instituto consciÊncia go coordenaÇÃo de … · 1 instituto consciÊncia go . coordenaÇÃo de...
TRANSCRIPT
1
INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO
Equipe ICG
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
ADRIENE GOMES DOS SANTOS CRB1 2623
C694 Coletânea Didática do Curso Técnico de Administração (CTA)/
Instituto Consciência GO (ICG). 12 vol. Responsabilidade Social e Ambiental V.01. Goiânia: ICG,2014. 60 p. Inclui Referências.
Modo de Acesso: http://www.institutoconscienciago.com.br/index.php?ACESSA=_biblioteca 1. Responsabilidade Social e Ambiental. 2.Sustentabilidade I. Instituto
Consciência GO. II. Título.
CDD 333.72
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
2
Sumário APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 3
1. A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES . 6
1.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS ................................................................. 6
1.2 O QUE VEM A SER RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA? ....... 9
2. GESTÃO COM PESSOAS E TECNOLOGIAS DE GESTÃO ........................... 10
3. BALANÇO SOCIAL ................................................................................................ 15
3.1. QUAL A LIGAÇÃO ENTRE RESPONSABILIDADE SOCIAL E
AMBIENTAL E BALANÇO SOCIAL? .................................................................... 15
3.2. BALANÇO SOCIAL MODELO IBASE ............................................................ 17
3.3. BALANÇO SOCIAL – MODELO DA GRI (GLOBAL REPORTING
INITIATIVE) ............................................................................................................. 19
4. BALANÇO SOCIAL E ECONÔMICO ................................................................ 29
4.1. INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÔMICO ....................................... 30
4.2. INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL ................................................ 30
RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 AO 4 ........................................................................ 33
5. DEMONSTRAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL ................................ 35
5.1. O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL? .................................................... 35
5.2 .POR QUE SE COMPROMETER COM A RESPONSABILIDADE SOCIAL? 43
5.3. O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? ...................................... 47
6. GESTÃO AMBIENTAL COMO MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ..................... 52
7. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ....................................................... 56
SAIBA MAIS NOS SITES ........................................................................................... 59
CONSULTE AS NORMAS E CERTIFICAÇÕES ................................................... 60
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 61
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
3
APRESENTAÇÃO
O Curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) do Instituto
Consciência GO (ICG) iniciou sua trajetória acadêmica em julho de 2013, após
a construção de um projeto pautado na importância de possibilitar acesso ao
ensino técnico profissionalizante de qualidade que, combinado à seriedade na
execução do projeto político pedagógico, propiciasse uma formação sólida e
relacionada às demandas regionais.
Passados doze meses, o curso mostra crescimento quantitativo e
qualitativo, fortalecimento de sua proposta e de consolidação de resultados
positivos. Ressalta-se que esses valores, atividades e ações voltadas ao
ensino sólido viabilizaram a qualidade acadêmica e pedagógica das aulas, bem
como o aprendizado efetivo dos alunos, favorecendo o reconhecimento pelo
Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE GO) deste curso que ora
iniciamos com você, Curso Técnico Profissionalizante em Administração (CTA),
a partir de setembro de 2014.
Assim, oferecemos a você, estudante, este Livro Didático, produto do
trabalho de uma equipe composta por profissionais do ICG. Julgamos de suma
importância você conhecer o processo de organização deste Livro Didático
que foi organizado seguindo algumas etapas relacionadas abaixo:
1ª: coletânea de diversos subsídios de conteúdos relevantes de vários
autores;
2ª: seleção e organização do material específico para atender o curso;
3ª: autorização do autor do respectivo material ;
4ª:apreciação realizada pelo professor docente do respectivo componente
curricular;
5ª: revisão final.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
4
Destacamos ainda, que este material não é produção inédita do ICG
eem cada capítulo consta a sua referência.
Aos autores e autoras do material didáticopedagógico coletado, os
nossos sinceros agradecimentos, com certeza, vocês têm a alma nobre e estão
contribuindo imensamente com a qualidade da educação em nosso país.
Aos profissionais do ICG, envolvidos na organização deste Livro Didático
(vide Ficha Técnica na contracapa), os nossos agradecimentos.
A você em especial, estudante, oferecemos este material que servirá de
guia e de apoio para o estudo atento e sério, para a organização da pesquisa e
para o contato inicial de qualidade com as disciplinas que estruturam o curso
Técnico em Administração (CTA).
O ICG acolhe a todos e todas com respeito.
Profª Ma Sandra Isabel Chaves
Diretora Geral
Equipe Organizadora da Coletânea Digital Profª Ma Sandra Isabel Chaves – Direção Geral Profª Ma Angela Maria Naves da Silva – Assessoria Técnico-Pedagógica
Adriene Gomes – Bibliotecária - ( CRB1 2623)
Joana Chaves Pozzer – Secretária dos Cursos Técnicos
Prof. Luciano Galdino de Melo Resende – Informática Aplicada à Educação
Profª Cleide Coelho Martins – Língua Portuguesa
Profª Geanne Cardoso – Matemática
Dr. Fabrício Segato – Advogado
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
5
Maria Clara Ribeiro de Bragança – Estagiária do Curso Técnico em Redes de Computadores
Preâmbulo
Visão do ICG: Socialização e produção do saber de excelência.
Missão do ICG: Possibilitar a formação acadêmica e profissional com profundidade e
refinamento, em áreas específicas do conhecimento, habilitando os envolvidos
na busca de respostas inovadoras e criativas, aplicadas ao entendimento, à
promoção e a recuperação do bem-estar social de nossa população, que
precisa ser a beneficiária desse processo de produção científica, fortalecendo-
se em valores coletivos e democráticos, centrado no desenvolvimento humano,
na inclusão social e cultural.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
6
1. A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES
O objetivo desta primeira unidade é mostrar num primeiro momento uma
conceitualização sobre a Responsabilidade Social e Ambiental nas
organizações e mostrar os estágios em que se encontram as empresas. Tem-
se também interesse em apresentar Modelos de Balanços Sociais, tais como o
IBASE; o Instituto ETHOS e o Relatório GRI, com as suas características.
1.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
Diante das transformações econômicas e sociais vividas ao longo dos
anos, hoje, é possível perceber que o movimento ambientalista cresce em
grande escala, e um dos maiores desafios “é fazer com que as forças do
mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com o auxílio de
padrões baseados no desempenho e uso criterioso de instrumentos
econômicos, num quadro harmonioso de regulamentação” (TACHIZAWA,
2004, p. 23).
O mesmo autor ainda descreve que uma característica do novo contexto
econômico é a postura rígida dos clientes que buscam as organizações éticas,
com boa imagem institucional e que atuem de forma ecologicamente correta.
Segundo Machado Filho (2006), quando relata no prefácio de seu livro
um texto de Roberto Silva Waack (presidente da Orsa Florestal e diretor
executivo da Holding Grupo Orsa), menciona:
A cada dia que passa, a responsabilidade social é mais discutida nos diferentes ambientes da sociedade. Ela mudará o mundo das organizações, pois já tem, e terá muito mais, influência nas relações
PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
7
entre capital e trabalho. Avança com consistência nas interfaces entre empresas e as comunidades de seus entornos e, recentemente, ampliou seus horizontes para uma abordagem mais sistêmica, dando substância ao candente conceito de sustentabilidade.
A Responsabilidade Social e Ambiental nas Organizações é referencial
de excelência para o mundo dos negócios a partir da Fundação para o Prêmio
Nacional da Qualidade (2001 apud TACHIZAWA, 2004), instiga as
organizações a tornarem-se socialmente responsáveis, aderindo a partir de
diversos estágios a inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos
estratégicos da organização. “Esse novo pensamento precisa ser
acompanhado por uma mudança de valores, passando da expansão para a
conservação, da quantidade para a qualidade, da dominação para a parceria”
(TACHIZAWA, 2004, p. 27).
São cinco os estágios que uma organização percorre desde a fase
embrionária até a mais avançada. Você vai estudar separadamente as
características de cada um.
Estágio 1:
a) A organização não assume responsabilidades perante a sociedade;
b) Não promove o comportamento ético.;
c) Não toma ações em relação ao exercício de cidadania.
Estágio 2:
a) A organização reconhece os impactos causados por seus produtos,
processos e instalações.
b) Apresenta ações isoladas.
c) Busca promover o comportamento ético.
Estágio 3:
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
8
a) A organização está iniciando a sistematização de um processo de
avaliação dos impactos – formar questões de lista de verificação.
b) Exerce liderança em algumas questões de interesse da comunidade.
c) Promove o envolvimento das pessoas em esforços de desenvolvimento
social.
Estágio 4:
a) A organização sistematiza os impactos sociais e ambientais – análise de
sustentabilidade.
b) Exerce lideranças de interesse da comunidade, de diversas formas.
c) Promove o envolvimento das pessoas em esforços de desenvolvimento
social, frequentemente.
Estágio 5:
a) A organização pensa na certificação por ações.
b) A organização participa de ações não lucrativas.
c) Áreas como cultura, assistência social, educação, saúde, ambientalismo
e defesa de direitos são consideradas relevantes.
Os estágios representam uma forma de avaliar a empresa. As instituições
podem apresentar alterações frequentes em seus estágios, inclusive com
regressão, passando de um “Estágio 3” para o “Estágio 1”, quando, por
exemplo, a empresa assume um processo de Responsabilidade Social e inicia
uma avaliação através de uma Lista de verificação, porém não conclui os
trabalhos, passando então à situação inicial, ou “Estágio 1”.
Para verificar atentamente o que está acontecendo é necessário uma
verificação in loco em todos os setores da empresa, analisar as atividades, os
processos de produção e prestação de serviços. Verifica-se, entretanto, que os
gestores de muitas empresas demonstram preocupação, atuando de forma
gradativa na Responsabilidade Social e Ambiental.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
9
1.2 O QUE VEM A SER RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA?
Ainda não existe uma definição unânime de Responsabilidade Social
Corporativa, segundo Machado Filho (2006, p. 24): “[...] a expressão se refere,
de forma ampla, a decisões de negócios tomadas com base em valores éticos
que incorporam as dimensões legais, o respeito pelas pessoas, comunidades e
meio ambiente”.
