interações medicamentosas

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS AMOUNI M. MOURAD ASSESSORA TÉCNICA- CRF 2012 http://momentosaudeufpel.blogspot.com.br/2011/11/o-que-e-interacao-medicamentosa.html

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Page 1: Interações Medicamentosas

INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS

AMOUNI M. MOURADASSESSORA TÉCNICA- CRF

2012

http://momentosaudeufpel.blogspot.com.br/2011/11/o-que-e-interacao-medicamentosa.html

Page 2: Interações Medicamentosas

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

“ É modificação que sofre a ação de um fármaco ou medicamento pela presença

simultânea de outro ou outros medicamentos,substâncias fisiológicas ou substâncias exógenas não

medicamentosas no organismo ”.

LINARES BORGES et al. Acta Farm. Bonaerense 21 (2) : p. 139-48, 2002

farmacotecnico.blogspot.com

Page 3: Interações Medicamentosas

� VANTAGENS�AUMENTAM OS EFEITOS TERAPÊUTICOS OU

REDUZEM A TOXICIDADE DAS DROGAS

� DESVANTAGENS�CAUSAM REAÇÕES ADVERSAS, DIMINUEM OU

AUMENTAM AÇÕES DOS MEDICAMENTOS OUPROVOCAM NOVAS DOENÇAS

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

http://corpoacorpo.uol.com.br/dieta/nutricao/tomar-mais-de-um-remedio-por-vez-pode-ser-prejudicial-a-saude/confira-algumas-interacoes-medicamentosas-perigosas/1415/2

Page 4: Interações Medicamentosas

INTERAÇÕES POR FATORES LIGADOS

AO PACIENTE

Page 5: Interações Medicamentosas

FATORES RELACIONADOS COM O PACIENTE

� ESTADOS PATOLÓGICOS

� FUNÇÃO RENAL

� FUNÇÃO HEPÁTICA

� NÍVEL SÉRICO DE PROTEÍNAS

� pH URINÁRIO

� FATORES ALIMENTARES

� IDADE

� ALTERAÇÕES NA MICROBIOTA INTESTINAL

Page 6: Interações Medicamentosas

FATORES RELACIONADOS COM A ADMINISTRAÇÃO DAS DROGAS

• SEQUÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO

• VIA DE ADMINISTRAÇÃO

• DURAÇÃO DA TERAPIA

• DOSAGEM

Page 7: Interações Medicamentosas

Profa. Márcia Aparecida Antônio

Page 8: Interações Medicamentosas

Tipos de interações Medicamentosas

Considerando o mecanismo de ação podemosclassificar as interações em:

a) Físico-químicas

b) Farmacocinéticas

c) Farmacodinâmicas

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAjBUAE/interacoes-medicamentosas#

Page 9: Interações Medicamentosas

FISICO - QUÍMICAS

Os fármacos podem interagir quando misturados em infusão

venosa, frascos ou seringas. Nesse caso, duas ou mais

substâncias podem reagir entre si, por mecanismos

puramente físico-químicos.

Quando a interação resulta em inativação ou diminuição da

atividade de um ou mais fármacos dizemos que se trata de

incompatibilidade farmacêutica .

http://www.iep-al.com.br/extensao-em-administracao-de-medicamentos/

Page 10: Interações Medicamentosas

FISICO - QUÍMICAS

Quando a interação resulta em inativação ou

diminuição da atividade de um ou mais fármacos

dizemos que se trata de incompatibilidade

farmacêutica.

http://www.iep-al.com.br/extensao-em-administracao-de-medicamentos/

Page 11: Interações Medicamentosas

São interações físico-químicas que ocorrem quando dois ou maismedicamentos são administrados na mesma solução ou misturadosno mesmo recipiente e o produto obtido é capaz de inviabilizar aterapêutica clínica.

REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO:� atropina + permanganato

� vitamina C + sulfato ferroso

REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO:� tetraciclina + cátions

ADSORÇÃO:� carvão ativado + alcalóides

Page 12: Interações Medicamentosas
Page 13: Interações Medicamentosas

Entre as principais interações físico- químicas temos:

a) Reações de precipitação – Ex.: tetraciclina e cálcio

presente no leite ou esse antibiótico e antiácidos

contendo sais de alumínio ou magnésio.

http://farmacovigilanciahospitalar.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html

Page 14: Interações Medicamentosas

b) Presença de um solvente inativante

A utilização de determinado solvente pode solubilizar

determinado fármaco e inativar outro como o caso de

catecolaminas que são oxidadas quando introduzidas

em determinadas soluções para o uso intravenoso

http://esclerosemultipla.wordpress.com/category/qualidad

e-de-vida/

Page 15: Interações Medicamentosas

c) Alterações de pH – Os efeitos de um fármaco de caráter ácido

pode ser anulado ou inibido por outro fármaco básico, e vice-versa;

além disso, há também medicamentos que, com a mudança de pH,

podem deixar de ser solúveis, como no caso da diminuição da

solubilidade do fosfato de cálcio devido o aumento de pH da

solução, precipitando assim como um sal insolúvel.

http://dagmarvulpi.blogspot.com/2011/10/doenca-do-refluxo-gastroesofagico-drge.html

Page 16: Interações Medicamentosas

d) Inativação pelo agente conservante – Pode ocorrer de

um agente conservante utilizado em uma solução

causar inativação de outro medicamento presente,

como no caso do bissulfito de sódio, utilizado em

nutrições parenterais, que inativa a penicilina e a

tiamina.

http://alimentacaopreciosa.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html

Page 17: Interações Medicamentosas

e) Reações de foto-oxidação – Alguns antineoplásicos,

como a doxurrubicina devem ser administrados em

equipos escuros

http://www.cirucam.com.br/index.php/descartaveis/equipo/equipo-macrogotas-

fotossensivel-k401-bomb-inf.html

Page 18: Interações Medicamentosas

Além desses mecanismos, podem ocorrer interações

físico-químicas pela adsorção de fármacos às superfícies

plásticas ou de vidro dos equipamentos utilizados na

farmácia ou mesmo em embalagens.

No entanto, existem interações físico-químicas que são

utilizadas para fins terapêuticos.

http://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/variaveis_quimicas.htm

Page 19: Interações Medicamentosas

Carvão ativo que adsorve alcalóides, sendo útil na intoxicação

desses fármacos;

Vitamina C que associada a compostos de ferro aumenta a

absorção desse metal.

EXEMPLOS DE INTERAÇÕES FISICO - QUIMICAS ÚTEIS

http://www.oaventureiro.com.br/2012/05/carvao-ativado-socorro-

milagroso.html

http://www.lojavidanatural.com.br/index.php?route=product/product&product_id=786

Page 20: Interações Medicamentosas

Na intoxicação por heparina, o sulfato de protamina forma um

complexo insolúvel com heparina inativando-a.

http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/ciencias/2000024/lecci

ones/cap01/01_01_06.htm

http://www.pacientegrave.com/2012/04/protamina-guia-pratico-para-as-duvidas.html

http://portuguese.alibaba.com/products/edt

a-chelated-magnesium.html

EXEMPLOS DE INTERAÇÕES FISICO - QUIMICAS ÚTEIS

Page 21: Interações Medicamentosas

O EDTA é um composto orgânico que age como ligante polidentado,formando complexos muito estáveis com diversos íons metálicos.Devido a isso, é usado como preservante do sangue, pois "inativa"os íons de cálcio, que promovem a coagulação sanguínea. Estahabilidade de complexar e assim "inativar" íons metálicos é tambémusada como antídoto para envenenamento por chumbo.

http://imagens.tabelaperiodica.org/amostra-de-chumbo/

http://dentala2z.co.uk/19-EDTA-Gel-19-EDTA-Solucao-35g-30-mL

EXEMPLOS DE INTERAÇÕES FISICO - QUIMICAS ÚTEIS

Page 22: Interações Medicamentosas

Interações farmacocinéticas

1. Absorção

2. Distribuição

3. Metabolismo

4. Eliminação

Page 23: Interações Medicamentosas

Interações Farmacocinéticas

Efeito de primeira

passagem

Gradiente de pH

Estômago 1-3

Intestino 6-9

Page 24: Interações Medicamentosas

http://www7.uc.cl/sw_educ/enfermeria/viaparenteral/html/contenidos/valoracion.html

FARMACOCINÉTICA

Page 25: Interações Medicamentosas

A farmacocinética é o estudo quantitativo dos processos de:

• absorção,

• distribuição,

• biotransformação

• excreção de fármacos.

