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Introdução à Pesquisa científica Como ler, escrever e apresentar artigos científicos MBA em IFRS

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Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

MBA em IFRS

Mini Currículo do professor

JOSÉ ORCÉLIO DO NASCIMENTO

• Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e

Contabilidade USP -RP.

• Orientador e professor da Pós Graduação da FECAP.

• Mestre em Contabilidade FECAP.

• Especialista em Contabilidade Pública FECAP.

• Contador FECAP.

• Administrador ESAN/FEI.

• Contador do Poder Judiciário Federal em São Paulo.

• Pesquisador nas áreas de contabilidade, controladoria, tributos, gestão

pública, custos e sustentabilidade, com mais de 40 pesquisas aprovadas em

revistas e congressos científicos nacionais e internacionais.

• Aprovado em mais de 15 concursos públicos como contador ou áreas

correlatas.

2

Objetivos da disciplina – 8h

• Objetivo

• Aprender como produzir um Artigo Científico

• Objetivo de aprendizagem

• Depois de assistir a aula, ler e discutir os tópicos da disciplina você será capaz entender, utilizar e decidir:

1. Como escrever um Artigo Científico;

2. Como ler Artigos Científicos;

3. Como remeter um Artigo Científico para Congresso ou Revista.

3

Justificativa da disciplina – 30h

• Justificativa

• A verdadeira fonte do progresso científico se dá através dos Artigos Científicos. Um livro é de responsabilidade exclusiva do Autor e da Editora, sendo que o Autor tem mais liberdade de expressão, segundo seus conhecimentos e convicções. Quando um artigo é submetido à uma revista especializada, normalmente passa por uma avaliação cega, isto é, os avaliadores não sabem a procedência (IES), nem quem é ou são os autores. A seleção deve ser criteriosa para elevar a classificação Qualis CAPES, do periódico em, p.ex: C, B5, B4, B3, B2, B1, A2 e o top: A1.

4

Relação interdisciplinar

5

• Elaboração de Artigos Científicos se relaciona com

• Metodologia da Pesquisa on line

• Todas as demais disciplinas, uma vez que podem ser utilizadas como tema para os Artigos

1º Módulo Fundamentos Básicos HORAS

Contabilidade Financeira e IFRS 30

Cálculo Financeiro- aplicados 20

Métodos Quantitativos Aplicados 20

Cenários Econômico 10

Planejamento Tributário 20

Direito Empresarial 20

Subtotal 120

2º Módulo de Finanças Corporativas Gestão de Finanças Empresariais 30

Avaliação de Empresas - Valuation 30

Mercado Financeiro e Derivativos 30

Decisões de Fin. Estr. de Capital 30

Subtotal 120

3º Módulo de Controladoria e Gestãao Empresarial Gestão Esrtatégica de Custos 30

Planejamento Estratégico 10

Orçameto Empresarial 30

Sistemas de avaliação de desempenho 20

Marketing Empresarial 20

Negociação Empresarial 10

Total 120

4º Metodoolgia da Pesquisa-on-line 40

TOTAL GERAL 400

MBA EM FINANÇAS E CONTROLADORIA

MÓDULOS

Programa

1. A construção do conhecimento

2. Como elaborar um projeto de pesquisa

3. Como elaborar a Introdução do Artigo

4. Como ler artigos científicos

5. Como escrever artigos científicos

6. Como escrever Resumos e Conclusões

7. A redação em Monografias e Artigos Científicos

8. Citações no corpo do texto – NBR 10.520/02

Referências – NBR 6.023/02

9. Apresentação do Relatório de Pesquisa – NBR 14.724/05

10.Como falar em apresentações acadêmicas

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

1. A construção do conhecimento

Os níveis do conhecimento

• O Conhecimento Científico

• É obtido através de pesquisas

8

Conhecimento

9

• O que é uma pesquisa?

10

É uma investigação e

análise metódica do objeto para solução

de problemas buscando

contribuição original para o processo cumulativo do conhecimento

científico

Prefácio

• Introdução à pesquisa científica

• O aluno sempre será incitado a pesquisar, ler, realizar e apresentar trabalhos durante sua vida acadêmica.

• O objetivo deste curso é ensinar como fazer tais atividades.

• O curso faz referências aos Artigos Científicos, mas pode ser estendido às Monografias.

• As monografias são subdivididas em capítulos, os artigos não, apenas em seções numeradas e corridas.

• O artigo é uma monografia condensada, também sujeito às normas ABNT, APA ou outro formato exigido pelo editor.

11

Pesquisa científica

• A pesquisa

• É fundamental para as atividades comerciais e acadêmicas

• É um processo de perguntas e investigação

• Não é qualquer coisa, não é panaceia,

• É sistemática e metódica

• É o modo efetivo de aprender bem

• Aumenta o conhecimento

12

Pesquisa científica

• Objetivos de pesquisa

1. Revisar e sintetizar o conhecimento existente

2. Investigar alguma situação ou problema existente

3. Fornecer soluções para um problema

4. Explorar ou analisar questões mais gerais

5. Construir ou criar um novo procedimento ou sistema

6. Explicar um novo fenômeno

7. Gerar novo conhecimento

8. Uma combinação de quaisquer dos itens acima

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Fonte de pesquisa duvidosa

• WIKPÉDIA: Não citar!

• Consultar somente para informação sobre o assunto, mas não é aceitocomo fonte confiável, por se tratar de uma enciclopédia livre (pode haver conteúdos duvidosos).

• Útil quando remete à fontes confiáveis!

15

Revisão de Literatura

• Cuidados:

• Fontes não confiáveis devem ser descartadas

• Identifique o que é afirmação do autor e o que ele cita usando outras fontes

• Só cite um autor caso realmente tenha lido a referência

• Use suas próprias palavras para descrever o que o autor falou, indicando as corretas citações

16

Plágio

• Plágio

• Copiar trabalho de outros, no todo ou em partes

• Código de Ética

• Plágio é crime passível de punição:

• Reprovação

• Perda do certificado de conclusão de curso

• Processo civil

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Projeto de pesquisa

• O projeto de pesquisa (Introdução + Cronograma)

• Deve ser o primeiro passo do aluno rumo à monografia.

• Escrevendo a Introdução, mesmo que provisória, o aluno terá o designde sua monografia como um todo e saberá exatamente aonde deverá ser apresentado cada tópico, como cada assunto deverá ser abordado e devidamente delimitado.

• O cronograma deve ser elaborado sempre com duas linhas para cada etapa – uma para o previsto e a outra para acompanhamento do realizado, tendo os meses subdivididos em semanas nas colunas, proverá a dimensão tempo para execução da monografia.

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Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

2. Como elaborar um projeto de pesquisa

Visão geral de um projeto de pesquisa

• Projeto de pesquisa

• Plano detalhado usado para guiar e focar a pesquisa.

• É a ciência e a arte de planejar procedimentos para realizar estudos de modo obter as descobertas mais válidas (Vogt, 1993)

• O primeiro passo é identificar um problema ou uma questão de pesquisa

• Em um estudo positivista• Deve ser desenvolvido uma estrutura teórica que levará à hipóteses.

• Em um estudo fenomenológico• Determina-se o objetivo da pesquisa e apenas uma ou duas

questões a serem refinadas e modificadas, e que serão inseridas em um contexto teórico durante o curso da pesquisa propriamente dita.

20

Projeto

• Elementos de um projeto de pesquisa:

1. Tema (quando e onde)

2. Situação-problema (o que)

3. Objetivos (quais)

4. Justificativas (por que)

5. Metodologia (como)

6. Organização da monografia

7. Cronograma

• Em resumo:

• Projeto de pesquisa = Introdução + cronograma.

21

Cronograma

22

Projeto

• Nomenclatura técnica para Plano de Ação

• Saber escrever projetos é necessário para a obtenção de recursos em agências de fomento:

• CNPq

• CAPES

• Fundação Banco do Brasil

• BNB etc.