Ao mesmo tempo em que se aprofunda o debate na comunidade acadêmica sobre a questão da responsabilidade social e da ética, cresce também, na comunidade dos negócios, o questionamento sobre a real conexão entre as práticas de responsabilidade social e o desempenho econômico e financeiro das empresas (MACHADO FILHO, 2006, p. 14).
Assim, verifica-se que existe uma correlação entre o desempenho
econômico e financeiro e o desempenho social e ambiental nas empresas. Vale
ressaltar o envolvimento dos stakeholders.
Machado Filho (2006) relata Edward Freeman (1994), quando propõe uma
divisão dos stakeholders em dois grupos: stakeholders primários (acionistas e
credores) são aqueles que possuem os direitos legais sobre os recursos
organizacionais bem estabelecidos. Os stakeholders secundários (comunidade,
funcionários, consumidores, entre outros) são aqueles cujo direito sobre os
recursos organizacionais é menos estabelecido em lei e/ou baseado Em
critérios de lealdade ou em obrigações éticas (MACHADO FILHO, 2006, p. 4).
A responsabilidade social deve expressar o compromisso com valores,
conduta e procedimentos que estimulem o contínuo aperfeiçoamento dos
processos empresariais, e os stakeholders surgem como fiscais das ações.
Assim, pode-se ter um resultado positivo em preservação do meio ambiente
e melhoria da qualidade de vida da sociedade, do ponto de vista ético, social e
ambiental.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
10
2. GESTÃO COM PESSOAS E TECNOLOGIAS DE GESTÃO
As organizações nos países ocidentais são decorrências da Revolução
Industrial. Três grandes representantes da Escola Clássica adotaram uma
abordagem semelhante: criar uma organização que, de forma eficiente,
atingisse seus objetivos (TACHIZAWA, 2004).
A Figura 1 mostra as opiniões destes três representantes mencionados:
Taylor, Fayol e Weber. São destacadas as características de cada
pesquisador.
PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
11
Seus pontos de vista são complementares e refletem determinados
princípios nos quais a organização do trabalho se baseia até o momento atual
(TACHIZAWA, 2004, p. 41).
O trabalho de Adam Smith evidencia o princípio empresarial da época
em que o trabalho era decomposto em tantas tarefas quanto possíveis, e essas
seriam distribuídas a outros tantos operários, fazendo com que cada um deles
se tornasse especialista em sua tarefa, obtendo assim níveis de produtividade
Organização que de forma eficiente atingisse seus
objetivos Análise do Trabalho (TAYLOR)
Reflexões sobre Administração e
Controle (FAYOL)
As organizações nos países ocidentais são
decorrência da Revolução Industrial.
Três grandes representantes da Escola Clássica.
Contexto Social e os princípios que
fundamentam as organizações
(WEBER)
Figura 1 – Características de três representantes da Escola
Clássica
Fonte: Tachizawa (2004)
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
12
elevados. Esta linha em que trabalha Adam Smith consiste na fragmentação do
trabalho e criação dos especialistas garantindo produtividade máxima.
Ao final do século XIX, o desenvolvimento industrial levou à necessidade
de aperfeiçoamento dos princípios tradicionais da organização e deu
continuidade, no século XX, ao processo de desenvolvimento do Capitalismo, o
qual resultou em um surto industrial que avança até os dias de hoje. E, após
este surto industrial e em decorrência dos avanços científicos, surgem os
primeiros estudos sobre os efeitos da poluição na saúde dos trabalhadores
(TACHIZAWA, 2004, p. 42).
Neste ambiente, surge uma nova visão das organizações – a Escola das
Relações Humanas – que defendia o pressuposto de que as organizações não
poderiam ser máquinas, e os trabalhadores serem considerados peça
integrante dessas, conforme definição da Escola Clássica. Mas não existia uma
quebra total com os princípios clássicos e surge a preocupação da comunidade
com as implicações das atividades produtivas sobre os seres vivos e o meio
ambiente (TACHIZAWA, 2004, p. 42).
Assim, novos pensamentos e a modulação de novas estruturas de
administração das futuras organizações começam a ser pensados para
trabalhar com a Responsabilidade Social; novas estratégias de melhores
serviços aos clientes, os operários de tarefa desaparecendo e suas funções
sendo automatizadas ou combinadas em tarefas maiores, que exigem uma
especialização.
A Gestão de Pessoas vem para auxiliar as empresas, pois imagem,
liderança e tradição no mercado não são suficientes; é necessário um
profissional (público interno) com cursos de qualificação.
Tachizawa (2004) ressalta que devem existir nas empresas
oportunidade de desenvolvimento, plano de carreira, bom ambiente de
trabalho, comportamento social e valores éticos.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
13
A Figura 2 mostra um modelo de Gestão de Pessoas.
Modelo de Gestão
de Pessoas Empregos em tempo integral
Trabalho menos especializado Alta taxa de rotatividade/
desgaste natural
Empregos em tempo parcial Surgimento de Novas
Micro e Pequenas
Empresas para a
prestação de serviços
O referido autor diferencia a Gestão de Pessoas em dois grupos:
empregados em tempo integral, e empregos em tempo parcial. No primeiro
grupo, o trabalho é menos especializado e existe possibilidade de desemprego
pela alta taxa de rotatividade. Já no segundo grupo aparecem os
empreendedores, pois podem surgir novas micro e pequenas empresas.
Segundo Tachizawa (2004, p. 63):
Figura 2 – Modelo de gestão de pessoas
Fonte: Tachizawa (2004)
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
14
O mercado de trabalho, em face das inúmeras transformações em marcha, vive uma radical reestruturação. Diante da forte volatilidade do mercado, do aumento da competição e do estreitamento das margens de lucro, os empresários e executivos das empresas deverão reposicionar-se diante do enfraquecimento do poder sindical e da grande quantidade de mão-de-obra excedente (desempregados ou subempregados) para negociar regimes e contratos de trabalho mais flexíveis.
Neste sentido, verifica-se, ainda, que o segundo grupo mencionado
tende a ser mais forte, as micro e as pequenas empresas são contratadas
pelos grandes fornecedores de tecnologia e passam a formar parcerias. Os
critérios para a contratação desses parceiros são diferentes, ou seja: cada caso
específico tem características especiais.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
15
3. BALANÇO SOCIAL
A Responsabilidade Social, nos últimos tempos, vem sendo amplamente
discutida e exigida pela sociedade, não apenas pelos organismos não
governamentais e entidades da administração pública, mas também pelas
empresas privadas e órgãos de classe (como os Conselhos Regionais de
Contabilidade) (GODOY et al., 2007).
3.1 QUAL A LIGAÇÃO ENTRE RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL E BALANÇO SOCIAL?
Os gestores têm interesse em divulgar suas ações para a comunidade, e
o Balanço Social constitui a forma de apresentar as ações concretas realizadas
pelas empresas.
É um relatório que apresenta um conjunto de informações econômicas e
sociais, com a finalidade de mostrar os gastos e investimentos realizados em
benefício dos empregados, da comunidade e do meio ambiente e informações
sobre a formação e a distribuição da riqueza gerada. Por isso, é também
considerado um instrumento de gestão estratégica (AZEVEDO, 2006).
No Brasil, esse tema foi abordado inicialmente por entidades católicas,
na década de 1970. A partir dos anos de 1990, houve um maior interesse da
sociedade sobre o assunto. A responsabilidade social corporativa enfatiza o
impacto das atividades da empresa com os stakeholders (TINOCO, 2001).
Para Ludícibus e Marion (2001 apud GODOY, 2007) o Balanço Social é
um relatório que contém informações que permitem identificar o perfil da
atuação social da empresa durante o ano, ou seja, a Responsabilidade Social
exercida por essa empresa, as ações apresentadas nas relações com os
PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
16
empregados, a participação dos empregados nos resultados econômicos da
empresa e as possibilidades de desenvolvimento pessoal, e ainda na forma de
sua interação com a comunidade e sua relação com o meio ambiente.
O Balanço Social é considerado um instrumento de avaliação, que os
analistas de mercado, investidores e órgãos de financiamento (como BNDES,
BID e IFC) incluem na lista dos documentos necessários para se conhecer e
avaliar os riscos e as projeções de uma empresa (GODOY, 2007). Segundo
Tinoco e Kraemer (2004, p. 28):
É um instrumento de gestão e informação que visa evidenciar, de forma mais transparente possível, informações financeiras, econômicas, ambientais e sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferenciados usuários, seus parceiros sociais.
Assim, o Balanço Social apresenta através de indicadores a situação
atual da empresa quanto à Responsabilidade Social e Ambiental; isto deve ser
mostrado não só quantitativa, mas sim qualitativamente.
Azevedo (2006) descreve que as pressões impostas pela sociedade
estimulam os gestores a uma conscientização das empresas sobre a
necessidade de tornar público suas ações quanto ao desempenho econômico-
financeiro e o desempenho social expressado através de seu relacionamento
com empregados, clientes, fornecedores e demais stakeholders.
Existem três modelos de Balanço Social mais utilizados no Brasil
(IBASE, GRI e Instituto ETHOS), que são apresentados nesta unidade. Apesar
da existência desses três modelos, várias entidades preferem criar formatos
próprios, definidos dentro de suas estratégias de comunicação. Outras adotam
um cruzamento de mais de um tipo de modelo, na vontade de buscar maior
transparência e qualidade (PFITSCHER, 2008).
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
17
3.2 BALANÇO SOCIAL MODELO IBASE
De acordo com o site www.ibase.org.br, o Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas (IBASE) foi fundado em 1981, sem intuito político ou
religioso e sem fins lucrativos.
