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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA, EM BENEFÍCIO DA EAD Por: Vinícius Olivieri Orientador Prof.ª Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA, EM BENEFÍCIO

DA EAD

Por: Vinícius Olivieri

Orientador

Prof.ª Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA, EM BENEFÍCIO

DA EAD

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Tecnologias

Educacionais

Por: Vinícius Olivieri

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pelo dom da vida, e

a minha esposa, que me incentivou a

fazer este Curso de Pós-Graduação em

Tecnologia Educacional.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, que me educaram e me

encorajaram a enfrentar obstáculos.

A minha esposa, que me é ajuda

adequada para atingir o Céu. Obrigado

pelo seu amor e pelas palavras que você

me disse há alguns anos: ”Eu o amo mais

do que você mesmo se ama”.

Aos meus filhos, pelo fato de existirem e

me amarem.

Ao meu amigo Frei Milton Fidelis, que

sempre me ajudou a ser de Deus e a ser

Igreja.

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RESUMO

A Educação à Distância (EAD) é a modalidade de ensino que mais

cresce em todo o Brasil e as novas tecnologias que estão sendo apresentada a

população, facilita o seu crescimento/desenvolvimento e conseqüentemente a

sua auto-afirmação como opção ao desenvolvimento educacional do brasileiro.

Para que essa auto-afirmação aconteça, é essencial que as tecnologias

estejam integradas, dando apoio uma as outras em prol de uma educação

consolidada.

O papel do professor e da instituição de ensino é fundamental nesta

modalidade de ensino, pois são através de experiências anteriores que se

escolhem as melhores mídias para ser implantada nesta modalidade de ensino,

com o objetivo de atender aos diversos tipos de necessidades do aluno à

distância.

A parceria entre professor/aluno se dá por meios de tecnologias

telemáticas como a internet (modalidade mais utilizada hoje em dia) e também

por outros meios de comunicação como a carta (correspondência), rádio,

televisão, vídeo (vídeo aula / videoconferência), CD-ROM etc.

Objetivo da monografia é mostrar como cada uma dessas tecnologias

pode ser empregada em na educação à distância e tornar a educação uma

opção disponível a todos que necessitam de conhecimento,

independentemente de sua classe social ou de limitações de tempo e espaço

(distância entre a escola e o aluno).

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - O que é Educação à Distância (Ead)? 09

CAPÍTULO II - A primeira Mídia utilizada na EaD no Brasil 20

CAPÍTULO III - O computador e a Internet como instrumentos 38

para a EaD

CAPÍTULO IV - O uso de vídeo aulas / vídeo conferência 50

e CD-ROM na EaD

CONCLUSÃO 60

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 61

ÍNDICE 63

FOLHA DE AVALIAÇÃO 64

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INTRODUÇÃO

A Educação a Distância e a modalidade de educação que mais cresce

no século XXI, e a grande responsabilidade por esse grande crescimento são

as novas tecnologias que surgem e se aliam as tecnologias já existentes,

facilitando a maneira do aluno estudar, dando opções isto é, diversificando a

maneira de estudar.

A aprendizagem pode ser realizada de diferentes formas, por diferentes

mídias, todas elas interligadas e direcionadas para um aprendizado mais

coerente com o tempo e o espaço (distancia) do aluno que ao realizar esse tipo

de educação, procurar a melhor maneira de se adaptar e evoluir como pessoa

e como profissional.

A comunicação por correspondência utilizada pelo Instituto Monitor,

Transmissões de aulas pela TV como o Telecurso 2000 da Rede Globo, fitas

de áudio (cursos de inglês), o rádio, o computador e outros. A EAD tem tudo

para realizar um belíssimo trabalho, direcionado a educação do brasileiro; mas

tudo isso só irá evoluir para uma educação ativa se o aluno levar a educação à

distância a sério, pois ela dá diversas opções para a evolução intelectual do

aluno; mas como em todas as outras modalidades de ensino, ela cobra do

aluno o aprendizado em um determinado tempo, sendo assim o aluno deve se

programar para não ter dificuldades na hora de administrar os horários de

estudos. Essa falta de administração é a grande causadora da desistência ou

da não continuação do curso pelo aluno, gerando assim a evasão do curso e

conseqüentemente a discredibilidade na modalidade de ensino.

A parceria entre professor/aluno se dá por meios de tecnologias

telemáticas como a internet (modalidade mais utilizada hoje em dia) e também

por outros meios de comunicação como a carta (correspondência), rádio,

televisão, vídeo (vídeo aula / videoconferência), CD-ROM etc.

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O objetivo da monografia é mostrar como cada uma dessas tecnologias

pode ser empregada na educação à distância e tornar a educação uma opção

disponível a todos que necessitam de conhecimento, independentemente de

sua classe social ou de limitações de tempo e espaço (distância entre a escola

e o aluno).

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CAPÍTULO I

O que é Educação à Distância (EaD)? ARTIGO DE VALDIVINO ALVES DE SOUSA

(http://www.mundovestibular.com.br/authors/21/artigos)

De acordo com a legislação educacional brasileira, "educação a

distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a

mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados

em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados,

e veiculados pelos diversos meios de comunicação.” (definição que consta no

Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da

LDB lei n.º 9.394/96.).

A evolução na educação à distância no Brasil, sua legislação segundo

o que rege a LDB. As tecnologias telemáticas que permitem uma rápida

comunicação entre professores e alunos.

Justificativa: A educação à distância, surge na Alemanha em 1890. A

seguir, inúmeros países adotam o ensino a distância como uma opção a mais

para ministrar cursos em nível médio, técnico, universitário e, de pós-

graduação. A Inglaterra foi o primeiro país a instituir a "Universidade Aberta”,

verdadeiro marco de vanguarda no ensino superior à distância.

1.1 VISÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Desde a Antigüidade constatam-se iniciativas de intercambiar

informações, de veiculares orientações, instruções entre pessoas ou cidades

dedicam à modalidade da educação a distância. Tanto na Grécia como,

posteriormente, em Roma, as pessoas comunicavam-se através de

correspondência (correio), com o intuito de troca de informações sobre o

cotidiano priva do e/ou da comunidade, transmitindo informações, notícias úteis

ao desenvolvimento econômico e social das comunidades. No entanto é na

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modernidade que se manifestarão as primeiras iniciativas de ensinar

determinados saberes sem a relação presencial entre o preceptor (professor) e

o aprendiz (aluno).

Por volta de 1728, a Gazeta de Boston (EUA) publicou um anúncio de

autoria do professor Cauleb Philips em que dizia: “Toda a pessoa da região,

desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições

semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em

Boston” (SARAIVA, p.18). O Curso era o de taquigrafia. Mas foi no século XIX

na Europa que o ensino por correspondência vai caracterizar-se como a

primeira geração de procedimentos de ensino a distância. Segundo em 1883

na Suécia registrou-se a primeira experiência de um curso de contabilidade por

correspondência.

Na Inglaterra (1840) Issac Pitman resume os princípios da taquigrafia

em cartões postais que trocava com seus alunos. A “Phonografic

Corresponding Society” foi criada na Inglaterra em 1843. Os alemães fundaram

o primeiro Instituto de Ensino de Línguas por correspondência por iniciativa de

Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt. Nos EUA por volta de 1873, Anna

Eliot Ticknon funda a “Society to Encourage Study at home” e na Pennsylvania,

Thomas J. Foster cria um curso sobre medidas de segurança no trabalho de

mineração (International Correspondence Institute). No mesmo ano de 1891, a

Universidade de Wisconsin passa a ofertar, em nível de extensão, cursos pelo

correio. (SARAIVA, p.18). No início do século, mais precisamente no final da

Primeira Guerra Mundial; houve procura muito grande por escolarização na

Europa Ocidental, tendo em vista a falência dos Estados nacionais, a falta de

Segundo recursos e a dispersão espacial dos demandantes, o que impulsionou

à necessidade da institucionalização de um ensino a distância. (p.37) a URSS

em 1922 criava um sistema de ensino por correspondência para assegurar a

formação dos trabalhadores que, em dois anos, atendeu em torno de trezentos

e cinqüenta mil estudantes.

Até a Segunda Guerra Mundial varias experiências foram adotadas,

desenvolvendo-se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por

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correspondência que, depois, foram fortemente influenciadas pela introdução

de novos meios de comunicação de massa, sobretudo o rádio (...) (NUNES,

s/d, p 7). Você encontrará no capítulo I do livro de Garcia Aretio “La Educacion

a Distancia e la UNED”, um resumo cronológico dos principais eventos que

fizeram os primórdios do ensino a distância no mundo e, no capítulo X, uma

lista das mais destacadas organizações e redes internacionais que se dedicam

á modalidade da educação à distância.

Hoje em dia essa modalidade de ensino ainda persiste, mas com muito

mais eficiência. Utilizam-se o material impresso, pois é essencial na

modalidade de ensino a distância, com ele o aluno pode ler a qualquer

momento o material a ser estudado seja em casa, no trabalho nos horários

livres ou no caminho para o trabalho ou para casa dentro da condução por

exemplo.

1.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Nos últimos dez anos, assistimos, a uma dramática e intensa

internacionalização da economia, da comunidade e de informações que

atividade inovações constantes têm ocasionado repercussões definitivas no

progresso científico e tecnológico, sem dar conta da problemática da

sociedade, cada vez mais desigual. Uma das questões presentes nas

discussões é o novo tipo de associação entre ensino, educação e

aprendizagem: emerge daí uma dubiedade de conceitos entre formar e

informar, treinar, educar, ensinar e aprender, fato este que amplia a

responsabilidade dos docentes nas instituições educativas em seus diferentes

níveis (DEMO 1998). Freqüentemente Ensino a Distância e Educação a

Distância são utilizados como sinônimos, no contexto do processo de

aprendizagem.

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Ensino e educação são sinônimos? Tente diferenciar.

Segundo Maroto (1995), enquanto ensino expressa treinamento,

instrução, transmissão de informações, etc., a educação é estratégia básica de

formação humana, isto é, aprender a aprender, criar, inovar, construir

conhecimento, participar etc. É importante termos claro que concepção

filosófico-política de educação vamos adotar na organização, planejamento e

desenvolvimento de projetos educativos na modalidade de educação a

distância. Antes de explicitarmos algumas concepções (definições) de

Educação a Distância (EAD), é necessário conceber com clareza o fenômeno

educativo. Luckes (1990); Trabalha com três vertentes, filosófico-políticas de

educação. A primeira “vertente” é chamada de concepção redentora, porque a

compreende como manifestação social. A primeira “vertente” é chamada de

concepção redentora, porque a compreende desenvolver suas habilidades e

inculcar valores éticos julgados necessários à manutenção da vida em

sociedade.

A educação deverá promover a adaptação do individuo a uma

sociedade como organicamente harmoniosa, reforçando os laços entre os

indivíduos, promovendo a coesão social e a integração de todos (Idem, p.38).

Esta concepção de educação acredita no “poder” absoluto para interferir nos

destinos da sociedade, curando-a, redimindo-a etc. É otimista em relação à

determinação da educação sobre o conjunto da sociedade, não percebe nem

compreende criticamente o fenômeno educativo (p.49). Conjunto da sociedade,

não percebe Enem compreende criticamente o fenômeno educativo (p.49).

A interpretação ou compreensão da educação como da sociedade

implica em atendê-la como elemento da própria sociedade, determinada por

seus condicionantes econômicos, sociais e políticos, portanto a serviço dessa

mesma sociedade e de seus determinantes. Ela é denominada reprodutivista,

porque, embora seja crítica, no sentido de situar a educação (escolar ou não

escolar) como um fenômeno histórico-social e, portanto, fruto de condições

políticas, econômicas e culturais, diz que ela reproduz cultural e

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ideologicamente as condições materiais e espirituais de uma dada sociedade.

Trocando em miúdos, a educação não é percebida enquanto práxis

contraditória e nas suas possibilidades de contribuir para a transformação

social. Ela apenas reproduz e perpetua as condições sociais.