Muitos fatores podem interferir em cada um desses processos,

alterando a eficácia dos medicamentos.

http://www.pesquisamundi.org/2008_06_01_archive.ht

ml

Page 26: Interações Medicamentosas

ABSORÇÃO

“Correspondem a interações que ocorrem no momento

da administração dos fármacos e estão relacionadas com

sua passagem para a corrente sangüínea ou linfática”

Page 27: Interações Medicamentosas

ABSORÇÃO GASTRINTESTINAL

Etapas da digestão:http://jerriribeiro.vilabol.uol.com.br/jrgastro.html

A digestão começa de modo mecânico com a mastigação e, ainda na boca, se tornaquímica com a ptialina (amilase salivar) desdobrando o amido. A deglutição podeser voluntária ou involuntária (reflexo medular que relaxa a musculatura paraengolir). Começa o peristaltismo levando o bolo alimentar até o esfincteresofagiano que relaxa para permitir a passagem.

http://www.proctogastro.com.br/novo/index.php?option=com_cont

ent&view=article&id=98&Itemid=123

Page 28: Interações Medicamentosas

ABSORÇÃO GASTRINTESTINAL

No estômago somente as proteínas são digeridas e ocorre a formação do quimoque é uma massa líquida ácida (pH = 1,5). Há um movimento de segmentação quesão contrações isoladas sem propagação para misturar o alimento com o sucogástrico e entrar em contato com a mucosa. O quimo invade o intestino delgadoatravés do esfíncter antro-pilórico.

http://www.presenteparahomem.com.br/o-corpo-humano-anatomia-e-funcoes-do-estomago/

Page 29: Interações Medicamentosas

ABSORÇÃO GASTRINTESTINAL

No intestino delgado, através do canal de Odi, chega o suco pancreático

(proteases, amilases e lipases) e os sais biliares (fígado). Há a formação do muco

(bicarbonato de sódio) para neutralizar a acidez do quimo. Aqui ocorre a

absorção dos macronutrientes (lipídios e carboidratos). O bolo passa pelo

esfíncter ilío-cecal e entra na porção ascendente do intestino grosso (cólon),

começa a absorção hídrica mudando a sua consistência. Forma-se o bolo fecal

que se armazena na ampola retal passando pelo esfíncter anal interno, sendo

liberado através do relaxamento voluntário do esfíncter anal externo.

http://tolerandoasintolerancias.blogspot.com.br/

Page 30: Interações Medicamentosas

Medicamentos: ácido valpróico,

alendronato, ampicilina, clorpromazina

azitromicina, venlafaxina, omeprazol, paracetamol,

salicilatos,trazodona.

Diminuição ou retardo da absorção gastrintestinal

Uma dieta composta por

carboidratos, proteína ou

lipídios pode gerar

retardo do esvaziamento

gástrico; complexação

diminuição do contato

com a mucosa. http://office.microsoft.com/pt-br/images/simbolos-CM079001935.aspx#ai:MP900402780|

Page 31: Interações Medicamentosas

Leite e laticínio, hortaliças, frutas, legumes,

interagem promovendo oaumento do pH gástrico,complexação e diminuição dasolubilidade com:alendronato, ciprofloxacino,rifampicina, tetraciclina, zinco.

Alimento hiperlipídico

Através da diminuição da solubilidadeinteragem com:amprenavir, eritromicina (estearato),moexipril(anti-hipertensivo), voriconazol

(antifúngico).

http://espacogourmetpiracicaba.blogspot.com.br/2010_12_01_archive.html

http://nutricorpo.blogspot.com.br/2009/01/dieta-hiperlipdica-pode-afetar-o-relgio.html

Page 32: Interações Medicamentosas

interação com alimentoshiperglicídicos através dadiminuição dapermeabilidade da mucosaintestinal por interferênciados grupos alcoólicos dosglicídios.

Moexipril= IECAParacetamol= tylenol®teofilina = aminofilina

Interação com alimentos hiperprotéicos, através do aumento da competição com os aminoácidos pelo transporte na mucosa intestinal

levodopa = antiparkinsoniano

metildopa= antihipertensivo

http://www.nutricaoexercicio.com/2011/01/dieta-da-proteina.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Alde%C3%ADdo_glic%C3%A9rico.JPG

http://terapeutaquantico.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html

Diminuição ou retardo da absorção gastrintestinal

Page 33: Interações Medicamentosas

Aumento ou aceleração da absorção gastrintestinal

Lipídios,proteínas glicídios

interagem com osseguintesmedicamentos

carbamazepina, clorotiazida, diazepam, eritromicina espironolactona, fenitoína, isotretinoína(anti-acne), labetalol, propranolol, sertralina,

http://interacmedicamentosa.blogspot.com.br/2010/08/amicacina-x-vancomicina.html

Page 34: Interações Medicamentosas

Alimentos com alto teor lipídico interagem com

Pode ocorrer oaumento daexcreção da bílis;aumento daformação demicélio; aumentoda solubilidade.

albendazol,

Eletriptana (anti-enxaqueca),

griseofulvina,

lopinavir,

mebendazol,

nitrendipino(antihipertensivo)

pivampicilina,

teofilina.

http://www.meunutricionista.com.br/noticias.exibir.php?id=2158

http://www.vivaolinux.com.br/dic

a/Desenhando-uma-seta-

brilhante-no-Inkscape

http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-

royalty-free-setas-3d-metlicas-douradas-e-

do-cromo-image9819476

Aumento ou aceleração da absorção gastrintestinal

Page 35: Interações Medicamentosas

Alimentos com alto teor de proteínas interagem com: hidralazina, labetalol, metoprolol.

Pode ocorrer diminuição da eliminação pré-sistêmica.

Eliminação pré-sistêmica: é todo e qualquer processo que diminua aquantidade de droga antes de atingir a circulação. Ex: inativação por sucogástrico, inativação enzimática, primeiro passo metabólico.

Primeiro passo metabólico (ou eliminação de primeira passagem), éatribuída à passagem da droga pelo fígado e sua conseqüentebiotransformação, diminuindo assim, a quantidade de fármacoadministrado que chega até a circulação.

Aumento ou aceleração da absorção gastrintestinal

Page 36: Interações Medicamentosas

Absorção

Envolvem mecanismos decorrentes de:� alterações no esvaziamento gástrico

�modificações na motilidade gastrointestinal

�formação de quelatos e precipitados, interferênciacom transporte ativo

�ruptura de micelas lipídicas

�alteração do fluxo sanguíneo portal

�efeito de primeira passagem hepático e intestinal

Page 37: Interações Medicamentosas

Consequências das interações de absorção

a) aumento na absorção do fármaco com elevação de seuefeito farmacológico e risco de toxicidade.

b) redução na velocidade de absorção do fármaco erepercussão na sua eficácia terapêutica, decorrentesde alterações no pico de concentração plasmática,tempo para atingir o pico de concentração e área sob acurva.

Page 38: Interações Medicamentosas

Antiácidos x Glicocorticóides

Alguns pacientes apresentaram a diminuição de até 40 % e 75% nabiodisponibilidade oral da Prednisona1 e Dexametasona2respectivamente.1URIBE, M et al. Gastroenterology, v. 80, 1981. p. 661.

2NAGGAR, VF et al. J. Pharm. Sci., v. 67, 1978. p. 1029.

Antiácidos x Bifosfonatos (Alendronato; Pamidronato; Etidronato; Residronato; Tiludronato)Fabricantes de vários derivados Bifosfonatos advertem que antiácidos e medicamentos contendo cátions bivalentes interferem em sua absorção.Fosamax . West Point, P.A.: Merck & Co., Inc., 1995.

Profa. Márcia Aparecida Antônio

Page 39: Interações Medicamentosas

Antiácidos x IECA

Foi relatada a diminuição de aproximadamente 33 % dabiodisponibilidade do Captopril (1) e do Fosinopril(2) quandoadministrados concomitantemente com MgCO3, Al (OH)3 eMg(OH)2.

Interações podem ser minimizadas através da administração doIECA 2 h antes ou após o agente antiácido (3).

1MANTYLA, R et al. Int. J. Clin. Pharmacol. Ther. Toxicol., v. 22, 1984. p. 629.2MOORE, L et al. J. Clin. Pharmacol., v. 28, 1988. p. 946.3BACHMANN, K.A. et al. Interações Medicamentosas. 2ª ed., 2006. p. 358.