Buscando a padronização, o IBASE, em parceria com técnicos,
pesquisadores e diversos representantes de instituições públicas e privadas,
concebeu e concluiu em 1997 um modelo de Balanço Social que obteve o
apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O modelo expõe, de maneira
detalhada, os números associados à responsabilidade social da organização,
reunindo informações sobre a folha de pagamento, os gastos com encargos
sociais de funcionários, e a participação nos lucros. Também detalha as
despesas com controle ambiental e os investimentos sociais externos, nas
diversas áreas, como educação, cultura, saúde, etc. (GODOY, 2007).
A mesma autora descreve que, de forma geral, pode-se descrever que o
relatório proposto pelo IBASE é bastante objetivo, sugere uma estrutura padrão
e organiza dados gerais da empresa (grupo 1), indicadores (grupos 2 a 5) e
outras informações (grupos 6 e 7) na mesma estrutura, ou seja, todos os dados
são apresentados num único relatório – uma planilha, de modo conciso,
facilitando a consulta e a visualização dos dados, pelos interessados, conforme
mostra o Quadro 1.
Grupo Descrição Especificação
1 Base de Cálculo Dados sobre geração de
receitas, resultado
operacional
e folha de pagamento
bruto.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
18
2 Indicadores Sociais
Internos
Gastos com
alimentação, educação,
capacitação e
saúde, dentre outros
relacionados aos
empregados.
3 Indicadores Sociais
Externos
Gastos da empresa na
comunidade (saúde e
saneamento,
cultura, educação, etc.)
e os tributos.
4 Indicadores Ambientais Gastos com
despoluição, educação
ambiental, investimento
em programas externos
e outros, com os
empregados ou
sociedade.
5 Indicadores de Corpo
Funcional
Número de admissões,
estagiários, mulheres,
negros
e portadores de
deficiência física.
6 Informações relevantes Aspectos referentes ao
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
19
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
número de acidentes de
trabalho,
responsabilidade quanto
aos padrões de
segurança e salubridade
existentes.
7 Outras Informações Informações que a
empresa julgar
necessárias.
Quadro 1 – Descrição dos grupos de Balanço Social modelo IBASE
Fonte: Godoy et al. (2007)
Segundo Azevedo (2006), o IBASE sugere informações sobre o
faturamento bruto, gastos e investimentos com reflorestamento, despoluição,
conservação do meio ambiente, empregados e informações sobre a formação
e a distribuição da riqueza gerada pela empresa. Confere às empresas que o
adotam, um selo, que essas podem divulgar em seus produtos como emblema
da certificação. O modelo IBASE teve o apoio da CVM.
3.3 BALANÇO SOCIAL – MODELO DA GRI (GLOBAL REPORTING INITIATIVE)
A Global Reporting Initiative (Iniciativa Global para a Apresentação de
Relatórios) nasceu em 1997, da iniciativa conjunta da organização não
governamental norte-americana Coalition for Environmentally Responsible
Economics (CERES) e do Programa Ambiental das Nações Unidas (United
Nations Environmental Programme – UNEP). Tornou-se independente em
2002, e é atualmente um centro de colaboração oficial do UNEP. Por ser uma
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
20
organização independente, a GRI conta com a participação ativa de
representantes das áreas de contabilidade, investimento, ambiente, direitos
humanos, investigação e organizações do trabalho, de várias partes do mundo.
O seu objetivo é adotar um modelo padrão internacional (GODOY et al., 2007).
Os autores descrevem que atualmente existem mais de mil
organizações em sessenta países, que aderem às diretrizes como base para a
elaboração dos seus relatórios de sustentabilidade, como é conhecido o GRI.
Seu objetivo é transformar a divulgação do desempenho nas vertentes
econômica, social e ambiental, em uma rotina de todas as organizações.
No Guia para Elaboração do Balanço Social e no Relatório de
Sustentabilidade (INSTITUTO ETHOS, 2007, p. 17) consta que: “A opção pelo
modelo GRI tem-se tornado crescente em todo o mundo, tendo em vista sua
proposta de fazer com que haja um padrão internacional para elaboração de
relatórios”. Essa uniformização é extremamente positiva.
O GRI é dividido em seis categorias. São os indicadores: de
Desempenho Econômico; do Meio Ambiente; de Práticas Trabalhistas e
Desempenho Decente; de Direitos Humanos; Sociais (referente à sociedade); e
de Responsabilidade pelo Produto, conforme mostram os quadros 2 a 7, onde
são discriminados o aspecto e as características de cada indicador.
Aspecto Descrição
Desempenho econômico
Valor econômico direto gerado e
distribuído, incluindo receitas, custos
operacionais, remuneração de
empregados, doações e outros
investimentos
na comunidade.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
21
Presença no
mercado
Variação da proporção do salário
mais baixo comparado ao salário
mínimo local em unidades
operacionais importantes; políticas,
práticas e proporção
de gastos com fornecedores locais
em unidades operacionais
importantes.
Impactos
econômicos
indiretos
Desenvolvimento e impacto de
investimentos em infraestrutura e
serviços oferecidos, principalmente
para benefício público, por meio de
engajamento comercial, em espécie.
Quadro 2 – Indicadores de Desempenho Econômico
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Esses indicadores dividem-se em três aspectos: “desempenho
econômico”; “presença no mercado” e “impactos econômicos indiretos”.
O primeiro aspecto, “desempenho econômico” é direcionado ao
resultado financeiro que atende também aos lucros acumulados e pagamentos
para provedores de capital e governos.
O segundo aspecto, “presença no mercado” refere-se à atuação da
empresa no mercado, comparando os salários e gastos com demais
stakeholders. Pode ser utilizado o Benchmarking Ambiental, para realizar
estudos comparativos com as maiores empresas do ramo, assunto que será
discutido nas próximas unidades.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
22
O terceiro aspecto, “impactos econômicos indiretos” refere-se à análise
dos benefícios relacionados à comunidade. O Quadro 3 apresenta os
indicadores de desempenho do meio ambiente.
Aspecto Descrição
Materiais Materiais usados por peso ou volume.
Energia
Consumo de energia direta discriminado por fonte
de energia primária; consumo de energia indireta
discriminado por fonte primária.
Água Total de retirada de água por fonte.
Biodiversidade
Localização e tamanho da área possuída, arrendada
ou administrada dentro de áreas protegidas, ou
adjacentes a elas, e áreas de alto índice de
biodiversidade fora das áreas protegidas.
Emissões,
efluentes e
resíduos
Total de emissões diretas e indiretas de gases de
efeito estufa, por peso; outras emissões indiretas
relevantes de gases do efeito estufa, por peso;
iniciativas para reduzir as emissões de gases de
efeito estufa e as reduções obtidas.
Produtos e
Serviços
Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de
produtos e serviços e a
extensão da redução desses impactos; percentual
de produtos e embalagens recuperados.
Conformidade Valor monetário de multas significativas e número
total de sanções não monetárias resultantes da não
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
23
conformidade com leis e regulamentos ambientais.
Transporte Impactos ambientais significativos do transporte de
produtos.
Geral Total de investimentos e gastos com proteção
ambiental.
Quadro 3 – Indicadores de Desempenho do Meio Ambiente
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Quanto ao aspecto “materiais” apresentam-se os percentuais de
materiais usados provenientes de reciclagem; O segundo aspecto “energia”
mostra a energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência
e iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia.
No que se refere ao aspecto “água” são verificadas as fontes hídricas
significativamente afetadas por retirada de água e o percentual e volume total
de água reciclada e reutilizada.
O aspecto “biodiversidade” refere-se à descrição de impactos
significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas
protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas
protegidas. Quanto ao aspecto “emissões, efluentes e resíduos”: emissões de
substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso; NOx, SOx e outras
emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso; descarte total de água,
por qualidade e destinação.
No que se refere ao aspecto “produtos e serviços” faz-se um estudo
comparativo das embalagens recuperadas em relação ao total de produtos
vendidos, por categoria de produto. O aspecto “conformidade” ressalta os
registros de punições legais. Quanto ao aspecto “transporte”, verifica-se a
periculosidade do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados
nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores. No
que se refere ao aspecto “geral” enfatiza-se o total de investimento ambiental.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
24
O terceiro grupo de indicadores do GRI está representando o Quadro 4,
que mostra os indicadores de desempenho referentes à Prática Trabalhista e
ao Trabalho Decente.
Quadro 4 – Indicadores de Desempenho referente à Prática Trabalhista e
Trabalho Decente
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Quanto ao aspecto “emprego”, esse se refere ao número total e à taxa
de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região. O aspecto
Aspecto Descrição
Práticas de investimento e
de processos de compra
Percentual e número total de
contratos de investimentos.
Não discriminação Número total de casos de
discriminação.
Liberdade de associação e
negociação coletiva
Operações identificadas quanto a este
aspecto.
Trabalho infantil Operações identificadas como de
risco significativo de ocorrência
de trabalho infantil.
Trabalho forçado ou análogo
ao escravo
Operações identificadas como de
risco significativo de ocorrência
de trabalho forçado ou análogo ao
escravo.
Práticas de segurança
Percentual do pessoal de segurança
submetido a treinamento
nas políticas ou procedimentos da
organização relativos.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
25
“relações entre os trabalhadores e a governança” inclui os procedimentos que
estão especificados em acordos de negociação coletiva. O aspecto “saúde e
segurança no trabalho” refere-se a programas de segurança e saúde
ocupacional; taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos,
absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.
O aspecto “treinamento e educação” apresenta a média de horas por
funcionário, discriminadas por categoria funcional.
O aspecto “práticas de investimento e de processos de compra”, refere-
se a investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos
humanos ou casos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos
humanos. No que se refere aos aspectos “não discriminação” e “liberdade de
associação e negociação coletiva” apresentam-se as medidas tomadas para os
casos de discriminação e análise das operações de negociação coletiva bem
como liberdade de associação.
Os aspectos “trabalho infantil” e “trabalho forçado ou análogo ao
escravo” referem-se a medidas tomadas para contribuir para a abolição do
trabalho infantil ou risco significativo ao trabalho forçado.
No que se refere aos aspectos “práticas de segurança” e “direitos
indígenas” enfatizam-se informações de direitos humanos que sejam
relevantes às operações, prevalecendo as práticas de segurança também ao
indígena.