A terceira vertente; Filosófico-política de educação caracteriza-se pela

denominação de crítica, porque diferentemente das outras concepções,

“interpreta a educação dimensionada dentro dos determinantes sociais, como

possibilidades de agir estrategicamente. Assim ela pode ser uma instância

social, entre outras, na luta pela transformação da sociedade, na perspectiva

de sua democratização efetiva e concreta, atingindo os aspectos não só

políticos, mas também sociais e econômicos” (LUCKES 1990, p.49).

Colocamos estas três vertentes conceptuais de educação; para que você

possa entender que há diferentes olhares sobre a Educação e que, disto

resultarão projetos redentores, reprodutivistas ou críticos /transformadores,

tanto para a educação formal/convencional ou presencial, quanto para a

Educação a Distância.

A educação pode ser, então, concebida como processo de formação

humana mediante a qual uma dada sociedade perpetua e transmite saberes,

conhecimento, valores etc. Conforme Libâneo (1990), a educação “(...) é um

(...) processo de desenvolvimento unilateral da personalidade, envolvendo a

formação de qualidades humanas físicas, morais, intelectuais, estéticas – tendo

em vista a orientação da atividade humana na sua relação com o meio social,

num determinado contexto de relações sociais (...), A educação corresponde

(...) a toda a modalidade de influência e inter-relações que convergem para a

formação de traços personalidade social e do caráter, implicando uma

concepção de mundo, idéias, valores, modos de agir, que se traduzem em

convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação em face de

situações reais e desafios da vida prática” (p.22-23).

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1.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Tratar de educação a distância implica não isolá-la da educação em

gera. Sua preocupação basilar é a democratização e o acesso ao saber

escolarizado, para atender a demanda imposta pela sociedade contemporânea,

como uma das formas de superação de exclusão social. É importante

evidenciar partindo da reflexão da Preti (1996) que “se antes existiam muitas

resistências e pré-conceitos quanto a esta modalidade, parece a conjuntura

econômica, e política no limiar do milênio acabou encontrando nesta

modalidade uma alternativa economicamente viável, uma opção ás exigências

sociais e pedagógicas, contando com o apoio dos avanços das novas

tecnologias da informação e da comunicação.

Isto é, dentro da crise estrutural, a conjuntura política e tecnológica

tornou-se favorável à implementação da EAD. Ela passou a ocupar uma

posição instrumental estratégica para satisfazer as amplas e diversificadas

necessidades de qualificação das pessoas adultas, para a contenção de gastos

nas áreas de serviços educacionais e, no nível ideológico, traduz a crença de

que o conhecimento está disponível a quem quiser “ (p.23). A educação à

Distância deve ser entendida como um processo de formação humana que se

organiza e desenvolve metodologicamente diferente do modelo presencial, no

que concerne ao tempo e ao espaço. É pois uma modalidade de educação que

imprime a necessária constituição de um Projeto Político Pedagógico

sustentado por um quadro teórico-metodológico que irá nortear

epistemologicamente todos os elementos constituintes e dinamizados da

prática pedagógica.

É importante observar que a Educação a Distância (EAD) não pode ser

vista como substituta da educação convencional, presencial São duas

modalidades do mesmo processo. Aquela não concorre com a educação

convencional, tendo em vista que não é este o seu objetivo (NUNES, s/d). Vale

ressaltar que ao não considerarmos a EAD como modalidade educativa

alternativa para a democratização do saber, ela tem-se apresentado sob a

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forma de experiências isoladas e desconectadas de uma concepção filosófica-

política consistente e necessária aos programas de educação.

O que podemos dizer da utilização da tecnologia como ferramenta de

ensino em EAD? A educação a Distância (...) não deve ser simplesmente

confundida a instrumental com tecnologias a que recorre. Deve ser

compreendida como uma prática educativa situada e mediatizada, uma

modalidade de se fazer educação, de se democratizar o conhecimento. . “É,

portanto, uma alternativa pedagógica, que se coloca hoje ao educador que tem

uma prática fundamentada em uma racionalidade ética, solidária e

comprometida com as mudanças sociais” (PRETI, 1996, P.27).

Compreende-se que, como na educação convencional, concepção

teórica- metodológica que irá informar e conformar o planejamento, a

organização e o desenvolvimento de um projeto educativo na modalidade de

educação a distância, poderá garanti o acesso, a permanência e a formação do

cidadão.

Podemos perceber que a EAD não substitui a educação presencial. No

que diferem estas duas modalidades de educação? A EAD, então, pode ser

compreendida numa perspectiva crítica, como processo de formação humana

que se organiza, planeja e se concretiza diferentemente daquela da educação

presencial, sobretudo no que concerne a espaciotemporalidade. Para a

professora Maria Lúcia Neder, “a estrutura da EAD modifica o esquema de

referencia associada à presença do professor e do estudante, uma vez que

decompõe o ato pedagógico em dois momentos e dois lugares: o ensino é

midiatizado, a aprendizagem resulta do trabalho do estudante, a reação do

aluno em face do conteúdo vem indiretamente ao docente por meio dos

tutores, e a interação em sala de aula é em grande parte reduzida “ (NEDER,

1999).

Para a referida autora as vertentes epistemológicas se apóiam e se

afiliam às teorias educacionais de aprendizagem que deslocam o centro da

relação pedagógica do professor para o aluno. A grande maioria da clientela da

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EAD é de adultos. Assim, é importante observar que os projetos educativos

levem em conta as características socioculturais e individuais dos alunos,

trabalhando os conteúdos a partir desta realidade. Segundo Aretio (1996), a

EAD difere da modalidade de ensino presencial por ser “um sistema de

comunicação bidirecional que substitui a interação pessoal na sala de aula de

professor e aluno, como meio preferencial de ensino, por ser , pela ação

sistemáticas e conjunta de diversos recursos didáticos e apoio de uma

organização e tutoria que propiciam uma aprendizagem independente e

flexível”.

Apresentaremos na seqüência diferentes concepções de educação à

distância de teóricos que vêm discutindo a temática: Ibanêz (1986). Educação

a Distância é um sistema multimídia de comunicação bidirecional como o aluno

alijado do centro docente (escola), e facilitado por uma organização de apoio,

para atender de um modo flexível o aprendizado independente de uma grande

população dispersa. O sistema pode configurar-se como desenhos

tecnológicos que permitem economias de escala (MORE, 1972). A educação a

Distância é o tipo de método de instrução em que as condutas docentes

acontecem separadas das discentes, de tal forma que a comunicação entre o

professor e o aluno podem realizar-se mediante textos impressos, por meios

eletrônicos, mecânicos ou por outras técnicas (PETERS 1983).

A educação a Distância é um método de repartir conhecimentos,

habilidades e atitudes, em que se caracteriza a tarefa mediante a aplicação de

divisão de trabalho e de princípios organizativos. Assim como pelo uso

extensivo dos meios técnicos, especialmente para o objetivo de reproduzir

material de ensino de alta qualidade, pelo qual é possível instruir um grande

número de estudantes ao mesmo tempo e onde estejam vivendo. É uma forma

industrial de ensinar a aprender.

A Educação a Distância é uma nova modalidade educativa, alternativa

pedagógica que não vem para substituir a educação presencial; mas é fruto de

uma série de determinações presentes no atual estágio de desenvolvimento

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científico-tecnológico e exonômico das complexas forças produtivas, estágio

político, cultural, didático educacional.

Subsumida a ela, há um novo paradigma educativo, na medida em que

rompe com o ato pedagógico, historicamente concebido como um processo

unitário e indissociável no tempo e no espaço, ou seja, a relação presencial

entre professor e aluno. O docente não está mais em permanente face a face

com seu educando; no entanto, esta relação continua existindo em novo

patamar, alicerçando-se na mediação estabelecida pelos meios didático-

pedagógicos contemporâneos

É um processo educativo que, como a educação convencional ou

presencial, implica dimensões biopsicosociológicas dentro de uma relação

mediada e midiatizada do professor com o aluno. “ As novas mídias em pleno

desenvolvimento neste final de século, aportadas na informática e na

comunicação, têm possibilitado novas formas de intercomunicação, que vêm

garantindo ou possibilitando que a relação presencial/dialógica possa ser

também realizada sobre outro paradigma, que envolve as dimensões do

tempo/espaço através de uma relação dialógica virtual. “ (AS, 199). O material

didático se constitui no material impresso produzido para possibilitar o estudo,

o aprendizado do aluno e/ou as narrativas combinadas da imagem, do som e a

utilização de todas num hipertexto, tornando-se ferramentas de mediação na

acão do ensino e da aprendizagem nesta modalidade educativa. O processo de

aprendizagem passa a ter sua ênfase na ação discente. O aluno tem um papel

preponderante na construção e apropriação do conhecimento, apoiando-se na

mediação desenvolvida entre o material didático-pedagógico produzido pelo

professor, o qual deverá propiciar-lhe uma aprendizagem mais autônoma e

segura...

Por aprendizagem autônoma, entende-se, como um processo de

ensino e aprendizagem centrado no aprendiz; cujas experiências são

aproveitadas como recurso, e no qual o professor deve assumir-se, como

recurso do aprendiz, considerado como um ser autônomo, gestor de seu

processo de aprendizagem, capaz de por si dirigir, e regular este processo.

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“Este modelo de aprendizagem é incentivado aos adultos com maturidade e

motivação necessárias à auto-aprendizagem (...)”. (TRINDADE, 1992, p.32;

CARMO, 1997, p300; citados por BELLONI, 1999, p.40).

O papel docente nesta nova práxis educativa procurará garantir o

aprendizado do seu aluno a distância. Torna-se, muito mais complexo seu

papel na medida em que precisa, ao invés de “dar aulas”, face a face, passar a

lecionar através de utilização de outras linguagens apoiadas, por meios de

informações e de comunicações. Que atingirão não apenas 30 ou 40 pessoas,

mas às vezes centenas delas, numa relação de tempo e espaço diferentes da

atividade presencial que conhecemos. O trabalho docente, neste contexto de

EAD, caracteriza-se pela parceria, que vai desenvolver-se com a participação

da tutora, reservada a um profissional da mesma área, que estará na “ponta”

do processo de ensino-aprendizagem, que garantindo a qualidade do processo

de apropriação do conhecimento.

O tutor ou orientador acadêmico tem o papel didático-pedagógico de

acompanhar, motivar, orientar e estimular o aprendizado de um aluno adulto,

“solitário” da EAD. Seu trabalho será mais qualificado na medida em que

conheça com profundidade o material didático produzido pelo professor, muitas

vezes até podendo participar de sua produção e/ ou reformação, sobremodo se

estiver inteirado do projeto político-pedagógico do curso. Conforme Preti

(1996): “O tutor, respeitando a autonomia da aprendizagem de cada cursista,

estará constantemente orientando, dirigindo e supervisionando o processo de

ensino-aprendizagem dos cursistas. É por intermédio dele, também, que se

garantirá a efetivação do curso em todos os níveis.”. Você pode consultar

Maggio (2001) para perceber aspectos mais detalhados do papel didático-

pedagógico que assume o tutor no sistema de EAD. Outro aspecto, que é

fundamental na EAD, diz respeito aos procedimentos avaliativos, os quais

deverão estar presentes no acompanhamento do aprendizado do aluno,

mediante o trabalho do tutor, na avaliação contínua do material didático, por

parte do aluno, tutor e docente; na avaliação do papel da tutoria pelo aluno e

docente e a avaliação do próprio curso nesta modalidade. Isto tudo para

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assegurar um constante acompanhamento pedagógico que garantirá a

qualidade e a seriedade da Educação a Distância.

Os adultos enfrentam seus problemas, buscando as formas para

conseguir solucioná-los. Para ele os adultos aprendem em casa, na biblioteca,

no campo ou assistindo a qualquer manifestação cultural. Para Wedemeyer, a

crescente industrialização, a luta pelos direitos e liberdade; sobretudo, pelas

classes menos privilegiadas, os radicalismos políticos, as manifestações jovens

nos idos dos anos 60, a mudança de estilo de vida e a demanda crescente pela

educação têm configurado um novo modelo de educação de adultos, que

contempla os seguintes postulados:

a) Os adultos são, por definição, auto-responsáveis; de acordo com isto, tem

direito a decidir sobre o que e como será sua educação..

b) Há de considerar as diferenças individuais, sobre todo campo dos estilos

cognitivos.

c) Se as instituições apóiam as demandas de aprendizagem dos adultos estes

conseguirão apoiar-se a si mesmo.

d) O surgimento e o desenvolvimento de uma série de elementos, que tem

facilitado a irrupção do fenômeno da educação não presencial.

