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INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO

Equipe ICG

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

ADRIENE GOMES DOS SANTOS CRB1 2623

C694 Coletânea Didática do Curso Técnico de Administração (CTA)/

Instituto Consciência GO (ICG). 12 vol. Responsabilidade Social e Ambiental V.01. Goiânia: ICG,2014. 60 p. Inclui Referências.

Modo de Acesso: http://www.institutoconscienciago.com.br/index.php?ACESSA=_biblioteca 1. Responsabilidade Social e Ambiental. 2.Sustentabilidade I. Instituto

Consciência GO. II. Título.

CDD 333.72

Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia

Telefone: (62) 3224-8931 / (62) 8538 3828 www.institutoconscienciago.com.br [email protected]

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Sumário APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 3

1. A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES . 6

1.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS ................................................................. 6

1.2 O QUE VEM A SER RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA? ....... 9

2. GESTÃO COM PESSOAS E TECNOLOGIAS DE GESTÃO ........................... 10

3. BALANÇO SOCIAL ................................................................................................ 15

3.1. QUAL A LIGAÇÃO ENTRE RESPONSABILIDADE SOCIAL E

AMBIENTAL E BALANÇO SOCIAL? .................................................................... 15

3.2. BALANÇO SOCIAL MODELO IBASE ............................................................ 17

3.3. BALANÇO SOCIAL – MODELO DA GRI (GLOBAL REPORTING

INITIATIVE) ............................................................................................................. 19

4. BALANÇO SOCIAL E ECONÔMICO ................................................................ 29

4.1. INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÔMICO ....................................... 30

4.2. INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL ................................................ 30

RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 AO 4 ........................................................................ 33

5. DEMONSTRAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL ................................ 35

5.1. O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL? .................................................... 35

5.2 .POR QUE SE COMPROMETER COM A RESPONSABILIDADE SOCIAL? 43

5.3. O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? ...................................... 47

6. GESTÃO AMBIENTAL COMO MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ..................... 52

7. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ....................................................... 56

SAIBA MAIS NOS SITES ........................................................................................... 59

CONSULTE AS NORMAS E CERTIFICAÇÕES ................................................... 60

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 61

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APRESENTAÇÃO

O Curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) do Instituto

Consciência GO (ICG) iniciou sua trajetória acadêmica em julho de 2013, após

a construção de um projeto pautado na importância de possibilitar acesso ao

ensino técnico profissionalizante de qualidade que, combinado à seriedade na

execução do projeto político pedagógico, propiciasse uma formação sólida e

relacionada às demandas regionais.

Passados doze meses, o curso mostra crescimento quantitativo e

qualitativo, fortalecimento de sua proposta e de consolidação de resultados

positivos. Ressalta-se que esses valores, atividades e ações voltadas ao

ensino sólido viabilizaram a qualidade acadêmica e pedagógica das aulas, bem

como o aprendizado efetivo dos alunos, favorecendo o reconhecimento pelo

Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE GO) deste curso que ora

iniciamos com você, Curso Técnico Profissionalizante em Administração (CTA),

a partir de setembro de 2014.

Assim, oferecemos a você, estudante, este Livro Didático, produto do

trabalho de uma equipe composta por profissionais do ICG. Julgamos de suma

importância você conhecer o processo de organização deste Livro Didático

que foi organizado seguindo algumas etapas relacionadas abaixo:

1ª: coletânea de diversos subsídios de conteúdos relevantes de vários

autores;

2ª: seleção e organização do material específico para atender o curso;

3ª: autorização do autor do respectivo material ;

4ª:apreciação realizada pelo professor docente do respectivo componente

curricular;

5ª: revisão final.

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Destacamos ainda, que este material não é produção inédita do ICG

eem cada capítulo consta a sua referência.

Aos autores e autoras do material didáticopedagógico coletado, os

nossos sinceros agradecimentos, com certeza, vocês têm a alma nobre e estão

contribuindo imensamente com a qualidade da educação em nosso país.

Aos profissionais do ICG, envolvidos na organização deste Livro Didático

(vide Ficha Técnica na contracapa), os nossos agradecimentos.

A você em especial, estudante, oferecemos este material que servirá de

guia e de apoio para o estudo atento e sério, para a organização da pesquisa e

para o contato inicial de qualidade com as disciplinas que estruturam o curso

Técnico em Administração (CTA).

O ICG acolhe a todos e todas com respeito.

Profª Ma Sandra Isabel Chaves

Diretora Geral

Equipe Organizadora da Coletânea Digital Profª Ma Sandra Isabel Chaves – Direção Geral Profª Ma Angela Maria Naves da Silva – Assessoria Técnico-Pedagógica

Adriene Gomes – Bibliotecária - ( CRB1 2623)

Joana Chaves Pozzer – Secretária dos Cursos Técnicos

Prof. Luciano Galdino de Melo Resende – Informática Aplicada à Educação

Profª Cleide Coelho Martins – Língua Portuguesa

Profª Geanne Cardoso – Matemática

Dr. Fabrício Segato – Advogado

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Maria Clara Ribeiro de Bragança – Estagiária do Curso Técnico em Redes de Computadores

Preâmbulo

Visão do ICG: Socialização e produção do saber de excelência.

Missão do ICG: Possibilitar a formação acadêmica e profissional com profundidade e

refinamento, em áreas específicas do conhecimento, habilitando os envolvidos

na busca de respostas inovadoras e criativas, aplicadas ao entendimento, à

promoção e a recuperação do bem-estar social de nossa população, que

precisa ser a beneficiária desse processo de produção científica, fortalecendo-

se em valores coletivos e democráticos, centrado no desenvolvimento humano,

na inclusão social e cultural.

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1. A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES

O objetivo desta primeira unidade é mostrar num primeiro momento uma

conceitualização sobre a Responsabilidade Social e Ambiental nas

organizações e mostrar os estágios em que se encontram as empresas. Tem-

se também interesse em apresentar Modelos de Balanços Sociais, tais como o

IBASE; o Instituto ETHOS e o Relatório GRI, com as suas características.

1.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS

Diante das transformações econômicas e sociais vividas ao longo dos

anos, hoje, é possível perceber que o movimento ambientalista cresce em

grande escala, e um dos maiores desafios “é fazer com que as forças do

mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com o auxílio de

padrões baseados no desempenho e uso criterioso de instrumentos

econômicos, num quadro harmonioso de regulamentação” (TACHIZAWA,

2004, p. 23).

O mesmo autor ainda descreve que uma característica do novo contexto

econômico é a postura rígida dos clientes que buscam as organizações éticas,

com boa imagem institucional e que atuem de forma ecologicamente correta.

Segundo Machado Filho (2006), quando relata no prefácio de seu livro

um texto de Roberto Silva Waack (presidente da Orsa Florestal e diretor

executivo da Holding Grupo Orsa), menciona:

A cada dia que passa, a responsabilidade social é mais discutida nos diferentes ambientes da sociedade. Ela mudará o mundo das organizações, pois já tem, e terá muito mais, influência nas relações

PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p.

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entre capital e trabalho. Avança com consistência nas interfaces entre empresas e as comunidades de seus entornos e, recentemente, ampliou seus horizontes para uma abordagem mais sistêmica, dando substância ao candente conceito de sustentabilidade.

A Responsabilidade Social e Ambiental nas Organizações é referencial

de excelência para o mundo dos negócios a partir da Fundação para o Prêmio

Nacional da Qualidade (2001 apud TACHIZAWA, 2004), instiga as

organizações a tornarem-se socialmente responsáveis, aderindo a partir de

diversos estágios a inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos

estratégicos da organização. “Esse novo pensamento precisa ser

acompanhado por uma mudança de valores, passando da expansão para a

conservação, da quantidade para a qualidade, da dominação para a parceria”

(TACHIZAWA, 2004, p. 27).

São cinco os estágios que uma organização percorre desde a fase

embrionária até a mais avançada. Você vai estudar separadamente as

características de cada um.

Estágio 1:

a) A organização não assume responsabilidades perante a sociedade;

b) Não promove o comportamento ético.;

c) Não toma ações em relação ao exercício de cidadania.

Estágio 2:

a) A organização reconhece os impactos causados por seus produtos,

processos e instalações.

b) Apresenta ações isoladas.

c) Busca promover o comportamento ético.

Estágio 3:

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a) A organização está iniciando a sistematização de um processo de

avaliação dos impactos – formar questões de lista de verificação.

b) Exerce liderança em algumas questões de interesse da comunidade.

c) Promove o envolvimento das pessoas em esforços de desenvolvimento

social.

Estágio 4:

a) A organização sistematiza os impactos sociais e ambientais – análise de

sustentabilidade.

b) Exerce lideranças de interesse da comunidade, de diversas formas.

c) Promove o envolvimento das pessoas em esforços de desenvolvimento

social, frequentemente.

Estágio 5:

a) A organização pensa na certificação por ações.

b) A organização participa de ações não lucrativas.

c) Áreas como cultura, assistência social, educação, saúde, ambientalismo

e defesa de direitos são consideradas relevantes.

Os estágios representam uma forma de avaliar a empresa. As instituições

podem apresentar alterações frequentes em seus estágios, inclusive com

regressão, passando de um “Estágio 3” para o “Estágio 1”, quando, por

exemplo, a empresa assume um processo de Responsabilidade Social e inicia

uma avaliação através de uma Lista de verificação, porém não conclui os

trabalhos, passando então à situação inicial, ou “Estágio 1”.

Para verificar atentamente o que está acontecendo é necessário uma

verificação in loco em todos os setores da empresa, analisar as atividades, os

processos de produção e prestação de serviços. Verifica-se, entretanto, que os

gestores de muitas empresas demonstram preocupação, atuando de forma

gradativa na Responsabilidade Social e Ambiental.

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1.2 O QUE VEM A SER RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA?

Ainda não existe uma definição unânime de Responsabilidade Social

Corporativa, segundo Machado Filho (2006, p. 24): “[...] a expressão se refere,

de forma ampla, a decisões de negócios tomadas com base em valores éticos

que incorporam as dimensões legais, o respeito pelas pessoas, comunidades e

meio ambiente”.

