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INTELIGÊNCIA DOS ANIMAIS
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Doizinho Quental
INTELIGÊNCIA DOS ANIMAIS
Primeira Edição, 2013
Fortaleza
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INTELIGÊNCIA DOS ANIMAIS É um cordel em sextilha, dedicado aos jovens, que
podem salvar ainda fauna e a flora das mãos daqueles que depredam sem saberem o mal que estão fazendo.
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Homem, animal, vegetal e mineral são partes
integrantes da natureza. Interagem e interdependem.
Formam um conjunto que, num passado não muito
distante, foi harmonioso. A quebra dessa cadeia vem
provocando desequilíbrio com funestas consequências
para o ser humano.
Gilberto Silos
Do livro Galeria dos Ecologistas João de Toledo Cabral
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Dedicatória
Dedico este cordel aos poetas e repentistas nordestinos, baluartes da divulgação do encanto da
natureza.
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APRESENTAÇÃO
Leitor amigo, eis em suas mãos o livro A INTELIGÊNCIA DOS ANIMAIS de autoria de Francisco Leite Quental, o “Doizinho”, como é mais conhecido. Escritor, poeta nato, cordelista, nascido em Brejo Santo/Ceará, o escrevedor – como gosta de ser chamado – com obra infantil em cordel, pretende incentivar nas crianças, a consciência de que os animais, sua grande paixão, têm inteligência, têm consciência de suas existências, sensibilidade e muito que ensinar aos humanos. Pena que são poucos os que têm a sensibilidade de ver e aprender os seus ensinamentos. O autor, com belíssimas gravuras, na sua obra, deixa claro que não existem vidas que valem mais e outras que valem menos. Enganam-se quem subjuga e mata um animal por julgá-lo inferior, pois a vida é valor absoluto, não havendo vida menor ou maior, inferior ou superior. Escreveu Demócrito Abdhera (460-370 a. Cristo) afirmando, que “talvez sejamos ridículos quando nos vangloriamos de ensinar aos animais. Deles somos discípulos nas coisas mais importantes: da andorinha ao construir casas; das aves canoras, cisnes e rouxinol a cantar por meio de imitação”. Como bem sintetiza o autor, o certo é aceitar a natureza sui generis dos
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animais, a fim de que possamos compreendê-los e respeitá-los, pois o reconhecimento de sua inteligência é uma responsabilidade a ser compartilhada por todos. E esse respeito deve ser iniciado na infância. São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais, Patrono da Ecologia, questionado por que havia abandonado tudo de material, respondeu: “Um trovador de Deus, não deve possuir nada além da sua arpa. A paixão pela natureza era tanta, que tudo era seu irmão, “meu irmão Sol, minha irmã borboleta”. Certa vez quando orava, muitas andorinhas adentraram no recinto e ele falou: “Agradabilíssima é a viagem que faço pelos trilhos do meu mundo interior! Entendo a vida dos pássaros dos peixes das plantas, de tudo enfim.” Doizinho, na sua obra A INTELIGÊNCIA DOS ANIMAIS deseja esclarecer para a juventude que a inteligência dos animais não pode, não dever ser subestimada e que sua proteção constitui relevante e permanente processo civilizatório. Vislumbrando, pois, trazer à baila informações enriquecedoras e profícuas a respeito da inteligência dos animais no ecossistema e desejando ao mesmo tempo despertar o amor e respeito pelos animais, Doizinho põe ao seu alcance a obra. De parabéns o autor. Geuza Leitão, advogada, ecologista, presidente da
União Internacional Protetora dos animais – UIPA.
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SUMÁRIO
06 – Apresentação
12 – Inicio do Cordel
16 – Bem-te-vi
17 – Gralha
18 – Beija-flor
19 – Andorinha
20 – Galo de campina
21 – Papagaio-do-mar (Ave exótica)
22 – Galo-do-serrote (Ave exótica)
23– Columbina
24 – Gavião
25 - Cordoniz
26 - Nanbu
27 – Curió
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28 – Papagaio
29 – Canário-da-terra
26 – Nambu
27 – Curió
28 - Papagaio
29 – Canário-da-terra
30 – Corrupião
31 – Cancão – (Gralha nordestina)
32 – Rola fogo-pagou
33 – Pica-pau do bico torto
34 – Pavão
35 - Andorinha
36 – Gavião e beija-flor
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37 – Pica-pau-dourado
38 – João-de-barro
39 – Chlamydera maculata (Ave exótica)
40 – Kivi (Ave exótica)
41 – Pássaro costureiro (Ave exótica)
42 –Cisne
43 – Lira
44 – Macaco
45 – Zebra africana
46 – Mangusto africano
47 – Guepardo africano
48 – Onça pintada
49 – Cachorro vira-lata
50 - Golfinho
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51 –Cachorro são-bernardo
52 e 53 – Abelhas
54 - Formigas
55 - Cupins
56 - Aranha
57 - Libélula
58 – Finalização
64 – Micro Biografia de Doizinho Quental
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Vou falar de nossas matas, Que têm muita beleza. Do vasto reino animal, Cheio de encanto e destreza, Que pra nosso continente, Traz uma grande riqueza.
Para que isso ocorra, Criancinhas, um momento; Estudemos o Planeta, Com o seu encantamento, Como vai você amar, Sem ter o conhecimento?
Conhecendo a Mãe Terra, Descobrindo o seu mistério, Sem falar que a mesma guarda, Todo tipo de minério, Que se agente aproveitar, Não terá fim, nosso império.
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Se olharmos bem o solo Com toda fertilidade, É certeza que podemos, Através da habilidade, Liquidar com toda fome, Que existe na humanidade.
Nas matas tem abundância, De bioma e de beleza. Não sabemos dar ainda, O valor da natureza, Por isso a gente não sabe, Possuir essa riqueza.
Não queremos esquecer Da farmácia existente, Na floresta mundial, Desse nosso continente; Combatendo qualquer mal, Melhorando o ambiente.
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Quer saber se a natureza, É de fato um paraíso, Escutem nossos poetas, No sertão com um sorriso, Cantando aves e flores, Na viola, de improviso. Fomos beneficiados, Com a riqueza dessa Terra. Tudo aqui tem abundância, Em mata, rio e serra. O nosso meio ambiente, Uma fortuna encerra. Crianças atentem logo Para a fauna e a flora. Não podemos perder tempo, Vamos logo sem demora Defender a Natureza, Se não, o fogo devora!
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Já agora a inteligência Foi aceita em animais. Peço que me acreditem, Eles têm até demais; E foi mesmo comprovado, Por quem possui cabedais. Foi aprovada em Cambridge A “razão” do animal; No ano, sessenta e nove Isso foi fenomenal; Não se pode mais dizer: Animal irracional. Pra confirmar o estudo Sobre tal razão e mente, Crianças, vou relatar, Vai ser muito comovente, Comprovar que o animal, Também é inteligente.