Profa. Márcia Aparecida Antônio

Page 40: Interações Medicamentosas

Interações de drogas em locais de absorção

Mecanismo proposto: Formação de complexos, quelação e adsorção

Droga que sofre o efeito Droga que produz o efeito

Diflunisal AntiácidosDigoxina Antiácidos, carvãoFenobarbital e Fenitoína Carvão ativadoClorotiazida ColestiraminaCefalexina ColestiraminaTetraciclina AntiácidosTeofilina Carvão ativado

Page 41: Interações Medicamentosas

FORMAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS INSOLÚVEIS

TETRACICLINA , ÁCIDO SALICÍLICO +

ALUMÍNIO, CÁLCIO, MAGNÉSIO, BISMUTO, FERRO E ZINCO

WARFARINA, DIGOXINA + COLESTIRAMINA

Page 42: Interações Medicamentosas

• Mecanismo proposto: alteração do pH do estômago

Importância clínica pequena

• Droga que sofre o efeito Droga que produz o efeito

Cimetidina Antiácidos

Cetoconazol Cimetidina

Tetraciclinas Cimetidina

C R F – S P

Page 43: Interações Medicamentosas

Interações de drogas em locais de absorção

Mecanismo proposto: Alterações na motilidade gástrica

Aumento da motilidade

• Droga que sofre o efeito Droga que produz o efeito

acetaminofeno Metoclopramida

álcool Metoclopramida

clorotiazida Metoclopramida

digoxina Metoclopramida

C R F – S P

Page 44: Interações Medicamentosas

Redução da motilidade

Droga que Droga que sofre o efeito produz o efeito

Propranolol Antiácidos

Acetaminofeno Propantelina

Álcool Propantelina

Clorotiazida Propantelina (pazolini)

Acetaminofeno Analgésicos narcóticos

Page 45: Interações Medicamentosas

Medicamentos:

ácido valpróico, alendronato, ampicilina, antipsicóticosfenotiazínicos (clorpromazina), azitromicina, venlafaxina,

omeprazol, paracetamol, salicilatos, trazodona.

Uma dieta composta por carboidratos, proteína ou lipídios pode gerar retardo do esvaziamento gástrico; complexação

diminuição do contato com a mucosa.

Diminuição ou retardo da absorção gastrintestinal

Page 46: Interações Medicamentosas

Leite e laticínio, hortaliças, frutas, legumes, interagem promovendo o aumento do pH gástrico, complexação e

diminuição da solubilidade com: alendronato, ciprofloxacino, rifampicina, tetraciclina, zinco.

Alimento hiperlipídico, através da diminuição da solubilidade interagem com amprenavir, eritromicina

(estearato), moexipril (anti-hipertensivo), voriconazol(antifúngico).

Page 47: Interações Medicamentosas

Indinavir, moexipril, paracetamol, teofilina interagem o alimentos hiperglicídicos através da diminuição da

permeabilidade da mucosa intestinal por interferência dos grupos alcoólicos dos glicídios.

levodopa, metildopa, interagem com alimentos hiperprotéicos, através do aumento da competição com os aminoácidos pelo

transporte na mucosa intestinal

Diminuição ou retardo da absorção gastrintestinal

Page 48: Interações Medicamentosas

Complexação:

Os alginatos, pectinas e mucinas com os anticolinérgicos, anti-hipertensivos, estreptomicina, lincomicina.

Diminuição ou retardo da absorção gastrintestinal

Page 49: Interações Medicamentosas

Aumento ou aceleração da absorção gastrintestinal

Os lipídios, proteínas e glicídios interagem com osseguintes medicamentos: carbamazepina, cefpodoxima,clorotiazida, diazepam, eritromicina espironolactona,fenitoína, hidroclorotiazida, isotretinoína (anti-acne),labetalol, propranolol, sertralina, valganciclovir, ziprasidona(antipsicótico).

Page 50: Interações Medicamentosas

Alimentos com alto teor lipídico interagem com albendazol, efavirenz(antiviral), eletriptana(anti-enxaqueca), griseofulvina,

lopinavir, mebendazol, nitrendipino(anti-hipertensivo), pivampicilina, ritonavir, teofilina.

Pode ocorrer o aumento da excreção da bílis; aumento da formação de micélio; aumento da solubilidade.

Aumento ou aceleração da absorção gastrintestinal

Page 51: Interações Medicamentosas

Alimentos com alto teor de proteínas interagem com: hidralazina, labetalol, metoprolol.

Pode ocorrer diminuição da eliminação pré-sistêmica.

Aumento ou aceleração da absorção gastrintestinal

Page 52: Interações Medicamentosas

O lítio pode interagir com alimentos glicídicos, protéicos ou lipídicos.

Podendo ter como efeito: retardo do esvaziamento gástrico; não provoca diarréia.

Alerta: o lítio em jejum provoca diarréia pelo aumenta do peristaltismo.

Aumento ou aceleração da absorção gastrintestinal

Page 53: Interações Medicamentosas

A cinética dos fármacos, principalmente quanto aos

processos de absorção e biotransformação variam muito de

indivíduo para indivíduo.

http://dc197.4shared.com/doc/EcMIQDDx/preview.html

Page 54: Interações Medicamentosas

A concentração plasmática de um fármaco pode ser reduzida

quando ocorre diminuição na absorção ou aumento na

biotransformação.

Essa redução pode determinar a concentração do fármaco

abaixo do nível plasmático efetivo, prejudicando dessa

maneira a eficácia terapêutica.

http://nayfarias.blogspot.com.br/2010/08/importancia-do-sodio-para-esportistas.html

Page 55: Interações Medicamentosas

Quando o inverso ocorre, ou seja, uma inibição na

biotransformação pode-se alcançar concentrações tóxicas

no plasma.

Page 56: Interações Medicamentosas

Essas variações são fundamentais, principalmente quando

são administrados fármacos com índices terapêuticos

baixos, como no caso da digoxina, onde pequenas variações

na concentração plasmática podem determinar intoxicação

Page 57: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

Diversos estudos mostram uma forte correlação entre a

concentração plasmática do fármaco e seus efeitos

farmacológicos.

Quanto mais rápida a absorção, mais rápido é atingido o nível

plasmático efetivo, portanto mais rápido será atingido o efeito

farmacológico.

Page 58: Interações Medicamentosas

Os parâmetros mais importantes na absorção são a

concentração plasmática máxima do fármaco ( Cmax ) e o

tempo decorrido para se atingir essa concentração máxima

( Tmax).

Vários são os fatores que podem alterar esses parâmetros,

principalmente quando a administração do fármaco é oral :

Page 59: Interações Medicamentosas

a) pH do trato digestório – Vários fármacos são inativados

pelo pH do estômago como heparina, insulina e penicilina

natural.

O pH do trato digestório é um fator importante na

determinação da absorção.

Fármacos ácidos são mais absorvidos em meio ácido, assim

como fármacos básicos são melhores absorvidos em pH

alcalino.

Page 60: Interações Medicamentosas

b) Interações entre fármacos no trato digestório – temos

muitos exemplos de interações droga-droga no sistema

digestório. Ex.: presença de hidróxido de alumínio (antiácido)

reduz a absorção de vários fármacos como clorpromazina,

digoxina, propranolol e tetraciclinas.

Page 61: Interações Medicamentosas

Penicilinas e cefalosporinas reagem com grupo amino dos

aminoglicosídeos inativando esses fármacos; colestiramina e

colestipol (antilipêmicos) formam complexos insolúveis com

antidepressivos, neurolépticos, digitálicos e anticoagulantes

orais.

Page 62: Interações Medicamentosas

c) Agentes quelantes – Sais de alumínio ou magnésio podem

formar complexos insolúveis com fármacos quelantes como

as tetraciclinas diminuindo a absorção.

Page 63: Interações Medicamentosas

d) Velocidade do esvaziamento gástrico - Sabemos, como

estudado anteriormente, que substâncias de natureza ácida

como o ácido acetil salicílico e a fenilbutazona iniciam sua

absorção no estômago ( pH ácido), enquanto as básicas são

absorvidas em maior extensão no intestino.

Page 64: Interações Medicamentosas

Embora o pH tenha um efeito importante na absorção de

fármacos o fator mais determinante é a vascularização do

duodeno.

Dessa maneira, tanto fármacos ácidos quanto básicos são

absorvidos em grande extensão nesse local.

Assim, a redução do esvaziamento gástrico retarda a

absorção, enquanto que o aumento do esvaziamento

aumenta a absorção.

Page 65: Interações Medicamentosas

Ex.: anticolinérgicos que diminuem o peristaltismo, reduzem o

esvaziamento gástrico e retardam a absorção de muitos

fármacos, como por exemplo, benzodiazepínicos.

Por outro lado, a metaclopramida, que aumenta o

esvaziamento gástrico aumenta a absorção de vários

fármacos.

A utilização desse medicamento em associação com

analgésicos é feita de maneira vantajosa em formulações para

enxaqueca.

Page 66: Interações Medicamentosas

e) Alterações no tono da musculatura lisa intestinal,

esfíncteres íleopilórico e ileocecal - Como exemplo podemos

citar os hipnoanalgésicos, como morfina,que aumentam o

tono da célula muscular lisa do intestino diminuindo o

peristaltismo e portanto a absorção de muitos fármacos.