Ao mesmo tempo em que se aprofunda o debate na comunidade acadêmica sobre a questão da responsabilidade social e da ética, cresce também, na comunidade dos negócios, o questionamento sobre a real conexão entre as práticas de responsabilidade social e o desempenho econômico e financeiro das empresas (MACHADO FILHO, 2006, p. 14).

Assim, verifica-se que existe uma correlação entre o desempenho

econômico e financeiro e o desempenho social e ambiental nas empresas. Vale

ressaltar o envolvimento dos stakeholders.

Machado Filho (2006) relata Edward Freeman (1994), quando propõe uma

divisão dos stakeholders em dois grupos: stakeholders primários (acionistas e

credores) são aqueles que possuem os direitos legais sobre os recursos

organizacionais bem estabelecidos. Os stakeholders secundários (comunidade,

funcionários, consumidores, entre outros) são aqueles cujo direito sobre os

recursos organizacionais é menos estabelecido em lei e/ou baseado Em

critérios de lealdade ou em obrigações éticas (MACHADO FILHO, 2006, p. 4).

A responsabilidade social deve expressar o compromisso com valores,

conduta e procedimentos que estimulem o contínuo aperfeiçoamento dos

processos empresariais, e os stakeholders surgem como fiscais das ações.

Assim, pode-se ter um resultado positivo em preservação do meio ambiente

e melhoria da qualidade de vida da sociedade, do ponto de vista ético, social e

ambiental.

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2. GESTÃO COM PESSOAS E TECNOLOGIAS DE GESTÃO

As organizações nos países ocidentais são decorrências da Revolução

Industrial. Três grandes representantes da Escola Clássica adotaram uma

abordagem semelhante: criar uma organização que, de forma eficiente,

atingisse seus objetivos (TACHIZAWA, 2004).

A Figura 1 mostra as opiniões destes três representantes mencionados:

Taylor, Fayol e Weber. São destacadas as características de cada

pesquisador.

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Seus pontos de vista são complementares e refletem determinados

princípios nos quais a organização do trabalho se baseia até o momento atual

(TACHIZAWA, 2004, p. 41).

O trabalho de Adam Smith evidencia o princípio empresarial da época

em que o trabalho era decomposto em tantas tarefas quanto possíveis, e essas

seriam distribuídas a outros tantos operários, fazendo com que cada um deles

se tornasse especialista em sua tarefa, obtendo assim níveis de produtividade

Organização que de forma eficiente atingisse seus

objetivos Análise do Trabalho (TAYLOR)

Reflexões sobre Administração e

Controle (FAYOL)

As organizações nos países ocidentais são

decorrência da Revolução Industrial.

Três grandes representantes da Escola Clássica.

Contexto Social e os princípios que

fundamentam as organizações

(WEBER)

Figura 1 – Características de três representantes da Escola

Clássica

Fonte: Tachizawa (2004)

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elevados. Esta linha em que trabalha Adam Smith consiste na fragmentação do

trabalho e criação dos especialistas garantindo produtividade máxima.

Ao final do século XIX, o desenvolvimento industrial levou à necessidade

de aperfeiçoamento dos princípios tradicionais da organização e deu

continuidade, no século XX, ao processo de desenvolvimento do Capitalismo, o

qual resultou em um surto industrial que avança até os dias de hoje. E, após

este surto industrial e em decorrência dos avanços científicos, surgem os

primeiros estudos sobre os efeitos da poluição na saúde dos trabalhadores

(TACHIZAWA, 2004, p. 42).

Neste ambiente, surge uma nova visão das organizações – a Escola das

Relações Humanas – que defendia o pressuposto de que as organizações não

poderiam ser máquinas, e os trabalhadores serem considerados peça

integrante dessas, conforme definição da Escola Clássica. Mas não existia uma

quebra total com os princípios clássicos e surge a preocupação da comunidade

com as implicações das atividades produtivas sobre os seres vivos e o meio

ambiente (TACHIZAWA, 2004, p. 42).

Assim, novos pensamentos e a modulação de novas estruturas de

administração das futuras organizações começam a ser pensados para

trabalhar com a Responsabilidade Social; novas estratégias de melhores

serviços aos clientes, os operários de tarefa desaparecendo e suas funções

sendo automatizadas ou combinadas em tarefas maiores, que exigem uma

especialização.

A Gestão de Pessoas vem para auxiliar as empresas, pois imagem,

liderança e tradição no mercado não são suficientes; é necessário um

profissional (público interno) com cursos de qualificação.

Tachizawa (2004) ressalta que devem existir nas empresas

oportunidade de desenvolvimento, plano de carreira, bom ambiente de

trabalho, comportamento social e valores éticos.

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A Figura 2 mostra um modelo de Gestão de Pessoas.

Modelo de Gestão

de Pessoas Empregos em tempo integral

Trabalho menos especializado Alta taxa de rotatividade/

desgaste natural

Empregos em tempo parcial Surgimento de Novas

Micro e Pequenas

Empresas para a

prestação de serviços

O referido autor diferencia a Gestão de Pessoas em dois grupos:

empregados em tempo integral, e empregos em tempo parcial. No primeiro

grupo, o trabalho é menos especializado e existe possibilidade de desemprego

pela alta taxa de rotatividade. Já no segundo grupo aparecem os

empreendedores, pois podem surgir novas micro e pequenas empresas.

Segundo Tachizawa (2004, p. 63):

Figura 2 – Modelo de gestão de pessoas

Fonte: Tachizawa (2004)

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O mercado de trabalho, em face das inúmeras transformações em marcha, vive uma radical reestruturação. Diante da forte volatilidade do mercado, do aumento da competição e do estreitamento das margens de lucro, os empresários e executivos das empresas deverão reposicionar-se diante do enfraquecimento do poder sindical e da grande quantidade de mão-de-obra excedente (desempregados ou subempregados) para negociar regimes e contratos de trabalho mais flexíveis.

Neste sentido, verifica-se, ainda, que o segundo grupo mencionado

tende a ser mais forte, as micro e as pequenas empresas são contratadas

pelos grandes fornecedores de tecnologia e passam a formar parcerias. Os

critérios para a contratação desses parceiros são diferentes, ou seja: cada caso

específico tem características especiais.

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3. BALANÇO SOCIAL

A Responsabilidade Social, nos últimos tempos, vem sendo amplamente

discutida e exigida pela sociedade, não apenas pelos organismos não

governamentais e entidades da administração pública, mas também pelas

empresas privadas e órgãos de classe (como os Conselhos Regionais de

Contabilidade) (GODOY et al., 2007).

3.1 QUAL A LIGAÇÃO ENTRE RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL E BALANÇO SOCIAL?

Os gestores têm interesse em divulgar suas ações para a comunidade, e

o Balanço Social constitui a forma de apresentar as ações concretas realizadas

pelas empresas.

É um relatório que apresenta um conjunto de informações econômicas e

sociais, com a finalidade de mostrar os gastos e investimentos realizados em

benefício dos empregados, da comunidade e do meio ambiente e informações

sobre a formação e a distribuição da riqueza gerada. Por isso, é também

considerado um instrumento de gestão estratégica (AZEVEDO, 2006).

No Brasil, esse tema foi abordado inicialmente por entidades católicas,

na década de 1970. A partir dos anos de 1990, houve um maior interesse da

sociedade sobre o assunto. A responsabilidade social corporativa enfatiza o

impacto das atividades da empresa com os stakeholders (TINOCO, 2001).

Para Ludícibus e Marion (2001 apud GODOY, 2007) o Balanço Social é

um relatório que contém informações que permitem identificar o perfil da

atuação social da empresa durante o ano, ou seja, a Responsabilidade Social

exercida por essa empresa, as ações apresentadas nas relações com os

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empregados, a participação dos empregados nos resultados econômicos da

empresa e as possibilidades de desenvolvimento pessoal, e ainda na forma de

sua interação com a comunidade e sua relação com o meio ambiente.

O Balanço Social é considerado um instrumento de avaliação, que os

analistas de mercado, investidores e órgãos de financiamento (como BNDES,

BID e IFC) incluem na lista dos documentos necessários para se conhecer e

avaliar os riscos e as projeções de uma empresa (GODOY, 2007). Segundo

Tinoco e Kraemer (2004, p. 28):

É um instrumento de gestão e informação que visa evidenciar, de forma mais transparente possível, informações financeiras, econômicas, ambientais e sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferenciados usuários, seus parceiros sociais.

Assim, o Balanço Social apresenta através de indicadores a situação

atual da empresa quanto à Responsabilidade Social e Ambiental; isto deve ser

mostrado não só quantitativa, mas sim qualitativamente.

Azevedo (2006) descreve que as pressões impostas pela sociedade

estimulam os gestores a uma conscientização das empresas sobre a

necessidade de tornar público suas ações quanto ao desempenho econômico-

financeiro e o desempenho social expressado através de seu relacionamento

com empregados, clientes, fornecedores e demais stakeholders.

Existem três modelos de Balanço Social mais utilizados no Brasil

(IBASE, GRI e Instituto ETHOS), que são apresentados nesta unidade. Apesar

da existência desses três modelos, várias entidades preferem criar formatos

próprios, definidos dentro de suas estratégias de comunicação. Outras adotam

um cruzamento de mais de um tipo de modelo, na vontade de buscar maior

transparência e qualidade (PFITSCHER, 2008).

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3.2 BALANÇO SOCIAL MODELO IBASE

De acordo com o site www.ibase.org.br, o Instituto Brasileiro de Análises

Sociais e Econômicas (IBASE) foi fundado em 1981, sem intuito político ou

religioso e sem fins lucrativos.

Buscando a padronização, o IBASE, em parceria com técnicos,

pesquisadores e diversos representantes de instituições públicas e privadas,

concebeu e concluiu em 1997 um modelo de Balanço Social que obteve o

apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O modelo expõe, de maneira

detalhada, os números associados à responsabilidade social da organização,

reunindo informações sobre a folha de pagamento, os gastos com encargos

sociais de funcionários, e a participação nos lucros. Também detalha as

despesas com controle ambiental e os investimentos sociais externos, nas

diversas áreas, como educação, cultura, saúde, etc. (GODOY, 2007).

