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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
GOIANO – CAMPUS MORRINHOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM OLERICULTURA
INTERVALOS DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DE
TOMATE PARA PROCESSAMENTO NO SUL GOIANO
Autor: Ênio Eduardo Basílio
Orientador: DSc. Adelmo Golynski
MORRINHOS-GO
Março-2016
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
GOIANO – CAMPUS MORRINHOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM OLERICULTURA
INTERVALOS DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DE
TOMATE PARA PROCESSAMENTO NO SUL GOIANO
Autor: Ênio Eduardo Basílio
Orientador: DSc. Adelmo Golynski
MORRINHOS-GO
Março-2016
Dissertação apresentada como parte das exigências para
obtenção do título de MESTRE EM OLERICULTURA,
no Programa de Pós-Graduação em OLERICULTURA do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Goiano – Campus MORRINHOS – Área de concentração
Agronomia.
ii
AGRADECIMENTOS
A Deus, por dar-me condições de viver e alcançar meus objetivos.
À família, que sempre esteve do meu lado, e em especial aos meus pais (Neusa
e Antônio), que fazem das suas atitudes exemplos, os quais tento seguir.
À minha esposa, pelo companheirismo, admiração e respeito que comungam
nosso amor.
Aos meus filhos que, em cada gesto, por mais simples que sejam, evidenciam o
motivo do meu existir.
Ao DSc. Adelmo Golynski, pela orientação, confiança, ensino e amizade.
Aos meus amigos, pela contribuição neste trabalho, especialmente ao Danilo,
Robson e Rickson.
A todos os professores do Curso de Pós-Graduação em Olericultura, mas em
especial ao DSc. Anselmo, MSc. Cícero, DSc. Clarice e DSc. Nadson.
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus
Morrinhos e ao programa de pós-graduação, pela oportunidade de ter ingressado no
Curso de Pós-Graduação em Olericultura.
À FAPEG (Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás), pela bolsa de mestrado,
que foi de grande importância para realização deste trabalho.
À EMBRAPA Hortaliças (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
pelas análises de solo e recomendações de adubação, e em especial ao DSc. Juscimar da
Silva.
Ao viveiro de mudas Brambila (Morrinhos – Goiás).
Ao Eng.º Agrônomo Alexandre Cândido (Heringer).
Aos alunos do IFGoiano - Campus Morrinhos – GO, que contribuíram com o
trabalho, e em especial à bolsista PIBIC, Jéssica Oliveira.
iv
BIOGRAFIA DO AUTOR
Ênio Eduardo Basílio, filho de Neusa Gonçalves Basílio e Antônio Galvão
Basílio, nasceu em 01 de março de 1982, em Ipameri-Goiás. Casado com Vivian
Vicentini Cardoso Basílio, pai de Enzo, Artur e Pedro. Tecnólogo em Irrigação e
Drenagem, Técnico Administrativo do Instituto Federal Goiano - Campus Morrinhos,
em exercício do cargo de Técnico em Agropecuária, desde 2007. Reside em Morrinhos
há 9 anos.
v
ÍNDICE
Página
INDICE DE TABELAS ................................................................................................................ v
INDICE DE FIGURAS ................................................................................................................ vi
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS, ABREVIATURAS E UNIDADES ................................... vii
RESUMO ................................................................................................................................... viii
ABSTRACT .................................................................................................................................. x
INTRODUÇÃO GERAL .............................................................................................................. 1
OBJETIVO.................................................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 5
INTERVALOS VARIADOS DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DE TOMATE INDUSTRIAL
NO SUL GOIANO. ....................................................................................................................... 8
RESUMO ...................................................................................................................................... 8
ABSTRACT .................................................................................................................................. 9
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 10
2 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 11
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 16
4 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 18
5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 19
6 ANEXOS ................................................................................................................................. 22
vi
ÍNDICE DE TABELAS
Página
Tabela 1. Produtividade Total (Prod.). Frutos Verdes (FV). Frutos podres (FP).
Transformação flor fruto (TFF). Eficiência no uso da água (EUA). Sólidos solúveis
totais (SST). Instituto Federal Goiano, Morrinhos, Goiás, 2014....................................22
Tabela 2. Produtividade Total (Prod.). Frutos Verdes (FV). Frutos podres (FP).
Transformação flor fruto (TFF). Eficiência no uso da água (EUA). Sólidos solúveis
totais (SST). Instituto Federal Goiano, Morrinhos, Goiás, 2015....................................26
vii
ÍNDICE DE FIGURAS
Página
Figura 1 – Regressões lineares e quadráticas das variáveis em função dos intervalos de
irrigação: (A) Produtividade Total, (B) frutos verdes, (C) frutos podres, (D)
transformação flor fruto, (E) eficiência no uso da água. Instituto Federal Goiano
Morrinhos, Goiás, 2014...................................................................................................23
Figura 2 – Regressões lineares e quadráticas das variáveis em função dos intervalos de
irrigação: (A) Produtividade Total, (B) Frutos Verdes e Frutos Podres, (C)
Transformação flor fruto, (D) Eficiência no uso da água. Instituto Federal Goiano
Morrinhos, Goiás, 2015...................................................................................................27
viii
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS, ABREVIAÇÕES E UNIDADES
Símbolo ou sigla Significado
Unidade
SST Sólidos solúveis totais °Brix
TFF Transformação flor /fruto %
EUA Eficiência no uso da água Kg ha-1 mm
FV Fruto verde %
FP Fruto podre %
PROD Produtividade t ha-1
EV Evaporação do tanque mm
KP Coeficiente do tanque
classe A
Decimal
ET0 Evapotranspiração de
referência
mm dia-1
Kc Coeficiente de cultivo Decimal
Ef Eficiência de irrigação Decimal
Pe Precipitação efetiva mm
LTN Lamina total necessária mm
TI Tempo de irrigação Horas
IA Intensidade de aplicação mm h-1
Y Lamina total mm
Z Produtividade total Kg ha-1
viii
RESUMO
BASÍLIO, ÊNIO EDUARDO. (Bolsista FAPEG). Instituto Federal Goiano - Campus
Morrinhos. Março de 2016. Intervalos variados de irrigação na cultura de tomate
industrial, no sul goiano. Orientador: DSc Adelmo Golynski, Coorientador: DSc
Anselmo Afonso Golynski.