• Bolsas de extensão ou

• Pesquisas na graduação

23

Projeto

• Ingredientes fundamentais

• Cronograma

• Orçamento

• Detalhe do que vai ser gasto com a pesquisa (produtos e serviços)

• A quantidade,

• O preço unitário,

• O preço total da unidade,

• O subtotal por categoria e

• O total do orçamento

24

Projeto

• Em um projeto de pesquisa não há:

• Resumo

• Resultado(s) e discussão

• Conclusão

25

Projeto

• Extras

• Capa

• Folha de rosto

• Nome do orientador, co-orientador e finalidade

• Sumário

• Lista de tabelas

• Lista de Figuras

• Lista de abreviaturas

• Lista de símbolos

• Aspectos gráficos

• Anexos

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Visão geral de um projeto de pesquisa

Identificar o problema de pesquisa

Determinar o objetivo da pesquisa

Desenvolver uma estrutura teórica

Definir questões/ hipóteses da pesquisa

Definir termos

Identificar limitações do estudo

Decidir a metodologia

Determinar o resultado esperado

27

Identificação de um problema de pesquisa

1. Consultar a literatura, refletir e discutir

lacunas de identidade

2. Gerar uma lista de questões potenciais

interessantes

3. Verificar a literatura. As perguntas já foram respondidas?

4. Testar a viabilidade

5. Eliminar questões não práticas

SIM NÃO6. Existe um problema

adequado?

Passar para o estágio subsequente do projeto

de pesquisa

SIM

NÃO

28

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

3. Como elaborar a Introdução do Artigo

Introdução

30

Introdução

6 parágrafos

Tema

Contextualização

Situação-problema Hipóteses

Objetivos Gerais e

Específicos

Justificativa

Metodologia

Organização do Artigo

Introdução

• Composta por seis parágrafos

1. Tema (quando e onde)

2. Situação-problema (o que)

3. Objetivos (quais)

4. Justificativas (por que)

5. Metodologia (como)

6. Organização da monografia

31

1º parágrafo

• Tema (quando e onde)

• Contextualização an passant do tema, no tempo e no espaço.

• No Capítulo 1 será abordado em maior profundidade.

• Qual é o tema do trabalho?

• Quando surgiu esta teoria, onde foi aprimorada através dos tempos para se encontrar nesse nível, aqui, hoje?

32

2º parágrafo

• Situação-problema (o que)

• Breve relato histórico e descrição clara da situação-problema abrangente, a ser apresentada em seus detalhes na Seção 2, caracterizada pelo objeto-problema representativo.

• Apresenta-se a questão de pesquisa, ou a pergunta a ser respondida pelo estudo.

• O que está sendo estudado?

• Obs: A afirmativa da questão da pesquisa é o título da monografia.

33

3º parágrafo

• Objetivo geral (qual)

• Qual a visão geral e abrangente que se quer alcançar com a elaboração da pesquisa e da monografia?

• Obs:

• Deve ser formulado como sendo um estudo da questão da pesquisa: “O objetivo geral é estudar o (título da monografia)”.

• Objetivos específicos (quais)

• Representam um detalhamento do problema. Quais temas correlatos serão necessários serem abordados para se atingir o objetivo geral? Quais são as reais delimitações do tema? Sugestão de texto: “Para se atingir o objetivo geral, será necessário estudar em seus detalhes, na medida da necessidade, os seguintes tópicos:” (apresentá-los em forma de lista).

34

4º parágrafo

• Justificativas (por que)

• Destaca-se a importância atual do tema e a problemática que o objeto de estudo contém.

• Enfatiza-se a contribuição social e científica da pesquisa.

• Quantificar, utilizar números, estatísticas, porcentagens para enfatizar a relevância do tema/ situação-problema.

• Por que o estudo do fato/ objeto e o tema foram escolhidos?

35

5º parágrafo

• Metodologia (como)

• Descrever a classificação sucinta da pesquisa adotada para obtenção de dados.

• Detalhes sobre os métodos serão apresentados na Seção 3.

• Como será feita a pesquisa?

• Detalhes sobre os métodos e análise dos dados, na proposta de solução do problema, serão apresentados juntos na Seção 3 para as pesquisas fenomenológicas (qualitativas).

• As pesquisas positivistas (quantitativas) podem eventualmente apresentar mais um capítulo separando a metodologia (Seção 3) da apresentação e análise dos resultados (Seção 4).

36

6º parágrafo

• Organização da monografia

• Breve descrição sobre a abordagem dos 3 capítulos.

37

Delimitação

• Problema alinhado com o Objetivo

• O tema precisa ser delimitado, pois, quanto mais demarcado, mais claro fica, facilitando, assim, o alcance os objetivos propostos.

• A delimitação representa a especificação de uma parte no todo e deve identificar o espaço pesquisado

38

Classificação das pesquisas

39

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

4. Como ler artigos científicos

A importância

• A leitura de artigos científicos não é popular

• Não é visto pelo povo em geral

• O público não lê ciência, usa seus benefícios

• Estudantes e pesquisadores precisam de leitura científica para manter a chama do conhecimento acesa

• Necessário para a descoberta e inovação na busca de benefício para a humanidade!

41

Evolução

• A pesquisa era exclusiva dos doutores

• Depois os mestres se acostaram à sua produção

• Na competitividade do século XX, especialistas e graduados se engajaram no mundo da pesquisa científica

• Hoje, até estudantes do ensino médio já têm oportunidade de adentrar pela porta da pesquisa

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Tipos de escrita científica

• Pode ser lida

• Resumo

• Paper (artigo científico)

• Capítulo de livro

• Livro

• Projeto

• Painel

• Entre outros

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Artigo científico de A a Z

• Artigo completo

1. Título

2. Autor

3. Afiliação

4. Resumo (Abstract)

5. Palavras-chave

6. Introdução

7. Objetivo

8. Material e Métodos

9. Resultados e Discussão

10. Conclusão

11. Agradecimentos

12. Referências

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Como ler

• Leitura de artigo científico

• É diferente da leitura de um romance, o qual foi escrito para ser lido sequencialmente – pular páginas faz perder o fio da meada

• Em um artigo científico pode-se ler apenas o que interessa, como uma revista ou jornal

• É fácil achar o que interessa, pela sua estrutura

• Pode-se ler o que e como quiser... liberdade!

• O leitor fica com a parte mais fácil e prazerosa

• O pior ficou com quem pesquisou e publicou

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Antes de tudo

1. Procure alguma coisa útil no artigo

2. Tenha uma visão panorâmica antes da leitura

• Dê uma olhada, página por página, sem ler

• Apenas observe a blocagem dos textos, as figuras, as tabelas, o número de páginas as Referências

• Depois de tudo

• Alguns artigos

• Tão importante que as vezes será necessário várias leituras

46

Como ler Título

• Título

• Pode se identificar se é apelativo:

• SISTEMA DE CUSTEIO ABC PARA EVITAR A MORTE PREMATURA DE PMEs

• (Não vai evitar mesmo, não serve para isso...)

• As vezes o contrário, Título relapso, mas escrita surpreendente

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Como ler Autor e Afiliação

• Empatia

• Identificação do autor e da instituição pode atrair o leitor, é como assistir um filme porque se identifica com o ator, atriz ou produtor

• A afiliação traduz qualidade, artigos bons, sempre bons, quase bons etc.