A mesma autora descreve que, de forma geral, pode-se descrever que o

relatório proposto pelo IBASE é bastante objetivo, sugere uma estrutura padrão

e organiza dados gerais da empresa (grupo 1), indicadores (grupos 2 a 5) e

outras informações (grupos 6 e 7) na mesma estrutura, ou seja, todos os dados

são apresentados num único relatório – uma planilha, de modo conciso,

facilitando a consulta e a visualização dos dados, pelos interessados, conforme

mostra o Quadro 1.

Grupo Descrição Especificação

1 Base de Cálculo Dados sobre geração de

receitas, resultado

operacional

e folha de pagamento

bruto.

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2 Indicadores Sociais

Internos

Gastos com

alimentação, educação,

capacitação e

saúde, dentre outros

relacionados aos

empregados.

3 Indicadores Sociais

Externos

Gastos da empresa na

comunidade (saúde e

saneamento,

cultura, educação, etc.)

e os tributos.

4 Indicadores Ambientais Gastos com

despoluição, educação

ambiental, investimento

em programas externos

e outros, com os

empregados ou

sociedade.

5 Indicadores de Corpo

Funcional

Número de admissões,

estagiários, mulheres,

negros

e portadores de

deficiência física.

6 Informações relevantes Aspectos referentes ao

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quanto ao exercício da

cidadania empresarial

número de acidentes de

trabalho,

responsabilidade quanto

aos padrões de

segurança e salubridade

existentes.

7 Outras Informações Informações que a

empresa julgar

necessárias.

Quadro 1 – Descrição dos grupos de Balanço Social modelo IBASE

Fonte: Godoy et al. (2007)

Segundo Azevedo (2006), o IBASE sugere informações sobre o

faturamento bruto, gastos e investimentos com reflorestamento, despoluição,

conservação do meio ambiente, empregados e informações sobre a formação

e a distribuição da riqueza gerada pela empresa. Confere às empresas que o

adotam, um selo, que essas podem divulgar em seus produtos como emblema

da certificação. O modelo IBASE teve o apoio da CVM.

3.3 BALANÇO SOCIAL – MODELO DA GRI (GLOBAL REPORTING INITIATIVE)

A Global Reporting Initiative (Iniciativa Global para a Apresentação de

Relatórios) nasceu em 1997, da iniciativa conjunta da organização não

governamental norte-americana Coalition for Environmentally Responsible

Economics (CERES) e do Programa Ambiental das Nações Unidas (United

Nations Environmental Programme – UNEP). Tornou-se independente em

2002, e é atualmente um centro de colaboração oficial do UNEP. Por ser uma

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organização independente, a GRI conta com a participação ativa de

representantes das áreas de contabilidade, investimento, ambiente, direitos

humanos, investigação e organizações do trabalho, de várias partes do mundo.

O seu objetivo é adotar um modelo padrão internacional (GODOY et al., 2007).

Os autores descrevem que atualmente existem mais de mil

organizações em sessenta países, que aderem às diretrizes como base para a

elaboração dos seus relatórios de sustentabilidade, como é conhecido o GRI.

Seu objetivo é transformar a divulgação do desempenho nas vertentes

econômica, social e ambiental, em uma rotina de todas as organizações.

No Guia para Elaboração do Balanço Social e no Relatório de

Sustentabilidade (INSTITUTO ETHOS, 2007, p. 17) consta que: “A opção pelo

modelo GRI tem-se tornado crescente em todo o mundo, tendo em vista sua

proposta de fazer com que haja um padrão internacional para elaboração de

relatórios”. Essa uniformização é extremamente positiva.

O GRI é dividido em seis categorias. São os indicadores: de

Desempenho Econômico; do Meio Ambiente; de Práticas Trabalhistas e

Desempenho Decente; de Direitos Humanos; Sociais (referente à sociedade); e

de Responsabilidade pelo Produto, conforme mostram os quadros 2 a 7, onde

são discriminados o aspecto e as características de cada indicador.

Aspecto Descrição

Desempenho econômico

Valor econômico direto gerado e

distribuído, incluindo receitas, custos

operacionais, remuneração de

empregados, doações e outros

investimentos

na comunidade.

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Presença no

mercado

Variação da proporção do salário

mais baixo comparado ao salário

mínimo local em unidades

operacionais importantes; políticas,

práticas e proporção

de gastos com fornecedores locais

em unidades operacionais

importantes.

Impactos

econômicos

indiretos

Desenvolvimento e impacto de

investimentos em infraestrutura e

serviços oferecidos, principalmente

para benefício público, por meio de

engajamento comercial, em espécie.

Quadro 2 – Indicadores de Desempenho Econômico

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

Esses indicadores dividem-se em três aspectos: “desempenho

econômico”; “presença no mercado” e “impactos econômicos indiretos”.

O primeiro aspecto, “desempenho econômico” é direcionado ao

resultado financeiro que atende também aos lucros acumulados e pagamentos

para provedores de capital e governos.

O segundo aspecto, “presença no mercado” refere-se à atuação da

empresa no mercado, comparando os salários e gastos com demais

stakeholders. Pode ser utilizado o Benchmarking Ambiental, para realizar

estudos comparativos com as maiores empresas do ramo, assunto que será

discutido nas próximas unidades.

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O terceiro aspecto, “impactos econômicos indiretos” refere-se à análise

dos benefícios relacionados à comunidade. O Quadro 3 apresenta os

indicadores de desempenho do meio ambiente.

Aspecto Descrição

Materiais Materiais usados por peso ou volume.

Energia

Consumo de energia direta discriminado por fonte

de energia primária; consumo de energia indireta

discriminado por fonte primária.

Água Total de retirada de água por fonte.

Biodiversidade

Localização e tamanho da área possuída, arrendada

ou administrada dentro de áreas protegidas, ou

adjacentes a elas, e áreas de alto índice de

biodiversidade fora das áreas protegidas.

Emissões,

efluentes e

resíduos

Total de emissões diretas e indiretas de gases de

efeito estufa, por peso; outras emissões indiretas

relevantes de gases do efeito estufa, por peso;

iniciativas para reduzir as emissões de gases de

efeito estufa e as reduções obtidas.

Produtos e

Serviços

Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de

produtos e serviços e a

extensão da redução desses impactos; percentual

de produtos e embalagens recuperados.

Conformidade Valor monetário de multas significativas e número

total de sanções não monetárias resultantes da não

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conformidade com leis e regulamentos ambientais.

Transporte Impactos ambientais significativos do transporte de

produtos.

Geral Total de investimentos e gastos com proteção

ambiental.

Quadro 3 – Indicadores de Desempenho do Meio Ambiente

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

Quanto ao aspecto “materiais” apresentam-se os percentuais de

materiais usados provenientes de reciclagem; O segundo aspecto “energia”

mostra a energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência

e iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia.

No que se refere ao aspecto “água” são verificadas as fontes hídricas

significativamente afetadas por retirada de água e o percentual e volume total

de água reciclada e reutilizada.

O aspecto “biodiversidade” refere-se à descrição de impactos

significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas

protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas

protegidas. Quanto ao aspecto “emissões, efluentes e resíduos”: emissões de

substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso; NOx, SOx e outras

emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso; descarte total de água,

por qualidade e destinação.

No que se refere ao aspecto “produtos e serviços” faz-se um estudo

comparativo das embalagens recuperadas em relação ao total de produtos

vendidos, por categoria de produto. O aspecto “conformidade” ressalta os

registros de punições legais. Quanto ao aspecto “transporte”, verifica-se a

periculosidade do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados

nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores. No

que se refere ao aspecto “geral” enfatiza-se o total de investimento ambiental.

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O terceiro grupo de indicadores do GRI está representando o Quadro 4,

que mostra os indicadores de desempenho referentes à Prática Trabalhista e

ao Trabalho Decente.

Quadro 4 – Indicadores de Desempenho referente à Prática Trabalhista e

Trabalho Decente

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

Quanto ao aspecto “emprego”, esse se refere ao número total e à taxa

de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região. O aspecto

Aspecto Descrição

Práticas de investimento e

de processos de compra

Percentual e número total de

contratos de investimentos.

Não discriminação Número total de casos de

discriminação.

Liberdade de associação e

negociação coletiva

Operações identificadas quanto a este

aspecto.

Trabalho infantil Operações identificadas como de

risco significativo de ocorrência

de trabalho infantil.

Trabalho forçado ou análogo

ao escravo

Operações identificadas como de

risco significativo de ocorrência

de trabalho forçado ou análogo ao

escravo.

Práticas de segurança

Percentual do pessoal de segurança

submetido a treinamento

nas políticas ou procedimentos da

organização relativos.

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“relações entre os trabalhadores e a governança” inclui os procedimentos que

estão especificados em acordos de negociação coletiva. O aspecto “saúde e

segurança no trabalho” refere-se a programas de segurança e saúde

ocupacional; taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos,

absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.

O aspecto “treinamento e educação” apresenta a média de horas por

funcionário, discriminadas por categoria funcional.

O aspecto “práticas de investimento e de processos de compra”, refere-

se a investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos

humanos ou casos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos

humanos. No que se refere aos aspectos “não discriminação” e “liberdade de

associação e negociação coletiva” apresentam-se as medidas tomadas para os

casos de discriminação e análise das operações de negociação coletiva bem

como liberdade de associação.

Os aspectos “trabalho infantil” e “trabalho forçado ou análogo ao

escravo” referem-se a medidas tomadas para contribuir para a abolição do

trabalho infantil ou risco significativo ao trabalho forçado.

No que se refere aos aspectos “práticas de segurança” e “direitos

indígenas” enfatizam-se informações de direitos humanos que sejam

relevantes às operações, prevalecendo as práticas de segurança também ao

indígena.

O Quadro 5 mostra os Indicadores de Desempenho Social referente à

Sociedade.