O tomate para processamento industrial é de grande relevância para a horticultura
brasileira, sendo cultivado com o uso da irrigação, em um cenário de escassez de
recursos hídricos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de intervalos de
irrigação em híbridos de tomate para processamento, mantendo a mesma quantidade de
água aplicada, norteada pela evapotranspiração da cultura. O experimento foi conduzido
sob condições de campo, em dois ensaios, no período de abril a agosto de 2014 e de
junho a outubro de 2015. O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro
repetições em esquema fatorial, sendo os fatores: os intervalos de irrigação (1, 3, 5, 7 e
9 dias) e os híbridos (BRS SENA e HEINZ 9553). Foram avaliadas as seguintes
variáveis: produtividade total, transformação de flor em fruto, frutos podres e verdes,
diâmetro e comprimento do fruto, sólidos solúveis totais e eficiência no uso da água.
Em 2014, a produtividade foi influenciada estatisticamente por ambos fatores. Para o
híbrido HEINZ 9553, o maior valor foi obtido com intervalo de sete dias (81.36 t ha-1
) e
para o BRS SENA, com intervalo de cinco dias (96.84 t ha-1
). Em 2015, no entanto, não
foi observada diferença estatística nos maiores valores de produtividade, entre os
híbridos: intervalos de irrigação de cinco e três dias com 118.73 t ha-1
(HEIZ 9553) e
ix
120.54 t ha-1
(BRS SENA). As variáveis, transformação de flor em fruto e eficiência no
uso da água, foram influenciadas significativamente pelos dois fatores, sendo seus
maiores valores expressos nos intervalos de irrigação mais produtivos. Frutos verdes e
podres sofreram influência dos fatores, nos dois ensaios. O híbrido BRS SENA
apresentou maior teor de sólidos solúveis em ambos os ensaios, não havendo efeito do
intervalo de irrigação. Os híbridos avaliados obtiveram comportamentos distintos, em
resposta aos intervalos de irrigação. O intervalo de irrigação, condicionado às
características de cada híbrido, demonstrou ser uma alternativa para o aumento da
produtividade e, consequentemente, maior eficiência no uso da água.
PALAVRAS-CHAVE: Solanum lycopersicum, eficiência no uso da água e híbridos.
x
ABSTRACT
BASÍLIO, ÊNIO EDUARDO. (Sponsored by FAPEG). Instituto Federal Goiano -
Campus Morrinhos. March 2016. Irrigation intervals in processing tomato crop in
Southern Goias. Major advisor: Dr. Adelmo Golynski, Co-Advisor: Dr. Anselmo
Afonso Golynsk.
The processing tomato is very important for the Brazilian horticulture, being cultivated
with the use of irrigation, in a scenario of scarce water resources. This work aimed to
evaluate the influence of irrigation intervals in tomato hybrids for processing
maintaining the same amount of water applied guided by crop evapotranspiration. The
experiment was carried out under field conditions in two trials in the period April to
August 2014 and from June to October 2015. The experiment was conducted in
randomized blocks designed with four repetitions in a factorial scheme, being the
factors: irrigation intervals (1, 3, 5, 7 and 9 days) and the hybrids (BRS SENA and
HEINZ 9553). The following variables were evaluated: total productivity,
transformation of flower into fruit, rotten and green fruits, diameter and length of the
fruit, soluble solids and water use efficiency. In 2014, the productivity was statistically
influenced by both factors. For hybrid HEINZ 9553, the highest value was obtained
with seven day interval (81.36 t ha-1
) and for BR SENA with five days intervals (96.84 t
ha-1). In 2015, however, it was not observed statistical difference of the greatest values
of productivity among the hybrids, with differences only in irrigation intervals. Intervals
of five and three days with 118.73 t ha-1
(HEINZ 9553) and 120.54 t ha- (BRS SENA),
respectively. The variables transformation of flower into fruit and water use efficiency
xi
were significantly influenced by both factors, being the highest values expressed in the
most productive irrigation intervals. Green and rotten fruits were influenced by the
factors in the two trials. The hybrid BRS SENA showed higher solids soluble in both
assays, with no effect of the irrigation interval. The hybrids evaluated showed different
behaviors in response to irrigation intervals. The irrigation intervals conditioned to
features of each hybrids demonstrated to be an alternative for increasing of the
productivity and consequently in water use efficiency.
Key words: Solanum lycopersicum, Hybrids, water use efficiency.
1
INTRODUÇÃO GERAL
O tomate é uma hortaliça originária do continente americano, sendo a segunda
hortaliça mais produzida e consumida em todo mundo (Cunha et al.,2014). De acordo
com a FAOSTAT (FAO, 2013), no ano de 2011, a produção mundial de tomate ficou
em torno de 159 milhões de toneladas, oriundas de aproximadamente cinco milhões de
hectares de área plantada. Os principais países produtores do tomate industrial são:
Estados Unidos 32%, China 16,6%, Itália 13,6%, Espanha 6,3% e Brasil 4,9% (Vilela
et. al., 2012).
No Brasil, em 2011, a área plantada foi de 71 mil hectares e a produção foi de
4,1 milhões de toneladas, tendo como maiores produtoras, as regiões centro-oeste e
sudeste (IBGE, 2013). O impacto gerado pela cadeia agroindustrial de tomate, a coloca
entre as mais importantes no cenário do agronegócio nacional, pois além de gerar
demanda de mão de obra em todo processo produtivo, contribui com a movimentação
de indústrias paralelas de máquinas e equipamentos agrícolas, insumos, irrigação e
embalagens (Mello & Vilela, 2004).
O Estado de Goiás é o maior produtor nacional de tomate para processamento,
com área plantada de 10,8 mil hectares, em 2011, e uma produção de 4,470 milhões de
toneladas (IBGE, 2013). Após a migração da produção para a região do cerrado, foram
encontradas condições edafoclimáticas favoráveis para o desenvolvimento da cultura,
resultando no atendimento da demanda alimentícia industrial na região e atraindo novos
investimentos para o setor. Com isso, 12 agroindústrias processadoras de tomate foram
abrigadas, com destaque para os municípios de Cristalina, Morrinhos e Itaberaí (Ribeiro
2015).
2
O sistema de irrigação por aspersão é o principal método utilizado, no Brasil,
para a irrigação do tomateiro para processamento industrial, destacando-se o sistema de
aspersão mecanizada tipo Pivô Central, que ocupa mais de 90% da área irrigada, e os
10% restantes, irrigação localizada por gotejamento (Koetz et al., 2013).
Em condições normais, as doenças da parte aérea do tomateiro surgem com mais
frequência nos sistemas de irrigação por aspersão, já as doenças de solo são favorecidas
pelos sistemas superficiais e por gotejamento (Lopes et al., 2006).
