meio das teclas de movimentao ou por

    meio do space-mouse conforme mostrado na figura abaixo.

    Sistema de coor

    Trata-se de um

    ferramenta. A orienta

    eixo X corresponda d

    sempre o movimento dadenada Ferramenta

    sistema de coordenadas cartesiano retangular cuja origem encontra-se na

    o desse sistema de coordenadas escolhida, geralmente de forma que o seu

    ireo de trabalho da ferramenta. O sistema de coordenada ferramenta segue

    ferramenta.76MIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    77ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Na sada da fabrica o sistema de coordenada ferramenta encontra-se no centro do flange do

    rob. Para a utilizao de uma ferramenta de trabalho qualquer necessita-se transferir este ponto

    conhecido para um ponto escolhido da ferramenta.

    Este procedimento ser abordado no momento oportuno.

    ENTRADA EM SERVIO KUKA PADRO KR

    Na compra de um rob, independentemente do fabricante, o mesmo possui um nmero

    gravado, em um local especfico, geralmente composto de vrios dgitos que correspondem ao

    nmero de srie do rob. Este nmero serve para identificar o equipamento e permite ao fabricante

    levantar, quando necessrio, todos os dados referentes fabricao do rob, tais como: ano, modelo,

    dados de carga e componentes utilizados na montagem. Isso proporciona considervel economia de

    tempo em caso de manuteno ou substituio de algum dos componentes do rob.

    A famlia de robs KR traz o nmero de srie gravado no mecanismo e no armrio de controle

    ou, como no caso do KR3, apenas no armrio de controle.

  • Introduo Robtica

    E

    Locais de identificao

    KR C1

    SCOL 78A SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    E

    KR C3

    No KR C3, o nmero de srie encontra-se no lado direito, em cima dos drives do computador.

    Elementos de operao no armrio de comando KR C379SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    80ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    KUKA control panel - KCP

    O KUKA Control Panel constitui a interface entre o homem e a maquina (IHM) e destina-se

    operao simplificada da unidade de comando do rob. Todos os elementos necessrios para a

    programao e operao do sistema do rob encontram-se instalados diretamente no KCP, exceto o

    interruptor principal.

    Na tela do KCP podem ser visualizados os processos de operao e programao e, como o

    sistema de controle do rob encontra-se numa plataforma Windows, a operao do mesmo torna-se

    mais fcil aos usurios deste sistema operacional.

    A seguir ser apresentado um resumo dos elementos de operao e o painel de operao

    grfico do KCP.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Parada deemergncia

    Spacemouse

    Teclas demovimento

    Entradade dados

    Teclas de rolagem

    Teclas de Menu Liga os motores Desliga os

    Teclado alfabticoTeclado numrico Teclas de menu

    Pagina

    Escape

    Parada

    Programapara frente

    Programapara trs

    Display81

  • Introduo Robtica

    E

    Elementos de operao no KCP

    Ligar acionamentos

    Boto de emergncia

    Desligar acionamentos

    Seleo do modo de operao

    Automticoexterno

    AutomticoSCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Teste 2 (T2)82

    Teste 1 (T1)

  • Introduo Robtica

    E

    Superfcie de operao grfica

    O display do KUKA Control Panel est dividido em vrias reas que cumprem tarefas diversas.

    Durante sua utilizao estas so adaptadas de forma dinmica s diversas necessidades.

    Dessas reas fazem parte a barra de menukeys, a barra de statuskeys e a linha de softkeys,

    alm da janela de programao, dos formulrios inline, das janelas de estado e de mensagens, bem

    como de uma barra de estado.

    Definio de brilho e contraste

    Para uma maior visualizao do painel de operao, podem ser alterados tanto o brilho como

    tambm o contraste do display LCD.