O Quadro 5 mostra os Indicadores de Desempenho Social referente à
Sociedade.
Aspecto Descrição
Comunidade Natureza, escopo e eficácia de
quaisquer programas e práticas.
Corrupção Percentual e número total de
unidades de negócios.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
26
Políticas públicas Posições quanto a políticas públicas.
Concorrência desleal adicional Número total de ações judiciais por
concorrência desleal.
Conformidade Essencial Valor monetário de multas
significativas e número total de
sanções não monetárias resultantes
da não conformidade com leis e
regulamentos.
Quadro 5 – Indicadores de Desempenho Social referente à Sociedade
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Quanto aos aspectos “comunidade” e “corrupção” esses surgem para
avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo entrada,
operação e saída, e ainda avaliações de riscos relacionados à corrupção.
No que se refere aos aspectos “políticas públicas” e “concorrência
desleal adicional”, esses mostram a participação na elaboração de políticas
públicas e lobbies, e ainda práticas de truste e monopólio e seus resultados.
Quanto ao aspecto “conformidade/essencial”, ressalta-se a não
conformidade com a lei. O Quadro 7 mostra os Indicadores de Desempenho
referentes à Responsabilidade pelo Produto.
Aspecto Descrição
Saúde e segurança do cliente
essencial
Fases do ciclo de vida de produtos e
serviços em que os impactos na
saúde e segurança são avaliados
visando à melhoria, e o percentual de
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
27
produtos e serviços sujeitos a esses
procedimentos.
Rotulagem de produtos e serviços Tipo de informação sobre produtos e
serviços exigida por procedimentos de
rotulagem, e o percentual de produtos
e serviços sujeitos a tais exigências;
número total de casos de não
conformidade com regulamentos e
códigos voluntários relacionados a
informações.
Comunicações de marketing Programas de adesão às leis, normas
e códigos voluntários relacionados a
comunicações de marketing, incluindo
publicidade, promoção e patrocínio.
Conformidade Número total de reclamações
comprovadas relativas à violação de
privacidade e perda de dados de
clientes.
Compliance Valor monetário de multas
(significativas) por não conformidade
com leis e regulamentos relativos ao
fornecimento e uso de produtos e
serviços.
Quadro 6 – Indicadores de desempenho referentes à Responsabilidade pelo
Produto
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
28
Os aspectos “saúde e segurança do cliente essencial” e “rotulagem de
produtos e serviços” destacam melhoria contínua na análise dos impactos na
saúde e segurança e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo
de resultado e práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo
resultados de pesquisas que medem essa satisfação.
Os aspectos “comunicações de marketing” e “conformidade” ressaltam a
análise do marketing, quanto às informações e reclamações envolvendo a
privacidade dos clientes.
O aspecto “compliance” enfatiza a participação das leis nas não
conformidades de produtos e serviços direcionados aos clientes. Ressaltam-se
as multas significativas desses processos.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
29
4. BALANÇO SOCIAL
Modelo do Instituto ETHOS baseado num relatório detalhado dos
princípios e das ações da organização, incorpora a planilha proposta pelo
IBASE e sugere um detalhamento maior do contexto da tomada de decisões,
dos problemas encontrados e dos resultados obtidos. O Instituto ETHOS
defende a necessidade de os balanços sociais adquirirem credibilidade e
consistência em relação aos balanços financeiros (GODOY et al., 2007).
A estrutura do modelo do Instituto ETHOS é a seguinte:
Parte 1 – Apresentação: missão e visão; mensagem do presidente; perfil
do empreendimento e setor da economia.
Parte 2 – A empresa: histórico; princípios e valores; estrutura e funcionamento;
e governança corporativa.
Parte 3 – A atividade empresarial: diálogo com partes interessadas e os
indicadores de desempenho.
Parte 4 – Anexos: demonstrativo do Balanço Social – modelo IBASE –
Iniciativas de interesse da sociedade – projetos sociais e notas gerais.
Segundo os autores, compreende também Indicadores de Desempenho
Econômico e Social. Existe também uma subdivisão dos sociais em: Público
Interno; Meio Ambiente; Fornecedores; Consumidores e Clientes; Comunidade;
e Governo e Sociedade; cada um com características diferenciadas.
PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
30
4.1 INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÔMICO
Aspectos descritivos: referem-se a impactos por meio da geração e
distribuição de riqueza; resultados oriundos da produtividade; procedimentos,
critérios e retornos de investimentos realizados na própria empresa e na
comunidade.
Indicadores quantitativos: dizem respeito à geração e distribuição de
riqueza; produtividade; e investimentos.
4.2. INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL
PÚBLICO INTERNO
Diálogo e participação Relação com sindicatos; gestão
participativa; e relações com
trabalhadores terceirizados.
Respeito ao indivíduo Trabalho infantil; trabalho forçado ou
análogo ao escravo; e.
diversidade.
Trabalho decente Cuidados com saúde, segurança e
condições de trabalho;compromisso
com o desenvolvimento profissional e a
empregabilidade; comportamento
diante de demissões; e preparação
para aposentadoria.
Quadro 7 – Descrição e Características do Público Interno
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
31
Verifica-se uma preocupação com a qualidade vida de seus funcionários
e colaboradores, para que os envolvidos possam trabalhar de forma
harmoniosa.
Isto é ainda mais destacado no Guia para Elaboração do Balanço Social
e Relatório de Sustentabilidade (INSTITUTO ETHOS, 2007, p. 6): “Há uma
crescente tendência de Publicação de Balanços Sociais mais coerentes com as
propostas das empresas interessadas em aplicar a responsabilidade social
empresarial à gestão de seu negócio”. O Quadro 9 trata do meio ambiente.
MEIO AMBIENTE
Responsabilidade diante das
gerações futuras
Comprometimento da empresa com a
melhoria da qualidade ambiental; e
educação da conscientização
ambiental.
Gerenciamento do impacto
ambiental
Gerenciamento do impacto no meio
ambiente e do ciclo de vida de
produtos e serviços; e minimalização
de entradas e saídas de materiais na
empresa.
Quadro 8 – Descrição e características do Meio Ambiente
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Vale ressaltar o interesse na aplicação deste modelo para evitar os
impactos ambientais que podem surgir no processo de produção. Assim,
devem ser revistos os aspectos que causam a entrada dos produtos nas
empresas. Um exemplo poderia ser citado: no “beneficiamento de arroz”, o “pó”
pode ser um “aspecto” causador de “impacto” em problemas respiratórios aos
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
32
seus funcionários ou até mesmo à população circunvizinha. O Quadro 10
mostra “Fornecedores” e “Consumidores e Clientes”.
FORNECEDORES
Seleção, avaliação e parceria
com fornecedores
Critérios de seleção e avaliação de
fornecedores; e apoio ao
desenvolvimento de fornecedores.
CONSUMIDORES E CLIENTES
Dimensão social do consumo
Política de comunicação comercial;
excelência do atendimento; e
conhecimento e gerenciamento dos
danos potenciais dos produtos e
serviços.
Quadro 9 – Descrição e características de “Fornecedores e Consumidores e
Clientes”
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Os indicadores “fornecedores” são estruturados para que o consumidor
final receba um produto com qualidade. Isso é justificado pelo indicador
“Consumidores e Clientes” que possui como um dos quesitos o gerenciamento
dos danos potenciais que possam causar os produtos, e serviços aos
envolvidos. O Quadro 11 apresenta o indicador Comunidade.
COMUNIDADE
Relações com a comunidade local Gerenciamento do impacto na
comunicação de entorno e
relacionamento com organizações
locais.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
33
Ação social Envolvimento e financiamento da ação
social.
Quadro 10 – Descrição e Características do Indicador Comunidade
Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)
Vale ressaltar ainda o que consta no Guia para Elaboração do Balanço
Social e Relatório de Sustentabilidade (INSTITUTO ETHOS, 2007, p. 27): “Os
indicadores ETHOS podem facilitar o processo de elaboração do relatório
modelo GRI”.
Este indicador tem ligação com todos outros indicadores, pois se um dos
indicadores anteriores não for atendido, isso refletirá negativamente na
Comunidade. Da mesma forma, ações favoráveis terão resultado ainda melhor
diante da comunidade.
RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 AO 4
Esta unidade mostra conceitos e características da Responsabilidade
Social e Ambiental nas organizações. Enfatiza a gestão com pessoas e
apresenta um breve histórico da Escola Clássica, mostrando características
básicas.
Após, apresenta o Balanço Social com explicações sobre a necessidade
de divulgar as ações das empresas para a comunidade. O Balanço Social é a
forma de apresentar essas ações de modo concreto. Nesse momento, você
conheceu três modelos IBASE; Relatório GRI (Global Reporting Initiative) e
Instituto ETHOS. O IBASE é bastante objetivo, sugere uma estrutura padrão e
organiza dados gerais da empresa (grupo 1), indicadores (grupos 2 a 5) e
outras informações (grupos 6 e 7) na mesma estrutura, ou seja, todos os dados
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
34
são apresentados num único relatório – uma planilha, facilitando a consulta e a
visualização dos dados pelos interessados.
A elaboração do GRI tem-se tornado crescente em todo o mundo, tendo
em vista sua proposta em fazer um modelo com padrão internacional, com
finalidade de uniformização.
É dividido em seis categorias: Indicadores de Desempenho Econômico;
do Meio Ambiente; de Práticas Trabalhistas e Desempenho Decente;Direitos
Humanos; Sociais (referente à sociedade); e de Responsabilidade pelo
produto. O Instituo ETHOS compreende Indicadores de Desempenho
Econômico e Social. Existe também uma subdivisão dos Sociais em: Público
Interno; Meio Ambiente; Fornecedores; Consumidores e Clientes; Comunidade
e; Governo e Sociedade.
É necessário realizar uma leitura desta unidade com atenção, além de
pesquisar outras referências, ou seja, não apenas aquelas sugeridas. A
participação nos fóruns será importante, tendo em vista que suas dúvidas
poderão ser solucionadas tanto pelos próprios colegas, como também pelos
tutores a distância e presenciais. No final desta unidade, apresenta-se um
trabalho de fixação, que serve também para auxiliar no aprendizado e que
deverá ser lido e bem entendido por você.