Utilizando racionalmente a escrita, a imprensa, a correspondência, a

telecomunicação e os textos programados, supõe Wedemeyer que pode

vencer plenamente o problema da distância ou a separação entre o professor e

o aluno.

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CAPÍTULO II

A primeira Mídia utilizada na EaD no Brasil

A Educação à Distância (EAD) surgiu há tempos atrás, datada de

origem em 1728, quando foi criado pelo professor norte americano Cauleb

Phillips, através de envio de correspondências semanais com lições de

taquigrafia, na cidade de Boston.

Aqui no Brasil, a história do ensino a distância, iniciou-se a partir do

ano de 1937; quando foi criado o serviço de Radiodifusão Educativa do

Ministério da Educação, com o objetivo, de orientar radiodifusão, como meio

auxiliar de educação, além de informar e esclarecer a política da educação do

país através do uso do rádio.

Em 1939 foi criado o Instituto Monitor, fundado pelo engenheiro

húngaro Nicolas Goldberger, que ao perceber a popularização do rádio em

todas as partes do Brasil, notou a falta de profissionais para prestar assistência

técnica para aparelhos de rádio. Assim sendo, seriam formados técnicos em

todas as partes do território nacional.

E assim iniciou-se o primeiro curso a distância do Instituto Monitor, o

curso de radiotécnico. O curso utilizava o material impresso como material de

estudos, ele era enviado para a casa do aluno via correspondência utilizando

assim os serviços do correios. A grande dificuldade desta modalidade, eram os

serviços prestados pelos correios que eram precários e demorava muito a

entrega do material de estudos, coisa que nos dias de hoje não acontece mais,

pois os serviços dos correios estão bem evoluídos.

Além do material impresso, também eram utilizados o envio de peças

para a montagem e desmontagem do aparelho, assim o técnico tinha como

aprender na prática o que estava lendo nos manuais.

As dúvidas também eram tiradas através das correspondências

enviadas para os instrutores, causando assim uma dificuldade extra nesta

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modalidade da época, pois a demora na resposta enviada ao professor

dependia da chegada da correspondência.

Ao final do curso, o aluno recebia um certificado de conclusão do curso

e um rádio, que também eram enviados pelo correios.

Hoje em dia essa modalidade de ensino ainda persiste, mas com muito

mais eficiência. Utilizam-se o material impresso, pois é essencial na

modalidade de ensino a distância, com ele o aluno pode ler a qualquer

momento o material a ser estudado seja em casa, no trabalho nos horários

livres ou no caminho para o trabalho ou para casa dentro da condução por

exemplo.

Esse material continua sendo enviado para a casa do aluno, só que

com mais eficiência e rapidez e as dúvidas não são mais respondidas por

correspondências, utilizam-se outros meios de comunicação como o

computador obtendo assim a resposta quase que automática do instrutor do

curso.

Esse material continua sendo enviado para a casa do aluno, só que

com mais eficiência e rapidez e as dúvidas não são mais respondidas por

correspondências, utilizam-se outros meios de comunicação como o

computador obtendo assim a resposta quase que automática do instrutor do

curso.

Curso de Técnico em Eletrônica, ainda continua sendo oferecido pelo

Instituto Monitor segundo seu site:

O Curso de Técnico em Eletrônica do Instituto Monitor possui um

currículo que atende às necessidades do mercado, formando profissionais

aptos para atuar com competência no setor, realizando desde o

desenvolvimento e implementações de projetos até a instalação e manutenção

de equipamentos eletrônicos de som e imagem, microcomputadores e

terminais de telecomunicação. Grandes empresas em todo o Brasil, como a

Petrobrás por exemplo, têm funcionários formados pelo Curso de Técnico em

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Eletrônica do Instituto Monitor, o que atesta nosso alto padrão de qualidade na

formação de profissionais preparados para os desafios do dia a dia,

melhorando seu currículo, sua carreira e sua vida.

Hoje em dia para se matricular neste curso, é preciso estar cursando

ou ter concluído o Ensino Médio.

Você recebe o material didático em casa tendo a flexibilidade de

estudar onde e quando quiser, com autonomia, praticidade e respeito ao seu

ritmo.

Ao estudar o material didático você não estará sozinho! Uma equipe de

professores qualificados para a educação a distância estará à disposição para

esclarecer suas dúvidas e auxiliar em seu aprendizado sempre que você

precisar. Além disso, o aluno do Instituto Monitor também tem acesso exclusivo

a vários serviços na internet (como consulta de notas, agendamento de provas,

envio de mensagens aos professores), e conta com a infraestrutura de uma

instituição com mais de 70 anos de experiência, tradição e pioneirismo em

educação à distância.

O programa do curso é dividido em três módulos de aprendizagem.

Para cada módulo completado o aluno recebe um Certificado de Qualificação

Profissional correspondente (o módulo básico não propicia certificação sendo

apenas a complementação obrigatória ao estudo dos demais módulos), são

eles: Módulo Básico – Fundamentos para Eletroeletrônica, Módulo I - Instalador

e Reparador de Circuitos Eletrônicos e Microcomputadores,, Módulo II -

Assistente em Eletrônica e Comunicação de Dados e Módulo III - Projetista em

Eletrônica.

Total de disciplinas: 18.

Total de avaliações: 12 + 1 trabalho

Estágio Profissional Supervisionado Obrigatório: mínimo de 150 horas

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Kits e Recursos Auxiliares: Para desenvolvimento de práticas de

eletrônica o aluno pode, opcionalmente, adquirir um Kit com componentes e

instrumentos que enriquecerão seu aprendizado no curso de Técnico em

Eletrônica. Elaborado para que você possa aplicar, na prática, alguns dos

conceitos abordados durante o curso e assim solidificar seus conhecimentos.

Ao final da montagem você terá um microtransmissor de FM, além de dispor de

um protoboard e de um multímetro para testar seus próprios circuitos

eletrônicos. Com a experiência proporcionada pelo kit você estará mais

capacitado para analisar circuitos de maior complexidade, iniciar-se em

montagens e reparações de aparelhos e se lançar na carreira de Eletrônica. O

kit abrange atividades práticas das principais disciplinas do curso.

Duração e prazo de conclusão: O prazo médio para conclusão deste

curso é de 6 a 9 meses. Entretanto, é você quem decide a duração do curso,

por que depende do seu ritmo de estudos. A matrícula é válida por dois anos,

portanto, prazo mais do que suficiente para concluir o curso.

Avaliações: É você quem decide quando está preparado para ser

avaliado, agendando as provas nas datas e horários mais convenientes. Pode

realizá-las ao término de cada disciplina ou deixar todas para o final do curso.

Por exigência do MEC (Decreto nº 5.622/2005), as provas deste curso são

realizadas presencialmente na sede onde você está matriculado:

As provas são baseadas no conteúdo estudado. Por isso os materiais

didáticos possuem exercícios de fixação e simulados semelhantes aos

cobrados nas avaliações, preparando você para realizá-las com sucesso.

ESTÁGIO: Para obter o diploma é preciso fazer um Estágio Profissional

Supervisionado Obrigatório de, no mínimo, 150 horas.

Usando a mesma forma de ensino de décadas anteriores, mas

com muito mais eficiência o Instituto Monitor mostra que faz da EAD uma

modalidade de ensino consistente, ativa e em desenvolvimento contínuo.

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Não devemos deixar de mencionar a grandiosa contribuição do Instituto

Universal Brasileiro que, em 1941; surgiu como segunda instituição a oferecer

cursos por correspondência no Brasil, num momento em que o país, acabara

de atravessar um dos mais turbulentos períodos da sua história; vivendo,

ainda, os duros anos da Ditadura Vargas, e tentando se ajustar às profundas

transformações ocorridas em todos os setores da sociedade devidas a assim

chamada ‘Revolução Industrial Brasileira’.

Nos primeiros anos de atuação na área do ensino por correspondência

no Brasil, o Instituto Universal Brasileiro oferecia cursos de datilografia,

taquigrafia e estenografia, visando atender às demandas da época. Utilizando

como meios de divulgação do seu produto não apenas a mídia escrita - jornais

e revistas - mas também o rádio, veículo de comunicação que tinha uma

abrangência muito maior, os cursos do Instituo Universal chegavam aos mais

longínquos cantos do país.

Acompanhando as demandas do mercado de trabalho que vinham

surgindo no país, o Instituto Universal Brasileiro foi criando e ofertando novos

cursos, como auxiliar de escritório, caixa, correspondente, secretariado,

português e inglês, como anunciava a revista O Cruzeiro de 30/01/1943. Assim,

em 1944 o Instituto Universal Brasileiro criou o curso de contabilidade, em 1945

o curso de corte e costura e, em 1949, o curso de desenho artístico e

mecânico, como anunciava a revista O Cruzeiro de 09/06/1949. Aos poucos foi

oferecendo novos cursos e adquirindo modernos equipamentos para impressão

de material didático. Ainda na década de 40 o Instituto Universal Brasileiro

tornou-se uma das mais fortes instituições do ensino a distância no país.

Lançou novos cursos, adquiriu os mais modernos equipamentos impressores

para a produção de apostilas didáticas e impressos e utilizou um método

próprio de linguagem didática, jornalística e educacional, tornando-se a mais

importante instituição de ensino a distância do país há partir nos anos 40.

No início da década de 50, aproveitando a chegada da televisão ao

Brasil, o Instituto Universal Brasileiro lançou o curso “Aprenda Rádio e

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Televisão”, divulgando-o de maneira massiva num dos veículos de

comunicação de maior expressão na época.

Ainda na década de 50, com o ensino por correspondência

impulsionado pelas propagandas do Instituto Universal Brasileiro, algumas

outras instituições surgiram tentando partilhar das vantagens deste mercado

que parecia bastante promissor. Já na década de 40, tinham surgido no Brasil

“A Voz da Profecia” em 1943, e o SENAC, em 1946, que ofereciam cursos por

correspondência. Na década de 50 surgiram o IBAM e a Escola de Ensino

Técnico Paulista por Correspondência.

O SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - iniciou em

1946 suas atividades e desenvolveu, no Rio de Janeiro e São Paulo, a

Universidade do Ar, que em 1950 já atingia 318 localidades e 80 alunos; em

1973, iniciou os cursos por correspondência, seguindo o modelo da

Universidade de Wisconsin - USA.

A Diocese de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, criou em 1959

algumas escolas radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação de

Base, que foi um marco na EAD não formal no Brasil.

Em 1962 foi fundada, em São Paulo, a Ocidental School, de origem

americana, sendo atuante no campo da eletrônica. Possuía, em 1980, alunos

no Brasil e em Portugal.

Na área de educação pública, o IBAM - Instituto Brasileiro de

Administração Municipal - iniciou suas atividades de EAD em 1967, utilizando a

metodologia de ensino por correspondência.

A Fundação Padre Landell de Moura criou, em 1967, seu núcleo de

EAD, com metodologia de ensino por correspondência e via rádio.

A história da EAD no Brasil registra também que, nas décadas de 60 a

80, novas entidades foram criadas com fins de desenvolvimento da educação

por correspondência, sendo que algumas já estão desativadas.

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Um levantamento feito com apoio do Ministério da Educação, em fins

dos anos 70, apontava a existência de 31 estabelecimentos de ensino

utilizando-se da metodologia de EAD, distribuídos em grande parte nos

Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

- Levar o ensino as mais diferentes partes do país;

- Fornecer conhecimentos específicos sobre determinadas matérias

(profissionalizantes, de um modo geral);

- Transmitir conhecimentos a pessoas que já exerciam uma profissão, mas

careciam de embasamento teórico;

- Orientar pessoas que pretendiam fazer exames especializados.

Relata também que os recursos financeiros para a manutenção dessas

organizações eram provenientes, em sua maior parte, dos pagamentos

efetuados pelos alunos a título de compra do material elaborado para o curso.

