A inteligência tem sido um dos temas mais discutidos da Psicologia,

constituindo-se um assunto fundamental para a compreensão do indivíduo em

suas funções, quer sejam relacionadas as suas perspectivas pessoais ou

sociais.

O estudo sobre a inteligência constitui-se uma vertente fundamental para

a compreensão das características relativas à avaliação psicológica, por essa

razão, a inteligência é um dos construtos psicológicos que mais gerou

publicações (Primi, 2013), despertando não somente o interesse de psicólogos,

mas, da sociedade de uma maneira geral.

A questão em torno do conceito de inteligência está intimamente

relacionada à diversidade de teorias e opiniões sobre o tema (Primi, 2003),

partindo de uma definição ampla segundo o qual inteligência é a capacidade de

adaptação ao meio, até as mais específicas, como as relacionas à emoção e à

cognição, conforme tratará esta pesquisa.

Dentre os conceitos relacionados ao estudo da inteligência, dois são

determinantes para a estrutura deste estudo: a inteligência emocional e a

inteligência cognitiva. Assim sendo, faz-se necessário partir de um conceito

mais amplo, que é o conceito de inteligência, para que se possa estabelecer

concepções relacionadas às inteligências destacadas.

Onde a inteligência emocional é caracterizada como a capacidade de

domínio e aplicação dos sentimentos (Gonzaga e Monteiro, 2011), essa

classificação requer ampliação de conceitos e uma aplicação efetiva quanto as

suas especificações.

Quanto à inteligência cognitiva, esta é definida como a maneira como as

informações são manipuladas pelo indivíduo (Primi et al, 2001). Essa

inteligência está diretamente ligada à presença das habilidades e competências

envolvidas na aquisição e construção do conhecimento.

A inteligência emocional está diretamente ligada ao indivíduo, ela seria a

capacidade se manter estável em uma situação atípica ou estressora. Já a

Inteligência cognitiva está relacionada à capacidade de construir o

conhecimento e seu desenvolver dentro de contextos específicos.

Com base nessas afirmativas seria possível dizer que a inteligência

emocional e a inteligência cognitiva caminham no mesmo sentido, porém em

vertentes diferentes.

Qual a relação entre inteligência emocional e inteligência cognitiva? É

possível que haja uma perspectiva complementar entre elas?

Podendo assim levantar assim algumas hipóteses:

- As inteligências emocional e cognitiva podem se relacionar de maneira

complementar;

- O conhecimento acerca das inteligências contribui para o processo de

construção do conhecimento;

- A manipulação das informações pelo indivíduo pode contribuir para o domínio

e aplicação de sentimentos e emoções reciprocamente.