É importante que você reflita sobre os assuntos discutidos até o momento!
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
35
5. DEMONSTRAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 5.1. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
A cultura da responsabilidade social corporativa vem crescendo de
forma acentuada nos últimos anos, em função de mudanças no comportamento
dos stakeholders (partícipes), dos governos, do mercado e das próprias
organizações. Estas últimas, percebendo as alterações externas e demandas
internas, procuram se adaptar a este cenário, incorporando práticas e atitudes
de responsabilidade social e ambiental ao seu modelo de gestão. Desse
modelo surge a proposta de apresentar e divulgar informações de ordem social
e ambiental. Entretanto, existem diferenças conceituais que devem ser
consideradas quando se abordam estes temas, como, por exemplo, a
diferenciação entre responsabilidade social corporativa e desenvolvimento
sustentável, ambos discutidos na sequência.
5.2. O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL?
O tema responsabilidade social está em voga e em franco
desenvolvimento em nível mundial, e também no Brasil, quer no âmbito
acadêmico quer no profissional, empresarial ou governamental, sendo que seu
entendimento está alicerçado em atitudes e ações que visam a melhorar a
qualidade de vida. Dada a grande importância do tema, a própria ONU
(Organização das Nações Unidas) tem debatido a questão, em seminários
internacionais.
ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. 71 p.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
36
No Brasil, muitas organizações empresariais foram criadas para discutir
temas sociais, de direitos humanos e de sustentabilidade ambiental, como, por
exemplo, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), o
Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a
Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Para o
desenvolvimento comunitário e social podem ser citadaso Instituto de
Cidadania Empresarial (ICE), o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas
(GIFE), a Fundação Abrinq, entre outras. No que se refere à responsabilidade
social corporativa, merece destaque o Instituto Ethos de Empresas e
Responsabilidade Social, criado para promover a cultura da gestão empresarial
balizada por princípios éticos; e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas (Ibase), que, por intermédio do seu idealizador, Herbert de Souza,
deu uma importante contribuição à área contábil, associando o balanço social à
demonstração da responsabilidade pública e cidadã das empresas brasileiras.
Todavia, o crescente interesse nessa matéria, no nosso País, parece
que ainda não tem merecido o devido destaque no meio empresarial, no que
tange à divulgação de relatórios sociais e ambientais. Recentemente a
empresa de consultoria BDO Trevisan divulgou seu primeiro estudo de
Responsabilidade Social Corporativa – 2005/2006, no qual 620 empresas dos
mais variados segmentos foram convidadas a participar. Destas, somente 78
responderam o questionário, sendo que 53 delas informaram que não fazem
publicação de balanço social ou relatório social, ou seja, mais de 66% (2/3) não
divulgam tais informações, o que demonstra falta de conhecimento acerca do
tema e/ou certa insensibilidade social e ambiental. O estudo sinaliza um
desinteresse ou desconhecimento mais profundo do tema, pelos empresários,
pois:
• 75% das empresas não avaliam o impacto das suas ações em projetos
sociais;
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
37
• 46 % das empresas não promovem ações de conscientização dos
vendedores, com referência ao Código do Consumidor; e
• 66% não contribuem com entidades vinculadas à comunidade.
Várias têm sido as iniciativas para fomentar a elaboração e divulgação
de relatórios sociais e ambientais, uma vez que a elaboração e a publicação de
balanços sociais representam uma das mais importantes práticas estratégicas
na gestão empresarial socialmente responsável. Além disso, viabiliza o
planejamento, a avaliação e o aperfeiçoamento de ações sociais, promovendo
a transparência e a abertura de canais de comunicação e de diálogo entre a
entidade e seus stakeholders (partícipes).
Entre as iniciativas pioneiras está a concessão do Selo Balanço Social
Ibase/Betinho, lançado em 1997, com o objetivo de estimular a participação
das empresas para a elaboração e divulgação do Balanço Social. Outra
iniciativa é o Prêmio Balanço Social, idealizado em conjunto por cinco
entidades: a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), a
Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado
de Capitais (Apimec), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
(Ethos), a Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social (Fides)
e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), que têm
promovido discussões acerca do balanço social nas áreas de comunicação,
mercado financeiro, empresas e sociedade civil
(http://www.premiobalançosocial.org.br).
Em nível estadual, destaca-se a iniciativa pioneira em nosso País,
oriunda do Rio Grande do Sul, introduzida pela Lei nº 11.440-00, que institui o
Certificado de Responsabilidade Social – RS para as empresas e entidades
que apresentarem seu balanço social e que atingirem a pontuação mínima
estabelecida pelo prêmio. Além de incentivar a publicação do balanço social, a
referida lei ratificou a importância da Contabilidade e do seu profissional, ao
estabelecer que o balanço social para fins de certificação deverá ser assinado
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
38
por Contador ou Técnico em Contabilidade legalmente habilitado ao exercício
profissional, mencionando, ainda, que os dados financeiros nele constantes
deverão ser extraídos das respectivas demonstrações contábeis.
Assim sendo, entende-se oportuno oferecer mais elementos que possam
influir positivamente, num maior engajamento social, com mais
comprometimento do empresário e do profissional da Contabilidade em
relação aos aspectos sociais e ambientais, o que, em consequência, trará
resultados positivos a toda a sociedade.
Segundo o Instituto Ethos (2007), A Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e coresponsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governos e meio ambiente) e conseguir incorporá-los nos planejamentos de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.
Na área contábil já se encontram vários pesquisadores da matéria,
dentre eles cabe mencionar Kroetz, com vários pronunciamentos. Para o autor,
o conceito de responsabilidade social corporativa pressupõe que a organização não seja somente um agente econômico, produtor de riqueza e gerador de lucros, mas, também, um agente social, com participação e influência sobre o seu entorno. Tendo como objetivo não só o retorno ao acionista, mas também a geração do bem-estar, o desenvolvimento da comunidade onde atua, a sua colaboração na preservação do meio ambiente e a criação de condições de trabalho favorável (2003, p. 6).
Ainda em relação à responsabilidade social corporativa, Kroetz ressalta
que “as organizações que incorporam a cultura da responsabilidade social,
acabam transformando-a em uma espécie de ativo intangível, quase sempre
oculto, cujo valor a contabilidade financeira, até o momento, é incapaz de
registrar” (2003, p. 7).
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
39
Azambuja, outro estudioso da matéria, também dá sua contribuição ao
tema, salientando que: Por mais louvável que seja uma empresa construir uma creche ou um posto de saúde na sua comunidade, a sua generosidade em nada adiantará se, ao mesmo tempo, estiver poluindo o único rio local ou utilizando matéria- -prima produzida em fábricas irregulares, que empregam trabalho infantil em condições insalubres ou perigosas (2001 p. 29).
Da mesma forma, Mendonça (2002) salienta a propaganda enganosa,
ou seja, aquela em que a empresa veicula na mídia uma imagem institucional
favorável, mas, na realidade, não observa padrões éticos de responsabilidade
social, remunerando mal seus funcionários ou sonegando impostos.
Fica evidente que a ética é um dos principais conceitos, senão o
principal, a ser observado pelas entidades que queiram ser reconhecidas e
enquadradas dentro do conceito de responsabilidade social.
O comportamento ético também é evidenciado na definição de
responsabilidade social corporativa proposto por Almeida, afirmando que a
responsabilidade social corporativa “é o comprometimento permanente dos
empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o
desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de
vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da
sociedade como um todo” (Almeida apud MELO NETO e FRÓES, 1999, p. 90).
Para o enquadramento de uma empresa ou entidade, como eticamente
responsável, ela deve se comprometer e obedecer a um conjunto de princípios
ou regras, conforme segue:
• princípios éticos nos negócios e nas atividades;
• servir à sociedade com produtos úteis e em condições justas;
• respeito aos direitos humanos como uma das condições dignas de trabalho,
que favoreçam a segurança, a saúde, o desenvolvimento humano e
profissional dos trabalhadores;
• criar riqueza na condição mais eficaz possível;
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
40
• respeito ao meio ambiente;
• obedecer e cumprir as leis, normas, costumes e contratos firmados; e
• procurar a distribuição equitativa da riqueza gerada.
Nesse enfoque, buscar a responsabilidade social implica, em primeiro
lugar, que as empresas desenvolvam uma visão integral de futuro, não
somente incorporada à comunidade, mas, também, à sociedade e ao país, num
sentido mais amplo. Em segundo lugar, que emirja uma nova forma de
organização, que promova lideranças internas, que venham a contribuir e a
reforçar a missão que identifica a empresa e a descentralização dos níveis de
autoridade, melhorando a produtividade empresarial. Em terceiro lugar, sua
projeção interna e externa, que mobilizará não só o dinheiro e equipes: seus
aportes se produzem, também, em recursos humanos e profissionais, dando
tempo para que os próprios trabalhadores apliquem seus conhecimentos nas
atividades que se desenvolvem na sociedade.
Para concluir essa discussão, cabe diferenciar a responsabilidade social
de filantropia e de investimento social. Tais aspectos são transcritos no Quadro
12, os quais devem ser considerados na hora de analisar um relatório de
informações de natureza econômica, social e ambiental.
CONCEITO FILANTROPIA INVESTIMENTO SOCIAL
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Motivação Exclusivamente
altruísta.
Principalmente
obtenção de
benefícios
para a
empresa por
meio de
benefícios
Principalmente
obtenção
de benefícios para
seus
trabalhadores, suas
famílias
e a comunidade na
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
41
para a
comunidade.
que se encontra com a
finalidade de obter
benefícios
para a empresa no
médio e longo prazo.
Fontes de recursos
Exclusivamente
utilidades.
Principalmente
fundos do
orçamento
da empresa.
Utilidades
Fundos orçamentários
Equipes
Recursos humanos da
Empresa.
Impacto desejado
Melhora a
qualidade
de vida da
sociedade.