Cerca de 5.000 cartas eram remetidas diariamente pelas organizações que

desenvolviam, naquela época, o ensino a distância.

Hoje em dia o material impresso é utilizado por todos os níveis de

educação em forma de livros didáticos e/ou apostilas onde encontramos

também cursos livres e de rápido aprendizado que são oferecidos em bancas

de jornal, sendo que alguns também oferecem certificado de conclusão no final

do curso. O material é dividido em módulos e disposto semanalmente ou

mensalmente nas bancas de jornal, e qualquer pessoa pode iniciar e concluir o

curso de maneira clara, rápida e eficiente.

Os cursos por correspondência foram majoritários durante mais de um

século, pois era a tecnologia mais viável economicamente para atender a

alunos isolados e de forma individual, afinal o Brasil é um país imenso. Essa

realidade mudou drasticamente nos últimos anos. As redes trazem uma

interatividade e aproximação entre professores e alunos na EAD que antes

ficava comprometida pelas dificuldades técnicas. O ser humano uma vez

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acostumado a um patamar de interatividade maior, dificilmente suporta um

modelo em que há um distanciamento físico tão forte como ocorre no ensino

por correspondência. Toda a educação, não só a específica à distância, já

utiliza as novas tecnologias, de atividades à distância, mesmo nos cursos

presenciais de hoje em dia.

2.1 UTILIZAÇÕES DO RÁDIO E TV COMO INSTRUMENTOS DE EAD

O mundo moderno tem exigido economia de tempo, aumento de

produtividade e qualidade em todas as áreas produtivas. Para o alcance disso,

um fator decisivo é o uso das tecnologias de informação disponíveis, pois

aumentam a possibilidade, em qualquer lugar do país e do mundo, tanto de

troca como de produção de conhecimentos, hoje o principal capital de uma

organização produtiva, denominado capital intelectual.

A combinação de tecnologias da informação convencionais (textuais e

visuais) e mais modernas (informática e telemática) possibilita a propagação do

conhecimento (ensino e qualificação), além da realização de estudos

individuais ou em grupo, seja nos locais de trabalho, casa ou escola, através de

métodos de ensino a distância. A modernização do sistema produtivo e do

sistema educacional auxilia na qualificação dos profissionais, empreendedores,

executivos e pesquisadores.

Habert (1996) afirma que a educação continuada à distância,

associada com o ensino presencial faz-se presente cada vez mais nas

Instituições de Ensino Superior – IES. Acrescenta o autor que esse sistema de

ensino também acaba formando docentes melhor preparados, centrados na

produção de materiais didáticos, como: livros, fitas, vídeos, softwares,

programas de TV, rádio, internet, multimídias, que nada mais são que

componentes dos instrumentos utilizados na auto-aprendizagem.

Todorov (1994) e De Oliveira (1998a) enfatizam que o ensino a

distância – EAD – não substitui a educação formal, e sim dá a ela outros meios

e instrumentos pedagógicos que permitem a abertura de novos horizontes. A

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referida modalidade de ensino flexível, inovadora, já conta com muitos anos de

experiência; iniciou com o ensino por correspondência, passou por todas as

mídias eletrônicas e computacionais e evoluiu com os novos saberes

acadêmicos e, atualmente, é utilizada em grande escala no mundo.

Neste tópico apresenta-se um panorama – tanto do Brasil quanto do

mundo – a respeito do uso de meios eletrônicos e computacionais na

educação, fazendo-se um resgate histórico do seu emprego, dificuldades e

limitações. Mostra-se, ainda, em que grau se encontra o processo de

legalização do EAD no país.

ENSINO A DISTÂNCIA NO MUNDO

Há décadas, que as universidades no mundo inteiro vêm

desenvolvendo projetos de EAD, buscando suprir as necessidades do sistema

produtivo e da sociedade. No início, as aulas eram enviadas em material

impresso, através do sistema postal. Depois, utilizou-se, também, o rádio e a

televisão; esta última a China Popular utilizou, em larga escala, em mais de 28

universidades espalhadas por aquele país, como também na Universidade para

Todos os Homens, visando o aumento do nível de escolaridade de sua

população. Nunes (1992) apud Perry e Rumble (1987) cita esta e muitas outras

experiências de EAD no ensino secundário e universitário do mundo (Quadro).

Quadro - Experiências de ensino secundário e universitário à distância

no mundo:

Ensino secundário País

Hermods-NKI Suécia

Radio ECCA Ilhas Canárias

Air Correspondence High School Coréia do Sul

Schools of the Air Austrália

Telesecundária México

National Extension College Reino Unido

Ensino Universitário

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Open University Reino Unido

FernUniversitat Alemanha

Indira Gandhi National Open University Índia

Universidade Estatal a Distância Costa Rica

Universidade Nacional Aberta Venezuela

Universidade Nacional de Educação a Distância

Espanha

Sistema de Educação a Distância Colômbia

Universidade de Athabasca Canadá

http://www.eps.ufsc.br/disserta99/freitas - Nunes (1992) Perry e Rumble (1987)

O mesmo autor afirma que o EAD tem sido também largamente usada

para treinamento e aperfeiçoamento de professores em serviço, como no caso

do México, Tanzânia, Nigéria, Angola e Moçambique. Na Europa, Alemanha e

Estados Unidos cresce seu uso para formação de recursos humanos nas áreas

de saúde, agricultura, indústria e comércio.

Todorov (1994) afirma que essa modalidade de ensino é utilizada com

grande repercussão em dezenas de países, desde a Rússia, onde há

programas que se iniciaram em 1850, até a Inglaterra, França, Costa Rica,

Moçambique, Angola, Nigéria, Zaire, Filipinas, Nova Zelândia, Austrália,

Venezuela, Espanha, Portugal, Argentina, Japão e China, para citar alguns

países.

O Quadro abaixo destaca dados da evolução no uso das mídias em

vários centros de desenvolvimento de EAD, informando o ano em que se

iniciou esta atividade, o número de alunos atendidos por ano e quantidade de

cursos oferecidos.

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Quadro - Centros de desenvolvimento de Ensino a Distância/Fonte: RODRIGUES (1998)

Universidade País Início Alunos/ano Cursos Mídias

Athabasca CAN 1985 12.500 41* Impressos, teleconferências, www, áudio, vídeo e tutoria.

Wisconsin - Extension

EUA 1958 12.000 350 Impressos, programas de rádio e TV, kits, vídeo e áudio conferência e www.

PennState EUA 1892 20.000 300 Impressos, fitas de vídeo e áudio, teleconferência e www.

FernUniversität GE 1974 55.000 7* Impressos, fitas de áudio e vídeo, CBT, www e tutoria.

UK Open University

UK 1971 150.000 116* Impressos, kits, fitas de áudio e vídeo, www e workshops.

Netherlands Open Un.

NL 1984 22.700 300 Impressos, fitas de áudio e vídeo, CAI e tutoria.

Indira Gandhi OU

IN 1987 95.000 487 Impressos, fitas de áudio e vídeo e tutoria

Radio e TV Universities

CN

China

1979 530.000 350 Impressos, programas de rádio e TV e tutoria.

Considerando-se apenas cursos de graduação e pós-graduação-Fonte: RODRIGUES (1998)

Habert (1995) comenta que o desenvolvimento de estratégias no uso

da EAD tem raízes fortes em países desenvolvidos, já que a educação é um

diferencial na questão da competitividade. A França, em 1995, possuía 350 mil

alunos à distância, só em território francês (o Centro Nacional de Ensino a

Distância – CNED – conta com oito institutos espalhados pelo país).

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O ensino a distância, que é uma forma de disseminação do

conhecimento, é uma realidade em grande parte do mundo, e está se tornando

cada vez mais viável pelas modernas tecnologias (COSTA NETO, 1995).

ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL

No Brasil, as experiências em EAD ainda são escassas e localizadas

em algumas universidades ou em escolas particulares. Encontram-se

espalhados pelo país cursos via correspondência (pelo correio), rádio,

televisão, vídeo e, mais recentemente internet e teleconferência, mas os

projetos enfrentam dificuldades; os fatores limitantes relacionam-se

principalmente com a escassez ou sub-utilização de tecnologia própria no

campo da transmissão e da industrialização do produto cultural. No entanto, os

meios de comunicação de massa são bem utilizados quando se trata da

propagação dos produtos da indústria nacional e internacional.

Nesse sentido, a discussão sobre a forma de organização do sistema

de comunicação social é cada vez mais importante e atual, principalmente se

considerarmos que esse sistema reflete a complexidade e as contradições

presentes nas relações sociais e as necessidades de promover a educação no

país.

A tentativa de superar as dificuldades relativas à distância na educação

brasileira é antiga. Existem no Brasil instituições que há muitos anos vêm

desenvolvendo trabalho pioneiro e meritório, com reconhecimento nacional e

internacional. O processo de EAD iniciou-se no país no final do século XIX,

utilizando material impresso, distribuído pelo sistema de postagem ou em

módulos acompanhando os jornais. Este tipo de educação unidirecional

distanciava os alunos dos professores e das instituições.

Algumas instituições se firmaram neste processo com relativo sucesso,

tais como: o Instituto Rádio Técnico Monitor (fundado em 1939), cujos

programas se dirigiam ao ramo da eletrônica; o Instituto Universal Brasileiro

(1941), dedicado à formação profissional de nível elementar e médio, utilizando

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material impresso (Guaranys apud Nunes, 1998); e o Instituto Padre Reus

(1975), que oferece cursos de 1o e 2o grau e formação profissional. Estes dois

últimos, ainda atuam no mercado.

- Folheto do Instituto Padre Reus (1998)

http://www.eps.ufsc.br/disserta99/freitas/figuras/fig21.htm

Entretanto, em nossa cultura chama a atenção um traço constante

nessa área: é a falta de continuidade dos projetos, principalmente os

governamentais. A explicação para este fato, segundo Novaes (1994), está na

falta de resultados práticos dos projetos, que são lançados no ar e ficam por

conta dos eventuais interessados.

Na década de 70, com o intuito de torna-se a Universidade Aberta do

Brasil, a Universidade de Brasília – UnB – adquiriu todos os direitos de

tradução e publicação dos materiais da Open University do Reino Unido. A

partir da década de oitenta, é que a EAD nesta instituição ganhou a dimensão

de cidadania que o país requer (TODOROV, 1998).

Em 1985, o projeto de EAD desta universidade foi reestruturado, sob

novas bases e com novas concepções de educação. Conta hoje com um

Centro de Educação Aberta, Continuada e a Distância – CEAD –, que oferece,

para os Curso de Direito, as disciplinas Direito Achado na Rua e Introdução

Crítica ao Direito, através de materiais impressos, vídeo e tutoria à distância.

Além desse, produziu, em disquetes, cursos sobre Abuso de Drogas, Freud,

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Introdução à Informática (chamado "Computador sem Mistério"), entre outros

(TODOROV, 1998).

A Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino da Ciência –

FUNBEC – desenvolveu, em 1991, o curso de matemática por

correspondência, dirigido a professores de 1o grau e veiculado pelo Jornal da

Educação (Edição do Professor, editado pelo Instituto Nacional de Estudos

Pedagógico – INEP); curso que, no ano seguinte, passou a se chamar Um

Salto para o Futuro (LANDIM, 1993).

Em todo o país desenvolvem-se experiências em EAD, das que

utilizam jornal, a mais recente é a do SENAI/SC; que desde 1997, veicula seu

material pelo Diário Catarinense (às quartas-feiras), tendo já oferecido os

cursos de Segurança no Trabalho, Segurança no Trânsito, Introdução à

Informática, Comunicação Oral e Escrita, Código de Defesa do Consumidor,

Administração do Tempo, Atendimento ao Público, Turismo e Hotelaria, e

Gestão da Qualidade.