Page 67: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO

a) Ligação com proteínas plasmáticas

O fator mais importante que pode alterar a distribuição é a ligação

do fármaco com proteínas plasmáticas.

Os fármacos ácidos tem maior afinidade com a albumina enquanto

que os básicos se ligam em maior extensão a lipoproteínas,

principalmente a α –glicoproteína.

Page 68: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO

Ex.: o anticoagulante varfarina tem elevada afinidade pela

albumina, quando administrado simultaneamente com

fenilbutazona, cuja afinidade por essa proteína é ainda maior,

ocorre o deslocamento do varfarina da proteína, elevando a

concentração plasmática do fármaco livre .

Page 69: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO

b) Ligação com proteínas teciduais

Alguns fármacos têm afinidade por determinados tecidos

estabelecendo verdadeiros depósitos. Ex.: digoxina liga-se em grande

extensão a proteínas do músculo estriado esquelético. O

deslocamento desse fármaco aumenta a fração livre circulante no

plasma , podendo determinar intoxicação.

Page 70: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO

c) Alterações no fluxo sanguíneo- Determinados

fármacos promovem aumento do fluxo sanguíneo do

trato digestório aumentando a absorção. Ex.:

propranolol.

Page 71: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA ELIMINAÇÃO

A eliminação de fármacos no organismo compreende os

processos de biotransformação e excreção.

A velocidade de eliminação para a maioria dos fármacos segue

processo de primeira ordem.

Portanto, o grau de eliminação é proporcional à concentração

no sangue naquele momento e é representado pelo constante

de eliminação (Ke).

Page 72: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA ELIMINAÇÃO

Outro parâmetro farmacocinético importante é o tempo de

meia-vida (t1/2 ), que representa o tempo necessário para

reduzir à metade a concentração de um fármaco, a partir de

um dado momento.

A partir do conhecimento do tempo de meia-vida pode-se

determinar um esquema posológico racional para a

administração do fármaco.

Page 73: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

A velocidade de biotransformação de um fármaco pode ser

afetada por dois mecanismos básicos: indução e inibição

enzimática.

O sistema enzimático mais importante para a

biotransformação de fármacos é o sistema de oxidase mista

conhecido por sistema P-450, ligado a fosfolipídios de

membrana do retículo endoplasmático liso.

Page 74: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

O citocromo P-450 é uma hemoproteína, trata-se de um

complexo enzimático onde atualmente são conhecidos cerca

de 50 isoformas de enzimas que compõem esse sistema. Essas

isoformas são agrupadas em grandes famílias e sub-famílias.

Page 75: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

Ex: CYP3A2 significa isoenzima 2 pertencentes à família 3 e

subfamília A.

As famílias de genes 1, 2, 3, e 4 reúnem as isoenzimas

hepáticas e extra-hepáticas envolvidas na fase I da

biotransformação.

Page 76: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

Atualmente são conhecidas muitas substâncias indutoras

enzimáticas, onde se destacam os anticonvulsivantes e

barbitúricos. Ex.: carbamazepina (anticonvulsivante) pode

reduzir as concentrações plasmáticas de anticoncepcionais

estrogênicos diminuindo os efeitos terapêuticos desses

fármacos .

Page 77: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

Por outro lado, a inibição enzimática determina maior

concentração do fármaco no plasma, podendo atingir níveis

tóxicos. Entre os inibidores se destaca a cimetidina

(antiulceroso) que interage com um grande número de

fármacos.

Page 78: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

Ex.: o uso simultâneo de cimetidina e fenitoína pode

determinar um quadro grave de intoxicação pela fenitoína,

uma vez que são atingidos níveis tóxicos desse fármaco devido

à inibição enzimática exercida pela cimetidina.

Page 79: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

Sempre é importante lembrar que a indução ou inibição é

feita sempre em isoformas determinadas do citocromo P-450

e não em todas as enzimas que compõe esse sistema

enzimático. Assim, como exemplo podemos citar a fluoxetina

(antidepressivo) que inibe a fração CYP2C19.

Page 80: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA BIOTRANSFORMAÇÃO

Desta forma, a administração simultânea desse fármaco com

outros antidepressivos que também utilizam essas isoenzimas

no processo de biotransformação, como o citalopram,

imipramina, clomipramina, elevam as concentrações

plasmáticas desses fármacos. Esse aumento pode levar a

intoxicação grave sendo classificada como perigosa, portanto

devendo ser evitada.

Page 81: Interações Medicamentosas

Biotransformação

“Correspondem a interações que ocorrem durante ametabolização dos fármacos e estão relacionadas coma alteração de sua eliminação pelo organismo”

Page 82: Interações Medicamentosas
Page 83: Interações Medicamentosas

Alterações na biotransformação

Medicamento: acenocumarol, anisindiona, dicumarol, fenindiona, femprocumona, varfarina.

Alface, alga marinha, batata, beterraba, brócolis, carne vermelha, cenoura, couve, ervilha, espinafre, fígado, germe de trigo, lentilha,

nabo, rabanete, repolho, soja.

Efeito: antagonismo na síntese hepática dos fatores dacoagulação vitamina K-dependentes

diminuição da eficácia anticoagulante.

Page 84: Interações Medicamentosas

Metabolismo

* É conseqüente do aumento ou da diminuição da

velocidade de biotransformação de um ou de ambosos fármacos.

* Estão ligadas aos processos de indução ou inibição

enzimática de sistemas metabolizadores que podemacarretar alterações na meia-vida plasmática na suaconcentração de equilíbrio no plasma.

Page 85: Interações Medicamentosas

Interações provocadas por alteração do metabolismo das drogas

Mecanismo proposto: indução enzimática

Droga induzida Droga indutoraCimetidina FenobarbitalDiazepam FenitoínaAnticoagulantes orais Carbamazepina, alcool crônicoPentobarbital Etanol crônicoTeofilina Rifampicina

Acetaminofeno contraceptivos orais

C R F – S P

Page 86: Interações Medicamentosas

Mecanismo proposto: inibição enzimática

Droga que provoca inibição Droga inibida

Alopurinol Mercaptopurina

Amiodarona Fenitoína, quinidina, Warfarina

Cloranfenicol Carbamazepina, Fenobarbital,

Fenitoína, anticoagulantes

Clorpromazina Fenitoína e propranolol

Cimetidina Amitriptilina, Benzodiazepínicos, Fluoxetina

Page 87: Interações Medicamentosas

Excreção

“Correspondem a interações que ocorrem durante aeliminação do fármaco do organismo e estãorelacionadas com a alteração do tempo de suapermanência no organismo”

Page 88: Interações Medicamentosas

Excreção

Envolve as vias de eliminação dosfármacos como o rim, o fígado, ointestino e o pulmão.

Page 89: Interações Medicamentosas

Excreção

�Os mecanismos que mais se destacam estãorelacionados ao efeito de um fármaco/alimentosobre a secreção tubular e subseqüente excreção dooutro

�Alterações do pH urinário que modificam aeliminação de um dos fármacos e alimento

�Aumento de volume urinário eliminando osfármacos filtráveis em maior quantidade.

Page 90: Interações Medicamentosas

Os efeitos farmacológicos de uma droga dependem tanto de suaabsorção quanto de sua excreção eficiente.

Tanto a excreção renal quanto a excreção biliar podem ser afetadaspelo conteúdo da dieta ou ainda por algumas condições nutricionais.

A deficiência de sódio, por exemplo, leva a uma reabsorçãoaumentada deste sal e simultaneamente de carbonato de lítioelevando o potencial tóxico do lítio, o que pode ser revertido pelasuplementação de sódio ou maior ingestão de líquidos.

Os efeitos dos nutrientes na excreção renal de drogas é maisproeminente em drogas de espectro terapêutico limitado.

Page 91: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA EXCREÇÃO

Considerando a excreção renal, podemos destacar vários

mecanismos envolvidos nas interações de fármacos ;

a) pH da urina – Ex.: a excreção renal de barbitúricos (caráter

ácido) pode ser aumentada mediante a alcalinização da urina

com bicarbonato de sódio. No entanto, outras substâncias

que acidificam a urina dificultam a excreção desse fármaco.

Page 92: Interações Medicamentosas

ALTERAÇÕES NA EXCREÇÃO

b) Competição por carregadores renais – Duas substâncias que

podem competir entre si, na secreção tubular, por

apresentarem afinidade às mesmas proteínas transportadoras.

Ex.: probenecide, que compete pelo mesmo carregador que

excreta a penicilina. A associação de probenecide com

penicilina eleva diminui a excreção desse antibiótico.