Aspecto Descrição

Comunidade Natureza, escopo e eficácia de

quaisquer programas e práticas.

Corrupção Percentual e número total de

unidades de negócios.

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Políticas públicas Posições quanto a políticas públicas.

Concorrência desleal adicional Número total de ações judiciais por

concorrência desleal.

Conformidade Essencial Valor monetário de multas

significativas e número total de

sanções não monetárias resultantes

da não conformidade com leis e

regulamentos.

Quadro 5 – Indicadores de Desempenho Social referente à Sociedade

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

Quanto aos aspectos “comunidade” e “corrupção” esses surgem para

avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo entrada,

operação e saída, e ainda avaliações de riscos relacionados à corrupção.

No que se refere aos aspectos “políticas públicas” e “concorrência

desleal adicional”, esses mostram a participação na elaboração de políticas

públicas e lobbies, e ainda práticas de truste e monopólio e seus resultados.

Quanto ao aspecto “conformidade/essencial”, ressalta-se a não

conformidade com a lei. O Quadro 7 mostra os Indicadores de Desempenho

referentes à Responsabilidade pelo Produto.

Aspecto Descrição

Saúde e segurança do cliente

essencial

Fases do ciclo de vida de produtos e

serviços em que os impactos na

saúde e segurança são avaliados

visando à melhoria, e o percentual de

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produtos e serviços sujeitos a esses

procedimentos.

Rotulagem de produtos e serviços Tipo de informação sobre produtos e

serviços exigida por procedimentos de

rotulagem, e o percentual de produtos

e serviços sujeitos a tais exigências;

número total de casos de não

conformidade com regulamentos e

códigos voluntários relacionados a

informações.

Comunicações de marketing Programas de adesão às leis, normas

e códigos voluntários relacionados a

comunicações de marketing, incluindo

publicidade, promoção e patrocínio.

Conformidade Número total de reclamações

comprovadas relativas à violação de

privacidade e perda de dados de

clientes.

Compliance Valor monetário de multas

(significativas) por não conformidade

com leis e regulamentos relativos ao

fornecimento e uso de produtos e

serviços.

Quadro 6 – Indicadores de desempenho referentes à Responsabilidade pelo

Produto

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

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Os aspectos “saúde e segurança do cliente essencial” e “rotulagem de

produtos e serviços” destacam melhoria contínua na análise dos impactos na

saúde e segurança e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo

de resultado e práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo

resultados de pesquisas que medem essa satisfação.

Os aspectos “comunicações de marketing” e “conformidade” ressaltam a

análise do marketing, quanto às informações e reclamações envolvendo a

privacidade dos clientes.

O aspecto “compliance” enfatiza a participação das leis nas não

conformidades de produtos e serviços direcionados aos clientes. Ressaltam-se

as multas significativas desses processos.

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4. BALANÇO SOCIAL

Modelo do Instituto ETHOS baseado num relatório detalhado dos

princípios e das ações da organização, incorpora a planilha proposta pelo

IBASE e sugere um detalhamento maior do contexto da tomada de decisões,

dos problemas encontrados e dos resultados obtidos. O Instituto ETHOS

defende a necessidade de os balanços sociais adquirirem credibilidade e

consistência em relação aos balanços financeiros (GODOY et al., 2007).

A estrutura do modelo do Instituto ETHOS é a seguinte:

Parte 1 – Apresentação: missão e visão; mensagem do presidente; perfil

do empreendimento e setor da economia.

Parte 2 – A empresa: histórico; princípios e valores; estrutura e funcionamento;

e governança corporativa.

Parte 3 – A atividade empresarial: diálogo com partes interessadas e os

indicadores de desempenho.

Parte 4 – Anexos: demonstrativo do Balanço Social – modelo IBASE –

Iniciativas de interesse da sociedade – projetos sociais e notas gerais.

Segundo os autores, compreende também Indicadores de Desempenho

Econômico e Social. Existe também uma subdivisão dos sociais em: Público

Interno; Meio Ambiente; Fornecedores; Consumidores e Clientes; Comunidade;

e Governo e Sociedade; cada um com características diferenciadas.

PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p.

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4.1 INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÔMICO

Aspectos descritivos: referem-se a impactos por meio da geração e

distribuição de riqueza; resultados oriundos da produtividade; procedimentos,

critérios e retornos de investimentos realizados na própria empresa e na

comunidade.

Indicadores quantitativos: dizem respeito à geração e distribuição de

riqueza; produtividade; e investimentos.

4.2. INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL

PÚBLICO INTERNO

Diálogo e participação Relação com sindicatos; gestão

participativa; e relações com

trabalhadores terceirizados.

Respeito ao indivíduo Trabalho infantil; trabalho forçado ou

análogo ao escravo; e.

diversidade.

Trabalho decente Cuidados com saúde, segurança e

condições de trabalho;compromisso

com o desenvolvimento profissional e a

empregabilidade; comportamento

diante de demissões; e preparação

para aposentadoria.

Quadro 7 – Descrição e Características do Público Interno

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

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Verifica-se uma preocupação com a qualidade vida de seus funcionários

e colaboradores, para que os envolvidos possam trabalhar de forma

harmoniosa.

Isto é ainda mais destacado no Guia para Elaboração do Balanço Social

e Relatório de Sustentabilidade (INSTITUTO ETHOS, 2007, p. 6): “Há uma

crescente tendência de Publicação de Balanços Sociais mais coerentes com as

propostas das empresas interessadas em aplicar a responsabilidade social

empresarial à gestão de seu negócio”. O Quadro 9 trata do meio ambiente.

MEIO AMBIENTE

Responsabilidade diante das

gerações futuras

Comprometimento da empresa com a

melhoria da qualidade ambiental; e

educação da conscientização

ambiental.

Gerenciamento do impacto

ambiental

Gerenciamento do impacto no meio

ambiente e do ciclo de vida de

produtos e serviços; e minimalização

de entradas e saídas de materiais na

empresa.

Quadro 8 – Descrição e características do Meio Ambiente

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

Vale ressaltar o interesse na aplicação deste modelo para evitar os

impactos ambientais que podem surgir no processo de produção. Assim,

devem ser revistos os aspectos que causam a entrada dos produtos nas

empresas. Um exemplo poderia ser citado: no “beneficiamento de arroz”, o “pó”

pode ser um “aspecto” causador de “impacto” em problemas respiratórios aos

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seus funcionários ou até mesmo à população circunvizinha. O Quadro 10

mostra “Fornecedores” e “Consumidores e Clientes”.

FORNECEDORES

Seleção, avaliação e parceria

com fornecedores

Critérios de seleção e avaliação de

fornecedores; e apoio ao

desenvolvimento de fornecedores.

CONSUMIDORES E CLIENTES

Dimensão social do consumo

Política de comunicação comercial;

excelência do atendimento; e

conhecimento e gerenciamento dos

danos potenciais dos produtos e

serviços.

Quadro 9 – Descrição e características de “Fornecedores e Consumidores e

Clientes”

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

Os indicadores “fornecedores” são estruturados para que o consumidor

final receba um produto com qualidade. Isso é justificado pelo indicador

“Consumidores e Clientes” que possui como um dos quesitos o gerenciamento

dos danos potenciais que possam causar os produtos, e serviços aos

envolvidos. O Quadro 11 apresenta o indicador Comunidade.

COMUNIDADE

Relações com a comunidade local Gerenciamento do impacto na

comunicação de entorno e

relacionamento com organizações

locais.

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Ação social Envolvimento e financiamento da ação

social.

Quadro 10 – Descrição e Características do Indicador Comunidade

Fonte: Adaptado de Godoy et al. (2007)

Vale ressaltar ainda o que consta no Guia para Elaboração do Balanço

Social e Relatório de Sustentabilidade (INSTITUTO ETHOS, 2007, p. 27): “Os

indicadores ETHOS podem facilitar o processo de elaboração do relatório

modelo GRI”.

Este indicador tem ligação com todos outros indicadores, pois se um dos

indicadores anteriores não for atendido, isso refletirá negativamente na

Comunidade. Da mesma forma, ações favoráveis terão resultado ainda melhor

diante da comunidade.

RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 AO 4

Esta unidade mostra conceitos e características da Responsabilidade

Social e Ambiental nas organizações. Enfatiza a gestão com pessoas e

apresenta um breve histórico da Escola Clássica, mostrando características

básicas.

Após, apresenta o Balanço Social com explicações sobre a necessidade

de divulgar as ações das empresas para a comunidade. O Balanço Social é a

forma de apresentar essas ações de modo concreto. Nesse momento, você

conheceu três modelos IBASE; Relatório GRI (Global Reporting Initiative) e

Instituto ETHOS. O IBASE é bastante objetivo, sugere uma estrutura padrão e

organiza dados gerais da empresa (grupo 1), indicadores (grupos 2 a 5) e

outras informações (grupos 6 e 7) na mesma estrutura, ou seja, todos os dados

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são apresentados num único relatório – uma planilha, facilitando a consulta e a

visualização dos dados pelos interessados.

A elaboração do GRI tem-se tornado crescente em todo o mundo, tendo

em vista sua proposta em fazer um modelo com padrão internacional, com

finalidade de uniformização.

É dividido em seis categorias: Indicadores de Desempenho Econômico;

do Meio Ambiente; de Práticas Trabalhistas e Desempenho Decente;Direitos

Humanos; Sociais (referente à sociedade); e de Responsabilidade pelo

produto. O Instituo ETHOS compreende Indicadores de Desempenho

Econômico e Social. Existe também uma subdivisão dos Sociais em: Público

Interno; Meio Ambiente; Fornecedores; Consumidores e Clientes; Comunidade

e; Governo e Sociedade.

É necessário realizar uma leitura desta unidade com atenção, além de

pesquisar outras referências, ou seja, não apenas aquelas sugeridas. A

participação nos fóruns será importante, tendo em vista que suas dúvidas

poderão ser solucionadas tanto pelos próprios colegas, como também pelos

tutores a distância e presenciais. No final desta unidade, apresenta-se um

trabalho de fixação, que serve também para auxiliar no aprendizado e que

deverá ser lido e bem entendido por você.