A produtividade é afetada de forma substancial em condições de stress abiótico,
sendo o stress hídrico um importante fator, causado tanto pelo excesso, quanto pelo
déficit de água. Em se tratando de área irrigada, a condição de umidade no solo pode ser
influenciada diretamente pela forma de uso da irrigação, o que coloca o irrigante como
principal responsável pela referida ocorrência (Florido Bacallao & Bao Fundora, 2014).
No cenário atual, um dos desafios da agricultura é a manutenção da
produtividade e qualidade da produção, tendo a adversidade hídrica inserida na
realidade cotidiana (Cantuário, 2012).
Em termos mundiais, a eficiência de irrigação (relacionando a quantidade de
água efetivamente utilizada pela planta e o volume retirado da fonte) é ainda muito
baixa, situando-se, em termos médios, em torno de 37%. Isso, devido ao mau
dimensionamento do sistema de irrigação, falta de manutenção e manejo de irrigação.
Estimativa da FAO adverte que, aproximadamente, 50% dos 250 milhões de hectares
irrigados no mundo já apresentam problemas de salinização e saturação do solo, e que
10 milhões de hectares são abandonados anualmente, em virtude desses problemas
(ANA 2012).
A necessidade hídrica das culturas e a resposta das mesmas à irrigação variam
com o tipo de solo, tipo de cultura, estágio de crescimento e condições climáticas da
região, sendo impossível determinar um intervalo de irrigação fixo para cada cultura,
em todo o mundo (Bernardo et al.,2009). Contudo, a irrigação é utilizada de forma
equivocada pela maioria dos irrigantes, fazendo com que seja imprescindível a adoção
de estratégias para o uso racional da água, a fim de minimizar o custo energético, a
3
incidência de doenças e os impactos ambientais, possibilitando, ainda, melhorias na
produtividade e qualidade de produção (Marouelli et al., 2012).
Tendo em vista que a irrigação é uma técnica artificial de fornecimento de água
às plantas, sua utilização tem impacto direto nos custos de produção e nos recursos
hídricos. Portanto, para se alcançar altas produtividades, maior qualidade de produção e
lucratividade, é imprescindível somar aos tratos culturais adequados, um bom manejo
de irrigação, ou seja, criar de condições de água no solo para que as culturas expressem
todo seu potencial produtivo, observando características do solo e da cultura irrigada,
clima, condições do sistema de irrigação e suas particularidades.
4
OBJETIVO
Objetivou-se, com este trabalho, avaliar o potencial produtivo de dois híbridos
de tomate para processamento, fornecendo a mesma quantidade de água, norteada pela
evapotranspiração da cultura, e variando os intervalos de irrigação.
5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANA. Agência Nacional de Águas. 2012. Água na medida certa: A hidrometria no
Brasil. Brasília: ANA. 72p.
BERNARDO, S; SOARES, AA; MANTOVANI, E.C. 2009. Manual de Irrigação,
8a.ed.atualizada e ampliada, Viçosa, Editora UFV, p, 625.
CANTUÁRIO, F.S. de. 2012. Produção de pimentão submetido a estresse hídrico e
silicato de potássio em cultivo protegido. Universidade Federal de Uberlândia,
Uberlândia. 93p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Fitotecnia).
CAMPAGNOL, R., ABRAHÃO, C., DA COSTA MELLO, S., OVIEDO, V. R. S. C.,
& MINAMI, K. 2014. Impactos do nível de irrigação e da cobertura do solo na
cultura do tomateiro. IRRIGA, v.19 n.3, p. 345.
CHRISTOFIDIS, D. 2005.Água na produção de alimentos: o papel da irrigação no
alcance do desenvolvimento sustentável. Brasília: Universidade de Brasília, 29p.
CUNHA, A.R. 2011. Coeficiente do tanque Classe A obtido por diferentes métodos em
ambiente protegido e no campo. Semina. Ciências Agrárias (Online), v. 32, p.
451-464.
CUNHA J. P. B; MACHADO T. D. A; SANTOS F.L; & COELHO LM. 2014. Losses
in industrial tomato harvesting according to harvester setting. Pesquisa
Agropecuária Tropical, 44(4), p.363-369.
6
FLORIDO BACALLAO M; BAO FUNDORA L. 2014. Tolerancia a estrés por déficit
hídrico en tomate (Solanum lycopersicum L.). Cultivos Tropicales, v. 35, n. 3, p.
70-88.
FOOD AND AGRICULTURAL ORGANIZATION (FAO). 2013. FAO Statistical
Yearbook 2013. Disponível em: http://faostat.fao.org/ site/339/default. aspx.
Acesso em: 05 de setembro. 2015.
IBGE. Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. 2013. Séries temporais para a
agricultura. 2013. Sistema IBGE de Recuperação Automática – (Sidra).
Disponível em: Acesso em: 31 jan. 2015.
LOPES, C.A.; MAROUELLI, W.A.; CAFÉ FILHO, A.C. 2006. Associação da
irrigação com doenças de hortaliças. Revisão Anual de Patologia de Plantas,
Passo Fundo, v. 145, p. 151-179.
KOETZ, M., MASCA, M. G. C. C., CARNEIRO, L. C., RAGAGNIN, V. A., DE
SENA JÚNIOR, D. G., & GOMES FILHO, R. R. 2013. Caracterização
agronômica e° brix em frutos de tomate industrial sob irrigação por gotejamento
no sudoeste de Goiás- Revista brasileira de agricultura irrigada-rbai, 4(1).
MAROUELLI, W. A.; SILVA, H. R.; SILVA, W. L. C. 2012. Irrigação do Tomateiro
para Processamento. Circular Técnica 102. Embrapa Hortaliças. Brasília- DF.
MAROUELLI, W. A., SILVA, W. L., SILVA, H. R., & MORETTI, C. L. 2007. Efeito
da época de suspensão da irrigação na produção e qualidade de frutos de tomate
para processamento. Embrapa Hortaliças.
MELO P. C. T.; VILELA, N. J. 2004. Desempenho da cadeia agroindustrial brasileira
do tomate na década de 90. Revista Horticultura Brasileira, Brasília, v. 22, n. 1,
p. 154-160.
RIBEIRO, K. 2015. In natura ou processado? Líder em tomate industrial e significativo
em tomate mesa, Goiás encara altos custos de produção. IN: Federação da
Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG). Revista Campo. Ano XVI, n. 239.