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Como ler Resumo

• Miniatura do artigo completo

• Nele se encontra todas as partes importantes de um artigo científico

• Sabendo-se o que foi estudado, como o experimento foi conduzido e que resultados foram encontrados, facilita saber se é necessário ler o restante do artigo

• Facilita a busca em grandes bancos de dados de milhares de artigos, apenas com a leitura do resumo

• Abstract

• Apenas a versão do resumo em inglês

• Linguagem universal das publicações

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Como ler Palavra-chave

• A seção Palavra-chave

• É importante na alimentação de base de dados em todo mundo

• Em um sistema de busca, é mais fácil colocar uma palavra importante do que uma frase

50

Como ler Introdução

• Base de toda a escrita científica

• É a parte mais fácil de ler, mais informativa

• A motivação está sempre nos primeiros parágrafos (convincentes)

• A demonstração da importância da pesquisa cativa o leitor

• Revisão bibliográfica

• Em artigos científicos é comum vir atrelada à introdução

• Para facilitar o fluir da leitura, não precisa ler autor e data das citações, passe por cima

• Apenas quando algo interessar, marque a referência para olhar o artigo referenciado depois

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Como ler Objetivo

• É o propósito da pesquisa

• Aparece no final da introdução

• Alguns artigos podem apresentar hipóteses presentes visíveis

• Outros vêm com as hipóteses diluídas em todo o parágrafo

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Como ler Material e Métodos

• Podem aparecer juntos

• Não importa se aparecem juntos ou separados, importante é saber a diferença

• Material

• Escrito em detalhes para que o leitor tenha condição de replicar a pesquisa

• Não deve haver informações em demasia, nem incompletas

• Métodos

• Os métodos utilizados na condução da pesquisa e em sua análise devem ser apresentados

• Deverá haver referência para tal procedimento e detalhes

• Difícil quando há vários métodos mencionados, mas não demonstrados

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Como ler Resultados e Discussão

• Resultados

• Em geral aparecem em formas de tabelas ou figuras (gráficos, fotos, diagramas etc.)

• O objetivo é compactar informações encontradas e torna-las compreensíveis

• Discussão

• É a parte em que o autor tem a liberdade de ‘meditar’ nos Resultados obtidos e fazer um confronto com a literatura existente

• Não é necessário escrever muito, só o necessário

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Como ler Conclusão

• Conclusão

• É o suprassumo de todo o trabalho realizado, desde o projeto, experimento, coleta de dados, análise e publicação dos resultados

• Pode acontecer do leitor discordar das conclusões, após uma leitura completa do artigo

• A conclusão testifica novos conhecimentos sobre o assunto e/ ou indica os caminhos que se deve seguir a partir dali

• Mesmo quando a conclusão é negativa, a pesquisa é válida pelo simples fato que antes, era só uma hipótese a ser testada

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Como ler Agradecimentos

• Referências às pessoas que colaboraram com a pesquisa

• Pode conduzir o leitor à aproximação de especialistas no tema pesquisado

• Pela Instituição fica fácil localizar essas pessoas, mesmo que não haja um e-mail

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Como ler Referências

• O que interessa

• Informações sobre os artigos citados

• Conduz o leitor à fontes importantes ao seu trabalho

• À medida que se procura uma fonte, leva o leitor à outras fontes

• É uma grande aventura de caça a tesouros

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Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

5. Como escrever artigos científicos

4 características de um bom artigo

• O que caracteriza um bom artigo acadêmico?

• Deve atender — ou ao menos não se comprometer — em 4 quesitos

1. É bem bolado e tem algo a dizer?

• Foram boas as escolhas do tema, da indagação e da abordagem?

2. É bem feito?

• O método é apropriado, a pesquisa planejada foi efetivada com qualidade?

3. Contribui para o avanço do conhecimento?

• Argumentos e conteúdo final em pesquisa teórica e resultados em pesquisa empírica

4. Está bem escrito?

• Lamentável ter algo a dizer, ser bem feito, contribuir para o avanço do conhecimento e ninguém conseguir ler

59

4 características de um bom artigo

1. É bem bolado e tem algo a dizer?• O primeiro requisito é mostrar que tem algo a dizer e que fez boas

escolhas

• É preciso que o leitor entenda o que é: se a mensagem ficar implícita não serve

• Escolhas críticas determinam se um paper é bem bolado

a) A escolha do tema

b) A escolha da indagação

• A pergunta de pesquisa que pretende responder

c) A escolha da abordagem de pesquisa

• Como se pretende responder à pergunta

• Revisores – critérios de avaliação• Checam essas escolhas perguntando sobre a pertinência da pesquisa, a

durabilidade do estudo ou o nível em que é advocativo

• Até que ponto a pesquisa luta por aquilo que tem a dizer

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Características de um bom artigo

2. É bem feito?

• O segundo requisito é essencialmente técnico e varia de forma e sentido, conforme o tema e o tipo de trabalho

• Uma vez determinados o tema, fazer bem o trabalho significa a indagação e a abordagem da pesquisa, é preciso operacionalizá-la

a) Conceber um método apropriado

b) Efetivar com eficácia e qualidade a pesquisa planejada

• Revisores – critérios de avaliação

• Julgam até que ponto o pesquisador construiu ou utilizou metodologia apropriada para responder a indagação feita

a) O critério de modelagem julga o modelo conceitual da pesquisa

b) O critério de rigor metodológico avalia se o pesquisador incluiu no planejamento do estudo, parâmetros de controle que buscassem verificar a validade dos resultados

61

Características de um bom artigo

3. Contribui para o avanço do conhecimento?

• Critério de atributos em pesquisa teórica é seu produto (argumentos e conteúdo final), em pesquisa empírica são os resultados

• Cabe aqui a maior parte do julgamento da pesquisa

• Revisores – critérios de avaliação

1. Consistência/ coerência: lógica de teorização e argumentação

2. Originalidade e inovação: nível de ineditismo

3. Nível de surpresa: resultado surpreendente ou redunda o óbvio

4. Contribuição para o avanço do conhecimento: pesquisas de orientação científica

5. Utilidade para pesquisa futura: pesquisas de orientação científica

6. Utilidade prática: pesquisas administrativas ou gerencialistas

62

Características de um bom artigo

1. Está bem escrito?

• Triste quando um trabalho tem algo a dizer, é bem feito, contribui para o avanço do conhecimento do campo, mas ninguém consegue ler

• Revisores – critérios de avaliação

1. Linearidade: início, meio e fim

2. Concisão: capacidade de sintetizar argumentos, resultados e conclusões

3. Legibilidade: pesquisa clara e inteligível na forma e no estilo

4. Atratividade do texto: capacidade de prender a atenção do leitor

5. Tamanho: uso adequado do espaço do paper – custo benefício

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O que é uma contribuição científica

• Contribuição científica ocorre quando

1. É proposta nova teoria ou novos modelos, que possam melhor ajudar a entender, explicar ou prever fenômenos na prática

2. São mostrados os limites ou possíveis avanços de uma teoria ou modelo

3. É mostrada uma nova aplicação de teoria existente

4. É demonstrada a validade de uma teoria ou modelo que no campo é ainda discutida

5. É demonstrada a invalidade de uma teoria ou modelo amplamente aceitos

64

O que não é uma contribuição científica

• Textos com pretensão científica ou “cara” de artigo científico

1. Uma simples revisão de literatura sobre um tema

• Em geral é apenas uma parte de um texto científico

2. Um compêndio de dados, sem qualquer sintetização que proponha ou que avance teoria

3. Um trabalho que demonstre ou que reforce teoria amplamente aceita, ex:

• Um trabalho que mostre que pessoas trabalham melhor quando estão motivadas

• Um texto que mostre que líderes carismáticos tendem a aglutinar pessoas etc.

4. Um relato de estória, evento, ou caso, que não estenda, demonstre, ou refute teoria ou conhecimento cientifico do campo teórico enfocado

5. Um relatório executivo

6. Uma apresentação no estilo bullets executivo, que fez sucesso lá na empresa

7. Um diagnóstico ou um relatório de consultoria, ou qualquer outro trabalho cujo escopo de validade seja restrito à organização tratada

8. Trabalho que não proponha alguma generalização ou universalização de conceitos, que não contribua com teoria ao campo

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Quais os tipos de artigos científicos?

a) Ensaios teóricos• Quando o autor faz uma discussão ou proposição apenas conceitual sobre

um dado tema

• Como quando se propõe, estende ou discute uma teoria ou modelo conceitual

b) Artigos empíricos• Quando o autor faz levantamento de dados reais, em campo

• Pesquisas, levantamentos, surveys, casos etc.

• Uma das formas mais utilizadas de artigos empíricos são os estudos de caso, que serve para duas coisas:

• Para confirmar uma teoria existente no campo cientifico; ou

• Para refutar uma teoria estabelecida nesse campo.