É importante que você reflita sobre os assuntos discutidos até o momento!

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5. DEMONSTRAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 5.1. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

A cultura da responsabilidade social corporativa vem crescendo de

forma acentuada nos últimos anos, em função de mudanças no comportamento

dos stakeholders (partícipes), dos governos, do mercado e das próprias

organizações. Estas últimas, percebendo as alterações externas e demandas

internas, procuram se adaptar a este cenário, incorporando práticas e atitudes

de responsabilidade social e ambiental ao seu modelo de gestão. Desse

modelo surge a proposta de apresentar e divulgar informações de ordem social

e ambiental. Entretanto, existem diferenças conceituais que devem ser

consideradas quando se abordam estes temas, como, por exemplo, a

diferenciação entre responsabilidade social corporativa e desenvolvimento

sustentável, ambos discutidos na sequência.

5.2. O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL?

O tema responsabilidade social está em voga e em franco

desenvolvimento em nível mundial, e também no Brasil, quer no âmbito

acadêmico quer no profissional, empresarial ou governamental, sendo que seu

entendimento está alicerçado em atitudes e ações que visam a melhorar a

qualidade de vida. Dada a grande importância do tema, a própria ONU

(Organização das Nações Unidas) tem debatido a questão, em seminários

internacionais.

ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. 71 p.

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No Brasil, muitas organizações empresariais foram criadas para discutir

temas sociais, de direitos humanos e de sustentabilidade ambiental, como, por

exemplo, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), o

Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a

Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Para o

desenvolvimento comunitário e social podem ser citadaso Instituto de

Cidadania Empresarial (ICE), o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas

(GIFE), a Fundação Abrinq, entre outras. No que se refere à responsabilidade

social corporativa, merece destaque o Instituto Ethos de Empresas e

Responsabilidade Social, criado para promover a cultura da gestão empresarial

balizada por princípios éticos; e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e

Econômicas (Ibase), que, por intermédio do seu idealizador, Herbert de Souza,

deu uma importante contribuição à área contábil, associando o balanço social à

demonstração da responsabilidade pública e cidadã das empresas brasileiras.

Todavia, o crescente interesse nessa matéria, no nosso País, parece

que ainda não tem merecido o devido destaque no meio empresarial, no que

tange à divulgação de relatórios sociais e ambientais. Recentemente a

empresa de consultoria BDO Trevisan divulgou seu primeiro estudo de

Responsabilidade Social Corporativa – 2005/2006, no qual 620 empresas dos

mais variados segmentos foram convidadas a participar. Destas, somente 78

responderam o questionário, sendo que 53 delas informaram que não fazem

publicação de balanço social ou relatório social, ou seja, mais de 66% (2/3) não

divulgam tais informações, o que demonstra falta de conhecimento acerca do

tema e/ou certa insensibilidade social e ambiental. O estudo sinaliza um

desinteresse ou desconhecimento mais profundo do tema, pelos empresários,

pois:

• 75% das empresas não avaliam o impacto das suas ações em projetos

sociais;

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• 46 % das empresas não promovem ações de conscientização dos

vendedores, com referência ao Código do Consumidor; e

• 66% não contribuem com entidades vinculadas à comunidade.

Várias têm sido as iniciativas para fomentar a elaboração e divulgação

de relatórios sociais e ambientais, uma vez que a elaboração e a publicação de

balanços sociais representam uma das mais importantes práticas estratégicas

na gestão empresarial socialmente responsável. Além disso, viabiliza o

planejamento, a avaliação e o aperfeiçoamento de ações sociais, promovendo

a transparência e a abertura de canais de comunicação e de diálogo entre a

entidade e seus stakeholders (partícipes).

Entre as iniciativas pioneiras está a concessão do Selo Balanço Social

Ibase/Betinho, lançado em 1997, com o objetivo de estimular a participação

das empresas para a elaboração e divulgação do Balanço Social. Outra

iniciativa é o Prêmio Balanço Social, idealizado em conjunto por cinco

entidades: a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), a

Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado

de Capitais (Apimec), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

(Ethos), a Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social (Fides)

e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), que têm

promovido discussões acerca do balanço social nas áreas de comunicação,

mercado financeiro, empresas e sociedade civil

(http://www.premiobalançosocial.org.br).

Em nível estadual, destaca-se a iniciativa pioneira em nosso País,

oriunda do Rio Grande do Sul, introduzida pela Lei nº 11.440-00, que institui o

Certificado de Responsabilidade Social – RS para as empresas e entidades

que apresentarem seu balanço social e que atingirem a pontuação mínima

estabelecida pelo prêmio. Além de incentivar a publicação do balanço social, a

referida lei ratificou a importância da Contabilidade e do seu profissional, ao

estabelecer que o balanço social para fins de certificação deverá ser assinado

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por Contador ou Técnico em Contabilidade legalmente habilitado ao exercício

profissional, mencionando, ainda, que os dados financeiros nele constantes

deverão ser extraídos das respectivas demonstrações contábeis.

Assim sendo, entende-se oportuno oferecer mais elementos que possam

influir positivamente, num maior engajamento social, com mais

comprometimento do empresário e do profissional da Contabilidade em

relação aos aspectos sociais e ambientais, o que, em consequência, trará

resultados positivos a toda a sociedade.

Segundo o Instituto Ethos (2007), A Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e coresponsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governos e meio ambiente) e conseguir incorporá-los nos planejamentos de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.

Na área contábil já se encontram vários pesquisadores da matéria,

dentre eles cabe mencionar Kroetz, com vários pronunciamentos. Para o autor,

o conceito de responsabilidade social corporativa pressupõe que a organização não seja somente um agente econômico, produtor de riqueza e gerador de lucros, mas, também, um agente social, com participação e influência sobre o seu entorno. Tendo como objetivo não só o retorno ao acionista, mas também a geração do bem-estar, o desenvolvimento da comunidade onde atua, a sua colaboração na preservação do meio ambiente e a criação de condições de trabalho favorável (2003, p. 6).

Ainda em relação à responsabilidade social corporativa, Kroetz ressalta

que “as organizações que incorporam a cultura da responsabilidade social,

acabam transformando-a em uma espécie de ativo intangível, quase sempre

oculto, cujo valor a contabilidade financeira, até o momento, é incapaz de

registrar” (2003, p. 7).

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Azambuja, outro estudioso da matéria, também dá sua contribuição ao

tema, salientando que: Por mais louvável que seja uma empresa construir uma creche ou um posto de saúde na sua comunidade, a sua generosidade em nada adiantará se, ao mesmo tempo, estiver poluindo o único rio local ou utilizando matéria- -prima produzida em fábricas irregulares, que empregam trabalho infantil em condições insalubres ou perigosas (2001 p. 29).

Da mesma forma, Mendonça (2002) salienta a propaganda enganosa,

ou seja, aquela em que a empresa veicula na mídia uma imagem institucional

favorável, mas, na realidade, não observa padrões éticos de responsabilidade

social, remunerando mal seus funcionários ou sonegando impostos.

Fica evidente que a ética é um dos principais conceitos, senão o

principal, a ser observado pelas entidades que queiram ser reconhecidas e

enquadradas dentro do conceito de responsabilidade social.

O comportamento ético também é evidenciado na definição de

responsabilidade social corporativa proposto por Almeida, afirmando que a

responsabilidade social corporativa “é o comprometimento permanente dos

empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o

desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de

vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da

sociedade como um todo” (Almeida apud MELO NETO e FRÓES, 1999, p. 90).

Para o enquadramento de uma empresa ou entidade, como eticamente

responsável, ela deve se comprometer e obedecer a um conjunto de princípios

ou regras, conforme segue:

• princípios éticos nos negócios e nas atividades;

• servir à sociedade com produtos úteis e em condições justas;

• respeito aos direitos humanos como uma das condições dignas de trabalho,

que favoreçam a segurança, a saúde, o desenvolvimento humano e

profissional dos trabalhadores;

• criar riqueza na condição mais eficaz possível;

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• respeito ao meio ambiente;

• obedecer e cumprir as leis, normas, costumes e contratos firmados; e

• procurar a distribuição equitativa da riqueza gerada.

Nesse enfoque, buscar a responsabilidade social implica, em primeiro

lugar, que as empresas desenvolvam uma visão integral de futuro, não

somente incorporada à comunidade, mas, também, à sociedade e ao país, num

sentido mais amplo. Em segundo lugar, que emirja uma nova forma de

organização, que promova lideranças internas, que venham a contribuir e a

reforçar a missão que identifica a empresa e a descentralização dos níveis de

autoridade, melhorando a produtividade empresarial. Em terceiro lugar, sua

projeção interna e externa, que mobilizará não só o dinheiro e equipes: seus

aportes se produzem, também, em recursos humanos e profissionais, dando

tempo para que os próprios trabalhadores apliquem seus conhecimentos nas

atividades que se desenvolvem na sociedade.

Para concluir essa discussão, cabe diferenciar a responsabilidade social

de filantropia e de investimento social. Tais aspectos são transcritos no Quadro

12, os quais devem ser considerados na hora de analisar um relatório de

informações de natureza econômica, social e ambiental.

CONCEITO FILANTROPIA INVESTIMENTO SOCIAL

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Motivação Exclusivamente

altruísta.

Principalmente

obtenção de

benefícios

para a

empresa por

meio de

benefícios

Principalmente

obtenção

de benefícios para

seus

trabalhadores, suas

famílias

e a comunidade na

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41

para a

comunidade.

que se encontra com a

finalidade de obter

benefícios

para a empresa no

médio e longo prazo.

Fontes de recursos

Exclusivamente

utilidades.

Principalmente

fundos do

orçamento

da empresa.

Utilidades

Fundos orçamentários

Equipes

Recursos humanos da

Empresa.

Impacto desejado

Melhora a

qualidade

de vida da

sociedade.

Melhoria na vida

na comunidade

por influência da

empresa.

.

Melhora a qualidade

de

vida da comunidade

de

influência da empresa.