RÁDIO

Por volta da década de 40 surgiu o rádio e o cinema que, somando-se

aos impressos, revelou-se como uma nova tecnologia facilitadora na difusão da

cultura para a educação pública. A primeira experiência de maior destaque

encontra-se certamente na criação do Movimento de Educação de Base – MEB

–, cuja preocupação básica era alfabetizar e apoiar os primeiros passos da

educação de milhares de jovens e adultos, através das "escolas radiofônicas",

principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Desde seus primeiros momentos, o MEB distinguiu-se pela utilização

do rádio no ensino, dentro de um sistema articulado com as classes populares.

Porém, a política que se seguiu ao golpe de 1964 desmantelou o projeto inicial,

fazendo com que a proposta e os ideais de educação popular de massa

daquela instituição fossem abandonados (NUNES, 1998).

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Do mesmo modo, a Fundação Educacional e Cultural Padre Landell de

Moura – FEPLAM – iniciou suas atividades com programa de rádio (Projeto

Colégio no Ar), buscando melhorar as condições de vida das populações

carentes.

Registram-se ainda outras iniciativas semelhantes para a educação em

todos os níveis sociais. Cita-se o projeto desenvolvido pela Fundação Roquete

Pinto (1989), denominado "Trabalhando Conteúdos no 1o Grau", que consistia

de séries de televisão, rádio e material impresso, com o objetivo de formar,

aperfeiçoar e reciclar docentes das séries fundamentais.

É importante referenciar a programação da Rádio MEC (antiga Rádio

Sociedade, doada por Roquete Pinto ao Ministério da Educação e Cultura), que

busca atingir os formadores de opinião em todas as áreas – elites intelectual,

sindical e artística –, no intuito de multiplicar a informação para valorizar a

cultura brasileira. Assinale-se que ela tem por objetivo maior a qualidade da

programação e não o índice de audiência. Um de seus projetos é a Rádio

Maluca, em funcionamento desde 1995, que chega às escolas não só através

da transmissão de rádio mas também por meio de fitas cassete. Alcança

atualmente cerca de 185.000 crianças, nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, Belo

Horizonte/BH, Friburgo/RJ, Campos/RJ e Recife/PE (SALES, 1997).

Ressalte-se por fim o trabalho desenvolvido no Estado do Ceará pela

Fundação Cultural Educacional Popular em Defesa do Meio Ambiente –

CEPEMA; uma organização não governamental, executora do Plano Estadual

de Qualificação Profissional, que há sete anos realiza educação não formal à

distância, através da comunicação radiofônica, com o desafio de realizar um

trabalho que consiga, em curto prazo, melhorar a qualidade de vida dos

produtores rurais; gerando emprego e renda, e contribuir para a preservação

dos ecossistemas cearenses (Silva, 1998a). Esta fundação oferece cursos de

agricultura ecológica – para técnicos e agentes, como forma de evitar a baixa

produção e degradação do ecossistema –; de ecoturismo – para formar guias

de turismo; e de cooperativismo (este também com capacitação e treinamento

de monitores).

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TELEVISÃO

Devido ao seu grande poder de alcance, o uso da televisão expandiu-

se no pós-guerra e sob tudo na década de 70, atingindo rapidamente grande

parte da população, com sucesso entre as diversas camadas sociais, e

permitindo seu emprego também para a difusão do ensino.

Uma das primeiras iniciativas de uso em nosso país da televisão na

educação foi o Projeto SACI, implantado experimentalmente no Rio Grande do

Norte, no final da década de 60, partindo-se da idéia de que a televisão era

fonte de informação e ponto focal para o desenvolvimento da comunidade. Este

projeto trazia entre suas práticas a valorização do professor, o reconhecimento

de sua importância como mediador e agente da informação e o entendimento

da necessidade de qualificá-lo permanentemente (ANDRADE, 1993).

No estado do Ceará, por exemplo, o tele-ensino foi introduzido na

década de 70, com a fundação da TV Educativa, voltada desde o início para o

ensino regular da 5a a 8a série. A metodologia ali adotada, única no país, tem

permitido o atendimento de aproximadamente 52% das matrículas nestas

séries, o que correspondeu, em 1996, a 192 mil alunos (SECITECE, 1996a).

Também na década de 70, o MEC, em parceria com a Fundação

Anchieta (de São Paulo), com a FEPLAM (do Rio Grande do Sul) e com a

Fundação Centro Brasileira de Televisão Educativa, ingressou definitivamente

na prática do EAD, com vários projetos: Projeto Minerva, Ensino Supletivo pela

TV, Projeto João da Silva e o curso de qualificação de professores não-

diplomados "Agora eu sei" (GRANGEIRO & CAVALCANTE, 1997).

TELECURSO

Em janeiro de 1978,, quando a Fundação Roberto Marinho e a

Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo,

assinaram um convênio para a realização de um projeto pioneiro de

teleducação: o Telecurso 2º Grau. Pela primeira vez, a máquina de uma rede

comercial de televisão – a TV Globo – era usada para um projeto educativo.

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Em 1981, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Bradesco,

colocaram no ar o Telecurso 1º Grau, destinado às quatro últimas séries do

Ensino Fundamental, com o apoio do MEC e da Universidade de Brasília.

Numa parceria histórica com a Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo (FIESP) a Fundação Roberto Marinho lançou, em 1994, o que viria a

se tornar o mais ousado e bem-sucedido projeto de educação da América: o

Telecurso 2000, uma proposta educacional inovadora voltada para milhões de

brasileiros que não concluíram, por algum motivo, os Ensinos Fundamental e

Médio.

O Telecurso 2000 foi criado quando o país tinha aproximadamente 150

milhões de habitantes, dos quais 66 milhões eram maiores de 15 anos com

escolaridade inferior à 5ª série do Ensino Fundamental. Em paralelo ao cenário

de baixa escolaridade, 80% dos domicílios do país possuíam aparelhos de

televisão. Nesse contexto, cientes de suas responsabilidades sociais, a FIESP,

contando com a experiência educacional de mais de 50 anos do SESI e do

SENAI, e a Fundação Roberto Marinho, com notória competência na produção

de Telecurso, uniram-se para ajudar a reverter esse quadro.

Hoje, o Telecurso é reconhecido mundialmente como uma metodologia

que promove um salto de qualidade na educação, tendo beneficiado mais de

5,5 milhões de pessoas nas 27.714 teles salas em todo o Brasil.

O Telecurso é utilizado de maneiras absolutamente diferentes,

incluindo desde o aluno que estuda sozinho em casa até empresas que

instalam teles salas com conceitos diferentes

O acesso ao Telecurso é garantido por meio da recepção livre pela TV

e a sua programação está presente em 89% dos lares brasileiros e pelo menos

7 milhões de pessoas assistem a ele semanalmente.

Os livros e os vídeos constituem um dos principais suportes da

metodologia do Novo Telecurso. A combinação dessas mídias com diferentes

procedimentos didáticos, incentiva a leitura crítica, a reflexão, o debate, a

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expressão individual e coletiva, com um caráter mobilizador, provocador e que

facilita o processo de construção do conhecimento. Sua utilização nos módulos

abre caminho para que o cinema, o teatro, a música, o jornal e outros textos

também cheguem à sala de aula.

Todas as teleaulas da coleção do Novo Telecurso também foram

reeditadas de forma a ampliar o conteúdo e a acessibilidade. As teleaulas do

Ensino Fundamental e Médio e as teleaulas do Curso Profissionalizante

também ampliaram conceitos e informações relacionados às mudanças nos

últimos 10 anos. Somam-se, ainda, mais teleaulas para contemplar as novas

disciplinas e outras tantas para atenderem aos novos cursos

profissionalizantes.

Tanto os livros como os vídeos resultam de um trabalho conjunto dos

parceiros, da competência e talento dos professores-autores, de artistas,

produtores, especialistas, e especialmente, da significativa contribuição de

professores, educadores e alunos que há 10 anos vivenciam o projeto em todo

o Brasil.

O livro do professor oferece informações para conhecer e compreender

a proposta, garantindo, assim, uma participação mais consciente e efetiva e, ao

mesmo tempo, orientar a realização de atividades no dia-a-dia. Essa

publicação é uma conquista dessa nova fase do Telecurso.

Diversos materiais complementares foram desenvolvidos, como

cadernos de formação para os professores, caderno de aulas planejadas,

cadernos de cultura, exercícios resolvidos, entre outros. Tudo isso resultado da

experiência que apontou que o professor precisa ser assistido continuamente

com material adequado para que ele tenha condições de desenvolver com

tranqüilidade e segurança um trabalho de qualidade.

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CAPÍTULO III

O computador e a Internet como instrumentos para a

EaD

O uso do computador expandiu-se na década de 80. Em 1987

instalaram-se (com financiamento do MEC) centros de informática e educação

na maior parte dos estados brasileiros, visando à massificação do ensino por

meio desta tecnologia; e paralelamente desenvolveram-se programas

educacionais com auxílio da Internet.

O Programa de Educação a Distância em Ciência e Tecnologia –

EDUCADI –, projeto do CNPq (estabelecido em 1996) como uma experiência

piloto envolvendo quatro estados da Federação – Ceará, Rio Grande do Sul,

São Paulo (São Carlos) e Distrito Federal –, com o objetivo criar novas formas

metodológicas e didáticas para a educação; usando-se o computador como

multimeio para a construção de novos métodos educacionais, independentes

de tempo e lugar, ou seja, criar um ambiente sem fronteiras e totalmente

democrático.

No Programa Nacional de Informática na Educação – PROINFO – o

governo está investindo no treinamento de 25 mil professores e espera atender

cerca de 10 milhões de estudantes de nível básico em todo o país. A principal

meta do programa, na primeira fase do projeto, era instalar 100 mil

computadores até o início do ano letivo de 1999 (MEC, 1998).

Tramonte (1998) comenta, a propósito, que a questão do uso dos

recursos informatizados no ensino não pode se reduzir à aquisição de

equipamentos e programas, sendo preciso superar essa visão reducionista do

papel da informática na educação, que limita o processo educativo a técnicas e

materiais. Acrescenta o autor que também se deve refletir sobre os

procedimentos teórico-metodológicos mais adequados, preparar recursos

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humanos especializados e considerar, enfim, a informática como um

instrumento de um processo educativo mais amplo, que pode auxiliar na

democratização do conhecimento.

INTERNET

Em termos de custo e benefício, a Internet tem feito para o texto o que

o rádio fez para a voz falada e a televisão para a imagem em movimento. A

Internet cria uma distribuição altamente eficiente, é dotada de um mecanismo

de localização de dados e um sistema que permite ordenar os textos de forma

mais eficiente do que qualquer outro meio de transmissão de informação.

Ambiente de interação na rede Internet – Servidor (WWW) versus Cliente (Aluno) - (PHILIPS , 1996)

No Brasil, a Internet no começo era particularmente voltada, ao setor

comercial, e para o intercâmbio, de informações, ou seja, está mais orientado,

para o consumidor, do que para as necessidades interativas educacionais.

Hoje em dia isso já mudou em todos os sentidos, no caso do ensino médio e

superior, o uso da Internet demanda novas especialidades profissionais e

induzem mudanças curriculares, para se acompanhar as rápidas

transformações em processo no mercado de trabalho.

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Hunter apud Hindle (1996) argumenta em favor do uso da Internet na

educação, como forma de se preparar as pessoas para a vida e o trabalho num

mundo baseado no conhecimento, pelo fato de que:

• Dispõe de instrumentos para o usuário representar, manipular

e apresentar a informação;

• Possui a capacidade de armazenar e fornecer informação

numa base hierarquizada de dados;

• Oferece ambientes virtuais dinâmicos para a interação entre

indivíduos ou grupos; e

• Permite a integração multinível de recursos de informação.

Para estes autores, a Internet pode acelerar e irrevogavelmente mudar

a natureza da educação, mas somente se houver uma mudança de paradigma,

quer dizer, da ênfase educacional na pessoa como depositária de informação e

de conhecimento para a ênfase na pessoa como participante na criação da

informação e do conhecimento.

No Ceará, o EDUCADI, em sua 2ª fase (após implantado o projeto

Rede Estadual de Pesquisa), está sendo reformulado com vistas a se usar a

Internet como ferramenta para a EAD. O objetivo é instrumentalizar a Rede

para melhorar o aprendizado de crianças em escolas públicas e diminuir o hiato

destas crianças em relação à realidade tecnológica (GALVÃO, 1998).