SILVA JUNIOR, A, R; Welington Martins RIBEIRO, W, M; NASCIMENTO, A, R;
Cleonice Borges de SOUZA, C. 2015. Cultivo do Tomate Industrial no Estado
7
de Goiás: Evolução das Áreas de Plantio e Produção. Conjuntura econômica
goiana. N 34.
VILELA, N. J.; MELO, P. C. T.; BOITEUX, L. S.; CLEMENTE, F. M. V. T. 2012.
Perfil Socioeconômico da cadeia agroindustrial no Brasil. IN: CLEMENTE, F.
M. V. T.; BOITEUX, L. Produção de Tomate para processamento industrial.
Brasília: Embrapa.
8
Intervalos de irrigação no cultivo de tomate para processamento no sul goiano.
(Normas de acordo com a revista Horticultura Brasileira)
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE: Solanum lycopersicum, eficiência no uso da água e híbridos.
O tomate para processamento industrial é de grande relevância para a horticultura
brasileira, sendo cultivado com o uso da irrigação, em um cenário de escassez de
recursos hídricos.
O tomate para processamento industrial é de grande relevância para a horticultura
brasileira, sendo cultivado com o uso da irrigação, em um cenário de escassez de
recursos hídricos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de intervalos de
irrigação em híbridos de tomate para processamento, mantendo a mesma quantidade
de água aplicada, norteada pela evapotranspiração da cultura. O experimento foi
conduzido sob condições de campo, em dois ensaios, no período de abril a agosto de
2014 e de junho a outubro de 2015. O delineamento foi em blocos casualizados, com
quatro repetições em esquema fatorial, sendo os fatores: os intervalos de irrigação (1,
3, 5, 7 e 9 dias) e os híbridos (BRS SENA e HEINZ 9553). Foram avaliadas as seguintes
variáveis: produtividade total, transformação de flor em fruto, frutos podres e verdes,
diâmetro e comprimento do fruto, sólidos solúveis totais e eficiência no uso da água.
Em 2014, a produtividade foi influenciada estatisticamente por ambos fatores. Para o
híbrido HEINZ 9553, o maior valor foi obtido com intervalo de sete dias (81.36 t ha-1) e
para o BRS SENA, com intervalo de cinco dias (96.84 t ha-1). Em 2015, no entanto, não
foi observada diferença estatística nos maiores valores de produtividade, entre os
híbridos: intervalos de irrigação de cinco e três dias com 118.73 t ha-1 (HEIZ 9553) e
120.54 t ha-1 (BRS SENA). As variáveis, transformação de flor em fruto e eficiência no
uso da água, foram influenciadas significativamente pelos dois fatores, sendo seus
9
maiores valores expressos nos intervalos de irrigação mais produtivos. Frutos verdes e
podres sofreram influência dos fatores, nos dois ensaios. O híbrido BRS SENA
apresentou maior teor de sólidos solúveis em ambos os ensaios, não havendo efeito do
intervalo de irrigação. Os híbridos avaliados obtiveram comportamentos distintos, em
resposta aos intervalos de irrigação. O intervalo de irrigação, condicionado às
características de cada híbrido, demonstrou ser uma alternativa para o aumento da
produtividade e, consequentemente, maior eficiência no uso da água.
ABSTRACT
Irrigation intervals in processing tomato crop in Southern Goias
Key words: Solanum lycopersicum, hybrids, water use efficiency.
The processing tomato is very important for the Brazilian horticulture, being cultivated
with the use of irrigation, in a scenario of scarce water resources. This work aimed to
evaluate the influence of irrigation intervals in tomato hybrids for processing
maintaining the same amount of water applied guided by crop evapotranspiration. The
experiment was carried out under field conditions in two trials in the period April to
August 2014 and from June to October 2015. The experiment was conducted in
randomized blocks designed with four repetitions in a factorial scheme, being the
factors: irrigation intervals (1, 3, 5, 7 and 9 days) and the hybrids (BRS SENA and HEINZ
9553). The following variables were evaluated: total productivity, transformation of
flower into fruit, rotten and green fruits, diameter and length of the fruit, soluble solids
and water use efficiency. In 2014, the productivity was statistically influenced by both
factors. For hybrid HEINZ 9553, the highest value was obtained with seven day interval
(81.36 t ha-1) and for BR SENA with five days intervals (96.84 t ha-1). In 2015, however,
it was not observed statistical difference of the greatest values of productivity among
the hybrids, with differences only in irrigation intervals. Intervals of five and three days
with 118.73 t ha-1 (HEINZ 9553) and 120.54 t ha- (BRS SENA), respectively. The
variables transformation of flower into fruit and water use efficiency were significantly
influenced by both factors, being the highest values expressed in the most productive
irrigation intervals. Green and rotten fruits were influenced by the factors in the two
10
trials. The hybrid BRS SENA showed higher solids soluble in both assays, with no effect
of the irrigation interval. The hybrids evaluated showed different behaviors in response
to irrigation intervals. The irrigation intervals conditioned to features of each hybrids
demonstrated to be an alternative for increasing of the productivity and consequently
in water use efficiency.
1. Introdução
O tomate é uma hortaliça da família das solanáceas, com origem na zona andina do
continente americano, sendo a segunda hortaliça mais produzida e consumida em todo
mundo (Cunha et al.,2014). De acordo com a FAOSTAT (FAO, 2013). No ano de 2011, a
produção mundial de tomate ficou em torno de 159 milhões de toneladas, oriundas de
aproximadamente cinco milhões de hectares de área plantada. Os principais países
produtores do tomate industrial são: Estados Unidos (32%), China (16,6%), Itália
(13,6%), Espanha (6,3%) e Brasil (4,9%), (Vilela et al., 2012).
No Brasil, em 2011, a área plantada foi de 71 mil hectares e a produção foi de 4,1
milhões de toneladas, tendo como maiores produtoras, as regiões centro-oeste e
sudeste (IBGE, 2013). O impacto gerado pela cadeia agroindustrial de tomate, a coloca
entre as mais importantes no cenário do agronegócio nacional, pois, além de gerar
relevante demanda de mão de obra em todo processo produtivo, contribui com a
movimentação de indústrias paralelas de máquinas e equipamentos agrícolas, insumos,
irrigação e embalagens (Mello & Vilela, 2004).
O Estado de Goiás é o maior produtor nacional de tomate para processamento, com
área plantada de 10,8 mil hectares, em 2011, e uma produção de 4,470 milhões de
toneladas (IBGE, 2013). Após a migração da produção para a região do cerrado, foram
encontradas condições edafoclimáticas favoráveis para o desenvolvimento da cultura,
resultando no atendimento da demanda alimentícia industrial na região e atraindo
novos investimentos para o setor. Com isso, 12 agroindústrias processadoras de tomate
foram abrigadas, com destaque para os municípios de Cristalina, Morrinhos e Itaberaí
(Ribeiro 2015).