Page 93: Interações Medicamentosas

REABSORÇÃO TUBULAR

ALCALINIZAÇÃO DA URINA⇒⇒⇒⇒ BICARBONATO ou LACTATO DE SÓDIO

ACIFICAÇÃO DA URINA⇒⇒⇒⇒ ÁCIDO ASCÓRBICO ou CLORETO DE AMÔNIA

Page 94: Interações Medicamentosas

FÁRMACO

ÁCIDOS• FENOBARBITAL

• SALICILATOS• FENILBUTAZONA

• ÁCIDO NALIDÍXICO• ACETAZOLAMIDA ( antiglaucomatoso,

anticonvulsivante, diurético)

BÁSICOS• ANFETAMINAS

• QUINIDINA• IMIPRAMINA

• AMITRIPTILINA• NICOTINA• MORFINA

EXCREÇÃO

NA URINA ÁCIDA NA URINA BÁSICA

DIMINUI AUMENTA

AUMENTA DIMINUI

Page 95: Interações Medicamentosas

Alterações na excreção renal

O alopurinol interage com alimentos com alto teor proteicoEfeito: aumento da reabsorção tubular renal do metabólitoativo, oxipurinol.

Os diuréticos poupadores de potássio [amilorida, canrenona,espironolactona, triantereno], interagem com passa de ameixa,banana, figo, germe de trigo, laranja.

Efeito: retenção de potássio; aumento do risco de hipercalemiagerando a debilibtação da condução cardíaca. (A manifestação maisprecose é o apiculamento das ondas T no eletrocardiograma, comaumento crescente do potássio pode ocorrer fibrilação ventricular.Manifestações neuromusculares como parestesias, fraqueza e paralisiaflácida ocorrem com menor freqüência.

.

Page 96: Interações Medicamentosas

Diuréticos de alça como a furosemida; diuréticos tiazídicos como: clorotiazida, clortalidona, hidroclorotiazida, interagem Alimento salgado: carne, embutidos, peixes, toicinho.

Efeito: perda de potássio; retenção de líquidos; aumento do risco de hipocalemia (Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns. Também se observam, poliúria

polidipsia e obstipação; contudo, pode estar assintomático).

Alterações na excreção renal

Page 97: Interações Medicamentosas

A metenamina (sepurin®) interage com alimentos de caráter alcalino como vegetais, leite e derivados, frutas

Efeito: aumento do pH urinário; bloqueio da conversão metenamina em formaldeído; diminuição da eficácia

antibacteriana urinária.

Alterações na excreção renal

Page 98: Interações Medicamentosas

Medicamento (base fraca): amitriptilina (antidepressivo tricíclico), anfetamínicos, cloroquina, imipramina, meperidina, nortriptilina, quinidina, teofilina, tolazolina (vasodilatador).

Alimento ácido: ameixa, amendoim, carne, farináceo, fruto do mar, lentilha, milho, peixe, toicinho.

Efeito: diminuição do pH urinário;aumento da ionização;diminuição da reabsorção tubular renal;aumento da excreção renal.

(Aulus Conrado Basile)

Alterações na excreção renal

Page 99: Interações Medicamentosas

Interação

Farmacodinâmica

Page 100: Interações Medicamentosas

InteraçãoFarmacodinâmica

Sinergismo

de PotenciaçãoSinergismo

de Adição

Antagonismo

Farmacológico

Antagonismo

Fisiológico

Page 101: Interações Medicamentosas

Interações Farmacodinâmicas

“Correspondem a interações de fármacos

entre si para a produção de um

determinado efeito e estão relacionadas

com o mecanismo de ação dos mesmos,

aumentando sua eficácia”

Sinergismo

Page 102: Interações Medicamentosas

As interações medicamentosas classificadas como

farmacodinâmicas podem ocorrer em nível de receptores

farmacológicos ou envolver outros mecanismos. Do ponto de

vista didático podemos classificar essas interações em:

a) Sinergismo – Quando os fármacos associados promovem

efeitos semelhantes. Esse sinergismo pode ser por:

Interações Farmacodinâmicas

Page 103: Interações Medicamentosas

SINERGISMO:

• Adição - O efeito final é a soma dos efeitos individuais,

porém os fármacos envolvidos agem por mecanismos de

ação semelhantes. Ex.: ácido acetilsalicílico e dipirona,

ambos são analgésicos antipiréticos por inibição da

cicloxigenase.

Interações Farmacodinâmicas

Page 104: Interações Medicamentosas

SINERGISMO:

• Somação – O efeito final também é a soma dos efeitos

individuais, porém os fármacos envolvidos atuam por

mecanismos de ação diferentes. Ex.: ácido acetilsalicílico e

morfina, ambos atuam como analgésicos, porém o primeiro

atua por mecanismo periférico e o segundo por mecanismo

central

Interações Farmacodinâmicas

Page 105: Interações Medicamentosas

SINERGISMO:

• Potencialização – Quando o efeito final é maior do que a

soma dos efeitos individuais.

Ex.: benzodiazepínicos e álcool, onde a depressão do SNC é

maior na associação do que aquela causada pelos fármacos

individuais.

Interações Farmacodinâmicas

Page 106: Interações Medicamentosas

“Correspondem a interações de

fármacos entre si com conseqüente

redução de um determinado efeito e

estão relacionadas com o mecanismo

de ação dos mesmos, reduzindo a

eficácia do tratamento ou reações

adversas”

AntagonismoInterações Farmacodinâmicas

Page 107: Interações Medicamentosas

Antagonismo

De efeito

Farmacológico

Antidotismo

Fisiológico

Page 108: Interações Medicamentosas

b) Antagonismo - A redução do efeito de um fármaco causadapela presença de outro é denominado de antagonismo.Conforme o mecanismo envolvido o antagonismo pode ser:

Fisiológico – Quando dois fármacos atuando em receptoresdiferentes produzem efeitos farmacológicos opostos. Ex.:acetilcolina atuando em receptores próprios causam diminuiçãoda freqüência cardíaca; norepinefrina atuando em receptorespróprios aumentam a freqüência cardíaca.

Interações Farmacodinâmicas

Page 109: Interações Medicamentosas

ANTAGONISMO:

Farmacológico – A interação ocorre em nível de receptores . Esse tipo de antagonismo pode ser:

1) Competitivo reversível – agonista e antagonista competem

de forma reversível pelo mesmo receptor.

2) Competitivo irreversível – um dos fármacos estabelece

ligação irreversível com o receptor impedindo a ligação

com o agonista.

Interações Farmacodinâmicas

Page 110: Interações Medicamentosas

ANTAGONISMO:

3) Não competitivo – O antagonismo se estabelece em

nível de mecanismos intracelulares ( transdução do

sinal).

4) Químico - Ocorre diminuição do efeito farmacológico

devido a reações químicas entre os fármacos.

Interações Farmacodinâmicas

Page 111: Interações Medicamentosas

WARFARINA + FENILBUTAZONA ou CLOFIBRATO ⇒⇒⇒⇒ HEMORRAGIA

TOLBUTAMIDA + FENILBUTAZONA ou SALICILATOS ⇒⇒⇒⇒ COMA HIPOGLICÊMICO

TIROXINA + CLOFIBRATO ⇒⇒⇒⇒ HIPERTIROIDISMO

DIGOXINA + VERAPAMIL ou QUINIDINA ⇒⇒⇒⇒ INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA

FENITOÍNA + FENILBUTAZONA ⇒⇒⇒⇒ AUMENTO DOS NÍVEIS SÉRICOS DA FENITOÍNA

Page 112: Interações Medicamentosas

EXEMPLO DE

ANTAGONISMO

Page 113: Interações Medicamentosas

ANTAGONISMO

Acenocumarol, anisindiona, dicumarol, fenindiona, femprocumona,warfarina.

Alface, alga marinha, batata, beteraba, brócolis, carne vermelha,cenoura, couve, ervilha, espinafre, fígado, germe de trigo, lentilha,nabo, rabanete, repolho, soja.

Efeito: antagonismo na síntese hepática dos fatores da coagulaçãovitamina K-dependentes, promovendo diminuição da eficácia no usode anticoagulantes.

Page 114: Interações Medicamentosas

Antidepressivos: IMAO (tranilcipromina), procarbazina(antineoplásico), selegilina (antidiscinético),iproniazida (antidepressivo), moclobemida(antidepressivo), nialamida(antidepressivo), linezolida(antibacteriano), toloxatona (antidepressivo).

Alimento contendo tiramina: abacate, banana, carnese peixes defumados, chocolate, chucrute, carneenlatada e embutida, extrato de carne e galinha,fígado, iogurte, molho de soja, passa de uva, queijosfermentados maduros, vinho, cerveja.

Page 115: Interações Medicamentosas

�IMAO inibem as MAO localizadas nas terminações nervosas, nos intestinos e no fígado → responsáveis pela

degradação de catecolaminas e indoletilaminas(serotonina, histamina).