Melhora a

produtividade dos

trabalhadores.

Localização do

impacto

Entorno externo

da empresa.

Entorno externo

da empresa.

Entorno interno da

empresa.

Entorno externo

da empresa.

Benefícios esperados

pela empresa

Satisfação

pessoal.

Melhoramento

da

imagem e

reputação

da empresa.

Incremento da

reputação

e imagem da empresa.

Incremento das

utilidades

da empresa.

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42

Quadro12 – Matriz de diferenças entre conceitos e práticas sociais..

Fonte: Caravedo apud Kroetz (2003, p. 9)

Satisfação pessoal.

Instrumentos de

medição de efeitos de impactos

Informes de

atividades da

instituição

executora.

Avaliações de

processo em

períodos.

Avaliações

de impacto

eventuais.

Apreciações

sobre a

repercussão da

ação.

Balanço Social ou

similares

avaliações de impacto.

Métodos de marketing

social.

Modalidade de intervenções

Por meio de

terceiros e de

fundações

próprias.

Diretamente.

Por meio de

fundações

próprias. Por

meio de

terceiros.

Fundações próprias.

Diretamente.

Terceiros.

Instâncias que participam na tomada de decisões

Diretoria. Presidência da

diretoria.

Gerência

geral. Comitês

especiais.

Presidente da

diretoria.

Diretoria. Comitês

especiais.

Gerencia geral.

Sócios.

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43

5.3 POR QUE SE COMPROMETER COM A RESPONSABILIDADE SOCIAL?

A empresa não age sozinha. Necessita da colaboração de vários

parceiros, para atender e alcançar os seus objetivos econômicos, sociais e

ambientais. Ao exercer sua função econômica, a empresa estabelece ações

que incidem direta e indiretamente na vida das pessoas e do ambiente que a

rodeia. Nesse sentido, a dimensão social e ambiental é algo intrínseco a sua

atividade, uma vez que exerce grande influência sobre a vida das pessoas e

sobre o meio ambiente.

Assim, pode-se concluir que há uma dependência recíproca. Na

realidade ela é formada por um conjunto de interessados, os quais buscam,

cada um, ao exercer o seu papel, dinamizar o processo de desenvolvimento

organizacional. Este conjunto é conhecido internacionalmente como

stakeholders ou partícipes, os quais influenciam e sofrem influência da

entidade. Entre os principais, pode-se destacar:

• o colaborador, que motivado e engajado, gera maior produtividade para a

empresa;

• o fornecedor, que deve receber um preço justo pela venda de seus produtos,

alcançando um desempenho melhor, garantindo a continuidade da parceria;

• o cliente, que compra um produto com qualidade, preço adequado e com

entrega no prazo contratado. Assim permanecerá fiel, pelo atendimento de

suas necessidades e expectativas;

• o meio ambiente, que supre a empresa de recursos naturais necessários para

o desenvolvimento de suas atividades, sendo que estes recursos devem estar

colocados à sua disposição dentro das melhores condições possíveis,

evitando-se custos desnecessários para sua adequação ao uso e ao consumo,

por exemplo; e

• a gestão administrativa, que estabelece as políticas da entidade.

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44

Além disso, implementar um modelo de gestão baseado na filosofia da

responsabilidade social corporativa e no desenvolvimento sustentável pode

gerar inúmeros benefícios para as entidades, sendo possível destacar:

• a melhoria do relacionamento organizacional interno, pela demonstração da

preocupação com o trabalhador e do estabelecimento de condições adequadas

de saúde e de segurança;

• informações em quantidade e qualidade, gerando mais confiabilidade aos

compradores;

• melhor gerenciamento da cadeia produtiva;

• segurança para a empresa e para seus investidores;

• consolidação da imagem e reputação da entidade como socialmente

responsável;

• formação de base sólida para a incorporação de códigos de governança

corporativa e, consequentemente, ampliação do acesso ao mercado de

capitais;

• maior chance de conquistas de certificados de responsabilidade social;

• acesso ao crédito direcionado a projetos de impacto social e ambiental (cabe

ressaltar que o BNDES utiliza critérios de responsabilidade social e

desenvolvimento sustentável na avaliação de projetos);

• estrutura praticamente pronta para aproveitar os incentivos fiscais que levam

em consideração aspectos sociais e ambientais (perspectiva de futuro discutida

nos governos);

• aperfeiçoamento considerável no gerenciamento interno, pois gera um

conjunto de informações/indicadores que complementam o sistema de gestão;

• utilização dos informes e práticas como base para implementação do

marketing social;

• o modelo de gestão e os relatórios sociais podem ajudar a esclarecer melhor

as oportunidades e desafios econômicos, ambientais e sociais de uma

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organização, em patamar acima daquele que simplesmente responde aos

requerimentos por informação de partes interessadas;

• empresas crescentemente enfatizam a importância de relações com partes

externas, variando desde consumidores a investidores, a grupos da

comunidade, como chave para seu sucesso empresarial.

Transparência e diálogo aberto sobre desempenho;

• prioridade e sustentabilidade ajudam a fortalecer as parcerias e a construir

confiança ;

• o relatório de sustentabilidade é um vínculo para ligar funções tipicamente

discretas e internas da empresa, como finanças, marketing, pesquisa e

desenvolvimento, de maneira mais estratégica. O relatório de sustentabilidade

possibilitará conversas internas, em que, de outra forma, não ocorreriam;

• o processo de desenvolvimento de um relatório de sustentabilidade abre a

possibilidade de vislumbrar possíveis problemas e oportunidades não

identificadas em cadeias produtivas, comunidades, gestão da imagem e marca,

entre outros;

• o relatório de sustentabilidade ajuda a aguçar a habilidade da gestão em

avaliar a contribuição da organização ao capital natural, humano e social. Esta

avaliação engrandece a perspectiva provida pela contabilidade financeira para

criar uma fotografia mais completa, de longo prazo. O relato ajuda a evidenciar

as contribuições sociais e ecológicas da organização e a “proposição de valor

de sustentabilidade” de seus produtos e serviços. Tal mensuração é central

para a manutenção e fortalecimento da “licença para operar”.

Além desses benefícios, ainda poderiam ser citados outros, alguns de

ordem geral e outros específicos para cada atividade. A entidade que consegue

engajar os seus parceiros, mediante o comprometimento das metas, visando à

melhoria na qualidade de vida, à satisfação de seus acionistas e empregados,

certamente alcançará resultados superiores no exercício social, em

comparação com outras empresas que não as colocam em prática.

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Reconhecendo este comprometimento das partes interessadas, a

empresa deve retribuir de várias formas, em função das peculiaridades desses

agentes que fazem parte do conjunto organizacional, em relação aos

colaboradores, fornecedores, clientes, comunidade, governo, investidores e

meio ambiente.

Ao adotar estas práticas de responsabilidade social, a gestão de uma

organização caminha à cidadania empresarial, “em que direitos e

obrigaçõesencontram-se implícitos no ordenamento do próprio mercado e da

sociedade” (Karkotli e Aragão, 2004, p. 47).

Sob este prisma, o empresário ou acionista não deve apenas ter

preocupações com os resultados econômicos e financeiros, mas também com

seus parceiros, empregados, clientes, fornecedores e governo, que também

dão seus percentuais de contribuição para o desenvolvimento organizacional.

Constata-se, assim, que vários são os vetores e indutores que

conduzem as entidades a incluírem a responsabilidade social em suas

estratégias. Além dos vetores organizacionais, referentes à responsabilidade

social corporativa e ao desenvolvimento sustentável perante os stakeholders,

pode-se ainda elencar um conjunto de normas e padrões certificáveis,

especificamente aqueles relacionados ao tema responsabilidadesocial, como

as normas:

• SA 8000 – Social Accountability: é uma das normas internacionais mais

conhecidas. Criada em 1997, a norma enfoca, primordialmente, relações

trabalhistas e visa a assegurar que não existam ações antissociais ao longo da

cadeia produtiva, como trabalho infantil e escravo ou discriminação;

• AA 1000 – Accountability: criada em 1996 com a finalidade de enfocar

principalmente a relação da empresa com seus diversos stakeholders. Em

outros termos, dispõe sobre a gestão da responsabilidade social, visando a

monitorar as relações entre a empresa e a comunidade;

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47

• OHSAS 18000 – Occupational Health and Safety Assessment Series: dispõe

sobre o sistema de gestão de segurança e higiene no trabalho;

• NBR 16001 – Responsabilidade Social: criada em 2004 com a finalidade de

estabelecer os requisitos mínimos relativos a um sistema da gestão da

responsabilidade social;

• ISO 26000 – Responsabilidade Social : atualmente em discussão, com

conclusão prevista para 2008. Esta norma visa a estabelecer um parâmetro

universal e completo para comparar as iniciativas de responsabilidade social;

Outros padrões e normas certificáveis, como os das séries ISO 9000 e

14000, respectivamente, certificação de qualidade e de certificação ambiental,

também têm despertado o interesse do empresário, uma vez que as empresas,

ao descreverem todos os seus processos, percebem que podem melhorar sua

técnica e também os aspectos humanos e, com isso, conseguir a parceria e o

comprometimento das pessoas envolvidas no processo.

5.4 O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?

Desenvolvimento sustentável é um tema que está presente nos debates

no mundo inteiro. Consiste num conjunto de procedimentos que visa a suprir as

necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as

futuras gerações. Estes debates via de regra são fomentados pela Organização

das Nações Unidas (ONU), nos fóruns internacionais, que contam com a

participação dos principais governantes, com a intenção de propor uma tomada

de posição coerente pelas nações do mundo inteiro, preocupadas com o futuro

da humanidade.

Na reunião realizada no Rio de Janeiro, a Eco 92, com grande

participação de autoridades representativas de diversos países, o

desenvolvimento sustentável foi o foco central dos debates, mantendo-se até

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hoje em pauta, principalmente, pelos alertas realizados por pesquisadores que

conseguiram confirmar cientificamente que as mudanças climáticas são

decorrentes do modelo de desenvolvimento (industrial) mundial.