    Inicialmente, a funo deslocamento manual dever estar desligada, uma vez que somente

    assim ser possvel alterar o brilho e o contraste. A statuskey (modo de deslocamento) encontra-se

    no ado esquerdo do display, na parte de cima. A duas statuskey do lado direito do display destinam-

    se l83SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    a definio do brilho e do contraste.

    contraste

    brilho

  • Introduo Robtica

    84ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Teclas de funo

    Barra de menus e submenus

    Na barra de menu encontram-se agrupadas as funes da unidade de comando do rob. Para

    proceder a seleo necessrio abrir os grupos atravs das opes do menukeyes localizados na

    parte superior do display.

    barra de menus submenus

  • Introduo Robtica

    85ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Barras de statuskeys

    As barras de statuskey mostram as funes alterveis que se encontram nos lados direito e

    esquerdo da rea grfica.

    modo dedeslocamentopasso a passo

    modo demovimentaopelo space mouse

    velocidade deexecuo do

    programa

    modo "eixodominante"

    sistema decoordenada

    "axis"

    tecla do cursor

  • Introduo Robtica

    86ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    modo demovimentaopor tecla

    modo deposicionamentocontnuo

    modo demovimentao

    por incrementos

    sistema decoordenada

    cartesiano

    velocidade dedeslocamento do rob

    (modo manual)

    teclas deconfigurao degarras

  • Introduo Robtica

    87ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Linha de softkeys

    Por meio da linha de softkeys, que se adapta dinamicamente, so disponibilizadas as funes

    que podero ser selecionadas. Esta linha esta posicionada na parte inferior do display.

    softkeys

  • Introduo Robtica

    88ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Janela de programao

    Na janela de programao apresentado o contedo do programa selecionado. Caso no

    exista nenhum programa selecionado ser mostrada uma lista de programas disponveis. A janela de

    programao possibilita ao operador a visualizao do programa e dos dados a serem inseridos.

    janela de programao

  • Introduo Robtica

    89ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Janela de estado

    Permite a visualizao de rotinas paralelas conforme solicitao do operador.

    A janela de estado utilizada para a visualizao das entradas e sadas, bem como na

    medio da ferramenta.

    As teclas do cursor "" e "" permitem o deslocamento de um campo de entrada para outro.

    janela de estado (I/Os)

  • Introduo Robtica

    90ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Neste caso, a janela de estado est sendo utilizada para visualizao dos contadores.

    janela de estado (contadores)

  • Introduo Robtica

    E

    Janela de mensagens

    Possibilita ao operador a visualizao das mensagens. A leitura das mensagens por parte do

    operador de extrema importncia, pois tornar mais fcil a interveno em caso de necessidade.

    A unidade de comando comunica-se com o operador atravs da janela de mensagens. Nessa

    janela, so emitidas mensagens de indicao, estado, confirmao, espera e dilogos.

    Para cada tipo de mensagem h um smbolo correspondente. Os smbolos sero apresentados

    a seguir.

    janela de mensagens91SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    92ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Estado do sistema

    Possibilita ao operador a visualizao de forma rpida de como se encontra o sistema de

    controle.

    Na linha de estado, tambm chamada de barra de estado, so indicadas, de forma resumida,

    as informaes a respeito dos estados de servio relevantes, tais como, por exemplo, as indicaes

    sobre o estado de um programa.

    linha de estado do sistema

  • Introduo Robtica

    93ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Mensagens

    So divididas em dois grupos: mensagens de indicao e mensagens de confirmao .

  • Introduo Robtica

    94ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Mensagens de confirmao

    Ajuste e desajuste dos eixos do rob

    Como passo posterior instalao do software e anterior insero dos parmetros de

    programao e dados relativos a ferramenta, devemos executar os procedimentos referentes ao

    ajuste dos eixos do rob.

    O ajuste correto dos eixos do rob possibilitar ao sistema a manuteno da exatido, no

    alcance dos pontos da trajetria programada.

    Nos robs KUKA da srie KR15 em diante, os procedimentos de ajuste dos eixos realizado

    por meio de uma unidade eletrnica de ajuste (UEA), que garante exatido de alguns centsimo de

    milmetros entre o ponto zero mecnico, definido pelo fabricante, e o incremento de cada um dos

    sistemas de posicionamento existente nos eixos do rob.

  • Introduo Robtica

    95ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Neste caso, o procedimento de ajuste dos eixos, quando realizado de forma a obedecer

    rigorosamente a etapa descrita pelo fabricante, garantir exatido no alcance dos pontos de

    interpolao programados. Caso haja, por exemplo, a necessidade de transferncia do programa de

    determinado rob para outro, com as mesmas caractersticas, ser possvel reproduo exata de

    movimentos no segundo rob, conforme programao feita no primeiro. Alm disso, se houver a

    necessidade de substituir o rob por outro, por motivo de manuteno, por exemplo, teremos a

    certeza de exatido na repetio dos pontos previamente programados.