IMAO + drogas simpatomiméticas ou alimentos ricos em tiramina → liberação excessiva de NA → síndrome de

superatividade simpática → hipertensão severa, cefaléia, excitação, delírio, hiperpirexia, e arritmias cardíacas,

hemorragia subaracnóide e morte

Page 116: Interações Medicamentosas

� Como os IMAO inibem a MAO de forma irreversível esta interação

pode ocorrer mesmo após 20 dias de interrupção do fármaco

� Pacientes que recebem combinação de drogas serotoninérgicas (L-

triptofano, anfetamina, inibidores seletivos da recaptação de

serotonina, IMAOs, buspirona, lítio, ATC, petidina,

dextrometorfano, etc.) podem desenvolver a síndrome

serotoninérgica

� Esta síndrome é caracterizada por confusão, ataxia, febre, sudorese

abundante, calafrio, hiperreflexia, mioclonia ou diarréia poucos

minutos após administração das drogas

Page 117: Interações Medicamentosas

Interações medicamentosas que envolvem

neutralização química

Aminoglicosídeos X penicilinas

Protamina X Insulina

Antiácidos X Clorpromazina

Page 118: Interações Medicamentosas

PENICILINAS, CEFALOSPORINAS, FLOXACINAS + ANTI-ÁCIDOS = ↓

PENICILINAS + DIURÉTICOS POUPADORES DE K+ = HIPERCALEMIA

METRONIDAZOL, CEFALOSPORINAS + ÁLCOOL = síndrome aldeídica

Page 119: Interações Medicamentosas

+ BENZODIAZEPÍNICO = ↑↑↑↑ efeito sedativo+ ANTIÁCIDOS = ↓↓↓↓ absorção do antipsicótico+ ANTICONVULSIVANTES = ↓↓↓↓ níveis séricos do AP+ ANTIARRÍTMICOS = ↑↑↑↑ efeito depressor do miocárdio+ ANTICOLINÉRGICOS = ↑↑↑↑ efeito anticolinérgico+ ANTIDEPRESSIVOS = ↑↑↑↑ níveis séricos do AP+ ANTIHIPERTENSIVOS = ↑↑↑↑ efeito hipotensor+ CIMETIDINA = ↑↑↑↑ níveis séricos do AP+ ANFETAMÍNICOS,LEVODOPA, BROMOCRIPTINA = antagonismo+ LÍTIO = neurotoxicidade+ TABACO = ↓↓↓↓ níveis séricos do AP

ANTIPSICÓTICOS

Page 120: Interações Medicamentosas

BENZODIAZEPÍNICOS

INTERAÇÕES NÃO RELEVANTES:+ ANTICONCEPCIONAIS

+ BLOQUEADOR NEURO MUSCULAR+ ANESTÉSICO LOCAL+ ANTICOLINÉRGICOS

+ IMAO+ ANTIINFLAMATÓRIOS

+ HORMÔNIOS ESTEROIDAIS

INTERAÇÕES RELEVANTES:+ ANOREXÍGENOS = antagonismo

+ BLOQUEADORES BETA = ↓↓↓↓ depuração do BZD+ XANTINAS = ↓↓↓↓ efeito sedativo e ansiolítico

Page 121: Interações Medicamentosas

ANALGÉSICOS

AAS:+ ANTICOAGULANTES ORAIS = hemorragia+ ANTIDIABÉTICOS ORAIS = hipoglicemia+ CORTICÓIDES = efeitos ulcerogênicos

+ VALPROATO = toxicidade pelo valproato

PARACETAMOL:+ ÁLCOOL = hepatotoxicidade

+ ANTICONVULSIVANTES = hepatotoxidade

DIPIRONA:+ CUMARÍNICO = ↓↓↓↓ ação dos anticoagulantes

+ BARBITÚRICOS = ↓↓↓↓ efeito analgésico

+ ANTIÁCIDOS = ↓ ABSORÇÃO

Page 122: Interações Medicamentosas

APARELHO CARDIOVÁSCULORENAL

DIURÉTICOS: FUROSEMIDA+ AMINOGLICOSÍDEOS = ototoxicidade

+ COLESTIRAMINA = ↓↓↓↓ absorção dos diurético+ DIGITÁLICO = ↑↑↑↑ perda de potássio

+ LÍTIO = ↑↑↑↑ de 25 a 40% da concentração do lítio

HIPOTENSORES DE AÇÃO CENTRAL:ALFA-METILDOPA E CLONIDINA = deprimem o SNC

Page 123: Interações Medicamentosas

OBSERVAÇÕES RELEVANTES SOBRE OS ALIMENTOS

INTERAÇÕES COM ALIMENTOS

Page 124: Interações Medicamentosas

• Formação de quelantes

Tetraciclina

Quinolonas (cipro e norfloxacino)

� Adsorção -Colestiramina

� Formação de complexos

café ou chá

• Consequência

�cálcio, ferro,

�magnésio e zinco

�Cálcio,folacina

�vitamina B12

�Vitamina D e K

Flufenazina Haloperidol

Page 125: Interações Medicamentosas

• Taxa de difusão

Alimentos ricos em fibras

� Liberação

Refrigerantes

Sucos ácidos

• Consequência

Viscosidade e

� Taxa difusão

ex:furosemide e clorotiazida

Decomposição prematura das Drágeas

( ex: eritromicina droga sensível em presença de pH ácido)

C R F – S P

Page 126: Interações Medicamentosas

• Efeito do pH

pH � dissoluçãode drogas básicas

�pH hidrólise

• Consequência

�Taxa de absorção do indinavir

�Taxa de aborção da isoniazida

� Absorção do diclofenaco de sódio,penicilina G amoxicilina eritromicina ampicilina

Page 127: Interações Medicamentosas

VANTAGENS E

DEVANTAGENS DAS

INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS

Page 128: Interações Medicamentosas

Vantagens das Interações Medicamentosas

√ Aumento da eficácia terapêutica

√ Redução dos efeitos tóxicos

√ Aumento da duração do efeito

√ Combinação de latência curta com duração de efeito longa

√ Impedimento ou retardo do aparecimento de resistência

√ Aumento de adesão ao tratamento

Page 129: Interações Medicamentosas

Desvantagens das Interações Medicamentosas

√ Somação de efeitos indesejáveis

√ Dificuldades no ajuste de doses individuais

√ Detecção do agente responsável por eventual

reação adversa

√ Elevação do custo do tratamento

Page 130: Interações Medicamentosas

Erros com Medicamentos:

como minimizá-los?

Page 131: Interações Medicamentosas

Potencial de risco aos pacientes, e ocorrem devido a múltiplos fatores:

1.Características dos pacientes2.Despreparo dos profissionais de saúde3.Falhas nos sistemas de atendimento à saúde4. Insuficiente formação graduada e educação continuada dos diferentes profissionais5.Polifarmácia6.Uso de preparações injetáveis7.Automedicação

Erros com Medicamentos: Perigo Escondido

Prevenção ou redução: posturas e estratégias, mais coletivas que individuais.

Page 132: Interações Medicamentosas

Farmacêutico

Paciente

Médico

“A intervenção do farmacêutico deve visar a

melhoraria a qualidade de vida de seus clientes”.

Page 133: Interações Medicamentosas

“Cabe ao farmacêutico, profissional centrado no

medicamento, fornecer meios que contribuam

para a garantia da promoção, proteção e

recuperação da saúde, através de sua

competência científica-profissional, além de

valores éticos, morais e de cidadania.”

Page 134: Interações Medicamentosas

MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO

Page 135: Interações Medicamentosas

Definição

Medicamentos isentos de prescrição (MIP): são aqueles que não necessitam de receita médica para serem adquiridos, são internacionalmente reconhecidos pela sigla OTC - Over the Counter (sobre o balcão). Exemplos:

� analgésicos,

� vitaminas,

� antiácidos,

� laxantes,

� descongestionantes nasais

Page 136: Interações Medicamentosas

Analgésicos:

Ácido acetilsalicílico

Dipirona

Paracetamol

Ibuprofeno

Page 137: Interações Medicamentosas

Interações:

Os salicilatos deslocam de sua ligação protéica a sulfolinuréia,penicilina, tiroxina, triiodotironina, fenitoína e naproxeno,potencializando seus efeitos. Os salicilatos potenciam o efeito dosanticoagulantes orais e de probenecide.

Não é recomendado o uso prolongado e simultâneo deparacetamol, pois aumenta o risco de nefropatia

Page 138: Interações Medicamentosas

Os acidificantes urinários (ácido ascórbico, fosfato sódico ou

potássico, cloreto de amônio) dão lugar a maiores concentrações

plasmáticas de salicilato, por diminuir sua excreção.