11
O sistema de irrigação por aspersão é o principal método utilizado, no Brasil, para a
irrigação do tomateiro para processamento industrial, destacando-se o sistema de
aspersão mecanizada tipo Pivô Central, que ocupa mais de 90% da área irrigada, e os
10% restantes, por irrigação localizada por gotejamento (Koetz et al., 2010).
Em termos mundiais, a eficiência de irrigação (relacionando a quantidade de água
efetivamente utilizada pela planta e o volume retirado da fonte) é ainda muito baixa,
situando-se, em termos médios, em torno de 37%. Isso, devido ao mau
dimensionamento do sistema de irrigação, falta de manutenção e manejo de irrigação.
Estimativa da FAO adverte que, aproximadamente, 50% dos 250 milhões de hectares
irrigados no mundo já apresentam problemas de salinização e saturação do solo, e que
10 milhões de hectares são abandonados anualmente, em virtude desses problemas
(ANA 2012).
A necessidade hídrica das culturas e a resposta das mesmas à irrigação variam com o
tipo de solo, cultura, estágio de crescimento e condições climáticas da região, sendo
impossível determinar um intervalo de irrigação fixo para cada cultura, em todo o
mundo (Bernardo et al.,2009). Contudo, a irrigação é utilizada de forma equivocada
pela maioria dos irrigantes, fazendo com que seja imprescindível a adoção de
estratégias para o uso racional da água, a fim de minimizar o custo energético, a
incidência de doenças e os impactos ambientais, possibilitando, ainda, melhorias na
produtividade e lucratividade (Marouelli et al., 2012).
Tendo em vista que a irrigação é uma técnica artificial de fornecimento de água às
plantas, sua utilização tem impacto direto nos custos de produção e nos recursos
hídricos. Portanto, para se alcançar altas produtividades, maior qualidade de produção
e lucratividade, é imprescindível somar aos tratos culturais adequados, um bom manejo
de irrigação, ou seja, criar condições de água no solo para que as culturas expressem
todo seu potencial produtivo, observando características do solo e da cultura irrigada,
clima, condições do sistema de irrigação e suas particularidades.
12
Por tudo isso, objetivou-se, com este trabalho, avaliar o potencial produtivo de dois
híbridos de tomate para processamento, fornecendo a mesma quantidade de água,
norteada pela evapotranspiração da cultura, e variando os intervalos de irrigação.
2. Material e Métodos
O trabalho foi executado no laboratório de fruticultura do Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), Campus Morrinhos, localizado na rodovia BR –
153, km 633 – Morrinhos/GO, latitude de 17° 49’ 11,4’’ sul, longitude 49° 12’ 9,3’’
oeste, altitude de 890 metros. O clima local, segundo a classificação de Köppen,
enquadra-se no tipo AW, tropical semiúmido. A temperatura média anual é da ordem
de 20º C, com verão chuvoso de outubro a abril e inverno seco de maio a setembro. A
média anual da precipitação pluvial é de 1.500 mm (Arantes 2001).
Foram realizados dois ensaios, no período de abril a agosto de 2014 e de junho a
outubro de 2015. Essa variação na época de plantio, nos dois ensaios, foi pelo
zoneamento do plantio de tomate, no município de Morrinhos/GO, que é dividido em
duas microrregiões pela AGRODEFESA. Entre 15 de fevereiro e 15 de abril (para a
primeira região) e entre 15 de abril e 15 de junho (para a segunda região), alternando
as regiões a cada ano.
Antes da instalação do experimento, foram coletadas amostras de solo da área
utilizada, tanto para análise da fertilidade, quanto para determinar a curva de retenção
de água no solo. Tais parâmetros forneceram dados precisos para uma correção
nutricional ideal do solo e respectivo manejo de irrigação, sendo que, anteriormente, a
área experimental foi cultivada com milho. As amostras de solo foram encaminhadas
para EMBRAPA Hortaliças para realização das análises, interpretação e recomendação
de adubação. A classe do solo é do tipo Latossolo Vermelho distrófico, com textura
franco argilosa, valor de umidade na capacidade de campo de 29,4% e ponto de murcha
de 21,36%. Os resultados da análise química do solo foram de pH-CaCl2 (6,1), P-
13
Mehlich (2,3 mg/dm3), K (40 mg/dm3), Na (9 mg/dm3), Ca (4,6 cmolc/dm3), Mg (1,8
cmolc/dm3), Al (0,0 cmolc/dm3), H+Al (2,1 cmolc/dm3), matéria orgânica (28,5 g/dm3).
Mediante a recomendação de adubação para uma produtividade estimada de 130 ton
ha-1 no plantio, foram utilizados, na dosagem expressa por hectare, 130 kg de ureia,
1750 kg de super triplo, 150 kg de cloreto de potássio, 12 kg de ácido bórico, 20 kg de
sulfato de zinco e 200 kg de sulfato de magnésio. Para a adubação de cobertura,
realizada 20 dias após o transplantio, foram utilizados, na dosagem expressa por
hectare, 470 kg de nitrato de cálcio e 100 kg de cloreto de potássio. As operações e
preparo do solo consistiram em uma subsolagem cruzada, uma gradagem com grade
aradora e niveladora, às vésperas do plantio. A adubação e o controle fitossanitário
foram realizados uniformemente, em toda área experimental.
Empregou-se o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema
fatorial (5 x 2), sendo fatores os intervalos de irrigação (1, 3, 5, 7 e 9 dias) e os híbridos
BRS SENA e HEINZ 9553, totalizando dez tratamentos e resultando em 20 parcelas
experimentais, de forma subdividida. Cada parcela experimental foi constituída por seis
fileiras de plantas, com cinco metros de comprimento, sendo 21 plantas por fileira, três
fileiras de cada híbrido, espaçadas a 1,2 metro de largura entre fileira e 23,8
centímetros o espaçamento das plantas de dentro da fileira de plantio, constituído,
assim, uma densidade de plantio de 35000 plantas por hectare. As duas fileiras laterais
de cada híbrido compuseram à bordadura, sendo apenas a fileira central avaliada. As
parcelas e os blocos foram espaçados com a distância entre si respectivamente, de
forma que não ocorresse interferência de irrigação entre os tratamentos. O
espaçamento entre os blocos permitiu a aplicação dos defensivos para controle
fitossanitário, via pulverizador tratorizado.