    No caso de necessitarmos utilizar o sistema de coordenadas cartesianas para a movimentao

    da ferramenta do rob, s ser possvel aps a execuo dos procedimentos de ajuste dos eixos.

    Isso ocorre devido ao fato de que o "ZERO MECNICO de cada um dos eixos deve,

    obrigatoriamente, ser conhecido pelo sistema de controle do rob.

    Nota: O ajuste dos eixos (primeiro ajuste ou fixar posio do rob), tambm chamado demasterizao, geralmente realizado uma nica vez, logo aps a instalao do

    equipamento e, sem nenhuma ferramenta presa flange do rob.

    No caso de ocorrer a perda do ajuste, devido a substituio de alguns dos motores ou por

    outro motivo qualquer, deve-se repetir o procedimento de ajuste.

    Se ocorrer a perda do ajuste, somente poderemos mover os eixos do rob por meio do sistema

    de coordenada eixo a eixo (Axis System).

    Para proceder ao ajuste do rob, ser necessrio levar seus eixos a uma posio

    mecanicamente definida, chamada posio de zero mecnico. Esta posio representa uma

    atribuio ao ngulo de acionamento dos eixos e definida por um entalhe de referncia ou por uma

    marca gravada no mecanismo.

    Se o rob se encontrar nesta posio de zero mecnico, o contador de incrementos para cada

    eixo colocado no valor correspondente ao ngulo do eixo. Para que haja exatido no deslocamento

    posio de zero mecnico utilizado um relgio de medida ou um comparador eletrnico (UEA).

    No caso dos minirobs (serie KR3), o ajuste deve ser feito tomando-se como referncia as

    marcaes existentes nos respectivos eixos.

  • Introduo Robtica

    96ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Observao

    O ajuste do rob dever ser feito sempre sob as mesmas condies de temperatura, a fim de

    excluir imprecises provocadas por uma dilatao trmica.

    Isso significa que o ajuste dever ser realizado sempre com o rob no estado frio ou, sempre

    no estado quente de operao.

    Nota A perda do ajuste dos eixos pode ocorrer mediante colises, queda sbita de energia,rompimento do cabo ou por insuficincia de carga na bateria.

    No tipo de rob KR3, o ajuste deve ser feito exclusivamente por meio do nnio que se encontra

    em todos os seus eixos.

    O ajuste e o menu de ajuste so totalmente diferentes dos das verses KRC1 e KRC2.

  • Introduo Robtica

    97ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Ao todo, existem 3 instrues diferentes escolha.

    Primeiramente devemos nos certificar de que o rob encontra-se no modo T1 e no modo de

    deslocamento manual.

    A seguir selecionamos no menu Ent.Servio, selecionamos a opo Ajustar e, finalmente, a

    opo desejada.

    Fixar posio do rob

    Esta instruo destina-se ao primeiro ajuste do KR3. Uma vez que o fabricante geralmente

    fornece, em regra, apenas robs com o primeiro ajuste j realizado, este passo geralmente no

    necessrio, exceto nos casos de substituio do motor ou encoder, onde a realizao deste passo

    torna-se fundamental.

    Desloque o eixo a ajustar at a posio de ajuste, fazendo coincidir com o nnio. Depois,

    pressione a tecla ajustar. A entrada do respectivo eixo ser removida da janela de estado.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SEN

    Reset en

    Esta instr

    primeiro ajuste

    98AI ALMIRANTE TAMANDAR

    coder

    uo ajusta o rob, o que pressupe que j tenha sido realizado os procedimentos do

    (Fixar posio do rob). Para esse efeito, utiliza-se a opo reset encoder.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI

    Comutao

    Esta instru

    substituio do enc

    Observao99 ALMIRANTE TAMANDAR

    o destina-se ao ajuste entre o motor e o encoder, sendo necessria em caso de

    oder ou do motor.

    : Esta instruo somente dever ser executada pelo servio de assistncia do

    fabricante ou por pessoal especialmente treinado.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI AL

    Observao: No

    a

    gra

    Desajuste dos e

    Esta funo poss

    ajuste de algum dos eix

    Para realizar o d

    seguido da opo desa100MIRANTE TAMANDAR

    caso da utilizao desta instruo deve-se aps a escolha do respectivo eixo

    ser comutado desloc-lo para uma posio neutra referente a fora da

    vidade.

    ixos

    ibilita o desajuste dos eixos individualmente. No caso de dvidas quanto ao

    os, pode-se desajustar o eixo que gerou a duvida e repetir o ajuste.

    esajuste deve-se pressionar a tecla correspondente ao menu Ent.Servio

    justar.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI AL

    A seguir, aberta uma janela onde so indicados os eixos ajustados. Quando todos os eixos

    estiverem desajustados ser emitido uma mensagem No h eixos a ajustar.