• Os artigos que apenas confirmam ou ilustram teorias ou conceitos derivados de teorias antigas e bem estabelecidas, não são muito bem vindos, pois "chovem no molhado", não trazem uma contribuição

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Como se faz um artigo acadêmico?

• Revisão da literatura• Como deve se tratar de uma contribuição, é necessário demonstrar no

artigo que o autor conhece a literatura existente à qual pretende dar uma contribuição ou questionar

• É para isso que serve a revisão teórica, que deve ser sintetizada com clareza e sistematização

• O que os autores nacionais e internacionais falaram sobre o assunto

• Questão de pesquisa• Situar qual será a contribuição formulando a pergunta da pesquisa

• Mostrar como pretende responder

• Desenvolver efetivamente

• O “como se faz” dependerá• Da pergunta da pesquisa

• Do nível de consolidação teórica no campo

• Do tipo de trabalho: teórico, empírico etc.

67

Revisão de Literatura

• Fundamentação teórica

• O que apresentar e o que não apresentar

68

• Apresentação de conhecimento aceito sobre o tema, apoiado em autores reconhecidos

• Descrição sobre setores e processos• Citações (muitas) de autores

• Percepções e julgamentos próprios• Discorrer sobre a teoria sem informar a fonte utilizada• Apresentar somente citações favoráveis, que corroboram

com a tese, omitindo posição adversa de outros autores

Objetivos

• Os objetivos devem ser redigidos com verbos no infinitivo

• Evitar verbos imprecisos tais como: estimular, contribuir, ampliar

• Por quê?

• Tornam difícil a avaliação sobre o atingimento dos objetivos

69

Verbos no infinitivo (Terminação em ar, er ou ir)

identificar descrever constatar

reconhecer apontar examinar

explicitar demonstrar formular

comparar compreender interpretar

discutir avaliar criticamente entre outros...

Taxonomia de Bloom

70

• Alguns autores concordam... outros nem sempre...

• Contudo

• Entretanto

• Ratificando

• Corroborando

• ...mas mantenha uma sequência lógica...

71

Qual a estrutura ideal de um artigo acadêmico?

• Genérico

• Título

• Resumo – Abstract

• Introdução

• Revisão teórica

• Metodologia

• Desenvolvimento

• Conclusão

• Referências

• Estudo de caso

• Título

• Resumo – Abstract

• Introdução

• Revisão teórica

• Apresentação do caso

• Análise do caso

• Conclusão

• Referências

72

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

6. Como escrever Resumos e Conclusões

Resumo e Abstract

• Resumo na língua vernácula

• Elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500 palavras (artigos 300), seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a ABNT NBR 6028

• Abstract

• Versão do resumo em português para o inglês, idioma de divulgação internacional

• Não deve ultrapassar uma folha

• Poderá também ser redigido em outra língua estrangeira

74

Resumo

• Ordem

• Na maioria das revistas, assim como nos trabalhos acadêmicos, aparece como o primeiro item textual, porém em algumas raras revistas científicas, pode aparecer antes das Referências

• Apesar do resumo aparecer primeiro, é melhor ser escrito depois das conclusões

• Já que ele é completo, melhor terminar a monografia ou o artigo científico primeiro, ter ideia do conjunto, depois resumi-lo

75

Resumo

• Cartão de visita

• É a ‘apresentação’ de seu trabalho científico: pequeno e completo.

• O tamanho é delimitado, portanto é importante saber escrever somente o necessário.

• É uma pequena amostra do trabalho desenvolvido, uma miniatura do artigo completo.

• Imagine um carro de corrida e um de brinquedo. Apenas o tamanho variou, mas os dois são carros de corrida.

76

Resumo

• Um parágrafo corrido que deve conter

1. Introdução (uma ou duas frases)

2. Objetivos

3. Metodologia (materiais e métodos)

4. Resultados (análise e discussão)

5. Conclusões

• Não deve conter

• Agradecimentos

• Referências bibliográficas

• Exercício

• Identificar nos 3 resumos seguintes os 5 itens acima

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A CALIGRAFIA NA ESTRUTURAÇÃO DA ESCRITA: letra cursiva versus letra de forma

• Resumo• A caligrafia é fundamental na estruturação da escrita. Com o advento do

computador e seu fácil acesso, os jovens estão cada vez mais envolvidos na prática da escrita pelo teclado, o que ocasiona um distanciamento maior do lápis e do papel. O objetivo desta pesquisa foi diagnosticar o nível de prática da escrita convencional entre estudantes da zona urbana de da cidade de São Paulo. Utilizaram-se 820 alunos de escola da rede pública de ensino para responder um questionário em anexo. As respostas foram tabuladas usando o software MINITAB. O resultado aponta que 87% dos entrevistados não consideram sua letra cursiva bonita, 7% disseram aceitável e apenas 6% acham que é bonita. A maioria prefere digitar em teclados que escrever à mão. A conclusão é que ninguém tem mais paciência para escrever uma carta e ficar dias esperando a resposta. Como já ocorre em alguns estados norte americanos, a prática da letra cursiva um dia poderá ser abolida do ensino fundamental brasileiro, substituída pela letra de forma e pelo desenvolvimento de habilidades como a digitação de textos em teclados.

• Resumo• A caligrafia é fundamental na estruturação da escrita. Com o advento do

computador e seu fácil acesso, os jovens estão cada vez mais envolvidos na prática da escrita pelo teclado, o que ocasiona um distanciamento maior do lápis e do papel. O objetivo desta pesquisa foi diagnosticar o nível de prática da escrita convencional entre estudantes da zona urbana de da cidade de São Paulo. Utilizaram-se 820 alunos de escola da rede pública de ensino para responder um questionário em anexo. As respostas foram tabuladas usando o software MINITAB. O resultado aponta que 87% dos entrevistados não consideram sua letra cursiva bonita, 7% disseram aceitável e apenas 6% acham que é bonita. A maioria prefere digitar em teclados que escrever à mão. A conclusão é que ninguém tem mais paciência para escrever uma carta e ficar dias esperando a resposta. Como já ocorre em alguns estados norte americanos, a prática da letra cursiva um dia poderá ser abolida do ensino fundamental brasileiro, substituída pela letra de forma e pelo desenvolvimento de habilidades como a digitação de textos em teclados.

78

CPC 27 – ATIVO IMOBILIZADO: um estudo de sua aplicação nas empresas do setor industrial listadas no

Novo Mercado no ano de 2010

• Resumo• O dinamismo vivido pela indústria brasileira após a crise econômica mundial de 2008 foi

resultado da ampliação de investimentos nesse setor e da criação de segmentos especiais de listagem pela BM&FBOVESPA. A implantação dos níveis de governança 1, 2 e o Novo Mercado foi uma medida encontrada pela Bolsa para fortalecer o mercado acionário de modo a garantir aos investidores qualidade nas informações prestadas pelas principais entidades de capital aberto existentes e as que futuramente optassem por abri-los. Paralelamente, foram introduzidas mudanças na Lei Societária a fim de estabelecer padrões que garantissem qualidade na divulgação das demonstrações contábeis. Nessa perspectiva, o objetivo do estudo foi analisar o nível de adoção às orientações contidas no CPC 27 – Ativo Imobilizado, pelas empresas industriais listadas no Novo Mercado em 2010. A metodologia utilizada foi a de pesquisa documental, pela análise das Notas Explicativas, cujas informações publicadas nos anos de 2007 e 2010, são comparadas e sintetizadas em observações relativas às alterações de forma descritiva. Quanto à abordagem do problema, é classificada como qualitativa, pois houve a descrição dos fatos identificados. Como resultado, observou-se que houve um aumento na quantidade de informações trazidas no corpo das Notas Explicativas, assim como muitas exigências trazidas pelo CPC 27 já faziam parte das práticas contábeis realizadas por algumas empresas.