Foram utilizados, ainda, dois híbridos comerciais: BRS SENA, que é o primeiro híbrido
nacional desenvolvido pela EMBRAPA, e o híbrido HEINZ 9553, desenvolvido pela
companhia Heinz Seed, sendo os mesmos comercializados no Brasil pela empresa
14
EAGLE Comércio de Sementes Ltda. As mudas foram produzidas no viveiro de mudas
Branbilla, em Morrinhos/GO.
O sistema de irrigação utilizado foi o de aspersão convencional, utilizando emissores
setoriais com ângulo de ação de 90°, raio de alcance de 6,8 metros, vazão de 170
litros/hora, posicionados nas quatro extremidades a uma altura de 0,4 metros e
intensidade de aplicação de 13,8 milímetros por hora. Foi realizado o teste CUC –
Coeficiente de uniformidade de Christiansen (Christiansen, 1942) na área experimental,
onde se obteve 80% de uniformidade. O manejo de irrigação foi feito através da
evapotranspiração de referência (Eto), utilizando-se o TANQUE CLASSE A.
A lâmina total necessária da cultura (LTN) foi estimada pela seguinte equação:
LTN = Kp x Ev x K (1)
Ef
Onde: LTN = A lâmina total necessária da cultura (mm dia-1), Kp = coeficiente do tanque,
adimensional; Kc = coeficiente de cultivo; Ev = evaporação do tanque (mm dia-1); Ef=
eficiência do sistema de irrigação, decimal. Para o coeficiente de cultivo (Kc), que varia
de acordo com o estádio fonológico da cultura, foram utilizados os valores adaptados
por Marouelli et al. (1996), sendo de 0,55 na fase inicial (do transplantio até o 20º dia),
de 0,55 a 0,65 na fase vegetativa (do 20° ao 50º dia), de 0,65 a 0,85 na fase de
frutificação (do 50º ao 90º dia) e de 0,85 a 0,65 na fase de maturação (do 90º dia até o
120º dia). O valor de (Kp) coeficiente do tanque foi fixado em 0,8, conforme
recomendado por Guerra et al. (2005) para condições do cerrado.
Para obter o tempo de irrigação, foi usada a equação:
Ti = LTN – P (2)
IA
Sendo que: Ti= tempo de irrigação (horas); LTN= A lâmina total necessária da cultura,
acumulada para cada intervalo (1, 3, 5, 7 e 9 dias), em milímetros; IA= Intensidade de
aplicação do aspersor (mm.h-1); P= precipitação em milímetros. Próximo à área
15
experimental foi instalado um pluviômetro para o acompanhamento da precipitação
pluviométrica.
O transplantio das mudas foi realizado 26 dias após a semeadura. Na primeira semana,
a irrigação foi feita diariamente, a fim de garantir o pegamento das mudas. Após a
primeira semana, foi utilizado o turno de rega de dois dias, até o 35º dia, para, a partir
daí, com o solo na capacidade de campo, iniciar os tratamentos com o sistema radicular
efetivo, a uma profundidade aproximada de 25 cm. O corte da irrigação foi feito com
100 dias após o transplantio, conforme resultados obtidos por Marouelli et al. (2007).
A colheita foi realizada com 125 dias após o transplantio, sendo feita apenas nas linhas
centrais de cada híbrido, separando frutos maduros, verdes e podres. De modo que a
variável produtividade total fora determinada dividindo-se o peso total colhido na
parcela pelo número de plantas colhidas, e multiplicando-se o resultado pela densidade
de plantio, que foi de 35000 plantas por hectare.
Para as variáveis, fruto verde e fruto podre, seus valores foram expressos em
percentagem com relação à produtividade total. Para a variável transformação de flor
em fruto, foram marcadas 100 flores por planta, em cinco plantas da linha central de
cada híbrido nas parcelas e, um dia antes da colheita, foi verificada a transformação,
sendo o valor expresso em percentagem. Para as variáveis, comprimento e diâmetro de
fruto, as amostras foram coletadas de forma aleatória, contendo vinte frutos de cada
híbrido por parcela, sendo as medições realizadas com o auxílio de um paquímetro
digital. Foram coletadas amostras de forma aleatória, contendo vinte frutos de cada
híbrido por parcela para a determinação do teor de sólidos solúveis totais (°brix), com o
auxílio do refratômetro. Para a variável eficiência do uso da água total, foi utilizada a
metodologia de Campagnol et al. (2014), calculada através da relação entre a
produtividade total (kg.ha-1), a lâmina total de água aplicada e a precipitação no ciclo da
cultura (mm).
16
A equação resultante desta relação é:
EUA total = Y/Z (3)
Onde: EUA total= Eficiência do uso da água total (kg.ha-1. mm-1), Y=
Produtividade total (kg.ha-1), Z= Lâmina total de água aplicada, mais precipitação no
ciclo da cultura (mm).
Os resultados obtidos foram submetidos às análises de variância, sendo que as
médias do fator híbrido foram comparadas pelo teste Tukey (p < 0,05), e para o fator
intervalo de irrigação foi realizada a análise de regressão, utilizando-se o programa
SISVAR (Ferreira, 2003).
3. Resultados e Discussão
A lâmina total aplicada, considerando a evapotranspiração da cultura (Etc) e
precipitação efetiva nos dois ensaios, foi de 420,79 milímetros, em 2014, e de 535
milímetros, em 2015. A precipitação pluviométrica durante o primeiro ensaio foi de
98,35 milímetros, sendo que, no período onde foram empregados os intervalos de
irrigação diferenciados, o volume precipitado foi de 7,7 milímetros. No segundo ensaio,
foram registrados 86 milímetros de precipitação pluviométrica, sendo 11,8 milímetros
ocorridos durante o período dos tratamentos. A lâmina de irrigação, aplicada durante o
período em que os intervalos de irrigação foram diferenciados em relação à lâmina
total, correspondeu a 74%, em 2014, e 81,3%, em 2015. A variação de precipitação
pluviométrica de 2014, em relação a 2015, foi de 12,35 milímetros, demonstrando que
essa diferença, na lâmina total aplicada, foi influenciada pela oscilação na taxa de
evapotranspiração da cultura, ocasionada pelo ano e época de cultivos diferenciados.