    Durante o desajuste, os eixos no fazem nenhum movimento.

    Devido ao acoplamento mecnico existente entre os eixos do punho, ao desajustar o eixo 4, os

    dados referentes aos eixos 5 e 6 so apagados. No caso do desajuste do eixo 5, os dados referentes

    ao eixo 6 sero apagados.

    Ajuste dos eixos nos robs KR15 a KR200

    O ajuste dos eixos dos robs com capacidade nominal acima de 15 Kg, pode ser feito com um

    relgio comparador ou por meio da unidade eletrnica de ajuste (UEA). Embora o procedimento de

    ajuste com relgio oferea considervel exatido, existe ainda a possibilidade de erros oriundos da

    dificuldade de visualizao por parte do operador, assim como tambm por paralaxe.

    Em virtude do apresentado acima, a maioria dos usurios de robs utiliza a unidade eletrnica

    de ajuste (UEA), para executar o esse procedimento.

    A seguir apresen101MIRANTE TAMANDAR

    taremos um resumo dos procedimentos de ajuste utilizados.

  • Introduo Robtica

    102ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Ajuste por relgio comparador

    1. Posicione os eixos do rob observando as marcas de pr-ajuste. Movimente o eixo sempre

    na direo de (+) para (-)

    2. Retire a cobertura de proteo do cartucho e, em seguida, fixe o relgio.

  • Introduo Robtica

    103ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    3. Selecione a opo ajustar no menu Ent.servio, selecionando em seguida a opo

    relgio.

    4. Ser aberta uma janela mostrando a seqncia de eixos que devero ser ajustados.

    5. Para realizar o ajuste, reduza a velocidade de deslocamento para 1%. Desloque o eixo a

    ser ajustado na direo negativa do eixo, passando a marcao de pr-ajuste. Observe o

    ponteiro do mostrador do relgio. No ponto mais baixo do entalhe de medio, ou seja, no

    momento em que o ponteiro mostrar um movimento abrupto de inverso, aperte a tecla

    correspondente ao eixo a ser ajustado.

  • Introduo Robtica

    104ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Ajuste pela unidade eletrnica (UEA)

    Durante o deslocamento de ajuste com o UEA, o eixo a ser ajustado deslocado pelo prprio

    programa, com uma velocidade programada, de + para -. No momento em que o UEA detecta o

    ponto mais baixo do entalhe de medio, a unidade de comando pra o movimento do rob e

    memoriza esse ponto. Dessa forma, ser eliminada qualquer possibilidade de erro.

    1. Posicione os eixos do rob observando as marcas de pr-ajuste. Movimente o eixo sempre

    na direo de (+) para (-).

    2. Retire a cobertura de proteo do cartucho e, em seguida, fixe a unidade eletrnica de

    ajuste.

  • Introduo Robtica

    ESCOL

    3. Estabelea a ligao do cabo da UEA at a base do rob, na conexo do RDW (X31)

    4. No menu Ent.Servio", selecione ajustar opo UEA e, em seguida, efetue a

    movimentao do eixo a ser ajustado. No momento em que o UEA detectar o ponto mais

    baixo do entalhe de medio, a unidade de comando para o movimento do rob memoriza

    esse ponto. Automaticamente o cursor passa para o prximo eixo a ser ajustado.

    5. Repita o procedimento at que todos os eixos estejam ajustados.

    MEDIO DA FERRAMENTA

    Sistema de referncia

    A localizao de um objeto no espao depende da referncia que usada. Por exemplo,

    quando dizemos que a cidade de Araariguama est localizada no quilmetro 49,5 da rodovia

    Castelo Branco, na direo So Paulo-Sorocaba, a referncia o incio da rodovia (So Paulo) e sua

    direo (Sorocaba). A localizao de um avio, que um objeto mvel, em relao a um aeroporto

    determinado exige a referncia das coordenadas norte, sul, leste e oeste, bem como da altura em

    que se e ontra. O rob um objeto que se movimenta e, para que determinemos a sua posio no

    espao, n

    X, Y e Z

    base. nc105A SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    ecessitamos, tambm, conhecer o sistema de coordenadas de referncia dado pelos eixos

    estabelecido pelos fabricantes e que geralmente se encontra na posio geomtrica de sua

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SEN

    Observe, na figura a seguir, o sistema de coordenadas de referncia do rob, localizado na sua

    base.