• Palavras chave: Contabilidade Societária. Ativo Imobilizado. CPC 27

• Autores

• Antonio Filho Jose Neto (Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD) [email protected]

• Cristiane Mallmann Huppes (UFGD) [email protected]

• Resumo• O dinamismo vivido pela indústria brasileira após a crise econômica mundial de 2008 foi

resultado da ampliação de investimentos nesse setor e da criação de segmentos especiais de listagem pela BM&FBOVESPA. A implantação dos níveis de governança 1, 2 e o Novo Mercado foi uma medida encontrada pela Bolsa para fortalecer o mercado acionário de modo a garantir aos investidores qualidade nas informações prestadas pelas principais entidades de capital aberto existentes e as que futuramente optassem por abri-los. Paralelamente, foram introduzidas mudanças na Lei Societária a fim de estabelecer padrões que garantissem qualidade na divulgação das demonstrações contábeis. Nessa perspectiva, o objetivo do estudo foi analisar o nível de adoção às orientações contidas no CPC 27 – Ativo Imobilizado, pelas empresas industriais listadas no Novo Mercado em 2010. A metodologia utilizada foi a de pesquisa documental, pela análise das Notas Explicativas, cujas informações publicadas nos anos de 2007 e 2010, são comparadas e sintetizadas em observações relativas às alterações de forma descritiva. Quanto à abordagem do problema, é classificada como qualitativa, pois houve a descrição dos fatos identificados. Como resultado, observou-se que houve um aumento na quantidade de informações trazidas no corpo das Notas Explicativas, assim como muitas exigências trazidas pelo CPC 27 já faziam parte das práticas contábeis realizadas por algumas empresas.

• Palavras chave: Contabilidade Societária. Ativo Imobilizado. CPC 27

• Autores

• Antonio Filho Jose Neto (Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD) [email protected]

• Cristiane Mallmann Huppes (UFGD) [email protected]

79

MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE ATIVOS BIOLÓGICOS À LUZ DO CPC 29

• Resumo

• Este artigo teve por objetivo verificar como as trinta empresas listadas na BM&FBovespa nos segmentos de agricultura, carnes e derivados, papel e celulose, madeira, laticínios, grãos, açúcar e álcool e café estão mensurando seus ativos biológicos, com base no CPC 29 – Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas. Para esse fim, foi elaborado um checklistabrangendo pontos considerados importantes no tangente à mensuração, divulgação e qualidade da informação que é passada ao usuário. Quanto aos procedimentos técnicos trata-se de uma pesquisa documental e os dados para elaboração do checklist foram coletados do próprio pronunciamento em questão. Com base nas demonstrações de 2010 e 2011, foi constatado que, as empresas selecionadas demonstraram, de forma geral, um nível de divulgação satisfatório e mensurações efetuadas conforme parâmetros recomendados pelo CPC, traduzido pelo fato de que 80% das empresas com ativos biológicos adotam o valor justo como critério de mensuração. Uma das razões para essas evidências pode ser a ênfase dos ativos biológicos no mercado brasileiro, tendo em vista a posição do Brasil como grande produtor agropecuário, o que deve se traduzir em maior estímulo à adoção de práticas contábeis amplamente reconhecidas.

• Palavras-Chave: Ativo Biológico; CPC 29; Valor Justo.

• Autor: Lucas Ferreira Miziara – UNICEUB

• Resumo

• Este artigo teve por objetivo verificar como as trinta empresas listadas na BM&FBovespa nos segmentos de agricultura, carnes e derivados, papel e celulose, madeira, laticínios, grãos, açúcar e álcool e café estão mensurando seus ativos biológicos, com base no CPC 29 – Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas. Para esse fim, foi elaborado um checklistabrangendo pontos considerados importantes no tangente à mensuração, divulgação e qualidade da informação que é passada ao usuário. Quanto aos procedimentos técnicos trata-se de uma pesquisa documental e os dados para elaboração do checklist foram coletados do próprio pronunciamento em questão. Com base nas demonstrações de 2010 e 2011, foi constatado que, as empresas selecionadas demonstraram, de forma geral, um nível de divulgação satisfatório e mensurações efetuadas conforme parâmetros recomendados pelo CPC, traduzido pelo fato de que 80% das empresas com ativos biológicos adotam o valor justo como critério de mensuração. Uma das razões para essas evidências pode ser a ênfase dos ativos biológicos no mercado brasileiro, tendo em vista a posição do Brasil como grande produtor agropecuário, o que deve se traduzir em maior estímulo à adoção de práticas contábeis amplamente reconhecidas.

• Palavras-Chave: Ativo Biológico; CPC 29; Valor Justo.

• Autor: Lucas Ferreira Miziara – UNICEUB

80

Conclusões

• Conclusão

• Parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses

• Nota

• É opcional apresentar os desdobramentos relativos à importância, síntese, projeção, repercussão, encaminhamento e outros

• NBR 14.724/05 – 4.2.3

• Deve comportar as evidências e os aspectos mais importantes identificados com a pesquisa sobre o tema

• Diante da análise dos dados, descrever a síntese final do trabalho, nãosendo permitida a inclusão de novos dados

• Recomendar práticas para implementação (intervenção) a partir dos resultados conseguidos

• Caso conveniente sugerir pesquisas adicionais

81

Conclusões

1. Frase de contextualização

2. Objetivo e Problema (se houver os 2)

3. Resposta do objetivo e problema (parte importante)

4. Contribuição teórica da pesquisa

5. Contribuição gerencial da pesquisa

6. Limitações

7. Sugestões de trabalhos futuros

82

Conclusões

• Conclusões

• Deve ser evitado o lugar-comum, simplesmente repetindo frases ditas antes

• Os principais argumentos devem ser refeitos de maneira concisa, clara, objetiva e direta

• Constituem o último item textual da monografia

• Evidenciar, com clareza e objetividade, os aspectos mais importantes da pesquisa

• Neste item deve figurar, clara e ordenadamente, as deduções tiradas dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo da discussão do assunto

• Enunciar as conclusões em função dos resultados obtidos

• Não deve haver citações na Conclusão

83

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

7. A redação em Monografias e Artigos Científicos

85

Texto científico

Objetivo

Impessoal

Preciso e claro

Coeso e coerente

Imparcial

Foco textual

Argumentos comprovados

Ancoragem na teoria

Redação

• Linguagem deve ser

• Impessoal;

• Clara; e

• Objetiva.

• Ex:

• Adota-se neste trabalho .... (impessoal)

• Eu adoto neste trabalho .... (1ª pessoa do singular)

• Nós adotamos neste trabalho .... (1ª pessoa do plural)

• Devem ser evitadas

• Argumentações emotivas ou sentimentais;

• Frases feitas ou slogans;

• Terminologia técnica em excesso; e

• Explicações circulares ou repetições. 86

Redação

• O texto deve

• Ser escrito para ser compreendido

• Dizer o máximo com o menor número de palavras

• Ser escrito corretamente conforme as regras ortográficas e gramaticais

• As frases, os parágrafos e os capítulos devem estar encadeados de forma lógica e harmônica

87

Redação

• Ponto de vista

• O autor não deve em seu texto fazer prevalecer seu ponto de vista, sua

opinião, e seus preconceitos.

• Ideias preconcebidas

• Deve-se evitar ideias preconcebidas, não subestimando e nem

superestimando a importância das ideias em debate.

• Exemplo:

• Em lugar de: Esse dado é importantíssimo para a origem .....

• Prefira: Esse dado indica que fatores sobre a origem ....

• Ou: Esse dado sugere que a origem ...