Melhoria na vida
na comunidade
por influência da
empresa.
.
Melhora a qualidade
de
vida da comunidade
de
influência da empresa.
Melhora a
produtividade dos
trabalhadores.
Localização do
impacto
Entorno externo
da empresa.
Entorno externo
da empresa.
Entorno interno da
empresa.
Entorno externo
da empresa.
Benefícios esperados
pela empresa
Satisfação
pessoal.
Melhoramento
da
imagem e
reputação
da empresa.
Incremento da
reputação
e imagem da empresa.
Incremento das
utilidades
da empresa.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
42
Quadro12 – Matriz de diferenças entre conceitos e práticas sociais..
Fonte: Caravedo apud Kroetz (2003, p. 9)
Satisfação pessoal.
Instrumentos de
medição de efeitos de impactos
Informes de
atividades da
instituição
executora.
Avaliações de
processo em
períodos.
Avaliações
de impacto
eventuais.
Apreciações
sobre a
repercussão da
ação.
Balanço Social ou
similares
avaliações de impacto.
Métodos de marketing
social.
Modalidade de intervenções
Por meio de
terceiros e de
fundações
próprias.
Diretamente.
Por meio de
fundações
próprias. Por
meio de
terceiros.
Fundações próprias.
Diretamente.
Terceiros.
Instâncias que participam na tomada de decisões
Diretoria. Presidência da
diretoria.
Gerência
geral. Comitês
especiais.
Presidente da
diretoria.
Diretoria. Comitês
especiais.
Gerencia geral.
Sócios.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
43
5.3 POR QUE SE COMPROMETER COM A RESPONSABILIDADE SOCIAL?
A empresa não age sozinha. Necessita da colaboração de vários
parceiros, para atender e alcançar os seus objetivos econômicos, sociais e
ambientais. Ao exercer sua função econômica, a empresa estabelece ações
que incidem direta e indiretamente na vida das pessoas e do ambiente que a
rodeia. Nesse sentido, a dimensão social e ambiental é algo intrínseco a sua
atividade, uma vez que exerce grande influência sobre a vida das pessoas e
sobre o meio ambiente.
Assim, pode-se concluir que há uma dependência recíproca. Na
realidade ela é formada por um conjunto de interessados, os quais buscam,
cada um, ao exercer o seu papel, dinamizar o processo de desenvolvimento
organizacional. Este conjunto é conhecido internacionalmente como
stakeholders ou partícipes, os quais influenciam e sofrem influência da
entidade. Entre os principais, pode-se destacar:
• o colaborador, que motivado e engajado, gera maior produtividade para a
empresa;
• o fornecedor, que deve receber um preço justo pela venda de seus produtos,
alcançando um desempenho melhor, garantindo a continuidade da parceria;
• o cliente, que compra um produto com qualidade, preço adequado e com
entrega no prazo contratado. Assim permanecerá fiel, pelo atendimento de
suas necessidades e expectativas;
• o meio ambiente, que supre a empresa de recursos naturais necessários para
o desenvolvimento de suas atividades, sendo que estes recursos devem estar
colocados à sua disposição dentro das melhores condições possíveis,
evitando-se custos desnecessários para sua adequação ao uso e ao consumo,
por exemplo; e
• a gestão administrativa, que estabelece as políticas da entidade.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
44
Além disso, implementar um modelo de gestão baseado na filosofia da
responsabilidade social corporativa e no desenvolvimento sustentável pode
gerar inúmeros benefícios para as entidades, sendo possível destacar:
• a melhoria do relacionamento organizacional interno, pela demonstração da
preocupação com o trabalhador e do estabelecimento de condições adequadas
de saúde e de segurança;
• informações em quantidade e qualidade, gerando mais confiabilidade aos
compradores;
• melhor gerenciamento da cadeia produtiva;
• segurança para a empresa e para seus investidores;
• consolidação da imagem e reputação da entidade como socialmente
responsável;
• formação de base sólida para a incorporação de códigos de governança
corporativa e, consequentemente, ampliação do acesso ao mercado de
capitais;
• maior chance de conquistas de certificados de responsabilidade social;
• acesso ao crédito direcionado a projetos de impacto social e ambiental (cabe
ressaltar que o BNDES utiliza critérios de responsabilidade social e
desenvolvimento sustentável na avaliação de projetos);
• estrutura praticamente pronta para aproveitar os incentivos fiscais que levam
em consideração aspectos sociais e ambientais (perspectiva de futuro discutida
nos governos);
• aperfeiçoamento considerável no gerenciamento interno, pois gera um
conjunto de informações/indicadores que complementam o sistema de gestão;
• utilização dos informes e práticas como base para implementação do
marketing social;
• o modelo de gestão e os relatórios sociais podem ajudar a esclarecer melhor
as oportunidades e desafios econômicos, ambientais e sociais de uma
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
45
organização, em patamar acima daquele que simplesmente responde aos
requerimentos por informação de partes interessadas;
• empresas crescentemente enfatizam a importância de relações com partes
externas, variando desde consumidores a investidores, a grupos da
comunidade, como chave para seu sucesso empresarial.
Transparência e diálogo aberto sobre desempenho;
• prioridade e sustentabilidade ajudam a fortalecer as parcerias e a construir
confiança ;
• o relatório de sustentabilidade é um vínculo para ligar funções tipicamente
discretas e internas da empresa, como finanças, marketing, pesquisa e
desenvolvimento, de maneira mais estratégica. O relatório de sustentabilidade
possibilitará conversas internas, em que, de outra forma, não ocorreriam;
• o processo de desenvolvimento de um relatório de sustentabilidade abre a
possibilidade de vislumbrar possíveis problemas e oportunidades não
identificadas em cadeias produtivas, comunidades, gestão da imagem e marca,
entre outros;
• o relatório de sustentabilidade ajuda a aguçar a habilidade da gestão em
avaliar a contribuição da organização ao capital natural, humano e social. Esta
avaliação engrandece a perspectiva provida pela contabilidade financeira para
criar uma fotografia mais completa, de longo prazo. O relato ajuda a evidenciar
as contribuições sociais e ecológicas da organização e a “proposição de valor
de sustentabilidade” de seus produtos e serviços. Tal mensuração é central
para a manutenção e fortalecimento da “licença para operar”.
Além desses benefícios, ainda poderiam ser citados outros, alguns de
ordem geral e outros específicos para cada atividade. A entidade que consegue
engajar os seus parceiros, mediante o comprometimento das metas, visando à
melhoria na qualidade de vida, à satisfação de seus acionistas e empregados,
certamente alcançará resultados superiores no exercício social, em
comparação com outras empresas que não as colocam em prática.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
46
Reconhecendo este comprometimento das partes interessadas, a
empresa deve retribuir de várias formas, em função das peculiaridades desses
agentes que fazem parte do conjunto organizacional, em relação aos
colaboradores, fornecedores, clientes, comunidade, governo, investidores e
meio ambiente.
Ao adotar estas práticas de responsabilidade social, a gestão de uma
organização caminha à cidadania empresarial, “em que direitos e
obrigaçõesencontram-se implícitos no ordenamento do próprio mercado e da
sociedade” (Karkotli e Aragão, 2004, p. 47).
Sob este prisma, o empresário ou acionista não deve apenas ter
preocupações com os resultados econômicos e financeiros, mas também com
seus parceiros, empregados, clientes, fornecedores e governo, que também
dão seus percentuais de contribuição para o desenvolvimento organizacional.
Constata-se, assim, que vários são os vetores e indutores que
conduzem as entidades a incluírem a responsabilidade social em suas
estratégias. Além dos vetores organizacionais, referentes à responsabilidade
social corporativa e ao desenvolvimento sustentável perante os stakeholders,
pode-se ainda elencar um conjunto de normas e padrões certificáveis,
especificamente aqueles relacionados ao tema responsabilidadesocial, como
as normas:
• SA 8000 – Social Accountability: é uma das normas internacionais mais
conhecidas. Criada em 1997, a norma enfoca, primordialmente, relações
trabalhistas e visa a assegurar que não existam ações antissociais ao longo da
cadeia produtiva, como trabalho infantil e escravo ou discriminação;
• AA 1000 – Accountability: criada em 1996 com a finalidade de enfocar
principalmente a relação da empresa com seus diversos stakeholders. Em
outros termos, dispõe sobre a gestão da responsabilidade social, visando a
monitorar as relações entre a empresa e a comunidade;
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
47
• OHSAS 18000 – Occupational Health and Safety Assessment Series: dispõe
sobre o sistema de gestão de segurança e higiene no trabalho;
• NBR 16001 – Responsabilidade Social: criada em 2004 com a finalidade de
estabelecer os requisitos mínimos relativos a um sistema da gestão da
responsabilidade social;
• ISO 26000 – Responsabilidade Social : atualmente em discussão, com
conclusão prevista para 2008. Esta norma visa a estabelecer um parâmetro
universal e completo para comparar as iniciativas de responsabilidade social;
Outros padrões e normas certificáveis, como os das séries ISO 9000 e
14000, respectivamente, certificação de qualidade e de certificação ambiental,
também têm despertado o interesse do empresário, uma vez que as empresas,
ao descreverem todos os seus processos, percebem que podem melhorar sua
técnica e também os aspectos humanos e, com isso, conseguir a parceria e o
comprometimento das pessoas envolvidas no processo.
5.4 O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?
Desenvolvimento sustentável é um tema que está presente nos debates
no mundo inteiro. Consiste num conjunto de procedimentos que visa a suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as
futuras gerações. Estes debates via de regra são fomentados pela Organização
das Nações Unidas (ONU), nos fóruns internacionais, que contam com a
participação dos principais governantes, com a intenção de propor uma tomada
de posição coerente pelas nações do mundo inteiro, preocupadas com o futuro
da humanidade.
Na reunião realizada no Rio de Janeiro, a Eco 92, com grande
participação de autoridades representativas de diversos países, o
desenvolvimento sustentável foi o foco central dos debates, mantendo-se até
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
48
hoje em pauta, principalmente, pelos alertas realizados por pesquisadores que
conseguiram confirmar cientificamente que as mudanças climáticas são
decorrentes do modelo de desenvolvimento (industrial) mundial.