Em termos de entendimento conceitual acerca do desenvolvimento

sustentável e da mundialização da consciência sobre a necessidade de

administração dos recursos ambientais, a Eco 92 pode ser considerada o ápice

do pensamento oficial sobre a questão ambiental, da qual resultaram três

importantes documentos: a Carta da Terra (também conhecida como

Declaração do Rio), a Agenda 21 e a Declaração Autorizada de Princípios.

Nestes documentos, o conceito de desenvolvimento sustentável foi consolidado

como diretriz para a mudança de rumos no desenvolvimento global, definido

por 179 países presentes à Conferência.

Dentre os documentos resultantes da Conferência, merece destaque a

Agenda 21, um plano de ação, composto de quatro seções e 40 capítulos que

definem objetivos e metas a serem alcançados, constituindo-se num

documento político com compromissos assumidos e ações concretas sobre o

meio ambiente e o desenvolvimento. O capítulo 8 trata da ‘Integração entre

meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisão’ e contempla entre

outros programas o ‘estabelecimento de sistemas de contabilidade ambiental e

econômica integrada’, que dizem respeito direto à área contábil e por extensão

ao profissional da Contabilidade.

No estabelecimento de metas e objetivos voltados à integração entre

meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisão, ficou estabelecido,

na seção 8.48, que os governos devem estimular as empresas que: a) ofereçam informações ambientais pertinentes por meio de relatórios claros a acionistas, credores, empregados, autoridades governamentais, consumidores e o público em geral; e b) desenvolvam e implementem métodos e normas para a Contabilidade do desenvolvimento sustentável (AGENDA 21, 2003, p. 130-131).

Ao tratar a integração entre meio ambiente e desenvolvimento na

tomada de decisão, a Agenda 21, entre outros objetivos, busca ampliar os

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49

sistemas de contabilidade econômica nacional atualmente utilizados para que

passem a compreender as dimensões ambiental e social, contemplando

também o ‘fortalecimento dos relatórios e demonstrações de informações de

natureza ambiental e social por parte das empresas’.

Em termos gerais, o desenvolvimento sustentável visa à satisfação das

necessidades básicas das populações, tais como educação, saúde,

alimentação, lazer, água, entre outras, existindo a necessidade de se

estabelecer um planejamento, uma vez que muitos dos recursos naturais são

finitos. De uma forma simples e didática, os estudiosos da matéria fixaram

como metas, alguns aspectos prioritários para o desenvolvimento sustentável:

• a satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação,

saúde, lazer, entre outras);

• a solidariedade para com as gerações futuras (preservação do meio ambiente

para que elas tenham chance de viver);

• a participação da população envolvida. Todos devem se conscientizar da

necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe

para tal;

• a preservação dos recursos naturais, como água, oxigênio, entre outros;

• a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e

respeito a outras culturas. Erradicação da miséria, do preconceito, do massacre

de populações oprimidas; e

• a efetivação dos programas educativos.

O termo desenvolvimento sustentável tem sido objeto de polêmicas

desde sua formulação pela Comissão Brundtland (Nosso Futuro Comum), que

definiu desenvolvimento sustentável como sendo aquele que “satisfaz as

necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações

futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991, p. 46).

Da elaboração de um entendimento oficial sobre o problema, surgiram vários

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agentes econômicos e sociais que passaram a pressionar e delinear o novo

perfil das atitudes políticas, econômicas e sociais sobre o meio ambiente.

Dentre as iniciativas para o novo perfil de atitudes estão as normas

voluntárias relativas aos Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs), que

começaram a ser elaboradas de modo mais intenso a partir de meados da

década de 1990. A primeira norma sobre SGA foi a BS 7750, criada pelo British

Standards Institution (BSI), em 1992, que norteou e se tornou um protótipo para

as normas voluntárias criadas em outros países e para as normas da série ISO

14000 sobre sistemas de gestão ambiental.

A série ISO 14000 tem vários desdobramentos, entre eles a 14001,

14004, 14010, 14011, 14012, 14015, 14020, 14024, 14031, 14040, 14043,

14050 e 14060. Para efeitos de certificação, a organização deve estabelecer e

manter um SGA de acordo com os requisitos da norma ISSO 14001:2004, que

tem por objetivo prover as organizações com um sistema de gestão ambiental

eficaz, passível de integração com qualquer outro requisito de gestão, de forma

a auxiliá-la a alcançar seus objetivos ambientais e econômicos.

Essas normas de certificação, bem como a evolução da consciência

sobre os problemas ambientais devem ser objeto de conhecimento e estudo

dos profissionais da Contabilidade, uma vez que as questões ambientais

devem estar refletidas nas demonstrações contábeis e nos relatórios de

administração das empresas, quer pelos demonstrativos contábeis tradicionais,

obrigatórios pelas Leis nº 6404-76 e nº 11.638-07, quer por demonstrativos

voluntários, como o balanço social e relatórios de sustentabilidade, a exemplo

das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI).

Conhecer e gerenciar os impactos ambientais e sociais de suas

atividades, além de uma atitude responsável, está se tornando essencial no

planejamento de programas de desenvolvimento. Algumas instituições

bancárias já estão condicionando a concessão de empréstimos à

apresentação, pela empresa, de relatórios de investimento social e ambiental.

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51

Em 2003, dez importantes bancos mundiais assinaram o acordo conhecido

como Princípios do Equador, pelo qual como signatários, aceitaram seguir

critérios socioambientais para a concessão de crédito, na época, superior a

US$ 50 milhões e atualmente fixado em US$ 10 milhões.

No mercado financeiro, também os investimentos socialmente

responsáveis estão sendo uma tendência mundial dos investidores, que

procuram empresas que aliem a rentabilidade a práticas socialmente

responsáveis e sustentáveis. No Brasil, a Bolsa de Valores do Estado de São

Paulo (Bovespa), e outras entidades, uniram esforços e criaram um índice de

ações que seja um referencial para os investimentos socialmente responsáveis

– o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

O ISE tem o objetivo de proporcionar aos investidores um ambiente de

investimentos compatíveis com as demandas de desenvolvimento sustentável

da sociedade e estimular a responsabilidade social. Essas aplicações,

denominadas de Investimentos Socialmente Responsáveis (ISR), consideram

que empresas “socialmente responsáveis” geram valor para o acionista no

longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos,

sociais e ambientais.

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6. GESTÃO AMBIENTAL COMO MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

A Constituição Federal de 1988, art n. 22512, ao consagrar o meio

ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos, bem de uso

comum e essencial à sadia qualidade de vida, atribuiu a responsabilidade de

sua preservação e defesa não apenas ao Poder Público, mas também à

coletividade. Em suma, a essencial qualidade de vida para a geração presente

sem comprometer a geração futura.

Segundo Brinckmann13, entretanto, mesmo conferindo à coletividade,

também, a obrigação de proteger o meio ambiente, a Constituição de 1988 fez

do poder público o principal responsável pela garantia a todos os brasileiros, do

direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para isso, ela determina

sete incumbências para assegurar a efetividade desse direito. Mas, a mesma

sociedade (coletividade) que deve ter assegurado o seu direito de viver num

ambiente que lhe proporcione uma sadia qualidade de vida, também precisa

utilizar os recursos ambientais para satisfazer suas necessidades básicas. E,

como sabemos, não é possível vida digna e saudável sem o atendimento a

estas necessidades. De acordo com Quintas, na vida prática, o processo de

apropriação e uso dos recursos ambientais não acontece de forma tranqüila.

Há interesses e conflitos (potenciais ou explícitos) entre atores sociais, que

atuam de alguma forma sobre os meios físico-natural e construídos, visando o

seu controle ou sua defesa e proteção.

Como principal responsável pela proteção ambiental no Brasil, cabe ao

poder público, por meio de suas diferentes esferas, intervir neste processo, de

modo a evitar que os interesses de determinados atores sociais (madeireiros,

empresários de construção civil, industriais, agricultores, moradores, etc.)

ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. p 1-41.

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provoquem alterações no meio ambiente que ponham em risco a qualidade de

vida da população.

Segundo Quinta, gestão ambiental, portanto, é vista aqui como o

processo de mediação de interesses e conflitos (potenciais ou explícitos) entre

atores sociais que agem sobre os meios físico-natural e construído, objetivando

garantir o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme

determina a Constituição Federal.

Uma relação de conflito entre a sociedade é conhecida a partir de um

processo de degradação ambiental, ou seja, quando a qualidade de vida é

comprometida, vem o direito explicitado na Constituição Federal art. 225 na

qual garante o restabelecimento do meio ambiente degradado, evitando os

conflitos entre sociedade e poder público. O poder público, neste caso, como

gestor da qualidade de vida.

Conforme Quintas16, como mediador principal deste processo, o poder

público é detentor de poderes e obrigações Gestão ambiental e

responsabilidade social corporativa nas organizações estabelecidos na

legislação, que lhe permitem promover desde o ordenamento e controle do uso

dos recursos ambientais (incluindo a criação de incentivos fiscais na área

ambiental) até a reparação e a prisão de indivíduos pelo dano ambiental.

Neste sentido, o poder público estabelece padrões de qualidade

ambiental, avalia impactos ambientais, licencia e revisa atividades efetiva e

potencialmente poluidoras, disciplina a ocupação do território e o uso de

recursos naturais, cria e gerencia áreas protegidas, obriga a recuperação do

dano ambiental pelo agente causador, promove o monitoramento, a

fiscalização, a pesquisa, a educação ambiental e outras ações necessárias ao

cumprimento da sua função mediadora.

A atribuição dada ao poder público como gestor do meio ambiente e da

qualidade de vida, mensurada anteriormente, necessita de uma mudança

radical de estruturas efetivando e garantido o direito que a sociedade tem a um

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54

ambiente ecologicamente equilibrado (Constituição Federal art. 225). Esse

exercício de poder e direitos contemplados, eleitos para o poder público na

gestão ambiental, requer uma visão estratégica e planejada com o intuito de

preservar, cada vez mais, as áreas protegidas e condicionar nos casos de

infração e penalidades ambientais a imediata reparação do dano pelo infrator.