88

Redação

• Coesão e coerência

• Ambas estão vinculadas à progressão na exposição das ideias de modo a

facilitar a interpretação do texto

• Relaciona-se diretamente com o respeito ao leitor (é para ele que o texto

é escrito)

• Coesão

• Coesão refere-se à boa articulação entre as partes do texto

• Coerência

• A coerência refere-se a lógica, à consistência e a não contradição do dito

• Nada deve ficar implícito ou deixado ao entendimento do leitor

• Deve ser comprometido com a objetividade, a eficácia e a exatidão

• Deve definir os conceitos e variáveis envolvidas

89

Redação

• Os parágrafos

• Expressam as partes do raciocínio, assim como o texto, em sua totalidade, expressa um raciocínio mais amplo

• Ambos possuem

• Introdução

• Corpo

• Conclusão

• Na introdução anuncia-se o que se pretende dizer; no corpo, desenvolve-se a ideia anunciada; na conclusão, sintetiza-se o que se conseguiu

90

Característica textual

Parágrafos (~5 até ~10

linhas)

Frases bem conectadas

nos parágrafos

Sequência lógica entre

os parágrafos

Preferência por citações

indiretas

Evolução da ideia em

bloco (conjunto) sequencial

Concordâncias e confrontos

das ideias

Limitações e alternativas

91

Parágrafos

• Os parágrafos devem

• Conter várias orações;

• Ser dissertativos;

• Ser abrangentes; e

• Ser abertos a cada ideia nova ou de reforço.

92

Parágrafos

• Duas tendências são incorretas

• O excesso de parágrafos quando cada frase é tida como um parágrafo; ou

• A ausência de parágrafos.

• Ambos os casos dificultam a interpretação das ideias, no primeiro, têm-se a impressão que o autor é inexperiente e está querendo ganhar espaço, já no segundo denota-se insegurança de quem assim escreve, como se o discurso não tivesse articulações, sem relevâncias ou funções distintas.

93

Parágrafos com citações

• Citações

• As citações não devem aparecer isoladas, sem nenhum comentário ou análise sobre elas, tampouco um rol de citações.

• Nos parágrafos com citações, fica de bom tom iniciá-lo introduzindo o assunto da citação com suas palavras, em seguida a citação propriamente dita e finalizá-lo com um comentário analítico de anuência ou discordância com o ponto de vista do autor (ou autores) do texto em apreciação.

94

Parágrafos com citações

• Ex. texto original:

A experiência da universidade é uma das mais marcantes na vida deum ser humano. O estudante passa, durante o período em que estácursando a universidade, por diversas mudanças, como mudanças deaprendizado e cognitivas, de atitudes e valores, psicológicas e sociais,além do desenvolvimento moral. (MATTAR, 2005, p. 89).

• Pode se iniciar outro parágrafo com opinião antagônica de outro autor sobre o assunto ou corroborando com o conceito ou uma nova ideia, nova citação e assim por diante.

95

Parágrafos com citações

• Ex.:

O mundo mudou, evolui exponencialmente e nos encontramos numa

ascendência parabólica, na qual já não é mais possível tratar o processo

educativo de nível superior estático ou apenas de crescimento linear. O período

em que passamos na universidade é marcado por uma série de mudanças.

Segundo Mattar (2005, p. 89):

A experiência da universidade é uma das mais marcantes na vida de um ser

humano. O estudante passa, durante o período em que está cursando a

universidade, por diversas mudanças, como mudanças de aprendizado e

cognitivas, de atitudes e valores, psicológicos e sociais, além do

desenvolvimento moral.

As mudanças citadas por Mattar veem acompanhadas pela informática,

tecnologia 3G na palma da mão, propiciando informação instantânea e

comunicação simultânea. Acreditamos que houve mudanças significativas para

nós, então, como serão estas mudanças para nossos descendentes?

96

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

8. Citações no corpo do texto – NBR 10.520/02

Referências – NBR 6.023/02

Citações no corpo do texto

• Citações

• As chamadas no texto são utilizadas para indicar a fonte onde se retiraram informações ou trechos de publicações consultadas para a realização do trabalho.

• Todas as citações devem ter a referência bibliográfica correspondente na lista de Bibliografia, constante no final nas Referências.

• Note-se que as citações bem escolhidas enriquecem o trabalho; o que não se pode admitir em hipótese alguma é a transição literal de uma passagem de outro autor sem se fazer a devida referência.

98

Citações no corpo do texto

• Regras de apresentação

• Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras Maiúsculas e minúsculas, usado quando se faz referência ao autor no texto.

99

100

Use com

parcimônia!

101

Use com parcimônia!

102

Prefira esta

forma!

103

Só se não

tiver jeito!

Procure a fonte original!

104

105

106

107

108

Tabelas

• Tabelas constituem representações numéricas de dados quantitativos coletados por meios de instrumentos próprios para esse fim.

• Segundo Oliveira (2005), Tabela é formada apenas por linhas verticais, sendo, portanto, ‘aberta’.

• Normalmente é usada para apresentar dados primários, e geralmente vem nos ‘resultados’ e na discussão do trabalho.

• Nada impede, porém, que uma tabela seja usada no referencial teórico de um trabalho.

• Uma tabela normalmente apresenta resultados quantitativos (números).

• Pode usar espaçamento e fontes de letras com tamanhos menores que o do texto (não precisa seguir o mesmo padrão).

• Geralmente se o texto usa fonte Times New Roman 12, a tabela pode ser feita em fonte 10.

• O número da tabela e o título vêm acima do quadro, e a fonte, deve vir abaixo.

109

Tabelas

• Exemplo

110

Quadros

• Quadros são livres arranjos que o autor faz para organizar e sistematizar a apresentação de algumas informações.

• Geralmente são descritivos e essencialmente informativos, não analíticos. De acordo com Oliveira (2005), o quadro é formado por linhas horizontais e verticais, sendo, portanto ‘fechado’.

• Normalmente é usado para apresentar dados secundários, e geralmente vem no ‘referencial teórico’.

• Nada impede, porém, que um quadro apresente resultados da pesquisa. Um quadro normalmente apresenta resultados qualitativos (textos).

• Pode usar espaçamento e fontes de letras com tamanhos menores que o do texto (não precisa seguir o mesmo padrão).

• Geralmente se o texto usa fonte Times New Roman 12, o quadro pode ser feito em fonte 10.

• O número do quadro e o título vêm acima do quadro, e a fonte, deve vir abaixo.

111

Quadros

112

Figuras

• Conforme Oliveira (2005), Figuras inclui gráficos, ilustrações, desenhos, fotos, e qualquer outro material que não seja classificado como quadro nem tabela.

• Pode ser usado em qualquer ponto do trabalho.

• Pode ser digitalizada (escaneada), copiada e colada, feita no powerpoint, no próprio word, ou em outros softwares.

• Recomenda-se que não sejam usadas figuras de altíssima resolução para não sobrecarregar muito o arquivo.

• Uma dica para reduzir o tamanho de figuras é colar como “metarquivo do windows” <Colar especial/imagem (metarquivo do windows)>.

• O número da figura e o título e a fonte devem vir abaixo da figura.

113

Figuras

114

Gráficos

115

Gráficos

116

Gráficos

117

Gráficos

118

Referências

• Formato básico da Referência Bibliográfica

MACHADO, Daniel J. Custo meta: aplicado em PME. ed.#. Cidade: Editora, ano. v.#, #p.

SOBRENOME maiúsculo (,) Primeiro

nome e Demais nomes abreviados.

Até 3 autores separados por (;).

Acima de três autores: O primeiro + et.al.

Título em negrito ou

itálicoNúmero da edição

Cidade da publicação

Ano da publicação

Nº do volume, caso haja

Nº de páginas, opcional

Nome da editora

119

120

121

122

123

124

125

126

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

9. Apresentação do Relatório de Pesquisa – NBR 14.724/05

Estrutura do relatório

• Segundo a NBR 14.724/05

• A estrutura de tese, dissertação ou de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.

• Com a finalidade de orientar os usuários, a disposição de elementos é dada na tabela a seguir:

128

Estrutura de tese, dissertação ou trabalho acadêmico

129

Apresentação gráfica – NBR 14.724/05

• As dissertações e teses devem ser apresentadas de modo legível, sem falhas ou erros de impressão e outras imperfeições.

• O tipo de letra a ser utilizado pode ter Times New Roman, ou Arial tamanho 12, Impressas em espaço de 1,5 (um e meio) utilizando apenas o anverso da folha, sem inclusão de folhas em branco. A imagem impressa dever ser de boa qualidade, com caracteres nítidos, na cor preta. Manter espaçamento de 1,75 entre os parágrafos e entre títulos, subtítulos e parágrafos. O papel dever ser de cor branca, boa opacidade e de qualidade que permita reprodução e leitura. Utiliza-se um único formato de papel, tamanho A-4 (210 mm x 297 mm). As margens devem obedecer às especificações a seguir, permitindo a reprodução e a encadernação adequadas do trabalho.