    A flange a extremidade do rob, na sua parte articulada. O sistema de referncia leva a

    flange em considerao. A flange tem, tambm, um sistema de coordenadas de referncia. No centro

    geomtrico da flange encontra-se o seu sistema de referncia de coordenadas X, Y e Z .

    A flange permite a instalao de vrios rgos terminais, tambm chamados de ferramentas. A

    ferramenta instalada varia em funo da tarefa que o rob executa. Por exemplo, se a tarefa do rob

    soldar, a ferramenta poder ser uma tocha de solda. Contudo, o rob reconhece a flange como sua

    extremidade e para que ele passe a reconhecer a ferramenta, neste caso a tocha de solda, como sua

    extremidade, necessrio realizar a calibrao deste rgo ou ferramenta. O processo de calibrao

    de ferramenta envolve a determinao do Tool Center Point (TCP).

    O ponto e tabelecido pela calibrao da ferramenta ser a referncia para sua movimentao,

    permitindo mov

    Origem dosistema dereferncias106AI ALMIRANTE TAMANDAR

    imentos precisos no percurso de uma trajetria.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENA

    Quando feita a calibrao da ferramenta, cria-se um arquivo no controlador do rob com as

    dimenses da ferramenta. As dimenses dos eixos X, Y e Z da ferramenta e sua rotao tm como

    referncia a flange. Cada ferramenta usada ter um arquivo correspondente no controlador do rob.

    O sistema de controle do rob KUKA tem capacidade de armazenamento de parmetros referentes a

    16 ferramentas. Estas ferramentas podem estar acopladas flange ou, ainda, acopladas a um

    dispositivo externo. Sempre que uma nova ferramenta for acoplada flange, ser necessrio um

    novo processo de calibrao.

    O processo de calibrao corresponde a:

    acoplar a ferramenta na flange;

    definir u

    executa

    gravar a

    O nmero

    fabricante.

    Observe, a

    A calibra

    capitulo, ser des107I ALMIRANTE TAMANDAR

    m ponto fixo para a ferramenta na rea de alcance do rob;

    r os movimentos do rob nas vrias posies;

    s vrias posies que definem a posio e a dimenso da ferramenta.

    de posies a serem gravadas ir variar conforme as possibilidades oferecidas pelo

    seguir, a ilustrao referente calibrao de uma ferramenta.

    o de uma ferramenta varia, como vimos, de fabricante para fabricante. No prximo

    crito o mtodo de calibrao de ferramenta usado para os robs KUKA.

  • Introduo Robtica

    108ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    A calibrao de ferramentas necessita da habilidade motora para a instalao da ferramenta

    para o acionamento de alguns movimentos atravs do teaching pendant, bem como da habilidade de

    verificar o registro do controlador. Alm disso, preciso compreender o procedimento e o significado

    dos diversos passos envolvidos na calibrao.

    Ferramenta calibrada

    A calibrao da ferramenta garante que o manipulador executar corretamente operaes que

    exijam interpolao tanto linear como circular. Para isso, necessrio que o rob registre o ponto

    central do eixo da ferramenta como a dimenso da ferramenta que ser usada.

    A calibrao permite que o rob identifique a ferramenta e no mais o flange como sendo sua

    extremidade. Quando as dimenses da ferramenta so registradas corretamente, o TCP

    automaticamente calculado e registrado no arquivo ferramenta. A calibrao de ferramenta exige

    duas operaes:

    registrar a coordenada TCP;

    Ensinar as posies necessrias ao rob, tendo como referncia o TCP.

    O registro da coordenada do TCP feito no sistema de coordenada da ferramenta, podendo

    ser verificado sempre que necessrio.

    Na flange do rob existe um ponto de referencia chamado de "Tool Center Point" (TCP) cuja

    traduo significa ponto central da ferramenta.