Em termos de entendimento conceitual acerca do desenvolvimento
sustentável e da mundialização da consciência sobre a necessidade de
administração dos recursos ambientais, a Eco 92 pode ser considerada o ápice
do pensamento oficial sobre a questão ambiental, da qual resultaram três
importantes documentos: a Carta da Terra (também conhecida como
Declaração do Rio), a Agenda 21 e a Declaração Autorizada de Princípios.
Nestes documentos, o conceito de desenvolvimento sustentável foi consolidado
como diretriz para a mudança de rumos no desenvolvimento global, definido
por 179 países presentes à Conferência.
Dentre os documentos resultantes da Conferência, merece destaque a
Agenda 21, um plano de ação, composto de quatro seções e 40 capítulos que
definem objetivos e metas a serem alcançados, constituindo-se num
documento político com compromissos assumidos e ações concretas sobre o
meio ambiente e o desenvolvimento. O capítulo 8 trata da ‘Integração entre
meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisão’ e contempla entre
outros programas o ‘estabelecimento de sistemas de contabilidade ambiental e
econômica integrada’, que dizem respeito direto à área contábil e por extensão
ao profissional da Contabilidade.
No estabelecimento de metas e objetivos voltados à integração entre
meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisão, ficou estabelecido,
na seção 8.48, que os governos devem estimular as empresas que: a) ofereçam informações ambientais pertinentes por meio de relatórios claros a acionistas, credores, empregados, autoridades governamentais, consumidores e o público em geral; e b) desenvolvam e implementem métodos e normas para a Contabilidade do desenvolvimento sustentável (AGENDA 21, 2003, p. 130-131).
Ao tratar a integração entre meio ambiente e desenvolvimento na
tomada de decisão, a Agenda 21, entre outros objetivos, busca ampliar os
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
49
sistemas de contabilidade econômica nacional atualmente utilizados para que
passem a compreender as dimensões ambiental e social, contemplando
também o ‘fortalecimento dos relatórios e demonstrações de informações de
natureza ambiental e social por parte das empresas’.
Em termos gerais, o desenvolvimento sustentável visa à satisfação das
necessidades básicas das populações, tais como educação, saúde,
alimentação, lazer, água, entre outras, existindo a necessidade de se
estabelecer um planejamento, uma vez que muitos dos recursos naturais são
finitos. De uma forma simples e didática, os estudiosos da matéria fixaram
como metas, alguns aspectos prioritários para o desenvolvimento sustentável:
• a satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação,
saúde, lazer, entre outras);
• a solidariedade para com as gerações futuras (preservação do meio ambiente
para que elas tenham chance de viver);
• a participação da população envolvida. Todos devem se conscientizar da
necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe
para tal;
• a preservação dos recursos naturais, como água, oxigênio, entre outros;
• a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e
respeito a outras culturas. Erradicação da miséria, do preconceito, do massacre
de populações oprimidas; e
• a efetivação dos programas educativos.
O termo desenvolvimento sustentável tem sido objeto de polêmicas
desde sua formulação pela Comissão Brundtland (Nosso Futuro Comum), que
definiu desenvolvimento sustentável como sendo aquele que “satisfaz as
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações
futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991, p. 46).
Da elaboração de um entendimento oficial sobre o problema, surgiram vários
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
50
agentes econômicos e sociais que passaram a pressionar e delinear o novo
perfil das atitudes políticas, econômicas e sociais sobre o meio ambiente.
Dentre as iniciativas para o novo perfil de atitudes estão as normas
voluntárias relativas aos Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs), que
começaram a ser elaboradas de modo mais intenso a partir de meados da
década de 1990. A primeira norma sobre SGA foi a BS 7750, criada pelo British
Standards Institution (BSI), em 1992, que norteou e se tornou um protótipo para
as normas voluntárias criadas em outros países e para as normas da série ISO
14000 sobre sistemas de gestão ambiental.
A série ISO 14000 tem vários desdobramentos, entre eles a 14001,
14004, 14010, 14011, 14012, 14015, 14020, 14024, 14031, 14040, 14043,
14050 e 14060. Para efeitos de certificação, a organização deve estabelecer e
manter um SGA de acordo com os requisitos da norma ISSO 14001:2004, que
tem por objetivo prover as organizações com um sistema de gestão ambiental
eficaz, passível de integração com qualquer outro requisito de gestão, de forma
a auxiliá-la a alcançar seus objetivos ambientais e econômicos.
Essas normas de certificação, bem como a evolução da consciência
sobre os problemas ambientais devem ser objeto de conhecimento e estudo
dos profissionais da Contabilidade, uma vez que as questões ambientais
devem estar refletidas nas demonstrações contábeis e nos relatórios de
administração das empresas, quer pelos demonstrativos contábeis tradicionais,
obrigatórios pelas Leis nº 6404-76 e nº 11.638-07, quer por demonstrativos
voluntários, como o balanço social e relatórios de sustentabilidade, a exemplo
das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI).
Conhecer e gerenciar os impactos ambientais e sociais de suas
atividades, além de uma atitude responsável, está se tornando essencial no
planejamento de programas de desenvolvimento. Algumas instituições
bancárias já estão condicionando a concessão de empréstimos à
apresentação, pela empresa, de relatórios de investimento social e ambiental.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
51
Em 2003, dez importantes bancos mundiais assinaram o acordo conhecido
como Princípios do Equador, pelo qual como signatários, aceitaram seguir
critérios socioambientais para a concessão de crédito, na época, superior a
US$ 50 milhões e atualmente fixado em US$ 10 milhões.
No mercado financeiro, também os investimentos socialmente
responsáveis estão sendo uma tendência mundial dos investidores, que
procuram empresas que aliem a rentabilidade a práticas socialmente
responsáveis e sustentáveis. No Brasil, a Bolsa de Valores do Estado de São
Paulo (Bovespa), e outras entidades, uniram esforços e criaram um índice de
ações que seja um referencial para os investimentos socialmente responsáveis
– o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
O ISE tem o objetivo de proporcionar aos investidores um ambiente de
investimentos compatíveis com as demandas de desenvolvimento sustentável
da sociedade e estimular a responsabilidade social. Essas aplicações,
denominadas de Investimentos Socialmente Responsáveis (ISR), consideram
que empresas “socialmente responsáveis” geram valor para o acionista no
longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos,
sociais e ambientais.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
52
6. GESTÃO AMBIENTAL COMO MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
A Constituição Federal de 1988, art n. 22512, ao consagrar o meio
ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos, bem de uso
comum e essencial à sadia qualidade de vida, atribuiu a responsabilidade de
sua preservação e defesa não apenas ao Poder Público, mas também à
coletividade. Em suma, a essencial qualidade de vida para a geração presente
sem comprometer a geração futura.
Segundo Brinckmann13, entretanto, mesmo conferindo à coletividade,
também, a obrigação de proteger o meio ambiente, a Constituição de 1988 fez
do poder público o principal responsável pela garantia a todos os brasileiros, do
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para isso, ela determina
sete incumbências para assegurar a efetividade desse direito. Mas, a mesma
sociedade (coletividade) que deve ter assegurado o seu direito de viver num
ambiente que lhe proporcione uma sadia qualidade de vida, também precisa
utilizar os recursos ambientais para satisfazer suas necessidades básicas. E,
como sabemos, não é possível vida digna e saudável sem o atendimento a
estas necessidades. De acordo com Quintas, na vida prática, o processo de
apropriação e uso dos recursos ambientais não acontece de forma tranqüila.
Há interesses e conflitos (potenciais ou explícitos) entre atores sociais, que
atuam de alguma forma sobre os meios físico-natural e construídos, visando o
seu controle ou sua defesa e proteção.
Como principal responsável pela proteção ambiental no Brasil, cabe ao
poder público, por meio de suas diferentes esferas, intervir neste processo, de
modo a evitar que os interesses de determinados atores sociais (madeireiros,
empresários de construção civil, industriais, agricultores, moradores, etc.)
ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. p 1-41.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
53
provoquem alterações no meio ambiente que ponham em risco a qualidade de
vida da população.
Segundo Quinta, gestão ambiental, portanto, é vista aqui como o
processo de mediação de interesses e conflitos (potenciais ou explícitos) entre
atores sociais que agem sobre os meios físico-natural e construído, objetivando
garantir o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme
determina a Constituição Federal.
Uma relação de conflito entre a sociedade é conhecida a partir de um
processo de degradação ambiental, ou seja, quando a qualidade de vida é
comprometida, vem o direito explicitado na Constituição Federal art. 225 na
qual garante o restabelecimento do meio ambiente degradado, evitando os
conflitos entre sociedade e poder público. O poder público, neste caso, como
gestor da qualidade de vida.
Conforme Quintas16, como mediador principal deste processo, o poder
público é detentor de poderes e obrigações Gestão ambiental e
responsabilidade social corporativa nas organizações estabelecidos na
legislação, que lhe permitem promover desde o ordenamento e controle do uso
dos recursos ambientais (incluindo a criação de incentivos fiscais na área
ambiental) até a reparação e a prisão de indivíduos pelo dano ambiental.
Neste sentido, o poder público estabelece padrões de qualidade
ambiental, avalia impactos ambientais, licencia e revisa atividades efetiva e
potencialmente poluidoras, disciplina a ocupação do território e o uso de
recursos naturais, cria e gerencia áreas protegidas, obriga a recuperação do
dano ambiental pelo agente causador, promove o monitoramento, a
fiscalização, a pesquisa, a educação ambiental e outras ações necessárias ao
cumprimento da sua função mediadora.
A atribuição dada ao poder público como gestor do meio ambiente e da
qualidade de vida, mensurada anteriormente, necessita de uma mudança
radical de estruturas efetivando e garantido o direito que a sociedade tem a um
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
54
ambiente ecologicamente equilibrado (Constituição Federal art. 225). Esse
exercício de poder e direitos contemplados, eleitos para o poder público na
gestão ambiental, requer uma visão estratégica e planejada com o intuito de
preservar, cada vez mais, as áreas protegidas e condicionar nos casos de
infração e penalidades ambientais a imediata reparação do dano pelo infrator.