130

Apresentação gráfica – NBR 14.724/05

• Margens e parágrafos

• Margem esquerda: 30 mm

• Margem direita: 20 mm

• Margem superior: 30 mm

• Margem inferior: 20 mm

• Parágrafo: 12,5 mm da margem escrita

131

Apresentação gráfica – NBR 14.724/05

• Trabalhos acadêmicos• As dissertações e teses devem ser apresentadas de modo legível, sem falhas

ou erros de impressão e outras imperfeições

• O tipo de letra a ser utilizado pode ter Times New Roman, ou Arial tamanho 12, Impressas em espaço de 1,5 (um e meio) utilizando apenas o anverso da folha, sem inclusão de folhas em branco

• A imagem impressa dever ser de boa qualidade, com caracteres nítidos, na cor preta

• Manter espaçamento de 1,75 entre os parágrafos e entre títulos, subtítulos e parágrafos

• O papel dever ser de cor branca, boa opacidade e de qualidade que permita reprodução e leitura

• Utiliza-se um único formato de papel, tamanho A-4 (210 mm x 297 mm)

• As margens devem obedecer às especificações a seguir, permitindo a reprodução e a encadernação adequadas do trabalho

132

Apresentação gráfica – NBR 14.724/05

• Paginação• A paginação deve ser contada sequencialmente a partir da página de

rosto e numeradas no seu canto superior direito, em algarismos arábicos

• Normalmente não se numeram as páginas do pré-texto e as primeiras de cada capítulo, porém, para facilitar a numeração, será permitido numerar todas, exceto a primeira

• Havendo anexos, as páginas devem ser numeradas, dando sequência à numeração do texto principal

• Dois volumes mais um disquete, contendo a monografia, deverão ser entregues à secretaria no prazo pré-estabelecido

• A cópia destinada à biblioteca da IES deverá ser encadernada em capa dura na cor do padrão da IES (consultar o orientador)

• Na lombada do livro, deverá constar o ano, o título da monografia e o nome do autor, para facilitar a procura na prateleira da biblioteca

133

Apresentação gráfica – NBR 14.724/05

134

Resumo e Abstract

• Resumo na língua vernácula

• Elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a ABNT NBR 6028

• Abstract

• Versão do resumo em português para o inglês, idioma de divulgação internacional

• Não deve ultrapassar uma folha.

• Poderá também ser redigido em outra língua estrangeira

135

Introdução

• A introdução não deve repetir ou parafrasear o resumo

• Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido sobre o teor da problematização do tema do trabalho, assim como a respeito da natureza do raciocínio a ser desenvolvido

• Devem ser evitados intermináveis retrospectos históricos, a apresentação precipitada dos resultados

• Deve ser sintética e versar única e exclusivamente sobre a temática intrínseca do trabalho

• A introdução deve conter seis ideias básicas, sobre as quais são construídos os seis parágrafos principais da monografia.

• A dissertação e resposta a esses seis quesitos constituirão a síntese da introdução

136

Introdução

• Os seis parágrafos

1. Tema

2. Situação-problema

3. Objetivos

4. Justificativas

5. Metodologia

6. Breve descrição dos capítulos da monografia, ou da estrutura do artigo

• Introdução

• Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho

• (NBR 14.724/05 – 4.2.1)

137

Corpo do trabalho

• Corpo do trabalho

• É o desenvolvimento do conteúdo propriamente dito

• Desenvolvimento

• Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método”.

• (NBR 14.724/05 – 4.2.2)

• Como sugestão, dividir o todo em três seções de maneira equânime:

SEÇÃO CONTEÚDO

1(teórico)

Descrição clara das variáveis independentes; revisão da literatura ou “estado da arte”

2(teórico)

Literatura voltada para a variável dependente, evidenciando-se a situação-problema

3(prático-analítico)

Inicia-se com a classificação da pesquisa. Descrição detalhada dos métodos utilizadosna obtenção e análise dos dadosAplicação da teoria, apresentação e tratamento dos dados coletados; análise dosresultados à luz da teoria, discussões e proposta de solução

138

Conclusões

• Conclusão• É o suprassumo de todo o trabalho realizado pelo pesquisador – desde

o projeto, coleta de dados, análise e publicação dos resultados

• A conclusão testifica novos conhecimentos sobre o assunto e traz à luz o caminho que se deve seguir a partir dali

• Mesmo diante de uma conclusão negativa, ela se torna positiva pelo fato de determinar o que antes era uma simples hipótese a ser testada

• Os verbos devem ser conjugados no presente, não no passado

• Deve ser escrita com poucas palavras, breves e convincentes

• Mostrar ao leitor o que se obteve com a pesquisa

Caso não esteja satisfeito com a conclusão do seu trabalho• É bem provável que haja falha na escrita; • O artigo pode conter lacunas como comprovação das hipóteses;• Apresentação parcial do que se propôs no objetivo da pesquisa.

139

Pós-texto

• Pós-texto

• Devem constar informações como anexos, apêndices e bibliografias utilizadas no desenvolvimento do trabalho

• Pode apresentar outras informações úteis para quem pretende consultar este trabalho, como glossário e índices

• Referências

• Elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6.023/02

140

Pós-texto

• Apêndices• Elemento opcional composto por todo material suplementar ao

trabalho com a finalidade de esclarecimento ou de documentação

• Distingue-se dos anexos, uma vez que o apêndice é elaborado pelo próprio autor, como questionários, tabelas, cálculos, gráficos ou cópia do instrumento para coleta dos dados e roteiro de entrevistas

• São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

• Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 26 letras do alfabeto. P.ex:

• APÊNDICE A – Formulário de pesquisa quantitativa sobre o salário mínimo

• APÊNDICE B – Identificação da percepção do consumidor sobre o marketing subliminar

141

Pós-texto

• Anexos• Os anexos são opcionais e partes extensivas ao texto, destacados deste

para evitar descontinuidade na sequencia lógica das seções

• Devem ser colocados como anexos trechos de outras obras ou contribuições que servem para documentar, esclarecer, provar ou confirmar as ideias apresentadas no texto

• Segue o mesmo critério de apresentação dos apêndices, vindo na sequência desses.

• São também colocados anexos: tabelas com dados complementares, cópias de leis ou pareceres etc.

• Os anexos devem ser identificados através de letras maiúsculas consecutivas, travessão e seus respectivos títulos. P.ex:

• ANEXO A – Modelo de...

• ANEXO B – Representação gráfica da evolução das principais crises econômicas

142

Introdução à Pesquisa científicaComo ler, escrever e apresentar artigos científicos

10. Como falar em apresentações acadêmicas

Como falar em apresentações acadêmicas

• Falar em encontros científicos é falar ciência!

• E contra fatos (comprovados) não há argumentos!

• Frente às várias linhas de pensamentos, a apresentação trará luz ao assunto abordado

• Falar em nesses encontros é só para alguns?

• Não! Falar em público, especialmente para um grupo acadêmico é para todos os que fazem academia: professores e alunos

144

Como falar em apresentações acadêmicas

• Os dois maiores inimigos de falar em público:

• Timidez

• Despreparo

• Bloqueiam a intrepidez

• Mas, os dois podem ser combatidos!

• Todos acadêmicos podem falar tão bem quanto o melhor orador da redondeza

• Por que?

• Porque requer somente um formato técnico

• Não há espaço para improvisar

• Deve seguir apenas o roteiro da apresentação

• Falar somente sobre o que estudou/ pesquisou ou irá estudar

145

Como falar em apresentações acadêmicas

• Qualidade

• Quando se compra frutas, coloca-se no carrinho as boas e se descarta as passadas, as amassadas...