Os glicocorticoides aumentam a excreção de salicilato e, portanto, a

dose deverá ser adequada.

O uso simultâneo com outros analgésicos anti-inflamatórios não

esteróides pode aumentar o risco de hemorragias devido a inibição

adicional da agregação plaquetária (ANVISA(b)).

Page 139: Interações Medicamentosas

• Os efeitos de inibidores da ECA podem ser cortados pela

administração de ácido acetilsalicílico.

• O AAS pode reduzir os efeitos betabloqueadores, diuréticos de

alça (furosemida), diuréticos tiazídicos e probenicida (agente

uricosúrico).

• O AAS pode causar redução da [ ] sérica de AINES e dos efeitos

da probenecida.

Page 140: Interações Medicamentosas

•AAS x ácido fólico: hiperexcreção de folato, pode acarretar

deficiência de ácido fólico, o que pode levar à anemia macrocítica.

• AAS X Ferro: o uso crônico de ácido acetilsalicílico em doses de 3-

4 vezes/dia pode acarretar anemia ferropriva.

Page 141: Interações Medicamentosas

•AAS x sódio: a hipernatrimia é resultado do uso de soluções

tamponadas de acido acetilsalicílico ou de salicilatos de sódio

contendo grandes quantidades de sódio. Evitar ou utilizar com

cuidado na ICC ou em qualquer condição em que a hipernatremia

possa ser prejudicial.

• frutas secas contendo vitamina C: deslocam o medicamento dos

sítios de ligação, acarretando aumento da excreção urinária de

ácido acetilsalicílico.

Page 142: Interações Medicamentosas

•AAS x fitoterápicos/ suplementos nutricionais: evitar alho,

angélica chinesa, artemisia, castanha- da- índia, chá verde,

gengibre, ginseng, gingko, prímula, trevo-vermelho, unha de gato (

todos possuem atividade antiplaquetária). Limitar o uso de pó de

curry, páprica e alcaçuz; pode causar acumulação de salicilato.

Page 143: Interações Medicamentosas

Dipirona

Interações medicamentosas:

No caso de tratamento concomitante com ciclosporina, podeocorrer uma diminuição no nível de ciclosporina.A administração simultânea com clorpromazina pode provocarhipotermia grave.Não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento comdipirona sódica porque o efeito do álcool pode ser potencializado(FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ).

Page 144: Interações Medicamentosas

Paracetamol

Interações medicamentosas:

Aumento do efeito de paracetamol: etanol, anticoagulantes orais,carbamazepina, diflunisal, isoniazida, zidovudina, sulfimpirazona.

Diminuição de efeito de paracetamol: fenitoína. Paracetamol podereduzir a depuração do bussulfano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).

Page 145: Interações Medicamentosas

Ibuprofeno

Interações MedicamentosasAumento do efeito de ibuprofeno: cetorolaco, clopidogrel,antidepressivos; inibidores da recaptaçãode serotonina, corticosteróides; Redução de efeito de ibuprofeno:ácido acetilsalicílico;Ibuprofeno pode reduzir o efeito antiplaquetário do ácidoacetilsalicílico; Ibuprofeno aumenta concentrações plasmáticas dosaminoglicosídeos; Ibuprofeno aumenta a atividade e risco desangramento de anticoagulantes; Ibuprofeno aumenta o risco detoxicidade de ciclosporina.

Page 146: Interações Medicamentosas

Ibuprofeno

Interações Medicamentosas

Ibuprofeno aumenta o risco de toxicidade dos antidepressivos

tricíclicos; Ibuprofeno reduz efeito diurético e eficácia anti-

hipertensiva de diuréticos; Tiazídicos; Ibuprofeno reduz a excreção

de lítio e metotrexato, com aumento do risco de toxicidade.

Ibuprofeno aumenta o risco de hipoglicemia de sulfoniluréias.

Page 147: Interações Medicamentosas

Ibuprofeno

Interações Medicamentosas

Ibuprofeno com fitoterápicos e suplementos nutricionais: evitar

aipo, alcaçuz, alfafa, alho, angélica chinesa, artemísia, bromelaína,

castanha da índia, chá verde, cogumelo reishi, cóleo, cordyceps,

erva doce, feno –grego, gengibre, ginkgo biloba, ginseng, semente

de uva, primula ( todos aumentam atividade antiplaquetária).

Page 148: Interações Medicamentosas

Medicamentos x leite ou antiácidos pode alterar efeito da medicação

O Leite é um alimento e, por isso, estimula a produção de sucos digestivos. Vários medicamentos podem perder seus efeitos ao serem degradados pelo suco gástrico

liberado pelo organismo.

Além disso, leite contém cálcio e outros nutrientes que podem promover a perda do efeito terapêutico pela

inativação química (quelação), reação comum entre essa bebida e a tetraciclina.

Page 149: Interações Medicamentosas

Medicamentos x leite ou antiácidos pode alterar efeito da medicação

Muitas pessoas também têm o costume de ingerirantiácidos antes de tomar medicamentos que irritam oestômago.Esse hábito pode cortar totalmente o efeito domedicamento, pela diminuição da absorção do princípioativo ou pela absorção junto deste de componentes dosantiácidos.

Page 150: Interações Medicamentosas

Efeitos do leite e antiácidos em alguns medicamentos

Antibióticos: Ampicilina e tetraciclina (redução do efeito

antibacteriano pela redução de sua absorção);

Contraceptivo oral: redução do efeito pela diminuição da

absorção com uso de antiácidos especialmente;

Digoxina: redução da absorção com diminuição do efeito

cardiotônico;

Diazepam: redução da absorção com diminuição do efeito

sedativo.

Estes exemplos reforçam a necessidade de se tomar todo

medicamento no horário certo e sempre com um copo cheio de

água. Deve-se evitar qualquer outra bebida.

Page 151: Interações Medicamentosas

PARA RELEMBRAR: exemplos que deverão ser observados:

1. Retardo no esvaziamento gástrico: com o estômago muito cheio,ocorre diminuição da absorção de um medicamento que seja maisabsorvido nesta região (a nitrofurantoína [antiinfeccioso] beneficia-se desse efeito, aumentando sua biodisponibilidade);2. Alteração da biotransformação: os alimentos alteram abiotransformação de várias drogas (ex.: propanolol);

3. Dissolução: os alimentos podem interferir na dissolução dasdrogas, favorecendo ou prejudicando sua absorção (ex.: alimentosgordurosos favorecem a dissolução da griseofulvina [antifúngico],aumentando sua absorção);

Page 152: Interações Medicamentosas

Exemplos que deverão ser observados:

4. Quelação: ocorre a formação de um sal insolúvel, que precipitae não pode ser absorvido (ex.: interação entre a tetraciclina e o

leite);

5. Inibição digestiva: ocorre competição por sítios de ação entreas substâncias alimentares com o medicamentos, prejudicandosua absorção (ex.: aminoácidos competindo com a Levodopa).

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Exemplos que deverão ser observados:

Quanto a ação: 1. Antagonismo dos medicamentos: substâncias presentes nos

alimentos podem interferir na resposta dos medicamentos (ex.: vitamina K inibe a resposta dos anticoagulantes orais);

2. Alteração da excreção urinária: o alimento ingerido pode interferir na função renal (ex.: dietas hipossódicas podem causar

reabsorção de lítio e atingir níveis tóxicos).

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Interações medicamento com

álcool

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O álcool etílico (etanol) é um agente sedativo e hipnótico consumido como droga social, sendo de uso

legal (assim como o tabaco).

O alcoolismo é um distúrbio complexo, sendo um problema importante do ponto de vista clínico e de

saúde pública.

As interações entre o etanol e outras drogas podem apresentar efeitos clínicos importantes que resultam de alterações na farmacocinética ou na farmacodinâmica

da segunda droga.

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O Etanol sob a forma de bebida alcoólica é a substânciapsicoativa mais consumida no mundo. Além docomprometimento de órgãos como o fígado, coração epâncreas, o consumo excessivo e crônico de etanolocasiona dano cerebral, levando a incapacidade física eintelectual. Ademais, as deficiências nutricionais,particularmente as vitamínicas, comuns em alcoólatras,são responsáveis por síndromes neuropsiquiátricas comoa psicose de Korsakoff, a polineuropatia e a encefalopatiade Wernicke.

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Sob o ponto de vista farmacológico, o etanol é um depressor do sistema nervoso central e sua ação se exerce de modo não seletivo.

Em doses moderadas, o etanol tem efeito euforizante. Esta desinibição é resultante da depressão dos sistemas inibitórios. Com o aumento da dose, evolui para fala incompreensível, diminuição da

acuidade visual e mental, incoordenação motora, perda de consciência, coma e morte.

