introduÇÃo

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INTRODUÇÃO Durante o período de março de 1999 a novembro de 2002, as variáveis climáticas convencionais e os fluxos turbulentos de calor sensível, calor latente e CO 2 foram medidos continuamente em uma torre de 60 m de altura na Reserva Biológica do Jaru (10 0 5` S,61 0 55`W), em Ji-Paraná, Rondônia. Na posição anterior a área é caracterizada por estar bem próxima a um desmatamento, o que influenciava nas circulações locais e nos fluxos. Em dezembro de 2002 a torre foi desativada e reativada em janeiro de 2004 em uma nova localidade ( 10 0 11` S,61 0 52`W ), aproximadamente 13 km ao sul da posição anterior, na mesma reserva florestal. A nova localidade é menos perturbada em relação à anterior, porém apresenta relevo mais acidentado. Fig 1. Ponto “A” a 600 da margem do rio, “B” (Sede da Rebio Jaru) e “C” a 1240m da margem do Rio Machado (região mais preservada). Neste trabalho apresentaremos os conjuntos de dados coletados no novo sítio, além de análises comparativas dos fluxos de energia e CO 2 , entre as duas localidades, analisando os possíveis impactos das características da superfície próximas à torre. MATERIAIS e MÉTODOS Os fluxos foram medidos usando o método da covariância dos vórtices turbulentos(“Eddy Correlation”) que permite que fluxos de gases ou calor entre o ecossistema e a atmosfera sejam medidas diretamente com sensores localizados em um único ponto acima da superfície. Estas medidas foram feitas com dados de alta freqüência (10Hz) coletados por um Anemômetro Sônico tridimensional (Gill 1012R2) juntamente com um Analisador de Gás no infravermelho ( LI-COR 6262, Caminho 1. UNIR - Universidade Federal de Rondônia, Ji- Paraná. 2. Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia 3. ALTERRA 4. IAG-USP - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo 5. Universidade Federal de Mato Grosso nitoramento dos fluxos de energia e CO 2 , na torre da Reserva Biológica do Jaru, Rondônia . Cardoso 1 , Antonio O. Manzi 2 , Celso von Randow 3 , Fabrício B. Zanchi 4 , Renata G. Aguiar 5 , Anderson T. Leonardo J. G. Aguiar 1 , Juliano A. Deus 1 Kécio G. Leite, Paulo R. Anderson 1, Bart Kruijt 3 . A fig. 2 - Mostra à esquerda a torre da REBIO e à direita os dois sistemas de covariância de vórtices turbulentos. RESULTADOS E DISCUSSÕES As comparações preliminares entre a posição anterior e a atual, sugerem de modo geral, pequenas diferenças nas variáveis de balanço de energia e de fluxo de CO 2 . Fig. 3 - Compara médias diárias, das duas posições, para os dias de 14 a 148 dos anos de 2002 e 2004 de: (a) calor sensível (H), (b) Calor latente (LE), (c) Fluxo de CO 2 e (d) saldo de radiação (Rn) e (H+LE). CONCLUSÃO Apesar do uso de equipamentos diferentes, nota- se um comportamento semelhante nos dois locais. De 2004 para 2002 diminuiu 8% no “H”, aumentou 15% no “LE”, aumentou 11% no “H+LE” e diminuiu 8% no fluxo de CO 2 . Os resultados são compatíveis e possivelmente estão dentro da margem de erro. (b) Hora local 0 3 6 9 12 15 18 21 24 LE (W m -2 ) 0 100 200 300 400 500 2002 2004 (a) H ora local 0 3 6 9 12 15 18 21 24 H (W m -2 ) -20 0 20 40 60 80 100 2002 2004 (d) Hora local 0 3 6 9 12 15 18 21 24 W m -2 -100 0 100 200 300 400 500 600 Rn 2002 Rn-2004 H+LE 2004 H+LE 2002 Contato: Fernando L. Cardoso e-mail: [email protected] 598