• O mesmo acontece com serviços: quem tem bons serviços é contratado, quem não tem, rejeitado

• A mesma lógica se aplica ao serviço de apresentar uma palestra em sala de aula ou em um congresso

• O apresentador (vendedor) de palestra deve cuidar da qualidade

• A produção científica falada deve entrar no ‘carrinho’ de cada ouvinte

146

Como falar em apresentações acadêmicas

• Falar ‘mais ou menos’ é falar ‘menos’

• Sempre o mais ou menos se inclina para menos

• Falar mais ou menos é dizer ao público que não aprendemos a língua materna

• Leva a plateia pensar

• Uma vez que fala errado, deve pensar errado e o que apresenta pode estar errado...

• As ideias podem ficar camufladas pela maneira inadequada de falar

• O uso apropriado da língua portuguesa

• As pessoas apreciam e estarão mais abertas para receber as novas ideias

147

Como falar em apresentações acadêmicas

• Retórica

• Não é preciso a retórica de quem é membro da Academia Brasileira de Letras

• Basta falar o que foi estudado

• Falar com frases curtas!

148

Tipos de apresentação

• Oral

• Aplicadas em seminários, encontros profissionais, congressos, simpósios, workshops etc.

• Painel

• Exposição escrita, porém há o lado oral, em que o expositor explica a sua pesquisa

• Portanto, os dois tipos de apresentações requerem o componente da fala!

149

Tipos de apresentação

• Resumo

• Vem primeiro!

• Independente do tipo de apresentação

• Oral

• Painel

• Nacional

• Internacional

150

Tipos de apresentação

• Apresentação oral

• 10 minutos!

• Formato de um resumo

• Não há espaço para subjetivismo

• Direto ao ponto!

• Máximo 15 slides

• 5-10 minutos para respostas

• Dicas

• A apresentação termina rapidamente

• Mensagem transmitida com foco e clareza

• Praticar para não ultrapassar o tempo

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Recurso visual

• Não:

1. Possuir erros ortográficos ou gramaticais

2. Encher com letras pequenas, parágrafos grandes

3. Usar tamanho de letra menor que tipo Arial 16

4. Fazer dupla projeção (slides e flip chart)

5. Gráficos 3-D com dados apenas nos eixos X e Y

6. Usar mais que 10 barras em um gráfico

7. Colocar slides com Discussão

8. Apresenta referências no final da apresentação

9. Utilizar animações em todas as linhas

10. Apresentar muitos objetivos (1 a 3)

11. Utilizar slide final com a palavra FIM ou Obrigado!

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Recurso visual

• Sim:

1. 1º slide: Título, autor(es) e afiliação (IES)

2. Formato paisagem

3. Figuras (explicam melhor do que tabelas)

4. Resumido em tópicos

5. Letras grandes (tipo Arial 24)

6. Usar itálico para palavras estrangeiras

7. Background escuro (preto, azul ou verde) com letras claras

8. Finalizar repetindo o 1º slide (título, autor e afiliação)

9. Coloque seu e-mail no 1º e último slide

10. Levar mais de um pen drive como garantia

11. Levar um apontador laser

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Modo de falar

• Não:

• Gírias

• Piadas

• Usar frases longas

• Falar muito rápido

• Ficar em frente ao projetor

• Falar para a tela de projeção

• Ultrapassar os 10 minutos

• Exagere na quantidade de slides

• Ler os subtítulos (Introdução, Objetivos, Material e Métodos)

• A plateia consegue lê-los

• Inventar resposta (Caso não saiba, diga que não sabe)

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Modo de falar

• Sim:

• Falar frase curtas

• Falar devagar

• Falar claro e em bom tom

• Olhar para toda a plateia

• Responder sempre com educação

• (Mesmo se a pergunta for mal-educada,

mal-intencionada ou mal-elaborada)

• Falar em 10 minutos

• Ter amigos na plateia

• Podem dar feedback sobre o tom

• Podem fazer perguntas pertinentes, caso ninguém faça

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Medo de falar

• Seminário em sala de aula

• O melhor laboratório para qualquer estudante praticar a fala científica

• Medo

• A maior oportunidade de vencer o medo é aproveitar cada seminário durante a graduação e se expor

• Falar à colegas e professores em ambiente familiar faz parte do dia a dia

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Medo de falar

• Erro

• O estudante está na universidade para aprender o que não sabe e errar faz parte do processo de aprendizagem

• Ninguém faz uma apresentação brilhante pela primeira vez

• Para corrigir os erros

• Ter humildade em reconhecer as críticas do professor e colegas, as vezes diminuindo o ingrediente de inveja

• Anotar todas as observações feitas, pontos positivos e negativos

• Levar em conta essas opiniões

na próxima apresentação

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Posicionamento do orador

• Orador

• Situado à 45º não haverá necessidade de ficar se movendo para frente e para trás para mudar o slide ou explicação

• Basta um simples giro à direita para a tela ou para a esquerda para ter a plateia ao alcance

Projetor

Orador

Tela

Plateia

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Clareza na fala

• Mundo moderno

• Um produto eletrônico tem que ser simples, ter clareza no modo de usar, ou o consumidor muda para um produto concorrente

• Ser claro

• É não complicar, por mais complexo que seja o assunto, ele pode ser mostrado com clareza

• Assunto é claro, apresentador não

• Para não ocorrer, frases simples e curtas são os melhores ingredientes na comunicação

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Clareza na fala

• Não memorizar a apresentação toda

• O nervosismo pode chegar de surpresa

• Apresentador fica como um disco arranhado

• É comum pedir desculpas, depois o apagão, depois o choro...

• Por isso não é aconselhável memorizar a palestra

• Memorizar algo pode?

• Apenas as frases inicial e final, mas sem parecer decoradas

• Ajuda aquecer, quebrar o gelo, depois o discurso engrena e flui naturalmente

• Se praticar 10 minutos por dia, durante a semana anterior, a palestra será um show!

• Imprimir e praticar lendo no trabalho, sofá ou cama ajuda a ‘imprimir’ na mente

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Tiques distrativos a serem evitados

• Físicos

• Balançar as mãos para frente e para trás

• Piscar muito os olhos

• Bater nas chaves ou moedas no bolso

• Segurar o colar ou pulseiras

• Colocar e tirar tampa de caneta

• Oral

• Né? ...né???

• Tá? ...tá???

• Certo? ...certo???

• Com certeza... ...com certeza!!!

161

Erros do caráter do apresentador

• Falta de humildade

• Maior erro, em poucos minutos a plateia detecta

• Indolência

• Se há preguiça na busca de alvos, não haverá vitórias

• Pouco investimento

• Apresentação pobre, material de segunda mão

• Atraso

• Chegar 10 minutos antes em encontros científicos significa chegar atrasado, o ideal é pelo menos 40 minutos de antecedência

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Erros de apresentação

• Nome• Não repetir, o orador já foi anunciado pelo coordenador

• Título• Não repetir, o título já foi anunciado pelo coordenador

• Sentimentos• Controlar, é uma apresentação técnica, p.ex: não expressar a felicidade de

estar na presença de renomadas celebridades...

• Críticas à política ou religião• Não emitir opinião política ou religiosa, provavelmente haverá alguém na

plateia com opinião divergente da sua

• Tosse• Tome um ou dois goles d’agua, certifique-se que haja água no púlpito

• Traje• Roupas discretas e confortáveis

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Referências

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Informação e documentação –Citações em documentos – Apresentação. Rio de janeiro, ago/2002.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação –Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de janeiro, dez/2005.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e documentação –Referências – Elaboração. Rio de janeiro, ago/2002.

• AQUINO, Ítalo de C. Como escrever artigos científicos. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

• AQUINO, Ítalo de C. Como falar em encontros científicos. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

• AQUINO, Ítalo de C. Como ler artigos científicos. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

• Classificação dos Periódicos: Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf. Acessado em: ago/2017.

• COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração. 2.ed. Porto Alegre: Bookmann, 2005.

• MACHADO, Daniel J. Manual para elaboração de monografias. 4. ed. São Paulo, SEDUCON, 2011.

• YIN, Robert K. Estudo de caso: Planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2010.

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