    Trata-se de um ponto imaginrio, posicionado exatamente no centro da flange, cuja localizao

    conhecida pelo sistema de controle do rob.

    Sabemos que o rob necessita, para executar determinada tarefa, ter fixado em sua flange

    uma ferramenta cujo tipo depende unicamente da aplicao a que se destina.

    Deve-se, portanto, executar alguns procedimentos, recomendados pelo fabricante, com o

    intuito de realizar a transferncia deste ponto central da flange para um ponto escolhido da

    ferramenta de trabalho.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA

    Depois de concluda a transferncia do TCP, ao movermos o rob por meio do sistema de

    coordenadas ferramenta (Tool System), poderemos observar o comportamento do rob.

    Ao pressionarmos as teclas referentes orientao (A, B ou C) os eixos do rob se

    movimentaro enquanto o TCP (Ponto central da ferramenta) permanecer parado.

    Esta orientao possvel devido a existncia dos "resolvers" em cada um dos eixos do rob,

    possibilitando a constante localizao dos ngulos dos eixos.

    Observao

    No caso do KR3, no lugar dos resolvers, foram instalados encoders.

    A principal diferena entre os encoders e os resolvers baseia-se na forma de tratamento do

    sinal. No caso dos encoders temos sinal digital e nos resolvers temos sinal analgico.109SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

  • Introduo Robtica

    ESC

    calcul

    posi

    coord110OLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Com base nas distncias conhecidas entre os eixos do rob, a unidade de comando poder

    ar, com a ajuda da geometria, a posio do centro da flange e sua orientao no espao. A

    o do ponto central da flange descrita atravs da sua distncia em relao ao sistema de

    enada universal.

  • Introduo Robtica

    E

    Mtodos para medio da ferramenta

    Existem trs mtodos que podero ser empregados no caso da medio da ferramenta:

    mtodo XYZ-4 pontos;

    XYZ- Referncia;

    introduo numrica.

    O mtodo mais utilizado o "XYZ-4 pontos" devido ao fato de permitir ao controlador efetuar os

    c

    po

    ref

    TC

    fla111SCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    lculos necessrios concluso da medio. Neste caso o operador se isenta das imprecises que

    dero ocorrer como, por exemplo, as imprecises oriundas por erros de digitao.

    Observao

    O mtodo XYZ 4 pontos utilizado nos robs da marca KUKA. Para as demais marcas de

    robs deve-se seguir criteriosamente as recomendaes do fabricante.

    Mtodo XYZ - 4 Pontos

    Com o mtodo de "4 pontos", a ferramenta deslocada, com o TCP escolhido, a um ponto de

    erncia, procedendo este deslocamento a partir de quatro direes diferentes.

    Com base nas vrias posies e orientaes da flange do rob, ento calculada a posio do

    P (Tool Center Point), ponto central da ferramenta.

    Para a execuo do mtodo XYZ-4 pontos, monte primeiramente a ferramenta a ser medida na

    nge do rob. A seguir, procure um ponto de referncia adequado.

  • Introduo Robtica

    112ESCOLA SENAI ALMIRANTE TAMANDAR

    Essa referncia poder ser um ponto marcante de uma pea ou a ponta de um espigo de

    referencia.

    Atravs do menu Ent.-Servio escolha a opo Medio e, a seguir, escolha a opo XYZ-4

    pontos. Em seguida, siga a rotina de execuo.

    Ateno

    Reduza a velocidade de deslocamento do rob a fim de evitar colises.

    XYZ - Referncia

    Com este mtodo, so comparados os valores do TCP de uma ferramenta a ser medida com

    outra ferramenta conhecida, realizando-se um deslocamento at um ponto de referncia.

    Uma ferramenta de dimenses conhecidas deslocada at um ponto de referncia, a partir de

    uma direo qualquer.

    A seguir, a ferramenta que se pretende medir montada na flange do rob. Em seguida, esta

    ferramenta deslocada at o ponto de referncia, a partir de uma direo qualquer.

  • Introduo Robtica

    ESCOLA SENAI A

    Com base nas vrias posies e orientaes da flange do rob e nas dimenses conhecidas

    da ferramenta anteriormente utilizada, a unidade de comando poder calcular as dimenses da

    ferramenta que se pretende medir.

    Ateno

    Reduzir a velocidade de deslocamento do rob a fim de evitar-se uma coliso.

    In