Doses moderadas de etanol provocam vasodilatação periférica com ruborização e perda de calor, acarretando a instalação de

hipotermia, que pode levar à morte, dependendo das condições climáticas.

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Doses moderadas de etanol estimulam as secreções gástrica e salivar.

Concentrações elevadas provocam inflamação da mucosa gastrintestinal, o que pode contribuir para a desnutrição.

O etanol tem efeito diurético, pois inibi a liberação do hormônio antidiurético pela hipófise posterior.

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Muitos efeitos do álcool se devem a seu metabolismo.

Biotransformação do Etanol: Metabolismo do álcool

Uma quantidade insignificante de etanol é conjugada aos ácidos glicurônico e sulfúrico e excretada pela urina. De longe, a reação de biotransformação mais importante é entretanto a oxidação,

em acetaldeído e daí para acetato, que ocorre primariamente no fígado.

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Os três principais mecanismos enzimáticos responsáveis por sua oxidação em acetaldeído são:

• álcool desidrogenase, catalase e sistema microssomal de oxidação do etanol (SMOE) que essencialmente parte do

citocromo P450.

• A álcool desidrogenase é a enzima mais importante para a oxidação do etanol.

• Entretanto a ingestão crônica de álcool leva a uma indução e aumento da taxa de oxidação pelo Citocromo P450.

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Efeitos metabólicos do álcool

- Elevação de lactato e de acidose metabólica. Como o lactato inibe a secreção renal de ácido úrico, pode precipitar ataques de gota.

- O aumento do nível de NADH, estimula a síntese de ácidos graxos no fígado, enquanto a oxidação via ciclo de Krebs está bloqueada.

- Acúmulo de Triglicerídios neutros no fígado e lipidemia.

- O aumento de NADH e a diminuição de piruvato provocam redução de gliconeogênese.

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Efeitos metabólicos do álcool

Consequentemente, se o suprimento de glicogênio hepático estiver depletado pela falta de uma ingesta alimentar adequada, o etanol

causará hipoglicemia.

- A ingestão crônica e acentuada de álcool aumenta não somente a oxidação mas também o consumo de O2. Consequentemente, o risco de hipóxia no fígado está aumentado causando necrose das

células hepáticas nos alcoólatras.

Outros numerosos efeitos do etanol são produzidos em outros tecidos.

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Interações medicamentos e etanol

As interações do álcool com os medicamentos podem se dar nos seguintes sentidos:

Ingestão aguda de álcool concomitante com medicamentos.

- O etanol estimula a secreção ácida, desnatura certos fármacos,retarda o esvaziamento gástrico e facilita a dissolução desubstâncias lipossolúveis, causando, ocasionalmente, a absorção desubstâncias que, em outras circunstâncias, não seriam absorvidas.

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-Na presença de etanol no organismo o metabolismo de muitasdrogas como benzodiazepínicos, barbitúricos, tetraciclinas,antidepressivos, hipoglicemiantes orais, etc. estão com o seumetabolismo diminuído, podendo exacerbar seus efeitos.

- Uma interação muito relevante é potencialização do efeitodepressor do SNC do álcool por ansiolíticos, hipnóticos e sedativos.A depressão resultante desta interação é bem maior que a simplessoma dos efeitos. Consistindo, com freqüência, grave ameaça àvida.Nessas circunstâncias, a morte pode advir por falênciacardiovascular, depressão respiratória ou grave hipotermia.

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Exemplo de interação farmacodinâmica entre o etanol e barbitúricos que causam um aumento potencializado do efeito depressor do

Sistema Nervoso Central.

Concentrações sangüíneas de barbitúricos e etanol associados à ocorrência de morte em vários grupos de pacientes com

superdosagem.

- O álcool pode interferir no tratamento da gota, uma vez que diminuia excreção do ácido úrico devido ao aumento de lactato (quecompete pela secreção do ácido úrico)

- A vasodilatação produzida pela nitroglicerina é aumentada peloetanol, podendo levar a hipotensão.

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- O álcool diminui acentuadamente a capacidade motora e alertaem pacientes usando anti-histamínicos, anticonvulsivantes,anfetaminas e antidepressivos.

- Devido ao efeito hipoglicemiante do álcool, ele pode aumentar orisco de hipoglicemia grave em pacientes diabéticos, que fazemuso de hipoglicemiantes.

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Ingestão crônica de álcool que causam mudanças bioquímicas e fisiológicas e alteram a ação dos medicamentos

• indução enzimática hepática (CYP) = tolerância metabólica.

• adaptação do sistema nervoso central (SNC) = tolerância farmacodinâmica.

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- Consumo excessivo de etanol interfere com a absorção de nutrientes essenciais, levando a deficiências minerais e vitamínicas.

- Ácido acetilsalicílico pode causar hemorragia gastrintestinal devido a seu efeito aditivo de irritação gástrica.

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- Aceleração de biotransformação de fármacos, em decorrência daindução de enzimas hepáticas.

- Os consumidores crônicos de bebidas alcoólicas desenvolvemtolerância ao etanol e a outros fármacos (tolerância cruzada). Essatolerância é devida, em parte, à adaptação do sistema nervosocentral (tolerância farmacodinâmica) e à indução enzimática(tolerância metabólica).

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-Assim os alcoólatras, quando sóbrios, necessitam de dosesmaiores que os abstêmios para evidenciar efeitosfarmacológicos de anticoagulantes, anticonvulsivantes,antidiabéticos, antimicrobianos e outros fármacosbiotransformados pelo sistema oxidase de função mista.Tendo em vista que a tolerância persiste por vários dias oumesmo semanas, após a interrupção do consumo abusivodo álcool, esses fármacos devem ser prescritos e, dosesmaiores para pacientes em fase de recuperação do

alcoolismo.

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-Medicamentos e produtos que têm efeitos hepatotóxicos comoClorofórmio, Paracetamol, Isoniazida tem sua hepatotoxicidadeaumentada pelo efeito aditivo do álcool.etanol.

Interações em nível de biotransformação do etanol. Algunsfármacos como ácido etacrínico, fenilbutazona, clorpromazina,hidrato de cloral, inibem a álcool desidrogenase, promovendo oacúmulo de etanol no organismo elevando a exacerbação de seusefeitos.

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Algumas substâncias ,dissulfiram, Metronidazol, Griseofulvina,Tolbutamida, Fentolamina, Cloranfenicol, Quinacrina,Cefalosporinas, inibem a aldeído desidrogenase, elevando aconcentração sangüínea em 5-10 vezes de acetaldeído edesencadeando a síndrome do acetaldeído ou Antabuse.Essa síndrome caracteriza-se por intensa vasodilatação, cefaléia,dificuldade respiratória, náusea, vômito e taquicardia.

Cafeína em doses altas promove diminuição parcial dos efeitosdepressores centrais do álcool, porém não promove a sobriedadecomo popularmente é empregado; antagonismo fisiológico.

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Mais especificamente o Dissulfiram é usado para tratamento doalcoolismo devido a estes efeitos.

Interações medicamentosas potencialmente perigosas podemocorrer durante o tratamento com o dissulfiram, pois este interferecom o sistema oxidase de função mista e inibe a biotransformaçãode antidiabéticos, anticonvulsivantes, benzodiazepínicos,antimicrobianos e outros fármacos.

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INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS:

As mais freqüentes interações farmacocinéticas entre droga eálcool ocorrem como resultado da proliferação induzida peloálcool no retículo endoplasmático liso das células hepáticas.Assim, a ingestão prolongada de álcool, sem lesão para o fígado,pode aumentar a biotransformação metabólica de outras drogas.Já o uso agudo de álcool é capaz de inibir o metabolismo deoutras drogas, devido à alteração do metabolismo ou à alteraçãodo fluxo sangüíneo hepático.

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Este efeito agudo do álcool pode contribuir para o perigo comum demisturá-lo com outras drogas.

As fenotiazinas, os antidepressivos tricíclicos e as drogas sedativassão as mais importantes capazes de interagirem com o álcool atravésdeste mecanismo.

As interações farmacodinâmicas do álcool também têm grandeimportância clínica. A interação aditiva com outros agentes sedativose hipnóticos é mais significativa. O álcool também potencializa osefeitos farmacológicos de muitas drogas não sedativas, incluindo osvasodilatadores e os fármacos hipoglicêmicos orais.

O álcool também aumenta a ação antiplaquetária da aspirina.

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Indicações - Profa. Márcia Aparecida Antônio

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Indicação Profa. Márcia Aparecida Antônio

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Indicação Profa. Márcia Aparecida Antônio

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Indicação Profa. Márcia Aparecida Antônio

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AMOUNI M. MOURAD

CRF-SP