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Monitoramento dos fluxos de energia e CO 2 , na torre da Reserva Biológica do Jaru, Rondônia Fernando L. Cardoso 1 , Antonio O. Manzi 2 , Celso von Randow 3 , Fabrício B. Zanchi 4 , Renata G. Aguiar 5 , Anderson T. Telles 1 - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃODurante o período de março de 1999 a novembro de 2002, as variáveis climáticas convencionais e os fluxos turbulentos de calor sensível, calor latente e CO2 foram medidos continuamente em uma torre de 60 m de altura na Reserva Biológica do Jaru (100 5` S,610 55`W), em Ji-Paraná, Rondônia. Na posição anterior a área é caracterizada por estar bem próxima a um desmatamento, o que influenciava nas circulações locais e nos fluxos. Em dezembro de 2002 a torre foi desativada e reativada em janeiro de 2004 em uma nova localidade ( 100 11` S,610 52`W ), aproximadamente 13 km ao sul da posição anterior, na mesma reserva florestal. A nova localidade é menos perturbada em relação à anterior, porém apresenta relevo mais acidentado.

Fig 1. Ponto “A” a 600 da margem do rio, “B” (Sede da Rebio Jaru) e “C” a 1240m da margem do Rio Machado (região mais preservada).

Neste trabalho apresentaremos os conjuntos de dados coletados no novo sítio, além de análises comparativas dos fluxos de energia e CO2, entre as duas localidades, analisando os possíveis impactos das características da superfície próximas à torre.

MATERIAIS e MÉTODOSOs fluxos foram medidos usando o método da covariância dos vórtices turbulentos(“Eddy Correlation”) que permite que fluxos de gases ou calor entre o ecossistema e a atmosfera sejam medidas diretamente com sensores localizados em um único ponto acima da superfície. Estas medidas foram feitas com dados de alta freqüência (10Hz) coletados por um Anemômetro Sônico tridimensional (Gill 1012R2) juntamente com um Analisador de Gás no infravermelho ( LI-COR 6262, Caminho fechado, na posição anterior e com um LI-COR 7500, caminho aberto, na posição atual).

1. UNIR - Universidade Federal de Rondônia, Ji-Paraná.2. Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia3. ALTERRA4. IAG-USP - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo5. Universidade Federal de Mato Grosso

Monitoramento dos fluxos de energia e CO2, na torre

da Reserva Biológica do Jaru, Rondônia

Fernando L. Cardoso1 , Antonio O. Manzi2, Celso von Randow3, Fabrício B. Zanchi4, Renata G. Aguiar5, Anderson T. Telles1 Leonardo J. G. Aguiar1, Juliano A. Deus1 Kécio G. Leite, Paulo R. Anderson1, Bart Kruijt3 .

A fig. 2 - Mostra à esquerda a torre da REBIO e à direita os dois sistemas de covariância de vórtices turbulentos.

RESULTADOS E DISCUSSÕESAs comparações preliminares entre a posição anterior e a atual, sugerem de modo geral, pequenas diferenças nas variáveis de balanço de energia e de fluxo de CO2.

Fig. 3 - Compara médias diárias, das duas posições, para os dias de 14 a 148 dos anos de 2002 e 2004 de: (a) calor sensível (H), (b) Calor latente (LE), (c) Fluxo de CO2 e (d) saldo de radiação (Rn) e (H+LE).

CONCLUSÃOApesar do uso de equipamentos diferentes, nota-se um comportamento semelhante nos dois locais. De 2004 para 2002 diminuiu 8% no “H”, aumentou 15% no “LE”, aumentou 11% no “H+LE” e diminuiu 8% no fluxo de CO2. Os resultados são compatíveis e possivelmente estão dentro da margem de erro.

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Hora local

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0 3 6 9 12 15 18 21 24

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m-2

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0 3 6 9 12 15 18 21 24

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Contato:Fernando L. Cardoso e-mail: [email protected]

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