De acordo com Quintas17, por outro lado observa-se, no Brasil, que o

poder de decidir e intervir para transformar o ambiente (ou mesmo para evitar

sua transformação) seja ele físico, natural ou construído, e os benefícios e

custos dele (do uso do poder) decorrentes, estão distribuídos socialmente e

geograficamente na sociedade, de modo assimétrico. Por serem detentores de

poder econômico ou de poderes outorgados pela sociedade, determinados

atores sociais possuem, por meio de suas ações, capacidade variada de

influenciar direta ou indiretamente na transformação (de modo positivo ou

negativo) da qualidade do meio ambiental. É o caso dos empresários (poder do

capital); dos políticos (poder de legislar); dos juízes (poder de condenar e

absolver etc); dos membros do Ministério Público (o poder de investigar e

acusar); dos dirigentes de órgãos ambientais (poder de embargar, licenciar,

multar); jornalistas e professores (poder de influenciar na formação da “opinião

pública”); agências estatais de desenvolvimento (poder de financiamento, de

criação de infra- estrutura) e de outros atores sociais cujos atos podem ter

grande repercussão na qualidade ambiental e, conseqüentemente, na

qualidade de vida das populações.

Se o papel dos atores sociais com a garantia dada pelo Direito

Constitucional no exercício pleno da cidadania, acredito que as relações entre

os gestores do meio ambiente, neste caso, o poder público constituído e a

sociedade civil organizada, com plenos poderes de denunciar, opinar e julgar

no caso estatal, teremos a certeza e a garantia de que o meio ambiente violado

do seu direito seja recuperado.

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55

Conforme Quintas, entretanto, esses atores, ao tomarem suas decisões,

nem sempre levam em conta os interesses e necessidades das diferentes

camadas sociais direta ou indiretamente afetadas. As decisões tomadas podem

representar benefícios para uns, prejuízos para outros. Um determinado

empreendimento pode representar lucro para empresários, emprego para

trabalhadores, conforto pessoal para moradores de certas áreas, votos para

políticos, aumento de arrecadação para Governos, melhoria da qualidade de

vida para parte da população e, ao mesmo tempo, implicar prejuízo para outros

empresários, desemprego para outros trabalhadores, perda de propriedade,

empobrecimento dos habitantes da região, ameaça à biodiversidade, erosão,

poluição atmosférica e hídrica, desagregação social e outros problemas

que caracterizam a degradação ambiental.

Neste caso, a sociedade civil deve ter pleno acesso às informações de

empreendimentos com vistas a causas e conseqüências da instalação ou não,

sendo que a mera desculpa de geração de emprego poderá no futuro,

conforme o empreendimento, neste caso, potencialmente poluidor, gerar um

problema social quando este sofrer uma penalização do poder público. É

importante que a sociedade construa fóruns permanentes de discussões

temáticas sobre o seu entorno e as inter-relações dela com o meio.

Segundo Quintas, portanto, a prática da gestão ambiental não é neutra.

O estado, ao tomar determinada decisão no campo ambiental, está de fato

definindo quem ficará, na sociedade e no país, com os custos e quem ficará

com os benefícios advindos da ação antrópica sobre o meio, seja ele, físico,

natural ou construído. Daí a importância de se praticar uma gestão ambiental

participativa. Somente assim é possível se avaliar custos e benefícios de forma

transparente.

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56

7. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE

Neste tópico deverão ser descritos os impactos econômicos, ambientais

e sociais (tripple bottom line) da entidade, mediante o qual se possa avaliar a

sustentabilidade empresarial. A proposição está alicerçada nas diretrizes da

Global Reporting Initiative (GRI), versão 3.0, editada em 2006, que estabelece

orientações gerais para a elaboração de relatórios de sustentabilidade em nível

internacional.

Conforme estabelecido pela GRI (2006), os indicadores econômicos da

sustentabilidade se referem aos impactos da organização sobre as condições

econômicas de seus stakeholders e sobre os sistemas econômicos em nível

local, nacional e global. Os indicadores ambientais se referem aos impactos da

organização sobre sistemas naturais vivos e não vivos, incluindo ecossistemas,

terra, ar e água, abrangendo principalmente o desempenho relacionado a

insumos (como material, energia, água) e à produção (emissões, efluentes,

resíduos). Os indicadores de desempenho social da GRI identificam aspectos

de desempenho fundamentais referentes a práticas trabalhistas, direitos

humanos, sociedade e responsabilidade pelo produto.

Os indicadores apresentados pela GRI se constituem em diretrizes

internacionais, como uma sugestão de indicadores a serem utilizados pelas

empresas. Ressalta-se que a utilização dos indicadores apresentados pela GRI

é apenas uma sugestão, pois existem outros institutos que apresentam

igualmente indicadores para monitorar a responsabilidade social empresarial.

Outras contribuições podem ser obtidas pelo sítio do Instituto Ethos,

http://www.uniethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores

ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. p 1-41.

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/autodiagnostico_setorial/, que apresenta indicadores diferenciados para

segmentos específicos da economia.

No item Informações de Desempenho Econômico, a entidade deverá

manifestar seu posicionamento sobre um dos principais capítulos da

responsabilidade social – a gestão de pessoas, enfatizando:

• direitos humanos;

• modelo de gestão social;

• garantias de igualdade e de oportunidade para empregados;

• pesquisa sobre o nível de satisfação dos empregados;

• metodologia de seleção de colaboradores;

• investimentos em segurança, saúde e lazer;

• política de remuneração, participação nos resultados e outras benefícios;

• capital humano: estímulo à qualificação e ao desenvolvimento profissional;

• estímulos oferecidos nos aspectos motivacional e de criatividade;

• ambiente e condições de trabalho;

• plano de saúde e previdência privada;

• estimulo à participação em programas de voluntariado;

• trabalho terceirizado;

• trabalho do menor;

• política da entidade frente a demissões e aposentadorias; e

• relação com os sindicatos.

Além das informações previstas na norma sugere-se publicar:

• consumos de energias;

• emissão de efluentes líquidos;

• emissões gasosas e particuladas;

• resíduos sólidos; e

• aquelas específicas da atividade organizacional.

Adicionalmente, desde 2004, contamos com uma norma nacional da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a Responsabilidade

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Social, denominada NBR 16001, que estabelece os requisitos mínimos

relativos a um sistema da gestão da responsabilidade social. A norma oferece

elementos que permitem à organização formular e implementar uma política de

responsabilidade social, entendida pela relação ética e transparente da

organização com todas as suas partes interessadas, visando ao

desenvolvimento sustentável.

Nosso País reúne casos empresarias de êxito na incorporação da

responsabilidade social, no qual se destaca o papel desenvolvido pelo Instituto

Ethos, que oferece um conjunto de ferramentas para a incorporação da

responsabilidade social pelas empresas. Atualmente o Ethos está envolvido,

junto com o UniEthos, na elaboração da norma internacional de

Responsabilidade Social, a ISO 26000, por meio do projeto ‘Grupo de Trabalho

Ethos para a ISO 26000’, que conta com aproximadamente 70 empresas

associadas ao Instituto Ethos, local de realização de plenárias e reuniões para

discussão desta norma e utilizados recursos como uma plataforma virtual na

internet para disseminar, entre elas, o desenvolvimento da futura norma.

Com base nos elementos apresentados neste trabalho, o Conselho

Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, por intermédio da Comissão

de Estudos de Responsabilidade Social, propõe uma metodologia para

divulgação das informações de natureza econômica, social e ambiental,

enfatizando os aspectos qualitativos de tais elementos nas organizações. A

utilização desse modelo pelas empresas vem suprir uma lacuna existente até

então, na qual se busca a padronização e a comparabilidade das informações

divulgadas entre os diversos segmentos.

Dada a relevância do tema na área empresarial, cabe ao profissional da

Contabilidade entender esta temática e auxiliar em sua implantação, controle e

avaliação. Para um aprofundamento no tema podem ser consultados alguns

sites, revistas específicas e obras sobre o assunto, que cada vez são mais

vastas. Na sequência, no sentido de contribuir na disseminação da

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responsabilidade social segue uma lista dos principais sites, revistas e obras

que tratam sobre o tema “responsabilidade social”.

“Somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir , mas um hábito.”

Aristóteles

SAIBA MAIS NOS SITES: GLOBAL REPORTING INICIATIVE (GRI). Disponível em:

http://www.globalreporting.org/ReportingFramework/AboutReportingFramewo

rk/

INDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – ISE. Disponível em:

http://www.bovespa.com.be/pdf/indices/ISE.pdf..

INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS -

IBASE - Balanço Social. Disponível em: http://www.balancosocial.org.br

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC).

Apresenta

informações gerais sobre governança corporativa. Disponível em:

http://www.ibgc.org.br/

INSTITUTO ETHOSDE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL.

Disponível

em: http://www.ethos.org.br

PREMIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL RS. Assembleia Legislativa do

Rio Grande do Sul. Disponível em www.premiobalancosocial.org.br

ASSOCIACIÓN ESPAÑOLA DE CONTABILIDAD Y AUDITORIA – AECA.

Disponível em www.aeca.es/comisiones/rsc.

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BDO TREVISAN. Responsabilidade Social Corporativa 2005 – 2006.

Disponível

em: www.bdotrevisan.com.br. Acesso em: 14 mar. 2007.

_ Revistas específicas

REVISTA EXAME. Guia de boa cidadania corporativa. Edição especial. 2001,

2002, 2003, 2004, 2005 e 2006.

ANUÁRIO EXPRESSÃO GESTÃO SOCIAL. Editora Expressão. 2004, 2005,

2006 e 2007.

CONSULTE AS NORMAS E CERTIFICAÇÕES: Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 15

Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 3.7

Norma Brasileira de Referência – NBR 16.001:2004

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REFERÊNCIAS PFITSCHER, Elisete Dahmer. A responsabilidade social e ambiental nas organizações. Florianópolis: UFSC, S.D. 30 p. ROKEMBACH, Rogério. Demonstração da responsabilidade social. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2009. 71 p.

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