Meneguette (1998) vêm empregando novas tecnologias de informação,

com ênfase na Hipermídia e na Internet, no processo ensino-aprendizagem-

avaliação em Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Para aproximar

pares na comunidade acadêmica, utiliza chats em Sala Virtual de EAD

(disponibilizada pelo Prossiga/CNPq, que pode ser acessada através de

http://www.cnpq.br/prossiga/chat).

Além disso, outros núcleos de pesquisa estão desenvolvendo trabalhos

com auxílio da Internet: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),

Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Viçosa (UFV),

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Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e São Paulo para

citar algumas.

A Fundação Vanzolini, no início de 1998, tornou disponíveis as

primeiras disciplinas dos Cursos de Extensão em Administração Industrial –

CEAI – à distância, via Internet, transformando as aulas convencionais

ministradas presencialmente durante 20 anos. Isso foi feito com o propósito de

ampliar substancialmente a capacidade de atender à demanda, formada por

profissionais interessados em conhecer os conceitos e aprender as modernas

técnicas de gestão empresarial e de produção.

Em março de 1998, a UFSC iniciou o seu primeiro curso de

especialização utilizando os recursos da Internet (World Wide Web, chats, tira-

dúvidas e biblioteca, além de workshops presenciais ao final de cada

disciplina). Esse projeto, em parceria com o SENAI, busca formar gestores

destas instituições de ensino técnico e abrange profissionais de 31 cidades

diferentes (BARCIA, 1998).

Tecnologia - Internet - AVA

A Educação a Distância é uma modalidade que, por sua conveniência

e eficácia, vem se consolidando cada vez mais no cenário educacional. Para

entender um pouco mais sobre esta modalidade é importante considerar que

se trata de um processo de ensino-aprendizagem com características

específicas.

Esse tipo de educação pode ser também definida como processo de

ensino-aprendizagem em que os alunos e os professores encontram-se em

momentos e espaços físicos distintos, em que o aprendizado ocorre de forma

planejada e intencional por parte dos agentes envolvidos e que faz uso de

tecnologias para a transmissão de informações e interação entre aluno e

professor.

Nas Faculdades, Universidades, cursos livres, cursos

profissionalizantes e etc. contam com um Núcleo de Educação a Distância,

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responsável por desenvolver e implementar projetos em EAD. Nos cursos de

graduação, por exemplo, a oferta de disciplinas na modalidade semi-presencial

é mediada por um Ambiente Virtual de Aprendizagem, atendendo a Portaria

4.059 do Ministério de Educação.

O Ambiente Virtual de aprendizagem, comumente denominado AVA,

consiste de um conjunto de características e procedimentos pedagógicos

necessários na realização da educação à distância na modalidade virtual,

como: construção de conteúdo, acompanhamento na participação e registro de

desempenho do aluno e interação entre participantes.

O AVA utiliza sistemas de informações computacionais (software) para

dar suporte na execução do ensino/aprendizagem virtual. Os sistemas

utilizados para esse fim são denominados sistemas LMS (Learning

Management Systems).

Existem vários Ambientes Virtuais de Aprendizagem. As instituições

podem desenvolver seus próprios Ambientes ou optarem por AVA de código

aberto e gratuito como o Modular Object-Oriented Dynamic Learning, o Moodle,

um ambiente amigável, funcional e rico em recursos didáticos e interativos.

O computador e a Internet proporcionam ao professor alguns recursos

já utilizados no processo de ensino-aprendizagem convencional. Na seleção

destes recursos, considera-se, além das funções que desempenham os

seguintes critérios: adequação, economia, disponibilidade e precisão. A

adequação refere-se aos objetivos, aos conteúdos, aos alunos e ao meio; a

economia trata do tempo gasto e comprovado para se atingir as metas

traçadas; a disponibilidade é dos equipamentos e sistemas, de estarem

disponíveis ao aluno no momento que necessita; e precisão da informação, de

ser tão exata quanto possível.

A EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA NO BRASIL

A primeira proposta, na esfera da educação superior a distância no

Brasil, surge em 1972, a partir de um relatório final de viagem elaborado pelo

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então representante do Conselho Federal de Educação do Ministério da

Educação, Newton Sucupira, à Open University inglesa que buscou apontar as

virtualidades da EAD para o Brasil. No relatório apresentado, o representante

do Conselho defendeu a criação de uma universidade aberta, pois entendia

que esta além de ampliar as oportunidades de acesso à educação superior

também significaria um processo de educação permanente em nível

universitário. O relatório destacava ainda as potencialidades da EAD para o

Brasil e a necessidade de se preparar quadros de forma adequada antes de

iniciar projetos na área (VIANNEY, BARCIA, LUZ, 2006; BARRETO, 2006).

A partir desse relatório muitas ações foram desencadeadas até que a

educação superior a distância no Brasil fosse finalmente estabelecida pela

LDB/96, e regulamentada pelo Decreto nº. 5.622/05. O Quadro 1 busca

sistematizar essas ações.

Ano Ações

1974 Criação de um grupo tarefa por meio da Portaria Ministerial

nº. 96/74 com a atribuição de indicar diretrizes e bases para a

organização e funcionamento da Universidade Aberta do Brasil.

1979 Lançamento do Programa de Pós-Graduação Tutorial a

Distância, implantado pela Associação Brasileira de Tecnologia

Educacional . ABT em parceria com a Coordenação de

Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior do MEC (CAPES),

para capacitar docentes universitários no interior do país via

correspondência. Programa suspenso em 1983.

1980 Lançamento de convênio da Universidade de Brasília - UnB

com a Open University, para a implementação de programas de

extensão de EAD no país. Conclusão do programa . batizado de

Universidade Aberta - em 1984 com 30 mil alunos matriculados até

1983.

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Lançado o Programa de Aperfeiçoamento do Magistério pela

ABT destinado ao aperfeiçoamento de professores no primeiro grau e

no ensino superior por meio da modalidade à distância.

1982 Cursos de especialização em Ciências Agrárias, com uso de

materiais impressos, tutoria à distância e encontros presenciais de

avaliação são oferecidos pela Associação Brasileira de Educação

Agrícola Superior.

1985 A UnB cria a Coordenadoria de Educação a Distância .

CEAD.

1990 O Ministério da Educação encaminha ao Congresso Nacional

projeto de lei nº. 4592, que dispõe sobre a Universidade Aberta do

Brasil e dá outras providências.

1992 A Secretaria de Ensino Superior do MEC propõe discussões

para estimular a EAD nas universidades brasileiras e é criada a

Coordenação Nacional de Educação a Distância no organograma do

MEC.

1993 Um acordo de Cooperação Técnica, estabelece a UnB como

coordenadora de um consórcio interuniversitário de EAD.

1995 É iniciado o primeiro curso de graduação a distância do país.

O curso de Licenciatura em Educação Básica é oferecido até hoje

pela Universidade Federal do Mato Grosso . UFMT e teve seu início

por uma parceria dessa instituição com a Secretaria de Estado da

Educação, com a Universidade do Estado do Mato Grasso e com

apoio da Tele-Université do Canadá.

1996 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação . LDB é concebida e

por meio de seu artigo 80, incentiva o desenvolvimento e a

veiculação de programas na modalidade à distância em todos os

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níveis e modalidades de ensino, inclusive o superior.

1997 Com início neste ano e final no início de 1999 o Programa de

Capacitação de Professores - PROCAP, financiado pelo governo

mineiro com recursos do Banco Mundial, é oferecido pela

Universidade Federal de Uberlândia e outras instituições de ensino

superior de Minas Gerais, a 90 mil professores da rede pública do

estado. A Resolução nº. 1/97 do Conselho Nacional de Educação

fixa condições para validade de diplomas decursos de graduação e

de pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado, oferecidos por

instituições estrangeiras, no Brasil, nas modalidades semipresenciais

ou à distância.

1998 É lançado o Decreto nº. 2.494/98 regulamentando o artigo 80

da LDB/96.

Por meio da Portaria nº. 301/98 ocorre à normatização dos

procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de

cursos de graduação e educação profissional e tecnológica à

distância. O Decreto nº. 2.561/98 altera os artigos 11 e 12 do

Decreto nº. 2.494/98 que tratam do credenciamento das instituições

de ensino superior para a oferta de cursos à distância.

1999 Inicia-se o processo de autorização e credenciamento de

cursos superiores a distância pelo MEC. As primeiras instituições

credenciadas são a Universidade Federal do Paraná e a

Universidade Federal do Ceará.

A Universidade de Brasília oficializa com o nome

Universidade Virtual suas atividades em EAD.

A Secretaria de Educação a Distância do MEC forma

parcerias com os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul

para o oferecimento do Programa de Formação de Professores em

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Exercício .

Proformação. Os 1.199 professores leigos em nível de

segundo grau atingidos pelo programa, recebem diploma de

.Magistério. independente de formação anterior.

Dezoito universidades públicas reúnem-se em Brasília e

lançam documento pela criação da Universidade Virtual Pública do

Brasil que recebe adesão de praticamente todas as instituições de

ensino superior federais e estaduais (superando 50 instituições

signatárias do projeto em 3 meses).

2000 Dez universidades particulares e comunitárias criam a marca

Universidade Virtual Brasileira com o objetivo de cooperação no

desenvolvimento de plataformas tecnológicas comuns, produção de

conteúdos para EAD, definição de metodologias de trabalho,

formação de recursos humanos e oferta de cursos à distância.

2001 A Resolução nº. 1 estabelece normas para o funcionamento

de cursos de pós-graduação (inclusive à distância).

2002 É elaborado pela Secretaria de Educação a distância do MEC

o documento .Referenciais de Qualidade para Cursos a Distância.

com o objetivo de orientar as instituições e as comissões de

avaliação que forem analisar projetos de cursos à distância.

2004 Baixada a Portaria nº. 4.059 do MEC que trata da

possibilidade de oferta de 20% da carga dos cursos superiores na

modalidade semi-presencial.

2005 É lançado o primeiro Anuário Brasileiro Estatístico de

Educação Aberta e a Distância . ABRAEAD pela Associação

Brasileira de Educação a Distância. ABED, Instituto Monitor e

Secretaria de Educação a Distância do MEC.

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O Decreto nº. 5.622 passa a regulamentar a EAD no país

revogando os Decretos nº. 2.494/98 e nº. 2.561/98.

É criado o Projeto Universidade Aberta do Brasil - UAB pelo

MEC para a articulação e integração experimental de um sistema

nacional de educação superior.

2006 O Decreto nº. 5.773 dispõe sobre o exercício das funções de

regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação

superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema

federal de ensino.

O sistema UAB é oficializado pelo Decreto nº. 5.800.

2007 É baixada Portaria Normativa nº. 2 que dispõe sobre os

procedimentos de regulação e avaliação da educação superior na

modalidade à distância.

Os Decretos nº. 5.622 e 5.773 têm alguns dispositivos

alterados pelo Decreto nº. 6.303.

Quadro 1: Evolução da Educação Superior a Distância no Brasil - Fonte: elaborado pelo autor com

base em Vianney, Barcia e Luz (2006); Barreto (2006); Pretti et al. (2003); BRASIL (1996); BRASIL

(1997); BRASIL (1998); BRASIL (2001); BRASIL (2004); BRASIL (2005); BRASIL (2006); BRASIL

(2007); UAB (2007).

O SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), que segundo o ex-

secretário de educação a distância do MEC é um projeto que faz parte do atual

conjunto de políticas públicas desenvolvidas pelo governo federal que visa à

expansão da educação superior com qualidade e promoção de inclusão social

(MOTA, 2007).

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A UAB, teve sua gênese num projeto de mesmo nome criado pelo

Ministério da Educação, em 2005, no âmbito do Fórum das Estatais pela

Educação, que visava criar um sistema nacional de educação superior.

No ano seguinte, esse sistema foi oficializado pelo Decreto nº. 5.800 de

8 de junho.