Nos ensaios de 2014 e 2015, o modelo de regressão em que os dados de produtividade
para o fator intervalos de irrigação melhor se ajustaram foi o quadrático. Para o híbrido
HEINZ 9553, o ponto máximo de produtividade expresso na curva foi de 74,24 t.ha-1, em
2014, com intervalo de irrigação de 5,29 dias, e para 2015, foi de 110,47 t.ha-1, no
17
intervalo de 4,7 dias. Para o híbrido BRS SENA, o ponto máximo de produtividade
expresso na curva foi de 91,9 t ha-1, com intervalo de irrigação de 4,8 dias, em 2014 e,
para 2015, foi de 110 t.ha-1 , no intervalo de 3,2 dias. Figura 1 (A) e 2 (A). Para o fator
híbrido, quando empregado o teste de média para o híbrido HEINZ 9553, a maior
produtividade foi de 81.36 t ha-1, enquanto que, para o híbrido BRS SENA, o maior valor
foi de 96.84 t ha-1, demonstrando uma diferença significativa entre os híbridos, em
2014. Tabela (1). Já no ensaio de 2015, não foi observada diferença nos maiores valores
de produtividade entre os híbridos, tendo diferença significativa apenas nos intervalos
de irrigação. No híbrido HEINZ 9553, o maior valor foi de 118.73 t ha-1 e no híbrido BRS
SENA de 120.54 t ha-1. Tabela (2).
As diferenças nos maiores valores de produtividade entre os híbridos, nos intervalos de
irrigação, demonstraram comportamentos distintos em relação ao nível de umidade no
solo, indicando uma variação na demanda hídrica para cada híbrido. Já a variação dos
intervalos de irrigação mais produtivos, dentro do mesmo híbrido, nos dois ensaios, é
justificada pela taxa de evapotranspiração diferenciada, sendo 322,44 milímetros, em
2014, e 449 milímetros, em 2015, evidenciando a demanda hídrica da cultura, como
condicionante da disponibilidade hídrica do solo. Kusçu et al. (2014) alcançaram
maiores valores de produtividade comercial quando utilizaram a lâmina de 550 mm, em
todo período de cultivo. Já Patane et al. (2011), com a lâmina de 400 mm, obtiveram os
maiores índices de produtividade.
Nos dois ensaios (2014 e 2015), o modelo de regressão em que os dados (a variável
transformação de flor em fruto para o fator intervalos de irrigação) melhor se ajustaram
foi o quadrático. Sendo que, os maiores valores se aproximaram dos intervalos mais
produtivos. Figura 1 (D) e 2 (C). Da Silva et al. (2011) observaram que, o número de
frutos e a produção por planta são os componentes da produção que mais são
influenciados, negativamente, pelo déficit e pelo excesso de água disponível.
Para o valor de frutos verdes, dentro do fator intervalo de irrigação, o modelo de
regressão melhor ajustado foi o linear, nos dois ensaios. Uma característica observada,
tanto em 2014, quanto em 2015, foi que, quanto maior o intervalo de irrigação, maior a
18
porcentagem de fruto verde, em relação a produtividade, indicando que, quanto maior
o stress hídrico, menor a capacidade de maturação dos frutos. Figura 1 (B) e Figura 2
(B). Já para o fator híbrido, em seus valores mais produtivos, houve diferença
significativa, no primeiro ensaio. Para o Híbrido HEINZ 9553, foi de 17,67% e para o
híbrido BRS SENA foi de 15,67%. Já em relação ao segundo ensaio, não houve esta
diferença. Tabela (1) e (2).
Em relação aos valores de frutos podres, para o fator intervalo de irrigação, houve
resposta inversa aos valores de fruto(s) verde(s), onde o modelo de regressão linear
simples foi o melhor ajustado aos dados, nos dois ensaios. Sendo que, quanto maior o
intervalo de irrigação, e, consequentemente, menor disponibilidade de água, a
quantidade de frutos podres diminui. Resultado semelhante também foi encontrado
por Marouelli & Silva (2006) e Campagnol et al. (2014), cujo teor de frutos com
podridão apical diminui, de acordo com a redução da água disponível no solo. Figura 1
(C) e 2 (C). Para o fator híbrido, na comparação dos valores de maior produtividade,
houve diferença significativa nos dois ensaios com o híbrido BRS SENA, obtendo
maiores porcentagens de frutos podres, em 2014 e 2015. Tabela (1) e (2).
Os teores de sólidos solúveis totais não sofreram influência dos intervalos de irrigação,
tendo diferenças demonstradas apenas em relação aos híbridos, com os valores do
híbrido BRS SENA superiores ao híbrido HEINZ 9553, nos dois ensaios. Tabela (1) e (2).
Marouelli et al. (2007) encontraram diferenças significativas. Quando trabalharam com
o corte da irrigação antes da colheita, os teores de sólidos solúveis totais aumentaram
linearmente a uma taxa de 0,34° Brix para cada 10 dias de antecipação da última
irrigação. Os teores de sólidos solúveis (ºBrix) influenciam diretamente no rendimento
de polpa do tomate processado, sendo que, quanto maior o seu teor nos frutos, menor
o gasto energético para obtenção da polpa concentrada. A cada grau Brix elevado na
matéria-prima, ocorre um aumento aproximado de 20% no rendimento industrial.
(Giordano et al.,2000).
As variáveis, comprimento e diâmetro do fruto não se diferenciam significativamente
em relação ao fator intervalo de irrigação. Diferentemente dos resultados encontrados
19
por Koetz et al. (2010), nos quais, quanto maior o déficit hídrico, menor o diâmetro do
fruto de tomate. Em relação ao fator híbrido, como o formato dos frutos são
anatomicamente distintos entre os híbridos, não foi realizada a comparação de médias.
4. Conclusão
Os híbridos avaliados expressaram comportamentos distintos, em resposta aos
intervalos de irrigação. O híbrido BR SENA atingiu seus maiores índices de produtividade
com intervalos de irrigação de três a cinco dias, após o início da floração. Já o híbrido
HEINZ 9553 obteve melhores resultados com os intervalos de irrigação de cinco a sete
dias.
A utilização de intervalos de irrigação, condicionados às características específicas de
cada híbrido, demonstrou ser uma alternativa para o aumento da produtividade,
influenciando diretamente na eficiência do uso da água.
5. Referências
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diferentes taxas de reposição da evapotranspiração. R. Bras. Eng. Agríc.
Ambiental, 17(1), p. 40-46.
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22
6. Anexos
Tabela 1 – Produtividade Total (Prod.), Frutos Verdes (FV), Podres (FP), Transformação
flor fruto (TFF), Eficiência no uso da água (EUA), Sólidos Solúveis Totais (SST) ano 2014.