De acordo com Quintas17, por outro lado observa-se, no Brasil, que o
poder de decidir e intervir para transformar o ambiente (ou mesmo para evitar
sua transformação) seja ele físico, natural ou construído, e os benefícios e
custos dele (do uso do poder) decorrentes, estão distribuídos socialmente e
geograficamente na sociedade, de modo assimétrico. Por serem detentores de
poder econômico ou de poderes outorgados pela sociedade, determinados
atores sociais possuem, por meio de suas ações, capacidade variada de
influenciar direta ou indiretamente na transformação (de modo positivo ou
negativo) da qualidade do meio ambiental. É o caso dos empresários (poder do
capital); dos políticos (poder de legislar); dos juízes (poder de condenar e
absolver etc); dos membros do Ministério Público (o poder de investigar e
acusar); dos dirigentes de órgãos ambientais (poder de embargar, licenciar,
multar); jornalistas e professores (poder de influenciar na formação da “opinião
pública”); agências estatais de desenvolvimento (poder de financiamento, de
criação de infra- estrutura) e de outros atores sociais cujos atos podem ter
grande repercussão na qualidade ambiental e, conseqüentemente, na
qualidade de vida das populações.
Se o papel dos atores sociais com a garantia dada pelo Direito
Constitucional no exercício pleno da cidadania, acredito que as relações entre
os gestores do meio ambiente, neste caso, o poder público constituído e a
sociedade civil organizada, com plenos poderes de denunciar, opinar e julgar
no caso estatal, teremos a certeza e a garantia de que o meio ambiente violado
do seu direito seja recuperado.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
55
Conforme Quintas, entretanto, esses atores, ao tomarem suas decisões,
nem sempre levam em conta os interesses e necessidades das diferentes
camadas sociais direta ou indiretamente afetadas. As decisões tomadas podem
representar benefícios para uns, prejuízos para outros. Um determinado
empreendimento pode representar lucro para empresários, emprego para
trabalhadores, conforto pessoal para moradores de certas áreas, votos para
políticos, aumento de arrecadação para Governos, melhoria da qualidade de
vida para parte da população e, ao mesmo tempo, implicar prejuízo para outros
empresários, desemprego para outros trabalhadores, perda de propriedade,
empobrecimento dos habitantes da região, ameaça à biodiversidade, erosão,
poluição atmosférica e hídrica, desagregação social e outros problemas
que caracterizam a degradação ambiental.
Neste caso, a sociedade civil deve ter pleno acesso às informações de
empreendimentos com vistas a causas e conseqüências da instalação ou não,
sendo que a mera desculpa de geração de emprego poderá no futuro,
conforme o empreendimento, neste caso, potencialmente poluidor, gerar um
problema social quando este sofrer uma penalização do poder público. É
importante que a sociedade construa fóruns permanentes de discussões
temáticas sobre o seu entorno e as inter-relações dela com o meio.
Segundo Quintas, portanto, a prática da gestão ambiental não é neutra.
O estado, ao tomar determinada decisão no campo ambiental, está de fato
definindo quem ficará, na sociedade e no país, com os custos e quem ficará
com os benefícios advindos da ação antrópica sobre o meio, seja ele, físico,
natural ou construído. Daí a importância de se praticar uma gestão ambiental
participativa. Somente assim é possível se avaliar custos e benefícios de forma
transparente.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
56
7. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Neste tópico deverão ser descritos os impactos econômicos, ambientais
e sociais (tripple bottom line) da entidade, mediante o qual se possa avaliar a
sustentabilidade empresarial. A proposição está alicerçada nas diretrizes da
Global Reporting Initiative (GRI), versão 3.0, editada em 2006, que estabelece
orientações gerais para a elaboração de relatórios de sustentabilidade em nível
internacional.
Conforme estabelecido pela GRI (2006), os indicadores econômicos da
sustentabilidade se referem aos impactos da organização sobre as condições
econômicas de seus stakeholders e sobre os sistemas econômicos em nível
local, nacional e global. Os indicadores ambientais se referem aos impactos da
organização sobre sistemas naturais vivos e não vivos, incluindo ecossistemas,
terra, ar e água, abrangendo principalmente o desempenho relacionado a
insumos (como material, energia, água) e à produção (emissões, efluentes,
resíduos). Os indicadores de desempenho social da GRI identificam aspectos
de desempenho fundamentais referentes a práticas trabalhistas, direitos
humanos, sociedade e responsabilidade pelo produto.
Os indicadores apresentados pela GRI se constituem em diretrizes
internacionais, como uma sugestão de indicadores a serem utilizados pelas
empresas. Ressalta-se que a utilização dos indicadores apresentados pela GRI
é apenas uma sugestão, pois existem outros institutos que apresentam
igualmente indicadores para monitorar a responsabilidade social empresarial.
Outras contribuições podem ser obtidas pelo sítio do Instituto Ethos,
http://www.uniethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores
ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. p 1-41.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
57
/autodiagnostico_setorial/, que apresenta indicadores diferenciados para
segmentos específicos da economia.
No item Informações de Desempenho Econômico, a entidade deverá
manifestar seu posicionamento sobre um dos principais capítulos da
responsabilidade social – a gestão de pessoas, enfatizando:
• direitos humanos;
• modelo de gestão social;
• garantias de igualdade e de oportunidade para empregados;
• pesquisa sobre o nível de satisfação dos empregados;
• metodologia de seleção de colaboradores;
• investimentos em segurança, saúde e lazer;
• política de remuneração, participação nos resultados e outras benefícios;
• capital humano: estímulo à qualificação e ao desenvolvimento profissional;
• estímulos oferecidos nos aspectos motivacional e de criatividade;
• ambiente e condições de trabalho;
• plano de saúde e previdência privada;
• estimulo à participação em programas de voluntariado;
• trabalho terceirizado;
• trabalho do menor;
• política da entidade frente a demissões e aposentadorias; e
• relação com os sindicatos.
Além das informações previstas na norma sugere-se publicar:
• consumos de energias;
• emissão de efluentes líquidos;
• emissões gasosas e particuladas;
• resíduos sólidos; e
• aquelas específicas da atividade organizacional.
Adicionalmente, desde 2004, contamos com uma norma nacional da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a Responsabilidade
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
58
Social, denominada NBR 16001, que estabelece os requisitos mínimos
relativos a um sistema da gestão da responsabilidade social. A norma oferece
elementos que permitem à organização formular e implementar uma política de
responsabilidade social, entendida pela relação ética e transparente da
organização com todas as suas partes interessadas, visando ao
desenvolvimento sustentável.
Nosso País reúne casos empresarias de êxito na incorporação da
responsabilidade social, no qual se destaca o papel desenvolvido pelo Instituto
Ethos, que oferece um conjunto de ferramentas para a incorporação da
responsabilidade social pelas empresas. Atualmente o Ethos está envolvido,
junto com o UniEthos, na elaboração da norma internacional de
Responsabilidade Social, a ISO 26000, por meio do projeto ‘Grupo de Trabalho
Ethos para a ISO 26000’, que conta com aproximadamente 70 empresas
associadas ao Instituto Ethos, local de realização de plenárias e reuniões para
discussão desta norma e utilizados recursos como uma plataforma virtual na
internet para disseminar, entre elas, o desenvolvimento da futura norma.
Com base nos elementos apresentados neste trabalho, o Conselho
Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, por intermédio da Comissão
de Estudos de Responsabilidade Social, propõe uma metodologia para
divulgação das informações de natureza econômica, social e ambiental,
enfatizando os aspectos qualitativos de tais elementos nas organizações. A
utilização desse modelo pelas empresas vem suprir uma lacuna existente até
então, na qual se busca a padronização e a comparabilidade das informações
divulgadas entre os diversos segmentos.
Dada a relevância do tema na área empresarial, cabe ao profissional da
Contabilidade entender esta temática e auxiliar em sua implantação, controle e
avaliação. Para um aprofundamento no tema podem ser consultados alguns
sites, revistas específicas e obras sobre o assunto, que cada vez são mais
vastas. Na sequência, no sentido de contribuir na disseminação da
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828
www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
59
responsabilidade social segue uma lista dos principais sites, revistas e obras
que tratam sobre o tema “responsabilidade social”.
“Somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir , mas um hábito.”
Aristóteles
SAIBA MAIS NOS SITES: GLOBAL REPORTING INICIATIVE (GRI). Disponível em:
http://www.globalreporting.org/ReportingFramework/AboutReportingFramewo
rk/
INDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – ISE. Disponível em:
http://www.bovespa.com.be/pdf/indices/ISE.pdf..
INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS -
IBASE - Balanço Social. Disponível em: http://www.balancosocial.org.br
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC).
Apresenta
informações gerais sobre governança corporativa. Disponível em:
http://www.ibgc.org.br/
INSTITUTO ETHOSDE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL.
Disponível
em: http://www.ethos.org.br
PREMIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL RS. Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul. Disponível em www.premiobalancosocial.org.br
ASSOCIACIÓN ESPAÑOLA DE CONTABILIDAD Y AUDITORIA – AECA.
Disponível em www.aeca.es/comisiones/rsc.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
60
BDO TREVISAN. Responsabilidade Social Corporativa 2005 – 2006.
Disponível
em: www.bdotrevisan.com.br. Acesso em: 14 mar. 2007.
_ Revistas específicas
REVISTA EXAME. Guia de boa cidadania corporativa. Edição especial. 2001,
2002, 2003, 2004, 2005 e 2006.
ANUÁRIO EXPRESSÃO GESTÃO SOCIAL. Editora Expressão. 2004, 2005,
2006 e 2007.
CONSULTE AS NORMAS E CERTIFICAÇÕES: Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 15
Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 3.7
Norma Brasileira de Referência – NBR 16.001:2004
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]
61
REFERÊNCIAS PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p. ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. 71 p.
Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia
Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]