O sistema UAB foi idealizado de modo que instituições públicas de

ensino superior ofereçam cursos superiores na modalidade à distância, para o

atendimento de estudantes nos pólos municipais de apoio presencial. Em

outras palavras, um município brasileiro que não oferta cursos superiores

tradicionais em sua região, poderá, por meio de sua prefeitura, construir um

pólo de apoio presencial, o qual servirá de pólo de atendimento de estudantes.

O público-alvo da UAB é qualquer cidadão que tenha concluído a

educação básica, tenha sido aprovado no processo seletivo e que atenda aos

requisitos exigidos pela instituição pública vinculada ao Sistema Universidade

Aberta do Brasil (UAB, 2007a).

Destaca-se, de acordo com Mota (2007), que a UAB oferece uma

alternativa para o atendimento de pessoas que se encontram a margem da

educação superior; fato este que tem gerado um quadro de assimetrias

educacionais, seja em relação à oferta de formação inicial, seja em relação às

possibilidades de oferta de formação continuada ao longo da vida,

considerando que apenas 11% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao

ensino superior.

O primeiro passo dado pela UAB ocorreu em março de 2006, por meio

do lançamento do curso piloto de graduação em Administração à distância,

uma parceria entre o MEC, o Banco do Brasil (integrante do Fórum das

Estatais pela Educação) e instituições federais e estaduais de ensino superior;

distribuídas em mais de 20 estados (UAB, 2007b).

Para o ano de 2007, foram aprovados pela UAB 197 cursos superiores

à distância a serem oferecidos por instituições de ensino superior em todo o

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país. Esses cursos incluem: tecnólogos, bacharelados, licenciaturas e pós-

graduação (La tu sendo e sirito sendo) nas mais diferentes áreas de

conhecimento (UAB, 2007c). Cursos são oferecidos pelo CEDERJ/CECIERJ.

A Avaliação da Aprendizagem

Na educação à distância, o modelo de avaliação da aprendizagem

deve ajudar o estudante a desenvolver graus mais complexos de competências

cognitivas, habilidades e atitudes, possibilitando-lhe alcançar os objetivos

propostos. Para tanto, esta avaliação deve comportar um processo contínuo,

para verificar constantemente o progresso dos estudantes e estimulá-los a

serem ativos na construção do conhecimento. Desse modo, devem ser

articulados mecanismos que promovam o permanente acompanhamento dos

estudantes, no intuito de identificar eventuais dificuldades na aprendizagem e

saná-las ainda durante o processo de ensino-aprendizagem.

As avaliações da aprendizagem do estudante devem ser compostas de

avaliações à distância e avaliações presenciais, sendo estas últimas cercadas

das precauções de segurança e controle de freqüência, zelando pela

confiabilidade e credibilidade dos resultados. Neste ponto, é importante

destacar o disposto no Decreto 5.622, de 19/12/2005, que estabelece

obrigatoriedade e prevalência das avaliações presenciais sobre outras formas

de avaliação. Também é oportuno destacar, no âmbito do referido decreto, que

o planejamento dos momentos presenciais obrigatórios devem estar

claramente definidos, assim como os estágios obrigatórios previstos em lei,

defesa de trabalhos de conclusão de curso e atividades relacionadas a

laboratório de ensino, quando for o caso.

http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf

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CAPÍTULO IV

Uso de vídeo aulas / vídeo conferência e CD-ROM na EAD

Cursos EAD - aprendizagem além dos limites de tempo e espaço

As inovações científicas e tecnológicas estão acelerando o ritmo de

vida das pessoas. Isso se reflete em como nos relacionamos: com as outras

pessoas, com o nosso trabalho e com nossos processos de aprendizado.

Nunca foi tão importante saber filtrar informações e encontrar meios para nos

qualificarmos diante dos desafios da vida profissional.

Em sintonia com o ritmo de vida atual, os cursos de Educação a

Distância (EAD) do SENAI, por exemplo, apresentam uma proposta

pedagógica focada na qualidade do ensino, apropriando-se das ferramentas

disponíveis para realizar um atendimento inovador e integrado com o

desenvolvimento de competências profissionais.

Os cursos de EAD do SENAI permitem a você ampliar suas

competências de forma rápida e eficiente, em qualquer lugar, sem a

necessidade de deslocamento, com economia de tempo e dinheiro. Além

disso, o SENAI disponibiliza apoio técnico-pedagógico realizado por

mediadores e especialistas que monitoram o seu processo de aprendizagem

por meio de relatórios periódicos de desempenho.

Como funciona: Os cursos são realizados num ambiente virtual de

aprendizagem onde você estuda em qualquer local e horário de sua

conveniência.

Durante o curso você tem acesso a textos, fóruns, atividades, tira-

dúvidas, mural, blog, biblioteca virtual e outros recursos que favorecem a sua

interação com o professor e com os outros participantes. Você poderá também

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fazer “download” de materiais complementares de apoio a sua aprendizagem

como: artigos técnicos, apostilas, bibliografia, manuais técnicos, slides etc.

Aulas também via webTV: Alguns cursos são realizados com aulas ao

vivo transmitidas via webTV. Com essa tecnologia inovadora e de qualidade, o

professor utiliza recursos diversificados, tais como: quadro interativo, slides,

vídeos, animações, simulações e enquetes para facilitar abordagem dos

conteúdos. Com a interatividade proporcionada pelo sistema, é possível avaliar

a compreensão do assunto abordado durante a aula e esclarecer suas dúvidas.

Tudo em tempo real. A transmissão das aulas via internet (streaming)

encurta distâncias e permite que uma quantidade impensável de pessoas seja

atendida de uma só vez, em qualquer região do país ou mesmo do exterior.

TELECONFERÊNCIA

Teleconferência é um termo genérico utilizado para se referir ao uso,

conjunto, de meios eletrônicos tais como: áudio, vídeo e computador (ver

figuras); ela facilita a comunicação entre várias pessoas que se encontram em

diferentes lugares. Quando usados isoladamente, tais meios denominam-se:

Audioconferência, Videoconferência e Conferência Computacional (MATTOZO,

1998).

As aplicações destes sistemas são vastas, porém, o enfoque neste

estudo será voltado para a EAD. É importante esclarecer sucintamente, cada

um:

a) Áudioconferência: é a comunicação, entre grupos que se encontram

fisicamente distantes utilizando-se, o telefone convencional ou digital. No caso

do telefone convencional, as mensagens são passadas através de vozes. Por

outro lado, o uso do telefone digital permite a transmissão de vozes, dados e

sinais de vídeo compactados simultaneamente.

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b) Videoconferência: é uma forma de comunicação entre grupos,

também distantes, em que as mensagens são transmitidas pela voz e vídeo. As

mensagens, via vídeo podem ser transmitidas nos dois sentidos (primeira

figura), instalando-se uma câmera em todas as localidades onde se encontram

as pessoas, ou num único sentido (segunda figura).

Figura 1 - Esquema de Teleconferência Figura 2 - Esquema de Videoconferência

RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. 28 de julho de 2000 | volume 4, número 4

Aplicando-se esta tecnologia no ensino a distância, podemos dizer que,

no caso A, ela é uma reprodução quase perfeita de uma sala de aula (sendo

cada local equipado com uma câmera, microfones e monitores); desta forma,

os professores e seus alunos podem se vir e se ouvir. E no caso B, ela é

semelhante à tradicional educação pela televisão (na qual a câmera é instalada

apenas onde está o professor); neste caso, os alunos podem interagir com o

professor e com os demais alunos por meio de telefone, fax ou e-mail.

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VANTAGENS DE VIDEOCONFERÊNCIAS

O uso da videoconferência apresenta uma série de vantagens:

Economia de tempo, evitando o deslocamento físico para um local

especial;

Economia de recursos, com a redução dos gastos com viagens;

Mais um recurso de pesquisa, já que a reunião pode ser gravada e

disponibilizada posteriormente.

Além destes aspectos, os softwares que apóiam a realização da

videoconferência, em sua maioria, permitem também, através da utilização de

ferramentas de compartilhamento de documentos:

Visualização e alteração pelos integrantes do diálogo em tempo real;

Compartilhamento de aplicações;

Compartilhamento de informações (transferência de arquivos).

c) Conferência Computacional: a comunicação neste caso é efetuada

via computador.

As possibilidades educativas da videoconferência são bastante amplas,

posto que se constitua num meio interativo de comunicação audiovisual

bidirecional, transmitindo imagem e som em tempo real para diferentes lugares

e diferentes pessoas, simultaneamente.

Mesmo sendo um fenômeno recente e restrito, dado o custo do

equipamento, já se têm no Brasil várias experiências bem sucedidas de uso da

teleconferência em instituições de ensino superior, particularmente em parceria

com empresas privadas e públicas.

Desde a estruturação do LED, em 1995, a UFSC tem produzido à

comunidade diversos cursos em vídeo e por teleconferência; em parceria com

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a Confederação Nacional dos Transportes, Secretaria de Educação e Cultura

do Estado de Santa Catarina, IBGE, SEBRAE/SP, PETROBRÁS e SENAI.

Em agosto de 1996, a Fundação Vanzolini lançou o programa

Engenheiro 2001, que compreendeu teleconferências transmitidas via satélite,

atividades na Internet e a Revista Engenheiro 2001, além de outras mídias

utilizadas para transmitir a opinião da comunidade sobre as novas tendências

da Engenharia e do Ensino de Engenharia.

É importante destacar que, conforme alerta Pregént e Demers (1996),

a respeito dos tipos de cursos convenientes à videoconferência, em princípio

todos os cursos que ocorrem de maneira convencional podem se der dados por

meio de videoconferência. Com exceção, pelo menos por ora, aos cursos

clínicos, de laboratório ou outros que exigem atividades manipulativas.

Entretanto, convêm ressaltar que existem outros meios complementares para

suprir esta limitação, através da outras ferramentas como software

(simuladores e sistemas especialistas).

A PUC-SP desenvolve desde 1996 projetos de videoconferência com o

SEBRAE/SP e a Folha de São Paulo. Os projetos são divididos em dois

grupos: TV e telemática. Organizam-se debates e outros eventos, transmitidos

pela rede interna da TVPUC e em canal fechado, via satélite, para todo o país

(FONSECA JÚNIOR, 1997).

Silva (1998) defende que, tecnicamente, a videoconferência, faz parte

de uma classificação mais geral; sendo um tipo particular de teleconferência,

ou seja, um tipo de conferência audiográfica que envolve transmissão de áudio,

sinais de controle e imagens estáticas, acrescidas do envio on line e em tempo

real de sinais de vídeo entre vários pontos e participantes.

CANAL FUTURA

O Canal Futura resulta de uma parceria entre o SENAI, a Fundação

Roberto Marinho e mais catorze grupos privados. É um canal basicamente

educativo, capaz de atender aos interesses de todas as idades e classes

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sociais. Tem programas voltados ao jovem universitário, ao vestibulando, às

crianças, aos adultos, trabalhadores rurais e empresários, disponibilizando

conhecimento temático diversificado.

Uma diferença fundamental do Futura é a mobilização comunitária

prevista no projeto. Com dezesseis horas de programação educativa de

qualidade, o canal investe um terço do seu orçamento para garantir o

recebimento de seu sinal nos diversos pontos do Brasil. O sinal é gratuito.

O Canal Futura busca atingir escolas, creches, sindicatos, igrejas,

empresas, hospitais, bibliotecas, penitenciárias, associações comunitárias,

entre outros, através da transmissão por cabo e via satélite, dentro da filosofia

de atender a diversos públicos, com grau de instrução e interesses distintos.

Dentre as parcerias citadas, uma estabelecida entre a COMPAQ e o

Instituto Ayrton Senna oportunizou a geração dos quadros (chamadas) sobre a

informática e o Projeto de Informática Educativa, que tem como objetivos

principais: enfatizar o uso pedagógico do computador e oferecer aos

educadores, alternativas pragmáticas de utilização de novas tecnologias, no

processo ensino-aprendizagem; conscientizá-los sobre o potencial da

informática no desenvolvimento de habilidades de linguagem e comunicação; e

incentivar novas atitudes e posturas em relação ao computador.

REDES INTERATIVAS

A Rede Brasileira de Educação à Distância – READ/BR – foi criada no

início da década de 90, com o objetivo de integrar as instituições que

desenvolvem ações no campo da EAD e divulgar as inovações que estejam

sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior.