Total productivity (Prod) Green fruits, (FV) Rotten fruit, (FP) Processing flower fruit,
(TFF) Efficiency in the use of water (EUA), Total Soluble Solids (SST). Morrinhos, Instituto
Federal Goiano, 2014.
Característica avaliada
Cultivar
Turno de Rega (Dias)
Média
CV(%)
1 3 5 7 9
Prod. (t ha-1)
HEINZ 9553 63,66b 68,87b 68,77b 81,36b 61,33b 68,80b
BRS SENA 76,58a 82,86a 96,84a 84,78a 71,50a 82,50a
DMS: 3,35 Média: 70,12 75,87 82,80 83,07 66,38 94,54 4,22
FV (%)
HEINZ 9553 7,56a 10,23a 13,40a 17,67a 23,44a 14,46a
BRS SENA 9.52b 13,59b 15,67b 18,59a 23,32a 16,14a
DMS: 1,82 Média: 8,54 11,91 14,53 18,13 23,38 15,30 9,71
FP (%)
HEINZ 9553
BRS SENA
22,19a
25,75b
20,48a
22,13a
17,68a
18,66a
15,14a
15,31a
8,97a
10,99a
16,42a
18,07b
DMS: 1,86 Média 23,97 21,31 18,18 15,23 9,72 17,68 5,67
TFF (%)
HEINZ 9553
BRS SENA
45,51a
39,98b
48,79a
41,23b
48,83a
48,88a
55,47a
43,89b
46,44a
42,36b
49,00a
43,27b
DMS: 3,70 Média 42,74 45,00 48,85 49,68 44,40 46,16 2,50
EUA (kg mm)
HEINZ 9553
BRS SENA
151,28b
188,46a
163,71b
196,96a
163,42b
238,68a
193,34a
201,47a
145,76b
169,80a
163,50b
197,78a
DMS: 9,00 Média 163.63 180,33 201,05 197,41 157,78 180,64 3,92
SST (0Brix)
HEINZ 9553
BRS SENA
4,75b
5,20a
4,98a
5,10a
5,08a
5,18a
4,95a
5,10a
5,03a
5,10a
4,96b
5,14a
DMS: 0,22 Média 4,98 5,04 5,13 5,03 5,06 5,05 3,18
1Médias seguidas pela mesma letra na coluna, para a mesma característica avaliada,
não diferem entre si, pelo teste de Tukey, p < 0,05. DMS: DiferençaMínimaSignificativa.
CV coeficiente de variação.(means followed by the same letter in the column ,For the
same characteristic evaluated do not differ from each other, Tukey test, p<0.05 (DMS)
Minimum significant difference (CV) Coefficient of Variation).
23
Figura 1 – Regressões lineares e quadráticas das variáveis em função dos intervalos de
irrigação: (A) Produtividade Total, (B) Frutos Verdes, (C) Frutos Podres, (D)
Transformação flor fruto, (E) Eficiência no uso da água. Linear regressions and quadratic
means of variables in function of irrigation intervals: (A),Total productivity (B) Green
fruits, (C) Rotten fruit, (D) Processing flower fruit, (E) Efficiency in the use of water.
Morrinhos, Instituto Federal Goiano, 2014.
26
Tabela 2 – Produtividade Total (Prod.), Frutos Verdes (FV), Podres (FP), Transformação
flor fruto (TFF), Eficiência no uso da água (EUA), Sólidos Solúveis Totais (SST) ano 2014.
Total productivity (Prod) Green fruits, (FV) Rotten fruit, (FP) Processing flower fruit,
(TFF) Efficiency in the use of water (EUA), Total Soluble Solids (SST). Morrinhos, Instituto
Federal Goiano, 2015.
Característica avaliada
Cultivar
Turno de Rega (Dias)
Média
CV(%)
1 3 5 7 9
Prod. (t ha-1) HEINZ 9553 89,61b 100,96b 118,73a 91,23a 72,96a 94,70a
BRS SENA 98,75a 120,54a 99,15b 88,03b 65,44b 94,38a
DMS: 3,10 Média: 94,18 110,75 108,94 89,63 69,20 94,54 1,75
FV (%)
HEINZ 9553 7,43a 7,60a 8,86a 9,80a 16,33a 10,02a
BRS SENA 7,56a 10,1b 13,40b 13,67b 23,60b 14,48b
DMS: 1,26 Média: 7,49 8,88 11,13 13,78 19,96 12,25 9,30
FP (%) HEINZ 9553
BRS SENA
22,58a
23,16a
20,11a
20,41a
16,59a
18,21a
13,60a
15,91b
9,23a
12,65b
16,42a
18,07a
DMS: 1,97 Média 22,87 20,26 17,40 14,76 10,94 17,24 6,00
TFF (%) HEINZ 9553
BRS SENA
51,50b
59,75a
60,29b
68,80a
66,07a
61,07b
58,55a
56,04b
47,36a
43,36b
56,76a
57,81a
DMS: 1,21 Média 55,63 64,55 63,57 57,30 45,36 57,28 1,25
EUA (kg mm) HEINZ 9553
BRS SENA
171,01b
188,46a
192,67b
230,03a
226,58a
189,21b
174,09a
168,00b
139,23a
124,88b
180,1a
180,7a
DMS: 5,91 Média 179,75 211,35 207,90 171,05 132,05 180,42 1,75
SST (0Brix) HEINZ 9553
BRS SEA
4,85b
4,95a
4,80b
5,00a
4,80b
5,03a
4,80b
5,00a
4,95b
5,05a
4,84b
5,01a
DMS: 0,054 Média 4,90 4,90 4,91 4,90 5,00 4,92 1,75
1Médias seguidas pela mesma letra na coluna, para a mesma característica avaliada,
não diferem entre si, pelo teste de Tukey, p < 0,05. DMS: Diferença Mínima
Significativa. CV coeficiente de variação.(means followed by the same letter in the
column ,For the same characteristic evaluated do not differ from each other, Tukey test,
p<0.05 (DMS) Minimum significant difference (CV) Coefficient of Variation.
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Figura 2 – Regressões lineares e quadráticas das variáveis em função dos intervalos de irrigação:
(A) Produtividade Total, (B) Frutos Verdes e Frutos Podres, (C) Transformação flor fruto, (D)
Eficiência no uso da água. Linear regressions and quadratic means of variables in function
of irrigation intervals: (A),Total productivity (B) Green fruits and Rotten fruit, (C)
Processing flower fruit, (D) Efficiency in the use of water. Morrinhos, Instituto Federal
Goiano, 2015.