No final da década de 90, surge a Rede Nacional de Pesquisa – RNP

(um projeto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico; CNPq, e do Ministério da Ciência e Tecnologia, MCT) –,

interligando as cidades de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP),

Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). No futuro próximo, o

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usuário comum poderá ter acesso à Internet 2 – rede de computadores

destinada à pesquisa.

A RNP foi criada para transportar informações entre as instituições de

pesquisa e para servir de apoio ao ensino, implantando mecanismos de difusão

científica e tecnológica, ampliando o acesso aos centros de ensino superior dos

grandes centros do país e, com isso, democratizar a educação (MEC, 1997).

Mencione-se, ainda, o projeto Infovias do Desenvolvimento/Tecnolo-

gias da Informação, que é uma iniciativa do Governo do Estado do Ceará

(Figura 2.4), através da Secretaria da Ciência e Tecnologia (SECITECE).

Propõe-se melhorar a Rede Cearense de Pesquisa – RCP –, aperfeiçoando o

programa de EAD existente no ensino fundamental e implementando

programas voltados para o ensino tecnológico, para a saúde e para a melhoria

no sistema de acompanhamento pedagógico da Secretaria de Educação do

Estado.

A Fundação Vanzolini, em parceria com a Escola Politécnica da USP, e

a Fundação do Ensino da Engenharia em Santa Catarina (FEESC/UFSC)

lançaram em 1997 o projeto Rede Interativa de Educação Tecnológica para a

Competitividade (RABELLO, 1997). O objetivo principal desta é multiplicar as

oportunidades de educação continuada – à distância – aos profissionais da

engenharia, no contexto das prioridades do desenvolvimento nacional e da

competitividade requerida dos profissionais e empresas brasileiras. Essa rede

apoiará as iniciativas de desenvolvimento e implantação de redes de

aprendizagem e conhecimento no país, com uso de novas tecnologias de

comunicação e modernos métodos pedagógicos de auto-aprendizagem e

tutoria à distância (BOLZAN, 1997).

Souza (1996) afirma que o desenvolvimento tecnológico e a

possibilidade de criação de redes de comunicação de interesses específicos,

utilizando os mais variados recursos, meios e canais, são fundamentais

inclusive para o fortalecimento dos movimentos sociais. De acordo com o autor,

o uso da informática de forma interativa, as videoconferências e as redes via

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computador representam o mais novo território de disputa e luta na sociedade,

cabendo à sociedade direcionar esses valores sociais para a educação. A

integração entre a televisão e o computador possibilitará a circulação da

informação numa velocidade tal que permitirá a interatividade em tempo real,

com alta definição.

TELECURSO / VÍDEO AULAS

Vídeos

Cada módulo do Telecurso inicia com um vídeo que usa as múltiplas

linguagens televisivas, como animação, documentário, reportagem,

dramaturgia e computação gráfica para complementar o conteúdo. Essas

linguagens aliadas a argumentos atraentes despertam o interesse e a

curiosidade, estabelecem inter-relações com os conhecimentos e suscitam

questionamentos dos alunos sobre a temática a ser trabalhada.

Cada vídeo tem em média duração de 15 minutos e incorpora novas

mídias e tecnologias de inclusão para atender a pessoas com deficiência

auditiva e visual. Além de legendas (recurso para usar o close-caption da TV),

os vídeos oferecem uma versão em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

Todos os programas são reproduzidos em fitas VHS e DVD. Mesmo com a

popularização do DVD, a mídia VHS será mantida porque ainda existem muitos

equipamentos dessa tecnologia funcionando em escolas e associações, em

todo o Brasil.

Ambiente virtual

É mais um recurso pedagógico e de relacionamento. Especialmente

pensado para ser um espaço para fortalecer a formação continuada de

professores, promove a troca de informação e de conhecimento entre aqueles

que se interessam pelo projeto ou participam das telessalas, além de subsidiar

o processo decisório.

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Com foco no aluno e no professor, ele socializa experiências

desenvolvidas na rede do Telecurso, nas dimensões local, regional e nacional.

Promove a interatividade e oferece ao professor sugestões pedagógicas e

dinâmicas para pensar e planejar suas atividades na telessala.

WEBTV É A NOVA SALA DE AULA DO SENAI.

http://conecta2011.firjan.org.br

Hoje, a educação à distância já é adotada por universidades, escolas,

empresas e diversas instituições educacionais para a formação de pessoas

que necessitam de flexibilidade de tempo e local para estudar. Agora, a grande

novidade é a educação à distância através da webTV. Com ela, em tempo real,

professores do SENAI do Rio de Janeiro, primeiro da rede a utilizar a nova

tecnologia, ministram suas aulas para alunos de todo o Brasil, conectados à

internet. Os alunos acompanham as aulas e esclarecem as dúvidas on line, on

time.

Num estúdio na Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio, o professor é

capacitado para ministrar suas aulas diante das câmeras. No planejamento

dessas aulas, são incluídos recursos audiovisuais, como vídeos, simulações,

animações, fotografias e jogos visando o dinamismo e a facilidade no

aprendizado do aluno. Na aula, transmitida ao vivo, além de apresentar a

teoria, é possível dar início às aulas práticas com a demonstração de vídeos

detalhados de processos, como os de Instrumentação, o que facilita o

aprendizado nas oficinas. O professor consegue ainda formular enquetes para

atrair a atenção daqueles que estão do outro lado da tela e, ao mesmo tempo,

avaliar o aprendizado da turma.

Entre as vantagens para os alunos internautas, está o acervo com

todas as aulas, que fica disponível para que eles acessem a qualquer momento

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e quantas vezes quiserem. Cursos de iniciação profissional, qualificação e

aperfeiçoamento já são oferecidos via webTV pelo SENAI do Rio, que também

planeja dar início aos cursos técnicos à distância. Neste ano, mais de duas mil

pessoas já se formaram utilizando a nova tecnologia.

Tecnologia que foi vista e experimentada no Conecta 2011- primeiro

Seminário de Tecnologias Educacionais. O evento, que aconteceu nos dias 3 e

4 de novembro, no Centro de Convenções Sul América, reuniu educadores de

todo o Brasil. Mais de dois mil profissionais de educação participaram das

palestras, oficinas e exposições previstas nos dois dias. Entre os palestrantes

convidados, estiveram Erik Qualman, especialista em Mídias Digitais, e

Anthony Williams, especialista em Comportamento Digital.

WEBTV JÁ É USADA PELAS EMPRESAS PARA CAPACITAÇÃO DE

FUNCIONÁRIOS

Além dos que se interessam pela facilidade de se preparar à distância

para entrar no mercado de trabalho, estão os empresários que motivam seus

funcionários a se aperfeiçoarem pela webTV, já que assim não se afastarão por

muito tempo de suas atividades na empresa. Outra vantagem para os

empresários é a possibilidade de compartilhar conhecimentos e informações

relevantes para a empresa.

A Transpetro, por exemplo, já desenvolveu 57 cursos para a área de

Gás Natural junto ao SENAI do Rio e vem capacitando mais de 300

funcionários espalhados em suas malhas de transporte e distribuição de gás no

Brasil. Nestes cursos, além de capacitar os novos, a empresa passou a ter um

grande acervo de vídeos gravados com seus funcionários mais experientes, o

que se constitui em um programa de Gestão do Conhecimento para que as

informações não se percam com o tempo.

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CONCLUSÃO

O sucesso do uso das tecnologias na educação vai depender da

metodologia utilizada com objetivos que auxiliem o discente na sua

aprendizagem. Simplesmente levar um grupo de alunos para utilizar um

laboratório de informática, por exemplo, não possibilita o sucesso na

aprendizagem. Fundamentalmente, para que isto aconteça é necessário dispor

de “novas” metodologias viabilizadas através de “novas” tecnologias, ou seja,

integração entre conteúdos e estratégias através de tecnologias. É importante

uma reflexão acerca de uma nova postura do docente frente ao conhecimento

de forma a incentivar a aprendizagem cooperativa, a desenvolver o espírito

crítico e a integrar a tecnologia, numa perspectiva construtivista da

aprendizagem.

A aprendizagem pode ser realizada de diferentes formas, por diferentes

mídias, todas elas são interligadas e é direcionada para um aprendizado mais

coerente com o tempo e o espaço (distancia) do aluno; que ao realizar esse

tipo de educação, procurar a melhor maneira de se adaptar e evoluir como

pessoa e como profissional.

A comunicação por correspondência utilizada pelo Instituto Monitor,

Transmissões de aulas pela TV como o Telecurso 2000 da Rede Globo, fitas

de áudio (cursos de inglês), o rádio, o computador e outros. A EAD tem tudo

para realizar um belíssimo trabalho direcionado a educação do brasileiro; mas

tudo isso só irá evoluir para uma educação ativa se o aluno, levar a educação à

distância a sério, pois ela dá diversas opções para a evolução intelectual do

aluno; mas como em todas as outras modalidades de ensino, ela cobra do

aluno o aprendizado em um determinado tempo, sendo assim o aluno deve se

programar para não ter dificuldades na hora de administrar os horários de

estudos. Essa falta de administração é a grande causadora da desistência ou

da não continuação do curso pelo aluno, gerando assim a evasão do curso e

conseqüentemente a discredibilidade na modalidade de ensino.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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distância no Brasil - 1939/2005. Novembro 2006.

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sal.com.br/

Artigo de Valdivino Alves de Souza:

(http://www.mundovestibular.com.br/authors/21/artigos)

FEITAS, Maria do Carmo Duarte - Educação Coorporativa.Um método de

Apoio a decisão, publicados em periódicos. BOMFÁ, C. R. Z. ; FREITAS, M.C.

D. ; SILVA, L. J. O. L, BORNIA, A. C. Dezembro 2000.

ALONSO, Katia. Educação à distância no Brasil: a busca de identidade. In:

PRETI, Oreste (Org.). Educação à distância: inícios e indícios de um percurso.

Cuiabá: NEAD/ie – UFMT, 1996.

ARREDONDO, Santiago Castillo. Educacion a distancia: bases conceptuales y

perspectivas mundiales. In: (Arg) MARTINS, Onilza Borges; POLAK, Ymiracy

Nascimento de Souza e Sá; ANTUNES, Ricardo. Educação à distância: um

debate multidisciplinar. Curitiba: UFPR, 1999.

AZEVEDO, Wilson. A educação on line sem ilusões. In: Gazeta do Rio, 03 de

agosto de p.1, 2000.

AZEVEDO, Wilson. Panorama atual da educação a distância no Brasil.

Disponível em: <http://www.aquifolium.com.br/educacional/artigos/

panoread.html>. Acessado em 29/03/02.

BUARQUE, Cristovam. A aventura da universidade. São Paulo: Editora da

Universidade Estadual Paulista; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

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DECRETO n.o 2494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o Art. 80 da

Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

MAIA, C.; GARCIA, M. O trajeto da universidade Anhembi Morumbi no

desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem. In: MAIA, Carmen

(Org.). ead.br. Educação à distância no Brasil na era da internet. São Paulo:

Anhembi Morumbi, 2000

VIANNEY, J. TORRES, PL. SILVA, E. A Universidade Virtual no Brasil .

Tubarão: Ed. Unisul, 2003.

TORRES, PL Laboratório On Line de Aprendizagem Uma Proposta Crítica de

Aprendizagem Colaborativa para a Educação. Florianópolis, 2002.(Tese de

doutorado - PPGEP da UFSC) Disponível em : http://www.eps.ufsc.br

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

SUMÁRIO 06

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I 09

O QUE É EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (EAD)?

CAPÍTULO II 20

A PRIMEIRA MÍDIA UTILIZADA NA EAD NO BRASIL

CAPÍTULO III 38

O COMPUTADOR E A INTERNET COMO INSTRUMENTOS PARA A EAD

CAPÍTULO IV 50

O USO DE VÍDEO AULAS / VIDEO CONFERÊNCIA E CD-ROM NA EAD

CONCLUSÃO 60

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 61

ÍNDICE 63

FOLHA DE AVALIAÇÃO 64

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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